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Artigo Inteligência artificial aliada ou inimiga - com análise

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64 Inteligência artificial: aliada ou inimiga 
 
 
Inteligência artificial: aliada ou inimiga 
Jennifer Amanda Sobral da Silva1 
Carlos Henrique Passos Mairink2 
Como citar 
 
 
Resumo: o presente trabalho apresenta conteúdo quanto ao uso da Inteligência 
Artificial no âmbito jurídico. Nele podemos identificar aspectos positivos e negativos 
do uso dessa tecnologia no Direito, tanto no ramo advocatício quanto também no 
judiciário; em que sua utilização já começa a ser cada vez mais intensificada. 
Também verificamos como os grandes escritórios estão se adequando a esta 
tecnologia, em que o trabalho repetitivo já está sendo reconduzido as I.A. Desta 
forma, podendo comparar a eficiência do trabalho jurídico antes e depois do 
surgimento desta inovação. Se esta inteligência artificial pode influenciar o mercado 
advocatício, se deve ser implantada tão fortemente nos setores jurídicos, e que bens 
ou males isso traria para a advocacia futura. Parte-se da ideia de que a tecnologia 
bem utilizada traz consequência benéficas quanto ao seu uso em diversas áreas, pois 
a inteligência artificial pode gerar facilidade e agilidade em altas demandas. Sendo 
assim, sua utilização no meio jurídico pode oferecer eficiência na realização de todas 
as tarefas a que for capacitada. 
Palavras-chave: inteligência artificial; Direito; tecnologia. 
 
 
Intelligenza artificiale: alleata o nemica 
Sommario: questo documento presenta contenuti riguardanti l'uso dell'intelligenza 
artificiale in campo legale. In esso possiamo identificare gli aspetti positivi e negativi 
dell'uso di questa tecnologia nella legge, sia in campo legale che giudiziario; in cui il 
suo uso sta iniziando a intensificarsi. Analizziamo anche come i grandi uffici si 
stanno adattando a questa tecnologia, dove l' IA sta già svolgendo lavori ripetitivi. 
Pertanto, saremo in grado di confrontare l'efficienza del lavoro legale prima e dopo 
l'emergere di questa innovazione. Se questa intelligenza artificiale può influenzare 
il mercato legale, se dovrebbe essere impiegata così fortemente nei settori legali, e 
 
 
1 Aluna 9º período Direito – FAMIG. Contato: jenniferamanda97@icloud.com 
2 Doutorando pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Mestre pela Faculdade de 
Direito Milton Campos. Especialista pelo Centro Universitário Newton Paiva. Advogado e 
Professor da Faculdade Minas Gerais – Famig. passosmairink@gmail.com 
passosmairink@gmail.com 
SILVA, J. A. S.; MAIRINK, C. H. P. Inteligência artificial: aliada ou inimiga. 
LIBERTAS: Rev. Ciênci. Soc. Apl., Belo Horizonte, v. 9, n. 2, p. 64-85, ago./dez. 
2019. 
Comentado [IV1]: O texto apresenta uma análise 
detalhada sobre a aplicação da inteligência artificial no 
campo jurídico, adotando uma abordagem objetiva e 
imparcial. Por meio de exemplos e dados concretos, 
explora os benefícios da IA na otimização do tempo e na 
qualidade do trabalho dos profissionais do direito, 
destacando como grandes escritórios estão incorporando 
essas ferramentas para lidar com a sobrecarga de 
processos. Além disso, discute as vantagens, desvantagens 
e riscos associados à utilização da IA, concluindo que os 
benefícios superam as preocupações, especialmente 
quando os profissionais se capacitam para essa nova 
realidade. O texto enfatiza que a inteligência artificial é 
uma aliada para os advogados, facilitando a realização de 
tarefas repetitivas e permitindo que eles se concentrem 
em atividades de maior valor agregado, como o contato 
com o cliente. Por fim, ressalta que a implementação da IA 
no direito não apenas agiliza os processos, mas também 
melhora a eficiência e qualidade do serviço prestado. 
Comentado [IV2]: O texto analisa o uso da Inteligência 
Artificial no campo jurídico, destacando seus aspectos 
positivos e negativos, especialmente no trabalho 
advocatício e judiciário. Questiona-se sobre o impacto 
dessa tecnologia no mercado da advocacia e se sua 
implementação intensiva é necessária. O ponto de vista 
adotado parece ser neutro, buscando equilibrar os 
benefícios da eficiência com os desafios sociais e 
profissionais. Em suma, o texto oferece uma reflexão 
ponderada sobre a IA no direito, enfatizando a 
importância de considerar todas as implicações dessa 
mudança tecnológica. 
mailto:jenniferamanda97@icloud.com
mailto:passosmairink@gmail.com
mailto:passosmairink@gmail.com
 65 Inteligência artificial: aliada ou inimiga 
 
 
quali beni o mali porterebbe a una futura difesa. L'idea è che la tecnologia ben 
utilizzata abbia conseguenze benefiche per il suo utilizzo in diverse aree, poiché 
l'intelligenza artificiale può generare facilità e agilità nelle elevate esigenze. 
Pertanto, il suo utilizzo nell'ambiente legale può generare efficienza nell'esecuzione 
di tutte le attività per le quali è qualificato. 
Keywords: intelligenza artificiale; Legge; tecnologia. 
 
1 INTRODUÇÃO 
Reconhecidamente, ou não, estamos na era da tecnologia e isso implica que, em 
algum momento do nosso cotidiano, cada simples tarefa será possibilitada ao uso de 
ferramentas inteligentes que facilitarão a sua realização de forma rápida e eficiente. 
Como veremos no desenvolvimento do trabalho, já estamos cada vez mais imersos 
e dependentes da tecnologia; e não poderia ser diferente para o Direito, uma das 
ciências mais antigas do homem, que este também viesse sofrendo modificações e 
adequações para essa nova realidade: A imersão no uso da inteligência artificial. 
A Inteligência artificial, resumidamente, é a possibilidade de uma máquina, através 
de algoritmos, possuir capacidade cognitiva semelhantes ao de um ser humano; com 
isso pode realizar atividades que antes apenas o homem era capaz. Aplicado ao 
direito, pode desempenhar todo o trabalho repetitivo e maçante de forma 
ininterrupta, economizando tempo. 
Como toda revolução industrial que aconteceu até hoje na história da humanidade 
trouxe não apenas benefícios, como também algumas consequências negativas em 
alguns aspectos; o questionamento que fica, voltado à área jurídica, é: quais seriam 
os impactos com o uso da inteligência artificial para o ramo do direito? 
A área do direito no Brasil vem apresentando certa resistência para a 
implementação da tecnologia de inteligência artificial, em que negam a utilização 
dela no meio jurídico, com escopo nas revoluções industriais anteriores; o receio de 
que as mesmas consequências negativas que ocorreram, possam novamente se 
repetir. Nesse contexto, a proposta desse trabalho é apresentar o conceito, uma 
visão mais esclarecedora sobre como funciona, como poderá beneficiar o 
profissional do direito e, desta forma, identificar se seu uso pode gerar 
consequências ruins. 
Comentado [IV3]: O texto apresenta uma discussão 
pertinente sobre o papel da inteligência artificial no 
Direito, abordando tanto seus potenciais benefícios 
quanto as preocupações associadas à sua implementação. 
Ao explorar esses aspectos, o texto oferece uma visão 
abrangente do tema e estabelece uma base sólida para 
uma análise mais aprofundada sobre o assunto. 
 
A estrutura de pesquisa parece ser sólida e bem pensada, 
proporcionando uma base firme para a investigação sobre 
o uso da inteligência artificial no campo jurídico. 
Comentado [IV4]: Introdução à Era da Tecnologia: O 
texto começa reconhecendo que vivemos na era da 
tecnologia, onde tarefas cotidianas podem ser facilitadas 
por ferramentas inteligentes. Isso estabelece o contexto 
para a discussão sobre o papel da inteligência artificial no 
Direito. 
Comentado [IV5]: Definição de Inteligência Artificial: 
O texto oferece uma definição breve e clara de inteligência 
artificial como a capacidade de máquinas executarem 
tarefas cognitivas semelhantes às humanas, utilizando 
algoritmos. Esse entendimento básico é fundamental para 
compreender os argumentos subsequentes. 
Comentado [IV6]: Benefícios da IA no Direito: 
Destaca-se que a inteligência artificial pode automatizar 
tarefas repetitivase tediosas no campo jurídico, 
economizando tempo e recursos para os profissionais do 
Direito. Isso sugere que a IA pode melhorar a eficiência e a 
produtividade no setor. 
Comentado [IV7]: Análise dos Impactos: O texto 
aborda o debate em torno dos impactos da IA no Direito. 
Apesar dos benefícios potenciais, menciona-se a 
resistência de alguns no setor jurídico em adotar a 
tecnologia, baseada em preocupações sobre as 
consequências negativas que podem surgir, semelhantes 
às revoluções industriais anteriores. 
Comentado [IV8]: Proposta do Trabalho: Finalmente, o 
texto propõe uma abordagem mais esclarecedora para 
entender como a IA funciona, como pode beneficiar os 
profissionais do Direito e se seu uso pode gerar 
consequências negativas. 
 66 Inteligência artificial: aliada ou inimiga 
 
 
Com isso tem-se como objetivos neste identificar os aspectos positivos e negativos 
do uso da inteligência artificial. Analisar como os grandes escritórios se dequaram a 
esta tecnologia. Comparar a eficiência do trabalho jurídico antes e depois do 
surgimento desta inovação. Verificar como o uso da inteligência artificial pode 
influenciar o mercado advocatício. 
Para o seu desenvolvimento, foi utilizado a metodologia de pesquisa explicativa, pois 
pretende relacionar o ramo da ciência da inteligência artificial à prática no meio do 
judiciário; explicando seu funcionamento e seu uso na área. Para isso foi utilizado a 
análise de documentos em sites, revistas, matérias, artigos e livros. 
O presente trabalho está estruturado em cinco capítulos em que no primeiro é 
apresentado sobre o que se trata a inteligência artificial em si: seu conceito e breve 
histórico. No segundo capítulo, começamos a entender mai quanto a sua utilização 
em aspectos gerais no mercado, e, desta forma, analisamos pontos positivos e 
negativos apresentados para o seu uso. Com o terceiro capítulo aprofundamos no 
ponto do nosso tema, sendo a aplicação dessa inteligência voltada ao direito, e 
vemos como já está sendo utilizada no nosso judiciário. 
O quarto capitulo traz a imersão mais centralizada quanto a utilização dessa 
ferramenta diretamente na advocacia, apresentando dados máquina versus homem, 
e se existe um risco para o profissional. O quinto capítulo apresenta uma breve 
relação quanto ao uso da I.A em outros países, o que já existe dessa evolução no 
exterior e quais são as intenções futuras para sua utilização. Concluindo se esta 
tecnologia deve ser implantada tão fortemente nos setores jurídicos. 
2 A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL 
O homem desde muito tempo sempre busca encontrar formas de replicar a 
capacidade humana de raciocinar. Tentando entender como a nossa capacidade 
cerebral funciona e desvendar uma maneira em que poderíamos torná-la 
mecanizada. 
Em algum tempo estaremos vivendo em uma quarta revolução industrial, termo 
esse já apontado por Klaus Schwab em seu livro intitulado de A quarta revolução 
Comentado [IV9]: Objetivos da Pesquisa: 
•Identificar os aspectos positivos e negativos do uso da 
inteligência artificial no direito. 
•Analisar como os grandes escritórios se adaptaram a 
essa tecnologia. 
•Comparar a eficiência do trabalho jurídico antes e 
depois da introdução da IA. 
•Verificar como o uso da inteligência artificial pode 
influenciar o mercado advocatício. 
 
Esses objetivos são claros e diretos, fornecendo uma 
estrutura sólida para a pesquisa. 
Comentado [IV10]: Metodologia de Pesquisa: 
•Foi utilizada a metodologia explicativa, que busca 
relacionar a ciência da inteligência artificial com sua 
aplicação no meio jurídico, explicando seu 
funcionamento e uso. 
•A análise de documentos em sites, revistas, matérias, 
artigos e livros foi adotada como método de pesquisa. 
 
Essa abordagem metodológica é apropriada para o 
objetivo da pesquisa, pois permite uma análise 
aprofundada e fundamentada sobre o uso da IA no direito. 
Comentado [IV11]: Estrutura do Trabalho: 
•O trabalho é dividido em cinco capítulos bem 
definidos. 
•O primeiro capítulo introduz o conceito de inteligência 
artificial e seu histórico. 
•O segundo capítulo explora a utilização geral da IA no 
mercado, analisando seus pontos positivos e negativos. 
•O terceiro capítulo foca na aplicação da inteligência 
artificial no direito e sua utilização no judiciário. 
•O quarto capítulo se aprofunda na utilização da IA na 
advocacia, comparando dados de desempenho entre 
máquinas e humanos e discutindo possíveis riscos para 
os profissionais. 
•O quinto capítulo examina a adoção da IA em outros 
países e suas implicações futuras. 
 
Essa estrutura sequencial é eficaz para abordar diferentes 
aspectos do uso da inteligência artificial no direito, 
permitindo uma análise abrangente e organizada do tema. 
Comentado [IV12]: Este texto apresenta uma análise 
sobre a inteligência artificial (IA) e sua relação com a 
quarta revolução industrial, delineando sua definição, 
origem histórica e implicações para a sociedade atual. 
 
Abrange os aspectos fundamentais da relação entre 
inteligência artificial e a quarta revolução industrial, 
fornecendo uma visão geral sobre o assunto. O texto 
fornece uma base sólida para uma discussão mais 
aprofundada sobre os desafios e oportunidades 
apresentados pela IA na sociedade contemporânea. 
 67 Inteligência artificial: aliada ou inimiga 
 
 
industrial (2016)3, nele o autor afirma que muitos acreditam que essa imersão 
tecnológica, em que estamos hoje, ainda é um aspecto da terceira revolução 
industrial, que é imersão na era computacional; mas também nos apresenta o 
porquê tem a convicção de que estamos diante de uma quarta: (1) velocidade em 
que sua evolução ocorre, sendo de maneira exponencial; (2) amplitude e 
profundidade, pois a mudança acontece em diferentes áreas: econômicas, negociais, 
sociais e individuais; e (3) impacto sistémico, em que vem transformando sistemas 
entre países e dentro de cada um deles, como também em empresas, industrias e 
toda a sociedade4. 
O termo revolução significa uma mudança abrupta e radical, em que gera 
transformação notória nos pilares sociais e sistemas econômicos. 
A Inteligência artificial, também conhecida como IA, é um ramo da ciência que visa, 
por meios tecnológicos, ser capaz de simular a inteligência humana; podendo 
resolver problemas, criar soluções e até mesmo tomar decisões no lugar do ser 
humano, como um auxílio que facilitaria em diversas áreas do cotidiano. 
O termo inteligência artificial foi falado por John McCarthy em 1956, em uma 
conferência sobre tecnologia no Dartmouth College, EUA. Mas, de acordo com 
Jacques Fux (2019, online), mestre em computação pela UFMG, o assunto já era 
anteriormente discutido por Alan Turing em 1950, considerado pai da computação. 
Definir a inteligência artificial pode levar algum trabalho, pois existem quatro ramos 
desta ciência, apesentadas por Russel e Norvig (2013, p.25)5, que são usadas como 
caminho para estudo, em que acreditam que a Inteligência artificial são: (1) sistemas 
que pensam como seres humanos, (2) sistemas que atuam como seres humanos, (3) 
sistemas pensam de forma racional e (4) sistemas que atuam racionalmente; mas 
 
 
 
 
3 SCHWAB, Klaus. A quarta revolução industrial/Klaus Schwab; tradução Daniel Moreira 
Miranda. - São Paulo: Edipro, 2016. 
4 Ibid. p. 8. 
5 RUSSELL, Stuart.; NORVIG, Peter. Inteligência artificial. Tradução Regina Célia Simille.3º edição. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. p. 1194 
Comentado [IV13]: Contexto da Quarta Revolução 
Industrial: O texto começa situando a discussão no 
contexto da quarta revolução industrial, destacando as 
características que a distinguem das anteriores, como a 
velocidade exponencial de evolução, a amplitude das 
mudanças e seu impacto sistêmico. 
Comentado [IV14]: Definição e História da 
Inteligência Artificial: É fornecida uma definição clara 
de inteligência artificial, explicando seu propósito de 
simular a inteligência humana por meio de meios 
tecnológicos.O texto também aborda a origem histórica 
da IA, desde John McCarthy até Alan Turing, e introduz os 
quatro ramos da ciência da inteligência artificial 
propostos por Russel e Norvig. 
 68 Inteligência artificial: aliada ou inimiga 
 
 
que resumidamente são sistemas que podem pensar, raciocinar e até mesmo se 
comportar. 
Quanto ao sistemas que atuam como seres humanos, somos apresentados ao teste 
de Turing de 19506 (1996, apud GUNKEL, 2012, p.2, 3 e 4, tradução nossa). Esse 
teste consistia na pesquisa para saber se, em algum momento, a máquina poderia 
exibir comportamento inteligente igual ou equivalente ao humano, podendo se 
passar por tal, assim enganando seus interlocutores. 
Em síntese, no primeiro momento apresenta a questão de que se um interrogador 
seria capaz de descobrir o gênero de duas pessoas, identificadas apenas como (A) e 
(B), realizando somente perguntas em que estes responderiam por meio 
datilografado; não podendo escutar a voz, ver a pessoa, ou tentar identificar traços 
nas letras, caso as respostas fossem escritas. 
Depois, Turing apresenta a seguinte questão: “Máquinas podem pensar como seres 
humanos?”, de outra forma, se uma das partes (A) ou (B) fossem substituídos por 
uma máquina, conseguiria esse sistema ser tão preciso ao ponto de conseguir 
enganar o interrogador? 
Turing acreditava que essa resposta poderia ser respondida de forma positiva em 
cerca de 50 anos, e meio século depois, Fux (2019) aponta que estamos tão imersos 
nesses sistemas que fazem parte do nosso dia-a-dia, com atuações tão reais, que já 
são capazes de nos enganar; como é o caso de assistentes de celular, de bancos, sites 
e etc. 
Hoje, quase 70 anos depois, já contamos com um estudo mais sólido do que se trata 
a inteligência artificial. Conhecida também como “I.A” ou “A.I”, esta tecnologia é a 
capacidade de um dispositivo computacional de replicar algumas habilidades 
cognitivas, habilidades essas que antes apenas o ser humano era capaz. 
 
 
 
6 GUNKEL, David J. Communication and Artificial Intelligence: Opportunities and Challenges for the 
21st Century. 2012. Communication +1: Vol. 1. Disponível em: 
https://scholarworks.umass.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1007&context=cpo> Acesso em: 19 
Out. 2019 
Comentado [IV15]: Teste de Turing: O texto menciona 
o famoso Teste de Turing, que questiona se uma máquina 
pode exibir comportamento inteligente equivalente ao 
humano a ponto de enganar um interrogador. Essa 
discussão ressalta a busca por máquinas que possam 
pensar e agir como seres humanos. 
Comentado [IV16]: Avanços e Impacto Atual da 
Inteligência Artificial: O texto destaca os avanços 
significativos na inteligência artificial ao longo dos anos e 
como ela se tornou parte integrante da vida cotidiana, 
com exemplos como assistentes de celular, sistemas 
bancários online e outros. 
Comentado [IV17]: Funcionamento da Inteligência 
Artificial: É explicado como a IA é capaz de replicar 
habilidades cognitivas humanas, graças ao 
desenvolvimento de algoritmos e ao uso de várias 
disciplinas, como computação e matemática. 
 69 Inteligência artificial: aliada ou inimiga 
 
 
Com o conjunto de várias ciências, entre elas, principalmente, a computação e a 
matemática, foi possível colocar em uma máquina a capacidade de raciocinar. Isso 
foi capaz graças ao desenvolvimento de diversos algoritmos implantados, que 
tornam possível que a máquina, alimentada com conhecimento, possa desenvolver 
e processar dados, desempenhando assim funcionalidades cognitivas humanas. 
3 USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL 
A aplicação da Inteligência artificial pode ser feita em diversas áreas, o que auxilia 
na produção e a otimização do tempo gasto na realização do trabalho a ser 
desempenhado. Essas ferramentas inovadoras servem para organizar informações 
e atividades repetitivas ou que demonstrem determinando padrão (seja pelo uso de 
IA ou não), e precisam de desenvolvimento contínuo (COELHO, 2019, online)7. 
Por se tratar de um meio de facilitação do cotidiano, a inteligência artificial traz 
diversas vantagens quanto ao seu uso. Sendo uma inovação tecnológica, que são 
modernizações apresentadas para solucionar algum tipo de problema, e para o caso 
da inteligência artificial o maior deles: tempo. 
Hoje em dia 24 horas não são mais suficientes para que se resolvam os desafios 
diários que enfrentamos desde o acordar ao adormecer. E como seres dotados de 
necessidades básicas, como: ir ao banheiro, se alimentar e ter descansos contínuos; 
é necessário sempre parar o trabalho e continuar diversas vezes, as pausas 
interjornadas e intrajornadas, o que acaba, por vezes, ocasionando atrasos. Contudo, 
diferentemente de um ser humano, uma máquina não precisa parar. Esta é uma 
vantagem clara: o trabalho não precisa ser interrompido em nenhum momento. 
De certa forma, o uso da inteligência artificial como meio de substituição do ser 
humano no desenvolvimento de tarefas possíveis, gira tudo em torno da forma em 
como podemos economizar o tempo. 
 
 
 
 
 
7 COELHO, Alexandre Zavaglia. A ciência de dados e a inteligência artificial no Direito em 2018 
- Parte I. 2019. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2019-jan-01/zavaglia-ciencia-dados- 
inteligencia-artificial-direito> Acesso em: 10 set. 2019. 
Comentado [IV18]: O texto aborda diversos aspectos 
relacionados à aplicação da inteligência artificial (IA) em 
várias áreas, destacando tanto seus benefícios quanto 
seus desafios e riscos. 
 
O texto aborda de forma abrangente e crítica os aspectos 
positivos e negativos da aplicação da inteligência artificial 
em diversas áreas, oferecendo uma visão equilibrada 
sobre o tema. Ao discutir vantagens, desafios e riscos, o 
texto fornece insights valiosos para uma reflexão mais 
ampla sobre o papel da IA na sociedade atual. 
Comentado [IV19]: Vantagens da Inteligência 
Artificial: 
 
•Economia de tempo: A IA auxilia na realização de 
tarefas de forma mais rápida e eficiente, sem a 
necessidade de pausas como seres humanos. 
•Precisão e eficácia: Os algoritmos da IA permitem a 
execução de tarefas com alta precisão e acerto, 
reduzindo a possibilidade de retrabalho. 
•Redução do cansaço e desânimo: No ambiente 
corporativo, a IA ajuda a evitar o desgaste causado por 
atividades repetitivas, promovendo um ambiente de 
trabalho menos monótono. 
•Melhoria na gestão e comunicação: A IA facilita a 
organização de informações e promove uma 
comunicação mais rápida e eficaz dentro das empresas. 
http://www.conjur.com.br/2019-jan-01/zavaglia-ciencia-dados-
 70 Inteligência artificial: aliada ou inimiga 
 
 
Como dito no capítulo anterior, a máquina é alimentada com informações 
necessárias para desempenhar o trabalho a ser feito, devido a seus algoritmos ela é 
capaz de realizar as tarefas com precisão e acertos, o que evita o retrabalho que 
poderia acontecer caso um ser humano o realizasse. 
De acordo com Marques (2017)8 a IA está bem ativa nos meios corporativos, tendo 
em vista seu auxílio em atividades repetitivas, que poderiam ocasionar, caso 
realizados apenas or funcionários, cansaço e desânimo; e com a máquina esse 
processo pode se tornar menos maçante. 
Também no meio da gestão, esses programas promovem uma conexão entre as 
informações da empresa, facilitando a comunicação mais rápida, o que torna a 
possibilidade de decisões mais assertivas. 
Tende-se a linha de pensamento que ao utilizar máquinas como meio de facilitação, 
em que poderá substituir o ser humano em algumas tarefas, pode isto gerar a perda 
de empregos, contudo de acordo com o livro Inteligência Artificial de Russel e Norvig 
(2013 p.1188): 
[...] Alguém poderia argumentar que milhares de trabalhadores 
foram demitidos por esses programas de IA, mas, de fato, se não 
houvesse os programas de IA esses trabalhos não existiriam porque 
o trabalho humano adicionaria um custo inaceitável às transações. 
Até agora, a automação por meio da tecnologia de IA crioumais 
empregos do que eliminou, e criou empregos mais interessantes e 
com remuneração mais elevada. 
 
Desta forma, não se pode esperar que a modernização trazida à nós possa acarretar 
na perda de empregos, pelo contrário, deve o profissional se adaptar a essa nova 
tendência, podendo, assim, obter um melhor retorno financeiro. 
Ademais, por se tratar de uma tecnologia recente e pouco explorada, existem alguns 
pontos negativos. Dentre esses pontos negativos, entramos em uma discussão 
 
 
 
 
8 MARQUES, José Roberto. Inteligência artificial: vantagens e desvantagens quanto ao seu uso. 
Ibccoaching, 6 de dez. 2017. Disponível em: < 
https://www.ibccoaching.com.br/portal/artigos/inteligencia-artificial-vantagens-desvantagens- 
quanto-seu-uso/> Acesso em: 10 set. 2019 
Comentado [IV20]: Impacto na Empregabilidade: 
 
•Contrariando a preocupação com a perda de empregos 
devido à automação, o texto cita que a automação por 
meio da IA tem criado mais empregos do que eliminado, 
muitos deles mais interessantes e com remuneração 
mais elevada. 
•Argumenta-se que a automação por IA tem o potencial 
de eliminar trabalhos com custo inaceitável às 
transações, mas também impulsiona a criação de 
empregos mais eficientes e produtivos. 
http://www.ibccoaching.com.br/portal/artigos/inteligencia-artificial-vantagens-desvantagens-
 71 Inteligência artificial: aliada ou inimiga 
 
 
quanto ao seu uso, também segundo Marques (2017)9, no âmbito de 
questionamentos sociais, éticos e morais. 
A máquina é alimentada e trabalha de acordo com o conhecimento implantado, o 
perigo não está nesse conhecimento e sim na possibilidade de que ele não vai mudar, 
ou evoluir juntamente com o meio social em que foi criado. Se ele não se adapta de 
acordo com a época em que a sociedade está vivendo, poderia gerar um caos de 
proporções inimagináveis. 
Como exemplo sobre como funcionaria esse conhecimento implantado, Russel e 
Norvig (2013, p.1194)10 expõem que se, no século XVII, houvesse tecnologia para 
criar uma inteligência artificial, que fosse dotada com a moral e éticas construídas à 
época; hoje essa máquina estaria lutando para reestabelecer a escravidão e abolir a 
conquista feminista ao direito do voto. Contudo, se nessa inteligência artificial criada 
hoje, fosse implantada a função de evoluir sua utilidade, não há como assegurar que 
em algum momento não poderá raciocinar de forma que: 
... os seres humanos pensam que é moral matar insetos irritantes, 
em parte porque o cérebro dos insetos são tão primitivos. Mas o 
cérebro humano é primitivo em comparação com os meus poderes, 
por isso deve ser moral matar os seres humanos. (RUSSEL e 
NORVIG, 2013, p. 1194) 11 
 
Como relatado por Kaufman (2016), hoje o ser humano criou algo que nem ele 
mesmo consegue ter um controle preciso; sendo que especialistas no assunto, não 
conseguem saber exatamente como essas máquinas funcionam ou como elas 
poderiam agir no futuro, o que não possibilita prever riscos e como isso poderia 
afetar a humanidade nas próximas gerações. 
 
 
 
 
 
9 MARQUES, José Roberto. Inteligência artificial: vantagens e desvantagens quanto ao seu uso. 
Ibccoaching, 6 de dez. 2017. Disponível em: < 
https://www.ibccoaching.com.br/portal/artigos/inteligencia-artificial-vantagens-desvantagens- 
quanto-seu-uso/> Acesso em: 10 set. 2019 
10 RUSSELL, Stuart.; NORVIG, Peter. Inteligência artificial. Tradução Regina Célia Simille.3º edição. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. p. 1194 
11 RUSSELL, Stuart.; NORVIG, Peter. Inteligência artificial. Tradução Regina Célia Simille.3º edição. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. p. 1194 
Comentado [IV21]: Desafios e Riscos da Inteligência 
Artificial: 
 
•O texto levanta preocupações éticas, sociais e morais 
relacionadas ao uso da IA, incluindo questões sobre o 
controle do conhecimento implantado nas máquinas. 
•Há a preocupação de que a IA possa evoluir de 
maneira imprevisível, gerando consequências negativas 
para a humanidade, como perda de identidade, 
isolamento social e problemas físicos e mentais. 
•A União Europeia implementou um guia ético em 2019 
para regulamentar o uso da IA, visando proteger a 
dignidade humana e garantir direitos fundamentais. 
Comentado [IV22]: Considerações Finais: 
 
•O texto conclui destacando a importância de utilizar a 
IA de forma consciente e responsável, visando 
aproveitar seus benefícios sem se tornar dependente 
dela. 
•Destaca-se a necessidade de orientações éticas e 
regulamentações adequadas para garantir que a IA seja 
usada de maneira segura e respeitosa aos direitos 
humanos. 
http://www.ibccoaching.com.br/portal/artigos/inteligencia-artificial-vantagens-desvantagens-
 72 Inteligência artificial: aliada ou inimiga 
 
 
No livro Inteligência Artificial (2013, p. 1189)12 os autores relatam, também, como 
possível risco, que podemos enfrentar com o uso dessa tecnologia, a possibilidade 
das pessoas perderem suas identidades, tornarem alienados, psíquicos ou 
autômatos; proposta também levantada por Marques (2017)13, quando diz que uso 
contínuo da Inteligência Artificial gera isolamento social e consequentemente, 
problemas físicos e mentais. 
Diante disto, a União Europeia, afim de proteger a dignidade humana, implementou, 
em 2019, um guia ético com regras quanto a utilização da inteligência artificial, de 
acordo com a revista portuguesa Publico14, são eles: (a) Garantia da supervisão e 
controle humano (b) robustez e segurança (c) privacidade e controle de dados; 
responsabilização; (d) transparência; (e) diversidade; (f) não-discriminação; (g) 
justiça; e (h) promoção do bem-estar ambiental e social. 
Esse guia ético visa estabelecer orientações para proporcionar uma Inteligência 
artificial de segurança. Devendo respeitar direitos fundamentais inerentes ao ser 
humano, como o respeito à dignidade humana, liberdade do indivíduo, respeito à 
democracia, justiça e Estado de Direitos e a igualdade e direito dos cidadãos. 
Pelo apresentado, notamos que a inteligência artificial apresenta vantagens, 
desvantagens e até mesmo riscos quanto ao seu uso. Desta maneira, precisamos 
utilizá-la em cada área de forma a nos auxiliar e não para nos tornarmos 
dependentes dessas máquinas. 
4 APLICAÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO JUDICIÁRIO 
O direito, desde que o mundo é mundo, sempre esteve presente em nossa história. 
Isto posto que o homem, como definido por Aristóteles em sua obra Política15, é um 
 
 
12 Ibid. p. 1189 
13 MARQUES, José Roberto. Inteligência artificial: vantagens e desvantagens quanto ao seu uso. 
2017. Disponível em: < https://www.ibccoaching.com.br/portal/artigos/inteligencia-artificial- 
vantagens-desvantagens-quanto-seu-uso/> Acesso em: 10 set. 2019 
14 PEQUENINO, Karla. Comissão Europeia lança guia ético para a inteligência artificial. 2019. 
Disponível em: < https://www.publico.pt/2019/04/09/tecnologia/noticia/comissao-europeia- 
lanca-guia-etico-inteligencia-artificial-1868540/> Acesso em: 10 set. 2019 
15 ARISTÓTELES. Política. São Paulo, SP: Martin Claret, 2007 
Comentado [IV23]: O texto apresenta uma visão 
abrangente da aplicação da inteligência artificial (IA) no 
campo do direito, destacando várias áreas em que a IA 
está sendo utilizada e seus impactos. 
 
O texto oferece uma visão abrangente da aplicação da 
inteligência artificial no campo do direito, destacando 
tanto os benefícios quanto os desafios dessa tendência e 
apontando para uma transformação significativa na 
prática jurídica. 
http://www.ibccoaching.com.br/portal/artigos/inteligencia-artificial-
http://www.publico.pt/2019/04/09/tecnologia/noticia/comissao-europeia-
 73 Inteligência artificial: aliada ou inimiga 
 
 
animal social e político, em que para alcançar sua perfeição como ser humano 
precisa conviver em sociedade e com o Estado. 
Mesmo que muito antes que Aristóteles pudesse conceituar desta forma, isso no 
período pré-histórico, antes da escrita ser inventada, o direito já estava em nosso 
meioquando o homem, ao começar a se organizar socialmente com outros, se viu 
diante da obrigação de estabelecer princípios para que pudessem ajudar a cooperar 
em coletividade. Com isso, a noção de justiça surgiu da carência de normas capazes 
de fixar não tão somente limites para o uso da força, como também para restabelecer 
o equilíbrio nas relações pessoais (REIS, 20--?, p.4)16. 
Ou seja, o homem precisava de regras para limitar-se e reger o convívio com outros 
homens; mesmo que não escrito. Esse direito era passado de pessoa para pessoa, de 
geração em geração, através da fala (REIS, 20--?, p.5)17. 
Por fim, com o passar da evolução humana e tecnológica, essas regras já não eram 
mais passadas apenas pelo costume, de boca em boca. Com o advento da escrita, em 
suas mais diversas formas, regiões e épocas, o direito pôde ser registrado; com a 
criação de códigos, como um dos exemplos mais conhecidos da atualidade: o Código 
de Hamurabi18. 
Desta forma, podemos notar que o direito foi se adaptando e evoluindo à medida em 
que o homem foi se desenvolvendo cognitivamente. Hoje estamos diante de mais 
uma evolução do poder da cognição; em que o ser humano foi capaz de implantar 
em uma máquina traços da racionalidade que antes apenas este possuía. 
Sendo o direito uma ciência que muda, acompanhando a sociedade em sua época, na 
atualidade, a era da tecnologia, é preciso também se adaptar e aplicar este novo 
conhecimento. 
 
 
 
 
16 REIS, Luís Fernando Scherma. O direito surgiu antes da escrita. 20--?, p.4. Disponível em: 
<http://publicadireito.com.br/artigos/?cod=7e44f6169f0ae75b> Acesso em: 29 out. 2019. 
17 Ibid, p.5 
18 Um dos mais bem preservados conjunto de leis escritas na mesopotâmia. 
Comentado [IV24]: História e Evolução do Direito: 
 
•O texto contextualiza a evolução do direito desde os 
primórdios da civilização humana, desde os tempos 
pré-históricos até a era moderna, destacando como as 
regras e normas foram se adaptando e evoluindo ao 
longo do tempo. 
http://publicadireito.com.br/artigos/?cod=7e44f6169f0ae75b
http://publicadireito.com.br/artigos/?cod=7e44f6169f0ae75b
 74 Inteligência artificial: aliada ou inimiga 
 
 
A aplicação da Inteligência artificial ao direito já é algo que está acontecendo em 
diversas áreas desse segmento. 
De acordo com dados trazidos pelo professor e advogado, Nataniel Lud, no primeiro 
seminário sobre Inteligência Artificial e Processo pela OAB/MG19, o panorama do 
judiciário em 2018 foi de 78.7 milhões de processos em tramitação; sendo que 11.1 
milhões, cerca de 18% do total, estão suspensos, sobrestados ou em arquivo 
provisório. Na Justiça estadual, cerca de 80% (mais de 62 milhões de processos) 
estão pendentes de julgamento. 
Foi exposto, também neste seminário, sobre a utilização da inteligência artificial 
chamada de Elis, que foi criada para o Tribunal de Justiça de Pernambuco; a qual tem 
agilizado e muito nos trabalhos repetitivos e na triagem dos os processos. Elis foi 
capaz de analisar, em 3 (três) dias, 5.267 processos, classificando-os de maneira 
precisa quanto a competência, divergências cadastrais, erros no cadastro de dívida 
ativa e casos de prescrição. Nesta análise, identificou que cerca de 84% dos 
processos estavam aptos a continuar tramitando; 12% estavam prescritos; 3% 
continham algum tipo de erro no cadastro de dívida ativa; 0,5% foram distribuídos 
erroneamente; e 0,5% continham dados divergentes. 
O jornal G120 apresentou que no Recife existe cerca de 447 mil processos de 
Execução Fiscal acumulados; com Elis, em 15 dias, foi possível dar andamento em 
70 mil processos, o que agilizou em demasia o tramite das demandas. Ela também 
conseguirá acesso ao Banco Central e, caso o devedor tenha bens e contas em bancos, 
poderá proceder o bloqueio, retirando essa tarefa repetitiva do magistrado. 
 
 
 
 
 
 
 
19 SEMINÁRIO INTELIGENCIA ARTIFICIAL E PROCESSO, 1., 2019, Belo Horizonte. Seminário [...]. 
Belo Horizonte: OAB MG, 2019. 
20 CASTRO, Beatriz. Justiça de Pernambuco usa inteligência artificial para acelerar processos. 
G1 Pernambuco, 04 mai 2019. Disponível em < 
https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2019/05/04/justica-de-pernambuco-usa- 
inteligencia-artificial-para-acelerar-processos.ghtml> Acesso em: 20 out. 2019 
 75 Inteligência artificial: aliada ou inimiga 
 
 
O próprio Supremo, o STF, em 2018 começou a utilização um sistema de inteligência 
artificial que, segundo informado pelos responsáveis21, será capaz de ler todos os 
recursos extraordinários que sobem para o Tribunal e identificar quais estão 
vinculados a determinados temas de repercussão geral. 
Esse sistema de inteligência artificial, batizado de VICTOR22, é um robô em fase 
inicial que foi alimentado com todas as decisões já proferidas pelo Supremo Tribunal 
Federal, para, assim, auxiliar de forma prática e eficaz os servidores. 
Como resultado inicial desse auxílio, pretende-se que o trâmite processual possa 
ocorrer de maneira mais célere; pois, o que antes feito por mãos humanas demorava 
cerca de 44 minutos, com este sistema será feito em 5 segundos. De acordo com o 
site do próprio Supremo Tribunal Federal, em relação aos objetivos esperados com 
esse robô: 
VICTOR não se limitará ao seu objetivo inicial. Como toda 
tecnologia, seu crescimento pode se tornar exponencial e já foram 
colocadas em discussão diversas ideias para a ampliação de suas 
habilidades. O objetivo inicial é aumentar a velocidade de 
tramitação dos processos por meio da utilização da tecnologia para 
auxiliar o trabalho do Supremo Tribunal. A máquina não decide, 
não julga, isso é atividade humana. Está sendo treinado para atuar 
em camadas de organização dos processos para aumentar a 
eficiência e velocidade de avaliação judicial. (STF, 2018) 
 
Pretende o STF que, em algum tempo, o robô VICTOR já esteja em todos os outros 
tribunais do país, fazendo o juízo de admissibilidade23, para assim reduzir em cerca 
de 2 anos ou mais do tempo desta fase. 
 
 
 
 
 
 
 
21 BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Inteligência artificial vai agilizar a tramitação de 
processos no STF. 30 maio 2018. Disponível em: < 
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=380038> Acesso em: 29 
set. 2019. 
22 O nome do projeto, VICTOR, é homenagem a Victor Nunes Leal, ministro do STF de 1960 a 1969, 
principal responsável pela sistematização da jurisprudência do STF em Súmula, o que facilitou a 
aplicação dos precedentes judiciais aos recursos, basicamente o que será feito por VICTOR. (STF, 
2018) 
23 O primeiro obstáculo para que um recurso chegue ao STF. 
Comentado [IV25]: Aplicação da Inteligência 
Artificial no Judiciário: 
 
•São apresentados exemplos concretos de como a IA 
está sendo aplicada no judiciário brasileiro, como o uso 
da IA no Tribunal de Justiça de Pernambuco (com a 
inteligência artificial chamada Elis) e no Supremo 
Tribunal Federal (com o sistema VICTOR). 
•O texto destaca os benefícios desses sistemas na 
agilização dos processos judiciais, na identificação de 
temas de repercussão geral e na melhoria da eficiência 
do judiciário como um todo. 
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=380038
 76 Inteligência artificial: aliada ou inimiga 
 
 
Já como auxílio ao advogado, a OAB, em parceria com a Legal Labs, inovou em 2018 
apresentando uma ferramenta de buscas, OABJuris, em que o advogado poderá 
encontrar jurisprudências mais adequadas ao caso de forma mais rápida e eficaz. 
Esse sistema, como inteligência artificial, aprende e cresce a cada nova interação, 
pois, de acordo com o desenvolvedor, suas as redes neurais foram desenvolvidas 
para compreender a semântica dos textos jurídicos, não apenas palavras-chaves. 
A aplicação diretamente nos escritórios também é cada vez maior, principalmente 
nos massificados; em que a demanda de serviços jurídicos chega a proporções 
absurdas, os quais somente advogados podem não ser mais suficientespara manter 
os resultados de qualidade. 
Uma das funcionalidades com a utilização de inteligência artificial nos escritórios, 
de acordo com Zavaglia (2018)24, seria a automação dos documentos, em que 
haveria a possibilidade de classificar as cláusulas e criar uma árvore de problemas. 
Podendo auxiliar nos melhores argumentos a serem utilizados, quais cláusulas são 
mais usadas em determinadas demandas, quais ocasionaram discussões judiciais. 
Alguns desses Robôs, voltados ao trabalho advocatício podem registrar petições, 
realizar pesquisas, criar documentos e, em um grau mais elevado de cognição, até 
mesmo prever resultados com base em dados de outras sentenças já proferidas 
inseridas previamente no sistema. 
Exemplo disso é o robô criado pela Startup Tikal Tech, que pode acelerar na criação 
de ações em casos frequentes. Segundo matéria feita no Jornal Folha de São Paulo 
em 201825, o robô é capaz de interagir com o advogado e, a partir disso, criar petição 
inicial e fazer cálculos. No site o desenvolvedor, o sistema promete a função de 
 
 
 
 
24 COELHO, Alexandre Zavaglia. A ciência de dados e a inteligência artificial no Direito em 2018 
- Parte II. 2019. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2019-jan-01/zavaglia-ciencia- 
dados-inteligencia-artificial-direito-ii> Acesso em: 12 set. 2019. 
25 OLIVEIRA, Filipe. Robôs advogados analisam processos, fazem petições e aceleram 
contratos. Folha de São Paulo. 2018. Disponível em: < 
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/11/robos-advogados-analisam-processos- 
fazem-peticoes-e-aceleram-contratos.shtml> Acesso em: 12 set. 2019. 
Comentado [IV26]: Auxílio aos Advogados: 
 
•Além do impacto no judiciário, o texto também aborda 
como a IA está sendo utilizada para auxiliar advogados 
em suas atividades cotidianas. 
•São mencionadas ferramentas como o OABJuris, 
desenvolvido pela OAB em parceria com a Legal Labs, 
que permite aos advogados encontrar jurisprudências 
de forma rápida e eficiente. 
•Também são discutidas funcionalidades de automação 
de documentos e criação de petições por meio de IA, 
que podem acelerar o trabalho dos advogados e 
aumentar a eficiência dos escritórios de advocacia. 
http://www.conjur.com.br/2019-jan-01/zavaglia-ciencia-
 77 Inteligência artificial: aliada ou inimiga 
 
 
cadastrar processos nos sistemas, organizar e fazer download de documentos e a 
criação de contratos e petições. 
E esta nem é apenas a única startup que vem investindo pesado em meios de 
automação pela inteligência artificial. Várias empresas deste segmento estão vendo 
que o futuro está nesta tecnologia, e estão criando robôs cada vez mais capazes de 
se assemelhar a produção do advogado. 
Por fim, é possível verificar que a inteligência artificial está sendo implantada em 
diversas áreas do âmbito jurídico. Desde o início da relação contratual – na 
confecção destes contratos, até um possível recurso nos Tribunais Superiores. 
5 USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA ADVOCACIA 
Como a inteligência artificial é um meio útil para execução de tarefas repetitivas, 
cansativas e burocráticas, isso importa aos profissionais no âmbito jurídico mais 
tempo e disposição para se entregar na atuação de outras tarefas. Junto com essa 
tecnologia os advogados poderão tornar seus serviços mais rápidos, eficientes e 
modernos. 
É inegável que a utilização de meios que possam facilitar o dia-a-dia no âmbito 
jurídico já está cada vez mais presente, como foi demonstrado no capítulo anterior; 
isso devido à grande demanda que nosso judiciário recebe diariamente e que, muitas 
das vezes, não conseguem realizar dentro de seus próprios prazos estabelecidos. 
Contudo, fica o questionamento se a utilização da I.A de forma tão intrínseca traria 
algum perigo para o profissional do direito, o advogado. 
Em matéria publicada no site CONJUR26 no ano de 2018, o autor27 disponibiliza 
informações quanto a um estudo realizado por uma startup de tecnologia jurídica, 
LawGeex. Este estudo consistia em uma "batalha" envolvendo 20 advogados versus 
 
 
 
26 COÊLHO, Marcus Vinicius Furtado. O uso da inteligência artificial no meio jurídico. 2019. 
Editora Justiça e Cidadania. Disponível em: <https://www.editorajc.com.br/o-uso-da- 
inteligencia-artificial-no-meio-juridico/> Acesso em: 08 Out. 2019 
27 Marcus Vinicius Furtado Coêlho 
Comentado [IV27]: Tendências Futuras: 
 
•O texto ressalta o crescente investimento de empresas 
em tecnologias de IA para automação e melhoria dos 
serviços jurídicos, indicando uma tendência de 
aumento do uso da IA no futuro. 
Comentado [IV28]: O texto apresenta uma análise 
ponderada sobre o impacto da inteligência artificial (IA) 
na profissão de advogado, considerando tanto os 
benefícios quanto os possíveis desafios que essa 
tecnologia traz para o campo jurídico. 
 
O texto argumenta que, embora a IA possa trazer 
mudanças significativas para a profissão de advogado, ela 
não deve ser vista como uma ameaça à sua existência, mas 
sim como uma ferramenta que pode melhorar a eficiência 
e a qualidade dos serviços jurídicos, desde que utilizada 
de forma complementar e ética. 
Comentado [IV29]: Aumento da Eficiência e 
Produtividade: 
 
•Destaca-se a capacidade da IA de executar tarefas 
repetitivas e burocráticas de forma rápida e precisa, 
liberando os advogados para se concentrarem em 
atividades mais complexas que exigem habilidades 
cognitivas específicas. 
http://www.editorajc.com.br/o-uso-da-
 78 Inteligência artificial: aliada ou inimiga 
 
 
uma máquina dotada de inteligência artificial, criada pela empresa; para analisar os 
riscos contidos em cinco contratos de confidencialidade. 
Em primeiro momento, verificaram quanto a porcentagem de precisão dessa 
análise. Apenas um desses 20 advogados conseguiu empatar com a máquina, 
alcançando 94% de acerto. A média de todos juntos contra a máquina foi de 84%. 
Após, quanto ao tempo para realização da tarefa, a máquina ganhou em disparado. 
Pois, com apenas 26 segundos, conseguiu realizar o trabalho incumbido dos cinco 
contratos. Em contrapartida, o advogado mais rápido demorou 51 minutos para a 
execução total. O mais lento, 156 minutos. 
Outro acontecimento nesse seguimento, foi um incrível caso que colocou 100 
advogados reais em disputa com um sistema nomeado de CaseCrunch Alpha, criado 
por estudantes de Direito na universidade de Cambridge. A batalha consistia em dar 
a esses advogados informações básicas sobre casos de venda incorreta de seguro de 
proteção de pagamento, e estes deveriam prever se o provedor financeiro de justiça 
permitiria uma reclamação. 
O resultado não foi tão diferente quanto ao caso anterior, pois a inteligência artificial 
teve uma taxa de 86,6% de precisão, enquanto os advogados ficaram na média de 
66,3% de acerto; essas informações foram apresentadas pelo professor e advogado 
Daniel Evangelista também no seminário sobre inteligência artificial proporcionado 
pela Ordem dos Advogados de Minas Gerais28. 
Desta forma, fica muito claro que existe uma alternativa que pode entregar o mesmo 
trabalho, com precisão igual ou até mais elevada, podendo ser 100 vezes mais rápido 
do que uma ou vinte mentes humanas. 
Conhecendo esses casos, pode-se logo imaginar que a profissão de advogado corre 
o risco de ser extinta ou mesmo reduzida drasticamente. Contudo, de acordo com o 
Professor Rodrigo Padilha29 com a Inteligência Artificial, a tendência é exatamente 
 
28 SEMINÁRIO INTELIGENCIA ARTIFICIAL E PROCESSO, 1., 2019, Belo Horizonte. Seminário [...]. 
Belo Horizonte: OAB MG, 2019. 
29 PADILHA, Rodrigo. Qual é o real impacto da inteligência artificial na advocacia? 2019. 
Disponível em: < https://www.mundodomarketing.com.br/artigos/rodrigo- 
Comentado [IV30]: Desafios para a Profissão de 
Advogado: 
 
•São apresentados estudos que demonstram a 
capacidade da IA de superar advogados em tarefas 
específicas, como análise de contratos e previsão de 
decisões judiciais. 
•Isso levantapreocupações sobre o futuro da profissão 
de advogado e se a IA poderia substituir ou reduzir 
drasticamente a demanda por serviços jurídicos 
tradicionais. 
http://www.mundodomarketing.com.br/artigos/rodrigo-
 79 Inteligência artificial: aliada ou inimiga 
 
 
ao contrário; pois ela servirá de modo a maximizar a produtividade do advogado, 
em que ele poderá, assim, focar em outras tarefas que envolve capacidades 
cognitivas das quais apenas nós, humanos, somos capazes de fazer: análise crítica, 
criatividade e competências sociais. 
Algumas tarefas advocatícias, quando analisadas de forma aberta, é possível notar 
que são completamente viáveis de serem feitas por sistemas inteligentes, como por 
exemplo, de acordo com artigo publicado no site da Editora Justiça e Cidadania em 
fevereiro de 201930: (1) eficiência no processo de pesquisa; (2) análise de 
documentos e classificação de dados; (3) sistematização da revisão de artigos 
doutrinários, jurisprudência e precedentes; (4) minimização de erros nos processos 
de produção de relatórios e documentos. 
Muito além de pesquisas, elaboração de documentos, registro de dados, entre outras 
coisas das quais a máquina poderá servir como substituto ao advogado, o 
profissional também desempenha atividades de extrema importância; pois, de 
acordo com o autor do artigo anteriormente mencionado, Coêlho (2019)31, o 
advogado, como agente de defesa, deve explicar de forma compreensível ao cliente 
sobre a situação jurídica à qual se encontra. Devendo dar especificidade a cada caso 
em suas particularidades, com argumentos e teses, resolver com magistrados, 
acompanhar o cliente em audiência e confeccionar pareceres, coisas que não podem 
ser totalmente servidas por máquinas. 
Com isso, espera-se que sobre para o advogado mais tempo para dedicar-se à tarefas 
realmente cognitivas, de maior valor, como teses jurídicas e relacionamento 
interpessoal. 
 
 
 
 
padilha/38268/qual-e-o-real-impacto-da-inteligencia-artificial-na-advocacia.html/> Acesso em: 
10 set. 2019 
30 COÊLHO, Marcus Vinicius Furtado. O uso da inteligência artificial no meio jurídico. 2019. 
Disponível em: <https://www.editorajc.com.br/o-uso-da-inteligencia-artificial-no-meio- 
juridico/> Acesso em: 08 Out. 2019 
31 COÊLHO, Marcus Vinicius Furtado. O uso da inteligência artificial no meio jurídico. 2019. 
Editora Justiça e Cidadania. Disponível em: <https://www.editorajc.com.br/o-uso-da- 
inteligencia-artificial-no-meio-juridico/> Acesso em: 08 Out. 2019 
Comentado [IV31]: Complementaridade da IA e do 
Advogado: 
 
•Apesar dos avanços da IA, argumenta-se que os 
advogados ainda desempenham papéis essenciais que 
não podem ser substituídos por máquinas, como a 
interpretação de nuances legais, a argumentação 
persuasiva e o relacionamento com os clientes e 
magistrados. 
•A IA pode servir como uma ferramenta complementar 
aos advogados, aumentando sua eficiência e permitindo 
que se concentrem em aspectos mais estratégicos e 
criativos de sua prática profissional. 
http://www.editorajc.com.br/o-uso-da-inteligencia-artificial-no-meio-
http://www.editorajc.com.br/o-uso-da-
 80 Inteligência artificial: aliada ou inimiga 
 
 
Também porque, não há como dizer que o advogado poderá ser substituído por uma 
máquina, pois, segundo Zavaglia (2018)32, a utilização da IA depende da 
metodologia de pesquisa, de lógica e tecnologia jurídicas; não vai funcionar sem 
pessoas da área, que tenham experiência em problemas jurídicos para repassar 
essas informações ao robô. 
Desta maneira, a máquina sempre precisará ser alimentada com novas informações, 
o que exige que o conhecimento seja obtido por meio de mentes humanas. 
6 INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO MUNDO 
O Brasil não é pioneiro nessa inovação tecnológica, ainda somos um bebê, se 
comparado a outros países que já possuem larga experiência com a utilização da 
inteligência artificial. 
A IBM33, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, criou um computador 
com inteligência cognitiva, nomeado de Watson34.Com Watson, ocorrerá o aumento 
da produtividade, pois processa milhões de dados enquanto o profissional pode se 
dedicar a tarefas de alto valor. Monitora continuamente as condições dos seus 
sistemas para mitigar os problemas antes que eles atrapalhem o trabalho, entre 
outras tarefas que a I.A são capazes de realizar. 
Por meio dessa plataforma Watson, dentro da Universidade de Toronto, foi 
desenvolvido o primeiro robô-advogado do mundo, que foi chamado de Ross. Ross 
tem a mesma capacidade que sua “base”; sendo capaz de processar, em apenas um 
segundo, 500 gigabytes, o que equivale a um milhão de livros. 
Nos Estados Unidos muitos escritórios já utilizam essa ferramenta como auxílio em 
pesquisas, pois fornece resultados relevantes e juridicamente embasados 
relacionados ao termo buscado. 
 
 
32 COELHO, Alexandre Zavaglia. A ciência de dados e a inteligência artificial no Direito em 2018 
- Parte I. 2019. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2019-jan-01/zavaglia-ciencia- 
dados-inteligencia-artificial-direito> Acesso em: 10 set. 2019. 
33 IBM está presente no Brasil há 92 anos e 100 anos no mundo todo. A empresa é líder em soluções 
completas de TI. 
34 Curiosamente, o nome Watson faz referência ao auxiliar do fictício detetive Sherlock Holmes. 
Comentado [IV32]: Necessidade de Conhecimento 
Jurídico Humano: 
 
•Destaca-se que a IA depende do conhecimento e da 
experiência humana para funcionar efetivamente no 
campo jurídico. 
•A alimentação contínua de informações e a orientação 
por parte de profissionais jurídicos são essenciais para 
o desenvolvimento e aprimoramento dos sistemas de IA 
aplicados ao direito. 
Comentado [IV33]: O texto destaca que o Brasil ainda 
está dando seus primeiros passos na adoção da 
inteligência artificial (IA) no campo jurídico, em 
comparação com outros países que já têm experiência 
consolidada nesse aspecto. 
 
Esses exemplos demonstram como a inteligência artificial 
está transformando o campo jurídico globalmente, 
aumentando a eficiência, melhorando a precisão e 
permitindo uma tomada de decisão mais informada. 
Embora o Brasil ainda tenha um caminho a percorrer 
nesse sentido, é evidente que a IA está se tornando uma 
parte integral da prática jurídica em todo o mundo. 
Comentado [IV34]: Watson da IBM: O Watson é um 
sistema de inteligência cognitiva desenvolvido pela IBM, 
capaz de processar grandes volumes de dados e fornecer 
insights úteis para profissionais, permitindo que se 
concentrem em tarefas de maior valor agregado. 
http://www.conjur.com.br/2019-jan-01/zavaglia-ciencia-
 81 Inteligência artificial: aliada ou inimiga 
 
 
Um dos primeiros escritórios a utilizar essa inteligência artificial Ross, foi a Baker & 
Hostetler – dos maiores escritórios do país americano. A função do Ross, de acordo 
com Melo (2016) é servir de fonte inesgotável de informações para os advogados. 
Mas esta não é a única inteligência artificial criada no exterior com o objetivo de 
auxiliar os advogados em demandas jurídicas; a Luminance que combina tecnologia 
de reconhecimento de padrões com aprendizado de máquina supervisionada e não 
supervisionada para ler e entender a linguagem humana. 
Fundada por matemáticos da Universidade de Cambridge, a Luminance 
desenvolveu o LITE (Legal Inference Transformation Engine). É usada por 
escritórios de advocacia e equipes internas em mais de 43 países ao redor do mundo 
para melhorar processos como: due diligence, negociação de contratos, revisões de 
conformidade regulatória, análise de portfólio de propriedades e descoberta 
eletrônica. (Luminance, 2019, tradução nossa)35 
Também em Londres, em 2016, um calouro da universidade de Stanford, ao ter seu 
carro multado e passar por todo o processo burocrático e demorado para contestar 
essa multa, teve a ideia de criar uma plataforma de inteligência artificial que seria 
capaz de auxiliar no recurso da multa. 
Esse robô funciona em formade chat. O usuário multado responde à uma série de 
perguntas feitas pela plataforma e, depois de analisar suas respostas, o robô decidirá 
se você se qualifica para uma apelação; se sim, ele gerará uma carta de apelação que 
poderá ser levada ao tribunal (MACDONALD e LIBERATORE, 2016, tradução 
nossa)36. Até 2016, esse ChatBot Advogado, já havia ganho mais de 160.000 causas, 
como mostra matéria feita pelo jornal britânico Dailymail UK37. Hoje conta com 
 
 
35 Founded by mathematicians from the University of Cambridge, Luminance has developed the 
Legal Inference Transformation Engine (LITE)... Luminance is used by law firms and in-house 
teams in over 43 countries around the world to improve processes such as due diligence, contract 
negotiation, regulatory compliance reviews, property portfolio analysis and eDiscovery. 
(Luminance, 2019) 
36 After it analyses your answers, the robot will then decide if you qualify for an appeal, if yes, it will 
generate an appeal letter that can be brought to the court.( MACDONALD, 2016) 
37 MACDONALD, Cheyenne; LIBERATORE, Stacy. The Robot that could get you off a parking 
ticket: DoNotPay system created by a student has won 160,000 disputes in London and 
New York. DailyMail UK. 2006. Disponível em: https://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article- 
Comentado [IV35]: Ross: Desenvolvido a partir da 
plataforma Watson, Ross é considerado o primeiro robô-
advogado do mundo. Ele possui uma capacidade 
impressionante de processamento de dados e pode 
realizar análises jurídicas em uma fração do tempo que 
um humano levaria. 
Comentado [IV36]: Luminance: Esta tecnologia 
combina reconhecimento de padrões e aprendizado de 
máquina para ler e compreender documentos legais. É 
utilizada por escritórios de advocacia em vários países 
para melhorar processos como due diligence, revisão de 
contratos e análise de conformidade regulatória. 
Comentado [IV37]: DoNotPay: Um chatbot criado para 
auxiliar na contestação de multas de trânsito e em 
questões judiciais menores. O aplicativo já ajudou a 
resolver milhares de casos e continua a expandir sua 
funcionalidade para outras áreas do direito. 
http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-
 82 Inteligência artificial: aliada ou inimiga 
 
 
aplicativo disponível para celulares; com mais funções, além da apelação contra 
multas, mas também o auxílio a qualquer pessoa no processo dos tribunais de 
pequenas causas. 
Em abril de 2019, uma matéria foi publicada na revista Época Negócios38, sobre a 
iniciativa da Estónia quanto a utilização da inteligência artificial de forma mais 
profunda; esta está desenvolvendo robôs capazes de analisar conflitos litigiosos 
simples – menos de 7 mil euros, para assim substituir juízes na tomada de decisões. 
Com essa modernização, espera-se que o país possa diminuir consideravelmente o 
número de processos. 
Esse robô ainda está em projeto inicial, e sofrerá ajustes a partir do retorno de 
advogados e juízes, com a atualização dos algoritmos. Mas, basicamente, funcionará 
de forma que as partes litigantes enviarão os documentos necessários a demanda 
em questão e, a partir disso, analisará e tomará a decisão – que poderá ser revista 
por um juiz humano. 
De acordo com uma pesquisa feita pela CBRE UK (2018, tradução nossa)39, cerca de 
43% dos escritórios jurídicos de Londres já fazem uso da inteligência artificial, 
outros 41% pretendem em breve a implantação. 
Sendo assim, fica claro que essa revolução tecnológica já está agindo de forma 
profunda nos setores jurídicos do mercado internacional. Como dito acima, apenas 
uma, das diversas plataformas, atua em cerca de 43 países, em montantes de 
escritórios jurídicos. Ou seja, com este dado vemos que pelo menos 43 países já 
estão cada vez mais imersos na utilização da inteligência artificial. 
 
 
 
 
 
3664413/The-Robot-parking-ticket-DoNotPay-created-student-won-160-000-disputes-London- 
New-York.html> Acesso em: 10/10/2019 
38 ESTONIA quer substituir os juízes por robôs. Época Negócios online. 4 de Abril de 2019. 
Disponível em: < https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2019/04/estonia-quer- 
substituir-os-juizes-por-robos.html > Acesso em: 10/10/2019 
39 LONDON law firms embrace artificial intelligence. CBRE. Londres, 24 de abril de 2018. Disponível 
em: <https://news.cbre.co.uk/london-law-firms-embrace-artificial-intelligence/> Acesso em: 
10/10/2019 
Comentado [IV38]: Iniciativas da Estônia: O país está 
desenvolvendo robôs capazes de analisar conflitos 
jurídicos simples, visando substituir juízes em algumas 
decisões. Isso tem o potencial de agilizar o sistema judicial 
e reduzir o volume de processos. 
Comentado [IV39]: Adoção internacional da IA no 
setor jurídico: Diversos países ao redor do mundo estão 
incorporando a inteligência artificial em suas práticas 
jurídicas, com escritórios em Londres sendo um exemplo, 
onde aproximadamente 43% já fazem uso da tecnologia. 
 83 Inteligência artificial: aliada ou inimiga 
 
 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O desenvolvimento deste trabalho possibilitou uma visão mais aprofundada sobre 
como está sendo aplicada a inteligência artificial no meio jurídico. E vimos que, nesta 
área, vem trazendo benefícios na otimização do tempo e na qualidade do trabalho. 
Fomos apresentados quanto a vantagens, desvantagens e até os riscos causados pela 
utilização da inteligência artificial. Contudo, como demonstrado posteriormente no 
capitulo quanto a aplicação voltada ao direito: as vantagens se mostram maiores; 
sendo que as desvantagens e riscos podem ser mitigados com a capacitação do 
profissional do direito, que precisa se qualificar para se encaixar nessa nova 
realidade. 
Os grandes escritórios estão cada vez mais imersos nessas ferramentas, isso porquê 
com a quantidade de processos que existem, ocorre a necessidade de retirar do 
advogado o trabalho repetitivo, para que possa possibilitar que este foque em 
tarefas de maior valor, com mais contato com o cliente; o que traz maior eficiência e 
qualidade no serviço prestado. 
A inteligência artificial veio como uma aliada, e não uma inimiga para que os 
profissionais do direito brasileiro continuem apresentando tanta resistência em sua 
implementação. Como vimos, diversos países já estão mais à frente na utilização 
dessa ferramenta, confiando, inclusive, a tomada de decisões de caráter simples aos 
robôs; ou seja, se chegam conferir essa tarefa decisória à uma máquina, significa que 
a utilização anterior obteve êxito em seu objetivo inicial – sendo esta a possibilidade 
de retirar a sobrecarga de trabalho maçante e repetitivo do profissional e colocar na 
I.A. 
Neste sentido, podemos ver que a utilização dessa ferramenta de inteligência 
artificial no âmbito do direito veio para trazer uma agilização dos processos tanto 
para os advogados, quanto para o judiciário que está cada vez mais sobrecarregado. 
Então fica claro que a consequência é benéfica, pois facilita, e muito, a realização do 
trabalho dos agentes do direito. 
Comentado [IV40]: O texto destaca que o 
desenvolvimento do trabalho proporcionou uma visão 
mais ampla sobre a aplicação da inteligência artificial no 
meio jurídico, evidenciando seus benefícios na otimização 
do tempo e na melhoria da qualidade do trabalho. Apesar 
de terem sido discutidas vantagens, desvantagens e riscos 
da utilização da IA, ao longo do texto fica evidente que as 
vantagens superam as desvantagens, especialmente 
quando os profissionais do direito se capacitam para se 
adaptar a essa nova realidade. 
 
Os grandes escritórios jurídicos estão cada vez mais 
adotando ferramentas de IA para lidar com a enorme 
quantidade de processos, permitindo que os advogados se 
concentrem em tarefas de maior valor agregado, como o 
contato com o cliente. Isso não só aumenta a eficiência do 
serviço prestado, mas também melhora sua qualidade. 
 
A inteligência artificial é vista como uma aliada e não 
como uma ameaça para os profissionaisdo direito. 
Embora haja resistência em sua implementação no Brasil, 
outros países já estão à frente nesse aspecto, confiando 
até mesmo a tomada de decisões simples aos robôs. Isso 
sugere que a utilização anterior obteve sucesso em seu 
objetivo inicial de aliviar os profissionais do trabalho 
maçante e repetitivo, transferindo-o para a IA. 
 
Portanto, a utilização da inteligência artificial no campo 
do direito é vista como uma maneira de agilizar os 
processos tanto para os advogados quanto para o 
judiciário, que enfrenta uma crescente sobrecarga de 
trabalho. A consequência geral é benéfica, pois facilita 
significativamente a realização das atividades dos agentes 
do direito. 
 84 Inteligência artificial: aliada ou inimiga 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
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de processos no STF. 30 mai. 2018. Disponível em: 
<http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=380038> 
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processos. G1 Pernambuco, 04 mai 2019. Disponível em < 
https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2019/05/04/justica-de- 
pernambuco-usa-inteligencia-artificial-para-acelerar-processos.ghtml> Acesso em: 
20 out. 2019 
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COELHO, Alexandre Zavaglia. A ciência de dados e a inteligência artificial no Direito 
em 2018: parte II. 2019. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2019-jan- 
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2019. 
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substituir-os-juizes-por-robos.html > Acesso em: 10/10/2019 
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Simille. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. p.1188, 1189 e 1194. 
SEMINÁRIO INTELIGENCIA ARTIFICIAL E PROCESSO, 1., 2019, Belo Horizonte. 
Seminário [...]. Belo Horizonte: OAB MG, 2019. 
http://www.mundodomarketing.com.br/artigos/rodrigo-
http://www.mundodomarketing.com.br/artigos/rodrigo-
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http://publicadireito.com.br/artigos/?cod=7e44f6169f0ae75b

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