Buscar

Aula 01 - Medicina Legal

Prévia do material em texto

Aula 01
Medicina Legal p/ Perito Criminal - Polícia Científica-GO
Professor: Alexandre Herculano
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 57
AULA 01: Legislação sobre perícias.
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Apresentação 1 
2. Legislação sobre perícias. 1 
3. Questões propostas 28 
4. Questões comentadas 38 
5. Gabarito 57 
Olá meus amigos (as) do Estratégia Concursos! 
 Legislação sobre perícias 
 Vamos, hoje, abordar principais conceitos trazidos pelas 
legislações que estão relacionadas com a perícia médico-legal. Na aula 
sobre criminalística abordei os artigos 157 a 184 do CPP. Nesta aula trarei 
conceitos doutrinários para a aula não ficar repetitiva, pois, em alguns 
pontos vocês verão semelhanças com aquela aula. Assim, faz-se 
necessário estudarmos uma parte do Código de Processo Penal, da Lei 
9.099/95, da Lei 12.030/2009 e outros pontos relevantes em legislações 
esparsas. O Código de Processo Penal, o qual estudaremos com mais 
afinco, contemplou um conjunto de regras que regulamentam a produção 
de provas no âmbito do processo criminal. Dessa forma, estabeleceu 
normas gerais relacionadas aos requisitos a serem utilizados pelo 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 57
magistrado na valoração dos elementos de convicção carregados ao 
processo e ao ônus probante, bem como disciplinou determinados 
meios específicos de prova, ou seja, elementos trazidos ao processo 
capazes de orientar o juiz na busca da verdade dos fatos. 
 Bem pessoal, é de suma importância, para esta aula, vocês 
saberem que a Lei nº 12.030, de 17 de setembro de 2009, deixa claro 
que: "observado o disposto na legislação específica de cada ente a que o 
perito se encontra vinculado, são peritos de natureza criminal: os peritos 
criminais, peritos médico-legistas e peritos odontolegistas com 
formação superior específica detalhada em regulamento, de acordo com a 
necessidade de cada órgão e por área de atuação profissional." 
 Para que servem as perícias? Então, vamos ver quando 
estudarmos a parte de Provas que um dos objetivos é auxiliar na 
formação do convencimento do juiz quanto à veracidade das afirmações 
das partes em juízo. E já no início do CPP temos o art. 6º, o qual traz 
algumas regras importantes para o "sucesso" da perícia realizada, 
vejamos: 
 "Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração 
penal, a autoridade policial deverá: 
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem 
o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos
criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) 
(Vide Lei nº 5.970, de 1973) 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 57
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, 
após liberados pelos peritos criminais; (Redação dada pela Lei 
nº 8.862, de 28.3.1994) 
(...) 
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de 
corpo de delito e a quaisquer outras perícias." 
 Pessoal, segundo a doutrina, a perícia, conforme seu modo de 
realizar-se, pode ser sobre o fato a analisar (perícia percipiendi) ou 
sobre uma perícia já realizada (perícia deducendi). Assim, a precipiendi 
é aquela procedida sobre fatos cuja a avaliação é feita baseada em 
alterações ou perturbações produzidas por doença ou, pelas diversas 
energias causadoras do dano. Ou seja, é o tipo de perícia em que o perito 
é chamado para conferir técnica e cientificamente um fato sob a óptica 
quantitativa e qualitativa. E por perícia deducendi a análise feita sobre 
fatos pretéritos com relação aos quais possam existir contestação ou 
discordância das partes ou do julgador. Nessa o perito é chamado para 
avaliar ou considerar uma apreciação sobre uma perícia já realizada. 
 As perícias se materializam por meio dos laudos, constituídos de 
uma peça escrita, tendo por base o material examinado. O atestado 
fornecido por médico particular não substitui o laudo para a 
comprovação da materialidade em processo criminal, a não ser para 
atender o § 1º do art. 77 da Lei 9.099/95. 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 57
 Das Provas 
 Muito importante para sua prova e para o entendimento é o 
conceito e finalidade da prova, vejamos o que diz o grande mestre 
Guilherme de Souza Nucci: 
 “Prova é o conjunto de elementos produzidos pelas partes ou 
determinados pelo juiz visando à formação do convencimento quanto a 
atos, fatos e circunstâncias, assim, o termo prova deriva do latim 
probatio, que significa ensaio, verificação, inspeção, exame, argumento, 
razão, aprovação ou confirmação”
 No processo penal, a produção da prova objetiva auxiliar na 
formação do convencimento do juiz quanto à veracidade das afirmações 
das partes em juízo. Não se destina, portanto, às partes que a produzem 
ou requerem, mas ao magistrado, possibilitando, destarte, o julgamento 
de procedência ou improcedência da ação penal. 
 Por objeto da prova compreendem-se os fatos que, influindo na 
apuração da existência ou inexistência de responsabilidade penal, são 
capazes de gerar dúvida no magistrado, exigindo, por isso mesmo, a 
devida comprovação, entretanto, meus caros, fiquem atentos! Pois há 
determinados fatos que se excluem da necessidade de comprovação, são 
eles: 
 Fatos axiomáticos: são aqueles considerados evidentes,
que decorrem da própria intuição, gerando grau de
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 57
certeza irrefutável. Por exemplo: a putrefação do cadáver, 
dispensa a prova da morte; 
 Fatos notórios: são fatos cujo conhecimento faz parte da
cultura normal, o que é notório dispensa prova. Por
exemplo: um feriado nacional.
 Presunções legais: são juízos de certeza que decorrem
da lei. Classificam-se em absolutas ou relativas. As
primeiras não aceitam prova em contrário, sendo exemplo
a condição de inimputável do indivíduo menor de dezoito
anos. Já as segundas admitem a produção de prova em
sentido oposto, como a presunção de imputabilidade do
maior de dezoito anos, que pode ser descaracterizada a
partir de laudo de insanidade mental apontando que o
indivíduo não possui discernimento.
 Seguindo a nossa aula, as provas, segundo a doutrina, podem 
classificar-se de diferentes formas, ressaltando-se, por serem as mais 
comumente apontadas a divisão quanto ao objeto, quanto ao valor e 
quanto ao sujeito: 
 Quanto ao objeto (ou seja, quanto ao fato que deve ser
demonstrado): provas diretas - são aquelas que por si
sós demonstram o próprio fato objeto da investigação.
Exemplo: o testemunho prestado por determinada pessoa
que presenciou um homicídio; provas indiretas - são
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 57
aquelas que não demonstram, diretamente, determinado 
ato ou fato, mas que permitem deduzir tais circunstâncias 
a partir de um raciocínio lógico e irrefutável.Exemplo: o 
álibi. Comprovando-se que o suspeito se encontrava em 
determinado local no dia e hora do crime, é intuitivo que 
não poderia estar na cena do crime. 
 Quanto ao valor: provas plenas - são aquelas que
permitem um juízo de certeza quanto ao fato investigado,
podendo ser utilizadas como elemento principal na
formação do convencimento do juízo acerca da
responsabilidade penal do acusado. Exemplos: prova
documental; provas não plenas - são aquelas que,
inseridas na condição de provas circunstanciais, podem
reforçar a convicção do magistrado quanto a determinado
fato, não podendo, porém, ser consideradas como o
fundamento principal do ato decisório. Exemplos: o
indício;
 Quanto ao sujeito: provas reais - são aquelas que não
resultam, diretamente, da pessoa, mas de algo externo e
que também comprova a existência do fato. Exemplo: a
arma empregada na prática do crime; provas pessoais -
são aquelas que decorrem da pessoa. Exemplos: o
interrogatório.
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 57
 A doutrina menciona, também, os princípios que regem a 
produção probatória, vejamos: 
 Princípio do contraditório: Significa que toda prova
realizada por uma das partes admite a produção de uma
contraprova pela outra
 Princípio da comunhão: Uma vez trazidas aos autos, as
provas não mais pertencem à parte que as acostou, mas
sim ao processo, podendo, desse modo, ser utilizadas por
quaisquer dos intervenientes, seja o juiz, sejam as demais
partes;
 Princípio da oralidade: Tanto quanto possível, as
provas devem ser realizadas oralmente, na presença do
juiz;
 Princípio da publicidade: Considerando a importância
das questões atinentes ao processo penal, nada mais
correto do que sejam elas tratadas publicamente;
 Princípio da autorresponsabilidade das partes: Por
meio deste princípio, infere-se que as partes assumirão as
consequências de sua inatividade, erro ou negligência
relativamente à prova de suas alegações;
 Princípio da não autoincriminação: Significa que o
acusado não poderá ser obrigado a produzir provas contra
si. Em face desse privilégio que lhe é assegurado, não
está o acusado, por exemplo, obrigado a responder as
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 57
perguntas que lhe forem formuladas por ocasião de seu 
interrogatório, tampouco a fornecer padrões vocais ou 
letra de próprio punho visando a subsidiar prova pericial 
requerida pelo Ministério Público. 
 Vamos lá pessoal, força e garra para sua aprovação! Uma 
questão muito boa, que poderá ser cobrada, na sua prova, é sobre o 
sistema de apreciação das provas adotado no Brasil. Na atualidade, em 
termos de direito comparado e a despeito da diversidade de regramentos 
inseridos na legislação de cada país, apenas os sistemas do livre 
convencimento, prova legal e íntima convicção – persistem vigorando 
como critérios de valoração. Assim em relação ao direito brasileiro, o 
Código de Processo Penal adotou, como regra, o livre convencimento do 
juiz fundamentado na prova produzida sob o contraditório judicial. 
Entretanto, temos, ainda, algumas exceções que se constituem resquícios 
dos sistemas da íntima convicção e da prova tarifada, vejamos cada um: 
 Sistema do livre convencimento motivado (ou
persuasão racional) - O sistema do livre convencimento
está previsto no art. 155, caput, do CPP, ao dispor que o
juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova
produzida em contraditório judicial, não podendo
fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos
informativos colhidos na investigação, ressalvadas as
provas cautelares, não repetíveis e antecipadas;
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 57
 Sistema da íntima convicção (ou prova livre, ou
certeza moral do juiz) - Trata-se do sistema que confere
ao julgador total liberdade na formação de seu
convencimento, dispensando-se qualquer motivação sobre
as razões que o levaram a esta ou àquela decisão, sendo
irrelevante a circunstância de encontrar-se ou não a prova
nos autos. Embora a íntima convicção não seja a regra do
Código de Processo Penal, não foi abandonada
definitivamente em nosso direito, sendo adotado nos
julgamentos afetos ao Tribunal do Júri.
 Sistema da prova tarifada (ou certeza moral do
legislador, ou verdade legal) - No sistema da tarifação, a
lei estabelece o valor de cada prova, não possuindo o juiz
discricionariedade para decidir contra a previsão legal
expressa. Tal como ocorre com o livre convencimento,
também aqui se exige que estejam incorporados ao
processo os elementos de convicção, não sendo lícito ao
magistrado decidir com base em provas extra-autos.
 Quanto ao ônus da prova no processo penal, estabelece o 
art.156, caput, 1.ª parte, diz que “a prova da alegação incumbirá a quem 
a fizer (...)”. Assim, por ônus entende-se o encargo atribuído às partes de 
provar, mediante meios lícitos e legítimos, a verdade das suas alegações, 
visando fornecer ao juiz os elementos necessários à formação de sua 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 57
convicção. No sentido empregado pelo Código de Processo Penal, ônus 
difere de obrigação. Isso porque uma obrigação descumprida representa 
um ato contrário ao direito, ao qual corresponde uma penalidade. Por 
exemplo: uma vez convocado a depor, tem a testemunha a obrigação de 
comparecer; caso contrário, haverá condução coercitiva. Caso compareça 
e não diga a verdade em face das perguntas que lhe forem formuladas, 
poderá, salvo exceções legais, responder por crime de falso testemunho. 
Já com relação ao ônus, possui natureza diversa, representando, 
simplesmente, um arbítrio relegado à parte onerada, que, realizado, é 
capaz de conduzi-la ou deixá-la em condição favorável dentro do 
processo. Descumprido pela defesa o ônus da prova quanto aos fatos que 
lhe incumbe comprovar, a consequência será uma possibilidade maior de 
condenação, embora esta não seja uma consequência certa ou provável. 
 Outro tema, também, muito importante é a prova ilegal. A 
qual corresponde a um gênero, do qual fazem parte três espécies 
distintas de provas: as provas ilícitas, que são as obtidas mediante 
violação direta ou indireta da Constituição Federal; as provas ilícitas 
por derivação, que correspondem a provas que, conquanto lícitas na 
própria essência, se tornam viciadas por terem decorrido de uma prova 
ilícita anterior ou a partir de uma situação de ilegalidade; e, por fim, as 
provas ilegítimas, assim entendidas as obtidas ou produzidas com 
ofensa a disposições legais, sem nenhum reflexo em nível constitucional. 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 57
 Corpo de Delito 
 Meus caros, esse tema nos remete ao exame de corpo de delito, 
que compreende-se a perícia destinada à comprovação da materialidade 
das infrações que deixam vestígios (Ex: lesões corporais, furto qualificado 
pelo arrombamento, dano etc.). A própria nomenclatura utilizada – corpo 
de delito – sugere o objetivo dessa perícia. Assim, nãose pode falar em 
exame de corpo de delito quando ausente um vestígio em consequência 
da prática delituosa. Observe-se que o referido art. 158 refere-se a 
exame de corpo de delito direto e indireto. Assim, considera-se direto 
quando realizado pelo expert diante do vestígio deixado pela infração 
penal, por exemplo, a necropsia no cadáver. Por outro lado, o exame 
indireto é aquele realizado com base em informações verossímeis 
fornecidas aos peritos quando não dispuserem estes do vestígio deixado 
pelo delito. Imagine-se um delito de estupro, sendo submetida a vítima à 
perícia de conjunção carnal ocorrida um mês antes. Não mais sendo 
constatado o vestígio em face do tempo decorrido, poderão os experts 
elaborar laudo indireto, a partir, por exemplo, de atestado do médico 
particular da vítima que a tenha examinado logo após a ocorrência. Nesse 
caso, o laudo indireto limitar-se-á a um juízo de compatibilidade, vale 
dizer, a afirmar que a realidade constatada é compatível com as 
referências constantes no documento que lhes foi apresentado. 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 57
 É muito comum, na doutrina, a confusão entre o exame de corpo 
de delito indireto e a possibilidade de suprimento da perícia pela prova 
testemunhal em razão do desaparecimento do vestígio. É que, apesar da 
obrigatoriedade da perícia determinada pelo art. 158 quando se tratar de 
crime que deixa vestígios, o Código de Processo Penal, estabeleceu que, 
quando o vestígio houver desaparecido, a prova testemunhal poderá 
suprir-lhe a falta. Esta possibilidade de suprimento não se confunde com 
o chamado exame indireto, ok? No exame indireto há um laudo, firmado
por peritos. Diferente é a situação de suprimento da perícia com base em 
testemunhas que vierem a prestar depoimento em juízo a respeito do 
vestígio do crime que tenham presenciado, caso em que se estará não 
diante de uma prova pericial indireta, mas sim de uma prova 
testemunhal. Essa a conjugação dos arts. 158 e 167, o primeiro 
classificando o exame de corpo de delito como direto ou indireto, e o 
segundo tratando da impossibilidade de realização do exame de corpo de 
delito, caso em que seria possível o suprimento pela prova testemunhal. 
 O art. 158 do CPP, como já dissemos, determina que, quando a 
infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, 
direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. Esta 
regra guarda simetria com o art. 564, III, b, do CPP, dispondo que 
constitui nulidade a falta do exame de corpo de delito, salvo o disposto no 
art. 167 do mesmo Código. Este, por sua vez, refere a possibilidade de 
suprimento do exame de corpo de delito pela prova testemunhal quando 
o vestígio houver desaparecido.
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 57
 Assim, a partir da conjugação desses três artigos, constata-se 
que a regra, efetivamente, é a obrigatoriedade da perícia como meio hábil 
à constatação dos sinais visíveis deixados pela infração penal. Também 
como regra, a falta dessa perícia importará em nulidade processual, salvo 
se motivada no desaparecimento do vestígio, caso em que a prova 
testemunhal poderá suprir-lhe a falta. 
 Continuando, o art. 159, caput, estabelece que o exame de corpo 
de delito deverá ser realizado por perito oficial portador de curso superior. 
Perito oficial é aquele que pertence aos quadros do Estado. Ao empregar 
a palavra “perito” no singular, o CPP aboliu a exigência de dois peritos 
para a realização do exame. Sendo oficial, portanto, basta um perito, 
ressalvada a hipótese de perícia que abranja mais de uma área do 
conhecimento, caso em que poderá ser designada a atuação de mais de 
um perito. Outra coisa, o CPP prevê que, na falta de perito oficial, poderá 
a perícia ser realizada por dois peritos não oficiais (peritos leigos), 
como tal consideradas as pessoas idôneas, portadoras de curso superior 
preferencialmente na área que constitui o objeto da perícia, que possuam 
habilitação técnica relacionada à natureza do exame e que, nomeadas 
pelo Delegado de Polícia ou pelo juiz, prestem o compromisso de bem e 
fielmente desempenharem a função para a qual encarregados. 
 E no caso de divergência entre os peritos? Sabemos que existem 
determinadas hipóteses em que persiste a obrigatoriedade de ser a 
perícia executada por mais de um especialista. É o caso, por exemplo, da 
perícia efetuada por peritos não oficiais, exigindo o art. 159, § 1.º, do CPP 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 57
o mínimo de dois profissionais na sua efetivação; também assim o laudo
toxicológico definitivo, sugerindo a redação do art. 50, § 2.º, da Lei 
11.343/2006 a necessidade de que seja confeccionado por mais de um 
perito (refere o dispositivo que o perito que subscrever o laudo provisório 
não ficará impedido de participar do laudo definitivo, não sendo 
concebível que alguém participe de uma atividade sozinho); e, ainda, a 
perícia realizada para fins de materialização dos crimes contra a 
propriedade imaterial de ação penal privada, referindo-se o art. 527 do 
CPP, expressamente, a “dois peritos”. 
 Nessas hipóteses, participando mais de um profissional no exame 
pericial, é possível que venham eles a divergir nas respectivas conclusões. 
Para solucionar o impasse daí decorrente, prevê o art. 180 que, “se 
houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame 
as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá 
separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este 
divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame 
por outros peritos”. 
 Condensando os termos do art. 180 e conjugando-o com a regra 
de valoração das provas no processo penal brasileiro – sistema do livre 
convencimento motivado –, conclui-se que três são as possibilidades que 
podem surgir da análise judicial de laudo elaborado por mais de um 
perito, quando assim for exigido pela lei, vejamos: 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 57
 Peritos convergem nas conclusões e o juiz concorda
integralmente com o resultado do laudo: a decisão
será proferida em acordo com a perícia;
 Peritos convergem nas conclusões e o juiz discorda
com o resultado do laudo: o juiz proferirá decisão
contrária ao laudo, fundamentando-a, porém, em outros
elementos de prova coligidos ao processo;
 Peritos divergem nas conclusões, caso em que o juiz:
 Poderá optar por uma das soluções apontadas,
discordando da remanescente e
fundamentando esse seu entendimento;
 Poderá nomear terceiro perito – chamado de
“desempatador” – para indicar qual sua posição
em face das conclusões contraditórias dos
peritos que o antecederam no exame, guiando-
se o magistrado, neste caso, pelo resultado das
observações desse último perito;
 Se o perito desempatador divergir das
conclusões dos peritos que realizaram o
primeiro laudo, poderá o juiz determinar nova
perícia, a ser realizada por dois outros peritos,
ignorando, então, a primeira realizada.
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria eExercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 57
 Seguindo, meus caros, temos a figura dos laudos 
complementares que são aqueles resultantes de perícias realizadas em 
momento posterior à perícia principal e que devem ser realizados, se 
possível, pelos próprios peritos que fizeram o primeiro exame. Assim, são 
duas, basicamente, as situações que levam o Delegado de Polícia, o juiz e 
o próprio Ministério Público a determinarem ou requisitarem essa
providência, a saber: 
 Esclarecimento de omissões, obscuridades ou
contradições. Não se trata, aqui, de posicionamentos
divergentes dos peritos, mas de laudo, efetivamente,
contraditório em suas conclusões. Exemplo: Atesta,
como causa da morte da pessoa encontrada em um rio,
afogamento por água, ao mesmo tempo em que refere
encontrarem-se os pulmões do cadáver íntegros e secos;
 Necessidade de aguardar o decurso de certo
período de tempo para viabilizar a resposta a quesitos
relevantes na apuração do delito. Exemplos: exame
complementar para constatar o caráter permanente de
debilidade de órgão, sentido, ou função.
 Pessoal, a regra estabelecida pelo Código de Processo Penal é a de 
que o exame de corpo de delito possa ser feito em qualquer dia e 
hora, sem restrições quanto aos feriados e períodos noturnos. Uma 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 57
primeira exceção, contudo, existe em relação ao exame interno do 
cadáver (necropsia ou autópsia), o qual deverá ser feito no mínimo seis 
horas após a morte. Como o risco de morte aparente, na atualidade, é 
improvável em face do avanço tecnológico, na prática esse tempo não 
tem sido observado, mesmo porque o próprio dispositivo citado ressalva a 
possibilidade de efetivação do exame antes do interregno lá previsto 
quando induvidosa a morte do indivíduo. Outra ressalva em relação ao 
tempo da perícia são os exames a serem realizados por eventuais 
assistentes técnicos indicados pelas partes à prévia conclusão da perícia 
oficial e elaboração do respectivo laudo. 
 Documentos Médico legal/Criminalístico 
 Outro ponto importante que a nossa legislação traz, são os 
Documentos Criminalísticos e/ou Médico Legal, os quais constam de todas 
as informações de conteúdo médico ou não, e que tenham interesse 
judicial, assim, possuem características específicas, tais como: 
 São emitidos porperitos habilitados;
 Decorrem de exames médicos;
 São apresentados geralmente por escrito;
 Objetivam o esclarecimento de questão judicial.
 Vamos destacar eles e conceituá-los, classificam-se como: 
atestados, notificações compulsórias, relatórios médico-legais, 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 57
pareceres (técnico ou do legista), depoimentos orais, autos e 
laudos. Os clínicos são simples declarações para certificar condições 
de sanidade ou enfermidade, por exemplo, para justificar ausência do 
paciente ao trabalho (é sempre fornecido a pedido do interessado). 
 Vou abordar todos, mas vamos focar mais no parecer técnico e 
no laudo, pois acredito que será o foco da prova. 
Atestados 
 É a declaração escrita de determinado fato médico e suas 
possíveis consequências, ou seja, resume de forma objetiva, o resultado 
da avaliação realizada de um paciente, o teor de sua doença ou sanidade. 
A doutrina classifica quanto à sua destinação, em oficioso, aquele 
fornecido por médico em atividade privada, em situação menos formal; 
administrativo, aquele que vai desempenhar uma finalidade junto a 
repartição pública; e judicial, expedido por solicitação do Juiz, 
integrando autos de processo judiciário. 
 As certidões de óbito, também chamada por alguns de 
atestados, declaram a morte de um indivíduo e nesse aspecto há três 
situações para sua emissão: 
 Em caso de morte natural é atribuição do próprio
médico que tenha assistido o paciente, sem a
necessidade de necrópsia;
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 57
 Em caso de morte natural mas ocorrida por alguma
doença ou situação mal definida, os médicos podem
requerer a necrópsia;
 Morte violenta (acidente, suicídio e crime) e suspeita
(inesperada, sem causa evidente) o corpo será
encaminhado ao Instituto Médico Legal para
verificação das causas.
Atestados falsos 
 Quando um atestado é chamado de gracioso, de favor ou 
complacente, ele provavelmente foi fornecido a alguém por amizade ou 
por qualquer outro motivo. Não se efetiva pelo ato médico (exame, por 
exemplo) e às vezes é concedido com fins de lucro. É improcedente a 
alegação de que a finalidade do atestado é meramente protocolar, sem 
importância porque além de problemas e questões éticas, um atestado 
gracioso ou “lucrativo” poderá vir a caracterizar um “atestado falso”, 
punível, nos termos do Código Penal: 
"Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, 
atestado falso: Pena - detenção, de um mês a um ano 
Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, 
aplica-se também multa." 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 57
 Notificações compulsórias 
 São notificações obrigatórias as comunicações que devem 
ser expedidas às autoridades competentes por razões sociais ou 
sanitárias. Casos de epidemias obrigam notificações obrigatórias como 
Dengue, Hanseníase, Sida, Tuberculose entre outras. Essas notificações 
incluem doenças profissionais e do trabalho, como também o acidente de 
trabalho via CAT. A comunicação de ocorrência de crime de ação penal 
pública incondicionada (desde que não exponha o cliente a procedimento 
criminal) e a comunicação de ocorrência de morte encefálica, com vistas 
para captação e distribuição de órgãos. Outras ocorrências induzidas ou 
causadas por alguém que não médico: óbitos, lesões corporais, danos à 
saúde e as ocorrências de violência contra a mulher, como esterilizações 
cirúrgicas. 
Parecer do Legista 
 É o documento médico-legal, de natureza subjetiva, que expressa 
a opinião, mesmo que fundamentada, de um profissional. Podem ser 
meramente oficiosos, particulares e encomendados pelas partes para 
reforçar uma tese e, por isto, devem ser analisados com cautela e 
raramente se sobrepõem aos exames oficiais. 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 57
Depoimentos orais 
 Geralmente são dados pelos legistas perante autoridade policial 
ou judicial e objetiva o esclarecimento de uma questão médica específica 
e de interesse judicial. Tais depoimentos são normalmente reduzidos a 
termo. 
Relatórios médico-legais 
 São resultantes da atuação médico legal, classificados como: 
 Auto que é um relatório ditado ao escrivão ou ao escrevente
na presença do delegado ou de um juiz. Normalmente é
elaborado por peritos “Ad hoc” e assinado pelos peritos
nomeados, pelo escrivão e pelo delegado;
 Laudo que é elaborado pelo próprio médico e o mais comum
dos relatórios.
 Atenção: quanto ao auto e ao laudo, se for ditado logo 
após o exame: auto;se for redigido posteriormente pelos peritos: 
laudo. 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 57
 Documentos periciais 
 Devido à importância do Laudo Pericial e do Parecer para o 
concurso de vocês, farei uma abordagem mais detalhado destes 
documentos, vamos lá! 
 Laudo pericial 
 Texto em que um perito emite seu parecer e responde a todos os 
quesitos que lhe forem propostos pelo juiz e pelas partes interessadas. O 
Laudo é uma peça técnico-formal, por meio do qual é apresentado o 
resultado de uma perícia. Nele deve ser relatado tudo o que foi objeto dos 
exames levado a efeito pelos peritos, ou seja, é um documento técnico-
formal que exprime o resultado do trabalho do perito. Dentre as várias 
peças técnicas, podemos dizer que o Laudo Pericial é o documento 
mais completo, em razão da sua origem que é um exame de 
natureza pericial, feito por peritos. 
 Nesse ponto vale ressaltar que, sob o enfoque técnico-jurídico, 
um exame pericial pressupõe uma obra de natureza eminentemente 
técnico-científica. Assim, é levada a efeito por especialistas naquilo que 
estão a realizar, cuja obrigação é dar maior abrangência possível. Os 
peritos não devem se restringir ao que lhes for perguntado ou 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 57
requisitado, mas estarem sempre atentos para outros fatos que possam 
surgir no transcorrer de um exame e, a partir daí, também fazerem 
constar essa parte suplementar no respectivo laudo. Dessa forma, a partir 
desse amplo e complexo exame, a peça técnica será capaz de exprimir o 
universo dessa perícia, que será o Laudo Pericial. 
 O Laudo Pericial pode ser Criminal (oficial) ou Cível. Vejamos: 
Laudo Pericial 
Criminal Cível 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 57
 Não existe forma legal para sua apresentação, pois um Laudo tem 
que apresentar no mínimo: 
Destina-se à Justiça 
Criminal. A principal 
característica do Laudo 
Pericial criminal é que 
todas as partes 
integrantes do processo 
dele se utilizam, pois é 
uma peça técnica-pericial 
única determinada pelo 
CPP. Só há a figura do 
perito oficial para fazer a 
perícia, cujo laudo 
poderá ser utilizado 
desde a fase de 
investigação policial até o 
processo, tanto pelo 
magistrado como pelo 
promotor ou partes 
representadas pelos 
advogados. 
O Laudo Pericial Cível tem 
destinação mais restrita 
do que o Laudo Pericial 
Criminal, pois visa a 
esclarecer dúvidas 
levantadas pelo 
magistrado que esteja 
apreciando um processo. 
Segundo a doutrina, esse 
exame pericial realizado 
pelo chamado "perito do 
juízo" deve seguir, do 
ponto de vista técnico-
científico, os mesmos 
critérios adotados pelos 
peritos oficiais na 
realização das perícias 
criminais. 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 57
 Preâmbulo, onde consta os dados gerais como autoridade
requisitante, objeto do exame e data da ocorrência; 
 Quesitos, que na área criminal são oficiais e padronizados
para as principais perícias e constam de perguntas 
relevantes para o objeto do direito; 
 Histórico, onde consta resumidamente os fatos geradores
da perícia; 
 Descrição, parte que pormenoriza as etapas dos exames
realizados com apresentação dos elementos colhidos no 
decorrer do exame, “visum et repertum” - a parte mais 
importante do relatório; 
 Discussão, onde há interpretação dos fatos, diagnósticos
e prognósticos onde os peritos comentam os dados 
obtidos, discutem várias hipóteses e exteriorizam suas 
impressões; 
 Conclusões, são as ilações e ponderações decorrentes do
exame realizado – é a síntese do laudo. 
 Existem alguns doutrinadores que dizem que o Laudo possui 
uma estrutura composta por introdução, desenvolvimento e 
conclusão, assim, caso seja cobrado na sua prova não está errado. 
 Cabe ressaltar, que as respostas aos quesitos oficiais e aos 
formulados devem ser simples, breves, com o mínimo possível de 
palavras para o posterior desfecho ou encerramento. 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 57
 Parecer 
 Compõem-se de quatro partes (não possui descrição): 1º é o 
Preâmbulo onde consta a qualificação do médico consultado; 2º a 
Exposição que transcreve os quesitos e o objeto da consulta; 3º a 
Discussão que é a parte mais importante do parecer, onde os fatos 
apresentados serão analisados em minúcias e; 4º as Conclusões onde o 
modo de ver do parecerista dá as respostas aos quesitos formulados. 
 Meus caros, o parecer técnico é um documento que tem uma 
infinidade de aplicações e seu conteúdo é relativamente genérico, 
podendo abordar desde a análise de fatos concretos até situações 
hipotéticas que venham a servir de parâmetro para outras análises e/ou 
conclusões. 
 O parecer técnico diferencia-se do laudo pericial em razão de ser 
um documento consequente de uma análise sobre determinado fato 
específico, contendo a respectiva emissão de opinião técnica sobre aquele 
caso estudado. 
 Portanto, o parecer técnico sempre deverá ter um objetivo 
específico a se dedicar, excluindo-se da análise quaisquer outros 
elementos que não venham a corroborar e respaldar o objetivo de tal 
análise, diferente do laudo pericial, que é totalmente abrangente, 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 57
inclusive sobre fatos não perguntados, mas que possam surgir ao longo 
dos exames. 
 Assim, em se tratando de um parecer técnico emitido por 
assistente técnico que não concordou com o laudo do perito do juízo, ele 
irá analisar e emitir a sua opinião sobre os fatos que possam respaldar os 
argumentos do seu cliente. 
 Vamos, agora, fazer algumas questões. Espero vocês na próxima 
aula! 
 Grande abraço e bons estudos! 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 57
Questões propostas 
1) (FUMARC - 2013 - PC-MG - Médico legista) É correto o que se
afirma, EXCETO em: 
A) Pericia percipiendi é aquela em que o perito é chamado para
conferir, técnica e cientificamente, um fato sob a ótica 
quantitativa e qualitativa. 
B) A perícia, segundo seu modo de realizar-se, pode ser sobre o
fato a analisar (pericia deducendi) ou sobre uma perícia já 
realizada (pericia percipiendi). 
C) Pericia deducendi é a análise feita sobre fatos pretéritos com
relação àqueles sobre os quais possa existir contestação ou 
discordância das partes ou do julgador. 
D) Define-se perícia médico-legal como um conjunto de
procedimentos médicos e técnicos que tem como finalidade o 
esclarecimento de um fato de interesse da justiça. 
2) (IGP - SC - 2014) Conforme determina a legislação brasileira
vigente, no que serefere aos procedimentos periciais, a 
autoridade policial, logo que tiver conhecimento da prática da 
infração penal, deverá, dentre outros procedimentos: 
I. Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista 
individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e 
estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 57
quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação 
do seu temperamento e caráter. 
II. Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o
estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos 
criminais; apreendendo os objetos que tiverem relação com o fato, 
após serem liberados por estes. 
III. Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do
fato e suas circunstâncias; ouvir o ofendido e o indiciado. 
IV. Ordenar a identificação do indiciado pelo processo
datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de 
antecedentes. 
A sequência correta é: 
a) Apenas a assertiva III está correta.
b) Apenas as assertivas I, II e IV estão corretas.
c) As assertivas I, II, III e IV estão corretas.
d) Apenas as assertivas II e IV estão corretas.
3) (UESPI - 2014 - PC-PI - Delegado de Polícia) Em matéria de
prova no processo penal, assinale a alternativa INCORRETA 
A) No Sistema Acusatório não há distribuição de cargas
probatórias, posto que a carga da prova está inteiramente nas 
mãos do acusador. 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 57
B) O problema da carga probatória é uma regra para o juiz,
proibindo-o de condenar alguém cuja culpabilidade não haja sido 
provada. 
C) Incumbe ao acusador provar a presença de todos os elementos
que integram a tipicidade, ilicitude e a culpabilidade, bem como a 
inexistência das causas de justificação. 
D) O princípio do contraditório relaciona-se intimamente com o
princípio do audiatur et altera pars, com a oitiva de ambas as 
partes, sob pena de parcialidade do magistrado. 
E) Em termos de valoração das provas, o Brasil adota o sistema
legal de provas. 
4) (VUNESP - 2014 - TJ-RJ - Juiz Substituto) No processo penal, o
perito 
A) deve prestar compromisso para cada trabalho, ainda que seja
perito oficial. 
B) deve, quando trabalha em dupla, chegar a um consenso com
seu colega acerca do objeto da perícia, não podendo apresentar 
laudo divergente em separado. 
C) pode ser ouvido em audiência e pode, inclusive, ter
determinada sua condução coercitiva. 
D) pode ser considerado suspeito, mas nunca impedido.
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 57
5) (VUNESP - 2014 - PC-SP - Médico Legista) Tendo em vista o
que dispõe o Código de Processo Penal no tocante ao exame de 
corpo de delito e das perícias em geral, é correto afirmar que 
A) o laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, 
podendo esse prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a 
requerimento dos peritos. 
B) o exame de corpo de delito será realizado por perito oficial, 
portador de diploma de curso de medicina ou, na falta deste, por 
um médico de confiança da autoridade policial. 
C) todos os peritos, oficiais e não oficiais, prestarão o
compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo assim 
que forem nomeados para realizar a perícia. 
D) serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de
acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação 
de quesitos, sendo, porém, vedada às partes a indicação de 
assistente técnico. 
E) os cadáveres não poderão ser fotografados no local em que
forem encontrados, devendo ser levados imediatamente ao 
Instituto Médico Legal para o exame pericial. 
6) (VUNESP - 2014 - PC-SP - Médico Legista) Segundo o Código de
Processo Penal, a circunstância conhecida e provada que, tendo 
relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência 
de outra ou outras circunstâncias, denomina-se 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 57
A) elemento probante.
B) perícia.
C) laudo.
D) prova.
E) indício.
7) (VUNESP - 2014 - PC-SP - Investigador de Polícia) O Código de
Processo Penal considera, entre outros, como meios de prova: 
A) reconhecimento de coisas; investigação policial; inquirição de
testemunha; retrato falado. 
B) busca e apreensão; retrato falado; interrogatório do acusado;
confissão 
C) reconhecimento de pessoas; reconhecimento de coisas;
confissão; acareação. 
D) interrogatório do acusado; retrato falado; reconhecimento de
pessoas; acareação. 
E) investigação policial; interrogatório do acusado; confissão;
acareação. 
8) (PC-SP - 2011 - PC-SP - Delegado de Polícia) A diferença entre
laudo e auto médico-legal é: 
A) os dois são ditados a um escrivão.
B) o auto é apenas um resumo do laudo. 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 57
C) o primeiro é escrito e o segundo é ditado a um escrivão perante 
testemunhas. 
D) os dois são pareceres.
E) o laudo só pode ser realizado pelo médico legista. 
9) (CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivão de Polícia - Específicos)
Julgue o item a seguir, acerca de documentos médico-legais, 
perícia e peritos. 
Declarações, laudos, receitas e atestados são documentos médico-
legais emitidos por médico. 
10) (CEFET-BA - 2008 - PC-BA - Delegado de Polícia) O documento
médico legal, ditado ao escrivão logo após a realização do exame 
pericial, é denominado 
A) Auto.
B) Parecer.
C) Atestado.
D) Relatório.
E) Notificação.
11) (FCC - 2002 - MPE-PE - Promotor de Justiça) Quanto aos
documentos médico-legais, é correto dizer que 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 57
A) a notificação às autoridades competentes sobre moléstias
infecto-contagiosas e doenças do trabalho não se inclui entre eles, 
por ser facultativa em respeito à regra do sigilo profissional. 
B) o relatório, que pode ser um auto ou um laudo, é o documento 
médico-legal por excelência e dele devem constar, 
exclusivamente, o histórico, os quesitos e suas respostas 
objetivas. 
C) os atestados em geral, também chamados de certificados
médicos, não têm nenhum interesse para a medicina legal, visto 
que são atos espontâneos praticados pelo profissional. 
D) o atestado de óbito somente se enquadra na categoria de 
documento médico-legal quando assinado por médico-legista no 
exercício de sua função oficial. 
E) o depoimento oral é um deles, quando o perito é chamado a 
prestar esclarecimentos sobre o laudo, seja explicando a 
terminologia técnica, seja respondendo objetivamente às 
perguntas formuladas. 
12) (Perito Criminal - RS - 2009) Os documentos médico-legais
são mecanismos de comunicação com as autoridades e, portanto, 
devem ser elaborados com metodologia, de forma a obedecer uma 
configuração preestabelecida. Constituem parte comum ao 
relatório ou laudo e ao parecer, EXCETO: 
A) descrição.
02411066139Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 57
B) discussão.
C) conclusão.
D) preâmbulo.
E) quesitos.
13) (Delegado de Polícia - MG - 2011) Constitui comunicação
compulsória feita por médico às autoridades competentes, de fato 
profissional, por necessidade social ou sanitária: 
A) Atestado.
B) Notificação.
C) Parecer.
D) Relatório.
14) (Perito Criminal - PI - 2008) - Entre os documentos médicos
abaixo, assinale aquele que não apresenta entre suas etapas o 
exame médico: 
A) Laudo médico-legal
B) Atestado médico
C) Parecer médico-legal
D) Atestado de óbito
E) Auto médico-legal
15) (Perito Criminal - PC PB - 2009) Acerca de laudo pericial,
assinale a opção incorreta. 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 57
A) Laudo pericial é a conclusão a que chegam os peritos, exposta
na forma escrita, devidamente fundamentada, constando todas as 
observações pertinentes ao que foi verificado e contendo as 
respostas aos quesitos. 
B) Entre os elementos do laudo do exame de corpo de delito estão
o preâmbulo e o histórico.
C) Permite-se aos peritos optar por descrições sucintas e
resumidas ao retratarem uma inspeção, e as partes não podem 
questionar o conteúdo do laudo, solicitando ao juiz que determine 
aos peritos a sua complementação. 
D) A discussão é a parte do laudo em que se realiza a análise
minuciosa dos dados encontrados, esclarecendo hipóteses e 
divergências, trajeto de instrumentos, entre outros, muitas vezes 
com auxílio de citações bibliográficas. É nesse momento que se 
deve esclarecer dúvidas a respeito dos termos técnicos e das 
siglas utilizadas no laudo. 
E) Não devem ser deixados quesitos sem resposta, mesmo que o
resultado seja indeterminado ou sem elementos para configurar a 
resposta. 
16) (FUNCAB - 2012 - PC-RO - Médico Legista) Em relação aos
documentos médico-legais e à atuação do perito, assinale a 
alternativa correta. 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 57
A) O perito médico tem sua atuação restrita à fase de inquérito de
um processo. 
B) O atestado médico não é considerado documento médico-legal.
C) O médico assistente pode fornecer a declaração de óbito de seu
paciente mesmo que haja suspeita de violência. 
D) Não é necessário o preenchimento da Declaração de Óbito de
nascidos mortos. 
E) Relatório médico-legal é a descrição minuciosa de uma perícia
médica a fim de responder à solicitação da autoridade policial ou 
judiciária. 
17) (CESPE - 2012 - PC-AL - Agente de Polícia) O atestado médico
é a afirmação do profissional acerca do fato examinado, já o laudo 
é o relatório emitido pelo perito, que pode ser o perito médico 
legista. Nesse caso, trata-se do laudo pericial médico-legal. 
18) (Inédita – Alexandre Herculano – 2014) São características do
Parecer Técnico, EXCETO: 
A) Não pode ser uma peça judicial;
B) Só pode ser elaborado por perito oficial;
C) É um laudo técnico;
D) Contém a respectiva emissão de opinião técnica.
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 57
Questões Comentadas 
1) (FUMARC - 2013 - PC-MG - Médico legista) É correto o que se
afirma, EXCETO em: 
A) Pericia percipiendi é aquela em que o perito é chamado para conferir,
técnica e cientificamente, um fato sob a ótica quantitativa e qualitativa. 
B) A perícia, segundo seu modo de realizar-se, pode ser sobre o fato a
analisar (pericia deducendi) ou sobre uma perícia já realizada (pericia 
percipiendi). 
C) Pericia deducendi é a análise feita sobre fatos pretéritos com relação
àqueles sobre os quais possa existir contestação ou discordância das 
partes ou do julgador. 
D) Define-se perícia médico-legal como um conjunto de procedimentos
médicos e técnicos que tem como finalidade o esclarecimento de um fato 
de interesse da justiça. 
Comentários: 
 Como vimos, a perícia, conforme seu modo de realizar-se, pode 
ser sobre o fato a analisar (perícia percipiendi) ou sobre uma perícia já 
realizada (perícia deducendi). 
Gabarito: B. 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 57
2) (IGP - SC - 2014) Conforme determina a legislação brasileira
vigente, no que se refere aos procedimentos periciais, a 
autoridade policial, logo que tiver conhecimento da prática da 
infração penal, deverá, dentre outros procedimentos: 
I. Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, 
familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo 
antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que 
contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter. 
II. Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e
conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; 
apreendendo os objetos que tiverem relação com o fato, após serem 
liberados por estes. 
III. Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e
suas circunstâncias; ouvir o ofendido e o indiciado. 
IV. Ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se
possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes. 
A sequência correta é: 
a) Apenas a assertiva III está correta.
b) Apenas as assertivas I, II e IV estão corretas.
c) As assertivas I, II, III e IV estão corretas.
d) Apenas as assertivas II e IV estão corretas.
Comentários: 
 Vejamos a literalidade do art. 6 do CPP: 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 57
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração 
penal, a autoridade policial deverá: 
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem 
o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos
criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) 
(Vide Lei nº 5.970, de 1973) 
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, 
após liberados pelos peritos criminais; (Redação dada pela Lei 
nº 8.862, de 28.3.1994) 
III - colher todas as provas que servirem para o 
esclarecimento do fato e suas circunstâncias; 
IV - ouvir o ofendido; 
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, 
do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo 
o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que
Ihe tenham ouvido a leitura; 
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a 
acareações; 
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de 
corpo de delito e a quaisquer outras perícias; 
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo 
datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha 
de antecedentes; 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 57
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de 
vista individual, familiar e social, sua condiçãoeconômica, sua 
atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante 
ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a 
apreciação do seu temperamento e caráter. 
Gabarito: C. 
3) (UESPI - 2014 - PC-PI - Delegado de Polícia) Em matéria de
prova no processo penal, assinale a alternativa INCORRETA 
A) No Sistema Acusatório não há distribuição de cargas probatórias, posto
que a carga da prova está inteiramente nas mãos do acusador. 
B) O problema da carga probatória é uma regra para o juiz, proibindo-o
de condenar alguém cuja culpabilidade não haja sido provada. 
C) Incumbe ao acusador provar a presença de todos os elementos que
integram a tipicidade, ilicitude e a culpabilidade, bem como a inexistência 
das causas de justificação. 
D) O princípio do contraditório relaciona-se intimamente com o princípio
do audiatur et altera pars, com a oitiva de ambas as partes, sob pena de 
parcialidade do magistrado. 
E) Em termos de valoração das provas, o Brasil adota o sistema legal de
provas. 
Comentários: 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 57
 Vimos que no direito brasileiro, o Código de Processo Penal 
adotou, como regra, o livre convencimento do juiz fundamentado na 
prova produzida sob o contraditório judicial. 
Gabarito: E. 
4) (VUNESP - 2014 - TJ-RJ - Juiz Substituto) No processo penal, o
perito 
A) deve prestar compromisso para cada trabalho, ainda que seja perito
oficial. 
B) deve, quando trabalha em dupla, chegar a um consenso com seu
colega acerca do objeto da perícia, não podendo apresentar laudo 
divergente em separado. 
C) pode ser ouvido em audiência e pode, inclusive, ter determinada sua
condução coercitiva. 
D) pode ser considerado suspeito, mas nunca impedido.
Comentários: 
 Cabe a condução coercitiva com fundamento legal no art. 278 do 
CPP: "No caso de não comparecimento do perito, sem justa causa, a 
autoridade poderá determinar a sua condução." 
Gabarito: C. 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 57
5) (VUNESP - 2014 - PC-SP - Médico Legista) Tendo em vista o
que dispõe o Código de Processo Penal no tocante ao exame de 
corpo de delito e das perícias em geral, é correto afirmar que 
A) o laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo 
esse prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos 
peritos. 
B) o exame de corpo de delito será realizado por perito oficial, portador 
de diploma de curso de medicina ou, na falta deste, por um médico de 
confiança da autoridade policial. 
C) todos os peritos, oficiais e não oficiais, prestarão o compromisso de
bem e fielmente desempenhar o encargo assim que forem nomeados para 
realizar a perícia. 
D) serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos, sendo, 
porém, vedada às partes a indicação de assistente técnico. 
E) os cadáveres não poderão ser fotografados no local em que forem
encontrados, devendo ser levados imediatamente ao Instituto Médico 
Legal para o exame pericial. 
Comentários: 
 Segundo o art. 160, P.U do CPP - O laudo pericial será elaborado 
no prazo máximo de 10 (dez) dias, podendo este prazo ser prorrogado, 
em casos excepcionais, a requerimento dos peritos. 
Gabarito: A. 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 57
6) (VUNESP - 2014 - PC-SP - Médico Legista) Segundo o Código de
Processo Penal, a circunstância conhecida e provada que, tendo 
relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência 
de outra ou outras circunstâncias, denomina-se 
A) elemento probante.
B) perícia.
C) laudo.
D) prova.
E) indício.
Comentários: 
 Vejamos literalidade do art. 239 do CPP: 
 "Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, 
tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência 
de outra ou outras circunstâncias." 
Gabarito: E. 
7) (VUNESP - 2014 - PC-SP - Investigador de Polícia) O Código de
Processo Penal considera, entre outros, como meios de prova: 
A) reconhecimento de coisas; investigação policial; inquirição de
testemunha; retrato falado. 
B) busca e apreensão; retrato falado; interrogatório do acusado;
confissão 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 57
C) reconhecimento de pessoas; reconhecimento de coisas; confissão;
acareação. 
D) interrogatório do acusado; retrato falado; reconhecimento de pessoas;
acareação. 
E) investigação policial; interrogatório do acusado; confissão; acareação.
Comentários: 
 Pessoal, os meios de provas são: interrogatório, confissão, 
testemunha, reconhecimento de coisas e pessoas, acareações, 
Documentos, etc. 
Gabarito: C. 
8) (PC-SP - 2011 - PC-SP - Delegado de Polícia) A diferença entre
laudo e auto médico-legal é: 
A) os dois são ditados a um escrivão.
B) o auto é apenas um resumo do laudo. 
C) o primeiro é escrito e o segundo é ditado a um escrivão perante 
testemunhas. 
D) os dois são pareceres.
E) o laudo só pode ser realizado pelo médico legista. 
Comentários: 
 Vejamos a diferença: 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 57
 Auto que é um relatório ditado ao escrivão ou ao escrevente
na presença do delegado ou de um juiz. Normalmente é
elaborado por peritos “Ad hoc” e assinado pelos peritos
nomeados, pelo escrivão e pelo delegado;
 Laudo que é elaborado pelo próprio médico e o mais comum
dos relatórios.
 Atenção: quanto ao auto e ao laudo, se for ditado logo 
após o exame: auto; se for redigido posteriormente pelos peritos: 
laudo. 
Gabarito: C. 
9) (CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivão de Polícia - Específicos)
Julgue o item a seguir, acerca de documentos médico-legais, 
perícia e peritos. 
Declarações, laudos, receitas e atestados são documentos médico-legais 
emitidos por médico. 
Comentários: 
 Pessoal, receitas não entram no rol! 
Gabarito: E. 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 57
10) (CEFET-BA - 2008 - PC-BA - Delegado de Polícia) O documento
médico legal, ditado ao escrivão logo após a realização do exame 
pericial, é denominado 
A) Auto.
B) Parecer.
C) Atestado.
D) Relatório.
E) Notificação.
Comentários: 
 Quanto ao auto e ao laudo, se for ditado logo após o exame: 
auto; se for redigido posteriormente pelos peritos: laudo. 
Gabarito: A. 
11) (FCC - 2002 - MPE-PE - Promotor de Justiça) Quanto aos
documentos médico-legais, é correto dizer que 
A) a notificação às autoridades competentes sobre moléstias infecto-
contagiosas e doenças do trabalho não se inclui entre eles, por ser 
facultativa em respeito à regra do sigilo profissional. 
B) o relatório, que pode ser um auto ou um laudo, é o documento 
médico-legal por excelência e dele devem constar, exclusivamente, o 
histórico, os quesitos e suas respostas objetivas. 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legalʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 57
C) os atestados em geral, também chamados de certificados médicos, não
têm nenhum interesse para a medicina legal, visto que são atos 
espontâneos praticados pelo profissional. 
D) o atestado de óbito somente se enquadra na categoria de documento 
médico-legal quando assinado por médico-legista no exercício de sua 
função oficial. 
E) o depoimento oral é um deles, quando o perito é chamado a prestar 
esclarecimentos sobre o laudo, seja explicando a terminologia técnica, 
seja respondendo objetivamente às perguntas formuladas. 
Comentários: 
 Os Documentos Criminalísticos e/ou Médico Legal constam de 
todas as informações de conteúdo médico ou não, e que tenham interesse 
judicial, possuem características específicas, tais como: 
 São emitidos por peritos habilitados;
 Decorrem de exames médicos;
 São apresentados geralmente por escrito;
 Objetivam o esclarecimento de questão judicial.
 Vamos destacar eles e conceituá-los, classificam-se como 
atestados, notificações compulsórias, relatórios médico-legais, 
pareceres, depoimentos orais, auto e laudo. Os clínicos são simples 
declarações para certificar condições de sanidade ou enfermidade, 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 57
por exemplo, para justificar ausência do paciente ao trabalho (é sempre 
fornecido a pedido do interessado). 
 Geralmente, os depoimentos orais, são dados pelos legistas 
perante autoridade policial ou judicial e objetiva o esclarecimento de uma 
questão médica específica e de interesse judicial. Tais depoimentos são 
normalmente reduzidos a termo. 
Gabarito: E. 
12) (Perito Criminal - RS - 2009) Os documentos médico-legais
são mecanismos de comunicação com as autoridades e, portanto, 
devem ser elaborados com metodologia, de forma a obedecer uma 
configuração preestabelecida. Constituem parte comum ao 
relatório ou laudo e ao parecer, EXCETO: 
A) descrição.
B) discussão.
C) conclusão.
D) preâmbulo.
E) quesitos.
Comentários: 
 Então, agora ficou fácil, né? Como vimos o Parecer compõem-se 
de quatro partes (não possui descrição): 1º é o Preâmbulo onde consta 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 50 de 57
a qualificação do médico consultado; 2º a Exposição que transcreve os 
quesitos e o objeto da consulta; 3º a Discussão que é a parte mais 
importante do parecer, onde os fatos apresentados serão analisados em 
minúcias e; 4º as Conclusões onde o modo de ver do parecerista dá as 
respostas aos quesitos formulados. 
Gabarito: A. 
13) (Delegado de Polícia - MG - 2011) Constitui comunicação
compulsória feita por médico às autoridades competentes, de fato 
profissional, por necessidade social ou sanitária: 
A) Atestado.
B) Notificação.
C) Parecer.
D) Relatório.
Comentários: 
 Bem tranquila essa! Notificações - são notificações 
obrigatórias as comunicações que devem ser expedidas às 
autoridades competentes por razões sociais ou sanitárias. Casos de 
epidemias obrigam notificações obrigatórias como Dengue, Hanseníase, 
Sida, Tuberculose entre outras. Essas notificações incluem doenças 
profissionais e do trabalho, como também o acidente de trabalho via CAT. 
A comunicação de ocorrência de crime de ação penal pública 
incondicionada (desde que não exponha o cliente a procedimento 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 51 de 57
criminal) e a comunicação de ocorrência de morte encefálica, com vistas 
para captação e distribuição de órgãos. Outras ocorrências induzidas ou 
causadas por alguém que não médico: óbitos, lesões corporais, danos à 
saúde e as ocorrências de violência contra a mulher, como esterilizações 
cirúrgicas. 
Gabarito: B. 
14) (Perito Criminal - PI - 2008) - Entre os documentos médicos
abaixo, assinale aquele que não apresenta entre suas etapas o 
exame médico: 
A) Laudo médico-legal
B) Atestado médico
C) Parecer médico-legal
D) Atestado de óbito
E) Auto médico-legal
Comentários: 
 Aqui só um pouco mais de atenção, no caso acima temos que 
perceber que o exame médico está dentro da descrição e no caso de 
parecer médico-legal, não temos essa parte que faz parte do laudo, ok? 
Assim, vejamos os comentários anteriores: Laudo Pericial, não existe 
forma legal para sua apresentação, pois um laudo, tem que apresentar no 
mínimo: 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 52 de 57
 Preâmbulo, onde consta os dados gerais como autoridade
requisitante, objeto do exame e data da ocorrência;
 Quesitos, que na área criminal são oficiais e padronizados
para as principais perícias e constam de perguntas
relevantes para o objeto do direito;
 Histórico, onde consta resumidamente os fatos geradores
da perícia;
 Descrição, parte que pormenoriza as etapas dos exames
realizados com apresentação dos elementos colhidos no
decorrer do exame, “visum et repertum” - a parte mais
importante do relatório;
 Discussão, onde há interpretação dos fatos, diagnósticos e
prognósticos onde os peritos comentam os dados obtidos,
discutem várias hipóteses e exteriorizam suas impressões;
 Conclusões, são as ponderações decorrentes do exame
realizado – é a síntese do laudo.
Gabarito: C. 
15) (Perito Criminal - PC PB - 2009) Acerca de laudo pericial,
assinale a opção incorreta. 
A) Laudo pericial é a conclusão a que chegam os peritos, exposta na
forma escrita, devidamente fundamentada, constando todas as 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 53 de 57
observações pertinentes ao que foi verificado e contendo as respostas aos 
quesitos. 
B) Entre os elementos do laudo do exame de corpo de delito estão o
preâmbulo e o histórico. 
C) Permite-se aos peritos optar por descrições sucintas e resumidas ao
retratarem uma inspeção, e as partes não podem questionar o conteúdo 
do laudo, solicitando ao juiz que determine aos peritos a sua 
complementação. 
D) A discussão é a parte do laudo em que se realiza a análise minuciosa
dos dados encontrados, esclarecendo hipóteses e divergências, trajeto de 
instrumentos, entre outros, muitas vezes com auxílio de citações 
bibliográficas. É nesse momento que se deve esclarecer dúvidas a 
respeito dos termos técnicos e das siglas utilizadas no laudo. 
E) Não devem ser deixados quesitos sem resposta, mesmo que o
resultado seja indeterminado ou sem elementos para configurar a 
resposta. 
Comentários: 
 Como vimos as partes podem contestar sim! Inclusive podem 
contratar um assistente técnico para contestar o laudo do perito. As 
demais respostas estão corretas! 
Gabarito: C. 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 54 de 57
16) (FUNCAB - 2012 - PC-RO - Médico Legista) Em relação aos
documentos médico-legais e à atuaçãodo perito, assinale a 
alternativa correta. 
A) O perito médico tem sua atuação restrita à fase de inquérito de um
processo. 
B) O atestado médico não é considerado documento médico-legal.
C) O médico assistente pode fornecer a declaração de óbito de seu
paciente mesmo que haja suspeita de violência. 
D) Não é necessário o preenchimento da Declaração de Óbito de nascidos
mortos. 
E) Relatório médico-legal é a descrição minuciosa de uma perícia médica
a fim de responder à solicitação da autoridade policial ou judiciária. 
Comentários: 
 Relatórios médico-legais são resultantes da atuação médico 
legal, classificados como: 
 Auto que é um relatório ditado ao escrivão ou ao escrevente
na presença do delegado ou de um juiz. Normalmente é
elaborado por peritos “Ad hoc” e assinado pelos peritos
nomeados, pelo escrivão e pelo delegado;
 Laudo que é elaborado pelo próprio médico e o mais comum
dos relatórios.
 Obs: quanto ao auto e ao laudo, se for ditado logo após o 
exame: auto; se for redigido posteriormente pelos peritos: laudo. 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 55 de 57
Gabarito: E. 
17) (CESPE - 2012 - PC-AL - Agente de Polícia) O atestado médico é
a afirmação do profissional acerca do fato examinado, já o laudo é o 
relatório emitido pelo perito, que pode ser o perito médico legista. Nesse 
caso, trata-se do laudo pericial médico-legal. 
Comentários: 
 Os documentos relativos às perícias realizadas por 
médicos são denominados Documentos médico-legais. Aqueles 
relativos ao trabalho pericial realizados por peritos que não atuam na área 
médica são usualmente denominados Laudos periciais. Assim, o atestado 
é a declaração escrita de determinado fato médico e suas possíveis 
consequências, ou seja, resume de forma objetiva, o resultado da 
avaliação realizada de um paciente, o teor de sua doença ou sanidade. A 
doutrina classifica quanto à sua destinação, em oficioso, aquele 
fornecido por médico em atividade privada, em situação menos formal; 
administrativo, aquele que vai desempenhar uma finalidade junto a 
repartição pública; e judicial, expedido por solicitação do Juiz, 
integrando autos de processo judiciário. Já o laudo é o texto em que um 
perito emite seu parecer e responde a todos os quesitos que lhe forem 
propostos pelo juiz e pelas partes interessadas. O Laudo é uma peça 
técnico-formal, por meio do qual é apresentado o resultado de uma 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 56 de 57
perícia. Nele deve ser relatado tudo o que foi objeto dos exames levado a 
efeito pelos peritos, ou seja, é um documento técnico-formal que exprime 
o resultado do trabalho do perito. Dentre as várias peças técnicas,
podemos dizer que o Laudo Pericial é o documento mais completo, 
em razão da sua origem que é um exame de natureza pericial, 
feito por peritos. 
Gabarito: C. 
18) (Inédita – Alexandre Herculano – 2014) São características do
Parecer Técnico, EXCETO: 
A) Não pode ser uma peça judicial;
B) Só pode ser elaborado por perito oficial;
C) É um laudo técnico;
D) Contém a respectiva emissão de opinião técnica.
Comentários: 
 O parecer técnico diferencia-se do laudo pericial em razão de ser 
um documento consequente de uma análise sobre determinado fato 
específico, contendo a respectiva emissão de opinião técnica sobre aquele 
caso estudado. 
Gabarito: D. 
02411066139
Noções Básicas de Medicina Legal ʹ Perito Criminal - Polícia Téc. Científica - GO
Parte Específica - Teoria e Exercícios 
Prof. Alexandre Herculano ʹ Aula 01 
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 57 de 57
Gabarito 
1-B 2-C 
3-E 4-C 
5-A 6-E 
7-C 8-C 
9-E 10-A 
11-E 12-A 
13-B 14-C 
15-C 16-E 
17-C 18-D 
02411066139

Mais conteúdos dessa disciplina