Buscar

2 ano - anotações - Direito do Trabalho I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 107 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 107 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 107 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
Direit� d� Trabalh�
28/02/23
O que é o Direito do Trabalho ?
Conflito/ diferença de interesse
Trabalhador
+ Sálario
- Trabalho
Empregador
- Salário
+ Trabalho
- Direito para “solucionar”/ nortear este conflito de interesses.
● Visão Liberal : Estado não intervém no conflito.
● Visão Intervencionista: visão legislativa para proteger o trabalhador.
↳Norma Jurídica: Direito a interpreta.
No Estado democrático de Direito, a norma assume proeminência muito relevante
no estudo do Direito.
- Normas de proteção trabalhista
Longa construção histórica de Direitos e muita luta social por uma legislação
protetiva.
Resolver conflitos trabalhistas, entre empregados e empregadores .
*Vacina contra a barbárie
↳Campos de concentração
↳Horrores da Guerra
↳ Nazismo e Facismo
Pós Guerra
Países procuraram adotar mecanismos para evitar o retorno destes horrores.
↳ Conquistas Sociais históricas
↳Evolução do Direito
2
↳Direito contra a barbárie
"Entre os fortes e fracos, entre ricos e pobres, entre senhor e servo é a liberdade que oprime e a
lei que liberta".
Entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c'est la liberté qui opprime et la loi qui
affranchit.
- Conférences de Notre-Dame de Paris, Henri Lacordaire, éd. Sagnier et Bray, 1848, p. 246
A liberdade do mais forte oprime a do mais fraco. Quem muda isso é a norma.
O próprio Direito estabelece que existe relação hierárquica entre empregador e
empregado - quem manda e quem executa. Em contrapartida, o empregador tem
leis que o protegem.
Modernização tecnológica / Indústria 4.0 - Impactos no Direito do Trabalho
● LGPD
● Regulamentação da própria internet
02/03/2023
Revolução Industrial
1ª Fase - 1760 - 1840 - Máquina a vapor
2ª Fase - 1890 - 1930 - Eletricidade, linha de produção
3ª Fase - 1960 - 2000 - Semicondutores, PCs, Internet
4ª Fase - 2011 - Smart Factories, controle de produção, conexão em rede, fusão
real com virtual.
Desafio encontrado hoje: pressão por maior flexibilização das relações de trabalho.
⇒Reduzir o grau de rigidez
Síntese da Visão Atual
Não é possível frear as transformações econômicas e sociais e a modernização
tecnológica, mas não se pode perder a visão maior do Direito, que é o humanismo,
como fator essencial.
3
07/03/2023
Capítulo II - Relações do Direito do Trabalho com outras disciplinas.
- Situar o Direito do trabalho no direito público e no direito privado:
- Público: normas que regulam o poder do Estado, dos agentes públicos → são
vinculadas NECESSARIAMENTE à lei.
- Privado: Disciplina as relações jurídicas entre particulares → Tudo que não é
proibido, é permitido.
O direito do trabalho é parte do direito privado, sobretudo porque visa regular a relação
entre particulares (empregado e empregador).
No caso de empregados em empresas do setor privado, a legislação vai se aplicar de
maneira geral para regular toda a relação existente entre eles sem problema. No caso
de empresas 100% públicas há um tratamento diferenciado, é uma espécie de pedido de
tratamento especial que a constituição estabelece, ela abre uma exceção. Embora seja um
ente público, como ele atua no mercado deve contratar o empregado e de maneira geral
serão regidas pelas mesmas normas que atuam no mercado, até porque elas estão em
competição com outras organizações econômicas.
Predominantemente o que nós vemos no mercado, nas relações que envolvem trabalho são
as figuras privadas de empregado e empregador, isso por excelência. Se são entes
privados, o próprio direito do trabalho existe como Direito Privado. Isso da mesma forma as
pessoas que atuam celebrando contratos entre si, estabelecendo relação particular
entre elas.
O direito do trabalho é por excelência direito privado, pois visa regular a relação entre
particulares (empregados e empregadores), e apenas excepcionalmente identificamos a
figura do empregado público e do ente público.
Teori� prof Cesarin� Jr.
- Interesse social intenso em áreas que envolvem grandes massas de povos.
- Para ele existem o Direito público, direito privado e um terceiro gênero: direito
social. Nesta teoria, o Direito do trabalho se encaixaria no Direito Social
O direito do trabalho é um Direito privado, todavia é também possível, pelas suas
peculiaridades e pelo seu forte interesse social, encaixá-lo como um direito social.
Por mais abrangente que seja o direito do trabalho, ainda sim em certas circunstâncias nos
deparamos com determinados casos em que a norma trabalhista não dará conta de resolver
o problema.
Exemplo dado pelo prof: Se nós temos uma relação entre particulares (empregado e
empregador), temos um contrato de trabalho, se surge algum problema entre eles e o
direito do trabalho não consegue resolver, onde devo ir para buscar auxílio para resolver?
No direito civil, direito dos contratos entre particulares ou na legislação que rege o serviço
público? Qual é mais compatível e harmoniosa com os princípios e regras com o
direito do trabalho?
4
- O Direito civil. Constatado que existe essa compatibilidade, posso pegar a
norma do direito comum e resolver meu problema.
Disciplina� qu� tê� relaçã� diret� co� � Direit� d� Trabalh�:
→ Declaração dos Direitos Humanos: término da 2º grande guerra (1945). Visão
humanista inerente ao Direito, e consequentemente, ao Direito do Trabalho (sua essência
vem dos direitos humanos).
A própria declaração contém preceitos, artigos, tratando da matéria trabalhista. A
declaração foi feita tão rápido para prevenir uma terceira guerra e ocasionar desastres
maiores (ameaça nuclear que estamos vivenciando hoje).
A constituição brasileira contempla entre seus fundamentos a dignidade da pessoa
humana. Além disso, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, um trabalho
valorizado e protegido. A constituição brasileira está impregnada com esses fundamentos
de validade. Violar o direito do trabalho seria violar os próprios princípios da nossa
constituição.
09/03/2023
A teoria sobre direitos humanos é um fenômeno recente na história da humanidade→
situações perversas com os campos de extermínio e os horrores da guerra - Indústria da
Morte.
Constatação de que uma terceira guerra nuclear seria uma guerra total, pelo seu nível
de destruição. Antídoto a barbárie e a cultura da morte = procurou-se com a declaração
de direitos humanos adotar um pacto pela humanidade para proteger a humanidade e o
planeta. O direito do trabalho é um dos instrumentos de efetivação dos direitos
humanos, seja pela sua vocação de proteção ao ser humano trabalhador, seja também
porque a própria declaração contempla previsões expressas em matéria trabalhista (artigos
20 - 25).
Artigo 20
● 1. Todo ser humano tem direito à liberdade de reunião e associação pacífica.
● 2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.
Artigo 21
● 1. Todo ser humano tem o direito de tomar parte no governo de seu país diretamente
ou por intermédio de representantes livremente escolhidos.
● 2. Todo ser humano tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.
● 3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; essa vontade será
expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto
ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto.
Artigo 22
5
Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito à segurança social, à realização
pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e
recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua
dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.
Artigo 23
● 1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições
justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.
● 2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por
igual trabalho.
● 3. Todo ser humano que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória
que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com adignidade humana e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de
proteção social.
● 4. Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para
proteção de seus interesses.
Artigo 24
Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de
trabalho e a férias remuneradas periódicas.
Artigo 25
● 1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua
família saúde, bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados
médicos e os serviços sociais indispensáveis e direito à segurança em caso de
desemprego, doença invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios
de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.
● 2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas
as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção
social.
A declaração contemplou de maneira positivada além de outros tantos temas, também o
direito do trabalho.
→ Direito do trabalho e direitos humanos andam juntos.
→ Partimos do art 1 da constituição onde se lê o estado democratico de direito, a
cidadania (cidadão com direitos), a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do
trabalho, a busca por uma sociedade livre, justa e solidária = carga de valores muito forte.
CF/88 em plena harmonia com a Declaração de Direitos Humanos.
→ Direito do trabalho = fundamento de validade para favorecer a própria aplicação eficaz
da constituição e dos direitos humanos. Revela-se como um instrumento de efetivação
destes entes, e não é possível imaginar uma revogação do direito do trabalho, pois violaria
a nossa própria constituição.
Proteção do trabalhador: descanso, trabalho justo, seguro contra possíveis acidentes
ocorridos, etc.
6
Relaçõe� d� Direit� d� Trabalh�:
● Direito Empresarial
● Direito Administrativo: direito público (já sabemos que somos do direito privado),
mas existem regras que são minoria no D. Trabalho que versam sobre matérias
administrativas.
● Direito Penal: falta grave (Art. 482, CLT) e crimes previdenciários (risco gravíssimo
de consequências jurídicas, sobretudo para a empresa), condições análogas à de
escravo, etc. // Lei 9029/1995 → constitui crime pŕaticas discriminatórias e
estabelece tipificações penais.
● Direito Tributário: contribuições sociais com natureza tributária. FGTS = direito
trabalhista
● Direito Previdenciário: cuida do trabalhador inativo, que está afastado por motivo
de doença, que busca uma aposentadoria (muda a disciplina jurídica, busca na
condição de segurado seus direitos).
● Direito Processual do Trabalho: relação muito próxima com o D. Trabalho.
● Direito Internacional: tratados internacionais com natureza de direitos humanos.
Os tratados quando ratificados pelo Brasil ingressam na nossa ordem jurídica com
status supralegal e somente abaixo da Constituição.
● Economia: Direito do trabalho tem direta relação com a Economia
● Sociologia: lida com fato social. A sociologia estuda a profundidade do fato social e
nós do Direito procuramos aplicar a lei, criamos a norma e resolvemos o problema.
Se o fato social não foi enfrentado legalmente da maneira correta, a lei não resolverá
o problema. Quando a sociologia e o Direito estão atuando juntos, sua eficácia é
muito maior do que quando aplicados separadamente.
Relação com Direito Civil:
O código de 2002 tem um conteúdo ético e de valores muito superior ao antigo, que
até então somente existia a norma.
Quando isso aconteceu o direito civil se aproximou muito com o Direito do Trabalho,
porque lida com a boa fé e a relação entre o empregado e o empregador.
Ex: Institui o Código Civil.
Art. 421. A liberdade contratual será exercida nos limites da função social do contrato.
(Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
Não expressa somente o interesse econômico, mas o interesse social.
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como
em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
→ Relação de confiança entre empregado e empregador.
→ Inadimplemento de obrigações: exceção para não adimplir contrato. Se a empresa
não paga salário, ela está liberando o trabalhador de trabalhar.
Greve de defesa (defesa do interesse do trabalhador).
7
“Não cumprida a obrigação responde o devedor por perdas e danos, mais juros e
atualização monetária (...), e honorários advocatícios”.
→ Contrato Preliminar: acerto de vontades, inicial, e que já contêm os traços essenciais
do contrato. Seu inadimplemento poderá redundar no pagamento de uma indenização por
perdas e danos ao credor da obrigação.
→ Contrato de adesão: contrato de trabalho é por excelência contrato de adesão. Não
há abertura para o empregado não concordar com as cláusulas, uma vez que isso
está diretamente ligado a sua admissão naquela empresa.
→ Cláusula da imprevisão: Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a
prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem
para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o
devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão
à data da citação. → Trata-se de instituto que protege a função social do contrato e o
equilíbrio contratual, sendo exceção a outro princípio: pacta sunt servanda. Isto porque os
negócios jurídicos são celebrados levando em conta o momento, não sendo razoável
exigir que se preveja o que pode acontecer no futuro.
21/03/2023
Revisão cap. 3?
Monismo e pluralismo jurídico→ Para nós conta o segundo, uma vez que temos diversas
regulamentações em nosso ordenamento.
Sistemas e perfis
● Corporativismo: modelo do fascismo. Exerceu sua influẽncia no Brasil, na Argentina,
no Chile… Estado controlando tudo e todos, tudo dentro do estado e nada fora dele.
O modelo não tolera a divergência, esta deve ser coibida (o Estado manda e a
sociedade obedece a esse comando).
● Socialismo real
● Liberalismo econômico: mesmo a social democracia decorre de um modelo de
democracia liberal, mas com um viés de proteção social.
● Sistemas regulamentados: predominância de normas estatais de proteção ao
trabalho (normas que são estabelecidas na empresa, além de constarem no
contrato de trabalho dos colaboradores, tornando-se obrigatório seu cumprimento)
● Não regulamentados: normas criadas pelas próprias categorias profissional e
econômica.
Liberdade sindical: modelo que predomina o direito individual (por ser mais
regulamentado essas regras já preveem o modelo de contratos de trabalho em sua
maioria).
8
● Países com plena liberdade, que adotam princípios da Convenção de número 87, da
OIT.
“A Convenção 87 trata da “Liberdade sindical e proteção do
direito de sindicalização”. Aprovada em 1948, é uma das mais
importantes convenções da OIT, se não a mais. O Brasil ainda não
aderiu a essa Convenção, que faz parte dos direitos fundamentais.”
***Por conta disso, o Brasil deixou de ratificar a
Convenção 87 da OIT, pois adota a unicidade sindical
compulsória, por determinação legal, não por opção dos
trabalhadores
● No Brasil há características desses elementos liberais.
● No território nacional há o predomínio do direito individual (estuda o contrato de
forma individual), diferentemente da Itália e Espanha por exemplo que predomina o
direito coletivo (princípios e regras que regem as relações coletivas de trabalho).
Tipos de normas trabalhistas
→ Normas constitucionais
→ Normas oriundas de leis ordinárias
● leis ordinárias dispositivas
● proibitivas (para estabelecer limites ao poder de mando do empregador)
● CLT
→ Normas oriundas da autonomia privada coletiva
→ Normas oriundas da autonomia privada individual
● Toda empresa tem um regulamento interno→ acontece que em sua maioria são
regulamentos verbais.
Solução de conflitos:
● Autocomposição
● Mediação
● Heterocomposição
→ Empregado ocupa posição de hipossuficiência (empregado está sob ordens do
empregador), trabalhador subordinado
Justiça do trabalho● 1º instância: Vara do trabalho (integrada por apenas um juiz).
● 2º instância: Tribunais regionais do trabalho (Um em cada Estado → salvo SP que
existem 3 tribunais).
● 3º instância: TST, com sede em Brasília, tem como missão mais importante a
unificação da jurisprudência trabalhista.
→ Súmulas de jurisprudência (TST e TRT): pequenas emendas em que o tribunal decide
determinadas questões. → temos centenas delas em vigor.
→ Orientações jurisprudenciais: editadas por colegiados menores.
9
Ex. SDI: sessões de dissídios individuais, do TST
→ Importante alteração: art. 507A da CLT - para trabalhadores com salários maiores
podem escolher os árbitros (acima do dobro do teto da previdência social).
“a norma contida no art. 507-A da CLT é paradigmática e
permissiva, sendo apta a autorizar, de maneira indiscutível, ao
menos nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja
superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os
benefícios do Regime Geral de Previdência Social, que as partes, por
força de lei, através de simples interpretação extensiva, possam celebrar
convenções processuais diversas, limitadas tão somente aos termos da
própria lei.”
Resenha Filme Germinal - 18/03/23
O filme germinal caracteriza perfeitamente o processo de produção do trabalho do
modelo capitalista, a expansão do chamado capital, mostrando assim de uma forma bem
clara os opostos entre as necessidades humanas e as materiais.
Fontes materiais e formais do Direito
Em um primeiro momento, quando se trata de fonte é perceptível uma concepção de
origem ou surgimento de determinado elemento. Nesse contexto, ao discorrer sobre as
fontes do direito, o jurista busca identificar qual o ponto inicial de criação e influência de
determinada norma jurídica, além de identificar o seu modo de produção. Dessa maneira,
levando em consideração dois grandes pilares desse processo, é possível classificar as
fontes do direito basicamente em materiais e formais. As primeiras dizem respeito a um
momento conceituado como pré-jurídico, por grande parte da doutrina, uma vez que leva
em consideração fatores econômicos, sociais, políticos, filosóficos, etc. A segunda
classificação, por sua vez, observa, sobretudo, o fenômeno de exteriorização das
normas jurídicas e seu modo de produção, tendo em vista, por exemplo, o processo
legislativo em que autoridades competentes criam regras seguindo determinados
procedimentos e formalidades para regulamentar comportamentos na sociedade. Desse
modo, percebe-se que ao tratar das fontes materiais do direito do trabalho deve-se levar em
conta esses elementos para, assim, identificar tais fatores.
Fatores econômicos, sociais e políticos.
Diante de um cenário de trabalho precário e inicialização de movimentos grevistas, o
filme Germinal proporciona ao espectador depreender uma série de fatores que
influenciaram bastante o desenvolvimento no mundo do trabalho, e, assim, as fontes
materiais de seu direito. Nesse cenário, abordando a situação laboral de mineiros do norte
da França no século XIX, a produção cinematográfica desde o início da obra, em que um
jovem desempregado encontra um senhor com uma idade não tão avançada diante de
uma situação de saúde precária por razões do trabalho exercido nas minas de carvão,
10
demonstra o caos e a luta dos operários pela minimização de sua situação
exploratória e insalubres de que são vítimas.
Inicialmente, nota-se que o ascensão do sistema capitalista com sua acumulação de capital
diante de um processo de revolução industrial já é um dos primeiros fatores que
influenciam a busca por direitos por parte da classe proletária, em que um novo
modelo de produção na perspectiva industrial começa a despertar a ideia de recompensa
por todo o esforço desempenhado. Dessa forma, os fatores econômicos tornam-se um
potencial imensurável na luta por mudanças, em que no filme por diversas vezes é
demonstrado uma grande produção em detrimento da superexploração dos
trabalhadores.
Em segundo momento, percebe-se que fatores sociais como a grande quantidade de
trabalhadores que desempenham sua atividade mediante salário dentro das grandes minas
de carvão desenvolve uma concentração de indivíduos em determinadas localidades, e,
assim, a construção de verdadeiras cidades em torno das indústrias. No filme, nessa
perspectiva, as relações entre os trabalhadores vão se desenvolvendo, tendo em vista suas
relações em encontros e parcerias nos tempos livres criando assim laços e a troca de
conversas sobre a situação nos ambientes de trabalho, o que promove uma maior
quantidade de encontros e debates pela classe operária. Sendo assim, esse fator torna-se
crucial nos próximos passos de influência no direito do trabalho.
Outrossim, a eclosão desses fatores se dá principalmente com a perspectiva política em
que os movimentos da classe operária de caráter nitidamente reivindicatórios
impulsionam bastante a busca por seus direitos. Nesse cenário, durante o filme
percebe-se, no momento em que uma classe representante dos trabalhadores busca
entrar em acordo com o diretor geral da indústria para deliberar sobre a greve e exigir
melhores condições de trabalho, a perspectiva de base sindical e a impulsão dos
movimentos grevistas têm fundamental importância nesse desenvolvimento. Ademais,
nota-se que durante as discussões, nos bares e locais de encontro, sobre as diferentes
perspectivas filosóficas de cunho trabalhista envolvendo, principalmente ideias
marxianas, também promovem um senso crítico e de coletivo na busca por esses direitos.
Considerações finais
Pode-se perceber, portanto, que no filme Germinal a ideia de fontes materiais aparece
diante de diversos fatores que impulsionaram a luta da classe operária em busca por
melhores condições de trabalho diante de um cenário laboral precário. Destarte, é possível
compreender a importância desses fatores na produção de normas que devem estar
explícitas atualmente na garantia de direitos do trabalho.
11
23-03-2023
Le� trabalhist� n� temp� � espaç�
● Art. 9 da CLT nulidade de pleno direito, se o ato for de fraudar ou prejudicar, ele
não tem validade jurídica no DT.
→ Os 4 elementos dos vínculos trabalhistas (art.2 e 3):
● Pressuposto de subordinação, o empregado está ali para cumprir ordens, desde
que sejam lícitas
● contrato personalíssimo
● trato sucessivo se repetindo no curso do tempo
● trabalho a título oneroso
● Se constarem esse pressuposto haverá vínculo de trabalho
Doutrin� ↠ Comentári�:
Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar,
impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.
Neste art. 9º temos uma disposição importantíssima para o Direito do Trabalho. Esta é a
sede de um dos princípios do direito do trabalho, denominado princípio da
primazia da realidade. Ele informa que, no Direito do Trabalho, busca-se priorizar a
realidade em detrimento da forma.
Por esse motivo, nos casos em que haja, por exemplo, típica relação de emprego
mascarada por contrato de estágio (pois estagiário não é empregado), por aplicação
deste princípio a relação empregatícia deverá ser reconhecida.
Um exemplo da manifestação do art. 9º é a SUM-46 do TST:
SUM-46 SALÁRIO COMPLESSIVO
Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para
atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador.
�empl� e� Sal�:
Uber - Vínculo do motorista com a Uber (ou empresas de aplicativos):
O Algoritmo que faz o comando das atividades, premiando ou aplicando sanções caso não
estejam dentro das políticas da suposta “parceria”,
Professor utilizou para elucidar o caso dos motoristas de aplicativos, o artigo abaixo,
justificando que este tipo de trabalho também é supervisionado pela inteligência artificial:
12
Art. 6º Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do
empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância,
desde que estejam caracterizados os pressupostos darelação de emprego.
ART. 6
Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e
supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e
diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio.
● Julgamentos Uber TST - Ministro
● Julgamentos Uber TST SDI
→ Pode-se extrair do art. 9 um tipo especial de contrato, com o princípio do contrato da
realidade, que emerge da verdade dos fatos, no qual baseia-se no dia a dia.
Eficácia das normas trabalhistas
→ Assegurar a eficácia das normas, com isso busca-se uma proteção maior do trabalhador.
→ Se algo estiver fora das normas previstas na CLT, com objetivo de fraudar a aplicação
do Direito laboral, são consideradas NULAS de pleno direito, ou seja, não geram qualquer
efeito jurídico.
Ex: Funcionário sob desvio de função, pode entrar com ação e levar as testemunhas para
assegurar a realidade de seus direitos, não os que estão por “escritos”, como no exemplo, a
função na qual o colaborador não mais exerce.
→ A legislação trabalhista fica protegida contra seu inadimplemento.
99% das normas trabalhistas são COGENTES, imperativas e obrigatórias. Mais uma vez
reforçando a redação do art. 9°.
Interpretação equivocada da norma ou aplicação indevida
Texto da Norma e o contexto de onde ela se insere, é o que norteia o caminho da
interpretação das normas, deve haver um cuidado por parte do Magistrado, ele deve se
manter estar dentro dos limites da norma, há juízes que são expansivos, causando
arbitrariedade. Isso acarreta na descredibilização da Justiça, e na força do Direito.
Ter cuidado com o “Ativismo Judicial” - Isso quem tem poder é o STF
Ex: Entendimento da suprema corte x parlamento de Israel.
Aprovação de lei que favorece Netanyahu provoca protestos em Israel
13
https://tvbrasil.ebc.com.br/reporter-brasil-tarde/2023/03/aprovacao-de-lei-que-favorece-neta
nyahu-provoca-protestos-em-israel
1ª Interpretação da norma - Advogado
Última Interpretação da norma - Magistrado (interpretação e aplicação)
Interpretação Sistemática
A lei, destarte, nunca é “em-si-mesma”. Dar ao texto legal um sentido-em-si-mesmo é
incorrer no erro denominado por Streck de “fetichização da lei”. Já o modelo hermenêutico
gadameriano pretende, segundo o referido autor, “uma apresentação do texto histórico de
uma maneira inovadora: a máxima fidelidade à letra de um texto não é garantia de sua
correta compreensão”.
O método sistemático parte da premissa de que as normas jurídicas não existem
isoladamente. Antes, formam um conjunto, um sistema, que exige uma relação de
coerência entre elas. A coerência do sistema jurídico, pois, não permite que haja antinomias
entre as normas que o compõem. Quando isso ocorre, é preciso solucionar o problema
mediante a utilização dos critérios da especialidade, da hierarquia e da cronologia entre as
normas em conflito. O problema maior é quando surge antinomia entre os próprios critérios,
ou seja, a chamada antinomia de segundo grau. Pensamos que em tais casos o intérprete
deve adotar critérios axiológicos extraídos da cultura, da ética, dos princípios e objetivos.
→ direito é sistema, quem comanda o direito é a CF
→ proteção hipossuficiente
Lei trabalhista no tempo e espaço
→ no espaço: leva-se em consideração o princípio da territorialidade, então as leis
trabalhistas brasileiras se aplicam no território brasileiro, a única exceção será o que foi
acordado no tratado de Viena.
28/03/2023
https://tvbrasil.ebc.com.br/reporter-brasil-tarde/2023/03/aprovacao-de-lei-que-favorece-netanyahu-provoca-protestos-em-israel
https://tvbrasil.ebc.com.br/reporter-brasil-tarde/2023/03/aprovacao-de-lei-que-favorece-netanyahu-provoca-protestos-em-israel
14
Doutrin�
→ FUNÇÃO DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS
Os princípios exercem tríplice função no ordenamento jurídico, a saber: informativa,
interpretativa e normativa. A função informativa é destinada ao legislador, inspirando a
atividade legislativa em sintonia com os princípios e valores políticos, sociais, éticos e
econômicos do ordenamento jurídico.
Princípios atuam com propósitos prospectivos, impondo sugestões para a adoção de
formulações novas ou de regras jurídicas mais atualizadas, em sintonia com os anseios da
sociedade e atendimento às justas reivindicações dos jurisdicionados.
→ A função normativa, também destinada ao intérprete e aplicador do direito, decorre da
constatação de que os princípios podem ser aplicados tanto de forma direta, na solução dos
casos concretos mediante a derrogação de uma regra por um princípio, por exemplo, o
princípio da norma mais favorável aos trabalhadores (CF, art. 7º, caput), quanto de forma
indireta, por meio da integração do sistema nas hipóteses de lacuna (CLT, arts. 8º e 769;
CPC, art. 140).
Princípios constitucionais fundamentais e gerais do direito do trabalho
O epicentro de todo o ordenamento jurídico brasileiro é o princípio da dignidade da pessoa
humana (CF, art. 1º, III), razão pela qual não há necessidade de muito esforço intelectivo
para demonstrar que tal princípio alcança em cheio o direito do trabalho, pois todo
trabalhador (ou trabalhadora) é, antes de tudo, uma pessoa humana.
Ingo Wolfgang Sarlet conceitua a dignidade da pessoa humana como uma qualidade
intrínseca e distintiva de cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e
consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando, neste sentido, um
complexo de direitos e deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra todo e
qualquer ato de cunho degradante e desumano, como venham a lhe garantir as condições
existentes mínimas para uma vida saudável, além de propiciar e promover sua participação
ativa e corresponsável nos destinos da própria existência e da vida em comunhão com os
demais seres humanos.
.
Princípios
→ Tem natureza normativa, perceptiva. Aplicam-se e incidem diretamente para a solução de
casos concretos.
- Não se admite mais há muitos anos que princípios são meras orientações gerais
sobre o direito. Não se admite mais essa visão conservadora e ultrapassada sobre o
direito.
→ São como pilares que sustentam um edifício, imagine o prejuízo que acarreta à
sociedade se esses princípios forem violados.
→ Os princípios também são normas que buscam proporcionar um elevado grau de
segurança jurídica
15
→ Alta relevância na aplicação dos princípios (violá-lo seria mais grave do que violar
qualquer outra regra → profundidade maior quando se trata do princípio, uma vez que
transporta valores universais, constitucionais.
● Natureza jurídica: hábeis para resolver casos concretos, com efeitos imediatos.
→ Princípios positivados no texto da constituição → CF/88 pacto celebrado entre a
população brasileira para superar os anos sombrios da ditadura militar. Hoje temos uma
constituição que preserva esses valores humanos e democráticos, e também tem relevância
para o Direito do Trabalho quando falamos de Estado democrático de direito. A democracia
ainda vai aleḿ, envolvê democratizar a economia, os direitos sociais, a cultura, a educação,
a cidadania, os valores sociais do trabalho ao lado da livre iniciativa, etc.
Sob o enfoque do princípio da dignidade humana no âmbito do direito
do trabalho, o STF reconheceu que:
“A ‘escravidão moderna’ é mais sutil do que a do século 19 e o
cerceamento à liberdade pode decorrer de diversos constrangimentos
econômicos e não necessariamente físicos. Priva-se alguém de sua
liberdade e de sua dignidade tratando-o como coisa, e não como
pessoa humana, o que pode ser feito não só mediante coação, mas
também pela violação intensa e persistente de seus direitos básicos, inclusive
do direito ao trabalho digno. A violação do direito ao trabalho digno
impacta a capacidade da vítima de realizar escolhas segundo a sua livre
determinação. Isso também significa ‘reduzir alguém a condição análoga à
de escravo’” (STF-Inq 3.412, rel. p/ o ac. min. Rosa Weber, j. 29.03.2012, P,
DJE de 12.11.2012).
→ Se os princípios não estão muito bem definidos e fortes, poderãoestar a mercê de
ameaças e injustiças → risco de romper a ordem constitucional, jurídica, instalar o caos e a
barbárie. Deve haver uma compreensão clara sobre eles.
→ “O direito democratico é a antítese da barbárie”
→ Ministro Coutinho Delgado diz que:
“Há necessidade de assegurar um patamar mínimo civilizatório”.
Os princípios se espalham por todo o texto da constituição. O direito é um sistema que se
comunica entre si, estabelece a partir da constituição uma visão mais abrangente. A partir
dos direitos e garantias fundamentais aplicamos as regras do direito mediante os princípios.
Entre as várias leituras, cabe ao intérprete escolher a mais condizente com os direitos e
garantias fundamentais e que assegura esse patamar mínimo civilizatório.
● Direitos elementares: limite de jornada, descansos, direito a proteção contra os
acidentes do trabalho, etc. São quase que singelos do ponto de vista da
compreensão sobre eles.
→ Princípi� gerai� d� direit� (ar�. 8 d� CLT):
● a ninguém é lícito alegar ignorância
● respeito à dignidade humana (art. 5 da Constituição)
● boa fé nos contratos
16
● Proibição do abuso de direito
● proibição do enriquecimento sem causa
→ Princípi� gerai� d� Direit� Civi�:
● Princípio da autonomia da vontade - as partes devem ter liberdade de celebrar
contratos a seus interesse, todavia, de forma mitigada, não tendo a mesma
amplitude do direito civil no DT.
○ No DT as partes dispõem de autonomia desde que observem o patamar
mínimo de direitos e proteções advertidos na Constituição federal,
podendo elas acertar no contrato seus interesses. (Ministro Godinho
Delgado) A autonomia da vontade aplica-se sim, todavia de forma mitigada,
com uma força um pouco mais reduzida em comparação com o Direito Civil.
● Princípio da imprevisão ou da cláusula rebus sic stantibus (Art. 478)
○ É um dos mais importantes do Direito civil mas se aplica em toda a parte das
obrigações e em seus contratos. Se tiver algum fato novo que desequilibre o
contrato, que não foi previsto em sua celebração, impactando tão fortemente
o cumprimento do contrato a ponto de gerar onerosidade excessiva (um
passa a ganhar mt e o outro a perder muito) exige adaptação contratual. Ex:
Covid-19.
● A exceptio non adimpleti contractus (Art. 476)
○ Exceção para não cumprir contratos.
⇒ Doutrin�
Princípio do valor social do trabalho. Na verdade, desde o Tratado de Versalhes (art.
427, n. 1), o trabalho humano não poderia ser objeto de mercancia, ou seja, o trabalho não
é uma mercadoria. O trabalho tem um valor social. Mas para ter um valor social, o trabalho
deve propiciar a dignificação da pessoa por meio de um trabalho decente. Violam o princípio
em causa todas as formas de trabalho em regime de escravidão, o trabalho infantil, o
trabalho degradante, o trabalho em jornada exaustiva, os assédios moral e sexual etc.
Princípio constitucional fundamental aplicável ao direito do trabalho é o princípio do valor
social da livre-iniciativa. Trata-se de princípio que é implementável pela aplicação de
outros princípios espraiados pelo tecido constitucional, como o princípio da função social da
propriedade (CF, art. 5º, XXIII) e o princípio da função social da empresa (CF, art. 170, III).
Não há justiça verdadeira onde as pessoas vivem em condições
extremamente desiguais. Se quisermos um mundo mais justo, podemos
optar pela luta em prol dos direitos humanos, a fim de levar a todos a
consciência de que o homem não é um ser isolado.
Princípios constitucionais específicos do direito do trabalho
No catálogo dos princípios constitucionais específicos do direito do trabalho, destacamos os
princípios da norma mais favorável ao trabalhador, destacam-se: da proteção da relação
empregatícia, ao salário, ao mercado de trabalho da mulher, da proibição ao trabalho
infantil e da exploração do trabalho do adolescente, da proteção ao meio ambiente,
da proibição de discriminação, do reconhecimento das convenções e acordos
coletivos de trabalho.
17
Todos esses princípios constitucionais podem – e devem – ser invocados na interpretação e
aplicação tanto das normas constitucionais quanto das normas infraconstitucionais.
Doutrin�
Princípios gerais de direito
Entendemos por princípios gerais de direito os valores ou ideias de justiça que dão
sustentáculo a um ordenamento jurídico, propiciando a sua completude e coerência.
Os princípios gerais do direito positivados na Constituição Federal (v.g., os princípios
fundamentais previstos no art. 1º) deixaram de ser meros institutos de integração do direito
(art. 4º da LINDB) e passaram, segundo nos parece, à categoria de “normas de introdução
ao ordenamento jurídico brasileiro” ou “fontes formais diretas do ordenamento jurídico
brasileiro”.
Parece-nos, contudo, que, tal como ocorre com a analogia e a equidade, é preciso
reconhecer a necessidade da heterointegração dos subsistemas do Direito do
Trabalho e do Direito Civil com o escopo de produzir decisões judiciais mais justas e
consentâneas com os valores, princípios e objetivos fundamentais do Estado Democrático
de Direito.
→ Direito é sistema…. Está tudo integrado, entre os diversos temas que tratam "os
direitos".
Aplicação
A aplicação de uma norma, por mais clara que possa parecer, pressupõe, sempre, a sua
interpretação. Vale dizer, não há aplicação sem prévia interpretação de um preceito
normativo. A aplicação do direito pode ser feita pelo juiz, pela autoridade administrativa,
pelo particular, pelo empregador, enfim, por todos aqueles que praticam atos jurídicos.
Interessa-nos, aqui, a aplicação do direito pelo magistrado, que, ao aplicar uma norma
jurídica, utiliza-se das técnicas interpretativas e de integração, levando em conta a
eficácia da norma.
Ao aplicar uma norma geral a um caso concreto, o magistrado cria, pela sentença, uma
norma individual. Como lembra Maria Helena Diniz, o magistrado, ao aplicar as normas
jurídicas, criando uma norma individual, deverá interpretá-las, integrá-las e corrigi-las,
mantendo-se dentro dos limites marcados pelo direito.
Não é outro o significado do art. 5º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro,
segundo o qual, na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e
às exigências do bem comum. Tal preceito normativo, todavia, teve pouca aplicabilidade
na prática jurídica, certamente em função do formalismo e do tecnicismo jurídico
exacerbado que se instalou no direito brasileiro, sobretudo influenciado pelo liberalismo
econômico na formação da consciência jurídica nacional, principalmente durante o regime
militar.
"Em um dos planos, o princípio da dignidade humana e diversas diretrizes associadas a
esta basilar: o princípio da centralidade da pessoa humana na vida socioeconômica e no
18
Direito; o princípio da inviolabilidade do direito à vida (inviolabilidade física e psíquica, é
claro, mas também a proteção à privacidade e à intimidade); o princípio da valorização do
trabalho e do emprego; o princípio da igualdade em sentido formal, mas também em sentido
material; o princípio da não discriminação; o princípio da justiça social; o princípio do
bem-estar individual e social.
Em outro plano, os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade (o primeiro também
formulado como princípio da proibição do excesso).
Em um terceiro plano, o princípio da boa-fé e seus corolários, os princípios do não
enriquecimento sem causa, da vedação ao abuso do direito e da não alegação da própria
torpeza." Min. Mauricio Godinho Delgado
Continuar próx. aula: princípios constitucionais.
30/03/2023
Princípi� Constitucionai� n� Direit� d� Trabalh�
→ Temos um sistema jurídico construído a partir da CF/88.
● Princípio da proteção: decorre da própria evolução histórica do Direito do
Trabalho, criado para proteger a figura do trabalhador, considerado
hipossuficiente na relação de emprego.
→ no caso de menor a idade permitida para o trabalho é de no mínimo 16 anos,
salvo em aprendizagem que é permitido a partir dos 14 anos (art. 402 da CLT)
→ casos ilícitos: caso o menor de 16anos é obrigado a trabalhar, os princípios
que serão válidos é o proibimento sem causa, fazendo com que se realize a
irretroatividade das nulidades, visto que o trabalho é uma coisa infungível, pois
a prestação já foi realizada, precisando o empregador indenizar o trabalhador.
● Princípio da máxima eficácia das normas constitucionais→Direitos e garantias
individuais, de atuação imediata sobre o caso concreto para resolvê-lo.
● Princípio da primazia da realidade: o contrato que prevalece é o contrato
realidade, são os fatos que acontecem no dia a dia.
● Princípio da irrenunciabilidade de direitos: sempre é considerado nesses casos
que o trabalhador está sendo coagido, devido a hipossuficiência econômica, então
o trabalhador se dispõe de seus direitos, por não ter outra opção.
● Princípio da norma mais favorável: O princípio da norma mais favorável, nesse
passo, é responsável por impor – pois sua força normativa é inegável – que, em
situações de conflito entre duas normas distintas, voltadas à mesma situação,
sobreponha-se aquela mais benéfica ao trabalhador. favorável, diz-se que há
hierarquia dinâmica das normas.
● Princípio da condição mais benéfica: direito adquirido, uma vantagem já
conquistada pelo empregado não pode ser mais suprida. Ou seja, consiste na
garantia, ao longo de todo o contrato de trabalho, da preservação de cláusulas
contratuais mais vantajosas ao empregado para evitar que ele sofra prejuízos
(direito adquirido que já faz parte da remuneração do empregado).
19
○ Princípio da isonomia no âmbito trabalhista: igual salário, sem distinção
de sexo, protegendo os trabalhadores de injustiças ligadas à distinções
salariais e sociais até, abrangendo até a questão da obrigadaçao da
apresentação do atestado.
○ Princípio da continuidade da relação de emprego: significa que os
contratos em período curto, neles existe uma relação contínua, sendo
possível somar esse tempo para o trabalhador ganhar bonificações
trabalhistas.
○ Princípio da inafastabilidade dos conflitos trabalhistas: o direito de se
submeter o conflito a um julgamento justo na justiça especializada.
Doutrin�
1. Não Discriminação e Isonomia: distinções
A relevância, no Direito atual, do combate antidiscriminatório erigiu ao status de princípio a ideia
de não discriminação.
O princípio da não discriminação seria, em consequência, a diretriz geral vedatória de tratamento
diferenciado à pessoa em virtude de fator injustamente desqualificante.
É que, conforme visto, discriminação defi ne-se como a conduta pela qual se nega a alguém, em
função de fator injustamente desqualifi cante, tratamento compatível com o padrão jurídico
assentado para a situação concreta
vivenciada. O referido princípio rejeita validade jurídica a essa conduta discriminatória.
Há certa dúvida sobre se cabe falar-se em princípio de não discriminação ou em princípio de
isonomia, como proposição geral externa aplicável ao ramo justrabalhista especializado(29).
A dúvida é razoável, pois, afinal, não é pacífica a própria diferenciação entre as duas noções.
04/04/2023
Capítul� 6 - Prescriçã�
Doutrin�
Prescrição e decadência são figuras jurídicas que têm em comum a circunstância de
consubstanciar em meios de produção de efeitos nas relações jurídicas materiais em
decorrência do decurso do tempo.
A decadência corresponde a uma única modalidade, ao passo que a prescrição pode ser
extintiva ou aquisitiva.
Também se conceitua como a perda da ação (no sentido material) de um direito em
virtude do esgotamento do prazo para seu exercício. Ou: a perda da exigibilidade judicial
de um direito em consequência de não ter sido exigido pelo credor ao devedor durante certo
lapso de tempo.
A decadência (também chamada caducidade) conceitua-se como a perda da possibilidade
de obter uma vantagem jurídica e garanti-la judicialmente, em face do não exercício
oportuno da correspondente faculdade de obtenção.
20
Prescrição
→ O trabalhador tem direito a pretensão pelos danos causados pelo empregador, tendo o
prazo prescricional de 5 anos anteriores.
“Castigo”
● Um tipo de castigo aplicado à negligência da pessoa do credor (frequentemente, o
trabalhador) pelo decurso do tempo em buscar seus direitos
Se o trabalhador não se interessar pela busca de seus direitos, após o prazo prescricional
de 5 anos poderá não poder mais buscá-los. Todos os direitos anteriores à 5 anos, o
empregado não mais terá meios de buscar a sua satisfação.
Actio nata
● Quando inicia-se diante de determinadas situações o prazo prescricional, a partir
de quando, o trabalhador pode buscar a satisfação dos seus direitos dentro desse
prazo quinquenal?
● Violado o direito do credor, como o inadimplemento dos salários por exemplo, nasce
o direito de exigir do devedor o cumprimento da obrigação.
● A partir de que momento se inicia a contagem do prazo prescricional? → por vezes é
uma questão duvidosa. De maneira geral, acontece quando o trabalhador toma
conhecimento de maneira razoável dos danos relacionados aos seus interesses,
disparando a contagem do prazo.
● No caso das férias o empregado tem 12 meses de período de férias posterior à sua
admissão. No dia seguinte do término das férias nasce a actio nata, tendo prazo
prescricional de 5 anos, caso ele perca esse prazo, ele não terá mais direito ao actio
nata.
● Até quando o empregador deve pagar o salário? Até o quinto dia útil do mês
subsequente ao dia de admissão, no dia seguinte ao quinto dia útil inicia-se a actio
nata, segundo o tempo prescricional de 5 anos.
Regra geral: a prescrição trabalhista tem o prazo de até 5 anos.
Tratando-se de extinção do contrato de trabalho: a contar da data de extinção, há um prazo
de 2 anos. O empregado tem esse prazo para ingressar com a ação. Da data que ele
ingressa com a ação, conta-se 5 anos para trás, e tudo que estiver dentro desse período
o empregado pode buscar, levando em consideração o tempo do aviso prévio (quanto
mais demorar para procurar seus direitos, mais ele irá perder direitos retroativos).
● Lei 9.029/1995 - lei da discriminação trabalhista
Prazos prescricionais:
→Bienal: após rescisão do contrato de trabalho
→ quinquenal:→ Se for para fins previdenciários, não se aplica o prazo prescricional.
● A previdência exige um indício de prova documental do início do trabalho, não
aceita apenas prova testemunhal.
21
Direito que será requerido a partir da data da ação trabalhista contando - 5 anos
(retroatividade)
→ o prazo em certas circunstâncias pode ser interrompido, nesses casos o tempo é zerado
e é considerado desde o início (ação trabalhista arquivada).
→ na suspensão retoma-se o prazo pelo que resta, não volta a contar do início (art. 625 G
da CLT).
Domésticos
→ tb se aplica o prazo prescricional dos demais trabalhadores
Prescrição intercorrente: Isso significa que, no Processo Civil, a prescrição intercorrente
só ocorre quando, na fase de execução da sentença, o executado não apresenta bens
penhoráveis para pagar o credor. Com isso, o juiz suspende a execução por 1 ano, período
em que o prazo de prescrição também fica suspenso.
06-04-23
1º PROBLEMA:
João foi contratado como empregado, em 02/abril/2010, pela empresa Energia LTDA, para trabalhar
na função de eletricista de manutenção de equipamentos energizados de alta tensão. Em 03 de abril
de 2022, recebeu seu aviso
prévio (indenizado) e foi dispensado sem justa causa (arts. 487 e seguintes da CLT combinados com
Lei 12.506/2011). Durante o período em que prestou serviços, sempre recebeu uma gratificação
contratual de função,
no percentual de 10% incidente sobre seu salário. Em 10 de setembro de 2017, porém, a empresa
cessou o pagamento desta verba, alegando crise econômica. Embora fizesse jus ao adicional de
periculosidade de 30% sobre seu salário, com base no art. 193, I e § 1º, da CLT, e Norma
Regulamentadora nº 16 do Ministério do Trabalho, nunca recebeu este adicional da empresa. Seus
demais direitos, como férias, 13º salário, FGTS, horas extras etc, sempre foram pagos corretamente.
As verbas rescisóriastambém foram adimplidas nos termos da lei.
No dia 25 de abril de 2022, João procura o(a) advogado(a), em seu escritório, para indagar se ainda
poderia cobrar
algum direito da empresa. Na data de 04 de setembro de 2022, a ação foi proposta para cobrar a
gratificação contratual de função e o adicional de periculosidade.
Responda:
1. Até quando João poderia entrar com ação na Justiça do Trabalho para cobrar seus direitos ?
Aponte os principais fundamentos constitucionais, legais e jurisprudenciais.
Poderá entrar até 08 - 06-2024, vide lei art 7° da CF , XXIX e Art 11 caput da CLT:
CF
22
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social:
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de
dois anos após a extinção do contrato de trabalho; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 28, de 2000)
CLT
Art. 11. A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho.
→ segundo a lei 12.506-2011 aponta uma proporcionalidade, no caso de joão como ele
trabalhou 12 anos, ele recebe o aviso prévio de 66 dias (30 dias de férias + 3 (refere-se a
cada 1 ano trabalhado tem-se 3 dias de aviso prévio) x 12 - anos trabalhados ) = 66d).
2. João poderia cobrar seus direitos retroativamente a que data ? Aponte os principais
fundamentos constitucionais, legais e jurisprudenciais.
Até 04/09/2017 - conforme critérios abaixo:
art 7° da CF , XXIX e Art 11 caput da CLT:
CF
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social:
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de
dois anos após a extinção do contrato de trabalho; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 28, de 2000)
CLT
Art. 11. A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em
cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do
contrato de trabalho.
. Considerando
o disposto no art. 3º da Lei 14.010/2020, faça a recontagem dos prazos acima e
aponte as datas corretas Aponte os principais fundamentos constitucionais, legais e jurisprudenciais.
→ → O caso enquadra-se na prestação parcial, pois o ilícito está enquadrado nos 5 anos
retroativos.
23
→ Mas existem casos que se enquadram em prestações sucessivas, tendo como
consequência a prescrição total, ou seja, se essa prestação sucessiva, o ilícito começou
fora do período imprescrito a prescrição é total, então perdeu.
→ gratificação decorre de acordo de contrato, já a o adicional de periculosidade decorre de
preceito de lei, art. 193 CLT
4. João faz jus ao recebimento das prestações sucessivas referentes à gratificação
contratual de função de 10% ou este direito já está totalmente prescrito ?Aponte os principais
fundamentos constitucionais, legais e jurisprudenciais.
→ João faz juz, pois está dentro do período imprescrito.
→ art. 11, parágrafo 2
5. João
faz jus ao recebimento das prestações sucessivas referentes ao adicional de
periculosidade de 30% sobre seus salários mensais ou este direito já está
prescrito ? Aponte os principais fundamentos constitucionais, legais e jurisprudenciais.
→ Prescrição parcial, então ele só poderá cobrar dos últimos 5 anos. Fazendo jus ao
recebimento do percentual de periculosidade, de acordo com o art. 11, paragrafo 1 e caput.
2o EXERCÍCIO:
Leia atentamente os enunciados e responda:
I.
De acordo com a Constituição Federal (CF), os
direitos e garantias fundamentais têm aplicabilidade imediata; os tratados
internacionais de que o BR seja parte compõem a ordem jurídica nacional; e os
tratados internacionais de direitos humanos, ratificados pelo BR, ingressam na
ordem jurídica como normas supra legais, só devendo obediência à CF. As
convenções da OIT ratificadas pelo BR enquadram-se nesta última hipótese.
II.
O Direito do Trabalho no BR adequa-se mais
diretamente à teoria do Pluralismo Jurídico, considerando a diversidade de
normas estatais ou não estatais d ì a versarem sobre matéria trabalhista. No
confronto de normas sobre um mesmo tema, aplica-se o princípio da norma mais
benéfica, previsto no art. 7º, caput, CF.
III.
Prevalece em nossa ordem jurídica trabalhista o
direito não regulamentado apoiado sobretudo nas normas coletivas (acordos e
convenções coletivas). A legislação, em nosso caso, ocupa lugar secundário no
conjunto das normas laborais.
A) Somente
o item I está correto;
B) Somente
o item II está correto;
C) Os
itens I e II estão corretos;
24
D) Todos
estão corretos;
04-05-2023
Contrato de Trabalho
→ pela lei prevalece a teoria contratualista
→ contrato individual de trabalho é que se houver uma relação de emprego, já é um
contrato de trabalho. Sendo tácito ou expresso.
→ Pressuposto do vínculo empregatício:
● subordinação (art. 3 da CLT)
● não eventualidade
● onerosidade (art. 3 da CLT)
● pessoalidade
● pessoa física (art. 3 da CLT)
● Os pressupostos são cumulativos, então mesmo que falte 1 só não possui vínculo
de emprego.
Desafio em face da modernização
→ Nega o vínculo de emprego, pois alguns pressuposto são ausentes (art. 2 e 3 da CLT)
→ Considerados empreendedores, assim como os motoristas da Uber, mesmo que a
empresa comande a atividade deles.
→ O tema é bastante debatido justamente por sua jurisprudência
→ Termos corretos para a relação de emprego:
● relação de emprego
● contrato de emprego
● contrato de trabalho
→ Já o que NÃO cabe é a relação de trabalho, pois refere-se ao gênero, como MEI e etc.
Classificação
→ Quanto a forma: verbal ou escrito, além de tácita e expressamente, não precisando
necessariamente possuir a formalização por escrito
→ No que refere ao prazo prazo indeterminado (ordinário) ele é preferível que seja por meio
de contrato, até para assegurar mais o trabalhador, sendo considerado como regra geral.
Porém, excepcionalmente contrata-se o trabalhador por tempo determinado
(extraordinário), como trabalhos temporários em época festivas, sendo desfavorável para o
trabalhador, não fazendo jus ao aviso prévio, não fará jus aos 40% do FGTS, por não se
tratar de uma dispensa por justa causa.
→ A determinação de prazo sempre tem que ser provada por quem invoca.
→ Casos que a lei impõe uma forma:
● contrato de atleta profissional
● contrato de artista
● contrato de aprendizagem
25
06/05/2023
Palestra sobre os 80 anos da CLT
→Situação problemática: somente os tributaristas falam sobre a PEC 188 de 2019, os
juristas dos direitos sociais nao se manifestam a respeito dessa PEC, justamente por conta
da concepção em que ela foi construída.
09-05-2023
Contrato de trabalho
→ examinar art. 443 da CLT
● Contrato de trabalho intermitente (descontínua): contrato de serviços de prestação
de serviços, tendo subordinação, mas que é alternado entre atividade e inatividade.
● Não há garantia de trabalho e de renda.
● Favorece só o empregador
● Não possui exclusividade, então nos tempos de inatividade o empregado poderá
exercer o trabalho em empresas concorrentes, não sendo remunerado também.
● De acordo com a Reforma Trabalhista, que introduziu o trabalho intermitente, esta é
uma modalidade de contrato por tempo indeterminado. Ou seja, não existe tempo
mínimo ou máximo para sua duração.
● O contrato deve conter o valor da hpra de trabalho ou dia ou mês, etc (pagamento
proporcional).
● Férias proporcionais, possuindo os mesmos direitos de quem tem um contrato
convencional, exceto o seguro desemprego (incluído também o FGTS).
● Efeitos nefastos: possibilidade de renda zero, sendo em 2019, 22% dos
trabalhadores,
→ Prazo máximo do contrato de trabalho por prazo determinado: 2 anos. Salvo contrato de
experiência, que é de 90 dias.
→ No casode prorrogação é permitido no máximo 1 prorrogação do contrato de trabalho
por prazo determinado.
→ Se durante o prazo o empregador decidir rescindir, deverá pagar uma indenização
equivalente à somatória de tudo que ele teria direito até o final do contrato e vai pagar a
metade disso.
→ Arts. 479 a 481 da CLT.
→ Se não tiver a cláusula de dissolução antecipada (será aplicado os princípios da rescisão
contratual por prazo indeterminado): empregado deverá pagar o equivalente às perdas que
o empregador terá com o interrompimento do contrato.
→ Diferenças:
● Contrato de trabalho diferentemente do contrato de sociedade
● Por diversas vezes o empregador pega o trabalhador e coloca ele como sócio para
diminuir o gasto.
● Há um tipo de distorção, precisando investigar com a effectio societatis, que é
averiguar se ele estava tendo liberdade para tomar suas decisões como sócio.
11-05-2023
26
Empregado e empregador
Empregado
→ Art. 3 da CLT os pressuposto empregatícios
Empregador
→todo aquele que contrata empregados
→ art. 2 da CLT
16/05/23
Capítulo 9 - Figura do Empregador
Conceito de empregado está no art 3, e o de empregador está no art. 2
Todo empregador, a empresa seja pessoa física ou jurídica, individual ou coletiva, também
pode ser uma organização, são aqueles que assumem os riscos dos negócios, devendo
satisfazer o pagamento de todos os valores devido ao empregado previstos na CLT.
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa,
individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da
atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação
pessoal de serviço.
.
É personalíssimo, o quarto pressuposto, que dirige a prestação pessoal do empregado, ele
não está no artigo 3 da legislação trabalhista, mas sim no art 2, onde trata do conceito do
empregador.
No parágrafo § 1º, nele está contido a descrição da figura do empregador.
§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de
emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações
recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores
como empregados.
A decisão de constituir novas empresas é do empregador e é legítima, desde que isto não
prejudique os interesses dos empregados.
Complexidade em torno do direito econômico, através das organizações privadas, é comum
que donos de empresas, constituem outras empresas, isto está previsto na liberdade de
iniciativa, mas o problema é quando esta empresa começa a transferir os bens da primeira
para a segunda, com objetivo de que em crise este não pagar pelos direitos trabalhistas.
27
Significa que o trabalhador (credor) poderá cobrar do Empregador (devedor) de qualquer
uma das empresas do mesmo grupo econômico.
§ 2o Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma
delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou
administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua
autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis
solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
Exemplo: Uma empresa de tecelagem, abre uma outra empresa de botões para satisfazer
as demandas das empresas que atuam no ramo de confecção, ambas empresas podem ser
acionadas pelos empregados para satisfazer os direitos trabalhistas que estão sendo
cobrados judicialmente, independente do vínculo trabalhista com a empresa que originária.
O empregado pode acionar judicialmente uma ou todas as empresas do mesmo grupo.
§ 3o Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios,
sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do
interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação
conjunta das empresas dele integrantes. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017) (Vigência)
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar
serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e
mediante salário.
Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de
emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho
intelectual, técnico e manual.
Se o empregador pratica atos que visam fraudar os direitos trabalhistas aplica-se também o
Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o
objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos
na presente Consolidação.
E referente ao pagamento salarial o Artigo 100 da CLT, que fundamenta a questão do
salário ter objetivo alimentício.
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e
Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica
de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art6
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art6
28
casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este
fim. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). (Vide Emenda Constitucional
nº 62, de 2009) (Vide ADI 4425)
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários,
vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e
indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de
sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os
demais débitos, exceto sobre aqueles referidos
Elementos essenciais:
a) reunião de duas ou mais empresas;
b) mantendo cada qual personalidade jurídica própria;
c) estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, guardando
cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico;
d) ou mesmo, quando elas próprias o reconhecerem.
e) interesse deve ser integrado;
f) efetiva comunhão de interesses das empresas do grupo; e
g) atuação conjunta destas empresas.
Lei 13.467/17 - Basta demonstrar que existe o interesse integrado, uma atuação integrada, buscando
o interesse comum, para caracterizar o grupo econômico.
A Lei 13.467/2017 reconheceu expressamente a figura do grupo econômico trabalhista por
coordenação (art. 2o, §2o) e estabeleceu requisitos subjetivos (interesse integrado e comum) e
objetivos (atuação conjunta) para a caracterização do grupo, a serem verificados no caso concreto
pelo juízo (art. 2o, §3o).
A solidariedade entre as empresas do grupo
A solidariedade não se presume.
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um
devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
Observações: Apenas grupos de empresas, excluídos os empregadores como as associações
beneficentes, os profissionais liberais, os entes da administração pública, etc.
Diante de uma co-responsabilidade das empresas, cada qual ou todas elas, podem vir a responder
29
Duas teorias
1 - Relação de dominação entre a empresa principal e as demais.
2- Relação de Coordenação - entre as várias empresas.
Reconhecimento do grupo por coordenação, tendo em vista a multiplicidade de modalidades de
organização dos agentes de mercado.
O art. 2o, § 2o, CLT assenta que as empresas podem estar sob a direção, controle ou administração
de outra, ou ainda quando, guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico;
Prova
O grande problema é produzir a prova, como o empregado comprova o interesse integrado?
Quando se trata de uma comprovação de sociedade de uma outra empresa do mesmo grupo
econômico, basta solicitar a certidão na junta comercial que já é possível a comprovação.
Proibição da chamada “prova diabólica”,impossível de ser produzida pela parte.
• Ex.: Se demonstrada a existência de sócios comuns, deve-se inverter o ônus da prova para que
recaia sobre as empresas.
CLT, art. 818. O ônus da prova incumbe:
I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito do reclamante.
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos deste artigo ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juízo atribuir o ônus da
prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar
à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
§ 2o A decisão referida no § 1 o deste artigo deverá ser proferida antes da abertura da
instrução e, a requerimento da parte, implicará o adiamento da audiência e possibilitará provar
os fatos por qualquer meio em direito admitido.
§ 3 o A decisão referida no § 1 o deste artigo não pode gerar situação em que a
desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.
Aplicação do CLT art 818 - Inversão do ônus da prova.
Vai caber ao empregado apenas o início de prova, então o juiz converte para que as empresas
reclamadas no processo, comprovem que não são do mesmo grupo econômico.
30
18/05/2023
Individualidade de cada qual das empresas do grupo
→ Súmula 129 do TST (contrato de trabalho) - prestação de serviços a mais de uma
empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não
caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.
Sucessão empresarial
→ É muito comum empresas adotarem mecanismos de substituição de sócios, sucessão de
empresas, alienação de empresas, para escapar ou tentar de responsabilidades
trabalhistas, tributárias, etc.
Temos que levar em conta a prevalência do princípio da continuidade do vínculo jurídico
trabalhista. O direito do trabalho vai fazer de tudo para que o contrato de trabalho possa ter
prosseguimento, porque o que interessa é o empregado que se mantém no emprego,
recebe salário, aumenta as vendas do comércio de acordo com seu consumo, e a economia
gira. Há um interesse por parte do direito do trabalho de privilegiar o princípio supracitado.
→ Nesta direção, temos o artigo 10 da CLT:
● O art. 10, CLT: "Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os
direitos adquiridos por seus empregados” → os empregados não são chamados a
opinar sobre as decisões adotadas pelos sócios da empresa, não participam de
nenhum modo dessas decisões. A legislação adotou uma regra segundo a qual
estas medidas que venham a ser implementadas pela empresa não podem afetar os
direitos adquiridos pelos trabalhadores tal qual seus contratos de trabalho.
○ Artigo 10-A, CLT: quando um sócio sai da empresa, ainda quando existem
forças econômicas na empresa, procura alguém que possa substituí-lo. Por
vezes, nos deparamos com a substituição do sócio da empresa com figuras
inidôneas. Coisas estranhas, outros interesses envolvidos que podem trazer
como consequência a lesão ao interesse dos credores trabalhistas.
■ “O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações
trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou
como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois
de averbada a modificação do contrato”
■ Ex: Transbrasil → os donos da empresa buscavam meios para se
verem livres da montanha de dívidas que estavam. A Transbrasil foi
vendida para um investidor por 1 real. Esse investidor, pianista, não
soube responder as perguntas dos entrevistadores. Foi colocado
alguém para assumir as dívidas do negócio (laranja)→ 2 dias depois
apareceu uma nota que tinha sido desfeito o negócio.
● E o art. 448, CLT: “a mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa
não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados” → seja lá o que o
empregador ou a empresa fizer (mudança na sociedade, na estrutura jurídica) não
pode afetar os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
○ 448 A - Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista
nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, às obrigações trabalhistas, inclusive
31
as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa
sucedida, são de responsabilidade do sucessor → quem comprou o ativo
leva o passivo. Quando evidenciado uma fraude, a obrigação se torna
solidária (nos casos de separadamente o credor que irá analisar).
→ Sucessão da empresa:
● Em sentido estrito, 3 possibilidades: incorporação (uma é absorvida por outra),
transformação (uma sociedade muda de espécie) e fusão (duas ou mais empresas
se unem para formar uma nova).
32
→ Se ingressado com pedido de recuperação judicial, ficará suspenso por um período de
6 meses os processos, para que a empresa possa negociar com os credores as dívidas,
elaborando um plano de recuperação judicial, prevendo a venda de ativos, de filiais, etc.
Assim consegue recursos financeiros, mesmo que de maneira prorrogada, a fim de quitar as
dívidas com os credores.
● Na RJ (recuperação judicial): Art. 60, da LRF: no caso de alienação judicial de filiais
ou de unidades produtivas isoladas do devedor (na forma do Art. 142, da LRF, o
objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do
arrematante nas obrigações do devedor, salvo situações de fraude ou simulação.
→ Na falência: o Art. 141, II, da LRF, exclui expressamente a sucessão de obrigações
trabalhistas, na alienação de estabelecimentos ou filiais.
● Quem compra ativos nesse caso não levará juros passivos (exceção da regra geral).
33
próx aula: poder de direção do empregador
23/05/23 - Vídeo Aula Classroom
Poder de direção do empregador
Art. 2o - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que,
assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a
prestação pessoal de serviço.
Empregador cabe:
● Determinar a maneira como atividade deve ser executada
pelo empregado
● Por força da existência de um contrato de trabalho, obriga-se
a cumprir as ordens
● O poder de direção do empregador corresponde o dever de
subordinação do empregado.
Empregador tem a função/poder de:
a) poder de organização,
b) poder de controle e
c) poder disciplinar.
Referente a prestação pessoal de serviço realizada pelo
empregado.
Empresa ↦ Organização do capital e do trabalho.
Fatores de Produção ↦ natureza, capital e trabalho.
Consequência do Poder de organização:
a) escolha da atividade a ser desenvolvida;
b) escolha da natureza jurídica do empreendimento;
34
c) fixação dos cargos e funções necessários ao
desenvolvimento da atividade;
d) exercício do poder regulamentar.
Fiscalização das atividades profissionais dos empregados.
Revista Pessoal (sem contato fisico):
❖ O TST tem admitido que a revista pessoal (sem contato
físico) não afronta a intimidade, a dignidade e a honra do
trabalhador.
Revista pessoal (com contato físico):
O TST não autoriza revista íntima (c/ contato físico com os
empregados).
DANO MORAL. REVISTA ÍNTIMA 1. Caracteriza revista pessoal
de controle e, portanto, ofende o direito à intimidade e à
dignidade do empregado a condutado empregador que,
excedendo os limites do poder diretivo e fiscalizador, impõe a
realização de vistoria íntima consistente no apalpamento de
partes do corpo do empregado - "toques na cintura".
Outros exemplos:
● A marcação do ponto pelo empregado,
● A possibilidade de serem instaladas câmeras de circuito
interno de televisão na área de trabalho dos empregados,
excluídos, evidentemente, setores como vestiários, banheiros
e refeitórios, a fim de preservar o direito à dignidade e à
intimidade do trabalhador.
35
Observações
• Art. 5o, X, CF:
“são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra, e a imagem
das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano
material ou moraldecorrente de sua violação”.
Observações:
O Código Civil traz, em seu art. 21:
“A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a
requerimento do interessado, adotará as providências necessárias
para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma”.
Poder disciplinar
Corresponde ao direito que tem o empregador de aplicar punições
a seus empregados.
Punições disciplinares:
• Advertência e a suspensão.
• Suspensão (Art. 474, da CLT), que estabelece que a suspensão
superior a trinta dias implica rescisão injusta do contrato. Portanto,
admitida em prazo menor.
Importa em perda de salário.
• Advertência (não há desconto de salário): em nenhum ponto da
CLT ou da legislação complementar existe qualquer previsão a
respeito dessa medida disciplinar.
Decorre da presunção:
“quem pode o mais, pode o menos”.
36
Justa Causa: pena capital do Direito do Trabalho. Art.482, da CLT.
A ser abordada à frente.
Empregador: razoabilidade e proporcionalidade
Cabe ao empregador, usando sempre de bom senso, diante da
maior ou menor gravidade da falta, aplicar ao empregado, quando
for o caso, a penalidade que lhe parecer a mais adequada.
Poderá, inclusive, desde logo, demitir por justa causa, quando a
falta praticada tenha maior gravidade.
O empregado, sentindo-se injustiçado, tem a via judicial à sua
disposição, para buscar a reparação do direito que entenda tenha
sido lesado.
A Justiça do Trabalho, quando acionada, dará a última palavra a
respeito da manutenção ou cancelamento da punição.
25-05-2023
Alteração contratual
→ modificação de qualquer cláusula do contrato de trabalho
→ reclamação de constitucionalidade deve ser enviada ao STF
diretamente.
→ Quando vai para a justiça comum dirimir, não é para examinar o
contrato de realidade trabalhista, mas sim só para ver se o contrato
expresso estava sendo cumprido.
→ contrato realidade
→ como regra prevalece o princípio da inalterabilidade contratual
37
● Permitido só em caso de mútuo consentimento (acordo entre
as partes), e ainda assim desde que não resultem, direta ou
indiretamente, prejuízos ao empregado (mesmo que haja
acordo, se houver prejuízo é nulo) a modificação, sob pena de
nulidade da cláusula infringente desta garantia → plano do
direito individual (art. 468 da CLT).
● Exceções acordos e convenções:
○ Redução salarial (art.7, inciso VI)
○ Compensação de horário ou redução da jornada (inciso
XIII)
○ Estipulação de jornada superior a seis horas para os
turnos ininterruptos de revezamento (inciso XIV)
○ Não se considera alteração unilateral para reverter
cargo eletivo → caso um empregado seja mudado de
seu cargo efetivo por um cargo de confiança, o
empregador pode a qualquer momento voltar ele a seu
cargo original ganhando menos.
■ Em outros casos excepcionais, o empregador
pode, unilateralmente, operar pequenas
modificações no contrato de trabalho do
empregado, sem que isto implique ofensa ao
princípio da inalterabilidade contratual (jus
variando, art 2 caput da CLT)
● Ex:. Quem exerce cargo de confiança.
Transferências de empregados
→ transferir empregado significa mudar o local onde ele presta
serviço disque acarrete a mudança de domicílio (residência)
→ acarretam importantes transtornos na vida do trabalhador
→ risco de ser usada como meio de coação exercida sobre os
empregados
→ esses tipos de mudanças trazem consequências jurídicas, por
se tratar de mudança de domicílio
→ art. 69 da CLT
38
● Considera-se como transferência apenas aquela mudança de
local de trabalho
Previsão de transferência
→ Só pode acontecer se houver uma condição explícita ou
implícita no contrato de trabalho.
● A implícita está presente na função da natureza da atividade
empresarial ou da função do trabalhador.
→ Anuência do empregado, o empregado precisa concordar com a
transferência
● Independe de anuência do empregado
○ Cargos de confiança cujo necessita da real necessidade
de serviço
● Quando a transferência é provisória terá um adicional de 25%
sobre seu salário, pelo empregado precisar custear 2 casas.
● Quando houver transferências todas as despesas ficam a
encargo do empregador
Suspensão e interrupção
→ Na suspensão não há trabalho e não há salário
→ Na interrupção é o afastamento do empregado ao longo do qual
ele continua a receber seu salário normal, computando em dia de
serviço.
30/05/2023
Dissolução do contrato de trabalho
→ Caso peça demissão não tem direito de aviso prévio
→ A base jurídica é o art. 7, I CR
● lei complementar de garantia de emprego
● preverá indenização compensatória caso seja sem justa causa.
→ Ver tabela de verbas rescisórias
39
→ As dispensas não mais poderão acontecer sem justificativas para demissão do
empregado, garantindo direitos ao trabalhador
Convenção de 158 da OIT
→Proteção contra a despedida arbitrária
→Ratificada mediante decreto de promulgação, entrando em vigor dentro de 1 ano
→Posteriormente essa convenção foi denunciada (a briga é que o presidente da
época não poderia ter denunciado sem passar pelo congresso nacional, deixaram
passar esse deslize colocando a partir de agora uma obrigatoriedade de passar no
Congresso Nacional para essas ações), a qual na semana passada afastou a
aplicação da convenção 158, mantendo o regime atual, que não há uma garantia
real para os trabalhadores, mantendo garantias pontuais (dir gestante, CIPA)
● Por outro lado, a decisão prevê modulação de seus efeitos: o Presidente da
República não mais poderá, daqui em diante, suprimir por decreto a adesão
do Brasil a tratados internacionais, uma vez que isto exige aval legislativo.
● temos somente hoje as garantias pontuais
→O atual ordenamento juslaboral pátrio não dispõe hoje de uma
regulamentação geral de proteção contra despedida injustificada. Foi
suprimida a validade jurídica da Convenção no 158 da OIT no STF.
● Diante disto, de fato prevalecem na atualidade as situações especiais de
estabilidades provisórias, como óbices aos desligamentos de
empregados, como gestantes, cipeiros, dirigentes sindicais etc.
● Fora disto, é permitida a rescisão do contrato de trabalho sem justa
causa.
→ Em contraponto, o STF não concorda com a decisão, este diz que, uma vez o
Brasil tendo ratificado, sem qualquer reserva, o Pacto Internacional de Direitos
Civis e Políticos (Art. 11) e a Convenção Americana sobre Direitos
Humanos – Pacto de San José da Costa Rica (Art. 7o, 7), ambos no ano de 1992,
com o caráter especial de diplomas internacionais sobre direitos humanos, isto lhes
reserva lugar específico no ordenamento jurídico, estando abaixo da Constituição,
porém acima da legislação interna. “O status normativo supralegal dos tratados
internacionais
direitos humanos subscritos pelo Brasil, dessa forma, torna inaplicável a legislação
infraconstitucional com ele conflitante, seja ela anteriorou posterior ao ato de
ratificação.
→ Assemelha ao caso dos motoristas de caminhões, no qual fala que a
competência jurisdicional é da justiça comum, analisando um contrato comercial,
não um contrato de trabalho, então no caso dos ubers, trata-se de uma
jurisprudência do STF da justiça comum.
Modalidades de dissolução
40
1) dispensa com e sem justa causa,
2) pedido de demissão,
3) despedida indireta → falha grave em face do empregador ao empregado,
então isso seria culpa do empregador.
4) acordo individual,
5) acordo coletivo (PDV ou PDI),
6) morte do empregado,
7) extinção da empresa,
8) aposentadoria especial e
9) extinção do contrato a termo.
→ No brasil prevalece a regra na qual o empregador pode dispensar o empregado
sem justa causa, pagamento seus direitos devidos
● chamado de direito potestativo
→Na questão de compensação por débitos do trabalhador, a empresa só poderá
descontar o equivalente ao salário do empregado, não mais que isso, se for mais
que isso ele terá que entrar na justiça.
→ O empregado poderá esperar até 10 dias (após o final do aviso prévio, que pode
chegar até 90 dias → isso seria para um trabalhador com 20 anos de serviço) para
receber as verbas rescisórias e entregar toda documentação.

Mais conteúdos dessa disciplina