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Ebook completo_Massoterapia e Drenagem Linfática(digital)

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MASSOTERAPIA E
DRENAGEM LINFÁTICA
M
ASSO
TERAPIA E D
R
EN
AG
EM
 LIN
FÁTICA
Autoras: Aline Andressa Matiello, Flávia Garramone e 
Priscila dos Santos Telles
Organizadora: Carolina Maria Pires Cunha
Autoras: Aline Andressa Matiello, Flávia Garramone e 
Priscila dos Santos Telles
Organizadora: Carolina Maria Pires Cunha
MASSOTERAPIA E
DRENAGEM LINFÁTICA
Capa para impressão_2022.indd 1,3Capa para impressão_2022.indd 1,3 31/07/2023 17:47:4731/07/2023 17:47:47
Massoterapia e 
Drenagem Linfática
© by Ser Educacional
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, 
eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro 
tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia 
autorização, por escrito, do Grupo Ser Educacional.
Imagens e Ícones: ©Shutterstock, ©Freepik, ©Unsplash, ©Wikimedia Commons.
Diretor de EAD: Enzo Moreira.
Gerente de design instrucional: Paulo Kazuo Kato.
Coordenadora de projetos EAD: Jennifer dos Santos Sousa.
Equipe de Designers Instrucionais: Carlos Mello; Gabriela Falcão; Isis Oliveira; 
José Felipe Soares; Márcia Gouveia; Mariana Fernandes; Mônica Oliveira; 
Nomager Sousa.
Equipe de Revisores: Emily Pacífico; Everton Tenório; Lillyte Berenguer; 
Nathalia Araujo.
Equipe de Designers gráficos: Bruna Helena Ferreira; Danielle Almeida; 
Jonas Fragoso; Lucas Amaral; Sabrina Guimarães; Sérgio Ramos e Rafael 
Carvalho.
Ilustrador: João Henrique Martins.
Matiello, Aline Andressa; Garramone, Flávia; Telles, Priscila dos Santos.
Cunha, Carolina Maria Pires.
Massoterapia e Drenagem Linfática:
Recife: Grupo Ser Educacional e Cengage - 2023.
203 p.: pdf
ISBN: xxx-xx-xxxxx-xx-x
1. Massagem 2. Drenagem 3. bem-estar 
Grupo Ser Educacional
Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro
CEP: 50100-160, Recife - PE
PABX: (81) 3413-4611
E-mail: sereducacional@sereducacional.com
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ACESSE
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complementam o 
contéudo.
OBJETIVO
Descrição do conteúdo 
abordado.
IMPORTANTE
Informações importantes 
que merecem atenção.
OBSERVAÇÃO
Nota sobre uma 
informação.
PALAVRAS DO 
PROFESSOR/AUTOR
Nota pessoal e particular 
do autor.
PODCAST
Recomendação de 
podcasts.
REFLITA
Convite a reflexão sobre 
um determinado texto.
RESUMINDO
Um resumo sobre o que 
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SAIBA MAIS
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o conteúdo.
SINTETIZANDO
Uma síntese sobre o 
conteúdo estudado.
VOCÊ SABIA?
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ASSISTA
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e videoaulas.
ATENÇÃO
Informações importantes 
que merecem maior 
atenção.
CURIOSIDADES
Informações 
interessantes e 
relevantes.
CONTEXTUALIZANDO
Contextualização sobre o 
tema abordado.
DEFINIÇÃO
Definição sobre o tema 
abordado.
DICA
Dicas interessantes sobre 
o tema abordado.
EXEMPLIFICANDO
Exemplos e explicações 
para melhor absorção do 
tema.
EXEMPLO
Exemplos sobre o tema 
abordado.
FIQUE DE OLHO
Informações que 
merecem relevância.
SUMÁRIO
Unidade 1
Sistema Linfático � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 19
Conceitos � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �19
Estrutura � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �19
Linfa � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �19
Tecidos e órgãos linfáticos � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 20
Linfonodos � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �21
Rede de Vasos Linfáticos � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 23
Capilares linfáticos � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 23
Vasos pré-coletores � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 24
Coletores linfáticos � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 24
Fisiologia do Sistema Linfático � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 25
Fluxo linfático, pressão intersticial e formação da linfa � � � � � � � � � � � � � 26
Pressão hidrostática sanguínea � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 26
Pressão hidrostática intersticial � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 26
Pressão osmótica � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 26
Pressão osmótica intersticial � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 26
Pressão de filtração � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 27
Pressão hidrostática tissular � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 27
Ultrafiltração � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 27
Absorção venosa � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 27
Absorção linfática � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 28
Bombas linfáticas internas e externas � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 28
Patologia do Sistema Linfático � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 31
Linfedema � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 31
Primário � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 31
Secundário � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 31
Filariose � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �33
Linfangite e linfadenopatias � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 34
Linfoma � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 35
Linfoma de Hodgkin (LH) � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 35
Linfoma não Hodgkin (LNH) � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 35
Esplenomegalia � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 36
Amigdalite � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 36
A história da Drenagem Linfática � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 37
Introdução � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 37
O pai da drenagem linfática � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 37
Albert Leduc � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 38
Divergências � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 40
Fundamentos de Drenagem Linfática � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 41
Conhecimento anatômico � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �41
Posição do(a) paciente � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �41
Movimentos � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �41
Pressão � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 42
Anamnese � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 43
Tempo de aplicação da massagem � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 43
Sentido da DLM � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 43
Efeitosda Drenagem Linfática sobre o Corpo � � � � � � � � � � � � � � � � � �45
Forma direta � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 45
Sistema linfático � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 45
Sistema Sanguíneo � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 45
Sistema imunológico � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 46
Forma indireta � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 47
Drenagem Linfática Leduc � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 49
Introdução � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 49
Primeiro processo – captação � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 49
Segundo processo – evacuação � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 49
Manobras Específicas da Drenagem de Leduc � � � � � � � � � � � � � � � � � � 51
Círculos com os dedos (sem o polegar) � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �51
Círculos com polegar � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �51
Movimento combinado � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 52
Pressão em bracelete � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 52
Drenagem dos linfonodos � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 52
Unidade 2
Drenagem Linfática � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �59
Trajetória da Técnica � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 59
Princípios da drenagem linfática de Vodder � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 59
Fundamentos da drenagem linfática de Godoy e Godoy � � � � � � � � � � � � �61
Sistema Linfático e Hidrodinâmica da Linfa � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 61
Rede vascular linfática� � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 63
Hidrodinâmica da linfa � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 66
Órgãos linfáticos � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 69
Método GODOY e Godoy de Drenagem Linfática � � � � � � � � � � � � � � � � �74
Manobras de drenagem linfática no método Godoy e Godoy � � � � � � � 75
Método Godoy e Godoy na prática � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 76
Avaliação Físico-Funcional para a Realização da Drenagem Linfática
� � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �78
Dados gerais e Anamnese � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 78
Avaliação físico-funcional � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 79
Técnicas de medição e avaliação corporal � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 82
Variações da Drenagem Linfática � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �85
Benefícios � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 85
Corrente farádica sequencial � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 88
Endermologia � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 90
Ragodoy � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 93
Funcionamento � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 93
Diferencial � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 94
Plataforma Vibratória � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �95
Benefícios � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 95
Atividade aeróbica � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 96
Pressoterapia � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �97
Unidade 3
Introdução e Fundamentos da Massagem � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 103
Definição de massoterapia � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 103
Efeitos fisiológicos da massoterapia � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 106
Indicações e contraindicações da massoterapia � � � � � � � � � � � � � � � � � � 107
História da Massoterapia � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 109
História da utilização de massagem � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 109
Histórico da massoterapia no Brasil � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 112
Princípios e Histórico da Massoterapia Oriental e Ocidental � � � � 114
Princípios e histórico da massagem oriental � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �114
Princípios e histórico da massagem ocidental � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �116
Principais técnicas de massagem � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �118
Princípios de Segurança em Massoterapia � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 119
O profissional de massoterapia � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �119
Cuidados com o(a) paciente � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 120
Avaliação do paciente e documentação dos registros � � � � � � � � � � � � � � 121
Cuidados com o massoterapeuta � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 124
Aplicações Terapêuticas da Massoterapia � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 128
Aplicações da massoterapia na melhoria do bem estar físico e mental
� � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 128
Massagem relaxante � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 129
Massagem terapêutica � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 129
Aplicações da massoterapia na área da estética � � � � � � � � � � � � � � � � � � 129
Introdução à Massagem Relaxante � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 131
Efeitos fisiológicos da massagem � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 132
Manobras de massagem relaxante � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �133
Disfunções Básicas � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 142
Lombalgia � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 142
Pontos de gatilho � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 142
Dor Muscular Tardia (DOMS) � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 143
Condições Básicas para Técnica de Massoterapia � � � � � � � � � � � � � � �145
Lubrificação � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 145
Tempo e frequência � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 146
Posicionamento do(a) terapeuta e do(a) paciente � � � � � � � � � � � � � � � � 147
Anamnese � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 149
Informações pessoais � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �� � � � � 149
Queixa principal e histórico do(a) paciente � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 150
Palpação � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �153
Efeitos Fisiológicos � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 153
Efeitos circulatórios � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �153
Efeitos neuromusculares � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 154
Efeitos metabólicos � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 154
Unidade 4
Cosméticos para Massagem � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �159
Requisitos dos cosméticos � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 159
Apresentações dos produtos� � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 160
Formulações em óleo � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 160
Emulsões � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �161
Géis lipofílicos � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �161
Géis hidrofílicos � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �161
Óleos e Essências para a Massagem � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �162
Óleos essenciais � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 162
Histórico do uso de óleos essenciais na massoterapia � � � � � � � � � � � � � 164
Efeitos fisiológicos do uso de óleos essenciais � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 165
Nível fisiológico � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 165
Nível psicológico � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 165
Efeitos terapêuticos dos óleos essenciais � � � � � � � � � � � 166
Óleos Carreadores � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �168
Função � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 168
Indicações � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 168
Reflexologia � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �168
Reflexologia podal � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 169
Avaliação do pé � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 170
Indicações e contraindicações da reflexologia podal � � � � � � � � � � � � � � � 171
Aplicação da técnica de reflexologia podal � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 172
Quick Massage � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 177
Definição da técnica e mecanismo de ação � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 177
Indicações e contraindicações da quick massage � � � � � � � � � � � � � � � � � 179
Histórico do uso da quick massage � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 179
Técnica de massagem quick massage � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 180
Massagem Facial � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 183
Ossos do crânio e da face � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 183
Músculos da face � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 187
Tecido conjuntivo facial � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 189
Massagem Relaxante Facial � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 191
Prática da técnica de massagem relaxante facial � � � � � � � � � � � � � � � � � 193
Massagem do Tecido Conjuntivo Facial � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 197
Indicação � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 199
Contraindicações � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 200
Apresentação
Olá, querido(a) estudante! Como vai? Vamos iniciar agora uma jor-
nada de aprendizado em duas técnicas amplamente utilizadas na 
área da Estética e Cosmética: a terapia manual, que envolve as téc-
nicas de massoterapia e as de drenagem linfática manual. 
Pensando nisso, neste material você aprenderá sobre os efei-
tos, as contraindicações e, principalmente, sobre a execução das 
principais manobras que são realizadas. O conhecimento sobre a 
anatomia e a fisiologia é muito importante para a execução das téc-
nicas, pois você precisará executar manobras específicas e pensar 
nos efeitos que essas ações podem causar no corpo. A terapia ma-
nual é uma arte! Deve ser executada com muita precisão e conheci-
mento técnico-científico. 
Animado(a) para iniciarmos nossos estudos? Então, vamos 
nessa!
Autoria
Aline Andressa Matiello
Olá! Sou Aline Andressa Matiello, graduada em fisioterapia pela 
Universidade do Oeste de Santa Catarina e especialista em Fisio-
terapia Dermatofuncional pelo Instituto Brasileiro de Terapias e 
Ensino. Além disso, sou especialista em Saúde Coletiva pela Univer-
sidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e em Saúde da Família pela 
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atualmente, presto 
atendimento nas áreas de fisioterapia dermato funcional, ortopé-
dica e pilates, ainda sou professora conteudista nas áreas de fisio-
terapia, estética facial, corporal e capilar. E, a partir de agora, vou 
acompanhar você nesta etapa de estudos. Vamos lá!
Flávia Garramone
Caro(a) aluno(a), sou Flávia Garramone, especialista em Docência 
no Ensino Superior pela Universidade Católica Dom Bosco, UCDB 
(2014) e em Acupuntura pela Faculdade de Medicina Chinesa, FTE-
BRAMEC (2017). Além disso, tenho uma formação inicial como 
Tecnóloga em Estética e Cosmetologia pela Universidade Anhem-
bi Morumbi, UAM (2006). Possuo experiência em estética clínica, 
Spa e docência desde 2006, além de ter ministrado aulas de estética 
facial, corporal e eletroterapia, atuando também como auxiliar de 
coordenação pedagógica de 2012 a 2015. Atualmente sou professora 
conteudista EAD e espero contribuir com seu crescimento pessoal e 
profissional. 
Currículo Lattes
Currículo Lattes
Priscila dos Santos Telles
Prezado(a) estudante, como vai? Sou Priscila dos Santos Telles, 
graduada em fisioterapia pela Universidade do Oeste de Santa Cata-
rina. Além disso, sou especialista em Fisioterapia Dermatofuncio-
nal, pelo Instituto Brasileiro de Terapias e Ensino, e especialista em 
Saúde Coletiva pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) 
e em Saúde da Família pela Universidade Federal de Santa Catari-
na (UFSC). Atualmente, presto atendimento nas áreas de fisiotera-
pia dermato funcional, ortopédica e pilates, além de ser professora 
conteudista nas áreas de fisioterapia, estética facial, corporal e ca-
pilar. Busco sempre cumprir com as atribuições da minha função 
com excelência e, a partir de agora, buscarei contribuir para que o 
seu aprendizado seja excelente!
Currículo Lattes
Organizadora
Sou Carolina Maria Pires Cunha 
Olá, aluno(a), tudo bem? Sou Carolina Maria Pires Cunha e gostaria 
de compartilhar um pouco da minha experiência profissional com 
você: sou fisioterapeuta, com pós-graduação em fisioterapia der-
mato funcional e doutora em saúde integral. Durante toda a minha 
trajetória profissional, trabalhei com drenagem linfática manual em 
pacientes com linfedema e pós-operatório de cirurgias plásticas. A 
terapia manual sempre foi uma paixão que exerço com muito amor 
e entusiasmo. Para mim, fornecer qualidade de vida paraas pessoas 
sempre foi uma grande satisfação. Espero que possamos trocar ex-
periências e, assim, contribuir com o seu aprendizado!
Currículo Lattes
UN
ID
AD
E
1
Objetivos
1. Conhecer sobre a estrutura do sistema linfático; 
2. Aprender sobre a fisiologia desse sistema; 
3. Conhecer as principais patologias do sistema linfático;
4. Aprender sobre o método de drenagem de Albert Leduc.
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Introdução
Olá, aluno(a)! A partir de agora você vai vivenciar o conhecimento 
sobre a anatomia, fisiologia e patologias do sistema linfático (prin-
cipais conceitos) e sobre a técnica de drenagem linfática do Albert 
Leduc. 
Nesse sentido, é primordial que você busque aproveitar ao 
máximo as oportunidades de aprendizagem deste material. Para 
isso, estude com vigor, buscando esclarecer as suas dúvidas com os 
profissionais competentes e assimilando bem os conteúdos.
Dito isto, te convido para ler o material, além de assistir às 
aulas. Tenho certeza de que nossas discussões contribuirão para seu 
sucesso acadêmico e profissional.
Vamos em frente!
19
Sistema Linfático 
Conceitos
O corpo humano possui uma organização estrutural interligada que 
mantém a homeostasia e seu funcionamento preciso, dado por seus 
sistemas. Dentre eles está o sistema linfático que “é intimamente 
associado ao sistema circulatório, representando a via acessória, 
por meio da qual o líquido pode fluir dos espaços intersticiais para o 
sangue”. (GUYTON, 2017, p.196)
Além dessa função, o sistema linfático produz importantes 
células de defesa, sendo assim um dos principais componentes do 
sistema imunológico.
Estrutura 
Para exercer as funções de transporte e produção de células de defe-
sa, o sistema linfático é formado por órgãos e por tecidos linfáticos, 
além de uma vasta rede de vasos, capilares e ductos linfáticos que 
conduzem a linfa. Estudaremos detalhadamente a seguir cada um 
desses componentes. Acompanhe!
Linfa 
A linfa é o líquido proveniente do espaço intersticial e que flui para 
os vasos linfáticos. Segundo Guyton (2017, p.196) “a linfa é um flui-
do aquoso, transparente, que se assemelha ao plasma sanguíneo, 
formado pela filtração contínua da parte fluida do sangue, através 
das paredes dos capilares sanguíneos, para o espaço intersticial”.
Segundo Tortora (2012), de modo geral, a linfa apresenta a 
mesma composição do líquido extracelular/intersticial, porém, sua 
concentração proteica pode variar de acordo com o local em que é 
produzida, girando em torno de 2 a 6%. A linfa formada no fígado 
e no intestino apresenta concentrações elevadas de proteína, albu-
mina e globulinas.
20
Além disso, como o sistema linfático é uma das principais vias 
de absorção de nutrientes do trato gastrintestinal, em especial, na 
absorção de praticamente todos os lipídios dos alimentos, segundo 
Junqueira e Carneiro (2012), a linfa absorvida no intestino, corres-
ponde ao quilo e essa gordura contida dá a ela um aspecto leitoso. 
Essa linfa é drenada para a cisterna do quilo e, posteriormente, le-
vada ao ducto torácico. Por fim, grandes partículas, como bactérias, 
adentram nos capilares linfáticos e, desse modo, chegam à linfa. No 
entanto, à medida em que a linfa é filtrada pelos linfonodos, essas 
partículas são quase inteiramente removidas e destruídas.
Tecidos e órgãos linfáticos
O sistema linfático é constituído pelo tecido linfoide e, conforme 
Guyton (2017, p.196), é um tipo especial de tecido conjuntivo, rico 
em células reticulares e de defesa, como os linfócitos, os plasmóci-
tos e os macrófagos. É importante destacarmos que são células que 
protegem o organismo contra a invasão de vírus, bactérias e outros 
patógenos e, ainda, eliminam células alteradas e células do sangue 
envelhecidas ou danificadas. Nesse cenário, os linfócitos são com-
ponentes da linfa e compreendem os linfócitos T e B. 
Os linfócitos B são células derivadas da medula óssea e compreen-
dem de 10% a 15% dos linfócitos circulantes, podendo diferenciar-
-se em plasmócitos. Já os linfócitos T são células timo-dependentes 
e compreendem cerca de 80% dos linfócitos circulantes, podendo 
diferenciar-se em linfócitos T citotóxicos e em células NK (natural 
killer ou exterminadoras naturais) que atacam células tumorais ou 
infectadas, garantindo a vigilância imunológica do corpo. 
Por essa razão, o tecido linfoide está presente em locais su-
jeitos à invasão de patogênicos e de micro-organismos, como, por 
DEFINIÇÃO
21
exemplo, no tecido conjuntivo do tubo digestório, das vias respi-
ratórias e do trato urogenital. É, também, “o principal constituinte 
dos órgãos linfoides, os quais estão envolvidos na produção dos lin-
fócitos e na resposta imunológica”. (TORTORA, 2012, p. 436)
Ainda segundo Tortora, com base nas suas funções, os teci-
dos e órgãos linfáticos classificam-se em: primários e secundários. 
Para o autor,
Os primários são locais em que as células-tron-
co se dividem e se diferenciam em linfócitos B 
e T, são eles a medula óssea vermelha e o timo. 
Os secundários, são os locais em que ocorrem 
as respostas imunes, incluem os linfonodos, o 
baço e os nódulos linfáticos. (Ibidem)
Linfonodos
Os linfonodos, conforme Tortora, 
são pequenos órgãos em forma de feijão/rim, 
interpostos no trajeto dos vasos linfáticos, 
somando aproximadamente de 500 a 600 es-
palhados pelo corpo. Geralmente, se agrupam 
formando cadeias linfáticas superficiais e pro-
fundas. (Ibidem)
As superficiais estão localizadas, principalmente, no pesco-
ço, nas axilas e na virilha, sendo esses os locais nos quais as mano-
bras de bombeamento/evacuação da drenagem linfática manual são 
realizadas. Já as profundas estão localizadas abaixo da aponeurose 
muscular, próximos de órgãos importantes do nosso corpo.
22
Figura 1 - Linfonodos
Fonte: Sciencepics, Alila Medical Media, Shutterstock, 2020.
Anatomicamente, o linfonodo, é envolvido por uma cápsu-
la que, segundo Junqueira e Carneiro (2012), divide internamente o 
órgão através de trabéculas que contêm vasos sanguíneos. No lado 
convexo dessa cápsula chegam os vasos linfáticos aferentes e no 
lado côncavo, no qual se encontra o hilo, saem as veias e os vasos 
linfáticos eferentes.
Nessa morfologia, o linfonodo divide-se, segundo Guyton 
(2017), em: córtex externo e córtex interno ou paracórtex, que é 
mais profundo, e medula, que ocupa uma posição central junto ao 
hilo. Já os seios/trabéculas linfáticos são espaços por onde circula 
a linfa, em sentido unidirecional, por causa das válvulas dos vasos 
linfáticos. 
23
Rede de Vasos Linfáticos 
A rede linfática tem seu início nos capilares linfáticos, formando 
verdadeiros plexos que se entrelaçam com os capilares sanguíneos. 
E, através dos vasos pré-coletores e coletores, a linfa prossegue até 
chegar ao ducto linfático direito e ao ducto torácico, que desembo-
cam na junção das veias subclávia e jugular interna. 
Os capilares, vasos pré-coletores e coletores são estruturas 
que servem para a condução da linfa, transportando esse líquido 
desde as camadas mais superficiais até as mais profundas. A ana-
tomia varia de acordo com a localização: sendo os mais superficiais 
compostos por estruturas delicadas, enquanto os mais profundos 
são mais calibrosos.
Capilares linfáticos 
Possuem um endotélio mais delgado em relação aos capilares san-
guíneos. É importante destacarmos que, conforme Junqueira e 
Carneiro (2012), suas células endoteliais organizam-se em uma 
única camada, que se sobrepõe em escamas e se torna pérvia, per-
mitindo sua abertura ou fechamento, conforme o afrouxamento ou 
a tração dos filamentos de proteção.
Além disso, segundo Tortora (2012), a rede capilar linfática 
é rica em anastomoses, sobretudo na pele, na qual os capilares lin-
fáticos estão dispostos de forma superficial e profunda, em relação 
à rede capilar sanguínea. O mesmo não ocorre nos vasos e ductos 
linfáticos.
Nos capilares linfáticos, segundo Guyton (2017), os espaços inter-
celulares são bem mais amplos, possuindo fendas entre as células,permitindo que as trocas líquidas entre o interstício e o capilar lin-
fático sejam realizadas com extrema facilidade, não só de dentro 
para fora, como também de fora para dentro do vaso.
SAIBA MAIS
24
Vasos pré-coletores
Esses vasos possuem uma estrutura bastante semelhante ao capilar 
linfático. Assim, segundo Tortora (2012), a diferença seria justa-
mente que o seu endotélio é recoberto internamente por um tecido 
conjuntivo, do qual se prolongam, juntamente com as células epite-
liais, para o lúmen do vaso, formando as válvulas que direcionam o 
fluxo centrípeto da linfa.
Coletores linfáticos
São vasos de maior calibre com estrutura semelhante à das grandes 
veias. Segundo Guyton (2017), eles possuem três camadas, sendo 
estas: a túnica íntima, a túnica média e a túnica adventícia.
Durante seu trajeto em direção ao sistema venoso, os coleto-
res linfáticos apresentam linfonodos interpostos. Os vasos linfáti-
cos assim constituídos, conforme a sua relação com os linfonodos, 
são também chamados de pré ou pós-coletores linfáticos, sendo 
classificados como vasos linfáticos aferentes, os pré-linfonodos e 
os pós-linfonodos, como vasos linfáticos eferentes.
É importante destacarmos que os troncos e os ductos lin-
fáticos, ou coletores terminais, são vasos de maior calibre, que 
recebem o fluxo linfático de várias partes do corpo. Compreen-
dem os vasos linfáticos: os lombares, os intestinais, os mediasti-
nais, os subclávios, os jugulares e os descendentes intercostais. 
Esses vasos citados dão origem aos ductos linfáticos que drenam o 
corpo a partir de dois segmentos.
A união dos troncos intestinais, lombares e intercostais for-
ma o ducto torácico. E, consoante Tortora (2012), o maior ducto lin-
fático do corpo, em calibre e em comprimento, inicia da cisterna do 
quilo em direção ao pescoço, para terminar no ângulo entre as veias 
jugular interna e subclávia esquerda. É o responsável pela drenagem 
dos membros inferiores, todo abdômen, metade esquerda do tórax, 
da cabeça e do pescoço e membro superior esquerdo.
25
Além disso, os troncos jugulares, subclávios e broncos me-
diastinal direito formam o ducto linfático direito. Esse ducto corre 
ao longo da borda medial do músculo escaleno anterior na base do 
pescoço e termina no ângulo entre as veias jugular interna e subclá-
via direita, sendo responsável por drenar a linfa de todo o membro 
superior direito e do lado direito da cabeça, do pescoço e do tórax 
para a corrente sanguínea.
Fisiologia do Sistema Linfático 
A linfa que retorna à circulação pelos linfáticos é importante por 
conter substâncias de alto peso molecular, tais como as proteínas, 
que não podem ser absorvidas pela via sanguínea. As moléculas pe-
quenas vão diretamente para o sangue, sendo conduzidas pelos ca-
pilares sanguíneos, e as grandes partículas alcançam a circulação 
através do sistema linfático. 
As macromoléculas passam para o sangue via capilares veno-
sos, porém o maior volume do fluxo venoso faz com que, no total, o 
sistema venoso capte muito mais proteínas do que o sistema linfá-
tico. Contudo, de acordo com Guyton (2017), a drenagem linfática é 
vital para o organismo, pois baixa a concentração proteica dos teci-
dos e propicia a pressão tecidual negativa fisiológica, o que previne 
a formação do edema e recupera a proteína extravasada.
Assim, podemos afirmar que a circulação linfática é o cir-
cuito que a linfa percorre desde a sua constituição até o seu re-
torno à circulação sanguínea. Ela se inicia na microcirculação, ou 
seja, na periferia, especificamente nos tecidos corporais, em que o 
líquido que sai dos capilares sanguíneos e se dispersa pelo espaço 
intercelular.
Perceba que o fluxo linfático funciona por diferença de pres-
são, sempre partindo do interstício, sendo chamado de linfa, quan-
do entra no vaso. Dessa maneira, as pressões hidrostática e osmótica 
são determinantes para provocar o movimento do líquido para den-
tro do capilar.
26
Fluxo linfático, pressão intersticial e formação da 
linfa
Segundo Guyton (2017, p. 199) “o líquido intersticial, através das 
pressões exercidas, retoma a rede de capilares venosos”. E, para que 
isso aconteça, várias pressões são responsáveis pelas trocas através 
dos capilares, as quais detalharemos a seguir.
Pressão hidrostática sanguínea
Impulsiona o fluido através da membrana capilar, em direção ao in-
terstício, sendo sua pressão aproximadamente de 30 mmHg no ca-
pilar arterial e de 15 mmHg no capilar venoso (Ibidem).
Pressão hidrostática intersticial
É a que tende a movimentar o fluido de volta para os capilares. É 
considerada igual a zero, uma vez que, nas condições de normali-
dade do interstício, ela se equilibra em ambos os extremos capilares 
(Ibidem). 
Pressão osmótica
É originada pela presença de moléculas proteicas no sangue e 
no fluido intersticial. Assim, a pressão osmótica sanguínea tende 
a movimentar o fluido do interstício em direção ao capilar, sendo 
de aproximadamente 28 mmHg em ambos os extremos capilares 
(Ibidem). 
Pressão osmótica intersticial
É a força oposta que tende a remover o fluido dos capilares, 
sendo de aproximadamente 6 mmHg nos extremos dos capilares 
(Ibidem). 
27
Pressão de filtração
Surge da relação entre as pressões hidrostáticas e osmóticas, sendo 
no extremo arterial igual à pressão positiva de 8 mmHg, produzindo 
assim a ultrafiltração. Já no extremo venoso, corresponde a pressão 
negativa de 7 mmHg, produzindo a reabsorção. Assim sendo, 90% 
do fluido filtrado é reabsorvido, o restante, de 2 a 4 litros/dia, é ab-
sorvido pelo sistema linfático (Ibidem). 
Pressão hidrostática tissular
É a pressão exercida sobre o fluido livre nos canais tissulares, 
negativa na maioria dos tecidos. A pressão tissular total é o resulta-
do da soma vetorial da pressão hidrostática tissular e da pressão do 
tecido sólido, pode ser negativa, quando o interstício abre as jun-
ções endoteliais através dos filamentos de ancoragem, ou positiva, 
quando os músculos se contraem, comprimindo os linfáticos ini-
ciais (Ibidem). Isso posto, percebe-se que o mecanismo de forma-
ção da linfa envolve, então, três processos dinâmicos e simultâneos, 
conforme indica Tortora (2012). Veja abaixo:
Ultrafiltração
O movimento de saída de H O, O e nutrientes do interior do capilar 
arterial para o interstício, ocorrendo pela pressão hidrostática posi-
tiva no capilar arterial e pela pressão hidrostática negativa ao nível 
do interstício. 
Absorção venosa
O movimento de entrada de H O, de CO, de pequenas moléculas e 
de catabólitos do interstício para o interior do capilar venoso, ocor-
rendo por difusão, quando a pressão intersticial é maior do que a 
existente no capilar venoso. 
28
Absorção linfática
O início da circulação linfática, determinada pela entrada do líquido 
intersticial, com proteínas de alto peso molecular e pequenas célu-
las, no interior do capilar linfático inicial, ocorre quando a pressão é 
positiva e os filamentos de proteção abrem as micro válvulas endo-
teliais da parede do capilar linfático. Este começa a ser preenchido 
pelo líquido intersticial e, quando o preenchimento chega ao má-
ximo, as micro válvulas se fecham, iniciando a propulsão da linfa 
através dos pré-coletores e dos coletores linfáticos. 
Bombas linfáticas internas e externas 
Caro(a) aluno(a), inicialmente você deve estar ciente de que todos 
os vasos linfáticos têm válvulas, as quais funcionam como bombas 
para impulsionar o fluxo linfático, pois, como vimos, ao contrário 
do sistema sanguíneo, o sistema linfático não possui um órgão cen-
tral, como o coração, para facilitar a circulação da linfa. Além disso, 
fatores externos que comprimam o vaso linfático, de modo intermi-
tente, provocam o bombeamento e a própria morfologia dos capila-
res linfáticos é capaz de bombear linfa. 
Segundo Tortora (2012), com o excesso de líquido intersticial, 
os filamentos de ancoragem das células endoteliais permitem que o 
líquido flue para o interior do capilar linfático.Assim, o aumento da 
pressão interna faz com que as bordas sobrepostas das células en-
doteliais se fechem como válvulas, empurrando a linfa em direção 
ao linfático coletor.
Uma vez dentro dos coletores e dos vasos linfáticos de maior 
calibre, o líquido provoca seu estiramento, enquanto a musculatura 
lisa que envolve esses linfáticos contrai-se, impulsionando o movi-
mento do líquido interno. Além disso, temos o grande impulso dado 
pelo linfangion, considerado, por muitos autores, como o “coração” 
do sistema linfático ou sua unidade funcional.
29
Figura 2 - Representação dos linfangions
Fonte: Sakurra, Shutterstock, 2020.
Prezado(a) estudante, perceba que a imagem mostra a represen-
tação dos linfangions, espaço compreendido entre duas válvulas 
internas dos coletores e dos vasos linfáticos, bem como seu movi-
mento contrátil para mobilizar a linfa e garantir a direção do fluxo 
linfático.
Segundo Junqueira e Carneiro (2012, p. 217), “um pequeno 
acúmulo de linfa no linfangion provoca sua contração, encami-
nhando o líquido para o próximo linfagion, que ao se encher, tam-
bém, se contrai e repete o mesmo processo”. Ou seja, ao longo de 
todo o vaso linfático, cada linfangion, ao receber a linfa, contrai-se 
com o objetivo de bombeá-la em sentido unidirecional de volta para 
a circulação sanguínea.
DICA
30
No ducto torácico, por exemplo, que é um grande vaso linfático, 
Guyton (2017, p.198), afirma que: “essa bomba linfática pode gerar 
grandes pressões de até 50 a 100 mmHg.”
Outra força adicional de movimentação da linfa advém dos 
shunts linfático-venosos, que ocorrem ao nível dos linfonodos que 
são canais de comunicação fisiológicos que ocorrem entre as 
veias e os coletores linfáticos.
Além do bombeamento causado pela contração intrínseca das 
paredes dos vasos linfáticos, que orienta e permite o fluxo da linfa, 
a contração dos músculos esqueléticos circundantes, o movimento 
de partes do corpo, a pulsações de artérias adjacentes aos linfáticos 
e a compressão dos tecidos por objetos externos ao corpo, segundo 
Tortora (2012), agem como bombas externas.
EXEMPLO
31
Patologia do Sistema Linfático
Com relação às patologias do sistema linfático, Kumar (2013, p. 356) 
afirma que “os distúrbios do sistema linfático ocorrem, comumente, 
quando os componentes linfáticos são acometidos por inflamação, 
infecção ou processos malignos”. Esse fato resulta em um linfede-
ma, uma filariose, uma linfangite e em linfadenopatias, o linfoma, 
além de outras patologias referentes aos órgãos e ao sistema imune. 
Dito isto, convidamos você a conhecer algumas dessas patologias.
Linfedema
O linfedema, conforme Junqueira e Carneiro (2017), pode ser defi-
nido como todo e qualquer acúmulo de líquido, altamente proteico, 
nos espaços intersticiais, seja ele devido a falhas de transporte, por 
alterações da carga linfática, por deficiência de transporte ou por 
obstrução linfática.
Além disso, segundo Robbins (2013), é um dos mais preva-
lentes distúrbios linfáticos, resultando em inchaço nos braços, nas 
pernas e, às vezes, em outras partes do corpo. O linfedema pode ser 
primário ou secundário, caracteristicas que que diferenciaremos a 
partir de agora. 
Primário
É uma condição hereditária que ocorre devido à diminuição ou à 
falta de vasos linfáticos, afetando de um até os quatro membros ou 
outras partes do corpo, inclusive órgãos internos. Ele pode apresen-
tar-se desde o nascimento e, também, desenvolver-se na puberda-
de ou, ainda, ocorrer na idade adulta, sem causas aparentes.
Secundário
É uma desordem adquirida que ocorre devido a algum trauma, 
infecção ou cirurgia que interrompe os vasos linfáticos ou resulta 
32
na perda dos gânglios linfáticos. Ou seja, é decorrente de obstru-
ção linfática, como tumores envolvendo os canais linfáticos ou os 
linfonodos regionais, remoção de grupos regionais de linfonodos, 
fibrose pós-radiação, trombose e filariose.
Para que você possa compreender ainda mais o que estamos 
tratando, abaixo temos um infográfico que representa os sintomas 
do linfedema. Lembre-se que, quando o(a) paciente sentir alguns 
deles, ele deve imediatamente procurar um(a) médico(a).
Infográfico 1 – Infográfico sobre os sintomas do linfedema
Fonte: Carolina Cunha (2023). 
33
Filariose
A filariose é outro distúrbio do sistema linfático que, segundo 
Kumar (2013), ocorre a partir de uma infecção parasitária causando 
insuficiência linfática e, em alguns casos, predispõe a elefantíase, 
um espessamento da pele e dos tecidos subjacentes, especialmente 
nas pernas, órgão genital masculino e seios femininos, como pode 
ser observado na Figura 3 a seguir:
Figura 3 - Perna de uma pessoa com elefantíase
Fonte: Kateryna Kon, Shutterstock, 2020.
Você sabe o que é uma elefantíase? Segundo o Ministério da Saúde:
A Filariose Linfática (Elefantíase) é uma 
doença parasitária crônica, considera-
da uma das maiores causas mundiais de 
incapacidades permanentes ou de longo 
prazo. É causada pelo verme nematoi-
de  Wuchereria Bancrofti  e transmitida 
pela picada do mosquito  Culex quique-
fasciatus  (pernilongo ou muriçoca) in-
fectado com larvas do parasita.  Entre as 
DEFINIÇÃO
34
manifestações clínicas mais importantes 
da Filariose Linfática estão edemas (acú-
mulo anormal de líquido) de membros, 
seios e bolsa escrotal, que podem levar a 
pessoa à incapacidade. (MINISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2021)
Atualmente, a Filariose Linfática está em fase de eliminação no Bra-
sil. A área endêmica está restrita a quatro municípios situados na 
Região Metropolitana do Recife/Pernambuco, sendo eles: Recife, 
Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Paulista. 
Linfangite e linfadenopatias
A filaríase é uma doença tropical infecciosa causada por um parasita 
nematoide, a filária. Os transmissores são pernilongos ou muriço-
cas, que se infectam quando picam pessoas doentes. As larvas das 
filárias dirigem-se da corrente sanguínea para os vasos linfáticos, 
nos quais se maturam e, após cerca de oito meses, começam a pro-
duzir microfilárias, que surgem no sangue e em outros órgãos.
A linfangite refere-se ao processo inflamatório agudo causado por 
propagação bacteriana nos vasos linfáticos. Assim, os vasos linfá-
ticos inflamados exibem estrias subcutâneas eritematosas e do-
lorosas, frequentemente associadas ao aumento de volume dos 
linfonodos, gerando, então, a linfadenite aguda.
Dessa maneira, a linfadenopatia é todo distúrbio linfático em que os 
linfonodos incham ou aumentam devido a uma infecção, inflamação 
ou câncer. No entanto, a maioria dos casos representa doenças be-
nignas ou infecções locais clinicamente óbvias, como por exemplo, 
CURIOSIDADE
35
o inchaço dos linfonodos no pescoço, que pode ocorrer como resul-
tado de uma infecção na garganta. Essa patologia é, também, popu-
larmente conhecida como ínguas.
Nesse contexto, é necessário saber que uma linfodenopatia é a lin-
fadenite ou adenite, que é a inflamação do linfonodo devido a uma 
infecção bacteriana que causa inchaço, vermelhidão e sensibilidade 
da pele. Ainda, caso as bactérias não permaneçam contidas nos lin-
fonodos, poderão invadir a circulação venosa e resultar em bactere-
mia ou sepse.
Linfoma
Linfoma é o termo utilizado para designar um grupo de cânceres 
que se originam no sistema linfático. Geralmente, começam com a 
transformação maligna dos linfócitos presentes nos linfonodos e no 
tecido linfático dos órgãos.
Segundo Robbins (2013), são numerosas as neoplasias linfoi-
des que apresentam ampla variação na sua apresentação clínica e 
no seu comportamento. São reconhecidos dois grupos de linfomas, 
sendo eles: linfomas de Hodgkin e linfomas não Hodgkin, os quais 
conheceremos a partir de agora.
Linfoma de Hodgkin (LH)
É um tumor derivado de linfócito B do centro germinativo que 
surge em um único linfonodo ou em uma cadeia de linfonodos e se 
dissemina de modo característico por linfonodos contíguos ana-
tomicamente. Distingue-se em cinco categorias e, geralmente, se 
manifesta como linfadenopatiaindolor.
Linfoma não Hodgkin (LNH)
Constitui um grupo diverso de cânceres que se desenvolvem em lin-
fócitos B, linfócitos T e células NK (natural Killer), porém, a maio-
ria se refere ao linfócito B, correspondendo a mais de 50 doenças 
36
diferentes que envolvem essas células. Há o comprometimento de 
múltiplos linfonodos periféricos que se disseminam de maneira di-
fusa. Entre os sintomas temos a fadiga crônica, a baixa imunidade, a 
perda de peso, além da linfadenopatia.
Esplenomegalia
É um distúrbio do sistema linfático que afeta o baço, aumentando 
seu tamanho. Desenvolve-se devido a uma infecção viral, como a 
mononucleose, que é causada pelo vírus Epstein-Barr, envolvido 
também no linfoma de Hodgkin, e conhecida como doença do beijo.
Amigdalite
É a doença causada por uma infecção das tonsilas, os tecidos 
linfoides presentes no fundo da cavidade oral e na parte superior da 
garganta. Os sintomas incluem inchaço e inflamação, levando a dor 
de garganta, febre, dificuldade e dor ao engolir.
Outras doenças que afetam diretamente o sistema linfático 
são a AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida), causada pela 
infecção do vírus HIV, as doenças inflamatórias e autoimunes, como 
a artrite reumatoide, o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), a escle-
rodermia, a granulomatose, entre outras.
De modo geral, podemos entender que as patologias do siste-
ma linfático, ao afetar qualquer um de seus componentes, irão com-
prometer a adequada circulação da linfa pelo corpo e, com isso, pode 
ocorrer a presença de edema, comprometendo, também, a troca de 
fluidos na microcirculação, ou seja, entre o sangue e o interstício.
37
A história da Drenagem Linfática
Introdução
Em 1651, o pesquisador francês Jean Pecquet descobriu, em um ca-
dáver humano, a existência de um ducto torácico e uma espécie de 
recipiente, ou uma dilatação do vaso linfático no seu início, que de-
nominou de cisterna de quilo ou cisterna de Pecquet. Para Vaz e Fer-
nandes “o termo quilo refere-se à aparência leitosa da linfa, devida 
ao seu conteúdo rico em gordura.” (VAZ; FERNANDES, 2003 p. 198)
Conforme Batista et al (2017), Alexis Carrel conquistou em 
1912 o prêmio Nobel de medicina por seus trabalhos sobre regene-
ração celular ao demonstrar a relevância da linfa nos tecidos vivos. 
É importante que você saiba que os estudos utilizaram coração 
de um frango, cujas células estavam em constante regeneração pela 
linfa. 
O pai da drenagem linfática
Caro(a) aluno(a), inicialmente é importante que você saiba que os 
estudos de Carrel serviram de base para um terapeuta, ex-estudan-
te de medicina, chamado Emil Vodder. Vodder era um visionário que 
estava atento às pesquisas sobre o sistema linfático e os linfonodos. 
Naquela época, o estudo sobre o sistema linfático era visto como 
algo sem valor pela comunidade médica e pouco se sabia sobre a sua 
atuação imunológica.
Ele é considerado, ainda, o pai da drenagem linfática manual. 
Vodder desenvolveu a técnica de forma intuitiva e começou a fazer 
uso de uma massagem suave nesses locais com a finalidade de me-
lhorar o estado geral dos(as) pacientes.
Conforme Batista et al (2017), assim que percebeu os bons 
resultados, Vodder disciplinou o método em um relato escrito no 
ano de 1936, o qual foi apresentado em uma exposição de saúde em 
Paris. 
38
Além disso, Tacani (2008) considera que muitos(as) pesqui-
sadores(as) e especialistas do tema linfologia interessaram-se pe-
los estudos de Vodder, esse grupo era formado por Mislin, Collard, 
Asdonk, Földi, Leduc, Kunke e Casley-Smith. A partir de então, eles 
trouxeram algumas provas da eficácia da Drenagem Linfática Ma-
nual (DLM) e começaram a interessar-se mais pelo sistema linfático 
e a estudar os efeitos da técnica em um nível muito mais científico 
que o desenvolvido por Vodder.
Albert Leduc
Um dos alunos de Vodder foi Albert Leduc, um fisioterapeuta que se 
interessou pela técnica e participou do curso de Vodder ministrado 
em seu país natal, a Bélgica. Leduc ficou tão encantado que começou 
a ministrar o curso de Vodder e a ensinar a sua técnica como um 
habilitado em seu método.
De acordo com Winter (1985), Leduc veio ao Brasil no ano de 
1977, a convite da Febeco (Federação Brasileira de Estética e Cos-
metologia) para ministrar o curso de drenagem linfática manual 
segundo o método Vodder. Ele demonstrou os efeitos positivos da 
massagem e comprovou a ação acelerante da drenagem linfática 
manual através da radioscopia. 
Você sabia que Albert Leduc ainda ministra seus cursos de drenagem 
linfática pelo mundo? Sim! Ele continua disseminando seu método, 
demonstrando seus princípios e técnicas que também culminam no 
tratamento de doenças linfáticas. Pelo menos uma vez por ano ele 
vem para o Brasil e a divulgação acontece nas redes sociais criadas 
pelo autor da técnica. 
A drenagem começou, então a ser muito popular no meio 
das esteticistas brasileiras, contudo, não havia material didático 
CURIOSIDADE
39
traduzido para disseminar ainda mais a técnica. Só no ano de 1985, a 
esteticista brasileira Waldtraud Ritter Winter, que também estudou 
na escola de Vodder na década de 1960, publicou o primeiro livro 
sobre drenagem linfática, intitulado “Drenagem Linfática Manual”, 
pela editora Vida estética.
Você já pensou sobre papel do(a) esteticista para a garantia da qua-
lidade nos atendimentos? Nessa reflexão, você deve estar cien-
te de que devemos parar para pensar o quanto o nosso trabalho é 
importante para a qualidade de vida das pessoas, pois isso reflete 
diretamente na nossa postura diária enquanto profissionais. As-
sim, o aperfeiçoamento do(a) profissional da estética e a utilização 
da ciência devem sempre ser inseridos no cotidiano para garantir o 
respeito e a credibilidade diante dos(as) pacientes. Além disso, as 
informações sobre as nossas técnicas devem ser repassadas com se-
gurança e, para isso, o(a) profissional de estética nunca pode parar 
no tempo. Dessa maneira: a educação contínua deve sempre ser le-
vada em consideração. Pense nisso!
Ainda sobre Leduc, ele começou a estudar mais a fundo o sis-
tema linfático, pois sentia que o assunto abordado por Vodder era 
coerente, mas sem muita base científica. Assim, a falta de emba-
samento teórico e a curiosidade em compreender mais a fundo o 
sistema linfático motivou Leduc a pesquisar e a concluir que esse 
sistema era formado por órgãos e tecidos linfoides. Com um emba-
samento mais amplo, Leduc passou a desenvolver o seu próprio mé-
todo de drenagem, muito parecido com o método de Vodder e que 
segue alguns de seus princípios quanto:
 • à intensidade;
 • ao sentido; e
 • ao ritmo dos movimentos.
REFLITA
40
Divergências
Uma das grandes divergências entre as técnicas de Vodder e de Le-
duc é que Leduc não inicia sua massagem pelo pescoço, pois, quando 
criou a sua técnica, acreditava que essa prática não trazia tanto efei-
to positivo para os edemas e outras alterações que estivessem em 
regiões mais distantes, como os membros inferiores, por exemplo.
Desde 1970, quando fez seu curso de drenagem linfática com 
Vodder, a equipe liderada por Leduc tem realizado investigações em 
cadáveres, animais e seres humanos vivos no estudo do sistema lin-
fático, destacando-se: a anatomia topográfica do sistema linfático, 
as vias linfáticas de substituição. Ainda, é importante destacarmos 
que Leduc foi o primeiro autor a demonstrar a existência dessas es-
truturas, fisiologia do sistema linfático, patologia do sistema lin-
fático, fisiologia da microcirculação (regeneração linfática, venosa 
e arterial) e influência de fatores físicos nos sistemas linfático e 
venoso.
Assim, a evidência produzida por essas investigações permi-
tiu o desenvolvimento de um método de tratamento físico na área 
anatômica e fisiológica do sistema linfático internacionalmente 
aceito pela comunidade científica. Perceba que essas técnicas agre-
gam uma enorme importância no tratamento de distúrbios da cir-
culação de retorno (sistema linfáticoe venoso), provocados pela 
patologia oncológica. 
41
Fundamentos de Drenagem Linfática
Por ser uma técnica bastante conhecida na área da estética, muitas 
pessoas buscam esse recurso para tratar ou melhorar alguma dis-
função corporal. Para a realização da técnica de drenagem linfática 
manual, devemos levar em consideração alguns aspectos a serem 
observados antes da prática clínica, sendo eles:
Conhecimento anatômico
Por ser uma massagem cujo objetivo principal é movimentar fluidos 
que estão na parte periférica do corpo, a DLM deve ser realizada por 
um(a) profissional habilitado(a) e que tenha um amplo conheci-
mento técnico das estruturas anatômicas do corpo. 
Posição do(a) paciente
A posição do(a) cliente/paciente deve ser levada em consideração 
para obtermos efeitos ainda melhores com a técnica de DLM. Sabe-
mos que a gravidade exerce uma força que puxa a matéria para baixo 
e, com isso, age também no sistema linfático. Na hora da execução 
da drenagem linfática, devemos utilizá-la a nosso favor. Assim, 
sempre que drenarmos um membro, é importante que ele esteja 
elevado para facilitar os retornos venoso e linfático. Uma boa opção 
para nos ajudar a manter os membros de nossos(as) pacientes ele-
vados e, ainda assim, confortáveis, são os acessórios de almofadas 
cunha e rolinhos.
Movimentos
A execução das manobras deve ser de forma que promovam um es-
tiramento da pele sem causar lesões, como hematomas, e não po-
dem causar dor. Além disso, as manobras devem ser executadas no 
sentido da região de linfonodos, correspondente aos quadrantes das 
regiões drenadas. Mas, é preciso estar atento(a), pois muitos profis-
sionais executam a técnica de forma errada.
42
A respiração profunda auxilia no aumento do fluxo linfático. Isso 
ocorre pois o movimento do diafragma contribui para o estímulo do 
ducto linfático. Assim, a manobra realizada no abdômen para pro-
mover a respiração diafragmática mais profunda pode ser realiza-
da antes da drenagem linfática para otimizar o fluxo da linfa e os 
resultados. 
Pressão
Quanto à pressão na execução das manobras, há uma divergência 
grande na literatura. De acordo com Guirro “a pressão externa a ser 
exercida pela drenagem deve superar a pressão interna fisiológica, 
a qual pode chegar a 25 - 40 mmHg nos grandes vasos linfáticos”. 
(GUIRRO, 2004, p.73)
Guirro ainda cita outro autor para confirmar a controvérsia, 
veja: “A pressão no linfangion pode ser de poucos milímetros, po-
dendo chegar a 100mmHg nos membros inferiores” (VOGELFANG 
apud GUIRRO, 2004).
A pressão exercida nas manobras da drenagem linfática são suaves 
e nunca devem provocar dores ou hematomas. Devemos levar em 
consideração que os capilares linfáticos são superficiais e delicados, 
portanto, manobras exercidas com força, podem danificar esses va-
sos. Pensando nisso, o(a) profissional de estética precisa informar 
aos(às) seus(uas) clientes sobre os riscos de pressões muito exage-
radas na hora da execução da massagem e respeitar sempre a fi-
siologia e anatomia do sistema linfático para executar a técnica de 
forma mais segura. 
SAIBA MAIS
VOCÊ SABIA?
43
Anamnese
Caro(a) aluno(a), você deve estar ciente de que, para que a drena-
gem tenha seus efeitos positivos, é necessária a realização de uma 
anamnese e um exame físico antes da realização da técnica. Muitas 
vezes, os(as) pacientes procuram o(a) profissional, mas não en-
tendem o quão importante é uma avaliação profissional antes de 
executar o procedimento, pois, como é uma técnica que estimula 
circulação, algumas patologias, como cardiopatias, hipertensão, 
diabetes e doenças circulatórias, podem torná-la contraindicada 
para alguns(mas) pacientes.
Tempo de aplicação da massagem
A drenagem linfática manual é uma massagem que requer tempo e 
tranquilidade para ser executada. Assim, uma sessão dura em torno 
de 60 a 90 minutos e um maior tempo deve ser dedicado às áreas 
que estão comprometidas ou que necessitam de mais movimentos 
por estarem edemaciadas.
Sentido da DLM
É importante levarmos em consideração o sentido de retorno da 
circulação sanguínea. A técnica de Leduc trabalha baseando-se na 
circulação de retorno e, de acordo com Tacani (2008) “a DLM deve 
ser realizada sempre de proximal para distal e ser iniciada pela eva-
cuação do terminus na fossa supra clavicular e linfonodos”. (TACA-
NI, 2008)
44
Figura 4 - Sentido da drenagem linfática manual
Fonte: mashabr, Shutterstock, 2020.
45
Efeitos da Drenagem Linfática sobre o 
Corpo 
A Drenagem Linfática Manual (DLM) é uma técnica de massagem 
que tem como objetivo drenar os líquidos excedentes nos espaços 
intersticiais. De acordo com Batista et al (2017), a falta de exercício 
físico (sedentarismo) é um dos grandes responsáveis pela carente 
drenagem linfática natural do organismo. Isso porque ela reduz a 
capacidade circulatória, diminuindo a drenagem e a oxidação de 
toxinas. 
Forma direta
A drenagem é uma técnica de massagem manual executada de for-
ma suave, rítmica e lenta, o que promove um grande relaxamento 
ao(à) cliente que está desfrutando da terapia. Os efeitos no sistema 
nervoso autônomo são gerados pelos movimentos ritmados e, se-
gundo Borges (2010), influenciam na liberação de substâncias sim-
paticolíticas no organismo. Conheça alguns desses efeitos:
Sistema linfático 
No sistema linfático, a linfa passa a percorrer mais rapidamente 
por todo o sistema, levando a um aumento no fluxo linfático e em 
sua filtração pelos linfonodos. De acordo com Borges “o volume 
circulante de linfa pode tornar-se até cinco vezes maior, conse-
quentemente, a quantidade de linfa processada nos linfonodos será 
maior”. (BORGES, 2010 p. 382)
Sistema Sanguíneo
Quanto aos efeitos circulatórios, a drenagem age a nível dos capila-
res sanguíneos e, conforme Borges “a pressão exercida nos tecidos 
durante a fase de captação atua, não só no sistema linfático, mas 
também no sistema sanguíneo, aumentando a filtração e absorção 
para esses sistemas”. (Ibidem)
46
Além disso, Guirro (2004) afirma que a DLM, comparada com 
outros recursos, como a atividade física passiva e a estimulação elé-
trica dos músculos, é o recurso que mais oferece aumento no fluxo 
e é o mais eficaz.
Sistema imunológico
A Drenagem Linfática Manual causa efeitos no sistema imunoló-
gico, gerando respostas imunes ao organismo, já que estimula os 
linfonodos - que são pequenos órgãos responsáveis pela filtração da 
linfa através das células de defesa contadas em seu interior.
De acordo com Borges (2010), a drenagem linfática estimu-
laria a produção e a renovação de células de defesa, o que podemos 
compreender através dos estudos e práticas de Vodder que utilizava 
a massagem nos gânglios cervicais nos tratamentos de problemas 
respiratórios e obtivera respostas de melhora nos quadros clínicos 
de seus pacientes. Assim, ocorre:
 • Efeito na musculatura lisa dos vasos - a drenagem atua me-
lhorando a parede dos vasos sanguíneos e linfáticos, promo-
vendo um fortalecimento dessa musculatura, o que previne 
rompimentos vasculares, como micro hemorragias.
É importante sabermos que a drenagem promove efeitos tônicos 
nos músculos lisos dos vasos sanguíneos, por meio da diminuição 
da pressão exercida nos capilares venosos, já que a quantidade de 
líquido transportada por esses será reduzida em razão do estímulo 
dos capilares linfáticos (Ibidem, p. 382).
 • Peristaltismo intestinal - a drenagem também pode ajudar 
no funcionamento do intestino através de movimentos reali-
zados no sentido da evacuação intestinal. 
DICA
47
A técnica de Leduc não se utiliza desse recurso, apenas promove a 
drenagem dos líquidos que se encontram nos vasos periféricos de 
todos os membros do corpo e também do tronco e do abdômen.
Forma indireta
A drenagem é muito conhecida e divulgada no meio da estética como 
a ferramenta que promove a diurese nos(as) pacientes submeti-
dos(as) à terapia, no entanto, muitos mitos são propagados como 
efeitos terapêuticos dessa técnica. Dentreeles, podemos afirmar 
que ocorre de fato um aumento da quantidade de líquidos excreta-
dos e que, segundo Borges (2010, p. 382), podem ser entendidos da 
seguinte maneira: “Ao retirar os líquidos que estejam congestiona-
dos nos tecidos e depois retorná-los à circulação, passam a com-
por a volemia e necessitam ser filtrados, para eliminar o excesso”. 
(Ibidem)
Além disso, “a linfa absorvida nos capilares linfáticos é trans-
portada para os vasos pré-coletores e coletores, passando através 
de vários linfonodos, sendo aí filtradas e colocadas na circulação até 
atingir os vasos sanguíneos”. (GUIRRO, 2004 p. 29)
Outra questão muito polêmica é a afirmação de que a drena-
gem linfática estimula a eliminação de gordura pelo fluxo urinário. 
É importante destacarmos que não existe embasamento científico 
para tal afirmação.
Pensando nisso, você deve saber que ocorre:
 • Melhora da nutrição celular - a drenagem linfática propor-
ciona a retirada dos líquidos excedentes do meio intersticial, 
que dificultam a troca de nutrientes e metabólitos. Quando os 
líquidos excessivos são retirados, ocorre o aumento do aporte 
de nutrientes nos tecidos.
DICA
48
De acordo com Borges, “o excesso de líquido diminui a per-
meabilidade dos tecidos, dificultando as trocas. Com a realização da 
DLM, o excesso de líquido é retirado fornecendo melhores condi-
ções de irrigação sanguínea e de nutrição tecidual”. (Ibidem)
 • Melhora da oxigenação dos tecidos - o sangue arterial é rico 
em oxigênio, que é essencial para o funcionamento celular, 
gerando energia para a célula realizar as suas funções. O oxi-
gênio é depositado juntamente com os nutrientes no meio in-
tersticial. Quando o tecido está com grande excesso de líquido, 
ocorre um certo “congestionamento” que dificulta a absorção 
celular do oxigênio e o funcionamento tecidual. Dessa forma, 
“a drenagem linfática age diretamente na redução do edema, 
facilitando o aporte de sangue arterializado”. (Ibidem)
 • Desintoxicação dos tecidos intersticiais - quando ocorre di-
ficuldade em retorno dos líquidos intersticiais, o tecido fica 
rico em toxinas que dificultam a absorção de nutrientes nos 
tecidos.
 • Eliminação de ácido láctico da musculatura esquelética - 
a drenagem linfática, por ser um recurso que estimula a cir-
culação de retorno, favorece a reabsorção de substâncias que 
podem agir como toxinas no tecido. É o caso do ácido láctico, 
que é um subproduto gerado no tecido muscular após uma 
carga de atividade muito intensa. A drenagem linfática es-
timula a evacuação dos líquidos intersticiais ricos em ácido 
láctico, para a corrente linfática e, logo após, para a corrente 
sanguínea.
49
Drenagem Linfática Leduc
Introdução
A técnica de drenagem linfática de Leduc está fundamentada em 
estimular o sistema linfático através de movimentos circulares. 
Esse estímulo está baseado na absorção e na captação de líquidos 
intersticiais que contêm substâncias excretadas pelas células e que 
causam edemas, celulites, excesso de líquidos (linfedemas). Pen-
sando nisso, o líquido captado é direcionado ao sistema linfático 
e depois ao circulatório, acelerando o processo de eliminação.
A técnica de Leduc consiste em dois processos ou categorias 
de manobras que são bastante parecidas, divergindo apenas dos lo-
cais de aplicação, sendo elas:
Primeiro processo – captação
Essa técnica consiste em movimentos circulares, realizados no lo-
cal afetado pelo edema. Assim, “é realizado diretamente sobre o 
seguimento edemaciado, visando aumentar a captação de linfa 
pelos linfocapilares”. (GUIRRO, 2004 p. 79)
A captação é realizada pela rede de capilares linfáticos e é a 
consequência do aumento local da pressão tissular. Assim, quan-
to mais a pressão aumenta, maior é a recaptação pelos capilares 
linfáticos. Nessa técnica, a mão está em contato com a pele pela 
borda ulnar do quinto dedo. Além disso, os dedos imprimem sus-
cetivelmente uma pressão, sendo levados por um movimento cir-
cular do punho. É importante destacarmos que a palma da mão 
participa igualmente da instalação da pressão.
Segundo processo – evacuação
É a técnica utilizada para promover o esvaziamento de um 
determinado seguimento., no qual “o processo de evacuação ocorre 
50
nos linfonodos que recebem a confluência dos coletores linfáticos”. 
(Ibidem)
Assim, você deve estar ciente de que a evacuação é a trans-
ferência dos líquidos captados para longe da zona de captação. Esse 
transporte de linfa que se encontra nos vasos é efetuado pelos pré-
-coletores em direção aos coletores.
Dessa maneira, a mão está em contato com a pele pela borda 
radial do indicador. Além disso, o contato da borda ulnar da mão é 
livre. Os dedos desenrolam-se a partir do indicador até o anular, 
tendo contato com a pele que é estirada no sentido proximal ao lon-
go da manobra. A pressão instala-se durante a abdução do cotovelo, 
a manobra produz uma aspiração e uma pressão da linfa situada nos 
coletores. Experimentos com humanos, durante linfografias, evi-
denciaram o efeito da pressão. Os movimentos são realizados com 
pressão suave semelhante a um tratamento discretamente apoiado 
(LEDUC, 2007 p. 34). 
Quadro 1 - Diferenças entre as técnicas de Vodder e Leduc
Fonte: Editorial Cengage (2020).
51
Manobras Específicas da Drenagem de 
Leduc
O sistema de drenagem linfática de Leduc é constituído de cinco 
movimentos básicos que, combinados entre si, formam seu sistema 
de drenagem linfática (GUIRRO, 2004). Para que você conheça um 
pouco mais sobre essa técnica, convidamos você a ler sobre esses 
movimentos básicos. 
Círculos com os dedos (sem o polegar) 
São movimentos realizados com os dedos desde o indicador até o 
dedo mínimo, “os movimentos são leves, rítmicos e obedecem a 
uma pressão intermitente na área edemaciada, seguindo o sentido 
de drenagem fisiológica. Deve-se executar de cinco a sete movi-
mentos no mesmo local”. (Ibidem, p. 77)
Círculos com polegar
Essa é a técnica que mais utilizada na hora de drenar mãos e pés, 
podendo, também, ser aplicada na drenagem facial, uma vez que 
essas regiões possuem estruturas pequenas e com bastante relevo.
Para que você possa entender: o polegar pode participar de mano-
bras específicas de drenagem, já que sua excelente mobilidade per-
mite adaptar-se a diferentes relevos, para em seguida, deprimi-los. 
As pressões crescentes e decrescentes são orientadas no sentido da 
drenagem local. Os movimentos circulares em torno do pivô me-
tacarpofalangeano são combinados com a rotação axial do polegar 
(LEDUC; LEDUC, 2007 p. 35). 
DICA
52
Movimento combinado 
O movimento combinado é a associação das duas técnicas citadas 
acima. O movimento deve ser executado de forma lenta e rítmica, 
assim, o polegar pode girar no sentido oposto ou no mesmo sentido 
dos outros dedos. Deve-se evitar o pinçar a a pele entre o polegar e 
os outros dedos quando os círculos do movimento combinado são 
executados em sentidos opostos a manobra de drenagem e asseme-
lham-se ao ato de petrissage (trabalhar uma massa).
A circundução do punho permite a cavidade da mão efetuar 
pressões e descompressões sucessivas sobre as zonas infiltradas. 
Essa sucessão lenta, a razão de uma manobra a cada dois ou três se-
gundo, facilita a reabsorção e dá início à drenagem. Quando se trata 
de favorecer a recaptação do líquido intersticial pelos capilares, uma 
pressão intermitente é preferível a uma pressão constante (LEDUC; 
LEDUC, 2007 p. 37).
Pressão em bracelete 
Essa técnica consiste em utilizar as mãos de forma que envolvam o 
local a ser drenado. É muito indicada para drenar os membros su-
periores ou inferiores, devido a facilidade de envolver essas regiões.
Se as pressões em bracelete forem aplicadas de forma gra-
dual, da região proximal à distal, a pressão propriamente dita vai 
montante a jusante, com o objetivo de realizar a absorção no nível 
dos capilares ou dos linfáticos inicias. As mãos envolvem o segmen-
to a ser drenado e as pressões são intermitentes, ou seja,a cada fase 
de pressão sucede uma fase de relaxamento (Ibidem).
Drenagem dos linfonodos
Os linfonodos são os órgãos linfoides responsáveis pela filtração da 
linfa, através do grande número de células de defesa, como macró-
fagos e linfócitos, contidos em seu interior. Para Leduc, a drena-
gem dos linfonodos é de extrema importância, pois o número de 
vasos linfáticos que transportam a linfa para dentro do linfonodo 
53
são maiores do que o número de vasos que transportam a linfa em 
direção à saída, o que pode causar uma estagnação de linfa nos 
linfonodos.
Muitos vasos aferentes transportam a linfa, que encontra 
duas possibilidades de circulação: uma via rápida que chega dire-
tamente aos vasos eferentes (menos números que os aferentes), 
e uma via lenta, através da qual a linfa vai estagnar no gânglio. A 
corrente linfática aí é reduzida, o que permite a sedimentação dos 
elementos que que serão abordados pelo sistema de autodefesa do 
organismo (LEDUC; LEDUC, 2007 p. 15).
A manobra de drenagem dos linfonodos pode ser chamada também 
de estímulo dos linfonodos. Essa é uma manobra relativamente 
simples de se executar, exigindo do(a) esteticista o conhecimento 
anatômico para a realização de tal.
Caro(a) estudante, para que você possa observar, na prática, o que 
estamos tratando, convidamos você a analisar um caso clínico para 
a realização da drenagem. Assim, imagine que: uma cliente precisa 
realizar uma Drenagem Linfática Manual para a diminuição da re-
tenção de líquidos, principalmente na região abdominal, mas refere 
edema no corpo todo. Na prática clínica, o tempo total da drenagem 
deve ser levado em consideração de acordo com o protocolo de aten-
dimento e objetivos do cliente. No caso desse exemplo, para admi-
nistrar melhor o tempo de execução em todo corpo, o(a) esteticista 
precisa avaliar as regiões mais edemaciadas e, também, as que mais 
incomodam a paciente. Dessa forma, podemos oferecer mais quali-
dade nos atendimentos e conforto para os(as) clientes. Pense nisso!
DICA
EXEMPLO
54
Com o conhecimento adquirido sobre a drenagem linfática e 
seus efeitos, podemos elencar as principais indicações e contraindi-
cações, sendo elas: 
Indicações:
 • tratamento de fibro edema geloide;
 • diminuição de edemas;
 • pós-operatório de cirurgia plástica;
 • tratamento de linfedemas;
 • tratamento de acne;
 • tratamentos de enxerto;
 • terapia relaxante;
Contraindicações:
A drenagem pode ser contraindicada quando se encontra a presença 
de:
 • neoplasias;
 • hipertensos descompensados;
 • processos infecciosos;
 • trombose venosa profunda;
 • tromboflebites;
 • erisipela;
 • infecções cutâneas;
 • pacientes com colesterol alto;
 • coadjuvante no tratamento de Lipodistrofia;
 • hipertensos descompensados;
 • entre outros.
55
Com o intuito de evitar ou minimizar as intecorrências durante a 
realização da drenagem linfática, o(a) profissional deve sempre 
realizar uma boa e detalhada anamnese com o(a) seu(ua) cliente. 
Assim, caso ele(a) tenha algum tipo de patologia circulatória, o(a) 
esteticista pode solicitar os exames realizados anteriormente ou 
entrar em contato direto com o(a) médico(a) que está envolvido(a) 
no tratamento. Além da importancia desse contato, o(a) profissional 
transmite confiança para o(a) cliente e também para o(a) médico(a) 
que está tratando a patologia. 
Querido(a) estudante, chegamos ao esse momento de aprendizado. 
Nele, podemos conhecer melhor a anatomia e fisiologia do sistema 
linfático, importante para posteriormente entendermos todos os 
efeitos da drenagem linfática manual. 
Além disso, vimos as principais patologias que acometem o sistema 
linfático, os requisitos para a técnica ser melhor executada, de for-
ma segura e respeitando o funcionamento do sistema linfático. 
Por último, aprendemos sobre a técnica de Albert Leduc, uma das 
principais escolas para a realização da drenagem linfática.
Esperamos que tenha gostado dos assuntos abordados e até a 
próxima!
DICA
SINTETIZANDO
56
UN
ID
AD
E
2
Objetivos
1. Conhecer sobre os fundamentos fisiológicos do método 
Godoy; 
2. Aprender sobre a execução das manobras do método Godoy; 
3. Conhecer as principais variações para a realização da drena-
gem linfática;
4. Aprender a aplicabilidade de técnicas auxiliares para otimizar 
o efeito da drenagem linfática manual.
58
Introdução
Olá, estudante! Como vai?
A partir de agora você vai vivenciar o conhecimento sobre o 
método Godoy e sobre as variações da drenagem linfática, sendo: 
corrente russa, farádica, endermologia, RA Godoy, Plataforma Vi-
bratória e a Pressoterapia, assim como as bandagens compressivas. 
Dessa maneira, neste material você poderá conhecer sobre os 
fundamentos fisiológicos do método Godoy. Além disso, aprenderá 
sobre a execução das manobras para o sistema linfático e, assim, 
você poderá conhecer as principais variações para a realização da 
drenagem linfática. E, antes de finalizarmos nosso material, você 
aprenderá sobre a aplicabilidade de técnicas auxiliares para otimi-
zar o efeito da drenagem linfática manual.
E então? Motivado(a) para aprender mais sobre esse tema? 
Vamos juntos nessa jornada!
59
Drenagem Linfática
Trajetória da Técnica
Caro(a) aluno(a), inicialmente você deve estar ciente de que o co-
nhecimento do percurso histórico, desde o desenvolvimento da téc-
nica de drenagem linfática até os dias atuais, permite-nos observar 
os critérios e princípios imutáveis que fundamentam a técnica, in-
dependentemente do método utilizado. E, ainda, compreender o 
axioma que possibilitou a diferenciação dos métodos da Drenagem 
Linfática Manual (DLM), que, na atualidade, é marcada por vários 
expoentes.
O primeiro, considerado o pai da DLM, é Emil Vodder. A par-
tir dele, outros nomes se firmaram no estudo científico e prático da 
técnica, cada qual contribuindo para o aprimoramento do método, 
entre eles: Földi, Leduc, Casley-Smith, Nieto, Ciucci, entre outros; e, 
aqui no Brasil, o Dr. José Maria P. de Godoy, angiologista e cirurgião 
vascular e a Dra. Maria de Fátima G. Godoy, terapeuta ocupacional. 
Para entender um pouco da técnica de Godoy, vamos conhe-
cer a história e os princípios da técnica Vodder, considerado o pre-
cursor da drenagem linfática manual. Vamos lá!
Princípios da drenagem linfática de Vodder
Segundo Oliveira (2018), foi o casal dinamarquês Emil e Estrid 
Vodder que desenvolveu a técnica de DLM, hoje conhecida mun-
dialmente. Na década de 1930, trataram, ainda de forma intuitiva, 
pacientes acometidos(as) por gripes e sinusites, manipulando, com 
movimentos suaves, os linfonodos do pescoço, que se apresenta-
vam edemaciados.
Observaram, então, uma melhora significativa no quadro 
geral desses(as) pacientes. Assim, percebendo os bons resultados, 
Vodder disciplinou o método em um dossiê, escrito em 1936, o qual 
foi apresentado em um simpósio de saúde em Paris, despertando o 
60
interesse de vários profissionais da área e denominado como méto-
do/técnica por se diferenciar muito da massagem tradicional.
A técnica proposta por Vodder preconiza a utilização de uma 
pressão suave, lenta e repetitiva, em que não há deslizamento do 
tecido tratado. Assim, todas as manobras são realizadas de proximal 
à distal e têm por objetivo ajudar no transporte e no escoamento da 
linfa. Por isso, foram desenvolvidas de maneira que permitam ma-
nipulá-la, respeitando a anatomia e a fisiologia do sistema linfático.
Nesse sentido, as manobras devem respeitar uma pressão de 
até 40 mmHg, pois a técnica de drenagem manual não pode cau-
sar compressão excessiva sobre os capilares linfáticos superficiais. 
Como não se deve movimentar o tecido corporal, a movimentação 
da linfa ocorre pela ação de empurrar e relaxar a rede linfática, por 
meio das manobras de evacuação e de captação.
A técnica da drenagem linfática manual evoluiu e alguns estudos 
mostram que a pressão exercida com as mãos irá variar de acordo 
com o caso apresentado pelo(a) paciente e nem sempre