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Informação para negócios aspectos da literatura científica nacional em revistas da área de ciência da informação

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Ci. Inf., Brasília, v. 37, n. 1, p. 7-17, jan./abr. 2008
Informação para negócios: aspectos da literatura científica 
nacional em revistas da área de ciência da informação
IntRODuÇãO
Mediadoras do conhecimento por excelência, as revistas 
especializadas integram a realidade social e histórica de um 
domínio do conhecimento, contribuindo para sua crítica e 
construção. Produtores do saber – autores e leitores – nelas 
se apóiam, usufruindo o seu acervo de idéias, ampliando o 
conhecimento sobre a evolução e tendências de suas áreas, 
sobre as teorias e as práticas que as sustentam. Seu estudo 
é, portanto, indispensável à realização de pesquisas sobre 
qualquer problema considerado científico, especialmente 
quando se trata de compreendê-lo em seu contexto e 
arcabouço explicativo.
As comunicações formais do conhecimento, expressas em 
artigos de periódicos, graças à possibilidade de permanência 
que as caracterizam, são fontes para o estudo dos saberes e das 
transformações das idéias ao longo da história. Refletindo o 
estágio da evolução da área, seus artigos divulgam informações 
relevantes não só como contributos para outros estudos, mas 
também para tomadas de decisões em setores específicos da 
atividade humana. Objetos de estudo sob diversos aspectos, os 
artigos científicos são fontes de pesquisa legítimas e legitimadas 
pela comunidade. Sua importância é evidenciada pela 
crescente extensão de estudos sobre eles, tais como análises 
de tendências temáticas, evolução histórica, influência da 
tecnologia em sua apresentação e formato, dentre outros 
aspectos passíveis de análise.
No caso do Brasil, a produção de artigos de periódicos sobre 
o tema informação para negócios pode ser um indicador da 
evolução econômica, refletida na preocupação nacional com a 
área em questão, a saber, o planejamento de empreendimentos 
e os fatores a eles relacionados. Desse modo, a revista 
especializada adquire significado pelo seu valor comunicativo 
das mais recentes produções em domínios teórico-práticos 
específicos.
Neste contexto de evolução contínua da literatura periódica 
especializada, está inserido este estudo, com enfoque sobre 
o tema informação para negócios em periódicos brasileiros da 
área de ciência da informação. Volta-se para a configuração do 
tema na literatura, as tendências temáticas, autoria e ênfases 
representadas na produção no período entre 1972 e 2006.
Ana Carolina Araújo
Graduanda do curso de gestão da informação da Universidade Federal do 
Paraná. 
E-mail: ana_stelle@yahoo.com.br
Leilah Santiago Bufrem
Doutora em ciências da comunicação da USP e pós-doutora pela Universidad 
Autonoma de Madrid. 
E-mail: leilah@ufpr.br
Resumo
Realiza análise da produção brasileira de artigos científicos da área de ciência 
da informação, a partir 126 artigos do período de 1972 a 2006 que integraram a 
Base Brasileira sobre Informação para Negócios (Brapin). Caracteriza a produção 
quanto aos aspectos enfoques e tendências de conteúdo, autoria e freqüência 
por período de publicações, padronizando os 342 termos descritores de acordo 
com o tesauro da American Society for Information Science and Technology (Asis). 
Fundamenta a análise de conteúdo em categorias representativas das principais 
temáticas do conjunto de textos sobre informação para negócios, constatando 
que, das 26 revistas da área de biblioteconomia e ciência da informação (BCI) 
presentes na base Brapin, apenas 13 publicaram artigos científicos sobre o tema, 
destacando-se o ano de 1997 como o de maior produção. Do conjunto denominado 
informação para negócios, destaca-se a temática informação tecnológica, com 
45% dos artigos, e em relação ao tipo de autoria, predomina o individual.
Palavras-chaves
Análise de conteúdo. Base de dados. Ciência da informação. Informação para 
negócios.
Information for business: aspects of the national scientific 
literature in journals in the area of information science
Abstract
This paper analyzes the Brazilian production of scientific articles in the area of 
information science, consisting of 126 articles from 1972 to 2006 which are 
part of Brazilian Base on Information for Business. It presents characteristics 
of production concerning aspects of focus, trends of content, authorship and 
periodicity of publications, standardizing 342 describing terms according to the 
Thesaurus of American Society for Information Science and Technology (Asis). The 
analysis is based on content according to representative categories of the main 
themes of the set of texts on information for business. The conclusion is that from 
26 journals of library and information science, only 13 published scientific articles 
about this theme. The main scientific production was issued in 1997. Under the 
topic information for business, technological information stood out with 45% of 
articles, and the individual authorship prevailed.
Keywords
Content analysis. Database. Information science. Information for business.
ARtIgOS
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Ana Carolina Araujo/Leilah Santiago Bufrem
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Constituindo-se na principal motivação deste trabalho, os 
resultados da configuração resultante poderão subsidiar o 
conhecimento sobre a literatura especializada relativa ao 
tema informação para negócios e, mais concretamente, o 
desenvolvimento e abertura de projetos que possam contribuir 
para empreendimentos e negócios. Nessa direção, a análise da 
produção de artigos científicos da área de CI publicados no 
Brasil que enfatizem o tema informação para negócios procurou 
destacar os diferentes enfoques e questões relacionadas ao 
campo temático, às tendências dessa produção científica 
específica e aos indicadores de maior interesse para o estudo 
da problemática.
O trabalho justifica-se igualmente pelo desafio que vêm 
enfrentando não só o mundo acadêmico, como também 
os profissionais da informação e da comunicação, isto é, a 
possibilidade de atualização sobre a literatura e a pesquisa mais 
recente e sua conseqüente divulgação entre os especialistas. 
Essa motivação sobreleva-se quando o domínio científico do 
campo de conhecimento é por natureza interdisciplinar, como 
o da CI, e as questões de seu interesse disseminam-se também 
em periódicos de outras áreas do conhecimento que, embora 
nem sempre conhecidos pelos pesquisadores da área, podem 
ser de interesse para estudos sobre a relação entre esta e outros 
domínios, como o da administração, ciências contábeis, direito, 
economia e estatística.
Com o propósito de levantar e caracterizar a produção 
brasileira de artigos científicos sobre informação para negócios, 
nas revistas do corpus, foram inicialmente identificadas essas 
publicações, a partir de uma seleção na Base Brasileira de 
Periódicos em Ciência da Informação (Brapci).
Para melhor distinguir o corpus de análise, foi constituída a 
Base Brasileira de Artigos de Periódicos sobre informação para 
negócios (Brapin), com descritores padronizados de acordo com 
o tesauro ASIS1, cujos textos foram caracterizados quanto 
aos aspectos enfoques e tendências de conteúdo, autoria e 
freqüência por período de publicações.
Buscou-se, na literatura, analisar o contexto dinâmico 
das publicações periódicas, bem como o crescente uso de 
tecnologias como ferramenta de registro e disseminação do 
conhecimento científico, para então caracterizar o conceito 
informação para negócios e seus termos correlatos, com vistas 
à composição deste referencial.
1 O Tesauro do American Society for Information Science and Technology (ASIS), utilizado 
para esta pesquisa, foi traduzido por Eunice Istschuk, orientada pelo professor Ulf Gragor 
Baranow. A lista de termos do Asis foipadronizada pela professora Cecília Licia Silveira e 
Medina Fabian, baseada em lista de termos do apêndice do estudo de Eunice Istschuk.
COntEXtO DInÂMICO DAS PuBLICAÇÕES 
PERIÓDICAS
Desde o aparecimento do primeiro periódico científico, no 
século XVII, em Paris, Journal des Sçavans, as formas utilizadas 
pelos cientistas para divulgar e disseminar os resultados de suas 
pesquisas têm variado muito, mas as finalidades permanecem 
quase inalteradas.
Consideradas atualmente publicações editadas em fascículos, 
a intervalos regulares, por tempo indeterminado, trazendo a 
colaboração de vários autores e sob a direção de uma ou mais 
pessoas, ou entidade responsável, em formato impresso ou 
eletrônico, as revistas científicas têm sua evolução marcada 
especialmente por fatores de ordem material. Com as novas 
tecnologias de informação, concretizou-se o conceito de 
periódico eletrônico, pelo qual a produção e a disseminação 
ocorrem com maior rapidez.
Os títulos sucederam-se nos diversos domínios do conhecimento, 
ampliando-se seus registros, o que tornou a revista científica 
o principal alvo de procura pelos especialistas das diversas 
áreas do saber em suas revisões de literatura. O estudo da 
produção científica nessa mídia passou a ser prática comum 
para explorar tendências da literatura científica e avaliar a 
produção de artigos nas diversas áreas do conhecimento. Essa 
prática facilita a localização, organização e sistematização 
das principais questões da literatura científica sob diversos 
aspectos, como seleções temáticas, produção intelectual 
acadêmica e influência dos conteúdos no desenvolvimento 
teórico-prático, como produtos de um esforço crítico coletivo 
(BUFREM et al., 2004).
Sem deixar de enfatizar prioritariamente o registro e difusão 
do conhecimento e o estímulo à produção científica, autores 
como Campello e Campos (1993), Castro, Gonçalves e 
Ramos (2006), Miranda e Pereira (1996) e Muller (1999) 
atribuem outros papéis aos periódicos científicos, tais como: 
a preservação da memória científica do conhecimento; a 
promoção de visibilidade do pesquisador e de seu trabalho 
dentro da comunidade científica, permitindo a leitura e as 
citações dos artigos por outros pesquisadores; a formalização do 
conhecimento, pelo registro público da autoria; a socialização, 
pela qual o periódico científico atua como intermediário 
entre a comunidade científica e a sociedade; o desempenho 
educacional, sob dois aspectos, seja relativo à atualização 
profissional dos pesquisadores, seja como proposta de modelos 
e técnicas de publicações científicas aos novos pesquisadores; a 
atuação como canal de disseminação da informação, mediante 
os serviços de indexação e bibliotecas; a possibilidade de 
estabelecer o conhecimento que recebeu o aval da comunidade 
científica, ou seja, da ciência “certificada”; o estabelecimento 
de comunicação entre os cientistas e de divulgação mais ampla 
da ciência e sua atuação como arquivo ou memória científica 
e registro da autoria da descoberta científica.
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Informação para negócios: aspectos da literatura científica nacional em revistas da área de ciência da informação
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Do exposto, percebe-se a importância das revistas científicas 
e o seu desdobramento em áreas específicas no universo de 
publicações e espaços de produção especializada. Temas 
diversos vão tomando espaço nessa produção, desafiando 
pesquisadores a análises sobre sua caracterização e tendências 
temáticas. Dentre os temas da área de ciência da informação, 
destaca-se para este estudo a informação para negócios.
InFORMAÇãO PARA nEgÓCIOS
Entende-se por informação para negócios aquela que subsidia o 
processo decisório do gerenciamento das empresas industriais, 
de prestação de serviços e comerciais nos seguintes aspectos: 
companhias, produtos, finanças, estatísticas, legislação e 
mercado (MONTALLI; CAMPELO, 1997), auxiliando na 
condução do seu negócio (KENNIGTON, apud JANUZZI, 
2002) e sendo utilizada como um recurso para o processo 
de definição de uma estratégia num ambiente competitivo 
(MCGEE; PRUSAK, 1994,).
Os aspectos que englobam a definição do termo informação para 
negócios serão aqui esclarecidos, a partir de contribuições teóricas 
(BORGES; CARVALHO, 1998; BRANDÃO; CAMPOS; 
SILVA, 2005; CENDÓN, 2002).
As informações financeiras podem ser entendidas tanto do 
ponto de vista interno de uma empresa, quanto do ambiente 
externo no qual está inserida. No contexto deste trabalho, do 
ponto de vista interno este tipo de informação demonstra o 
desempenho financeiro de uma empresa. Segundo Brandão e 
outros (2005) e Cendón (2002), quando se trata do ambiente 
externo, estas informações estão relacionadas ao mercado 
financeiro, informações para investimento, disponibilidade 
de assistência financeira, taxas de câmbio, custo de crédito. 
No Brasil, as informações financeiras se relacionam com as 
atribuições do Banco Central do Brasil (Bacen), instituição a 
quem é atribuída a responsabilidade de estabelecer uma política 
monetária e cambial, ou seja, pela estabilidade da moeda, 
controle do crédito e dos fluxos de capital estrangeiro e pela 
estabilidade do sistema financeiro (BORGES; CARVALHO, 
1998).
As informações estatísticas, obtidas a partir de pesquisas situadas 
dentro de um campo teórico, utilizando técnicas estatísticas 
reconhecidas na comunidade científica, desempenham a 
função de demonstrar índices econômicos ou estatísticos sobre 
empresas, indústrias, comércio, produtos e serviços e podem 
ser consideradas como ferramenta de apoio para o conjunto 
das informações para negócios de acordo com Brandão e outros 
(2005) e Cendón (2002). Este tipo de informação consiste de 
dados como Produto Interno Bruto (PIB), renda per capita, 
níveis de preços, taxas de inflação e previsões econômicas 
(CENDÓN, 2002). No caso das indústrias, as informações 
estatísticas incluem dados de censo por tipo de indústria, 
emprego, volume de vendas, produção e estatísticas de 
comércio exterior. Os dados de censo demográfico consistem, 
por exemplo, no número de habitantes de um país, região, 
cidade ou estado e nas características detalhadas da população 
(sexo, idade, estado civil, escolaridade, filhos, renda) e de 
suas residências (tipo e tamanho, número de pessoas por 
unidade).
As informações mercadológicas trazem as análises de fatias 
de mercado, padrões de consumo e gastos de consumidores, 
estudos de seu comportamento e estilos de vida, pesquisas de 
opinião, informação sobre investimento em propaganda por 
diversos setores e medidas de audiência de canais de rádio e 
televisão (BRANDÃO; CAMPOS; SILVA, 2005).
As informações sobre empresas são aquelas que tratam do 
histórico de uma empresa, diretórios com perfis de empresas 
e informações sobre fusões e aquisições conforme a visão de 
Cendón (2002).
As informações jurídicas são relativas a leis e regulamentação 
de impostos e taxações que afetam o negócio ou possibilitam 
investimento em áreas com menor carga tributária. São 
informações que fazem saber ao empreendedor as obrigações 
e restrições relacionadas ao funcionamento do seu negócio. 
Englobam toda a legislação referente às normas de 
concorrência, às normas técnicas e metrológicas. Quando a 
empresa pretende atingir os mercados externos, fica sujeita à 
legislação e às normas de outros países. Segundo Brandão e 
outros (2005), a principal característica dessas informações é 
que, embora nem todas as instituições as produzam, elas afetam 
diretamente o negócio, pois o não-cumprimento de uma lei 
leva o infrator a ser punido, ou seja, os órgãos governamentais 
têm o poder de fiscalização e punição.
A análise dessas categorias de informação para negócios permite 
observar que essa diversidade e a interdependência desse 
tipo de informação revelam a necessidadede uma prática 
criteriosa em sua busca, recuperação e utilização, bem como 
na sua interpretação. O termo informação para negócios pode 
ser compreendido como representativo de um conjunto de 
informações formadas pelos tipos de dados já descritos. Por 
exemplo, as informações estatísticas não são consideradas 
por si só como informação para negócios, pois é preciso que 
estejam complementadas por outro tipo de informação, tal 
como informações mercadológicas no caso de um estudo para 
verificar a viabilidade de um novo negócio. As informações 
estatísticas ofereceriam os índices de prática dos consumidores, 
e as informações mercadológias ofereceriam a fatia de mercado 
que pode ser alcançada.
Pode-se observar, portanto, que tipos de informações precisas 
e diferenciadas destacam-se com maior ou menor relevância 
quando se analisa o universo das construções científicas 
relativas a negócios.
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InStRuMEntAL E tRAJEtÓRIA 
MEtODOLÓgICA
Esta pesquisa foi instrumentalizada pela análise de conteúdo, 
por meio de categorias sistemáticas previamente determinadas, 
que geraram resultados quantitativos para posterior análise. 
A definição da trajetória metodológica incluiu o planejamento 
para levantamento e caracterização da produção brasileira 
de artigos científicos sobre o tema informação para negócios, 
a fim de verificar os diferentes enfoques, ênfases e questões 
a ele relacionadas.
Foram então selecionados procedimentos visando à análise do 
conteúdo dos artigos a partir da Base Brapci, para o que também 
foi indispensável recorrer à literatura que fundamentasse o 
instrumental teórico-metodológico deste trabalho com vistas 
à construção de bases de dados.
Foi utilizada a análise de conteúdo, aqui entendida como “uma 
técnica que tem por finalidade a descrição objetiva, sistemática 
e quantitativa do conteúdo manifesto da comunicação” 
(BARDIN, 1977), um tipo de análise cujas características 
fundamentais são “a orientação fundamentalmente empírica, 
exploratória, vinculada a fenômenos reais e de finalidade 
preditiva; transcendência de noções normais de conteúdo” 
(KRIPPENDORFF, apud FONSECA, 2005).
A realização desta análise demandou a classificação dos artigos 
em categorias representativas das principais temáticas do 
conjunto de textos sobre informação para negócios, a partir 
da visualização dos termos descritores, graças aos aplicativos 
oferecidos pelo programa ProCite. A análise fundamentou-
se também no teor dos resumos apresentados, conforme os 
originais constantes dos artigos dos periódicos representados 
na base de dados.
A utilização da base justificou-se pela facilidade e rapidez 
com que as informações são armazenadas, recuperadas e 
atualizadas, além de permitir o controle centralizado das 
informações e estruturá-las de forma regular e padronizada. 
Além disso, o armazenamento de informações na base favorece 
aspectos como o custo de manutenção menor, a diminuição 
do risco de dano às informações, a necessidade de menor 
espaço físico, a possibilidade do cruzamento entre os dados 
armazenado e a redução da redundância ou duplicação de 
informações. A criação das bases de dados vem sendo facilitada 
pelo surgimento de softwares cada vez mais simples para leigos, 
tais como ProCite 5.0, utilizado para este trabalho.
A seleção dos textos foi possível graças à possibilidade de 
levantamento de termos a ele relacionados, a partir da Base 
Brapci. Foi realizada a correlação do termo informação para 
negócios com outros descritores para recuperação de artigos 
que enfocam o tema, para o que se construiu uma árvore 
de domínio, aqui entendida como um diagrama hierárquico 
composto por termos-chave de uma especialidade, semelhante 
a um organograma que mostra as inter-relações conceituais 
de uma especialidade (KRIEGER; FINATTO, 2004). No 
contexto deste estudo, a árvore de domínio possibilitou o 
reconhecimento de uma terminologia, implementada como 
auxiliar da pesquisa, não tendo se constituído em projeto 
de caráter terminológico. A árvore de domínio contruída 
apresenta-se na figura a seguir.
Figura 1
Árvore de domínio de informação para négocios
Informação 
Agrícola
INFORMAÇÃO 
PARA NEGÓCIOS
Informação
Mercadológica
Informação para
Executivos
Informação 
Estatística
Informação 
Empresarial
Informação 
Jurídica
Informação 
como commodity
Informação 
Financeira
Informação sobre 
produtos e serviços
Informação 
Tecnológica
nformação 
Industrial
Informação 
Comercial
Informação para
Qualidade
Fonte: as autoras
Os termos de busca para proceder ao recorte da base são 
expressos no quadro 1.
Na análise dos textos, verificou-se que a escolha desses termos 
buscadores representou satisfatoriamente os artigos que se 
almejava recuperar sobre a temática informação para negócios. 
Em seguida, após leitura dos artigos, foi necessário separá-los 
por categoria de informações dentro do conjunto informações 
para negócios, ou seja, agrupá-los em informação tecnológica, 
estatística, para a indústria, comercial, produtos e serviços, 
qualidade, empresarial, agrícola, e todas aquelas descritas 
anteriormente na árvore de domínio.
Como resultado, foi construída a Base Brasileira de Artigos 
de Periódicos sobre Informação para Negócios (Brapin), 
a partir da análise e identificação dos artigos relativos ao 
termo informação para negócios na Base Brapci, publicados 
entre os anos 1972 e 2006. Os periódicos brasileiros da 
área de biblioteconomia e ciência da informação que se 
destacam para este estudo, bem como suas características, 
disponíveis na base Brapci, são os seguintes: Arquivística.net; 
Arquivo & Administração; BIBLOS: Revista do Departamento 
de Biblioteconomia e História; Cadernos de Biblioteconomia; 
Ciência da Informação; Comunicação & Informação; 
DataGramaZero; Em Questão: Revista da Faculdade de 
Biblioteconomia e Comunicação da UFRGS; Encontros Bibli; 
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Estudos Avançados em Biblioteconomia e Ciência da Informação; 
ETD - Educação Temática Digital; Inclusão Social; Infociência; 
Informação & Informação; Informação & Sociedade: Estudos; 
Informare: Cadernos do Programa de Pós-Graduação em Ciência 
da Informação; Liinc em Revista; Perspectivas em Ciência da 
Informação; Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina; 
Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação; Revista da 
Escola de Biblioteconomia da UFMG; Revista de Biblioteconomia 
& Comunicação; Revista de Biblioteconomia de Brasília; Revista 
Digital de Biblioteconomia & Ciência da Informação; Revista do 
Departamento de Biblioteconomia e História; Revista Online da 
Biblioteca Prof. Joel Martins e Transinformação.
A base Brapin é composta por 126 artigos e representada 
por 342 descritores. O software gerenciador de banco de 
dados, o ProCite, desenvolvido pelo Institute for Scientific 
Information (ISI) ResearchSoft, permite, além da criação de 
diversos bancos de dados sobre temas específicos, a provisão 
de planilhas para entradas e saídas de dados formatadas, 
o que auxilia no controle de informações referenciais. 
A escolha do software justifica-se por seu uso não requerer 
conhecimentos aprofundados de planejamento e programação 
de base de dados (OUCHI, 2004), assim como por possibilitar 
a visualização de informações de um artigo específico que seja 
selecionado, facilitando assim a recuperação e localização 
dos textos que compuseram este trabalho. Os descritores 
da base são facilmente localizados,facilitando a seleção de 
um artigo.
Para a realização da análise quantitativa e qualitativa, foi 
necessário exportar os dados para o Excel, o que permitiu sua 
tabulação e a separação dos artigos por categorias temáticas 
para verificar a freqüência e evolução cronológica da produção. 
Foi caracterizada, num segundo momento, a produção textual 
de acordo com as variáveis: enfoque e tendências de conteúdo; 
autoria e período de maior produção de artigos sobre informação 
para negócios.
Quanto às relações entre o crescimento da produção de artigos 
sobre informação para negócios e as condições contextuais, 
foi realizada uma análise de conjuntura para verificar quais 
fatores políticos, sociais e financeiros do país interferem na 
compreensão da temática no período definido.
Para complementar o estudo, foram comparadas as palavras-
chave selecionadas para representar o conteúdo dos artigos 
com o tesauro American Society for Information Science and 
Technology (ASIS), traduzido por Istschuk (2004) e padronizado 
por Fabian (2005).
Foi organizado um modelo composto dos descritores da Brapci, 
os termos relacionados, os termos do Thesaurus ASIS e o tipo 
de informação apresentada dentro do conjunto informação 
para negócios, para então se proceder às análises.
Quadro 1
Termos de busca para recorte da BRAPiN
Artigos relacionados 
ao tema
Termos 
de busca
Informação agrícola
“informação agrícola” ou “informática agrícola” 
ou “sistemas de informação agrícola” ou 
comunicação rural” ou “práticas agropecuárias” 
ou “tecnologia agropecuária” ou “usuários 
da informação agrícola” ou “agricultura” ou 
“produtor rural” ou “trabalhadores
Informação 
comercial
“informação comercial” ou “comércio” ou 
“informação para comércio” ou “informação para 
o comerciante”
Informação como 
commodity
“informação como mercadoria” ou “commodity” 
ou “informação como commodity” ou “compra 
de informações” ou “venda de informações” ou “ 
valor da informação”
Informação 
estatística
“estatística” ou “informação estatística” ou 
“informações estatísticas” ou “análise estatística”
Informação 
industrial
“indústria” ou “informação para indústria” ou 
“informação industrial”
Informação jurídica
“informação jurídica” ou “ fontes de Informação 
jurídica” ou “sistemas de informação jurídica” ou 
“comunicação jurídica” ou “informações jurídicas” 
ou “sites jurídicos” ou “ biblioteca jurídica”
Informação 
mercadológica
“estudos de mercado” ou “informação 
mercadológica” ou “fontes de informações 
mercadológicas” ou “análise de mercado” ou 
“informações sobre mercados” ou “ pesquisa 
de mercado” ou “ estudo de viabilidade” ou 
“sistemas de informações sobre mercados”
Informação para 
empresários
“informação para empresários” ou “informação 
para alta gerência,” ou “informações sobre 
empresas” ou “informações para empresas” ou 
“ informações para executivos” ou “ informação 
para tomada de decisão” ou “informação 
estratégica” ou “sistema de informação” ou 
“gerência da informação”
Informação para 
qualidade
“informação para qualidade” ou “ISO” ou 
“certificação iso” ou “qualidade” ou “gestão da 
qualidade”
Informação 
tecnológica
“tecnologia” ou “ tecnológica” ou “informação 
tecnológica” ou “informação para a tecnologia”
Produtos e serviços 
de informação
“produtos e serviços de informação” ou “produtos 
de informação”ou “serviços de informação”
Fonte: as autoras.
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A PRODuÇãO CIEntÍFICA SOBRE 
InFORMAÇãO PARA nEgÓCIOS nOS 
ARtIgOS DE PERIÓDICOS DA ÁREA 
CIÊnCIA DA InFORMAÇãO
Para apresentar de forma clara os resultados obtidos na análise 
de conteúdo, importa considerar sua primeira vertente como 
uma análise geral de toda a Base Brapin composta de artigos 
sobre o tema informação para negócios, ano de maior produção 
e o tipo de autoria. A seguir, apresenta-se a vertente relativa 
à análise específica da tipologia abrangida pelo conjunto 
informação para negócios.
A produção de artigos científicos sobre a temática informação 
para negócios concentra-se na revista Ciência da Informação, 
que detém mais da metade da produção total sobre o tema. 
É provável que isso se deva à antiguidade e regularidade 
da revista, cuja publicação iniciou em 1972 e manteve a 
periodicidade durante todos esses anos.
GRÁFICO 1
Produção científi ca por periódico
 59,5% Ciêncica da informação
 12,7% Perspectivas em ciência da informação
 5,6% Trasnsinformação
 4,8% Data grama zero
 4,8% Revista de Biblioteconomia de Brasília
 3,2% Informação & Sociedade: Estudos
 3,2% Revista Digital de Biblioteconomia & Ciêncica da informação
 2,4% Revista Brasileira de Biblioteconomia Documentação
 0,8% Arquivo & Administração
 0,8% Estudos Avançados em Biblioteconomia &
 0,8% Informação & Informação
 0,8% Informare
 2,4% Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG
50
40
30
20
80
10
70
0
60
59,5%
12,7%
5,6% 4,8% 4,8% 3,2% 3,2% 2,4% 0,8% 0,8% 0,8% 0,8% 2,4%
Fonte: as autoras.
A produção científica sobre o tema informação para 
negócios é caracterizada por 73,80% de artigos escritos em 
autoria individual, e apenas 29,20% de artigos produzidos 
individualmente, conforme o gráfico 2.
Gráfi co 2
Produção científi ca por tipo de autoria
 Autoria conjunta Autoria individual
26,20%
73,80%
26,20%
73,80%
Fonte: as autoras.
Ainda quanto à autoria, foi possível observar também que 
do total de 142 autores 85% são responsáveis por apenas 
um artigo publicado relacionado à temática informação para 
negócios, 8% dos autores produziram dois artigos no período, 
4% dos autores publicaram três artigos, enquanto 3% assinam 
quatro ou mais artigos (gráfico 3). Esses resultados indicam 
o que já vem sendo constatado na literatura e que comprova 
a Lei de Bradford, de que poucos autores produzem muito e 
muitos autores apresentam pouca produção.
Gráfi co 3
Distribuição de artigos por autor
 1 2 3 4 5 6
8% 4% 1% 1% 1%
85%85%
Fonte: as autoras
Verificou-se elevada produção de artigos no ano de 1997, 
conforme o gráfico 4, a seguir, que apresenta a evolução da 
produção científica por ano.
Gráfi co 4
Produção científi ca por ano sobre informação para negócios
0
2
4
6
8
10
12
14
16
19
72
 (0
,8
%
) 
19
73
 (1
,6
%
)
19
75
 (0
,8
%
)
19
77
 (1
,6
%
)
19
79
 (0
,8
%
)
19
83
 (0
,8
%
)
19
84
 (2
,4
%
)
19
85
 (2
,4
%
)
19
86
 (1
,6
%
)
19
87
 (0
,8
%
)
19
90
 (0
,8
%
)
19
91
 (9
,5
%
)
19
92
 (5
,6
%
)
19
93
 (3
,2
%
)
19
94
 (4
,8
%
)
19
95
 (0
,8
%
)
19
96
 (8
,7
%
)
19
97
 (1
1,
9%
)
19
98
 (2
,4
%
)
19
99
 (6
,3
%
)
20
00
 (6
,3
%
)
20
01
 (3
,2
%
)
20
02
 (5
,6
%
)
20
03
 (2
,4
%
)
20
04
 (4
,8
%
)
20
05
 (3
,2
%
)
20
06
 (4
%
)
Fonte: as autoras.
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Informação para negócios: aspectos da literatura científica nacional em revistas da área de ciência da informação
Ci. Inf., Brasília, v. 37, n. 1, p. 7-17, jan./abr. 2008
Ao realizar uma análise da conjuntura do ano de 1997, 
constata-se que esse aumento da produção científica pode ter 
sido motivado pelas circunstâncias econômicas do país. Neste 
período, durante o Plano Collor, havia somente a preocupação 
com o controle da inflação. Segundo Gomes (1997), o setor 
produtivo, imediatista, participava da ciranda financeira, 
preocupando-se muito pouco com a melhoria de processos 
e produtos. O autor também afirma que
[...] as micro e pequenas empresas, já responsáveis pela maior 
oferta de postos de trabalho, eram pouco lembradas nas ações 
estratégicas de governo. A flexibilização das importações 
trouxe, finalmente, para nosso dia-a-dia, os conceitos deglobalização, qualidade total, certificação ISO 9000, até então 
quase desconhecidos. A invasão de produtos mais baratos 
atingiu profundamente as pequenas empresas. Esta invasão, 
aliada à rapidez nas ações de agregação de tecnologia por 
parte das grandes empresas e os mecanismos recessivos de 
controle da inflação pela contenção do consumo, geraram 
o desemprego de hoje. Definitivamente inseridos em nosso 
contexto, estes novos conceitos e a busca de qualidade e 
produtividade empurram nosso país a encontrar caminhos 
alternativos para capacitar seus cidadãos, iniciando um novo 
tempo: o da sociedade do conhecimento.
Nessa fase de estabilização da economia, em que as empresas 
começaram a se preocupar em manter a competitividade 
dentro do mercado e a buscar inovação tecnológica, portanto, 
a produção científica é intensificada pelo despertar para a 
nova economia.
Para melhor apresentação da análise do conteúdo, 
desmembraram-se as categorias que compõem a temática 
informação para negócios de acordo com a árvore de domínio. 
Evidencia-se que grande parte do conjunto é composta por 
textos sobre informação tecnológica, enquanto uma parcela 
menor, porém significativa, refere-se à informação para a indústria, 
diretamente relacionada com a inovação tecnológica.
Gráfi co 5
Tendência temática da base Brapin
 Informação sobre produtos e serviços
 Informação para qualidade
 Informação comercial
5%6%
7% 12% 15% 45%
4% 2% 2% 1% 1%
12% 15% 45%
 Informação tecnológica 
 Informação estatística
 Informação jurídica
 Informação empresarial
 Informação industrial
 Informação agrícola
 Informação mercadológica
 Informação como commodity
Fonte: as autoras
InFORMAÇãO tECnOLÓgICA
Para melhor apresentação do conteúdo dos 47 artigos sobre 
informação tecnológica, optou-se pela classificação dos 
assuntos, conforme exposto na tabela 1.
Tabela 1
Enfoques sobre informação tecnológica
Enfoque Quantidade (%)
Demanda de informação tecnológica 20
Relato de experiência 17
Informação tecnológica e desenvolvimento 15
Serviço de informação tecnológica 13
Governo e informação tecnológica 8
Profi ssionais e capacitação de recursos humanos 8
Patentes 7
Terminologia e conceitos 4
Transferência de informação 4
Informação tecnológica e poder 2
Interação entre universidade e empresa 2
Total 100
Fonte: as autoras.
A categoria demanda de informação tecnológica é a mais 
expressiva, envolvendo estudos de usuário e perfil das 
necessidades informacionais da área de tecnológia das 
organizações. Os estudos das necessidades informacionais 
englobaram setores específicos, tais como de eletrodomésticos, 
confecções, empresas do setor de bens de capital, setor 
metalúrgico e laticínios. Há ainda estudos que mostram o 
perfil de quatro instituições: – Fiepe, Itep, Sebrae e Senai –, 
nos aspectos da estrutura interna, administração, usuários e 
oferta de informação. Estes estudos permitem concluir que a 
estrutura do mercado em que as empresas atuam condicionam 
não só suas necessidades de informação técnica, como também 
sua capacidade de buscar e de acumular essa informação na 
forma de competência tecnológica.
Os relatos de experiência, voltados à aplicação de tecnologia ou 
métodos, compõem o segundo maior agrupamento temático. 
Descrevem a prática do uso efetivo de sistemas de informação 
tecnológica utilizada por algumas organizações, a exemplo da 
Vale do Rio Doce, referindo-se também a prestadores de sistemas 
de informações tecnológicas, como o Instituto de Tecnologia do 
Paraná (Tecpar) e o projeto Disque-tecnologia da USP.
Os artigos da categoria informação tecnológica e desenvolvimento 
relatam o processo de inovação, de transferência de 
tecnologia e de sistemas e redes de informação como insumo 
e produto do desenvolvimento tecnológico para conseqüente 
desenvolvimento econômico-social.
A categoria serviço de informação tecnológica, por sua vez, 
descreve modelos de prestadores de serviço, como o Senaitec 
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Ana Carolina Araujo/Leilah Santiago Bufrem
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(61) 8142-1476 - Formato 21 x 29,7cm - 1/1 BLACK - Fechamento e Editoração 
e o Núcleo de Informação Tecnológica e Gerencial (Niteg), 
e faz ainda reflexões acerca de banco de dados voltados para 
o atendimento do setor produtivo.
A categoria governo e informação tecnológica constitui-se de 
artigos sobre a problemática da implantação de uma política 
tecnológica nacional, o planejamento e a coordenação da 
informação científica e tecnológica no Brasil, analisando 
ainda o conteúdo de informação tecnológica nas publicações 
governamentais brasileiras, e um estudo sobre o desempenho 
da inovação e transferência tecnológica em informática em 
institutos governamentais.
Os artigos que compõem a categoria profissionais e capacitação 
de recursos humanos sugerem um perfil dos conhecimentos 
e habilidades de profissionais interessados em trabalhar 
com informações tecnológicas. Referem-se também 
ao desenvolvimento de programas de especialização, 
aperfeiçoamento e de ensino a distância como suporte 
educacional para a área de informação tecnológica.
As patentes são valorizadas especialmente como fonte de 
informações tecnológicas que refletem o estágio de evolução 
dos países em desenvolvimento. Grande parte dos artigos 
enfatiza metodologias para a utilização da informação contida na 
Classificação Internacional de Patentes (CIP) e os mecanismos 
facilitadores de recuperação da informação de patente.
A categoria terminologia e conceitos compõe-se de artigos 
que caracterizam a informação tecnológica e a relação com 
informação para negócios.
A transferência de informação é tema de dois artigos com 
abordagens diferenciadas, uma direcionada à relação de 
transferência de tecnologia e Terceiro Mundo e outra 
descrevendo um projeto de linguagens para a transferência 
da informação sobre tecnologia.
Em artigo sobre informação tecnológica e poder é realizado um 
paralelo entre países ricos e países pobres em informação e a 
relação de dominação, poder e submissão entre eles.
A categoria interação entre universidade e empresa faz referência 
ao processo de transferência de informação tecnológica nesse 
contexto, indicando a valorização da Internet e dos canais informais 
de comunicação da informação, procurando estimular a criação de 
um programa institucional e do contato informal entre professores 
e gerentes como elementos que mais facilitam este processo.
InFORMAÇãO InDuStRIAL
No seu desenvolvimento, as informações industriais sempre 
estiveram relacionadas com as informações tecnológicas. Em 
um estudo feito no intervalo de 25 anos sobre as necessidades de 
informação das indústrias, entre os nove encontrados, observou-
se grande mudança de foco. Em 1971 a busca prioritária era 
por informação tecnológica, já em 1996 as indústrias foram 
além da mera tecnologia e começaram a se preocupar com 
matérias-primas e insumos, além de planejamento e controle 
da produção (ARAÚJO et al., 1997).
A temática oferece destaque ao setor moveleiro, que foi objeto 
de estudo em 22% dos artigos. Os relatos de experiências com 
sistemas de informação industrial e estudos de usuários foram 
os temas trabalhados em 22% dos artigos. Já a preocupação 
com a revisão de conceitos, definições e terminologias e 
também com conceitos acerca dos sistemas de classificações 
industriais compõe 10% do total de artigos.
InFORMAÇãO SOBRE PRODutOS E SERVIÇOS
Os artigos relacionados a essa temática apresentam de forma 
unânime a importância de produtos e serviços de informação 
para o desenvolvimento das organizações que estão preocupadas 
com a qualidade e busca pela excelência. Destacam-se serviços 
e produtos relacionados à informação tecnológica e industrial 
nos 20 artigos que compõem essa temática.
As autoras Souza e Borges (1996) apresentam um mapeamento 
das instituições provedoras de informação tecnológica no qual 
os principais clientesde produtos e serviços são 83% empresas 
de pequeno porte, seguidas por empresas de médio porte (77%) 
e microempresas (73%). Quanto ao mais utilizado, destacam-
se os serviços de consulta rápida, resposta técnica e acesso a 
bases de dados. Por fim, o conteúdo mais procurado constituiu-
se no informacional tecnológico (86%).
Os enfoques indicados nos artigos sobre produtos e serviços 
de informação são sintetizados na tabela 2.
Tabela 2
Enfoques sobre Produtos e Serviços de Informação
Enfoque Quantidade (%)
Relato de Experiência de Produtos ou Serviços 25
Produtos e Serviços de Informação Nacionais 15
Importância para as Empresas 10
Produtos e Serviços de Informação para a Indústria 10
Produtos e Serviços de Informação para 
Desenvolvimento 10
Produtos e Serviços de Informação Tecnológica 10
Produtos e Serviços de Informação para Empresas 10
Bibliotecas como fornecedora de Produtos e 
Serviços 5
Custo dos Produtos e Serviços 5
Produtos e Serviços de Informação Tecnológica e 
Industrial 5
Total 105
Fonte: as autoras.
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15
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Informação para negócios: aspectos da literatura científica nacional em revistas da área de ciência da informação
Ci. Inf., Brasília, v. 37, n. 1, p. 7-17, jan./abr. 2008
Destacam-se os relatos de experiência do uso efetivo de 
produtos e serviços de informação.
Observa-se que a produção científica sobre o tema registrou 
expressivo crescimento em 1991, porém não foi possível, com 
base nos artigos e na conjuntura, indicar as prováveis causas 
para tal crescimento (gráfico 6).
Gráfi co 6
Produção científi ca por ano sobre produtos e serviços de informação
0
1
2
3
4
5
6
1984 1987 1991 1992 1993 1994 1996 1997 1998 1999 2000 2004 2005 2006
ANO
Qu
an
ti
da
de
Fonte: as autoras.
Dos 14 artigos que compõem esta temática, grande parte relaciona 
informações estatísticas com agências públicas produtoras deste 
tipo de informação, tais como IBGE e Fundação Seade, assim 
como a atuação do Sistema Estatístico Nacional. Outra relevante 
abordagem é a estatística como importante fonte para a concepção, 
formulação, planejamento e realização das políticas públicas, que 
orientam as decisões e as ações (diretas e indiretas) dos governos. 
Para esse fim, segundo Senra (2001), em razão das mudanças nos 
domínios de governo, a demanda por informações estatísticas 
(públicas e oficiais) vem se diversificando e se ampliando.
Apenas um artigo indicou a relação desse tipo de informação 
com as tecnologias de informação e comunicação. Essas são 
apresentadas como forma de disseminação da informação, 
não havendo nenhuma menção às atividades de transmissão 
ou de coleta de dados.
Quanto à autoria, constata-se no gráfico 7 que 43% dos artigos são de 
autoria única e apenas um artigo é produzido por mais de um autor.
Gráfi co 7
Produção de artigo por autor – informações estatísticas
0
1
2
3
4
5
6
7
 Borschiver, Wongtochowsk Antunes Guizzadi Filho, Conti Silva Souza
 Gracioso Porcaro Senra
Fonte: as autoras.
A primeira publicação sobre o tema informações estatísticas 
foi editada em 1996. Houve aumento de 21% na produção 
total em 2001 e também 21% em 2005, revelando que esta 
temática, embora venha sendo explorada esporadicamente, 
demonstra ter importância relativa no cômputo da produção 
geral do período.
InFORMAÇãO AgRÍCOLA
Este tema foi apresentado no primeiro artigo da base Brapin. 
Trabalhado no começo da década de 1970, o tema está 
presente em oito artigos da base.
Conforme a idéia aqui defendida de que a produção científica 
revela aspectos do processo de desenvolvimento social e 
econômico em determinada época, pode-se perceber que 
a década de 1970 foi efetivamente um período em que a 
economia do Brasil desenvolveu-se com base na agricultura 
e as políticas públicas eram voltadas para essa área.
O tema é apresentado nos artigos sob dois enfoques: 25% dos 
artigos referem-se a sistemas de informação agrícola, enquanto 
75% versam sobre usuários da informação agrícola. Essas duas 
temáticas foram apresentadas em anos alternados, o que parece 
indicar a existência de forte relação entre usuário e sistema 
de informação agrícola, ou seja, percebe-se que há uma 
preocupação em treinar o usuário para manejar um sistema 
de informação.
InFORMAÇãO PARA A QuALIDADE
Este tema foi apresentado em dois aspectos pelos autores, em 
dois artigos. O primeiro constitui um relato de experiência 
sobre a atuação do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) 
que objetiva melhorar a capacitação tecnológica e aumentar 
a competitividade no setor industrial paranaense. O segundo 
é uma reflexão sobre a relação direta entre qualidade e 
informação e a relação dos serviços de informação. Moura 
(1996) assinala que informação sobre qualidade tem sido um 
dos assuntos mais procurados pelas empresas e que os serviços 
de informação precisam se aparelhar para isso, devendo buscar 
fontes de informação, preparar seu pessoal, fazer parcerias com 
profissionais e empresas atuantes nesse assunto, que representa 
uma excelente oportunidade de negócio.
InFORMAÇãO JuRÍDICA
Sobre o tema destacam-se dois artigos recentes, editados em 
2006, de um total de seis, tratando de forma prática o valor 
do gerenciamento de informações jurídicas em escritórios de 
advocacia e o importante papel dos profissionais da informação 
para esse gerenciamento. Outros dois artigos, publicados 
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Ana Carolina Araujo/Leilah Santiago Bufrem
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em 1973, bem como os artigos publicados em 1993 e 1994, 
tratam do funcionamento do sistema de informação jurídica, 
o arquivamento e a recuperação da informação e ainda 
caracterizam as três fontes do direito: a lei, as jurisprudências 
e as doutrinas. Complementarmente, o artigo publicado em 
2000 traz o conceito de banco de dados para compor o sistema 
de informações jurídicas. Percebe-se que, apesar da baixa 
quantidade de artigos publicados sobre o tema, este foi tratado 
de maneira mais prática e inovadora desde o primeiro artigo. 
A constatação parte da comparação com outros artigos, como 
aqueles voltados às informações estatísticas. Esse tema foi 
trabalhado pelos autores em âmbito mais próximo ao exercício 
prático profissional no conjunto de temas sobre informação para 
negócios, mais especificamente sobre o uso das informações 
jurídicas.
InFORMAÇãO MERCADOLÓgICA
Essa temática foi abordada sob dois aspectos diferentes, nos dois 
artigos em que aparece. No primeiro, como objeto de estudo 
englobando a pesquisa de mercado, nos aspectos relativos à 
sua caracterização, tipologia e metodologia de elaboração. 
No segundo, expressando a própria pesquisa de mercado, ou 
seja, procedendo à análise de um novo nicho mercadológico, 
a saber, o de produtos e serviços tecnológicos. Teve como 
finalidade estimar a taxa de crescimento do mercado como 
reflexo da adoção do novo modelo de inserção competitiva 
da economia brasileira que privilegia as ações da qualidade e 
de desburocratização do processo de certificação de sistemas, 
produtos e serviços.
InFORMAÇãO EMPRESARIAL
O conjunto de artigos sobre informação empresarial é composto 
de nove itens com enfoques diversificados, desde questões 
sobre a ética na informação empresarial à administração de 
documentos da empresa e informação do setor específico de 
turismo, incluindo o monitoramento tecnológico e a criação 
de estratégias convenientes para assegurar a competitividade. 
Destaca-se um artigo que discute o papel dos sistemas de 
informação no processo decisório dos executivos, levando 
em consideração as fontes informacionais externas e internas 
por eles utilizadas.
Entre os artigos, há ainda um relato de experiência do projetoda Rede de Informações Empresariais para Micro e Pequenos 
Empresários do Mercosul (Redsur) e os levantamentos feitos 
para sua implantação.
Observa-se, portanto, que a tentativa de fortalecer o Mercado 
Comum para a América do Sul passa a influenciar a literatura 
da área, especialmente privilegiando a empresa de menor 
porte, o que tem sido uma ênfase da política nacional.
InFORMAÇãO COMO COMMODITY
O tema é objeto de um artigo, mediante análise de novos modos 
de mensurar os setores da economia relacionados diretamente 
à informação e, conseqüentemente, a novas formas de definir, 
ao menos do ponto de vista econômico, o que são os produtos 
informacionais. Em suma, informação como mercadoria que 
pode ser produzida, manipulada, distribuída e vendida.
Do exposto, confirma-se a premissa de que informação para 
negócios pode ser compreendida como representativa de 
um conjunto de informações constituídas por informação 
agrícola, informação comercial, informação como commodity, 
informação empresarial, informação estatística, informação 
industrial, informação jurídica, informação mercadológica, 
informação para qualidade, informação sobre produtos e 
serviços e informação tecnológica.
A análise das subcategorias de informação para negócios 
permite observar que sua diversidade e interdependência 
revelam a necessidade de uma prática criteriosa em sua busca, 
recuperação e utilização, bem como na sua interpretação.
COnSIDERAÇÕES FInAIS
O delineamento da produção brasileira de artigos sobre o tema 
informação para negócios, nos periódicos brasileiros da área 
de ciência da informação, foi facilitado pela organização da 
base de dados específica sobre o tema, a Base Brasileira sobre 
Informação para Negócios (Brapin), composta por 126 artigos 
publicados entre os anos de 1972 e 2006, com 342 descritores, 
padronizados de acordo com o tesauro ASIS.
A análise demonstrou que, das 26 revistas da área de ciência 
da informação presentes na base Brapci, apenas 13 publicaram 
artigos sobre a temática informação para negócios, e que o ano de 
1997 foi o de maior produção específica sobre o tema (11,9%), 
o que se justifica pela conjuntura política e econômica da 
época.
Verificou-se o predomínio da temática “informação 
tecnológica” em 45% dos artigos e da autoria individual em 
73,80%. Em relação à proporção entre autor e freqüência de 
artigos, confirma-se a Lei de Bradford, com a constatação 
de que poucos autores produzem muito e muitos autores 
apresentam pouca produção.
Constatou-se também que há expressiva diversidade em relação 
à construção dos resumos, tanto quanto a sua finalidade, sendo 
apresentados os do tipo indicativos e informativos, quanto à 
sua extensão.
Para estudos posteriores, sugere-se uma padronização dos 
resumos dos 126 artigos da Brapin. Seria pertinente, ainda, 
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Informação para negócios: aspectos da literatura científica nacional em revistas da área de ciência da informação
Ci. Inf., Brasília, v. 37, n. 1, p. 7-17, jan./abr. 2008
verificar por meio de pesquisa junto ao corpo docente das 
áreas de administração, ciências contábeis, direito, economia 
e estatística, a fim de comparar o que foi encontrado dentro 
do campo de ciência da informação com a necessidade de 
informações relacionadas a negócios percebidas por estes 
profissionais na prática de seu trabalho acadêmico.
As eventuais lacunas nesse processo analítico de compreensão 
de um campo específico do conhecimento podem ser atribuídas 
à impossibilidade de acompanhar o processo contínuo e 
dinâmico da produção específica sobre o tema informação para 
negócios. Graças à diversidade de aspectos, enfoques e resultados 
encontrados nessa literatura específica, apresentam-se outras 
inúmeras possibilidades de estudo e percepção, aqui apenas 
visualizadas como promissoras vertentes de estudos futuros.
Artigo submetido em 14/10/07 
e aceito para publicação em 22/08/2008.
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