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TIC'S 01 - Tratamento h Pylori

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AFYA- FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS 
CURSO DE MEDICINA – 4º PERÍODO 
DISCIPLINA: SISTEMA ORGÂNICO INTEGRADO III 
 
DOCENTE: RAFAELA MACAGNAN 
 
DISCENTE: MAX KEDLEY MARANHÃO 
 
TIC’s 01 – Envie aqui uma resenha sobre as diretrizes atuais referentes ao 
tratamento da Infecção pelo Helicobacter pylori. 
 
As diretrizes atuais para o tratamento da infecção pelo Helicobacter pylori 
são essenciais para garantir que os pacientes recebam a terapia mais adequada 
e eficaz possível. Uma abordagem personalizada é crucial, pois a eficácia do 
tratamento pode variar significativamente dependendo de vários fatores, como a 
região geográfica, a prevalência de resistência bacteriana e as condições 
individuais de saúde do paciente. 
Ao diagnosticar a infecção pelo H. pylori, uma variedade de testes está 
disponível, cada um com suas vantagens e desvantagens. Os testes invasivos, 
como a endoscopia com biópsia gástrica, oferecem alta precisão, mas podem 
ser desconfortáveis para o paciente. Por outro lado, os testes não invasivos, 
como o teste respiratório de ureia marcada, são mais simples de realizar, mas 
podem ser menos precisos em certas situações. A escolha do teste depende das 
circunstâncias individuais de cada paciente e das práticas locais. 
Quanto ao tratamento, os regimes terapêuticos geralmente consistem em 
uma combinação de inibidores da bomba de prótons (IBPs) e antibióticos. No 
entanto, a crescente resistência aos antibióticos, particularmente à 
claritromicina, tem levado ao desenvolvimento de novas estratégias 
terapêuticas. Em regiões com alta resistência bacteriana, regimes prolongados, 
terapias sequenciais ou terapias baseadas em bismuto podem ser preferíveis. 
Além disso, é essencial considerar as comorbidades do paciente e 
qualquer alergia a medicamentos ao selecionar o regime de tratamento 
adequado. Em pacientes alérgicos à penicilina, por exemplo, a substituição da 
amoxicilina por outro antibiótico é necessária. 
Importa ressaltar ainda que é confirmado que a terapia inicial preferencial 
envolve o uso combinado de um inibidor de bomba de prótons (IBP), amoxicilina 
e claritromicina por um período de 14 dias. Opções alternativas incluem terapia 
quádrupla com bismuto administrada por 10 a 14 dias e terapia concomitante 
durante 14 dias. No caso de alergia à amoxicilina, é recomendado um dos 
seguintes tratamentos: IBP duas vezes ao dia, claritromicina 500 mg duas vezes 
ao dia e levofloxacina 500 mg uma vez ao dia por 14 dias; ou IBP duas vezes ao 
dia, doxiciclina 100 mg duas vezes ao dia ou tetraciclina 500 mg quatro vezes ao 
dia, metronidazol 500 mg três vezes ao dia e bismuto 240 mg duas vezes ao dia 
por 14 dias. 
Após a conclusão do tratamento, é fundamental realizar testes de 
acompanhamento para verificar se a infecção foi erradicada com sucesso. Isso 
é crucial para evitar recorrências da infecção e complicações associadas, como 
úlceras pépticas ou câncer gástrico. 
Em resumo, as diretrizes atuais para o tratamento da infecção pelo 
Helicobacter pylori enfatizam a importância de uma abordagem personalizada, 
considerando diversos fatores para garantir a eficácia do tratamento e o bem-
estar do paciente. 
 
REFERÊNCIAS: 
Caetano J. IV Consenso Brasileiro sobre Infecção pelo Helicobacter pylori. 
Endoscopia Terapêutica; 2021.