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Drenagem Linfática Manual Cristiano Pereira OBJETIVOS Apresentar a história da drenagem linfática; Apresentar O Sistema Linfático e Circulatório; Apresentar a técnica, as indicações e contraindicações; Apresentar os efeitos fisiológicos da drenagem linfática manual; Um esteticista motivado por sua profissão mostra-se inquieto por aprender, por reciclar-se e por superar possíveis dificuldades que esta atividade profissional possa oferecer. Hoje, com o advento dos cursos técnico, tecnólogo e com o mais recente no mercado, o bacharel em Estética, reconhecido e aprovado pelo MEC, cada vez mais o profissional estará se aperfeiçoando e reforçando que a excelência na atitude e nas práticas profissionais passa pela boa formação acadêmica. A seriedade, o conhecimento técnico-científico, a objetividade, a obstinação, a ética, a motivação e o amor são ferramentas básicas de que o profissional esteticista dispõe para alcançar sucesso. Como sabemos, sobreviverão à solicitação do mercado os melhores profissionais, aqueles mais preparados. Maria de Fátima Lima Pereira Biossegurança em Estética Consiste em ações voltadas à prevenção de doenças no âmbito de trabalho. Os riscos poderão acorrer na relação entre profissional e o cliente, desde que não sejam seguidas as normas de biossegurança. Segundo Hoefel e Schneidert, 1997, biossegurança é o conjunto de normas e procedimentos considerados seguros e adequados à manutenção da saúde em atividades de risco de aquisição de doenças profissionais. São medidas para prevenir, diminuir ou eliminar os riscos que os profissionais de estética e beleza possam estar expostos na realização do trabalho. Precauções Padrão As precauções padrão, que incluem o uso de EPIs, são aplicadas toda vez que haja a possibilidade de contato com sangue, fluídos corpóreos, pele não íntegra e mucosas. Tais medidas compreendem o uso combinado ou não de equipamentos de proteção individual ( luvas, óculos, avental, gorro, máscaras, botas) para proteger áreas do corpo expostas ao contato com materiais infectantes ( GARNER, 1996). As Precauções Padrão constituem-se em: Higienização das mãos Tem como objetivo prevenir infecção e deve ser realizada antes e após contato com o cliente. Utilização de luvas descartáveis Funcionam como barreira protetora, devem ser retiradas e descartadas depois do uso entre um cliente e outro. Uso de Materiais Descartáveis A principal preocupação é que um corte causado por um material reutilizado pode causar a transmissão de infecção pelo sangue. Cuidados no atendimento ao cliente Os artigos não críticos são os que entram em contato com a pele íntegra e ainda os que não entram em contato direto com o paciente. Para estes usa-se desinfecção. Limpeza ou higiene É o procedimento de remoção de sujidade e detritos de qualquer superfície. Limpeza manual É realizada pela aplicação de energia mecânica, química ou física. Esterilização É o processo físico ou químico que destrói todos os tipos de bactérias, fungos, vírus e esporos. Secagem dos instrumentais Outro passo importante, pois a umidade interfere em diferentes processos de esterilização. Invólucros para a esterilização As dimensões dos pacotes dependerão do equipamento utilizado na esterilização, sendo fundamental o registro do seu conteúdo, data e prazo de validade. Controle da eficácia da esterilização A eficácia do processo de esterilização deve ser constantemente monitorada. Manutenção dos equipamentos Além de assegurar o desempenho adequado, aumenta a vida útil do esterilizador. Acidente de Trabalho O acidente biológico é um tipo específico de acidente de trabalho. Primeiros Socorros na área da Estética Situações de urgência e emergência acontecem subitamente, ou seja, sem aviso prévio, hora ou local definido. Os primeiros socorros são conceituados como uma série de procedimentos realizados com o objetivo de manter vidas em situações de emergência. Esses procedimentos podem ser realizados por pessoas comuns que possuam conhecimento em primeiros socorros.(OLIVEIRA, 2002;PIRES;STARLING, 2006). O atendimento poderá ser realizado em qualquer ambiente, até a chegada de um profissional habilitado. Quando se está lidando com vidas, o tempo é um fator que não deve ser desprezado em hipótese alguma. A demora na prestação do atendimento pode definir a vida ou a morte da vítima, assim como procedimentos inadequados. O fato de chamar o socorro especializado, nos casos em que a pessoa não possui um treinamento específico ou não se sente confiante para atuar, já descaracteriza a ocorrência de omissão de socorro (BRASIL, 1998). Fases do Socorro Avaliação do ambiente Solicitação de auxílio Sinalização Atendimento No atendimento, a pessoa que estiver prestando os primeiros socorros deve checar: a) Se a vítima está consciente b) Se a vítima está respirando; c) Se as vias aéreas estão desobstruídas; d) Se a vítima apresenta pulso. Convulsão São contrações musculares involuntárias de parte ou de todo o corpo, decorrentes do funcionamento anormal do cérebro. Têm duração aproximada de três a cinco minutos. O que não deve ser feito Não jogar água no rosto da vítima ou oferecer algo para cheirar durante a crise. Deixá-la em local público, conduzi-la para um local menos movimentado, evitando constrangimento. Não demore para chamar uma ambulância. Desmaios Perda súbita ou transitória da consciência e consequentemente da postura , devido a redução na irrigação de sangue para o cérebro. Existe sempre a recuperação espontânea da consciência no desmaio ( DULAC;LEPPIK,1997;PANAYOTOPOULOS,1998). O que não fazer Não jogar água fria no rosto, para despertar. Não oferecer álcool ou amoníaco para cheirar. Não sacudir a vítima. Queimadura É toda lesão causada por agentes externos sobre o revestimento do corpo, podendo destruir desde a pele até tecidos mais profundos, como ossos e órgãos (ALLISON;PORTER,2004). Classificação Quanto à profundidade 1º grau : epiderme. 2º grau : epiderme, derme. 3º grau : pele, músculos e ossos. Quanto à extensão Leves : 10% Médias : 10 a 20 % Graves : mais de 20% O que não fazer Não use pasta de dente, pomada, clara de ovo, manteiga, óleo de cozinha ou qualquer outro ingrediente na área queimada. Não remova tecidos grudados: corte cuidadosamente e retire o que estiver solto. Não estoure bolhas. Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação dos primeiros socorros; manter esse material guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim. É importante que o profissional da área de estética saiba reconhecer as situações de emergência. Vale lembrar os pontos principais como: chamar ajuda e manter a calma. Outro item importante é ter sempre a disposição todos os telefones úteis e de emergência e um kit de primeiros socorros, o qual não deve conter medicamentos. Modelo para Kit de Primeiros Socorros Bolsa ou caixa para acondicionamento do material; Atadura de crepe para imobilização; Tesoura multiuso; Pacotes de gaze estéril; Protetor de queimaduras e eviscerações (saco plástico transparente); Pares de luvas de procedimento descartáveis; Máscara descartável; Porta instrumentos; Óculos de proteção; Toalha limpa; Adesivo ( esparadrapo, fita microporosa); Manguito,esfigmomanômetro e estetoscópio; Aparelho de glicemia; Lençol ou cobertor pequeno. História da DLM Ano 450 a.C – gânglios linfáticos foram observados por Hipócrates. Tempos depois professor italiano Gaspar Asseli e outros anatomistas confirmaram a descoberta de Hipócrates. Em 1651 – conduto linfático -médico francês Pecquet. Bartholin e Rudbeek – desenvolvimento linfogradia. Em 1892 – Terapia de compressão – Alexander von Winiwater. Em 1936 – criação da técnica de DLM – Emil e Estrid Vodder. Nos anos1970 – DLM chega ao Brasil – Waldtraud R.Winter DLM A drenagem é um mecanismo que auxilia o sistema linfático no processo de drenagem, retirando o excesso de líquido intersticial, removendo as proteínas e resíduos metabólicos, além de favorecer a troca de oxigênio e nutrientes. Desse modo, o equilíbrio hídrico no espaço intersticial é preservado. As manobras demandam pressão leve e movimentos lentos para acompanhar o fluxo da linfa, e sempre no sentido dos linfonodos, pois, caso contrário, não surtirá o efeito desejado (Cassar,2001). Sistema Linfático O sistema linfático é uma rede complexa de órgãos linfoides: linfonodos, ductos linfáticos, tecidos linfáticos, capilares linfáticos e vasos linfáticos que produzem e transportam o fluido linfático (linfa) Circulação Linfática Linfa É um líquido transparente, esbranquiçado (algumas vezes amarelado ou rosado), alcalino e de sabor salgado, que circula pelos vasos linfáticos. Cerca de 2/3 de toda a linfa derivam do fígado e do intestino. Sua composição é semelhante à do sangue, mas não possui hemácias, apesar de conter glóbulos brancos dos quais 99% são linfócitos. Gânglio linfático Capilares Linfáticos O sistema linfático não é um sistema fechado e não tem uma bomba central. A linfa depende exclusivamente da ação de agentes externos para poder circular. A linfa move-se lentamente e sob baixa pressão devido principalmente à compressão provocada pelos movimentos dos músculos esqueléticos que pressiona o fluido através dele. Linfa Ajuda na Distribuição de Alimentos e outras substâncias essenciais. Circula em Ritmo Lento. Rico em Proteínas. Faz Parte da Defesa Vital do Organismo. Plasma Sanguíneo. O transporte da Linfa Contração dos músculos vizinhos Movimento do diafragma Pulsação das grandes artérias Peristaltismo intestinal Contrações rítmicas dos vasos linfáticos Compressão externa dos tecidos DLM Ação da gravidade Patologias tratadas com DLM Linfedema É o edema decorrente da obstrução dos vasos linfáticos. Generalizado, contém grandes quantidades de proteínas e macromoléculas. Associado ao sinal de cacifo. Linfedema Subdivididos Linfedema primário: podem ser congênitos.Sua origem está relacionada com distúrbios hormonais ou má formação nos linfonodos pélvicos ou axilares. Linfedema secundário : origem em processos infecciosos, neoplásicos, filarióticos, em queimaduras, pós traumatismo, pós operatório, flebites e outros. Linfedema Porém, o edema deve ser em princípio avaliado pelo médico, e após o diagnóstico sua classificação é baseada em duas distinções: brandos e duros (GANANCIA,1976,P.33) Patologias tratadas com DLM Varizes São caracterizadas pela dilatação e pela tortuosidade dos vasos e adquirem aspecto sinuoso. Enfraquecimento das paredes dos vasos. Podem ser de origem hereditárias ou adquiridas (excesso peso, deficiência vascular, sedentarismo, problemas hormonais e gravidez). Patologias tratadas com DLMLipodistrofia Ginóide Vulgarmente conhecida por...??? Com estudos atuais verificou-se que a lipodistrofia é uma afecção crônica, mas sem caráter inflamatório (BARROS,2001,P.13,53-55). No decorrer dos anos provocam algias nas zonas acometidas, com diminuição das atividades funcionais, podendo provocar sérias complicações e até quase total imobilidade dos membros inferiores, além de dores intensas e problemas emocionais ( GUIRRO,op.cit.). Patologias tratadas com DLM Cirurgias Plásticas Atualmente a medicina estética vem apresentando uma ascendência no mercado de trabalho. Hoje o Brasil é o segundo país em número de cirurgias estéticas no mundo. Essa situação promoveu uma procura muito grande por tratamentos estéticos complementares aos procedimentos cirúrgicos. Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Efeitos Fisiológicos da DLM Efeitos nos sistemas : neurovegetativo, imunológico e vascular(influência direta e indireta); Auxílio na filtração e na reabsorção dos capilares sanguíneos; Facilitação do transporte da linfa; Auxílio no bombeamento e na quantidade de linfa processada nos linfonodos; Aumenta o peristaltismo intestinal; Queda da frequência cardíaca e da pressão sanguínea; Melhora o sono; Promove relaxamento da musculatura; Redução dos mediadores inflamatórios. Indicação Linfedema; Celulite; Redução do edema de origem linfática; Insuficiência venosa crônica; Obesidade; TPM; Gestação a partir do terceiro mês com indicação médica; Cianose ocular (olheiras); Pós limpeza de pele ( na ausência de precessos inflamatórios); Edemas pós-traumáticos; Enfermidades crônicas das vias respiratórias; Pós mastectomia (após liberação médica); Pré e Pós de cirurgias plásticas. Contraindicações Tumores; Neoplasias; Tuberculose; Infecções agudas; Reações alérgicas agudas; Edema de origem cardíaca ou renal; Insuficiência renal; Trombose Venosa Profunda; Hiper ou hipo tiroidismo descompensado; Insuficiência cardíaca; Diabetes descompensada; Flebite; Hipo e hipertensão arterial descompensada; Afecções de pele. Manobras de Drenagem A técnica de drenagem linfática proposta por Vodder preconiza a utilização de uma pressão suave, lenta e repetitiva em que não há deslizamento do tecido a ser tratado e sim a ação de “empurrar e relaxar” o tecido subcutâneo em duas fases diferentes de toque. Na técnica de Vodder, a massagem sempre se inicia distalmente ao segmento a ser drenado (Borges, 2006). Realiza-se entre 5 e 7 movimentos. Categoria de manobras a) Evacuação O processo de evacuação ocorre nos linfonodos, que recebem a confluência dos coletores linfáticos. b) Captação É realizada diretamente sobre o segmento edemaciado, visando o aumento da captação da linfa pelos capilares. As manobras utilizadas são: espiral, bombeamento e bracelete. “ Falar é superficial por mais profunda que seja a fala... Tocar é profundo...por mais superficial que seja o toque!” Obrigado! DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL Prof. Cristiano Pereira Goiânia 2019/2 Sistema Linfático Sistema Linfático • O sistema linfático consiste de uma rede de tubos finos chamados vasos linfáticos e estruturas ovais chamados de gânglios linfáticos que são encontradas em todo o corpo. Esta rede serve para coletar e filtrar a linfa. Sistema Linfático • O sistema linfático é paralelo à circulação venosa. Um líquido “amarelo” chamado de linfa deixa os vasos mistura com águasanguíneos, se intersticiais (ou seja, entre e os líquidos as células). Este líquido contém substâncias nutrientes, as células sanguíneas do sistema imunológico e os resíduos expelido das células. • O sistema linfático transporta o líquido nos vasos linfáticos e nos linfonodos que contêm as células do imunológico. Este sistema não tem umasistema “bomba” para empurrar o fluido, o movimento dos músculos do corpo empurra o líquido para o coração. Quando o líquido chega nos linfonodos a linfa é filtrada. Função do Sistema Linfático • O papel do sistema linfático é de suma importância devido as suas funções na formação transporte, filtração de células linfoides e no equilíbrio circulatório, como reabsorção, transporte do líquido e da carga proteica excedente do espaço intersticial. Linfedema • O linfedema é um quadro patológico de desordem vascular, geralmente, por bloqueio do sistema linfático, onde se observa um déficit no equilíbrio das trocas de líquidos em nível de interstício. Consiste em um acúmulo do fluido linfático no tecido intersticial, o que causa edema. É mais frequente em braços e pernas, quando os vasos linfáticos estão prejudicados • O líquido acumulado na região afetada é rico em proteínas e pode causar redução na disponibilidade de oxigênio e fornecer um meio de cultura bacteriana, o que pode levara linfagite. Geralmente é indolor com uma sensação crônica de peso nas extremidades. Sintomas • Os sintomas que eventualmente podem aparecer são: pele lisa e/ou brilhante; sensação de braços ou pernas pesados; pele hiperqueratose; similar a casca de laranja; marcas ou espessamento da pele quando pressionada; desenvolvimento de verrugas ou bolhas pequenas; inchaço indolor que começa nas mãos ou pés e progride em direção ao tronco e o uso de anéis, relógios e roupas tornam-se difíceis Linfedema agudo e crônico • O linfedema agudo pode se desenvolver alguns dias ou semanas após a radioterapia ou cirurgia e dura menos de seis meses. Contudo, com o retorno da circulação normal da linfa, o inchaço tende a desaparecer. Linfedema agudo e crônico • Já o linfedema crônico ocorre quando as alterações do sistema linfático já não suprem as necessidades do corpo em relação à drenagem da linfa, podendo ocorrer logo após a cirurgia ou radioterapia, ou meses ou anos apões o tratamento do câncer. O linfedema crônico, contudo, não há cura, porém pode ser controlado As classificações do linfedema podem ser: • Grau I – Linfedema reversível com elevação do membro e repouso no leito durante 24-48h, nesse caso é um edema depressível à pressão; • Grau II – Linfedema irreversível com repouso prolongado, fibrose no tecido subcutâneo de moderada a grave e edema não depressível à pressão; • Grau III – Linfedema irreversível com fibrose acentuada no tecido subcutâneo e aspecto elefantiásico do membro. Diagnóstico • O diagnóstico do linfedema pode ser feito através da observação dos sintomas, e através de exames clínicos que são necessários não somente para dar precisão ao diagnóstico, mas também para o planejamento do tratamento Diagnóstico • A linfocintilografia é um procedimento confiável para confirmar o diagnóstico de linfedema. A tomografia computadorizada mostra a localização e o padrão do sistema linfático, e se um tumor ou outra massa pode estar obstruindo o fluxo do sistema linfático. Usa-se a perimetria como forma de acompanhar o edema e para calcular o volume de líquido acumulado. O ultrassom é utilizado para visualizar o fluxo do sistema linfático. DLM específica que utiliza uma ou ambas as mãos com movimentos rítmicos e suaves, com o objetivo de drenar o excesso de líquido acumulado no espaço intersticial. Os métodos mais utilizados são o de Vodder, Leduc e Godoy. Embora cada um tenha as suas particularidades, todos requerem um conhecimento da anatomia do sistema linfático, de modo a saber a orientação da drenagem. A drenagem linfática manual (DLM) é uma técnica • A drenagem linfática manual é uma técnica de massagem que tem por objetivo estimular o sistema a trabalhar de forma mais acelerada movimentando a linfa até os gânglios linfáticos. • Entre os principais benefícios do método estão a redução da retenção de líquido, ativação da circulação sanguínea, combate à celulite e até o relaxamento corporal. • Utilizam-se manobras específicas descongestionantes manuais e mecânicas, seguidas de uma técnica de compressão externa, constituída por bandagens de baixa elasticidade, após a aplicação de pressoterapia a 40 mmHg de pressão, onde a pressão é feita de distal para proximal. • Através da pressão mecânica exercida pela DLM é possível atingir um aumento da reabsorção do líquido intersticial pelos coletores linfáticos. • Os tratamentos para o linfedema buscam a redução do edema, prevenção de infecção, além da melhora do aspecto e aumento do uso dos membros. • Dentro do tratamento estão drenagens, compressão, técnicas de elevação, elevo-compressão, higienização e cinesioterapia. • A elevação ajuda a reduzir o edema e incentivar a drenagem (gravitacional) do sistema linfático, contudo não se deve manter por períodos prolongados. • A drenagem linfática ajuda a reduzir o edema, e seus resultados são os melhores, quanto mais cedo o início da aplicação da técnica mais cedo o resultado. • A compressão se dá pela aplicação de pressão em cima da parte afetada, incentivando a drenagem do sistema linfático. É muito útil na prevenção do edema. • A elevo-compressão proporciona a redução do edema e o incentivo à drenagem linfática gravitacional. • A higienização ajuda a prevenir infecções na região do linfedema impedindo a evolução de algo mais grave. Lavar a área com sabão e usar loções sem álcool podem garantir a prevenção de infecção. Medicamentos antifúngicos ou antibióticos podem ajudar. • Os exercícios da cinesioterapia melhoram o fluxo do sistema linfático, pois a contração muscular auxiliar no retorno da linfa, melhora a capacidade do corpo de absorver proteínas presentes no líquido extravasado, além de favorecer o fortalecimento muscular. Indicações da DLM • Acne • Couperose - Couperose – o rubor da face em pessoas de pele sensível. Considerada, por vezes, como um mero rubor no rosto, a couperose, ou rosácea, é uma doença bastante comum que afecta pessoas com pele sensível • Rosácea • Celulite (FEG) • Pré e pós cirurgia plástica • Tratamento de cicatrizes • Quelóides e cicatrizes hipertróficas • Tratamento de rejuvenescimento • Relaxamento Contra indicações relativas • Câncer diagnosticado e já tratado • Inflamações crônicas • Tratamento realizados anteriormente para trombose ou tromboflebite • Hipertireoidismo • Asma brônquica • I.C.C. (insuficiência cardíaca congestiva) • Hipotensão arterial • Distonia neuro-vegetativa Contra indicações absolutas • Neoplasia (câncer) de qualquer origem • Inflamações agudas • Trombose Vodder • Essa técnica foi desenvolvida em 1932 pelo terapeuta dinamarquês Vodder e pela sua esposa, tornou-se popular graças aos efeitos referidos pelos pacientes, tendo sido posteriormente aperfeiçoada. • É uma técnica usada para drenar e limpar macromoléculas e resíduos celulares que, devido ao seu tamanho, não entram no sistema venoso acabando muitas vezes por ficar no organismo devido à sua má drenagem linfática. A principal função desta técnica de massagem é, portanto, retirar os líquidos acumulados entre as células e os resíduos metabólicos. • A Drenagem Linfática é realizada em dois processos: a evacuação, que consiste em desobstruir os gânglios e as demais vias linfáticas, e a captação, que consiste em realizar de fato a drenagem. De forma manual a drenagem é feita a partir de círculos com as mãos e com o polegar, movimentos combinados e pressão em bracelete. É aplicada com movimentos de pressão leve, suave, rítmica, lenta e precisa. Assim, não há a necessidade de manobras que provoquem dor ou desconforto, podendo, no entanto, acontecer nos locais com inflamação ou cicatrizes recentes por estes estarem mais sensíveis. • Após as fases de toque, existe um relaxamento total da pressão e mantém-se apenas o contato da mão com a pele do paciente. • O sentido da drenagem segue o sentido do fluxo linfático no tecido. Na técnica de Vodder, a massagem sempre se inicia distalmente ao segmento a ser drenado. • Círculos estacionários (fixos) realizados na face e no pescoço. Com a mão espalmada sobre a pele, os dedos realizam movimentos contínuos em forma de círculos ou espirais. A pressão deve ser realizada apenas na primeira metade do circulo. Na segunda metade, existe o contato, porém, sem a pressão, possibilitando o retorno do tecido ao local de origem. Realiza-se entre 5 e 7 movimentos. • As manobras fundamentais da drenagem linfática manual proposta por Vodder são manobras de bombeamento, tração, torção, e circulares. O contato da mão do terapeuta com a pele do paciente é suave como uma carícia e lento. Quanto maior a superfície de contato com as mãos do terapeuta, maior e melhor serão os movimentos de empurre, sempre evitando pressões excessivas. A pressão utilizada na técnica Vodder e na técnica Godoy e Godoy giram em torno de 15 a 40 mmHg. Godoy • Godoy & Godoy descreveram uma nova técnica de drenagem linfática, utilizando roletes como mecanismos de drenagem; com esta técnica, passou-se a questionara utilização dos movimentos circulares preconizados pela técnica convencional e sugeriu-se a utilização dos conceitos de anatomia, fisiologia e hidrodinâmica. • A técnica de drenagem linfática manual Godoy & Godoy foi desenvolvida pelos professores Prof. Dr. José Maria Pereira de Godoy, médico e cirurgião vascular e pela Profa. Dra. Maria de Fátima Guerreiro Godoy, Terapeuta Ocupacional, que desde 1999 divulgam seus trabalhos sobre a técnica sempre baseada em evidencia cientifica • Durante seu processo de validação, os autores seguiram as fases de avaliação cientifica, sendo a técnica analisada nas três etapas: estudo In vitro, In vivo e clínico. Sendo este o único método de drenagem linfática manual que segue toda a rigorosidade cientifica exigida. • A técnica de Godoy e Godoy consiste na utilização de roletes que seguem o sentido de fluxo dos vasos linfáticos e mantêm a sequência de drenagem proposta por Vodder. Além dos roletes, pode-se fazer uso das mãos ou de outro instrumento que permita a realização da drenagem linfática seguindo o sentido dos vasos linfáticos ou da corrente linfática, simplificando, desse modo, toda a técnica de drenagem linfática. Em associação a esses movimentos de drenagem, a técnica de Godoy valoriza o estímulo na região cervical como parte importante da abordagem desses pacientes. Apenas esse estímulo isolado melhora os padrões volumétricos. • Quanto de ação desse estímulo, aos possíveis mecanismos a hipótese é que ele interfira com a estimulação dos linfonodos através do sistema nervoso. A técnica sugere a eliminação dos movimentos circulares da técnica convencional e a utilização de movimentos mais objetivos, seguindo as regras da hidrodinâmica, da anatomia e da fisiologia do sistema linfático. Os principais cuidados se referem aos linfonodos, que funcionam como limitantes da velocidade de fluxo e podem ser lesados quando abordados de maneira inadvertida. LEDUC • A drenagem linfática manual representada pela técnica de Leduc é baseada no trajeto dos coletores linfáticos e linfonodos, associando basicamente duas manobras: manobras de captação ou de reabsorção e manobras de evacuação ou de demanda. • Na captação ou reabsorção, os dedos imprimem sucessivamente uma pressão, sendo levados por um movimento circular do punho. Na evacuação ou demanda, os dedos desenrolam-se a partir do indicador até o anular, tendo contato com a pele que é estirada no sentido proximal ao longo da manobra. • Preconiza-se a utilização de cinco movimentos. A combinação destes movimentos forma seu sistema de massagem: • Drenagem dos linfonodos: realizada por meio do contato direto dos dedos indicador e médio do terapeuta com a pele do paciente, posicionados sobre os linfonodos e vasos linfáticos de maneira perpendicular. É executada com pressão moderada e de forma rítmica, baseada no processo de evacuação. • A drenagem dos linfonodos visa à evacuação da linfa e deve ser realizada diretamente sobre as regiões ganglionares. Os dedos estabelecem contato com a pele, e em posição quase perpendicular exercem leve pressão no nível dos gânglios linfáticos. De acordo com a região anatômica, esta manobra pode ser feita com os dedos indicadores e médios, com todos os dedos ou com os dedos de uma mão sobre a outra. • Movimentos circulares com os dedos: realizados de maneira circular e concêntrica, utilizando desde o dedo indicador até o mínimo. • A manobra de círculos fixos visa à captação de linfa, e é realizada no percurso das vias linfáticas ou em direção a essas vias. É realizada em movimentos circulares dos dedos, a pele é deslocada sob os dedos, ou seja, os dedos não deslizam sobre a pele. A pressão deve ser intermitente, no início e no final do círculo, a pressão deve ser zero. A pressão maior do círculo deve coincidir com a direção do fluxo linfático. Devem ser leves, rítmicos e obedecer a uma pressão intermitente na área edemaciada, seguindo o sentido da drenagem fisiológica. • Bracelete: mais utilizada quando o edema atinge grandes áreas. Pode ser feita uni ou bimanual de acordo com a necessidade. A manobra de pressão em bracelete visa o aumento do fluxo linfático, a ser recolhido em direção aos linfonodos regionais. É realizada por meio de pressões intermitentes. A fase de pressão deve durar em torno de dois segundos, segue-se relaxamento com o mesmo tempo de duração e assim sucessivamente. Fim! DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL PRÁTICA Cristiano Pereira FTA DRENAGEM DE MMII DECÚBITO DORSAL COM ELEVAÇÃO DOS MEMBROS OSERVAÇÕES: ➜Bombear gânglios ➜ Dividir a coxa em 3/4 partes ➜ Iniciar sempre na parte proximal, fazer todos os movimentos, e só então passar para média e distal ➜ Fazer cada movimento de 3 a 9 vezes ➜ Seqüência: anterior, lateral e medial ➜ Faz tudo em um membro e depois o outro. 1 - Bombear gânglio inguinal. Deslizamento, apoiar com o indicador e polegar, espalmar a mão, deslizar até inguinal. Bombear gânglio 2 - Pressão e descompressão - mão sobrepostas em concha, faz proximal: anterior, lateral e medial. 3- Pressão com deslocamento – movimento de borboleta, mexe todos os dedos, aperta e empurra. Faz lateral externa e lateral interna. 4-Deslizamento superficial na coxa Finaliza com bombeamento do gânglio. 5- Pressão circular com cruzamento nas laterais da patela. 6- Pinçar suavemente com uma mão e com a outra bombear a safena com a perna semi-fletida. A mão que está por baixo faz o bombeamento. 7- Pressão com deslocamento – movimento de borboleta. Faz proximal, e no último movimento faz até gânglio inguinal, só então passa para medial e distal. Não pressiona a articulação do joelho, desliza sobre a patela. 8- Deslizamento perna e coxa. Faz anterior, lateral e distal, no final bombeia gânglio. 9- Movimento de pressão circular nos maléolos e no tendão de Aquiles. 10- Deslizamento com pressão no dorso do pé, em 3 tempos. 11- Fricção circular nas laterais do pé, 3 vezes. 12- Friccionar com o punho fechado na plante do pé, 3 vezes. DRENAGEM ABDOMINAL 1- Fricção semi circular na região abdominal Neste movimento trabalha o ducto bem próximo à cicatriz umbilical. 2- Trazer da região oblíqua do abdome para a região inguinal drenando e alternando as mãos de um lado e depois de outro, bombear gânglios da região inguinal. 3- Da região das laterais do oblíquo do abdome para a região inguinal em 3 fases, simultaneamente, cada movimento bombear a região inguinal. 1- sob a crista ilíaca, bombeia 2- sobre a crista ilíaca, bombeia 3- acima da crista ilíaca, bombeia. 4- Da região lateral de um lado e depois do outro, com uma mão sobre a outra, pressionando em movimentos circulares (sentido horário sobre a crista ilíaca) até a região inguinal. 5- Subir lateralmente até a cintura, e descer carregando com as palmas das mãos na região central do abdome, bombeando a região inguinal. Não ultrapassar a cicatriz umbilical. DRENAGEM DO TRONCO 6- Bombear gânglio axilar e supra clavicular Subir na região do reto abdominal com as mãos espalmadas contornando as mamas e drenando a região axilar, com a região tenar, dobra os dedos indicador e médio e bombeia. DRENAGEM PEITORAL 1- Sempre bombear supra e infra clavicular Movimento de deslizamento ascendente (3 vezes cada), drena para região axilar e bombeia. 2- Contornar a mama alternadamente, drenando para axilar, bombeia. 3- Com as mãos simultaneamente sobre as mamas levar para região axilar, bombeia. DRENAGEM MMSS 1- Deslizamento do braço e bracelete. Proximal,medial e distal. 2- Pressão com deslocamento – borboleta, o polegar fica na região central. 3- Repetir os movimentos anteriores para ante braço. 4- Pressionar as articulações dos dedos lateralmente 5- Pressionar com os polegares em movimentos ascendentes, nas palmas das mãos Pressionar com os polegares em movimentos circulares acompanhando os tendões Finalizar com deslizamento superficial. MMII DECÚBITO VENTRALOSERVAÇÕES ➜ Dividir o membro em 3/4 partes ➜Fazer região central, interna e externa da coxa ➜Levar tudo para inguinal. 1-Deslizamento central, interno e externo, proximal, médio e distal da coxa. 2- Pressão e descompressão – mão em concha. 3- Pressão com deslocamento – borboleta. 4- Deslizamento da coxa. 5- Deslizamento em 3/4 tempos da perna, central, medial e lateral, bombeia gânglio poplíteo. 6- Pressão e descompressão – mão em concha. 7- Pressão com deslocamento – borboleta, bombeia gânglio. 8- Deslizamento da perna e finaliza todo membro. GLÚTEO 1 Deslizamento para região lateral, drenando com a região tenar, mão em quadrado. 2 Rolamento cutâneo COSTAS 1- Drenar região dorsal e úmero escapular para axilar. 2- Com as mãos espalmadas deslizar paralelamente da região dorsal até axilar, na região das axilas desliza lateralmente com a região tenar. 3- Descer ao longo da coluna com os dedos indicador e médio flexionados e subir paralelamente nas laterais com as mãos espalmadas 4- Com as mãos espalmadas subir da região dorsal até a região do trapézio drenando na região axilar e subir até a região cervical, bombeando gânglio sub-occipital. 5 - Fazer amassamento 6 - Deslizamento superficial OBRIGADO!