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AUTORIZAÇÕES DE SAÍDA Permissão de saída Saída temporária A) PERMISSÃO DE SAÍDA (art. 120 da LEP) – condenado em regime fechado ou semiaberto e presos provisórios sairão, mediante escolta, em caso de: I) Falecimento ou doença grave do CADI II) Necessidade de tratamento médico III)DIRETOR autoriza B) SAÍDA TEMPORÁRIA (arts. 122/125 DA LEP) – para condenados em regime semiaberto, sem vigilância direta: I) Para visita à família; II) Frequência escolar na Comarca da Execução; III) Participação em atividade que concorra para o retorno ao convívio social; IV) Concedido pelo magistrado – 123 LEP; V) Até 05 (cinco) vezes por ano; até 07 (sete) dias cada – 124 LEP. VI) Hediondo com evento morte não terá direito (122, §2º) – 13.964/19!! B) SAÍDA TEMPORÁRIA (arts. 122/125 DA LEP) – para condenados em regime semiaberto Condições, entre outras que entender compatíveis com as circunstâncias do caso e a situação pessoal do condenado: I — fornecimento do endereço onde reside a família a ser visitada ou onde poderá ser encontrado durante o gozo do benefício; II — recolhimento à residência visitada, no período noturno; III — proibição de frequentar bares, casas noturnas e estabelecimentos congêneres (art. 124, § 1º). Requisitos: a) comportamento adequado; b) cumprimento de 1/6 da pena se o réu for primário e 1/4 se reincidente; c) compatibilida- de do benefício com os objetivos da pena (art. 123 da LEP). REMIÇÃO PENAL (art. 126 segs. da LEP) 1) Conceito: é a finalidade expressa de abreviar, pelo trabalho ou pelo estudo, parte do tempo de condenação para o regime fechado e semiaberto. 2) A contagem é feita (art. 126, § 1º da LEP – 7210/84): 3) Depende de declaração judicial, ouvidos o Ministério Público e a Defesa – art. 126, § 8º da LEP. 4) Em caso de falta grave perde-se 1/3 dos dias remidos – art. 127 da LEP (lei 12.433/2011). OBS: Remição Leitura – Recomendação 44 CNJ (26/11/03) – terá de 21 a 30 dias para leitura de uma obra + resenha que gera 4 dias de remição – até 12 obras/ano – até 48 dias de remição. a) Um dia de pena a cada 3 (três) de trabalho b) Um dia de pena a cada 12 horas de estudo Regime aberto – art. 36 do CP - Cumprido em casa do albergado ou estabelecimento adequado; - baseia-se no senso de autodisciplina e responsabilidade; - Deverá trabalhar, frequentar curso ou exercer outra atividade autorizada; - Recolhido durante o período noturno e nos dias de folga. Regime aberto Súmula Vinculante 56 do STF (2016): “A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS”. STJ 2009: prisão albergue domiciliar quando não houver casa do albergado. Audiência: juiz impõe as condições para aceitação; - Preso assina termo de compromisso. Condições obrigatórias (art. 115 da LEP): I - permanecer no local que for designado, durante o repouso e nos dias de folga; II - sair para o trabalho e retornar, nos horários fixados; III - não se ausentar da cidade onde reside, sem autorização judicial; IV - comparecer a Juízo, para informar e justificar as suas atividades, quando for determinado. Outras: a critério do juiz. Ex. proibição de frequentar determinados lugares, como bares. Súm,. 493 do STJ: “É inadmissível a fixação de pena substitutiva (art. 44 do CP) como condição especial do regime aberto”. Regime aberto Prisão albergue domiciliar – art. 117 da LEP I - condenado maior de 70 (setenta) anos; II - condenado acometido de doença grave; III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental; IV - condenada gestante. Dados de 2019 PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE – ART. 32/42 DO CP PROGRESSÃO E REGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL Requisitos: tempo de cumprimento de pena (art.112 LEP) mérito do condenado (bom comportamento) A) PROGRESSÃO DE REGIME: é a transferência do sentenciado ao regime menos rigoroso, após cumpridos os requisitos legais (objetivo e subjetivo) – art. 33, § 2º do CP. 1) Requisito objetivo (tempo de cumprimento de pena) – art. 112 da lei 7210/84 I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça; II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça; III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido com violência à pessoa ou grave ameaça; IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça; ... V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, se for primário; VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for: a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário, vedado o livramento condicional; b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada; VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado; VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equiparado com resultado morte, vedado o livramento condicional. PROGRESSÃO E REGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL 1) Requisito objetivo (tempo de cumprimento de pena) – art. 112 da lei 7210/84 § 3º No caso de mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência, os requisitos para progressão de regime são, cumulativamente: I - não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; II - não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente; III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior; IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento; V - não ter integrado organização criminosa. § 4º O cometimento de novo crime doloso ou falta grave implicará a revogação do benefício previsto no § 3º deste artigo. PROGRESSÃO E REGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL 1) Requisito objetivo (tempo de cumprimento de pena) – art. 112 da lei 7210/84 § 5º Não se considera hediondo ou equiparado, para os fins deste artigo, o crime de tráfico de drogas previsto no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. § 6º O cometimento de falta grave durante a execução da pena privativa de liberdade interrompe o prazo para a obtenção da progressão no regime de cumprimento da pena, caso em que o reinício da contagem do requisito objetivo terá como base a pena remanescente. 2) Requisito subjetivo - bom comportamento do condenado atestado pelo Diretor da unidade prisional – 112 da LEP (7210/84); - RESOLUÇÃO 144/2010 (RIP –Regimento Interno Padrão) -SAPSP http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11343.htm#art33§4 VEDAÇÃO DE PROGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL PROGRESSÃO E REGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL SÚMULAS - Súmula 431/STJ “A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional”. - Súmula 439/STJ “Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada”. - Súmula 491/STJ “é inadmissível a chamada progressão ‘per saltum’ de regime prisional”. PROGRESSÃO E REGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL SÚMULAS - Súmula Vinculante 26 STF: “Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico”. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE – ART. 32/42 DO CP PROGRESSÃO E REGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL Quem está cumprindo penaem regime fechado, se cometer falta grave? a contagem do prazo para a progressão deve reiniciar-se, devendo contar a porcentagem a contar da última falta grave cometida. A nova contagem deve ser feita sob o restante da pena. Ausência de vagas no semiaberto: Aplica-se a Súm. Vinculante 56. Progressão para o regime aberto: Art. 114 (LEP). Somente poderá ingressar no regime aberto o condenado que: I - estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-lo imediatamente; II - apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos exames a que foi submetido, fundados indícios de que irá ajustar-se, com autodisciplina e senso de responsabilidade, ao novo regime. Crimes contra a administração pública: + reparação do dano causado ou a devolução do produto do ilícito praticado (art. 33, § 4º, CP). B) REGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL – ART. 118 DA LEP (7210/84) I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave; Súm. 526, STJ: “o reconhecimento de falta grave decorrente do cometimento de crime definido como crime doloso ... Prescinde do trânsito em julgado de sentença penal condenatória no processo penal...” B) REGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL – ART. 118 DA LEP (7210/84) II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime (artigo 111). III – cometer falta grave (art. 50 da LEP). B) REGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL – ART. 118 DA LEP (7210/84) Obs. - É possível a regressão por salto. - O condenado pode regredir para regime mais gravoso que o imposto na sentença. - No regime aberto, regride se praticar fato definido como crime doloso ou frustrar os fins da execução (“se não pagar a multa aplicada” está revogado) – art. 36, § 2º, CP. - É possível o monitoramento eletrônico – art. 146-C da LEP. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE – ART. 32/42 DO CP PROGRESSÃO E REGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL PROGRESSÃO NA EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA (antes do trânsito em julgado) Súm. 716 e 717 do STF. Resolução n. 19 do Conselho Nacional de Justiça dispõe que “a guia de recolhimento provisório será expedida quando da prolação da sentença ou acórdão condenatório, ressalvada a hipótese de possibilidade de interposição de recurso com efeito suspensivo por parte do Ministério Público, devendo ser prontamente remetida ao Juízo da Execução Criminal”. STF: a) a decisão tiver transitado em julgado para o Ministério Público no que diz respeito ao montante da pena privativa de liberdade aplicada. b) o preso já tiver cumprido 16% da pena máxima prevista para o delito (crime comum cometido sem violência ou grave ameaça e condenado primário — art. 112, I, da LEP), ainda que haja recurso do Ministério Público visando aumentar a pena fixada na sentença.