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Escola Estadual Honorato Filgueiras
Disciplina: Geografia – Aldo Rodrigues. 
2º Ano do Ensino Médio/2024.
Turmas: 201/202/203/204 - manhã e tarde.
“O Processo de Urbanização do Espaço Mundial 
e Brasileiro”
O processo de Urbanização Mundial e no Brasil
URBANIZAÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL E BRASILEIRO
• A urbanização deve ser entendida como um processo que resulta em especial da
transferência de pessoas do campo para a cidade, ou seja, crescimento da
população urbana em decorrência do êxodo rural. Um espaço pode ser
considerado urbanizado, a partir do momento em que o percentual de população
urbana for superior a rural.
• Sendo assim, podemos dizer que hoje o espaço mundial é predominantemente
urbano (cerca de 58% da população mundial vive em cidades). Mas isso não foi
sempre assim, durante muito tempo à população rural foi superior a urbana, essa
mudança se deve em especial, ao processo de industrialização iniciado no século
XVIII, que impulsionou o êxodo rural nos locais em que se deu, primeiramente na
Inglaterra, que foi o primeiro pais a se industrializar, e depois se expandiu para
outros países, como os EUA, França, Alemanha, etc., a maioria desses países hoje
já são urbanizados.
• Nos países subdesenvolvidos de industrialização tardia, esse processo só começou
no século XX, em especial a partir da 2ª Guerra Mundial, e tem se dado até hoje
de forma muito acelerada, o que tem se configurado como uma urbanização
anômala trazendo uma série de conseqüências indesejadas para o espaço urbano
desses países. Atualmente até mesmo os países de industrialização inexpressiva
vivem um intenso movimento de urbanização, é o que ocorre em países africanos
como a Nigéria.
Mapa mental sobre Urbanização
Processo de Urbanização
FATORES QUE CONTRIBUEM COM O ÊXODO RURAL
• Existem dois tipos de fatores que contribuem com o êxodo
rural, são eles:
• a) Repulsivos: são aqueles que expulsam o homem do
campo, como a concentração de terras, mecanização da
lavoura e a falta de apoio governamental.
• b) Atrativos: são aqueles que atraem o homem do campo
para as cidades, como a expectativa de emprego, melhores
condições de saúde, educação, etc.
• Em países subdesenvolvidos como o Brasil, os fatores
repulsivos costumam predominar sobre os atrativos,
fazendo com que milhares de trabalhadores rurais tenham
que deixar o campo em direção das cidades, o que em geral
contribui com o aumento dos problemas urbanos na
medida em que as cidades não têm estrutura suficiente
para receber esses trabalhadores, com isso proliferam-se as
favelas, aumenta a violência, faltam empregos, dentre
outros problemas.
DIFERENÇAS NO PROCESSO DE URBANIZAÇÃO
• Existem diferenças fundamentais no processo de urbanização de países
desenvolvidos e subdesenvolvidos, abaixo estão relacionadas algumas delas
• a) Desenvolvidos:
• · Urbanização mais antiga ligada em geral a primeira e Segunda revoluções
industriais;
• · Urbanização mais lenta e num período de tempo mais longo, o que
possibilitou ao espaço urbano se estruturar melhor;
• · Formação de uma rede urbana mais densa e interligada.
• b) Subdesenvolvidos:
• · Urbanização mais recente, em especial após a 2ª Guerra mundial;
• · Urbanização acelerada e direcionada em muitos momentos para um número
reduzido de cidades, o que gerou em alguns países a chamada macrocefalia
urbana";
• · Existência de uma rede urbana bastante rarefeita e incompleta na maioria
dos países.
• Obs. Nas metrópoles dos países desenvolvidos os problemas urbanos como
violência, transito caótico, etc., também estão presentes.
AGLOMERAÇÕES URBANAS
• A expansão da urbanização gerou o aparecimento de várias modalidades de
aglomerações urbanas, além de termos que cada vez mais fazem parte de nosso
cotidiano, abaixo definiremos algumas dessas modalidades e termos:
• a) Rede urbana: Segundo Moreira e Sene (2002), "a rede urbana é formada
pelo sistema de cidades, no território de cada país, interligadas umas as outras
através dos sistemas de transportes e de comunicações, pelos quais fluem pessoas,
mercadorias, informações, etc." Nos países desenvolvidos devido a maior
complexidade da economia a rede urbana é mais densa.
• b) Hierarquia urbana: Corresponde a influência que exercem as cidades
maiores sobre as menores. O IBGE identifica no Brasil a seguinte hierarquia
urbana: metrópole nacional, metrópole regional, centro submetropolitano, capital
regional e centros locais.
• c) Conurbação: Corresponde ao encontro ou junção entre duas ou mais cidades
em virtude de seu crescimento horizontal. Em geral esse processo dá origem a
formação de regiões metropolitanas.
• d) Metrópole: Segundo Coelho e Terra (2001), metrópole seria à cidade
principal ou cidade-mãe, isto é, a cidade que possui os melhores equipamentos
urbanos do país (metrópole nacional), ou de uma grande região do país (metrópole
regional)". No Brasil cidades como São Paulo e Rio de Janeiro são metrópoles
nacionais, e Belém, Manaus, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador,
Recife e Fortaleza são metrópoles regionais.
• e) Região metropolitana: Corresponde ao conjunto de municípios conurbados a uma
metrópole e que desfrutam de infra-estrutura e serviços em comum.
• f) Megalópole: Corresponde a conurbação entre duas ou mais metrópoles ou regiões
metropolitanas. As principais megalópoles do mundo encontram-se em países
desenvolvidos como é o caso da Boswash, localizada no nordeste dos EUA, e que tem
como principal cidade Nova Iorque; San San, localizada na costa oeste dos EUA, tendo
como principal cidade Los Angeles; Chippits, localizada nos grandes lagos nos EUA;
Tokaido, localizada no Japão; e a megalópole européia que inclui áreas de vários países.
No Brasil temos a megalópole Rio-São Paulo, localizada no sudeste brasileiro, no vale do
Paraíba, incluíndo municípios da região metropolitana das duas grandes cidades, o elo
de ligação dessa megalópole é a Via Dutra, estrada que interliga as duas cidades
principais.
g) Megacidade: Corresponde ao centro urbano com mais de dez milhões de habitantes.
Hoje em torno de 21 cidades do mundo podem ser consideradas megacidades, dessas
17 estão em países subdesenvolvidos. No Brasil São Paulo e Rio de Janeiro estão nessa
categoria.
• h) Técnopolo: Corresponde a uma cidade tecnológica, ou seja, locais onde se
desenvolvem pesquisas de ponta. Como exemplo temos o Vale do Silício na costa oeste
dos EUA; Tsukuba, cidade japonesa, dentre outras. No Brasil, temos alguns técnopolos
localizados em especial no estado de São Paulo, como Campinas (UNICAMP), São Carlos
(UFSCAR), e a própria capital (USP, etc.).
• i) Cidade global: são as cidades que polarizam o país todo e servem de elo de
ligação entre o país e o resto do mundo, possuem o melhor equipamento urbano do
país, além de concentrarem as sedes das instituições que controlam as redes mundiais,
como bolsas de valores, corporações bancárias e industriais, companhias de comércio
exterior, empresas de serviços financeiros, agências públicas internacionais. As cidades
mundiais estão mais associadas ao mercado mundial do que a economia nacional.
Metrópole paulistana
Imagens de satélite da Grande São Paulo
Região Metropolitana de Belém
Megalopole em formação: Rio de Janeiro-São Paulo
• Atualmente é impossível imaginar a RMSP e a RMRJ de forma totalmente isolada, isso 
porque a reestruturação produtiva dessas duas regiões levou muitas empresas a 
abandonarem essas RM´s em favor de novas localidades que se encontram 
justamente entre essas duas áreas metropolitanas. Logo, o mercado vem se 
encarregando de conurbar essas duas RM´S. 
Tal fato pode ser comprovado pelo fato dessas RM´s terem perdido a atratividade 
industrial em favor dos municipios que estão em seus arredores já que os mesmos 
oferecem condições ideais para o desenvolvimento industrial já que podem oferecer 
condições de custo muito menores e além disso estão perto da infra-estrutura pré-
existente nas RM´s em questão.
Segundo um paper do Instituto de Economia da UFRJ a megalópolebrasileira é 
formada por 232 municipios pertencentes aos estados de RJ,SP e MG. Conforme 
alguns dados do IBGE essa pequena região tem uma população estimada para 2007 
de 41,7 milhões, o que representa 23% da população brasileira, além disso a 
densidade demográfica dessa região é 22 vezes maior que a média brasileira, 96% da 
população reside em áreas urbanas e no Brasil a taxa de urbanização é de 81%, a 
renda média domiciliar é de R$460 cerca de 55% maior que a média brasileira. Apesar 
desses dados, esta pequena região também apresenta a maior concentração de 
indigentes e pobres do país cerca 12,5%.
• A megalópole contempla as seguintes regiões:
• RMRJ,RMSP,Região Serrana do RJ,Vale do Paraiba-RJ e SP, RM de Campinas, Zona 
da Mata-MG,Baixa Santista,Jundiai,Costa Verde-RJ,Baixa Litoranea-RJ e Norte 
Fluminense totalizando 232 municipios.
-No eixo Rio-São Paulo está localizado as principais instituições ligadas a pesquisa, 
bem como as principais universidades do país. 
IPEA,FGV,IME,ITA,USP,UFRJ,UNICAMP,INPE,IPEN e etc...
-Em termos de ativos produtivos temos que a produção industrial representa 41% 
da produção nacional, 33% do setor de serviços, a agropecuaria não é muito 
significativa na região devido ao alto grau de urbanização.
-Além disso boa parte dos ativos culturais do país estão concentrados nessa 
região.
-No quesito Infra-estrutura:
1)Epicentro da navegação áerea nacional, cerca de 50% dos passageiros do país 
trafegam nessa região.
2)7 portos, 365 estações ferroviárias, vasta rede rodoviária.
A partir desses dados podemos concluir que esta região é a mais propícia para a 
inserção competitiva do Brasil na economia global.
Megalópole São Paulo-Rio
Megalópole São Paulo-Rio
São Paulo
Boswash
EUA a noite
• j) Desmetropolização: Processo recente associado à diminuição dos fluxos migratórios
em direção das metrópoles. Esse processo se deve em especial a chamada
desconcentração produtiva, que faz com que empresas em especial industrias, se
retirem dos grandes centros onde os custos de produção são maiores, e se dirijam para
cidades de porte médio e pequeno, onde é mais barato produzir, em função de vários
fatores como, por exemplo, os incentivos fiscais. Hoje no Brasil cidades como Rio de
Janeiro ou São Paulo não são mais aquelas que recebem os maiores fluxos de
migrantes, mas sim regiões como interior paulista, o sul do país ou até mesmo o
nordeste brasileiro.
• k) Verticalização: Processo de crescimento urbano que se manifesta através da
proliferação de edifícios. A verticalização demonstra valorização do solo urbano, ou
seja, quanto mais verticalizado, mais valorizado.
• l) Especulação imobiliária: Os especuladores imobiliários são aqueles proprietários de
terrenos baldios no espaço urbano que deixam estes espaços desocupados a espera de
valorização. Uma das conseqüências da especulação é a falta de moradias em locais
mais bem localizados, fazendo com que as populações de mais baixa renda tenham que
viver em áreas distantes do centro (crescimento horizontal), ou em favelas.
• m) Condomínios de luxo e favelas: os dois estão aqui juntos, pois são fruto da
segregação social e econômica que se vive nas cidades, sendo eles o reflexo espacial
dessas. Os condomínios são áreas fechadas muito protegidas e bem estruturadas, onde
em geral mora a elite; as favelas são áreas sem infra-estrutura adequada e com graves
problemas como o tráfico de drogas, onde grande parte da população está
desempregada, e a maioria dela é pobre.
TIPOS DE CIDADES
• As cidades podem ser classificadas da seguinte forma:
• a) Quanto ao sítio: sítio urbano refere-se ao local no qual
está superposta a cidade, sendo assim a classificação
quanto ao sítio leva em consideração a questão
topográfica. Como exemplo temos: cidades onde o sítio é
uma planície, um planalto, uma montanha, etc.
• b) Quanto à situação: situação urbana corresponde à
posição que ocupa a cidade em relação aos fatores
geográficos. Como exemplo temos: cidades fluviais,
marítimas, entre o litoral e o interior, etc.
• c) Quanto à função: função corresponde à atividade
principal desenvolvida na cidade. Como exemplo temos:
cidades industriais, comerciais, turísticas, portuárias, etc.
• d) Quanto à origem: pode ser classificada de duas formas:
planejada e espontânea. Como exemplo temos: Brasília,
cidade planejada e Belém, cidade espontânea.
URBANIZAÇÃO E METROPOLIZAÇÃO NO BRASIL
• As metrópoles são as maiores e mais bem equipadas cidades de um país.
• No Brasil, desenvolveu-se uma urbanização concentradora, isto é, que forma grandes
cidades e metrópoles. Em 1950, só existiam duas cidades com população acima de 1 milhão
de habitantes: Rio de Janeiro e São Paulo. Em 2000, ambas apresentam mais de 5 milhões
de habitantes, e 13 municípios passaram a contar com população urbana superior a 1
milhão de habitantes.
Em 1950, São Paulo não se incluía entre as 20 cidades mais populosas do mundo. No ano
2015, segundo estimativas da ONU, a região metropolitana de São Paulo, com 20,3 milhões
de habitantes, será a quarta maior aglomeração urbana no mundo, antecedida por Tóquio,
no Japão (28,9 milhões), Bombaim, na Índia (26,3 milhões) e Lagos, na Nigéria (24,6
milhões). Ela é a metrópole que melhor reflete o caráter concentrador da urbanização no
País.
O censo de 2000 mostrou que a população brasileira ainda se concentra nas grandes
cidades e nas metrópoles. Em 1970, as regiões metropolitanas reuniam 24,3 milhões de
pessoas; em 2000, passaram a contar com 67,8 milhões de pessoas, ou seja, esta população
quase que triplicou em três décadas, representando 40,0% do total do País.
No entanto a população das capitais estaduais vem crescendo mais lentamente do que a do
País. Este é um dado recente e importante, porque as grandes cidades ficam um pouco
mais aliviadas dos problemas gerados pelo excesso de população.
REDE E HIERARQUIA URBANAS
• O processo de urbanização compõe a chamada
rede urbana, um conjunto integrado ou
articulado de cidades em que se observam a
influência e a liderança das maiores metrópoles
sobre as menores (centros locais). A hierarquia
urbana é estabelecida na capacidade de alguns
centros urbanos de liderar e influenciar outros
por meio da oferta de bens e serviços à
população. Pode ser uma metrópole nacional (se
influencia todo o território nacional) ou uma
metrópole regional (se influencia certa porção ou
região do País).
O ESPAÇO URBANO: PROBLEMAS E REFORMA
• De um lado, há a cidade formal, na maior parte das
vezes bem planejada, com bairros ricos, ruas
arborizadas, avenidas largas, privilegiada por
equipamentos e serviços. Contrasta, de outro lado,
com a cidade informal, composta pela periferia pobre,
pelos subúrbios, pelas favelas, com ruas estreitas, sem
planejamento, pela ocupação desordenada e sem
infra-estrutura adequada.
Na cidade informal ou “oculta”, concentram-se os
problemas urbanos, e sua população engrossa as
estatísticas dos desempregados, dos subempregados,
da violência. A cidade formal, preocupada com a
violência, cerca-se de muros, guaritas, equipamentos
de segurança (alarme, interfones, câmeras),
acentuando a segregação espacial.
Urbanização do Brasil
• O processo de urbanização no Brasil vincula-se a transformações sociais que vêm
mobilizando a população dos espaços rurais e incorporando-a à economia urbana,
bem como aos padrões de sociabilidade e cultura da cidade. A inserção no
mercado de trabalho capitalista e a busca por estratégias de sobrevivência e
mobilidade social implicam na instalação em centros urbanos e em uma
mobilidade espacial constantemente reiterada, que se desenrola no espaço da
cidade ou tem nela sua base principal.
A maioria dos brasileiros vivem em cidades. Isso significa que pouco resta da
sociedade rural que caracterizava o país nos anos 1940, quando cerca de 70% da
população brasileira morava no campo.
• O processo de urbanização no Brasil difere do europeu pela rapidez de seu
crescimento. Ao passo em que na Europa esse processo começou noséculo 18,
impulsionado pela Revolução Industrial, em nosso país ele só se acentuou a partir
de 1950, com a intensificação da industrialização.
O êxodo rural aumentou na década de 70 do século 20, com a cidade de São Paulo
assumindo a posição de principal pólo de atração. Por conta desse crescimento
descontrolado nos últimos 30 anos, 40 municípios que envolvem a capital paulista
estão fisicamente unidos, formando uma mancha demográfica chamada
conurbação.
http://www.passeiweb.com/saiba_mais/fatos_historicos/geral/revolucao_industrial
Favelização e outros problemas da urbanização
Ao crescimento e proliferação das favelas em quantidade e em população,
eventualmente associado à transferência da população local de moradias
legalizadas para conjuntos urbanos irregulares, dá-se o nome de favelização.
Cabe notar, no entanto, que a definição de "favelização" depende da própria
definição do fenômeno conhecido como favela: se este for considerado
apenas como uma área urbana desenvolvida a partir de invasão de terrenos
particulares, o termo "favelização" passaria a indicar um aumento da
irregularidade na propriedade do solo urbano, mas não indica
necessariamente a qualidade de tais moradias. Se, no entanto, o termo
"favela" for entendido como qualquer tecido urbano que, independente de
sua condição fundiária, apresenta condições precárias de qualidade de vida, a
favelização corresponderia, portanto, a uma diminuição generalizada da
qualidade de vida urbana.
A urbanização desordenada, que pega os municípios despreparados para
atender às necessidades básicas dos migrantes, causa uma série de problemas
sociais e ambientais. Dentre eles destacam-se o desemprego, a criminalidade,
a favelização e a poluição do ar e da água. Em todo o mundo mais de 1 bilhão
de pessoas vivem em favelas e áreas invadidas.
Histórico da urbanização brasileira
• Na segunda metade do século 19, a cafeicultura - que transformou definitivamente o
Sudeste na principal região econômica do país - ajudou a promover a urbanização do Rio de
Janeiro e de São Paulo e deu início a um pequeno processo de industrialização no país.
Foi somente durantes os governos de Getúlio Vargas (1930-1945) que se promoveram as
primeiras medidas para se industrializar significativamente o país, o que deslocaria o eixo
populacional do país do campo para a cidade. A implantação da indústria automobilística no
governo de Juscelino Kubitschek (1955-1960) deu novo impulso ao processo.
Vemos que a característica exportadora da agricultura brasileira originou consigo uma onda
de desenvolvimento também para as incipientes cidades. À medida que a exportação de
café aumenta, a receita aumenta, possibilitando ao governo estadual empreendimentos
para a agricultura, que favorecem também o desenvolvimento industrial, facilitando,
inclusive, a imigração” (para que fossem ocupados postos na indústria e também em
algumas lavouras especificas), sem contar, ainda, a construção de estradas de ferro. É na
dependência das lavouras, como já citamos anteriormente, que as cidades crescem e se
desenvolvem. Instalam-se bancos, para financiar os cafezais, necessita-se também de
produção para a nova sociedade, voltada para o mercado interno. A industrialização é
acelerada pelo êxodo rural que se torna mais intenso, como já citado, a partir da década de
1930, baseado, principalmente, por dois fatores:
1. aumento da produtividade do trabalhador e
2. integração daagropecuária à indústria
http://www.passeiweb.com/saiba_mais/biografias/g/getulio_vargas
http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/historia/historia_do_brasil/os_anos_de_jk/os_anos_jk
http://www.passeiweb.com/saiba_mais/biografias/j/juscelino_kubitschek
Indústria e cidade
• As cidades ofereciam oportunidades de trabalho e de melhoria da qualidade de
vida, atraindo a população do campo, onde novas técnicas agrícolas e a
mecanização da agricultura tornavam cada vez menor a necessidade de mão de
obra.
• A aceleração da urbanização no Brasil é intensificada no governo de Getúlio
Vargas, cujas ações políticas visavam à modernização do país com medidas sociais
e econômicas, baseadas, principalmente, em maciços investimentos na
industrialização. Junte-se a isso a fase da explosão demográfica, entre os anos de
1940 a 1970. Tais processos aliados intensificaram o ritmo de crescimento urbano.
Só para se ter uma idéia da rápida urbanização, no sentido histórico, em 1860, São
Paulo ainda era uma cidade modesta, com 15.200 habitantes, dos quais 46% ainda
viviam na região rural do município; diferente da cidade do Rio de Janeiro, com
agricultura nos municípios circunvizinhos. Uma das características marcantes da
urbanização brasileira é a chamada macrocefalia, ou seja, o crescimento acelerado
dos grandes centros urbanos e a diminuição progressiva da população relativa das
pequenas cidades.
• Além disso, existia, principalmente nesse momento de explosão demográfica, uma grande
falácia na mente das pessoas de outras regiões que a cidade grande poderia gerar melhor
condição de emprego e renda para todos. Temos, dessa forma, uma decepção e
conseqüente conformação com a situação de exclusão. Como nos demais países da
América Latina, o crescimento demográfico não foi acompanhado do correspondente
crescimento econômico. Não houve, por exemplo, um processo simultâneo de
desenvolvimento e geração de empregos e de mudanças estruturais para absorver os
contingentes da população e a ausência de reformas sociais, tanto no campo, quanto na
cidade tem agravado os problemas destas últimas, expandindo suas mazelas até mesmo
para aquelas de pequeno porte. A rapidez com que as cidades se formaram e cresceram
tornaram a vida cada vez mais difícil e selvagem no âmbito social. Na segunda metade do
século XX, o número de pessoas nos centros urbanos mais que duplicou e, em decorrência
disso, as demandas por infra-estrutura, moradia, transporte, também cresceram
consideravelmente, muito mais a que a capacidade atual das cidades atenderem-nas. As
cidades multiplicaram-se de forma nunca ocorrida anteriormente, em número, tamanho da
população áreas ocupadas, e complexidade dos impactos sobre os locais onde elas vieram a
se assentar. Nessas condições, encontramos campo para a discussão da viabilidade dessas
cidades que são verdadeiros contínuos de terra ocupada por bolsões cada vez maiores de
pobreza.
A industrialização teve continuidade durante cerca de 21 anos do Regime militar (1964-
1985), o qual procurou atrair investimentos estrangeiros para o país, ao mesmo tempo que
fez o Estado assumir atividades empresariais. Sendo uma decorrência da industrialização, a
urbanização do país se deu nesse período histórico breve e recente.
http://www.passeiweb.com/saiba_mais/fatos_historicos/brasil_america/ditadura_militar
Problemas Ambientais e Sociais Decorrentes da Urbanização
O processo de urbanização ocorreu de forma significativa primeiramente nos
países do continente europeu, com o surgimento e desenvolvimento das
indústrias durante o século XVIII. A partir de 1950, esse processo tomou
proporções em escala global. As atividades industriais se expandiram por
vários países, atraindo cada vez mais pessoas para as cidades.
Porém, a urbanização sem um devido planejamento tem como consequência
vários problemas de ordem ambiental e social. O inchaço das cidades,
provocado pelo acúmulo de pessoas, e a falta de uma infra-estrutura adequada
gera transtornos para a população urbana.
Impactos significativos no ambiente ocorrem em razão dos moldes de
produção e consumo nos espaços urbanizados. Poluições, engarrafamentos,
violência, desemprego, etc., são aspectos comuns nas cidades.
A poluição das águas é causada principalmente pelo lançamento de efluentes
indústrias e domésticos sem um devido tratamento. A poluição atmosférica é
um grande problema detectado nas cidades, isso ocorre devido ao lançamento
de gases tóxicos na atmosfera.
O intenso fluxo de automóveis e as indústrias são os principais responsáveis
por esse tipo de poluição. Outrosproblemas ambientais decorrentes da
urbanização são: impermeabilização do solo, poluição visual, poluição sonora,
alterações climáticas, efeito estufa, chuva ácida, ausência de saneamento
ambiental, destinação e tratamento dos resíduos sólidos, entre outros.
A falta de um planejamento urbano eficaz compromete a qualidade de vida
da população urbana. O crescimento desordenado das cidades gera a ocupação
de locais inadequados para moradia, como áreas de elevada declividade,
fundos de vale, entre outras.
As cidades industrializadas exercem grande fator atrativo para parte da
população, isso desencadeia fluxos migratórios com destino para essas cidades.
Entretanto, parte dessa população não possui qualificação profissional exigida
pelo mercado de trabalho cada vez mais competitivo. Com isso, se intensificam
atividades como as desenvolvidas por vendedores ambulantes, coletores de
materiais recicláveis, flanelinhas, além da população em situação de rua, pois
algumas pessoas não conseguem obter renda suficiente para financiar locais
adequados para a habitação.
Políticas públicas devem ser desenvolvidas para proporcionar qualidade de
vida e, principalmente, dignidade para os cidadãos, além de reduzir as
desigualdades sociais, evitando assim a degradação do ser humano.
	Slide 1
	Slide 2: O processo de Urbanização Mundial e no Brasil 
	Slide 3: URBANIZAÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL E BRASILEIRO 
	Slide 4: Mapa mental sobre Urbanização
	Slide 5: Processo de Urbanização
	Slide 6: FATORES QUE CONTRIBUEM COM O ÊXODO RURAL 
	Slide 7: DIFERENÇAS NO PROCESSO DE URBANIZAÇÃO 
	Slide 8: AGLOMERAÇÕES URBANAS 
	Slide 9
	Slide 10: Metrópole paulistana
	Slide 11: Imagens de satélite da Grande São Paulo
	Slide 12: Região Metropolitana de Belém
	Slide 13
	Slide 14: Megalopole em formação: Rio de Janeiro-São Paulo 
	Slide 15
	Slide 16: Megalópole São Paulo-Rio
	Slide 17: Megalópole São Paulo-Rio
	Slide 18: São Paulo
	Slide 19: Boswash
	Slide 20
	Slide 21: EUA a noite
	Slide 22
	Slide 23: TIPOS DE CIDADES 
	Slide 24: URBANIZAÇÃO E METROPOLIZAÇÃO NO BRASIL 
	Slide 25: REDE E HIERARQUIA URBANAS 
	Slide 26: O ESPAÇO URBANO: PROBLEMAS E REFORMA 
	Slide 27: Urbanização do Brasil 
	Slide 28: Favelização e outros problemas da urbanização 
	Slide 29: Histórico da urbanização brasileira 
	Slide 30: Indústria e cidade
	Slide 31
	Slide 32: Problemas Ambientais e Sociais Decorrentes da Urbanização  
	Slide 33

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