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Prévia do material em texto

SEPARATA 02 de agosto de 2018 n.º 145
Pág. 2
a. PORTARIA nº 50-CG/17
Dispõe sobre aprovação do Manual 
Básico de Abordagem Policial no 
âmbito da PMBA.
O COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MIILTAR DA BAHIA, no 
uso de suas atribuições previstas no art. 57, inciso I, alínea “j” da Lei n.º 
13.201, de 09 Nov 14,
RESOLVE:
 Art. 1º- Aprovar o Manual Básico de Abordagem Policial da PMBA, 
para padronização técnica e procedimentos de abordagem policial no âmbi-
to da Corporação;
Art. 2º- O Manual de Abordagem Policial deve ser utilizado como fonte 
de doutrina para os cursos de formação, treinamentos e capacitação na Cor-
poração;
Art. 3º- Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revoga-
das as disposições em contrário.
PORTARIA nº 50-CG/17
SEPARATA 02 de agosto de 2018 n.º 145
Pág. 3
SEPARATA 02 de agosto de 2018 n.º 145
Pág. 4
A todos os briosos integrantes das 
fileiras desta Centenária Milícia de 
Bravos que tombaram no exercício 
legal e regular do serviço policial 
militar.
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Pág. 5
Quando se pensa em manutenção ou restabelecimento da ordem 
pública, deve-se atentar para o fato de que, apesar de a segurança 
pública ser responsabilidade de todos, conforme reza o mandamento 
constitucional (art. 144, CF 1988), é dever do Estado provê-la à so-
ciedade. Para cumprimento desse mister, cabe a esse Estado instruir, 
preparar e manter em constante aperfeiçoamento seus agentes. A polí-
cia é o órgão público de maior envergadura no fiel cumprimento dessa 
missão estatal, pois, na busca da prevenção e manutenção da ordem, 
mantém diuturnamente agentes ostensivos em todos os rincões, sendo 
também responsável pela intervenção imediata nos casos de rompi-
mento do “status quo” dessa ordem e segurança cidadã.
A evolução da violência nos dias atuais tem exigido dessa polícia 
treinamento diferenciado, mais arrojado e eficaz, tanto de forma béli-
ca como nas relações sociais e interpessoais. A esse respeito, Veloso 
(2008) diz: 
“Nem a Polícia Militar nem a Polícia Civil foram 
preparadas para o enfrentamento da violência. Para 
que as polícias comecem a atuar efetivamente na 
busca da segurança cidadã, é necessário que, antes 
de tudo, procurem padronizar seus comportamentos 
técnicos operacionais diante das mais diversas situ-
ações que possam surgir na atividade diária”. (p.14)
A abordagem policial é a ação de polícia voltada para a inter-
venção propriamente dita, onde, em nome do Estado, os órgãos de 
segurança buscam limitar direitos individuais em proveito de um bem 
comum e maior, a segurança cidadã. Esta é uma técnica utilizada pela 
polícia para interceptar alguém no seu direito de ir e vir, podendo, a 
PREFÁCIO
SEPARATA 02 de agosto de 2018 n.º 145
Pág. 6
partir da interceptação, realizar, inclusive, a busca pessoal, tudo isso com 
objetivo preestabelecido e nos limites da lei. 
Todo ato de abordar deve estar embasado numa motivação legal. 
Não deve ser um ato isolado ou arbitrário do Estado ali representado. Essa 
motivação deve ser explicitada para o abordado assim que for possível, a 
fim de fazê-lo compreender a ação da polícia e o uso do poder do Estado 
para limitar ou impedir direitos individuais em prol de um bem social ou 
coletivo. 
Ocorrências policiais desastrosas têm sido alvos de críticas e têm 
levado muitos profissionais aos tribunais; quando não, à morte. O objetivo 
pelo qual esse trabalho fora realizado é proporcionar aos policiais conheci-
mentos técnicos que lhes possibilitem uma atuação eficaz diante de fatos 
que exijam intervenção destes, imbuídos da responsabilidade do Estado 
de exercer o poder limitativo de atividades e comportamentos individuais 
que venham influenciar negativamente na coletividade. 
O Manual Básico de Abordagem Policial, elaborado a partir de ex-
periências de diversos instrutores de abordagem, praticadas e testadas 
durante anos nas atuações reais diante de ocorrências delituosas ou, ao 
menos, suspeitas, evidencia desde o embasamento legal para a ação de 
abordar, considerando as normas mais recentes de direito, nacional e in-
ternacional, de proteção à pessoa humana, dos pactos internacionais de 
direitos humanos, até as técnicas mais recentes de intervenção policial. 
De igual forma, estabelece técnicas diversas de aproximação, posiciona-
mento e execução da abordagem policial a pessoa, esteja ela a pé, em 
veículo de passeio ou em transporte coletivo, em edificações ou homiziado 
em área de mato. 
Todas as técnicas apresentadas foram experimentadas e testadas 
visando diminuir riscos e aumentar a precisão da ação e o êxito diante de 
uma ocorrência policial. Resultou da reunião de trabalhos escritos pelos 
alunos do I Curso de Instrutores de Abordagem da Polícia Militar da Bahia, 
em 2000, aperfeiçoados pelos instruendos do II Curso, em 2016 e rati-
ficados pelos coordenadores, a partir de suas experiências práticas como 
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Pág. 7
professores e orientadores nos diversos cursos de formação e aperfeiço-
amento policial no âmbito das polícias brasileiras.
O conhecimento legal de uma ação policial e sua prática são de 
importância ímpar para a profissão de polícia, uma vez que, com a téc-
nica se previne acidentes e incidentes e com o conhecimento legal se 
certifica a responsabilização pelas ações desenvolvidas. 
A proposta é ser um guia para as abordagens policiais, pois, além 
do embasamento legal da ação de abordar, também está ilustrado por 
imagens que facilitam o entendimento do policial atuante em nome do 
Estado. 
Antonio Carlos Silva Magalhães - Ten Cel PM
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Pág. 8
Estimados Policiais Militares,
A edição do Manual Básico de Abordagem Poli-
cial é um momento de muita alegria e satisfação para 
este Comandante-Geral.
Como um dos precursores da matéria, enquan-
to instrutor de Técnica e Tática Policial Militar, sem-
pre idealizei a implementação da padronização de 
técnicas de abordagem na Polícia Militar da Bahia.
Destarte, fico muito feliz por ter concretizado a ideia e por ter contri-
buído para a edição deste importante e pioneiro manual, que contém todo 
o arcabouço técnico necessário para que o nosso policial militar possa 
realizar o ato de abordar com maior eficiência e eficácia, em consonância 
com a legislação brasileira e com as normas Internacionais sobre Direitos 
Humanos, e, principalmente, dentro dos padrões de segurança para evi-
tar-lhe os riscos pessoais e as ocorrências policiais desastrosas. 
Os desafios da Segurança Pública exigem policiais militares cada vez 
mais preparados e em constante treinamento nas diversas modalidades e 
formas de atuação, e esse manual é um importante instrumento na busca 
da excelência dos serviços prestados pela Polícia Militar. 
A Corporação, ao disponibilizar ao público interno este Manual Bási-
co de Abordagem, objetiva que ele sirva como um guia para todos, dando 
prosseguimento ao esforço de modernização administrativa e operacional 
que vem empreendendo nos últimos anos.
Por fim, agradeço a todos os envolvidos nesse bem-sucedido projeto 
e desejo boa sorte e um excelente aprendizado.
Que Deus nos abençoe!
“PM e Comunidade na corrente do bem”.
Anselmo Alves Brandão - Cel PM 
Comandante-Geral
MENSAGEM DO 
COMANDANTE-GERAL
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Pág. 9
Agradecemos, primeiramente, ao Exmo. Sr. Cel PM Anselmo Alves 
Brandão, Comandante-Geral da Corporação, pela sensibilidade e visão 
estratégica para provocar a atualização e edição do presente Manual.
Ao Sr. Cel PM Lázaro Raimundo Oliveira Monteiro e sua equipe 
que abraçaram essa importante missão de atualizar e sistematizar a 
produção científica sobre as Técnicas de Abordagem Policial consubs-
tanciadas neste Trabalho.
Aos Oficiais, integrantes da I Turma de Instrutores de Abordagem 
da Instituição, que compilaram o primeiro Manual Básico de Aborda-
gemPolicial, ainda no ano de 2000, sob a coordenação dos atuais Ten 
Cel PM Antônio Carlos Silva Magalhães e Ten Cel PM Lucas Miguez 
Palma, reconhecido como trabalho técnico-profissional, através do BGO 
007, de 10 de Janeiro de 2013.
Aos facilitadores, instrutores e demais policiais militares envolvi-
dos no I Encontro Interestadual de Especialistas em Técnicas de Abor-
dagem Policial realizado pela Polícia Militar do Estado da Bahia, no ano 
de 2015, evento que foi fundamental para a edição deste Manual.
Aos Oficiais Instrutores e instruendos, integrantes da II Turma de 
Instrutores de Abordagem Policial no ano de 2016, que, exaustivamen-
te, debruçaram-se sobre este Manual, verificando sua aplicabilidade 
prática.
Aos Cap PM Leonardo Moreira Pujol e Monivon dos Santos Costa 
pela organização da presente edição; ao 1º Ten PM Eric Robert Rosa 
Ramos pela diagramação; ao Subten PM Carlos Alberto de Souza San-
tos e Cb PM Naise Sousa Santos pelas ilustrações e à Cap PM Soraia 
Vinhático Neves e Sd 1ª Cl PM Uanderson Costa Sampaio de Matos 
pela revisão textual.
AGRADECIMENTOS
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Pág. 10
SUMÁRIO
CAPÍTULO I - ASPECTOS JURÍDICOS DA ABORDAGEM POLICIAL ............................................................11
CAPÍTULO II - ASPECTOS DOUTRINÁRIOS DA ABORDAGEM POLICIAL ...................................................19
CAPÍTULO III – TÉCNICAS DE BUSCA E EMPREGO DE ALGEMAS NA ABORDAGEM POLICIAL .................25
CAPÍTULO IV – TÉCNICAS DE ABORDAGEM A PESSOAS A PÉ ...............................................................33
CAPÍTULO V - TÉCNICAS DE ABORDAGEM A VEÍCULOS .........................................................................41
CAPÍTULO VI - TÉCNICAS DE ABORDAGEM A VEÍCULOS DE TRANSPORTE COLETIVO .............................56
CAPÍTULO VII - TÉCNICAS DE ABORDAGEM NO MOTOPATRULHAMENTO ................................................66
CAPÍTULO VIII - TÉCNICAS DE PROGRESSÃO DE TROPA .......................................................................75
CAPÍTULO IX - TÉCNICAS DE ABORDAGEM A EDIFICAÇÕES ...................................................................82
APÊNDICE “A” - TÉCNICAS ESPECIAIS DE ABORDAGEM | ABORDAGEM COM EMPREGO DE CÃES ........93
APÊNDICE “B” - TÉCNICAS ESPECIAIS DE ABORDAGEM | ABORDAGEM COM TROPA MONTADA ...........96
APÊNDICE “C” - TÉCNICAS ESPECIAIS DE ABORDAGEM | ABORDAGEM EM AMBIENTE AQUÁTICO .....100
APÊNDICE “D” - TÉCNICAS ESPECIAIS DE ABORDAGEM | 
PROCEDIMENTOS EM ABORDAGENS COM APOIO AÉREO ....................................................................102
APÊNDICE “E” - TÉCNICAS ESPECIAIS DE ABORDAGEM | 
PRIMEIRAS RESPOSTAS EM OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO BOMBAS E ARTEFATOS EXPLOSIVOS ..........105
APÊNDICE “F” - TÉCNICAS ESPECIAIS DE ABORDAGEM | 
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS ..........................................................108
APÊNDICE “G” - TÉCNICAS ESPECIAIS DE ABORDAGEM | 
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM OCORRÊNCIAS COM REFÉNS .................................................................113
APÊNDICE “H” - TÉCNICAS ESPECIAIS DE ABORDAGEM – 
ABORDAGENS EM CONDIÇÕES DE BAIXA VISIBILIDADE .......................................................................116
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Pág. 11
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Pág. 12
A preservação da ordem pública, proteção das pessoas e do patrimônio, apesar de ser 
responsabilidade de todos, antes de tudo, é dever do Estado, conforme preceito da Carta Mag-
na brasileira em seu artigo 144. Dentro dessa vertente, a polícia ostensiva possui importante 
papel na dissuasão e repressão imediata do delito. Por conta disso, para desempenhar essa 
atividade, a polícia faz uso do dever-poder de polícia em virtude da necessidade de limitar 
direitos individuais, dentro da necessidade, proporcionalidade e eficácia, em benefício do 
interesse público. Extrai-se como importante instrumento desse dever, a abordagem policial. 
Nesse contexto, essa atividade policial que impacta, momentaneamente e pontualmen-
te, visando à manutenção da ordem pública, é baseada na natureza de ato administrativo, 
com vistas a dar contornos de legalidade nessa atuação. O agente de Segurança Pública deve-
rá agir dentro da lei, sempre alinhando o propósito de tutelar a dignidade da pessoa humana.
Nessa ótica, para melhor entender esse embasamento jurídico, apresenta-se o quadro-
-resumo abaixo da legislação básica pertinente à abordagem policial:
LEGISLAÇÃO ARTIGO TIPIFICAÇÃO DESCRIÇÃO
Constituição Federal 5º- XI Proteção da casa
A casa é asilo inviolável do indivíduo, 
ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em 
caso de flagrante delito ou desastre, 
ou para prestar socorro, ou, durante o 
dia, por determinação judicial.
Constituição Federal 5º- XVI Direito de 
reunião
Reunir-se pacificamente, sem armas, 
em locais abertos ao público, indepen-
dentemente de autorização, desde que 
não frustrem outra reunião anterior-
mente convocada para o mesmo local, 
sendo apenas exigido prévio aviso à 
autoridade competente.
Constituição Federal 5º- XLIX Direito do Preso É assegurado aos presos o respeito à 
integridade física e moral.
Constituição Federal 5º- LXI Aspectos da 
Prisão
Ninguém será preso senão em fla-
grante delito ou por ordem escrita e 
fundamentada de autoridade judiciária 
competente, salvo nos casos de trans-
gressão militar ou crime propriamente 
militar, definidos em lei.
Constituição Federal 5º-LXIII Direito do Preso
O preso será informado de seus direi-
tos, entre os quais o de permanecer 
calado, sendo-lhe assegurada a assis-
tência da família e advogado.
Constituição Federal 5º- LXIV Direito do Preso
O preso tem direito à identificação dos 
responsáveis por sua prisão ou por seu 
interrogatório policial.
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Pág. 13
Pacto San José da 
Costa Rica 5º Direito à Integri-
dade Pessoal
Respeito à integridade física, psíquica 
e moral das pessoas.
Código Penal 
Brasileiro 150- §4º Expressão casa
A expressão casa compreende: I- 
qualquer compartimento habitado; II- 
aposento ocupado de habitação cole-
tiva; III- compartimento não aberto ao 
público, onde alguém exerce profissão 
ou atividade.
Código Penal 
Brasileiro 150- §5º Não se compre-
ende como casa
Não se compreendem na expressão 
“casa”: I- hospedaria, estalagem ou 
qualquer outra habitação coletiva, 
enquanto aberta, salvo a restrição do 
nº II do parágrafo anterior; II- taverna, 
casa de jogo e outras do mesmo gê-
nero.
Código de Processo 
Penal 240- §2º
Busca Pessoal 
(Fundada 
Suspeita)
Proceder-se-á à busca pessoal quan-
do houver fundada suspeita de que 
alguém oculte consigo arma proibida 
ou objetos mencionados nas letras b a 
f e h do parágrafo anterior.
Código de Processo 
Penal 244 Busca Pessoal e 
Busca Domiciliar
A busca pessoal independerá de 
mandado, no caso de prisão ou quan-
do houver fundada suspeita de que 
a pessoa esteja na posse de arma 
proibida ou de objetos ou papéis que 
constituam corpo de delito, ou quando 
a medida for determinada no curso de 
busca domiciliar.
Código de Processo 
Penal 249 Busca Pessoal 
em Mulher
A busca em mulher será feita por outra 
mulher se não importar retardamento 
ou prejuízo da diligência.
Estatuto do Torcedor 13A- III
Revista Pessoal 
de Prevenção e 
Segurança
São condições de acesso e permanên-
cia no recinto esportivo, sem prejuízo 
de outras condições previstas em lei: 
III- consentir com a revista pessoal de 
prevenção e segurança.
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Pág. 14
Princípios básicos 
sobre utilização da 
Força e de Armas de 
Fogo pelos Funcio-
nários Responsáveis 
pela Aplicação da 
Lei. 8º Congresso 
das Nações Unidas 
para prevenção ao 
crime e o tratamen-
to dos delinquentes, 
Havana, Cuba, 
1990.
09 Uso da Força
Os funcionários responsáveis pela 
aplicação da lei não devem fazer uso 
de armas de fogo contra pessoas, sal-
voem caso de legítima defesa, defesa 
de terceiros contra perigo iminente 
de morte ou lesão grave, para preve-
nir um crime particularmente grave 
que ameaçava vidas humanas, para 
proceder à detenção de pessoa que 
represente essa ameaça e que resista 
à autoridade, ou impedir a sua fuga, 
e somente quando medidas menos 
extremas se mostrem insuficientes 
para alcançarem aqueles objetivos. 
Em qualquer caso, só devem recorrer 
intencionalmente à utilização letal de 
armas de fogo quando isso seja estri-
tamente indispensável para proteger 
vidas humanas.
Princípios básicos 
sobre utilização da 
Força e de Armas de 
Fogo pelos Funcio-
nários Responsáveis 
pela Aplicação da 
Lei. 8º Congresso 
das Nações Unidas 
para prevenção ao 
crime e o tratamen-
to dos delinquentes, 
Havana, Cuba, 
1990.
10 Uso da Força
Nas circunstâncias referidas no prin-
cípio 9, os funcionários responsáveis 
pela aplicação da lei devem se identi-
ficar como tal e fazer uma advertência 
clara da sua intensão de utilizarem 
armas de fogo, deixando um prazo 
suficiente para que o aviso possa ser 
respeitado, exceto se esse modo de 
proceder colocar indevidamente em 
risco a segurança daqueles responsá-
veis, implicar um perigo de morte ou 
lesão grave para outras pessoas ou se 
mostrar manifestamente inadequado 
ou inútil, tendo em conta as circuns-
tâncias do caso.
Código de Processo 
Penal 284 Emprego da 
Força
Não será permitido o emprego da for-
ça, salvo a indispensável no caso de 
resistência ou de tentativa de fuga do 
preso.
Código de Processo 
Penal 292 Emprego da 
Força
Se houver, ainda que por parte de 
terceiros, resistência à prisão em fla-
grante ou à determinada por autorida-
de competente, o executor e as pes-
soas que o auxiliam poderão usar dos 
meios necessários para se defender ou 
para vencer a resistência, do que tudo 
se lavrará auto subscrito também por 
duas testemunhas.
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Pág. 15
Código de Processo 
Penal 293 Emprego da 
Força
Se o executor do mandado verificar 
com segurança que o réu entrou ou se 
encontra em alguma casa, o morador 
será intimado a entregá-lo, à vista da 
ordem de prisão. Se não for obedecido 
imediatamente, o executor convocará 
duas testemunhas e, sendo dia, en-
trará à força na casa, arrombando as 
portas, se preciso; sendo noite, o exe-
cutor, depois da intimação ao morador, 
se não for atendido, fará guardar todas 
as saídas, tornando a casa incomuni-
cável, e, logo que amanheça, arromba-
rá as portas e efetuará a prisão. Pará-
grafo único. O morador que se recusar 
a entregar o réu oculto em sua casa 
será levado à presença da autoridade, 
para que se proceda contra ele como 
for de direito.
Código de Processo 
Penal Militar 234 Emprego da 
Força
O emprego da força só é permitido 
quando indispensável, no caso de 
desobediência, resistência ou tentati-
va de fuga. Se houver resistência da 
parte de terceiros, poderão ser usados 
os meios necessários para vencê-la ou 
para defesa do executor e seus auxi-
liares, inclusive a prisão do ofensor. 
De tudo se lavrará auto subscrito pelo 
executor e por duas testemunhas.
Súmula Vinculante 
nº 11 do STF
Emprego de 
Algemas
Só é lícito o uso de algemas em caso 
de resistência e de fundado receio de 
fuga ou de perigo à integridade física 
própria ou alheia, por parte do preso ou 
de terceiros, justificada a excepciona-
lidade por escrito, sob pena de respon-
sabilidade disciplinar civil e penal do 
agente ou da autoridade e de nulidade 
da prisão ou do ato processual a que 
se refere, sem prejuízo da responsabi-
lidade civil do Estado.
Estatuto da Criança 
e do Adolescente 82
Aspecto jurídico 
relacionado ao 
menor
É proibida a hospedagem de criança 
ou adolescente em hotel, motel, pen-
são ou estabelecimento congênere, 
salvo se autorizado ou acompanhado 
pelos pais ou responsáveis.
Estatuto da Criança 
e do Adolescente 106
Aspecto jurídico 
relacionado ao 
menor
Nenhum adolescente (maior de 12 e 
menor de 18 anos) será privado de 
sua liberdade senão em flagrante de 
ato infracional ou por ordem escrita e 
fundamentada da autoridade judiciária 
competente. Parágrafo único. O ado-
lescente tem o direito à identificação 
dos responsáveis pela sua apreensão, 
devendo ser informado acerca de seus 
direitos.
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Pág. 16
Estatuto da Criança 
e do Adolescente 107
Aspecto jurídico 
relacionado ao 
menor
A apreensão de qualquer adolescente 
e o local onde se encontra recolhi-
do serão incontinenti comunicados à 
autoridade judiciária competente e à 
família do apreendido ou à pessoa por 
ele indicada.
Estatuto da Criança 
e do Adolescente 178
Aspecto jurídico 
relacionado ao 
menor
O adolescente a quem se atribua au-
toria de ato infracional não poderá ser 
conduzido ou transportado em com-
partimento fechado de veículo policial, 
em condições atentatórias à sua dig-
nidade, ou que impliquem risco à sua 
integridade física ou mental, sob pena 
de responsabilidade.
Código Tributário 
Nacional 78
Abordagem 
Preventiva 
(Poder de 
Polícia)
Considera-se poder de polícia 
atividade da administração pública 
que, limitando ou disciplinando 
direito, interesse ou liberdade, regula 
a prática de ato ou abstenção de 
fato, em razão de interesse público 
concernente à segurança, à higiene, à 
ordem, aos costumes, à disciplina da 
produção e do mercado, ao exercício 
de atividades econômicas depen-
dentes de concessão ou autorização 
do Poder Público, à tranquilidade 
pública ou ao respeito à propriedade 
e aos direitos individuais ou coletivos. 
Parágrafo único. Considera-se regular 
o exercício do poder de polícia quando 
desempenhado pelo órgão compe-
tente nos limites da lei aplicável, 
com observância do processo legal 
e, tratando-se de atividade que a lei 
tenha como discricionária, sem abuso 
ou desvio de poder.
Código de Processo 
Penal Militar 181 Abordagem 
Repressiva
Proceder-se-á à revista, quando hou-
ver fundada suspeita de que alguém 
oculte consigo: a) Instrumento ou pro-
duto do crime; b) Elemento de prova.
Lei das Contraven-
ções Penais 68
Recusa de dados 
sobre a própria 
identidade ou 
qualificação
Recusar à autoridade, quando por 
esta, justificadamente solicitados ou 
exigidos, dados ou indicações concer-
nentes à própria identidade, estado, 
profissão, domicílio e residência.
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Lei de Abuso de 
Autoridade 03 Abuso de 
Autoridade
Constitui abuso de autoridade qual-
quer atentado a: liberdade de loco-
moção; inviolabilidade do domicílio; 
sigilo da correspondência; liberdade 
de consciência e de crença; livre exer-
cício do culto religioso; liberdade de 
associação; direitos e garantias asse-
guradas ao exercício de voto; direito de 
reunião; incolumidade física do indiví-
duo; direitos e garantias asseguradas 
ao exercício profissional. 
Lei de Abuso de 
Autoridade 04 Abuso de Auto-
ridade
Constitui outros crimes de abuso de 
autoridade como ordenar ou executar 
medida privativa da liberdade indivi-
dual, sem formalidades e com abuso; 
submeter pessoa sob guarda ou cus-
tódia a vexame ou a constrangimento 
não autorizado em lei e ato lesivo da 
honra ou patrimônio de pessoa natu-
ral ou jurídica, quando praticado com 
abuso ou desvio de poder, ou sem 
competência legal.
Código de Trânsito 
Brasileiro 210
Transposição de 
bloqueio viário 
policial
Transpor, sem autorização, bloqueio 
viário policial.
Resolução do CON-
TRAN nº 371/10
Conceito de 
Bloqueio viário
Para fins de fiscalização deste enqua-
dramento, entende-se por bloqueio a 
proibição de passagem de veículos por 
uma via, pista ou faixa por motivos de: 
- segurança de trânsito: obra ou bura-
co na pista, evento, acidente, passea-
ta, etc; - controle sanitário, aduaneiro, 
tributário, etc.
SEPARATA 02 de agosto de 2018 n.º 145
Pág. 18
ABORDAGEM POLICIAL PREVENTIVA E REPRESSIVA
Para fins didáticos, a abordagem policial está classificada em duas espécies: Repressiva 
e Preventiva.A Abordagem Policial Repressiva é aquela que resulta de prisão em flagrante delito ou 
por ordem judicial, ou mesmo em decorrência de situação de “fundada suspeita”, à luz do que 
estabelece o art. 244, do Código de Processo Penal (CPP): 
“A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão 
ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse 
de arma proibida ou de objetos ou papéis que ou quando a medida for 
determinada no curso da busca domiciliar (grifo nosso)”.
Essa modalidade de abordagem, exceto no que diz respeito à noção de fundada suspeita, 
geralmente, não causa grandes entreveros jurídicos, pois retrata uma situação em que há uma 
imperiosa necessidade de atuação estatal.
A Abordagem Policial Preventiva é aquela que deriva do exercício do Poder de Polícia, 
cujo conceito está disposto no art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN): 
“Considera-se poder de polícia a atividade da Administração Pú-
blica que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, re-
gula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público 
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à discipli-
na da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas 
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqui-
lidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou 
coletivos (grifo nosso).”
Esta, por sua vez, tem que ser entendida pela sociedade como uma atribuição da Polícia 
Ostensiva, que tem caráter de atuação preventiva, no sentido de se utilizar dos meios disponí-
veis para dissuadir a vontade de delinquir dos infratores da lei.
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Conhecer os contornos que cercam a abordagem policial em sua ampla perspectiva é 
garantir a manutenção dos institutos mais caros à consagração e defesa de nossa sociedade. 
Deste modo, compreender o conceito da abordagem policial e seus pilares (princípios, fun-
damentos e condutas), bem como suas fases, níveis, o estado de alerta e as zonas de ação é 
fundamental para sua justificação quanto à forma que será realizada e o conteúdo que apre-
sentará.
1. CONCEITO 
Abordagem Policial é o ato de aproximar-se de pessoas, com o intuito de orientar, assis-
tir, interpelar, advertir, realizar busca, identificar e/ou prender utilizando-se dos processos do 
Policiamento Ostensivo, executando-se para isso, se necessário for, as técnicas de busca em 
veículos, edificações ou perímetros.
2. PILARES DA ABORDAGEM POLICIAL
Existem três pilares que embasam a Abordagem Policial:
a) PRINCÍPIOS
b) FUNDAMENTOS
c) CONDUTAS
Princípios
São preceitos norteadores da abordagem policial, apresentando verdades universais que 
estabelecem valores inegociáveis:
a) Preservação da vida
b) Legalidade
c) Dignidade da pessoa humana
d) Isonomia 
e) Interesse público
f) Proporcionalidade no uso da força
Fundamentos
São as bases para as condutas que estabelecem conceitos básicos nos quais se apoia e 
se desenvolve a abordagem policial:
a) Segurança: aplicação de medidas adotadas pela força policial militar para diminuir 
os riscos na ação PM. É um conjunto de cautelas necessárias visando à redução do pe-
rigo de uma reação por parte do abordado ou mesmo de perigos externos à abordagem.
b) Unidade de Comando: é a atividade dinâmica de prever, dirigir, coordenar, fiscalizar 
a ação de uma tropa a cargo de uma pessoa, dentro de uma linha de comando vertica-
lizada. A responsabilidade da ação será proporcional ao nível de comando.
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c) Flexibilidade: condição de realizar manobras diversificadas com viaturas ou efetivos, 
buscando atingir o objetivo da abordagem policial. Para este fundamento deve ser ob-
servada a RAPIDEZ como uma atitude a ser adotada durante a ação, buscando executar 
corretamente as técnicas com velocidade e eficiência.
d) Ação Vigorosa: é a atitude firme e resoluta dos componentes da ação policial que 
darão ordens claras e precisas ao abordado, caracterizadoras do conhecimento técnico- 
profissional. Jamais deverá confundir-se com arbítrio ou violência.
e) Vigilância: capacidade de perceber a existência de ameaças, estando o PM sempre 
alerta ao perigo.
Condutas
São os procedimentos e ações desenvolvidas pelo policial militar durante a abordagem 
policial: 
a) Aproximação: consiste na técnica de aproximar-se do alvo a ser abordado, identifican-
do possíveis pontos de perigo iminente, bem como prováveis desdobramentos no cenário 
da abordagem. Deve-se atentar para a SURPRESA como um elemento a ser utilizado na 
execução desta conduta, haja vista ser um ato de aparecer inopinadamente diante de 
uma pessoa, visando evitar sua reação. 
b) Contenção: técnica utilizada para controlar o ambiente e/ou pessoa a ser abordada 
impedindo qualquer reação contra a fração de tropa. Visa estabelecer a Zona de Segu-
rança (Setor de Busca, Setor de Custódia) e a estabilização para a ação policial. 
c) Busca: é o procedimento técnico operacional que tem como objetivo a localização e a 
identificação de objetos ilícitos.
d) Identificação: é o procedimento técnico de verificação de documentos e/ou caracteres 
que visa à identicação pessoal e/ou veicular.
3. FASES DA ABORDAGEM POLICIAL
Planejamento Mental
Nesta fase o PM que fará as indagações abaixo citadas e com base nessas informações 
elaborará uma linha de ação:
• O que faremos?
• Para que abordaremos?
• Quem iremos abordar?
• Onde se dará a ação?
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Plano de Ação
Nesta fase é elaborada uma linha de ação adaptável às circunstâncias do ambiente, 
devendo, também, ser respondidas as seguintes indagações:
• Como atuaremos?
• Quando realizaremos a abordagem?
Execução
A fase da execução consiste na aplicação prática do plano de ação concebido pelo PM, 
aplicando as Condutas da Abordagem Policial (Aproximação, Contenção, Busca e Identifica-
ção).
Conclusão 
Após a abordagem, o PM procederá a orientação, a assistência e, em caso de necessitar 
realizar a busca pessoal, ao verificar o cometimento de um ilícito, o abordado deverá ser con-
duzido a uma delegacia de polícia. Em caso de realizar a busca pessoal e não ser constatado 
o cometimento de ilícito penal, o PM deverá explicar o motivo de sua atitude e o porquê de ter 
sido realizado daquela forma.
4. NÍVEIS DE ABORDAGEM POLICIAL
NÍVEL DE 
ABORDAGEM SITUAÇÃO TIPO DE BUSCA POSTURA
1 ADMINISTRATIVA VISUAL BÁSICA
2 ORDINÁRIA LIGEIRA BÁSICA / RELATIVA
3 FUNDADA SUSPEITA MINUCIOSA SEMIPRONTA
4 SUSPEITA CONFIRMADA MINUCIOSA /COMPLETA MÁXIMA
I. NÍVEL 1 – Adotada para situações de assistência, orientação e informações em geral;
II. NÍVEL 2 - Adotada em situações onde haja necessidade de uma verificação rápida;
III. NÍVEL 3 - Adotada em situações onde existe a fundada suspeita;
IV. NÍVEL 4 – Adotada em situações onde existe a certeza do cometimento de delito.
LEMBRETE
Partindo do conceito do Uso Seletivo da Força, os níveis de abordagem podem pro-
gredir ou regredir de acordo com o desenvolvimento da abordagem policial.
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ESTADOS DE ALERTA DESCRIÇÃO
BRANCO
Quando a condição ou o local em que se encontra permite o relaxamento, devido ao 
cansaço ou notória ausência de perigo. Neste estado o policial não está pronto para 
o enfrentamento.
AMARELO
Quando a condição ou o local em que se encontra não provoca tensão nem deses-
tabiliza a calma, mas requer atenção multidirecional, devendo estar precavido e em 
constante vigilância. A agressão é possível e exige atenção a sinais que possam indi-
car uma ameaça potencial.
LARANJA
Quando a condição ou o local em que se encontra apresenta probabilidade de con-
fronto, momento em que são identificadas pessoas que possam apresentar ameaça, 
avaliando-se a postura de segurança adequada.
VERMELHO
Quando a condição ou o local apresenta suspeita confirmada,sendo o risco real, 
exigindo do policial postura máxima a fim de controlar a situação conforme as cir-
cunstâncias.
PRETO
Quando a condição ou o local em que se encontra apresenta-se como ameaça para a 
qual não está preparado ou, devido ao período de tensão prolongada, há sobrecarga 
física e emocional de seu organismo gerando estado de pânico.
Zonas de Ação
São localidades em que devem ser observadas as condutas para circulação e atuação. 
Sua classificação tem a finalidade de antecipar as condições de exposição ao risco. Essas zo-
nas serão estabelecidas em função do mapeamento das ocorrências policiais registradas e/ou 
informações de inteligência. 
SIGLA ZONA DESCRIÇÃO ESTADO DE 
ALERTA
ZL ZONA LIVRE
Área em que o policial militar deve manter a 
vigilância em face da possibilidade de ocorrên-
cia de ilícitos.
AMARELO
ZR ZONA DE RISCO
Área crítica que exige, para atuação do policial 
militar, a utilização de técnicas e táticas espe-
cíficas.
LARANJA
ZPI ZONA DE PERIGO 
IMINENTE
Zona de Risco em que há a possibilidade real de 
injusta agressão ao policial militar VERMELHO
ZC ZONA CONFLAGRADA Zona de Risco em que há o confronto armado. VERMELHO
5. ESTADOS DE ALERTA E ZONAS DE AÇÃO POLICIAL MILITAR
Estados de Alerta
São os estados delineados para a preparação mental e adequação de comportamentos 
do policial militar durante o seu cotidiano, esteja ele em serviço ou fora dele, a fim de se portar 
de maneira compatível perante as possíveis ameaças.
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6. POSTURAS DE SEGURANÇA DA ABORDAGEM POLICIAL
São quatro as posturas que podem ser adotadas pelo PM para realização da abordagem 
policial nas situações rotineiras proporcionalmente à ameaça.
POSTURA DESCRIÇÃO
BÁSICA
Com a arma de porte o PM tomará a posição diagonal em relação ao abordado, ficando a 
arma no coldre no lado oposto ao abordado. Arma portátil fica voltada para baixo enga-
jada com o cano para local seguro.
RELATIVA Arma de porte e/ou portátil engajada à 45º para baixo em posição de segurança. 
SEMIPRONTA Arma de porte e/ou portátil engajada em condições de disparo, um pouco abaixo da linha 
de visada, com o objetivo de ampliar a visão periférica do policial. 
MÁXIMA Arma de porte e/ou portátil engajada em condições plenas de disparo. 
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Conceitualmente, Buscas:
“são inspeções executadas a qualquer hora do dia ou da noite 
em pessoas, veículos, edificações e/ou perímetros, respeitada a inviola-
bilidade domiciliar, sob a égide da lei, por qualquer policial em serviço, 
com ou sem o respectivo mandado judicial, considerada a modalidade 
mais adequada e a técnica aplicada para sua realização com segurança 
e consecução de seu fim”. (ARANHA, 1995.)
1. TÉCNICAS DE BUSCA
Modalidades de Busca
São meios ou instrumentos utilizados para realizar a busca. Estão divididas conforme 
segue abaixo:
MODALIDADE DESCRIÇÃO
OCULAR Com o uso do sentido da visão, realiza-se a observação do indivíduo, objeto e/ou cenário.
MANUAL Realizada através do contato físico entre o policial e o abordado, ou entre aquele e os seus 
pertences.
MECÂNICA Realizada com utilização de aparelhos específicos, a exemplo de detectores de metais e equipa-
mentos de raio-x.
CANINA Utililizada através de cães de faro para busca em objetos, veículos ou perímetros.
TIPO DESCRIÇÃO
VISUAL É o primeiro momento da Busca Pessoal. O agente visa à localização e identificação de objetos 
ilícitos, apenas de forma visual, com uma distância segura e sem contato físico.
LIGEIRA É o tipo de Busca Pessoal de caráter ordinário, onde há o prévio contato físico, sem que haja a 
informação e/ou cometimento de prática delituosa.
MINUCIOSA É o tipo de Busca Pessoal manual que pode ser realizada em situação de fundada suspeita ou 
suspeita confirmada e utilizar-se-á da riqueza de detalhes para a consecução da abordagem.
COMPLETA
É aquela que dar-se-á após a busca minuciosa em situações de suspeita confirmada sendo 
necessária sua condução a um local apropriado, onde será feita a retirada de vestes e a busca 
visual nos orifícios corpóreos.
Espécies de Busca
As Técnicas de Busca apresentadas neste Manual estão divididas em quatro Espécies: 
Pessoal, Veicular, Domiciliar e de Perímetro, conforme descrito a seguir:
Busca Pessoal
Abrange as vestes e os demais objetos pertencentes ao abordado, como bolsa, carteira, 
mala, dentre outros.
a) Tipos de Busca Pessoal
Os tipos de busca pessoal serão empregados de acordo com o nível de abordagem e risco 
oferecido pelo abordado ou pelas circunstâncias da abordagem.
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b) Posições de Busca Pessoal
As posições de busca pessoal podem ser feitas em pé (com e sem anteparo), ajoelhado 
e deitado.
Em Pé com Anteparo - o abordado será posicio-
nado com ambas as mãos apoiadas no anteparo, acima 
da linha da cabeça, com a visão voltada para o alto (im-
pedindo que este visualize a movimentação das pernas 
e braços do Homem-Busca), com as pernas e o quadril 
afastados do anteparo no limite máximo. O Homem-Bus-
ca deverá posicionar-se com um dos braços estendido 
apoiando na região escapular contrária ao braço de apoio 
(p.ex. braço estendido direito na escápula esquerda), e 
com o outro braço é executada a busca manual no corpo 
e vestes, tendo a mesma perna do lado que mantém o 
abordado sob domínio, pressionando a parte interna do 
pé do abordado, possibilitando desequilíbrio, em caso de esboço de reação por parte do indi-
víduo.
Em Pé sem Anteparo – é aquela que o aborda-
do é colocado em posição de desequilíbrio sem pôr as 
mãos em local de apoio. Essa posição de desequilíbrio 
acontecerá quando o abordado estiver com as pernas 
afastadas, braços elevados, com as mãos sobre a região 
da nuca e os dedos entrelaçados.
Ajoelhado – 
é aquela que será 
utilizada em sus-
peita confirmada e o tipo de guarnição não dispuser de 
todos os elementos para suprir todas as funções requeri-
das na abordagem, em relação aos abordados. Aqueles 
serão postos na posição de joelhos, afastados, pés cruza-
dos à retaguarda, braços elevados, mãos sobre a região 
da nuca e dedos entrelaçados.
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Deitado – é aquela utilizada quando hou-
ver a suspeita confirmada e o nível máximo de 
periculosidade da situação, onde o abordado 
será posto na posição de decúbito ventral, as 
pernas afastadas, braços abertos e estendidos 
horizontalmente com as palmas das mãos vol-
tadas para cima e a cabeça virada para um dos 
lados. O Homem-Busca deverá algemá-lo e só 
então dar-se-á a busca pessoal. A busca pessoal será realizada colocando-se o abordado em 
posição lateralizada.
LEMBRETES
- Havendo objetos (mochilas, sacolas, pochetes) com os abordados, 
esta busca deve ser realizada em um segundo momento priorizando a busca 
nas pessoas.
- A busca em objetos deverá ser realizada pelo policial permanecendo 
o abordado a uma distância de segurança, mas que possibilite a visualização 
de seus pertences. 
- Salienta-se que a busca ajoelhado ou deitado ocorrerá em situações 
de suspeita confirmada, colocando os abordados ajoelhados (suspeita con-
firmada com ilícito) ou em decúbito ventral (suspeita confirmada com arma).
- É importante salientar que após a busca na posição do abordado 
ajoelhado e deitado, o mesmo será colocado de pé, quando deverá ser re-
alizada uma nova busca pessoal, visando proporcionar maior segurança no 
procedimento.
- Vale ressaltar, que independente da posição empregada, durante a 
busca pessoal, se o abordado apresentar resistência, o agente deverá provo-
car o desequilíbrio do mesmo e afastar-se facilitando a atuação do Segurança 
de Busca e adotar postura de segurança condizente com a situação.
- Ao aproximar-se para executar a busca pessoal o Homem-Busca a 
realizará com a arma de porte coldreada e a portátil travada evitando que 
esteja afrente do corpo.
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PROCEDIMENTOS ESSENCIAIS PARA EXECUÇÃO DA BUSCA PESSOAL
Busca Veicular
É aquela realizada em veículos, desde que haja a fundada suspeita de que no seu 
interior possam existir objetos que constituam corpo de delito, mesmo que o condutor não 
permita. Deve ser observado que existem hipóteses em que o veículo pode ser considerado a 
extensão do lar, portanto, inviolável:
• Se o carro está na garagem da casa;
• Se é um veículo tipo trailer, enquanto parado;
• Se é uma embarcação; 
• Eventualmente a cabine de um caminhão, no qual, assim como nos dois casos ci-
tados anteriormente, o proprietário também se estabeleça com ânimo de moradia.
Busca Domiciliar
É aquela realizada em locais indicados como domicílio. Para a realização da busca pes-
soal, o ordenamento jurídico usa o termo fundada suspeita, contudo, na busca domiciliar uti-
liza-se o termo fundadas razões. É válido ressaltar que nem toda edificação será um domicílio, 
porém o policial deverá saber em que situações ele poderá realizar a intervenção.
Busca de Perímetro
É aquela realizada pelos policiais, nas proximidades ou interior de ruas, veículos ou edi-
ficações no intuito de buscar algum material ilícito, que tenha sido guardado ou dispensado 
pelo abordado.
BUSCA
PESSOAL
Afastamento entre
as pernas
Deslizar a mão no 
corpo do abordado
Mão oposta do 
PM em relação a 
região escapular
 
do abordado
Não perder o 
contato com o 
abordado
Controle de cano 
do Segurança de 
Busca
Priorizar busca na 
pessoa em relação ao 
objeto
Abordando olhando 
para cima
Dedos entrelaçados na 
cabeça ou mãos 
espalmadas no anteparo
Sentido da busca: da 
cintura para cima e 
depois para baixo,
 
inclusive virilha
Faz a busca de um 
lado do abordado 
depois do outro
Só inicia a busca 
quando o abordado 
estiver contido
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2. TÉCNICAS DE EMPREGO DA ALGEMA NA ABORDAGEM POLICIAL
A algema será empregada antes, durante ou após a busca 
pessoal, dependendo das circunstâncias da ocorrência, estando 
o abordado na posição em pé, ajoelhado ou deitado, devendo ser 
observado pelo policial os aspectos legais que respalda esta ação.
Algemação em Pé sem Anteparo
Estando o abordado em pé, com as pernas afastadas, os 
braços elevados, dedos entrelaçados sobre a nuca, o Homem-Busca sacará a algema, segu-
rando-a com a mão forte e com o gancho de fechamento voltado para frente.
A algemação deverá ser iniciada de acordo com a mão forte do PM. Em seguida, será de-
terminado que o abordado leve 
a outra mão às suas costas. 
Preferencialmente, a posição 
das duas mãos do abordado 
após a algemação, deverá ser 
“costa-costa”.
Algemação em Pé com Anteparo 
Estando o abordado em pé, com as pernas afastadas, os bra-
ços elevados, apoiados no anteparo, o Homem-Busca sacará a alge-
ma, segurando-a com a mão forte e com o gancho de fechamento 
voltado para frente; com a mão fraca, o policial fará a torção no pu-
nho do abordado em direção à região da nuca, procedendo, a partir 
deste momento, de maneira análoga à algemação sem anteparo.
Algemação Ajoelhado 
Procederá de forma análoga à algemação em pé sem an-
teparo, porém, devendo atentar para a altura que estará o 
abordado e a sua colocação em pé.
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Algemação Deitado
O abordado será posto na posição de 
decúbito ventral, as pernas afastadas, braços 
abertos e estendidos horizontalmente, com 
a cabeça virada para um dos lados. O PM 
se aproximará pelo lado oposto ao rosto do 
abordado, posicionando ambos os joelhos 
nas costas do mesmo (sendo um na região 
cervical e outro na região dorsal), imobilizan-
do um dos braços entre as pernas, realizando 
a algemação deste. Em seguida levará o bra-
ço algemado às costas e será determinado que o abordado leve a outra mão às suas costas.
a) Posicionamento das algemas – ao término da algemação, o abordado deverá estar 
com as mãos nas costas e a posição das mãos deverá ser “costa-costa”, sendo que as bases 
da algema deverão estar posicionadas na parte externa do antebraço, na altura do pulso, com 
a fechadura voltada para a nuca do abordado.
b) Como levantar o abordado algemado ajoelhado - Mantendo-se o controle físico sobre 
um dos braços do abordado, será determinado ao mesmo que descruze os pés que estão à 
retaguarda e se posicione de pé. Dependendo da compleição física do abordado dentre outras 
variáveis, esse procedimento será realizado com apoio de outro policial que auxiliará manten-
do o controle físico sobre o outro braço do abordado. 
c) Como levantar o abordado algemado deitado – 
O abordado será colocado numa posição lateralizada,e a 
partir dessa posição o policial irá entrelaçar o seu braço 
oposto ao braço do abordado que está voltado para cima, 
apoiando a outra mão na nuca do abordado. Estando o 
policial com um braço entrelaçado e o outro apoiado na 
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nuca do abordado, fará um movimento 
de rotação na direção do braço que está 
apoiado na nuca, até que o abordado se 
posicione totalmente de pé. Dependendo 
da compleição física do abordado dentre 
outras variáveis, esse procedimento será 
realizado com apoio de outro policial que 
auxiliará, mantendo o controle físico sobre 
o outro braço do abordado.
d) Condução do abordado algemado – a depender da circunstância, o abordado poderá 
ser conduzido tanto com o controle físico do policial sobre a algema, como usando o braço 
entrelaçado ao braço oposto do abordado.
LEMBRETE
 Quando for necessário o emprego de algemas plásticas (tipo lacre), serão utilizados 
dois lacres: 01 (um) para cada pulso, com um passando pelo elo do outro, fixando de 
forma que não prejudique o fluxo sanguíneo.
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Entre as intervenções mais usuais da atividade preventiva, a 
abordagem policial constitui a maioria das ocorrências do dia a dia do 
PM na rua, e deve respeitar técnicas simples, fruto da experiência do 
exercício da profissão, que promovem a segurança de todos quando da 
necessidade de sua realização. (ARANHA, 1995. ADAPTADO)
Existem diversos casos que podem conduzir à suspeição, sendo normalmente situações 
atípicas e que despertam no policial a probabilidade da iminência do acontecimento de um 
fato delituoso, cabendo ao mesmo, o rápido planejamento de suas ações caso deseje realizar 
a abordagem.
1. QUANDO FAZER A ABORDAGEM
• Quando acionado pela Central de Operações; 
• Para controle de acesso a locais específicos;
• Em caso de suspeição;
• Quando na prática de crime.
2. ABORDAGEM COM POLICIAL MILITAR A PÉ
Policial Militar Isolado
Não é recomendado que o policial isolado realize a abordagem. Caso o policial esteja 
isolado e ocorra uma situação extrema, que ofereça risco iminente à segurança do policial ou 
à vida de terceiros, e que necessite sua intervenção, este deverá adotar a postura de segurança 
condizente com a situação, colocar o abordado na posição de joelhos ou em decúbito ventral 
e solicitar reforço/apoio.
Dois Policiais Militares
I – Deverá ser feita a aproximação observando a disposição em linha entre policiais, for-
mando um triângulo, cujo vértice será o abordado, atentando para a distância de cerca de 2 
(dois) metros entre os policiais e de 1 (um) a 3 
(três) metros destes para o abordado.
II – A postura de segurança do arma-
mento dos policiais deverá ser compatível com 
o nível de segurança da abordagem.
III – O Comandante deve fornecer todas 
as orientações para que o abordado tome a 
posição de busca pessoal evitando, nesse ins-
tante, o contato físico.
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IV – O Comandante será o Segurança de Busca além de responsável pela observação 
periférica relativa à segurança externa. 
V - Havendo 2 (dois) abordados, o Comandante, após o estabelecimentoda Zona de 
Segurança, quando da execução da Busca Pessoal deverá estabelecer locais distintos para 
este procedimento. O Setor de Busca deverá ser estabelecido a cerca de 1 (um) metro à re-
taguarda do Setor de Custódia. Para o segundo abordado será feito o mesmo procedimento, 
havendo a inversão dos setores. Esta abordagem necessita de aumento no estado de alerta, 
pois o Comandante será o Segurança de Busca, acumulando a segurança de custódia, além 
da observação periférica relativa à segurança externa.
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VI – Em caso de mais de 2 abordados, a abordagem será executada somente em caso 
de suspeita confirmada, colocando os abordados ajoelhados (suspeita confirmada com ilícito) 
ou em decúbito ventral (suspeita confirmada armado).
Três Policiais Militares
I – Havendo uma pessoa, deverá ser 
feita a aproximação observando a dis-
posição em linha entre policiais, for-
mando um triângulo, cujo vértice será 
o abordado, atentando para a distân-
cia de cerca de 1 (um) metro entre os 
policiais e de 1 (um) a 3 (três) metros 
destes para o abordado. O Coman-
dante fará a função de Segurança de 
Busca, o Patrulheiro nº 1 a função 
de Homem-Busca e o Patrulheiro nº 
2 atuará como Segurança Externa da 
abordagem.
II – Havendo mais de uma pessoa, 
inicialmente, o enquadramento dos 
abordados deverá ser realizado por 
todos os policiais da guarnição sendo 
que, completada a aproximação e a 
contenção, o Patrulheiro nº 2 acumu-
lará a função de Segurança de Custó-
dia e Segurança Externa.
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Quatro Policiais Militares
I – Deve ser obser-
vado o quanto disposto no 
item anterior, salientando 
que cada um dos policiais 
assumirá uma função 
específica, a saber: Ho-
mem-Busca, Segurança 
de Busca, Segurança de 
Custódia e Segurança Ex-
terna, sendo que havendo 
necessidade da função de 
Segurança de Custódia 2, 
esta será acumulada com 
a Segurança Externa.
Mais de Quatro Policiais Militares
Estabelecidos todos os 
setores (Busca, Custódia 1 e 
2, Segurança Externa), o Co-
mandante fará a coordena-
ção e o controle observando 
o desempenho de todos, bem 
como procederá a entrevista 
dos suspeitos já abordados. 
Se houver outros policiais, es-
tes poderão observar o rádio 
ou fazer o controle de trânsito.
LEMBRETE
Para o estabelecimento dos setores de abordagem, o policial deverá observar 
os seguintes critérios de avaliação de risco: 
1) pessoas que não foram abordadas
2) quem está sendo abordado
3) segurança externa
4) pessoas que já foram abordadas
5) liberdade de ação para o comandante
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TIPO DE 
GUARNIÇÃO
NÍVEL DE 
ABORDA-
GEM
SITUAÇÃO POSTURA DE 
SEGURANÇA
VIABILIDADE 
DA ABORDA-
GEM
POSICIONA-
MENTO DO 
ABORDADO
OUTRAS 
CONDUTAS À 
SEREM ABOR-
DAS
PM ISOLADO
03 Fundada 
suspeita Semipronta Não Não
OBSERVAR/
SOLICITAR RE-
FORÇO/APOIO
04
Suspeita con-
firmada com 
ilícito
Máxima Não Não
OBSERVAR/
SOLICITAR RE-
FORÇO/APOIO
04
Suspeita con-
firmada com 
arma de fogo
Máxima Não Não
OBSERVAR/
SOLICITAR RE-
FORÇO/APOIO
DUPLA
03 Fundada 
suspeita Semipronta
Sim até 02 
(dois) abor-
dados
Colocar no an-
teparo (regra) 
ou em pé
CONTER/SOLICI-
TAR REFORÇO/
APOIO
04
Suspeita con-
firmada com 
ilícito
Máxima
Sim até 02 
(dois) abor-
dados
Colocar no 
anteparo ou 
em pé/joelho
CONTER/SOLICI-
TAR REFORÇO/
APOIO
04
Suspeita con-
firmada com 
arma de fogo
Máxima Sim até 01 
(um) abordado Deitado
CONTER/SOLICI-
TAR REFORÇO/
APOIO
TRIO
03 Fundada 
suspeita Semipronta
Sim até 
03(três) abor-
dados
Colocar no an-
teparo (regra) 
ou em pé
CONTER/SOLICI-
TAR REFORÇO/
APOIO
04
Suspeita con-
firmada com 
ilícito
Máxima
Sim até 
03(três) abor-
dados
Colocar no 
anteparo ou 
em pé/joelho
CONTER/SOLICI-
TAR REFORÇO/
APOIO
04
Suspeita con-
firmada com 
arma de fogo
Máxima
Sim até 02 
(dois) abor-
dados
Deitados
CONTER/SOLICI-
TAR REFORÇO/
APOIO
3 - QUADRO RESUMO DA ABORDAGEM COM PM A PÉ
4 - ABORDAGEM COM POLICIAIS EMBARCADOS EM VIATURA 
Ao iniciar a abordagem a pessoas a pé, independente do tipo de guarnição, deverá ser 
feita a verbalização e em ato contínuo, o semidesembarque. 
 O semidesembarque se dará com a abertura das portas da viatura e o posicionamento 
dos policiais, iniciando a descida da mesma com uma das pernas já no solo e as armas dos 
policiais voltadas para os abordados. As armas deverão ser empunhadas entre as colunas da 
porta e a de sustentação do teto da viatura, a qual será desligada após o estabelecimento da 
Zona de Segurança.
Tipos de Guarnição
Uma guarnição motorizada poderá ser composta por um número variável de componen-
tes, o que fará com que existam procedimentos diferentes a serem adotados, a depender do 
tipo de guarnição.
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GUARNIÇÃO FORMAÇÃO
TIPO NÚMERO DE POLICIAIS
POSICIONAMENTO NA VIATURA
LADO DO MOTORISTA LADO DO CARONA
A 2 Motorista Comandante
B 3 Motorista 
Patrulheiro nº 1 Comandante
C 4 Motorista 
Patrulheiro nº 1
Comandante 
Patrulheiro nº 2
Guarnição TIPO A
Ao avistar o abordado, observada a distância preconizada para abordagem a pessoas a 
pé - 03 (três) metros, os integrantes da guarnição realizarão o semidesembarque de imediato, 
determinando a parada e tomada da posição de Busca Pessoal. 
Guarnição TIPO B
Ao avistar os abordados, observada a distância preconizada para abordagem a pessoas 
a pé – 03 (três) metros – os integrantes da guarnição realizarão o semidesembarque de ime-
diato, determinando-lhes a parada e tomada da posição de Busca Pessoal. 
O Patrulheiro nº 1 desembarca pela porta traseira esquerda, posicionando-se na segu-
rança externa, até que os abordados estejam dispostos nos respectivos setores, posteriormente 
será o Homem-Busca. O Motorista fará a Segurança Externa, podendo acumular com a Se-
gurança de Custódia, caso necessário, mantendo constante contato visual com o restante da 
guarnição.
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Guarnição TIPO C
Seguirá o quanto previsto no item anterior, sendo que durante o semidesembarque o Pa-
trulheiro nº2 se posicionará ao lado do Comandante, e durante a Busca Pessoal exercerá a 
função de Segurança de Custódia 1.
5. ABORDAGEM EM ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS
As peculiaridades relacionadas à aplicação de técnicas de abordagem a pessoas em es-
tabelecimentos comerciais tem sua complexidade aumentada, tornando ideal a atuação de um 
efetivo maior que a fração elementar. Variáveis como reputação do local, presença de indivídu-
os embriagados ou que compõem grupos criminosos, desconhecimento dos diversos acessos 
(portas, vasculantes ou janelas), utensílios e objetos que podem ser empregados como armas, 
iluminação inadequada e som alto são algumas das observações a serem consideradas quan-
do do planejamento para a atuação.
Procedimentos a serem adotados em abordagens a quaisquer estabelecimentos co-
merciais:
• Em regra geral, desembarcar afastado do estabelecimento;
• Havendo som no local, solicitar que seja desligado;
• Determinar que todas as pessoas se desloquem para a parte externa do estabelecimen-
to, direcionando para a Zona de Segurança, indicada pelo Comandante da abordagem;
• Observar o ambiente interno do estabelecimento antes de iniciar a Busca Pessoal;
• Não havendo suspeita específica, iniciar a abordagem pelos homens. As mulheres so-
mente serão abordadas posteriormente atentando para bolsas e sacolas;
• Após a Busca Pessoal, far-se-á a busca de perímetro no ambiente do estabelecimento 
respeitando a legislação pertinente;
• Ter, sempre que possível, um dos funcionários do local como testemunha. 
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Abordagem a veículo é o ato de uma guarnição policial, motorizada ou a pé, que se 
utilizando da técnica adequada, aproxima-se de um veículo com o intuito de abordarpessoas 
que estejam no seu interior e dependendo do nível da abordagem, realizará a busca e/ou a 
identificação veicular. Esta é uma ação policial de risco, por oferecer perigo a integridade física 
dos policiais, dos cidadãos, bem como, danos à propriedade.
Considerando que o abordado já possui em seu poder uma arma que é o veículo, torna-
-se uma séria ameaça à vida dos policiais e ao público em geral, pois, uma ação fora da técni-
ca, poderá ocasionar danos pessoais, materiais (imóveis e veículos), principalmente, durante 
os acompanhamentos em alta velocidade. 
Os componentes de uma guarnição devem procurar sempre visualizar os ocupantes do 
veículo, identificando suas posições em todos os ângulos, devendo ter consciência que a se-
gurança da ação é fundamental, atentando para a sua segurança e a de terceiros.
Existem muitas dificuldades encontradas pelos policiais no que diz respeito à falta de 
visualização total dos ocupantes do veículo ou de suas atividades no interior do mesmo. O 
próprio veículo proporciona coberta e abrigo para os abordados em relação à polícia. Daí a 
importância da aplicação das técnicas preconizadas neste capítulo.
1. QUANDO FAZER A ABORDAGEM.
• Quando acionado pela Central de Operações; 
• Para Controle e/ou Fiscalização de Trânsito;
• Em caso de suspeição;
• Quando usado na prática de crime.
2. CASOS DE SUSPEIÇÃO DE VEÍCULOS
Vejamos alguns exemplos:
a) Veículo se deslocando em baixa velocidade próximo a estabelecimento comercial;
b) 02 (dois) veículos ou mais se deslocando juntos em área comercial; 
c) Veículo com placas que causem suspeição ou sem elas;
d) Pessoas passando de um veículo para outro (abandonando o primeiro);
e) Veículo estacionado em local ermo ou em local sem justificativa aparente;
f) Veículo de carga ou com compartimento fechado que possa abrigar pessoas, estacio-
nado em frente a estabelecimentos comerciais ou bancários com placas suspeitas;
g) Veículo circulando à noite com as luzes apagadas;
h) Veículo que passa pelo mesmo local várias vezes;
i) Pessoas que estão deitadas no interior do veículo;
j) Veículos abandonados ou abertos por longo período;
k) Condutores que alteram o seu comportamento com a aproximação da viatura ou ao 
avistá-la;
l) Veículos com características semelhantes a algum comunicado de alerta passado pela 
Central de Operações.
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3. ETAPAS DA ABORDAGEM A VEÍCULOS
A abordagem a veículo poderá ser desencadeada a qualquer momento, mas o coman-
dante da guarnição policial deve, inicialmente, avaliar a situação e decidir por qual ação ele 
deve proceder, pois nem sempre será possível ou viável realizar a abordagem, podendo o local 
onde se encontra possuir um tráfego intenso (requer maiores cuidados) ou presença conside-
rável de pessoas que seriam expostas a riscos sem necessidade.
O Comandante poderá aguardar o momento mais adequado ou a chegada de reforço/
apoio antes de executar a abordagem.
Neste manual são consideradas as etapas seguintes: acompanhamento, bloqueio, cerco 
e interceptação.
Acompanhamento
É a monitoração visual e física do veículo suspeito, enquanto estiver em deslocamento 
até o momento da abordagem.
Durante o acompanhamento, a guarnição deve observar os movimentos dos seus ocu-
pantes, procurando identificar suas características, assim como as do veículo (marca, modelo, 
tipo, cor, placa policial e outros detalhes que facilitem a identificação), munindo a Central de 
Operações com informações (sua localização, itinerário, número de ocupantes, comportamen-
to e outros) que possam servir para o planejamento das ações até o momento da interceptação.
Dificuldades
É importante ter em mente que durante o acompanhamento a veículo suspeito, existem 
algumas dificuldades:
a) Identificação dos ocupantes através do veículo, não só pela escassez de dados, mas 
devido ao uso de películas ou ao movimento do veículo;
b) A intensidade do trânsito de veículos e o grande fluxo de pedestres, visto que pode 
causar acidentes e oferecer riscos a terceiros; 
c) Identificar e perceber os locais que favoreçam as manobras evasivas.
Cuidados
Alguns cuidados e procedimentos devem ser adotados pela guarnição quando do acom-
panhamento a veículos suspeitos. Nunca se deve:
a) Emparelhar a viatura com o veículo suspeito;
b) Ultrapassar o veículo suspeito, “fechar” ou efetuar qualquer manobra perigosa, que 
force a parada abrupta do veículo que se acompanha;
c) Dar marcha a ré ao detectar a suspeição em veículo parado;
d) Efetuar disparos no veículo acompanhado, por desconhecer os ocupantes do veículo 
(se vítimas ou se infratores da lei).
LEMBRETE
Nem sempre um veículo que promove fuga implica no entendimento de que seus 
ocupantes sejam infratores da lei (dentre as inúmeras hipóteses, pode tratar-se de um 
menor sem habilitação ou um cidadão que esteja sem documentação de porte obrigatório).
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Bloqueio
É a ação que consiste na participação de várias viaturas com o objetivo de fechar as 
vias de fuga para o veículo suspeito. A disposição tática das demais viaturas no teatro de 
operações, facilita o procedimento de acompanhamento do veículo em fuga, dando tempo ao 
planejamento e execução da interceptação policial.
Dificuldades
Para ação de bloqueio, são identificadas algumas dificuldades que podem favorecer a 
fuga do veículo suspeito:
a) Conhecimento pleno do local e as possíveis rotas de fuga, visto que os infratores da 
lei, normalmente, planejam uma rota principal e outra alternativa e, caso os policiais envolvi-
dos na ação não tenham esse conhecimento, poderão deixar livre esses locais. 
b) Disponibilidade de viaturas suficientes para realizar o bloqueio, ou o tempo levado 
para dispor essas viaturas nos pontos estabelecidos.
Cuidados
a) Não se recomenda o uso de bloqueios em aclives, declives ou curvas.
b) Em vias urbanas pode-se utilizar a própria viatura e outros recursos para realizar o 
fechamento do trânsito, atentando para o aspecto de segurança da guarnição. Em vias rurais 
recomenda-se a utilização de outros suplementos operacionais.
Cerco
É a ação policial que consiste no controle de uma determinada área ou alvo para isola-
mento e atuação da guarnição policial. O cerco pode ser iniciado após o bloqueio e serve de 
preparação para a interceptação.
Dificuldades
Assim como no bloqueio, a disponibilidade de viaturas e o tempo resposta também são 
fatores que dificultam esta etapa.
Cuidados
Quando do cerco decorrer situações em que não se faz viável proceder com a abor-
dagem, a exemplo, uma crise envolvendo refém, deve-se requerer a intervenção de equipe 
especializada.
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Interceptação
É o momento da imobilização do veículo suspeito para o início da fase de execução da 
abordagem. A interceptação é um momento crucial da abordagem a veículos, pois nessa eta-
pa o emprego correto das técnicas será de vital importância para o desfecho positivo da ação 
policial. 
Dificuldades
Visualizar e perceber os movimentos dos ocupantes do veículo em atitude suspeita. 
Cuidados
A escolha do local para a abordagem, sempre que possível dar-se-á em locais com pouca 
movimentação de veículos e pedestres para aumentar a segurança da ação policial.
4. CONDUTAS NA ABORDAGEM A VEÍCULOS
Aproximação
Uso de Sirene, Giroflex e Megafone
Durante o dia quando o fluxo de veículos é intenso, tais dispositivos sonoros e luminosos 
são indispensáveis para a rapidez e desobstrução no atendimento de ocorrências policiais, 
contudo, deve-se ponderar sua utilização para não comprometer a eficiência da ação policial.
A utilização do megafone na abordagem a veículos, em alguns casos, torna-se impres-
cindível, por exemplo, se a abordagem ocorrer a uma distância considerável ou durante acom-
panhamento.
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Porta (Fechada/Destravada/Vidros Abertos) 
Por questões de segurança e para um desembarquerápido e tomadas de posições dos 
integrantes da guarnição, os policiais devem certificar-se de que as portas estejam destravadas 
e com os vidros arriados.
Semidesembarque 
O procedimento de semidesembarque dever ser realizado com rapidez que associada à 
precisão das técnicas, gera um impacto psicológico e diminui o poder de reação por parte dos 
abordados, demonstrando ainda, o grau de eficiência e entrosamento da guarnição.
Posicionamento da Guarnição
As posições dos integrantes da guarnição, durante a execução da abordagem visam:
a. À visão total da área da abordagem, posições e movimentos dos abordados;
b. À não exposição dos integrantes a possíveis disparos de arma por parte dos abor-
dados; 
c. À não exposição dos policiais ao disparo acidental de seus companheiros;
d. Ao não cruzamento das linhas de tiro.
Utilização das Proteções Oferecidas pela Viatura
A viatura possui alguns locais que oferecem mais segurança e proteção aos componen-
tes da guarnição. O motor, pela sua composição e estrutura, é o local mais compacto e o que 
oferece maior proteção contra disparos de armas de fogo. As colunas de sustentação do teto, 
oferecem uma segurança relativa, por serem um ponto reforçado do veículo. 
As portas da viatura, utilizadas naturalmente pelos policiais, devem ficar no ângulo de 
45 graus (semiabertas) em relação ao veículo. Existem outros locais da viatura que oferecem 
uma segurança relativa, como os pneus e aros.
Verbalização 
A entonação da voz deverá ser compatível à distância e atitude do abordado, e 
como citado anteriormente, a utilização do megafone poderá facilitar ao abordado ouvir e bem 
entender as ordens do policial. A ação vigorosa associada a gestos precisos, clareza e entona-
ção de voz, impõem aos abordados a idéia de profissionalismo e firmeza, o que com certeza 
inibirá possíveis atitudes de reação.
Contenção
Ao aproximar-se do veículo em atitude suspeita que será abordado, o comandante da 
guarnição determinará:
A parada do veículo:
“- ATENÇÃO! ABORDAGEM POLICIAL, PARE O VEÍCULO! 
- DESLIGUE O VEÍCULO! COLOQUE A CHAVE SOBRE O TETO!
- TODOS OS OCUPANTES MANTENHAM AS MÃOS PARA FORA DO VEÍCULO!”
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Saída do condutor:
“- SAIA DO VEÍCULO COM A MÃO SOBRE A CABEÇA!
- ABRA A PORTA DO FUNDO!”
Saída dos demais ocupantes pela porta correspondente, com as mãos sobre a cabeça, 
um por vez, deslocando para o local determinado, deixando todas as portas abertas.
Os abordados deverão ser colocados em um local seguro, denominado Zona de Seguran-
ça, onde será feita a Busca Pessoal, utilizando anteparo, se houver, do lado direito, equidistan-
te entre o veículo e a viatura, de costas para a via.
Verificação do Veículo
O Homem-Busca deslocar-se-á com a silhueta reduzida pela lateral esquerda do veículo 
suspeito, utilizando-se da técnica de tomada de ângulo, onde observará atentamente o veícu-
lo, com postura de segurança conforme o nível da abordagem, tentando visualizar se existe 
mais algum ocupante no interior deste. Após esse momento, deve também certificar, rapida-
mente, se o porta-malas está fechado e dar o “limpo” para a guarnição.
Abertura do Porta-Malas 
Será realizada pelo Homem-Busca com apoio do Segurança de Busca, do lado esquerdo 
do veículo abordado, visando localizar pessoas. O procedimento de abertura do porta-malas 
será realizado pelos dois policiais, no sentido da via ao anteparo (Zona de Segurança). Antes 
da abertura do porta-malas, os abordados serão posicionados mais próximos da viatura (des-
locamento lateral da Zona da Segurança).
LEMBRETE
 
Os policiais deverão tomar todos os cuidados na observação para não confundir um 
infrator com: uma vítima, uma pessoa alcoolizada ou drogada que diante de uma atitude 
brusca possam provocar uso de arma de fogo indevidamente.
Verificação do Capô
A depender do nível de abordagem poderá ser realizada a busca no capô do veículo, 
visando encontrar materiais ilícitos e/ou para a identificação veicular.
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5. OS 15 (QUINZE) PASSOS DA ABORDAGEM VEICULAR
PASSOS PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS
01 Planejamento mental.
02 Parada do veículo suspeito e posicionamento da viatura com semidesembarque da guarnição.
03 Verbalização do comandante da guarnição para estabelecer a Zona de Segurança (Contenção).
04 Busca visual do veículo, utilizando-se da Técnica de Tomada de Ângulo, visando à localização de 
pessoas no seu interior.
05 Verificação inicial do porta malas para saber se está fechado, dando o “-limpo!” para a guarnição.
06 Desembarque da guarnição e posicionamento na zona de segurança.
07 Busca Pessoal nos ocupantes do veículo.
08 Afastar os abordados do veículo, colocando ao lado da viatura (deslocamento lateral da zona de 
segurança).
09 Abertura e busca visual no porta malas do veículo, a fim de verificar se não há pessoas no seu 
interior.
10 Busca veicular no sentido horário e de cima para baixo (a depender do nível de suspeição verificar 
o capô do veículo).
11 Busca de Perímetro no entorno do veículo e na Zona de Segurança.
12 Técnica de identificação pessoal.
13 Técnica de identificação veicular.
14
Conclusão da abordagem com a exposição de motivos e liberação dos abordados ou adoção das 
medidas cabíveis, conforme previsão legal, além de consignar todos os dados para relatório de 
serviço.
15 Realizar a segurança dos abordados e aguardar a saída do veículo.
 
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6. ABORDAGEM COM OS DIVERSOS TIPOS DE GUARNIÇÃO MOTORIZADA
Abordagem com Guarnição Tipo A
Por questões de segurança, as Guarnições Tipo A não são adequadas para realizar abor-
dagem a veículo, pois deixará de ser empregada a técnica na sua plenitude. Isso se dá, so-
bretudo, pela falta do Patrulheiro que seria encarregado do Setor de Custódia e/ou Segurança 
Externa, que no caso da Guarnição Tipo A será feita pelo próprio Comandante. 
Um veículo suspeito tendo apenas um ocupante, proporcionará à Guarnição Tipo A uma 
possibilidade de controle maior da abordagem em comparação em uma situação que conte-
nha dois ocupantes, pois nesse último caso, quando o Comandante se encarregar da custódia 
do condutor do veículo, deixará de prestar atenção exclusiva ao segundo ocupante, pois estará 
ocupado também com o primeiro abordado (condutor) e é justamente nesse momento que 
surge o maior ponto de risco na ação, pois o Comandante por alguns instantes dividirá a sua 
atenção entre o abordado que está no anteparo e o que está desembarcando do veículo.
LEMBRETE 
Abordagem a veículo com três ou mais ocupantes não é tecnicamente viável ser 
realizada por esse tipo de guarnição. Quando uma Guarnição Tipo “A” se deparar com 
veículos com mais de 2 (dois) ocupantes, deve solicitar reforço/apoio à Central e continuar 
acompanhando o veículo, até a chegada de outra Guarnição.
Procedimentos
O Comandante da guarnição realiza o semidesembarque ao mesmo tempo que o Moto-
rista, e tomam as seguintes posições: 
COMANDANTE
O Comandante posiciona-se semidesembarcado, entre a coluna do teto e a porta, pro-
curando reduzir ao máximo a sua silhueta e determina que o condutor do veículo desligue o 
veículo (antes deverá abaixar o vidro, destravar a porta e retirar o cinto de segurança). A partir 
desse momento será determinado ao abordado que retire a chave da ignição e a coloque sobre 
o teto, nessa mesma ação será ainda determinado ao abordado colocar as duas mãos para fora 
do veículo e a descida do veículo com as mãos sobre a cabeça, descendo do veículo de frente 
e se deslocando até a Zona de Segurança. A partir desse momento utiliza-se as Técnicas de 
Contenção e Busca Pessoal.
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MOTORISTA
O Motorista semidesembarca e se posiciona entre a coluna e a porta da viatura. Ele será 
responsável por observar toda a parte esquerda do veículo (lateral e fundo). Estando o abor-
dado já posicionado naZona de Segurança, deslocar-se-á com a silhueta reduzida pela lateral 
esquerda do veículo suspeito, utilizando-se da Técnica de Tomada de Ângulo, onde observará 
atentamente o veículo, com postura de segurança máxima, tentando visualizar se existe mais 
algum ocupante no interior deste. Após este momento, deve também certificar, rapidamente, 
se o porta-malas está fechado e dar o “limpo” para a guarnição, e, em seguida, assume a fun-
ção de Homem-Busca, com o apoio do Comandante que será o Segurança de Busca.
Havendo um segundo abordado, a função do Motorista da guarnição será de grande 
responsabilidade, pois o Comandante estará dividido entre o primeiro abordado, que estará 
sendo custodiado na Zona de Segurança, e o segundo, que estará desembarcando, devendo o 
Motorista policial não desviar sua atenção do segundo abordado até que este esteja no local de 
custódia. Além disso, o Motorista fará a verificação do veículo sem apoio de fogo do Coman-
dante, visto que este estará com atenção na Zona de Segurança. Por esses motivos é que não 
é recomendável a abordagem a veículo com dois ocupantes. Este caso deve ser considerado 
como excepcional e em situações inevitáveis. 
 
LEMBRETE 
Atualmente na PMBA, praticamente todas as Unidades Operacionais se utilizam 
desse tipo de guarnição no policiamento, devendo os policiais terem a consciência do 
risco que uma abordagem com esse tipo de guarnição oferece, quando não observado os 
requisitos mínimos de segurança.
Abordagem com Guarnição Tipo B
Procedimentos
O Comandante da guarnição semidesembarca junto com o Motorista e o 
Patrulheiro nº 1 e tomam as seguintes posições:
COMANDANTE
O Comandante posiciona-se semidesembarcado, entre a coluna do teto e a porta, procu-
rando reduzir ao máximo a sua silhueta e determina que o condutor desligue o veículo (antes 
deverá abaixar o vidro, destravar a porta e retirar o cinto de segurança). A partir desse mo-
mento será determinado ao abordado que retire a chave da ignição e a coloque sobre o teto, 
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nesta mesma ação será ainda determinado ao abordado colocar as duas mãos para fora do 
veículo e a descida do veículo com as mãos acima da cabeça, descendo do veículo de frente 
e deslocando-se até a Zona de Segurança. A partir desse momento utiliza-se as Condutas de 
Contenção e Busca Pessoal.
MOTORISTA
O Motorista semidesembarca e se posiciona entre a coluna e a porta da viatura. Ele será 
responsável por observar toda a parte esquerda do veículo (lateral e fundo). Após estabelecida 
a Zona de Segurança com todos os abordados dispostos, assume a função de Segurança Ex-
terna, na passagem do patrulheiro para a Busca Visual do veículo.
PATRULHEIRO Nº 1
O Patrulheiro nº 1 desembarca pelo lado do Motorista, voltado para a retaguarda, rea-
lizando em um primeiro momento a segurança externa da guarnição. Estando o abordado já 
posicionado na Zona de Segurança, o patrulheiro deslocar-se-á com a silhueta reduzida pela 
lateral esquerda do veículo suspeito utilizando-se da Técnica de Tomada de Ângulo, onde ob-
servará atentamente o veículo, com postura de segurança máxima, tentando visualizar se exis-
te mais algum ocupante no interior do mesmo. Após este momento, deve também certificar, 
rapidamente, se o porta-malas está fechado e dar o “limpo” para a guarnição, e em seguida, 
assume a função do Homem-Busca. Na passagem do Patrulheiro nº 1 pelo Motorista, este 
assumirá a função de Segurança Externa.
Após a Busca Pessoal, será realizada a verificação do porta-malas do veículo no intuito 
de localizar pessoas. Ao finalizar a verificação do porta-malas será realizada a Busca Veicular, 
acompanhada pelo condutor.
Abordagem com Guarnição Tipo C
Procedimentos
O Comandante da guarnição na posição de semidesembarque junto com o Motorista, 
Patrulheiro nº 1 e Patrulheiro nº 2, tomam as seguintes posições:
COMANDANTE
O Comandante posiciona-se semidesembarcado, entre a coluna do teto e a porta, pro-
curando reduzir ao máximo a sua silhueta, e determina que o condutor desligue o veículo 
(antes deverá abaixar o vidro, destravar a porta e retirar o cinto de segurança). A partir deste 
momento será determinado ao abordado que coloque a chave sobre o teto, mantenha as mãos 
para fora do veículo e desça com as mãos sobre a cabeça, deslocando-se, de frente, até a 
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Zona de Segurança, utilizando as Condutas de Conteção e Busca Pessoal. O Comandante será 
o Segurança de Busca.
MOTORISTA
O Motorista desembarca do seu lado, posicionando-se entre a coluna e a porta da viatu-
ra. Ele será responsável por observar toda a parte esquerda do veículo (lateral e fundo). Quan-
do o Patrulheiro nº 1 fizer a verificação do veículo, ele assumirá a Segurança Externa, podendo 
acumular com a Segurança de Custódia 2, a depender do número de ocupantes do veículo.
PATRULHEIRO Nº 1
O Patrulheiro nº 1 desembarca pelo lado do Motorista e se posiciona, inicialmente, fa-
zendo a segurança externa. Quando o abordado estiver posicionado na Zona de Segurança, 
o Patrulheiro nº 1 deslocar-se-á com a silhueta reduzida pela lateral esquerda do veículo sus-
peito, utilizando-se da Técnica de Tomada de Ângulo, onde observará atentamente o veículo 
abordado, com postura de segurança máxima, tentando visualizar se existe mais algum ocu-
pante no seu interior. Após este momento, deve também certificar, rapidamente, se o porta- 
malas está fechado e dar o “limpo” para a guarnição, momento em que assume a função de 
Homem-Busca. Na passagem do Patrulheiro nº 1 pelo Motorista, este assumirá a função de 
Segurança Externa. 
PATRULHEIRO Nº 2 
O Patrulheiro nº 2 desembarca pelo lado do Comandante e se posicionam ambos do 
mesmo lado, atentos ao flanco direito do veículo abordado e à saída dos ocupantes até a Zona 
de Segurança. Após a saída do primeiro abordado e durante o seu deslocamento para o Setor 
de Custódia, o patrulheiro se volta para esse local e assume a função de Segurança de Custó-
dia até o fim da abordagem.
LEMBRETE
A depender do número de ocupantes do veículo a ser abordado, o acúmulo da fun-
ção de Segurança de Custódia 2 pelo Motorista é de vital importância, pois este setor ficará 
próximo ao veículo que ainda não foi abordado.
Abordagem com Duas Guarnições
Poderá haver situações em que duas guarnições realizarão uma abordagem em conjun-
to. Tais situações ocorrerão em duas circunstâncias: quando uma guarnição solicitar reforço/
apoio para realizar a abordagem e quando as duas guarnições estiverem em comboio.
Procedimentos
a) UMA GUARNIÇÃO JÁ NO ACOMPANHAMENTO OU INTERVENÇÃO REFORÇADA 
OU APOIADA POR OUTRA GUARNIÇÃO
Neste caso, a segunda guarnição (reforço ou apoio) completará o efetivo da primeira, no 
momento inicial, ocupando as funções remanescentes, como se fosse uma guarnição do Tipo 
C. Após a Contenção, deverá ser obedecido o princípio da unidade de comando. 
Excedendo algum componente, este assumirá uma das funções conforme descrito neste 
Manual quando de uma abordagem com “mais de quatro policiais militares a pessoas a pé”, 
obedecendo os critérios de avaliação de risco.
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b) GUARNIÇÕES EM COMBOIO
Para este tipo de intervenção, a guarnição de maior porte, havendo a possibilidade, 
assumirá a frente do comboio (neste primeiro momento independente de posto/graduação), e 
realizará a interceptação. Os componentes da segunda guarnição irão ocupar as funções rema-
nescentes, como se fosse uma guarnição do Tipo C. Após a Contenção, deverá ser obedecido 
o princípio da unidade de comando. 
Excedendo algum componente, este assumirá uma das funções conforme descrito neste 
Manual quando de uma abordagem com “mais de quatro policiais militares a pessoas a pé” 
obedecendo os critérios de avaliação de risco.
7. TÉCNICAS DE ABORDAGEM A MOTOCICLETA OU SIMILARES
Esta abordagem pode ser realizada por quaisquer tipos de guarnição, para tanto, os po-
licias militaresenvolvidos nesta ação devem atentar aos seguintes procedimentos:
a) A aproximação será feita respeitando a distância de 3 (três) a 5 (cinco) metros da 
motocicleta a ser abordada. 
b) A viatura deve ser posicionada à retaguarda da moto de forma a estabelecer a Zona 
de Segurança.
c) O semidesembarque dos componentes da guarnição será simultâneo e a partir daí o 
Comandante inicia a verbalização: “ABORDAGEM POLICIAL!”; “DESLIGUE A MOTOCICLE-
TA!”; “NÃO RETIRE O CAPACETE!”; “MÃOS SOBRE O CAPACETE!”.
d) O Comandante determinará que os indivíduos desmontem da motocicleta sem retirar 
o capacete ou qualquer outro objeto e, a partir daí, serão adotados os procedimentos relativos 
às técnicas de abordagem a pessoas a pé.
e) O Homem-Busca, além de realizar a busca pessoal, fará a busca veicular, de períme-
tro e a identificação pessoal e veicular.
8. TÉCNICAS DE ABORDAGEM A VEÍCULOS DE CARGA
Este tipo de abordagem exige uma atenção redobrada dos policiais militares, haja vista 
que, em caso de transporte de material ilícito, há grande probabilidade de outros veículos rea-
lizarem a segurança da carga. Diante disso, a equipe ideal, para realização de uma abordagem 
a veículos de carga, deve ser composta por no mínimo quatro policiais militares.
Abordagem com Guarnição Tipo C
a) Através de sinal sonoro e visual, determinar a parada do veículo de carga em local 
apropriado (preferencialmente em terreno plano e próximo à calçada ou acostamento). 
b) A viatura deve parar à retaguarda do veículo afastada entre 03 (três) e 05 (cinco) 
metros, procurando alinhar o farol do lado direito da viatura com o eixo central do veículo abor-
dado. Neste momento, a Guarnição deve estar com a atenção redobrada para uma possível 
escolta, adotando contramedidas caso ocorra.
c) A Guarnição fará o desembarque, exceto o Motorista que permanece semidesembar-
cado e controla a lateral esquerda do veículo. O Patrulheiro nº 1, neste momento, fará a segu-
rança externa. O Comandante e o Patrulheiro nº 2 ficarão cobertos na porta dianteira direita 
da viatura. Será adotada a Postura de Segurança adequada a situação.
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d) Após determinação do Comandante, o Patrulheiro nº 1 desloca mantendo o controle 
da lateral esquerda. Ao mesmo tempo, o Patrulheiro nº 2 desloca para verificar o comparti-
mento de carga e o Comandante faz a segurança do Patrulheiro nº 2 e mantém o controle da 
lateral direita do veículo de carga. O Motorista, por sua vez, desembarcará e ficará responsável 
pela Segurança Externa, posicionando-se à frente da viatura, alinhado ao farol esquerdo, na 
Zona de Segurança e fazendo, se necessário for, o controle do trânsito.
e) Verificado o compartimento de carga, o Patrulheiro nº 1 deslocará pelo lado esquerdo, 
próximo à carroceria, em direção à boleia, ao mesmo tempo em que o Comandante e o Patru-
lheiro nº 2 deslocarão pelo lado direito próximo à carroceria, também em direção à boleia, de 
forma que visualize a sua parte interna. 
f) O Patrulheiro nº 1 determinará que o condutor desligue o veículo e que todos os ocu-
pantes desçam da boleia pela porta do lado do carona (lado direito). Ao descer, o Comandante 
ordenará que o abordado se posicione paralelo à lateral direita do veículo, sendo ali estabele-
cido a Zona de Segurança. 
g) Após a contenção dos ocupantes que desceram do veículo, o Patrulheiro nº 2 deslo-
car-se-á com a silhueta reduzida em direção à boleia, utilizando-se da técnica de tomada de 
ângulo, onde fará busca visual na parte interna do veículo suspeito, com postura de segurança 
máxima, tentando visualizar se existe mais algum ocupante no seu interior dando “LIMPO”.
h) O Patrulheiro nº 1, ao ouvir o “LIMPO”, deslocar-se-á pela frente do veículo de carga, 
para o Setor de Busca, e após o posicionamento para a busca dos ocupantes do veículo, o 
Comandante dará autorização para iniciar este procedimento, onde o Patrulheiro nº 1 terá a 
função de Homem-Busca, com o Comandante fazendo a Segurança de Busca, e o Patrulheiro 
nº 2 fará a Segurança de Custódia até o final da busca.
i) Na Abordagem a Veículos de Carga, a Busca Veicular será dividida em busca no com-
partimento de carga, se houver, e busca na boleia.
j) Após a busca pessoal, será realizada a busca no compartimento de carga. O Patru-
lheiro nº 1 fará a abertura do compartimento, enquanto o Comandante fará a busca visual. 
Durante esta ação, o abordado será colocado em local que possa visualizar a parte interna do 
compartimento, enquanto o Patrulheiro nº 1 fará a busca em seu interior.
k) Antes da busca no compartimento de carga, a Zona de Segurança será deslocada a 
região lateral da viatura, evitando cruzamento da linha de tiro.
l) Em seguida o Patrulheiro nº 1 fará a busca no interior da boleia (portas, chão, bancos 
e teto nesta ordem, bem como no compartimento de descanso, se houver). O condutor será 
posicionado em local que possa visualizar a busca, sendo acompanhado pelo Comandante.
m) Após a conclusão da abordagem, a guarnição fará a segurança do trânsito e aguar-
dará a saída do veículo.
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9. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 
São fatores a serem observados na aplicação das técnicas, que servem para complemen-
tar e aumentar a segurança da ação policial quando numa abordagem a veículo:
Luzes
Durante a abordagem, o giroflex e o pisca-alerta da viatura deverão permanecer ligados. 
Em situações de baixa visibilidade (a depender da zona de ação), o farol alto da viatura será 
ligado e determinado ao condutor do veículo que desligue o farol e acenda as luzes internas 
do veículo.
Confirmação da Supeita 
Havendo suspeita confirmada, os ocupantes deverão sair do veículo abordado e serem 
posicionados de joelhos (suspeita confirmada com ilícito aliada aos fatores: efetivo policial e 
local da ação) ou imediatamente em decúbito ventral (suspeita confirmada com a presença de 
arma de fogo), seguido da verificação do interior do veículo, contenção, algemação e Busca 
Pessoal nos abordados.
10. QUADRO RESUMO DE ABORDAGEM A VEÍCULOS COM DIFERENTES 
TIPOS DE GUARNIÇÃO
TIPO DE 
GUARNIÇÃO
NÍVEL DE 
ABORDAGEM SITUAÇÃO POSTURA DE 
SEGURANÇA
VIABILIDADE DA 
ABORDAGEM
POSICIONAMENTO 
DOS SUSPEITOS
OUTRAS 
CONDUTAS À 
SEREM ABORDAS
A
03 Fundada suspeita Semipronta SIM ATÉ 02 (dois) 
SUSPEITOS
COLOCAR NO AN-
TEPARO (REGRA) 
OU EM PÉ
ACOMPANHAR/SO-
LICITAR REFORÇO/
APOIO
04 Suspeita confir-
mada com ilícito Máxima SIM ATÉ 02 (dois) 
SUSPEITOS
COLOCAR NO 
ANTEPARO 
(REGRA) OU EM 
PÉ/JOELHO
ACOMPANHAR/SO-
LICITAR REFORÇO/
APOIO
04
Suspeita confir-
mada com arma 
de fogo
Máxima Não Não
OBSERVAR/SOLI-
CITAR REFORÇO/
APOIO
B
03 Fundada suspeita Semipronta Sim até 03 (três) 
suspeitos
COLOCAR NO AN-
TEPARO (REGRA) 
OU EM PÉ
CERCAR/CONTER/
SOLICITAR REFOR-
ÇO/APOIO
04 Suspeita confir-
mada com ilícito Máxima Sim até 03 (três) 
suspeitos
COLOCAR NO 
ANTEPARO 
(REGRA) OU EM 
PÉ/JOELHO
CERCAR/CONTER/
SOLICITAR REFOR-
ÇO/APOIO
04
Suspeita confir-
mada com arma 
de fogo
Máxima Sim até 03 (três) 
suspeitos DEITADOS
CERCAR/CONTER/
SOLICITAR REFOR-
ÇO/APOIO
C
03 Fundada suspeita Semipronta Sim até 04 (qua-
tro) suspeitos
COLOCAR NO AN-
TEPARO (REGRA) 
OU EM PÉ
CERCAR/CONTER/
SOLICITAR REFOR-
ÇO/APOIO
04 Suspeita confir-
mada com ilícito Máxima Sim até 04 (qua-
tro) suspeitos
COLOCAR NO 
ANTEPARO 
(REGRA) OU EM 
PÉ/JOELHO
CERCAR/CONTER/
SOLICITAR REFOR-
ÇO/APOIO
04
Suspeita confir-
mada com arma 
de fogo
Máxima Sim até 04 (qua-
tro) suspeitos DEITADOS
CERCAR/CONTER/
SOLICITAR REFOR-
ÇO/APOIO
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As ocorrências de ilícitos praticados em ônibus coletivo tem compelido a Polícia Militar 
a intensificar as abordagens às pessoas neles embarcadas. Não obstante, as diferentes carro-
cerias – portas únicas, duplas ou triplas, catracas dianteira ou traseira, variações no tamanho,altura e de visibilidade da ocupação interna – fazem com que tais procedimentos primem pela 
supremacia da técnica ante a inferioridade numérica da guarnição policial. Assim sendo, re-
comenda-se um efetivo mínimo de 04 (quatro) policiais, de forma que o fiel cumprimento das 
técnicas aqui apresentadas, assegure a redução dos riscos inerentes à abordagem realizada.
1. ABORDAGEM A PESSOAS EMBARCADAS EM ÔNIBUS COLETIVO, 
COM CATRACA DIANTEIRA, COM UMA GUARNIÇÃO TIPO C
Aproximação
I. Sempre que possível, a 
viatura deverá parar à retaguarda 
do ônibus, com seu farol direito 
alinhado à placa do ônibus, com 
distância mínima de 05 (cinco) 
metros.
II. O desembarque dos integrantes 
será simultâneo, devendo o Comandante 
e o Patrulheiro nº 2 deslocar até a frente 
do ônibus, parando em diagonal à colu-
na de sustentação do para-brisa, junto 
à porta dianteira, que lhes dará cober-
tura. O Patrulheiro nº 2 irá à frente do 
Comandante, com sua arma em posição 
semipronta, voltado para porta da frente 
e dianteira do coletivo e o Comandante, 
por sua vez, irá à retaguarda do Patrulhei-
ro nº 2 em postura semipronta, voltado 
para o ônibus. Após cobertos pela coluna 
do veículo, a postura do armamento pas-
sará a ser relativa.
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III. O Patrulheiro nº 1 deslocará por trás da viatura e se posicionará na coluna traseira 
do ônibus. Ao mesmo tempo, o Motorista deslocará pela frente da viatura, aproveitando para 
observar se algum objeto foi arremessado do coletivo ou mesmo se houve uma tentativa de 
fuga, posicionando-se na retaguarda do Patrulheiro nº 1. Os mesmos adotarão posicionamen-
to simétrico ao adotado pelo Patrulheiro nº 2 e Comandante na coluna dianteira.
LEMBRETE
Preferencialmente, o deslocamento será pelo lado oposto à circulação da via, para 
evitar o risco de atropelamento e sempre buscando cobertas e abrigos que os protejam da 
exposição aos ocupantes do ônibus.
Contenção
I. O Patrulheiro nº 2, de onde está, pedirá ao condutor do coletivo que abra a porta da 
frente, desligue o veículo e mantenha as demais portas fechadas. Ato contínuo, determinará 
que todos os homens localizados no espaço entre a escada e a catraca desembarquem com 
seus pertences e coloquem as mãos acima da cabeça na lateral do ônibus, que será utilizada 
como anteparo compondo o Setor de Custódia nº 1. 
II. Após o desembarque desses passageiros, solicitará a abertura da porta traseira. Em 
seguida, o Patrulheiro nº 1, em postura semipronta, deslocará para a sua direita, ficando 
diante da janela lateral traseira e determinará que todos homens desembarquem com seus 
pertences e coloquem as mãos acima da cabeça na lateral do ônibus, que será utilizada como 
anteparo compondo o Setor de Custódia nº 1. O Motorista acompanhará o Patrulheiro nº 1 em 
seu deslocamento até a janela, na postura semipronta voltado para a porta traseira do ônibus. 
Os demais passageiros (mulheres, crianças e idosos), que porventura permaneçam no interior 
do ônibus, serão posicionados nos bancos do lado esquerdo com a mão no corrimão do banco 
da frente.
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III. Desembarcados todos os passageiros do sexo masculino, o Patrulheiro nº 2 adentrará 
cautelosamente o interior do coletivo tão somente para se certificar de que não há mais ne-
nhum passageiro do sexo masculino e em seguida descerá do ônibus.
IV. Após seu desembarque, o Patrulheiro nº 2 determinará ao condutor o fechamento das 
portas e, junto com o Comandante, se dirigirá ao Setor de Custódia nº 1, onde cada um fará a 
custódia de metade do setor. O Patrulheiro nº 2 ficará à direita do Comandante, acumulando 
a função de Segurança Externa.
Busca
I. O Patrulheiro nº 1 chamará os passageiros ao Setor de Busca, um por vez, da direita 
para a esquerda, e lhes fará busca pessoal, tendo o Motorista como seu Segurança de Busca. 
Após passar pela busca, o abordado será direcionado ao Setor de Custódia nº 2, sendo acumu-
lada sua responsabilidade pelo Motorista, que deverá garantir que os abordados não fiquem 
à sua retaguarda e nem ao fundo do veículo.
II. Finalizada a busca pessoal, o Motorista se voltará para o Setor de Custódia nº 2, cui-
dando de observar, também, todo o ambiente no seu campo visual. O Comandante, por sua 
vez, se posicionará ao lado do Motorista e voltará sua frente para o lado oposto ao do Motoris-
ta, observando todo o ambiente no seu campo visual e também, o interior do ônibus. 
III. O Patrulheiro nº 1 determinará ao condutor do ônibus a abertura da porta traseira e 
por ela embarcará cuidadosamente, posicionando-se ao fundo do ônibus, de onde guarnecerá 
o Patrulheiro nº 2, que embarcará simultaneamente, fará uma varredura visual e, em seguida, 
começará a revistar os pertences das passageiras, uma a uma, do fundo para a frente, solici-
tando, inclusive, que se levantem e saiam do assento, para verificar o local.
IV. Chegando à catraca, o Patrulheiro nº 2 solicitará ao condutor que abra as portas do 
centro e da frente, caso haja, e por ela desembarcará, observando a escada, em busca de 
objetos ilícitos. Em seguida, embarcará pela porta da frente realizando a busca nos pertences 
das passageiras e dos espaços onde se possa ocultar objeto ilícito.
V. Finalizada a busca no interior do ônibus e nos pertences 
das passageiras, os Patrulheiros nº 1 e 2 desembarcarão e se 
dirigirão à lateral esquerda do ônibus para a busca de perímetro, 
inclusive, embaixo do veículo, em busca de algum objeto ilícito 
que possa ter sido dispensado por algum passageiro. Em segui-
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da, retornarão para o lado do Comandante e Motorista, recompondo a Linha de Segurança ao 
longo do ônibus.
VI. O Comandante realizará a devida conclusão da abordagem e autorizará o embarque 
dos passageiros, liberando o deslocamento do ônibus. A guarnição fará a segurança do trânsito 
até a saída do ônibus e somente depois embarcará na viatura.
2. ABORDAGEM A PESSOAS EMBARCADAS EM ÔNIBUS COLETIVO, 
COM CATRACA TRASEIRA, COM UMA GUARNIÇÃO TIPO C
Aproximação
Proceder-se-á como no tópico APROXIMAÇÃO do item anterior.
Contenção
I. O Patrulheiro nº 2, de onde está, pedirá ao condutor do ônibus que desligue o veículo 
e abra a porta traseira. Ato contínuo, o Patrulheiro nº 1, em postura semipronta, irá deslocar 
à sua direita, ficando diante da janela lateral traseira e determinará que todos os passageiros 
que estão no fundo do veículo passem para a frente. O Motorista acompanhará o Patrulheiro 
nº 1 em seu deslocamento até a janela, na postura semipronta, voltado para a porta traseira 
do ônibus. Em seguida, o Patrulheiro nº 1 embarcará pela porta traseira verificando o fundo 
do veículo e rapidamente se voltará para a catraca, de onde dará a ordem para o desembarque 
dos homens com seus pertences e que as mulheres passem para o lado esquerdo com as 
mãos no corrimão da cadeira da frente. O Motorista embarcará juntamente com o Patrulheiro 
nº 1 e voltará sua atenção para o fundo do veículo, retornando à sua posição anterior assim 
que se iniciar o desembarque dos passageiros masculinos.
II. Durante o desembarque dos homens, o Patrulheiro nº 2 lhes determinará que colo-
quem as mãos na lateral do ônibus e acima da cabeça. Finalizado este desembarque o Patru-
lheiro nº 1 descerá do ônibus e assumirá a posição de Homem-Busca.
III. Após o desembarque do Patrulheiro nº 1, o Patrulheiro nº 2 determinará ao condutor 
que feche as portas e, junto com o Comandante, se dirigirão ao Setor de Custódia nº 1, onde 
cada um fará a custódia de metade do setor. O Patrulheiro nº 2 ficará à direita do Comandante, 
acumulando a função de Segurança Externa.
Busca
I. Proceder-se-á conforme tópico BUSCA do item anterior.
II. O Patrulheiro nº 2 embarcará cuidadosamente pela porta da frente e se dirigirá até 
a parte traseira, em postura relativa, fazendo uma varredura visual do interior do ônibus. Em 
seguida,começará a busca nos pertences das passageiras, uma a uma, do fundo para frente, 
solicitando, inclusive, que se levantem e saiam do assento, para verificar o local. 
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III. O Patrulheiro nº 1, por sua vez, embarcará simultaneamente com o Patrulheiro nº 
2 e permanecerá na frente, junto ao condutor do veículo, fazendo a segurança do Patrulheiro 
nº 1. Finalizada a busca no interior do ônibus e nos pertences das passageiras, o Patrulheiro 
nº 2 determinará ao condutor que abra a porta do centro, caso haja, e por ela desembarcará, 
observando a escada, em busca de objetos ilícitos;
IV. O Patrulheiro nº 1 desembarcará e ambos se dirigirão à lateral esquerda do ônibus 
para realizar a busca de perímetro, inclusive, embaixo do veículo, em busca de algum objeto 
ilícito que possa ter sido dispensado por algum passageiro. Em seguida, retornarão para o lado 
do Comandante e Motorista, recompondo a linha de segurança ao longo do ônibus;
V. O Comandante realizará a devida conclusão da abordagem e autorizará o embarque 
dos passageiros, liberando o deslocamento do ônibus. A guarnição fará a segurança do trânsito 
até a saída do ônibus e somente depois embarcará na viatura.
3. ABORDAGEM A PESSOAS EMBARCADAS EM ÔNIBUS COLETIVO, COM CA-
TRACA DIANTEIRA, COM UMA GUARNIÇÃO TIPO A E UMA GUARNIÇÃO TIPO B
Aproximação
I. Sempre que possível, as 
viaturas deverão parar à retaguar-
da do ônibus, com seu farol di-
reito alinhado à placa do ônibus, 
com distância mínima de 05 (cin-
co) metros.
II. O desembarque dos integrantes será simultâneo, devendo o ComandanteA (CMTA) e 
o MotoristaA (MOTA) deslocar até a frente do ônibus, parando em diagonal à coluna de sus-
tentação do para-brisa, junto à porta dianteira, que lhes dará cobertura. O MOTA irá à frente 
do CMTA, com sua arma em posição semipronta, voltado para a porta da frente e a dianteira 
do coletivo e o MOTA em postura semipronta, voltado para o ônibus. Uma vez cobertos pela 
coluna do veículo, a postura do armamento passará a ser relativa.
III. CMTB e PTRB da guarnição tipo B, deslocarão e se posicionarão na coluna traseira, 
com o CMTB à retaguarda. 
IV. O MOTB desembarcará e observará se algum objeto foi arremessado do veículo ou 
mesmo uma tentativa de fuga e deslocará e acumulará as funções de Segurança Externa e 
Segurança de Custódia nº 2.
Contenção
I. O MOTA, de onde está, determinará ao condutor do coletivo que abra a porta da fren-
te, desligue o veículo e mantenha as demais portas fechadas. Ato contínuo, determinará que 
todos os homens localizados no espaço entre a escada e a catraca desembarquem com seus 
pertences e coloquem as mãos acima da cabeça na lateral do ônibus, que será utilizada como 
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anteparo compondo o Setor de Custódia nº 1. 
II. Após o desembarque desses passageiros, determinará a abertura da porta traseira. 
Em seguida, o PTRB, em postura semipronta, deslocará para a sua direita, ficando diante da 
janela lateral traseira e determinará que todos homens desembarquem com seus pertences e 
coloquem as mãos acima da cabeça na lateral do ônibus, que será utilizada como anteparo 
compondo o Setor de Custódia nº 1. O CMTB acompanha o PTRB em seu deslocamento até a 
janela, na postura semipronta voltado para a porta traseira do ônibus. Os demais passageiros 
(mulheres, crianças e idosos), que porventura permaneçam no interior do ônibus, serão posi-
cionados nos bancos do lado esquerdo com a mão no corrimão do banco da frente.
III. Desembarcados todos os passageiros do sexo masculino, o MOTA adentrará caute-
losamente o interior do coletivo tão somente para se certificar de que não há mais nenhum 
passageiro do sexo masculino e em seguida descerá do ônibus. 
IV. Após seu desembarque, o MOTA determinará ao condutor o fechamento das portas e, 
junto com o CMTA se dirigirá ao Setor de Custódia nº 1, onde cada um fará a custódia de me-
tade do setor. O MOTA ficará à direita do CMTA, acumulando a função de Segurança Externa.
Busca
I. O PTRB chamará os passageiros ao Setor de Busca, um por vez, da direita para a es-
querda, e lhes fará busca pessoal, tendo o CMTB como seu Segurança de Busca. Após passar 
pela busca, o abordado será direcionado ao Setor de Custódia nº 2, que terá como responsável 
o MOTB, que não deverá permitir que os abordados fiquem à sua retaguarda e nem ao fundo 
do veículo. Finalizada a busca pessoal, o CMTB se voltará para o Setor de Custódia nº 2.
II. O MOTB fará a Segurança Externa e o CMTA, por sua vez, posicionará ao lado do CMTB 
e voltará sua frente para a dianteira do veículo, observando todo o ambiente no seu campo 
visual e também, o interior do ônibus. 
III. O PTRB determinará ao condutor do ônibus a abertura da porta traseira e por ela em-
barcará cuidadosamente e se posicionará no fundo do coletivo, de onde guarnecerá o MOTA, 
que embarcará simultaneamente, fará uma varredura visual e, em seguida, começará a busca 
nos pertences das passageiras, uma a uma, do fundo para frente, solicitando, inclusive, que 
se levantem e saiam do assento, para verificar o local.
IV. Chegando à catraca, o MOTA solicitará ao condutor que abra as portas do centro e da 
frente, caso haja, e por ela desembarcará, observando a escada, em busca de objetos ilícitos. 
Em seguida, embarcará pela porta da frente, realizando a busca nos pertences das passageiras 
e nos espaços onde se possa ocultar objeto ilícito.
V. Finalizada a busca no interior do ônibus e nos pertences das passageiras, os PTRB 
e MOTA desembarcarão e se dirigirão à lateral esquerda do coletivo para realizar a busca de 
perímetro, inclusive, embaixo do veículo, em busca de algum objeto ilícito que possa ter sido 
dispensado por algum passageiro. Em seguida, retornarão para o lado dos CMTAB, recompondo 
a linha de segurança ao longo do ônibus.
VI. O Comandante mais antigo realizará a devida conclusão da abordagem e autorizará o 
embarque dos passageiros, liberando o deslocamento do ônibus. A guarnição fará a segurança 
do trânsito até a saída do ônibus e somente depois embarcará na viatura.
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4. ABORDAGEM A PESSOAS EMBARCADAS EM ÔNIBUS COLETIVO, COM CA-
TRACA TRASEIRA, COM UMA GUARNIÇÃO TIPO A E UMA GUARNIÇÃO TIPO B
Para a execução dessa técnica, far-se-á a analogia com as técnicas anteriores, mantendo 
a devida observância na relação entre função na guarnição e função na abordagem.
5. ABORDAGEM A PESSOAS EMBARCADAS EM MICRO-ÔNIBUS, COM UMA 
GUARNIÇÃO TIPO C
Aproximação
I. Proceder-se-á como nas demais técnicas para guarnições tipo C
Contenção
I. O Patrulheiro nº 2 determinará ao condutor que desligue o veículo e abra a porta, bem 
como a todos os homens que desembarquem com seus pertences e coloquem as mãos acima 
da cabeça na lateral do ônibus, que será utilizada como anteparo compondo o Setor de Custó-
dia nº 1. Os demais passageiros (mulheres, crianças e idosos), que porventura permaneçam 
no interior do ônibus, serão posicionados nos bancos do lado esquerdo com a mão no corri-
mão do banco da frente.
II. Desembarcados todos os passageiros do sexo masculino, o Patrulheiro nº 2 adentrará 
cautelosamente o interior do coletivo tão somente para se certificar de que não há mais ne-
nhum passageiro do sexo masculino e em seguida descerá do ônibus.
III. Após seu desembarque, o Patrulheiro nº 2 determinará ao condutor o fechamento da 
porta e, junto com o Comandante, se dirigirá ao Setor de Custódia nº 1, onde cada um fará a 
custódia de metade do setor. O Patrulheiro nº 2 ficará à direita do Comandante, acumulando 
a função de Segurança Externa.
Busca
I. A parte da lateral do veículo, que fica após o pneu traseiro, deverá ser reservada para 
ser utilizada como setor de busca.
II. Proceder-se-á a busca como descrito nos itens anteriores.
III. O Patrulheiro nº 1, por sua vez, embarcará simultaneamente com o Patrulheiro nº 2 
e permanecerá na frente,junto ao condutor do veículo, fazendo a segurança do Patrulheiro nº 
2. Finalizada a busca no interior do ônibus e nos pertences das passageiras, ambos desembar-
carão e se dirigirão à lateral esquerda do ônibus para realizar a busca de perímetro, inclusive, 
embaixo do veículo, atentando para algum objeto ilícito que possa ter sido dispensado. Em 
seguida, retornarão para o lado do Comandante e Motorista, recompondo a linha de segurança 
ao longo do ônibus.
IV. O Comandante realizará a devida conclusão da abordagem e autorizará o embarque 
dos passageiros, liberando o deslocamento do ônibus. A guarnição fará a segurança do trânsito 
até a saída do ônibus e somente depois embarcará na viatura.
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6. ABORDAGEM A PESSOAS EMBARCADAS EM MICRO-ÔNIBUS, COM UMA 
GUARNIÇÃO TIPO A E UMA TIPO B
Para a execução dessa técnica far-se-á a analogia com as técnicas anteriores, mantendo 
a devida observância na relação entre função na guarnição e função na abordagem.
7. ABORDAGEM A PESSOAS EMBARCADAS EM ÔNIBUS EXECUTIVO, COM UMA 
GUARNIÇÃO TIPO A E UMA TIPO B
Devido ao risco elevado de uma abordagem a ônibus executivo em rodovias, como exce-
ção à regra, a abordagem preventiva deve ser realizada por no mínimo cinco policiais militares. 
Aproximação
Proceder-se-á a aproximação descrita nos itens anteriores.
I. A guarnição Tipo B fará a progressão em coluna, tendo PTRB como ponta, seguido do 
MOTB e do CMTB, nesta ordem, sendo que o Patrulheiro nº 1 deslocará na posição semipron-
ta direcionado para a porta e os demais, na mesma posição, com foco nas janelas devido a 
abertura diferenciada da porta, sendo que o CMTB também fará a Segurança Externa.
II. CMTA e MOTA se posicionarão na coluna traseira.
Contenção
I. De onde está o PTRB determinará que o condutor do Executivo desligue o veículo, 
abra a porta e transmitirá a ordem para que todos os homens desçam com seus pertences e 
coloquem as mãos acima da cabeça na lateral do ônibus, que será utilizada como anteparo 
compondo o Setor de Custódia nº 1. A GU Tipo A permanecerá coberta pela coluna traseira do 
coletivo, e o CMTA orientará o adequado posicionamento dos passageiros na lateral do ônibus. 
II. Desembarcados todos os homens, o PTRB determinará ao condutor do veículo que 
transmita a ordem para que todas as mulheres e demais passageiros (idosos, crianças etc.) 
desçam do veículo e se posicionem à frente do ônibus, ao tempo em que o MOTB orientará o 
posicionamento adequado, enquanto o CMTB comporá o Setor de Custódia nº 2.
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Busca 
I. Após a formação dos setores de custódia, o PTRB e o MOTB embarcarão no ônibus 
para verificar se há ainda algum passageiro homiziado, inclusive no banheiro. Após verifica-
ção, desembarcarão e o MOTB substituirá o CMTB na função de Segurança de Custódia nº 2. 
Os Comandantes assumirão o Setor de Custódia nº 1, o MOTA será o Segurança de Busca do 
PTRB, que será o Homem-Busca. 
II. Quando reduzirem os homens no Setor de Custódia nº 1, o CMTA assumirá o Setor de 
Custódia nº 3. 
III. Concluída a Busca Pessoal nos homens, as mulheres e demais passageiros, serão po-
sicionados no Setor de Custódia nº 1, de costas para o ônibus. Em seguida, o PTRB iniciará a 
revista de seus pertences, da traseira para a dianteira do ônibus, sendo que esses passageiros 
não serão movimentados durante e após a busca, sendo mantidos em linha.
IV. Concluída a revista dos pertences das mulheres e demais passageiros, o MOTB e o 
PTRB embarcarão novamente no ônibus, para fazer a busca veicular à procura de objetos ilíci-
tos. Em seguida, desembarcarão para recompor a linha de segurança.
V. O Comandante mais antigo realizará a devida conclusão da abordagem e autorizará o 
embarque dos passageiros, liberando o deslocamento do ônibus. A guarnição fará a segurança 
do trânsito até a saída do ônibus e somente depois embarcará na viatura.
LEMBRETE
Na abordagem a veículos de transporte coletivo tipo “vans” será utilizada a 
técnica análoga à de ônibus executivo, porém com efetivo mínimo de quatro poli-
ciais militares.
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O crescimento populacional desorganizado nos centros urbanos acarretou o aumento da 
incidência de delitos praticados com o uso de motocicletas e, para combater estas práticas 
delituosas, haja vista as vias congestionadas, o processo de Motopatrulhamento se destaca 
como o mais eficaz nestes momentos devido a sua agilidade.
1. FORMAÇÕES DE MOTOPATRULHAMENTO
São equipes que poderão ser 
formadas para realização do policia-
mento, podendo ser elas, com duas, 
três, quatro ou mais motocicletas, 
as quais se posicionarão na via de 
acordo com seu efetivo.
2. ABORDAGEM A MOTOCICLETAS
Com 02 Motocicletas (02 PM)
Por questões de segurança, o patrulhamento com dois motociclistas não é recomendado 
para realizar abordagens em deslocamento, visto que a aproximação aos suspeitos traz a im-
possibilidade de pilotagem e o enquadramento do armamento com a devida segurança para a 
dupla. Recomenda-se que a dupla, ao avistar indivíduos em atitude suspeita realize acompa-
nhamento e solicite apoio via rádio. Caso o condutor desmonte ou estacione o veículo, deve 
a dupla desmontar da motocicleta à distância segura e realizar a aproximação a pé, na forma 
recomendada neste manual.
Com 02 Motocicletas (03 PM)
O Comandante observa a motocicleta a ser 
abordada e indica à dupla piloto/garupa que inicie 
a aproximação, por meio de gestos que facilitem a 
identificação do veículo a ser abordado.
A dupla piloto/garupa se aproxima pela late-
ral da motocicleta a ser abordada, e em um ângulo 
de 45 graus e cerca de 3 metros à retaguarda, uti-
lizando-se de equipamentos sonoros e luminosos, 
o garupa realizará o enquadramento do abordado 
e determinará a parada da motocicleta. O Coman-
dante acompanha o procedimento à retaguarda da motocicleta abordada.
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Após parada da motocicleta abordada, o garupa verbalizará: “ABORDAGEM POLICIAL!” 
“DESLIGUE A MOTOCICLETA!” “NÃO RETIRE O CAPACETE!” “MÃOS SOBRE O CAPACETE!”.
O Comandante descerá rapidamente da motocicleta, enquadrará e assumirá a custódia do 
abordado, posicionando-se à retaguarda da motocicleta abordada, assumindo nesse momento 
toda verbalização, determinando que os indivíduos desmontem da motocicleta, sem retirar o ca-
pacete ou qualquer outro objeto e se posicionem na calçada ou local que não ofereça risco aos 
mesmos, mantendo as mãos sobre o capacete ou anteparo, conforme já tratado neste Manual. 
Após a contenção dos abordados, o Garupa assumirá a segurança externa, na sequência, o Pi-
loto desmonta da motocicleta e assume a função de Homem-Busca. Durante a busca pessoal o 
comandante fará a segurança de busca e de custódia, enquanto o piloto fará a busca pessoal nos 
abordados, de forma similar à abordagem realizada por 2 PM a 2 abordados.
LEMBRETE
Recomenda-se que, havendo dois suspeitos em uma motocicleta, se priorize a aborda-
gem do Garupa, pois é mais provável que este porte arma de fogo.
O Piloto recolhe os capacetes realizando a busca em seus interiores e os coloca na motoci-
cleta abordada. Posteriormente, será iniciada a busca veicular, verificando-se toda a carenagem 
da motocicleta, sobretudo onde há folga ou parafusos desgastados. Após a busca veicular o 
Comandante iniciará a identificação das pessoas e do veículo. Caso as motocicletas estejam blo-
queando o fluxo normal do trânsito, o Piloto as retirará evitando a obstrução da via.
Ao final da abordagem, não se configurando a existência de delito, o Comandante da equipe 
deverá explicar os motivos que levaram a realizá-la e agradecer a cooperação dos abordados e 
aguardar que retornem ao trânsito.
Após o deslocamento dos abordados, Comandante e Piloto vão para suas motocicletas, 
funcionando-as. O Garupa, então, monta namotocicleta ocupada pelo piloto e a equipe retorna 
ao patrulhamento. 
Com 03 Motocicletas (04 PM)
O Comandante observa a motocicleta a ser abordada e indica a dupla piloto/garupa que 
inicie a aproximação, por meio de gestos que facilitem a identificação do veículo a ser abordado.
A dupla Piloto/Garupa se aproxima pela lateral da motocicleta a ser abordada em um ângulo 
de 45 graus e cerca de 3 metros a retaguarda, utilizando-se de equipamentos sonoros e lumino-
sos. O Garupa realizará o enquadramento do abordado e determinará a parada da motocicleta. 
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A dupla Piloto/Garupa se aproxima pela lateral da motocicleta a ser abordada em um 
ângulo de 45 graus e cerca de 3 metros a retaguarda, utilizando-se de equipamentos sonoros 
e luminosos. O Garupa realizará o enquadramento do abordado e determinará a parada da 
motocicleta. O Comandante acompanha o procedimento à retaguarda da motocicleta suspeita, 
enquanto o Subcomandante rapidamente assume a segurança externa, à retaguarda da equi-
pe, bloqueando na fase inicial da abordagem, por ser a fase mais crítica, o trânsito de veículos 
e pessoas.
Após a parada da motocicleta abordada, o Garupa verbalizará: “ABORDAGEM POLI-
CIAL!” “DESLIGUE A MOTOCICLETA!” “NÃO RETIRE O CAPACETE!” MÃOS SOBRE O CA-
PACETE!”.
O comandante descerá rapidamente da motocicleta, enquadrará e assumirá a custódia do 
abordado, posicionando-se à retaguarda da motocicleta abordada, assumindo nesse momento 
toda verbalização, determinando que os indivíduos desmontem da motocicleta, sem retirar o 
capacete ou qualquer outro objeto e se posicionem na calçada ou local que não ofereça risco 
aos mesmos, mantendo as mãos sobre a cabeça ou no anteparo. Nesta fase, será realizada a 
técnica de abordagem a pessoa a pé, e posteriormente a busca veicular e a identificação dos 
abordados e veículo, conforme já tratado neste Manual.
Ao final da abordagem, exceto o Subcomandante, que permanecerá na segurança exter-
na, todos os demais aguardam sobre a calçada, até que os abordados retornem ao trânsito. 
Posteriormente o Garupa assume o lugar do Subcomandante, que juntamente com os demais 
vão para suas motos, funcionando-as. O Garupa, então, monta na motocicleta ocupada pelo 
Piloto e a equipe retorna ao patrulhamento. 
Com 04 Motocicletas (05 PM)
Caso a equipe seja composta por 04 motos e 05 policiais, o quinto homem auxiliará os 
demais integrantes da equipe, conforme determinar o Comandante:
• Como Segurança de Busca, deixando livre o Comandante, que passa a ser supervisor 
da abordagem;
• Como segundo homem de segurança externa;
• Como Segurança de Custódia 2.
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LEMBRETES
1. O capacete dos abordados só é retirado após a busca pessoal;
2. Caso o veículo abordado empreenda fuga, a equipe deve efetuar o acom-
panhamento, evitando troca de tiros, limitando-se a segui-los à distância e solici-
tando apoio imediato para efetuar o cerco;
3. A velocidade média ideal para o patrulhamento com motocicletas é de 
40km/h, possibilitando uma melhor visão periférica durante o motopatrulhamen-
to;
4. O posicionamento das motocicletas após a contenção será feita à reta-
guarda de forma paralela ou diagonal da equipe que efetua o primeiro contato, 
tendo em vista a segurança dos policiais;
5. Caso haja a necessidade de uma incursão, deverá observar as Técnicas de 
Progressão de Tropa descritas neste Manual, retirar capacetes colocando-os sobre 
a motocicleta, pois esses dificultam a visão periférica, bem como as chaves das 
motocicletas
. 
3. ABORDAGEM A VEÍCULOS DE PASSEIO
Com 02 Motocicletas (3 PM)
O Comandante observa o veículo a ser abordado e indica à dupla Piloto/Garupa que ini-
cie a aproximação. A dupla Piloto/Garupa se aproxima pela lateral do veículo suspeito e em um 
ângulo de 45 graus e cerca de 03 (três) metros à retaguarda, utilizando-se de equipamentos 
sonoros e luminosos.
 O Garupa realizará o enquadramento do veículo a ser abordado e determinará sua pa-
rada, enquanto o Comandante acompanha o procedimento com a motocicleta à retaguarda.
 Após a interceptação do veículo, o Garupa verbalizará: “ABORDAGEM POLICIAL!” 
“DESLIGUE O VEÍCULO!”. O Comandante desmontará rapidamente da motocicleta e realizará 
o enquadramento do veículo, permitindo que o Garupa desmonte da motocicleta e assuma a 
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segurança externa. Na sequência o Comandante determina que os indivíduos desçam do veí-
culo com as mãos sobre a cabeça e se posicionem na calçada ou local que não ofereça risco 
aos mesmos, mantendo as mãos no anteparo ou sobre a cabeça, conforme já tratado neste 
Manual.
 O Piloto desmonta da motocicleta e verifica a existência de outras pessoas no veículo. 
Durante a busca pessoal o Comandante fará a segurança de busca e de custódia, enquanto o 
Piloto fará a busca pessoal.
 A execução da busca veicular, a identificação e a busca de perímetro devem ser as 
mesmas descritas no Capítulo V deste Manual. Ao final da abordagem deverão ser adotados 
os procedimentos descritos neste capítulo.
Com 03 Motocicletas (04 PM)
O Comandante observa o veículo a ser abordado e indica a dupla Piloto/Garupa que ini-
cie a aproximação. A dupla Piloto/Garupa se aproxima pela lateral do veículo suspeito e em um 
ângulo de 45 graus e cerca de 03 (três) metros à retaguarda, utilizando-se de equipamentos 
sonoros e luminosos;
 O Garupa realizará o enquadramento do veículo a ser abordado e determinará sua pa-
rada, enquanto o Comandante acompanha o procedimento com a motocicleta à retaguarda.
 Após a interceptação do veículo, o Garupa verbalizará: “ABORDAGEM POLICIAL!” 
“DESLIGUE O VEÍCULO!”. O Comandante desmontará rapidamente da motocicleta e rea-
lizará o enquadramento do veículo, permitindo que o Garupa desmonte. O Subcomandante 
rapidamente assume a segurança externa, à retaguarda da equipe, estabelecendo a Zona de 
Segurança, bloqueando provisoriamente o trânsito de veículos e pessoas. Na sequência, o 
Comandante determina que os indivíduos desçam do veículo, adotando os procedimentos já 
tratados neste Manual.
 O Piloto desmonta da motocicleta e verifica a existência de outras pessoas no veículo. 
Durante a busca pessoal, o Comandante fará a segurança de busca, o Garupa fará a segurança 
de custódia, enquanto o Piloto fará a busca pessoal nos abordados.
 A execução da busca veicular, a identificação e a busca de perímetro devem ser as 
mesmas descritas no Capítulo V deste Manual. Ao final da abordagem deverão ser adotados 
os procedimentos descritos neste capítulo.
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Com 04 Motocicletas (05 PM)
Caso a equipe seja composta por 04 motocicletas e 05 policiais, as técnicas adotadas 
serão as mesmas citadas anteriormente, sendo que o quinto homem auxiliará os demais inte-
grantes da equipe, conforme determinar o Comandante:
1. Como Segurança de Busca (neste caso, o Comandante terá liberdade de atuação);
2. Como segundo homem de Segurança Externa;
3. Como Segurança de Custódia 2.
4. ABORDAGEM A VEÍCULOS DE CARGA
Neste tipo de abordagem, o efetivo mínimo empregado deverá ser o de 04 (quatro) PM. 
Dispondo de um efetivo maior, as funções deverão ser reforçadas ou redistribuídas.
Com 03 Motocicletas (04 PM)
O Comandante observa o veículo a ser abordado e indica em local apropriado (preferen-
cialmente em terreno plano e próximo à calçada ou acostamento) que a dupla Piloto/Garupa 
inicie a aproximação.
 A dupla Piloto/Garupa se aproxima pela lateral do veículo de carga, e em um ângulo de 
45 graus e cerca de 3 metros à retaguarda utilizando-se de equipamentos sonoros e lumino-
sos. O Garupa realizará o enquadramento e determinará a parada do veículo. O Comandante 
acompanha o procedimento com a motocicleta à retaguarda do veículo abordado.
 Após a parada do veículo, os demais componentes da equipe descem rapidamente de 
suas motocicletas, com armasem punho na postura semipronta e deslocam até o comparti-
mento de carga para verificar se o mesmo está aberto.
 O Piloto desloca pelo lado esquerdo até a boleia de forma que possa visualizar a parte 
interna e determina aos ocupantes para descerem pelo lado direito. Simultaneamente, o Co-
mandante e o Garupa deslocam pelo lado direito até a boleia, posicionando-se de forma que 
vizualizem o seu interior e aguardam a descida dos abordados, que serão colocados na Zona 
de Segurança para a busca pessoal.
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 O Garupa realiza a tomada de ângulo para verificar o interior da boleia certificando-se 
que não há mais ninguém, e posteriormente realizará a segurança de custódia. O Piloto assu-
mirá a função de Homem-Busca, o Comandante, a função de Segurança de Busca e o Subco-
mandante, a segurança externa, ficando à frente das motocicletas na Zona de Segurança.
 Após a busca pessoal, o Piloto fará a busca no interior da boleia, sempre acompanhado 
visualmente pelo condutor. O Comandante determinará que o condutor acompanhe a abertura 
do compartimento de carga que será executada pelo Piloto com a segurança do próprio Co-
mandante. 
 Após a busca veicular o Comandante executará a identificação do abordado e do ve-
ículo. Não sendo constatadas irregularidades, o Comandante da equipe deverá explicar os 
motivos que o levaram a realizar a abordagem, agradecer a cooperação e liberar os abordados. 
Exceto o Subcomandante, que permanece na segurança externa, todos os demais aguardam 
na Zona de Segurança, até que o caminhão retorne ao trânsito. Posteriormente, o Garupa 
assume o lugar do Subcomandante, que juntamente com os demais vão para as suas moto-
cicletas, funcionando-as. O Garupa então monta na motocicleta que se encontra o Piloto e a 
equipe retorna ao patrulhamento. 
5. ABORDAGEM A VEÍCULO DE TRANSPORTE COLETIVO
Neste tipo de abordagem, o efetivo mínimo empregado deverá ser o de 04 (quatro) PM.
Dispondo de um efetivo maior, as funções deverão ser reforçadas ou redistribuídas.
Com 03 Motocicletas (04 PM)
O Comandante observa o coletivo a ser abordado e indica à dupla Piloto/Garupa que 
inicie a aproximação. A dupla Piloto/Garupa se aproxima pela lateral do coletivo em ângulo de 
45 graus e cerca de 3 metros à retaguarda, utilizando-se de equipamentos sonoros e lumino-
sos e adota os procedimentos descritos no Capítulo VI - Técnicas de Abordagem a Veículos de 
Transporte Coletivo.
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6. QUADRO COMPARATIVO DE GUARNIÇÕES/FUNÇÕES 
NO MOTOPATRULHAMENTO
QUADRO COMPARATIVO DE GUARNIÇÕES/FUNÇÕES
TIPO DE EQUIPE FUNÇÃO NA GUARNIÇÃO
SUGESTÃO DE ARMAMENTO
FUNÇÃO NA 
BUSCA
BÁSICO COMPLEMENTAR 
FACULTATIVO
COM 02 PM
CMT DE PORTE ----------- SB
PILOTO DE PORTE ----------- HB
COM 03 PM
CMT DE PORTE ----------- SB
PILOTO DE PORTE ----------- HB
GARUPA DE PORTE PORTÁTIL SE
COM 04 PM
CMT DE PORTE ----------- SB
PILOTO DE PORTE ----------- HB
GARUPA DE PORTE PORTÁTIL SC
LEGENDA
SB - SEGURANÇA DE BUSCA HB - HOMEM-BUSCA SE - SEGURANÇA EXTERNA SC - SEGURANÇA DE CUSTÓDIA SUP - SUPERVISOR
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É o ato de deslocar, nos diferentes tipos de terreno, utilizando técnicas, formações e pos-
turas de segurança adequadas, com vistas a atingir um objetivo predeterminado. 
A progressão de tropa a ser observada neste capítulo não é fato incomum no policia-
mento ostensivo convencional, visto que a guarnição policial poderá se deparar, durante seu 
serviço ordinário, com situações onde seja necessário o emprego de técnicas específicas de 
deslocamento no terreno, cabendo ao Comandante da guarnição adotar as táticas mais ade-
quadas para a ação. O tipo do terreno a ser progredido pela tropa será elemento determinante 
da técnica a ser adotada na conduta da guarnição, podendo ser área edificada ou de mato.
1. CONCEITOS
Zona Urbana: é o espaço ocupado por uma cidade, caracterizado pela edificação contí-
nua e pela existência de infraestrutura urbana, que compreende o conjunto de serviços públi-
cos que possibilitam a vida da população.
Zona Rural: é o espaço compreendido no campo, sendo uma região não urbanizada.
Área Edificada: é toda localidade onde exista edificação, caracterizada por um conjunto 
de construções, não devendo ser confundido com zona urbana, uma vez que se pode encon-
trar áreas com características edificadas na zona rural. 
Área de Mato: é toda área ou localidade onde possa ser observada vegetação abundan-
te, podendo possuir construções esparsas ou isoladas. Pode-se observar Área de Mato na zona 
urbana. 
Em Área Edificada, o número mínimo de policiais para compor uma guarnição neste tipo 
de terreno será de 04 (quatro) policiais militares.
Já em Área de Mato, o efetivo mínimo para a constituição de uma guarnição é de 06 
(seis) policiais militares. Como exceção, pode-se empregar quatro policiais progredindo em 
terreno urbano de pequena área, onde possa ter a visualização da delimitação dessa área. 
 
2. ORGANIZAÇÃO DA GUARNIÇÃO POLICIAL
Fatores a serem Observados para Progressão de Tropa
a. Objetivo – ação policial a ser executada: reconhecimento, busca e captura, busca e 
salvamento e outros;
b. Segurança da tropa – a guarnição deverá dotar-se de condições mínimas de seguran-
ça (efetivo, armamento, equipamentos) necessárias à execução da missão;
c. Visibilidade – condições de visibilidade necessárias para a execução e sucesso da 
missão;
d. Proximidade do contato com o objetivo – a possibilidade de confronto iminente vai 
influenciar na velocidade do deslocamento, nas formações, na postura de segurança e no es-
tado de alerta dos componentes da guarnição;
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e. Controle do efetivo – o Comandante da fração de tropa deve observar o quantitativo 
de policiais, definindo suas funções, atentando para a indivisibilidade da equipe e unidade de 
comando;
f. Condições do terreno – condições gerais de relevo, vegetação e área (edificada ou 
mato), que contribua ou dificulte o deslocamento da guarnição no terreno;
g. Velocidade do deslocamento – velocidade que a guarnição deslocará, observando se-
gurança, condições do terreno, proximidade do contato com o abordado, visibilidade e controle 
do efetivo, visando obter sucesso na missão;
h. Sigilo nas ações – atentar para a disciplina de luzes e ruídos na progressão para não 
comprometer a segurança da fração de tropa no cumprimento do objetivo;
i. Formações – disposição dos policiais no terreno levando em consideração o efetivo, 
as suas condições, visibilidade e proximidade do contato com o objetivo. Sendo formação em 
linha e coluna por um.
LEMBRETE
A progressão de tropa em área de mato no período noturno não é recomendada, e, 
ocorrendo, deverão ser observados os fatores de segurança, condições do terreno e visibili-
dade necessárias, diante do alto risco que a ação representa. A guarnição poderá solicitar 
reforço ou apoio, realizar o cerco e aguardar melhores condições de visibilidade para atuar.
3. FORMAÇÃO DE GUARNIÇÃO POLICIAL PARA PROGRESSÃO 
Formação em Coluna
Empregada quando a prioridade for a velocidade 
e não existir possibilidade de contato iminente com o 
objetivo, limita o potencial de fogo e o desenvolvimen-
to da guarnição à frente e à retaguarda, por outro lado, 
possibilita uma maior potencial de fogo para os flan-
cos.
O deslocamento até chegar ao local do objetivo 
será em coluna por um, onde o primeiro integrante 
fará a observação do que ocorrer à sua frente, o Reta-
guarda cuidará da segurança da retaguarda do grupo, 
sendo que os demais dirigirão as suas vistas para os 
lados esquerdo e direito alternadamente. A distância 
entre os integrantes da guarnição deverá ser relativa às 
condições de tempo e lugar, devendo ser mais reduzi-
das, conforme a dificuldade de visualização dos seus 
integrantes e do acesso ao local. Emse tratando de área edificada a guarnição se posicionará 
no lado que oferecer maior segurança.
 Em uma guarnição de quatro policiais, o Comandante se deslocará após o primeiro 
policial (o Homem-Ponta), que desloca à frente da guarnição e preferencialmente, deverá estar 
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com uma arma portátil que ofereça uma melhor segurança aos componentes da guarnição. 
Caso todos conduzam armas portáteis, cada Policial deverá voltá-la para o lado em que estiver 
dirigida a sua atenção.
Formação em Linha
Empregada principalmente em área de mato, pois possibilita um volume de fogo à frente 
superior à formação em coluna, ideal para a busca em perímetros e aproximação do objetivo. 
Em caso de cerco em área de mato, onde o abordado estiver homiziado esta formação facilitará 
a cobertura de uma área maior, todavia exige o emprego de um grande efetivo. Neste caso de-
verá ser verificada toda a área sob pena de facilitar a fuga do abordado ou mesmo possibilitar 
um ataque surpresa pela retaguarda.
Quadro Comparativo
QUADRO INDICATIVO DAS VANTAGENS ENTRE AS FORMAÇÕES EM LINHA E COLUNA
FATORES A SEREM OBSERVADOS DURANTE O DESLOCAMENTO DA GUARNIÇÃO COLUNA LINHA
Visibilidade 360º (por parte da Guarnição) x
Velocidade da marcha x
Em Vielas/Corredores x
Em campo aberto x
Apoio de Fogo x
Varredura Perimetral x
Aproximação segura do objetivo x
Disciplina de luz e ruído x x
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4. TÉCNICAS INDIVIDUAIS PARA PROGRESSÃO DE TROPA
Alto Guardado
Estacionamento realizado com proteção em todas as direções (360º) objetivando instru-
ção ou proteção contra eventuais contatos.
Deslocamento 
Formas de progressão adotadas de acordo com as condições do terreno, velocidade de 
deslocamento e proximidade do contato com o objetivo.
Tipos de deslocamento
a. Normal - deslocamento realizado pelos policiais mantendo a atenção para a sua zona 
de responsabilidade.
b. Lanço - é um deslocamento curto e rápido, realizado entre duas posições abrigadas ou 
cobertas. Deve ser feito um movimento decidido por quem o executa, pois a parada ou recuo 
podem ser fatais. Antes de iniciá-lo, deve ser procedido um cuidadoso estudo da situação, para 
evitar uma indecisão no decorrer do deslocamento.
Vale salientar que a técnica do lanço é mais indicada para áreas edificadas e com o 
policiamento disposto em coluna por um, para que cada componente possa prestar apoio de 
fogo quando do deslocamento de cada membro da fração de tropa. Para uma decisão firme e 
acertada, o policial ao se preparar para o lanço, deve responder para si próprio as perguntas 
que se seguem no quadro abaixo: 
QUESTIONAMENTOS EXEMPLO 01 EXEMPLO 02 EXEMPLO 03 EXEMPLO 04
para onde vou?
Para a próxima 
pilastra à minha es-
querda, a aproxima-
damente 04 metros 
à frente.
Para a lateral da 
porta do quarto.
Primeira curva da 
escada.
Até o fim do corre-
dor.
por onde vou? Pelo canto, colado à 
parede. Cruzando a sala. Próximo ao parapeito 
ou corrimão.
Pelo canto da 
parede.
como vou?
Deslocando rápido, 
arma em condições 
de uso, voltada para 
a porta.
Deslocando rápido, 
arma voltada para 
frente em condições 
de uso.
Deslocando rápido 
com silhueta redu-
zida, até me abrigar 
na curva, no próprio 
corrimão de pedra.
Semiagachado, 
lentamente, sem 
fazer barulho, arma 
voltada para frente 
(fim do corredor).
quando vou?
Quando meu compa-
nheiro se posicionar 
para me oferecer 
cobertura.
Quando o compa-
nheiro da frente 
cessar o “flash” 
da lanterna e se 
posicionar para a 
cobertura.
Quando houver 
cobertura para a pri-
meira curva e para o 
final da escada (lado 
oposto).
Quando o compa-
nheiro da frente, 
cessar o “flash” e 
se posicionar para a 
cobertura.
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c.Rastejo – deslocamento com a silhueta zerada em situações de risco iminente visando 
sigilo nas ações e/ou diante da proximidade de contato com o objetivo.
Características do Deslocamento
Durante os deslocamentos todo policial deve se preocupar com a execução de três ativi-
dades simultâneas: a progressão, a ligação e a observação.
Progressão – Deve-se utilizar sempre as cobertas e abrigos e manter a disciplina de luzes 
e ruídos.
Ligação – Nunca perder o contato visual com o componente da guarnição que está à 
frente e à retaguarda, no deslocamento em coluna, e à esquerda e à direita, no deslocamento 
em linha, ficar atento para a transmissão de qualquer gesto ou sinal, retransmiti-lo e/ou exe-
cutá-lo, conforme o caso.
Observação – Cada policial deve manter constante observação no seu setor. O coman-
dante deve tomar medidas visando que a observação seja feita em todas as direções, inclusive 
para cima.
5. SINAIS CONVENCIONADOS 
Para uma abordagem, muitas vezes, a fim de garantir maior segurança nas progressões 
e possibilitar a surpresa na aproximação, faz-se necessário a utilização de sinais que levem os 
componentes da guarnição policial a entender o que fazer sem necessariamente utilizar a voz 
ou outros ruídos. 
Assim sendo, convencionou-se alguns sinais que deverão ser treinados pelos policiais a 
fim de colocá-los em prática sempre que seja preciso. Dentre esses sinais destacamos:
ATENÇÃO - Levantar um braço na vertical, mão espalmada, palma da 
mão voltada para frente.
ALTO - Partindo da posição de atenção o Policial que estiver à frente 
cerrará o punho para cima. De imediato os Policias devem abrigar-se, 
livrando-se ao menos das vistas do(s) abordados (s).
COLUNA POR UM - partindo do sinal de atenção o Cmt da Ptr fecha-
rá o punho conservando o dedo indicador estendido para o alto.
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FORMAÇÃO EM LINHA - - após o sinal de atenção com o braço 
levantado à altura do ombro, aberto horizontalmente e palma da mão 
voltada para frente, indicará a direção da linha a seguir. 
DIREÇÃO - partindo da posição de atenção o Cmt abaixará o braço 
até a posição horizontal ao solo indicando a direção a ser seguida com 
o dedo indicador.
 
NÚMERO DE PESSOAS - o Policial indicará que exis-
tem pessoas com os dedos indicador e médio voltados 
para baixo formando um ângulo aberto, logo em seguida 
indicará a quantidade distendendo os dedos para cima 
conforme o número.
REUNIR - partindo do sinal de atenção descrever círculos horizontais 
acima da cabeça.
COMBATE IMINENTE - partindo da posição de 
atenção levará os dedos indicador e o médio à altu-
ra da cabeça apontando para sua própria fronte.
COBERTURA – fazer sinalização com a mão espalmada sobre a 
cabeça movimentando-a para frente e para trás. 
APOIO – bater levemente a mão espalmada sobre o próprio ombro 
do policial. 
LEMBRETE
Os comandos por gestos deverão ser repetidos até o último policial para que o co-
mandante tenha certeza que a mensagem chegou a todos. Devem ser realizados utilizando 
a mão fraca, uma vez que a mão forte encontra-se com o armamento.
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É a abordagem policial onde são praticadas técnicas específicas de progressão e domínio 
de área edificada, em ocorrências que não sejam de alta complexidade. 
EDIFICAÇÕES: todo e qualquer tipo de construção, que tenha como finalidade atender 
ao interesse do homem: edifício, prédio, casa, barraco, ruínas ou construções inacabadas.
1. TIPOS DE EDIFICAÇÕES
ÁREA EDIFICADA EM ZONA URBANA: 
Conglomerado de construções dispostas ho-
rizontalmente (casas e vilas) ou verticalmen-
te (edifícios e conjuntos habitacionais). 
CASA ISOLADA: Construção afastada de ou-
tras edificações em área urbana ou rural.
FAVELAS: Conglomerado de construções dis-
postas de formas variadas, construídas nor-
malmente com diversos tipos de materiais, 
caracterizando-se pela falta de planejamento 
urbano e ocupação desordenada do solo.
 
2. TIPOS DE ABORDAGEM A EDIFICAÇÃO
ABORDAGEM FURTIVA: é o tipo de abordagem mais indicada para o policiamento 
convencional,pois trata-se de uma ação lenta e minuciosa, executada de forma sistemática 
obedecendo a disciplina de luzes e ruídos. Por isso também é conhecida como abordagem 
sistemática ou silenciosa. Dessa forma a abordagem furtiva serve para ocultar a presença dos 
policiais na edificação, onde a duração e a velocidade não são essenciais, principalmente, 
quando se desconhece a localização do suspeito. A proteção deve ser realizada em 360º 
durante toda ação. Havendo treinamento específico, podem ser utilizados espelhos e escudo 
balístico.
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ABORDAGEM DINÂMICA: é um tipo de intervenção rápida, caracterizada pela neces-
sidade de resguardar a vida de terceiros, onde é priorizada a velocidade da abordagem, ne-
cessitando de treinamento, armamento e equipamentos específicos. É uma das alternativas 
táticas no gerenciamento de ocorrências de alta complexidade e não deve ser utilizada pelo 
policiamento convencional.
ABORDAGEM EMERGENCIAL: Durante o curso de uma abordagem furtiva, se houver 
evolução da ocorrência com ameaça a vida, pode ser necessário a adoção de condutas da 
abordagem dinâmica. 
3. ASPECTOS ESSENCIAIS DE SEGURANÇA
Entendendo a realização de abordagem a edificações como uma ação de risco elevado e 
iminente, o PM deve considerar os seguintes aspectos:
a. DESLOCAMENTO: realizado preferencialmente abrigado e/ou coberto, devendo evitar 
os ruídos de qualquer natureza e a emissão de luz deve ser empregada observando as técnicas 
preconizadas.
b. PROTEÇÃO 360º: todos os policiais devem manter a sua zona de responsabildade 
durante a ação. O PM é responsável pela sua segurança e a dos demais componentes da 
equipe.
c. LIGAÇÃO: o policial não deve perder o contato visual e deve estar em constante co-
municação com os demais componentes da equipe.
4. CONCEITOS 
• ABRIGOS: são acidentes naturais ou artificiais que ocultam o policial da visão do 
oponente e permitem uma proteção balística a depender do calibre utilizado.
• COBERTAS: são acidentes naturais ou artificiais que ocultam o policial da visão do 
oponente e não oferecem proteção balística.
• SILHUETA: é a parte do corpo que pode ser percebida pela vista do opositor.
• REDUÇÃO DE SILHUETA: consiste na diminuição da silhueta do policial mantendo 
uma postura diminuta em relação à posição habitual, deixando-o assim menos vul-
nerável a uma agressão, bem como em condições de evoluir para uma progressão.
• VARREDURA: é o conjunto de técnicas utilizadas para realização da busca de perí-
metro, podendo esta ser feita com a utilização de equipamentos específicos.
• TÉCNICA DO TERCEIRO OLHO: é a técnica em que o policial mantém o armamento 
na postura máxima para o local que estiver observando.
• TOMADA DE ÂNGULO: é a técnica de realizar a visualização paulatina através da 
abertura de campo visual, distanciando-se das paredes, com o armamento em con-
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dições de pronta resposta, evitando a exposição desnecessária do corpo. 
• FATIAMENTO: é um método utilizado na técnica da tomada de ângulo, visando obter 
a visualização completa (alto e baixo) de um ambiente durante a varredura. 
• OLHADA RÁPIDA: consiste em uma jogada rápida de cabeça para o local a ser varri-
do retornando imediatamente para o local de proteção mantendo a postura máxima. 
No caso de uma segunda obervação, o ponto de olhada deve ser outro. Esta técnica 
é uma opção, devido a falta de espaço.
• ÂNGULO MORTO: local de difícil visualização inicial na realização da varredura.
• PONTOS DE PERIGO IMINENTE (PPI): é o ponto, local ou situação em um ambien-
te onde existe a maior probabilidade de surgir uma ameaça contra o policial, podendo 
ser um indivíduo ou um local que possa estar escondida ou sair uma pessoa. 
• CONE DA MORTE: são pontos extremamente perigosos nas edificações (portas, ja-
nelas, corredores, escadas, feixes de luz) os quais o policial militar deve se expor o 
mínimo possível.
• SEGURANÇA DE PROFUNDIDADE: apoio para que seja mantida a segurança em 
todos os PPI durante a varredura.
• TOMADA DE AMBIENTE: controle dos locais que já foram alvo da varredura.
5. FUNÇÕES DURANTE A ABORDAGEM A EDIFICAÇÕES
Após a contenção do local a ser abordado, serão definidas as Equipes de Varredura e de 
Apoio, com a finalidade de estabelecer as funções conforme se segue:
Equipe de Varredura
É a fração constituída responsável pela busca no interior de uma edificação, atuando de 
maneira técnica e coordenada dentro das funções durante a ação. A composição ideal é a par-
tir de 04 (quatro) policiais e os seus integrantes não possuem funções fixas (ponta, alas e reta-
guarda), sendo que o comandante da ação poderá executar quaisquer umas delas, entretanto 
deve evitar ficar preso em situações como custódia de cômodo, vítimas e abordados, para que 
a fração não siga a abordagem sem seu comando. São funções na Equipe de Varredura:
• PONTA – é o policial que está na frente da fração, tendo a responsabilidade de ex-
plorar e conferir o que se encontra à frente no sentido da progressão da equipe, bem 
como proteger o avanço da fração.
• ALA – são os policiais que vêm atrás do “Ponta”, responsáveis por promoverem a co-
bertura daquele quando estiver executando a conferência do ambiente à sua frente, 
bem como realizarem a segurança das laterais da equipe.
• RETAGUARDA – esta função caberá ao último homem que estiver na fração, deven-
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do fazer a segurança dos locais já explorados durante a progressão.
Equipe de Apoio
É a fração que permanece fora da edificação, realizando a segurança da Equipe de Var-
redura, tendo como responsabilidade manter observação dos Pontos de Perigo Iminente, bem 
como na observação das rotas de fuga, além de apoiar a equipe de varredura na edificação 
quando solicitado. 
 
6. ASPECTOS GERAIS DA ABORDAGEM A EDIFICAÇÃO 
Nas abordagens a edificações devem ser observados os seguintes aspectos:
a) Deve-se evitar a todo custo passar ou parar em frente ao local, priorizando o desem-
barque das viaturas em local não visível por quem esteja na edificação a ser abordada;
b) Deve ser providenciado o cerco e isolamento da edificação a ser abordada. Escolhendo 
pontos estratégicos, onde os policiais possam permanecer abrigados ou cobertos e com boa 
visibilidade da edificação;
c) O Comandante da ação deverá: recolher todas as informações disponíveis; identificar 
os policiais envolvidos, distribuindo funções; escolher o local da entrada, que deverá ser única 
para evitar o fogo amigo. 
d) Analisar a edificação como um todo, identificando as vias de acesso e possíveis rotas 
de fuga;
e) Manter-se abrigado ou coberto, sempre atento à fuga ou saída de pessoas da área 
cercada, bem como de ameaças externas; 
f) Manter controle visual sobre todos os pontos possíveis da edificação cercada;
g) Posicionar-se fora da linha de tiro dos demais companheiros;
h) Evitar o disparo de arma de fogo na direção da edificação, principalmente quando nela 
estiver atuando integrantes da equipe de varredura;
i) Reorganizar o efetivo na finalização da abordagem. A equipe de varredura, depois de 
concluído todo o procedimento no interior da edificação, realiza a saída e conferência do seu 
efetivo, sendo relatadas as evidências relevantes. 
7. PROCEDIMENTOS NA ABORDAGEM A EDIFICAÇÕES
Procedimentos Gerais
• Realizar varredura nos cômodos, um por vez, obedecendo as técnicas específicas;
• Solicitar aos moradores ou quem for encontrado no local, informações relacionadas 
à ocorrência;
• A fração deverá tomar cuidado com animais que possam ser ameaças à segurança 
da mesma; 
• Os elevadores devem ser evitados pela fração e devem ser mantidos no térreo;
• Evitar o máximo não danificar objetos, móveis e outros pertences de forma desne-
cessária;
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• Realizar a Busca Pessoal antes de conduzir alguém para a viatura, evitandosua reali-
zação em locais próximos a portas, janelas e junções do ambiente;
• Se uma porta durante a progressão estiver entreaberta, o policial postando-se do lado 
da fechadura, poderá empurrá-la com a ponta dos dedos, ou com o pé, fazendo com 
que se abra totalmente até tocar a parede, possibilitando perceber caso haja alguém 
atrás desta;
• Ao arrombar portas: deve-se observar a forma de abertura da mesma; atingir próximo 
à fechadura e evitar exposição devido à segurança;
• Lembrar-se que o abordado, quando acuado procura qualquer meio, qualquer lugar, 
por mais difícil que pareça, para homiziar-se;
• Durante a realização da varredura deve-se priorizar a comunicação por gestos, res-
guardada algumas peculiaridades, como as progressões em ambientes de baixa visi-
bilidade;
• Ao adentrar um cômodo, não sendo encontrado suspeito, deve ser anunciado que o 
ambiente está “limpo”;
• Verificando a existência de PPI cuja fração de tropa não tenha condições de cobrir, 
deve-se então pedir “apoio”.
Procedimentos em Corredores
O corredor é uma via de acesso limitada nas laterais. É uma área de circulação interna na 
edificação, que conduz aos seus cômodos, permitindo acesso às construções que a compõe. 
Por ser considerado, para efeitos de condutas a serem adotadas, como sendo uma viela 
ou uma avenida, é necessário que sejam aplicadas as técnicas de progressão. É importante 
frisar que o espaço físico dos corredores de uma edificação é menor que uma viela ou beco, e 
em virtude deste fato, a possibilidade de confronto é muito maior. Logo, devem ser considera-
das as seguintes orientações: 
• Deslocar próximo à parede ou por lanços quando houver abrigos;
• Reduzir a distância entre os componentes da equipe;
• Manter apoio de fogo para todos os PPIs;
• Atentar para as portas, janelas, telhado e o final do corredor;
• Manter o controle do corredor, evitando o deslocamento do homiziado para atacar 
quem aborda o cômodo;
• Entrar e sair pelo mesmo local na abordagem aos cômodos, por questões de seguran-
ça, para evitar ser confundido com o procurado.
• Controlar a região que ainda não foi tomada, e havendo equipe de apoio, não será 
necessário a varredura de retorno;
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Procedimento em Escadas
Numa abordagem a edificações o policial poderá se deparar com escadas, o que se cons-
titui uma dificuldade, já que a possibilidade de reação por parte do efetivo policial é diminuída, 
tendo em vista o espaço físico e a irregularidade do piso. Para facilitar a transposição deste tipo 
de obstáculo, o PM deve seguir os seguintes procedimentos:
• Controlar os PPIs;
• Durante o deslocamento não cruzar as pernas, pois, se for necessário um movimento 
brusco, possivelmente ficará desequilibrado comprometendo a segurança;
• Os PPI deverão ser cobertos a partir do mais próximo para o mais distante e por 
quantos policiais forem necessários, sempre observando a segurança de profundida-
de;
• Caso existam pessoas deslocando na mesma escada em direção à equipe, esta deve-
rá ser conduzida para um local apropriado que favoreça a busca pessoal, mantendo 
o controles dos PPIs;
• Cuidado para não cruzar a linha de tiro;
• A verificação da escada poderá ser feita utilizando o espelho, diminuindo o risco para 
quem executa a progressão.
Procedimentos em Cômodos
Ao desenvolver a abordagem nos cômodos internos de uma edificação, a equipe deverá 
cumprir as seguintes etapas:
Aproximação do Cômodo
Os procedimentos adotados antecipadamente por parte dos integrantes da equipe, po-
derão ser reavaliados e modificados durante a progressão no interior da edificação, conforme 
as orientações:
• Manter a segurança para os locais ainda não tomados;
• Parar e ouvir bem, analisar todos os detalhes do cômodo e destacar os pontos onde 
não tenha visão completa;
• Verificar abrigos que possam ser usados a seu favor;
• Partir sempre do princípio de que possam existir mais suspeitos do que foi detectado 
na coleta de dados; 
• Os abordados podem estar distribuídos em cômodos diferentes;
• É fundamental a postura correta nos abrigos e nos lanços;
• Os policiais, ao terminarem a abordagem ao cômodo, deverão retornar pelo mesmo 
lugar, evitando situações de risco com a segurança do grupo;
• Estando os suspeitos barricados e resistindo à abordagem policial, deve-se verbalizar 
de maneira a persuadi-los, forçando-os a rendição.
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Busca Visual 
É a observação da parte interna do cômodo com o emprego de técnicas específicas, cha-
madas de varreduras, que são procedimentos adotados pela equipe para identificar a existên-
cia de pessoas durante a progressão, ou antes do adentramento do local, evitando a exposição 
dos policiais. 
Nas varreduras utilizam-se as seguintes técnicas: 
a) Técnica da Olhada Rápida – esta técnica consiste em um movimento rápido de corpo 
mantendo a postura máxima direcionando para o interior do cômodo, e retornando imediata-
mente à posição inicial, evitando assim que se torne alvo fácil de ataque dos seus possíveis 
opositores; enquanto o policial executa este movimento, outros estarão fazendo a segurança 
do local bem como o apoio de fogo para quem observa o cômodo; esta observação deverá ser 
feita da forma mais dissimulada possível; se for necessário repetir este movimento, é impor-
tante a mudança do ponto de observação. Esta técnica deve ser utilizada quando o espaço da 
edificação seja curto ou apertado e a equipe tenha dificuldade em ganhar ângulo.
 
b) Técnica da Tomada de Ângulo – Consiste em abrir seu campo visual, distanciando-se 
das paredes. Isso fará com que seu campo visual domine a área não visualizada mantendo 
um ponto de proteção. Quanto maior seu ângulo de abertura, maior a percepção sem perder a 
proteção. Nessa técnica, ao mesmo tempo em que se observa o ambiente, apresenta-se pron-
to para a execução do tiro, caso seja necessário; a varredura visual tem início determinando 
um ponto fixo, coincidente com a extremidade do cano da arma, e o executor fará um giro em 
torno deste, cobrindo “ângulo a ângulo”, “fatia a fatia”, todo o espaço físico que possa ser vi-
sualizado; a desvantagem é que em ambientes de pouco espaço, os policiais terão dificuldade 
de “ganhar ângulos” podendo assim utilizar a olhada rápida. Ao ganhar os ângulos, o policial 
deve primar para que a ponta do cano da arma, a cabeça, o cotovelo, o ombro e o pé estejam 
juntos em cada ângulo conquistado. Essa técnica pode ser usada para escadas, corredores, 
carros, cômodos, cantos de armários etc.
c) Técnica do Uso de Espelho - é a forma mais segura de se observar um ambiente sem 
necessariamente o executor precisar se expor pois, um espelho preferencialmente convexo, 
será projetado para dentro do cômodo através de um extensor, permitindo a busca visual no 
interior do ambiente; o policial que desenvolve esta manobra precisará de apoio de fogo, pois 
terá diminuída a sua capacidade de reação, já que a princípio estará deitado ou ajoelhado.
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Entrada no Cômodo
Existem diversas técnicas a serem utilizadas pelo policial na entrada em cômodos, ca-
bendo ao mesmo escolher uma delas de acordo com o cenário encontrado. As principais 
Técnicas de Entrada são:
a) Entrada por Setor – deverá ser utilizada quando a equipe só tiver condições de se 
postar em um lado da entrada do cômodo. Os dois primeiros se postarão ombro a ombro e 
adentrarão quase que simultaneamente varrendo os seus respectivos “ângulos mortos”, dei-
xando espaço suficiente para o restante da tropa adentrar o recinto.
b) Entrada Cruzada – o policial deverá buscar na entrada os PPI como o “ângulo morto”, 
não sendo esta apropriada para tomadas de corredores ou outros locais que possuam paredes 
internas próximas à abertura. Esta entrada deverá ser feita em dupla, de forma que cada um 
dos policiais se aproxime até a porta de lados diferentes.c) Entrada em Gancho – essa entrada deve ser realizada quando no ambiente seguinte 
o policial se deparar com dois ou mais “ângulos mortos”, ou um dos lados já tenha alguma 
parede.
8. USO DO ESCUDO BALÍSTICO
Um dos equipamentos essenciais para a proteção coletiva é o escudo balístico. Este ins-
trumento pode ser utilizado na Abordagem a Edificações. 
Aspectos Gerais
Alguns aspectos devem ser considerados quanto à utilização do escudo balístico:
• Postura do Escudeiro: a postura mais indicada para o policiamento convencional é a 
que o escudeiro empunha o escudo com as duas mãos. Nesta hipótese sempre com 
apoio de fogo.
• Uso em Corredores: verificar o melhor lado para deslocamento evitando portas, ja-
nelas e becos.
• Técnicas de Varredura com Escudo: posicionar o escudo de forma segura próximo 
ao PPI, permitindo ao segundo homem fazer a aproximação utilizando as diversas 
técnicas.
• Extração de Feridos: em caso do integrante da equipe ter sido ferido ou alvejado o 
escudo pode proporcionar a segurança para a equipe efetuar a extração.
• Retração: em caso de emboscada permite o regresso da equipe com segurança.
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Técnicas de Utilização do Escudo
São as técnicas mais recomendadas para o policiamento convencional:
Lambida: é a técnica que consiste em posicionar o escudo rente a porta girando e to-
cando a parede (esquerda ou direita) com sua lateral, possibilitando a entrada da equipe ao 
cômodo com mais segurança, evitando que esta seja atingida.
Esmagamento: é a técnica que consiste no avanço da equipe contra a ameaça até que 
a esmague contra algum anteparo, impossibilitando a reação do suspeito.
Quadro Comparativo
VANTAGENS E DESVANTAGENS DO USO DO ESCUDO BALÍSTICO
VANTAGENS DESVANTAGENS
Maior proteção Menor mobilidade
Forte Impacto Psicológico Dificulta a empunhadura de armas de fogo
O escudo atrai atenção e possíveis disparos
LEMBRETES
1. A realização de abordagem a edificações consiste em uma ação que oferece risco 
considerável ao policial. Desta forma, em situações onde exista confirmação ou evidências 
que pressuponham a presença de marginais de alta periculosidade, o ideal é solicitar apoio 
de tropa especializada. 
2. Em situações de crise com reféns, o indicado é que o policiamento convencional 
atue conforme as orientações previstas para o primeiro interventor em ocorrências com 
refém.
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REFERÊNCIAS 
• ARANHA, Roberto. Manual de Policiamento Ostensivo. Ed. Garamond, Sal-
vador, 1993.
• GUEDES, Edmundo. O Planejamento Operacional em Polícia Militar – PMBA, 
1990.
• LEÃO, Décio José Aguiar. Doutrina para ações antibombas. Monografia (Pós 
Graduação Lato Senso em Política e Estratégica) – Universidade de São Pau-
lo, São Paulo, 2000).
• MAGALHÃES, Antônio Carlos Silva (Org.); LUCAS, Miguez Palma (Org.). Ma-
nual Básico de Abordagem Policial – PMBA, 2000.
• PMBA. Portaria n° 002-CG. Procedimento Operacional Padrão n° 001. Nor-
mas para Radiopatrulhamento Motorizado Terrestre – 2011.
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TÉCNICAS ESPECIAIS DE ABORDAGEM 
ABORDAGEM COM EMPREGO DE CÃES
O emprego de cães em apoio na atividade policial deve ser solicitado em ocorrências que 
favoreçam as habilidades naturais desses semoventes, já legitimadas no âmbito das forças 
policiais, sendo elas basicamente a guarda e proteção, e atividades com utilização do faro.
Essas habilidades básicas dos cães se subdividem em especialidades específicas, a sa-
ber:
• guarda e proteção em abordagens a pessoas em ambientes comuns;
• guarda e proteção em ambientes prisionais;
• guarda e proteção em operações de controle de distúrbios civis;
• busca e captura em locais complexos (matas fechadas, áreas alagadas, pântanos, 
ruínas etc.);
• buscas e varreduras de narcóticos;
• buscas e varreduras de explosivos;
• buscas e varreduras de armas de fogo;
• outras buscas e varreduras mais exóticas de acordo com a disponibilidade (animais 
silvestres, celulares etc.).
1. O acionamento do apoio especializado com cães deverá ser realizado via Central de 
Operações.
2. Ao solicitar o apoio é de extrema importância que o efetivo da área passe um diagnós-
tico completo da situação, fornecendo todos os dados necessários para avaliação do emprego 
útil dos cães. Entre os dados técnicos estão:
• objetivo da missão (guarda e proteção, busca e captura de pessoas, busca de narcó-
ticos, busca de explosivos);
• tipo do ambiente, especificando as características (solo, vegetação, presença de meio 
aquático etc.);
• dimensão aproximada da área;
• temperatura estimada; e
• informações diversas julgadas pertinentes.
3. Para a abordagem policial com cães, o efetivo habilitado para tal será o da Companhia 
de Operações com Cães, situada no Batalhão de Polícia de Choque, o qual está devidamente 
capacitado a lidar com esse tipo de especialidade (Canil Central) ou canis setoriais do interior 
do Estado desde que referendados pelo Canil Central, conforme a legislação vigente.
4. O efetivo da área poderá prestar apoio em abordagens e eventuais incursões, desde 
que sejam seguidas instruções em relação a como se comportar na presença dos cães. Tam-
bém deverá orientar os cidadãos quanto aos cuidados de aproximação dos animais e de movi-
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mentações bruscas, com vistas a evitar acidentes. Salientando que o efetivo da área não está 
habilitado para conduzir os cães, sendo responsabilidade exclusiva dos cinotécnicos;
5. O efetivo mínimo padrão utilizado para operações com cães é de 2 (dois) policiais e 1 
(um) cão, sendo que o primeiro será o responsável pela condução do cão e o segundo respon-
sável pelo suporte. Mais policiais de outras frações de tropa poderão compor o dispositivo de 
abordagem. Mediante as peculiaridades do local, a distância de segurança entre os policiais e 
o cão será estabelecida com orientação do(s) cinotécnico(s) presente(s);
6. O emprego dos cães estará condicionado à avaliação criteriosa de todos os aspectos 
técnicos que propiciem a atuação.
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TÉCNICAS ESPECIAIS DE ABORDAGEM 
TROPA MONTADA
A tropa montada é um processo que se utiliza do cavalo para realizar policiamento os-
tensivo e é utilizada em terrenos de difícil acesso para o policial militar a pé ou com viatura, a 
exemplo de parques, dunas, barrancos etc. Uma guarnição de policiamento montado possui 
elevada mobilidade podendo se deslocar de um local a outro com rapidez. O policial militar 
montado por conta de estar elevado consegue visualizar e atuar em um grande raio; em gran-
des centros urbanos os cavalos impõe um grande efeito psicológico sendo também utilizado 
como tropa de choque montado. Por outro lado, o cavalo apresenta reações que impõem cui-
dados da parte do cavaleiro.
• Em nenhum momento deve haver aproximação de um cavalo pela sua retaguarda, 
em virtude do risco de coices. 
• Ambientes energizados e com pisos escorregadios impõem restrições ao policiamento 
montado. 
• No ambiente rural, o cavalo torna-se um aliado em deslocamentos de grandes dis-
tâncias. 
• Para evitar a propagação de doenças infectocontagiosas deve-se evitar o contato com 
outros animais, principalmente, os de origens desconhecidas. 
• O deslocamento em vias de trânsito deve ocorrer no sentido estabelecido pelo Código 
de Trânsito Brasileiro. 
• Em locais de aglomeração de pessoas deve-se redobrar os cuidados com crianças e 
idosos. 
A fração elementar de tropa montada é o conjunto composto por um cavalo e um policial 
militar. A fração ideal para o policiamento ordinário com tropa montada é composta por três 
conjuntos. Durante a busca pessoal, um dos policiais militares exercerá a função de guarda-
-cavalos ficando, também, responsável pela segurança externa.
Em eventosesportivos, estabelecimentos prisionais e festas populares, a atuação da tro-
pa montada deve ser priorizada em áreas de estacionamentos, vias de acesso e locais abertos. 
Não é recomendado adentrar com tropa montada em ambientes confinados. 
Os locais de apeamento são pontos preestabelecidos que tem como objetivo permitir ao 
policial militar descer da sua montaria para conferir o encilhamento ou efetuar abordagens. Em 
regra, o policial militar deve permanecer 45 min montado e 15 min apeado a cada hora cheia.
As armas portáteis não são recomendáveis para o uso no policiamento com tropa mon-
tada. As armas de porte deverão estar em coldres de cintura ou nos coletes balísticos e sempre 
que possível, deverão estar presas em fiéis. São equipamentos suplementares de segurança 
do policial militar que atua em tropa montada: o bastão policial, espargidor de agente químico, 
arma de choque elétrico.
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A condução do preso deve ser realizada por viatura. Havendo disponibilidade o Coman-
dante deve solicitar o apoio da Unidade; caso não seja possível, deve solicitar apoio ao CICOM. 
Em caso de disparo de arma de fogo contra a Guarnição admite-se o revide imediato 
por parte do policial montado, todavia, por motivo de segurança e para possibilitar uma maior 
estabilidade de tiro, recomenda-se tão logo seja possível, o apeamento para o revide até ces-
sar a agressão. O disparo deve ser realizado estando o policial militar com as rédeas justas e 
deve-se evitar a direção da cabeça do cavalo. Deve-se evitar montar e apear com a arma na 
mão para evitar acidentes. O policial militar montado deve observar os níveis de segurança 
estabelecidos neste Manual.
A abordagem e busca pessoal estando o policial militar montado, em dupla, não é reco-
mendada, mas caso seja extremamente necessária deve-se adotar extrema cautela, devendo o 
Comandante realizar a função de guarda-cavalos e segurança de busca;
Vejamos, didaticamente, quais procedimentos devem ser adotados:
1. APROXIMAÇÃO – Nesse momento, 
a Guarnição, já ciente do objetivo, realizará 
a aproximação ao cidadão que será sujeito à 
abordagem. Para tanto, os policiais militares se 
deslocarão ao passo em direção à sua locali-
zação, podendo ser adotada a andadura trote 
se a situação e o terreno permitirem. Durante 
o deslocamento, a fração que antes se deslocava na formação coluna por um passará para a 
formação em linha, devendo o patrulheiro 1 e 2 se posicionar à esquerda e à direita do Co-
mandante, respectivamente.
2. VERBALIZAÇÃO – Ao se aproximar do cidadão, o Comandante da Guarnição se po-
sicionará a uma distância que permita uma verbalização adequada, fazendo alto. Logo após, 
procederá com a identificação do cidadão e os comandamentos necessários (Polícia. - Você de 
camisa vermelha, abordagem policial, coloque as mão na cabeça, entrelace os dedos e vire 
de costas).
3. APEAMENTO – Após o cidadão ado-
tar a postura de busca se iniciará o processo 
de apeamento. O patrulheiro 1, situado à es-
querda, será o primeiro a apear devendo, para 
tanto, acondicionar a arma no coldre; caso não 
esteja, proceder o apeamento, retirar as réde-
as do pescoço do cavalo, voltar a frente para o 
abordado, com uma das mãos segurará as rédeas e com a outra ficará em condições de reagir 
a qualquer agressão. Logo após, o Comandante guarda a arma no coldre, apea do cavalo, 
 
P2
P1
CMT
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retira as rédeas do pescoço do animal, passa as 
rédeas ao patrulheiro 1 e volta à frente ao abor-
dado, nesse instante o Patrulheiro 1 assume as 
rédeas do cavalo do Comandante e volta o seu 
olhar para a retaguarda do local da abordagem, 
ficando responsável pela segurança externa a 
partir de então. O patrulheiro 2 guarda a arma, 
apea do cavalo, retira as rédeas, entrega ao pa-
trulheiro 1 e se aproxima do abordado.
4. BUSCA PESSOAL – O comandante será o Segurança de Busca e o patrulheiro 2 será 
o Homem-Busca.
5. CONCLUSÃO – O comandante finaliza a abordagem registrando os dados básicos 
para fins estatísticos, bem como, orienta o cidadão acerca dos objetivos da atuação policial 
militar naquela localidade. 
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TÉCNICAS ESPECIAIS DE ABORDAGEM 
ABORDAGEM EM AMBIENTE AQUÁTICO
Quando se trata de abordagem policial em ambiente aquático, há necessidade de efetivo 
policial militar especializado, que possua conhecimento, habilidade e equipamentos específi-
cos tanto individuais quanto coletivos, sem os quais, não existe condição de efetuar a aborda-
gem de forma eficaz e segura.
Sequência das Ações
1. O Policial Militar ao ter necessidade de efetuar abordagem de suspeito(s) em 
ambiente aquático deverá de imediato solicitar o apoio da Companhia de Polícia 
de Proteção Ambiental – COPPA, ou de qualquer outra OPM, na Capial ou interior 
do Estado, que possua no seu orgânico guarnição especializada para este tipo de 
intervenção policial. Dependendo da circunstância, também poderá ser solicitado 
o apoio do GRAER, devendo esta solicitação, em quaisquer um dos casos, ser rea-
lizada via rádio ou telefonia celular, através do CICOM;
2. O Policial Militar não deverá adentrar no ambiente aquático em hipótese nenhu-
ma, haja vista não deter as técnicas, táticas e equipamentos necessários para este 
tipo de intervenção policial;
3. Até a chegada da guarnição especializada para atuar neste tipo de intervenção 
policial, o Policial Militar deverá da margem, manter a vigilância, visando obter o 
máximo de características do(s) suspeito(s).
Ao se fazer presente a guarnição especializada, o Policial Militar deverá transmitir as ca-
racterísticas colhidas do(s) suspeito(s) via rádio, bem como apoiar na possível fuga do suspeito 
para a margem, executando os procedimentos de abordagens correspondentes ao local e a 
proporcionalidade referenciados neste manual. 
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TÉCNICAS ESPECIAIS DE ABORDAGEM 
PROCEDIMENTOS EM ABORDAGENS COM APOIO AÉREO
As aeronaves empregadas no apoio aéreo serão utilizadas como plataforma de observa-
ção que irá possibilitar a ampliação do campo de visão do policial militar, bem como o raio do 
alcance de sua atuação.
Emprego do Helicóptero
• Apoio em abordagens de maior complexidade
• Fuga utilizando veículo (acompanhamento)
• Rebeliões e fugas em estabelecimentos prisionais
• Operações policiais multimissão (diversos tipos de missões no âmbito policial e de-
fesa civil)
• Cerco diversos (plataforma de observação e apoio de fogo)
• Remoções aeromédicas
• Monitoramento de trânsito – retenções e acidentes (urbano e rodoviário)
• Escoltas diversas (escolta de valores / escolta de dignitários)
• Manifestações e distúrbios civis (levantamento e registro de imagens)
• Incêndios urbanos e florestais 
• Salvamento em altura e salvamento aquático
• Ações de busca a pessoas perdidas 
• Fuga de marginais por ambiente líquido
• Policiais feridos
Acionamento e Comunicação
- CICOM – STELECOM
a) Telefone - 190
b) Rádio (Freq. da área)
- CENOP - GRAER
visto.
Peculiaridades
• Rapidez – Velocidade de cruzeiro 203 Km/h
• Possibilidade de visão noturna e térmica (FLIR)
• Capacidade de captar e transmitir imagens (FLIR)
• Autonomia – 3 (três) horas de voo – após reabastecimento, poderá retornar para a 
operação
• Equipe – Piloto (Cmt. de Aeronave) – Copiloto (Oficial de operações aéreas)
• Tripulantes Operacionais (Patrulheiros - Direita / Esquerda)
• Iluminação – Farol de busca com grande potência
• Comunicação – Canal Tetra
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Utilizar a Técnica do Relógio
A referência será a aeronave, da seguinte 
forma:
Para a frente = 12 horas da aeronave
Para trás = 06 horas da aeronave
Para a direita = 03 horas da aeronave
Para a esquerda = 09 horasda aeronave
LEMBRETE
O policial militar deverá buscar a comunicação bilateral terra-ar-terra (solo com ae-
ronave). A equipe que está no solo deverá informar via rádio ou telefone a sua localização 
para a aeronave, binômio ver e ser visto.
Cuidados
• Não se aproximar da aeronave sem permissão da tripulação 
• Proibida a aproximação do PM em direção a aeronave por trás, devido ao risco do 
rotor de cauda 
• A aproximação para a aeronave deve ser realizada pela frente
• Não aproximar conduzindo objetos acima da cabeça e na vertical 
• Caso a aeronave necessite pousar, isolar o local, não permitindo a aproximação de 
curiosos, principalmente crianças, junto ao rotor de cauda 
• Se for o caso, deve-se identificar um local para a adaptação de uma zona de pouso 
de helicóptero (ZPH)
• Não lançar nenhum objeto em direção a aeronave 
• Aproximação pela frente da aeronave com silhueta baixa 
• Não olhar diretamente para o foco de luz emitido pelo farol de busca, no período 
noturno
• Não efetuar disparos de armas de fogo para cima sob nenhuma hipótese
LEMBRETE
Após a chegada do apoio aéreo, o policial militar deverá permanecer engajado na 
missão e manter o seu ritmo de trabalho.
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TÉCNICAS ESPECIAIS DE ABORDAGEM 
PRIMEIRAS RESPOSTAS EM OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO BOMBAS E ARTE-
FATOS EXPLOSIVOS
Objetivando a padronização de conceitos e definições, bem como a aplicação dos proce-
dimentos constantes deste manual, temos:
Conceitos
• EXPLOSIVO: é todo produto que, por meio de uma excitação adequada, se transforma 
rápida e violentamente de estado, produzindo gases, altas pressões e elevadas temperaturas, 
bem como os produtos explosivos industrializados comerciais e militares;
• BOMBA: engenho construído com a utilização de substâncias ou produtos explosivos 
ou inflamáveis com a finalidade de causar danos, lesões ou mortes; 
• SIMULACRO: engenho construído e, dolosamente colocado ou instalado, que apresen-
te características similares às de uma bomba, mas que não detenha potencial lesivo, seja em 
virtude da ineficácia dos materiais, produtos ou componentes utilizados em sua confecção, 
seja pela inexistência e/ou ineficiência absoluta de mecanismos capazes de promover o seu 
acionamento; 
• INCIDENTE CRÍTICO ENVOLVENDO BOMBAS E EXPLOSIVOS: toda situação não 
rotineira que envolva ameaça, atentado, colocação, desvio, localização ou utilização ilícita ou 
não autorizada de materiais, produtos, artefatos ou engenhos construídos com substâncias 
explosivas e/ou inflamáveis, que exija resposta especializada dos órgãos de segurança pública, 
em razão do potencial lesivo, inquietação ou perturbação da paz pública, com grande risco à 
segurança, vida, integridade física ou ao patrimônio das pessoas; 
• EXPLOSÃO DE BOMBAS E EXPLOSIVOS: incidente que resulta nos efeitos do seu 
potencial danoso (explosivo, incendiário ou de outros resultados), podendo ser decorrente de 
atentado (ação criminosa prevista pelo seu agente), ou iniciação acidental (oriunda de manu-
seio errôneo ou falha de algum mecanismo de acionamento ou segurança);
• EXPLOSIVISTA: policial habilitado através de curso específico para operar em ocorrên-
cias que envolvam ameaça, localização e destruição/desativação de substâncias e artefatos 
explosivos oriundos de ação criminosa ou terrorista.
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Procedimentos
 Em virtude do seu potencial lesivo, os incidentes críticos envolvendo bombas e explo-
sivos deverão ter prioridade no atendimento, demandando medidas de prevenção, suporte, 
apoio e/ou emprego técnico-especializado, devendo-se para tanto adotar os seguintes proce-
dimentos:
• O primeiro Policial Militar que tiver conhecimento de incidente crítico en-
volvendo bombas e explosivos ou objeto suspeito, dirigir-se-á ao local de modo a 
verificar, com segurança, a veracidade do fato;
• Não mexer, não tocar e não remover o objeto suspeito;
• Isolar o local, estabelecendo um perímetro mínimo de segurança de 50 
(cinquenta) metros, não permitindo a aproximação de curiosos ou pessoas não 
autorizadas;
• Informar imediatamente, ao seu escalão superior, o qual acionará o Centro 
Integrado de Gestão de Emergências (CIGE), para que sejam adotadas as medidas 
iniciais no local e, caso necessário, haja o encaminhamento de recursos especiali-
zados;
• Coletar o maior número de informações possíveis acerca do ocorrido, bem 
como das características do objeto suspeito;
• Manter-se afastado do objeto suspeito aguardando a chegada do efetivo 
especializado (Companhia Antibomba – BOPE).
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TÉCNICAS ESPECIAIS DE ABORDAGEM 
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS
As Operações Policiais em Estabelecimentos Prisionais possuem características específi-
cas que as diferem das demais operações, requerendo assim condutas apropriadas no Teatro 
de Operações e emprego de tropa especializada. A tropa convencional tem um papel impor-
tante no primeiro contato com ocorrências em Estabelecimentos Prisionais, pois a contenção 
e isolamento são medidas iniciais de extrema relevância a serem tomadas pelo Primeiro Inter-
ventor e que, sendo realizadas de forma inadequada, poderão prejudicar as demais etapas do 
processo de retomada da ordem.
Dessa forma, a tropa convencional deverá realizar, com prioridade, o cerco e o isola-
mento do Estabelecimento Prisional, além de proceder com o patrulhamento motorizado no 
perímetro externo do local com vistas a evitar fugas e capturar presos fugitivos, se for o caso. 
Conceitos Básicos
ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS
Estruturas carcerárias destinadas à custódia de pessoas em conflito com a lei, abran-
gendo presídios, cadeias públicas, penitenciárias, conjuntos penais, colônias penais, casas de 
albergado e delegacias.
PRIMEIRO INTERVENTOR
Policial Militar ou Guarnição PM que primeiro atende a ocorrência em Estabelecimento 
Prisional.
FUGA
Quando o interno ou grupo de internos, com ou sem auxílio (pessoal ou material), ultra-
passa os limites carcerários conseguindo evadir das instalações do Estabelecimento Prisional. 
REBELIÃO
É um tipo de delito contra a ordem pública caracterizado pela recusa do interno ou 
grupos de presos em obedecer as ordens legais estabelecidas pelas autoridades do sistema 
prisional, podendo iniciar com uma desobediência civil e evoluir para uma resistência armada. 
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Procedimento em Presídios, Cadeias Públicas, 
Penitenciárias, Conjuntos Penais ou Colônias Penais.
Procedimento Geral
• No caso de estabelecimento prisional com atividade de guarda realizada por 
Unidade de Polícia de Guarda da PM, deverá o Oficial de serviço ou o Coman-
dante da Guarda, tão logo tome conhecimento da informação de ocorrência, 
deslocar ao local para verificar a veracidade do fato;
• O Oficial de serviço deverá coletar todas as informações a respeito da ocorrên-
cia e informar ao escalão superior, que por sua vez, poderá solicitar reforço e 
acionar, seguindo a cadeia de comando, a(s) Unidade(s) Operacional(is) Es-
pecializada(s) e Corpo de Bombeiros Militar, se for necessário, para adoção de 
medidas especiais;
• As informações coletadas a respeito da ocorrência serão transmitidas à tropa 
especializada apresentando todos os dados necessários;
• A tropa deverá estar instruída a só efetuar disparo de arma de fogo em caso de 
agressão injusta pelo mesmo instrumento letal contra si ou terceiros, priorizan-
do o uso de outros meios de força disponíveis;
• Ao final da ocorrência, deverá constar em relatório específico todos os fatos e as 
providências adotadas.
Procedimento em Ocorrência de Fuga
• Adotar os itens dos Procedimentos Gerais;
• Caso a situação seja confirmada, o Oficial de serviço ou Comandante da Guar-
da deverá convocartodo o efetivo disponível, a fim de realizar o cerco e isola-
mento do local;
• O efetivo envolvido na ocorrência deverá, durante o cerco e isolamento, identi-
ficar possíveis acessos e locais que possam ser usados como meio de evasão;
• Deverá ser reforçado o perímetro externo com o patrulhamento motorizado, a 
fim de evitar novas fugas, mantendo a contenção nas imediações e acessos ao 
local, além de executar a busca e captura dos presos fugitivos;
• Isolar o local da ocorrência, retirando pessoas que não estejam envolvidas di-
retamente com a solução do problema e restringindo o acesso ao ponto crítico;
• As tropas especializadas poderão ser acionadas, seguindo a cadeia de Coman-
do, as quais adotarão as medidas especiais de sua competência;
• Se algum fugitivo for capturado, aquele deverá ser conduzido até o estabeleci-
mento penal para adoção das medidas pertinentes.
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Procedimento em Ocorrência de Rebelião
• Adotar os itens do Procedimento Geral;
• Caso a situação seja confirmada, o Oficial de serviço ou Comandante da Guarda 
deverá convocar todo o efetivo disponível, a fim de realizar o cerco e isolamento 
do local;
• Isolar o local, retirando funcionários civis e pessoas que não estejam envolvidas 
diretamente com a solução do problema, bem como restringindo o acesso ao 
ponto crítico;
• Deverá ser reforçado o perímetro externo com o patrulhamento motorizado, a fim 
de auxiliar no impedimento de fugas, mantendo a contenção nas imediações e 
acessos ao local, robustecendo a segurança nesses locais;
• As tropas especializadas deverão ser acionadas seguindo a cadeia de Comando, 
as quais adotarão as medidas especiais de sua competência;
• Providenciar socorro inicial a possíveis vítimas entregando-as a prepostos da 
área de saúde que deverão estar no local da ocorrência;
• Após a solução da crise, as Unidades Operacionais envolvidas retomarão as 
suas atividades normais.
Procedimento em Delegacias
Procedimento Geral
• Ao ser acionado para atender a ocorrência, informar deslocamento à Central de 
Rádio ou CICOM;
• Ao chegar ao local, manter contato com o responsável pelo estabelecimento a 
fim de colher informações a respeito do tipo de ocorrência, motivação e envol-
vidos;
• Ficando constatada a ocorrência, deverá informar ao escalão superior, que, por 
sua vez, poderá solicitar reforço e acionar, seguindo a cadeia de comando, a(s) 
Unidade(s) Operacional(is) Especializada(s) para adoção de medidas especiais;
• Coletar todas as informações a respeito da ocorrência a fim de transmitir à tropa 
especializada todos os dados necessários;
• Ao final da ocorrência, deverá constar em relatório específico todos os fatos e as 
providências adotadas.
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Procedimento em Ocorrência de Fuga
• Adotar os itens dos Procedimentos Gerais;
• O efetivo envolvido na ocorrência deverá, durante o cerco e isolamento, identi-
ficar possíveis acessos e locais que possam ser usados como meio de evasão.
• Deverá ser reforçado o perímetro externo com o patrulhamento motorizado, a 
fim de evitar novas fugas, mantendo a contenção nas imediações e acessos ao 
local, além de executar a busca e captura dos presos fugitivos;
• Isolar o local da ocorrência, retirando pessoas que não estejam envolvidas di-
retamente com a solução do problema e restringindo o acesso ao ponto crítico;
• Solicitar reforço de efetivo ao Comando Regional da área de responsabilidade, 
se for necessário;
• As tropas especializadas poderão ser acionadas, seguindo a cadeia de Coman-
do, as quais adotarão as medidas especiais de sua competência;
• Se algum fugitivo for capturado, aquele deverá ser conduzido até a Delegacia 
para adoção das medidas pertinentes.
• Providenciar socorro inicial a possíveis vítimas entregando-as a prepostos da 
área de saúde que deverão estar no local da ocorrência.
• Após a solução da crise, as Unidades Operacionais envolvidas retomarão as 
suas atividades normais
Procedimento em Ocorrência de Rebelião
• Adotar os itens dos Procedimentos Gerais;
• Caso a situação seja confirmada, o Oficial de serviço deverá convocar todo o 
efetivo disponível, a fim de realizar o cerco e isolamento do local;
• Isolar o local, retirando funcionários civis e pessoas que não estejam envolvidas 
diretamente com a solução do problema, bem como restringindo o acesso ao 
ponto crítico;
• Deverá ser reforçado o perímetro externo com o patrulhamento motorizado, a fim 
de auxiliar no impedimento de fugas, mantendo a contenção nas imediações e 
acessos ao local, robustecendo a segurança nesses locais;
• Solicitar reforço de efetivo ao Comando Regional da área de responsabilidade, 
se for necessário;
• As tropas especializadas deverão ser acionadas seguindo a cadeia de Comando, 
as quais adotarão as medidas especiais de sua competência;
• Providenciar socorro inicial a possíveis vítimas entregando-as a prepostos da 
área de saúde;
• Após a solução da crise, as Unidades Operacionais envolvidas retomarão as 
suas atividades normais.
 
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TÉCNICAS ESPECIAIS DE ABORDAGEM 
PRIMEIRA INTERVENCÃO EM OCORRÊNCIAS COM REFÉNS
Ocorrências pouco comuns, a exemplo daquelas envolvendo reféns, doutrinariamente 
classificadas como eventos críticos, têm exigido uma atuação cada vez mais especializada 
por parte dos órgãos de segurança pública. Esta preocupação aumenta tendo em vista o imi-
nente risco de morte ao qual todos os envolvidos estão submetidos. Portanto, a capacitação 
do profissional de segurança pública, para a primeira intervenção em ocorrências com reféns, 
fornecerá ao agente de segurança, informações essenciais sobre procedimentos e posturas a 
serem adotadas primariamente, minimizando o risco para todos os envolvidos e colaborando 
para a solução pacífica e aceitável da crise.
Procedimentos
Para tanto, apresenta-se o seguinte rol de procedimentos a serem adotados quando da 
atuação policial militar neste tipo de ocorrência.
1. Cerco do local (contenção);
2. Coleta de informações essenciais:
a. Causador (criminoso comum ou mentalmente perturbado);
b. Reféns (informações diversas, nomes, quantidade etc.);
c. Instrumento de ameaça (poder letal);
d. Motivação e finalidade;
e. Características do local.
3. Solicitar reforço;
4. Estabelecer isolamento inicial;
5. Não entrar no ponto crítico;
6. Havendo disparos, buscar abrigo e não revidar;
7. Não usar a força, exceto em situações de iminente ou deflagrada violência contra o 
refém;
8. Providenciar socorro a eventuais vítimas;
9. Preferencialmente, manter contato verbal se solicitado pelo causador. Havendo conta-
to, não o fazer cara a cara. Se proteger;
10. Deixar o causador falar à vontade;
11. Ser honesto e evitar truques;
12. Não fazer concessões e não oferecer algo;
13. Não fazer ameaças;
14. Não exigir a imediata rendição do causador e libertação do refém;
15. Evitar linguagem negativa, pejorativa e/ou imperativa;
16. Não aceitar e não estabelecer prazos fatais;
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17. Não envolver não policiais na comunicação com o causador, mesmo com promessa 
de rendição;
18. Não trocar o refém;
19. Havendo rendição, permanecer em postura de segurança;
20. Sempre usar equipamento de proteção individual, escudo balístico (se disponível) e 
permanecer armado.
Ressalta-se que as orientações acima são de aplicabilidade por parte do Primeiro Inter-
ventor, que é o policial que primeiro chega ao local do evento crítico, para dar o atendimento 
inicial à ocorrência, não devendo ir além do que está orientado, sob pena de colaborar para 
um possível desfecho trágico. 
A tarefa de negociar é de exercício exclusivo do policial militar Negociador, devidamen-
te capacitado para atuar dentro das táticas e técnicas da Negociação Policial, devidamente 
amparadopor outros negociadores e sob gestão de um policial militar Gerente de Crise, num 
cenário especialmente montado para atender o evento crítico.
Compete ainda ao Primeiro Interventor, a cessão de todas as informações colhidas, de 
modo a subsidiar a atuação das equipes especializadas, sendo ele, portanto, uma ferramenta 
essencial para o sucesso das respostas à crise, dadas pela Polícia Militar da Bahia.
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TÉCNICAS ESPECIAIS DE ABORDAGEM 
ABORDAGENS EM CONDIÇÕES DE BAIXA VISIBILIDADE
A abordagem por si só, já representa grandes riscos para os policiais, potencializando-os 
em ambientes escuros. Sendo assim, a lanterna passa a ter fundamental importância para a se-
gurança da equipe, como também para as pessoas envolvidas na ocorrência. Deverá ser utilizada 
de forma bastante consciente, pois da mesma forma que servirá para facilitar o deslocamento do 
grupo policial, poderá denunciar a presença da equipe e até mesmo favorecer aos procurados 
esboçarem algum tipo de reação. 
Procedimentos
Seguem alguns procedimentos básicos para abordagens em baixa luminosidade, com a 
utilização da lanterna:
a) FAZER A LEITURA DOS NÍVEIS DE ILUMINAÇÃO - em caso de abordagem noturna ou 
em local que não penetre luz natural, o policial que estiver à frente deverá fazer a correta leitura 
dos níveis de luminosidade do ambiente a ser abordado. Existem vários níveis de luminosidade, 
luzes brilhantes, luzes médias, pouca luz e nenhuma luz. O policial ao se aproximar de seu ob-
jetivo que estiver com luzes brilhantes, ou seja, luzes acesas, deverá ao adentrar no ambiente o 
fazer com luzes acesas, visando ofuscar sua ameaça ao tempo que blinda sua equipe. Quando 
estiver progredindo de um ambiente iluminado para um ambiente escuro ou com pouca lumino-
sidade deverá proceder de forma semelhante a anterior. Contudo, deverá desligar as luzes de sua 
lanterna assim que esteja dentro do ambiente, procurando sempre utilizar o escuro em seu favor. 
Quando estiver progredindo do ambiente escuro para outro ambiente escuro deverá proceder com 
lanternas apagadas, objetivando sua ocultação evitando que seja visualizado por alguma ameaça 
ou agressor.
b) EVITE LUZES NAS COSTAS – o policial nas abordagens em baixa luminosidade deverá 
estar sempre evitando iluminar as costas dos outros policiais. As luzes nas costas é uma das fa-
lhas mais comuns neste tipo de situação. Ao acender de forma errada a lanterna em ambientes 
de baixa luminosidade o PM poderá, além de denunciar sua equipe, projetar silhuetas facilitando 
desse modo a visualização da tropa pelo infrator.
c) ILUMINE E MOVA - este procedimento básico é a forma mais segura que o policial deve 
adotar para progredir ou se deslocar em ambientes de pouca ou nenhuma luminosidade. Com 
a iluminação direcionada sempre para os ambientes escuros, na postura máxima – todo local 
escuro possui ameaça – ele estará atuando de forma a conseguir identificar e engajar possíveis 
ameaças que se encontrem no ambiente. Esse procedimento também deve ser executado traba-
lhando sua lanterna em diferentes alturas.
d) USO INTERMITENTE DA LUZ - o operador deverá trabalhar um ambiente a ser tomado 
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utilizando também da técnica de fatiamento, entretanto, neste tipo de situação ele o fará como o 
auxílio da lanterna. Utilizando a intermitência da luz em diferentes alturas, o operador fatiará todo 
o ambiente, antes de ser adentrado. Desta forma, ele causará em sua ameaça algumas sensações 
inquietantes e desagradáveis que servirá como vantagem tática.
e) DOMINE COM A LUZ - toda ameaça ao ser localizada deverá receber o foco de luz dire-
cionada para os seus olhos, com as luzes ligadas o tempo inteiro sem perder o direcionamento, 
simultaneamente o restante da equipe deverá estar cobrindo áreas de responsabilidade com uso 
intermitente da luz. Com o foco direcionado para os olhos do agressor o operador deverá estar 
controlando e verbalizando até que se tenha total controle da ameaça.
f) CARREGUE MAIS DE UMA LANTERNA - o operador, sempre que possível, deverá estar 
carregando mais de uma lanterna quando de serviço. Isso se dá pelo fato de que em ambien-
tes de baixo ou nenhuma visibilidade é imprescindível uma lanterna de backup, pois é comum 
acontecerem defeitos nestes equipamentos ou mesmo baterias descarregarem, neste caso, de 
imediato, o policial deverá realizar a transição para o seu segundo equipamento.
Técnicas
Além dos procedimentos básicos relacionados faz-se necessário conhecermos algumas téc-
nicas de uso da lanterna, conforme padrões difundidos em todo o mundo, dentre os quais des-
tacamos:
a) TÉCNICA HARRIES – o policial deverá posicionar-se ligeiramente de lado em relação 
ao alvo, com os braços fletidos, estando a arma em uma mão e a lanterna na outra, e as costas 
destas se encontram e se apóiam mutuamente, proporcionado firmeza e inércia, que favorecem 
ao tiro de combate; o braço que segura a lanterna passa por baixo do outro que empunha a arma. 
Um dos pontos desfavoráveis desta técnica é que o ponto de referência visto pela ameaça será o 
tórax do policial.
b) TÉCNICA CHAPMAN – esta técnica só é aconselhável para pessoas que tenham as 
mãos grandes, já que o policial deverá segurar a lanterna com o polegar e o indicador, e os três 
dedos restantes darão maior firmeza para a mão que segura a arma de fogo através de uma em-
punhadura dupla, favorecendo assim maior segurança e precisão para o disparo. Um dos pontos 
desfavoráveis é que só poderá ser usada lanterna com acionamento no corpo. 
c) TÉCNICA AYOOB – para aplicação desta técnica, o policial deverá empunhar a arma 
com uma das mãos, enquanto a outra empunha a lanterna, estando as duas posicionadas lado a 
lado e unidas pelos polegares. Um dos pontos desfavoráveis é que só poderá ser usada lanterna 
com acionamento no corpo.
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ANSELMO ALVES BRANDÃO - CEL PM
COMANDANTE-GERAL 
302836248
Carimbo

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