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122624-APOSTILA_PARA_COMANDOS_2015-2

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APOSTILA DE COMANDOS 
ELETROELETRONICOS 
 
PARTE 1: APRESENTAÇÃO DOS MOTORES ELÉTRICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
INTRODUÇÃO: 
 
Em toda atividade industrial, ações são empregadas no acionamento dos mais diversos tipos de máquinas e 
equipamentos, que podem ser classificados nos seguintes grupos: transporte de fluídos incompressíveis; 
transporte de fluídos compressíveis; processamento de materiais metálicos e não metálicos; manipulação 
de cargas; transporte de cargas e de passageiros. 
 A carga mecânica exige um dado conjugado mecânico numa dada velocidade que podem variar ao longo 
do tempo sem provocar "desconforto" mecânico. 
Da mesma forma o motor elétrico deve atender o comportamento da carga causando o menor "transtorno" 
possível ao sistema elétrico ao qual está conectado com uma preocupação de reduzir perdas para 
aumentar a eficiência do conjunto. É uma solução de compromisso. 
A escolha do motor e de seus dispositivos de partida e parada, mesmo influenciada por aspectos 
ambientais, está diretamente relacionada a carga mecânica a ser acionada e ao impacto dela no sistema 
elétrico. 
No acionamento das cargas mecânicas os conjugados resistentes e nominais precisam ser analisados para 
evitar problemas operacionais como desgaste, vibração, aquecimento. 
 
Iniciando com essas considerações e antes de analisarmos a “família” dos motores elétricos, passaremos, 
a título de revisão, ao desenvolvimento sobre alguns conceitos importantes. 
 
Bom estudo!!! 
 
Potência Elétrica – Efeito Joule – Energia Elétrica 
A potência é uma grandeza que mede a velocidade com que um trabalho é realizado. Por exemplo, quando 
halterofilistas ou um motor é usado para elevar uma carga, ele realiza um trabalho contra a ação da 
gravidade; quanto mais rápido subir essa carga, maior será a potência desenvolvida pelo motor. 
 
 
 
De um modo geral, a potencia é dada pela relação: 
t
P


 (watts = joules/segundo) 
Para o caso de uma corrente elétrica em um condutor a potência (no caso – elétrica) será o trabalho 
desenvolvido para deslocar a carga (elétrons livres) de um ponto “A” para um ponto “B”. 
 
3 
 
 
Esse deslocamento só ocorrerá se uma força (no caso diferença de potencia entre os dois pontos) agir 
sobre a carga de tal forma que o trabalho elétrico será: 
)( VBVAq  
Disto decorre que a potencia elétrica desenvolvida no sistema é: 
t
VBVAq
P
)( 

 
 
Como vimos, a intensidade de corrente representa a quantidade de carga que se desloca num meio 
condutor por unidade de tempo, isto é: 
t
q
i 
 
Assim conclui-se que: 
UiP  
 
A unidade de potencia elétrica é o watt – símbolo: W 
Em decorrência da aplicação da Lei de Ohm, 
teremos ainda as relações: 
RiP  2
 
E ainda: 
R
U
P
2
 
 
Fisicamente, o deslocamento de uma carga num condutor produz uma grande vibração entre os átomos 
que constituem o material condutor produzindo aquecimento. A energia elétrica é assim transformada em 
calor. A esse fenômeno chamamos de EFEITO JOULE. 
A quantidade de calor produzida é função da energia elétrica transformada. 
A energia elétrica é expressa pela potência convertida durante um intervalo de tempo considerado. 
 
Assim: 
tPE  unidade: watts-segundo (joules) 
 
 
4 
 
 
A quantidade de calor produzida será: 
 cmQ unidade: calorias (cal) 
Igualando-se as expressões, teremos: 
A relação que se estabelece é: 1 cal= 4,18 joules 
 
 
 cmtP24,0 
 
 
 cmtRi224,0 
 
 cmtiU24,0 
 
Todos esses conceitos fundamentais são verdadeiros para o caso da transformação da energia elétrica em 
energia térmica. 
 
Mas no caso do motor elétrico? 
 
Um Motor elétrico é uma máquina destinada a transformar energia elétrica em energia mecânica. É o mais 
usado de todos os tipos de motores, pois as vantagens da energia elétrica: baixo custo, facilidade de 
transporte, limpeza e simplicidade de comando se aliam as dos motores elétricos: construção simples, 
custo reduzido, grande versatilidade de adaptação às cargas dos mais diversos tipos e melhores 
rendimentos. 
 
A relação entre potencias é tal que: 
PperdasPmecânicaPelétrica  
cos iVPelétrica 
A razão entre a potência de saída (mecânica) e a potência de entrada (elétrica) é chamada de 
RENDIMENTO DO MOTOR. Assim: 
Pelétrica
Pmecânica
entradaP
saídaP
 
)(
)(
 
A conversão entre unidades é feita por: 
wattscv 7361  e wattsHP 7461  
Na prática os fabricantes de motores elétricos de indução consideram: 
wattsHPcv 75011  
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_el%C3%A9trica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_mec%C3%A2nica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Motor
 
5 
 
 
LEMBRETES: 
 
 
 
 
Como a potencia de entrada (útil) é elétrica e considerando um motor de Corrente Alternada (CA) podemos 
escrever: 



750
cos
)(
)(


cv
Vi
saídaP
entradaP 
Concluindo temos como calcular a corrente de um motor monofásico ou trifásico: 



cos
750
V
cv
I Monofásico
 


cos3
750
V
cv
I Trifásico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
OUTRAS GRANDEZAS CARACTERÍSTICAS DOS MOTORES DE INDUÇÃO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELAÇÕES ENTRE UNIDADES DE POTENCIA, CONJUGADO e VELOCIDADE: 
 
Quando a energia mecânica é aplicada sob a forma de movimento rotativo (na ponta do eixo do motor) a 
potencia desenvolvida (Pmec) depende do conjugado (Cn) e da velocidade de rotação (Nr). Valem as 
relações: 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
O UNIVERSO TECNOLÓGICO DOS MOTORES ELÉTRICOS: 
 
 
MOTORES MONOFÁSICOS 
 
Construtivamente, os motores monofásicos são semelhantes aos trifásicos, com a diferença de possuírem 
um único enrolamento de fase. Sua grande vantagem é a de poderem ser ligados à tensão de fase das 
redes elétricas, normalmente disponíveis em residências e pequenas propriedades rurais - ao contrário do 
que sucede com as redes trifásicas. Em contrapartida, possuem o inconveniente de serem incapazes de 
partir sem a ajuda de um circuito auxiliar, o que não ocorre com os motores trifásicos. 
Em uma comparação com motores trifásicos, os monofásicos apresentam muitas desvantagens: 
 Apresentam maiores volume e peso (em média quatro vezes) para potências e velocidades iguais; 
 Seu custo é mais elevado que os de motores trifásicos de mesma potência e velocidade; 
 Necessitam de manutenção mais apurada devido ao circuito de partida e seus acessórios; 
 Apresentam rendimento e fator de potência menor para a mesma potência; 
 
 Apresentam maior consumo de energia; 
 Possuem menor conjugado de partida; e 
 São difíceis de encontrar no comércio para potências mais elevadas (acima de 10 cv). 
 
 
9 
 
Motores monofásicos não podem partir sozinhos porque não conseguem formar o campo girante, como 
fazem os motores trifásicos. O campo pulsante sempre tem a mesma direção e não permitindo a indução de 
correntes significativas nos enrolamentos do rotor. 
Porém, se de alguma forma se puder conseguir um segundo campo com defasagem de 90° em relação à 
alimentação, se terá um sistema bifásico, com a consequente formação de um campo girante capaz de 
promover a partida, como mostra a figura abaixo. Existem várias maneiras de proporcionar esta defasagem. 
Cada uma delas corresponde a um determinado tipo de motor monofásico, como se verá nas próximas 
seções. 
É importante salientar que após atingir certa velocidade (entre 65 - 80% de sua velocidade síncrona), o 
motor pode continuar trabalhando com uma só fase. Isto quer dizer que, após acelerado, o circuito 
auxiliar de partida pode ser "desligado" sem que o motor pare. 
 
 
MOTOR MONOFÁSICO COM CAMPO DISTORCIDO 
Motor de indução monofásico com campo distorcido 
ou polos sombreados (Shaded–Pole) apresenta 
um enrolamento auxiliar curto-circuitado. 
O motor de campo distorcido se destaca entre os 
motores de indução monofásicos,por seu método 
de partida, que é o mais simples, confiável e 
econômico. 
Uma das formas construtivas mais comuns é a de 
polos salientes, sendo que 25 a 35% de cada polo é 
enlaçado por uma espira de cobre em curto circuito. 
A corrente induzida nesta espira faz com que o fluxo 
que a atravessa sofra um atraso em relação ao fluxo 
da parte não enlaçada pela mesma. 
 
 
 
http://3.bp.blogspot.com/-IDCt5h2IGac/UYGekg9ZlBI/AAAAAAAAC4I/Bwjz4Q7XBXM/s1600/ee_101-315.png
 
10 
 
O resultado disto é semelhante a um campo girante que se move na direção da parte enlaçada para a parte 
não enlaçada do polo, produzindo conjugado (torque) que fará o motor partir e atingir a rotação nominal. O 
sentido de rotação depende do lado que se situa a parte enlaçada do polo, consequentemente o motor de 
campo distorcido apresenta um único sentido de rotação. Este geralmente pode ser invertido, mudando a 
posição da ponta de eixo do rotor em relação ao estator. 
Os motores de campo distorcido apresentam baixo conjugado de partida (15 a 50% do nominal), baixo 
rendimento (35%) e baixo fator de potência (0,45). Normalmente são fabricados para pequenas potências, 
que vão de alguns milésimos de cv até o limite de 1/4cv. Pela sua simplicidade, robustez e baixo custo, são 
ideais em aplicações tais como: ventiladores, exaustores, purificadores de ambiente, unidades de 
refrigeração, secadores de roupa e de cabelo, pequenas bombas e compressores, projetores de slides, toca 
discos e aplicações domésticas. 
 
 
MOTOR MONOFÁSICO DE POLOS SALIENTES 
O motor Monofásico de polos salientes é uma variação do motor de campo distorcido, que se destaca 
entre os motores de indução monofásicos por seu processo de partida, que é o mais simples, confiável e 
econômico. Uma das formas mais comuns de motores de indução monofásicos é a de polos salientes, 
ilustrada esquematicamente na figura. 
 
Observa-se que uma parte de cada polo (em geral 25% a 35% do mesmo) é abraçada por uma espira de 
cobre em curto-circuito. 
A corrente induzida nesta espira faz com que o fluxo que a atravessa sofra um atraso em relação ao fluxo 
da parte não abraçada pela mesma. O resultado disto é semelhante a um campo girante que se move na 
direção da parte não abraçada para a parte abraçada do polo, produzindo conjugado que fará o motor partir 
e atingir a rotação nominal. 
 
http://1.bp.blogspot.com/-kgRrigeTCVA/UYGeHllQEqI/AAAAAAAAC34/J-hel5sDo9A/s1600/figure-4-11.gif
http://1.bp.blogspot.com/-kgRrigeTCVA/UYGeHllQEqI/AAAAAAAAC34/J-hel5sDo9A/s1600/figure-4-11.gif
http://4.bp.blogspot.com/-wQUKWZb60XM/UY4Lw92-5aI/AAAAAAAAC-0/8VERn1JAokc/s1600/polo+saliente.png
http://4.bp.blogspot.com/-wQUKWZb60XM/UY4Lw92-5aI/AAAAAAAAC-0/8VERn1JAokc/s1600/polo+saliente.png
 
11 
 
O sentido de rotação, portanto, depende do lado em que se situa a parte abraçada do polo. 
Consequentemente, o motor de campo distorcido apresenta um único sentido de rotação. Este geralmente 
pode ser invertido, mudando-se a posição da ponta de eixo do rotor em relação ao estator. 
Quanto ao desempenho dos motores de campo distorcido, apresentam baixo conjugado de partida (15% a 
50% do nominal), baixo rendimento e baixo fator de potência. Devido a esse fato, eles são normalmente 
fabricados para pequenas potências, que vão de alguns milésimos de cv até 1/4 cv. 
Pela sua simplicidade, robustez e baixo custo, são ideais em aplicações tais como: movimentação de ar 
(ventiladores, exaustores, purificadores de ambiente, unidades de refrigeração, secadores de roupa e de 
cabelo), pequenas bombas e compressores em aplicações domésticas. 
 
MOTOR MONOFÁSICO DE FASE DIVIDIDA 
O Motor Monofásico de Fase Dividida (Split-phase) possui um enrolamento principal e um auxiliar (para a 
partida), ambos defasados no espaço de 90 graus elétricos. O enrolamento auxiliar cria um deslocamento 
de fase que produz o conjugado necessário para a rotação inicial e a aceleração. 
 
Quando o motor atinge uma rotação próxima de 75% da velocidade nominal o enrolamento auxiliar é 
desconectado da rede através de uma chave que normalmente é atuada por uma força centrífuga. Após 
desligamento de o enrolamento auxiliar o motor continua a rodar através de em um único campo oscilante, 
o que em conjunto com a rotação do rotor, resulta em um efeito de campo rotativo. Como o enrolamento 
auxiliar é dimensionado para atuação somente na partida, seu não desligamento provocará a sua queima. 
O ângulo de defasagem que se pode obter entre as correntes do enrolamento principal e do enrolamento 
auxiliar é pequeno e, por isso, esses motores têm conjugado de partida igual ou pouco superior ao nominal, 
o que limita a sua aplicação a potências fracionárias e a cargas que exija reduzido ou moderado conjugado 
de partida. Sua aplicação encontra-se basicamente em máquinas de escritórios, ventiladores e exaustores, 
pequenos polidores, compressores herméticos, bombas centrífugas, etc. Normalmente são construídos em 
potências fracionárias que não excedem ¾ de cv. 
 
 
 
 
http://3.bp.blogspot.com/-bnwLtRVIsHI/UYy9ZwMqS4I/AAAAAAAAC9k/M8FxImyg2KA/s1600/split-phase-ac-induction-motor-b.jpg
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http://1.bp.blogspot.com/-_6ly7S5ZGsM/UY4B6kfGfSI/AAAAAAAAC98/IqIwW_TPuQo/s1600/02490.png
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12 
 
Um motor de fase dividida não tem nenhuma capacitância no circuito auxiliar. A mudança de fase em 
relação à corrente principal é conseguida por utilização de condutores muito finos para alcançar uma 
elevada resistência em relação à sua reatância indutiva. O aumento da resistência do enrolamento auxiliar 
traz como consequência o fato dele só poder ser utilizada durante a partida. 
 
Um motor de fase dividida tem o torque significativamente menores devido à redução do ângulo de fase 
entre as correntes do enrolamento principal e auxiliar. 
 
MOTOR MONOFÁSICO COM CAPACITOR PERMANENTE 
 
 
No Motor Monofásico com Capacitor Permanente (Permanent-Split Capacitor) o enrolamento auxiliar e o 
capacitor ficam permanentemente energizados. O efeito deste capacitor é o adiantamento da corrente no 
enrolamento auxiliar aumentando, com isso, o conjugado máximo, o rendimento e o fator de potência, além 
de reduzir sensivelmente o ruído. 
Construtivamente são menores e isentos de manutenção, pois não utilizam contatos e partes móveis, como 
nos motores anteriores. Porém, seu conjugado de partida normalmente é inferior ao do motor de fase 
dividida (50% a 100% do conjugado nominal), o que limita sua aplicação a equipamentos que não 
requeiram elevado conjugado de partida, tais como: máquinas de escritório, ventiladores, exaustores, 
sopradores, bombas centrífugas, esmeris, pequenas serras, furadeiras, condicionadores de ar, 
pulverizadores, etc. São fabricados normalmente para potências de 1/50 a 1,5 cv. 
 
 
 
No gráfico há características do conjugado x velocidade. O baixo torque de partida ocorre pois o capacitor 
não está dimensionado para proporcionar o equilíbrio na partida, mas para condições de rotação nominal. 
Eliminando o interruptor centrífugo pode reduzir significativamente o custo de fabricação. 
 
 
 
http://2.bp.blogspot.com/-aCt1sVG3bWQ/UY4IcR7O-aI/AAAAAAAAC-k/yzvbswVHGQs/s1600/split_trq.jpg
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http://2.bp.blogspot.com/-1WjgokM59Tc/UY4GfvBZPaI/AAAAAAAAC-Q/XLyEIVHME2o/s1600/psc.gif
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http://4.bp.blogspot.com/-_2JiXX44gOA/UY4G_wOgGvI/AAAAAAAAC-Y/ugyEbPowU84/s1600/psc_trq.jpg
 
13 
 
MOTOR MONOFÁSICO COM CAPACITOR DE PARTIDA 
O Motor Monofásico com Capacitor de Partida é semelhante ao de fase dividida. A principal diferença reside 
na inclusão de um capacitor eletrolítico em série com o enrolamento auxiliar departida. 
 
O capacitor permite um maior ângulo de defasagem entre as 
correntes dos enrolamentos principal e auxiliar, 
proporcionando assim elevados conjugados de partida. 
Como no motor de fase dividida, o circuito auxiliar é 
desconectado quando o motor atinge entre 75% a 80% da 
velocidade síncrona. Neste intervalo de velocidades, o 
enrolamento principal sozinho desenvolve quase o mesmo 
conjugado que os enrolamentos combinados. Para 
velocidades maiores, entre 80% e 90% da velocidade 
síncrona, a curva de conjugado com os enrolamentos 
combinados cruza a curva de conjugado do enrolamento 
principal de maneira que, para velocidades acima deste 
ponto, o motor desenvolve menor conjugado, para qualquer 
escorregamento, com o circuito auxiliar ligado do que sem 
ele. 
 
Devido ao fato de o cruzamento das curvas não ocorrer 
sempre no mesmo ponto e, ainda, o interruptor centrífugo 
não abrir sempre na mesma velocidade, é prática comum 
fazer com que a abertura aconteça, na média, um pouco 
antes do cruzamento das curvas. Após o desligamento do 
circuito auxiliar, o seu funcionamento é idêntico ao do motor 
de fase dividida. 
Com o seu elevado conjugado de partida (entre 200% e 
350% do conjugado nominal), o motor de capacitor de 
partida pode ser utilizado em uma grande variedade de 
aplicações e é fabricado em potências que vão de 1/4 cv a 
1,5 cv. 
 
 
 
MOTOR MONOFÁSICO COM DOIS CAPACITORES 
O Motor monofásico com dois Capacitores é uma "mistura" 
dos 2 anteriores: possui um capacitor de partida, desligado 
através de chave centrífuga quando o motor atinge cerca de 
80% de sua rotação síncrona, e um outro que se encontra 
permanente mente ligado. 
Com isso, possui todas as vantagens daqueles motores: alto 
conjugado de partida, alta eficiência e fator de potência 
elevado. No entanto seu custo é elevado e só é fabricado 
para potências superiores a 1 cv. 
O motor com dois capacitores (Two Value Capacitor) é um 
motor que utiliza as vantagens dos dois anteriores: arranque 
como o do motor de capacitor de partida e funcionamento 
em regime idêntico ao do motor de capacitor permanente. 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
O MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO 
Os Motores de Indução Trifásicos são compostos basicamente de duas partes: um estator e um rotor. O 
estator constitui a parte estática de um motor e o rotor sua parte móvel. 
O motor de indução é o motor de construção mais simples. O estator e rotor são montados solidários, com 
um eixo comum aos “anéis” que os compõem. A aplicação de uma tensão nos enrolamentos do estator irá 
fazer com que apareça uma tensão nos enrolamentos do rotor. Assim o estator pode ser considerado como 
o primário de um transformador e o rotor como seu secundário. O espaço entre o estator e o rotor é 
denominado entreferro. Os enrolamentos, ou bobinas, são em número de três. Estas bobinas, alojadas nas 
ranhuras do estator, podem ser ligadas em estrela ou triângulo. No rotor os enrolamentos, dispostos 
longitudinalmente a seu eixo, podem ser realizados de duas maneiras, o que dá origem a dois tipos de rotor: 
rotor gaiola de esquilo e rotor bobinado. 
O estator é composto de chapas finas de aço magnético tratado termicamente, isto é feito para reduzir as 
perdas por histerese e por correntes parasitas. Estas chapas têm o formato de um anel com ranhuras 
internas (vista frontal) de tal maneira que possam ser alojados enrolamentos (bobinas do estator) que irão 
criar um campo magnético no estator. 
O rotor, composto de chapas finas de aço magnético tratado termicamente como no estator, tem também o 
formato de um anel (vista frontal), com os enrolamentos alojados longitudinalmente. 
EESSTTAATTOORR (( PPaarrttee ffiixxaa)) 
Carcaça; 
Núcleo de Chapas; 
Enrolamento Trifásico. 
 
 
 
RROOTTOORR (( PPaarrttee ggiirraannttee)) 
Gaiola de Esquilo 
ou 
Rotor em curto-circuito; 
 
 
 
Rotor bobinado 
 
 
 
15 
 
 
O funcionamento de um motor de indução trifásico baseia-se no princípio do acoplamento eletromagnético 
entre o estator e o rotor, pois há uma interação eletromagnética entre o campo girante do estator e as 
correntes induzidas nas barras do rotor, quando estas são cortadas pelo campo girante. 
O campo girante é criado devido aos enrolamentos de cada fase ficarem espaçados entre si de 120º. Sendo 
que ao alimentar os enrolamentos com um sistema trifásico, as correntes I1, I2 e I3 originarão seus 
respectivos campos magnéticos H1, H2 e H3, também, espaçados entre si 120°. 
 
 
 
Além disso, como os campos são proporcionais às respectivas correntes, serão defasados no tempo, 
também de 120° entre si. A soma vetorial dos três campos H1, H2 e H3, será igual ao campo total H 
resultante. 
A composição do campo gerado pela corrente induzida no rotor com o campo girante do estator resulta em 
uma força de origem magnética que gera um conjugado no eixo do motor, tendendo a fazer o rotor girar no 
sentido do campo girante. Se o conjugado é suficiente para vencer o conjugado resistente aplicado sobre o 
eixo, o rotor começa a girar. A energia elétrica fornecida ao estator pela rede é transformada em energia 
mecânica através do eixo do motor. 
 
MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO COM ROTOR GAIOLA DE ESQUILO 
 
O motor de indução trifásico com rotor em 
gaiola de esquilo é constituído por um 
núcleo de chapas ferromagnéticas, 
isoladas entre si, sobre o qual são 
colocadas barras de alumínio (condutores), 
dispostas paralelamente entre si e unidas 
nas suas extremidades por dois anéis 
condutores, também em alumínio, que 
provocam um curto-circuito nos 
condutores. 
O estator do motor é também constituído 
por um núcleo ferromagnético laminado, 
nas cavas (ranhuras) do qual são 
colocados os enrolamentos alimentados 
pela rede de corrente alternada trifásica. A 
vantagem desse rotor é que resulta em 
uma construção do induzido mais rápida, 
mais pratica e mais barata. Trata-se de um 
motor robusto, barato, de rápida produção, 
que não exige coletor (elemento sensível e 
caro) e de rápida ligação na rede. 
 
 
 
http://1.bp.blogspot.com/-phi6oYrBT-g/UcnJZDYdo1I/AAAAAAAADlc/EoaIdbnw9sc/s1600/fases.png
http://2.bp.blogspot.com/-9OmVULtcCVo/UcnOEtJX-mI/AAAAAAAADls/S4S5sXVogr0/s1600/ABAAAA82gAA-89.jpg
 
16 
 
As barras condutoras da gaiola esquilo são colocadas geralmente com uma certa inclinação para evitar as 
trepidações e ruídos pela ação eletromagnéticas entre os dentes das cavas do estator e do rotor. A principal 
desvantagem é que o torque de partida é reduzido em relação à corrente absorvida pelo estator. 
Ligações do motor trifásico 
Motor de 6 terminais - São fabricados para operar com 2 tensões relacionadas por 1,73, usualmente 220-
380 V ou 380-660 V. Na tensão mais baixa serão ligados em triângulo e na mais alta em estrela. 
 
 
 
 
 
 
 
Motor de indução trifásico de 6 terminais na ligação 
Triângulo - 220 VAC 
Motor de indução trifásico de 6 terminais na ligação 
Estrela - 380 VAC 
 
Motor de 9 terminais - Podem ser ligados em tensões relacionadas por 2, como 220-440 V ou 230-460 V. 
Na tensão mais baixa os enrolamentos são ligados em paralelo (yy - estrela paralela) e na tensão mais alta 
são conectados em série (Y - estrela série). 
Motor de 12 terminais - Havendo 12 terminais disponíveis, é possível a ligação em 4 tensões diferentes, 
usualmente 220-380-440-760 V. Estes doze terminais de interligação referem-se a seis conjuntos de 
bobinas que constituem o motor elétrico. Para cada nível de tensão requerido teremos uma forma de 
realizar o fechamento de suas bobinas. 
São basicamente quatro tipos de fechamento, são eles: 
1 - Duplo Triângulo (220V); 2 - Dupla Estrela (380V); 3 - Triângulo (440V) e 4 - Estrela (760V). 
Fechamento Duplo Triângulo - Este tipo de fechamento fará com que seja possível a conexão motor na 
menor tensão suportada por ele, em nosso exemplo 220V. Partindo do pressuposto que independente da 
tensão de alimentação, o motor de 12 pontas sempre receberá em seus Enrolamentoso mesmo nível de 
tensão e que em nosso exemplo, cada bobina permanecerá com 220V, temos o esquema elétrico de um 
fechamento para a tensão de 220V que por sinal é a menor tensão que este motor suporta. Tendo em vista 
que este fechamento assemelha-se com um circuito paralelo, o fechamento duplo triângulo ao ser 
conectado a rede de alimentação de 220V recebe em cada uma de suas bobinas os mesmos 220V da rede 
elétrica. 
 
 
 
 
 
Motor de indução trifásico de 12 pontas na ligação 
Duplo Triângulo 220 V 
Motor de indução trifásico de 12 pontas na ligação 
Dupla Estrela 380 V. 
 
http://4.bp.blogspot.com/-UeSgu8okkoQ/UcsRX-twi-I/AAAAAAAADmo/zmyBVslfHw0/s1600/%60Fechamento+Triangulo.png
http://4.bp.blogspot.com/-UeSgu8okkoQ/UcsRX-twi-I/AAAAAAAADmo/zmyBVslfHw0/s1600/%60Fechamento+Triangulo.png
http://2.bp.blogspot.com/-V-9mUr_Uzig/UcsRebH_gpI/AAAAAAAADmw/TkuEX7oFYPQ/s1600/%60Fechamento+Estrela.png
http://2.bp.blogspot.com/-V-9mUr_Uzig/UcsRebH_gpI/AAAAAAAADmw/TkuEX7oFYPQ/s1600/%60Fechamento+Estrela.png
http://2.bp.blogspot.com/-QVhAjO1iWLU/UcsZ52HxwGI/AAAAAAAADnY/qLmsnyaEt6k/s1600/duplo-triangulo.jpg
http://4.bp.blogspot.com/-S4ezzMdL20M/UcsaU2WrFcI/AAAAAAAADng/ywmzisNxct0/s1600/duplo-estrela.jpg
 
17 
 
 
Fechamento Dupla Estrela - Neste fechamento temos a disposição das bobinas do motor a fim de 
alimentá-lo com uma tensão de 380V. Por se tratar do mesmo motor, temos que levar em consideração que 
cada bobina do motor elétrico trifásico receberá um nível de tensão de 220V, desta maneira vamos realizar 
o fechamento considerando as características de Tensão de Fase e Tensão de Linha aplicado aos seu 
enrolamentos,observe: Com a Tensão de Linha de380V representadas em R, S e T temos, respectivamente, 
as Tensões de Fase de 220V em cada uma das bobinas, sendo que este tipo de fechamento “comporta-se” 
como um circuito em série, logo, existe a divisão de tensão entre os conjuntos de bobinas associados. 
Fechamento Triângulo - Quando a necessidade é interligar o motor a uma tensão de 440V, então 
realizamos o fechamento triângulo. Levando em consideração as características apresentadas 
anteriormente, permitiremos através deste fechamento que cada um dos enrolamentos receba o mesmo 
nível de tensão dos fechamentos duplo estrela e duplo triângulo, ou seja, 220V. Veja que no fechamento em 
triângulo o motor será configurado a fim de receber a tensão de 440V, observe que, teoricamente a tensão 
de fase seria de 440V mas o fato de associarmos os enrolamentos em série permite que esta tensão seja 
dividida entre os dois enrolamentos fazendo com que cada um receba 220V. 
 
 
Motor de indução trifásico de 12 pontas na ligação 
Triângulo Série 440 V. 
Motor de indução trifásico de 12 pontas na ligação 
Estrela Série 
 
Fechamento Estrela - Quando há necessidade de interligar o motor de 12 pontas em um nível elevado de 
tensão fazemos o uso do fechamento estrela para o motor de 12 pontas. Levando em consideração as 
características apresentadas anteriormente, permitiremos através deste fechamento que cada um dos 
enrolamentos receba o mesmo nível de tensão dos fechamentos duplo estrela e duplo triângulo, ou seja, 
220V. Observe que os conjuntos de bobinas são associados em série a fim de garantir a distribuição da 
tensão de fase de forma proporcional a cada uma. Sendo a tensão de Linha (Alimentação ) de 760V 
podemos deduzir que a tensão de fase será de 440V. 
 
Para inverter o sentido de rotação de um motor trifásico, basta que se troquem duas fases da 
alimentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://2.bp.blogspot.com/-q8_jkUvTqZg/UcsUZpqJrrI/AAAAAAAADnA/Rt1OqpvHCS8/s1600/tri%C3%A2ngulo.png
http://2.bp.blogspot.com/-q8_jkUvTqZg/UcsUZpqJrrI/AAAAAAAADnA/Rt1OqpvHCS8/s1600/tri%C3%A2ngulo.png
http://1.bp.blogspot.com/-BmnB68VSIMg/UcsUvIoncQI/AAAAAAAADnI/GFmlTd-LS7Q/s1600/estrela+(1).png
http://1.bp.blogspot.com/-BmnB68VSIMg/UcsUvIoncQI/AAAAAAAADnI/GFmlTd-LS7Q/s1600/estrela+(1).png
 
18 
 
 
MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO COM ROTOR BOBINADO 
 
O Motor de Indução Trifásico com rotor bobinado difere do motor de rotor em gaiola de esquilo apenas 
quanto ao rotor, constituído por um núcleo ferromagnético laminado sobre o qual são alojadas as espiras 
que constituem o enrolamento trifásico, geralmente em estrela. 
 
Os três terminais livres de cada uma das bobinas do enrolamento trifásico são ligados a três anéis de 
deslizamento de escovas colocados no eixo do rotor e por meio de escovas de grafite estacionadas no 
estator. 
Esses três anéis são ligados exteriormente a um reostato de partida constituído por três resistências 
variáveis, ligadas também em estrela. Desse modo, os enrolamentos do rotor também ficam em circuito 
fechado. 
 
A função do reostato de partida, ligado aos enrolamentos do rotor, é reduzir as correntes de partida 
elevadas, no caso de motores de elevada potência. A medida que o motor ganha velocidade, as 
resistências são, progressivamente, retiradas do circuito até ficarem curto-circuitadas (retiradas), quando o 
motor passa a funcionar no seu regime nominal. 
O motor de rotor bobinado também funciona com os elementos do rotor em curto-circuito (tal como o motor 
de rotor em gaiola de esquilo), quando atinge o seu regime nominal. 
O motor de indução de rotor bobinado substitui o de rotor em gaiola de esquilo em potências muito elevadas 
devido ao abaixamento da corrente de partida permitido pela configuração do rotor. Os motores de indução 
de rotores bobinados são muito empregados quando se necessita de partida a tensão plena de armadura, 
com grande conjugado de partida e corrente de linha moderada na partida. 
http://2.bp.blogspot.com/-oxamF0D_1nA/UcnPSrSQvKI/AAAAAAAADl4/o0tpDK3m1pc/s1600/rotorbobinado.gif
http://2.bp.blogspot.com/-oxamF0D_1nA/UcnPSrSQvKI/AAAAAAAADl4/o0tpDK3m1pc/s1600/rotorbobinado.gif
http://1.bp.blogspot.com/-dfwfXWpUg6M/UcsflLCvVEI/AAAAAAAADnw/0sklLa_5PI4/s1600/preview006.png
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19 
 
Por intermédio do dimensionamento, os resistores do reostato fazem o motor trabalhar com escorregamento 
muito maior que o convencional (> 5%), fazendo com que se consiga um conjugado de partida maior. 
Esse tipo de motor pode ser usado também em máquinas que necessitam de controle de rotação, pois, 
conforme se retira ou insere resistência ao rotor, sua velocidade varia. 
Nesta situação deve-se compensar a carga no motor para evitar o sobreaquecimento, já que a 
autorefrigeração diminui. 
O valor das resistências de partida, bem como suas potências, deve ser dimensionado especificamente 
para cada motor conforme as necessidades de torque na partida. Na placa de identificação do motor 
podemos obter os valores da tensão e da corrente do rotor, que servirão de bases para cálculos. 
O comando dos circuitos para a instalação desses motores deve ser projetado para que o motor não dê 
partida se as resistências não estiverem na posição exata (máxima resistência), para evitar o uso incorreto. 
Estes motores são mais caros que os de rotor em curto, e exigem maiores cuidados de manutenção. 
Os inversores de frequência e as chaves soft-starters utilizadas na partida e controle de motores com 
rotor gaiola de esquilo têm substituído esses motores com grande vantagem tomando o mercado deles. 
 
MOTOR DAHLANDER 
O Motor de indução Dahlander proporciona velocidades 
diferentes em um mesmo eixo. Na grande maioria, são para 
apenas um valor de tensão, pois as religações disponíveis 
geralmente permitem apenas a troca das velocidades. A 
potência e a corrente para cada rotação são diferentes. 
Este motor é construído assim com um enrolamento especial 
que pode receber dois fechamentos diferentes, de forma a 
alterar a quantidade de polos, proporcionando, assim, duas 
velocidades distintas, mas sempre com relação 1:2. 
Exemplos: 4/2 pólos (1800/3600 rpm); 8/4 (900/1800 rpm). 
A ligação Dahlander permite uma relação de pólos de 1:2 o 
que corresponde a mesmarelação de velocidade. Quando a 
quantidade de pólos é maior a velocidade é mais baixa, 
quando é menor a velocidade é mais alta. 
Isso decorre das Relações aplicada a determinação da 
velocidade do motor que relembramos abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
DADOS DE PLACA DOS MOTORES ELÉTRICOS 
 
 
 
1. kW- POTÊNCIA NOMINAL é a potência mecânica obtida em seu eixo quando opera com as 
características nominais. 
 
 
 
 
 
2. F.S- FATOR DE SERVIÇO determina a sobrecarga admissível pelo motor 
Ps = Pn . FS 
3. ISOL.- CLASSE DE ISOLAMENTO, informa a sobre elevação de temperatura admissível 
 
CLASSE DE ISOLAMENTO A E B F H 
TEMPERATURA º C 105 120 130 155 180 
 
4. COD- LETRA CÓDIGO serve para cálculo da corrente de partida 
 
 
 
 
21 
 
 
Ip/In = X 
 
 
 
5. REG- REGIME DE SERVIÇO indica o comportamento do motor quando sujeito a carga. 
 
 
S1: Regime continuo 
Funcionamento a carga constante de duração suficiente para 
que se alcance o equilíbrio térmico. Exemplos: Moinhos, 
britadores, bombas, compressores, esteira transportadoras. 
Todas as cargas que permanecem com rotação constante e sem 
grande variação de carga após a partida. 
 
S2: Regime de tempo limitado 
Funcionamento a carga constante, durante certo 
tempo, inferior ao necessário para atingir o equilíbrio 
térmico, seguido de um período de repouso de duração 
suficiente para restabelecer a igualdade de temperatura 
com o meio refrigerante. Exemplos: Motores de 
emergência, Unidades Hidráulicas, Bombas de incêndio. 
 
 
S3: Regime intermitente periódico 
Sequencia de ciclos idênticos, cada qual incluindo um 
período de funcionamento a carga constante e um 
período de repouso, sendo tais períodos muito curtos 
para que se atinja o equilíbrio térmico durante um ciclo 
de regime e no qual a corrente de partida não afete de 
modo significativo a elevação de temperatura. 
Exemplos: Compressores, bombas... 
 
S4: Regime intermitente periódico com partidas 
S5: Regime intermitente periódico com frenagem elétrica 
Sequencia de ciclos de regime idênticos, cada qual consistindo 
de um período de partida, um período de funcionamento a 
carga constante e um período de repouso, sendo tais períodos 
muito curtos, para que se atinja o equilíbrio térmico. 
Exemplos Regimes de serviço S4 e S5: Ponte rolante, 
guindastes, hilos 
 
 
 
22 
 
 
 
S6: Regime de funcionamento contínuo com carga 
intermitente 
 
Sequência de ciclos de regime idênticos, cada qual 
consistindo de um período de funcionamento a carga 
constante e de um período de funcionamento em vazio, 
não existindo período de repouso. 
Exemplos: Laminadores, Picadores, Misturadores, 
Centrífugas. 
 
S7: Regime de funcionamento contínuo com frenagem 
elétrica 
Sequência de ciclos de regime idênticos, cada qual consistindo 
de um período de partida, de um período de funcionamento a 
carga constante e um período de frenagem elétrica, não 
existindo o período de repouso. 
Exemplos: Laminadores, Tesouras... 
 
 
 
 
 
S8: Regime de funcionamento contínuo com mudança periódica na relação carga/velocidade 
Sequência de ciclos de regimes idênticos, cada ciclo consistindo de um período de partida e um período de funcionamento 
a carga constante, correspondendo a uma velocidade de rotação pré-determinada, seguidos de um ou mais períodos de 
funcionamento a outras cargas constantes, correspondentes a diferentes rotações. Não existe período de repouso. 
Exemplos de carga: Laminadores, bobinadeiras, desbobinadeiras. 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
6. CAT- CATEGORIA, indica as características do conjugado em relação a velocidade e corrente de 
partida. 
 
CATEGORIA CONJUGADO C/ROTOR BLOQUEADO CORRENTE C/ROTOR BLOQUEADO ESCORREGAMENTO 
N (NORMAL) NORMAL NORMAL BAIXO 
H (HIGHT) ALTO NORMAL BAIXO 
D (DOUBLE) ALTO NORMAL ALTO (> 5%) 
 
 
7. IP- GRAU DE PROTEÇÃO indica a proteção contra a penetração de corpos sólidos e líquidos 
Ex. IP- 54 
 
1º- Proteção contra corpos sólidos (5- proteção à penetração de poeira) 
2º- Proteção contra corpos líquidos ( 4- proteção à penetração de respingos) 
 
IP 
USUAIS (ABNT) 
11 12 13 21 22 23 Motores abertos 
44 54 55 Motores fechados 
 
 
ESQUEMAS DE LIGAÇÕES 
 
MOTORES MONOFÁSICOS DE 6 TERMINAIS Ligação em rede monofásica de 110 V 
 
Ligação em rede monofásica de 220 V 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
ACIONAMENTO E PROTEÇÃO DO MOTOR 
 
PARTIDA DE MOTORES TRIFASICOS. 
 
Os motores absorvem da rede uma corrente maior que a nominal no momento de partida. Esse fato pode 
levar a flutuações inadmissíveis na própria rede e no circuito do motor, que a concessionária de energia 
limita, para não prejudicar outros consumidores. 
 
Então, reportando-nos a norma NBR 5410/2005 no seu item 6.5.1 – Motores – temos: 
 
Motores elétricos 
Generalidades 
As prescrições desta subseção tratam especificamente de circuitos que alimentam motores em aplicações industriais e 
similares normais. São consideradas aplicações industriais e similares normais aquelas que envolvem motores de indução 
com rotor de gaiola, cuja potência nominal unitária não seja superior a 150 kW, operado em regime S1. Excluíram-se as 
aplicações de motores com potência não superior a 1,5 kW que acionem aparelhos eletrodomésticos e eletroprofissionais. 
Assume-se que as características dos motores, bem como do regime S1, são aquelas definidas em Normas. 
Limitação das perturbações devidas à partida de motores 
- Para evitar perturbações que comprometam a rede de distribuição, a própria instalação e o funcionamento das demais 
cargas por ela alimentadas, devem ser observados: 
a) as restrições impostas pela empresa distribuidora de energia elétrica quanto à partida de motores; 
NOTA – Para partida direta de motores com potência acima de 3,7 kW (5 CV), em instalações alimentadas 
diretamente pela rede de distribuição pública em baixa tensão, deve ser consultada a empresa 
distribuidora local. 
b) os limites de queda de tensão nos demais pontos de utilização, durante a partida do motor, conforme 
estabelecido em 6.2.7.1. 
Para satisfazer os requisitos estabelecidos pela Norma como está descrito acima, geralmente é necessário 
empregar dispositivos que limitem a corrente de partida do motor. 
- Em instalações contendo diversos motores, deve-se considerar a possibilidade de partida 
simultânea de dois ou mais motores. 
Por outro lado, as cargas motoras em corrente alternada, são identificadas conforme o quadro abaixo: 
 
 
 
25 
 
 
A primeira sigla AC-2 é aplicada a motores de indução trifásicos com rotor bobinado ou anel. A segunda 
AC-3 é aplicada a motores de indução trifásicos com rotor tipo gaiola de esquilo. Esses últimos são a 
grande maioria dos motores encontrados nas indústrias por serem mais robustos e mais baratos (não 
necessariamente melhores). 
Outro fator que hoje precisa ser observado é o rendimento do motor: Devemos dar preferência a motores de 
alto rendimento, com perdas reduzidas. 
Além disso, os requisitos da proteção dos circuitos dos motores devem ser mais rigorosos quanto a 
sobrecorrentes (sobrecarga e curto-circuito) e solicitações térmicas decorrentes delas. 
Aplicando-se a todos eles, a IEC 60947 faz recomendações de coordenação de proteção, e que assim se 
definem: 
1. Um dispositivo de partida, além de atender a capacidade de carga (p.ex. motor trifásico, AC-3) é 
orientado por norma obedecer a determinados resultados quando sujeito a anormalidades de pior 
caso, ou seja, um curto-circuito pleno. 
2. Um curto-circuito pleno é dado como uma fatalidade. A experiência tem demonstrado que um curto-
circuito de ordem prática é de menos de 50% do pleno (pior caso). Desta forma, a escolha da 
coordenação de proteção deve considerar as condições práticas de probabilidade do curto-circuito e as 
exigências de serviço da instalação. 
Pela IEC 60947 a coordenação de proteção é dividida em tipo 1 e tipo 2, que assim se definem: 
• Coordenação tipo 1. 
Sem risco paraas pessoas e instalações, ou seja, desligamento seguro da corrente de curto-circuito. 
Porém, o dispositivo de partida não estará em condições de continuar funcionando após o 
desligamento, permitindo danos ao contator e ao relé de sobrecarga. 
 
• Coordenação tipo 2. 
Sem riscos para as pessoas e instalações, ou seja, desligamento seguro da corrente de curto-
circuito. Não pode haver danos ao relé de sobrecarga ou em outras partes com exceção de leve 
fusão dos contatos do contator e estes permitam fácil separação sem deformação significativa. 
Tais correntes são como referência prática da ordem plena de IK = 50 kA como corrente presumida 
de curto-circuito. 
Pela própria definição, é bem mais seguro o uso da coordenação tipo 2, conforme visto 
linhas atrás. A solução, porém é de custo mais elevado. 
 
Pela IEC 60 947, são definidos os seguintes valores de corrente de curto-circuito prático, em kA: 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO 
 
Os dispositivos Fusíveis, Disjuntor-Motor e Relé de Sobrecarga são dispositivos de proteção enquanto que 
os contatores são dispositivos de comando sendo definido como uma chave de operação não manual, 
eletromagnética, com uma única posição de repouso, capaz de estabelecer, conduzir e interromper 
correntes em condições normais do circuito. 
 
Todos esses dispositivos passam a ser objeto do nosso estudo a partir de agora. 
 
OS FUSÍVEIS: 
 
Um fusível é um dispositivo de proteção contra sobrecorrente (elevação da intensidade de corrente elétrica 
devido a um curto-circuito ou uma sobrecarga) utilizados em circuitos. Consiste de um filamento ou lâmina 
de um metal ou liga metálica de baixo ponto de fusão que se funde, por efeito Joule. 
 
Os fusíveis utilizados na proteção de motores são os Diazed (tipo D) e NH. 
 
 
 
 
Partes componentes 
 
 
 
 
In (A) 
DII - 2 a 25 
DIII - 35 a 63 
 
 
 
TAMANHOS In (A) 
 
DII 
2 
4 
6 
10 
16 
20 
25 
DIII 
35 
50 
63 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Corrente_el%C3%A9trica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Curto-circuito
http://pt.wikipedia.org/wiki/Metal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Liga_met%C3%A1lica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ponto_de_fus%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_Joule
 
27 
 
 
FUSÍVEIS TIPO NH 
 
 
TAMANHO BASE-
FUSIVEL 
NH00 
In 
(A) 
TAMANHO BASE-
FUSIVEL 
NH1 
 
In (A) 
TAMANHO BASE-
FUSIVEL 
NH2 
In 
(A) 
TAMANHO BASE-
FUSIVEL 
NH3 
In 
(A) 
 
4 
 
 50 
 
125 
 
315 
6 63 160 355 
10 80 200 400 
16 100 224 425 
20 125 259 500 
25 160 300 
630 
35 200 315 
50 224 355 
63 
250 400 
80 
100 
125 
160 
 
FUSÍVEL NH – BASE NH00 
CLASSIFICAÇÃO DOS FUSÍVEIS: 
 
1. Quanto à faixa de interrupção e categoria de utilização 
 
As duas letras existentes no corpo isolante dos fusíveis 
indicam respectivamente: 
 
 a minúscula sua faixa de interrupção e, 
 a maiúscula sua categoria de utilização. 
 
2. Conforme a característica de desligamento (velocidade ou 
resposta de operação): 
 Ultra-rápido, 
 Rápido 
 retardado 
 
 
 
 
 
A faixa de interrupção pode ser total, para todas as correntes que fundem o elo fusível até sua capacidade 
de interrupção nominal ou faixa de interrupção parcial, para todas as correntes entre um valor prefixado 
(superior a nominal) e capacidade de interrupção nominal. 
 
Faixa de interrupção Categoria de utilização 
g→ toda faixa 
a→faixa parcial 
L→proteção de cabos e 
linhas 
M→proteção de motores 
G→proteção de linha, uso 
geral 
R→proteção de semicondutores 
B→instalações em condições 
pesadas 
Tipos mais comuns para instalações de BT: gL, gG, gM e aM 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
DISJUNTORES DE BAIXA TENSÃO: 
 
1. Definições sobre Disjuntores de Baixa Tensão: 
São dispositivos de comando e proteção dos circuitos elétricos, que sujeitos a sobrecorrentes desligam-se 
automaticamente. Usam a ação térmica (causada por um bimetal) ou eletromagnética (causada por uma 
bobina) para desligar com corrente de sobrecarga ou de curto circuito, respectivamente. Por isso são 
chamados de termomagnéticos 
 
1.1. Outras Definições sobre Disjuntores de Baixa Tensão: 
1. Disjuntor: Equipamento de proteção que permite a passagem de corrente elétrica dentro do 
limite de normalidade do circuito (até a corrente nominal do disjuntor), e interrompe o mesmo 
caso haja uma sobrecorrente no circuito que possa vir a danificar os seus componentes 
(sobrecarga ou curto-circuito); 
2. NBR-IEC-60898: Norma Brasileira, baseada na norma internacional IEC-60898, que especifica 
o uso e aplicação de disjuntores para instalações residenciais ou análogas (até 440 V – 125 A) 
que podem ser operadas por pessoas não advertidas (minidisjuntores); 
3. NBR-IEC-60947-2: Norma Brasileira, baseada na norma internacional IEC-60947-2, que 
especifica o uso e aplicação de disjuntores para instalações em geral de baixa tensão em 
qualquer corrente (disjuntor caixa moldada ou aberto); 
4. Corrente Nominal (In): Máxima corrente que pode circular pelo disjuntor em regime 
permanente a 30°C, sem provocar a sua atuação ou danos ao mesmo; 
5. Tensão Nominal de Emprego (Ue): Tensão do disjuntor para uso, mantendo as 
características especificadas nos dados de placa (podem existir varias Ues); 
6. Tensão de Isolação (Ui): Máxima tensão que pode ser aplicada ao disjuntor sem que este 
altere suas características (maior valor de Ue); 
7. Corrente de Sobrecarga (Ir): Sobrecorrente oriunda do acréscimo de carga no circuito, ou de 
um defeito no circuito (não provoca a interrupção do funcionamento do dispositivo a ser 
protegido), normalmente está contida na faixa de 1,1 a 10 vezes a corrente nominal; 
8. Corrente de Curto-Circuito (Ik): Sobrecorrente originária de uma falha no circuito (o 
dispositivo a ser protegido, deixa de funcionar), normalmente está contida na faixa que vai de 3 
a 20 vezes a corrente nominal; 
9. Capacidade de Interrupção Nominal (Icn): Capacidade máxima de interrupção do disjuntor 
(máxima corrente que ele consegue suportar) estabelecida pela NBR-IEC-60898 (Icn = Icu) – 
1,5; 3; 4,5; 6; 10; 15; 20 e 25 kA; 
10. Capacidade Limite de Interrupção (Icu): Capacidade máxima de interrupção do disjuntor 
(máxima corrente que ele consegue suportar) estabelecida pela NBR-IEC-60947-2 
Obs.: Icn ou Icu > Ik (presumido). 
11. Capacidade de Interrupção em Serviço (Ics): Capacidade de interrupção do disjuntor para 
garantir, no mínimo, três atuações sucessivas com essa corrente, sem modificar as suas 
características mecânicas e elétricas (desempenho do disjuntor); 
Obs.: Ics > Ik (provável). 
 
 
2. Conceitos Básicos 
 
A Certificação de Disjuntores é obrigatória a todos os fabricantes de Disjuntores Residenciais até 63ª e no 
Brasil deve ser feita através do INMETRO. 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
Normas: 
 
NBR NM 60898: 
Disjuntores 
Residenciais 
 
NBR IEC 60947-2 - 
Disjuntores 
Industriais e 
Comerciais 
 
Portaria 35/2005 - 
Ministério do 
Desenv. da 
Indústria e 
Comércio Exterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Partes Componentes 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Número de pólos: 
 
Tripolar, bipolar e unipolar; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
5. Instalação do disjuntor 
 
 
 
 
 
 
6. Curvas característica de atuação tempo-corrente para Disjuntores Termomagnéticos: 
 
 
nng 
 
 
Curva de atuação 
Curva B 
>3 a 5 x In, inclusive. 
Aplicação em: circuitos resistivos; cabos muito longos 
Curva C 
> 5 a 10 x In, inclusive. 
Aplicação em: iluminação fluorescente; tomadas de corrente; aplicações gerais 
Curva D 
> 10 a 20 x In, inclusive. 
Aplicação em: circuitos de forte chamada de corrente; motores; transformadores 
 
DIMENSIONAMENTO DE DISJUNTORES (DTM’s) 
Pela norma NBR-5410, deve atender as seguintes condições: 
 a) Ib ≤ In ≤ Iz e b) I2 ≤ 1,45 Iz 
 
 
 
 
33 
 
 
DISJUNTOR-MOTOR 
 
São disjuntores para a proteção de circuitos de motores que apresentam as seguintes característicasgerais: 
 Proteção contra curtos-circuitos específica para circuitos de motores; 
 Disparo magnético: 
o Fixo e calibrado em aproximadamente 12xIn para correntes nominais até 150A; 
o Ajustável entre aproximadamente de 7 a 15 In para correntes nominais superiores a 150A; 
o Alta capacidade de interrupção; 
o Proteção contra sobrecargas do motor, realizada por relé térmico independente. 
 
O disjuntor-motor MPW25 é uma solução compacta para proteção do circuito 
elétrico e partida/proteção de motores até 15cv,380V/440V. 
Possui alta capacidade de interrupção, permitindo sua utilização mesmo em 
instalações com elevado nível de correntes de curto-circuito. 
Assegura total proteção ao circuito elétrico e ao motor através de seus 
disparadores térmicos (ajustável para proteção contra sobrecargas e dotado 
de mecanismos diferencial com sensibilidade a faltas de fase) e magnético 
(calibrado em 12 vezes a In para proteção contra curtos-circuitos). 
Seu acionamento é rotativo e possui indicação de disparo (TRIP), permitindo 
ao operador a visualização do desligamento manual do disjuntor ou de seu 
disparo via mecanismo de proteção. 
A manopla de acionamento pode ser bloqueada com cadeado ou similar na 
posição “desligado”, garantindo segurança em manutenções. 
 
ACESSÓRIOS 
 
 
 
Blocos de Contatos Caixa de sobrepor 
 
 
 
 
Conector Disjuntor-Motor / Contator Barras de Distribuição 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
CONTATORES 
 
Os principais elementos construtivos de um contator são: 
 
 
Contatos (Principais e Auxiliares); 
Núcleo (Fixo e Móvel); 
Bobina; 
Molas; 
Carcaça. 
 
 
 
 
Vantagens de utilização: 
 
1-Ligação rápida e segura do motor; 
2-Controle de alta corrente por meio de baixa 
corrente; 
3-Comando manual ou à distância; 
4-Possibilidade de construir chaves de partida; 
5-Proporciona proteção efetiva ao operador; 
6-Garantia de desligamento do motor em caso 
de sobrecarga; 
7-Possibilidade de simplificação do sistema de 
operação e supervisão de instalação. 
 
 
 
CATEGORIAS DE EMPREGO: 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 
 
 
 
IDENTIFICAÇÃO DE TERMINAIS DE CONTATORES SEGUNDO A IEC 947-4: 
 
TERMINAIS DAS BOBINAS E DO CIRCUITO PRINCIPAL DOS CONTATORES 
 
As bobinas são identificadas de forma alfanumérica com A1 e A2; 
Os terminais dos contatos do circuito principal devem ser identificados por números unitários e por 
um sistema alfanumérico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
TERMINAIS DOS CIRCUITOS AUXILIARES DE CONTATORES 
 
Devem ser marcados ou identificados nos diagramas, através de figura com dois números, a saber: 
 
A unidade representa a função do contato; 
A dezena representa a sequência de numeração 
 
 
 
 
 
 
Os traços antes dos números indicam a seqüência. 
5, 6 são próprios de contatos NF retardados na abertura; 
7, 8 são próprios de contatos NA adiantados no fechamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELÉS DE SOBRECARGA 
 
Dispositivo de proteção e eventual 
comando a distância, cuja operação é 
produzida pelo movimento relativo de 
elementos mecânicos (termo-pares), sob 
a ação de determinados valores de 
correntes de entrada. 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
CARACTERÍSTICAS: 
 
2 contatos auxiliares : 1NA + 1NF; 
Compensação da temperatura ambiente entre -20ºC e +60ºC; 
Sensibilidade à falta de fase; 
Base para montagem individual (RW 27D, 67D e 107D); 
Montagem direta aos minicontatores CW 07 e CWM 09 e aos contatores CWM 9 a105; 
Bornes de repetição para as conexões dos terminais A2 e 14/22 dos minicontatores RW 17D. 
 
 
 
 
 
 
TERMINAIS DOS CIRCUITOS AUXILIARES DE RELÉS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
ELEMENTOS DE COMANDO 
 
BOTÕES E SINALIZADORES 
 
São componentes utilizados nos sistemas para comandar e monitorar processos controle e automação. 
Estes componentes são muito utilizados em vários tipos de comandos. 
Elementos de comando são utilizados no ligamento e desligamento de circuitos elétricos, assim como 
promover sua sinalização. Possui contatos NA e NF que se invertem ao serem acionados manualmente e 
retornam a posição de repouso através da mola. 
 
 
 
 
 
Destacaremos a seguir os mais utilizados: 
Botoeiras 
São componentes usados em acionamentos de comando, para estabelecer ou interromper a corrente 
elétrica. 
As botoeiras podem ser classificadas em dois tipos: com retenção e sem retenção. 
 - As botoeiras com retenção são aquelas que ao ser acionada, muda a sua condição inicial, 
assumindo outra posição depois de retirado o acionamento. Ex.: Se estiver na condição inicial NA 
(normalmente aberta), ao ser acionada ficara NF (normalmente fechada), permanecendo nesta. 
 - As botoeiras sem retenção são aquelas que ao ser acionada, muda a sua condição inicial, e 
depois de retirado o acionamento, volta a sua mesma posição. Ex.: Se estiver na condição inicial NA 
(normalmente aberta), ao ser acionada ficara NF (normalmente fechada), e depois de retirado o 
acionamento voltará a ser NA. 
 
 
39 
 
TERMINOLOGIA DOS CONTATOS 
 
Os contatos são numerados de acordo com a sua condição de aberto ou fechado, seguindo o seguinte 
critério: 
 
Contatos terminados em 1-2 e 5-6 são NF (normalmente fechado) 
Contatos terminados em 3-4 e 7-8 são NA (normalmente aberto) 
 
Ex.: 21-22: contato NF 
13-14: contato NA 
 
 
Os Acionadores podem apresentar-se como: 
 
Pulsador- simples/ saliente / cogumelo 
 
Seletora- com chave/ knob curto/ knob longo 
 
Emergência- com chave/ gira p/ soltar/ puxa p/ 
soltar 
 
Joystick de 3 e 5 posições 
 
 
CARACTERÍSTICAS 
 
1-Destina-se ao comando de circuitos auxiliares, 
principalmente de chaves de partida; 
2-Atende da mais simples à mais sofisticada 
aplicação; 
3-Formas ergonômicas e elegante design; 
4-Permite intercâmbio de furação (30mm - 22mm); 
5-Montagem rápida e fácil através de flange (engate 
rápido); 
6-Alto desempenho em baixas correntes (12V-5mA). 
7-Contatos duplos, autolimpantes; 
8-Blocos de contato individuais; 
9-Fixação em painel através de anel metálico, 
dispensando chaves especiais; 
10-Grau de proteção IP66 
11-Contatos NF “positive break”, interrupção 
garantida. 
 
 
 
 
 
Simbologia 
 
 
40 
 
 
 
 
 
 
 
SINALIZADORES 
 
 São componentes usados especialmente aos circuitos de comando e de automação, com furações 
de 22,5 mm e 30,5 mm, construídos de forma modular, permite de forma rápida e simples, a fixação ou 
troca dos visores. A colocação ou substituição de lâmpadas se faz com o auxilio de um sacador, 
desatarraxando-se o visor na sua parte frontal. 
 Quando são usados botões de comando para o acionamento à distância de equipamento de 
manobra de baixa-tensão, é importante que estes botões sejam identificados por cores nas funções de “liga” 
e de “desliga” e eventuais símbolos complementares, que facilitem e acelerem o comando que se quer 
realizar 
 O botão "desliga" deve, então, ficar sob o botão "liga" na posição vertical. Essa disposição também é 
utilizada e recomendada em diversos países. Existem diferenças, entretanto, para a disposição horizontal 
dos botões. A DIN e uma grande parte de normas de outros países determinam que o botão "desliga" deve 
ser posicionado à esquerda do botão "liga". Nas normas americanas e inglesas é fixado o contrário, ou seja, 
o botão "desliga" fica à direita do botão "liga". Uma norma internacional sobre a utilização de figuras ou 
símbolos e posicionamento em botoeiras blindadas, esta em estudo. 
 
 
 
 
41 
 
Identificação de cores para sinaleiros conforme IEC 73 e VDE 0199 
 
 
 
 
 
Tipos de sinalizadores 
 
 
 
Botoeiras com sinalizadores 
 
As botoeiras luminosas são dotadas de lâmpadas (ou LEDs) internas que iluminam-se quando os botões 
são acionados. 
 
 
 
OUTROS DISPOSITIVOS: 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
CHAVES COMUTADORAS 
 
Chave comutadora ou seletora - é uma chave que faz a mudança (comutação) de um estado de regime 
permanente em um circuito elétrico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CHAVES FIM DE CURSO 
 
Dispositivo auxiliar por meio 
do qualse atua sobre o 
circuito de comando de um 
dispositivo de manobra. 
Atuam num circuito com 
funções tais como: 
 
Um mesmo fim de curso pode 
desempenhar ao mesmo 
tempo várias funções, 
dependendo dos contatos e 
do curso da haste do cilindro 
como apresentamos a seguir. 
 
 
 
 
43 
 
 
 
 
1)Controle 
I. Acelerar movimentos; 
II. Determinar pontos de paradas de partes 
móveis; 
III. Produzir sequência e controle de operação; e 
IV. Sinalizar; 
 
 
2)Comando: 
I. Inversão de curso ou sentido de movimento de 
partes móveis, paradas. 
 
3)Segurança: 
I. Paradas de emergência; 
II. Alarme e sinalização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CHAVES DE FLUXO 
 
É uma chave de comando auxiliar que atua como um 
sensor de fluxo confinado em tubulações ou dutos. É 
portanto, utilizada para sinalizar o fluxo ou a ausência 
deste, em líquidos ou gases, podendo também ser 
utilizada no controle de nível de líquidos. 
Exemplos: 
- Ligar ou desligar uma bomba, 
- Acionar uma segunda bomba para aumentar a vazão, 
- Ligar ou desligar uma resistência de aquecimento, 
uma caldeira, 
- Prever a necessidade de desligar um reator, digestor 
ou trocador de calor devido à falta de fluxo de 
alimentação, o que não pode acontecer em processos 
contínuos. 
- Ativação de dispositivos de sinalização; 
- Ativação de dispositivos de alarme; 
 
 
 
 
 
44 
 
 
 
 
 
 
 
CHAVE DE FLUXO TIPO PALHETA 
 
 
 
CHAVE DE FLUXO TIPO EMBÔLO 
 
Vantagem: Este tipo de chave de fluxo possui 
instalação mais simples e não depende da 
energia elétrica para operar. 
Desvantagem: Possuem partes móveis e, 
portanto, necessitam de manutenção 
preventiva e corretiva. Muitas vezes é 
necessário substituir a palheta, dependendo 
da falha. 
Indicação: são empregadas para detecção e 
controle de fluxo em água e líquidos não 
agressivos às ligas de cobre, são ideais para 
fluidos limpos com baixa viscosidade e com 
baixo índice de sólidos em suspensão 
 
 
 
 
 
45 
 
CHAVE DE FLUXO TIPO DISPERSÃO TÉRMICA 
 
 
 
 
CHAVE DE FLUXO TIPO DISPERSÃO ELETROMAGNÉTICA 
 
 
 
 
RELÉS DE TEMPO 
 
São temporizadores para controle de tempos de curta duração. Utilizados na automação de máquinas e 
processos industriais, especialmente em sequenciamento, interrupções de comandos e em chaves de 
partida. 
Os Relés temporizadores WEG RTW são dispositivos eletrônicos que permitem, em função de tempos 
ajustados, comutar um sinal de saída de acordo com a sua função. 
Muito utilizados em automação de máquinas e processos industriais como partidas de motores, quadros de 
comando, fornos industriais, injetoras, entre outros. 
Possui eletrônica digital que proporciona elevada precisão, repetibilidade e imunidade a ruídos. 
Projetado de acordo com normas internacionais, o RTW constitui uma solução compacta e segura, em 
caixas com 22,5mm de largura para montagem em trilho DIN 35mm, nas configurações com �ou 2 saídas 
NA/NF e alimentado em 24V 50/60Hz, 48V 50/60Hz, 110-130V 50/60Hz, 220-240V 50/60Hz ou 24Vcc. 
Com 7 faixas de temporização, o RTW pode ser ajustado de 0,1segundos a 30 minutos com elevada 
confiabilidade e precisão 
 
 
 
 
 
46 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
CRITÉRIOS DE ESCOLHA DO MÉTODO DE PARTIDA. 
Pelo visto, a escolha por uma partida direta ou não, depende de: 
• Característica da máquina a ser acionada; 
• Circunstância de disponibilidade da potência de alimentação; 
• Confiabilidade de serviço, e 
• Distância da fonte de alimentação, devido a condição de queda de tensão (norma) 
No caso de ser permitida a partida direta, a plena tensão, as curvas características do motor a ela ligado 
assim se apresentam: 
 
PARTIDA DIRETA (plena tensão). 
Características básicas 
 
 
A composição de uma chave para partida de motores feita direta ou através de algum método de 
partida pode ser realizada de três maneiras das representadas a seguir. 
 
 
 
 
48 
 
 
As chaves de partida Direta para aplicações específicas são normalmente encontradas com a seguinte 
configuração/aplicação: 
 
Partida Direta trifásica e monofásica; 
Partida Direta trifásica e monofásica para motobombas; 
Parida Direta trifásica para 2 motores – condomínio; 
Partida Direta trifásica com comutação automática para 2 motores – condomínio automática; 
 
As Chaves de Partida Direta podem também possibilitar a inversão do sentido de rotação dos Motores 
Trifásico: 
 
Partida Direta Trifásica Reversora com parada; 
Partida Direta Trifásica Reversora com Intertravamento (Reversão em Marcha); 
 
Os métodos de partida de motores que possibilitam a redução da corrente de partida ou o acionamento de 
motores com características especiais são: 
Partida com CHAVE ESTRELA TRIÂNGULO; 
Partida com CHAVE COMPENSADORA; 
CHAVE SERIE-PARALELA PARA PARTIDA DE MOTORES DE 9 OU 12 TERMINAIS; 
CHAVE PARA PARTIDA DE MOTOR COM ROTOR BOBINADO; 
CHAVE PARA PARTIDA DE MOTOR DAHLANDER 
 
CHAVE DE PARTIDA DIRETA PARA MOTOR TRIFÁSICO: 
 
 
 
 
 
 
49 
 
 
Partida Direta para motor trifásico para 2 motores – condomínio: 
 
 
Partida Direta trifásica com comutação automática para 2 motores – condomínio automática; 
 
 
 
50 
 
 
CHAVE DE PARTIDA DIRETA COM INVERSÃO DO SENTIDO DE ROTAÇÃO (CHAVE REVERSORA) 
 
DIAGRAMA TRIFILAR DE FORÇA 
 
 
 
 
DIAGRAMA AUXILIAR DE COMANDO PARA REVERSÃO COM PARADA 
 
 
 
 
 
51 
 
DIAGRAMA AUXILIAR DE COMANDO PARA REVERSÃO COM PARADA 
 
 
 
PARTIDA DIRETA TRIFÁSICA REVERSORA COM INTERTRAVAMENTO (REVERSÃO EM MARCHA): 
 
 
 
 
 
52 
 
 
 
 
 
DIMENSIONAMENTO DOS COMPONENTES DAS CHAVES DE PARTIDA DIRETA 
 
1 – Dimensionar uma chave de partida direta para um motor de 20cv, VI pólos, 380V/60Hz, com comando 
em 220V, Tp = 2s. Rendimento 90,9% - Fator de Potência 0,79 – Fator de Serviço 1,15 – Ip/In = 7. 
 
1º PASSO: Determine as Correntes Nominais do motor 



cos3
750
V
cv
I Trifásico
 
AI V
8,54
220

 
AI V
2,31
380
 
7
In
Ip
 

 
AIp 4,218 
 
2º PASSO: Dimensionando o Contator K1 InIe 
 

 
AIe 2,31
 
Portando, o contator a ser escolhido, de acordo com o catálogo será: CWM 40.10.220.60 
 
3º PASSO: Dimensionando o Relé de Sobrecarga FT1 
 
O relé a ser escolhido tem que possuir uma faixa de ajuste que inclua a corrente nominal do motor (e de 
acordo com o contator escolhido), logo será: RW 67.1D (25...40) 
 
3º PASSO: Dimensionando os Fusíveis: 
 
Tomando como base a corrente e o tempo de partida, verificamos as condições necessárias, tem-se: 
 
 
 
 
 
53 
 
 
 
Especificando os fusíveis: 
 
Fusíveis Tipo D 
 
Tampa, anel de proteção e base para fusíveis tipo D(Diazed) de 63 A 
Fusivel tipo D (Diazed) corrente nominal de 50 A 
Parafuso de Ajuste para fusível tipo D de 50 A 
PARTIDAS DE MOTORES COM REDUÇÃO DA CORRENTE DE PARTIDA 
Não sendo possível a partida direta, outros métodos de partida são utilizados: 
• Partida com as Chaves Estrela-Triângulo; 
• Partida por autotransformador ( também chamada de compensadora ) 
• Partida suave ( soft-starter ), por meio de eletrônica de potência. 
Na sequência indicada, estão também os custos do dispositivo de partida: uma estrela-triângulo é mais 
barata do que uma partida suave ( soft-starter ), para mesma potência de motor. E é necessário associar o 
investimento no motor com o dispositivo de partida. 
Outro aspecto é a qualidade da partida, há casos em que os solavancos resultantes de uma partida em 
estrela-triângulo não são admissíveis dentro do regime de funcionamento do motor e, sobretudo da carga 
acionada. Faremos uma análise detalhada sobre o assunto mais adiante. Vamos analisar individualmente 
cada método de partida no que segue, e acrescentar a essa informação, dados de fabricantes e curvas 
características daí resultantes. 
 
PARTIDA ESTRELA-TRIÂNGULO. 
Princípio de funcionamento. 
Motores capazes de terem sua partida através de uma partida estrela-triângulo têm que ser do tipo trifásico, 
com 6 terminais acessíveis, para fazer a mudança de uma ligação estrela para triângulo.Esse princípio de funcionamento se baseia em: 
• Designando : 
-Un ........ tensão nominal 
-Uf ........ tensão de fase 
-In........... corrente nominal de alimentação 
-k ............ constante do motor 
-Ip........... corrente de partida por fase 
-X ........... reatância por fase 
-M .......... momento ou conjugado de partida, proporcional ao quadrado de Uf 
 
• E baseado no esquema de ligação dos enrolamentos, abaixo, 
 
 
 
54 
 
 
 
 
Demonstração para fórmulas de cálculos 
Na ligação estrela Na ligação triângulo 
 
 
 
Relacionando entre si a corrente de alimentação e os momentos de partida, resulta que, passando da 
ligação estrela para o triângulo, temos a relação de 1:3, como segue: 
 
 
 
Portanto: 
1. Na análise das curvas de carga, e particularmente na das cargas indutivas (ou motoras), vimos 
que a corrente de partida plena pode alcançar valores eficazes de 8xIn. 
2. Se esse valor é excessivo, pelas normas e pelas condições de rede (dados pela Concessionária), 
então, ligando o motor trifásico em estrela na partida, a corrente circulante se situará em torno de 
1/3 do valor pleno, e assim algo em torno de 2,66xIn, que é perfeitamente aceitável, se sua 
circulação não se der por um tempo excessivamente longo. 
3. Se, uma vez passada a fase de partida, ou seja, o motor já tiver alcançado sua rotação nominal e 
assim a corrente também já for nominal, então podemos comutar os enrolamentos para a ligação de 
funcionamento normal, que então será ligada em triângulo, como uma corrente igual à corrente 
nominal (In). 
4. A comutação da ligação estrela para o triângulo, dentro de um regime de carga bem definido, é 
feito automaticamente, por meio de relé de tempo associado ao comando de contatores. 
 
 
 
 
 
55 
 
 
Ocorre, porém que, na comutação da estrela para o triângulo, manifesta-se um impacto mecânico que pode 
não ser admissível para o regime de funcionamento da máquina acionada, e também, esse mesmo impacto 
levar a acelerar a fadiga mecânica da máquina e do eixo de acionamento do motor, reduzindo 
sensivelmente a VIDA ÚTIL das partes mecânicas envolvidas. 
 
Esse fato será demonstrado num estudo comparativo citado mais adiante nesse mesmo capítulo. As curvas 
características de corrente e de conjugado ou momento do motor se apresentam como demonstrado a 
seguir: 
 
Características básicas (tensão reduzida) 
 
 
 
 
Esquema de ligação. 
Segue o esquema de ligação respectivo, na forma 
completa, a saber: 
 
Definição dos valores de corrente para 
especificação dos componentes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
56 
 
 
ESQUEMA DA CHAVE ESTRELA TRIÂNGULO 
 
DIAGRAMA TRIFILAR DE FORÇA: 
 
 
 
 
DIAGRAMA AUXILIAR DE COMANDO UTILIZANDO RELÉ DE TEMPO ESTRELA-TRIÂNGULO: 
 
 
 
 
57 
 
 
DIMENSIONAMENTO DOS COMPONENTES DAS CHAVES ESTRELA TRIÂNGULO 
 
2 – Dimensionar uma chave de partida estrela-triângulo para um motor de 100cv, II pólos, 380V/660V - 
60Hz, com comando em 220V, Tp = 10s. . Rendimento 94,3% - Fator de Potência 0,9 – Fator de Serviço 
1,15 – Ip/In = 7. 
1º PASSO: Determine as Correntes Nominais do motor 



cos3
750
V
cv
I Trifásico
 
AI V
3,134
380
 
4,8
In
Ip
 

 
AIp 8,1127 
2º PASSO: Dimensionando o Contator K1 e K2 58,0 InIe
 

 
AIe 9,77
 
Portando, os contatores K1=K2 a ser escolhido, de acordo com o catálogo será: CWM 80.10.220.60 
3º PASSO: Dimensionando o Contator K3 33,0 InIe 
 
33,03,134 Ie
 

 
AIe 32,44 
Portando, os contatores K3 a ser escolhido, de acordo com o catálogo será: CWM 50.11.220.60 
4º PASSO: Dimensionando o Relé de Sobrecarga FT1 
O relé a ser escolhido deve possuir uma faixa de ajuste que inclua a corrente que passa pelo contator K1, 
ou seja, 0,58 x In: 
Logo, o relé a ser escolhido será : RW 67.2D (63...80) 
 
5º PASSO: Dimensionando os Fusíveis: 
Na partida Y, a corrente de partida reduz-se a 0,33 x Ip, portanto: 
 
AIp 8,1127
 
33,08,1127 Ip 
 
AIp 9,375
 
e
 
3,1342,1 IF
 
AIF 2,161
 
 
 
 
 
 
 
 
IF = 161,2 A
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
58 
 
 
 
 
 
Levando em consideração esta corrente e o tempo de partida, tem-se portanto, o fusível encontrado é IF = 
125 A, que não satisfaz a condição 1 que implica em usar um Fusível acima de 161 A. 
 
Devemos então adotar uma nova configuração: 
 
 
 
 
 
 
58,03,1342,1 IF
 
 
AIF 5,93 
 
 
 
59 
 
 
 
 
Especificando os fusíveis vemos que o de 100 A não atende a curva para suportar a corrente de partida. 
Passando ao imediatamente superior satisfaremos todas as condições. 
 
Fusiveis Diazed 
 
??? 
Fusíveis NH 
 
 
PARTIDA POR AUTOTRANSFORMADOR (CHAVE COMPENSADORA). 
 
Esse método de partida atende melhor potências de carga superiores àquelas atendidas pela partida 
estrela-triângulo. Nesse caso, o controle da potência ou da corrente é feito, mediante o ajuste de derivações 
na saída do autotransformador, em porcentagens normalmente de 65% e 80%; porém, mais outras 
derivações podem ser previstas, contanto que as condições de utilização o necessitem. Também nesse 
sentido, quanto maior o numero de derivações, menor o desnível de uma derivação à outra quando da 
comutação e menor o impacto que a carga mecânica sofre, o que virá em benefício da vida útil do 
equipamento, 
 
As características de corrente e conjugado ou momento nesse caso são: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 
 
 
 
 
 
 
 
 
Definição dos valores de corrente para 
especificação dos componentes: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
61 
 
 
Esquema de ligação – CHAVE COMPENSADORA 
 
DIAGRAMA TRIFILAR DE FORÇA: 
 
 
 
 
DIAGRAMA AUXILIAR DE COMANDO: 
 
 
 
 
62 
 
 
COMPARAÇÃO ENTRE CHAVES ESTRELA-TRIÂNGULO E COMPENSADORA AUTOMÁTICA 
 
Estrela-Triângulo (automática): 
Vantagens: 
 
a) A chave estrela-triângulo é muito utilizada por seu custo reduzido para baixas tensões; 
b) Não tem limite quanto ao número de manobras; 
c) Os componentes ocupam pouco espaço; 
d) A corrente de partida fica reduzida para aproximadamente 1/3. 
 
Desvantagens: 
 
a) A chave só pode ser aplicada a motores cujos seis bornes ou terminais sejam acessíveis; 
b) A tensão da rede deve coincidir com a tensão em triângulo do motor; 
c) Com a corrente de partida reduzida para aproximadamente 1/3 da corrente nominal, reduz-se também o 
conjugado de partida para 1/3; 
d) Caso o motor não atingir pelo menos 90% de sua velocidade nominal, o pico decorrente na comutação 
de estrela para triângulo será quase como se fosse uma partida direta, o que se torna prejudicial aos 
contatos dos contatores e não traz nenhuma vantagem para a rede elétrica.· 
 
CHAVE COMPENSADORA (AUTOMÁTICA): 
 
Vantagens: 
 
a) No tap de 65% a corrente de linha é aproximadamente igual a da chave estrela-triângulo, entretanto, na 
passagem da tensão reduzida para a tensão da rede, o motor não é desligado e o segundo pico é bem 
reduzido, visto que o autotransformador por curto tempo se torna uma reatância em série com os 
enrolamentos do motor; 
b) É possível a variação do tap de 65 para 80% ou até para 90% da tensão da rede, afim de que o motor 
possa partir satisfatoriamente. 
 
Desvantagens: 
 
a) A grande desvantagem é a limitação de sua frequência de manobras. Na chave compensadora 
automática é sempre necessário saber a sua frequência de manobra para dimensionar adequadamente o 
autotransformador e evitar assim sobreaquecimento desse equipamento. 
b) A chave compensadora é bem mais cara do que a chave estrela-triângulo, devido ao autotransformador; 
c) Devido ao tamanho do autotransformador, a construção se torna mais volumosa, necessitando de 
quadros maiores, o que torna o seu preço elevado. 
 
DIMENSIONAMENTO DOS COMPONENTES DA CHAVE COMPENSADORA 
 
3 – Dimensionar uma chave de partida compensadora para um motor de 30cv, VIII pólos, 220V/60Hz, com 
comando em 220V, tap de 80%, Tp = 15s. Rendimento 92% - Fator de Potência 0,82 – Fator de Serviço 
1,15 – Ip/In = 7. 
1º PASSO: Determine as CorrentesNominais do motor 



cos3
750
V
cv
I Trifásico
 
AI V
3,78
220
 
8,7
In
Ip
 

 
75,610Ip 
2º PASSO: Dimensionando o Contator K1 InIe 
 

 
AIe 3,78
 
Portando, os contatores K1 a ser escolhido, de acordo com o catálogo será: CWM 80.11.220.60 
 
63 
 
 
3º PASSO: Dimensionando o Contator K2 2KInIe  
 
2)8,0(3,78 Ie
 

 
AIe 11,50 
Portando, os contatores K2 a ser escolhido, de acordo com o catálogo será: CWM 65.11.220.60 
4º PASSO: Dimensionando o Contator K3 
)( 2KKInIe  
 
)65,065,0(3,78 2Ie 
 
AIe 01,18 
Portando, o contator a ser escolhido, de acordo com o catálogo será: CWM 25.10.220.60 
 
5º PASSO: Dimensionando o Relé de Sobrecarga FT1 
O relé a ser escolhido deve possuir uma faixa de ajuste que inclua a corrente que passa pelo contator K1, 
ou seja, In: 
Logo, o relé a ser escolhido será : RW 67.2D (63...80) 
 
6º PASSO: Dimensionando os Fusíveis: 
Na partida COMPENSADORA, a corrente de partida reduz-se a 0,64 x Ip, portanto: 
AIp 8,610
 
64,08,610 Ip 
 
AIp 9,390
 
e
 
AIF 8,782,1 
 
AIF 56,94
 
 
 
 
 
 
 
Especificando os fusíveis vemos que o de 125 A atende a curva para suportar a corrente de partida. 
 
 
64 
 
 
Fusiveis Diazed 
 
??? 
Fusíveis NH 
 
 
PARTIDA COM CHAVE SÉRIE-PARALELO 
 
Para partida em série-paralelo é necessário que o motor tenha a possibilidade de funcionamento em duas 
tensões e que a menor delas igual a da rede seja a metade da outra. 
 
Este tipo de ligação exige nove terminais no motor e a tensão nominal mais comum é 220/440V, ou seja: 
durante a partida o motor é ligado na configuração série até atingir sua rotação nominal e, então, faz-se a 
comutação para a configuração paralelo. 
 
O motor parte com tensão reduzida em suas bobinas. A chave série-paralelo proporciona uma redução de 
corrente para 25% do seu valor para partida direta. 
 
Apropriada para cargas com partida necessariamente em vazio, pois o conjugado de partida fica reduzido a 
¼ de seu valor par tensão nominal (partida direta). 
 
Este tipo de chave é utilizada para motores de 4 tensões e no mínimo 9 cabos. Dividem-se em: 
 
a) Série Paralelo Triângulo (- ) 
 
Chave de partida própria para motor com a execução dos enrolamentos em 220/380/440/660V ou 
220/440V. A tensão da rede deve ser necessariamente 220V. 
Na partida executa-se a ligação triângulo série () (apto a receber 440V) e aplica-se tensão de triângulo 
paralelo (220V). Logo as bobinas recebem 50% da tensão nominal. 
Após a partida o motor deve ser ligado em triângulo paralelo () assim as bobinas passam a receber 
tensão nominal (220V). 
 
 
 
b) Série-Paralelo Estrela (Y-YY) 
 
Chave própria para motor com execução dos enrolamentos em 220/380/440/760V ou 380/760V. A tensão 
da rede deve ser necessariamente 380V. 
Na partida executa-se a ligação estrela-série (apto a receber 760V) e aplica-se tensão de estrela-paralelo 
(380V). Logo as bobinas recebem 50% de tensão nominal. 
Após a partida o motor deve ser ligado em estrela paralelo (YY), assim as bobinas passam a receber tensão 
nominal (220V) 
 
 
 
65 
 
 
DIAGRAMA DA CHAVE DE PARTIDA SÉRIE-PARALELO ESTRELA 
 
 
 
 
DIAGRAMA DE COMANDO DA CHAVE DE PARTIDA SÉRIE-PARALELO ESTRELA 
 
 
 
 
 
 
66 
 
 
ESCOLHA DA CHAVE EM FUNÇÃO DO MOTOR E DA REDE 
 
 
 
 
PARTIDA COM REOSTATO PARA MOTORES DE ANÉIS (rotor bobinado) 
 
O motor de indução de anéis pode ter uma família 
de curvas conjugado x velocidade, através da 
inserção de resistências externas no circuito do 
rotor. Desta maneira, para uma dada velocidade, é 
possível fazer o motor tenha altos conjugados na 
partida com correntes relativamente baixas, bem 
como fazê-lo funcionar numa dada velocidade com 
o valor de conjugado desejado. 
Em cada uma das curvas da família de curvas, o 
motor comporta-se de maneira que à medida que a 
carga aumenta, a rotação cai gradativamente. À 
velocidade síncrona, o conjugado motor torna-se 
igual a zero. 
 
 
 
Na figura acima, vê-se o efeito do aumento da resistência externa inserida ao rotor. 
 
A utilização de motores de anéis baseia-se na seguinte equação: 
 
 
 
 
67 
 
A inserção de uma resistência externa no rotor faz com que o motor aumente o escorregamento “s”, 
provocando a variação de velocidade. 
 
DIAGRAMA DA CHAVE DE PARTIDA PARA O MOTOR DE ROTOR BOBINADO 
 
 
 
 
68 
 
 
VARIAÇÃO DE NÚMEROS DE PÓLOS 
Existem três modos de variar o número de polos de um motor assíncrono, que são: 
Enrolamentos separados no estator; 
Um enrolamento com comutação de polos; 
Combinação dos dois anteriores. 
Em todos esses casos, a regulação de velocidade será discreta, sem perdas, porém, a carcaça será maior 
do que a de um motor de velocidade única. 
MOTORES DE DUAS VELOCIDADES EM ENROLAMENTOS SEPARADOS 
 
Esta versão apresenta a vantagem de se combinar enrolamentos com qualquer número de polos, porém, 
limitada pelo dimensionamento eletromagnético do núcleo (estator/rotor) e carcaça geralmente bem maior 
que o de velocidade única. 
 
MOTORES DE DUAS VELOCIDADES COM ENROLAMENTOSPOR COMUTAÇÃO DE PÓLOS 
 
O sistema mais comum que se apresenta é o denominado “ligação Dahlander”. Esta ligação implica numa 
relação de polos de 1:2 com consequente relação de rotação de 1:2. Podem ser ligadas da seguinte forma: 
 
Conjugado constante: 
O conjugado nas duas rotações é constante e a relação de potência é da ordem de 0,63:1. Neste caso o 
motor tem uma ligação de /YY. 
Exemplo: Motor 0,63/1 cv – IV/II pólos - /YY 
Este caso se presta as aplicações cuja curva de torque da carga permanece constante com a rotação. 
 
Potência constante: 
Neste caso, a relação de conjugado é 1:2 e a potência permanece constante. O motor possui uma ligação 
YY/. 
Exemplo: 10/10 cv – IV/II pólos – YY/. 
 
Conjugado variável: 
Neste caso, a relação de potência será de aproximadamente 1:4. É muito aplicado às cargas como bombas, 
ventiladores. Sua ligação é Y/YY. 
Exemplo: 1/4 cv – IV-II pólos – Y/YY. 
 
 
 
 
 
 
69 
 
 
MOTORES COM MAIS DE DUAS VELOCIDADES 
 
É possível combinar um enrolamento Dahlander com um enrolamento simples ou mais. Entretanto, não é 
comum, e somente utilizado em aplicações especiais. 
 
 
DIAGRAMA DA CHAVE DE PARTIDA PARA O MOTOR DAHLANDER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
70 
 
 
SENSORES 
 
DEFINIÇÕES: 
 
1. São transdutores eletrônicos que geram um sinal de saída quando um objeto é introduzido 
em seu campo de atuação; 
2. Sensores são dispositivos construídos para detectar a presença ou passagem de materiais 
metálicos ou não metálicos, por proximidade ou aproximação, sem contato físico. 
 
 Esta detecção é feita pela face sensora do sensor, que ao serem acionados ativam as 
entradas do controlador lógico programável, para automação da planta industrial. Os de operação 
indireta alteram suas propriedades, como a resistência, a capacitância ou a indutância, sob ação 
de uma grandeza, de forma mais ou menos proporcional. 
 
 Os sensores são foram desenvolvidos para auxiliar na automação de máquinas e 
equipamentos em substituição aos elementos de comando mecânicos (chaves fim de curso) com 
acionamentos de contatos físicos dando maior versatilidade, reduzindo desgastes e possibilitando 
um tempo de resposta reduzido. 
 
 O sinal de um sensor pode ser usado para detectar e corrigir desvios em sistemas de 
controle, e nos instrumentos de medição, que frequentemente estão associados aos sistemas de 
controle de malha aberta (não automáticos), para orientação do usuário. 
 
Os tipos de sensores estão relacionados ao seu principio físico de funcionamento e classificam-se 
em: 
a) Indutivo 
b) Capacitivo 
c) Magnético ou "Reed-Switch" 
d) Fotoelétrico 
e) Ultrassônicos 
f) Laser 
g) Encoders 
 
 
 
 
71 
 
 
SENSORES INDUTIVOS 
 
 São dispositivos eletrônicos capazes de detectar pela aproximação de partes metálicas 
das peças, dos componentes,

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