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História e Características da Malária

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Prof.ª Luiz André Santos Silva
MALÁRIA
 Era Pré-Cristã – Hipócrates : Primeira citação da Malária;
 Início do Séc. XIX – Origem do termo Malária;
 1880 – Charles Louis Laveran, observou microorganismos ao 
examinar, a fresco, o sangue de uma paciente malárica;
 1884 – Gerhardt, conseguiu reproduzir a doença a partir de 
transfusão de sangue infectado (hemoparasitose);
 1885 – Golgi e cols. Descreveram o ciclo assexuado do parasito
 1891 – Romanowsky, descreveu a morfologia dos parasitos 
sanguíneos por meio de esfregaços corados;
 
 1898 e 1899 – Grassi, Batianelli e Bignami descreveram o 
desenvolvimento completo, em anofelinos, de 3 espécies de 
Plasmodium humanos
o Número de casos - 198 milhões.
o Mortes por malária - 548 mil, sendo 90% na África subsaariana e 
78% de crianças até 5 anos.
o População em risco - 3,2 bilhões (metade da população mundial), 
dos quais 1,2 bilhões estão em áreas de alto risco.
✓ 99,5% dos casos de malária no 
Brasil ocorrem na Amazônia Legal 
(Acre, Amapá, Amazonas, Pará, 
Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato 
Grosso e Maranhão).
➢ +100 países possuem malária endêmica 
(metade na África Sub-Saara);
➢ 300-500 milhões de casos por ano;
➢ 90% das mortes causadas pela malária 
acometem crianças menores de 5 anos;
➢ Sequelas de complicações clínicas severas 
incluem problemas cognitivos, distúrbios de 
comportamento, epilepsia, além de 
problemas de visão, audição e fala. 
 Filo Apicomplexa
 Subfilo Sporozoea
 Ordem Eucoccidiida
 Família Plasmodiidae
 Gênero Plasmodium
 Espécies P. falciparum
 P. vivax
 P. malariae
 P. ovale (apenas na África Central)
No Brasil
➢ Plasmodium falciparum
➢ Plasmodium vivax
➢ Plasmodium malariae
➢ Plasmodium ovale
Doença mais 
freqüente e 
mais grave
Doença menos 
freqüente e 
menos grave
 Filo Arthropoda
 Classe Insecta
 Família Culicidae
 Gênero Anopheles
 Espécies A. darlingi
 A. aquasalis
 A. bellator
 A. cruzi
 A. albitarsis
An. darling An. albitarsis
An. gambiae An. aquasalis
 Vetor: mosquitos fêmeas.
 400 espécies de anofelinos.
 50-80 são capazes de transmitir o Plasmodium.
 Preferência por habitats aquáticos limpos (pode desenvolver-se em água 
doce ou salobra).
 Habitam principalmente regiões tropicais e subtropicais.
 
 Raio de ação em quilômetros.
 Na África, as espécies mais importantes são o A. gambiae e o A. 
funestus.
 No Brasil, as espécies mais importantes são: A. (N.) darlingi (Região 
Amazônica), A. (N.) aquasalis (Região Litorânea). A. (K.) cruzii já foi 
transmissor importante no litoral do Brasil.
Repasto sanguíneo
Somente as fêmeas
 Compartilhamento de seringas contaminadas
 Transfusão sanguínea
 Acidentes de laboratórios
 Congênita
 Transmissão vetorial
 Hematofagia
✓ Mosquitos infectados com 
Plasmodium tem menor 
capacidade de obtenção de 
sangue.
✓ Aumenta o número de tentativas 
para obter sangue suficiente para 
oviposição.
https://www.youtube.com/watch?v=s-SKYfERZd4
https://www.youtube.com/watch?v=xyc4gZsHEGQ
Resistência inata:
 O homem não é suscetível à infecção por 
plasmódios aviários ou de roedores.
 Anemia falciforme.
 em área de intensa transmissão de malária, indivíduos 
heterozigóticos que apresentam o traço falciforme (HbAS) 
são protegidos de malária grave e, portanto, apresentam 
vantagens seletivas sobre indivíduos homozigotos 
(HbAA), que podem se infectar e morrer de malária grave.
Resistência adquirida:
 Transferência de anticorpos IgG da mãe 
para o filho
 Premunição
Período de incubação:
 9 a 14 dias para o P. falciparum
 12 a 17 dias para o P. vivax
 18 a 40 dias para o P. malariae
 Sintomas iniciais: mal-estar, cefaléia, cansaço, 
mialgia.
Acesso malárico:
 calafrio: frio intenso, apresenta tremores incontroláveis
do corpo e até batendo os dentes, observando-se palidez e 
extrema fraqueza. Dura cerca de 20 a 60 minutos;
 sensação de calor: nota-se intensa sensação de calor,
com o rosto avermelhado e cefaléia intensa. Temperatura 
entre 39 e 41oC. Em alguns casos há delírio. A situação 
permanece neste quadro por 2 a 6 horas;
 sudorese: é intensa (chegando a molhar a roupa). A dor
de cabeça passa e uma sensação de alívio substitui o mal 
estar anterior. Dura cerca de 2 a 4 horas
 P. vivax agente da febre terçã benigna com 
ciclo febril que retorna a cada 48 horas.
 P. falciparum agente da febre terçã maligna 
com acessos febris que se repetem 
clinicamente com intervalos de 36 a 48 horas.
 P. malarie causa da febre quartã, que se 
caracteriza pela ocorrência de acessos febris a 
cada 72 horas.
Malária não complicada
 acesso malárico acompanhado de debilidade 
física, náuseas e vômitos. Ao exame físico o 
paciente apresenta- se pálido.
 anemia: mais intensa por P. falciparum, 
devido ao sequestro dos eritrócitos 
parasitados na rede capilar.
Malária complicada
 P. falciparum
 Hipoglicemia, convulsões, vômitos repetidos e distúrbio de 
consciência são indicadores do pior diagnóstico.
 malária cerebral: forte cefaléia, vômitos, sonolência, pupilas 
contraídas e coma
 insuficiência renal aguda: redução do volume urinário.
 edema pulmonar agudo: febre alta.
 hemoglobinúria: urina escura, vômitos e ictericia
Icterícia Hemoglobinúria
Clínico
 Sintomatologia;
 área de residência;
 viagens para áreas endêmicas
 O elemento fundamental no diagnóstico 
clínico da malaria, tanto nas áreas endêmicas 
quanto não endêmicas, é sempre pensar na 
possibilidade da doença.
 Parasitológico : esfregaço sanguíneo
 Parasitológico : gota espessa
 A diferenciação entre P. falciparum e P. vivax é 
muito importante nos locais onde há resitência 
do P. falciparum à cloroquina
 Se visualizarmos apenas trofozoítos e 
gametócitos = suspeita de P. falciparum 
(completa o ciclo eritrocítico aderido ao endotélio 
capilar);
 Se visualizarmos todos os estágios de 
desenvolvimento do parasito = suspeita de P. 
vivax
 Testes Rápidos- Imunocromatográficos
ParaSight F ®
Imunológico:
 RIFI
 ELISA
 PCR
 Cloroquina
 Quinina
 Primaquina
 Mefloquina
 População dispersa
 Migrações constantes dos habitantes
 Moradia inadequada para aplicação de inseticidas
 Resistência do P. falciparum à cloroquina
	Slide 1: 
	Slide 2: Lista de Doenças de Notificação Compulsória
	Slide 3: Histórico
	Slide 4: Distribuição da Malária no Mundo
	Slide 5
	Slide 6
	Slide 7: Distribuição da Malária no Brasil
	Slide 8: Epidemiologia
	Slide 9
	Slide 10
	Slide 11: Classificação Taxonômica do Agente Etiológico 
	Slide 12: Espécies que infectam o homem
	Slide 13
	Slide 14: Classificação Taxonômica do Vetor
	Slide 15: Vetor
	Slide 16: Características do Anofelinos
	Slide 17
	Slide 18: Transmissão
	Slide 19: Manipulação do inseto vetor pelo parasita
	Slide 20: Ciclo Biológico
	Slide 21: Ciclo Biológico no Vetor
	Slide 22: Ciclo Biológico no Vetor
	Slide 23: Ciclo Biológico no Homem
	Slide 24
	Slide 25: Imunidade
	Slide 26: Imunidade
	Slide 27: Quadro Clínico
	Slide 28: Quadro Clínico
	Slide 29: Quadro Clínico
	Slide 30: Quadro Clínico
	Slide 31: Quadro Clínico
	Slide 32
	Slide 33: Diagnóstico
	Slide 34: Diagnóstico
	Slide 35: Diagnóstico
	Slide 36: Diagnóstico
	Slide 37: Diagnóstico
	Slide 38: Diagnóstico
	Slide 39: Tratamento
	Slide 40: Alta Prevalência na Amazônia

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