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Universidade Nove de Julho – Medicina SBC Giovanna Facchina Martins – Turma VI – 6º semestre Doença venosa crônica -Varizes Veia safena magna (interna) – tudo com M • Veias dorsais do pé • Porção da tíbia o Medial ou lateral • Paralela ao nervo safeno (cuidado ao tirar a safena, se não pode parestesia) • Termino • Desemboca na veia femoral, importante porque se faz trombose da superficial (tromboflebite),pode progredir p uma TVP profunda • Medial de coxa • Medial de perna Veia safena parva (tudo com P) • Arco dorsal lateral do pé • Medial lateral • Termino • Posterior • Panturrilha • Paralela ao nervo surreal • Deságua na veia poplíteo • Veia de Giacomini As safena podem se comunicar, pela veia giacomini Sistema venoso profundo (safenas e tributárias) • Veias profunda, veias que acompanham as artérias – veia poplítea, femorais, fibular • TVP – trombose esta nas veias dessas em que falamos acima • TVP não e na safena, pois e uma veia superficial, sendo uma tromboflebite Sistema venoso perfurante • Veias que perfuma a fáscia para comunicar o sistema venoso profundo com o sistema venoso superficial Histologia e função venosa • Sistema venoso: maior parte da volemia • Músculos da panturrilha o Aumentam o retorno venoso, funciona como uma bomba para empurrar o sangue para o coracao • Válvula o Impedem o refluxo doo sangue - nas varizes as válvulas estão incompetentes e permitem que o sangue erroneamente retorne, conseguindo passar pela válvula, acumulando o sangue na região e dando os sintomas característicos das varizes o Incompetência: insuficiência Doença venosa crônica: Qualquer anormalidade morfológica e funcionais do sistema venoso de longa duração manifestadas por sintomas ou sinais que indiquem necessidade de investigação ou cuidados Sistema de classificação Sistema de classificação para pacientes com doença venosa crônica é recomendado fazer a utilizado do CEAP Universidade Nove de Julho – Medicina SBC Giovanna Facchina Martins – Turma VI – 6º semestre Doença venosa crônica -Varizes C: clinica – exame físico, sem exames E: etiologia – primária, secundária A: anatomia – localização, veia acometida P: fisiopatologia – refluxo, obstrução Insuficiência Venosa Crônica • DCV avançada, que é aplicado a anormalidade funcionais do sistema venoso que vai dar edema, produzido edea alterações cutâneas ou úlceras venosas (CEAP C3 a C6). Epidemiologia • Varizes: 25 milhões de adultos • 5-30% população adulta • Mulheres > homens Fatores desencadeante • Idade avançada (>65 anos) • Sexo feminino • Multiparidade • Hereditariedade • Obesidade o Aumenta o refluxo e maiores pressões venosas contribuindo para a maior gravidade • Gravidez o Aumenta a frequência de telangiectásico, veias reticulares, veias varicosas e refluxo recorrente da junção safenofemoral o Edema até 80% das gestantes, principalmente durante o 3º trimestre o Gravidez pelo útero aumentar de tamanho, comprime o retorno venoso e fora a questão hormonal o O anticoncepcional ajuda a piorar as varizes Fisiopatologia Fisiopatologia das varizes de veias superficiais: • Geralmente é por causas inflamatórias (inflamação crônica, a veia já é mais dilatada, extravasa um pouco de líquido e vai alterando a parede da veia, porque a veia dilata, válvula não funciona bem → incompetência da válvula vai alterar o tônus vasomotor e começara a ter refluxo → remodelação vascular → perda de elastina e colágeno na parede → fibrose e altera a espessura da parede que vai ficando mais dura/espessa → começa a dilatar a varizes → veias varicosas. • Refluxo + alteração da complacência da parede = reabastecimento mais rápido + esvaziamento venoso menos eficiente e hipertensão venosa, particularmente na posição ereta e ao caminhar Fisiopatologia das varizes de veias profundas: Universidade Nove de Julho – Medicina SBC Giovanna Facchina Martins – Turma VI – 6º semestre Doença venosa crônica -Varizes • Esvaziamento venoso comprometido por obstrução e/ou refluxo • Maioria vai ser por TVP • Se o trombo lisar ou recanalizar, as válvulas podem ser danificadas ou destruídas e ocorrer o refluxo. Se não lisar ou recanalizar suficientemente, o lúmen permanece estreito ou ocluido e a saída é obstruída. • No sistema venoso profundo também pode ter compressão extrínseca da veia (massa intra-abdominal ou compressão da veia ilíaca) → pressão venosa elevada com insuficiência cardíaca direita, bomba muscular prejudicada e obesidade. Fisiopatologia das alterações das varizes na pele e o subcutâneo: pele e subcutâneo vão sofrer por causa da hipertensão venosa • Pequenas veias vão ficar incompetentes, dilatam e ficam tortuosas (aumenta a pressão e as veias sofrem com esse processo) → vazar fluido → começa a ter mediadores inflamatórios → migração celular. o Edema, fibrina, reação inflamatória: inflamação gera fibrose, começa a vazar fluido pigmenta a pele e a fibrose gera calcificação da derme (por isso a pele vai ficando alterada/dura), começa a ter hipóxia da pele (paciente pode formar úlcera → forma úlcera varicosa) Sintomas: • Dor na perna (queimação com sensação de peso e cansaço na perna) • Edema geralmente de tarde (pode ter alguns casos que no início da manhã tenha edema; alguns casos não tem edema) → edema nas fases inicias que não tem tanta alteração de pele o edema é mole, mas quando a pele já é mais dura o edema pode ser mais duro = sinal de Godet positivo. • Alterações de pele (dermatite, pele mais espessa, úlcera) • Geralmente é uma dor que não irradia Não precisa ter todos os sintomas, mas o de dor na perna é clássico!! As varizes geram uma perda de qualidade de vida, tem um SCORE para avaliar a qualidade de vida do paciente pré e pós cirurgia, para ver se melhorou ou não. Exame físico: examinar o paciente em pé (dificulta o retorno venoso) e deitado (difícil observar a veia) • Examinar em pé principalmente • Avaliar a circulação arterial o Palpar os pulsos (doença venosa é uma coisa, doença arterial outra - se o paciente tiver doença arterial não posso colocar meia elástica porque vai reduzir mais ainda a perfusão, piorando a isquemia da perna) • Varizes de coxa → pensar que a veia safena magna está ruim • Varizes da panturrilha → pensar que a veia safena parva está ruim Complicações agudas: • Flebite ou tromboflebite: como o sangue nas varizes fica mais lentificado, o paciente faz um trombo e no trajeto da veia fica um cordão duro bem hiperemiado e bem duro o O problema da tromboflebite é a localização dela, se estiver próximo da coxa pode ir para a femoral e da femoral soltar e ir para o pulmão • TVP → em virtude do sistema venoso perfurante • TEP → complicação da TVP • Hemorragia de varizes: sangramento venoso de alta pressão porque tem uma hipertensão venosa, é um sangue em jato No exame físico vamos ver: Universidade Nove de Julho – Medicina SBC Giovanna Facchina Martins – Turma VI – 6º semestre Doença venosa crônica -Varizes • Insuficiência venosa avançada o Hiperpigmentação o Lipodermoesclerose (pele já está dura) ▪ Hipertensão venosa e inflamação crônica ▪ Edema duro em perna distal ▪ ‘’perna em garrafa de champanhe’’ ▪ Pele fibrosa e hipertrófica • Úlceras de estase: o Dor mas não é muito intensa Exame diagnóstico para observar varizes: • USG doppler venoso de MMII é bom porque observa a circulação, o fluxo → faz em pé para poder observar se tem refluxo ou não. o Para diagnóstico e planejamento cirúrgico é excelente, é a primeira modalidade de exame para diagnóstico e tratamento o Acompanhar todo o trajeto na perna da veia safena magna interna, na veia safena parva, na veia poplítea, na veia femoral. o Olho safênico: Se estiver desconfiando de alguma obstrução para cima da barriga, tipo uma varizes secundária, tem quefazer outros exames complementares Tratamento: • Meias elásticas!!!!! = terapia compressiva → coloca de manhã e tira no final do dia o Indicações: ▪ Pacientes com sintomas crônicos de doença venosa ▪ Pacientes ao menos C3 ▪ Pacientes com doença crônica com lipodermatoesclerose, C4 • Contraindicação: para pacientes com isquemia não estão autorizados a usar; pacientes com alergia; pacientes diabéticos; pacientes cardíacos graves • Medicações: associar medicação quando a meia só não dá conta o A única medicação no Brasil é o flavonóide micronizado Tratamento não cirúrgico: • Úlceras: o Curativo - deixar fechado, ferida não respira, tem que deixar fechado!! ▪ Para tomar banho cobre a ferida, depois do banho descobre, limpa a ferida sozinha e faz novo curativo ▪ Curativo de bota excelente curativo → fica 1 semana fechada a pernas mas fecha bem SEMPRE AVALIAR A PARTE ARTERIAL TAMBÉM Tratar a causa da hipertensão venosa Compressão (meia elástica) Intervenção adicional (medicação, se tiver infecção tem que tratar com antibiótico e tentar melhorar mobilidade do tornozelo; tratar obesidade se tiver) Tratamento não cirúrgico: • Úlceras → bota de Unna; coloquei ali em cima • Telangiectasias → agentes esclerosantes, laser Tratamento cirúrgico: • Indicações cirúrgicas CEAP: o C4 Universidade Nove de Julho – Medicina SBC Giovanna Facchina Martins – Turma VI – 6º semestre Doença venosa crônica -Varizes o C5 o C6 • Safenectomia (Stripping): retirada da Safena da maneira convencional, abrindo a região inguinal localizada da seguinte forma, palpa o pulso, a veia está medial ao pulso, sente um fundinho (tem o forame oval - onde a veia safena entra na femoral), faz uma incisão transversal (para a cicatriz ficar na dobra da virilha), acha a veia safena (para saber se é a safena ou a femoral é através das veias tributárias da veia safena, separa a safena da femoral e retira a safena), passa o fleboextrator desde o maléolo lateral para garantir que está na safena → retira o segmento da safena o Marcar o paciente com uma caneta ANTES de operar, desde o maléolo até o forame • Termoablação → radiofrequência e laser → vai queimando a veia por dentro • Tratamento endovenoso não está disponível no SUS • Retirada escalonada de varizes → quando tem que tratar as varizes das tributárias → pesca a varizes e tira → é com a agulha pequena ‘’de crochê’’ o 2 para varizes bem grossas o 12 para varizes bem pequenas Varizes secundárias: o paciente pode ter varizes pélvicas • Varizes pélvicas → vulva, vagina e dor pélvica crônica (dor em relação sexual) → normalmente a veia gonadal direita drena para a cava inferior, já as do lado esquerdo drenam para a renal, e da renal esquerda que vai para a cava o Tem uma síndrome que se chama quebra nozes, a veia renal pode ficar apertada entre a aorta e a mesentérica → aumentando a pressão na gonadal → levando a aumento das varizes na parte pélvica e dor pélvica • Ou tem também a síndrome de Cockett → alguns pacientes podem ter a veia ilíaca comum esquerda comprimida pela artéria ilíaca comum direita (anatomicamente a artéria passa por cima da veia, mas só na síndrome comprime a veia) → paciente com varizes na perna esquerda e não tem na direita. Se não grávida e sem sintomas = tratamento conversador, se sintomas: embolização ou conservador. Grávida: tratamento conservador e reavaliação