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ANALISE DA INFLUÊNCIA DO PÓ DE VIDRO COMO AGREGADO MIÚDO NOS BLOCOS DE CONCRETO

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JOHN VITOR BARBOSA DA SILVA 
MARIELEN DOS SANTOS PEREIRA DE SOUZA 
NATÁLIA FRANÇA SANTOS DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO PÓ DE VIDRO COMO 
AGREGADO MIÚDO NOS BLOCOS DE CONCRETO 
 
 
 
 
 
 
 
Telêmaco Borba - PR 
2020 
 
JOHN VITOR BARBOSA DA SILVA 
MARIELEN DOS SANTOS PEREIRA DE SOUZA 
NATÁLIA FRANÇA SANTOS DE LIMA 
 
 
 
 
ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO PÓ DE VIDRO COMO 
AGREGADO MIÚDO NOS BLOCOS DE CONCRETO 
 
 
 
Trabalho apresentado para a disciplina de 
Resistência dos Materiais II, do Curso de 
Engenharia Civil, da Faculdade de 
Telêmaco Borba, como requisito parcial 
para aprovação desta disciplina. 
 
Orientador: Prof: Marcel Andrey de Goes 
 
 
 
 
 
 
 
Telêmaco Borba - PR 
2020
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 3 
2 OBJETIVOS ....................................................................................................... 4 
2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 4 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 4 
3 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 4 
3.1 RESÍDUO VIDRO ............................................................................................... 4 
3.2 BLOCO DE CONCRETO .................................................................................... 6 
3.3 PÓ DE VIDRO NO CONCRETO ......................................................................... 9 
4 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................ 10 
4.1 MATERIAIS....................................................................................................... 10 
4.2 CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS ............................................................ 10 
4.2.1 Ensaio de massa específica........................................................................... 10 
4.2.2 Ensaios de granulometria .............................................................................. 11 
4.2.3 Módulo de finura e dimensão máxima .......................................................... 12 
4.3 DEFINIÇÃO DO TRAÇO DE REFERÊNCIA..................................................... 12 
4.4 PREPARAÇÃO DO CONCRETO ..................................................................... 12 
4.5 MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA ........................................................ 12 
4.6 ADENSAMENTO DO CONCRETO .................................................................. 13 
4.7 CURA DOS CORPOS DE PROVA ................................................................... 13 
4.8 ENSAIO DE COMPRESSÃO ............................................................................ 13 
5 CONCLUSÕES ................................................................................................. 14 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 15 
 
 
 
 
 
3 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Um dos temas mais discutidos atualmente remete a sustentabilidade, diversos 
são os métodos criados para que seja reduzida o descarte incorreto de materiais 
poluentes no solo, de forma a preservar o meio ambiente. 
Nota-se que o processo de reciclagem apresente uma grande eficiência e 
diminuição significativa dos resíduos descartados no ambiente, porém mesmo 
fazendo uso deste recurso ainda é muito alto o índice de descarte incorreto. 
Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em 2017, o Brasil 
gera 160 mil toneladas diárias de resíduos sólidos, de 30% a 40% são materiais 
recicláveis, no entanto apenas 13% são encaminhados para a reciclagem. Os dados 
ainda resultam a porcentagem do vidro é de 2,34, ou seja, descartado diariamente 
3,7 mil toneladas de vidro que poderia ser reciclado. 
Segundo Correia, et. al, (2018) os vidros apresentam uma resistência a 
compressão superior a 1000 Mpa, valor maior que a resistência a compressão de 
concreto estruturais, porém, caracteriza-se como um material frágil e com baixo 
módulo de elasticidade. 
Na engenharia civil, há uma grande preocupação com o meio ambiente, e na 
criação de materiais que sejam eficientes e sustentáveis, desta forma, alguns métodos 
já são estudados, como a implementação de materiais poluentes em blocos de 
concretos. 
Os blocos de concretos são utilizados em várias etapas das construções. 
Torna-se interessante a ideia de implementação de materiais que teriam o descarte 
incorreto como por exemplo o vidro, na produção desses blocos, criando um novo 
material sustentável, que consequentemente traria retornos financeiramente e 
ambientalmente. 
 
 
 
 
 
4 
 
 
2 OBJETIVOS 
2.1 OBJETIVO GERAL 
 
O principal objetivo deste trabalho é fazer uma analise sobre a influência da 
substituição parcial da areia natural pelo agregado miúdo obtido pelo pó de vidro 
quando incrementado ao concreto. Essa abordagem terá finalidade exploratória afim 
de avaliar as resistências a compressão a partir de outros trabalhos já realizados. 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
• Realizar uma busca prévia de documentos que apresentem ideias semelhantes 
ao artigo em questão; 
• Selecionar os artigos que mais se encaixam ao tipo de resultado em que os 
autores esperam; 
• Avaliar, dentre os artigos escolhidos, como foi o desempenho do concreto com 
a presença do agregado miúdo de pó de vidro. 
• Descrever o comportamento do bloco de concreto e seu desempenho quando 
submetido a ensaios de compressão. 
 
3 REFERENCIAL TEÓRICO 
3.1 RESÍDUO VIDRO 
 
O vidro é um material 100% reciclável e muito utilizado no mundo todo. Ele é 
uma substância amorfa, inorgânica e fisicamente homogênea, obtida pelo 
resfriamento de uma massa em fusão que endurece pelo aumento contínuo de 
viscosidade até atingir a condição de rigidez (ROMANO, 1998). 
O vidro possui diversas possibilidades de aplicações, e em consequência disso 
é gerado constantemente uma grande quantidade de resíduos. Está presente no 
cotidiano das pessoas como embalagens de conservas de produtos, utensílios 
domésticos, nos automóveis, garrafas etc, podendo ser reaproveitado ou reutilizado 
5 
 
por diferentes tecnologias e técnicas. 
Segundo o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) n° 307 de julho 
de 2002 o reaproveitamento dos resíduos podem ser divididos em três pontos: 
• Recuperação: compreende a etapa de extração e remoção de substâncias 
indesejáveis, presentes nos resíduos e que podem comprometer o processo 
de reciclagem ou reutilização. 
• Reutilização: compreende o processo pelo qual se faz o reuso do resíduo, sem 
que haja qualquer tipo de transformação ou de beneficiamento do material. 
• Reciclagem: consiste no reaproveitamento do resíduo, sendo necessário, que 
o material sofra algum tipo de transformação. 
A reciclagem de resíduos podem gerar muitos benefícios, como a redução no 
consumo de recursos naturais não renováveis, sendo substituídos por resíduos 
reciclados (JOHN E AGOPYAN, 2000); redução das áreas necessárias para o aterro, 
devido a diminuição do volume de resíduos produzidos (PINTO, 1999); diminuição do 
processo de poluição do ar, da fauna, da flora etc (JOHN, 1999). 
Uma ótima opção para a reciclagem de vidro é sua utilização como agregado 
ou adição ativa em concretos, pois esse material tem como constituinte principal a 
sílica ou óxido de silício (SiO2), a qual é usada em conjunto com argamassas e 
concretos no intuito de melhorar suas propriedades mecânicas e durabilidade (PAIVA, 
2009). Na tabela 1 pode ser observado a composição do vidro. 
 
Figura 1 - Composição do vidro 
 
Fonte: ABIVIDRO, 2000. 
 
De acordo com Santos (2010), resíduo de vidro é todo vidro já utilizado pelo 
menos uma vezque, logo depois de sua utilização, perdeu sua função principal e sua 
reutilização é dificultada por algum fator ou simplesmente inviável. 
6 
 
O resíduo de vidro pode ser apresentado em diversos tipos, pois existem muitas 
propriedades específicas do vidro, como índice de refração, cor, viscosidade, sendo 
que, para cada propriedade pretendida é necessária uma determinada composição e 
processo de produção. 
 
3.2 BLOCO DE CONCRETO 
 
O uso de concreto para fabricação de blocos de alvenaria teve o início após o 
surgimento do cimento Portland. Depois de anos, ainda continuam utilizado o mesmo 
material, procedimento de dosagem e o esquema produtivo (FILHO, 2007). 
A composição do bloco de concreto é o cimento Portland, agregados graúdos, 
miúdo e água, podendo ter outros componentes tais como pigmentos e/ou aditivos. 
Os materiais do bloco de concreto devem ser utilizados conforme o especificado para 
ter suas propriedades conforme as metas projetas (FILHO, 2007). 
O cimento Portland é um aglomerante produzido pela moagem do clínquer 
que é obtido pela calcinação e cliquerização da mistura de calcário e argila. O cimento 
Portland quando misturado com água, adquire propriedades adesivas aglomerando 
área e outros agregados na mistura. Isso acontece devido a reação química do 
cimento com a água, que se chama hidratação do cimento, isso faz com que o cimento 
se transforme em um material pegajoso e que tem seu endurecimento como produto 
final. 
Um ponto importante no agregado graúdo é que a dimensão máxima do 
agregado não pode ultrapassar a metade da menor espessura da parede do bloco, 
segundo a NBR 7211. 
A categorização dos blocos de concreto são divido em família. As principais 
são as famílias 09, 14 e 19, conforme a Figura 1. Posteriormente na Tabela 1, pode-
se verificar a dimensão a massa por bloco que são o mais relevante para esse estudo. 
O consumo por m² de parede é de 12,5 peças, isso faz com que se reduza o custo da 
obra, pois diminui o consumo de argamassa. E evita desperdícios com cortes para 
passagem de tubulações elétricas ou hidráulicas. 
Outras vantagens do bloco de concreto é que comparado com outros 
sistemas, ele apresenta a maior resistência e uniforme, possui uma maior rapidez no 
assentamento e custo reduzido considerando a quantidade por m². 
7 
 
Figura 2 - Família de blocos 
 
Fonte: Sahara, 2016. 
8 
 
Figura 3 - Característica de cada bloco 
 
Fonte: Sahara, 2016. 
 
Segundo a NBR 6136, a resistência de cada bloco é divido em classes. 
Classe A ≥ 6,0 MPa, Com função estrutural, para uso em elementos de alvenaria 
acima ou abaixo do nível do solo. 
• Classe B ≥ 4,0 MPa, Com função estrutural, para uso em elementos de alvenaria 
acima do nível do solo. 
• Classe C ≥ 3,00 MPa, Com função estrutural, para uso em elementos de alvenaria 
acima do nível do solo. 
• Classe D ≥ 2,0 MPa, Sem função estrutural para uso em elemento de alvenaria 
acima do nível do solo. 
 
 
 
 
 
 
9 
 
3.3 PÓ DE VIDRO NO CONCRETO 
 
Os vidros já estão sendo utilizados nos concretos como agregado miúdo, em 
substituição da areia natural, porém, cada análise e cada traço influencia diretamente 
no resultado em que se almeja, entretanto devem ser estudados com cautela para que 
o desempenho resulte em melhorias para o mesmo. 
Em uma pesquisa realizada por Correia, et.al (2018), foi decidido avaliar o 
desempenho do concreto quando adicionado proporções diferentes em substituição a 
areia natural, o concreto que continha a proporção de agregado miúdo de 25% areia 
e 75% pó de vidro, foi o que apresentou melhores condições mecânicas, resultando 
em 24% a mais que o concreto de referência. 
Entretanto, com base nos dados descritos por Correia, et. al (2018), destaca-
se que há uma grande relevância no modulo de finura dos grãos, portanto a avaliação 
torna-se criteriosa neste processo. 
Segundo Cordeiro e Montel, (2015) avaliaram o desempenho do concreto com 
substituições de areia por porcentagens de pó de vidro, em 5%, 10% e 15%, utilizando 
o traço de 1:5. Realizaram o ensaio de compressão em 7, 14 e 28 dias de idade, 
obtendo maior resultado no dia 28, com 15% de substituição, podendo alcançar até 
30Mpa, valor alto comparando ao concreto com 100% de areia natural que alcançou 
19,5 Mpa. 
Reis, (2018) realizou um estudo com a substituição parcial da areia natural por 
porcentagens de pó de vidro, onde os resultados apresentaram-se bem satisfatórios, 
alcançando a 41,6 Mpa em compressão, na idade de 28 dias, já o concreto de 
referencia teve um alcance de 31,9 Mpa, com a mesma idade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
4 MATERIAIS E MÉTODOS 
4.1 MATERIAIS 
• Cimento Portland CP II 
• Agregado graúdo – Brita 1 
• Agregado miúdo – Areia natural 
• Pó de vidro 
• Água 
 
4.2 CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS 
 
Esta etapa, envolve a caracterização dos agregados que serão utilizados, e 
para isso, capa procedimento necessita das diretrizes regidas pelas normas 
regulamentadoras. 
4.2.1 Ensaio de massa específica 
 
Este ensaio é realizado para determinar o valor real do agregado, eliminando 
os poros existentes no mesmo, torna-se importante esta determinação para calcular 
o traço do concreto da melhor maneira. 
Para isto, existem as seguintes normas: 
• ABNT NBR NM 26 - Amostragem de agregados - método de ensaio: esta 
norma foi utilizada para realizar corretamente o processo de coleta das 
amostras; 
• ABNT NBR NM 27 - Redução de amostra de campo de agregados para 
ensaio de laboratório, esta norma, determina diretrizes para amostras 
coletadas na fonte, e reduzidos até a quantidade ideal para a execução 
dos ensaios; 
• ABNT NBR 9776 - Agregados – determinação da massa específica de 
agregados miúdos por meio do frasco de Chapman, esta norma consiste 
basicamente em colocar as amostras em um recipiente e cobri-las com 
água, deixando-a submersa por 24h, após isso, fazer a secagem em 
aproximadamente 105 °C e deixa-lo esfriar naturalmente, em seguida 
11 
 
realizar os cálculos para determinar a massa especifica dos agregados 
miúdos. 
• ABNT NBR 9937 - Agregados – determinação da absorção e da massa 
específica de agregado graúdo. Este ensaio é realizado de forma parecida ao 
procedimento dos agregados miúdos. 
 
4.2.2 Ensaios de granulometria 
 
Tendo em vista a grande variação granulométrica do solo, o ensaio é realizado 
para separar os grãos de maneira uniforme, para padronizar o traço do concreto, 
selecionando somente o que se deseja para que assim se alcance os resultados 
desejados. 
A separação dos grãos pode ser realizada tendo como base as normas: 
• NBR NM 248 – Agregados - Determinação da composição 
granulométrica, esta norma estabelece diretrizes para os procedimentos 
dos agregados graúdo e miúdos para o concreto. 
• NBR NM-ISSO 3310-1 –Peneiras de ensaio - Requisitos técnicos e 
verificação - Parte 1 - Peneiras de ensaio com tela de tecido metálico, 
Esta Norma se aplica às peneiras de ensaio que tenham tamanhos de 
abertura entre 125 mm e 20 µm, de acordo com o Projeto NM-ISO 565. 
• NBR NM 46 – Agregados – Determinação do material fino que passa 
através da peneira 75um por lavagem. É realizado o procedimento 
descrito por essa norma para que os resíduos indesejados e as 
partículas da argila sejam removidos quando submetidos ao processo 
de lavagem 
Para a agitação das peneiras, pode ser utilizado um agitador mecânico ou pode 
ser feito manualmente, após esse processo os materiais retidos precisam ser pesados 
e anotados para calcular as porcentagens que passaram. 
 
 
 
12 
 
4.2.3 Módulo de finura e dimensão máxima 
 
O módulo de finura dos agregados pode ser determinado pela soma das 
porcentagens retidas nas peneiras em massa e dividido por 100. 
Para realizar este procedimento, pode-se utilizar a ABNT NBR NM 248 - 
Agregados - Determinação da composição granulométrica. 
 
4.3 DEFINIÇÃO DOTRAÇO DE REFERÊNCIA 
 
O traço selecionado para a confecção do concreto é de extrema importância, 
pois é o que determina a proporção de cada material que irá compor a mistura, e tem 
variação dependendo da resistência em que se deseja alcançar. 
 
4.4 PREPARAÇÃO DO CONCRETO 
 
Para a confecção dos blocos de concreto, existe uma norma, a NBR 12655 que 
rege as normas sobre o preparo do concreto, especificando as diretrizes sobre todos 
os materiais que o compõe. 
Os procedimentos de preparação devem ser realizados seguindo todas as 
recomendações descritas na NBR. 
 
4.5 MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA 
 
A moldagem dos corpos de prova existe para padronizar as medidas dos 
blocos, para isso, existe a norma que rege este procedimento, definido pela ABNT 
NBR 5738 – Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova. 
Foram utilizados moldes cilíndricos, e os escolhidos foram os que possuem 
material metálico, pois de acordo com a norma, o material não pode entrar em reação 
com o cimento, além disso, os moldes precisam ser abertos nas laterais para facilitar 
o desmolde sem que danifique os corpos de provas. 
 
13 
 
4.6 ADENSAMENTO DO CONCRETO 
 
Para a moldagem dos corpos de prova é necessário também fazer o 
adensamento do concreto, esta etapa permite que seja eliminado todos os vazios e o 
ar contido na mistura do concreto, é importante para dar aderência e densidade para 
o concreto, permitindo uma maior resistência e durabilidade, e podem ser feitos por 
processos manuais ou mecânicos. 
Para isso será realizado o Slump test, seguindo as diretrizes da NBR NM 67 
que determina a consistência do concreto pelo abatimento do tronco de cone 
 
4.7 CURA DOS CORPOS DE PROVA 
 
Utilizando as diretrizes da norma citada no item 3.5, a cura dos corpos de prova 
consiste inicialmente em armazená-los em locais longe de intempéries e vibrações. 
Após a cura inicial, os corpos de prova devem ser desmoldados e devem ser 
armazenados em câmara úmida à temperatura de (23 ± 2) °C até o momento de 
ensaio. 
 
4.8 ENSAIO DE COMPRESSÃO 
 
De acordo com a NBR citada, os ensaios de compressão serão realizados nos 
corpos de prova com idade de 7,14 e 28 dias, respectivamente, com o intuito de avaliar 
o desempenho do pó de vidro no traço do concreto. 
Segundo Helene e Terzian (1993) afirmam que o ensaio a compressão pode assumir 
distintas missões na busca pela qualidade das obras em concreto, podendo ser 
aplicado durante a fase de sua produção, ou ainda nos processos relativos à sua 
aceitação para a finalidade que se destina. 
Nos ensaios de compressão, os corpos de prova são submetidos a diferentes 
tipos de cargas que aumentam progressivamente por tempo indefinido até a ruptura 
da amostra. 
 
 
14 
 
 
5 CONCLUSÕES 
Baseando-se nas pesquisas realizadas, percebe-se que a utilização do pó de 
vidro como agregado miúdo apresenta resultados satisfatórios no que diz respeito a 
ensaio de compressão, e se dosados e procedidos corretamente pode aumentar 
significativamente na resistência do concreto, comparando com o método 
convencional. 
 No que diz respeito a viabilidade, os vidros são materiais produzidos em 
grande escala, e quando não reciclado, é descartado incorretamente. Retirá-los do 
meio ambiente e acrescentá-los em algo que tenha resultados positivos é 
financeiramente e ambientalmente compensatório, pois haverá uma diminuição no 
uso de areia natural, e dará uma nova introdução ao vidro no ciclo produtivo, além de 
que melhora a resistência a compressão do concreto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 12655: Concreto de 
cimento Portland – Preparo, controle e recebimento – Procedimento. Rio de 
Janeiro, p. 18. 2006. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 5738: Concreto — 
Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova. Rio de Janeiro, p. 12. 
2015. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 5739: Concreto - 
Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos. Rio de Janeiro, p. 9. 
2018. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 6136: Blocos 
vazados de concreto simples para alvenaria — Requisitos. Rio de Janeiro, p. 9. 
1994. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 7211: Agregado para 
concreto. Rio de Janeiro, p. 8. 1983. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 9776: Agregados - 
Determinação da massa específica de agregados miúdos por meio do frasco 
Chapman. p.3.2003. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 9937: Agregados - 
Determinação da absorção e da massa específica de agregado graúdo. 
p.6.2003. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR NM 248: Agregados - 
Determinação da composição granulométrica. p. 6. 2003. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR NM 26: Agregados - 
Amostragem. p.10.2001. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR NM 27: Redução de 
amostra de campo de agregados para ensaio de laboratório p.7.2001. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR NM 46: Agregados - 
Determinação do material fino que passa através da peneira 75µm, por 
lavagem. p.6.2003. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR NM 67: Concreto - 
Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. p.8.1998. 
 
 
 
16 
 
CORDEIRO, Rafael dos Santos; MONTEL, Adão Lincon Bezzerra. Estudo da 
viabilidade para a produção de concretos com adição de resíduos de vidro em 
substituição ao agregado miúdo na cidade de Palmas-TO. Desafios - Revista 
Interdisciplinar da Universidade Federal do Tocantins, [s.l.], v. 2, n. , p. 104-123, 
2015. Universidade Federal do Tocantins. http://dx.doi.org/10.20873/uft.2359-
3652.2015v2nespp104. Disponível em: 
https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/desafios/article/view/1556. Acesso 
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CORREIA, João Victor Freitas Barros et al. Influência da substituição da areia 
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Cientifica. http://dx.doi.org/10.6008/cbpc2318-3055.2018.001.0001. Disponível em: 
http://www.sustenere.co/index.php/engineeringsciences/article/view/CBPC2318-
3055.2018.001.0001/1132. Acesso em: 01 Jun. 2020. 
 
FILHO, José Américo Alves Salvador. Blocos de concreto para alvenaria em 
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GUIMARÃES, Goubyan Borges. Avaliação do uso de resíduos de vidro na produção 
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PERES, João Geraldo Molinari, et al. Estudo da viabilidade da adição de resíduos 
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REIS, Rayssa Renovato dos. Análise do comportamento físico e mecânico do 
concreto com adição parcial de pó de vidro. 2018. Trabalho de Conclusão de 
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SAHARA. Blocos de concreto. Disponível em: <https://www.sahara.com.br/pdf-
sahara-tecnologia/tipos-de-blocos-novo_jarfel1.pdf>. Acesso em: 02 de jun. de 2020.

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