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2.8.1.2 Finalidades: operações de investimento, custeio e comercialização. 2.8.1.3 Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF): base legal, finalidades, beneficiários, destinação, condições. 2.8.2 Crédito industrial, agroindustrial, para o comércio e para a prestação de serviços: conceito, finalidades (investimento fixo e capital de giro associado), beneficiários. 2.9 Recursos utilizados na contratação de financiamentos. 2.9.1 Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE): base legal, finalidades, regras, administração. 2.9.2 BNDES/FINAME: base legal, finalidade, regras, forma de atuação. 2.9.3 Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT): base legal, finalidades, regras, forma de atuação. 2.10 Microfinanças: base legal, finalidade, forma de atuação. 3 Serviços bancários e financeiros. 3.1 Conta corrente: abertura, manutenção, encerramento, pagamento, devolução de cheques e cadastro de emitentes de cheques sem fundos (CCF). 3.2 Depósitos à vista. 3.3 Depósitos a prazo (CDB e RDB). 3.4 Fundos de Investimentos. 3.5 Caderneta de poupança. 3.6 Títulos de capitalização. 3.7 Planos de aposentadoria e de previdência privados. 3.8 Seguros. 3.9 Convênios de arrecadação/pagamentos (concessionárias de serviços públicos, tributos, INSS e folha de pagamento de clientes). 3.10 Serviço de Compensação de Cheque e Outros Papéis. 3.11 Cobrança. 3.12 Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). 4 Aspectos jurídicos. 4.1 Noções de direito aplicadas às operações de crédito. 4.1.1 Sujeito e Objeto do Direito. 4.1.2 Fato e ato jurídico. 4.1.3 Contratos: conceito de contrato, requisitos dos contratos, classificação dos contratos; contratos nominados, contratos de compra e venda, empréstimo, sociedade, fiança, contratos formais e informais. 4.2 Instrumentos de formalização das operações de crédito. 4.2.1 Contratos por instrumento público e particular. 4.2.2 Cédulas e notas de crédito. 4.3 Garantias. 4.3.1 Fidejussórias: fiança e aval. 4.3.2 Reais: hipoteca e penhor. 4.3.3 Alienação fiduciária de bens móveis. 4.4 Títulos de Crédito - nota promissória, duplicata, cheque. 5 O Banco do Nordeste do Brasil S.A.: legislação básica, programas e informações gerais de sua atuação como agente impulsionador do desenvolvimento sustentável da região nordeste. 6 Ética aplicada: ética, moral, valores e virtudes. 6.1 noções de ética empresarial e profissional. 6.2 A gestão da ética nas empresas públicas e privadas. 6.3 Código de Conduta Ética e Integridade do Banco do Nordeste do Brasil (disponível na página do BNB na internet). 7 Política de Responsabilidade Socioambiental do Banco do Nordeste do Brasil (disponível na página do BNB na internet). 8 Estratégia ASG (Ambiental, Social e Governança): Estratégia de sustentabilidade do Banco do Nordeste do Brasil (disponível na página do BNB na internet). 9 Atualidades do mercado financeiro. 9.1 Os bancos na Era Digital: Atualidade, tendências e desafios. 9.2 Internet banking. 9.3 Mobile banking. 9.4 Open banking. 9.5 Novos modelos de negócios. 9.6 Fintechs, startups e big techs. 9.7 Sistema de bancos sombra (Shadow banking). 9.8 Funções da moeda. 9.9 O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas. 9.10 Marketplace. 9.11 Correspondentes bancários. 9.12 Arranjos de pagamentos. 9.13 Sistema de pagamentos instantâneos (PIX). 9.14 Segmentação e interações digitais. 9.15 Transformação digital no Sistema Financeiro. 9.16 Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD): Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 e suas alterações. 9.17 Legislação anticorrupção: Lei nº 12.846/2013 e Decreto nº 11.129 de 11/07/2022. 9.18 Segurança cibernética: Resolução CMN nº 4.893, de 26/02/2021. Conteúdo programático Introdução a história do BNB História do BNB 8 O Banco do Nordeste foi criado pela Lei Federal n° 1649, de 19.07.1952, para atuar no chamado Polígono das Secas, designação dada a perímetro do território brasileiro atingido periodicamente por prolongados períodos de estiagem. A empresa assumia então a atribuição de prestação de assistência às populações dessa área, por meio da oferta de crédito. Presente em cerca de 2 mil municípios, abrangendo toda a área dos nove estados da Região Nordeste. Obs: atua ainda em parte de Minas Gerais (incluindo os Vales do Mucuri e do Jequitinhonha) e o norte do Espírito Santo. Aplica recursos de longo prazo e crédito rural em sua área de atuação. Banco de desenvolvimento História do BNB 9 O Banco do Nordeste do Brasil S.A. é uma instituição financeira múltipla, organizada sob a forma de sociedade de economia mista, de capital aberto e tem mais de 90% de seu capital sob o controle do Governo Federal. Tem sede na cidade de Fortaleza, no Ceará. Clientes do banco: • Agentes econômicos → empresas (micro, pequena, média e grande), associações e cooperativas. • Institucionais → entidades governamentais (federal, estadual e municipal) e não-governamentais. • Pessoas físicas → produtores rurais (agricultor familiar, mini, pequeno, médio e grande) e empreendedores informais. Características: • Maior instituição da América Latina voltada para o desenvolvimento regional; • A empresa opera como órgão executor de políticas públicas, especialmente a operacionalização do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Principal fonte de recursos utilizada pelo BNB. História do BNB 10 Em apoio ao pequeno empreendedor, o BNB criou, em 1998, o programa de microcrédito produtivoe orientado urbano que é hoje o maior do tipo na América do Sul: o Crediamigo. Em 2005, o microcrédito orientado chegou à zona rual com a criação do programa Agroamigo. Fontes de financiamento ao BNB Recursos federais Mercado interno Mercado externo Parcerias • Banco Mundial; • Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) • Exerce também trabalho de atração de investimentos; • Apoia a realização de estudos e pesquisas com recursos não-reembolsáveis; • Estrutura o desenvolvimento por meio de projetos de grande impacto. História do BNB 11 • Mantém, desde 1954, Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), responsável pela elaboração e difusão de conhecimentos técnicos e científicos sobre o Nordeste, bem como pelo planejamento, formulação, coordenação e avaliação de políticas e programas, com vistas à promoção do desenvolvimento sustentável. • Criou, em 2016, o Hub Inovação Nordeste, equipamento que tem oferecido apoio para empreendedores que desenvolvam ideias inventivas para superar os desafios da Região. Módulo 01 – Sistema financeiro nacional Dentre as funções do Sistema Financeiro Nacional, destacam-se a da: 1) Intermediação Financeira e; 2) Prestação de serviços de Gerenciamento de recursos. Em relação à prestação de serviços de gerenciamento de recursos, está faz referência às facilidades que estão dispostas aos cidadãos graças à atuação das entidades que compõe o Sistema Financeiro Nacional, tais como as Instituições Financeiras (IF’s): • Da existência de um sistema de pagamentos para transferência de recursos e arrecadação de tributos; • O serviço de custódia (guarda) de valores, bens e títulos; • A disponibilização de meios de pagamento, tais como cartões de crédito e cheques; • A disponibilização de seguros para as mais diferentes finalidades (automóvel, viagem, saúde, entre outros). Sistema Financeiro Nacional (SFN) 13 O Sistema Financeiro Nacional do Brasil é formado por um conjunto de instituições, financeiras ou não, voltadas para a gestão da política monetária do governo federal. Composição do SFN e Intermediação Financeira 14 O Conselho Monetário Nacional (CMN) é um conselho, criado pela Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964 como poder deliberativo máximo do sistema financeiro do Brasil, sendo responsável por expedir normas e diretrizes gerais para seu bom funcionamento. Conselho Monetário Nacional (CMN) 15 Autoridades Monetárias • CMN • Banco Central Órgão do poder executivo. Autarquia (operacionaliza as diretrizes políticas do Governo Federal) • Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas, quer privadas; • Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros; • Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; • Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública, interna e externa. Objetivos do CMN As reuniões do Conselho ocorrem 1 vez ao mês, e sua composição é dada por três membros, sendo eles: 1) Ministro de Estado da Fazenda (presidente do Conselho) 2) Ministro de Estado do Planejamento e Orçamento 3) Presidente do Banco Central do Brasil CMN BACEN Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central, por meio dos quais se estimarão as necessidades globais de moeda e crédito; Emitir papel moeda; Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a compra e venda de ouro e quaisquer operações em Direitos Especiais de Saque e em moeda estrangeira; Executar os serviços do meio-circulante; Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e prestações de quaisquer garantias por parte das instituições financeiras; Determinar o recolhimento de até 100% do total dos depósitos à vista e de até 60% de outros títulos contábeis das instituições financeiras; Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que exercerem atividades subordinadas a esta lei, bem como a aplicação das penalidades previstas; Receber os recolhimentos compulsórios e os depósitos voluntários à vista das instituições financeiras; Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos, comissões e qualquer outra forma de remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros, Realizar operações de redesconto e empréstimo com instituições financeiras públicas e privadas; Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições financeiras poderão emprestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas; Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos públicos federais; Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas instituições financeiras; Efetuar, como instrumento de política cambial, operações de compra e venda de moeda estrangeira e operações com instrumentos derivativos no mercado interno; Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos o capital mínimo das instituições financeiras privadas, levando em conta sua natureza, bem como a localização de suas sedes e agências ou filiais. Exercer o controle do crédito sob todas as suas formas; CMN BACEN Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de fundos públicos; Efetuar o controle dos capitais estrangeiros; Baixar normas que regulem as operações de câmbio, inclusive swaps, fixando limites, taxas, prazos e outras condições Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas; BACEN Conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam: • funcionar no País; • instalar ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no exterior; • ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas; • praticar operações de câmbio, crédito real e venda de títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal, ações, Debêntures, letras hipotecárias e outros títulos de crédito ou mobiliários; • alterar seus estatutos. • alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário. Estabelecer condições para a posse e para o exercício de quaisquer cargos de administração de instituições financeiras privadas Atuar no sentido do funcionamento regular do mercado cambial, da estabilidade relativa das taxas de câmbio e do equilíbrio no balanço de pagamentos, podendo para esse fim comprar e vender ouro e moeda estrangeira, bem como realizar operações de crédito no exterior, inclusive os referentes aos Direitos Especiais de Saque, e separar os mercados de câmbio financeiro e comercial; As instituições financeiras somente poderão funcionar no País mediante prévia autorização do Banco Central ou decreto do poder executivo, quando forem estrangeiras. Política Monetária 18 Banco Central do Brasil (Bacen) 19 Banco central é uma entidade autárquica de natureza especial (sem vinculação com ministério) e com autonomia estabelecida pela Lei Complementar n° 179/2021, cuja função é gerir a política econômica, ou seja, garantir a estabilidade e o poder de compra da moeda do país e do sistema financeiro como um todo. Além disso tem como objetivo definir as políticas monetárias (taxa de juros e câmbio, entre outras) e aquelas que regulamentam o sistema financeiro local. Objetivo fundamental • Assegurar a estabilidade de preços. Outros objetivos • Zelar pela estabilidade e pela eficiência do Sistema Financeiro; • Suavizar as flutuações do nível de atividade econômica; • Fomentar o pleno emprego. CMN define metas de política monetária • Banco Central faz sua condução, exemplo: meta de inflação. 9 membros (1 Presidente + 8 Diretores) • Todos nomeados pelo Presidente da República, sujeito à aprovação no Senado. Lei Complementar n° 179/2021 Outros pontos importantes: • O cargo de Presidente do BCB deixa de ter o status de Ministro; • O presidente do BCB deverá apresentar, no Senado Federal, em arguição pública, no primeiro e no segundo semestres de cada ano, relatóriode inflação e relatório de estabilidade financeira, explicando as decisões tomadas no semestre anterior. • Dá ao BCB autonomia técnica, operacional, administrativa e financeira, mantendo as diretrizes do governo em aspectos relevantes 20 Mandato do Presidente • Duração de 4 anos, com início no dia 1° de Janeiro do terceiro ano de mandato do Presidente da República. Mandato dos Diretores • Duração de 4 anos, observando a seguinte escala: • 2 Diretores com início no primeiro ano de mandato do Presidente; • 2 Diretores com início no segundo ano de mandato do Presidente; • 2 Diretores com início no terceiro ano de mandato do Presidente; • 2 Diretores com início no quarto ano de mandato do Presidente. a) Como autoridade emissora da moeda, o BC cumpre um poder de monopólio concedido a ele pelo governo, de forma que o saldo de papel-moeda emitido conste no Passivo do balancete do BC; b) Como banqueiro do governo o BC guarda as reservas internacionais (consta no Ativo do balancete); c) Como banco dos bancos ele provê empréstimos e mantém depósitos (compulsórios e/ou voluntários) dos bancos comerciais. Tais empréstimos constituem um ativo, item Empréstimos ao setor privado, enquanto os depósitos compõem o passivo, item Reservas Bancárias, do balancete do BC. d) Como executor da política monetária o BC regula a taxa de juros de curto prazo e o volume de moeda em circulação. Para isso ele se utiliza da compra e venda de títulos públicos emitidos pelo MF, os quais constam no Ativo do balancete do BC. Tendo em vista o princípio contábil das partidas dobradas (a todo crédito corresponde um débito de igual valor e sinal contrário), será incluída a rubrica Demais Recursos no Passivo. Banco Central do Brasil 21 Algumas funções CNSP SUSEP Superintendência de seguros privados (SUSEP) 22 Principais atribuições da SUSEP A SUSEP é uma Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, criada pelo Decreto-lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. A Autarquia é membro do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP, órgão responsável por fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados, juntamente com representantes do Ministério da Fazenda, do Ministério da Justiça, da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários. 1. Promover o desenvolvimento e concorrência dos mercados sob sua jurisdição; 2. Promover a estabilidade desses mercados; 3. Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado; 4. Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação desse mercado, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP; 5. Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro; 6. Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados; 7. Promover o aperfeiçoamento das instituições. Superintendência nacional de previdência complementar (PREVIC) CNPC PREVIC 23 A Superintendência Nacional de Previdência Complementar - PREVIC, autarquia de natureza especial, dotada de autonomia administrativa e financeira e patrimônio próprio, vinculada ao Ministério do Trabalho e Previdência, é entidade de fiscalização e de supervisão das atividades das entidades fechadas de previdência complementar (EFPC – fundos de pensão) e de execução das políticas para o regime de previdência complementar fechado, o qual é operado pelas referidas entidades. Principais atribuições da PREVIC 1. proceder à fiscalização das atividades das EFPC e das suas operações; 2. Autorizar a constituição e o funcionamento das EFPC, e a aplicação dos respectivos estatutos e regulamentos de planos de benefícios; 3. harmonizar as atividades das EFPC com as normas e as políticas estabelecidas para o segmento; 4. decretar intervenção e liquidação extrajudicial das EFPC e nomear interventor ou liquidante; 5. nomear administrador especial de plano de benefícios de natureza previdenciária específico, administrado por EFPC, com poderes de intervenção e de liquidação extrajudicial; 6. promover a mediação, a conciliação e a arbitragem entre EFPC e entre elas e seus participantes, assistidos, patrocinadores ou instituidores; 7. enviar relatório anual de suas atividades ao Ministério do Trabalho e Previdência e, por seu intermédio, ao Presidente da República e ao Congresso Nacional; 8. submeter ao Ministério do Trabalho e Previdência sua proposta orçamentária; e 9. adotar as demais providências necessárias ao cumprimento de seus objetivos. Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 24 A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), é uma entidade autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da Fazenda, com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade administrativa independente, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia financeira e orçamentária. Finalidade 1. Estimular a formação de poupança e a sua aplicação em valores mobiliários; 2. promover a expansão e o funcionamento do mercado de ações, e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social de companhias abertas sob controle de capitais privados nacionais; 3. assegurar o funcionamento dos mercados da bolsa e de balcão; 4. proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do mercado contra: a) emissões irregulares de valores mobiliários; b) atos ilegais de administradores e acionistas controladores das companhias abertas, ou de administradores de carteira de valores mobiliários; e c) o uso de informação relevante não divulgada no mercado de valores mobiliários; 5. evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários negociados no mercado; 6. assegurar o acesso do público a informações sobre os valores mobiliários negociados e as companhias que os tenham emitido. 7. assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários;Companhias abertas, a Bolsa de Valores, os agentes do mercado de capitais e os Fundos de Investimento. Fiscaliza Para ser considerado um banco múltiplo, quais carteiras uma instituição financeira deve possuir? No mínimo duas, sendo uma delas ou a comercial ou de investimentos. Além disso, cada carteira necessita ter um CNPJ diferente, porém, no momento de publicação do balanço financeiro, a Instituição Financeira irá divulga-lo de forma agregada. Por que os bancos comerciais são considerados instituições monetárias? Por conta da criação de moeda através do efeito multiplicador do crédito. Banco Comercial (BC) Banco de Investimentos (BI) Banco de Desenvolvimento (BD) Sociedade de Crédito Imobiliário (SCI) Sociedade de Arrendamento Mercantil (SAM) Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento (SCFI) (Financeiras) 24Bancos Múltiplos 25 Banco Múltiplo Os bancos múltiplos são instituições financeiras com licença para fornecer uma ampla gama de serviços bancários comerciais, operações de câmbio, de investimento, financiamento ao consumidor e outros serviços, inclusive gerenciamento de fundos e financiamento de imóveis. Características Básicas do Bancos Comerciais e de Investimentos • são instituições financeiras privadas especializadas em operações de participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de recursos de terceiros. • Podem administrar Fundos de Investimentos (recursos de terceiros). • Podem fazer underwriting. • Captação de recursos através de depósitos a prazo (CDB) e venda de cotas de fundos. • Prestam assessoria financeira. • Concedem empréstimos de médio e longo prazo (capital de giro e capital fixo). • Podemintermediar operações de câmbio. • Captação de recursos através de depósito à vista (conta corrente) • Captação de recursos através de depósitos à prazo (CDB) • Concessão de crédito simples (cheque especial) • Arrecadação de tarifas e tributos públicos. • Concedem empréstimos de curto e médios prazos, a indústria, as empresas prestadoras de serviços e PF. • Somente BC, cooperativas de crédito e a Caixa Econômica Federal podem captar depósito à vista. • Atuam em operações de câmbio. 26 Banco Comercial (BC) Banco de Investimentos (BI) Observação: Crédito de curto prazo = capital de giro. Crédito de longo prazo = capital fixo. Características Básicas da SAM e SCI • Constituída na forma de sociedade anônima e Supervisionada pelo Banco Central. • Em sua denominação social deve constar a expressão “crédito imobiliário”. • O foco da SCI consiste no financiamento para construção de habitações, na abertura de crédito para compra ou construção de casa própria e no financiamento de capital de giro a empresas incorporadoras, produtoras e distribuidoras de material de construção. Essas são suas operações ativas. • Suas principais operações passivas são a Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Letra Financeira (LF) e depósitos interfinanceiros; • Pessoas jurídicas que tenham como objeto principal a prática de operações de arrendamento mercantil (leasing) nas modalidades financeiras e operacional. • Podem ser objeto de arrendamento bens móveis e imóveis. • Suas fontes de captação de recursos são provenientes de empréstimos, colocação de debêntures e notas promissórias. 27 Sociedade de Arrendamento Mercantil (SAM) Sociedade de Crédito Imobiliário (SCI) SCFI - Financeiras • As sociedades de crédito, financiamento e investimento (SCFI), conhecidas como “financeiras”, são instituições privadas que fornecem empréstimo e financiamento para aquisição de bens, serviços e capital de giro. • Muitas das financeiras não ligadas a bancos fazem parte de conglomerados econômicos e operam como braço financeiro de grupos comerciais ou industriais. É o caso, por exemplo, de algumas lojas de departamento e montadoras de veículos que possuem suas próprias financeiras, concentrando suas operações no financiamento de seus próprios produtos. • Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima, em cuja denominação social deve constar a expressão "Crédito, Financiamento e Investimento". São supervisionadas pelo Banco Central. • As Financeiras captam recursos por meio Letras de Câmbio (LC), Recibos de Depósitos Bancários (RDB), Depósitos Interfinanceiros (DI), operações de cessão de créditos, Depósitos a Prazo com Garantia Especial (DPGE) e Certificado de Depósitos Bancário (CDB). 28 Empréstimo Financiamento O dinheiro recebido não tem destinação obrigatória. O dinheiro recebido está vinculado à aquisição de determinado bem ou serviço como, por exemplo, a aquisição de um veículo ou equipamento. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM) e Distribuidora (DTVM) 1) Execução de ordens de compra e venda de ativos para seus clientes (Home Broker) 2) Disponibilização de informações de análise de investimentos; 3) Administração de carteiras (fundos de investimentos) 4) Realizar operações de Underwriting 29 Principais funções: As corretoras de títulos e valores mobiliários (CTVM) e as distribuidora de títulos e valores mobiliários (DTVM) atuam nos mercados financeiro e de capitais e no mercado cambial intermediando a negociação de títulos e valores mobiliários entre investidores e tomadores de recursos. A FISCALIZAÇÃO das Corretoras e distribuidoras, é feita tanto pelo Banco Central do Brasil quanto pela CVM. Instituições financeiras oficiais federais – papel e atuação 30 São consideradas as agências oficiais federais, em relação à política de aplicação de recursos (empréstimos e financiamentos), o Banco da Amazônia S.A (BASA), o Banco do Brasil S.A (BB), O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Nordeste do Brasil S.A (BNB), a Caixa Econômica Federal (CAIXA), a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e a Agência Especial de Financiamento Industrial (FINAME). Estas têm como diretriz geral a preservação e geração do emprego com vistas à redução das desigualdades, respeitadas suas especificidades. BASA • Objetivo: desenvolvimento sustentável da região amazônica. • Principal fonte de recursos: Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). • Atuação: Norte do país: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantis. BB • Objetivo: contribuir de forma intensa no crescimento econômico, industrial, comercial e social do Brasil. • Atuação: Nacional, principalmente em crédito rural e no agronegócio. CEF • Objetivo: promover a cidadania e o desenvolvimento sustentável do país. • Atuação: Nacional, grandes operações comerciais, centralizadora do FGTS, PIS, habitação popular, agente pagador do bolsa família e seguro-desemprego etc. BNDES • Objetivo: promover o financiamento de longo prazo e investimento em todos os segmentos da economia brasileira. • Atuação: Nacional, apoia empreendedores de todos os portes, inclusive pessoas físicas. Instituições financeiras oficiais federais – papel e atuação 31 FINEP • Objetivo: promover o desenvolvimento econômico e social do Brasil por meio do fomento público à ciência, tecnologia e inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas e privadas. • Atuação: toda a cadeia da inovação, com foco em ações estratégicas, estruturantes e de impacto para o desenvolvimento sustentável do Brasil. FINAME • Objetivo: financiamento da produção e aquisição de máquinas e equipamentos nacionais credenciados no BNDES. • Atuação: Nacional, concedendo linhas de crédito às empresas. Instituições financeiras oficiais federais – papel e atuação 32 • BNDES • Caixa Econômica Federal (CEF) • Banco do Brasil (BB) • Banco do Nordeste (BNB) • Banco da Amazonia (BASA) • Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) Agências de fomento • Habitação; • Indústria; • Rural; • Comércio; • Tecnologia; • Energia; • Outros. Prioridades • Região; • Unidade Federativa; • Setor de atividade; • Porte do tomador (micro, pequeno, médio e grande); • Origem de recursos aplicados. Discriminação • Saldos anteriores; • Concessões no período; • Recebimentos no período; • Saldos atuais; • Fluxo de aplicações. Empréstimos e financiamentos • Recursos próprios; • Recursos do tesouro; • Outras fontes (FGTS, PIS, FAR, FAT, etc.) Fontes dos recursos Plano de aplicação de recursos (empréstimos e financiamentos) das agências financeiras oficiais de fomento, observando a preservação e geração do emprego e, as prioridades determinadas na LDO. Definição Módulo 02 – Operações de crédito bancário Operações de crédito bancário 34 Crédito é a confiança que se tem em algo. Quando se empresta um recurso espera-se recebe-lo de volta. Aquele que empresta chama-se credor, enquanto aquele que pega emprestado chama-se devedor. Isso envolve uma avaliação do risco de crédito, que é a probabilidade de o devedor não cumprir o acordo. Na classificação das operações de crédito, deve-se ter em conta: a) a aplicação dada aos recursos, por tipo ou modalidade de operações; b) a atividade predominante do tomador do crédito. Modalidades • Empréstimos: operações realizadas sem destinação específica ou vínculo à comprovação da aplicação dos recursos. São exemplos os empréstimos para capital de giro, empréstimos pessoais e os adiantamentos a depositantes. • Títulos descontados: são as operações de desconto de títulos; • Financiamentos: são as operações realizadas com destinação específica, vinculadas à comprovação da aplicação dos recursos. São exemplos os financiamentos de parques industriais, máquinas e equipamentos, bens de consumo durável, rurais e imobiliários. Tipos de crédito • Créditos empresariais ou pessoal; • Crédito de longo ou curto prazo; • Créditocom juros fixo ou variáveis; • Crédito de investimento ou capital de giro. Operações de crédito bancário 35 Tipos de parcelas • Fixas: valores fixos. • Variáveis: SELIC, IPCA, TLP etc. Prazo total de financiamento • Carência: é o período em que as amortizações não são cobradas, os pagamentos contemplam apenas os juros. Quanto maior a carência, maior o juros. Além dos juros podem haver custos adicionais, como tarifas e tributação, como o IOF. • Amortizações: processo de extinção de uma dívida através de pagamentos periódicos. O fundamento do crédito se baseia em informações financeiras, histórico de pagamento, renda e outros fatores que determinam a capacidade e a disposição do devedor de cumprir suas obrigações. Elementos do crédito • Principal: o montante emprestado ou o saldo pendendo do empréstimo; • Juros: a taxa cobrada pelo uso do dinheiro emprestado; • Prazo: o período durante o qual o empréstimo deve ser pago; • Termos e condições: os detalhes específicos do acordo de empréstimo, como cláusulas de pagamento, garantias e penalidades. Requisitos do crédito • Pontuação de crédito; • Renda e capacidade de pagamento; • Garantias; • Histórico de crédito. Análise de crédito O processo de análise de crédito tem como objetivo concluir acerca da capacidade de pagamento do tomador, identificar os diferentes riscos corridos pela organização que cede o crédito e recomendar a melhor estrutura da dívida a fim de mitigar os riscos corridos. 36 1) Levantamento dos dados: fichas cadastrais, entrevistas, visitas, documentos, histórico etc.; 2) Análise da operação: comitê de crédito, formado por superiores hierárquicos e outros analistas de crédito. Caráter do emissor • Avaliação da intenção de pagar Capacidade de pagar • Avaliação da geração futura de caixa recorrente e livre para quitação de obrigações financeiras. Capital • Avaliação de fontes alternativas de caixa para quitação de obrigações financeiras, como imóveis e caixa disponíveis. Colateral • Avaliação da garantia específica da operação (real, flutuante, quirografária e subordinada). Covenants ou Condições • Avaliação dos deveres do tomador na operação que vão além do repagamento da dívida. Um exemplo de covenant financeiro é a limitação do endividamento da empresa a 3,5x o EBITDA dos últimos 12 meses. Análise qualitativa Na análise qualitativa o analista está preocupado em avaliar variáveis ou fatores de análise que afetam o risco de crédito e que são de difícil mensuração ou quantificação. 37 Em geral é interessante iniciar a análise qualitativa pelo ambiente macro que a empresa está inserida, antes de analisar aspectos setoriais e micro da empresa. Isso porque o entendimento do ambiente macro pode ajudar a entender e projetar o desempenho dos setores de uma economia. Isto, por sua vez, pode ajudar a entender e projetar a performance das empresas de um setor. Esta sequência de análise é conhecida como análise top-down (de cima para baixo). Exemplos: • Estimar os rumos da economia e especificamente do setor em que a empresa atua para identificar oportunidades de crescimento ou moderação. • Análise competitiva no setor novos entrantes e tecnologias que podem modificar o mercado (posicionamento da empresa no setor). • Análise interna da empresa focada em dados de governança corporativa, experiência dos gestores e fatores correlatos. Análise quantitativa Na análise quantitativa, o analista utiliza técnicas numéricas para avaliar fatores de análise que são quantificáveis. Analistas de crédito basicamente utilizam duas técnicas para análise quantitativa: técnicas estatísticas e técnicas de análise de demonstrações financeiras. 38 Exemplos: • Analisar grau de alavancagem financeira da empresa; • Cobertura sobre juros; • EBITDA etc. Exercício de fixação 15156 - As principais variáveis relacionadas ao risco de crédito estão associadas ao conhecimento e ao acompanhamento da capacidade de pagamento dos clientes, assim como das próprias operações de crédito autorizadas. Sobre risco de crédito, assinale a alternativa CORRETA. Ano: 2010 Banca: ACEP Órgão: BNB Prova: ACEP - 2010 - BNB - Analista Bancário a) A classificação das operações de crédito, de titularidade de pessoas físicas, deve levar em conta apenas a situação da renda e do patrimônio do devedor. b) As instituições financeiras devem implementar estruturas de gerenciamento do risco de crédito, compatíveis com a natureza e a complexidade de suas operações de crédito. c) O risco de crédito está associado ao cumprimento das obrigações contratuais das pessoas físicas, uma vez que não há regras para o controle de créditos para pessoa jurídica. d) A existência de avais ou fianças elimina, totalmente, o risco de crédito existente nas operações de empréstimos das instituições financeiras. e) Por não envolver risco de crédito, não há necessidade, por parte dos bancos, de estabelecer limites para a realização de operações de empréstimos, tanto individualmente, como para grupos econômicos. 39 Cadastro de pessoa física e jurídica 40 Relação de documentos Pessoa Física maior de 18 anos Registro geral (RG) ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH); • Documento deve estar legível Fatura de água e esgoto ou gás ou energia elétrica ou telefone fixo ou celular • fatura deverá ter vencimento de no máximo 180 dias antes da data da sua entrega ao Banco. Comprovante de renda • última declaração do IR ou último contra cheque não podendo ser posterior a 90 dias com relação ao salário a que se refiram; Certidão de casamento, se for o caso. • Observação 1: Caso pretenda obter crédito junto ao BNB, deverá ser efetuado também o cadastro do cônjuge ou companheiro(a), exceto quando o regime de casamento é separação absoluta. • Observação 2: Nos casos de divórcio é necessário a averbação da informação na certidão de casamento. • Observação 3: Para os clientes que possuem união estável essa informação deverá ser selecionada no início do processo, portanto, não é necessário inserir nenhum documento no item certidão de casamento. Cadastro de pessoa física e jurídica 41 Dependente financeiro - deve ser realizado primeiro o cadastro do responsável financeiro Registro geral (RG) ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH); • Documento deve estar legível Fatura de água e esgoto ou gás ou energia elétrica ou telefone fixo ou celular • fatura deverá ter vencimento de no máximo 180 dias antes da data da sua entrega ao Banco. Comprovante de renda • Deve ser enviado a Declaração de Dependente Financeiro (documento disponibilizado pelo banco). • O cadastro de pessoa jurídica dependerá do seu regime de tributação (Simples nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real); e • do tipo Societário (Micro Empreendedor Individual, Empresário Individual, Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, Sociedade Simples, Sociedade Limitada, Sociedade Limitada Unipessoal, Sociedade em Nome Coletivo ou Sociedade em Comandita Simples). Tipos e constituição das pessoas 42 Tipos de Pessoas jurídicas Características Micro empresa • Empresa com renda anual menor ou igual a R$ 360 mil; • máximo 9 funcionários (comércio e serviços) e 19 empregados (indústria). Empresa pequeno porte • Empresa com renda anual maior que R$ 360 mil e menor ou igual a R$ 4,8 milhões; • Máximo de 10 a 49 empregados (comércio e serviços) e de 20 a 99 (indústria). Empresa médio porte • Empresa com renda anual maior que R$ 4,8 milhões e menor ou igual a R$ 300 milhões; • Máximo de 50 a 99 empregados (comércio e serviços)e de 100 a 499 (indústria); Empresa grande empresa • Empresa com renda anual maior que R$ 300 milhões; • 100 pessoas ou mais (comércio e serviços) e 500 ou mais (indústria) Tipos e constituição das pessoas 43 Micro empresa ou Empresa de pequeno porte Tipo societário: • Microempreendedor individual (MEI); • Empresário individual (EI); • Sociedade Limitada Unipessoal (SLU). São tipos de micro e pequenas empresas individuais sem sócios.Dono da empresa pode ter que arcar com débitos da empresa, eventualmente misturando o seu patrimônio pessoal com o da PJ. Dono do empreendimento não mistura seus bens pessoais aos da empresa e responde com limitações aos seus débitos jurídicos. Não há exigência de capital social mínimo. Consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços. Tipos e constituição das pessoas 44 Tipos de Pessoas jurídicas Características Microempreendedor individual (MEI) • Só pode ser MEI o empresário individual. Nenhum tipo de sociedade pode ser MEI. Em resumo é a pessoa que trabalha como pequeno empresário(a) de forma individual; • Empresário individual responde bom bens pessoais por dívidas da empresa; • Deve auferir receita bruta acumulada de até R$ 81.000,00 anual para o MEI em geral e para o MEI transportador autônomo de cargas de até R$ 251.600,00 anual; • Se a formalização for realizada em algum momento que não o início do ano, basta fazer as contas: o faturamento deve ser proporcional a R$ 6.750,00 ao mês; • Deve possuir um único estabelecimento; • Não participar de outra empresa como titular, sócio ou administrador; • Não ser constituído na forma de startup; • Não contratar mais de um empregado e que receba o piso da categoria ou um salário mínimo. • Servidor público federal em atividade não pode ser MEI. Os servidores estaduais e municipais devem consultar o RH para ver se é permitido; • O MEI não tem contrato social. O Certificado da Condição de Microempreendedor Individual – CCMEI, é o documento que comprova o registro como MEI; Obrigações tributárias do MEI: • Valor fixo mensal – INSS, ISS (R$ 5,00) e ICMS (R$ 1,00); • O optante pelo SIMEI é isento de IRPJ, CSLL, contribuição para o PIS/Pasep, COFINS, IPI (exceto se incidentes na importação) e contribuição previdenciária patronal (exceto se contratar empregado). Tipos e constituição das pessoas 45 Tipos de Pessoas jurídicas Características Empresário individual (EI) • Pode atingir até R$ 4,8 milhões por ano; • Não conta com restrições de ter por exemplo só um empregado contratado (caso do MEI); • O EI não está necessariamente atrelado ao Simples Nacional, podendo optar pelos regimes de tributação de Lucro Real ou Lucro Presumido; • Não tem valor mínimo de capital social; • Caso venha a admitir sócios, poderá solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantis a transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade empresária; Sociedade Limitada Unipessoal (SLU) – Ltda Unipessoal. • Também permite que o empreendedor atue sozinho; • É formada por apenas um sócio; • Não tem capital mínimo para ser aberta; • Responsabilidade limitada ao capital social da empresa, não envolvendo bens pessoais. • Abrange algumas profissões e atividades que outros tipos de empresa não comportam: advogados, médicos, dentistas etc. Forma de tributação Tipos de tributação Características Simples nacional É um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). É administrado por um Comitê Gestor composto por 8 integrantes: 4 da Secretaria da Receita Federal (RFB), 2 dos Estados e do Distrito Federal e 2 dos Municípios. • Recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação (DAS), dos seguintes impostos e contribuições: ▪ Imposto sobre a renda da pessoa jurídica (IRPJ); ▪ Imposto sobre produtos industrializados (IPI); ▪ Contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL); ▪ Contribuição para o financiamento da seguridade social (COFINS); ▪ Contribuição para o PIS/PASES; ▪ Contribuição patronal previdenciária (CPP); ▪ Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS); ▪ Imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS). • Prazo para recolhimento do DAS é até o dia 20 do mês subsequente àquele em que houver sido auferida a receita bruta; • Possibilidade de os Estados adotarem sublimites para EPP em função da respectiva participação no PIB; • Os estabelecimentos localizados nesses estados cuja receita bruta total extrapolar o respectivo sublimite deverão recolher o ICMS e o ISS diretamente ao Estado ou Município. 46 Forma de tributação Tipos de tributação Características Lucro real • A empresa paga seus impostos baseado no lucro real obtido (receitas menos despesas); • Apuração trimestral encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro; • O contribuinte tem a opção de apurar anualmente o imposto devido, devendo, entretanto, recolher mensalmente o imposto por estimativa; • A pessoa jurídica, pagará o imposto à alíquota de 15% sobre o lucro real; • A parcela do lucro real que exceder ao valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do respectivo período de apuração, sujeita-se à incidência de adicional de imposto à alíquota de 10%; • São deduzidos deste montante os valores referentes a despesas permitidas pela legislação fiscal, como a depreciação de bens, por exemplo; • O valor do lucro real apurado é utilizado como base para o cálculo de impostos, estes incluem o IRPJ e o CSLL; • Empresas que obrigatoriamente se enquadram no regime tributário de Lucro Real: a) Negócios com faturamento superior a R$ 78 milhões; b) Instituições financeiras; c) Seguradoras; d) Factorings; e) Empresas que possuem benefícios fiscais; f) Entidades que movimentam valores provenientes de outros países; g) Empresas que exploram atividades de securitização de crédito. 47 Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pelo Regulamento. Forma de tributação Tipos de tributação Características Lucro presumido • É a forma de tributação simplificada do IRPJ e CSLL; • Realiza a apuração com base em uma presunção de lucro da empresa; • Apuração trimestral; • A pessoa jurídica pagará o imposto à alíquota de 15% sobre o lucro presumido; • Adicional de imposto de renda: exceder o valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do respectivo período de apuração, sujeita-se à incidência de adicional de IR à alíquota de 10%; • Quem pode se enquadrar nesse regime tributário? a) Companhia que fature até R$ 78 milhões ao ano; b) Instituição que não se enquadre na obrigatoriedade do Lucro real; c) Negócios que não possuam receitas originadas de exportação de serviços; d) Empresas que não tenham receita de sucursais ou filiais ou sucursais no exterior. 48 Composição societária/acionária e formas de tributação 49 Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. Personalidade jurídica própria (adquirida mediante inscrição dos seus atos constitutivos no registro próprio). NÃO é a partir do início das atividades! Registradas no Registro Civil das Pessoas Jurídicas Registradas no Registro Público de Empresas Mercantis, a cargo das Juntas Comerciais Não possuem registro! Composição societária/acionária e formas de tributação 50 O que é sociedade? É a celebração do contrato entre pessoas naturais ou jurídicas, na intenção de se unirem para assumir os riscos e partilhar os resultados do exercício da atividade econômica, contribuindo reciprocamente com bens ou serviços. De modo geral, a Sociedade é regida por uma pluralidade de sócios, que celebram um contrato próprio de sociedade, é plurilateral (dois oumais sócios), de estrutura aberta (permite a adesão de novos partícipes), no qual se cria uma Pessoa Jurídica (personificada), estabelecendo- se direitos e obrigações mútuas, a fim de se buscar o interesse comum dos sócios. Tal contrato pode se dar por meio de um contrato social ou estatuto social. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 51 52 53 54 55 56 57 58 59 Mandatos e procurações 60 No campo do Direito Civil (e Bancário), mandato é uma autorização que alguém (mandante) confere a outrem (mandatário ou procurador) para praticar em seu nome certos atos ou administrar interesses. Ou seja, o mandato é a autorização para quem represente outra pessoa na celebração de atos jurídicos. A formalização do mandato, quando escrito – e nas operações bancárias efetuadas por mandato ele sempre deve ser escrito – é realizada por meio da procuração, que é o documento que estipula as condições e poderes de exercícios da representação. Os atos praticados por meio de mandato são considerados como praticados pelo delegante (mandante). Procuração • Documento que representa o mandato; NÃO CONFUNDA! mandado É uma ordem, uma determinação. Ex: Juiz manda prender alguém, é um mandado de prisão. Mandatos e procurações 61 Intervenientes no Mandato Mandante ou Representado ou Outorgante • É quem delega a representação em nome de quem os atos jurídicos serão praticados; • É quem assina a procuração autorizando outra pessoa a representa-lo. Mandatário ou Representante ou Procurador ou Outorgado • É quem recebe a delegação de poder e que pratica os atos em nome do mandante; • É quem representa o mandante; • A procuração deve dizer quais atos poderão ser praticados pelo procurador (detalhamento). Obs.: todas as pessoas capazes podem outorgar procuração, estando excluídos as pessoas absolutamente e relativamente incapazes (neste último caso, se o ato a ser praticado estiver incluído na restrição da capacidade). O maior de 16 e menor de 18 anos não emancipado pode ser procurador (não mandante), não podendo o outorgante pleitear perdas e danos por má execução do contrato. • Capacidade civil: aptidão que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos. • Incapacidade civil: são incapazes aqueles discriminados pela legislação (menores de 16 anos etc.); • Relativamente incapaz: incapaz em relação a certos atos. Ex. de relativamente incapaz: Pródigo (uma pessoa que dilapidava o seu patrimônio de forma irresponsável), essa pessoa poderia ser interditada parcialmente. Os interessados vão na justiça, normalmente herdeiros, o Juiz verificava se era o caso de realizar interdição, e essa pessoa ficava proibida de vender seus bens sem autorização de outras pessoas. Essa pessoa por exemplo não pode outorgar procuração. Mandatos e procurações 62 Requisitos da procuração Qualificação do Outorgante • Todos os dados necessários para identificar, de forma inequívoca, quem é o mandante; Qualificação do Outorgado • Todos os dados necessários para identificar, de forma inequívoca, quem é o procurador; • Pode haver mais de um procurador? Sim. Cada um deles deverá estar identificado. Natureza e extensão dos poderes outorgados • Quais são os atos que o procurador poderá praticar (seus poderes); • Se o procurador agir além dos poderes que estiverem na procuração, ele responderá por eventuais perdas e danos perante o mandante. Prazo de validade • Se for o caso, pois a procuração pode ser prazo indeterminado (o mandante pode revogar a qualquer momento); • O banco geralmente pede para pessoa renovar a procuração de tempos em tempos, geralmente de forma anual; Mandatos e procurações 63 Formas de procuração Por instrumento público • Feita pro escritura pública lavrada no Cartório de Notas; • É exigida sempre que o ato a ser celebrado exigir escritura pública; • Escritura pública é toda declaração pública feita na frente de um tabelião. Segurança maior; • Não há necessidade de reconhecimento de firma. Por instrumento particular • Não é feita por escritura pública, bastando que tenha a assinatura do procurador e preencha os requisitos; • A maioria das procurações são feitas por instrumento particular (geralmente exige-se reconhecimento de firma). Quando se exigir procuração por instrumento particular, pode-se usar tanto a pública quanto a particular. Mas quando exigir procuração pública, obrigatoriamente deve ser a pública. Mandante Procurador procuração Substabelecimento: é o ato pelo qual o procurador transfere a outrem os poderes que recebeu por meio da procuração. O substabelecimento sempre pode ser realizado, exceto quando houver expressa vedação legal na procuração. No entanto, se a procuração for omissa quanto à possibilidade de substabelecimento, o procurador original será responsável pelos prejuízos causados de forma culposa pelo substabelecido. substabelecido subestabelecimento Mandatos e procurações 64 substabelecimento • Com reserva de poderes: o procurador original também pode continuar a praticar os atos previstos na procuração; • Sem reserva de poderes: o procurador original não poderá mais praticar os atos delegados na procuração, os quais somente poderão ser realizados pelo substabelecido. Extinção do Mandato O mandato é considerado extinto • Pela revogação (mandante que solicita) ou renúncia (procurador diz que não quer mais representar); • Pela morte ou interdição de uma das partes; • Pela mudança de estado que inabilite o mandante a conferir os poderes, ou o mandatário para os exercer; • Pelo término do prazo ou pela conclusão (quando é concedida somente para um ato em específico, ex: abertura de conta corrente apenas), quando for o caso. Risco de ativos 65 Ativos livres de risco Títulos públicos federais Ativos com risco de crédito CDB, LCI, LCA, Debêntures etc. Risco Prazo Risco Retorno Princípio da Dominância Desvio padrão de uma carteira Risco de mercado: é o risco relacionado à volatilidade de determinado ativo, ou seja, a oscilação dos preços; Beta: é a medida de risco sistemático. a) Quando β < 1 o ativo é dito defensivo; b) Quando β > 1 o ativo é dito agressivo; c) Quando β = 0 o retorno do ativo é igual ao retorno do ativo livre de risco. 𝛽1 = 𝐶𝑂𝑉𝑖,𝑀 𝜎𝑀 2 = 𝜎𝑖 𝜎𝑀 . 𝜌𝑖,𝑀 Risco de Liquidez: negociabilidade 66 • Ativos com baixa liquidez: imóveis. • Ativos com alta liquidez: ações, fundos de investimento com resgate diário. O risco de liquidez surge de situações em que um interessado em negociar um ativo não pode fazê-lo porque ninguém no mercado deseja negociar aquele ativo. Ou seja, o interessado não consegue transformar o seu ativo em dinheiro. Geralmente vem relacionado a poucos compradores (ou uma única oferta de compra); nenhum interessado no ativo; ou não estão dispostos à pagar o preço justo. Risco de liquidez retorno liquidez risco Para se proteger do risco de liquidez tenha uma reserva de emergência com alta liquidez: aplicações por exemplo em ativos de renda fixa com liquidez diária; e limite a sua exposição à ativos com baixo volume diário de negociação. Risco de Crédito Ações não possuem risco de crédito 67 O risco de crédito é o risco de que uma empresa não consiga cumprir com suas obrigações financeiras. Títulos emitidos estão sujeitos a risco inadimplência, sendo classificados pelas agências de rating segundo diferentes escalas de qualidade. • Solvência: é um devedor que tem ativos > passivos; • Inadimplência: falta de cumprimento de obrigação, total ou parcialmente. Nem toda empresa inadimplente é insolvente. Spread de crédito: é a taxa exigida na negociação de um título de crédito acima da taxa de um título do governo com prazo e condições similares. Ex: se um título privado paga IPCA + 6% a.a. e o título do governo paga IPCA + 4% a.a., temos que ospread de crédito, calculado por juros simples, seria de 2%. rating preço Taxa de juros Risco de Crédito – Capacidade de pagamento 68 Estrutura de capital: é o quociente entre capital de terceiros e capital próprio. A estrutura ótima de capital é aquela que minimiza o custo médio ponderado de capital (WACC). Capacidade de pagamento: avaliação de fontes alternativas de caixa para quitação de obrigações financeiras, como imóveis e caixa disponíveis. Alavancagem: é a capacidade que uma empresa possui para utilizar ativos ou recursos externos, tomados a um custo fixo, visando maximizar o lucro de seus sócios. Endividamento: é o passivo exigível da empresa como dívidas com terceiros (capital de terceiros); exemplo: dívidas com fornecedores de mercadorias, funcionários (salários), governo (impostos), bancos (empréstimos), encargos sociais (FGTS, previdência social), encargos financeiros (financiamentos) etc. Geração de caixa: o EBITDA é o lucro referente apenas ao negócio da companhia, descontando qualquer ganho financeiro (derivativos, alugueis ou outras rendas), e por conta disso, tem como função determinar a capacidade de geração de caixa da empresa. Risco Operacional, de liquidação, de contraparte e de Mercado Externo. 69 É definido como a possibilidade de ocorrência de perda resultantes de falha, deficiência ou inadequação de quaisquer processos internos envolvendo pessoas, sistemas ou de eventos externos e inesperados, por exemplo: Erros humanos; Falhas de sistemas; Fraudes. Basta verificar a quantidade de sistemas existentes no internet banking que buscam trazer segurança para o usuário e também para o banco. Risco Operacional • Chance de não dar certo o negócio / não executar a operação. • Já encontrou o comprador, então há liquidez, mas não consegue finalizar o contrato. • As clearing house são responsáveis por mitigar esse risco. Risco de liquidação Risco de crédito de contraparte é o risco de um contrato financeiro entrar em default antes do vencimento e assim não realizar todos os pagamentos previstos. Apenas contratos negociados privativamente, como os negociados em balcão, estão sujeitos a este risco. Risco de contraparte Quando um investidor possui recursos no mercado externo o valor do seu patrimônio pode sofrer oscilações devido a variação da taxa de câmbio, mudanças no cenário macroeconômico mundial, riscos geopolíticos específicos de cada país investido, questões legais, regulatórias e tributárias específicas de um país. Risco de Mercado Externo Risco de imagem e risco legal. 70 É a probabilidade de uma organização sofrer perdas financeiras, em consequência de algumas práticas internas, eventos de risco, e fatores externos que impactam negativamente a sua imagem perante o mercado. Essas ações comprometem a reputação da empresa frente a investidores, supervisores, parceiros comerciais e clientes. Risco de imagem (reputação) O risco legal engloba todas as ameaças as quais a empresa está vulnerável, em decorrência do mal cumprimento da legislação vigente. Interpretação errônea de dispositivos legais, acompanhamento desorganizado das obrigações e transações fraudulentas são algumas das possíveis causas de prejuízos financeiros decorrentes do risco legal. Risco legal (não cumprimento da legislação/regulamentação) Descontos de títulos 71 O desconto de título nada mais é do que uma antecipação de recebível (títulos: duplicatas, notas promissórias, etc.) – que é aquilo que representou no passado uma venda a prazo. Ao apresentar um título de vencimento futuro para desconto no presente o cliente não recebe seu valor total. Sobre esse valor o banco deduz a taxa de desconto, além de impostos – é uma modalidade ainda que indireta, de crédito e – encargos administrativos. 𝐷𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑏𝑎𝑛𝑐á𝑟𝑖𝑜 = 𝑉𝑁 . 𝑑. 𝑛 • VN = valor nominal do título • d = taxa de desconto • n = prazo de antecipação Exercício: Um título com valor nominal de R$ 10.000 vence em 3 meses, mas seu detentor deseja antecipá-lo na data atual. Se a taxa de desconto for de 24% ao ano, pede-se calcular o desconto e o valor descontado desta operação. Desconto bancário = 10.000 x 0,24 x 3/12 = R$ 600 (é o valor que fica para o banco para antecipar R$ 9400 para o cliente). Valor descontado = 10.000 – 600 = R$ 9.400 Características: • Pode ser utilizado tanto por PJ e PF; • Diferentemente de uma operação de Factoring, o desconto de títulos não é uma operação de compra e venda. O banco tem direito de regresso, ou seja, no vencimento, caso o título não seja pago pelo sacado (o devedor) o cedente (a empresa que descontou a duplicata) assume a responsabilidade pelo pagamento. Crédito Direto ao Consumidor (CDC) É um financiamento destinado aos consumidor, ou seja, as pessoas que desejam utiliza-lo podem fazer compras e aquisições de produtos, serviços ou bens duráveis de forma parcelada. O CDC pode ser oferecido por bancos e financiadoras de crédito, ou ainda por lojas que possibilitam as compras por crediário. Alguns bancos oferecem o CDC como um empréstimo pessoal pré-aprovado comum, podendo ser utilizado para qualquer finalidade e não somente em compras parceladas. Na prática, toda vez que você compra um produto de forma parcelada, esta utilizando o CDC. Se for feita uma compra usando o cartão de crédito, é o banco quem está concedendo esse financiamento. Como todo empréstimo, é cobrado juros. 72 1. quanto mais parcelada for a compra, mais alto será o valor final; 2. Possibilidade de cobrança de IOF; 3. avaliação financeira, no caso de empréstimo pré-aprovado pelo banco; 4. taxa de juros maior que os rendimentos da poupança; 5. facilidade de acumular dívidas. Vantagens 1. facilidade para encontrar e contratar o crédito; 2. flexibilidade nas condições de pagamento; 3. juros menores que os do cheque especial e do cartão de crédito; 4. diferentes modalidades de crédito voltadas para interesses específicos, como saúde e educação; 5. possibilidade de antecipar parcelas e/ou quitar a dívida Desvantagens Crédito Rural O crédito rural é o financiamento destinado ao segmento rural. Os produtores rurais utilizam os recursos concedidos pelas instituições financeiras nessa linha de crédito de diversas maneiras na sua propriedade. Por exemplo, podem investir em novos equipamentos e animais ou custear matéria prima para o cultivo. Podem ainda utilizar esses recursos para comercializar e industrializar a produção. São as chamadas finalidades do crédito rural. 73 destina-se à industrialização de produtos agropecuários, quando efetuada por cooperativas ou pelo produtor na sua propriedade rural. Finalidades Crédito de custeio destina-se a cobrir despesas normais dos ciclos produtivos, da compra de insumos à fase de colheita. Crédito de investimento destina-se a aplicações em bens ou serviços cujo benefício se estenda por vários períodos de produção. Por exemplo na aquisição de um trator. Crédito de comercialização destina-se a viabilizar ao produtor rural ou às cooperativas os recursos necessários à comercialização de seus produtos no mercado. Crédito de industrialização Crédito Rural 74 Cheques Cheque pré-datado não existe legalmente. Prazos de apresentação para pagamento: Prazos de prescrição: 1) O que ocorre se houver divergência nos valores por extenso e em algarismos? 2) Indicada a quantia mais de uma vez, quer por extenso, ou em algarismo, qual prevalecerá? 3) Se for apresentado dois cheques, e não tiver fundos para os dois, qual deverá ser pago primeiro? E se forem da mesma data? 75 O cheque é uma ordem de pagamento à vista, em que o emissor dá uma ordem para o banco fazer o pagamento de um determinado valor ao beneficiário. É considerado um título de crédito, pois representa o reconhecimento de uma dívida por parte do emissor. A operação com cheque envolve 3 agentes: • Emitente (emissor ou sacador): aquele que emite o cheque; • Beneficiário (emissário ou sacado): pessoa que recebe o cheque comopagamento; e • Sacado: banco onde está depositado o dinheiro do emitente e que fará o pagamento do cheque ao beneficiário. • 30 dias, a partir da data de emissão na mesma praça onde tiver de ser pago; • 60 dias, a partir da data de emissão em outro lugar do país ou do exterior. • 180 dias após encerrado o prazo de apresentação. Cheques 76 Circulação • Cheque pode ser ao portador ou nominativo; • Superior a R$ 100,00 deve ser sempre nominativo. • Nominativo é transferível por endosso; • Nominativo seguido da expressão “ou ao portador”, é considerado ao portador; • Pode ser nominativo a um ou a mais beneficiários, solidários ou não; • Não se admite o endosso parcial; • O nominativo e endossado EM BRANCO, torna-se “ao portador”; • A grafia dos centavos é facultativa. O valor deve estar em algarismos. CRUZAMENTO • CRUZAMENTO EM BRANCO (geral):apenas os dois traços paralelos. • CRUZAMENTO EM PRETO (especial): entre os dois traços paralelos contém o nome de um banco. Neste caso somente a este pode ser pago. cancelamento do cruzamento é considerado inexistente. O cruzamento geral pode ser convertido em especial, como também o especial em geral. O pagamento do cheque deve ser precedido antes da verificação: • Do preenchimento formal; • Do prazo de apresentação e/ou prescrição; • Da autenticidade da assinatura/chancela do emitente; • Do saldo e oposição ao pagamento ou contraordem; • Da legitimidade do favorecido e acolhimento do endosso; • Da integridade física do cheque (mutilações, rasgões, borrões, emendas ou rasuras). Cheques 77 É regulado pelo BACEN e executado pelo Banco do Brasil. Os cheques podem ser recusados nos seguintes casos: • insuficiência de fundos; • divergência ou insuficiência na assinatura do emitente; • irregularidade formal ou erro no preenchimento; • contraordem escrita do emitente; • encerramento de contas. • OBS: Os cheques superiores a R$ 100,00 devem, obrigatoriamente, ser nominativos, caso contrário serão devolvidos. (ATENÇÃO, CASO ESPECIAL) CHEQUE ADMINISTRATIVO: É o cheque sacado contra o próprio caixa do banco. São “vendidos” ao cliente. - Deve ser nominativo e conter no verso, a discriminação de sua finalidade pela dependência emitente. É pagável somente na agência sacada ou compensável. ENDOSSO EM BRANCO: para títulos que podem ser emitidos “ao portador”. ENDOSSO EM PRETO: ao endossar, o endossante fará constar o nome do endossatário. OBS: O endosso poderá ser inutilizado – é só riscá- lo! Cheques 78 Compensação DEVOLUÇÃO DE CHEQUES: • 11 Cheque sem fundos – primeira apresentação • 12 Cheque sem fundos – segunda apresentação • 13 Conta encerrada • 14 Prática espúria • 20 Folha de cheque cancelada por solicitação do correntista • 21 Contra-ordem (ou revogação) ou Oposição (ou sustação) • 22 Divergência ou insuficiência de assinatura • 23 Emitente Ent./Org. Adm. Públ. Federal em desacordo • 24 Bloqueio judicial ou determinação BACEN • 25 Cancelamento de talonário pelo banco sacado • 26 Inoperância temporária de transporte • 27 Feriado municipal não previsto • 28 Oposição por furto ou roubo • 29 Cheque bloqueado – falta confirmação de recebimento do talonário pelo cliente 30 Furto ou roubo de malote 31 Erro formal (sem data de emissão, mês gravado numericamente, sem assinatura, sem valor por extenso) 32 Ausência/irregularidade na aplicação do carimbo de compensação 33 Divergência de endosso 34 Ch. Apres. Pelo banco que não o indicado no cruzamento, sem “endosso mandato” 35 Cheque falsificado, emitido sem controle ou responsabilidade do banco, ou ainda com adulteração da praça sacada 36 Cheque com mais de um endosso 37 Registro inconsistente – compensação eletrônica 40 Moeda inválida (somente cheques) 41 Cheque apresentado a banco que não o sacado 42 Cheque não compensável na sessão • 43 Ch. Devolvido anteriormente por motivo 21/ 22/ 23/ 24/ 31/ 34, não passível de reapresentação em virtude de persistir o motivo da devolução • 44 Cheque prescrito (fora do prazo) • 45 Ch. Entidade Obrig. Mov. Rec. Fin. Mediante ordem BACEN • 46 Devolução de CR – cheque não recebido. Entregue fora dos prazos estabelecidos • 47 Devolução de CR – dados inconsistentes • 48 Cheque com valor superior a R$ 100,00 não nominativo • 49 Remessa nula. Reapresentação de cheques devolvidos pelos motivos 12/ 13/ 14/ 20/ 25/ 28/ 30/ 35/ 43/ 44/ 45/ 71 Inadimplemento contratual da cooperativa de crédito • 72 Contrato de compensação encerrado Cheques 79 Contas Garantidas 80 Nada mais é do que uma conta bancária feita exclusivamente para obtenção de crédito para uma empresa. Quer dizer que além de uma conta corrente comum da empresa, o empreendedor usa uma extra. Essa conta garantida terá algum recebível que irá garantir aquela conta (a empresa que dá essa garantia ao banco). Com isso, o banco implanta um limite com base nessa garantia que irá receber. Em resumo as contas garantidas são: operações de crédito vinculadas à conta correntes de pessoas jurídicas, associadas à utilização de limite de crédito pré-estabelecido. Caracterizam-se pela amortização automática do saldo devedor, quando ocorrem depósitos na conta corrente. Diferenciam-se do cheque especial por causa de solicitação de eventuais garantias. As vantagens da conta garantida, que viabiliza créditos financeiros para as empresas, são: • Iniciar atividades; • Colocar as contas em dia; • Pagar salários; • Fazer novas contratações; etc. • Liberação rápida do dinheiro; • Possibilidade de fazer novos investimentos; • Pagamento de impostos somente no primeiro dia útil do mês seguinte. Atente-se que para abrir uma conta garantida, antes, você precisa ter aberto uma conta bancária empresarial. Veja os custos da conta garantida: • Juros pré ou pós-fixados; • IOF (Imposto sobre Operações Financeiras); • Taxa CDI. Contas Garantidas e Crédito Rotativo 81 Ainda sobre contas garantidas, são caracterizadas como empréstimos de curto prazo, para os quais, o tomador mantém sob a custódia de uma instituição financeira valores a receber junto a seus clientes, numa proporção que garanta o pagamento do empréstimo, no caso da inadimplência por parte do tomador. É semelhante ao CRÉDITO ROTATIVO, EXCETO pelo fato de ter obrigatoriamente garantias vinculadas à operação. Conta Garantida: • Somente para PJ; • Geralmente garantida por duplicata ou outra espécie de garantia. Crédito Rotativo: O cliente saca e repõem o valor em espaço curto de tempo. Exemplo: • Cheque especial; • Cartão de Crédito → ao pagar qualquer valor entre o mínimo e o total da fatura, o que faltar será lançado na fatura seguinte com juros e impostos, isso é chamado de crédito rotativo; • Caução em duplicatas; • Serve tanto para PF quanto para PJ. Crédito Rotativo (atualizações) 82 Dívida de quem atrasa o pagamento da fatura do cartão não pode mais superar o dobro do montante original. A regulamentação da norma foi definida em dezembro pelo CMN. • A taxa média de juros cobradas pelos bancos de pessoas físicas estava em 431,6% a.a. em Out/2023 segundo dados do BC; • Medida faz parte da lei do Programa Desenrola Brasil (Lei n° 14.690 de 3 de outubro de 2023) que terá duração até 31 de março de 2024; • O cliente pode ficar até 30 dias sujeito aos juros do rotativo. Desde 2017, os bancos são obrigados a transferir a dívida dessa modalidade para o crédito parcelado, que tem juros mais baixos, após um mês. • O teto de juros vale para as duas modalidades: rotativo e parcelamento da fatura. “O valor original da dívida é o montante concedido pela instituição financeira para cobrir o saldo devedor da fatura”. • As faturas deverão ter uma área de destaque com informações essenciais, como valor total a ser pago, data de vencimento e limite total, além de trazer em área alternativa, outras informações como valor do pagamento mínimo obrigatório, valor dos encargos cobrados, taxas efetivas de juros e opções de financiamento do saldo devedor. Exemplo: Sea dívida original for de R$ 1.000, o valor total a ser pago pelo cliente, já com a cobrança de juros e encargos financeiros, será de no máximo R$ 2.000. Fica de fora desse cálculo apenas o custo do IOF. A partir de 1° de julho de 2024 os clientes poderão solicitar portabilidade gratuita do saldo devedor da fatura do cartão de crédito (rotativo e parcelamento) de uma instituição para outra. Nota promissória 83 Título cambiário em que seu criador assume a obrigação direta e principal de pagar o valor correspondente no título. A nota promissória nada mais é do que uma promessa de pagamento, e para seu nascimento são necessárias duas partes: o emitente ou subscritor (devedor), criador da promissória no mundo jurídico, e o beneficiário ou tomador, que é o credor do título. R$1000 Empréstimo Devedor: se compromete a pagar em 30 dias. Emite • Pode ser transferida a terceiros por endosso (assinatura no verso); • Pode ter garantia do aval (assinatura na frente); essa pessoa que assina a NP tem responsabilidade solidária; • Caso não seja paga poderá ser protestada (registrar essa impontualidade em cartório); • Pode ser feita a cobrança judicial por meio de ação cambial; • Para valores menores que 20 salários mínimos não é necessário advogado, bastando procurar o Juizado especial cível; • Pode ser emitida à vista, pro dia certo (escolher dia/mês/ano) ou acerto termo da data (ex: 15 dias após data de emissão); • Prazo para cobrança por meio de execução é de 3 anos (independente de protesto). Partes intervenientes Promitente Beneficiário (portador) Duplicata 84 Em todo o contrato de compra e venda mercantil entre partes domiciliadas no território brasileiro, com prazo não inferior a 30 dias, contado da data da entrega ou despacho das mercadorias, o vendedor extrairá a respectiva fatura para apresentação ao comprador. A fatura discriminará as mercadorias vendidas e no ato de emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata: título de crédito que serve de prova do contrato de compra e venda (representa venda a prazo). É uma forma de comprovar a existência de uma dívida e garante o recebimento do valor acordado. A duplicata conterá: • A denominação “duplicata”, a data de sua emissão e o número da ordem; Número da fatura; Data certa do vencimento ou a declaração de ser duplicata à vista; Nome e domicílio do vendedor e comprador; Importância a pagar, em algarismos e por extenso; A praça de pagamento; A cláusula à ordem; A declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador, como aceite, cambial; A assinatura do emitente. • É emitida pelo vendedor e entregue ao comprador como comprovante de que existe uma dívida a ser paga, emitida após a nota fiscal; • Uma só duplicata não pode corresponder a mais de uma fatura; • Nos casos de venda para pagamento em parcelas, poderá ser emitida duplicata única; • Aceite da duplicata é quando o comprador reconhece a existência da dívida e se compromete a pagar o valor no vencimento; • O prazo para remessa da duplicata será de 30 dias, contados da data de sua emissão; • O comprador só poderá deixar de aceitar a duplicata por motivo de: I - avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não entregues por sua conta e risco; II - vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, devidamente comprovados; III - divergência nos prazos ou nos preços ajustados. A principal diferença entre duplicata e boleto é que a duplicata é considerada título de crédito e pode ser negociada no mercado financeiro. Exemplo: Maria sonha com uma cozinha toda planejada e decidiu comprar um móvel no valor de R$5000,00. A loja oferece um prazo de pagamento de 90 dias. Para formalizar a venda, a loja de móveis planejados emite uma duplicata no valor de R$5000,00 com data de vencimento para daqui a 90 dias. A consumidora, por sua vez, pode optar por pagar a duplicata na data de vencimento ou antecipar o pagamento. Caso ela opte por antecipar, pode negociar com uma instituição financeira ou empresa especializada em antecipação de recebíveis. Assim, o valor próximo ao total da dívida, menos as taxas cobradas pela instituição financeira ou empresa serão recebidos. Se Maria negociar a duplicata com uma empresa especializada no dia seguinte à emissão do documento e a empresa cobrar uma taxa de 3% ao mês, a consumidora pagará um valor próximo a R$4.850,00 (R$5000,00 – 3% de taxa). Desse modo, ela antecipará o pagamento da dívida e evitará a incidência de juros de mora. • Quanto maior o prazo, maior a taxa de desconto sobre o valor nominal. A duplicata é protestável (ato que prova a inadimplência de obrigação) por falta de aceite de devolução ou pagamento. O portador que não tirar o protesto da duplicata, em forma regular e dentro de 30 dias, contado do vencimento, perderá o direito de regresso contra os endossantes e respectivos avalistas. Cartão de débito e Crédito O cartão de débito é uma forma de pagamento eletrônica que permite a dedução do valor de uma compra diretamente na conta bancária do titular do cartão (conta corrente ou poupança). Para a efetivação de uma transação, o cliente deve utilizar uma senha para autorizar o acesso aos seus fundos bancários. A transação é feita por um terminal eletrônico chamado de POS (point of sale) instalado no estabelecimento comercial e este está conectado diretamente em rede bancária. Um comprovante é emitido ao final da transação, e todas as transações são listadas no extrato mensal da conta do cliente. 86 O Cartão de crédito é uma forma de pagamento eletrônico (dinheiro de plástico). É um cartão de plástico que pode conter ou não um chip e apresenta na frente o nome do portador, número do cartão e data de validade (pelo menos) e, no verso, um campo para assinatura do cliente, o número de segurança (CVV) e a tarja magnética (geralmente preta). O CVV é uma sigla para Card Verification Value, que significa “Valor de Verificação do Cartão”, ou, como é chamado popularmente, Código de Verificação do Cartão. O CVV é utilizado pelos sistemas de pagamento com o objetivo de garantir que a pessoa que está realizando o pagamento tenha o cartão fisicamente disponível no momento da compra. Ou seja, o CVV do cartão funciona como uma forma de proteção contra fraudes em transações feitas na internet Cartão de débito e Crédito As operações de cartões de crédito envolvem 5 participantes: Estabelecimento Adquirente Bandeira Emissor Pessoa interessada em adquirir bens ou contratar serviços pagando através do cartão de crédito. Pode ser o titular da conta de cartão de crédito (responsável pelo pagamento das faturas) ou apenas portador do cartão adicional (atrelado a conta de algum titular). Portador Empresa interessada em vender ou prestar serviço recebendo o pagamento feito pelos seus clientes através do cartão de crédito. Empresa responsável pela comunicação da transação entre o estabelecimento e a bandeira. Para isso, aluga e mantém os equipamentos usados pelos estabelecimentos como, por exemplo, o POS. As maiores adquirentes no Brasil são, dentre outras, Rede, Cielo, Getnet, Stone (joint de subsidiárias do Citibank e do Citigroup) e PagSeguro. Empresa responsável pela comunicação da transação entre o adquirente e o emissor do cartão de crédito e pela padronização dos cartões e tecnologias entre as empresas participantes do mercado para garantir que todos os cartões com determinada bandeira possam ser usados em qualquer estabelecimento que a aceite. As maiores bandeiras presentes no mercado brasileiro são, dentre outras, Visa, MasterCard, American Express, Diners Club International, Elo etc. Para identificar qual é o emissor do cartão, as bandeiras usam os 6 primeiros números do cartão, chamados de "bin". Também chamado de empresa administradora do cartão, Instituição financeira, principalmente bancos, que emitem o cartão de crédito, definemlimite de compras, decidem se as transações são aprovadas, emitem fatura para pagamento, cobram os titulares em caso de inadimplência e oferecem produtos atrelados ao cartão como seguro, parcelamento de fatura, empréstimos, cartões adicionais e programa de recompensas. 87 Microcrédito 88 Microcrédito é a concessão de empréstimos de baixo valor a pequenos empreendedores informais e microempresas sem acesso ao sistema financeiro tradicional, principalmente por não terem como oferecer garantias reais. É um crédito destinado à produção (capital de giro e investimento) e é concedido com o uso de metodologia específica. Concessão • O BNB concede microcrédito por meio da operacionalização do Crediamigo, um programa destinado a microempreendedores informais do meio urbano; e • por meio do Agroamigo, uma metodologia para operacionalizar o Pronaf. Crediamigo • Maior programa de microcrédito da América Latina; • Precisa ser maior de idade, ter faturamento de até R$ 360 mil ao ano, ter ou querer iniciar uma atividade comercial; • Para crédito individual é necessária a garantia de coobrigado; • Responsável por movimentar a economia da maioria dos municípios nordestinos e do norte dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo. • Incentiva e apoia a geração de trabalho e renda, principalmente entre microempreendedores informais de menor renda do meio urbano, operando com recursos internos e do FNE; Agroamigo • Também é um programa de microcrédito; • Objetiva promover maior aproximação da Instituição com os agricultores familiares da sua área de atuação, proporcionando-lhes atendimento integral no âmbito do Pronaf; • Atendimento por um assessor de microcrédito rural, profissional de nível médio, de preferência técnico agrícola, oriundo da própria comunidade e com vivência na zona rural. Microcrédito 89 O microcrédito adota uma metodologia específica, que consiste, primeiramente, na concessão assistida do crédito. Ao contrário do que acontece no sistema financeiro tradicional, onde existe uma postura reativa (o cliente é que vai até o banco), nas instituições de microcrédito os Agentes de Crédito vão até o local onde o candidato ao crédito exerce sua atividade produtiva, para avaliar as necessidades e as condições de seu empreendimento, bem como as possibilidades de pagamento. Após a liberação do crédito, esse profissional passa a acompanhar a evolução do negócio. Outros pontos que diferenciam o microcrédito do crédito tradicional: • Garantias: o crédito tradicional geralmente exige garantias reais; o microcrédito compensa a ausência de garantia real pelo capital social da comunidade (relações de confiança, reciprocidade e participação), assim as garantias podem ser oferecidas individualmente, com o tomador indicando avalista/fiador ou coletivamente, por meio de aval solidário, que consiste na formação de grupos, geralmente de três a cinco pessoas, em que cada um é ao mesmo tempo tomador do crédito e avalista dos demais. Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) 90 O PRONAF foi uma conquista dos movimentos sociais do campo, tendo sido instituído pelo Decreto n° 1.946, de 28 de junho de 1996, com a finalidade de: “promover o desenvolvimento sustentável do segmento rural constituído pelos agricultores familiares, de modo a propiciar-lhes o aumento da capacidade produtiva, a geração de empregos e a melhoria de renda”. objetivo Viabilizar o acesso ao crédito, um dos grandes gargalos da agricultura familiar. Público- alvo Classificado por grupos ou modalidades com especificidades próprias no que se refere às taxa de juros, limites de financiamento, bônus de adimplência, público-alvo e finalidades de crédito. Fonte dos recursos Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Grande parte dos recursos desse fundo são destinados ao Pronaf. Programa do governo sob a supervisão do Ministério do Desenvolvimento Agrário e agricultura familiar. A execução do Pronaf é realizada por Bancos Públicos e Privados, o BNDES e Cooperativas de Crédito Rural. Financiamento para custeio e investimentos em implantação, ampliação ou modernização da estrutura de produção, beneficiamento, industrialização e de serviços no estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais próximas, visando à geração de renda e à melhora do uso da mão de obra familiar. Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) 91 A agricultura familiar é formada por pequenos produtores rurais, assentados da reforma agrária, silvicultores, aquicultores, extrativistas e pescadores. O BNB é o principal operador do Pronaf na Região Nordeste, norte de MG e norte do ES. PRONAF Agricultura familiar Agroamigo Microcrédito orientado e acompanhado Agroamigo crescer Agroamigo Mais Agricultores no grupo B do Pronaf, com renda bruta anual de até R$ 40 mil; Agricultores no grupo Variável do Pronaf, com renda bruta anual de até R$ 360 mil. demais agricultores(as) são atendidos pelo Gerente de Relacionamento nas agências. Composto por clientes com operações de crédito de valor superior a R$ 20 mil, atendidos pelo Gerente nas agências. Microcrédito rural Composto por clientes do Agroamigo crescer e do Agroamigo Mais (exceto grupos A e A/C), com valor da proposta de crédito de até R$ 20 mil. É considerado agricultor familiar e empreendedor familiar rural: • aquele que pratica atividades no meio rural; • possui área de até quatro módulos fiscais (unidade de medida em hectares); • Mão de obra da própria família; • Renda familiar vinculada ao próprio estabelecimento; e • Gerenciamento do estabelecimento ou empreendimento pela própria família. Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) 92 São também beneficiários do Pronaf: • Silvicultores que cultivem florestas nativas ou exóticas e que promovam o manejo sustentável daqueles ambientes; • Aquicultores que explorem reservatórios hídricos com superfície total de 2 hectares ou ocupem até 500m³ de água, quando a exploração se efetivas em tanques-rede; • Extrativistas que exerçam essa atividade artesanalmente no meio rural, excluídos os garimpeiros e faiscadores; • Pescadores que exerçam a atividade pesqueira artesanalmente; • Povos indígenas; Integrantes de comunidades remanescentes de quilombos rurais e demais povos e comunidades tradicionais. Pronaf - Agroindústria 93 Objetivo: propiciar o apoio financeiro para atividades que agreguem renda à produção e aos serviços desenvolvidos por agricultores familiares mediante o financiamento de investimentos, inclusive em infraestrutura, que visem o beneficiamento, armazenagem, o processamento e a comercialização da produção agropecuária, de produtos florestais, do extrativismo, de produtos artesanais e da exploração de turismo rural. Público • Agricultores familiares; • Cooperativas de agricultores familiares; • Empreendimentos familiares rurais. • A implantação de pequenas e médias agroindústrias, isoladamente ou em forma de rede; • a implantação de Unidades Centrais de Apoio Gerencial (UCAG), nos casos de projetos de agroindústrias em rede, para a prestação de serviços de controle de qualidade do processamento, de marketing e de aquisição, de distribuição e de comercialização da produção; • Ampliação, recuperação ou modernização de unidades agroindustriais de agricultores familiares já instaladas e em funcionamento, inclusive de armazenagem; • Aquisição de equipamentos e de programas de informática voltados para a melhoria da gestão das unidades agroindustriais, mediante indicação em projeto técnico; • Capital de giro associado, limitado a 35% do financiamento para investimento; • Tecnologias de energia renovável, como o uso de energia solar, da biomassa, eólica, miniusinas de biocombustíveis e a substituição de tecnologia de combustível fóssil por renovável nos equipamentos e máquinas agrícolas de uso da agroindústria. O que financia Pronaf - RESUMO 94 Finalidade • Apoiar as atividades agrícolase não-agrícolas desenvolvidas por agricultores familiares no estabelecimento ou aglomerado rural urbano próximo. O PRONAF poderá: I. negociar e articular políticas e programas junto aos órgãos setoriais dos Governos Federal, Estaduais e Municipais que promovam a melhoria da qualidade de vida dos agricultores e suas famílias; II. promover a capacitação dos agricultores familiares com vistas à gestão de seus empreendimentos; III. disponibilizar linhas de crédito adequadas às necessidades dos agricultores familiares; IV. contribuir para a instalação e melhoria da infraestrutura pública e comunitária de apoio às atividades desenvolvidas pelos agricultores familiares; V. apoiar as ações de assistência técnica e extensão rural e a geração de tecnologia compatíveis com as características e demandas da agricultura familiar e com os princípios da sustentabilidade; VI. estimular a agregação de valor aos produtos e serviços das unidades de base familiar, contribuindo para a sua inserção no mercado e a ampliação da renda familiar; VII. apoiar a criação de fóruns municipais e estaduais representativos dos agricultores familiares para a gestão integrada de políticas públicas. Princípios I. gestão social, por meio de conselhos estaduais e municipais; II. descentralização mediante a valorização do papel propositor dos agricultores familiares e suas organizações, em relação às ações e aos recursos do Programa; III. acesso simplificado dos agricultores familiares aos agentes, instrumentos e benefícios do Programa; IV. parceria no planejamento, na execução e na monitoria de ações entre os agentes executores e os beneficiários do Programa; V. respeito às especificidades locais e regionais na definição de ações e na alocação de recursos; VI. ações afirmativas que facilitem o acesso de mulheres, jovens e minorias étnicas aos benefícios do Programa; VII. defesa do meio ambiente e preservação da natureza baseado nos princípios da sustentabilidade. Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) 95 Região Nordeste: • Alagoas • Bahia • Ceará • Espírito Santo* • Maranhão • Minas Gerais* • Paraíba • Pernambuco • Piauí • Rio Grande do Norte • Sergipe *municípios incluídos na área de atuação da SUDENE. Região Norte: • Acre • Amapá • Amazonas • Pará • Rondônia • Roraima • Tocantins Região Centro-oeste: • Distrito Federal • Goiás • Mato Grosso • Mato Grosso do Sul Contribuir para desenvolvimento econômico e social das regiões por meio das instituições federais. Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) 96 • IR • IPI 3% da arrecadação 0,6% para o FCO 0,6% para o FNO 1,8% para o FNE • O Prazo de financiamento/reembolso é variável e com limite máximo de até 16 anos para o setor agroindustrial, quando se tratar de projeto agroindustrial e florestal, vinculado à agricultura familiar; • Até 20 anos para projetos de infraestrutura; e • até 12 anos para os demais empreendimentos. Semiárido brasileiro Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) 97 É o principal instrumento financeiro da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) para a região e um dos pilares do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE). O FNE é a principal fonte de recursos do BNB. Objetivo • Reduzir as desigualdades sociais e regionais, promovendo a existência de políticas públicas para a diminuição das diferenças inter (regiões diferentes) e intrarregionais (dentro da mesma região). Finalidade Ser uma fonte estável de recursos para o financiamento: • das atividades produtivas da região Nordeste e do Norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo; • Para estudantes abrangidos pelo Programa de Financiamento Estudantil (P-FIES); e • Para pessoas físicas, mini e micro geradoras de energia fotovoltaica. O que financia • Provido de recursos federais, o FNE financia investimentos de longo prazo e, complementarmente, capital de giro ou custeio; Abrange os diversos setores da economia: agropecuário, industrial, agroindustrial, turismo, comércio, serviços, cultural, infraestrutura, dentre outros. Abrangência • O FNE atende a 2074 municípios situados nos nove estados que compõem a região Nordeste e no Norte dos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais, incluindo os vales do Jequitinhonha e do Mucuri, contemplando com acesso ao crédito os segmentos empresariais de microempreendedores individuais, produtores, empresas, associações e cooperativas. Operacionalização • Destinação de pelo menos metade (50%) dos ingressos de recursos para o semiárido; Ação integrada com as instituições federais sediadas na região; Tratamento preferencial aos mini, micro e pequenos empreendedores; Preservação do meio ambiente; Conjugação do crédito com a assistência técnica. O BNB, anualmente, elabora e submete ao MDR e à SUDENE, proposta de aplicação de recursos por meio da Programação do FNE, a qual contempla, dentre outros aspectos, as estratégias de ação e os programas de financiamento, além dos planos estaduais de aplicação de recursos. Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) 98 Não precisa decorar as estatísticas da tabela. Essa tabela serve apenas para se ter uma noção geral dos recursos provenientes do FNE. Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) 99 Não precisa decorar as estatísticas da tabela. Essa tabela serve apenas para se ter uma noção geral dos investimentos do FNE. Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) 100 Não precisa decorar as estatísticas da tabela. Essa tabela serve apenas para se ter uma noção geral dos investimentos em Infraestrutura do FNE. FNE Verde- Infraestrutura FNE Industrial 102 Desenvolver o setor industrial, por meio da modernização, aumento da competitividade, ampliação da capacidade produtiva e inserção internacional. Sua fonte de recursos é o FNE. Público - Indústrias • Pequena-média Empresa; • Média Empresa; • Grande Empresa. • Investimentos, inclusive a aquisição de empreendimentos com unidades industriais já construídas ou em construção; • Gastos com construção, reforma e ampliação de benfeitorias e instalações, vedado o financiamento de reformas para quaisquer tipo de moradia; • Gastos com pesquisa mineral e caracterização de minérios; • Aquisição de veículos utilitários; • Modernização de máquinas e equipamentos; • Móveis e utensílios; • Aquisição de imóvel urbano com edificações concluídas para empresas com faturamento de até R$ 16 milhões; • Capital de giro associado ao investimento (independente do porte, limitado a um terço do total financiado). O que financia FNE Industrial 103 FNE Industrial 104 FNE Comércio e Serviços 105 Objetivo é desenvolver os setores de comércio e serviços, apoiando a integração, a estruturação e o aumento da competitividade. Público • Pequena-média Empresa; • Média Empresa; • Grande Empresa. • Aquisição de bens de capital e implantação, modernização, reforma, relocalização ou ampliação de empreendimentos; • Gastos com construção, reforma e ampliação de benfeitorias e instalações; • Aquisição de móveis e utensílios; Aquisição de veículos utilitários necessários ao funcionamento do empreendimento; Aquisição de carros de passeio para empreendimentos de pequeno-médio porte, que atuem nas atividades de autoescola ou sejam locadoras de veículos; • Aquisição, conversão, modernização, reforma ou reparação de embarcações; • Investimentos, inclusive serviços de complexos prisionais de ressocialização, de responsabilidade da iniciativa privada, viabilizados por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs); • Gastos com frete para o transporte e montagem de máquinas e equipamentos financiados; • Elaboração de estudos ambientais; • Valores relativos a prêmios de seguros de bens dados em garantia de financiamento com recursos do FNE; • Aquisição de imóvel urbano com edificações concluídas para empresas com faturamento de até R$ 16 milhões; • Aquisição de software nacional ou importado, inclusive isolado; • Capital de giroassociado ao investimento (limitado a 1/3 do total financiado). O que financia Empresas do setor comercial Empresas do setor de prestação de serviços FNE Comércio e Serviços 106 FNE Comércio e Serviços 107 BNDES - Finame 108 A FINAME tem por objetivo primordial apoiar programas, projetos, obras e serviços que se relacionem com o desenvolvimento econômico do setor industrial, inclusive por meio de financiamento a operações de: 1. compra e venda de máquinas e equipamentos de produção NACIONAL, abrangendo serviços associados à comercialização dos itens financiados, tais como frete, instalação e treinamento, bem como seguro e capital de giro associado; e 2. exportação e importação de máquinas e equipamentos. Finame: Agência especial de financiamento industrial. É uma empresa pública federal subsidiária do BNDES. • Quem pode solicitar: empresas sediadas no país; fundações, associações e cooperativas; e entidades e órgãos públicos; • Valor mínimo de financiamento: R$ 20 milhões; • Participação do BNDES: máxima de 100% e de 85% para aeronaves; • Prazo de utilização do crédito: 2 anos, podendo ser prorrogado por mais 1 ano; • Prazo de financiamento: para municípios, até 9 anos, com carência de 12 meses; para empresas: aquisição e comercialização, em geral: até 16 anos, com carência de até 36 meses; se for de aeronaves, até 12 anos, com carência de até 3 meses; para materiais industrializados até 7 anos, com carência de 24 meses e para produção até 3 anos, com carência de 30 meses. BNDES é uma empresa pública federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, sendo o principal instrumento do Governo Federal, único acionista, para financiamento de longo prazo e investimentos em diversos segmentos da economia brasileira. BNDES - Finame 109 Objetivos do FINAME: • Atender às exigências financeiras da crescente comercialização de máquinas e equipamentos fabricados no País; • Concorrer para a expansão da produção nacional de máquinas e equipamentos, mediante facilidade de crédito aos respectivos produtores e aos usuários; • Financiar a importação de máquinas e equipamentos industriais NÃO produzidos no País; • Financiar e fomentar a exportação de máquinas e equipamentos industriais de fabricação brasileira. Por decisão da Junta de Administração (faz a gestão da agência), a Agência pode realizar operações de “acceptance” para suprimento de capital de giro às empresas instaladas em setores industriais básicos de economia. A Finame poderá, ainda, subscrever ações de empresas industriais para posterior repasse ao público, e, mediante convênios, aplicar recursos e valores mobiliários de outras agências públicas, federais ou estaduais, nos fins a que se destina. BNDES - Finame 110 BNDES - Finame 111 BNDES - Finame 112 Como solicitar Apoio direto Apoio indireto • Diretamente ao BNDES; • Financiamento com valor superior a R$ 40 milhões – R$ 20 milhões, a depender da sistemática (alguns casos específicos podem ser valor inferior); Forma de apoio depende da finalidade e do valor do financiamento. • Instituições financeiras parceiras atuam como intermediárias; • As instituições assumem o risco de crédito total ou parcial; • Útil pois o BNDES não possui agências; • Realizadas as operações de financiamento à compra isolada de máquinas e equipamentos, bem como financiamentos inferiores a R$ 10 milhões. ATENÇÃO: o BNDES não reconhece nem credencia consultores (pessoas físicas ou jurídicas) como intermediários para facilitar, agilizar ou aprovar operações de crédito. Programa de Integração Social (PIS) • Seguro-desemprego; • Abono salarial; • Direcionados ao BNDES. Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) FAT Contribuições de empresas privadas Contribuições de empresas públicas CODEFAT Conselho deliberativo do FAT, órgão tripartite e paritário, composto por representação de trabalhadores, empregadores e órgãos e entidades governamentais. Faz a gestão dos recursos do FAT Reserva mínima de liquidez deve ser mantida em aplicações em títulos públicos. • Produto dos encargos devidos pelos contribuintes, em decorrência da inobservância de suas obrigações; • A correção monetária e os juros devidos pelo agente aplicador dos recursos do fundo; • Produto da arrecadação da contribuição adicional pelo índice de rotatividade; • Outros recursos que lhe sejam destinados. R $ O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) é um fundo especial, de natureza contábil-financeira, vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego, destinado ao custeio do Programa de Seguro-Desemprego, ao pagamento do abono salarial e ao financiamento de programas de educação profissional e tecnológica e de desenvolvimento econômico. Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) – Lei n° 7.998 113 CODEFAT Funções: • Elaborar diretrizes para programas e para alocação de recursos; • Acompanhar e avaliar seu impacto social; • Propor o aperfeiçoamento da legislação referente às políticas; • Exerce papel de controle social da execução das políticas, no qual estão as competências de: a) Análise das contas do fundo; b) Análise dos relatórios dos executores dos programas apoiados; c) Fiscalização da administração do FAT. Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) – Lei n° 7.998 114 FAT Principais ações de emprego financiadas com recursos do FAT Seguro desemprego: ações de pagamento do benefício, de qualificação e requalificação profissional e de orientação e intermediação do emprego; Programas de Geração de Emprego e Renda (PROGER): voltados em sua maioria para micro e pequenos empresários, cooperativas e para o setor informal da economia – associam crédito e capacitação para que se gere emprego e renda. Recursos extraorçamentários do FAT: depositados junto às instituições oficiais federais que funcionam como agentes financeiros dos programas (BB, BNB, CEF, BASA, BNDES e FINEP). Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) – Lei n° 7.998 115 FAT Além dos programas para micro e pequenos empresários, o FAT financia programas voltados para setores estratégicos. FAT Constitucional: transporte coletivo de massa, infraestrutura turística, obras de infraestrutura voltadas para a melhoria da competitividade do país. O Programa do Seguro Desemprego é responsável pelo tripé básico das políticas de emprego: • Benefício do seguro-desemprego – promove a assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado, em virtude de dispensa sem justa causa; • Intermediação de mão-de-obra – busca recolocar o trabalhador no mercado de trabalho, de forma ágil e não onerosa, reduzindo os custos e o tempo de espera de trabalhadores e empregadores; • Qualificação social e profissional (por meio do Qualifica Brasil) – visa à qualificação social e profissional de trabalhadores/as, certificação e orientação do/a trabalhador/a brasileiro/a, com prioridade para as pessoas discriminadas no mercado de trabalho por questões de gênero, raça/etnia, faixa etária e/ou escolaridade. Módulo 03 – Serviços bancários e financeiros Conta corrente: abertura, manutenção, encerramento. 117 Procedimentos • As instituições financeiras para fins de abertura de contas de depósitos, devem verificar e validar a identidade e a qualificação dos titulares da conta e, quando for o caso, de seus representantes, bem como a autenticidade das informações fornecidas pelo cliente. Qualificação • as informações que permitam às instituições apreciar, avaliar, caracterizar e classificar o cliente com a finalidade de conhecer o seu perfil de risco e sua capacidade econômico-financeira. Conta de DEPÓSITO de titularidade de pessoa incapaz • Deverá ser identificado e qualificado o responsável que a assistir ou a representar. Abertura e encerramento de conta de DEPÓSITO • A abertura é permitida com base em processo de qualificação simplificado; • Podem ser realizados com base em solicitação apresentada pelo cliente por meio de qualquer canal de atendimento,inclusive eletrônicos, não se admitindo o uso de canal de telefonia por voz. Conta corrente: abertura, manutenção, encerramento. 118 Contrato de prestação de serviços Deverá dispor, no mínimo, sobre: • Procedimentos para identificar e qualificar os titulares da conta; As características da conta e as regras básicas de seu funcionamento; As medidas de segurança para fins de movimentação da conta; Os direitos e deveres dos titulares da conta; Os eventuais limites de saldo mantido em conta; Procedimento para atualização de informações; Previsão de inclusão do nome do titular no Cadastro de Emitentes de Cheques sem fundo (CCF); Hipóteses, condições e procedimentos para encerramento da conta. Encerramento da conta de DEPÓSITO • Comunicação entre as partes da intenção de rescindir o contrato; • Indicação pelo cliente da destinação do eventual saldo credor na conta; • Devolução pelo cliente das folhas de cheque não utilizadas ou a realização de seu cancelamento; • O banco deve informar o titular sobre: • Prazos para encerramento, limitado a 30 dias corridos; Procedimentos para pagamento de compromissos assumidos; Produtos e serviços contratados se permanecem ativos ou serão cancelados; Comunicação ao titular sobre a data de encerramento da conta; Observações: • o encerramento da conta pode ser providenciado mesmo com a existência de cheques sustados, revogados ou cancelados. • Os bancos devem encerrar contas na qual verifiquem irregularidades nas informações prestadas, consideradas de natureza grave - CPF ou CNPJ com status na Receita Federal como: I. “suspensa”, “cancelada” ou “nula”, no CPF; ou II. “inapta”, “baixada” ou “nula”, no CNPJ. Conta corrente: abertura, manutenção, encerramento. 119 As instituições devem assegurar • A integridade, autenticidade e confidencialidade dos documentos; • A proteção contra acesso, uso, alteração, reprodução e destruição dos documentos; • Devem manter à identificação e à qualificação dos titulares da conta formalizados em documento específico e deixar à disposição do Banco Central. • Devem indicar diretor responsável por cumprir tais obrigações ao Banco Central. Regras para fornecimento de folhas de cheques • Verificar saldo suficiente para pagamento de cheques; restrições cadastrais; histórico de práticas e ocorrências na utilização de cheques; estoque de folhas de cheque em poder do correntista; registro no CCF; regularidade dos dados e documentos do correntista. • É vedado o fornecimento de folhas de cheques enquanto o correntista estiver no CCF. Conta de pagamento 120 Abertura de conta de PAGAMENTO • As instituições devem verificar e validar a identidade do titular; classificar seu perfil de risco e sua capacidade econômico- financeira; • As informações devem ser mantidas atualizadas pelas instituições; • A abertura e o encerramento podem ser realizadas por qualquer canal de atendimento disponibilizado para essa finalidade, exceto o uso de cal de telefonia por voz (para encerramento de conta de pagamento pós-paga é permitido). Contratação, divulgação e transparência. • Características da conta e suas regras de funcionamento (formas de movimentação, cobrança de tarifas, prazos para fornecer comprovantes etc.); • Formas e canais para envio ou disponibilização dos demonstrativos e das faturas. • Encargos incidentes sobre operações de crédito e em decorrência de inadimplemento das obrigações; • Devem fornecer ao titular uma via do contrato; • Previamente à contratação, deve ser fornecido ao titular, prospecto de informações essenciais (regras básicas) • Devem disponibilizar forma de consulta às regras sobre programas de benefícios e recompensas vinculadas a conta de pagamento pós-paga; • Demonstrativos e faturas de contas pós-paga, devem conter, no mínimo: • Valor total da fatura; Valor do pagamento obrigatório; • Lançamentos realizados (inclusive parcelados); • Identificação dos usuários beneficiários de pagamento e transferência; • Identificação das tarifas cobradas; • Identificação das operações de crédito contratadas; • Valores dos encargos cobrados; • Taxas efetivas de juros mensal e anual e o Custo Efetivo Total (CET); • Limite de crédito total e limites individuais para cada tipo de operação; • Data de vencimento da fatura; • Data de encerramento dos lançamentos na fatura do período seguinte. Conta de pagamento 121 Concessão de limites de crédito em conta de pagamento pós-paga • Alteração de limites de crédito, quando não for realizada por iniciativa do titular da conta, deve, no caso de: I. Redução, ser precedida de comunicação ao titular da conta com, no mínimo, 30 dias de antecedência; e II. Majoração, ser condicionada à prévia aquiescência do titular da conta. Pagamento obrigatório da fatura • O montante a ser pago obrigatoriamente pelo titular até o vencimento é a soma dos seguintes valores, quando houver: I. Saldo do crédito rotativo + encargos; II. Prestações referentes a parcelamentos de saldo devedor; III. Valor mínimo a ser pago previsto no contrato. Obs.: a definição ou a alteração do valor mínimo deve ser comunicada ao titular com, no mínimo, 30 dias de antecedência. Encerramento da conta de PAGAMENTO • Comunicação entre as partes da intenção de rescindir o contrato; • Transferir eventual saldo remanescente na conta; • A instituição deve fornecer ao titular o prazo para rescindir o contrato, limitado a 30 dias corridos; os procedimentos para pagar eventual saldo devedor; se os produtos e serviços contratados ficarão ativos ou não; informar data de encerramento da conta ou motivos que impossibilitam encerramento. • É vedado à instituição: I. Recusar encerramento em decorrência de saldo devedor vencido; II. Alterar a forma de pagamento e os vencimentos de parcelas ou obrigações vencidas. Conta de pagamento 122 Encerramento da conta de PAGAMENTO • As instituições devem encerrar conta de pagamento pré-paga em relação a qual verifiquem irregularidades nas informações prestadas, consideradas de natureza grave - CPF ou CNPJ com status na Receita Federal como: I. “suspensa”, “cancelada” ou “nula”, no CPF; ou II. “inapta”, “baixada” ou “nula”, no CNPJ. As instituições devem manter toda documentação relativa à conta encerrada por, no mínimo, cinco anos, a partir da liquidação integral da obrigação. Certificado de Depósito Bancário (CDB) 123 Características CDB O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um dos instrumentos financeiros mais tradicionais do mercado brasileiro e o título de renda fixa mais adquirido pelo investidor pessoa física. Instituído pela Lei Nº 4.728, de 14 de julho de 1965, o papel é também uma importante fonte de captação de recursos para as instituições financeiras. financeiras podem emitir CDB (CMN autorizou em abril 2020) • Quais bancos estão autorizados a emitir CDB? BC, BI, BM e SCFI; • Um CDB pode ser resgatado antecipadamente; • CDB’s podem ser indexados à variação cambial? • Rentabilidade diária; • Tributado conforme tabela regressiva de renda fixa; • Se for indexado a índice de preços (IPCA, IGP-M), terá prazo mínimo de 1 ano; • Garantido pelo FGC; • Possui risco de crédito, mercado e liquidez; • Pode ter rentabilidade prefixada ou pós-fixada; • É liquidado e custodiado na B3. Recibo de Depósito Bancário (RDB) Características: • Pode ser emitido por bancos comerciais, múltiplos, de desenvolvimento e de investimento, e por sociedades de crédito, financiamento e investimento; • É um título nominativo, intransferível, não admitida negociação em mercado secundário; • Pode ser resgatado junto à instituição emissora antes do prazo contratado, desde que decorrido o prazo mínimo de aplicação; • Antes do prazo mínimo não são auferidos rendimentos. • Produto com baixa liquidez, por conta disso costuma pagar mais do que o CDB; • Tributado conforme tabela de renda fixa; 124 Com prazo de vencimento predefinido, o RDB conta com rentabilidade fixada no ato de sua emissão, pré ou pós-fixada. Assim, no final do prazo contratado,o investidor recebe o valor aplicado (principal), acrescido da remuneração prevista. • CDB permite resgate antecipado: “o CDB vence em 5 anos e eu resgato com 2, o banco poderá vender esse CDB pelo prazo que ficar faltando para outras pessoas”. • RDB não permite resgate antecipado. Principais diferenças CDB x RDB A Superintendência competente pode dispensar a liquidação ou incorporação da classe de cotas. Constituição – Fundo de investimento 125 O fundo de investimento é uma comunhão de recursos, constituído sob a forma de condomínio de natureza especial, destinado à aplicação em ativos financeiros, bens e direitos, de acordo com a regra específica aplicável à categoria do fundo. Da denominação do fundo deve constar a expressão “Fundo de investimento”, acrescida de referência a sua categoria. Prestadores de serviços essenciais Fundo de investimento e aprova Regulamento constitui CVM registro • Cada classe deve ter seu próprio registro; • Após 90 dias do início de atividades, a classe de cotas que mantiver, a qualquer tempo, patrimônio líquido diário inferior a 1 milhão pelo período de 90 dias consecutivos, deve ser imediatamente liquidada ou incorporada a outra classe de cotas pelo administrador. Documentos necessários: • Regulamento; • Instrumento de deliberação; • Identificação dos prestadores de serviços; • No caso de classe fechada, patrimônio inicial mínimo. As informações e documentos dos fundos devem ser passíveis de acesso por meio eletrônico pelos cotistas e demais destinatários. Caso o cotista queira receber por meio físico e o regulamento preveja, ele poderá solicitar. Classes de cotas 126 O regulamento do fundo pode prever a existência de diferentes classes de cotas, com direitos e obrigações distintos, devendo o administrador constituir um patrimônio segregado para cada classe de cotas. Todas as classes devem pertencer à mesma categoria do fundo, não sendo permitida a constituição de classes de cotas que alterem o tratamento tributário aplicável ao fundo ou à demais classes existentes. O fundo que não contar com diferentes classes deve efetuar emissões de classe única, preservada a possibilidade de serem constituídas subclasses. cota Fundo de investimento (Categoria) Podem ser diferenciadas exclusivamente por: • Público-alvo; • Prazos e condições de aplicação, amortização e resgate; e • Taxas de administração, gestão, máxima de distribuição, ingresso e saída. Obs: subclasses de classes restritas podem ser diferenciadas por outros direitos econômicos e políticos. Diferentes classes (mesma categoria) SubclassesCota Classe única • *Aberto: classe cujo regulamento admite que as cotas sejam resgatadas; e • *Fechado: classe cujo regulamento não admite o resgate de cotas. • Aberta* • Fechada* Caso o regulamento limite a responsabilidade dos cotistas ao valor por eles subscrito, à denominação da classe deve ser acrescido o sufixo “Responsabilidade limitada”. Estrutura dos fundos 127 As cotas são escriturais, nominativas e correspondem a frações do Patrimônio da classe de cotas, conferindo direitos e obrigações aos cotistas. Cotas 128 cota Fundo de investimento Ativos: ações, debentures, títulos públicos etc. FIC Vantagens: • Diversificação; • Redução do risco não sistemático (ativos individuais x carteira); • Maior liquidez. 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑡𝑎 = 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑡𝑎𝑠 𝑑𝑎 𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒 𝑃𝐿 = 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 − 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 • Fundos abertos não possuem limites de cotas; • Fundos fechados não possuem come-cotas. “fundo de investimento em cotas de outros fundos de investimentos”. Pode ser chamado também de fundo feeder. Transferência de cotas A cota do fundo aberto NÃO pode ser objeto de cessão ou transferência, exceto nos casos de: • Decisão judicial ou arbitral; • Operações de cessão fiduciária; • Execução de garantia; • Sucessão universal; • Dissolução de sociedade conjugal ou união estável por via judicial ou escritura pública que disponha sobre a partilha de bens; e • Transferência de administração ou portabilidade de planos de previdência; • Integralização de participações acionárias em companhias ou no capital social de sociedades limitadas; • Integralização de cotas de outras classes, passando assim à propriedade da classe cujas cotas foram integralizadas; e • Resgate ou amortização de cotas em cotas de outras classes, passando assim essas últimas cotas à propriedade do investidor cujas cotas foram resgatadas ou amortizadas. As cotas de fundo fechado e seus direitos de subscrição PODEM ser transferidos, mediante: • Termo de cessão e transferência assinado pelo cedente e pelo cessionário; ou • Por meio de negociação em mercado organizado 129 Marcação a Mercado, Cota de Abertura e Fechamento 130 Marcação a mercado serve para trazer o fluxo futuro de pagamentos para o valor presente. Em resumo significa atualizar o valor das cotas. É reconhecer todos os dias, o valor de mercado de seus ativos. A marcação a mercado evita a transferência de riqueza entre os cotistas. Marcar a mercado é a mesma coisa que realizar apreçamento dos ativos (precificação). Marcação a mercado Marcação na curva • É o valor que seria obtido caso o título fosse vendido em um determinado momento no tempo; • Essa avaliação é adequada na hipótese de o título ficar permanentemente disponível para negociação; • A rentabilidade reflete a variação do preço do título no mercado secundiário. • Essa abordagem pode ser utilizada caso o título seja mantido em carteira, para ser resgatado somente no seu vencimento; • A avaliação da rentabilidade é realizada pela promessa de rendimento do título e não pela variação de seu preço no mercado de renda fixa. Cota de abertura (cota do dia D+0) Cota de fechamento (cota do dia seguinte D+1) • O cotista sabe no mesmo dia o número de cotas que irá ter; • Fundos que oscilam pouco podem utilizar cota do dia, como por exemplo: referenciado, simples, curto prazo e exclusivo; • Fundos de longo prazo não podem utilizar essa cota e nem renda fixa dívida externa. • A cota é calculada a partir do PL do dia anterior, devidamente atualizado por 1 dia útil. • O cotista sabe apenas no dia seguinte o número de cotas que ele irá ter; • Essa cota reflete fielmente o PL do fundo. Prestação de serviços essenciais 131 Administrador • Contratar, em nome do fundo, os serviços de: a) Tesouraria, controle e processamento dos ativos; b) Escrituração das cotas; e c) Auditoria independente. Observação: o administrador não contrata mais o serviço de gestor. Ambos são responsáveis pela seleção e contratação de outros prestadores de serviços. Fundos administrados por instituições financeiras ou de pagamento não precisam contratar serviços previstos no ponto a). Gestor • Contratar, em nome do fundo, os serviços de: a) Intermediação de operações para a carteira de ativos; b) Distribuição de cotas; c) Consultoria de investimentos; d) Classificação de risco por agência de classificação de risco de crédito; e) Formador de mercado de classe fechada; e f) Cogestão da carteira de ativos (nesse caso, o contrato deve definir claramente as atribuições de cada gestor). • Responsável pela negociação dos ativos de acordo com a política de investimentos; • Quando há aplicações no fundo o gestor compra ativos e quando há resgates no fundo o gestor vende ativos; • o regulamento pode prever que a gestão da carteira alcança a utilização de ativos na prestação de fiança, aval, aceite ou qualquer outra forma de retenção de risco; • O gestor deve encaminhar ao administrador, nos 5 dias úteis subsequentes à sua assinatura, uma cópia de cada documento que firmar em nome da classe de cotas; • Compete ao gestor exercer o direito de voto decorrente de ativos detidos pela classe. Vedações dos prestadores de serviços essenciais 132 1. receber depósito em conta corrente; 2. contrair ou efetuar empréstimos, salvo em modalidade autorizada pela CVM;3. vender cotas à prestação; 4. prometer rendimento predeterminado aos cotistas; 5. Utilizar recursos da classe para pagamento de seguro contra perdas financeiras de cotistas; e 6. praticar qualquer ato de liberalidade; 7. Receber qualquer remuneração, benefício ou vantagem que potencialmente prejudique sua independência na tomada de decisão; 8. No caso de consultor, receber sugestão de investimento que prejudique sua tomada de decisão; 9. É vedado o repasse de informação relevante ainda não divulgada. Vedações 1. O gestor pode tomar e dar ativos financeiros em empréstimo, desde que tais operações sejam cursadas exclusivamente por meio de serviço autorizado pelo BACEN ou CVM; 2. O gestor pode utilizar ativos da carteira na retenção de risco da classe em suas operações com derivativos; É permitido Obrigações dos prestadores de serviços essenciais 133 1. Manter sempre atualizado o registro dos cotistas, atas das assembleias, pareceres do auditor, registros contábeis; 2. Solicitar, se for o caso, a admissão à negociação das cotas de classe fechada em mercado organizado; 3. Pagar a multa cominatória caso atrase o cumprimento dos prazos; 4. Elaborar e divulgar informações da classe de cotas; 5. Manter atualizada junto à CVM a lista de todos os prestadores de serviços contratados pelo fundo; 6. Manter serviço de atendimento ao cotista*; 7. Nas classes abertas, receber e processar os pedidos de resgate; 8. Monitorar as hipóteses de liquidação antecipada, se houver; 9. Observar as disposições do regulamento; e 10. Cumprir as deliberações da assembleia de cotistas; 11. Verificar a observância da carteira de ativos aos limites de composição e concentração; 12. Verificar, após a realização das operações pelo gestor, a compatibilidade dos preços praticados com os preços de mercado; 13. Contratar o custodiante. Obrigações do administrador *O serviço de atendimento ao cotista deve ser subordinado diretamente: I – ao diretor responsável perante a CVM pela administração do fundo; II – Alternativamente, a outro diretor indicado à CVM para esse função pelo administrador; ou III – a um diretor indicado pela instituição responsável pela distribuição das cotas ou gestão da carteira de ativos. Obrigações dos prestadores de serviços essenciais 134 1. Informar o administrador, de imediato, caso ocorra qualquer alteração em prestador de serviço por ele contratado; 2. Providenciar a elaboração do material de divulgação da classe para utilização pelos distribuidores; 3. Diligenciar para manter atualizada e em perfeita ordem, a documentação relativa às operações da classe de cotas; 4. Manter a carteira de ativos enquadrada aos limites de composição e concentração e, se for o caso, de exposição ao risco de capital; 5. Observar as disposições constantes do regulamento; e 6. Cumprir as deliberações da assembleia de cotistas. Obrigações do Gestor Resumo da divisão de responsabilidades entre administrador e gestor 135 Outros prestadores de serviços 136 Participantes Obrigações e deveres Custodiante • Responsável pela guarda dos ativos; • Responsável pela execução da marcação a mercado; Distribuidor • Intermediário contratado pelo gestor em nome do fundo para realizar a distribuição de suas cotas: venda das cotas para captação de recursos. Auditor independente • Emite parecer sobre a demonstração da movimentação do patrimônio líquido, manifestando-se sobre as movimentações ocorridas no período. Remuneração Taxa de administração • Não pode ser aumentada sem prévia autorização de assembleia geral, mas podem ser reduzidas pelo administrador; • É um percentual expresso ao ano, mas deduzido diariamente; • A rentabilidade divulgada é líquida da taxa de administração mas não dos impostos; • Mesmo com rentabilidade negativa pode ser cobrada taxa de administração; • A taxa de administração afeta o valor da cota (reduz seu preço). Taxa de ingresso • Taxa paga pelo cotista ao patrimônio da classe ao aplicar recursos em uma classe de cotas; Taxa de saída • Taxa paga pelo cotista ao patrimônio da classe ao resgatar recursos de uma classe de cotas; Taxa máxima de distribuição • Taxa cobrada do fundo, representativa do montante total para remuneração dos distribuidores, expressa em percentual anual do patrimônio líquido (base 252 dias). Acordos de remuneração • É a remuneração com base na taxa de administração, performance ou gestão, que deve ser paga diretamente pela classe investida a classes investidoras. 137 A classe de cotas que possa adquirir cotas de outros fundos deve estabelecer em seu regulamento que suas taxas de administração e gestão compreendem as taxas dos fundos investidos. E devem apresentar taxa mínima e máxima de administração e gestão no regulamento do fundo. O prestador de serviço essencial pode reduzir unilateralmente taxa que lhe compete. Remuneração Taxa de performance • Deve ser vinculada a um índice de referência e não pode ser com percentuais inferiores a 100% do índice; • Cobrança por período, no mínimo, semestral; e • Cobrança após a dedução de todas as despesas, inclusive das taxas devidas aos prestadores de serviços essenciais; • É vedada a cobrança de taxa de performance quando o valor da cota for inferior ao valor da cota base; • Para fins de cálculo, o valor da cota no momento da apuração do resultado deve ser comparado com o valor da cota base atualizado pelo índice de referência; • Existe a possibilidade de remuneração do distribuidor por meio da taxa de performance, mas apenas em fundos restritos. 138 Método do ativo Método do passivo Método do ajuste Com base no resultado da classe ou subclasse de cotas Com base no resultado de cada aplicação efetuada por cada cotista Com base no resultado da classe ou subclasse de cotas, acrescida de ajustes individuais, exclusivamente nas aplicações efetuadas posteriormente à data da última cobrança de taxa de performance, até o primeiro pagamento de taxa de performance. Não é obrigatório a cobrança da taxa de performance em classes e subclasses destinadas exclusivamente a investidores qualificados e profissionais Caderneta de poupança • Remunera sobre o menor saldo do período; • 29, 30 e 31 tem como data de aniversário o dia 1°; • Depósito em cheque tem como data de aniversário o dia do depósito e não da compensação; • Possui Fundo Garantidor de Crédito (FGC); • É isento de IR para pessoa física; • PJ paga IR de acordo com a tabela de Renda fixa e o rendimento é trimestral; • Deve ser usada para financiamento habitacional e/ou crédito rural. Se a SELIC estiver igual ou abaixo de 8,5% a.a. → 70% SELIC + TR Se a SELIC estiver acima de 8,5% a.a. → 0,5% a.m + TR. 139 Características Até o dia 03 de maio de 2012: 6% a.a + TR. Posterior a 03 de maio de 2012: depende da SELIC. Capitalização a) Tradicional: opção para quem quer formar uma reserva financeira e concorrer a prêmios; b) Instrumento de Garantia: oferecer garantias em contrato de qualquer natureza, incluindo aluguéis e empréstimos; c) Incentivo: realizar ações promocionais de vendas com sorteios; d) Filantropia Premiável: apoiar projetos de caráter social; e) Popular: para quem busca soluções de baixo custo, como o título de capitalização Popular. 140 Um título de capitalização é um título de crédito comercializado por empresas de capitalização ou Sociedades de capitalização – entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, que negociam contratos (títulos de capitalização) que têm por objeto o depósito periódico de prestações pecuniárias pelo contratante, o qual terá, depois de cumprido o prazo contratado, o direito de resgatar parte dos valores depositados corrigidos por uma taxa de juros estabelecida contratualmente; conferindo, ainda, quando previsto, o direito de concorrer a sorteios de prêmios em dinheiro. Tipos de títulos Capitalização Parte de SorteioR$ Parte Capitalizada Parte de Administração Capitalizador Para trabalhar com capitalização, a empresa deve ter registro na SUSEP, órgão que normatizae fiscaliza o setor. Há duas formas de comercialização desses títulos, de pagamentos periódicos ou único. No Brasil são chamados de PM (Pagamento Mensal) e o PU (Pagamento Único). 1. O PM é um plano em que os pagamentos dos prêmios são periódicos, geralmente mensais. É possível que após o último pagamento o plano ainda mantenha-se em vigor, pois seu prazo de vigência pode ser diferente do que seu prazo de pagamento; 2. Os planos PU são aqueles em que o pagamento é único e sua vigência fica estipulada na proposta. Ao fim do plano, ou após o período de carência, o capitalizador só terá direito a resgatar a parte capitalizada. A parte de sorteio é destinada ao pagamento dos prêmios de sorteio e a taxa de administração é destinada a remunerar a empresa que administra o título. Geralmente o valor do saque ao final do plano é pouco ou nada maior que a soma de todos os pagamentos feitos ao longo do tempo. 141 os títulos de capitalização NÃO DEVEM SER CONSIDERADOS COMO APLICAÇÃO FINANCEIRA OU POUPANÇA, pois não se enquadram nem como de renda fixa, já que tendem a render quase nada, nem como de risco. Regimes Previdenciários Brasileiro O modelo da Previdência Social brasileira adota o regime de repartição simples, que funciona em regime de caixa. Nesse caso, as contribuições dos trabalhadores ativos são utilizadas para o pagamento dos benefícios dos aposentados. Esse modelo é um sistema previdenciário de Benefício Definido (BD) - modalidade de plano segundo a qual o valor do benefício contratado é previamente estabelecido na proposta de inscrição. A repartição simples mantém seu equilíbrio quando o número de contribuintes ativos é superior ao número de aposentados 142 Repartição simples O regime de capitalização utiliza o método de Contribuições Definidas (CD), que são capitalizadas em contas individualizadas, ou coletivas, para a formação de uma reserva financeira. Esta, na ocasião da aposentadoria, será transformada em benefícios, ou seja, o benefício que o trabalhador receberá depende das contribuições do próprio indivíduo e das taxas de retorno dos investimentos realizados com os recursos acumulados, portanto não há déficit. Capitalização • Na Previdência Social, a contribuição é obrigatória por lei para os trabalhadores que fazem parte do sistema formal de emprego. É uma instituição pública que tem como objetivo reconhecer e conceder direitos a seus segurados. • Os planos de previdência complementar são facultativos e têm como objetivo complementar os benefícios da Previdência Social, pois na previdência oficial há limites máximos a serem pagos aos beneficiários, que muitas vezes se mostram insuficientes para manter o padrão de renda do indivíduo na aposentadoria. Previdência Social Previdência social Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Benefícios aos trabalhadores ou seus dependentes 143 executada provê Todos os cidadãos e cidadãs brasileiros, a partir de 16 anos de idade, que contribuem mensalmente para a Previdência Social são chamados de segurados e têm direitos aos benefícios e serviços oferecidos pelo INSS no Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Estudantes, profissionais liberais e pessoas que não têm trabalho remunerado também podem se inscrever no INSS e contribuir mensalmente, garantido sua proteção previdenciária. Fonte de recursos para o RGPS: • Folha de salário dos trabalhadores empregados (contribuem tanto trabalhador quanto empregador); • Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL); • Contribuição sobre a renda bruta das empresas (Cofins); e • Contribuição sobre a renda líquida dos concursos de prognósticos (todo e qualquer sorteio de números, loterais, apostas etc.). Previdência Social Benefícios para a família Benefícios Quem têm direito Salário maternidade • Todas as seguradas e segurados em casos específicos Salário família • Empregado (inclusive o doméstico) e trabalhador avulso Auxílio reclusão • Dependentes dos segurados Pensão por morte • Dependentes dos segurados Benefícios por incapacidade Benefícios Quem têm direito Auxílio doenças • Todos os segurados Auxílio acidente • Empregado (inclusive doméstico), trabalhador avulso e segurados especial. Pergunta que o cliente deve fazer: • Conseguirá viver, quando se aposentar, com a pensão do INSS? Lembre-se: quanto maior o salário atual e o salário pretendido na aposentadoria, mais precisará de complementação. O INSS possui um teto, em 2023 era de R$ 7.507,49. 144 Previdência Complementar 145 No Brasil, os planos de previdência complementar podem ser fechados ou abertos: • Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC): são os fundos de pensão. Instituições sem fins lucrativos que mantêm planos de previdência coletivos, organizadas pelas empresas para seus empregados, com o objetivo de garantir pagamento de benefícios a seus participantes na aposentadoria. • Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC): são as entidades ou sociedades seguradoras autorizadas a instituir planos de previdência complementar aberta. Podem ser individuais, quando contratados por qualquer pessoa, ou coletivas, quando garantem benefícios a indivíduos vinculados, direta ou indiretamente, a uma pessoa jurídica contratante. Seu órgão normativo é o CNPS. Fases da previdência complementar Diferimento (acumulação) Período compreendido entre a data do início do plano, em que são efetivadas as contribuições e acumulados os juros, até a data contratualmente prevista para início do pagamento do benefício. Nessa fase o participante do plano deve optar pelo tipo de renda mensal que deseja quando se aposentar. Pagamento do benefício (renda) Período em que o assistido fará jus ao pagamento do benefício, sob a forma de renda, podendo ser vitalício ou temporário. Tipos de rendas mensais disponíveis 146 Tipos de rendas mensais disponíveis Renda Mensal vitalícia • Consiste em uma renda vitalícia e paga exclusivamente ao participante. O Benefício cessa com o falecimento do participante. Renda mensal vitalícia com prazo mínimo garantido • Consiste em uma renda paga vitaliciamente ao participante, sendo garantido aos beneficiários um prazo mínimo de Garantia que será indicado na proposta de inscrição e é contado a partir da data do início do recebimento do Benefício pelo participante. Renda mensal vitalícia reversível ao beneficiário • consiste em uma renda paga vitaliciamente ao participante. Ocorrendo o falecimento do participante, o percentual do seu valor estabelecido na proposta de inscrição será revertido vitaliciamente ao beneficiário indicado. Renda mensal vitalícia reversível ao cônjuge com continuidade aos menores: • consiste em uma renda paga vitaliciamente ao participante. Ocorrendo o falecimento do participante, o percentual do seu valor estabelecido na proposta de inscrição será revertido vitaliciamente ao cônjuge e, na falta deste, reversível temporariamente ao(s) menor(es) até que complete(m) a idade para maioridade (18, 21 ou 24) estabelecida no regulamento e conforme o percentual de reversão estabelecido. Renda mensal temporária • renda temporária e paga exclusivamente ao participante. Pagamento único (pecúlio) • benefício sob a forma de pagamento único, cujo evento gerador é a morte ou a invalidez do participante. Renda mensal por prazo certo • consiste em uma renda mensal a ser paga por um prazo pré-estabelecido ao participante. Passa ao beneficiário pelo restante de anos que ficar faltando. Características técnicas que influenciam o produto 147 Taxas cobradas Características Taxa de administração • Incide sobre o capital total (aporte + rendimentos) cobrada dos FIE; • O percentual deve ser aprovado pela SUSEP; • É um percentual expresso ao ano mas que é deduzido diariamente e afeta o valor da cota e não sua quantidade. Taxa de carregamento • O percentual incidente sobre as contribuições pagas pelo participante, para fazer face às despesas administrativas, às de corretagem e àsde colocação do Plano; • Os percentuais máximos, conforme norma vigente, são: a) Para planos com contribuição variável (PGBL e VGBL), máximo 10% da contribuição; b) Para planos de benefício definido, máximo 30% da contribuição. • Pode ser cobrada de forma antecipada (no aporte) e/ou no momento do resgate ou da portabilidade. Os planos PGBL e VGBL são estruturados na modalidade contribuição variável, portanto carregamento máximo é de 10%. Portabilidade • Direito do participante de, durante o período de diferimento, transferir os recursos para outro plano de benefício previdenciário. A portabilidade só é permitida entre planos do mesmo segmento, ou seja, de PGBL para PGBL ou VGBL para VGBL. É vedada a portabilidade de recursos entre participantes. A portabilidade não é considerada resgate, portanto não altera prazo de imposto de renda e nem gera imposto. Após uma portabilidade, só poderá fazer outra em 60 dias. Transferência entre planos • É a transferência entre planos na mesma entidade seguradora. Exemplo: um cliente está em um plano que aplica em renda fixa e quer mudar para um plano que aplica parte em renda variável. É possível ser realizado. Resgates • Há possibilidade do participante sacar uma parte ou a totalidade de sua reserva acumulada. O resgate somente é permitido durante o período de diferimento (acumulação) e antes da conversão do benefício (renda). O participante que optar por resgatar seus recursos terá de arcar com o pagamento de imposto de renda. Fundo de Investimento Especialmente Constituído (FIE) 148 Os planos abertos de previdência complementar, estruturados na modalidade de Contribuição Variável (CV), por exemplo, o PGBL e o VGBL, cuja remuneração esteja calcada na rentabilidade de carteiras de investimentos, devem ser estruturados durante o prazo de diferimento sob a forma de condomínio aberto, sempre em cotas de Fundos de Investimento Especialmente Constituídos (FIE), dos quais as sociedades seguradoras e as entidades abertas de previdência complementar sejam os únicos cotistas do fundo. Diferentemente dos fundos de investimentos, em que o cotista do fundo é o próprio investidor, nos planos de previdência complementar o cotista do fundo é a seguradora. Títulos de Renda fixa, ações, cotas de fundos, derivativos etc. Fundo (FIE) Seguradora compra cotas dos fundos Investidor compra o plano de previdência da seguradora Riscos a serem observados 149 Um investidor, ao aplicar recursos em um plano de previdência complementar durante a fase de diferimento (contribuição), assumirá o risco de crédito da seguradora proprietária do plano e de mercado dos ativos que compõem a carteira do fundo de investimento exclusivo do plano. Maior será o valor da provisão acumulada e o valor do benefício Quanto menor o carregamento Para os mesmos valores de: Contribuição, idade do participante e Tábua Biométrica Quanto maior a rentabilidade Quanto maior a taxa de juros Quanto maior o percentual de reversão de resultados financeirosParâmetros aplicáveis na fase de diferimento. Parâmetros aplicáveis na fase de concessão do benefício. PGBL • Soberano: 100% em TPF; • Renda fixa: 100% em renda fixa (pública ou privada); • Composto: até 49% em renda variável. Plano Característica Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) • Sem garantia de rendimento mínimo; • Participante recebe integralmente o resultado financeiro do plano; • Oferece benefício fiscal, pois permite deduzir o valor das contribuições anuais da base de cálculo do IR, observando o limite de 12% de sua renda bruta anual tributável; • A cobrança de IR se dá no momento do resgate do plano ou do pagamento dos Benefícios; • A base de cálculo para a cobrança do IR é o total dos recursos resgatados (valores aplicados mais rendimentos) ou a renda recebida como Benefício de aposentadoria; • Indicado para aqueles que têm como deduzir as contribuições da base de cálculo do seu IR, ou seja, fazem a Declaração anual de ajuste do IR da PF usando o formulário completo e têm renda bruta (renda tributável) suficiente para absorver esse desconto, que é limitado em 12% da renda. Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) • Modalidade de seguro de pessoas que garante cobertura em caso de sobrevivência e que combina os tradicionais seguros de vida com características dos planos de previdência complementar; • Ausência de rentabilidade mínima garantida durante a fase de acumulação dos recursos ou período de diferimento (podendo inclusive apresentar rentabilidade negativa); • A rentabilidade do plano é idêntica à rentabilidade do fundo em que os recursos estão aplicados, descontadas as taxas e despesas do plano; • Não goza de benefício fiscal; • O VGBL sofre tributação apenas sobre o rendimento no momento do resgate ou pagamento do benefício; • Não entra em inventário. Previdência complementar aberta: PGBL e VGBL 150 PGBL: As contribuições do PGBL devem ser informadas na ficha “Pagamentos e Doações Efetuados” na Declaração completa. VGBL: As contribuições do VGBL deve ser informada na ficha “Bens e Direitos”. Previdência complementar aberta: PGBL e VGBL IMPORTANTE! O titular de um plano PGBL deve estar contribuindo para o regime geral (INSS) ou outra previdência oficial, ou ainda estar aposentado pelo INSS. Caso o plano esteja em nome dos dependentes, como mulher ou filhos acima de 16 anos, eles terão de contribuir para o INSS para que o responsável pelo investimento possa fazer a dedução. Já os dependentes menores de 16 anos ficam livres dessa exigência, uma vez que estão abaixo da idade mínima permitida para o trabalho sob o regime da CLT, que prevê a contribuição obrigatória para um regime de previdência social. 151 Características PGBL VGBL Dedutibilidade de até 12% na renda bruta Sim Não Garantia de rentabilidade Não Não Incidência de IR Sobre o valor do resgate/benefício Apenas sobre o rendimento Possibilidade de escolha de diferentes perfis de investimento Sim Sim Incidência de taxa de carregamento Sim Sim Taxa de administração Sim Sim Estabelecido por Seguradora Seguradora Risco para o cliente Composição da carteira FIE e a seguradora Composição da carteira FIE e a seguradora Regimes de tributação 152 Base de cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do imposto (R$) Até 2.112,00 - - De 2.112,01 a 2.826,65 7,50 158,40 De 2.826,66 a 3.751,05 15,00 370,40 De 3.751,06 a 4.664,68 22,50 651,73 Acima de 4.664,68 27,50 884,96 Tributação compensável (progressiva) • Indicada para curto prazo. • Ao realizar um resgate será tributado na fonte à alíquota de 15% e estará sujeito a ajuste apurado de acordo com a aplicação da tabela progressiva do imposto (0% - 27,5%) no momento da entrega da declaração anual de ajuste do imposto de renda. • Informada na ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica”. (pode compensar / restituir). Prazo de acumulação Alíquota do IRRF Até 2 anos 35% De 2 a 4 anos 30% De 4 a 6 anos 25% De 6 a 8 anos 20% De 8 a 10 anos 15% Acima de 10 anos 10% Tributação definitiva (regressiva) • Indicado para longo prazo. • Os valores resgatados ou recebidos são tributados exclusivamente na fonte conforme tabela ao lado. Esse prazo é contado para cada uma das contribuições realizadas pelo participante. • Informada na ficha “Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva”. (não pode compensar / restituir). A migração de tabelas poderá ser feita tanto da tabela progressiva para regressiva quanto da regressiva para progressiva (Lei n° 14.803 de 2024). E o participante poderá escolher o regime de tributação por ocasião do benefício ou resgate. Simulação do pagamento de IR sem previdência 153 IMPORTANTE! Em caso de falecimento do participante durante o período de diferimento (acumulação), o beneficiário receberá o valor acumulado na previdência, descontado o IR, conforme a alíquota da tabela regressiva, se essa foi a opção do participante, considerando o período de cadacontribuição. Caso o plano e/ou as contribuições não tiverem completado seis anos, a alíquota será fixa em 25%, ou seja, não seguirá as alíquotas de IR em função do prazo de acumulação para as contribuições com prazo inferior a seis anos. Simulação do pagamento de IR com previdência 154 Rendimentos tributáveis Rendimentos não tributáveis Salários, soldos, vencimentos e honorários 13° salário Remuneração de estagiários Indenizações trabalhistas Férias Venda de dias de férias Comissões e corretagens Participação nos lucros Pensões Reembolso de despesas Benefícios de previdência privada Locação ou sublocação IMPORTANTE! A dedução de 12% do PGBL é realizada em cima dos rendimentos tributáveis. Exemplos 155 1. Exemplo de pagamento de benefício: Um cliente contratou um plano de previdência complementar do tipo Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) indicando sua esposa como beneficiária. Passados 20 anos, com um montante acumulado de R$ 500.000,00, ele resolveu transformar o seu plano em renda e contratou a renda mensal temporária por 10 anos. Após três anos da contratação, ele faleceu. Nesse caso, a sua esposa NÃO receberá a renda mensal, não sendo devido nenhum outro valor ao beneficiário. Essa renda é exclusiva do participante. 2. Exemplo de contagem de tempo de contribuição quando da utilização da alíquota regressiva: Um cliente aplicou mensalmente em um plano PGBL no período de 11 anos. Ao final, a primeira aplicação tinha acumulado o prazo de 11 anos, mas o último aporte só teria o prazo de 1 mês. Caso esse cliente venha a realizar o resgate total, cada aporte tem contagem de tempo diferente e estará sujeito à alíquotas de IR diferentes. 3. Um indivíduo de 38 anos de idade fez uma única aplicação no valor de R$ 500.000,00, em um plano de previdência complementar do tipo PGBL, com regime de tributação exclusivo na fonte (tabela regressiva). Caso esse indivíduo efetue o resgate total aos 50 anos de idade, e o saldo bruto de aplicação seja de R$ 1.200.000,00, qual será o valor líquido resgatado? Resposta: • Valor do imposto = R$ 1.200.000,00 x 10% = R$ 120.000,00 • Valor líquido resgatado = R$ 1.080.000,00 Exemplos 156 4. Um indivíduo de 38 anos de idade fez uma única aplicação no valor de R$ 500.000,00, em um plano de previdência complementar do tipo PGBL, com regime de tributação compensável (tabela progressiva). Caso esse indivíduo efetue o resgate total aos 50 anos de idade, e o saldo bruto de aplicação seja de R$ 1.200.000,00, qual será o valor líquido resgatado? Resposta: • R$ 1.200.000,00 x 15% = R$ 180.000,00 (IR na fonte). • O cliente receberá R$ 1.020.000,00, mas estará sujeito a ajuste apurado de acordo com a aplicação da tabela progressiva do imposto, que varia de 0 a 27,5%, no momento da entrega da Declaração Anual de Ajuste do Imposto de Renda. 5. Um indivíduo de 38 anos de idade fez uma única aplicação no valor de R$ 500.000,00, em um plano de previdência complementar do tipo VGBL, com regime de tributação exclusivo na fonte (tabela regressiva). Caso esse indivíduo efetue o resgate total aos 50 anos de idade, e o saldo bruto de aplicação seja de R$ 1.200.000,00, qual será o valor líquido resgatado? Resposta: • VGBL tributa apenas em cima dos rendimentos, portanto R$ 700.000,00 x 10% = R$ 70.000,00. • Valor líquido resgatado = R$ 1.130.000,00. Planos de Seguros 157 Supervisionados pela SUSEP Seguro rural permite ao produtor proteger-se contra perdas decorrentes principalmente de fenômenos climáticos adversos. Cobre não só a atividade agrícola, mas também a atividade pecuária, o patrimônio do produtor rural, seus produtos, o crédito para comercialização desses produtos, além do seguro de vida dos produtores. O objetivo maior é oferecer coberturas que, ao mesmo tempo, atendam ao produtor e à sua produção, à sua família, à geração de garantias a seus financiadores, investidores, parceiros de negócios, todos interessados na maior diluição possível dos riscos, pela combinação dos diversos ramos de seguro. Seguro compreensivo É um plano que conjuga vários ramos ou modalidades numa mesma apólice. Seguro de danos O seguro de danos é aquele por meio do qual o risco segurado do patrimônio corresponde a indenização, e essa correspondente a eventual sinistro, não podendo se falar em valor superior ao sinistro, eis que não pode ocasionar o enriquecimento do segurado. O objetivo é garantir ao segurado, até o limite máximo de garantia e de acordo com as condições do contrato, o pagamento de indenização por prejuízos, devidamente comprovados, diretamente decorrentes de perdas e/ou danos causados aos bens segurados, ocorridos no local segurado, em consequência de risco coberto. Seguro de pessoas Objetivo de garantir o pagamento de uma indenização ao segurado ou aos seus beneficiários, exemplos: seguro de vida, seguro funeral, seguro de acidentes pessoais, seguro educacional, seguro viagem, seguro desemprego (perda de renda) etc. Os seguros de pessoas podem ser contratados de forma individual ou coletiva. Nos seguros coletivos, os segurados aderem a uma apólice contratada por um estipulante, que tem poderes de representação dos segurados perante a seguradora, nos termos da regulamentação vigente. Supervisionados pela SUSEP Seguro de transportes O seguro de transportes garante ao segurado uma indenização pelos prejuízos causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens aquaviárias, terrestres e aéreas, em percursos nacionais e internacionais. A cobertura pode ser estendida durante a permanência das mercadorias em armazéns. Seguro de crédito É uma modalidade de seguro que tem por objetivo ressarcir o SEGURADO (credor), nas operações de crédito realizadas com clientes domiciliados no país, das Perdas Líquidas Definitivas causadas por devedor insolvente. Seguro de automóveis A seguradora tem a prerrogativa de analisar o risco de cada proposta e aceitá-lo ou não, com base em seus próprios critérios. Seguro de garantia estendida O seguro de Garantia Estendida tem como objetivo fornecer ao segurado, facultativamente e mediante o pagamento de prêmio, a extensão temporal da garantia do fornecedor de um bem adquirido e, quando prevista, sua complementação. Planos de Seguros 158 Acordo de Basileia Basileia I (1988) • Introdução de requerimento mínimo de capital para a cobertura do risco de crédito, o chamado Índice de Basileia. Basileia II (2004) Aprimoramento de Basileia I e introdução de três pilares: • Pilar 1: consiste nos requerimentos de capital para cobertura dos riscos de crédito, de mercado e operacional; • Pilar 2: é o processo de avaliação conduzido pelo supervisor de observância dos requisitos prudenciais e da adequação de capital; • Pilar 3: fomenta a disciplina de mercado por meio de divulgação de informações. Basileia III (2010) • Aprimoramento das recomendações de Basileia I e II, além de reforço da qualidade e da quantidade de capital, com vistas a aumentar a capacidade das instituições financeiras para absorver perdas não esperadas. • Introdução de requerimentos de liquidez, alavancagem e adicional de capital (buffers); e • requerimentos específicos para instituições de relevância sistêmica doméstica e global. 159 O Comitê de Basileia tem por objetivo reforçar a regulação, a supervisão e as melhores práticas bancárias para a promoção da estabilidade financeira. As recomendações do Comitê de Basileia visam harmonização da regulação prudencial adotadas pelos seus membros, com objetivo de melhorar a competição entre os bancos internacionalmente ativos, cuja relevância é crescente em face da internacionalização dos mercados financeiros. Índice de Basileia Chance de insolvência Convênios de arrecadação/pagamentos 160 Os convênios de arrecadação de tributos ou tarifas públicas são serviços prestados pelas instituições financeiras às instituições públicas ou concessionárias de serviços públicos, por meio de acordos e convênios específicos, que estabelecem as condiçõesde arrecadações e repasses desses tributos/tarifas. Os prazos de retenção dos produtos arrecadados, os fluxos dos documentos e as formas de repasse são próprias de cada tributo/tarifa. Vantagens ao banco • Aumento de aplicações graças aos valores arrecadados; • Consequente aumento das receitas; • Conquista de novos clientes; • Ancoragem do cliente no banco (domicílio bancário). Vantagens ao órgão público • Certeza do rigor no cumprimento das cláusulas contratuais; • Redução/eliminação de custos administrativos; • Segurança e tranquilidade no manuseio dos valores. Vantagens ao cliente • Comodidade do recolhimento/pagamento do tributo; • Segurança dos serviços executados; • Eliminação da perda de tempo e do trabalho de pagar em diferentes órgãos; • Possibilidade do agendamento por meio do débito em conta. Convênios de arrecadação/pagamentos 161 Convênios de arrecadação/pagamentos 162 Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) 163 O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) compreende as entidades, os sistemas e os procedimentos relacionados com o processamento e a liquidação de operações de transferência de fundos, de operações com moeda estrangeira ou com ativos financeiros e valores mobiliários, chamados, coletivamente, de entidades operadoras de Infraestruturas do Mercado Financeiro (IMF). Além das IMF, os arranjos e as instituições de pagamento também integram o SPB. Responsabilidades do BACEN em relação ao SPB No caso dos pagamentos de varejo, o BC direciona suas ações no sentido de promover a interoperabilidade, a inovação, a solidez, a eficiência, a competição, ao acesso não discriminatório aos serviços e às infraestruturas, o atendimento às necessidades dos usuários finais e a inclusão financeira. Zelar pelo funcionamento normal, seguro e eficiente do SPB. Essa função tem como objetivo primordial garantir a eficiência e a segurança no uso de instrumentos de pagamento por meio dos quais a moeda é movimentada. Competência de regulamentar e exercer a vigilância e a supervisão sobre os sistemas de compensação e de liquidação, os arranjos e as instituições de pagamento. BC atua no sentido de promover a solidez das IMFs, seu normal funcionamento e seu contínuo aperfeiçoamento. Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) 164 Integrantes do SPB • os serviços de compensação de cheques, • de compensação e liquidação de ordens eletrônicas de débito e de crédito, • de transferência de fundos e de outros ativos financeiros, • de compensação e de liquidação de operações com títulos e valores mobiliários, • de compensação e de liquidação de operações realizadas em bolsas de mercadorias e de futuros, • de depósito centralizado e • de registro de ativos financeiros e de valores mobiliários. Os sistemas que operam esses serviços são denominados IMFs Autorização e supervisão assegurar que as IMFs sejam administradas consistentemente com os objetivos de interesse público, mantendo a estabilidade financeira e reduzindo o risco sistêmico. Regulação Cabe ao BC, seguindo diretrizes emitidas pelo CMN, o papel de regulador, juntamente com a CVM, nas suas respectivas esferas de competência. Como regulador, o BC atua no sentido de converter as políticas estabelecidas em regras a serem aplicadas às IMFs, além de adequar o arcabouço normativo brasileiro, quando relevante, ao que recomendam os organismos internacionais concernentes, como é o caso do Comitê de Pagamentos e Infraestruturas do Mercado do Banco de Compensações Internacionais (CPMI/BIS) e do Comitê Técnico da Organização Internacional de Comissões de Valores (TC/IOSCO). Gestão e operação O BC é o responsável pela gestão e operação das seguintes IMFs: • Sistema de Transferência de Reservas (STR) • Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) • Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). BACEN Sistemas de liquidação e custódia (clearing house) 165 Sistema especial de liquidação e custódia (SELIC) • Faz a liquidação de Títulos públicos em D+0; • processa a emissão, o resgate, o pagamento de juros periódicos e a custódia dos títulos públicos; • Registrados e liquidados em tempo real (liquidação bruta em tempo real – LBTR); • Liquidação financeira ocorre por meio do STR; • Liquida também as operações de mercado aberto e redesconto com títulos públicos. Brasil, Bolsa e Balcão (B3) • Faz a liquidação de ações em D+2; • Cetip: Títulos privados (ex.: CDB, LCI, LCA, CRI, CPR, SWAP); • BM&F: Derivativos (ex.: opções, futuros, mercado à termo). Sua administração é realizada pelo BCB em parceria com a ANBIMA. • É o coração do SPB, onde ocorre a liquidação final de todas as obrigações financeiras no Brasil; • A transferência de fundos no STR é irrevogável, isto é, só é possível “desfazer” uma transação por meio de outra transação no sentido contrário; • Não há possibilidade de lançamentos a descoberto (não se admite saldo negativo); • Faz liquidação bruta em tempo real (LBTR); Sistema de transferência de reservas (STR) Módulo 04 – Aspectos Jurídicos Noções de direito aplicadas às operações de crédito. Sujeito do direito. 167 As operações de crédito são compromissos financeiros assumidos em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros (LRF, art. 29, III). trata-se daquele a quem se pode imputar direitos e obrigações através da lei. Todas as pessoas, sejam elas físicas ou jurídicas, são sujeitos de direito. Representa portanto uma pessoa ou entidade que possui direitos e também obrigações. Sujeito do direito • Individuais: cidadãos individuais que são capazes de adquirir direitos e obrigações. Também são conhecidos como pessoas naturais ou físicas; • Direitos coletivos: aqueles que se constituem como pessoas jurídicas. São denominadas pessoas morais, não são indivíduos, mas entidades criadas por pessoas físicas. Tipos Titularidade do direito • Sujeitos ativos: referem-se aos titulares de direito diante de terceiros, como, por exemplo, os credores. Onde se podem reclamar de outros a responsabilidade pela conduta de alguém; • Sujeitos passivos: são os próprios titulares da obrigação e direito, ou seja, eles mesmos respondem por si quanto a um comportamento ou decisão, seja de forma voluntária ou não. A exemplo disso temos uma pessoa que se encontra em situação de devedor. Sujeito do Direito 168 Para ser considerado sujeito de direito, é necessário ter capacidade jurídica, que é a aptidão para exercer por si mesmo os atos da vida civil. aa • Direito: nascimento com vida, todos possuem; • Fato: maioridade (18 anos), nem todos possuem. • Pródigos: aqueles que não possuem controle financeiro, podendo dilapidar seu patrimônio ou da família; • Ébrios habituais: pessoas que consomem bebida alcoólica de forma imoderada por vício ou hábito. a a Objeto do Direito 169 Sujeito ativo Prestação Sujeito passivo (direito) (dever)(bem jurídico) Objeto do direito: deve ser lícito (não ser contrário à lei), caso contrário será considerado nulo ou inválido. exemplo pode se tratar de uma propriedade física como carro, casa, entre outros, ou também imaterial, como a propriedade intelectual. No caso de operações de crédito, teríamos como objeto: quantia emprestada, garantias, taxas de juros etc. Objeto do direito A validade do negócio jurídico requer: • Agente capaz; • objeto lícito; • forma prescrita ou não defesa em lei. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos cointeressados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum. Objeto do Direito 170 Bens considerados em si mesmos Características corpóreos/ incorpóreos • os corpóreos são os que tem existência material ; e •os incorpóreos os que não possuem existência tangível sendo aqueles relativos aos direitos que as pessoas físicas ou jurídicas possuem sobre as coisas, sobre os produtos de seu intelecto e apresentam valor econômico; Móveis/ imóveis • os móveis são aqueles suscetíveis de movimento próprio; e • os imóveis aqueles que, por natureza, não podem ser transportados sem destruição ou alteração; Fungíveis/ infungíveis • os fungíveis são os móveis que podem ser substituídos (ex: carvão, açúcar, arroz, etc.); • os infungíveis são os bens móveis que não podem ser substituídos (ex: quadro de Picasso). Consumíveis/ inconsumíveis • os consumíveis são os móveis, cujo uso importe em sua destruição imediata (ex: alimento, dinheiro); e • os inconsumíveis são os que podem ser usados continuamente sem importar em destruição imediata (ex: roupa). Divisíveis/ indivisíveis • os divisíveis são os que podem ser divididos sem alterar sua qualidade (ex: saca de café); e • os indivisíveis são os que não podem se partir sem alterar seu valor (ex: cavalo, uma obra de arte). Singulares/ coletivos • os singulares são aqueles que embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais (ex: folha de papel); • os coletivos são aqueles que embora constituídos de várias coisas singulares, são considerados como um todo (rebanho, biblioteca etc.). Objeto do Direito 171 Bens considerados em relação ao titular do domínio Características Bens públicos São públicos os bens do domínio nacional pertencentes à União, Estados, Municípios, bem como a outras pessoas jurídicas de direito público. Classificam-se em: • Bens de uso comum do povo ou do domínio público: são aqueles que podem ser utilizados sem restrição, gratuita ou onerosamente, por qualquer pessoa, sem qualquer permissão especial. Ex.: ruas, praças, jardins, mar, praias etc. • Bens de uso especial ou do patrimônio administrativo: são os destinados a algum serviço da pessoa jurídica de direito público a que pertencem. Ex.: edifícios públicos; • Bens dominicais ou dominiais ou do patrimônio disponível: constituem o patrimônio da pessoa jurídica de direito público, como objeto de direito pessoal ou real da entidade (são os bens do Estado). Ex.: créditos, terras, etc. Características dos bens públicos: inalienabilidade; imprescritibilidade (não podem ser adquiridos por usucapião); impenhorabilidade (visto serem inalienáveis). Bens privados São todos aqueles que pertencem às pessoas naturais e jurídicas de direito privado. Objeto do Direito 172 Pessoas jurídicas Características Pessoas jurídicas de Direito público interno • União; • Estados, o Distrito Federal e os Territórios; • Municípios; • Autarquias, inclusive as associações públicas; • as demais entidades de caráter público criadas por lei. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. Pessoas jurídicas de Direito público externo • Os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público. Pessoas jurídicas de Direito privado • Associações; • Sociedades; • Fundações; • Organizações religiosas; • Partidos políticos. Fatos jurídicos São acontecimentos através dos quais as relações jurídicas nascem, modificam-se e extinguem-se: NATURAIS HUMANOS Acontecem independente da ação humana ou estão indiretamente relacionados. Dependem exclusivamente da ação humana. ORDINÁRIOS EXTRAORDINÁRIOS • Nascimentos, mortes; • Sempre geram efeitos legais: consequências. • Terremotos, tsunamis; • Podem ou não gerar consequências legais, exemplo: um vendaval destrói uma casa – só vai gerar consequência legal se a casa tiver seguro. ATOS LÍCITOS: São atos que estão de acordo com a lei; aqueles que praticamos no dia a dia, como por exemplo: registrar nascimentos e mortes, tirar RG, título de eleitor, carteira de trabalho; ATOS ILÍCITOS: São atos praticados em desacordo com a lei e que trazem danos morais e/ou materiais a outrem. NEGÓCIO JURÍDICO (CONTRATO): As partes predeterminam até mesmo as consequências de conflitos futuros Fato jurídico em sentido estrito, é o fato causado pela natureza que repercute no âmbito jurídico. É o caso, por exemplo, de um incêndio, de um alagamento, etc. “todo fato jurídico em que, na composição o seu suporte fáctico, entram apenas fatos da natureza, independentes de ato humano como dado essencial.”. 173 Ato jurídico Ato jurídico se trata de toda conduta lícita que tem por objetivo a aquisição, o resguardo, a transmissão, modificação ou extinção do direito. Ou seja, toda a modificação efetuada no direito, de relevância jurídica, caracterizando o Ato Jurídico. Classificação • Sentido amplo: abrange não apenas as condutas de um indivíduo, mas também os negócios jurídicos são considerados atos jurídicos, pois, de alguma forma, modificam o direito; • Sentido estrito: alcança apenas a conduta pessoal, realizada pelo indivíduo. Elementos • Elementos essenciais: agente capaz, objeto lícito, e forma prescrita ou não proibida na lei; • Elementos acidentais: eventualmente podem fazer parte do ato jurídico, mas a sua ausência não provoca a invalidade dele. 174 Ato jurídico Classificações do ato jurídico Quanto à ação • Ato comissivo (fazer algo) ou ato omissivo (não fazer algo). Quanto à subsunção • Se está em conformidade com o ordenamento jurídico ou não (ato lícito ou ilícito). Quanto aos fatos • Caso haja apenas uma conduta ou integração de outro elemento (simples ou complexo). Quanto à execução • Ato de execução imediata (quando a execução ocorre logo após a sua realização), ato de execução diferida (a execução é adiada) e ato de execução pretérita (a execução possui efeito retroativo). Quanto à declaração de vontade • Em ato unilateral (se constitui pela vontade de apenas uma pessoa) e ato bilateral (aquele que é formado por acordo de vontades). Quanto à onerosidade • Ato oneroso e ato gratuito. Quanto aos atos reciprocamente considerados • Ato principal e ato acessório (caso dependa de outro ato). Quanto aos afeitos • O ato pode ser inter vivos ou mortis causa, tendo efeitos durante a vida do agente ou apenas após a sua morte. Quanto à natureza • Ato subjetivo (declaração de vontade unilateral ou bilateral), ato condição (aplicação de estatuto imposto por lei. Exemplo: casamento), ato regra (vincula a pessoa que não manifestou sua vontade) e ato jurisdicional (declarado pelo Poder Judiciário na solução dos litígios que são apresentados). Quanto aos atos considerados em si mesmos • Ato material/real (é realizado de forma concreta sobre determinado bem) e ato de participação (possui alteração psíquica em virtude da cientificação de algum fato). 175 Contratos: conceitos, requisitos e classificação O contrato é o negócio jurídico bilateral, ou plurilateral (acordo das partes e a sua manifestação externa), pois depende de mais de uma declaração de vontade, que sujeita as partes à observância de conduta idônea à satisfação dos interesses de que regularam, visando criar, modificar, resguardar, transmitir ou extinguir relações jurídicas. Classificação quanto ao efeito Unilateral • consiste no contrato em que só uma da parte tem a obrigação, enquanto a outra apenas concorda com os termos, como no caso do contrato de doação pura. Bilateral • é o contrato no qual há prestação e contraprestação estipulada entre as partes, como no contrato de compra e venda. Plurilateral • trata-se da possibilidade da existência de vários polos no contrato, cada um com seus deveres e direitos distintos, sendo vontades próprias. O contrato é um instrumento que, além dos requisitos legais, devem ser definidos os direitos e as obrigações que vincularão as partes. 176 Contratos: conceitos, requisitos e classificação Classificação quanto à onerosidadeGratuito ou desinteressado • dá-se quando apenas uma das partes tem vantagem em razão da manifestação de vontade da outra parte, como o contrato de mútuo simples (empréstimo de bem fungível). Oneroso comutativo • configura-se pela prestação mútua e já estabelecidas consequências do cumprimento ou não do contrato, tendo cada parte uma obrigação para com a outra já determinada. Oneroso aleatório por natureza • nesta espécie, o cumprimento do contrato é, naturalmente, incerto, dependendo para que aconteça de um evento futuro, como no contrato de jogo e no contrato de seguro. Oneroso aleatório pela vontade das partes • ocorre pela convenção das partes em que se cria um contrato que embora oneroso, depende de um evento futuro e incerto, como os contratos de emptio spei e emptio rei speratae. Classificação quanto ao momento da execução Instantâneo • leva-se em conta o momento de celebração e cumprimento do contrato, por ocorrer em um único ato. Diferido • trata-se de hipótese em que o cumprimento do contrato se dá em momento posterior a sua celebração. De trato sucessivo ou em prestação • aqui, o cumprimento do contrato se dá no decorrer do tempo, podendo, inclusive, ser modificado o acordado em razão da teoria da imprevisão. 177 Contratos: conceitos, requisitos e classificação Classificação quanto ao agente Personalíssimo ou intuitu personae • trata-se do contrato em que apenas uma determinada pessoa poderá cumprir o acordado, uma vez que foi celebrado em razão de suas características pessoais. Impessoal individual • consiste na hipótese em que qualquer pessoa pode cumprir o contrato. Impessoal coletivo • são contratos que envolvem várias pessoas, como as convenções coletivas de trabalho. Classificação quanto ao modo por que existem Principal • trata-se de contrato fruto da convergência de vontades, estabelecendo relação jurídica originária entre as partes. Acessório ou adjeto • espécie de contrato que se constitui em função do contrato principal, sendo garantia ou complementação deste. Derivado • configura um contrato novo que só surge em razão da existência de uma relação jurídica contratual pretérita. Não se comunica, porém com o contrato principal. Classificação quanto à formação Paritário • configura contrato em que a celebração é de comum acordo, ambos elaborando as cláusulas fixadas. Adesão • hipótese em que apenas uma das partes elabora as cláusulas contratuais e a outra apenas as adere. Tipo • consiste em desdobramento do contrato de adesão, de modo a se utilizar um formulário em que umas das partes, tão e somente, preencherá. 178 Contratos: conceitos, requisitos e classificação Classificação quanto à forma Solene ou FORMAL • aquele contrato que deve respeitar os requisitos estipulados em lei para que haja sua validade. Não solene ou INFORMAL • decorre da ausência de disposição legal específica, de modo a poder ser feito o contrato de qualquer forma. Consensual • são aqueles contratos que se consideram formados pela simples oferta e aceitação. Reais • são contratos em que só serão considerados firmados com da entrega da coisa objeto do negócio jurídico, como no contrato de mútuo. Classificação quanto ao objeto Preliminar ou pactum contrahendo • consiste no contrato firmado em que as partes se comprometem a no futuro firmar o contrato definitivo, como no caso de promessa de compra e venda de um imóvel. Definitivo • trata-se do contrato pelo qual - de fato – concretiza-se o negócio jurídico. 179 Contratos: conceitos, requisitos e classificação Classificação quanto à designação Nominados ou típicos • são os contratos previstos em lei, dando-se parâmetros legais a sua formação. Inominados • são os contratos sem previsão legal, mas que a lei considera lícito desde que respeitadas às disposições gerais do direito contratual. Misto • são aqueles contratos que tem por base um contrato nominado/típico, mas se acrescentam cláusulas de outros contratos, ou cláusulas atípicas, em razão da especificidade do negócio a ser firmado. Coligados • são contratos que trazem duas prestações em razão de um único negócio, como a venda de automóvel e assistência técnica no mesmo contrato. União de contratos • são contratos distintos e autônomos que são unidos por conveniência, como um contrato de moradia que se soma a um contrato de empreitada para construí-la. 180 Contratos: conceitos, requisitos e classificação Classificação quanto ao objetivo Contrato de aquisição • é a forma de contrato definitivo, no qual se tem a transferência definitiva e documental do bem. Contrato de uso ou gozo • configura contrato que não tem a finalidade de transferir a titularidade do bem, e sim de permitir o uso por determinado tempo, devendo ser devolvido nas mesmas condições, ressalvado o desgaste natural. Contrato de prestação de serviço • trata-se daquele contrato pelo qual o prestador de serviço se obriga a prestar pessoalmente ou por terceiro um serviço definido no contrato em favor do contratante. Contrato associativo • é o contrato realizado entre duas ou mais pessoas na busca de um fim comum, como no contrato social ou de cooperativa. 181 Contrato de compra e venda Do contrato de compra e venda • Um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro; • A compra e venda, quando pura, considerar-se-á obrigatória e perfeita, desde que as partes acordarem no objeto e no preço; • A compra e venda pode ter objeto coisa atual ou futura; • Se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos ou modelos, entender-se-á que o vendedor assegura ter a coisa as qualidades que a elas correspondem; • A fixação do preço pode ser deixada ao arbítrio de terceiro; • Também se poderá deixar a fixação do preço à taxa de mercado ou de bolsa; • É lícito às partes fixar o preço em função de índices ou parâmetros; • Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa o arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação do preço; • Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição; • Não sendo a venda a crédito, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa antes de receber o preço; • Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e os do preço por conta do comprador. Os contratos nominados são aqueles que possuem um nome, uma denominação. Como, por exemplo: contrato de compra e venda; contrato de locação; contrato de leasing; contrato de comodato; entre tantos. 182 Contrato de Empréstimo Do Comodato • Se o comodato não tiver prazo convencional, presume-se o necessário para o uso concedido; • O comodatário é obrigado a conservar, como se sua própria fora, a coisa emprestada; • O comodatário não poderá jamais recobrar do comodante as despesas feitas com o uso e gozo da coisa emprestada; • Se duas ou mais pessoas forem simultaneamente comodatárias de uma coisa, ficarão solidariamente responsáveis para com o comodante. O Comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto. É a concessão gratuita de qualquer coisa móvel ou imóvel, por um certo período de tempo, com a condição de devolver ao indivíduo nas mesmas condições ao fim do prazo. 183 Contrato de Empréstimo Do Mútuo • Este empréstimo transfere o domínio da coisa emprestada ao mutuário, por cuja conta correm todos os riscos; • O mútuo feito a pessoa menor, sem prévia autorização daquele sob cuja guarda estiver, não pode ser reavido nem do mutuário, nem de seus fiadores; • O mutuante pode exigir garantia da restituição, se antes do vencimento o mutuário sofrer notória mudança em sua situação econômica; • Destinando-se o mútuo a fins econômicos, presumem-se devidos juros; • Não se tendo convencionado expressamente, o prazo do mútuo será: I. Até a próxima colheita, se o mútuo for de produtos agrícolas; II. De 30 dias, pelo menos, se for de dinheiro; III. Do espaçode tempo que declarar o mutuante, se for de qualquer outra coisa fungível. O Mútuo é o empréstimo gratuito de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade. 184 Contrato de Fiança Da fiança • Dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva; • Pode-se estipular a fiança, ainda que sem consentimento do devedor ou contra a sua vontade; • As dívidas futuras podem ser objeto de fiança; mas o fiador, neste caso, não será demandado senão depois que se fizer certa e líquida a obrigação do principal devedor; • Não sendo limitada, a fiança compreenderá todos os acessórios da dívida principal, inclusive as despesas judiciais; • A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em condições menos onerosas, e, quando exceder o valor da dívida, ou for mais onerosa que ela, não valerá senão até ao limite da obrigação afiançada; • Quando alguém houver de oferecer fiador, o credor não pode ser obrigado a aceita-lo se não for pessoa idônea, domiciliada no município onde tenha de prestar a fiança, e não possua bens suficientes para cumprir a obrigação; • Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, poderá o credor exigir que seja substituído; • O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito a exigir, que sejam primeiro executados os bens do devedor (benefício da ordem); O fiador não poderá se aproveitar desse benefício se: a) Renunciou expressamente; b) Se obrigou como principal pagador, ou devedor solidário; c) Se o devedor for insolvente, ou falido. Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra. 185 Contrato de Fiança Da fiança • A fiança conjuntamente prestada a um só débito por mais de uma pessoa importa o compromisso de solidariedade entre elas, se declaradamente não se reservarem o benefício de divisão; • Cada fiador pode fixar no contrato a parte da dívida que toma sob sua responsabilidade; • O devedor responde também perante o fiador por todas as perdas e danos que este pagar; • A obrigação do fiador passa aos herdeiros; mas a responsabilidade da fiança se limita ao tempo decorrido até a morte do fiador, e não pode ultrapassar as forças da herança. Da extinção da fiança • O fiador, ainda que solidário, ficará desobrigado: I. Se, sem consentimento seu, o credor conceder moratória ao devedor; II. Se, por fato do credor, for impossível a sub-rogação nos seus direitos e preferências; III. Se o credor, em pagamento da dívida, aceitar amigavelmente do devedor objeto diverso do que este era obrigado a lhe dar, ainda que depois venha a perde-lo por evicção. 186 Contratos por instrumento público e particular 187 Tipos de contrato Por instrumento público Instrumento jurídico de declaração de vontades celebrado entre uma ou mais pessoas perante um tabelião, que tem responsabilidade legal e formal para a sua lavratura. O documento é necessário para dar validade formal ao ato jurídico exigido por Lei. • Feita por escritura pública lavrada no Cartório de Notas; • É exigida sempre que o ato a ser celebrado exigir escritura pública; • Escritura pública é toda declaração pública feita na frente de um tabelião. Segurança maior; • Não há necessidade de reconhecimento de firma. • Art. 108 CC – Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a 30 vezes o maior salário mínimo vigente no País. Por instrumento particular O contrato particular é feito por qualquer pessoa capaz, sem intervenção do Poder Público, assinado pelas partes e com pelo menos duas testemunhas. Para esse procedimento, a recomendação é que todas as firmas sejam reconhecidas. • Não é feita por escritura pública, bastando que tenha a assinatura do procurador e preencha os requisitos; • A maioria das procurações são feitas por instrumento particular (geralmente exige-se reconhecimento de firma). Cédula de crédito bancário (CCB) A Cédula de Crédito Bancário é título de crédito emitido, por pessoa física ou jurídica, em favor de instituição financeira ou de entidade a esta equiparada, representando promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de operação de crédito, de qualquer modalidade. É um título extrajudicial (a execução da garantia não precisa de ordem da justiça). A instituição credora deve integrar o SFN. Se a IF for estrangeira, deve-se seguir à lei brasileira. E pode ser emitida em moeda estrangeira. Com ou sem garantia, real ou fidejussória. 188 Garantias do Sistema Financeiro Nacional GARANTIAS PESSOAIS OU FIDEJUSSÓRIAS REAIS AVAL FIANÇA Simples assinatura do avalista (ou procurador) na frente ou verso do título. É responsável pela quitação bem como o titular, não havendo o benefício da ordem (primeiro um depois o outro). O Fiador garante o todo ou parte do cumprimento da obrigação que o afiançado assumiu com o credor. Em caso de aluguel, por exemplo, o fiador é um terceiro indicado pelo locatário que será corresponsável pelo pagamento do aluguel. Além disso, o fiador também será responsável por encargos, pintura, reparos e outros itens constantes do contrato. Esta modalidade só é válida com a anuência do cônjuge. FIANÇA BANCÁRIA Compromisso contratual. Uma instituição financeira assuma a responsabilidade, com seu cliente, na hora de pedir crédito emprestado. O banco passa a ser o fiador e emite uma carta fiança para o credor. Muito utilizada em casos de aluguel, onde o locatário não possui garantias aceitáveis pela imobiliária. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA PENHOR MERCANTIL OU RURAL HIPOTECA Submissão de um determinado bem móvel ou imóvel ao cumprimento da obrigação garantida, com transferência de sua propriedade para o credor. Em caso de inadimplência, o credor deve solicitar a apreensão do bem, tirando o direito de uso devedor, além de coloca-lo à venda, para cobrir os débitos que ficaram em aberto. Caracterizadas pela submissão de um determinado bem móvel ao cumprimento da obrigação. Os bens empenhados continuam em poder do devedor, que assume a condição de fiel depositário. Podem ser objetos de penhor mercadorias e produtos depositados, que não sejam de fácil deterioração, tais como máquinas, aparelhos e materiais utilizados na indústria ou comércio. No penhor rural as garantias podem ser agrícolas (maquinário, sementes, colheitas pendentes) ou pecuniário (animais). O imóvel que foi hipotecado fica em nome de quem pegou o empréstimo mas o credor poderá utilizá-lo para quitar a dívida em caso de inadimplência. A escritura pública é requisito de validade para sua constituição. Não são vinculadas a um bem específico. Alguém que se compromete pessoalmente a cumprir as obrigações contraídas pelo devedor. Constituídas sobre vinculação a bens tangíveis, podendo ser bem móvel ou imóvel. de propriedade do devedor, ou interveniente garantidor. São indivisíveis, ou seja, mesmo que o devedor pague uma parte da dívida a garantia é considerada por inteiro. 189 Cédula de crédito industrial 190 A Cédula de Crédito Industrial é uma promessa de pagamento em dinheiro, emitida por pessoa física ou jurídica, em favor de instituição financeira ou entidade a ela equiparada, com garantia real (alienação, penhor ou hipoteca), cedularmente constituída. Caso ocorra inadimplência de qualquer obrigação do emitente do título, o vencimento da dívida resultante da cédula será antecipado, independentemente de aviso ou interpelação judicial. Pode ser aditada (acrescentar algo), ratificada (legalizada) e retificada (corrigida), por meio de menções adicionais e aditivos. Requisitos • Denominação “Cédula de Crédito Industrial”; • Data do pagamento; • Nome do credor e cláusula à ordem; • Valor do crédito deferido, lançado em algarismos por extenso, e a forma de sua utilização; • Descriçãodos bens objeto do penhor ou alienação fiduciária; • Taxa de juros a pagar e comissão de fiscalização, se houver; • Obrigatoriedade de seguro dos bens objeto da garantia; • Praça do pagamento; • Data e lugar de emissão; • Assinatura do próprio punho do emitente ou representante com poderes especiais. A NOTA de crédito industrial é promessa de pagamento em dinheiro, SEM garantia real. Possui os mesmos requisitos da Cédula exceto pela parte da garantia. Cédula de crédito comercial 191 A Cédula de Crédito Comercial representam empréstimos de instituições financeiras a pessoa física ou jurídica que se dedica à atividade mercantil ou à prestação de serviço. Isso significa que, quando uma instituição financeira, conceder um empréstimo a um comerciante, poderão ser emitidas cédulas de crédito comercial ou notas. • A Cédula de Crédito Comercial é COM garantia real. • A Nota de Crédito Comercial é SEM garantia real. • Obs.: a não identificação dos bens objeto da alienação fiduciária cedular não retira a eficácia da garantia, que incidirá sobre outros de mesmo gênero, quantidade e qualidade Aplicam-se à Cédula de Crédito Comercial e à Nota de Crédito Comercial as normas do Decreto-lei nº 413 (trata da Cédula de Crédito Industrial), de 9 de janeiro 1969, inclusive quanto aos modelos anexos àquele diploma, respeitadas, em cada caso, a respectiva denominação e as disposições desta Lei. Módulo 05 – O Banco do Nordeste do Brasil S.A: legislação básica, programas e informações gerais de sua atuação como agente impulsionador do desenvolvimento sustentável da região nordeste. Informações gerais da atuação do BNB A região Nordeste conta atualmente com uma economia predominantemente urbana, marcada por um processo de metropolização das capitais, iniciado nos anos 1970, e com uma rede de cidades de porte médio estruturada que cumpre importante papel na oferta de serviços públicos e privados. • 70% da população reside nas áreas urbanas; • 80% da força de trabalho está ocupada em atividades não agrícolas; • Com 57,7 milhões de habitantes, a Região Nordeste respondia em 2021 por 27% da população brasileira; • Em 2021 quase seis em cada dez trabalhadores ocupados na Região mantinham vínculos informais no mercado de trabalho; • Fortaleza é a cidade sede do BNB. Tópicos importantes para se ter uma noção geral do que vem a ser a região do Nordeste e da área de atuação do BNB: Atuação do BNB • Agente financeiro de recursos federais no Nordeste; • Gestor de fundos constitucionais (ex: FNE); • Agente de concessão de Microcrédito produtivo (recursos oriundos do FAT); • Atua com Agentes de desenvolvimento (da porta para fora do banco, diretamente junto aos empreendedores); • Financiador de projetos de pesquisa e difusão de tecnologias direcionados às atividades produtivas (recursos do Fundeci); • Fomentador e disseminador de conhecimento, por meio da ETENE. • Agente operador do Finor e do FDNE e do Pronaf. Lei n 1.649, de 19 de Julho de 1952: Cria o Banco do Nordeste do Brasil. Quando criado, seu foco era atuar no “Polígono das Secas” para prestar assistência às populações dessa área. Hoje, é um banco federal, de atuação em nível regional, que combina a atuação de uma agência de desenvolvimento com as funções de um banco de fomento para toda a região nordestina, além de atuar como banco comercial. Características gerais • Organização: sob a forma de sociedade por ações. • Sede: cidade de Fortaleza • Filial: terá uma filial em cada um dos Estados compreendidos no “Polígono das Secas”. Cada filial tem autonomia na aplicação dos recursos. • As agências são instaladas na área do Polígono, de modo que haja, em cada Estado, pelo menos uma agência por 400.000 habitantes e um mínimo de duas agências por Estado. • Recursos do BNB: a) Capital social; b) Parte do fundo a que se refere o art. 1° da Lei n° 1.004, de 24 de dezembro de 1949 (a lei orçamentária consignará, anualmente, uma dotação global correspondente a 1% da renda tributária da União, para constituir depósito especial para amparo às populações atingidas pela seca do Nordeste). 20%, no máximo, desse recurso, será reserva especial para socorrer as populações atingidas pela seca e 80%, no mínimo, serão aplicados anualmente em empréstimos a agricultores e industriais estabelecidos na área abrangida pela seca; c) Depósitos nas condições que forem fixadas nos Estatutos; d) Lucros verificados nas operações. e) Produto do lançamento de títulos de sua responsabilidade. Informações gerais da atuação do BNB Características gerais • Administração: o Banco será administrado por uma Diretoria composta de 7 membros, sendo 1 Presidente e 6 diretores: I. Diretoria de Administração; II. Diretoria de Ativos de Terceiros; III. Diretoria de Controle e Risco; IV. Diretoria de Negócios; V. Diretoria de Planejamento; VI. Diretoria Financeira e de Crédito. IMPORTANTE! Um diretor será escolhido dentro os funcionários do Banco, de carreira, em exercício ou aposentado. O Polígono das Secas é uma área de 1.108.434,82 km², correspondentes a 1.348 municípios, que está inserida nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais (o Maranhão é a única exceção). Informações gerais da atuação do BNB Características gerais • Atribuições: o BNB prestará assistência, mediante empréstimo, a empreendimentos de caráter reprodutivo, na área do Polígono das Secas, especialmente para: • Construção de obras hídricas, irrigação, estrutura de ensilagem e armazenamento, equipamentos agropecuários, reflorestamento, saneamento, financiamento de safras (capital de giro), construção de armazéns, beneficiamento e industrialização de produtos da região, industrialização artesanal e doméstica com aproveitamento de matérias-primas locais, aquisição fundiária, entre outras. • Empréstimos: O BNB poderá fazer empréstimos a Prefeituras Municipais no Polígono das Secas; poderá ainda beneficiar empreendimentos que promovam o desenvolvimento econômico da região, priorizando os de caráter economicamente produtivo. Informações gerais da atuação do BNB Estrutura organizacional do BNB A estrutura organizacional do Banco é composta por órgãos estatutários, colegiados e unidades organizacionais, conforme o organograma a seguir. Estrutura organizacional do BNB Estrutura organizacional do BNB Exercício de fixação 15180 - Acerca do Banco do Nordeste do Brasil, é correto afirmar que: a) O Banco do Nordeste do Brasil é o maior banco comercial do Nordeste. b) O Banco do Nordeste do Brasil atua como banco Caixa da região Norte e Nordeste. c) O Banco do Nordeste do Brasil se trata somente de um banco de investimento para o bem estar das famílias da região do Nordeste. d) O Banco do Nordeste do Brasil possui foco no desenvolvimento da região Norte. e) O Banco do Nordeste do Brasil atua como banco de desenvolvimento da região Nordeste. Exercício de fixação 15181 - Acerca do Banco do Nordeste do Brasil, é correto afirmar que: a) O Banco do Nordeste não oferece programas de crédito para valorização da sustentabilidade. b) O Banco do Nordeste oferece somente a linha de crédito FNE Verde. c) O Banco do Nordeste oferece linhas de créditos para a região sul do país. d) As principais linhas de crédito focadas para a sustentabilidade são a leasing e o FINAME. e) O Banco do Nordeste oferece programas de crédito que valorizam e respeitam o meio ambiente, como FNE Inovação, FNE Sol e FNE Verde. Exercício de fixação 15182 - O Banco do Nordeste financia o empreendedorismo por meio do FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste). É correto afirmar que: a) A principal atividade para se investir e crescer na região é somente a do setor de agricultura familiar. b) Não possui investimento para crescimento econômico no setor do comércio. c) Possui investimento econômico apenas no setor de apicultura. d) Possui investimento somente na região Norte, com foco no setor carcinicultura. e) Asprincipais atividades para se investir e crescer são bovinocultura; apicultura; agricultura familiar; floricultura. Exercício de fixação 15183 - Sobre o Banco do Nordeste, é correto afirmar que: a) Desde sua criação, tem sede na cidade de Salvador, na Bahia. b) Seus clientes são apenas agentes econômicos. c) Sua Missão é a de agir como o único banco de desenvolvimento Brasil. d) Não atende a região do norte do Espírito Santo. e) Foi criado pela lei federal 1649 em julho de 1952 para atuar no chamado polígono das secas. Exercício de fixação 15184 - O Banco do Nordeste é uma instituição com a característica de ser: a) somente um banco comercial de capital fechado. b) somente um banco de investimento com capital fechado. c) uma cooperativa para atender somente agentes econômicos. d) controladora de empresas privadas. e) múltipla, com capital aberto sob controle do Governo federal. Exercício de fixação 15185 - Acerca do Banco do Nordeste do Brasil, é correto afirmar que: a) foi criado pela Lei nº 2004, de 19 de junho de 1954; b) sua área de atuação abrange todos os Estados da Região Nordeste, Tocantins e o norte do Estado de Minas Gerais; c) É uma instituição financeira pública constituída sob a forma de sociedade anônima aberta e de economia mista; d) sua administração é feita por uma diretoria executiva composta de 10 (dez) membros, sendo um presidente e nove diretores; e) criou em 2003 sua Comissão de Ética, para receber reclamações dos clientes insatisfeitos com as soluções apresentadas pelos canais de atendimento. Módulo 06 – Ética aplicada: ética, moral, valores e virtudes. Ética aplicada: Ética, moral, valores e virtudes. Conceitos Definição Ética • Ética é o conjunto de princípios e valores morais que orientam a conduta de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. Trata-se de uma maneira de lidar com as situações da vida e do modo como estabelecemos relações com outra pessoa. Uma conduta ética pode ser um tipo de comportamento mediado por princípios e valores morais. Moral • A moral pode ser definida como o conjunto de regras aplicado no cotidiano e que é utilizado constantemente por cada cidadão. A moral é fruto do padrão cultural vigente e reúne as regras tidas como necessárias para a boa convivência entre os membros pertencentes a uma determinada sociedade. Os julgamentos de certo ou errado dependerão do lugar onde se está. Exemplo: um indivíduo em situação de miséria encontra uma carteira caída na rua e decide utilizar o cartão de crédito nela guardado para adquirir medicamentos ao seu filho que está doente. Esse indivíduo terá agido de acordo com princípios morais (finalidade maior/variável por indivíduo) e contra as normas éticas. Ética aplicada: Ética, moral, valores e virtudes. Conceitos Definição Valores • São fundamentos éticos com o ideal de perfeição; • São nosso ideais. 1) Legalidade: atuação sempre conforme as leis; 2) Impessoalidade: prevalência do interesse público sobre interesses particulares; 3) Moralidade: conduta pautada por padrões éticos de boa-fé, decoro, lealdade, honestidade e probidade; 4) Publicidade: ampla divulgação dos atos da instituição para a sociedade; 5) Eficiência: melhor desempenho com economicidade, redução de desperdícios, qualidade, rapidez etc.; Esses 5 princípios acima são estabelecidos na Constituição Federal do Brasil para a Administração pública. 6) Justiça, Governança, Honestidade, Sustentabilidade, Igualdade (inadmissível qualquer discriminação), meritocracia, Integridade, Inovação, Foco nos clientes e resultados, Respeito, Cooperação, Confiança, Disciplina e Civilidade, Ambiente de trabalho saudável e seguro, Convivência harmoniosa e produtiva baseada na equidade, respeito mútuo, Inadmissível qualquer ato de corrupção ou práticas fraudulentas, proibido o nepotismo, repúdio a pressões e interferências políticas para obtenção de favores ou vantagens, responsabilidade socioambiental, imparcialidade no exercício das atividades, repúdio ao trabalho infantil e/ou trabalho escravo, zelo permanente pela imagem do BNB, atitudes e comportamentos baseados no espírito público de buscar sempre fazer o melhor. Ética aplicada: Ética, moral, valores e virtudes. Conceitos Definição Virtudes • Virtude intelectual: ligados à inteligência. Aprender através do diálogo e reflexão com o objetivo de ter um conhecimento verdadeiro. • Virtudes morais: ligados ao bem através de um comportamento moral. É a vontade de uma pessoa de fazer o bem, ter boa conduta. • Outras virtudes: benevolência, autoconfiança, coragem, desapego, determinação, disciplina, empatia, generosidade. Princípios do BNB • Integridade; • Conformidade; • Confiabilidade; • Segurança e sigilo das transações; • Legitimidade das operações contratadas e dos serviços prestados; • Respeito; • Equidade; • Cortesia • Diligência; • Responsabilidade; • Transparência; • Receptividade e sugestões e críticas; • Privacidade e proteção de dados; • Observância de princípios e normas pertinentes aos direitos do consumidor. Código de Conduta Ética e Integridade do BNB Objetivos • Identificar princípios e valores éticos que devem orientar relacionamentos internos e externos das atividades do BNB; • Inspirar compromissos a serem expressos nas iniciativas, políticas, programas e normas do BNB; • Servir como guia para estabelecimento de uma linha de comportamento profissional; • Prevenir à corrupção e outros atos lesivos ao BNB; • Orientar a tomada de decisão em situações de conflitos ou dilemas éticos; • Servir como elemento norteador das ações do BNB; • Fortalecer a imagem da instituição e sua reputação; Público-alvo • Membros dos órgãos estatutários; empregados; colaboradores; fornecedores; parceiros e pessoas que atuem em nome do BNB. Agentes externos • clientes, usuários de serviços, empregados da Previdência dos funcionários do BNB, empregados das instituições parceiras e patrocinadas, representantes de órgãos de regulação e controle. Missão do banco • Atuar como o banco de desenvolvimento da região Nordeste. • Objeto social: a promoção do desenvolvimento e a circulação de bens por meio da prestação de assistência financeira, de serviços, técnica e de capacitação a empreendimentos de interesse econômico e social. Código de Conduta Ética e Integridade do BNB Na realização de negócios • Dispensar tratamento justo e equitativo a clientes e usuários; • Oferecer produtos e serviços adequados às necessidades; • Fornecer, de forma clara, as informações necessárias para tomada de decisão; • Cumprir os normativos internos e externos; • Cumprir as normas de prevenção à lavagem de dinheiro e combate à corrupção; • Não realizar negócios com clientes que exploram trabalho infantil ou análogo ao escravo; • Manter sigilo das informações que não sejam de domínio público; • Tratar de forma colegiada as decisões sobre operações de crédito e financiamento; • Não apresentar indicações a clientes de fornecedores ou prestadores de serviços, ainda que por eles solicitadas. Na relação com investidores e acionistas • É vedada ao público-alvo deste Código a divulgação, sem autorização da autoridade competente do Banco, de informação que possa causar impacto na cotação dos títulos da instituição e em suas relações com o mercado ou com consumidores e fornecedores. Nas relações com o poder público • É vedada a realização de doações eleitorais, financeiras ou não, a pessoas ou partidos políticos por parte do BNB. • Decisões originadas a partir de relacionamentos com o setor público devem ser isentas de preferências partidárias ou ideológicas; • É permitido o direito individual de seus administradores e demais membros dos órgãos estatutários, dos empregados e colaboradores participar de assuntos e processos políticos, porém eventuais manifestações de opinião e a própria participação política desse público devem ter caráter estritamente pessoal e ocorrer somente em seu tempo livre e às suas próprias custas. Código de Conduta Éticae Integridade do BNB Relacionamento com agentes públicos Condutas inadmissíveis: • Prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente público ou político, ou a terceiros; • Receber qualquer benefício, monetário ou não, com a finalidade de dar cumprimento ao que já seria uma obrigação ou para fazer com que processos ou rotinas sejam indevidamente facilitados, abreviados, apressados ou suprimidos; • Compactuar com fraudes em contratos de financiamento com governos e órgãos da entidade pública; • Servir a interesses particulares em detrimento do bem comum; • Apropriação indevida de recursos públicos por entes privados; • Aliciar autoridades, agentes públicos, concessionários, permissionários de serviço público ou candidatos a cargos eletivos, por meio de presentes, ofertas, benefícios ou vantagens indevidas; • Utilizar recursos, estrutura, instalações, imagens, informações, marcas e identidade do BNB para atender a interesses político-partidários. Nas relações com órgãos de regulação, fiscalização e auditoria • São consideradas condutas inadmissíveis apresentar, de maneira deliberada, informações incorretas, dar falsas declarações, destruir ou alterar registros e documentos potencialmente importantes em processos de apuração ou investigação e até mesmo tentar induzir ao erro auditores internos ou externos e representantes de órgãos de regulação e fiscalização. Código de Conduta Ética e Integridade do BNB Nas relações com o mercado e com os concorrentes • A integridade, o respeito mútuo, a civilidade e a promoção da concorrência justa e legal são compromissos permanentes; • O BNB respeita a concorrência e proíbe que sejam divulgados ou disseminados por qualquer meio e sob qualquer pretexto, conceito, comentário ou boato que possa comprometer a imagem de empresas ou prejudica-las. Nas relações com a sociedade e as comunidades • Valorizar os vínculos estabelecidos, respeitando valores culturais; • Atuar com integridade e transparência, cultivando credibilidade junto à população; • Influenciar de forma positiva a sociedade; • Levar em consideração os impactos que decisões trarão às comunidades e ao meio ambiente; • Considerar os princípios da Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática (PRSAC). Nas relações com fornecedores e parceiros • a seleção de fornecedores deve ser realizada com imparcialidade e transparência sem favorecimento; • Garantir sempre a livre concorrência entre eles; • Exigir dos fornecedores a conduta ética e pautada nos princípios e valores do banco; • É vedado contratar empresa objetivando benefícios que extrapole os interesses do BNB; • É vedado prestar qualquer favor ou serviço remunerado a fornecedores; Código de Conduta Ética e Integridade do BNB Nas relações de trabalho • Cumprir as leis estimulando a convivência harmoniosa e com cidadania; • Garantir ambiente de trabalho adequado; • Prover condições para que todos sejam tratados com igualdade; • Repudiar e punir qualquer assédio de qualquer natureza; • Repudiar toda e qualquer prática ilícita, exemplo: suborno, extorsão, corrupção, propina, nepotismo, lavagem de dinheiro etc.; • Democratizar oportunidades de ascensão profissional; • Estimular inovações em produtos, serviços, soluções e sistemas; • Estimular ações de sustentabilidade e responsabilidade socioambiental; • Respeitar a diversidade das pessoas; • Assegurar que não haja restrição de ascensão funcional ou qualquer discriminação a empregadas do BNB pelo fato de serem ou de poderem vir a ser mães; • Prover condições adequadas de trabalho para empregados e colaboradores com deficiências; • Prover garantias quanto ao sigilo das informações na Política de Proteção ao Denunciante; • Respeitar a liberdade de associação sindical; Condutas vedadas nas relações de trabalho • Usar o cargo para obter qualquer tipo de favorecimento; • Prejudicar a reputação de qualquer trabalhador do banco; • Ser conivente com erro ou infração; • Usar artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa; • Deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance; • Permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses interfiram no trato com o público; • Alterar documentações e retirar documentos das instalações do BNB; • Iludir qualquer pessoa; • Fazer uso de informações privilegiadas em benefício próprio; Código de Conduta Ética e Integridade do BNB Condutas vedadas ao Presidente e aos Diretores • Opinar publicamente a respeito: I. Da honorabilidade e do desempenho funcional de outra autoridade pública federal; e II. Do mérito de questão que lhe será submetida, para decisão individual ou em órgão colegiado. Do comportamento nas redes e mídias sociais • Redes e mídias sociais devem ser utilizadas com responsabilidade, empatia e compromisso com a ética e a integridade institucionais. • O público deve ter a consciência de que é responsável por tudo que publica e compartilha, que a má conduta no mundo virtual se compara e equivale àquela no mundo real; • Entender que o fato de as redes permitirem que qualquer pessoa publique o que pensa na internet não dá a ela o direito de ofender, maltratar, ameaçar, discriminar, violar direitos autorais, revelar informações confidenciais ou sigilosas ou prejudicar pessoas. • São práticas inadmissíveis: • Acessar imoderadamente as redes e mídias sociais no ambiente de trabalho para fins não relacionados às suas atribuições; • Criar perfis relacionados ou que façam menção ao BNB; • Usar a identidade visual do BNB em perfis pessoais ou de grupos; • Falar em nome da empresa, sem a devida designação formal; • Ofender a honra do BNB; • Divulgar informações de natureza interna, confidencial ou protegida; • Obrigar quem quer que seja a participar de grupos de discussão; • Divulgar fotos, vídeos ou textos que podem expor a vida privada; • Curtir ou compartilhar comentário, feito por terceiro, que atente contra os princípios do BNB. Código de Conduta Ética e Integridade do BNB Das responsabilidades adicionais da alta administração • A Alta Administração, composta pelos membros do Conselho de Administração, presidente e diretores, baseada na crença de que suas ações e decisões não apenas são exemplos para todos os empregados e colaboradores, mas que também ajudam a compor a imagem do Banco do Nordeste perante o mercado e a sociedade, deve enxergar- se e atuar como a principal responsável pela promoção da cultura ética e de integridade dentro da instituição. Das responsabilidades adicionais dos gestores • Cumprir e fazer cumprir as leis e normativos internos; • Controlar o acesso e o uso das informações e sistemas corporativos pela equipe subordinada; • Abster-se de manter, sob sua subordinação hierárquica direta, cônjuge, companheiro(a) ou parente em linha reta ou colateral, por consaguinidade ou afinidade, até o 3º grau; • Estimular e apoiar treinamentos, capacitações de sua equipe; • evitar demanda tarefas ou realizar cobranças relacionadas ao trabalho fora do horário de expediente de subordinados, nos fins de semana, feriados e férias. Código de Conduta Ética e Integridade do BNB Do conflito de interesses • O conflito de interesses é real quando a situação geradora já se consumou e é potencial quando interesses particulares podem gerar conflito de interesses em situação futura. • Exemplos de situações que geram ou sugerem conflito de interesses e que devem ser evitadas: • Divulgar ou fazer uso de fazer uso de informação privilegiada em proveito próprio; • Exercer atividade que implique a prestação de serviços ou a manutenção de relação de negócio com PF ou PJ que tenha interesse em decisão de administrador ou empregado ou do colegiado dos quais estes participem no BNB; • Exercer atividade incompatível com as atribuições do cargo; • Atuar como procurador, consultor, assessor ou intermediário de interesses privados junto ao BNB; • Receber presentede quem tenha interesse em decisão de administrador ou empregado; A ocorrência de conflito de interesses independe da existência de lesão ao patrimônio público, bem como do recebimento de qualquer benefício ou ganho financeiro ou não. • O empregado que tenha dúvidas quanto a uma situação de conflito, deverá realizar consulta no Sistema Eletrônico de Prevenção de Conflito de Interesses (SeCI), do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU). • O exercício de atividades extrabanco é permitido ao empregado, desde que não existe conflito de interesses e que seja observado o código de ética. Código de Conduta Ética e Integridade do BNB Dos presentes, brindes e hospitalidades • É vedado exigir, pedir, oferecer ou aceitar qualquer tipo de favor, presente, comissão, ajuda financeira, vantagem, cortesia, doação, recompensa, gratificação prêmio, viagens, hospedagens para si, familiares ou terceiros. • Não pode ser aceito brinde distribuído por uma mesma pessoa, empresa ou entidade em intervalos menores do que 12 meses; • Podem ser aceitos ou oferecidos brindes que: I. Sejam distribuídos de forma generalizada a título de propaganda e que possuam valor unitário menor que 1% do teto remuneratório previsto na CF; II. Não possuam valor comercial; • Se o valor do brinde ultrapassar 1% do teto remuneratório, tratando-se de vem de valor histórico, cultural ou artístico, deverá destiná-lo ao acervo do BNB; promover sua doação a entidade filantrópica ou determinar a incorporação ao patrimônio do BNB. • Somente é permitido receber valor monetário, presente ou brinde acima do limite estabelecido quando: I. For procedente de programas ou iniciativas do BNB; II. Oriundos de campanhas promocionais da CAPEF ou CAMED; III. For prêmio oriundo em razão de concurso de acesso público a trabalho de natureza acadêmica, científica, tecnológica ou cultural; IV. Em razão de laços de amizade entre pessoas por ocasião de datas comemorativas ou confraternização. Código de Conduta Ética e Integridade do BNB Da Gestão da ética e da integridade • A gestão da ética no BNB é conduzida pela Comissão de Ética (CEP) e por sua Secretaria Executiva; • As normas e procedimentos que orientam os trabalhos da comissão estão consolidados no regimento interno; • A CEP deve educar, recomendar, acompanhar e avaliar ações para disseminar as normas éticas; apurar denúncia; orientar questões do código de ética; dirimir dúvidas; supervisionar a observância do código. • A CEP é composta por 3 membros titulares, com respectivos suplentes, todos escolhidos entre os empregados do quadro permanente e em atividade no Banco. • 2 membros titulares e 2 suplentes são designados pelo Presidente do BNB; • 1 membro titular e 1 suplente são escolhidos pelos empregados do BNB em eleição a cada 3 anos. • O mandato dos membros da Comissão é de 3 anos, permitida apenas uma recondução. Das denúncias • Qualquer pessoa pode apresentar denúncia relativa a comportamentos que infringem o código de Ética. • A Política de Proteção ao Denunciante é parte integrante do Código de Ética e impede qualquer espécie de retaliação a pessoa que utilize o canal de denúncias. • A denúncia deverá conter: I. Identificação opcional do denunciante; II. Identificação do denunciado; III. Descrição detalhada dos fatos; IV. Apresentação dos elementos de prova ou indicação de onde podem ser encontrados. • Os responsáveis pelo tratamento de denúncias comprometem-se em garantir o anonimato do denunciante. Código de Conduta Ética e Integridade do BNB Dos canais de denúncia • Via e-mail; • Telefones da CEP e Ouvidoria; • Carta para CEP; • Presencial. Das sanções • O descumprimento ao Código poderá acarretar em: I. Recomendação de dispensa de função de confiança; II. Não recebimento de promoção; III. Registro da penalidade nos assentamentos funcionais, pelo prazo de 3 anos; IV. A CEP dará publicidade das decisões que resultar em sanação; V. A CEP manterá banco de dados com as sanções aplicadas nos últimos 3 anos que deverá ser consultado para fins de nomeação para o exercício em função em comissão; • Punições disciplinares: repreensão; advertência; suspensão das atividade por até 30 dias; despedida por justa causa. Módulo 07 – Política de Responsabilidade Socioambiental do Banco do Nordeste do Brasil Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática do BNB A Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática (PRSAC) do Banco do Nordeste consiste no conjunto de princípios e diretrizes de natureza social, ambiental e climática a ser observado por todo o Banco na condução de seus negócios, atividades e processos, bem como na sua relação com partes interessadas (clientes e usuários dos produtos e serviços; comunidade interna; fornecedores e os prestadores de serviços terceirizados relevantes; investidores em títulos ou valores mobiliários emitidos pelo Banco; e demais pessoas impactadas pelos produtos, serviços, atividades e processos do Banco do Nordeste, segundo critérios estabelecidos pelo próprio banco). Princípios 1. Promoção do desenvolvimento de sua área de atuação; 2. Promoção de inovação social e tecnológica para o semiárido brasileiro; 3. Respeito e promoção da diversidade, equidade e inclusão em seus negócios, atividades e processos e na relação com as partes; 4. Gestão da operação empresarial de forma ecoeficiente e socioambientalmente responsável; 5. Atuação pautada na ética, integridade e transparência em seus negócios; 6. Apoio à transição para uma economia de baixo carbono e contribuição à mitigação de impactos associados à mudança climática; 7. Alinhamento às normas legais, às políticas públicas e aos principais tratados, acordos, pactos e convenções nacionais e internacionais relacionadas à responsabilidade social, ambiental e climática dos quais o Brasil é signatário, em especial à Declaração Universal dos Direitos Humanos, aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e ao Acordo de Paris; 8. Contribuição de impacto positivo e mitigação dos impactos negativos de seus produtos, serviços, atividades e processos; 9. Promoção da inclusão social e da inserção produtiva em bases social, ambiental e climática sustentáveis; 10. Engajamento de partes interessadas e incentivo à adoção de práticas social, ambiental e climaticamente sustentáveis à toda sua cadeia de valor. Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática do BNB Diretrizes • Contribuir para o desenvolvimento de atividades e setores com potencial de impacto positivo de natureza social, ambiental ou climática; • Apoiar a agricultura familiar e o agronegócio sustentável; • Vedar a concessão de crédito a atividades que não seguem os princípios da PRSAC; • Considerar na análise de propostas as fragilidades e restrições legais em Unidades de conservação, terras indígenas, povos tradicionais, territórios quilombolas e comunidades afetadas por projetos de infraestrutura; • Prevenir o desmatamento ilegal nos financiamentos; • Apoiar a inclusão financeira e produtiva de microempreendedores rurais e urbanos e micro e pequenas empresas; • Apoiar projetos para inclusão social de indivíduos e grupos em situação de risco e vulnerabilidade social; • Fomentar o uso de fontes renováveis para geração de energia; • Incentivar a inovação, pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico; • Observar a comprovação do licenciamento ambiental; • Incorporar critérios de PRSAC na avaliação de programas de financiamento, produtos, serviços, atividades e processos; Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática do BNB Diretrizes • Estimular o desenvolvimento territorial e espacialmente distribuído; • Contribuir para a segurança hídrica na área de atuação do Banco, em especial no semiárido; • Estabelecer procedimentos e medidas para gerenciar emissão de gases de efeito estufa e destinação correta de resíduos; • Respeitar os direitos trabalhistas, a liberdade de associação e de negociação coletiva narelação com a comunidade; • Promover a valorização da diversidade, equidade e inclusão e propiciar um ambiente de trabalho plural, inclusivo e saudável; • Proporcionar o desenvolvimento pessoal e profissional dos empregos com equidade de oportunidades; • Desenvolver ações que promovam a adoção de boas práticas de educação financeira para clientes e comunidade interna; • Atuar em consonância com a política de relacionamento com clientes e usuários de produtos financeiros; • Buscar a integração do banco a pactos, acordos e compromissos nacionais e internacionais de natureza PRSAC • Atuar no relacionamento com suas partes de acordo com seu código de ética e política de PLDFT; • Proporcionar acessibilidade física e digital aos clientes e demais usuários; Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática do BNB Diretrizes • Manter e promover canais de comunicação de fácil acesso com todos os públicos de interesse; • Instituir mecanismos de divulgação de informações acerta de seu desempenho PRSAC; • Prover, à comunidade interna, competências necessárias para a efetivação desta política; • Atentar para que a estrutura remuneratória e de campanha de vendas de produtos e serviços não incentivem comportamentos incompatíveis com esta política; • Induzir a adoção de melhores práticas PRSAC para fornecedores de produtos e serviços; • Contemplar, em todos os instrumentos de crédito, termos de parceria, acordos etc. exigências relacionadas ao combate à discriminação de qualquer natureza; • Incentivar parcerias com partes interessadas, reforçando o reconhecimento dos compromissos PRSAC; • Incentivar a produção e difusão cultura, inclusive nos estados e municípios nos quais não há centros culturais do BNB; • Incorporar as temáticas social, ambiental e climática nos instrumentos de planejamento estratégico do banco; • Alinhar as ações de comunicação com os princípios e diretrizes dessa política. Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática do BNB Papéis e responsabilidade • Todas as unidades organizacionais relacionadas com a PRSAC devem conhecer, aplicar e adotar as rotinas e procedimentos operacionais necessários para sua efetivação. Governança Diretoria de Planejamento, com as seguintes competências: • Prestação de subsídios e participação no processo de tomada de decisões relacionadas ao estabelecimento e à revisão da PRSAC, auxiliando o Conselho de Administração; • Implementação de ações com vistas à efetividade da PRSAC; • Monitoramento e avaliação das ações implementadas; • Aperfeiçoamento das ações implementadas quando identificadas eventuais deficiências; • Divulgação adequada e fidedigna de informações constantes da seção “divulgação” deste normativo. O Comitê de Sustentabilidade, Riscos e de Capital, com as seguintes competências: • Propor recomendações ao Conselho de Administração sobre o estabelecimento e a revisão da PRSAC; • Avaliar o grau de aderência das ações implementadas à PRSAC e, quando necessário, propor recomendações de aperfeiçoamento; • Manter registro das recomendações relativas aos dois itens anteriores; O Conselho de Administração, com as seguintes competências: • Aprovar e revisar a PRSAC, com o auxílio da Diretoria de Planejamento e do Comitê de Sustentabilidade, Riscos e de Capital; Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática do BNB Governança O Conselho de Administração, com as seguintes competências: • Aprovar e revisar a PRSAC, com o auxílio da Diretoria de Planejamento e do Comitê de Sustentabilidade, Riscos e de Capital; • Assegurar a aderência do BNB à PRSAC e às ações com vistas à sua efetividade; • Assegurar a compatibilidade e a integração da PRSAC às demais políticas estabelecidas pela instituição, incluindo políticas de crédito, de gestão de recursos humanos, de gerenciamento de riscos, de gerenciamento de capital e de conformidade; • Assegurar a correção tempestiva de deficiências relacionadas à PRSAC; • Estabelecer a organização e as atribuições do comitê responsável pela PRSAC no BNB; • Assegurar que a estrutura remuneratória do Banco não incentive comportamentos incompatíveis com a PRSAC; • Promover a disseminação interna da PRSAC e das ações com vistas à sua efetividade. A Diretoria Executiva com a seguinte competência: • Conduzir suas atividades em conformidade com a PRSAC e com as ações implementadas com vistas à sua efetividade. Os processos relativos ao estabelecimento da PRSAC e à implementação de ações com vistas à sua efetividade devem ser avaliados periodicamente pela Auditoria Interna. Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática do BNB Divulgação O Banco divulgará ao público externo, em local único e de fácil identificação em seu sítio na internet, as seguintes informações: • A PRSAC; • As ações implementadas com vistas à efetividade da PRSAC, bem como os critérios para a sua avaliação; • A relação dos setores econômicos sujeitos a restrições nos negócios realizados em decorrência de aspectos de natureza social, ambiental e climática, quando existentes; • A relação de produtos e serviços oferecidos que contribuam positivamente em aspectos de natureza social, ambiental e climática, quando existentes; • A relação de pactos, acordos ou compromissos nacionais ou internacionais de natureza social, ambiental ou climática, dos quais o Banco seja participantes, quando existentes; • Os mecanismos utilizados para promover a participação de partes interessadas no processo de estabelecimento e de revisões da PRSAC; • Facultativamente, a avaliação das ações quanto à sua contribuição para a efetividade da PRSAC. Atualização A revisão da PRSAC deve ser feita no mínimo a cada três anos ou quando da ocorrência de mudança regulatória ou eventos considerados relevantes pelo Banco, incluindo: • Oferta de novos produtos ou serviços relevantes; • modificações nos produtos e serviços; • Mudanças significativas no modelo de negócios do Banco; • Reorganizações societárias significativas; • Mudanças políticas, legais, regulamentares, tecnológicas, ou de mercado com alterações significativas nas preferências de consumo; • Alterações relevantes em relação à dimensão e à relevância da exposição ao risco social, ambiental e climático. Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática do BNB Ações com vistas à efetividade da PRSAC Para monitorar e avaliar a efetividade da PRSAC foram instituídos os seguintes mecanismos: • Índice de Cumprimento da PRSAC: conjunto de indicadores de responsabilidade das unidades da Direção Geral, elaborados com participação das unidades responsáveis e do Ambiente de Planejamento, devendo compor o Programa de Ação do Banco; • Plano de Ação da PRSAC: conjunto de ações e iniciativas a serem implementadas pelas unidades da Direção Geral com vistas a sanarem lacunas e/ou incorporarem avanços corporativos para efetivação dos princípios e diretrizes da PRSAC; • Matriz de responsabilidades PRSAC: as ações básicas de cumprimento da PRSAC distribuídas pelas unidades da DIRGE de acordo com suas respectivas atribuições. Responsáveis pelo documento • Elaboração: Célula de Estratégias de Sustentabilidade – Ambiente de Políticas de Desenvolvimento Sustentável – Superintendência de Políticas de Desenvolvimento Sustentável; • Aprovação: Conselho de Administração; • Diretoria responsável: Diretoria de Planejamento. Módulo 08 – Estratégia ASG (Ambiental, Social e Governança): Estratégia de sustentabilidade do Banco do Nordeste do Brasil. Estratégias ASG A estratégia de sustentabilidade do Banco do Nordeste está ancorada no conceito de ASG, sigla para “Ambiental, Social e Governança”, que corresponde ao conjunto de dimensões e indicadores utilizados para avaliação de desempenho da organização, em complemento aos aspectos econômico-financeiros. Eixos de atuação • Apoiar a sustentabilidade social e ambiental e a transição para uma economia de baixo carbono; • Operar empresarialmente de forma ecoeficiente e socialmenteresponsável. Títulos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável): títulos de dívida emitidos com a função de financiar as atividades baseadas nos 17 objetivos da ODS (apelo da ONU para erradicar a miséria, proteção ao planeta e desenvolvimento sustentável). Títulos ODS ainda são recentes e ainda não existe um framework global estabelecido como existe nos Green ou Social Bonds. Estratégias ASG LINHAS DE AÇÃO (Para monitorar o alcance dos objetivos foi definido um conjunto de indicadores associados às seguintes linhas de ação da estratégia de sustentabilidade do BNB): Crédito de impacto positivo • Apoiar setores da economia que contribuam positivamente em aspectos de natureza social, ambiental e climática. Inclusão social e inserção produtiva • Apoiar a inclusão financeira e produtiva bem como contribuir para a inclusão social de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Geração de energia por fontes renováveis • Fomentar o uso de fontes renováveis para geração de energia elétrica, em especial energia solar e eólica. Agricultura familiar e agronegócio sustentável • Financiar a agricultura familiar e agropecuária sustentável. Ecoeficiência e responsabilidade social e ambiental • Adotar uso racional e sustentável dos recursos. Desenvolvimento territorial e espacialmente distribuído • Financiar atividades produtivas e investimentos para redução de desigualdades inter- regionais. Tecnologia, inovação e pesquisa • Incentivar a inovação, pesquisa e o desenvolvimento científico e tecnológico. Gestão socialmente responsável • Proporcional o desenvolvimento pessoal e profissional dos funcionários, promover ambiente de trabalho saudável e inclusivo. Acesso à água e ao saneamento • Financiar o acesso à água e ao saneamento. Governança, integridade e transparência • Operar com base em princípios éticos, legais, de integridade e de transparência. Estratégias ASG Relatórios de Sustentabilidade: instrumento de transparência sobre as ações corporativas de natureza social, ambiental e de Governança (ASG), que possibilita a todos os interessados conhecer e avaliar os principais impactos das atividades do Banco, de seus processos de trabalho e de suas relações com seus públicos de interesse. Elaboração do relatório • Conforme critérios e diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI), padrão internacional de relato e divulgação dos impactos das organização no meio ambiente, na economia e nas pessoas. • O BNB é participante do projeto Reporting Matters, no âmbito da parceria do BNB com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), que possibilita a análise dos relatórios, contribuindo para identificar tendências e melhores práticas de reporte. Operacionalização da Estratégia ASG Estratégias ASG Governança Módulo 09 – Atualidades do mercado financeiro Linha do Tempo 1945 Criação da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC) 1962 Início da era da automação bancária no Brasil, com a aquisição dos primeiros computadores pelos bancos 1964 Lei 4.595/64 estabelece novas regras para o mercado bancário, criando o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central do Brasil (BACEN) 1967 Fundação da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) 1971 A FEBRABAN cria o Centro Nacional de Automação Bancária (CNAB), para apoiar os esforços tecnológicos do setor. 1975 A padronização chega aos boletos de cobrança, aumentando a eficiência do processamento e permitindo pagamento em qualquer agência bancária. 1979 O Banco Central e a ANDIMA criam o Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), substituindo títulos físicos por lançamentos eletrônicos. 1983 Criação da Compensação Nacional e instalação do primeiro caixa eletrônico e da primeira Unidade de Resposta Audível (URA) do Brasil. 236 Linha do Tempo 1988 CMN altera a regulamentação do setor bancário, permitindo a operação de bancos Múltiplos. 1992 Surgimento do Débito Automático para algumas contas (água, luz, gás e telefone) e o sistema de pagamentos de aposentados e pensionistas por meio de cartão magnético. 1994 Itamar lança o Plano Real. Bancos ajustam-se à estabilidade da moeda. O Bacen passa a enquadrar os bancos brasileiros nas regras da Basileia. 1996 Lançamento do primeiro serviço de Internet Banking do Brasil. Criação do COPOM. 1999 Criação da Figura de correspondente bancário e da Cédula de Crédito Bancário (CCB). 2000 Lançamento do primeiro serviço de mobile banking do Brasil. 2001 Criação do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e da Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP). 2002 O SPB entra em operação, processando inicialmente TEDs com limite mínimo de R$ 5 milhões. 237 Linha do Tempo 2009 Implantação do Débito Direto Autorizado (DDA), sistema eletrônico que utiliza a estrutura do SPB para substituir por documentos digitais os boletos impressos. 2011 A compensação por imagem substitui em todo o território nacional a compensação física de cheques. 2013 A Lei 12.865/13 democratizou o acesso dos brasileiros a diversos serviços, viabilizando a inclusão financeira no país. Mesmo sem conta corrente, pessoas podem fazer pagamentos e transferências por meio de outras empresas, fazendo uso dos seus telefones celulares. 2014 Pagamento via NFC – Near Field Communication - pagamento por aproximação, que dependendo do valor da compra nem precisa de senha. 2010 Quebra da exclusividade das bandeiras de cartão de crédito. 238 Linha do Tempo Outras inovações Inteligência artificial, bigdata, a internet das coisas, computação em nuvens, robótica, cibersegurança, biometria, Webchat, chatbot (BIA), startups, fintechs, bitgtechs, innovation labs, coworking etc. 2020 Lançamento oficial do PIX – pagamento instantâneo – com funcionamento 24 horas por dia e sete dias por semana. 2021 Open Banking. É um conjunto de regras sobre o uso e compartilhamento de dados e informações financeiras entre instituições. Conceitos de ASG - 2023 Investimentos sustentáveis, títulos verdes etc. 239 Canais Tradicionais e Digitais • smartphones ou tablets, nominados de mobile banking; • computador pessoal, nominado de internet banking; • POS (Points of Sale) estão distribuídos nos mais diversos negócios e são popularmente chamados de “maquininha” de débito e crédito. Canais Tradicionais • agências bancárias com ponto fixo e de livre acesso dos clientes e usuários; • máquinas de autoatendimento (ATM - Automated Teller Machine); • centrais de atendimento telefônico (contact centers); e • correspondentes bancários* 240 *Correspondentes bancários é a atividade de execução de serviços acessórios às atividades dos bancos, por meio de empresas não- bancárias que são empregadas para este fim. Canais Digitais Bancos Digitais Bancos Digitalizados Não há agências físicas. Há agências físicas. Internet banking Mobile banking Acesso aos serviços bancários tanto no celular quanto em um desktop. Recurso bancário disponibilizado por meio de um aplicativo nos celulares e tablets. Real digital Moeda digital de banco central (da sigla em inglês CBDC, Central Bank Digital Currency) são denominadas na unidade de conta nacional que representam um passivo da instituição. Têm como objetivo ser o equivalente digital do dinheiro físico. 241 Moeda eletrônica Moedas virtuais (criptográficas) recursos em reais armazenados em dispositivo ou sistema eletrônico que permitem ao usuário final efetuar transação de pagamento. Emitida por Banco Central. Representação digital da moeda fiduciária. São representações digitais de valor, o qual decorre da confiança depositada nas suas regras de funcionamento e na cadeia de participantes. Não emitida por Banco Central. • Dada a intensa volatilidade de valor das moedas virtuais, sua incapacidade de agir como unidade de conta, meio de troca e reserva de valor, foram criadas as stablecoins,moedas virtuais que oferecem estabilidade através de uma paridade 1:1 com ativos seguros, inclusive moedas fiduciárias de curso legal como o dólar. • O surgimento de uma moeda virtual mais estável suscitou a possibilidade de competição com as moedas de curso legal, o que traria consequências indesejadas para as autoridades monetárias dos países. • O uso de um meio circulante não controlado pelo banco central poderia afetar as taxas de juros, o nível de preços, a política cambial e o sistema de pagamentos como um todo. • Vantagens do CBDC: aceleração da digitalização, inclusão financeira, inibição de moedas digitais privadas, pagamentos transfronteiriços, pagamentos programáveis e contratos inteligentes. Características do CBDC 242 1) Baseada em conta vs. Baseada em tokens • Baseada em conta – as contas são uma técnica bancária que representam uma relação jurídica contratual entre uma instituição financeira e um titular da conta. Ainda que o dinheiro creditado na conta seja chamado de “depósito”, a instituição financeira não é obrigada a guardar esse dinheiro, estando autorizada a utilizá-lo emprestando-o. Os saldos depositados em contas correntes são denominados “moeda escritural” e são transferidos por débitos e créditos entre tais contas. • Baseada em tokens – representa uma técnica contábil e não um conceito contratual. Não estabelecem uma relação jurídica entre a entidade financeira e um terceiro e não criam direitos e obrigações entre eles. Embora a CBDC baseada em token possa ser representada em registros contábeis gerenciados centralmente pelo banco central, não é um saldo credor em conta corrente. O dinheiro baseado em token depende da capacidade do beneficiário de verificar a validade do objeto de pagamento. • Para a moeda escritural: incluindo a CBDC baseada em conta, a identidade do titular da conta permite que este tenha acesso ao fundo: “Eu sou, então eu possuo”. • Para o dinheiro de forma física: a posse de notas e moedas permite ao titular dispor dos fundos: “eu tenho, portanto, possuo”. • Para tokens digitais: o conhecimento de uma senha (muitas vezes denominada de “chave privada” permite que o titular transfira os fundos: “eu sei, portanto, possuo”. Características do CBDC 243 2) Atacado vs. Varejo vs. De Propósito geral • CBDC de atacado: os bancos centrais já fornecem moeda digital na forma de reservas ou contas de liquidação mantidas por bancos comerciais e algumas outras instituições financeiras no próprio banco central. A configuração entre banco central e o sistema bancário é a CBDC do atacado. As reservas dos bancos comerciais podem ser consideradas uma CBDC do atacado. Elas são digitais, emitidas pelo banco central, restritas e baseadas em contas. • CBDC de varejo: são aquelas emitidas pelo banco central e disponibilizadas ao público, seja pelo próprio banco central, seja intermediada pelo sistema financeiro, através de bancos comerciais, por exemplo. É muito parecido com o Pix. A diferença está apenas no processo por trás do pagamento e que os consumidores não enxergam. Apesar do dinheiro sair de uma conta e chegar na outra em tempo real quando alguém usa o Pix, não necessariamente isso é verdade para a liquidação dos valores entre os bancos envolvidos. A diferença é portanto na infraestrutura. • De propósito geral: a CBDC estaria disponível tanto no atacado, quanto no varejo. Características do CBDC 244 3) Direto vs. Indireto vs. Híbrido • CBDC direto: os bancos centrais emitem a CBDC e administram, eles próprios a circulação. • CBDC indireto: a CBDC é emitida por um banco comercial, mas é totalmente garantida (100%) por passivos do banco central. • CBDC híbrido: emissão pelo banco central, com intermediários lidando com pagamentos. Preocupações com o modelo direto: • os BCs não possuem experiência em atendimento ao cliente e no estabelecimento de redes de pontos de contato físico ou digital; • Se os bancos começam a perder depósitos para o banco central, eles passam a depender mais do financiamento de atacado e isso possivelmente restringiria a oferta de crédito na economia com impacto potencial para o crescimento econômico; • Os bancos comerciais dependem do depósito dos clientes para realizar suas atividades de intermediação e criar moeda. Caso fosse permitido uma conta direta entre cidadãos e autoridade monetária, poderia resultar em desintermediação financeira e gerar corrida generalizada contra os bancos. Características do CBDC 245 4) Centralizadas vs. Descentralizadas • CBDC com rede centralizada: As redes centralizadas são aquelas em que todos os participantes são dependentes de um agente central que guarda o registro. Esse agente central tem poder sobre os dados e pode modifica-los sem conhecimento prévio de outros agentes. • CBDC com rede descentralizada: Nas redes descentralizadas, todos os participantes guardam uma cópia do registro, reduzindo o poder de cada agente sobre os dados e criando accountability sobre quem os modificou e quando. No mundo da DLT, essa autoridade central é substituída pela figura dos múltiplos membros da rende, todos com as mesmas informações, que exercem a mesma função de validação e liquidação através dos processos de comparação que são chamados de “mecanismos de consenso”. Em geral, as CBDCs baseadas em conta são caracterizadas como centralizadas, enquanto as baseadas e token podem ser centralizada ou descentralizada. Real digital – Perguntas e Respostas 246 Perguntas Respostas Será possível fazer Pix? Pagar contas com o Real digital? • As formas atuais de uso deverão ser também disponíveis. • Você poderá fazer pagamentos em lojas e também utilizar o Pix; • Poderá transferir Reais Digitais para outras pessoas; • transformar seus Reais Digitais que estarão em custódia de um banco em depósito bancário convencional; • sacar seus Reais Digitais passando para o formato físico. Como o usuário terá acesso ao Real digital? • Terá uma carteira virtual em custódia de um agente autoridade pelo BCB. O real digital estará sujeito às políticas monetárias? • O Real Digital será uma representação digital do Real físico hoje em circulação. E a política monetária será a base de sustentação de seu valor. Assim, quando o BC movimenta a liquidez da economia, em sua missão de garantir a estabilidade do valor de compra do Real, a quantidade de reais digitais em circulação será levada em conta. O real digital será um agregado monetário? • o Real Digital irá compor a medida de agregado monetário de maior liquidez disponível, similar a depósitos bancários e à moeda física em poder das pessoas. A moeda virtual do BC teria que tipo de lastro? • A moeda digital do BC é Real. É apenas uma forma diferente de representá-lo. Open Finance Informações sobre: 247 O Open Finance, ou sistema financeiro aberto, é a possibilidade de clientes de produtos e serviços financeiros permitirem o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo Banco Central e a movimentação de suas contas bancárias a partir de diferentes plataformas e não apenas pelo aplicativo ou site do banco. • Contas e operações de crédito; • Produtos e serviços de câmbio (em breve); • credenciamento; • Investimentos (em breve); • Seguros (em breve); • Previdência (em breve). • comparadores de tarifas bancárias, de tipos de contas, de cartões de crédito. • Usar informações financeiras que possui em um banco para contratar seguros ou planos de previdência com melhores condições em outros bancos. Exemplos de soluções que podem surgir do Open Finance É necessário obter consentimento do cliente. A solicitação deve ser efetuada exclusivamente por canais eletrônicos (autenticação e confirmação). O consentimento deve ter prazo de validade compatível com as finalidades determinadas (flexível). • Incentivar a inovação; • Promover a concorrência; • Aumentar a eficiência do SFN e do SPB; • Promover a cidadania financeira. objetivos Open Finance 248A assimetria da informação no mercado de crédito gera uma incerteza quanto à qualidade dos potenciais tomadores de empréstimos. Em um mundo ideal, as instituições teriam plena possibilidade de escolher entre os candidatos a empréstimos aqueles com maior probabilidade de pagar pontualmente suas dívidas. Enquanto algumas instituições escolheria os melhores riscos, outras, mais ousadas, escolheriam riscos não tão bons, por serem mais rentáveis. No mundo real, não é assim. Bons e maus pagadores se misturam em situações que tornam quase impossível distinguir uns dos outros. Como consequência, os credores acabam assumindo que a perda de crédito será maior do que seria se eles dispusessem de mais dados confiáveis e, com isso, sobem o preço dos empréstimos (os juros) para compensar o maior risco de crédito. Com preços mais caros, aqueles potenciais tomadores de crédito de melhor qualidade acabam se afastando do mercado para evitar pagar preços mais elevados (Oliveira, M. C., 2006, p. 100) Fases - Open Banking Característica 1ª fase (01/02/2021) • Compreende o intercâmbio de dados das instituições financeiras participantes sobre seus produtos e serviços, bem como canais de atendimento aos clientes. Com essa primeira fase já é possível efetuar a comparação entre produtos e serviços, bem como respectivos preços entre concorrentes. 2ª fase (13/08/2021) • Compartilhamento de dados cadastrais e transacionais dos clientes. 3ª fase (29/10/2021) • Compartilhamento da funcionalidade de iniciação de transação de pagamento. Essa fase inicialmente se limitava à possibilidade do participante iniciar um Pix em conta do cliente detida pelo outro. Logo após foram iniciados os procedimentos para permitir os serviços de encaminhamento de proposta eletrônica de crédito, por meio da qual os clientes poderão solicitar proposta de operações de crédito e de arrendamento mercantil a várias instituições financeiras. A tendência é que o serviço facilite a comparação de taxas, prazos e outras condições de contratação. 4ª fase (15/12/2021) – última fase, apelidada de Open Finance. • Compartilhamento de dados referentes a outros produtos e serviços financeiros prestados, como seguros, investimentos e câmbio. Open Finance A instituição participante é responsável pela confiabilidade, integridade, disponibilidade, segurança e sigilo em relação ao compartilhamento de dados e serviços em que esteja envolvida. Devem designar diretor responsável pelo compartilhamento dos dados. Deve elaborar relatório semestral referente ao compartilhamento de dados e serviços em que a instituição esteve envolvida. 249 Observação importantes: • O cliente deve solicitar o compartilhamento de dados à instituição que vai receber os dados (instituição de destino). • O consentimento dado pelo cliente deve discriminar os dados ou serviços que serão compartilhados (esse dado deverá ficar à disposição do BCB pelo prazo mínimo de 5 anos). Importante! As instituições participantes envolvidas no compartilhamento de dados ou serviços devem assegurar às pessoas a possibilidade de encerrar o compartilhamento a qualquer tempo. Estrutura de Governança • Conselho deliberativo: responsável por decidir sobre as questões necessárias para a implementação do Open Finance e propor ao BCB os padrões técnicos. • Secretariado: organiza e coordena os trabalhos. • Grupos técnicos: encarregados de elaborar estudos e propostas técnicas para a implementação do ecossistema. Novos Modelos de Negócios Instituição de pagamento é a pessoa jurídica que viabiliza transações comerciais ou financeiras e movimentação de recursos, no âmbito de um arranjo de pagamento*, contudo sem a possibilidade de conceder empréstimos e financiamentos a seus clientes. Tipos de Instituição de pagamento Emissor de moeda eletrônica Gerencia conta de pagamento do tipo pré-paga, na qual os recursos devem ser depositados previamente. Exemplo: emissores dos cartões de vale-refeição e cartões pré-pagos* em moeda nacional. Emissor de instrumento de pagamento pós- pago Gerencia conta de pagamento do tipo pós-paga, na qual os recursos são depositados para pagamento de débitos já assumidos. Exemplo: Instituições não financeiras emissoras de cartão de crédito (o cartão de crédito é o instrumento de pagamento). Credenciador Não gerencia conta de pagamento, mas habilita estabelecimentos comerciais para a aceitação de instrumento de pagamento. Exemplo: instituições que assinam contrato com o estabelecimento comercial para aceitação de cartão de pagamento. Uma mesma instituição de pagamento pode atuar em mais de uma modalidade. *Cartão pré-pago é um meio de pagamento que pode ser recarregado para fazer compras e pagamentos no débito. Geralmente, ele não é associado a nenhuma conta bancária e pode ser utilizado por qualquer pessoa. Ex: cartão pré-pago de bilhete de transporte. 250 *arranjo de pagamento são as regras para viabilizar transferências de recursos, aportes e saques e tudo o mais que puder ser definido como pagamento. O arranjo é supervisionado pelo BCB. Novos Modelos de Negócios 251 Modelos de Negócios de Instituições de Pagamentos Centralizadores financeiros busca-se agregar produtos ao serviço original de acordo com as necessidades de seus clientes. Entre as soluções oferecidas, estão a conta digital, a automatização de operações financeiras, a conciliação de pagamentos, a verificação de recebimentos e os serviços de transferência. O objetivo principal da instituição com esse modelo é se estabelecer como uma prestadora de serviços, soluções e plataformas, de maneira que ela possa se manter como gestora financeira central de seus clientes. Focados em nichos buscam direcionar seus produtos e serviços de acordo com delineamentos demográficos específicos. A viabilidade desses modelos se baseia no desenvolvimento de novas tecnologias e de configurações regulamentares favoráveis ao oferecimento de serviços em menor escala, tais como a interoperabilidade (possibilidade de qualquer entrante associar- se a qualquer arranjo de pagamentos, atendendo às regras estabelecidas). Agregação de valor ao serviço financeiro permitem a adição de serviços tipicamente bancários – como serviços de pagamento, cartões de crédito e aplicativos de gestão financeira – à prestação dos serviços principais de um determinado ramo econômico não financeiro, como aplicativos de transporte, comércios ou serviços de entrega. Fintechs Fintechs são empresas que introduzem inovações nos mercados financeiros por meio do uso intenso de tecnologia, com potencial para criar novos modelos de negócios. Atuam por meio de plataformas online e oferecem serviços digitais inovadores relacionados ao setor. Categorias de Fintechs • De crédito; • De pagamento; • Gestão financeira; • Empréstimo; • Investimento; • Financiamento; • Seguro; • Negociação de dívidas; • câmbio; e • multisserviços Sociedade de Crédito Direto (SCD) Sociedade de Empréstimo entre pessoas (SEP) Benefícios das fintechs • Aumento da eficiência e concorrência no mercado de crédito; • Rapidez e celeridade nas transações; • Diminuição da burocracia no acesso ao crédito; • Criação de condições para redução do custo do crédito; • Inovação; • Acesso ao Sistema Financeiro Nacional. 252 Sociedade de Empréstimo entre pessoas (SEP) A SEP realiza operações de crédito entre pessoas, conhecidas no mercado como peer-to-peer lending. Nessas operações eletrônicas, a fintech se interpõe na relação entre credor e devedor, realizando uma clássica operação de intermediação financeira, pelos quais podem cobrar tarifas. Ao contrário da SCD, a SEP pode fazer captação de recursos do público, desde que eles estejam inteira e exclusivamente vinculados à operação de empréstimo. 253 Sociedade de Crédito Direto (SCD) Caracteriza-se pela realização de operações de crédito, por meio de plataforma eletrônica, com recursos próprios. Ou seja, esse tipo de instituição não pode fazer captaçãode recursos do público. devem ser selecionados com base em critérios consistentes, verificáveis e transparentes, contemplando aspectos relevantes para avaliação do risco de crédito, como situação econômico- financeira, grau de endividamento, capacidade de geração de resultados ou de fluxos de caixa, pontualidade e atrasos nos pagamentos, setor de atividade econômica e limite de crédito. Seleção de clientes 254 Outros serviços que as SCDs podem prestar • Análise de crédito para terceiros; • Cobrança de crédito de terceiros; • Distribuição de seguro relacionado com as operações por ela concedidas. Importante! Para entrar em operação, as fintechs que quiserem operar como SCD ou SEP devem solicitar autorização ao Banco Central. Shadow Banking 255 Shadow banking é um sistema de intermediação de crédito que envolve atividades e entidades fora do sistema bancário tradicional. Em outras palavras, shadow banking é a intermediação de crédito não-bancária. Inclui todos os agentes envolvidos em empréstimos alavancados que não têm acesso aos seguros de depósitos e/ou às operações de redesconto dos bancos centrais. Esses agentes tampouco estão sujeitos às normas dos Acordos de Basiléia. Riscos • para a estabilidade do sistema financeiro semelhantes aos colocados pelos bancos tradicionais (são fonte de risco sistêmico); • à medida que se engajam na transformação de maturidades e alavancagem e estreitam os laços entre as instituições financeiras, acaba torna-as mais vulneráveis ao contágio; • Reforçam o caráter pró-cíclico* do sistema a partir da amplificação do ritmo de concessão e retração do crédito; • Concessão de crédito de longo prazo tendo como contrapartida uma estrutura alavancada de funding, essencialmente, de curto prazo, é uma potencial vulnerabilidade que o shadow banking pode trazer ao sistema financeiro como um todo. *quando a sua orientação acompanha o ciclo econômico, geralmente exacerbando-o. Exemplo: em momentos de retração econômica, o caráter pró-cíclico amplifica ainda mais essa retração. Vantagens • Ampliam o acesso ao crédito; • Promovem fontes alternativas de investimento. Exemplos Fundos de investimento; veículos estruturados ou estruturas de securitização; FIDC; CRI, CRA, FII. Importante! As seguradoras, reguladas pela Susep, e os fundos de pensão, regulados pela Previc, não são incluídos no conceito de shadow banking, tendo em vista que não estão envolvidos em significativa transformação de maturidade ou de liquidez. Shadow banking estão sob regulação e supervisão da CMN, da CVM e do BCB, conforme sua área de atuação. Moeda Moeda como Reserva de Valor: A separação entre os atos de compra e de venda em termos individuais permite a separação temporal, isto é, o indivíduo ao vender não precisa comprar imediatamente outra mercadoria. Para que o indivíduo possa escolher o momento de utilizar o poder de compra adquirido ao vender sua mercadoria, esta deve manter seu valor ao longo do tempo, isto é, a moeda deve, ao menos durante certo intervalo de tempo, ser reserva de valor. Como a moeda é reserva de valor e unidade de conta, abrimos, inclusive, a possibilidade de que as transações não sejam liquidadas imediatamente contra a entrega da moeda; a mercadoria pode circular com uma promessa futura de pagamento. Esta possibilidade de diferir o pagamento, a liquidação no tempo, é a origem do sistema de crédito. 256 Moeda I. Meio de trocas; II. Unidade de conta; e III. Reserva de valor. Monetização da Economia Inflação Poder de compra Desmonetização da Economia Inflação Poder de compra Compra de TPF Moeda como meio de troca: É consequência natural da evolução econômica e social a passagem das trocas diretas para as indiretas. Com isso, elimina-se a necessidade da dupla coincidência de desejos da troca direta. Moeda como Unidade de conta: A moeda desempenha a função de denominador comum de valor, isso é, fornece o padrão para que as demais mercadorias expressem seus valores. Ela desempenha a função de ser a expressão geral do valor, isto é, fornece o “referencial” para que as demais mercadorias cotem seus valores. Pode ser chamada de unidade de medida de valor. Políticas Monetárias convencionais LIQUIDEZ INFLAÇÃO PIB Aumentar Compulsório e Redesconto ou Vender T.P.F. Reduz Reduz Reduz Reduzir Compúlsório e Redesconto ou Comprar T.P.F Aumenta Aumenta Aumenta 257 COPOM e Políticas Monetárias convencionais • indústria e agricultura (Varejista); • Índice oficial de inflação do Brasil; • Calculado e divulgado pelo IBGE; • Utiliza uma cesta de mercado para cálculo do índice; • Pesquisa famílias que recebem de 1 a 40 salários mínimos; • A meta do IPCA é definida pelo CMN; • Divulgado aproximadamente no 8° dia útil do mês. 258 SELIC Meta O Comitê de Política Monetária (Copom) é o órgão do Banco Central, formado pelo seu Presidente e diretores, que define, a cada 45 dias, a taxa básica de juros da economia – a Selic. As decisões do Copom são tomadas visando com que a inflação medida pelo IPCA situe-se em linha com a meta definida pelo CMN. Uma vez definida a taxa Selic, o Banco Central atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião. Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) Operações Compromissadas 259 Selic Over: é a taxa média das operações compromissadas lastreadas em título público federal praticadas no mercado interbancário com duração de 1 dia e compromisso de recompra. Esta taxa é determinada pela média ponderada do volume de negócios realizados durante o dia entre as instituições financeiras e o Banco Central, e é representada na forma anual. 259 Certificado de Depósito Interbancário (CDI) = taxa DI: é a taxa média das operações compromissadas lastreadas em títulos privados praticada no mercado interbancário com duração de 1 dia e compromisso de recompra. COPOM SELIC Meta SELIC-Over CDI O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas 260 Moedas Digitais Criptomoedas É uma Central Bank Digital Currency, ou seja, uma moeda desenvolvida e controlada pelo governo por meio de um banco central. Sua rede é centralizada. Toda criptomoeda é uma moeda digital, mas nem toda moeda digital é uma criptomoeda. As redes centralizadas são aquelas em que todos os participantes são dependentes de um agente central que guarda o registro. Esse agente central tem poder sobre os dados e pode modifica-los sem conhecimento prévio de outros agentes. O Bitcoin foi a primeira criptomoeda do mundo. Criado em 2008, por um usuário ou grupo de usuários de forma anônima e voluntária que atende sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto, mas que entrou em funcionamento somente em 03 de janeiro de 2009. Sua rede é descentralizada. Nas redes descentralizadas, todos os participantes guardam uma cópia do registro, reduzindo o poder de cada agente sobre os dados e criando accountability sobre quem os modificou e quando. No mundo da DLT, essa autoridade central é substituída pela figura dos múltiplos membros da rende, todos com as mesmas informações, que exercem a mesma função de validação e liquidação através dos processos de comparação que são chamados de “mecanismos de consenso”. O que é a tecnologia blockchain? A blockchain é um tipo específico de Distributed ledger technology* que se destaca no meio das moedas digitais, criptomoedas e stablecoins*. A base de dados é organizada na forma de blocos encadeados sequencialmente. Chama-se “mineração de dados” a atividade de tentar validar a transação dentro do blockchain (validar o bloco), através da resolução de uma hash (uma espécie de função ou enigma ou problema matemático) que pode ser solucionado via “mecanismos de consenso”, tais como o proof of work (modelo de competição entre os agentes para validação do bloco) ou proof of stake (o agente responsável pela validação do bloco é escolhido por algoritmo).O minerador que conseguir decifrar o enigma (resolver o problema ou hash) pode ser recompensado com criptomoeda. O minerador faz, assim, o papel que hoje é realizado pelos bancos de criar moeda. O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas 261 Características do Bitcoin 1. Digital; 2. Neutra; (isenta de vínculo político) 3. Independente; 4. Criptografada - garante a privacidade, elemento fundamental para que o dinheiro seja livre de verdade; 5. Baseada na tecnologia conhecida como Blockchain; 6. Resistente à inflação inesperada. O sistema de consenso é o que garante a segurança da rede e a imutabilidade das informações. *Stablecoins: consideradas moedas virtuais ou criptomoedas que visam manter estabilidade de valor frente a algum ativo/grupo de ativos previamente definido. Assim como a criptomoeda, ambas são digitais, usam redes descentralizadas, fazem transações P2P (peer-to-peer), são baseadas em tokens ao invés de contas e não são emitidas pelos bancos centrais. *Distributed Ledger Tecnology: banco de dados compartilhado em uma rede para que cada participante tenha uma cópia idêntica. Deve ter mecanismo de consenso para validar novas entradas no livro de registro. O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas 262 Token: No universo das criptomoedas, token é a prova eletrônica de propriedade de ativos físicos, ou seja, a representação digital de um ativo em uma blockchain. Na área de tecnologia, token refere-se a um dispositivo eletrônico/sistema gerador de senhas bastante utilizado por bancos. Características do Blockchain • Mais que 50% dos participantes precisam concordar e sincronizar a cadeia de blocos para que as informação armazenadas sejam validadas; • Cada novo bloco faz referência ao anterior, e, a cada nova entrada de dados, o último elo é verificado. • Utiliza criptografia em todas suas ligações, o que assegura que informações sigilosas possam ser armazenadas sem que nenhum ponto da rede tenha acesso ao conteúdo, que só se torna visível para quem possui a devida autorização. Big data: é o ambiente tecnológico que permite processar um grande volume de dados coletados ou produzidos para análises e finalidades variadas, que auxiliam na tomada de decisões. Seus atributos recorrentes denominados “4 Vs”, são: (i) volume – a capacidade computacional atual que permite processar grande quantidade de informações; (ii) velocidade – aumento da velocidade de processamento para tempo real ou quase; (iii) variedade – diversidade de estrutura, espécie e conjuntos de dados disponíveis; e (iv) valor – os dados são matéria-prima capaz de gerar valor, inclusive de monetização, para atividades empresárias ou não. A principal relevância da Big Data para a economia e para a sociedade é que ela fornece as condições necessárias para que, por meio do uso de modelos de IA, toda essa matéria- prima bruta informacional seja analisada mediante tratamento algorítmico, permitindo, por exemplo, a identificação de padrões de comportamento ou tendências econômicas, a exemplo das predições de risco e retorno realizadas pelas instituições financeiras e que se transformam em serviços financeiros, como crédito, seguro e investimento, mais eficientes e customizados. O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas 263 chaves criptografadas Privada: dá acesso à moeda. Não deve ser compartilhada. Pública: servem como endereço da conta! pode ser compartilhada e permite que você envie ou receba recursos. A maior parte das carteiras, tanto de aplicativos quanto em carteiras físicas, convertem a chave privada em uma sequência de doze a 24 palavras que funcionam como um backup. São as chamadas “palavras-semente”. Se você perder o código, perdeu o Bitcoin. Chave pública Chave privada O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas • Criação de novos bitcoins que serão inseridos na rede; • Necessário resolver um enigma criptográfico computacional; • O minerador que desvendar o enigma ganha o direito de inscrever um novo bloco na blockchain e as taxas das futuras transações que ocorrerem nesse bloco, assim como um montante em bitcoins; • Para minerar é necessário um hardware em específico, projetado especialmente para a resolução de enigmas computacionais. • Cada bloco contém uma recompensa de 50 moedas nos primeiros quatro anos de operação do Bitcoin, a ser reduzido pela metade depois em 25 moedas e depois a cada quatro anos dividindo pela metade (esse evento é chamado de halving) 264 Mineração: as transações são validadas e adicionadas à blockchain através de um processo chamado “mineração”, que também é o método pelo qual novos bitcoins são criados. O limite de Bitcoins é de cerca de 21 milhões. O que é uma carteira ou Wallet? Pode ser um aplicativo de celular, um pedaço de papel, um programa no computador ou até um hardware, semelhante a um pen-drive. Cold Wallet Carteiras Off-line. Exemplos são as carteiras em hardware (que são parecidos com um pen- drive, das marcas Trezor e Ledger, que você pode adquirir nos sites oficiais), ou carteiras em papel, que são as chaves pública e privada impressas em um papel. Hot Wallet Carteiras On-line. Possuem acesso à internet pelo dispositivo onde estão instaladas e são mais práticas para quem quer movimentar e usar suas criptomoedas com mais frequência. Geralmente são aplicativos no celular ou programas no computador e são mais aconselháveis para a manutenção de saldos menores. Também possuem backup das chaves privadas. O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas 265 Marketplace 266 Marketplaces são modelos de negócio que funcionam como shopping centers virtuais, compartilhando plataforma, serviços, segurança e meios de pagamento. Eles democratizam o acesso ao comércio eletrônico para varejistas de pequeno porte e potencializam o crescimento do e-commerce. Exemplos de Marketplace no Brasil • BW2 • Walmart • Magazine Luiza Características: • Marketplace é um site de e-commerce que reúne ofertas de produtos e serviços de diferentes vendedores; • O processo de compra, desde o pedido até o pagamento, é realizado no mesmo ambiente eletrônico, sem o redirecionamento para outro site; • Marketplace puro: somente vendedores realizam venda de produtos e serviços na plataforma, o site que possui o e-commerce não realiza venda direta para seus consumidores (ex: Mercado livre); • Marketplace híbrido: são os e-commerces que, além de venderem seus próprios produtos e serviços, oferecem também, no seu próprio site, produtos e serviços de outros vendedores, como, por exemplo, Amazon e Americanas; • Marketplace híbrido + lojas físicas: refere-se a empresas varejistas que, além de oferecerem a venda direta de produtos e serviços para o cliente, possuem suas operações de e-commerce e lojas físicas realizando vendas também através de marketplace (ex: Magazine Luiza); Correspondentes Bancários Os correspondentes bancários consistem em parcerias estabelecidas entre as Instituições Financeiras e empresas do setor do comércio, sobretudo varejista, assim como dos Correios, lotéricas, cartórios etc. Estas empresas comercializam produtos e serviços bancários e executam operações transacionais, sem a intermediação direta de um trabalhador bancário. A definição de correspondentes bancários segundo resoluções do CMN (Conselho Monetário Nacional) é a atividade de execução de serviços acessórios às atividades dos bancos, por meio de empresas não-bancárias que são empregadas para este fim. 267 Importante! O correspondente não precisa de autorização do BC, apenas a instituição que o contrata! Vantagens • O banco consegue tirar os “não-clientes” das agências que avolumam filas dos caixas; • Inclusão financeira; • Aumenta a capacidade de alcance dos bancos. Desvantagens • O correspondente bancário não possui as mesmas condições de trabalho de um bancário; • Não possui a mesma remuneração. CorrespondentesBancários O contrato de correspondente pode ter por objeto as seguintes atividades de atendimento: • Recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos e de pagamentos; • Realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas; • Execução ativa e passiva de ordens de pagamento; • Recepção e encaminhamento de propostas de operações de crédito e de arrendamento mercantil; • Recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio; • Realização de operações de câmbio (exemplo: compra e venda de moeda estrangeira). 268 Resolução CMN 4935/2021 Limitação ao valor de US$3.000,00 (três mil dólares dos Estados Unidos), ou seu equivalente em outras moedas, por operação, e no caso de operação de compra ou de venda de moeda estrangeira em espécie com entrega do contravalor em moeda nacional também em espécie, limitação ao valor de US$1.000,00 (mil dólares dos Estados Unidos), ou seu equivalente em outras moedas; Arranjos de pagamentos 269 As informações relacionadas a esses dois tópicos já foram abordadas anteriormente na aula de Novos modelos de negócios. Sistema de pagamentos instantâneo (PIX) 270 Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. O Pix pode ser realizado a partir de uma conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga. • Com o Pix, não é necessário saber onde a outra pessoa tem conta; • O Pix funciona 24 horas, 7 dias por semana, entre quaisquer bancos, fintechs e Instituições de pagamento; • As transações de pagamento por meio de boleto exigem a leitura de QR Code; • Liquidação em tempo real; • Transações a partir de R$ 0,01; • Chave Pix: CPF, CNPJ, E-mail, número de celular ou chave aleatória. Características Importante! Em geral, não há limite máximo de valores. Entretanto, as instituições que ofertam o Pix poderão estabelecer limites máximos de valor baseados em critérios de mitigação de riscos de fraude e de critérios de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. Os usuários podem solicitar ajustes nos limites estabelecidos, devendo a instituição acatar imediatamente a solicitação caso o pedido seja para redução de valor. Pessoas físicas possuem limites máximos pré-definidos, que podem ser alterados pelos clientes. A redução é imediata, mas o aumento depende de avaliação da instituição. O aumento é efetivado entre 24 e 48 horas após o pedido. • De PF para PF, de dia o limite é igual ao do TED; à noite: R$ 1.000,00; • De PF para PJ – de dia ou à noite: igual ao limite do TED. O correntista pode escolher se o período noturno começara às 22h, terminando às 6h. Sistema de pagamentos instantâneo (PIX) 271 Segurança Autenticação Rastreabilidade Tráfego seguro de informações Toda e qualquer transação, inclusive aquelas relacionadas ao gerenciamento das chaves Pix, só pode ser iniciada em ambiente seguro da instituição de relacionamento do usuário que seja acessado por meio de uma senha ou de outros dispositivos de segurança integrados ao telefone celular, como reconhecimento biométrico e reconhecimento facial ou uso de token; todas as operações com o Pix são totalmente rastreáveis, o que permite a identificação das contas recebedoras de recursos produtos de fraude/golpe/crime, permitindo a ação mais incisiva da polícia e da Justiça, o que não acontece com saques em caixas eletrônicos, por exemplo; O tráfego das informações das transações é feito de forma criptografada na Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN), que é uma rede totalmente apartada da internet e na qual cursam as transações do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). Todos os participantes do Pix têm que emitir certificados de segurança para conseguir transacionar nessa rede. Além disso, todas as informações das transações e os dados pessoais vinculados às chaves Pix são armazenados de maneira criptografada em sistemas internos do BCB Sistema de pagamentos instantâneo (PIX) 272 Tanto no Pix Saque quanto no Pix troco, é possível retirar dinheiro em espécie onde esse serviço é oferecido, como lojas, lotéricas, caixas eletrônicos, etc. É só ler um QR Code e fazer um Pix da sua conta para a conta do local que está oferecendo o serviço. Pix Troco O valor é a diferença entre o valor total do Pix e o valor da compra que você fez. Pix Saque O dinheiro é o valor do Pix que você fez. O limite do saque é R$3.000,00 de dia, e R$1.000,00 à noite. Pessoas físicas podem fazer até 08 saques por mês, de graça. Sistema de pagamentos instantâneo (PIX) 273 Bloqueio cautelar O que fazer em caso de golpe, fraude ou um crime O bloqueio cautelar é um mecanismo exclusivo do Pix para aumentar a segurança dos seus usuários. Acontece quando existe uma suspeita de fraude. No momento do recebimento do Pix, os recursos são imediatamente bloqueados por até 72 horas pela instituição do recebedor para fazer uma avaliação mais detalhada. Se houver fraude: os recursos serão devolvidos ao pagador. Se não houver fraude: o bloqueio é encerrado e o recurso é devolvido ao recebedor. Com o registro do caso, sua instituição deve registrar uma notificação de infração por meio do BC, a instituição do suposto golpista irá bloquear os valores e ambas instituições terão um tempo para avaliar detalhadamente o caso. Após 7 dias, se for comprovado o golpe ou a fraude, o seu dinheiro será devolvido em até 96 horas. Caso não haja saldo suficiente para efetuar a devolução total dos valores, até o prazo máximo de 90 dias da transação original a instituição de relacionamento do recebedor deve monitorar a conta e, surgindo recursos na conta, deve efetuar devoluções parciais. Registre um BO na polícia. Registre uma reclamação na Instituição. Segmentação e interações digitais e transformação digital no Sistema Financeiro 274 As informações relacionadas a esses dois tópicos já foram abordadas anteriormente ao decorrer do curso, quando falamos sobre os bancos na era digital. Lei Geral de Proteção de dados (LGPD) 275 A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural. A normas da lei são de interesse nacional e devem ser observadas pela União, Estados, DF e Municípios. Fundamentos • Respeito à privacidade; • Autodeterminação informativa; • Liberdade de expressão; • Inviolabilidade da intimidade; • Livre iniciativa e concorrência e defesa do consumidor; • Os direitos humanos, a dignidade da pessoa no exercício da cidadania; e • O desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação. Não se aplica ao tratamento de dados pessoais • Realizado por pessoa natural para fins particulares e não econômicos; • Para fins jornalísticos e artísticos; • Acadêmicos; • Segurança pública; • Defesa nacional; • Segurança do Estado; ou • Atividade de investigação e repressão de infrações penais Lei Geral de Proteção de dados (LGPD) Titular 276 Dado pessoal Dado pessoal sensível Informação relacionada a pessoa natural identificada ou identificável. Origem racial, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato, saúde, vida sexual, dado genético. Dado anonimizado Relativo a titular que não possa ser identificado (o dado perde a possibilidade de associação a um indivíduo). Pessoa natural a quem se refere os dados pessoais que são objeto de tratamento (o titular precisa dar consentimento, que pode ser revogado a qualquer momento). Controlador Pessoa natural ou jurídica, a quem compete as decisões referentes ao tratamento de dados pessoais. Operador Pessoa natural ou jurídica, que realiza o tratamento de dados pessoais em nome do controlador. Encarregado Pessoa indicada pelo controladore operador para atuar como canal de comunicação entre o controlador, os titulares e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) Agentes de tratamento Tratamento: coleta, produção, recepção, utilização, acesso, transmissão, armazenamento, transferência etc. dos dados. Princípios do tratamento de dados: finalidade, adequação, necessidade, livre acesso, qualidade, transparência, segurança, prevenção, não discriminação, responsabilização e prestação de contas. Lei Geral de Proteção de dados (LGPD) 277 Titular Direitos de liberdade, intimidade e privacidade; Direito de obter do controlador, mediante requisição: a existência do tratamento dos dados, o acesso aos dados, correção de dados, anonimização, portabilidade, revogação do consentimento; Controlador • Manter registro das operações de tratamento de dados pessoais; • A autoridade nacional poderá determinar ao controlador que elabore relatório de impacto à proteção de dados pessoais; • o relatório deverá conter no mínimo, a descrição dos dados, metodologia para coleta e garantia da segurança das informações. Operador Encarregado Suas atividades consistem em: aceitar reclamações, prestar esclarecimento e adotar providências; receber comunicações da autoridade nacional. O controlador deverá comunicar à autoridade nacional e ao titular a ocorrência de incidente de segurança que possa acarretar risco ou dano relevante aos titulares. Sanções administrativas em decorrência de infrações cometidas • Advertência, com indicação do prazo para adoção das medidas corretivas; • Multa simples, de até 2% do faturamento da PJ, limitada a R$ 50 milhões por infração; • Multa diária; bloqueio dos dados pessoais; • Suspensão do exercício da atividade de tratamento de dados por período máximo de 6 meses, prorrogável por igual período; Lei Geral de Proteção de dados (LGPD) 278 Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) • Autarquia de natureza especial, dotada de autonomia técnica e decisória, com patrimônio próprio e com sede e foro no Distrito Federal. • Composição: • Conselho diretor, órgão máximo de direção (5 diretores, incluindo o Diretor-Presidente); • Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade; • Corregedoria; • Ouvidoria; • Procuradoria; e • Unidades administrativas e unidades especializadas. • Os membros do Conselho Diretor da ANPD serão escolhidos pelo Presidente da República e por ele nomeados, após aprovação pelo Senado Federal. • O mandato dos membros do Conselho Diretor será de 4 anos. • Competências da ANPD: • Zelar pelos dados pessoais; • Elaborar diretrizes para a política nacional de proteção de dados; • Fiscalizar e aplicar sanções; • Apreciar petições de titular; • Estimular a adoção de padrões, elaborar relatórios, editar regulamentos etc. Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade • Composição de 23 representantes, titulares e suplentes, dos seguintes órgãos: • 5 do Poder Executivo Federal; • 1 do Senado Federal; • 1 da Câmara dos Deputados; • 1 do Conselho Nacional de Justiça; • 1 do Conselho Nacional do Ministério público; • 1 do Comitê Gestor da Internet no Brasil; • 3 de entidades da sociedade civil com atuação em proteção de dados; • 3 de instituições científicas, tecnológicas e de inovação; • 3 de confederações sindicais; • 2 de entidades representativas do setor empresarial relacionado à tratamento de dados; • 2 de entidades representativas do setor labora. • Mandato de 2 anos, permitida 1 recondução. • A participação no Conselho é considerada prestação de serviço público relevante, não remunerado. Legislação anticorrupção 279 Dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, e dá outras providências. Atos lesivos à administração pública • Prometer, oferecer ou dar, vantagem indevida a agente público ou terceira pessoa a ele relacionada; • Financiar, custear, patrocinar a prática de atos ilícios; • Utilizar-se de interposta pessoa física ou jurídica para ocultar seus reais interesses ou a identidade dos beneficiários; • Dificultar atividade de investigação ou fiscalização de órgãos públicos; • No que diz respeito a licitações e contratos: • Fraudar o caráter competitivo de procedimento licitatório público; • Impedir, perturbar ou fraudar a realização de procedimento licitatório público; • Afastar ou procurar afastar licitante, por meio de fraude ou oferecimento de vantagem; • Fraudar licitação pública ou contrato; • Criar PJ de modo fraudulento ou irregular para participar da licitação; • Obter vantagens de modo fraudulento de modificações de contrato; • Fraudar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos; Esfera administrativa Multa, no valor de 0,1% a 20% do faturamento bruto do último exercício anterior ao da instauração do processo administrativo, a qual nunca será inferior à vantagem auferida. Caso não seja possível verificar o faturamento bruto, a multa será de R$ 6.000,00 (seis mil reais) a R$ 60.000.000,00 milhões de reais (sessenta milhões de reais). Legislação anticorrupção 280 Processo administrativo de responsabilização A instauração e o julgamento do processo administrativo para apuração da responsabilidade de pessoa jurídica cabem à autoridade máxima de cada órgão ou entidade dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; No âmbito do Poder Executivo Federal Controladoria-Geral da União - CGU Designará comissão composta por 2 ou mais servidores estáveis Competência para instaurar processos administrativos A comissão deverá concluir o processo no prazo de 180 dias e, apresentar relatórios sobre os fatos apurados e eventual responsabilidade da PJ, sugerindo as sanções a serem aplicadas. PJ terá 30 dias para defesa, contados a partir da intimação. Legislação anticorrupção 281 Acordo de leniência: acordo de natureza administrativa celebrado entre infratores confessos e entes estatais. Esse acordo poderá ser celebrado pela autoridade máxima de cada órgão com as pessoas jurídicas responsáveis que colaborem efetivamente com as investigações e o processo administrativo. A colaboração precisa resultar em: • Identificação dos demais envolvidos; • Obtenção célere de informações e documentos que comprovem o ilícito. O acordo só será celebrado se preenchidos, cumulativamente: • A PJ seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em cooperar; • A PJ cesse completamente seu envolvimento na infração; • A PJ admita sua participação no ilício e coopere plena e permanentemente com as investigações e o processo administrativo. A celebração do acordo de leniência isentará a PJ das sanções previstas abaixo e reduzirá em até 2/3 o valor da multa aplicável: • Publicação extraordinária da decisão condenatória; • Proibição de receber incentivos, subsídios etc. de órgãos ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas, pelo prazo mínimo de 1 ano e máximo de 5 anos. Em caso de descumprimento do acordo de leniência, a pessoa jurídica ficará impedida de celebrar novo acordo pelo prazo de 3 anos. Legislação anticorrupção 282 Sanções na esfera Judicial • Perdimento dos bens, direitos ou valores que representem vantagem ou proveito obtidos da infração; • Suspensão ou interdição parcial de suas atividades; • Dissolução compulsória da pessoa jurídica; • Proibição de receber incentivos, subsídios etc. de órgãos ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas, pelo prazo mínimo de 1 ano e máximo de 5 anos. Cadastro Nacional de Empresas Punidas (CNEP) Reunirá e dará publicidade às sanções aplicadas pelos órgãos ou entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esferas de governo: • Razão social e número de CNPJ; • Tipo de sanção; • Data de aplicação e data final da vigência do efeito limitador ou impeditivo da sanção, quando for o caso. Regulamentação da Legislação anticorrupção (Lein° 12.846) 283 Regulamenta a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira. Titular da corregedoria da entidade ou unidade competente Ao tomar ciência da possível ocorrência de ato lesivo, decidirá: • Pela abertura de investigação preliminar: • de caráter sigiloso e não punitivo; • com prazo de conclusão não superior a 180 dias, admitida a prorrogação; • Ao final da investigação, serão enviadas à autoridade competente, relatório conclusivo acerca da existência de autoria e materialidade de atos lesivos, para decisão sobre a instauração do PAR. • Pela recomendação de instauração de Processo Administrativo de Responsabilização (PAR): • A competência para instaurar e julgar o PAR é da autoridade máxima da entidade em face da qual foi praticado o ato lesivo ou, em caso de órgão da administração pública federal direta, do respectivo Ministro de Estado; • A autoridade designará comissão, composta por dois ou mais servidores estáveis; • Em entidades sem servidores estatutários, a comissão será composta por dois ou mais empregados permanentes, preferencialmente com, no mínimo, três anos de serviço; • Instaurado o PAR, a comissão avaliará os fatos e indiciará e intimará a pessoa jurídica para, no prazo de 30 dias, apresentar defesa escrita e especificar eventuais provas; • Concluído o relatório final, a comissão encerrará seus trabalhos, sendo desconstituída, e encaminhará o PAR à autoridade instauradora; • A PJ contra a qual foram impostas sanções no PAR, terá 30 dias para cumpri-las. Segurança cibernética: Resolução CMN 4893 284 Dispõe sobre a política de segurança cibernética e sobre os requisitos para a contratação de serviços de processamento e armazenamento de dados e de computação em nuvem a serem observados pelas instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. Art. 2° As instituições referidas no art. 1° devem implementar e manter política de segurança cibernética formulada com base em princípios e diretrizes que busquem asseguraR a confidencialidade, a integridade e a disponibilidade dos dados e dos sistemas de informação utilizados. Política I. O porte, o perfil de risco e o modelo de negócio da instituição; II. A natureza das operações e a complexidade dos produtos, serviços, atividades e processos da instituição; e III. A sensibilidade dos dados e das informações sob responsabilidade da instituição. Deve ser compatível com Deve contemplar, no mínimo: I. Os objetivos de segurança cibernética da instituição; II. Os procedimentos e os controles adotados para reduzir a vulnerabilidade da instituição a incidentes; III. Os controles específicos, incluindo os voltados para a rastreabilidade da informação, que busquem garantir a segurança das informações sensíveis; IV. O registro, a análise da causa e do impacto, bem como o controle dos efeitos de incidentes relevantes para as atividades da instituição; V. As diretrizes para: a) A elaboração de cenário de incidentes considerados nos testes de continuidade de negócios; b) A definição de procedimentos e de controles voltados à prevenção e ao tratamento dos incidentes a serem adotados por empresas prestadoras de serviços a terceiros que manuseiem dados ou informações sensíveis ou que sejam relevantes para a condução das atividades operacionais da instituição; c) A classificação dos dados e das informações quanto à relevância; e d) A definição dos parâmetros a serem utilizados na avaliação da relevância dos incidentes; VI. Os mecanismos para disseminação da cultura de segurança cibernética na instituição. Da Divulgação da Política de Segurança Cibernética 285 Art. 4° A política de segurança cibernética deve ser divulgada aos funcionários da instituição e às empresas prestadoras de serviços a terceiros, mediante linguagem clara, acessível e em nível de detalhamento compatível com as funções desempenhadas e com a sensibilidade das informações. Art. 5° As instituições devem divulgar ao público resumo contendo as linhas gerais da política de segurança cibernética. Do Plano de Ação e de Resposta a Incidentes Art. 6° As instituições referidas no art. 1° devem estabelecer plano de ação e de resposta a incidentes visando à implementação da política de segurança cibernética. Art. 7° As instituições referidas no art. 1° devem designar diretor responsável pela política de segurança cibernética e pela execução do plano de ação e de resposta a incidentes. Pergunta: o diretor, poderá desempenhar outras funções na instituição? Art. 8° As instituições devem elaborar relatório anual sobre a implementação do plano de ação e de resposta a incidentes, com data-base de 31 de dezembro. Plano de ação I. As ações a serem desenvolvidas; II. As rotinas, os procedimentos, os controles e as tecnologias a serem utilizados na prevenção e na resposta a incidentes; III. A área responsável pelo registro e controle dos efeitos de incidentes relevantes. Relatório anual I. A efetividade da implementação das ações; II. O resumo dos resultados obtidos na implementação das rotinas, dos procedimentos, dos controles e das tecnologias a serem utilizados na prevenção e na resposta a incidentes; III. Os incidentes relevantes relacionados com o ambiente cibernético ocorridos no período; e IV. Os resultados dos testes de continuidade de negócios, considerando cenários de indisponibilidade ocasionada por incidentes. I. Será submetido ao comitê de risco, quando existente; e II. Apresentado ao conselho de administração, ou na sua inexistência, à diretoria da instituição até 31 de março do ano seguinte ao da data-base. Da Contratação de Serviços de Processamento e Armazenamento de Dados e de Computação em Nuvem 286 Art. 12 As instituições mencionadas no Art. 1°, previamente à contratação de serviços relevantes de processamento e armazenamento de dados e de computação em nuvem, devem adotar procedimentos que contemplem: I. A adoção de práticas de governa corporativa e de gestão proporcionais à relevância do serviço a ser contratado e aos riscos a que estejam expostas; e II. A verificação da capacidade do potencial prestador de serviço de assegurar: a) O cumprimento da legislação e da regulamentação em vigor; b) O acesso da instituição aos dados; c) A confidencialidade, a integridade, a disponibilidade a recuperação dos dados e das informações processados ou armazenados pelo prestador de serviço; d) A sua aderência a certificações exigidas pela instituição; e) O acesso da instituição aos relatórios elaborados por empresa de auditoria especializada independente contratada pelo prestador de serviço; f) O provimento de informações e de recursos de gestão adequados; g) A identificação e a segregação dos dados dos clientes; h) A qualidade nos controles de acesso voltados à proteção dos dados e das informações dos clientes. Serviços de computação em nuvem abrangem ao menos: Processamento de dados, armazenamento de dados, infraestrutura de redes e outros recursos computacionais; Implantação ou execução de aplicativos desenvolvidos pela instituição contratante, ou por ela adquiridos; Execução, por meio da internet, de aplicativos implantados ou desenvolvidos pelo prestador de serviços A contratação de serviços relevantes de processamento, armazenamento de dados e de computação em nuvem deve ser comunicada ao Banco Central em até 10 dias após a contratação. Caso ocorra alteração contratual, esta também deverá ser comunicada em até 10 dias. I. A denominação da empresa contratada; II. Os serviços relevantes contratados; e III. A indicação dos países e das regiões em cada país onde os serviços poderão ser prestados e os dados armazenados/processados. 287 Da Contratação de Serviços de Processamento e Armazenamento de Dados e de Computação em Nuvem Art. 16 A contratação de serviços relevantes de processamento, armazenamento de dados e de computação em nuvem prestadosno exterior deve observar os seguintes requisitos: I. A existência de convênio para troca de informações entre o Banco Central do Brasil e as autoridades supervisoras dos países onde os serviços serão prestados; II. A instituição contratante deve assegurar que a prestação dos serviços prestados não cause prejuízos ou embaraço à atuação do Banco Central; III. A instituição contratante deve definir, previamente à contratação, os países e as regiões em cada país onde os serviços poderão ser prestados; IV. A instituição contratante deve prever alternativas para a continuidade dos negócios, no caso de impossibilidade de manutenção ou extinção do contrato de prestação de serviços. Contratação de Serviços Existência de convênio Banco Central Autoridades Supervisoras dos países onde os serviços serão prestados. Informações Não cause prejuízos ao BACEN Definir os países e as regiões onde os serviços poderão ser prestados Prever alternativa para a continuidade dos negócios, no caso de impossibilidade de manutenção ou extinção do contrato de prestação de serviços 288 Art. 17 Os contratos para prestação de serviços relevantes de processamento, armazenamento de dados e computação em nuvem devem prever: Da Contratação de Serviços de Processamento e Armazenamento de Dados e de Computação em Nuvem Indicação dos países onde os serviços serão prestados Adoção de medidas de segurança para transmissão e armazenamento dos dados. A manutenção da segregação dos dados e dos controles de acesso. Obrigatoriedade, em caso de extinção de contrato, de: a) Transferência dos dados citados ao novo prestador de serviços; b) Exclusão dos dados citados pela empresa contratada substituída. Acesso da instituição contratante a: a) Informações fornecidas pela empresa contratada; b) Informações relativas às certificações e aos relatórios de auditoria especializada; c) Informações e recursos de gestão adequados ao monitoramento dos serviços a serem prestados; notificar a instituição contratante sobre a subcontratação de serviços. A permissão de acesso do Banco Central aos contratos. A adoção de medidas, em decorrência de determinação do Banco Central. A obrigação de a empresa contratada manter a instituição contratante permanentemente informada. DISPOSIÇÕES FINAIS 289 Art. 23 Devem ficar à disposição do Banco Central do Brasil pelo prazo de cinco anos: I. O documento relativo à política de segurança cibernética; II. A ata de reunião do conselho de administração, ou, na sua inexistência, da diretoria da instituição; III. O documento relativo ao plano de ação e de resposta a incidentes; IV. O relatório anual; V. A documentação sobre os procedimentos de que trata o art. 12; VI. A documentação de que trata o art. 16 § 3°, no caso de serviços prestados no exterior; VII. Os contratos de que trata o art. 17, contado o prazo referido no caput a partir da extinção do contrato; VIII. Os dados, os registros e as informações relativas aos mecanismos de acompanhamento e de controle de que trata o art. 21, contado o prazo referido no caput a partir da implementação dos citados mecanismos; e IX. A documentação com os critérios que configurem uma situação de crise de que trata o art. 20. Art. 20 Os procedimentos adotados pelas instituições para gerenciamento de riscos previstos na regulamentação em vigor devem contemplar, no tocante à continuidade de negócios: I. O tratamento previsto para mitigar os efeitos dos incidentes relevantes; II. O prazo estipulado para reinício ou normalização das suas atividades ou serviços interrompidos; III. A comunicação tempestiva ao Banco Central do Brasil das ocorrências de incidentes relevantes; Art. 21 As instituições devem instituir mecanismos de acompanhamento e de controle com vistas a assegurar a implementação e a efetividade da política de segurança cibernética, do plano de ação e de resposta a incidentes e dos requisitos para a contratação de serviços de processamento de dados e de computação em nuvem, incluindo: I. A definição de processos, testes e trilhas de auditoria; II. A definição e métricas e indicadores adequados; e III. A identificação e a correção de eventuais deficiências. Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8: História do BNB Slide 9: História do BNB Slide 10: História do BNB Slide 11: História do BNB Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22: Superintendência de seguros privados (SUSEP) Slide 23: Superintendência nacional de previdência complementar (PREVIC) Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29: Corretora de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM) e Distribuidora (DTVM) Slide 30: Instituições financeiras oficiais federais – papel e atuação Slide 31: Instituições financeiras oficiais federais – papel e atuação Slide 32: Instituições financeiras oficiais federais – papel e atuação Slide 33 Slide 34: Operações de crédito bancário Slide 35: Operações de crédito bancário Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40: Cadastro de pessoa física e jurídica Slide 41: Cadastro de pessoa física e jurídica Slide 42: Tipos e constituição das pessoas Slide 43: Tipos e constituição das pessoas Slide 44: Tipos e constituição das pessoas Slide 45: Tipos e constituição das pessoas Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49: Composição societária/acionária e formas de tributação Slide 50: Composição societária/acionária e formas de tributação Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60: Mandatos e procurações Slide 61: Mandatos e procurações Slide 62: Mandatos e procurações Slide 63: Mandatos e procurações Slide 64: Mandatos e procurações Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72: Crédito Direto ao Consumidor (CDC) Slide 73: Crédito Rural Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83: Nota promissória Slide 84: Duplicata Slide 85 Slide 86: Cartão de débito e Crédito Slide 87: Cartão de débito e Crédito Slide 88: Microcrédito Slide 89: Microcrédito Slide 90: Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) Slide 91: Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) Slide 92: Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) Slide 93: Pronaf - Agroindústria Slide 94: Pronaf - RESUMO Slide 95: Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) Slide 96: Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) Slide 97: Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) Slide 98: Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) Slide 99: Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) Slide 100: Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) Slide 101 Slide 102: FNE Industrial Slide 103: FNE Industrial Slide 104: FNE Industrial Slide 105: FNE Comércio e Serviços Slide 106: FNE Comércio e Serviços Slide 107: FNE Comércio e Serviços Slide 108: BNDES - Finame Slide 109: BNDES - Finame Slide 110: BNDES - Finame Slide 111: BNDES - Finame Slide 112: BNDES - Finame Slide 113 Slide 114 Slide 115 Slide 116 Slide 117 Slide 118 Slide 119 Slide 120 Slide 121 Slide 122 Slide 123 Slide 124 Slide 125: Constituição – Fundo de investimento Slide 126: Classes de cotas Slide 127: Estrutura dos fundos Slide 128: Cotas Slide 129 Slide 130: Marcação a Mercado, Cota de Abertura e Fechamento Slide 131: Prestação de serviços essenciais Slide 132 Slide 133 Slide 134 Slide 135 Slide 136: Outros prestadores de serviços Slide 137 Slide 138 Slide 139: Caderneta de poupança Slide 140: Capitalização Slide 141: Capitalização Slide 142 Slide 143 Slide 144 Slide 145: Previdência Complementar Slide 146 Slide 147: Características técnicas que influenciam o produto Slide 148 Slide 149: Riscos a serem observados Slide 150Slide 151 Slide 152: Regimes de tributação Slide 153 Slide 154 Slide 155: Exemplos Slide 156: Exemplos Slide 157 Slide 158 Slide 159 Slide 160 Slide 161 Slide 162 Slide 163: Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) Slide 164: Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) Slide 165 Slide 166 Slide 167 Slide 168 Slide 169 Slide 170 Slide 171 Slide 172 Slide 173 Slide 174 Slide 175 Slide 176 Slide 177 Slide 178 Slide 179 Slide 180 Slide 181 Slide 182 Slide 183 Slide 184 Slide 185 Slide 186 Slide 187 Slide 188 Slide 189 Slide 190 Slide 191 Slide 192 Slide 193 Slide 194 Slide 195 Slide 196 Slide 197 Slide 198 Slide 199 Slide 200 Slide 201 Slide 202 Slide 203 Slide 204 Slide 205 Slide 206 Slide 207 Slide 208 Slide 209 Slide 210 Slide 211 Slide 212 Slide 213 Slide 214 Slide 215 Slide 216 Slide 217 Slide 218 Slide 219 Slide 220 Slide 221 Slide 222 Slide 223 Slide 224 Slide 225 Slide 226 Slide 227 Slide 228 Slide 229 Slide 230 Slide 231 Slide 232 Slide 233 Slide 234 Slide 235 Slide 236 Slide 237 Slide 238 Slide 239 Slide 240 Slide 241 Slide 242 Slide 243 Slide 244 Slide 245 Slide 246 Slide 247 Slide 248 Slide 249 Slide 250 Slide 251 Slide 252 Slide 253 Slide 254 Slide 255 Slide 256: Moeda Slide 257: Políticas Monetárias convencionais Slide 258 Slide 259: Operações Compromissadas Slide 260 Slide 261 Slide 262 Slide 263 Slide 264 Slide 265 Slide 266 Slide 267 Slide 268 Slide 269 Slide 270 Slide 271 Slide 272 Slide 273 Slide 274 Slide 275 Slide 276 Slide 277 Slide 278 Slide 279 Slide 280: Legislação anticorrupção Slide 281: Legislação anticorrupção Slide 282: Legislação anticorrupção Slide 283 Slide 284 Slide 285 Slide 286 Slide 287 Slide 288 Slide 289