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1 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S 2 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S 3 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A SNúcleo de Educação a Distância GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO Diagramação: Gildenor Silva Fonseca PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira. O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho. O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem. 4 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S Prezado(a) Pós-Graduando(a), Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional! Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as suas expectativas. A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra- dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a ascensão social e econômica da população de um país. Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida- de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas pessoais e profissionais. Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi- ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atua- ção no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe- rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de ensino. E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos conhecimentos. Um abraço, Grupo Prominas - Educação e Tecnologia 5 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S 6 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! . É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo- sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve- rança, disciplina e organização. Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho. Estude bastante e um grande abraço! Professora: Jessica de Cássia Rossi 7 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc- nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela conhecimento. Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in- formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao seu sucesso profisisional. 8 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S Esta unidade analisará as principais reflexões que envolvem as redes sociais digitais e mídias sociais por meio dos seus fundamentos e processo de planejamento e gerenciamento no cenário da comunicação digital contemporânea. Especificamente, foram focados: a) conceito his- tórico, cenário, ferramentas das redes sociais digitais e sua relação com o jornalismo; b) planejamento, público alvo, objetivos e estratégias e produ- ção de conteúdo nas redes sociais; c) gestão de presença, métricas e mo- nitoramento de resultados. Trata-se de um módulo voltado para formação introdutória sobre as redes e como planejar e gerenciar as práticas jornalís- ticas nesse espaço. Justifica-se por causa do uso intenso dessa tecnologia por boa parte das pessoas e por jornalísticas em seu dia a dia. Os resulta- dos mostram que as redes e mídia sociais digitais oferecem inúmeras opor- tunidades de atuação para jornalistas, mas, também, apresentam desafios que devem ser considerados por esses profissionais. Estratégia. Jornalismo. Planejamento. Redes sociais digitais. 9 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 01 FUNDAMENTOS DAS REDES SOCIAIS Apresentação do Módulo ______________________________________ 11 13 21 25 27 Conceito e Histórico ____________________________________________ Principais Ferramentas das Redes Sociais ______________________ Redes Sociais e Jornalismo _____________________________________ Recapitulando _________________________________________________ O Cenário da Comunicação Digital no Brasil e no Mundo ________ 16 CAPÍTULO 02 PLANEJAMENTO DE REDES SOCIAIS Planejamento de Ações ________________________________________ Público Alvo ___________________________________________________ Objetivos e Estratégias _________________________________________ Produção de Conteúdos Digitais _______________________________ Recapitulando _________________________________________________ 33 36 39 41 47 10 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S Monitoramento de Redes Sociais ________________________________ Recapitulando __________________________________________________ Considerações Finais ____________________________________________ Fechando a Unidade ____________________________________________ Referências _____________________________________________________ 62 68 72 73 76 Métricas e Acompanhamento de Resultados ____________________ 58 CAPÍTULO 03 GESTÃO E MONITORAMENTO DAS REDES SOCIAIS Gestão de Presença e Utilização de Mídias Sociais ______________ 53 11 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S Nas últimas décadas, o uso das tecnologias digitais pelas pes- soas cresceu consideravelmente, causando diversos impactos em di- ferentes áreas como a jornalística. Nesse contexto, surgiu uma nova atmosfera cultural, a cibercultura, que promoveu novas formas de cone- xão entre pessoas e acesso à informação. Uma delas foram as redes sociais, melhor conceituada como redes sociais digitais, que promovem a inteiração entre pessoas por meio de tecnologias digitais. Além das interações, nelas também são possíveis a produção e o compartilhamento de inúmeros conteúdos, por isso, há também no ciberespaço as chamadas mídias sociais, que podem estar dentro de uma rede social digital, por exemplo. Isso possibilita que os usuários das redes se tornem ativos em relação ao que vivenciam nas platafor- mas, sendo também criadores de conteúdo. Situação que tem afetado, consideravelmente, os jornalistas, já que não são os únicos a produzir informações. Apesar de considerável impacto e algumas resistências da área, a atividade vem se adaptando ao novo cenário, uma vez que exis- tem inúmeras oportunidades que as ferramentas on-line oferecem aos jornalistas. Assim, este módulo oferece uma formação inicial sobre as redes sociais virtuais para esses profissionais,tendo como norte o con- texto da comunicação digital contemporânea. Para tanto, no Capítulo 1, aborda-se a construção do conceito de redes sociais e o histórico da Internet nas últimas décadas. Discute- -se também o cenário da cibercultura no Brasil e no mundo, assim como as principais ferramentas das redes sociais e sua relação com o campo jornalístico. Já no Capítulo 2, discorreu-se sobre o planejamento das re- des sociais digitais, levando-se em consideração a definição do público alvo, objetivos, metas e estratégias e, por fim, como que se desenvolve a produção de conteúdo nas redes virtuais e como essa prática impõe alguns desafios para a atuação jornalística no cenário contemporâneo. Na sequência, há o Capítulo 3 que aborda a gestão de presen- ça e utilização das redes e mídia sociais digitais, passando por métricas e acompanhamento de resultados. Discute-se também como realizar o monitoramento das ações em ambiente digital e sua relação com todas as etapas de um plano nessa área. Por fim, aponta-se algumas considerações e desafios que os jornalistas precisam enfrentar nessas plataformas. Entende-se que as reflexões sobre o tema são muito mais amplas, porém, o módulo ofe- rece algumas discussões iniciais que podem conduzir o estudante a explorar outras referências bibliográficas na área. 12 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S O primeiro capítulo deste módulo busca elucidar aos profissio- nais da área jornalística os fundamentos das redes sociais na internet, as quais estão significativamente presentes no contexto da sociedade contemporânea. Pesquisadores e teóricos como Manoel Castells, Luis Mauro Sá Martino e Raquel Recuero formularam alguns conceitos e reflexões sobre o tema na tentativa de esclarecer a inserção do ciberespaço e das redes sociais nas práticas humanas que são abordados neste item. Há também discussões sobre qual seria o termo mais adequado para de- nominar as redes sociais e as diferenças delas com as mídias digitais. Na sequência dos estudos desse tema, é abordado como se caracteriza o cenário da comunicação digital no Brasil e no mundo. Re- flete-se sobre termos como cibercultura, convergência de mídias, in- clusão e exclusão digital e estatísticas sobre o acesso às plataformas digitais. Além disso, caracteriza-se também as principais ferramentas FUNDAMENTOS DAS REDES SOCIAIS IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S 13 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S das redes sociais como Facebook, Twitter, Youtube, etc. Discute-se suas aplicações e como os jornalistas podem utilizá-las. Por fim, re- flete-se também sobre as práticas jornalísticas no contexto das redes digitais e as transformações que elas proporcionaram para a área. CONCEITO E HISTÓRICO No cenário contemporâneo, as plataformas digitais exercem papel relevante em diferentes dimensões sociais. Elas aumentaram o acesso às informações, ampliaram as possibilidades de produção de conteúdo, intensificaram a comunicação entre indivíduos e, ainda, cria- ram oportunidades de interação social entre seres humanos em diferen- tes locais. Essa nova estrutura de informação e comunicação tem sido denominada, segundo Castells (2007, p.7), de “rede”, na qual há um conjunto de agentes interligados com “[...] vantagens extraordinárias como ferramentas de organização em virtude de sua flexibilidade e adaptabilidade inerentes, características essenciais para se sobreviver e prosperar num ambiente em rápida mutação”. Por ter essas caracte- rísticas, as plataformas digitais desempenham importante função na so- ciedade atual, uma vez que elas estruturam a circulação de informações entre as pessoas, as quais se relacionam por meio de redes sociais mediadas por tecnologias. Essa teia de conexões, segundo Martino (2014), tornou-se pos- sível graças ao desenvolvimento da internet desde meados do século XX. Originária do setor militar norte-americano, ela promoveu a integra- ção de processadores em rede que permitiu a interação entre usuários a partir de diferentes locais. Aos poucos, a internet se disseminou para outros setores como o acadêmico; com a criação da World Wide Web, em 1991, o compartilhamento de dados por meio de páginas e sites fa- cilitou ainda mais o uso da ferramenta. Esse momento ficou conhecido como “Web 1.0” em que a rede era marcada por conteúdos caracteris- ticamente estáveis como páginas e blogs. No período, os internautas usavam a internet de forma bastante técnica e com pouca interativida- de. No Brasil, a rede mundial de computadores tornou-se mais presente por volta de 1995, quando as condições políticas e econômicas do país permitiram sua expansão entre a população. As redes sociais se expandiram com a chamada “Web 2.0”, no início dos anos 2000, a qual se refere a fase da internet marcada por produção colaborativa e alto grau de interatividade entre seus usuá- rios. Segundo Martino (2014, p.13), “[...] a Web 2.0 se apresentava com 14 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S uma plataforma dinâmica, em constante transformação gerada pelas interações entre usuários. As redes sociais, o Google e as produções colaborativas seriam exemplos desse cenário”. Neste momento, a in- ternet se popularizou e os layouts (esboços) de sites passaram a focar no consumidor e no uso de buscadores. Além disso, as redes e mídias sociais se expandiram para além dos computadores, passando a ser usadas em celulares, smartphones, tablets, etc. Surgiram plataformas como Youtube, Facebook, Fickr, Picasa e Wikipédia. Tornaram-se tão avançadas que permeiam as práticas humanas com outros artefatos tecnológicos presentes no cotidiano. A “Web 3.0”, vivenciada a partir dos anos 2010, refere-se a fase inteligente da internet. Nela, há a utilização de máquinas para realizar atividades de forma mais eficiente em relação ao trabalho manual. Utili- za-se algoritmos para gerenciar informações e recomendações para os usuários, como qual produto ou serviço comprar, etc. O conteúdo é dire- cionado de forma mais assertiva ao público. Houve também o aumento da velocidade de divulgação e compartilhamento, com a ascensão do marketing e jornalismo digital. A próxima fase, que ainda está se delineando, é a “Web 4.0”, a qual não tem uma caracterização própria. Entretanto, é possível consi- derar que será um reflexo das características e necessidades dos usuá- rios contemporâneos a rede. Acredita-se que haverá interação ainda mais personalizada entre os indivíduos e o uso de inteligência artificial. Há a expectativa que essa fase seja marcada por forte interação entre homens e máquinas. Outro fator que contribuiu significativamente para o avanço das tecnologias digitais foi a globalização. À medida que os países foram internacionalizando suas atividades econômicas, foi se estruturando uma rede de capital global que vai além das relações de produção e consumo e das interações sociais. Em diferentes áreas, a interconexão entre pessoas, organizações e países aprofundou, levando a uma intrin- cada rede de interações entre esses agentes. Nesta sociedade, as re- des sociais se intensificam cada vez mais, influenciando a configuração social que os indivíduos estão inseridos. As redes sociais se caracterizam por um conjunto de sujeitos conectados entre si e suas interações as quais ocorrem por meio de re- des de tecnologias digitais. Em sua essência, o homem é um ser social, desse modo, ao longo do tempo estabeleceu conexões com indivíduos a sua volta, por isso, a ideia de redes sociais há muito tempo está pre- sente nas interações entre os seres humanos. Contudo, conforme as in- terações mediadas por tecnologias digitais foram avançando, tomou-se emprestado o uso desse termo para se referir a tais conexões. Por isso, 15 IN TR O D U Ç Ã OÀ S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S há uma discussão sobre a melhor maneira de se denominar os vínculos em âmbito digital. Questiona-se se o termo “redes sociais” seria ade- quado ou não para denominar as interações que não são presenciais. Um dos termos que se considera mais adequado, pela literatura espe- cializada, seria “redes sociais digitais”. Tendo isso em vista, essas ferramentas referem-se a serviços em que os usuários podem elaborar perfis públicos, conforme suas pre- ferências, em estruturas digitais. Nelas, os sujeitos podem se conectar de forma voluntária e se ligar a outras pessoas incluídas no sistema. Es- sas interconexões são ambientes em que as pessoas interagem e tro- cam informações, elas são caracterizadas por: “[...] interatividade, ser- viços dirigidos a públicos novos e segmentados, [...] tecnologias que se permitem novas formas de administração de dados; [...] medição mais efetiva de resultados comunicacionais”. (TERRA, 2010, p.55). As redes sociais digitais apresentam melhor custo benefício e redimensionaram as formas em que a comunicação ocorre na atualida- de. As interações ganham novos formatos e definições. Recuero (2009) classifica tais conexões em: 1) conexões emergentes – na quais criam- -se laços por meio da interação entre sujeitos e redes de seguidores e seguidos, como o Facebook. Apesar dessas redes serem muito gran- des, geram baixa interação entre as pessoas; 2) conexões de filiação ou associação – nas quais as interações são realizadas a partir de um software ou site como o Skype, são menores, porém possibilitam maior interação entre os atores. Os elos existentes entre os usuários das redes sociais digitais podem ter maior ou menor intensidade. Há algumas interações que são mais próximas e intencionais, enquanto outras se caracterizam por re- lações esporádicas e sem intimidade. Os vínculos são constituídos a partir de valores e interesses em comum, por isso, são relacionamentos mais dinâmicos que ocorrem conforme as demandas de uma situação e são desfeitos em instantes também. As informações presentes nas redes digitais são veiculadas, discutidas e compartilhadas, configurando-se em espaços públicos me- diados configurados pela: persistência (o que é dito permanece no es- paço web); capacidade de busca (de atores e rastreio desses atores); replicabilidade (o que é publicado pode ser replicado, dificultando a au- toria das informações); e audiências invisíveis (usuários que nem sem- pre são identificados por meio da participação e que podem surgir após as publicações, devido as outras características apontadas). As plataformas tecnológicas que promovem interações sociais também são denominadas, por vezes, de mídias sociais. Por esse ter- mo, elas são entendidas como ferramentas digitais, em que é possível 16 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S compartilhar opiniões, ideias e experiências entre os usuários sobre conteúdos diversos. Na perspectiva de Cipriani (2011, p.176), o “termo é usado para descrever sites na internet que possuem conteúdo social, ou seja, são gerados pelas próprias pessoas e normalmente coman- dados por elas”. São instrumentos guiados pelo diálogo e cooperação entre os usuários para discussão de múltiplos assuntos, por isso, têm um papel comunitário. É relevante considerar que o termo mídia social é proveniente da ideia de mídia ou meios de comunicação, que é definida como suporte, segundo Conalgo (2015, p.8), “[...] de difusão de informações que constitua simultaneamente um meio de expressão ou intermediário capaz de transmitir uma mensagem a um grupo. [...] mídia social seria o ambiente em que as relações sociais ocorrem”. Entre essas redes, há aquelas que servem como plataformas para a expressão de opiniões por meio da produção de conteúdo pelos próprios participantes como sistemas de compartilhamento (exemplo: Youtube). Outras direcionadas para interconexão entre pessoas, a partir de sites em que há comunidades (como o LinkedIn e o Facebook). E, ainda, ferramentas que mesclam as características anteriores, de gera- ção de conteúdos e conexão entre pessoas (como é o caso do Twitter) Embora, muitas vezes, os termos - mídia social e rede social di- gital - sejam compreendidas como sinônimos, a literatura especializada aponta que ambos têm conceitos diferentes. Telles (2010), por exemplo, diz que a rede social digital é uma plataforma de relacionamento para promover reunião entre pessoas, enquanto a mídia social é um espaço de divulgação e compartilhamento de conteúdo. Assim, ele considera que a mídia social abrange também a rede social digital, uma vez que pode ocorrer a interação entre pessoas por meio dos conteúdos que são divulgados e compartilhados. A existência das tecnologias digitais tem influenciado significa- tivamente as práticas, interações e experiências humanas. Por isso, é relevante compreender melhor o cenário da comunicação digital con- temporânea. O CENÁRIO DA COMUNICAÇÃO DIGITAL NO BRASIL E NO MUNDO As experiências humanas com as tecnologias digitais na atua- lidade proporcionaram uma nova atmosfera cultural que é denominada de cibercultura. Ela se refere à interação mais próxima de pessoas com as tecnologias, em que muitas práticas, comportamentos e interações ocorrem por meio dessas plataformas. 17 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S A cibercultura é um “ambiente eletrônico” para o qual convergem as diversas mídias e elementos produzidos por e através delas. No entanto, há um subs- trato comum a várias ciberculturas: são culturas de consumo. Fazer parte da cibercultura é participar. (MARTINO, 2014, p. 50). Esse novo contexto é marcado pela interação dos sujeitos so- bre suas opiniões, crenças e informações acerca de diversos assuntos no ciberespaço. Permite a criação de novos laços e conexões entre culturas, tanto individuais quanto coletivas, mediadas por tecnologias digitais. Além de seres humanos e conteúdo, o ciberespaço é, segundo Levy (1999), constituído também de máquinas, textos e códigos que são processados por programas que os transformam em dados/infor- mações usados por outros softwares responsáveis pelo funcionamento de computadores e redes. Entre as ferramentas utilizadas no ciberespa- ço, estão as redes sociais digitais e mídias sociais, as quais permitem contatos individuais ou coletivas, ora flexíveis e dinâmicos, ora duráveis e estáveis. Cada conexão ao ciberespaço leva a novas interligações en- tre computadores e usuários que mantem e acentuam essa teia glo- bal. Nesse espaço, os indivíduos não se conhecem rapidamente, não é possível, por exemplo, identificar elementos da linguagem não verbal e do contexto de interação. Os relacionamentos são mediados pelos recursos disponibilizados pelo computador, os quais, embora sejam inú- meros, dependem da escolha dos usuários e nem sempre são usados de forma tão expressiva, como ocorre em uma interação interpessoal. Por outro lado, os recursos tecnológicos permitem que as interações continuem após os sujeitos estarem desconectados do ciberespaço, já que permitem o registro das interações entre os agentes envolvidos. Um aspecto também relevante da cibercultura é a convergên- cia, a qual é estabelecida pela junção dos meios de comunicação, da inteligência artificial e da cultura participativa. Por ela, há a fusão entre as mídias tradicionais e as novas mídias e a relação entre o poder do produtor e do consumidor de informações. “A convergência representa uma transformação cultural, à medida que consumidores são incentiva- dos a procurar novas informações e fazer conexões em meio a conteú- dos de mídias dispersos”, (JENKINS, 2009, p.29-30). Os recursos tec- nológicos permitem que um conteúdo produzido por um meio específico seja disseminado para outras plataformas simultaneamente. “A conver- gência altera a lógicapela qual a indústria midiática opera e pela qual os consumidores processam a notícia e o entretenimento”, (JENKINS, 2009, p.43). Explorar as possibilidades que a cultura da convergência 18 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S oferece permite ao usuário estabelecer conexões e ter acesso a mate- riais de modo transversal, como encontrar mais informações sobre um programa de televisão em uma página na internet ou ainda interagir com a equipe desse programa nas mídias digitais. A convergência citada não se refere à interligação entre os apa- relhos tecnológicos, mas, sim, por meio da capacidade cognitiva dos usuários e suas interações com interlocutores no ciberespaço. As infor- mações coletadas nas redes e os sentidos atribuídos a elas podem ser utilizados para compreender a vida de cada um e serem compartilhadas com outros indivíduos. Desse modo, o consumo e troca de informações fomenta a inteligência coletiva na cultura da convergência. Esta não é formada apenas por seu caráter técnico, é necessário considerar-se também suas dimensões social e cultural. No cenário da convergência, o papel do receptor da informa- ção muda complemente, pois ele passa a atuar de forma mais ativa ex- pressando seu posicionamento frente às informações recebidas e cria seus próprios materiais. Passa a ser também emissor da mensagem e acompanha a atuação das mídias, organizações, marcas, etc. de modo muito mais próximo. Por isso, é mais crítico e exigente em suas intera- ções e atuações. A integração entre as mídias permite que haja a produção de conteúdo para diversas plataformas simultaneamente, ocorre quando o material é igualmente usado por mais dois veículos ou mais que servem a um mesmo grupo. Há uma espécie de parceria entre profissionais e meios de comunicação que podem ser filiados a diferentes empresas. Tal prática é mais comum na dimensão jornalística e não leva tanto em consideração o receptor das informações Apesar disso, os recursos tecnológicos digitais tornaram as mí- dias mais interativas e flexíveis, superando as limitações de tempo e espaço. Rapidamente, é possível acessar uma informação específica e se conectar com pessoas distantes. Nesse espaço, há os nativos digi- tais, jovens que nasceram após 1995, que se relacionam por meio da convergência entre as mídias. Trata-se de um modelo de comunicação participativo, em que as pessoas têm mais liberdade para se expressarem, participarem de mobilizações e trocar informações constantemente. Esse cenário apre- senta uma série de desafios para os profissionais da comunicação e de- manda a busca de soluções inovadoras que transformem a sociedade. [...] é preciso considerar a comunicação mediada por computador e suas pro- priedades, tanto na utilização quanto na formulação de novos modelos, de forma a contemplar a convergência das ações proporcionadas pelo suporte 19 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S reticular e a interatividade que ele proporciona, fatores que reconfiguram, queiramos ou não, as tipologias de fluxos comunicacionais atualmente exis- tentes (BARICHELLO, 2009, p. 343). Há um processo de midiatização da sociedade, em que a atuação das instituições sociais ocorre de forma articulada com a mídia. As práticas sociais perpassam as mídias, e a economia se fundamenta na informação. Assim, as organizações têm se mostrado mais dispostas a atuarem em redes dinâmicas e efêmeras. À medida que as atividades sociais são desenvolvidas pela ló- gica das mídias, conforme se verifica nas redes sociais digitais e mídias sociais, mais a midiatização está presente no cotidiano das pessoas, organizações e profissões. Essa atmosfera é chamada de “bios-midiá- tico”, por Sodré (2007, p.21), “[...] é a configuração comunicativa da virtualização generalizada da existência [...], é a sociedade midiatizada enquanto esfera existencial capaz de afetar as percepções e as repre- sentações da vida social”. No bios-midiático, todas as práticas simbólicas e materiais dos seres humanos são mediadas pelas mídias, por isso, influencia seus va- lores, pensamentos e comportamentos de forma relevante. Compreen- der esses meios e as redes sociais digitais nos permite refletir sobre seu papel no contexto atual, oportunidades e desafios que ela impõe. Os usuários da web têm inúmeras possibilidades de geração e veiculação de conteúdo, o que torna o ambiente menos padronizado e centralizado e permitindo diferentes interações digitais. Por isso, eles têm um protagonismo maior em relação aos meios de comunicação tra- dicional, podem se posicionar, discutir e expressarem suas opiniões. A relevância das redes e mídias sociais digitais não se concen- tra nas ferramentas em si, mas, sim, por estarem presentes constan- temente no cotidiano das pessoas e organizações, alimentando suas práticas e interações. Seja para se manter amizades ou relacionamen- tos amorosos, para formação e busca de informações, para dar opinião sobre temas públicos ou particulares, etc. De acordo com Gonçalves e Silva (2015, p. 80), o “[...] sujeito online tem ganhado voz na polifonia e no dialogismo dos múltiplos espaços da internet, o crescimento desse universo [...] [é] uma tendência muito significativa para o exercício da democracia”. As pessoas utilizam as redes e mídias sociais digitais por di- ferentes necessidades, mas uma das principais motivações se refere à busca por pertencimento e integração em um grupo e suas interações. “Estudar redes [e mídias] sociais, portanto, é estudar os padrões de co- nexões expressos no ciberespaço. É explorar uma metáfora estrutural 20 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S para compreender elementos dinâmicos e de composição dos grupos sociais”. (RECUERO, 2009, p.22). Embora tais ferramentas tenham uma quantidade expressiva de usuários, é importante lembrar que nem todas as pessoas têm aces- so a elas. Para ser incluído digitalmente, não basta o indivíduo ter um dispositivo tecnológico (como computador ou smartphone) e sinal de in- ternet. É necessário considerar outros elementos além das tecnologias, que são renda e educação. É preciso que o indivíduo tenha também uma fonte de renda e que entenda como usar tais recursos tecnoló- gicos. A exclusão digital é um fenômeno existente na atualidade que depende de decisões políticas, econômicas e sociais para ser resolvido. No mundo inteiro, em 2019, segundo pesquisa realizada pela ONU (2019, p.1), aponta que o “[...] número de usuários corresponde a 53,6% da população de todos o mundo”, quase metade da população ainda não tinha acesso à internet, sendo que a maioria vive em países mais vulneráveis. Faltam investimentos estatais para melhor infraestru- tura e condições de acesso para esse segmento da população. Além disso, homens têm mais acesso às plataformas digitais do que as mu- lheres em diversas regiões do planeta. O dispositivo mais utilizado para conexão pelas pessoas tem sido celular, principalmente, por meio da rede banda larga móvel 3G (3ª geração das tecnologias de telefonia móvel). Geograficamente, o continente europeu é o que mais usa a in- ternet via dispositivos móveis, enquanto a África é a região com menor acesso. Quanto às redes sociais digitais e mídias sociais, 3,5 bilhões de pessoas têm cadastro nessas plataformas, quase metade da popu- lação mundial. O acesso às redes sociais ocorre, em sua maioria, por celulares e seus usuários têm a faixa etária entre 16 a 34 anos. Entre as opções existentes, as mais populares são Snapchat, Twitter, Instagram e o Facebook (mais acessado). No Brasil, segundo IBGE (2018), uma a cada quatro pessoas não têm acesso à internet, cerca de 46 milhões de pessoas. Na área rural, o índice de exclusão é ainda maior. Entre os motivos para o não- -uso estão: não saber usar, desinteresse, falta de sinal de internet, custoalto dos equipamentos para uso. Embora os dados mostrem restrições para uso da internet no país, o uso das redes e mídias sociais digitais vem aumentando significativamente. Os brasileiros, em geral, gostam de utilizar essas plataformas para se relacionarem e produzirem/com- partilharem conteúdo. Entre os dispositivos, o celular é o mais utilizado para acesso às redes digitais. Quanto às plataformas mais utilizadas, pesquisa realizada em 2016 pela Equipe Qualibest no Brasil apontou que, em 2016, as redes sociais preferidas dos entrevistados eram (2017, p.1): “[...] Whatsapp 21 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S (81%) e Facebook (71%), sendo também as mais acessadas, empa- tando em 92%. [...] em terceiro lugar o Youtube, com 82% dos acessos, Messenger [do Facebook] com 71% e Instagram com 59%”. A pesqui- sa apontou que o alto acesso do Instagram é porque cerca de 66% dos usuários são mulheres e a Classe A. Outras redes mencionadas na pesquisa, em torno de 20% a 40% foram o uso do Twitter, Snaptchat e Spotfy. Quanto aos compartilhamentos, o que mais os usuários gosta- vam de replicar eram: momentos especiais, imagens divertidas, notícias importantes e novidades tecnológicas. Frente ao exposto, verifica-se o quanto a internet evoluiu des- de o seu surgimento e o quanto se distanciou de seu papel inicial, ao se direcionar para as interações sociais e para a convergência entre as mídias. Este cenário é consequência dos diferentes usos e apropria- ções que a comunicação digital obteve até a atualidade, ao proporcio- nar novos modelos e práticas de comunicação. O uso do ciberespaço e das redes sociais digitais têm levado os seres humanos a refletirem sobre “[...] as questões materiais e sociais que envolvem os processos comunicacionais que se desenvolvem através dos meios digitais e que promovem o desenvolvimento de uma cultura [...]” (AQUINO, 2012, p. 195), intensamente permeada pela comunicação. Nela, as redes e mí- dias sociais digitais nos oferecem diversas ferramentas que são utiliza- das para a socialização entre pessoas e para a produção e compartilha- mento de conteúdo. PRINCIPAIS FERRAMENTAS DAS REDES SOCIAIS As conexões proporcionadas pelas redes sociais digitais e mí- dias sociais estão ligadas à vida do homem, desde as atividades mais simples às mais complexas. Parece que sempre fizeram parte das prá- ticas humanas, gerando e compartilhando diversos dados simultanea- mente. Tais ferramentas permitem a criação e manutenção de relacio- namentos entre indivíduos e tem como diferencial a apropriação criativa e o diálogo entre os envolvidos, levando ao que se denomina de buzz (discussão boca a boca) dessas ferramentas. As plataformas digitais compreendem uma série de dimensões e características que precisam ser levadas a fim de se compreender seus recursos e ferramentas. Conforme o quadro 1, verifica-se alguns conceitos-chave relacionados a essas plataformas. 22 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S Quadro 1: Conceitos-chave para as mídias digitais Conceito Definição Inicial Barreira di- gital Diferenças de acesso às tecnologias e mídias digitais, bem como à cultura desenvolvida nesses ambientes, vinculadas a problemas sociais e econômicos. Ciberespa- ço Espaço de interação criado no fluxo de dados digitais em redes de computadores; virtual por não ser localizável no espaço, mas real em suas ações e efeitos. C o n v e r - gência Integração entre computadores, meios de comunicação e redes digitais, bem como de produtos, serviços e meios de internet. C u l t u r a part icipa- tiva Potencialidade de qualquer indivíduo se tornar um produtor de cultura, seja recriando conteúdos já existentes, seja produzindo conteúdos inéditos. Inteligência Coletiva Possibilidade aberta pelas tecnologias em rede de aumentar o conhecimento produzido de maneira social e coletiva. Interativi- dade Interferência e interação entre usuários, ou usuários, programas e conteúdos, em diferentes níveis e formas, nos sistemas de comunicação digital em rede. Interface A operação das mídias digitais acontece a partir de pontos de contato amigáveis entre dispositivos e usuários, moldados a partir de referências culturais anteriores. Segurança e vigilância Possibilidade de identificação de dados gerados nas mídias digitais em rede, ultrapassando os limites público/particular e redefinindo a noção de “privacidade”. Ubiquida- de Presença, em todos os lugares, de mídias digitais conectadas em rede estabelecendo conexões em qualquer espaço e tempo. Velocidade A rapidez de conexão de dados nas mídias digitais se articula com a aceleração de inúmeras atividades, processos e aconte- cimentos da vida cotidiana. Virtualida- de Dados das mídias digitais existem de maneira independente de ambientes físicos, podendo se desenvolver livres, a princípio, de qualquer barreira desse tipo. Fonte: Elaborado principalmente a partir de Flew (2008), combinando com Gane e Beer (2008), Abercrombie e Longhurst (2008) e Chandler e Munday (2010) por Martino (2014, p.11-12). 23 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S A internet proporcionou um novo espaço de comunicação e in- formação para as pessoas que, à medida do tempo, incorporou-se ao cotidiano das pessoas, confluindo um mesmo espaço na vida das pes- soas. Isso redimensionou significativamente a atuação do profissional de comunicação, em particular dos jornalistas. Cada rede social digital e mídia social oferecem oportunidades únicas e são voltados para pú- blicos diferenciados. Tais ferramentas são muito dinâmicas, sempre estão incorpo- rando novas funcionalidades, algoritmos, regras, etc. Por isso, é sempre importante acompanhar suas novidades para não perder as oportunida- des que elas oferecem. Entre as principais redes sociais, estão: Face- book, Twitter, Youtube, LinkedIn e Instagram. Todas podem ser usadas em estratégias de comunicação para finalidade promocional ou infor- mativa. Desse modo, é preciso conhecê-las um pouco melhor para se tomar decisões mais assertivas nas práticas comunicacionais. Dentre elas, o Facebook é a mais popular, “[...] com mais de 2 bilhões de usuários” (BERKHSAD, 2018, p.1). A plataforma é usa- da principalmente: para usar negócios, construir imagem para marca/ empresas, relacionar-se com o público, divulgar conteúdos (como in- formações), participar de grupos para conhecer melhor o público, criar páginas de eventos, promover produtos e serviços de forma segmen- tada, etc. Muitas empresas têm usado o Facebook como ferramenta de Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) no pós-venda, e há diversas possibilidades para os jornalistas, a plataforma criou um guia voltado para o segmento com cursos e guia de segurança (FACEBOOK FOR BUSINESS, 2020). O Twitter, por sua vez, é uma rede muito dinâmica com os seus “240 caracteres”. Para ter um alcance expressivo, é preciso publicar com frequência na rede para se destacar e estar antenado com as últi- mas notícias. É uma ferramenta revolucionária em relação a conteúdo em vista das mídias tradicionais como jornais e revistas. O Twitter é uma referência em relação aos assuntos mais comentados em um dia (o fa- moso Trending Topics) e como canal de relacionamento de empresas e consumidores. É, ainda, uma plataforma muito usada por jornalistas: [...] graças à ordem cronológica de suas notas rápidas. Hoje, os jornalistas usam o Twitter para compartilhar links para o seu trabalho e o que estão lendo. Eles também usam a plataforma para oferecer comentários e contexto às notícias do dia. Permite que você desenvolva sua própria voz e marca única, colocando um rosto humano atrás da sua assinatura. (BERKHEAD, 2018, p.1). 24 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S Apesar da importância da ferramenta,é necessário entender que seu potencial de atingir determinado público é inferior ao Facebook. Outra limitação da rede são as provocações e assédios direcionados às jornalistas do sexo feminino. Contudo, ainda é uma ferramenta em potencial que permite repercutir notícias expressivamente. Outra rede importante é o Youtube com o maior número de usuários em compartilhamento de vídeos. A plataforma permite publicar entrevistas, criar séries para engajar o público, produzir vídeos engra- çados, demonstrar produtos, etc. Embora seja mais trabalhoso produzir vídeos, seu potencial de alcance é significativo. Muitas empresas têm usado para falar de suas marcar e veículos de comunicação para dis- seminar conteúdos informativos. Na ferramenta, é possível produzir e consumir jornalismo de modo intenso, já que a ferramenta possibilita diversos recursos de conteúdos em vídeo que são úteis para a prática jornalística. Além disso, há a rede corporativa LinkedIn, a qual é um espaço voltado para a área profissional. A plataforma é ideal para abordar ne- gócios, valores e cultura organizacionais, publicar conteúdo educativo para profissionais da área, comunicação com clientes, recrutar talentos e firmar parcerias com outras empresas. O atrativo da rede é o relacio- namento entre profissionais no cenário digital. Ela possibilita também encontrar oportunidades de emprego, pesquisar outros profissionais e empresas e fazer networking (trabalhar a rede de contatos profissio- nais). Todos os recursos podem ser usados por jornalistas para se rela- cionarem com outros profissionais e empresas, divulgar seu trabalho e/ ou para buscar vagas de emprego. Por fim, o Instagram é a mídia voltada para a publicação de imagens, tanto por profissionais quanto por amadores. Uma das funcio- nalidades mais atrativas da ferramenta é o Instagram Stories para pu- blicação de fotos e vídeos rápidos. Na ferramenta, é possível anunciar, mostrar novidades, desenvolver tutoriais realizar enquetes, etc. Tem a função bastante promocional para as marcas e para o aumento de ven- das. Trata-se de uma ferramenta com potencial para os jornalistas, para tanto, é necessário ter bons conteúdos, imagens e relacionamentos. Por isso, deve-se pesquisar bastante, definir um nicho de trabalho e traçar estratégias de conteúdo. Cada uma das redes e mídias sociais digitais abordadas tem suas potencialidades e especificidades, a escolha de cada uma delas depende dos objetivos de cada pessoa, profissional, organização, mar- ca, etc. O universo que abrange essas plataformas é imenso, por isso, no caso da área jornalística, é preciso compreender melhor seus usos e oportunidades. 25 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S REDES SOCIAIS E JORNALISMO As redes sociais digitais e mídias sociais proporcionaram um modelo de comunicação mais simétrico entre produtor e receptor da mensagem. Houve a ruptura da comunicação de uma única via, na era da cibercultura, o receptor tem voz ativa frente aos conteúdos que rece- be e é produtor de informação que circula nas plataformas digitais. Os usuários da rede podem, por exemplo, na visão de Maradei (2011, p.28 e 33), “[...] modificar a notícia postada na internet, [...] interpretando os fatos e, muitas vezes, dando sua visão dos acontecimentos. [...] O re- ceptor nas redes sociais é mais do que nunca sujeito. [...] há hibridações no fazer e consumir comunicacional”. Diante da liberação do polo de emissão da mensagem no con- texto da web, em que qualquer indivíduo pode ser considerado produtor de conteúdo/informação, muito se discute sobre o papel do jornalista nesse cenário. A área se redimensionou e continua atuando no contexto das redes e mídias sociais, por isso é importante compreender as pos- sibilidades que elas oferecem. Inicialmente, redes e mídias sociais digitais como o Facebook e Twitter eram utilizadas como plataformas de distribuição de conteúdo, porém, rapidamente, os jornalistas foram percebendo e empregando outras práticas nessas plataformas. As redes/mídias podem ser usadas como fontes, filtros ou espaços de repercussão de informações. Desse modo, para os jornalistas, as ferramentas se tornaram fonte de informações para a construção de novas materiais ou para bus- car de novos materiais/fatos. Elas promovem conversas e mobilizações que podem ser do interessante dos profissionais da área. Outro uso está relacionado a filtragem de informações importantes e replicação de notícias dos veículos de comunicação realizadas por usuários da web. Ademais, tais plataformas proporcionam a circulação de grande quantidade de informações e a discussão desse conteúdo. Trata-se de muita informação que é selecionada e divulgada, mas nem sempre com critérios jornalísticos. A filtragem de informações é uma função muito importante no trabalho jornalístico tradicional para se identificar quais delas é noticiá- vel ou não, e de interesse ao público, o conhecido papel de gatekeeping (guardião de notícias). Porém, no contexto das interações e compar- tilhamentos on-line, este papel é relativizado, as próprias plataformas passaram a realizar a filtragem das informações e reverberam aquelas que têm maior destaque, assumindo a função de gatewatching (os re- ceptores se tornam os guardiões da notícia). 26 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S Nas tecnologias digitais, não é necessário usar critérios de noticiabilidade/valor notícia para as informações publicadas, como se faz no jornalismo. Elas ajudam a complementar as informações produ- zidas pelos próprios jornalistas e selecionam as notícias mais importan- tes. As reverberações das redes e mídias sociais digitais estão relacio- nadas a interesses particulares ou sociais em detrimento dos interesses dos veículos de comunicação tradicionais. Já a republicação de notícias dos veículos de comunicação nas redes sociais digitais proporciona credibilidade tanto para quem pu- blica quanto para o meio cuja notícia foi disseminada. As ferramentas digitais permitem que o público comente e analise as notícias, práticas que eram muito limitadas nos meios de comunicação tradicionais, em que havia pouco espaço para o receptor dar seu posicionamento acerca das notícias. A famosa expressão “o furo jornalístico” já não tem mais valida- de, segundo Recuero (2009, no contexto das redes e mídias sociais di- gitais, uma vez há milhões de produtores de informação nas redes que podem informar algo relevante, como o jornalismo tradicional fazia. “O novo desafio do profissional é trazer informações relevantes em deter- minados espaços, contextos e locais” (FALCÃO; ROCHA, 2017, p.40). É necessário que os jornalistas conheçam e participem das redes e mídias sociais digitais para alcançar novos públicos. Desse modo, é possível associar o trabalho jornalístico as novas tecnologias e identificar novas funções para área, pois ela continua tendo papel relevante na gestão de tantas informações que circulam em sociedade na atualidade. 27 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: SEMEF Manaus - AM Prova: Técnico em Web Design da Fazenda Municipal Considerando o conceito de engajamento nas redes sociais, é cor- reto afirmar que: a) A periodicidade ideal de postagens para aumentar o nível médio de engajamento de um perfil varia de acordo com fatores como público, conteúdo das postagens e plataforma de publicação. b) A definição do engajamento de uma postagem se limita ao número de comentários deixados nela. c) O impulsionamento pago de conteúdo é sinônimo de alcance orgâni- co e serve para desacelerar o engajamento de uma publicação. d) O nível de engajamento médio do perfil de uma marca em uma rede social equivale à quantidade de produtos que ela vende em sua loja física. e) O engajamento da publicaçãode uma transmissão de vídeo ao vivo se resume ao número de pessoas que assistiram o vídeo em tempo real. QUESTÃO 2 Ano: 2019 Banca: IF-TO Órgão: IF-TO Prova: Jornalista “As redes sociais são um tipo de mídia social que se caracterizam pela integração e pela relação entre indivíduos que compartilham informações, interesses, discussões e ideias”. (Killian; Mc Manus, 2015). Com base nessa afirmativa, marque a alternativa correta: a) As mídias sociais possibilitam a postagem e o compartilhamento de conteúdo e permitem interação entre os usuários. b) O Instituto Federal do Tocantins utiliza como mídia social exclusiva- mente o Facebook e o Instagram. c) O marketing, por meio de mídias sociais, requer uma abordagem culta e séria, padrão que precisa ser adotado em redes sociais de Insti- tuições de Educação. d) O Instituto Federal do Tocantins não utiliza mídias sociais para dis- seminação de conteúdo, uma vez que já possui seu próprio Portal de Notícias. e) Blogs e sites de compartilhamento não são considerados mídias sociais. QUESTÃO 3 Ano: 2017 Banca: COVEST-COPSET Órgão: UFPE Prova: Assisten- te em Administração Indique a alternativa que apresenta um exemplo para cada um dos 28 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S seguintes conceitos relacionados com a internet (respeitando a or- dem): I- Serviços de redes sociais, II- Tecnologias ou protocolos de interconexão, III-Ferramentas de busca na Web e IV-Navegadores Web. a) Orkut, ARPANET, Yahoo!, Windows Explorer. b) Twitter, TCP/IP, Ethernet, Google Chrome. c) Linkedin, TCP/IP, Google, Mozilla Firefox. d) Telnet, Ethernet, Netflix, Open office Impress. e) Facebook, HTTP, Internet Explorer, Apple iOS. QUESTÃO 4 Ano: 2017 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: SEDF Prova: Técnico de Gestão Educacional - Secretário Escolar Com relação aos conceitos básicos e modos de utilização de tec- nologias, ferramentas, aplicativos e procedimentos associados à internet, julgue o próximo item. Embora exista uma série de ferramentas disponíveis na Internet para diversas finalidades, ainda não é possível extrair apenas o áu- dio de um vídeo armazenado na internet, por exemplo, no Youtube (http://www.youtube.com). ( ) Certo ( ) Errado QUESTÃO 5 Ano: 2016 Banca: SUGEP - UFRPE Órgão: UFRPE Prova: Auxiliar em Administração Em relação a grupos de discussão, redes sociais e ambiente virtual de aprendizagem (Moodle 3.0.3), relacione as descrições apresen- tadas na 2ª coluna com os conceitos indicados na 1ª coluna. 1) Ambiente Virtual de Aprendizagem. 2) Grupo de Discussão. 3) Redes Sociais. 4) Moodle. ( ) É uma ferramenta que permite o debate de um assunto, via e-mail (correio eletrônico), com os participantes cadastrados, con- figurando-se numa comunidade colaborativa virtual que se reúne em torno de interesses bem determinados. ( ) São estruturas sociais virtuais compostas por pessoas e/ou or- ganizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos comuns na internet. ( ) Oferece as atividades chat, base de dados, diário, escolha (en- quete), fórum, glossário, lição, questionário, tarefa e wiki. 29 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S ( ) É um local virtual onde são disponibilizadas ferramentas, per- mitindo o acesso a um curso ou disciplina e também permite a interação entre os alunos, professores e monitores envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. A sequência correta, de cima para baixo, é: a) 1, 3, 4, 2. b) 2, 4, 3, 1. c) 3, 2, 1, 4. d) 2, 3, 4, 1. e) 4, 1, 2, 3 QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE As redes sociais digitais estão presentes em diferentes práticas do coti- diano, por isso, em diversas situações, o termo é empregado pelas pes- soas. Tais plataformas são denominadas também como mídias sociais, termo que é compreendido, no senso comum, como sinônimo de redes sociais digitais. Entretanto, de acordo com a literatura especializada, há diferenças entre os termos redes sociais digitais e mídias sociais. Tendo isso em vista, explique a definição de cada um dos termos, conforme a literatura da área, e suas diferenças. TREINO INÉDITO O contexto da cibercultura proporcionou a convergência entre diferen- tes mídias, em que há a conexão entre conteúdos disponibilizados e acesso a materiais das plataformas de modo transversal. Isso posto, é CORRETO afirmar que a responsabilidade da convergência entre mí- dias é dos: a) Meios de comunicação tradicionais. b) Mídias sociais. c) Algoritmos. d) Aparelhos tecnológicos. e) Usuários do ciberespaço. NA MÍDIA Treinos virtuais agitam corpo e redes sociais com exercícios na quarentena A notícia aponta que uma das preocupações das pessoas durante o período da de distanciamento social da pandemia do Covid-19 no Bra- sil tem sido com a falta de atividade física e o sedentarismo. Como 30 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S os espaços de práticas esportivas estavam fechados, a solução para muitos indivíduos tem sido se exercitar pela internet. A matéria destaca a importância da orientação profissional adequada para a prática de atividades físicas. Dessa forma, aponta que as lives em mídias sociais têm sido realizadas por professores de Educação Física como no Ins- tagram e Youtube. Aponta-se que profissionais da área têm usado a criatividade para produzir vídeos e disponibilizarem pela internet. Por fim, relata também a importância das parcerias com pessoas influentes para participarem dos vídeos a fim de aumentar a audiência. Fonte: Lance/Yahoo Esportes Data: 08 jun. 2020. Leia a notícia na íntegra: https://esportes.yahoo.com/noticias/treinos- -virtuais-agitam-corpo-e-170707350.html NA PRÁTICA Considerando que as mídias sociais permitem que qualquer pessoa possa criar e compartilhar conteúdos em suas plataformas, como os professores de Educação Física elaboraram vídeos de treinos durante a pandemia de Covid-19 a um público, é importante salientar que esses materiais devem ser planejados e direcionados a um nicho de público específico. Não se deve produzir materiais de forma indiscriminada, é necessário verificar: qual é o tema e objetivo do conteúdo, onde está seu público, qual/is plataforma/s são mais compatíveis, como os conteúdos serão produzidos, periodicidade de publicação e critérios de avaliação. Embora as plataformas digitais sejam democráticas, é preciso elaborar conteúdo de qualidade e credibilidade. Uma vez que a visibilidade pro- porcionada pelas mídias sociais pode comprometer o trabalho de um profissional se ele for feito de modo inadequado. Um exemplo é o traba- lho desenvolvido pelo professor Aurélio Alferi em seu canal do Youtube, em que produz alguns vídeos de atividade física voltados para idosos. Confira o exemplo em: https://www.youtube.com/watch?v=xcM3aaBl- -8U PARA SABER MAIS - Confira o vídeo abaixo sobre a Cibercultura na visão de um dos seus principais pensadores, Pierre Lévy. Título: Pierre Lévy e a Cibercultura Data de publicação: 06/2019 Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=ZYg70y6p3v8 31 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S - Conheça as diferenças entre redes e mídias sociais digitais: Título: Diferenças entre redes e mídias sociais – Guia de Produção de Conteúdo Data de publicação: 05/2017 Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=ZYg70y6p3v8 32 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S O segundo capítulo deste módulo aborda o processo de pla- nejamento das redes sociais digitais para que as ações desenvolvidas atinjam a situação almejada de forma eficiente e eficaz. Na sociedade contemporânea, não é possível agir de forma improvisada, há múltiplas variáveis que devem ser levadas em conta, ainda mais nas tecnologias digitais. Desse modo, discute-se o ato de planejar, e as etapas que envolvem o processo,como a estratégia, a produção de conteúdo e análise de resultados. Em seguida, discorre-se sobre o perfil das redes e mídias on- -line e como definir o público alvo de cada agente social. Há inúmeros tipos de perfis, portanto, é necessário alinhar ao foco do plano de redes sociais digitais definido. Ademais, discute-se também o papel dos objeti- vos e das estratégias usados no planejamento das ferramentas on-line. Apontando-se os possíveis objetivos de atuação nas redes e o auxílio de recursos como metas e as estratégias que mostram como as ações PLANEJAMENTO DE REDES SOCIAIS IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S 33 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S serão desenvolvidas. Por fim, busca-se refletir sobre a produção de conteúdos em ambientes digitais, quais são os tipos e as formas de conteúdos existen- tes. Além disso, aborda-se como as práticas jornalísticas têm se adap- tado à elaboração de materiais digitais. PLANEJAMENTO DE AÇÕES As redes sociais digitais e mídias sociais oferecem inúmeras possibilidades de criação de vínculos entre pessoas e produção e com- partilhamento de materiais. Desse modo, elaborar o planejamento das ações que são desenvolvidas nesse ambiente é determinante para oti- mizar seus usos. Quando se utiliza de forma não planejada essas plata- formas digitais, há a percepção de que elas não apresentam resultados. Planejar as atividades que serão desenvolvidas, seja qual for a finalida- de, é um diferencial para quem o aplica. O ato é inerente às práticas humanas, já que, assim, os sujei- tos se organizam para o futuro. O planejamento pode ser uma ativida- de simples e informal, como conferir as redes e mídias sociais digitais uma vez por dia ou algo mais formal, por exemplo, criar um plano de comunicação digital por um semestre ou ano para uma empresa ou profissional. O planejamento pode ser entendido como um processo de es- colhas que orienta as estratégias para se atingir determinadas metas por meio de métodos e prazos a fim de se alcançar um objetivo. O procedimento é um recurso importante para: [...] ter objetivos e metas claras para os responsáveis tirá-los do papel para a realidade, para prestar contas aos nossos gestores, uma vez que vemos crescer sua preocupação em avaliar e mensurar resultados, pois desejam ter mais precisão quanto à relação custo versus benefício, ou o investimento e o retorno advindo da comunicação. Para sensibilizar pessoas, envolver a equipe na execução. (MOLLMANN, 2012, p. 40). Trata-se de um processo composto por etapas que orientam o trabalho e define estratégias que serão utilizadas com detalhamentos para implementação das ações a serem realizadas na consecução dos objetivos. Há também a mensuração dos resultados obtidos e permitem o monitoramento e avaliação das estratégias empregadas, servem ain- da de retroalimentação. O planejamento é dinâmico e flexível, encontra- -se em transformação permanente por ser um ciclo renovável. A prática está direcionada à racionalidade na tomada de de- 34 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S cisões e se fundamenta em hipóteses sobre o futuro. Depende do ele- mento humano, por isso necessita de coordenação e controle. Para viabilizar o planejamento, é preciso a alocação de recursos, interação entre os envolvidos e flexibilidade no processo. É importante salientar que os termos planos e planejamento não são sinônimos. O planejamento se refere ao processo de planejar, enquanto que o planejamento se refere a materialização do processo, o documento escrito. Ter um plano de redes sociais pode facilitar o trabalho dos pro- fissionais envolvidos, bem como uma frequência de postagens defini- das proporciona a fidelização do público alvo definido e o agendamento das mensagens. Além disso, o planejamento potencializa os resultados a serem alcançados. A elaboração de um plano de redes sociais digitais e mídias sociais adequado envolve a definição da estratégia, produção de con- teúdo e análise de resultados, conforme pode ser verificado na figura 1 abaixo. Para tanto, é necessário, inicialmente, definir o/s objetivo/s que irá/ão moldar o direcionamento do plano. Figura 1: Etapas do plano de redes sociais digitais e mídias sociais Fonte: SILVA, 2019. 35 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S Na sequência, é identificada qual a melhor estratégia a ser uti- lizada tendo como foco a finalidade do planejamento. O uso das redes e mídias sociais digitais devem ter uma estratégia de conteúdos que seja direcionada ao foco do plano de ação estabelecido. Quando isso não acontece, os resultados não são satisfatórios, por isso alguns indivíduos podem errar nesse ponto. Estratégias alinhadas aos objetivos servem para guia a leitura dos resultados obtidos com as plataformas digitais, que, por vezes, geram dúvidas. Sobre a análise dos resultados, a definição das métricas para mensurá-los depende dos objetivos que se deseja alcançar. Por isso, é importante analisar os números que estejam associados ao direcio- namento do plano. Exemplo: se o objetivo for aumentar as visitas e interações sobre uma página, os números de visualizações e curtidas ou comentários pode ajudar a mensurar isso. O monitoramento dos nú- meros possibilita verificar se a estratégia utilizada está surtindo efeitos ou não e se é necessária alguma correção. Outro aspecto importante no planejamento das redes sociais digitais e mídias sociais, segundo Galvão (2019, p.1), é a otimização do perfil que será utilizado. Recomenda-se verificar se a descrição do perfil está atualizada e se os links disponibilizados estão corretos. Trata-se da “carta de apresentação” do conteúdo disponibilizados, assim, deve-se preocupar em construir uma boa imagem junto ao público-alvo. Pensar em um perfil que gere o melhor retorno para a finalidade a ser obtida com as redes. Quanto à produção de conteúdo, ela se refere ao que será disponibilizado nas plataformas digitais. Assim, é relevante definir qual será o modelo das mensagens disponibilizadas e a periodicidade. Cada rede social digital tem um formato e funções próprias, cujos conteúdos a serem veiculados devem ser condizentes a elas. Uma sugestão, ainda de acordo com Galvao (2019, p.1), nesse caso, é “[...] fazer pequenas mudanças na linguagem ao alternar dife- rente canais. Adequar seu texto já pode fazer bastante diferença”. Além disso, é possível reaproveitar conteúdos que já foram utilizados em cada situação, ou ainda, criar novos conteúdos para as redes. Contudo, nem sempre os profissionais e organizações dispõem de estrutura/pes- soal para elaborar novos conteúdos ou nem detalham a estratégia de conteúdo. Nesse caso, é necessário realizar algumas adequações para que o plano de mídias sociais atinja seu objetivo. Por fim, é importante conhecer bem o público alvo de cada plataforma digital e suas demandas. Vale lembrar que, na perspectiva da comunicação e do jornalismo, essas ferramentas servem para criar interações e discussões com seus usuários, que, mais do que ouvir, 36 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S querem também ser produtores de conteúdos nas redes. PÚBLICO ALVO As redes sociais digitais e as mídias sociais estimulam a inte- ração entre os usuários e a produção e o compartilhamento de conteú- do com valores e interesses próximos. Nelas, podem ter redes sociais menores que permitam aos indivíduos, conforme seus objetivos, que “[...] seja[m] capaz[es] de encontrar outras pessoas com afinidades de interesse”. (LETTI, 2011, p. 13). Há considerável fluxo de informações que circulam nesses es- paços entre os envolvidos, constituindo um espaço para a troca de opi- niões e debates, assim como a tomada decisões que podem ter efeitosreais práticos (MARTINO, 2014). Assim, o papel ativo das pessoas nas plataformas digitais ocorre por meio da interatividade e veiculação de conteúdo. O desafio que os sujeitos, profissionais e instituições enfrentam na atualidade é lidar com essa postura do seu público, que, em outros momentos, não era tão considerada ou, até mesmo, negligenciada. O receptor da informação (também emissor) não é passivo, aliás, nunca foi; “Mesmo sentado à frente de uma televisão sem controle remoto, o destinatário decodifica, interpreta, participa, mobiliza seu sistema ner- voso de muitas maneiras e sempre de forma diferente de seu vizinho” (LÉVY,1999, p. 79). Portanto, a atuação nas redes e mídias sociais digitais perpas- sa, em seu planejamento, a consideração do papel ativo do seu público alvo, assim como o seu perfil. É relevante considerar qual é o perfil de pessoas que seja deseja atingir, a fim de que a mensagem atinja sua finalidade. Embora as redes sociais digitais apresentem muitas possibi- lidades, não se deve atuar de forma abrangente querendo atingir inú- meros perfis de público. Sem uma atuação direcionada, pode-se perder tempo e dinheiro com diversas ações sem alcançar bons resultados. Especialistas recomendam definir uma área de atuação, conhecer o ni- cho que se deseja trabalhar e traçar o perfil da sua audiência. Assim, é possível conseguir desenvolver ações mais adequadas e se obterem bons resultados. 37 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S Qualquer ação de comunicação precisa definir o público ao qual será direcionado, por isso, é importante conhecer detalhadamente as características desse público a fim de que o conteúdo produzido seja do interesse ou relevante para esse grupo. É uma ação que leva algum tempo para ser desenvolvida, mas existem alguns procedimentos que podem facilitar a obtenção desses dados, seja qual for o público alvo e a estratégia a ser usada nas redes sociais digitais. Pesquisar e analisar dados demográficos e psicográfi- cos do segmento, frequentar espaços que esse público frequenta temas que têm sido discutidos ou compartilhados por eles em grupos específi- cos ou de forma mais ampla. Um recurso usado em marketing, que, com as devidas adap- tações, pode ser usado na área do jornalismo, é o buyer persona para identificar como se fosse um “usuário da internet ideal”. Esse instrumen- to busca identificar o máximo de informações possíveis sobre o público alvo, embora nem sempre seja possível identificar todas elas. Algumas dessas informações apontadas por Jungblut (2019) são: locais ondem moram, faixa etária, gênero, seus interesses, atividade profissional, ní- vel de renda, estado civil, sites/aplicativos preferidos entre outras infor- mações. O buyer persona não é totalmente eficaz, mas pode auxiliar no processo de definição do público alvo em um plano de rede e mídias sociais digitais. Ao identificar o público, é possível traçar estratégias direciona- das para cada segmento, aumentando as possibilidades de resultados. Dependendo do público e da mídia utilizada, o tema e a forma de abor- dagem mudam significativamente, assim, isso não pode ser planejado no último momento, pois as chances de erro são altas. O uso das redes sociais digitais pelos sujeitos é permeado na visão de Recuero (2009) pelos seguintes princípios: - Popularidade: as plataformas digitais qualificam a audiência sobre determinado conteúdo, perfil ou página. - Autoridade: mensurar o poder de influência e a percepção da rede de contatos sobre um ator social. - Visibilidade: as ferramentas on-line permitem a interação constante entre usuários das redes com aqueles que seguem. - Reputação: trata-se da percepção que o público tem sobre determinado sujeito ou instituição nas redes. Sobre o perfil dos usuários das redes sociais digitais no Brasil, a maior parte é composta por pessoas adultas de 18 a 44 anos. Po- rém, o perfil dos usuários é bastante dinâmico, segundo o Estúdio NSC Branded Content (2019, p.1), “[...] a terceira idade está cada vez mais conectada. O público idoso é o grupo que mais cresce entre usuários da 38 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S internet”. Desse modo, é salutar enxergar outros segmentos potenciais além dos adultos. Em cada plataforma on-line, há também um perfil de público dominante, o Facebook, Instagram e Snapchat têm mais mulheres, en- quanto o Twitter e o LinkedIn contam com a presença maior do público masculino, como ilustra a figura 2 abaixo. Figura 2: Perfil de gênero nas redes sociais digitais e mídias digitais. Fonte: Hootsuite; We are social (2019 apud ESTÚDIO NSC BRANDED CON- TENT, 2019) As mulheres também são mais ativas no Facebook, uma vez que curtem mais páginas e postagens, comentam e compartilham mais conteúdo e acessam mais anúncios do que o público masculino. As regiões do país que mais acessam à internet é o Sudeste e o Centro Oeste, e os moradores de áreas urbanas utilizam mais as redes em comparação a zona rural. Quanto ao nível de escolaridade, quanto mais elevado for, maior é o acesso às plataformas. Já em relação ao nível de renda, os segmentos com mais recursos têm mais acesso às redes também. Entretanto, é necessário tomar cuidado com os dados para não limitar a comunicação um perfil de público apenas, já que o país tem uma população muito heterogênea. Embora a porcentagem de presen- ça de pessoas com mais renda seja maior do que o número de pessoas com menor renda, a quantidade de pessoas que compõe esse grupo é bem maior comparado ao número de pessoas que tem mais renda no Brasil. Desse modo, quantitativamente, há mais pessoas com menos recursos nas redes do que o contrário disso. Em relação às empresas, segundo a Amplifica Digital ([201-]), a maior parte prefere utilizar o Facebook principalmente, ou seja, 97 % dos pesquisados, seguido pelo Instagram (63%), LInkedIn (46%), Twit- ter (44%) e Youtube (44%). A presença das empresas é bastante diver- sificada nas plataformas digitais, mas se verifica que a presença maior no Facebook e Instagram monstra a predominância do uso promocional 39 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S dessas ferramentas. Os dados apresentados sobre os usos e perfis do público pre- sente nas redes sociais digitais e nas mídias digitais auxiliam na defi- nição do público alvo de cada ator social interessado em explorar seus recursos. As informações são inúmeras, mas é necessário pesquisar e planejar com muito cuidado qual será o perfil dos usuários que se quer interagir nas plataformas a fim de que os resultados positivos. OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS Para se elaborar um plano de redes sociais digitais, é neces- sário ter pensamento estratégico, o qual, de forma criativa e intuitiva, orienta dinamicamente o planejamento, mas permite ter flexibilidade e inovação em seu processo de execução. O planejamento é forma de pensar e organizar estratégias para se atingir um objetivo, envolve questões, segundo Oliveira (2004, p.25), como: “o que fazer, como, quando, para quem, por que, por quem e onde”. O objetivo é que irá nortear as respostas a essas perguntas a fim de que nada seja feito de forma aleatória. Os objetivos se referem a descrição do que se pretende al- cançar, tem um caráter mais abrangente em relação a situação futura desejada. No que se refere ao uso das redes e mídias sociais digitais, as finalidadedes de sua utilização são inúmeras, mas as mais comuns são: promover uma marca e vender mais, construir a reputação de um ator social, produzir conteúdo sobre um tema ou área e aumentar a audiência, divulgar informações de interesse público, estreitar o relacio- namento com um público alvo, etc. A partir da escolha do objetivo do plano, define-se o foco de atuação nas redes, mas o objetivo é algo mais subjetivo e amplo, por isso, é recomendável detalharde forma mais concreta e clara as etapas, o tempo para sua realização e como poderá ser desenvolvido. Os ins- trumentos que auxiliam nesse processo são as metas e as estratégias. As metas se referem ao que é necessário ser feito até um pra- zo específico a fim de contribuam para a consecução do objetivo. Por exemplo, se o objetivo dos seu plano de mídias sociais for se aproximar mais do seu público alvo nas ferramentas digitais, deve-se determinar quais ações deverão ser realizadas e em quanto tempo. Trata-se do que precisa acontecer para que o objetivo se torne real, exemplo, aumentar as interações com os usuários da rede em 10% em 6 meses. Já a estratégia se refere como o objetivo e a meta serão rea- lizados, é o caminho que será necessário percorrer. Ou ainda, na vi- 40 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S são de Baseggio (2012, p.15), “[...] significa determinar cursos de ação apropriados e caminhos a serem traçados com vistas ao estabeleci- mento de vantagem competitiva frente ao mercado e à concorrência” (BASEGGIO, 2012, p.15). A estratégia define o foco de ação ou abor- dagem de cada agente nas redes sociais digitais, que é única, diferente da concorrência. Na elaboração da estratégia, recomenda-se considerar os mé- todos mais adequados para veicular a mensagem ao público estipulado. O conteúdo deve ser compatível aos interesses e perfil desse grupo, já que podem compreender a informação de modos diferentes. Outra preocupação é refletir sobre a imagem que se deseja projetar a eles, ela deve ser coerente à atuação do emissor da mensagem. Conforme aponta Bueno (2015, p.127), Como toda estratégia de comunicação, aquelas que são planejadas tendo em vista a atuação nas mídias sociais devem ter objetivos e metas bem de- finidos, estar subsidiadas por ações concretas e adequadas para sua imple- mentação e dispor de instrumentos para avaliar a sua aplicação. Como processo, o planejamento deve ser pensando a partir de um foco permeado por metas e estratégias de comunicação, que pos- sam ser monitoradas e mensuradas para se alcançar a situação deseja- da. Como em um jogo de xadrez, a estratégia direciona como o jogador/ ator social irá conduzir sua abordagem durante a partida até atingir seu objetivo. A estratégia a ser aplicada por um ator social precisa se atentar a alguns elementos principais, segundo Moraes (2018), como: regula- ridade (definir os dias e horários em que os conteúdos serão publica- dos), originalidade (não copiar ou repostar conteúdos), adequação ao ambiente (compreender a dinâmica de cada plataforma digital), dire- cionamento de tráfego (conduzir o usuário para outras ferramentas do ator social como blogs e sites), engajamento (promover e a participar de interações nas redes), crescimento orgânico (sem uso de ações pa- gas, priorizar conteúdo e interação de modo orgânico), ter profissionais qualificados para o gerenciamento das redes (quando é o próprio sujeito que gerencia suas redes, a recomendação é conhecer e compreender melhor a atuação nas plataformas digitais) e ter indicadores de desem- penho da estratégia. Acima de tudo, é importante salientar que o papel das tecnolo- gias digitais vai além da estratégia utilizada, elas fazem parte dos com- portamentos do ser humano na atualidade, ou seja, da cibercultura. Ela é um dos principais recursos entre atores sociais e não deve ser negli- 41 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S genciada. Por mais que haja múltiplos produtores de conteúdo, nem todos atuam de forma qualificada e confiável, é nesse ponto que o plano de redes e mídias sociais digitais bem elaborado pode ajudar a criar valor e diferenciação para aqueles o aplicam. PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS DIGITAIS A produção de conteúdo se refere à elaboração de materiais em diferentes formatos ou ferramentas que sejam relevantes para um público alvo e, assim, atrair audiência ou clientes/consumidores em po- tencial. Pode-se criar materiais como artigos, textos, vídeos e imagens que sejam úteis para seu receptor e que permitem aproximação com o produtor da mensagem. É possível utilizar múltiplos formatos de conteú- do e usar diferentes plataformas de divulgação. Embora haja diversas opções de conteúdos a serem produzidos, há os tipos mais recorrentes, que são: 1) Blogs: são páginas em que os usuários podem contar histó- rias e produzir conteúdos de interesse pessoal. As postagens se refe- rem a textos de aproximadamente 500 palavras postadas (textos cur- tos) com certa regularidade. 2) E-books: refere-se a conteúdos produzidos com mais pro- fundidade em relação a um blog. Desse modo, não é um material tão objetivo e simples, nele, deve-se aprofundar e apresentar novas infor- mações. Além disso, recomenda-se, segundo Camargo (2018), a dia- gramação do material, imagens de qualidade e landing page (páginas de destino - com pouco elementos – cujo foco é a conversão dos visi- tantes para outros domínios). 3) Postagens em redes sociais digitais: as redes on-line auxi- liam na divulgação de muitos negócios, por isso, é uma opção bastante usada. Contudo, produzir conteúdo para elas deve ser uma atividade bem organizada. Não é recomendável reproduzir materiais iguais em to- das elas. Deve-se pensar na adequação da linguagem, com chamadas interessantes que estimulem a leitura. 4) Infográficos: são materiais gráficos utilizados em algumas ferramenteas digitais, por exemplo, uma imagem. Por isso, devem ser claros e objetivos nas informações que apresetem. É, segundo Camar- go (2018, p.1), “[...] extremamente útil para as redes sociais [...], para chamar a atenção do usuário, uma imagem chamativa, contendo infor- mações impactantes, pode prender os olhos de quem está navegando no feed”. 5) Vídeos: materiais audiovisuais bem elaborados é uma boa 42 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S alternativa em relação aos textos. Por eles, pode-se promover entre- vistas, demonstrações, etc. Entretanto, é necessário criar-se um roteiro para planejar o conteúdo, usar materiais de qualidade e fazer uma boa edição do vídeo. 6) Imagens: trata-se de um tipo de conteúdo que gera bastante engajamento. Em algumas áreas e plataformas, o uso de imagens é um material mais apropriado em áreas como viagens, moda e decoração do que em outras áreas. Entre as imagens, há os gifts, que servem para conteúdos divertidos/cômicos a fim de estimular as pessoas. Esses tipos são os mais comuns, mas há outras possibilidades de elaboração de conteúdo. As ferramentas digitais contam com inúmeras possibilidades de criação de conteúdo, mas é preciso ser cauteloso na escolha do con- teúdo que será produzido e compartilhado, ele deve ter um significado para seu público alvo e não ser apenas “mais um conteúdo”. Por isso, todo o conteúdo a ser publicado precisa ser pensando antecipadamente e de forma estratégica. A sugestão de especialistas na área é a elabora- ção de um calendário editorial a fim de manter as postagens frequentes. Além disso, estudar quais os tipos de conteúdo mais adequados para cada ferramenta digital. O Facebook, por exemplo, é direcionado para o compartilhamento de links de postagens feitas em outros espaços digitais e para ações promocionais, enquanto o Instagram é direcionado para imagens a fim de divulgar conteúdos etc. Para a produção em si, há 3 opções que podem ser adotadas: - Produção interna: ter alguém responsável para elaborar in- ternamente os materiais e manter os perfis atualizado. Porém, depen- dendo da demanda e do tipo de produção, é necessário ter mais pro- fissionais com diferentes habilidades para auxiliar no processo. Uma sugestão é a pedir ajuda de profissionais de diferentes áreas de uma organização, por exemplo. - Produção terceirizada: é quando se contrata empresa espe- cializada em criação de conteúdo. Trata-se de umapossibilidade in- teressante, pois o serviço contratado terá que se responsabilizar em cuidar das postagens. - Mix de produção interna/externa: neste caso, ambos traba- lham de modo integrado, em que o responsável interno, segundo Ca- margo (2018, p.1), “gerencia as demandas de conteúdo e serviço espe- cializado de elaboração”. Pode parecer complexo, mas, com planejamento, a criação de conteúdos se torna mais fácil. Ademais, há ferramentas que auxiliam no processo de produção como o gerenciamento e monitoramento das redes sociais (exemplo RD Station e Google Analitics) e busca/moni- 43 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S toramento de palavras-chaves ou hashtags (exemplo Google Alerts e Sem Rush). A partir da finalidade do plano de redes sociais digitais, há várias ferramentas que auxiliam na produção de conteúdo para as re- des digitais e mídias sociais. No caso das práticas jornalísticas, as plataformas on-line cria- ram novos modos de trabalho no tratamento das informações de inte- resse público. Além das funções tradicionais, esses profissionais devem acrescentar outras habilidades no contexto da cibercultura. Algumas empresas e profissionais tentam adaptar práticas antigas ao novo am- biente, como orientar jornalistas a produzirem grande quantidade de conteúdos para as redes sociais digitais. Contudo, por vezes, segundo Lima (2009, p.101), “[...] não conseguem estabelecer comunicação efi- ciente nas plataformas digitais conectadas [...], [pois a estratégia em- presarial não visa] à qualidade e à relevância informativa”. Há que se pensar que a produção de conteúdo necessita ser compatível com cada mídia social, o que permite a exploração de novos formatos de conteú- do. Para tanto, é relevante que os jornalistas aprendam novas práticas em sua atuação. Entre as habilidades para a produção de conteúdo, pode-se citar: [...] habilidades em programação e design para criar apresentações intera- tivas que explicam complexos processos sociais. Isso requer o domínio das tecnologias de mídia social para organizar comunidades on-line por meio do compartilhamento de interesses, questões e preocupações. (PEARSON, 2009, p.1 – tradução nossa). A adequação da profissão aos novos meios digitais apresenta forte resistência do campo comunicacional. As redes digitais têm redi- mensionado a atuação jornalística contemporânea. Tais práticas pas- sam a ser realizadas em conjunto à inteligência coletiva dos usuários das redes sociais digitais e mídias sociais. A notícia se torna, segundo Bredarioli (2016, p.5),”[...] viral e expansível, espalhada espontanea- mente pelos usuários em suas redes sociais, amplificando o alcance para além do veículo que a gerou”. E, também, permite a exploração do conteúdo de diferentes maneiras. Tem se verificado cada vez mais adesão de sites institucionais à integração com as redes sociais digitais. Desse modo, aumenta-se a possibilidade de divulgação de fatos jornalísticos por atores sociais inseridos nas redes. O jornalismo na era digital precisa levar em conta ações das redes e mídias sociais digitais. Os usuários dessas plataformas também devem produzir conteúdos que darão suporte ao trabalho jornalístico. 44 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S Dessa forma, Bradshaw (2008, p.1) sugere o desenvolvimento da fun- ção de “[...] gerenciamento de comunidades, para cuidar do conteúdo [...] por meio da colaboração de várias fontes, pois sem elas não seria possível cobrir”. É importante ter um jornalista que fique responsável pela articulação com as comunidades das redes sociais digitais. Essa função é denominada de netweaving, que, segundo Franco (2008), tem o papel de mediar as relações com usuários das redes virtuais. À medida que o papel dos jornalistas se intensifica no mundo digital, novos desafios surgem nesse cenário, conforme verifica-se no quadro 2. Atuar no cenário da cibercultura exige que os profissionais da área estejam hiperatentos às situações que as redes sociais digitais e as mídias sociais apresentam. Quadro 2: Desafios para jornalistas nas redes sociais Desinformação A quantidade de informação falsa tem crescido significati- vamente nos últimos anos, assim, é importante se atentar a procedência da informação e compreender as técnicas que são usadas para sua disseminação. Preocupação com a privaci- dade As ferramentas digitais proporcionam ampla repercussão dos conteúdos que são publicados por seus usuários. Desse modo, não são ambientes seguros, uma ação impensada pode proporcionar consequências negativas como ser incriminado por alguma publicação errada do ponto de vista legal ou expressar preferências ideológi- cas que possam afetar a entrada em determinadas insti- tuições e países. A mudança para as redes fecha- das Conforme os usuários tomam mais cuidado com o que postam ou comentam nas redes on-line, mais tem cresci- do a autocensura de conversas nas ferramentas. Assim, não é possível identificar os posicionamentos e diálogos dos participantes, já que eles migram para ambientes fe- chados. 45 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S Bolhas de filtro As principais redes sociais digitais são programadas para apresentar mais o que entendem que seus usuá- rios gostam ao invés do que necessitam. Portanto, as recomendações são direcionadas ao que acredita que as pessoas curtem, não apresentando visões diferen- te da delas. “Para os jornalistas, isso significa que pre- cisamos nos lembrar de que as discussões on-line não são representativas das populações em geral e que são profundamente filtradas pelos algoritmos da plataforma e pelo que as pessoas escolhem postar” (RADCLIFFE, 2020, p.1). Onde investir seu tempo e energia O uso das redes sociais on-line e a diversidade de fer- ramentas têm aumentado significativamente nos últimos tempos. Nesse sentido, é preciso verificar onde está o seu público alvo e o que eles fazem com seu tempo nas redes para direcionar sua atuação nelas. Fonte: Sintetizado pela autora a partir de Radcliffe, 2020. Entre os desafios existentes, um que tem se destacado, ex- pressivamente, na atualidade, são as fake news (notícias falsas). Frente à diversidade de opções para produção e replicação de conteúdos nas redes e mídias sociais digitais, sem criteriosidade, potencializa-se a cir- culação de elementos desqualificados e sem credíveis. Nesse contexto, as fake news aumentam significativamente veiculando informações en- ganosas de forma parcial ou total. Trata-se de um cenário de desinfor- mação provocado por fatores como, segundo Belda e Pimenta (2018): a fragmentação e desintermediação da notícia na web, a forma como as pessoas se relacionam com a mídia, os processos de produção jor- nalística, etc. Para conhecer melhor as questões que envolvem às notícias falsas, veja o link abaixo em que apontam as motivações que levam as pessoas a compartilharem notícias falsas e o que tem sido feito para combatê-las: Saiba Mais: https://rockcontent.com/blog/estrategia-da-netflix/ 46 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S Por isso, têm surgido iniciativas de checagem de informações para melhorar a qualidade dos conteúdos digitais, como o projeto ameri- cano FactCheck.org entre outros. Isso tem ajudado a monitorar a produ- ção de conteúdo sem credibilidade nas plataformas digitais, mas, ainda, as fake news representam grande desafio para a atuação jornalística e para a sociedade atual. O desenvolvimento de um trabalho jornalístico de qualidade, inerente aos princípios da profissão, é um diferencial que permite com- bater a grande quantidade de notícias faltas que mais “desinformam” do que esclarecem as pessoas. É importante também tomar cuidado com compartilhamento de informações a partir de outras fontes que são feitaspor jornalistas. Recomenda-se chegar o responsável e sua cre- dibilidade para não colocar em xeque o trabalho de quem compartilhar também. Na velocidade das redes sociais digitais, muitos conteúdos são produzidos e compartilhados, mas nem todos têm a qualidade e con- fiabilidades necessárias. Assim sendo, atuar em redes sociais digitais requer um trabalho de planejamento que envolve a definição de obje- tivos, metas e estratégias que direcionam a produção de bons conteú- dos. Além disso, faz-se necessário ter boa gestão do material que será publicado para garantir a organização necessária e, mais do que falar, os jornalistas devem ouvir o que o seu público alvo quer dizer. Um bom trabalho de acompanhamento das redes vai além da quantificação de resultados, necessita também de uma avaliação. 47 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: Câmara Municipal de Araraquara - SP Prova: Jornalista Segundo Cesar (2000), existem algumas regras práticas e bem-hu- moradas para a utilização de cores na internet. Leia atentamente as afirmativas abaixo e dê valores V (Verdadeiro) e F (Falso). ( ) Não carregue o site com cores demais. Sua criação não é para o carnaval e uma cor pode brigar com a outra, e as informações importantes podem ser esmagadas pelas cores. ( ) Dê importância aos contrastes e não utilize cores escuras sobre um fundo preto. ( ) As cores do vídeo são em RBG e nesse sistema as cores são mais vivas, mais iluminadas do que as cores para padrões gráficos. ( ) A escolha da cor pode alterar a velocidade do site. ( ) O público jovem responde melhor às cores discretas. ( ) O público sofisticado prefere cores vivas e fortes. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo. a) V, V, F, F, V, V. b) F, V, F, F, V, V. c) V, F, V, V, F, F. d) V, V, F, V, F, F. e) F, F, V, F, F, V. QUESTÃO 2 Ano: 2016 Banca: FCM Órgão: IF Farroupilha - RS Prova: Adminis- tração/Marketing Analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas: Ao analisarmos criticamente, podemos perceber que a internet e o marketing digital não modificaram os princípios fundamentais do marketing. Por outro lado, pode-se perceber que o marketing di- gital influenciou alguns desses princípios, tais como o comporta- mento de compra, precificação, promoção, canais de distribuição e estratégias. PORQUE As organizações que desejam utilizar o marketing digital devem planejar o nível adequado de tecnologia que pretendem adotar e o conteúdo alinhado ao seu posicionamento de mercado. É correto afirmar que: a) As duas asserções são falsas. 48 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S b) A primeira asserção é verdadeira e a segunda é falsa. c) A primeira asserção é falsa e a segunda é verdadeira. d) As duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. e) As duas asserções são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. QUESTÃO 3 Ano: 2017 Banca: CS-UFG Órgão: DEMAE - GO Prova: Propaganda e Marketing Os sites e as redes sociais transformaram-se em meios pelos quais muitas empresas coletam dados sobre seus clientes, seus hábitos de consumo e suas opiniões. Muitas empresas recorrem a ferra- mentas que capturam dados sobre as visitas no ambiente on-line. Uma delas é a Web analytics, que: a) É sinônimo de reporting, isto é, a coleta de dados visando à análise do tráfego de visitas a um site e a faixa de renda do visitante. b) Diz respeito à construção de bancos de dados nas empresas. Os da- dos coletados formam os chamados KPI – Key Performance Indicators. c) Refere-se ao monitoramento do comportamento dos dados de sexo e renda dos visitantes de um site, além de sua origem de tráfego. d) Corresponde ao monitoramento e à análise de dados, tendo como diferencial a introdução da inteligência no processo de reunir e cruzar dados diversos para obter informações. QUESTÃO 4 Ano: 2018 Banca: UFCA Órgão: UFCA Prova: Técnico de Laborató- rio - Práticas em Jornalismo Um fotojornalista fez uma imagem e vendeu para um grupo edito- rial que irá publicá-la num jornal impresso, numa revista impressa e divulgar nas redes sociais dos veículos de comunicação perten- centes ao grupo. Selecione a opção que apresenta a qualidade, o formato e o perfil de cor mais adequado para cada um dos veículos respectivamente. a) Jornal: 300ppi, GIF e CMYK. Revista: 300ppi, TIF e CMYK. Redes Sociais: 200ppi, JPG, RGB. b) Jornal: 200ppi, TIF e CMYK. Revista: 300ppi, TIF e CMYK. Redes Sociais: 72ppi, JPG, RGB. c) Jornal: 200ppi, TIF e RGB. Revista: 300ppi, TIF e CMYK. Redes So- ciais: 72ppi, JPG, CMYK. d) Jornal: 300ppi, TIF e CMYK. Revista: 72ppi, JPG e CMYK. Redes Sociais: 72ppi, JPG, RGB. e) Jornal: 200ppi, TIF e CMYK. Revista: 300ppi, TIF e CMYK. Redes Sociais: 72ppi, JPG, CMYK. 49 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S QUESTÃO 5 Ano: 2019 Banca: CESGRANRIO Órgão: UNIRIO Prova: Produtor Cultural Sob a ótica de uma realidade social permeada pelo crescimento e desenvolvimento de tecnologias digitais de informação e comu- nicação (TDICs), as políticas culturais atuantes podem ser consi- deradas em duas frentes: acesso ao patrimônio cultural existente e produção/expressão cultural. A partir daí, observa-se uma nova lógica de consumo e produção de conteúdo que reorganizou os papéis e os atores nesse cenário. Nesse contexto, verifica-se que a(o): a) Produção cultural é exclusiva de fontes especializadas. b) Conectividade é um obstáculo para a socialização do consumo. c) Consumidor é também produtor de conteúdo. d) Consumo está mais vertical e menos horizontal. e) Acesso a produtos culturais está restrito à mobilidade digital. QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE Planejar as ações que serão desenvolvidas pelas redes e mídias sociais digitais permite que os resultados a serem alcançados sejam positivos. Para tanto, é necessário definir o objetivo de atuação nas plataformas digitais, acompanhados por metas e estratégias. Tendo isso em vista, explique a função do objetivo, metas e estratégias em um processo de planejamento de atuação nessas ferramentas? TREINO INÉDITO Na sociedade contemporânea, há diversos desafios que a comunidade jornalística tem enfrentando em sua atuação no ambiente digital. Tendo isso em vista, qual das alternativas abaixo representa um desafio para os jornalistas a contemporaneidade? a) Definição do público alvo. b) Elaboração de um plano de mídias sociais. c) Desinformação. d) Produção de conteúdos digitais. e) Análise de resultados virtuais. NA MÍDIA Montagens simples conseguem resumir assuntos complexos de forma criativa – e de um jeito que os estudantes entendem 50 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S A notícia relata que memes têm sido utilizados como instrumento de ensino/aprendizagem na área da educação, porque seu formato sinte- tiza conteúdos complexos de modo criativo e divertido. Esse recurso é bem aceito entre jovens e adolescentes, por isso, pode ser um grande aliado no trabalho dos professores. A matéria exemplifica temas e as- suntos que podem ser abordados pelos memes na produção de conteú- do complexos, mas, também, alerta para os cuidados que devem ser tomados em sua elaboração e veiculação junto ao público alvo. Se for mal utilizado, pode levar a percepções e atitudes negativas das pessoas em relação ao que foi abordado, como intensificar discursos de ódio e preconceitos. Com os devidos cuidados, é um instrumento fácil de ser produzido e que pode ser usado em várias disciplinas. Fonte: Vanessa Fajardo/Porvir Data: 10 jun. 2020. Leia a notícia na íntegra: https://porvir.org/diversao-das-redes-sociais- -memes-podem-ser-boas-ferramentas-em-sala-de-aula/ NA PRÁTICA Considerando que os memes são um recurso muito utilizado nas redes e mídiassociais digitais por diferentes atores sociais, eles também podem ser usados por jornalistas para explicar fatos ou aspectos noticiosos mais complexos. Se o público alvo do trabalho desse profissional for especialmente jovem, pode-se utilizar algum memes em determinada rede digital, por exemplo, como chamada para uma matéria que pode ser lida em outro domínio com informações mais complexas. Pode ain- da ser usado para estimular o relacionamento com a audiência de um jornalista ou meio de comunicação ou, até mesmo, pedir contribuição do público para a criação de memes sobre determinados fatos que ajudem a amplificar a informação a ser divulgada. Há diferentes possibilidades para o uso desse recurso, mas deve ser bem avaliado, pois, em algu- mas áreas, tratar conteúdos de forma divertida não é adequado e, por isso pode ter efeitos negativos. PARA SABER MAIS - Veja o vídeo abaixo o qual aborda algumas características do planeja- mento estratégico em redes sociais. Título: Os 4 pilares do planejamento estratégico do Social Media Data de publicação: 10/2019 Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=jYrnZXbOiFM&t=4s 51 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S - Confira o vídeo com dicas para atuação em jornalismo digital: Título: Como se destacar sendo um jornalista digital Data de publicação: 09/2019 Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=AV7xSw3pH1Q&lc=UgzERGbjnru- Cr-G82jh4AaABAg 52 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S O terceiro capítulo deste módulo busca discutir a importância da gestão e monitoramento de redes sociais na atualidade, que são determinantes para um bom plano na área e alcance dos objetivos al- mejados. A gestão das redes sociais envolve um trabalho de muita orga- nização e cuidados para evitar erros que podem comprometer qualquer estratégia. Devido à sua visibilidade, qualquer postagem sobre deter- minado tema feita inoportunamente, pode gerar impactos negativos. Desse modo, é preciso sempre monitorar o que está sendo publicado e seus resultados para evitar distorções. Desse modo, abordar-se o processo de gestão das redes sociais na atualidade, com foco nas precauções e procedimentos ne- cessários. Além disso, discute-se as funções que os jornalistas podem exercer enquanto gestores dessas ferramentas. GESTÃO & MONITORAMENTO DE REDES SOCIAIS IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S 53 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S Além disso, discorre-se sobre a importância do uso de critérios para mensurar o retorno das ações realizadas nas mídias sociais, assim como o acompanhamento desses indicadores. E, por fim, apresenta-se os procedimentos para o monitoramento da rede e sua relação com todas as etapas de uma boa gestão. GESTÃO DE PRESENÇA E UTILIZAÇÃO DE REDE SOCIAIS As redes sociais digitais e mídias sociais oferecem uma série de oportunidades para os indivíduos e organizações se relacionarem e produzirem conteúdo junto ao seu público alvo. Porém, a presença e utilização desses espaços virtuais não serão satisfatórias se esses agentes não planejarem, assim como não gerenciarem a sua atuação nas plataformas digitais. Mais do que planejar as ações, é necessário gerenciar o processo de modo a garantir que os resultados sejam obti- dos. Uma boa gestão evita erros e que se perca tempo e dinheiro com ações ineficazes. É preciso pensar na distribuição de conteúdos em ferramentas em que o público está presente, utilizar linguagem a qual essas pessoas entendam e, assim, promover as interações com os usuários tão alme- jados. Desse modo, a gestão de redes sociais se refere à adoção de, segundo Rocha (2013, p.1), “[...] um conjunto de ações para otimizar o uso desses canais, indo além de um simplesmente fazer publicações” no perfil. Contempla diversas fases tais como: planejamento, criação de materiais e avaliação de resultados. O uso cada vez mais intenso das redes e mídias sociais digi- tais exigem a presença de pessoas e instituições nesses espaços para as relacionarem com seus usuários. Contudo, qualquer ação ou inte- ração precisa ser pensada e organizada com antecedência, conforme se verifica no quadro 3, já que qualquer ato pode gerar repercussão considerável e, por vezes, impactar negativamente a presença nessas ferramentas. E, também, é primordial mensurar os resultados obtidos com elas para que sirva de referência para escolhas mais coerentes na atuação do negócio. 54 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S Quadro 3: Dicas para gestão de redes sociais digitais 1 - Faça um mapa dos responsáveis por cada função nas redes sociais digitais. 2 – Construa um manual de boas práticas para as plataformas on-line. 3 – Produção de conteúdo exige planejamento e, principalmente, empatia com o público alvo. 4 – Oriente o profissional gestor das mídias a não deixar o público sem res- posta, é muito relevante promover interação. 5 - A gestão das redes virtuais vai além do cuidado com perfis oficiais, deve se monitorar outros aspectos correlatos à área de atuação do agente. 6 – Fazer um esboço de perfis, hashtags e expressões que serão utilizadas ajuda muito no planejamento e monitoramento das redes. 7 – Criação e análise de insigths deve ser uma prática constante na gestão das ferramentas digitais. 8 – O monitoramento estruturado e acompanhamento diário ajuda a automa- tizar diversas ações e prevenir possíveis crises. 9 – Fazer uma relação de todos os portais de conteúdos que são importan- tes monitorar. 10 - Alinhar os resultados das redes sociais digitais com os objetivos do planejamento. Fonte: Adaptado de Ferreira, 2017. Por serem um dos principais canais de relacionamento com o público, empresas, instituições e profissionais têm buscado conversar e se aproximar das pessoas por essas ferramentas. Nesse sentido, tais agentes possibilitam que a audiência conheça melhor sua atuação e produtos/serviços oferecidos e a fidelização do público alvo. Entretanto, vale salientar que esse procedimento não deve ser feito em excesso, a recomendação é divulgar conteúdo de qualidade para obter engajamen- to dos seguidores e atrair usuários em potencial. Muitas informações podem cansar o público, mas, quando a presença é bem planejada com conteúdo de qualidade, torna o res- ponsável pelo perfil uma autoridade no assunto em sua área e mais confiável. Conforme Rocha, (2013, p.1), “[...] a gestão das redes sociais [digitais] organiza todos os seus canais e deixa você preparado para atender a demanda do público, de acordo com as peculiaridades de cada uma dessas plataformas.”. Sobre a presença nas ferramentas digitais, há inúmeras redes 55 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S sociais virtuais que podem ser utilizadas, as mais recorrentes são: Fa- cebook, Twitter, Youtube, LinkedIn, Instragram, etc., conforme aponta a figura 3. A escolha de qual usar depende muito da natureza do indiví- duo ou organização. Poder ser que o ideal seja utilizar algumas ou tal- vez todas elas. O determinante é identificar onde o público alvo está, em qual/is a presença é mais expressiva. No começo, pode ser mais difícil atuar e gerar bons resultados, contudo, se houver erros, é importante usá-los para melhorar a estratégia. As plataformas que geram mais re- torno devem ser priorizadas. Nesse ponto, o uso de métricas auxilia na verificação de retorno. Figura 3: Principais mídias sociais utilizadas. Fonte: Pixabay, 2017b. Outro aspecto importante é o conteúdo, assim, é preciso esco- lher aqueles que promovem mais engajamento e a frequência de publi- cação. Dependendo do perfil do público, alguns tipos de conteúdo mais sérios devem ser publicados no início da semana e não ao final, quanto ao horário, é melhorque sejam durante o dia. Já as materiais mais des- constraídas devem ser publicados no fim de semana e ao final do dia. Um episódio recente que tem gerado dúvidas, se vale a pena investir ou não em conteúdos, é na nova rede social Tik Tok. Criada em 2016, os usuários podem criar perfis e produzir vídeos de até 15 segun- dos com efeitos e trilha sonora. É possível ter seguidores, compartilhar vídeos e, ainda, interagir com o público. A plataforma tem um estilo mais divertido e informal, então, não se sabe, ao certo, se vale a pena investir e como fazer isso. Porém, algumas marcas, como o Guaraná Antarctica, têm desenvolvido ações e obtido bons resultados. De qualquer modo, deve ser uma escolha bem pensada e assertiva. Para saber mais sobre esse assunto, acesse: Os links abaixo apresentam notícias que apontam o sucesso do Tik Tok entre os brasileiros e o Guaraná Antarctica como primeira marca brasileira a investir na plataforma TikTok. 56 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S Saiba Mais: https://www.mundodomarketing.com.br/entrevistas/38705/por- -que-o-tiktok-se-tornou-uma-febre-entre-os-brasileiros.html https://geekpublicitario.com.br/42049/guarana-antarctica-tiktok/ Ademais, a gestão das redes sociais digitais não se limita ao planejamento de conteúdo, mas, também, a: “[...] ter uma postura ativa na comunicação como público, buscando engajá-los em suas campa- nhas, aumentar o interesse geral pelo produto e melhorar as chances [de negócios]”. (SOUZA, 2019, p.1). Para se desenvolver a gestão das redes sociais, algumas su- gestões são: identificar o tipo de conteúdo que os seguidores gostam, conversar com fãs e seguidores, definir a frequência de resposta às perguntas e promover ações para engajar o público como concursos e sorteios, etc. Após definir o tipo de conteúdo, é salutar elaborá-lo de forma criativa como o uso de vídeos, infográficos, etc. que agreguem valor aos seguidores. A consistência é outro fator importante na gestão das ferra- mentas digitais, uma vez que não dá para se publicar algo a cada duas semanas, por exemplo. Os usuários on-line estão cada vez mais exi- gentes e conscientes quanto às informações disponibilizadas nas redes, assim, é necessário ter consistência de conteúdos publicados. Segundo Rocha, ([201-], p.1), “isso não significa criar conteúdo novos todos os dias, mas, sim, manter uma frequência de publicação que demonstre que você se importa com as necessidades [dos seguidores]”. Escolher o melhor horário para as postagens também é rele- vante e agendar a publicação antecipadamente. Porém, se o volume de conteúdos diários for alto, é melhor usar alguma ferramenta de planeja- mento de mídia social para uma boa gestão. Por outro lado, é importan- te monitorar as publicações para responder a qualquer comentário em pouco tempo. Todos esses cuidados contribuem para o bom desempe- nho da atuação das redes e na mensuração de resultados. A gestão das redes sociais contribue com as práticas jornalís- ticas como a interação e a proximidade com o público de um meio de comunicação. As redes não servem apenas para o compartilhamento de notícias, mas, além disso, para obter um retorno do público alvo do veículo de forma dinâmica. Segundo Cavalcante e Rocha (2014, p.76): Hoje, os grandes veículos de comunicação utilizam a colaboração dos seus leitores como uma parte da cobertura jornalística, mas não fica nas mãos dos 57 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S internautas todo o trabalho de repassar a informação. Quando o conteúdo chega às redações, ele entra como parte do material produzido pela equipe, quase nunca na íntegra. Mesmo que existam sites especializados em con- teúdo colaborativo, a credibilidade da informação é fortalecida, quando há a presença de um editor que filtre o que é relevante e verdadeiro. O jornalista tem o papel de mediar quais desses conteúdos e comentários são válidos para o seu trabalho. Assim, os usuários on-line colaboram com o trabalho jornalístico de modo comunitário, sendo um parceiro dos profissionais da área e não um concorrente na produção de conteúdo. Ademais, os profissionais podem utilizar os perfis de redes di- gitais para outras finalidades profissionais, por isso, é importante pensar a gestão desse perfil também. Algumas dicas para isso, segundo Caixeiro (2010, p.1), são: - Filtrar as solicitações de amizade e conseguir seguidores de forma orgânica, assim, eles receberão notificações dos conteúdos pu- blicados no perfil. - Ter postura ética, evitar posicionamentos polêmicos e precon- ceituosos. - As informações principais devem estar acessíveis ao público, precisa-se ter seriedade e responsabilidade no perfil elaborado. - Mostrar suas habilidades profissionais e idiomas que é fluente. - Bom senso na escolha, produção e publicação dos conteúdos. Outras funções que podem ser exercidas por jornalistas no ce- nário digital são as atividades de comunicação corporativa nas plata- formas digitais. Por conta do marketing digital, há novas atividades que podem ser exercidas como criação de conteúdo para a web, gestão de redes sociais e avaliação de resultados. As empresas têm cada vez mais buscado o engajamento do seu público e querem construir uma boa reputação junto a eles, assim, o mercado vem aumentando signifi- cativamente. Outra área é a assessoria de imprensa digital, em que as em- presas têm buscado expor seu produto ou servir e também interagir com os seus consumidores. Para tanto, é necessário um trabalho que desenvolva engajamento com o público e, dessa forma, a gestão das redes sociais digitais. Atividades que podem ser desempenhadas por um jornalista com conhecimento na área digital. As oportunidades são várias, no entanto, em todas essas fun- ções é preciso ter um bom trabalho de gestão das ferramentas on-line permeados por métricas e acompanhamento de resultados para se ve- rificar se as ações desenvolvidas estão no foco desejado. 58 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S MÉTRICAS E ACOMPANHAMENTOS DE RESULTADOS O planejamento e a gestão das redes e mídias sociais digitais direcionam a atuação dos agentes sociais para se alcançar suas expec- tativas no contexto da cibercultura. Esse processo, conforme verificado, é complexo, envolve uma série de cuidados e apresenta algumas opor- tunidades e desafios aos jornalistas na atualidade. Isso posto, é preci- so enfatizar que esse processo não pode acontecer sem a adoção de métricas e acompanhamento de resultados. Medir o retorno da ações e investimentos nas plataformas on-line permite que o trabalho dos seus responsáveis seja aprimorado e se baseie em instrumentos coerentes. No entanto, pesquisa realizada pela Social MediaTrends em 2019 (apud ROCK CONTENT, 2019a) cerca de 38% das empresas ain- da não avaliam seu desempenho nas redes por meio de métricas ou resultados, como a ferramenta Google Analytics (ferramenta de moni- toramento de tráfego para sites, blogs etc.). Já outra pesquisa, a Me- dia Trends de 2019, informou que mais de 46% dos entrevistados não quantificam o Retorno sobre Investimento (ROI) realizado nas redes. Um número considerável que organizações que ainda desconhecem quais seriam as estratégias que dão mais retorno à sua atuação no mundo virtual. Orientam suas ações com base no achismo, quando po- deriam entender a importância das métricas em suas atuações. Cada rede social possibilita, por meio de diferentes instrumen- tos, a análise básica dos resultados obtidos em perfil ou página (MU- NIZ, 2017). O Facebook, por exemplo, permite monitorar resultados por meio da ferramenta Facebook Insights por meio da aba “informações”. Nele, encontra-se informações mais amplas como no “visão geral”, con- forme verifica-se na figura 4 abaixo, ou mais específicas como curtidas, alcance, visualizações da página,ações na página, etc. 59 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S Figura 4 – Visão Geral do Facebook Insigths Fonte: Muniz, 2017. A ferramenta promove a exploração de diferentes critérios de avaliação, os quais indicam números que, se abordados de modo contextual, podem auxiliar o trabalho dos responsáveis por uma conta. Contudo, é importante salientar que, com o tempo, o instrumento pode sofrer alterações para se adaptar as novas demandas dos usuários, assim, o recurso nem sempre será igual ao apontado na figura. Outra plataforma que oferece ferramenta de análises mais completas é o Twitter, disponível na opção “Estatísticas” que fica no perfil do usuário. Nesse campo, é possível observar, segundo Muniz (2017, p.1), “[...] número de menções, visitas ao perfil e impressões dos seus tweets. Você também consegue o seu Tweet [publicações feitas no Twitter]. Seguidor e Menção de maior destaque”. Além disso, permite verficar a taxa de envolvimento e impressões gerais das mensagens, assim como ter indicadores do perfil dos seguidores de uma conta. O Instagram, por sua vez, oferece um instrumento de análise um pouco mais limitado em comparação às outras plataformas mencio- nadas. Ele permite ter acesso a indicadores como: visualizações do per- fil, seguidores, alcance e impressões e as publicações mais populares. Embora seja mais básica, é uma forma mensuração relevante para as pessoas e organizações que atuam nesse ambiente. Até mesmo rede on-line de nicho, como é o caso do LinkedIn, 60 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S permitem visualizar o desempenho das publicações e também o perfil dos seguidores para se compreender que são os interlocutores do perfil, ou seja, outros profissionais que também estão interagindo na plata- forma. Há também a plataforma de análise do Youtube com riquíssi- mos indicadores de performance. Nela, encontram-se os seguidores, os likes, as visualizações e o tempo assistido em cada vídeo. Os recursos e informações são bem interessantes, por exemplo, a forma como as pessoas foram até o canal e qual é a sua audiência. Observa-se que há inúmeras métricas que podem ser anali- sadas em cada rede ou mídia social digital, mas é preciso determinar quais são as mais importantes de serem consideradas pelo responsável do canal. Ainda de acordo com Muniz (2017), as mais significativas, com algumas adaptações, são: 1) Alcance: quantifica como o conteúdo está sendo dissemina- do e o número de pessoas atingidas. Esses dados devem ser analisa- dos com métricas como o engajamento. 2) Volume ou conversas/discussões sobre um tema: mede o quanto os usuários estão comentando sobre um indivíduo ou marca, por exemplo. Sugere-se ter um acompanhamento frequente desse item. 3) Tráfego de rede social: permite verificar o número de pes- soas que estão acessando a um site ou blog a partir de publicações em redes sociais digitais ou mídias sociais. Nesse caso, é possível também usar-se o Google Analytics (no item “aquisição”) para mensurar esses dados. 4) Taxa de conversação: refere-se a quantas pessoas pas- saram a ter um contato maior com determinada empresa, por exemplo. Esse indicador pode ser verificado ainda no subitem “redes sociais” no item “aquisição” do Google Analytics, é verificado também quantos visi- tantes visualizaram determinado conteúdo ou comprou um produto, por exemplo. 5) Retorno sobre investimento (ROI): é uma métrica que cal- cula o retorno financeiro obtido levando em conta o valor do investimen- to. Muito usado em marketing digital, ele é calculado da seguinte for- ma: ROI = Lucro do Investimento – Custo do Investimento dividido pelo Custo do Investimento. Recomenda-se medir o ROI de todas as ações desenvolvidas no âmbito das rede e mídias sociais digitais. 6) Engajamento: é quantificado a partir da quantidade de likes (curtidas), comentários e compartilhamentos de uma publicação. 7) Crescimento do Canal: verifica-se por meio do aumento do número de seguidores, do engajamento e do tráfego na conta. É importante salientar que métricas como curtidas e seguidores apenas não são consideradas essenciais porque são vistas como, 61 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S segundo Muniz (2017, p.1), “[...] de vaidade [...] que inflam o ego e podem nos deixar bem felizes [...], mas não necessariamente trazem resultados reais para o seu negócio”. Por isso, não se deve olhar ape- nas para esses indicadores, ao invés disso, sugere-se focar no engaja- mento do canal, o qual leva em conta um conjunto de indicadores. Para realizar a mensuração, há ferramentas que auxiliam na captação e análise dos dados, não é necessário fazer isso mentalmen- te. Algumas ferramentas são: - Quintly: disponibiliza diversas possibilidades de monito- ramento e, ainda, permite que os perfis sejam vistos em apenas um dashboard (painel visual que apresenta de modo concentrado um con- junto de indicadores e métricas). - Google Analytics: monitora o tráfego das plataformas digi- tais, muito usado em estratégias de marketing digital. - Buffer: é considerado um instrumento bastante completo para o gerenciamento de mídias sociais. Ele automatiza a publicação de postagens em diferentes plataformas digitais. Os instrumentos apontados servem para verificar o retorno do investimento dos agentes nas redes digitais. Apontam dados como a amplitude e o alcance das publicações, classificam os sentimentos do público envolvido sobre o responsável e associação com ações con- cretas que garantam que o objetivo da ação tenha sido cumprido, o aumento nas vendas pode estar relacionado à divulgação nas mídias sociais, etc. As métricas devem ser usadas conforme os objetivos do plane- jamento de redes sociais, tornando-se indicadores, de fato, relevantes. Um exemplo é o uso do Key Performance Indicator (KPIs) que, segundo Bueno (2015, p.204), “[...] permitem identificar situações concretas que levam à tomada de decisões [...], por exemplo, [...] o indicador [...] que mensura a proporção de reclamações de clientes em relação ao total de menções postadas nas mídias sociais” permite identificar a percepção de clientes e consumidores sobre produtos ou serviços de uma empresa. Embora as métricas sejam muito importantes para verificação de retorno do investimento feito, os indicadores apresentados não po- dem ser analisados apenas do ponto de vista quantitativo, pois se tra- ta de relacionamentos que devem ser analisados de forma muito mais ampla, levando-se em conta práticas que vão além das redes sociais digitais, mas, também, perpassam por elas. Não se deve confundir o número de menções e seguidores com influência, a construção de uma boa reputação vai além das métricas. As métricas são usadas para quantificar posturas e ações nas redes digitais, porém, é necessário reconhecer que elas têm limitações 62 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S de tempo e espaço que não conseguem analisar uma situação em toda a sua complexidade. Mais do que uma visão simplificada da comunica- ção, as métricas precisam ser integradas a avaliações qualitativas, já que a comunicação é um processo muito complexo para ser analisado de forma rasa. Desse modo, recomenda-se o uso delas com, segundo Bueno (2015b), dos ativos intangíveis das organizações, ou seja, bens imateriais que não podem se mensurados concretamente como ética, transparência, respeito, proatividade, multiculturalismo, etc. Assim, a definição da forma de mensuração nas redes deve ser definida a partir das bases em que a avaliação será realizada e a metodologia deve ser compatível as prioridades da organização. Vale também o exercício de discutir se os indicadores atendem às necessi- dades da empresa e se não há outras opções para reforçar isso a fim de não ter umaverificação limitada frente aos processos de comunicação digital realizados. MONITORAMENTO DE REDES SOCIAIS No contexto das redes e mídias sociais digitais, é preciso com- preender como está a reputação dos indivíduos e organizações que atuam nesse espaço. Por isso, o acompanhamento dessas ferramentas é essencial para se saber o que tem sido dito, por exemplo, sobre uma marca e buscar as soluções mais adequadas para cada uma delas. Tal procedimento pode ser feito por meio do monitoramento das redes sociais on-line, trata-se de um trabalho de observação das interações e comentários que acontecem nesse ambiente. Os internautas passam cada vez mais tempo usando as redes e mídias digitais, o que falam e fazem pode ter repercussão espiral em pouco tempo. Assim, é imprescindível estar presente nesse ambiente para agir antes que os problemas ocorram, mas responder a eles tam- bém. O monitoramento permite identificar insatisfações e opiniões so- bre uma empresa ou profissional. De acordo com Rock Content (2019b, p.1), “monitorar é um trabalho de feedback interno, mas, também, é uma forma eficiente de se mostrar disponível para resolver qualquer questão”. Apesar de o monitoramento dar mais trabalho na atuação em redes sociais digitais, permite intervir em boa parte das situações des- favoráveis para os responsáveis pelo canal. Uma ação bastante comum é responder aos comentários das pessoas como se fosse um atendi- mento às demandas do consumidor ou cliente de uma empresa. Isso possibilita construir interações mais próximas com os usuários e evitar 63 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S alguns problemas e, até mesmo, crises corporativas. Um caso de sucesso é a atuação da empresa Netflix em seus perfis nas redes sociais digitais, a empresa tem um posicionamento amigável e bem-humorado no tratamento com os seus clientes, inde- pendentemente da situação. O que torna esse posicionamento bem aceito é, ainda de acordo com Rock Content (2019b, p.1), “[...] ter a resposta certa e em tempo hábil”, transformando situações conflituosas em engajamento para a empresa. Para conhecer melhor as estratégias digitais da Netflix, acesse o link abaixo que descreve e analisa a atuação da empresa Netflix em seus perfis digitais. Saiba Mais: https://rockcontent.com/blog/estrategia-da-netflix/ O caso mostra que ter proatividade e abertura para o diálogo são fatores importantes nas redes e mídias sociais digitais, ainda mais usando o bom humor, como pode ser observado na figura 5 abaixo. Essa postura representa menos perda de tempo e dinheiro na resolução de conflitos e que problemas que poderiam surgir se a marca atuasse de forma reativa e sem interação. 64 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S Figura 5 – Posicionamento da empresa Netflix nas plataformas digitais Fonte: Netflix (apud ROCK CONTENT, 2019). No processo de monitoramento das plataformas digitais, a fala do público é elemento central da prática, em que se deve encontrar oportunidades de contato para gerar proximidade e engajamento com o público. Assim, é um trabalho, em que ser ativo, permite gerar bons resultados. Alguns procedimentos que podem ser utilizado no monitora- mento, a partir das sugestões do Rock Content (2019b, p.1), é o ma- peamento e acompanhamento de citações como: nome da marca, pro- dutos e serviços, menções do concorrente (seja de um profissional ou empresa), menções com tags (etiquetas), hashtags criadas pelo próprio agente, palavras chaves de interesses do agente. 65 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S Para monitorar tanto conteúdo assim, é possível utilizar-se o trabalho de automação, o qual sincroniza os perfis das redes digitais de um agente na ferramenta responsável pelo monitoramento e registra os termos que são do seu interesse a fim de que possam ser identificados quando forem citados. Desse modo, é possível acompanhar o volume de conteúdos que são potencialmente relevantes a um profissional ou empresa, por exemplo. Após a seleção desse conteúdo, é realizado do trabalho de intervenção junto ao público para gerar proximidade e en- gajamento. Embora haja casos bem sucedidos de atuação nas redes on-li- ne, ainda se verifica certo despreparo de alguns agentes que têm perfis nesses espaços. O relacionamento ocorre sem qualquer preparação adequada e de forma impositiva. Vale ressaltar que a comunicação nas redes sociais digitais é recente, do ponto de vista da trajetória humana, assim, a forma como deve ser planejada, gerenciada e avaliada está em processo de definição. Suas potencialidades não são totalmente conhecidas, ainda, em muitos casos, o acompanhamento dessas plataformas é de modo não profissional e a partir de critérios subjetivos. As organizações, na perspectiva de Bueno (2015b), adotam práticas de relacionamento ultrapassadas e incompatíveis com a comu- nicação mais equilibrada entre interlocutores que a tecnologias digitais proporcionaram. Há certas atitudes em que a comunicação das empre- sas ainda é impositiva, conforme ocorreu por algum tempo no século XX, em que emissor se relaciona com o público de acordo com seus interesses e não leva em conta a visão do receptor da informação. Cer- tas instituições ainda preferem a fala ao invés da escuta, não promoven- do espaço de interação com os internautas, buscando apenas divulgar conteúdos do seu interesse. E, pior do que isso, algumas apagam até comentários negativos e ignoram solicitações de esclarecimento dos seguidores. Isso acontece, às vezes, por falta de planejamento e gestão das mídias sociais digitais, que acarretam na dificuldade de avaliação das ações empregadas. Frente a isso, o ideal seria que as organizações, e também profissionais, desenvolvessem uma postura que evite ruídos e conflitos, principalmente em situações mais tensas, como uma crise. Ser mais empático e proativo permite que se explore os recursos das redes e mí- dias sociais digitais em toda a sua potencialidade e evite que atitudes, conforme Barger (2013), improdutivas e desnecessárias. A abordagem quantitativa quando é muito intensa criam difi- culdades para os processos comunicativos porque se pauta, apenas, em objetivos, metas, estratégias, prazos, etc., tornando-se incompatível com os relacionamentos e os aspectos intangíveis, o qual tem outra 66 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S dinâmica. Construir a credibilidade e a reputação de uma pessoa, pro- fissional ou organização são fatores complexos que levam tempo para serem construídos. É preciso rever as práticas de planejamento e gestão das mídias sociais, elas não podem ser feitas desenvolvidas de acordo com o ritmo intenso dessas plataformas. Isso não inválida o uso das métricas, mas tem que se buscar instrumentos que possam serem usados de forma qualitativa. Os dados coletados para mensuração são apenas um recorte da imensa interações e conteúdos que circulam no espaço digital. Há diversos métodos que são utilizados e que apresentam resultados diferentes e sem relação, o que torna difícil a avaliação da atuação nas redes com o rigor que é demandado. Bueno (2015b, p.203) também aponta que “[...] há dificuldades inerentes à precisão das categorias de análise, marcadas pela subjetividade e pelas intenções dos pesquisa- dores, fato que se repete na análise ou interpretação dos resultados”. Tendo isso em vista, o trabalho de planejamento e gestão das redes sociais envolve muito mais que os instrumentos apontados. Além de medir e avaliar resultados, assim como monitorar as ações empreen- didas na plataforma, buscar se pautar por aspectos éticos e intangíveis que envolve a atuação de qualquer sujeito ou instituição que contribuir para melhorar a vida das pessoas. No monitoramento das redes sociais, por exemplo,é importan- te acompanhar as menções feitas pelos usuários do indivíduo ou orga- nização nas redes sociais, mas ir além disso, reagindo a elas e publici- zá-las para mais pessoas, caso sejam positivas. Já se forem negativas procurar estabelecer o diálogo com o responsável para compreender seu posicionamento e tentar melhorar. Segundo Bueno (2015b, p.204): [...] os resultados do monitoramento deveriam contribuir para a implementa- ção de processos de tomada de decisão, como correção de problemas que possam estar gerando menções desfavoráveis; e favorecer o lançamento de produtos ou serviços, identificados como demandas dos usuários ou mesmo apoio a estratégias de relacionamento com os públicos de interesse, tornan- do-os parceiros, “evangelistas’ das marcas etc. As interações e contribuições dos usuários da web devem ser vistas com um ativo importante no trabalho de comunicação em que qualquer plataforma. Estar atento a elas, demonstrando proatividade e abertura para o diálogo por meio do monitoramento poderá acrescen- tar muito ao trabalho dos agentes no mundo digital. Entretanto, é bom destacar que nenhum bom plano e gestão de mídias sociais consegue encobrir práticas de indivíduos e organizações, tanto no ambiente digital 67 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S quanto fora dele, que são antiéticas e compatíveis com aquilo que se dissemina nos perfis das ferramentas on-line. Os princípios e posicionamentos destacados são também imprescindíveis às práticas jornalísticas em diferentes contextos. Os profissionais da área têm passado por um processo intenso de trans- formação proveniente da expansão das redes sociais digitais e mídias sociais. Ele vem redimensionando o trabalho jornalístico com inúmeros desafios no desenvolvimento de suas ações, chegando ao ponto de questionar a importância da atividade. Porém, tem possibilitado tam- bém novas oportunidades em diferentes funções que as habilidades jornalistas são importantes para atuação. Porém, muito além disso, os jornalistas, cujo trabalho perpassa a atuação nas redes sociais digitais, podem contribuir para um verdadeiro trabalho de comunicação pautado em princípios éticos, que sempre caracterizou e continua diferenciando a área jornalística. 68 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2016 Banca: CONPASS Órgão: Prefeitura de Carpina - PE Pro- va: Assistente Administrativo Rede social mais voltada para contatos profissionais e negócios: a) Orkut. b) Facebook. c) Linkedin. d) Twitter. e) WhatsApp. QUESTÃO 2 Ano: 2016 Banca: Quadrix Órgão: CRO - PR Provas: Auxiliar de Departamento Para responder a esta questão sobre o aplicativo de mensagens ins- tantâneas WhatsApp, leia cuidadosamente as afirmações a seguir. I. Para proporcionar ao usuário uma comunicação mais abrangen- te, o WhatsApp agora está disponível tanto no celular como no computador através da sua versão WhatsApp Web. II. O WhatsApp Web é uma extensão da conta do WhatsApp do aparelho celular para o computador. III. As mensagens enviadas e recebidas são completamente sin- cronizadas entre o aparelho celular e o computador, podendo ser vistas em ambos os dispositivos (computador e celular). Está correto o que se afirma em: a) I e II, somente. b) II e III, somente. c) I e III, somente. d) Todas. e) Nenhuma. QUESTÃO 3 Ano: 2016 Banca: FUMARC Órgão: Câmara de Lagoa da Prata - MG Prova: Assistente Administrativo Em relação às ferramentas de mídias sociais, correlacione as co- lunas a seguir: Ferramenta de mídia social: I. Facebook. II. Instagram. III. Twitter. IV. Linkedin. 69 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S Característica ( ) Rede social da categoria microblog. ( ) Rede social fundada por Mark Zuckerberg. ( ) Rede social de negócios voltada principalmente para fins pro- fissionais. ( ) Rede social focada principalmente no compartilhamento de fo- tos e vídeos. Está CORRETA a seguinte sequência de respostas: a) I, III, IV, II. b) III, I, IV, II. c) III, II, IV, I. d) IV, I, II, III. QUESTÃO 4 Ano: 2016 Banca: FUMARC Órgão: Câmara de Lagoa da Prata - MG Prova: Agente Administrativo Em relação às ferramentas de mídias sociais, correlacione as co- lunas a seguir: Ferramenta de mídia social I. Facebook II. Instagram III. Twitter IV. Linkedin Característica ( ) Rede social da categoria microblog. ( ) Rede social fundada por Mark Zuckerberg. ( ) Rede social de negócios voltada principalmente para fins pro- fissionais. ( ) Rede social focada principalmente no compartilhamento de fo- tos e vídeos. Está CORRETA a seguinte sequência de respostas: a) I, III, IV, II. b) III, I, IV, II. c) III, II, IV, I. d) IV, I, II, III. QUESTÃO 5 Ano: 2016 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Rio Branco - AC Pro- va: Técnico em Enfermagem As redes sociais existentes nos moldes atuais devem-se basica- mente à: a) Criação de sistemas avançados de criptografia impressão em 3D. 70 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S b) Importação de arquivo. c) Existência e difusão da internet e tecnologias afins. d) Digitalização de informações em tempo real. e) Propagação de ferramentas de busca e pesquisa. QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE A atuação nas redes sociais digitais demanda um bom planejamento e gestão não somente de empresas, mas de profissionais também, como é o caso dos jornalistas. Isso posto, aponte três recomendações que são indicadas para a atuação desses profissionais nas redes sociais digitais. TREINO INÉDITO Há diversas métricas que podem ser usadas para se avaliar o desempe- nho de um profissional ou organização nas plataformas digitais. Tendo isso em vista, qual das alternativas abaixo NÃO é considerada uma métrica: a) Retorno sobre Investimento. b) Taxa de Conversação. c) Alcance. d) Tráfego de redes social. e) Proatividade. NA MÍDIA O poder das redes sociais de alavancar (ou destruir) sua imagem A notícia relata o caso da influencer digital Gabriela Pugliesi que di- vulgou uma festa que promoveu durante o período da pandemia do Covid-19 no Brasil, quando promover aglomeração de pessoas estava proibido. A situação percutiu negativamente para ela levando à perda de patrocinadores e a suspensão, por iniciativa própria, do seu perfil no Instagram. A situação demonstrou o quanto é necessário tomar cuidado com atitudes e posicionamentos nas redes sociais digitais e a respon- sabilidade de cada profissional e empresas nesse espaço. O recomen- dado é que se use esses canais para ajudar as pessoas e acrescentar algo de valor a vida delas ao invés da autopromoção. A situação alertou para a importância do planejamento e gestão das mídias sociais Fonte: Isadora Martins/Correio Braziliense Data: 07 jun. 2020. 71 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S Leia a notícia na íntegra: https://www.correiobraziliense.com.br/app/ noticia/eu-estudante/trabalho-e-formacao/2020/06/07/interna-traba- lhoeformacao-2019,861833/o-poder-das-redes-sociais-de-alavancar- -ou-destruir-sua-imagem.shtml NA PRÁTICA Considerando que as redes sociais digitais são canais com amplo poten- cial para comunicação com um público-alvo, seria importante que diante de uma situação de repercussão negativa o profissional ou empresa as- sumisse o erro e fosse honesto em seu posicionamento. E, partir disso, você feito um levantamento dos principais problemas, comentários e atitudes negativas ocasionadas para se planejar como agir e gerenciar o perfil em questão. Nesse caso, é recomendado uma atuação que de- monstre como o agente pode contribuir e entregar valor a vida das pes- soas. Desse modo, seria interessante pensar em ações que pudessem ajudar pessoas, por exemplo, no cenário da pandemia, a resolver seus problemas colocando-se como um intermediário que podeajudar nesse sentido e não para se auto promover. Transparência e veracidade são valores muito requeridos nesse caso. Desse modo, aos poucos, seria possível mudar a imagem negativa construída e demonstrar a postura ética e responsável que o agente assumiu frente aos seus erros. PARA SABER MAIS - Conheça as principais ferramentas que serão usadas para gestão de redes sociais em 2020. Título: 19 Ferramentas de Redes Sociais para bombar em 2020 Data de publicação: 09/2019 Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=JEoYVbKRNNI - Confira quais ferramentas usar para o monitoramento de redes sociais digitais Título: 118 Monitoramento em Redes Sociais! Quais ferramentas usar? Fábio Ricotta Data de publicação: 06/2017 Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=YYzL4lmm3ms 72 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S Desde o seu surgimento, as redes sociais digitais vêm trans- formando muitas práticas e interações entre as pessoas. Suas possibi- lidades ainda estão sendo descobertas, mas já é possível entender a importância e aplicações que elas têm no cotidiano das pessoas, assim como para determinadas áreas, como é o caso do jornalismo. Essas ferramentas redimensionaram a atuação dessa função e ainda causam bastante debate sobre seus aspectos positivos e negativos. De qualquer modo, têm sido utilizadas amplamente nas práti- cas jornalísticas, por isso, é necessário pensar na sua utilização com antecedência para obter-se os melhores resultados possível. Assim, fa- z-se necessário definir um objetivo de atuação nessas plataformas que sejam perpassados por metas e estratégias condizentes ao direciona- mento que se deseja. Não é possível atuar de forma improvisada, nem mesmo na elaboração de conteúdos que precisam ser de qualidade e de interesse público alvo. Aliás, segmentação da sua audiência é um procedimento importantíssimo nas mídias sociais, pois, assim, é possí- vel direcionar os esforços a um nicho que tenha o perfil desejado. Nesse processo, conforme verificado, recomenda-se também realizar a gestão da atuação nas plataformas digitais para evitar pro- blemas e conflitos. Um caminho importante é avaliar os resultados a partir de métricas de possam quantificar o retorno das ações desenvol- vidas e o constante monitoramento para agir proativamente em rela- ção as demandas do público. Isso evita problemas e até mesmo crises corporativas. Mas, não vale apenas quantificar, é necessário analisar número dentro de um contexto com fatores qualitativo, já que se trata de processos comunicativos. Por fim, as redes e mídias sociais digitais devem ser entendi- das como plataformas que cuja função principal é conectar pessoas e promover compartilhamento de conteúdo que façam sentido para elas. Assim, o fator humano deve ser sempre priorizado em relação ao as- pecto tecnológico. Não se esquecendo que o mais importante é ter uma postura ética, que prese pelo respeito, veracidade, diálogo e transpa- rência nas interações comunicativas, qualidades que são inerentes à prática jornalista há muito tempo. 73 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S GABARITOS CAPÍTULO 01 QUESTÕES DE CONCURSOS 1 2 3 4 5 A A C ERRADO D QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO DE RESPOSTA Apesar dos termos serem utilizados como sinônimos, há diferenças en- tre os conceitos de rede sociais digitais e mídias sociais. As primeiras referem-se às plataformas de relacionamentos que possibilitam a cone- xão entre pessoas. Já as mídias sociais são ferramentas que permitem a produção de compartilhamento de conteúdo como opiniões, ideias e experiências. Dentro de uma rede social digital, em que há a conexão entre pessoas, pode-se ter também uma mídia digital em que conteúdos são produzidos e compartilhados entre os usuários. TREINO INÉDITO Gabarito: E JUSTIFICATIVA A resposta correta é a afirmativa “usuários do ciberespaço”, tendo em vista que são as pessoas que promovem a convergência dos conteúdos entre as plataformas midiáticas. As demais são incorretas pelos seguin- tes motivos: • “meios de comunicação tradicionais” está errada, pois não são os meios que promovem a convergência entre as mídias, mas, sim as pessoas. • “mídias sociais” está errada, pois também não realizam a articulação com outras mídias, mas, sim, seus usuários promovem tal interação. • “algoritimos” está errada, pois se referem regras e padrões lógicos de programação usado na programação de tecnologias. • “aparelhos tecnológicos” está errada, pois tratam-se de dispositivos eletrônicos que são usados para acessar as mídias, sem relação algu- ma com a convergência midiática. • “usuários do ciberespaço” está correta. 74 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 02 QUESTÕES DE CONCURSOS 1 2 3 4 5 D E D B C QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO DE RESPOSTA O objetivo serve para definir a situação futura que se deseja alcançar no ambiente on-line. Mas, por ser algo abrangente, é necessário usar metas que apontem o que precisa ser feito dentro de determinado prazo e a estratégia refere-se ao caminho que terá que ser percorrido para se alcançar a meta e dentro de um tempo maior o objetivo do plano de redes sociais digitais. TREINO INÉDITO Gabarito: C JUSTIFICATIVA A resposta correta é a afirmativa “desinformação”, tendo em vista que a produção e compartilhamento de conteúdo, sem criteriosidade, têm aumentado a circulação de informações falsas que levam à desinforma- ção. As demais são incorretas pelos seguintes motivos: • “definição de público alvo” está errada, pois, na realidade, é um passo importante para se atingir determinado público nas redes sociais, con- forme o planejamento definido pelos profissionais da área jornalística. • “elaboração de um plano de mídias sociais” está errada, porque é um procedimento essencial para os jornalistas que pretendem atuar nas redes digitais. • “desinformação” está correta. • “produção de conteúdos digitais” está errada, pois não é um desafio, mas, sim, um novo campo de atuação para os jornalistas no cenário digital. • “análise de resultados” está errada, pois não representa um desafio para atuação jornalística, mas, sim, parâmetros de retorno das ações que são desenvolvidas nas redes on-line. 75 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 03 QUESTÕES DE CONCURSOS 1 2 3 4 5 C D B B C QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO DE RESPOSTA Há diversas recomendações para a atuação de jornalistas nas redes sociais digitais, entre as quais é possível citar. Filtrar as solicitações de amizade e conseguir seguidores de forma or- gânica, assim, eles receberão notificações dos conteúdos publicados no perfil. Ter postura ética, evitar posicionamentos polêmicos e preconceituosos. As informações principais devem estar acessíveis ao público, precisa- -se ter seriedade e responsabilidade no perfil elaborado. Mostrar suas habilidades profissionais e idiomas que é fluente. Bom senso na escolha, produção e publicação dos conteúdos. TREINO INÉDITO Gabarito: E JUSTIFICATIVA A resposta correta é a afirmativa “proatividade”, tendo em vista que é uma postura que deve ser adotada pelo profissional ou organização frente à gestão das mídias sociais e não uma métrica. As demais são incorretas pelos seguintes motivos: • “Retorno sobre investimento” está errada, pois é uma métrica que quantifica o retorno obtido com um investimento em anúncio em rede social digital. • “Taxa de conversação” está errada, porque é uma métrica que quantifica a quantidade de pessoas que passaram a ter contato com uma marca. • “Alcance” está errada, pois é uma métrica que analisa como um con- teúdo está sendo disseminado e quantas pessoas tiveram acesso. • “Tráfegos de rede social” está errada, pois é uma métrica que verifica quantaspessoas estão acessando plataformas como sites e blogs a partir das redes sociais digitais. • “Proatividade” está correta. 76 IN TR O D U Ç Ã O À S R E D E S SO C IA IS - G R U P O P R O M IN A S AQUINO, Maria Clara. Interatividade e participação em contexto de con- vergência midiática. In: RIBEIRO, José Carlos; FALCAO, Thiago; SIL- VA, Tarcízio (Orgs). Mídias sociais: saberes e representações [online – versão kindle]. Salvador: EDUFBA. 2012. 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