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ANÁLISE NUTRICIONAL NO 
ADULTO E INDICADORES 
QUÍMICOS E BIOLÓGICOS
- -2
Introdução
Você está na unidade Análise nutricional no adulto e
. Conheça aqui asindicadores químicos e biológicos 
metodologias empregadas na avaliação do estado
nutricional de adultos.
Aprenda sobre a avaliação semiológica nutricional com a
realização da anamnese nutricional e exame físico, os
indicadores químicos e bioquímicos do estado nutricional,
bem como a realização do diagnóstico nutricional com
base nos dados coletados.
Bons estudos!
3.1 Métodos avaliativos do adulto
A envolve quatro parâmetros: a avaliação antropométrica, a avaliação doavaliação do estado nutricional
consumo alimentar com base nos inquéritos alimentares, a avaliação bioquímica e a avaliação clínica. Para
um bom diagnóstico nutricional, é essencial que a avaliação envolva todos esses parâmetros, uma vez que um
método isolado não é capaz de predizer a condição nutricional do indivíduo.
3.1.1 Avaliação antropométrica
A avaliação do estado nutricional com base nas tem sido cada vez mais utilizada emedidas antropométricas
validada. Trata-se de um método rápido e de baixo custo que tem como objetivo avaliar alterações na
composição corporal, mais especificamente, avaliar a distribuição de massa magra e massa adiposa. Na fase
adulta, as principais medidas antropométricas utilizadas são o peso, estatura, circunferências corporais e
dobras cutâneas.
A metodologia detalhada da realização das técnicas antropométricas está demonstrada ao longo desta
disciplina.
- -3
3.1.2 Avaliação do consumo alimentar
A escolha do melhor método de com base no inquérito alimentar dependeavaliação do consumo alimentar 
muito do objetivo da investigação. A avaliação pode ter metas quantitativas, qualitativas, semiquantitativas ou
ainda destinada à avaliação de grupos de alimentos ou nutrientes específicos.
A abordagem detalhada dos será vista ao longo da disciplina. A saber, a avaliaçãoinquéritos alimentares
pode ser realizada por meio do recordatório alimentar, da história alimentar, do registro alimentar estimado e
pesado ou, ainda, por meio de questionário de frequência de consumo alimentar.
3.1.3 Avaliação bioquímica
A principal vantagem de se utilizar na avaliação nutricional é a detecção precoce dedados bioquímicos
deficiências nutricionais. No geral, alterações bioquímicas aparecem antes das manifestações clínicas das
deficiências nutricionais. É preciso cautela na interpretação dos resultados de exames bioquímicos, uma vez
que estes sofrem influências de outras condições de saúde do indivíduo ou ingestão de medicamentos.
As principais avaliações bioquímicas realizadas no adulto são a avaliação das proteínas plasmáticas e a
competência imunológica, as quais possuem relação direta com o estado nutricional.
3.1.4 Avaliação Clínica
A engloba o conhecimento da história do indivíduo por meio da avaliação clínica anamnese e avaliação de
 de distúrbios nutricionais por meio do exame físico. O exame físico fornece evidências desinais e sintomas
carências nutricionais, no entanto em um estágio já avançado.
3.2 Avaliação do estado nutricional do adulto
A avaliação do estado nutricional no indivíduo adulto tem como principal objetivo a identificação de distúrbios e
situações que o colocam em uma situação de , bem como a gravidade destes e, com baserisco nutricional
nisso, traçar objetivos e um plano de intervenção que possibilitem a recuperação ou manutenção de um
adequado quadro de saúde.
Nesta unidade, você aprenderá os métodos de avaliação do estado nutricional do adulto, mais
especificamente, a avaliação da composição corporal, e como utilizá-los na prática diária do nutricionista.
- -4
3.2.1 Índice de massa corporal
O é um dos principais indicadores utilizados na avaliação de adultos,Índice de Massa Corporal (IMC)
especialmente para avaliação de sobrepeso e obesidade, independente do sexo. Pode ser obtido com base
nas medidas de peso e estatura utilizando a equação IMC = peso (Kg)/ estatura (m)2.
Não deve ser usado como um indicador isolado do estado nutricional, uma vez que apresenta algumas
limitações na interpretação dos resultados. Indivíduos com alterações no seu estado de hidratação, ou seja,
apresentando edemas e/ou ascites terão os valores de IMC erroneamente calculados. Da mesma maneira,
uma vez que o IMC não é capaz de distinguir os compartimentos corporais, indivíduos com alto percentual de
massa muscular poderão ser equivocadamente classificados como sobrepeso. Ainda, esse método possui
baixa sensibilidade na avaliação de indivíduos com estatura inferior a 1,50 m (WIDTH; REINHARD, 2012).
3.2.2 Circunferências e dobras cutâneas
Na avaliação do estado nutricional, é importante a avaliação não somente da adiposidade corporal, mas
principalmente da distribuição dessa gordura no corpo, além dos níveis de massa muscular. Nesse sentido, na
avaliação nutricional de adultos, as medidas de são amplamentecircunferências e dobras cutâneas
utilizadas. A combinação das duas variáveis são indicadores de estado nutricional, tomando-se por base
fórmulas específicas que variam de acordo com gênero e idade.
Circunferência da cintura e relação cintura/quadril
Outro indicador utilizado na avaliação antropométrica de adultos é a com arelação cintura/quadril (RCQ)
intenção de avaliar adiposidade abdominal e os riscos de doenças associadas. O acúmulo de gordura
abdominal, representado principalmente pela adiposidade visceral, é um forte preditor de morbimortalidade,
especialmente doenças cardiovasculares e metabólicas (CUPPARI, 2005). De acordo com a Organização
Mundial da Saúde, os pontos de corte para sãocircunferência da cintura e o risco de doenças associadas
os demonstrados na tabela abaixo.
Tabela 1 - Circunferência da cintura e risco de doenças metabólicas associadas
Fonte: Cuppari, 2005.
# : na tabela, há três colunas e três linhas, em que estão demonstrados os pontos de corte para aPraCegoVer
circunferência da cintura de homens e mulheres em predizer risco elevado e muito elevado de complicações
metabólicas.
Já para a RCQ, os pontos de corte são >0,9 para homens e >0,85 para mulheres (VITOLO, 2005).
Circunferência do braço
- -5
Não distingue os compartimentos corporais. É uma medida que expressa o somatório do tecido ósseo,
adiposo e muscular do braço. Normalmente é utilizada em conjunto com a prega cutânea tricipital (PCT) para o
cálculo da circunferência muscular do braço (CMB) e área muscular do braço (AMB), que fornecem valores
estimados de massa muscular.
Dobra cutânea tricipital
É a mais utilizada na prática clínica da avaliação nutricional de adultos. A avaliação com basedobra cutânea
em sua medida isolada é feita comparando aos valores de referências estabelecidos por Frisancho (CUPPARI,
2005). A avaliação das dobras cutâneas apresenta limitações no uso em pacientes com obesidade mórbida ou
com edema.
3.2.3 Avaliação da composição corporal
A massa corporal total pode ser dividida basicamente em dois compartimentos: a e a massa magra massa
. A massa magra é constituída de proteínas, água intra e extracelular e conteúdo ósseo (CUPPARI,gorda
2005). Mais importante que a avaliação do volume corporal, é a mensuração da distribuição desses dois
compartimentos corporais. A avaliação e acompanhamento da composição corporal tem como principal
objetivo a detecção de anormalidades nutricionais e riscos à saúde decorrentes do excesso ou carência de
massa adiposa e depleção muscular.
Os métodos utilizados para a podem ser divididos em diretos, indiretos eavaliação da composição corporal
duplamente indiretos.
O faz a mensuração direta do compartimento corporal de interesse sem medidasmétodo direto
intermediárias, utilizando métodos invasivos ao corpo humano. A única técnica considerada integralmente
direta é a dissecação de cadáver que analisa anatomicamente e quimicamente os tecidos corporais (LOPES;
RIBEIRO, 2014).
Os utilizam princípios químicos e físicosque, de modo indireto, mensuram as quantidadesmétodos indiretos
de tecido adiposo e muscular. A pesagem hidrostática ou pesagem subaquática é o método de referência.
Baseia-se no Princípio de Arquimedes, em que um corpo quando mergulhado em água desloca um volume de
água igual ao seu próprio volume. Nesse método, o volume corporal é definido pela diferença entre o peso
corporal aferido e a medição do corpo submerso em água. Como exemplos de métodos indiretos, pode-se
citar também a DEXA, a tomografia computadorizada, a ressonância magnética, o conteúdo de potássio
corporal e a excreção urinária de creatina (CUPPARI, 2005; LOPES; RIBEIRO, 2014).
Os são métodos validados com base nos métodos indiretos. Na práticamétodos duplamente indiretos
clínica, os mais utilizados são a antropometria e a impedância bioelétrica.
A avaliação da composição corporal objetiva a identificação de riscos à saúde relacionados à depleção de
massa muscular ou excesso de reserva adiposa, além de ser um instrumento para o monitoramento de
alterações corporais causados por algumas doenças; planejamento dietético e avaliação da eficácia de
intervenções nutricionais.
- -6
No quadro abaixo, estão demonstradas algumas terminologias utilizadas na avaliação da composição
.corporal
Quadro 1 - Terminologias utilizadas na avaliação da composição corporal
Fonte: Ribeiro et al., 2015.
#PraCegoVer: no quadro, há duas colunas e 12 linhas, em que estão descritas as terminologias de massa
gorda, massa livre de gordura, massa corporal magra, porcentagem de gordura corporal, lipídeos essenciais,
lipídeos não essenciais, densidade corporal, gordura subcutânea, gordura visceral, gordura intra-abdominal e
gordura abdominal, empregadas na avaliação do estado nutricional.
A escolha da técnica utilizada dependerá de quais compartimentos corporais se pretende avaliar, os recursos
financeiros e pessoais, disponibilidade de aparelhos e treinamento do avaliador ou equipe especializada
(DAVIS, 2016).
Composição corporal com base nas dobras cutâneas
É o método mais simples e de baixo custo para avaliar o tecido adiposo subcutâneo. Uma vez que a
distribuição da gordura subcutânea não é uniforme em todo o corpo, a avaliação combinada de diversas
regiões possibilita uma melhor compreensão da sua distribuição e totalidade. Tomando-se por base as
medidas de dobras cutâneas, pode-se estimar a com a utilização de equações pré-densidade corporal (DC)
estabelecidas, em que se utiliza o somatório de quatro dobras cutâneas mais utilizadas: a bicipital, a tricipital, a
subescapular e a suprailíaca, conforme demonstra a tabela abaixo.
Tabela 2 - Cálculo da densidade corporal com base no somatório das dobras cutâneas
Fonte: Cuppari, 2005.
#PraCegoVer: na tabela, há quatro colunas e seis linhas, em que estão demonstradas as equações para o
cálculo da densidade corporal com base no somatório das dobras cutâneas, divididos por faixas etárias de 17
a 19 anos, 20 a 29 anos, 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e > 50 anos, em homens e mulheres.
- -7
Tomando-se por base o valor de DC obtido, é possível determinar a porcentagem de gordura corporal total
por meio da equação de Siri (1961):
Com base na porcentagem de gordura corporal, pode-se avaliar o risco nutricional conforme a tabela abaixo.
Tabela 3 - Valores de referência para porcentagem de gordura corporal
Fonte: Cuppari, 2005.
#PraCegoVer: na tabela, há seis linhas e três colunas, em que estão demonstrados os valores de referência
de porcentagem de gordura corporal em homens e mulheres, estratificados em risco de doenças relacionados
à desnutrição, valores abaixo da média, média, valores acima da média e risco de doenças relacionados à
obesidade.
Bioimpedância elétrica
A bioimpedância elétrica baseia-se no princípio da condutividade elétrica para a estimativa dos
compartimentos corporais. A facilidade de condução elétrica é diretamente proporcional à quantidade de água
nos tecidos. Dessa forma, por causa da alta quantidade de água intramuscular e eletrólitos, o tecido magro é
altamente condutor da corrente elétrica, ao contrário da massa óssea e tecido adiposo que fornecem alta
resistência à passagem da corrente elétrica. Nesse método, uma corrente elétrica imperceptível passa pelo
corpo do indivíduo com ele deitado e os valores de e são obtidos. Essesresistência (R) reatância (Xc)
valores são usados para estimar o conteúdo de água corporal, massa magra e massa gorda.
A avaliação dos resultados obtidos deve ser feita com cautela, uma vez que o estado de hidratação, uso de
diuréticos, período menstrual e ingestão de líquidos podem interferir na avaliação (VITOLO, 2005).
Absorciometria com raios X de dupla energia (DEXA)
Atualmente, é o método considerado padrão-ouro para a avaliação da composição corporal. Consiste em um
procedimento não invasivo, de alto custo e alta tecnologia e precisão que avalia o conteúdo de massa magra e
massa adiposa, além do conteúdo mineral ósseo de cada segmento corporal, por meio de um descanner 
Saiba mais
Com base nos valores R e Xc, é possível calcular o ângulo de fase (AF).
Conceitualmente representa o ângulo formado pela R e Xc e vem sendo cada 
vez mais utilizado na prática clínica por causa do seu valor prognóstico e 
nutricional. Baixos valores de AF estão associados com piores condições 
nutricionais e desfechos clínicos.
- -8
corpo inteiro (VITOLO, 2005). Uma das principais vantagens desse método é o fato de não precisar de preparo
para a realização nem jejum. Entre as desvantagens, além do alto custo, tem-se também a necessidade de
profissional especializado para manusear o aparelho e a baixa precisão dos resultados em pacientes com
obesidade mórbida (LOPES; RIBEIRO, 2014).
Ultrassom
Utilizado para avaliar o volume total ou de cada segmento corporal de tecido adiposo subcutâneo.
Tomografia computadorizada
É um método de imagem em que se analisa cada segmento corporal, por meio de cortes transversais,
fornecendo imagens radiográficas. O princípio desse método baseia-se no fato de que os feixes de radiação
emitidos pelo tomógrafo são absorvidos de maneira diferente em cada segmento corporal, de acordo com a
densidade dos tecidos (LOPES; RIBEIRO, 2014). Ele também fornece informações sobre a área tecidual, área
de massa adiposa e muscular, espessura e volume dentro de um órgão.
Ressonância magnética
Avalia a quantidade de tecido adiposo total e subcutâneo, normalmente avaliado na região abdominal para
demonstrar o grau de adiposidade abdominal.
3.3 Indicadores químicos e bioquímicos do estado 
nutricional do adulto
As condições nutricionais de um indivíduo podem ser avaliadas e monitoradas por meio de exames
bioquímicos que auxiliam o profissional nutricionista no diagnóstico de carências nutricionais e no
acompanhamento de doenças. Da mesma forma que os outros métodos de avaliação nutricional, esse não
deve ser utilizado isoladamente para a obtenção de um diagnóstico nutricional.
Existem alguns exames laboratoriais utilizados na rotina clínica para o aconselhamento nutricional, como o
hemograma, glicemia e níveis séricos de lipídeos. Outros exames mais específicos, como os níveis de
proteínas séricas, creatinina, competência imunológica e excreção de nitrogênio que refletem o estado
nutricional do indivíduo já foram vistos ao longo da disciplina.
Cabe ressaltar que os valores de referência dos exames laboratoriais podem variar conforme o laboratório e o
método de análise empregado.
3.3.1 Avaliação do hemograma completo
O sangue é composto por diferentes tipos celulares. O contempla a avaliação dos eritrócitoshemograma
(série vermelha), os leucócitos (série branca) e as plaquetas.
- -9
O principal objetivo da avaliação do hemograma é a identificação de . Entre os adultos, asanemia ferropriva
mulheres em idade fértil representam o grupo vulnerável para esta deficiência. Analise a tabela Alterações
.dos eritrócitos e doenças relacionadas
Tabela 4 - Alterações dos eritrócitose doenças relacionadas
Fonte: Rossi, 2015.
#PraCegoVer: na tabela, há seis linhas e três colunas, em que estão demonstradas as alterações
/anormalidades observadas na avaliação dos eritrócitos, aniscocitose, poiquilocitose, microcitose, macrocitose,
megalocitose e hipocromia e possíveis doenças ou condições clínicas associadas a cada uma delas.
O hemograma fornece alguns parâmetros.
Contagem de hemácias ou eritrócitos – de todos os elementos do sangue, as hemácias representam o
maior número. São avaliados o número e aspectos das hemácias, que podem sofrer alterações de tamanho,
formato e coloração conforme demonstrados a seguir.
Dosagem de hemoglobina – proteína presente no eritrócito responsável pelo transporte de oxigênio. Valores
aumentados ou diminuídos de hemoglobina estão presentes praticamente em todas as condições que
provocam aumento ou diminuição das hemácias, respectivamente e definem a condição de anemia (ferropriva,
talassêmica etc.).
Determinação do hematócrito (HT) – indica a massa total de células no sangue por volume e depende do
volume ocupado pelos eritrócitos. Valores diminuídos são observados quando ocorre redução no número de
hemácias, como nas anemias, leucemias, hemorragias, queimaduras e infecções.
Índices hematimétricos – definem o tamanho e o conteúdo de hemoglobina presente nas hemácias. São
utilizados para o diagnóstico diferencial das anemias.
Os principais índices utilizados são:
.
Volume Corpuscular Médio (VCM)
Representa o tamanho médio da hemácia. Utilizado no diagnóstico diferencial das anemias, conforme
demonstra o quadro Avaliação do volume corpuscular médio (VCM) no diagnóstico de anemias (quadro
2).
- -10
Hemoglobina Corpuscular Média (HCM)
Representa a concentração de hemoglobina dentro da hemácia. Pode estar reduzida na microcitose e
aumentada na macrocitose.
Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM)
Avalia a porcentagem de hemoglobina presente em 100 mL de hemácias, ou seja, avalia o grau de
saturação de hemoglobina no eritrócito. Quando o nível de saturação é baixo, tem-se hemácias
hipocrômicas e, quando os níveis são elevados, tem-se hemácias hipercrômicas.
Distribuição do tamanho das hemácias (RDW – )red cell distribution of width
Indica a dispersão das hemácias em relação ao tamanho (anisocitose).
– representam as células de defesa do organismo contra toxinas, vírus e bactérias. São divididas em
granulócitos (neutrófilos, basófilos e eosinófilos), linfócitos e monócitos. Valores aumentados (leucocitose) são
encontrados em processos infecciosos, inflamatórios e leucemias. Valores diminuídos (leucopenia) podem ser
observados na deficiência de vitamina A, infecção ou intoxicação.
Quadro 2 - Avaliação do volume corpuscular médio (VCM) no diagnóstico de anemias
Fonte: Rossi, 2015.
#PraCegoVer: no quadro, há quatro linhas e três colunas, em que estão demonstrados o diagnóstico
diferencial das anemias, em microcítica, normocítica/normocrômica e macrocítica, de acordo com a avaliação
do volume corpuscular médio (VCM), e as possíveis causas para cada uma delas.
Agora, estude também a tabela abaixo, em que se contempla os valores de referência para o hemograma
, de acordo com o gênero.completo em adultos
Tabela 5 - Valores de referência para a avaliação do hemograma completo em adultos
- -11
Fonte: Calixto-Lima e Reis, 2012; Rossi, 2015.
#PraCegoVer: na tabela, há três colunas e dez linhas, em que estão demonstrados os valores de referência
em homens e mulheres para a avaliação do hemograma completo em adultos, composto pelos valores de
eritrócitos, hemoglobina, hematócrito, VCM, HCM, CHCM, RDW, leucócitos e plaquetas.
Ainda com base na avaliação do hemograma completo, é possível avaliar quadros de desnutrição com base
nos pontos de corte para os valores de hemoglobina e hematócrito, conforme demonstrado na tabela a seguir.
Tabela 6 - Classificação da desnutrição de acordo com valores de hemoglobina e hematócrito
Fonte: Davis, 2016.
#PraCegoVer: na tabela, há oito linhas e quatro colunas, em que está demonstrada a classificação da
desnutrição em leve, moderada e grave de acordo com valores de hemoglobina (g/dL) e hematócrito
(porcentagem) em homens e mulheres.
Continue seus estudos sobre a avaliação nutricional, agora lendo a respeito da glicemia.
3.3.2 Avaliação da Glicemia
A constitui a principal fonte energética proveniente dos alimentos ou da degradação do glicogênio emglicose
períodos de jejum. Seus níveis sanguíneos são regulados principalmente pelos hormônios insulina, glucagon,
cortisol, epinefrina e dependem do estado de alimentação e jejum do paciente.
Na prática clínica, utiliza-se com maior frequência a avaliação da que consiste na coletaglicemia de jejum
sanguínea realizada com período de jejum entre oito e 12 horas. Para adultos, os valores de referências são:
70 a 99 mg/dL normalidade; 100 a 125 mg/dL pré-diabetes e >126 mg/dL diabetes (ROSSI, 2015). Valores
elevados são encontrados no diabetes melito, intolerância à glicose, hemocromatose, síndrome de Cushing,
estresse físico e pancreatite aguda e crônica. Por outro lado, valores reduzidos podem ser observados no
alcoolismo, distúrbios endócrinos, doenças críticas, hiperinsilinismo, lesões hipotalâmicas e uso de
medicamentos hipoglicemiantes.
- -12
3.3.3 Avaliação de lipídeos corporais
O perfil lipídico engloba uma combinação de testes sanguíneos, incluindo o colesterol total, as lipoproteínas de
alta densidade (HDL), as lipiproteínas de baixa densidade (LDL) e os triglicerídeos. Além de utilizados na
avaliação de risco de doenças cardiovasculares, os níveis séricos de lipídeos também são indicadores do
estado nutricional.
Os níveis de colesterol total e frações refletem a ingestão alimentar e absorção dos nutrientes além da
capacidade de excreção e síntese endógena. Baixos valores podem estar relacionados à desnutrição, sendo
uma manifestação tardia dessa condição, o que limita sua utilização (SAMPAIO, 2012). O colesterol é
essencial para a formação e fluidez das membranas celulares além de ser precursor dos hormônios
esteroides, dos ácidos biliares e da vitamina D. Os triglicerídeos, constituídos de ácidos graxos e glicerol,
constituem uma das principais formas de reserva energética no organismo (CALIXTO-LIMA; REIS, 2012).
Níveis elevados de colesterol (hipercolesterolemia) podem ser encontrados em hipotireoidismo, diabetes
melito descompensado, síndrome nefrótica, colestase, gravidez, obesidade, síndrome de Werner e ingestão
dietética excessiva. Por outro lado, valores reduzidos são encontrados em quadros de má absorção, câncer,
hiperparatireoidismo, anemias crônicas, queimaduras graves, sepse e doença hepática (WIDHT; REINHARD,
2012).
Os valores de referência para a população adulta são demonstrados na tabela a seguir.
Tabela 7 - Valores de referência para colesterol total e frações em adultos
Fonte: Calixto-Lima e Reis, 2012.
Saiba mais
A avaliação e o acompanhamento do perfil lipídico devem fazer parte da rotina 
de atendimento do nutricionista. Para um maior conhecimento, recomenda-se a 
leitura da Diretriz Brasileira de Dislipidemia e Aterosclerose, atualizada em 
2017. Disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2017
/02_DIRETRIZ_DE_DISLIPIDEMIAS.pdf
http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2017/02_DIRETRIZ_DE_DISLIPIDEMIAS.pdf
http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2017/02_DIRETRIZ_DE_DISLIPIDEMIAS.pdf
- -13
#PraCegoVer: na tabela, há 15 linhas e três colunas, em que estão demonstrados os valores de referência
para adultos de colesterol total, fração LDL, fração HDL, triglicerídeos e suas respectivas categorias de
avaliação em valores desejáveis, limítrofe, alto, ótimo ou baixo.
A seguir, estude sobre os índices prognósticos de acordo com parâmetros bioquímicos.
3.3.4 Índices prognósticos de acordo com parâmetros 
bioquímicos
Alguns exames laboratoriais também podem ser utilizados para a obtenção de índices prognósticos com basena utilização de fórmulas pré-estabelecidas para a avaliação do risco nutricional (ROSSI, 2015; WIDTH;
REINHARD, 2012). Seguem as equações e avaliações do estado nutricional dos principais exames utilizados.
Índice de Risco Nutricional (IRN)
A avaliação do estado nutricional é feita conforme segue:
• IRN >100: não desnutrido
• IRN 97,5 a 100: desnutrição leve
• IRN 83,5 a 97,4: desnutrição moderada
• IRN <83,5: desnutrição grave
Índice de Prognóstico Nutricional
Em que PCT = prega cutânea tricipital (mm); TRS= transferrina sérica (mg/dL); DCH = hipersensibilidade
cutânea retardada (0 = reatividade nula, 1 = diâmetro do ponto <5 mm, 2 =diâmetro do ponto >5 mm).
A avaliação do risco nutricional é feita conforme segue:
• IPN <40%: baixo risco
• IPN 40 a 50%: risco intermediário
• IPN >50%: moderado risco
• IPN <83,5: alto risco
Índice de prognóstico inflamatório e nutricional (IPIN)
Em que 1-GA = 1 glicoproteína ácida (mg/l); PCR = proteína C reativa (mg/l); TTR transtirretina (mg/l).
A avaliação do risco nutricional é feita conforme segue:
• IPIN entre 1 e 10: baixo risco de complicações
•
•
•
•
•
•
•
•
•
- -14
• IPIN entre 21 e 30: risco elevado de complicações
• IPIN >30: risco elevado de mortalidade
Continue seus estudos sobre a avaliação nutricional, agora lendo sobre avaliação semiológica do estado
nutricional do adulto.
3.4 Avaliação semiológica do estado nutricional do 
adulto
Derivado do grego sèmeion (sinal) e logos (estudo), a semiologia é definida pela ciência do estudo dos sinais.
Aplicado à nutrição, a avaliação semiológica busca avaliar os sinais e sintomas apresentados pelo indivíduo
que expressam deficiências nutricionais e manifestações clínicas de doenças. Para tanto, o profissional
nutricionista utiliza a anamnese nutricional e a avaliação do exame físico para identificar essas manifestações
clínicas. Trata-se de um tipo de avaliação subjetiva, uma vez que os dados obtidos não representam valores e
sim observações.
Para uma melhor compreensão, é necessário ter em mente a diferença entre e .sinais sintomas
Sinais
São observações clínicas feitas por um avaliar treinado e qualificado.
Sintomas
São sensações subjetivas relatadas pelo indivíduo e não visualizadas pelo avaliador.
Continue seus estudos, agora lendo a respeito da anamnese nutricional.
3.4.1 Anamnese nutricional
Por meio de relatos do indivíduo, a busca entender o estado clínico atual do paciente e os motivosanamnese 
que o levaram à consulta. A anamnese compreende a história clínica do paciente, que ajudará o profissional a
•
•
- -15
reconhecer as circunstâncias associadas à moléstia atual. Como já mencionado ao longo da disciplina, a
anamnese constitui etapa fundamental no processo de avaliação nutricional, uma vez que é o primeiro contato
entre paciente e profissional, na criação de vínculo, o que garantirá o sucesso do acompanhamento.
Na , a história clínica do paciente é direcionada à situação nutricional atual e fatoresanamnese nutricional
associados que interferem direta ou indiretamente no estado nutricional, tais como: uso de medicamentos, uso
de suplementos alimentares, hábitos de vida (tabagismo, etilismo), prática de atividade física, sintomas
gastrointestinais, capacidade funcional, comorbidades, além de fatores psíquicos que possam interferir no
consumo alimentar (SAMPAIO, 2012).
Durante a anamnese as principais limitações apresentadas pelo paciente e que podem interferir no sucesso da
avaliação são: deficiência auditiva ou da fala, diferença de linguagem, distúrbios mentais, depressão,
deficiência de memória, crianças (falta de informações, incoerência e falta de objetividade), concepções
alteradas em relação à doença, falta de confiança no profissional e na nutrição, timidez e distrações
(SAMPAIO, 2012).
Ainda como parte da anamnese nutricional, tem-se a parte da avaliação do consumo alimentar, realizado por
meio dos inquéritos alimentares. A descrição detalhada dos inquéritos você poderá ver ao longo da disciplina.
3.4.2 Exame físico
O exame clínico dos olhos pode ser feito em quatro etapas:
• inspeção – é a observação visual, olfativa e auditiva. Por exemplo: a observação de icterícia, obesidade 
ou caquexia, estado mental, capacidade funcional etc.;
• palpação – é a avaliação baseada no tato, em que o avaliador irá sentir pulsações e vibrações. Por 
meio da palpação, o profissional irá avaliar a textura, tamanho, temperatura, consistência e mobilidade 
das estruturas corporais. Além disso, avaliará também o turgor, elasticidade e integridade da pele, 
presença de edemas, ascite, massa abdominal, entre outros;
• percussão – é a avaliação de sons que permite avaliar a solidez de um órgão, a posição, a presença de 
líquidos ou gases;
• ausculta – busca avaliar sons corpóreos, podendo utilizar ou não um estetoscópio, como exemplo sons 
do coração, do pulmão, presença de líquidos intestinais, ruídos hidroaéreos etc.
Em um primeiro momento, realiza-se um exame físico geral relatando o do paciente no que dizestado geral
respeito ao estado de ânimo, depressão, fraqueza, tipo físico, estado de consciência, estado de lucidez e
orientação e movimentos corporais. Com base nisso, parte-se para um exame físico detalhado iniciando pelo
cabelo, seguindo pela avaliação dos olhos, narinas, face, boca, pescoço, tórax e abdome, membros superiores
e inferiores e pele conforme detalhado no quadro l.Exame físico com foco nutriciona
Quadro 3 - Exame físico com foco nutricional
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Fonte: adaptado de Width e Reinhard, 2012; Sampaio, 2012 e Cuppari, 2005.
#PraCegoVer: no quadro, há 14 linhas e quatro colunas, em que estão demonstradas as características
observadas em condições saudáveis e anômalas, em face, cabelos, olhos, lábios, gengivas, língua, pescoço,
pele, pernas, abdome, mãos/unhas, sistema nervoso e sistema cardiovascular e as respectivas possíveis
carências nutricionais.
Ainda durante o exame físico, uma avaliação minuciosa do deverá ser realizada com oestado muscular
objetivo de avaliar depleção e ou atrofia, correlacionando-a com a atividade e funcionalidade do músculo
afetado. Nesta etapa, o exame concentra-se na avaliação de quatro grupamentos musculares e sua correlação
com as atividades diárias, conforme demonstrado no quadro a seguir.
Quadro 4 - Grupamentos musculares avaliados no exame físico
Fonte: Sampaio, 2012.
#PraCegoVer: no quadro, há cinco linhas e cinco colunas, em que estão demonstrados os grupamentos
musculares avaliados durante o exame físico, músculo temporal, músculo adutor do polegar, músculos
interósseos e músculo da panturrilha com suas respectivas funções orgânica e sinais de depleção muscular
leve, moderada e grave.
Embora o exame físico seja um método de fácil execução, é importante ressaltar que necessita de treinamento
e reconhecimento da gravidade dos sinais apresentados. Além disso, o exame físico sozinho não é capaz de
fornecer um diagnóstico nutricional, devendo sempre estar associado a outros métodos de avaliação. Vale
ressaltar ainda, que os sinais e sintomas apresentados normalmente são manifestações tardias de
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comprometimentos nutricionais ou doenças e que muitas enfermidades apresentam sinais e sintomas
semelhantes às carências nutricionais, devendo o avaliador ter cautela na interpretação e conhecimento da
história clínica do paciente.
3.5 Análises dos dados e diagnósticos do estado 
nutricional do adulto
O diagnóstico nutricional é o resultado da avaliação final de todos os métodos e parâmetros utilizados ao longo
da avaliação nutricional do indivíduo, contemplando os dados clínicos, bioquímicos, antropométricos e
dietéticos. Ao realizar esse diagnóstico, busca-se a identificação da situação nutricional do indivíduo, ou seja,
o estado nutricional, e a existência de algum problema que interfira negativamente na saúde da pessoa
(BARROS, 2007). O diagnóstico nutricional representa uma interface entre a avaliação e a intervenção
nutricional.Com base no que se encontra, metas serão traçadas, buscando a recuperação e/ou manutenção
do estado nutricional do indivíduo. Todo diagnóstico em nutrição deve ter a possibilidade de ser resolvido com
a intervenção nutricional (tratamento) (MARTINS, 2016).
Para um correto diagnóstico nutricional, é indispensável ao avaliador o conhecimento das técnicas e
instrumentos de avaliação nutricional, bem como suas vantagens, desvantagens e limitações, conforme
demonstrado ao longo desta disciplina.
Pode-se encontrar três situações no que diz respeito ao estado nutricional.
Equilíbrio
Quando a ingestão alimentar é suficiente para repor as necessidades nutricionais.
Déficit nutricional
Quando a ingestão alimentar é inferior às necessidades nutricionais, podendo causar um quadro de
desnutrição ou carências nutricionais específicas.
Excesso
Quando a ingestão alimentar supera as necessidades nutricionais, podendo causar obesidade, doenças
metabólicas e cardiovasculares.
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O pode ser dividido em três domínios com suas respectivas subdivisões, conforme adiagnóstico nutricional 
figura a seguir.
Figura 1 - Categorização do diagnóstico nutricional padronizado
Fonte: Martins, 2016.
#PraCegoVer: na figura, em forma de organograma, está categorizado o diagnóstico nutricional padronizado,
dividido em: ingestão alimentar, que engloba balanço energético, ingestão via oral, enteral ou parenteral,
ingestão de líquidos e substâncias bioativas; clínico, que engloba condição clínica, condição bioquímica e
condição de peso corporal; e ambiente/comportamento, que engloba conhecimentos e crenças, atividade física
e função e segurança alimentar.
A seguir, estude sobre as formas de se realizar um diagnóstico nutricional.
3.5.1 Diagnóstico nutricional com base na avaliação de 
ingestão alimentar
Com base na avaliação de consumo alimentar, utilizando os métodos de inquéritos alimentares citados ao
longo da disciplina, pode-se realizar uma avaliação geral ou específica em relação ao consumo de macro e
micronutrientes.
Exemplos dessa categoria, pode-se citar: ingestão insuficiente de energia ou proteínas, ingestão excessiva de
carboidratos, ingestão subótima de líquidos, ingestão subótima de fibras, ingestão subótima de vitaminas
(especificar).
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Como já mencionado, a avaliação da ingestão alimentar no que diz respeito às quantidades de macro e
micronutrientes pode ser realizada por meio da utilização de tabelas de composição de alimentos ou de 
 específicos.softwares
3.5.2 Diagnóstico nutricional com base nas condições clínicas
O diagnóstico com base na condição clínica do indivíduo contempla dados referente às condições fisiológicas
que comprometam a ingestão dos alimentos, como exemplo, dificuldade de deglutição, dificuldade de
mastigação, alteração na função gastrointestinal etc. Além disso, contempla também dados referentes aos
exames bioquímicos e relacionados ao peso corporal, como exemplo: valores laboratoriais alterados de
determinados indicadores bioquímicos, interação fármaco-nutriente, baixo peso, sobrepeso/obesidade, perda
de peso involuntária etc.
3.5.3 Diagnóstico nutricional com base no comportamento e 
ambiente
Consiste na identificação de causas e/ou problemas relacionados ao conhecimento, atitudes/crenças,
ambiente físico, acesso aos alimentos e segurança alimentar.
Saiba mais
Em 2014, a Associação Brasileira de Nutrição (Asbran), por meio da 
Sistematização dos Cuidados de Nutrição (SICNUT), adotou a padronização 
internacional de diagnósticos em nutrição proposta pela Academy of Nutrition 
and Dietetics (AND). Você pode visualizar o material em: https://www.asbran.
org.br/storage/arquivos/PRONUTRI-SICNUT-VD.pdf
Você sabia?
Para um maior conhecimento e descrição detalhada da padronização de 
diagnóstico nutricional, recomenda-se a leitura do livro “Diagnósticos em 
nutrição: fundamentos e implementação da padronização internacional”, de 
Cristina Martins (2016).
https://www.asbran.org.br/storage/arquivos/PRONUTRI-SICNUT-VD.pdf
https://www.asbran.org.br/storage/arquivos/PRONUTRI-SICNUT-VD.pdf
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Como exemplos, pode-se citar: aderência limitada às recomendações nutricionais, crenças infundadas sobre
alimentação, inatividade física, dificuldade de autoalimentação, ingestão não segura de alimentos, acesso
limitado aos alimentos etc.
3.5.4 Indicadores do diagnóstico nutricional
Os indicadores do diagnóstico nutricional contemplam os dados objetivos e subjetivos coletados durante a
avaliação nutricional, ou seja, os dados clínicos e da história alimentar do paciente, o exame físico, a
antropometria e avalição da composição corporal e os exames bioquímicos. Os indicadores fornecem
evidências da existência de um problema e quantificam a sua gravidade.
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Encerramento
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• rever os métodos de avaliação nutricional do 
adulto;
• conhecer os métodos para avaliação da 
composição corporal com suas vantagens e 
desvantagens;
• conhecer os principais exames bioquímicos 
usados na rotina da avaliação do paciente;
• aprender a detectar os sinais e sintomas 
apresentados pelo paciente;
• conhecer os parâmetros analisados no exame 
físico;
• conhecer os parâmetros que contemplam o 
diagnóstico nutricional.
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BARROS, D. C. Bases para o diagnóstico nutricional. Em: BARROS, D. C.; SILVA, D. O.; GUGELMIN, S. Â.
(org.). [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ,Vigilância alimentar e nutricional para a saúde Indígena 
2007, p. 18-31. v. 2.
CUPPARI, L. : nutrição clínica do adulto. São Paulo: Manole. 2005.Guia de nutrição
CALIXTO-LIMA, L.; REIS, N. T. . Rio deInterpretação de exames laboratoriais aplicados à nutrição clínica
Janeiro: Editora Rubio, 2012.
DAVIS, A. B. V. . Rio de Janeiro: Editora Estácio, 2016.Avaliação nutricional
LOPES, A. L.; RIBEIRO, G. S. : umaAntropometria aplicada à saúde e ao desempenho esportivo
abordagem a partir da metodologia Isak. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2014.
MARTINS, C. : fundamentos e implementação da padronização internacional.Diagnósticos em nutrição 
Porto Alegre: Editora Artmed, 2016.
RIBEIRO, C. D. F. et al. . 2. ed. Salvador: Editora Sanar, 2015. (262 p.). (ColeçãoFundamentos da nutrição
Manuais da Nutrição). ISBN 978-85-5462-181-0.
ROSSI, L.; CARUSO, L.; GALANTE, A. P. : novas perspectivas. Rio de Janeiro: EditoraAvaliação nutricional
Gen, 2015.
SAMPAIO, L. R. . Salvador: Editora Edufba, 2012.Avaliação nutricional
VITOLO, M. R. . São Paulo: Atheneu, 2008.Nutrição da gestação à adolescência
WIDTH, M.; REINHARD, T. : manual de sobrevivência para nutrição clínica. Rio de Janeiro: Editora Gen,MDS
Guanabara Koogan e Editora Lab, 2011.
	Introdução
	3.1 Métodos avaliativos do adulto
	3.1.1 Avaliação antropométrica
	3.1.2 Avaliação do consumo alimentar
	3.1.3 Avaliação bioquímica
	3.1.4 Avaliação Clínica
	3.2 Avaliação do estado nutricional do adulto
	3.2.1 Índice de massa corporal
	3.2.2 Circunferências e dobras cutâneas
	3.2.3 Avaliação da composição corporal
	3.3 Indicadores químicos e bioquímicos do estado nutricional do adulto
	3.3.1 Avaliação do hemograma completo
	3.3.2 Avaliação da Glicemia
	3.3.3 Avaliação de lipídeos corporais
	3.3.4 Índices prognósticos de acordo com parâmetros bioquímicos
	3.4 Avaliação semiológica do estado nutricional do adulto
	Sinais
	Sintomas
	3.4.1 Anamnese nutricional
	3.4.2 Exame físico
	3.5 Análises dos dados e diagnósticos do estado nutricional do adulto
	3.5.1 Diagnóstico nutricional com base na avaliação de ingestão alimentar
	3.5.2 Diagnóstico nutricional com base nas condições clínicas
	3.5.3 Diagnóstico nutricional com base no comportamento e ambiente
	3.5.4 Indicadores do diagnóstico nutricional
	Encerramento

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