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Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 DIREITO DO TRABALHO Término do contrato de trabalho Questão 01: (OAB/Exame XXXIII – 2020.3) Suelen trabalhava na Churrascaria Boi Mal Passado Ltda. como auxiliar de cozinha, recebendo salário fixo de R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais) mensais. Por encontrar- se em dificuldade financeira, Suelen pediu ao seu empregador um empréstimo de R$ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais) para ser descontado em parcelas de R$ 500,00 (quinhentos reais) ao longo do tempo. Sensibilizado com a situação da empregada, a sociedade empresária fez o empréstimo solicitado, mas 1 mês após Suelen pediu demissão, sem ter pago qualquer parcela do empréstimo. Considerando a situação de fato, a previsão da CLT e que a empresa elaborará o termo de rescisão do contrato de trabalho (TRCT), assinale a afirmativa correta. (A) A sociedade empresária poderá descontar todo o resíduo do empréstimo do TRCT. (B) A sociedade empresária poderá, no máximo, descontar no TRCT o valor de R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais). (C) Não pode haver qualquer desconto no TRCT, porque o empréstimo tem a natureza de contrato civil, de modo que a sociedade empresária deverá cobrá-lo na justiça comum. (D) Por Lei, a sociedade empresária tem direito de descontar no TRCT o dobro da remuneração do empregado por eventual dívida dele. Gabarito Comentado: Nos termos do art. 477, § 5º, da CLT qualquer compensação no pagamento das verbas rescisórias não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado. Questão 02: (OAB/Exame XXXIII – 2020.3) Walmir foi empregado da sociedade empresária Lanchonete Chapa Quente Ltda., na qual atuou como atendente por um ano e três meses, sendo dispensado sem justa causa em julho de 2021. A sociedade empresária procura você, como advogado(a), para saber o modo de pagamento dos direitos devidos a Walmir. De acordo com o que dispõe a CLT, sabendo-se que a norma coletiva nada dispõe a respeito, assinale a afirmativa correta. (A) Uma vez que o contrato vigorou por mais de um ano, deve ser feita a homologação perante o sindicato de classe do empregado ou perante o Ministério do Trabalho. (B) O pagamento poderá ocorrer na própria empresa, pois não há mais necessidade de homologação da rescisão contratual pelo sindicato profissional ou pelo Ministério do Trabalho. (C) Não havendo discórdia sobre o valor devido a Walmir, deverá ser apresentada uma homologação de acordo extrajudicial na Justiça do Trabalho, com assinatura de advogado comum. (D) A sociedade empresária, ao optar por fazer o pagamento em suas próprias instalações, deverá obrigatoriamente depositar o valor na conta do trabalhador para ter a prova futura do adimplemento. Gabarito Comentado: A legislação trabalhista em vigor não exige homologação da rescisão contratual perante o sindicato de classe. Tal exigência estava prevista no art. 477, § 1º, da CLT, dispositivo legal este revogado pela reforma trabalhista da Lei 13.467/2017. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 03: (OAB/Exame Unificado – 2020.2) Uma indústria de chocolates constatou que precisava de mais trabalhadores para produzir ovos de Páscoa e, em razão disso, contratou vários trabalhadores temporários, pelo prazo de 30 dias, por meio de uma empresa de trabalho temporário. Maria era uma dessas trabalhadoras temporárias. Ocorre que a empresa contratada (a empresa de trabalho temporário) teve a falência decretada pela Justiça e não pagou nada a esses trabalhadores temporários. Maria procura você, como advogado(a), para saber se a indústria de chocolates, tomadora do serviço, teria alguma responsabilidade. Sobre a hipótese, de acordo com a norma de regência, assinale a afirmativa correta. (A) A indústria de chocolates contratante terá responsabilidade solidária. (B) Não haverá qualquer tipo de responsabilidade da contratante, porque a terceirização foi lícita. (C) A então contratante se tornará empregadora dos trabalhadores temporários em razão da falência da empresa contratada. (D) A indústria de chocolates contratante terá responsabilidade subsidiária se isso estiver previsto no contrato que entabulou com a empresa prestadora dos serviços. Gabarito Comentado: Nos termos do art. 16 da Lei 6.019/74 no caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora ou cliente é solidariamente responsável pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, no tocante ao tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens, assim como em referência ao mesmo período, pela remuneração e indenização. Questão 04: (OAB/Exame Unificado – 2020.1) Eduardo e Carla são empregados do Supermercado Praiano Ltda., exercendo a função de caixa. Após 10 meses de vigência do contrato, ambos receberam aviso-prévio em setembro de 2019, para ser cumprido com trabalho. Contudo, 17 dias após, o Supermercado resolveu reconsiderar a sua decisão e manter Eduardo e Carla no seu quadro de empregados. Ocorre que ambos não desejam prosseguir, porque, nesse período, distribuíram seus currículos e conseguiram a promessa de outras colocações num concorrente do Supermercado Praiano, com salário um pouco superior. Diante da situação posta e dos termos da CLT, assinale a afirmativa correta. (A) Os empregados não são obrigados a aceitar a retratação, que só gera efeito se houver consenso entre empregado e empregador. (B) Os empregados são obrigados a aceitá-la, uma vez que a retratação foi feita pelo empregador ainda no período do aviso-prévio. (C) A retratação deve ser obrigatoriamente aceita pela parte contrária se o aviso-prévio for trabalhado, e, se for indenizado, há necessidade de concordância das partes. (D) O empregador jamais poderia ter feito isso, porque a CLT não prevê a possibilidade de reconsideração de aviso-prévio, que se torna irreversível a partir da concessão. Gabarito Comentado: É possível a reconsideração do aviso-prévio. Isso porque, dado o aviso-prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo prazo. Isso possibilita à parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo. Porém, é facultado à outra parte aceitar ou não o pedido de reconsideração, ou seja, deve haver o consentimento da parte notificada do aviso-prévio, art. 489 da CLT. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 05: (OAB/Exame Unificado – 2019.1) Gerson Filho é motorista rodoviário e trabalha na sociedade empresária Viação Canela de Ouro Ltda. No dia 20 de agosto de 2018, ele se envolveu em grave acidente automobilístico, sendo, ao final da investigação, verificado que Gerson foi o responsável pelo sinistro, tendo atuado com dolo no evento danoso. Em razão disso, teve a perda da sua habilitação determinada pela autoridade competente. O empregador procura você, como advogado(a), afirmando que não há vaga disponível para Gerson em outra atividade na empresa e desejando saber o que deverá fazer para solucionar a questão da maneira mais econômica e em obediência às normas de regência. Diante desta situação e dos termos da CLT, assinale a afirmativa correta. (A) O contrato de Gerson deverá ser suspenso. (B) O empregador deverá interromper o contrato de Gerson. (C) O contrato do empregado deverá ser rompido por justa causa. (D) A empresa deverá dispensar Gerson sem justa causa. Gabarito Comentado: “C” é a opção correta. O contrato deverá ser rompido por justa causa do empregado, na forma do art. 482, alínea m, da CLT, pois a perda da habilitação necessária para sua profissão se deu por conduta dolosa do empregado. Questão 06: (OAB/Exame Unificado – 2019.1) A sociedade empresária Beta Ltda. está passando por grave crise econômica e financeira e, em razão disso, resolveu reduzirdrasticamente suas atividades, encerrando unidades e terceirizando grande parte dos seus serviços. Por conta disso, a empresa, que possuía 500 empregados, dispensou 450 deles no dia 23 de janeiro de 2018. Diante do caso apresentado e dos preceitos da CLT, assinale a afirmativa correta. (A) Trata-se de dispensa em massa, sendo nula porque não autorizada em norma coletiva. (B) Equivocou-se a empresa, porque para realizar a dispensa coletiva ela é obrigada a oferecer antes adesão ao Programa de Demissão Voluntária (PDV). (C) A ordem de antiguidade obrigatoriamente deve ser respeitada, pelo que os 50 empregados mais antigos não poderão ser dispensados. (D) A dispensa ocorreu validamente, pois a dispensa coletiva é equiparada à dispensa individual. Gabarito Comentado: “D” é a opção correta. A demissão tratada na questão de fato é uma demissão em massa. Ocorre que, nos termos do art. 477-A da CLT, as dispensas imotivadas individuais, plúrimas ou coletivas equiparam-se para todos os fins, não havendo necessidade de autorização prévia de entidade sindical ou de celebração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho para sua efetivação. Questão 07: (OAB/Exame Unificado – 2018.3) Gilda e Renan são empregados da sociedade empresária Alfa Calçados Ltda. há 8 meses, mas, em razão da crise econômica no setor, o empregador resolveu dispensá-los em outubro de 2018. Nesse sentido, concedeu aviso prévio indenizado de 30 dias a Gilda e aviso prévio trabalhado de 30 dias a Renan. Em relação ao prazo máximo, previsto na CLT, para pagamento das verbas devidas pela extinção, assinale a afirmativa correta. (A) Ambos os empregados receberão em até 10 dias contados do término do aviso prévio. (B) Gilda receberá até o 10º dia do término do aviso e Renan, até o 1º dia útil seguinte ao término do aviso prévio. (C) Gilda e Renan receberão seus créditos em até 10 dias contados da concessão do aviso prévio. (D) Gilda receberá até o 1º dia útil seguinte ao término do aviso prévio e Renan, até o 10º dia do término do aviso. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Gabarito Comentado: “A” é a opção correta. Isso porque, nos termos do art. 477, § 6º, da CLT, de acordo com a redação dada pela Lei 13.467/2017 (reforma trabalhista), independente da forma de aviso prévio, seja trabalhado ou indenizado, o prazo para pagamento das verbas rescisórias se dará em 10 dias contados da extinção do contrato de trabalho, ou seja, do término do aviso prévio. Questão 08: (OAB/Exame Unificado – 2018.1) Ferdinando trabalha na sociedade empresária Alfa S.A. há 4 anos, mas anda desestimulado com o emprego e deseja dar um novo rumo à sua vida, retornando, em tempo integral, aos estudos para tentar uma outra carreira profissional. Imbuído desta intenção, Ferdinando procurou seu chefe, em 08/03/2018, e apresentou uma proposta para, de comum acordo, ser dispensado da empresa, com formulação de um distrato. Diante do caso apresentado e dos termos da CLT, assinale a afirmativa correta. (A) A realização da extinção contratual por vontade mútua é viável, mas a indenização será reduzida pela metade e o empregado não receberá seguro desemprego. (B) A ruptura contratual por consenso pode ser feita, mas depende de homologação judicial ou do sindicato de classe do empregado. (C) O contrato não pode ser extinto por acordo entre as partes, já que falta previsão legal para tanto, cabendo ao empregado pedir demissão ou o empregador o dispensar sem justa causa. (D) O caso pode ser considerado desídia por parte do empregado, gerando então a dispensa por justa causa, sem direito a qualquer indenização. Gabarito Comentado: A: correta, pois, nos termos do art. 484-A da CLT, o contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, sendo certo que a indenização sobre o FGTS será devida pela metade, na forma do art. 484-A, I, b, da CLT e o empregado não receberá o seguro-desemprego, nos termos do art. 484-A, § 2º, da CLT; B: incorreta, pois o distrato não depende de homologação judicial. C: incorreta, pois há previsão no art. 484-A da CLT acerca da extinção do contrato por acordo entre empregado e empregador; D: opção incorreta, pois desídia consiste no comportamento relaxado do empregado na prestação de seu labor, capaz de ocasionar a falta grave, na forma do art. 482, e, da CLT. Questão 09: (OAB/Exame Unificado – 2017.2) João era proprietário de uma padaria em uma rua movimentada do centro da cidade. Em razão de obras municipais, a referida rua foi interditada para veículos e pedestres. Por conta disso, dada a ausência de movimento, João foi obrigado a extinguir seu estabelecimento comercial, implicando a paralisação definitiva do trabalho. Acerca da indenização dos empregados pela extinção da empresa, à luz da CLT, assinale a afirmativa correta. (A) Caberá indenização ao empregado, a ser paga pelo Município. (B) Caberá indenização ao empregado, a ser paga pela União. (C) Caberá indenização ao empregado, a ser paga pelo empregador, sem possibilidade de ressarcimento. (D) Tratando-se de motivo de força maior, não há pagamento de indenização. Gabarito Comentado: “A” é a resposta correta. A questão trata do denominado factum principis, previsto no art. 486 da CLT, que consiste em uma modalidade de extinção do contrato de trabalho por ato da autoridade pública, federal, estadual ou municipal, inclusive de autarquias, que, por via administrativa ou legislativa, impossibilita a continuação da atividade da empresa temporária ou definitivamente. Em outras palavras, é um ato do governo que torna impossível a execução do contrato de trabalho. Assim, ensina o art. 486 da CLT que, no caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato de autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução que impossibilite a continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da indenização, que ficará a cargo do governo responsável. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 10: (OAB/Exame Unificado – 2016.3) Plínio é empregado da empresa Vigilância e Segurança Ltda., a qual não lhe paga salário há dois meses e não lhe fornece vale transporte há cinco meses. Plínio não tem mais condições de ir ao trabalho e não consegue prover seu sustento e de sua família. Na qualidade de advogado(a) de Plínio, de acordo com a CLT, assinale a opção que melhor atende aos interesses do seu cliente. (A) Propor uma ação trabalhista pedindo a rescisão indireta em razão do descumprimento do contrato por não concessão do vale transporte, podendo permanecer, ou não, no serviço até decisão do processo. (B) Propor uma ação trabalhista pedindo a rescisão indireta em razão do descumprimento do contrato por mora salarial. (C) Propor uma ação trabalhista pedindo a rescisão indireta em razão do descumprimento do contrato por não concessão do vale transporte, mas deverá continuar trabalhando até a data da sentença. (D) Propor uma ação trabalhista pedindo as parcelas decorrentes da ruptura contratual por pedido de demissão, além do vale transporte e salários atrasados e indenização por dano moral, mas seu cliente deve pedir demissão. Gabarito Comentado: “A” é a opção correta. Isso porque será mais vantajoso para o empregado a propositura de uma reclamação trabalhista pleiteando a rescisão indireta do contrato de trabalho, em razão do descumprimento contratual praticado pelo empregador, com fulcro no art. 483, d, da CLT. Nessa linha, ensina o § 3º do mesmo dispositivo legal que poderá o empregado pleitear a rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo. Questão 11: (OAB/Exame Unificado – 2015.2) Verônica foi contratada, a títulode experiência, por 30 dias. Após 22 dias de vigência do contrato, o empregador resolveu romper antecipadamente o contrato, que não possuía cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão. Sobre o caso, de acordo com a Lei de Regência, assinale a opção correta. (A) O contrato é irregular, pois o contrato de experiência deve ser feito por 90 dias. (B) Verônica terá direito à remuneração, e por metade, a que teria direito até o termo do contrato. (C) Verônica, como houve ruptura antecipada, terá direito ao aviso-prévio e à sua integração ao contrato de trabalho. (D) O contrato se transformou em contrato por prazo indeterminado, porque ultrapassou metade da sua vigência. Gabarito Comentado: A: opção incorreta, pois nos termos do art. 445, parágrafo único, da CLT pode ser ajustado em até 90 dias, ou seja, período máximo de 90 dias. B: opção correta, pois nos termos do art. 479 da CLT nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a título de indenização a metade da remuneração a que esse empregado teria direito até o término do contrato. C: opção incorreta, pois nos contratos com prazo determinado não há obrigação de concessão de aviso-prévio, salvo se o contrato conter a cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão tipificada o art. 481 da CLT, hipótese em que o contrato será extinto sob as regras de um contrato com prazo indeterminado. D: opção incorreta, pois o contrato de experiência somente se transforma em contrato indeterminado caso sua duração máxima de 90 dias seja ultrapassada ou prorrogada mais de uma única vez, nos termos dos arts. 445 e 451 da CLT. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 12: (OAB/Exame Unificado – 2015.2) Josué e Marcos são funcionários da sociedade empresária Empreendimento Seguro Ltda., especializada em consultoria em segurança do trabalho e prevenção de acidentes. No ambiente de trabalho de ambos, também ficam outros 10 funcionários, havendo placas de proibição de fumar, o que era frisado na contratação de cada empregado. O superior hierárquico de todos esses funcionários dividiu as atribuições de cada um, cabendo a Marcos a elaboração da estatística de acidentes ocorridos nos últimos dois anos, tarefa a ser executada em quatro dias. Ao final do prazo, ao entrar na sala, o chefe viu Josué fumando um cigarro. Em seguida, ao questionar Marcos sobre a tarefa, teve como resposta que ele não a tinha executado porque não gostava de fazer estatísticas. Diante do caso, assinale a afirmativa correta. (A) Josué e Marcos são passíveis de ser dispensados por justa causa, respectivamente por atos de indisciplina e insubordinação. (B) Ambos praticaram ato de indisciplina. (C) Ambos praticaram ato de insubordinação. (D) A conduta de ambos não encontra tipificação legal passível de dispensa por justa causa. Gabarito Comentado: A é a opção correta, pois Josué ao descumprir a ordem de observância obrigatória por parte de todos os funcionários que diz respeito à proibição de fumar no ambiente de trabalho, praticou ato de indisciplina, tipificada o art. 482, h, da CLT. Já Marcos praticou ato de insubordinação tipificada, também no art. 482, h, da CLT que consiste no descumprimento de ordem direta passada por seu superior hierárquico. Questão 13: (OAB/Exame Unificado – 2015.1) Patrícia recebeu a comunicação de sua dispensa em 05.05.2013, e na carta constava que o aviso-prévio seria trabalhado. Após 15 (quinze) dias do curso do aviso-prévio, Patrícia adoeceu gravemente, entrando em gozo de benefício previdenciário de auxílio-doença por 60 (sessenta) dias. Entretanto, ao que seria o prazo final do aviso-prévio, Patrícia foi dispensada e a empresa consignou as verbas rescisórias, não pagando o reajuste da data-base da categoria, ocorrida no curso do aviso-prévio. Sobre o caso apresentado, assinale a afirmativa correta. (A) Os efeitos da dispensa, no caso de concessão de auxílio-doença no curso do aviso-prévio, só se concretizam depois de expirado o benefício previdenciário. Portanto, a empresa só poderia dispensar Patrícia depois disso devendo pagar a diferença salarial decorrente do reajuste da data-base, com reflexos nas verbas rescisórias. (B) A empresa errou apenas com relação a não pagar as diferenças salariais do reajuste da data-base, pois ocorreu no curso do contrato de emprego, dada a projeção do aviso-prévio. No mais, não há efeitos, já que o auxílio-doença não tem o condão de prorrogar o contrato de trabalho já terminado. (C) A empresa está correta, já que a manifestação de vontade da dispensa se deu antes do auxílio-doença e antes da data-base da categoria, logo configurado ato jurídico perfeito. (D) A dispensa fica prorrogada, mas não há alteração pecuniária, pois a comunicação da dispensa já havia ocorrido e a projeção do aviso-prévio é mera ficção jurídica. Gabarito Comentado: A: opção correta, pois reflete o entendimento disposto na súmula 371 do TST. B: opção incorreta, pois nos termos da súmula 371 do TST haverá reflexos nas demais verbas rescisórias. C: opção incorreta, pois a posição da empresa não está correta, tendo em vista que de acordo com a parte final da súmula 371 do TST no caso de concessão de auxílio-doença no curso do aviso-prévio só se concretizam os efeitos da dispensa depois de expirado o benefício previdenciário. D: opção incorreta, pois de acordo com a súmula 371 do TST a projeção do contrato de trabalho para o futuro, pela concessão do aviso-prévio indenizado, tem efeitos limitados às vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso, ou seja, salários, reflexos e verbas rescisórias. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 14: (OAB/Exame Unificado – 2014.2) Joana trabalha numa empresa que se dedica a dar assessoria àqueles que desejam emagrecer. Em razão de problemas familiares, Joana foi acometida por um distúrbio alimentar e engordou 30 quilos. Em razão disso, a empresa afirmou que agora ela não mais apresentava o perfil desejado para o atendimento aos clientes, já que deveria ser o primeiro exemplo para eles, de modo que a dispensou sem justa causa. De acordo com a situação retratada e diante do comando legal, assinale a opção correta: (A) O empregador tem o direito potestativo de dispensar a empregada sem justa causa, contanto que pague a indenização prevista em Lei. (B) A situação retrata dispensa discriminatória, ensejando, então, obrigatoriamente, a reintegração da obreira. (C) A situação retrata dispensa discriminatória, podendo a empregada optar entre o retorno ou a indenização em dobro do período de afastamento. (D) A situação retrata dispensa discriminatória, ensejando, então, obrigatoriamente, a indenização do período de estabilidade. Gabarito Comentado: A: incorreta, pois embora o empregador possa dispensar sem justa causa seus empregados, percebe-se que no caso em debate a dispensa não foi sem justa causa, mas sim em razão do aumento de peso de sua empregada. Nesse caso a dispensa se mostra discriminatória, podendo a empregada optar entre a indenização compensatória e a reintegração ao empregado, nos termos do art. 4º da Lei 9.029/1995. B: incorreta, pois nos termos do art. 4º, I e II, da Lei 9.029/1995 a empregada poderá optar pela reintegração ou indenização. C: correta, pois reflete o disposto no art. 4º, incisos I e II, da Lei 9.029/1995 que ensinam que a empregada poderá optar pela reintegração com ressarcimento integral de todo o período de afastamento, mediante pagamento das remunerações devidas, corrigidas monetariamente, acrescidas dos juros legais ou a percepção, em dobro, da remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente e acrescida dos juros legais. D: incorreta, veja comentários anteriores.Questão 15: (OAB/Exame Unificado – 2014.1) ABC Manutenção e Limpeza manteve contrato de fornecimento de mão de obra de limpeza com Aeroportos Brasileiros, empresa pública federal. Por ocasião da ruptura do contrato entre as empresas, Paulo, funcionário da ABC Manutenção e Limpeza, e que prestava serviços para Aeroportos Brasileiros, foi dispensado sem receber as verbas rescisórias. Ajuizou ação trabalhista em face de ambas as empresas, sendo a empregadora revel. A tomadora dos serviços apresentou defesa com robusta documentação, demonstrando a efetiva fiscalização do cumprimento do contrato e de aspectos legais, sendo certo que o contrato foi cancelado justamente em razão desta fiscalização. Diante deste caso, assinale a afirmativa correta. (A) A empresa pública federal responde solidariamente por força da terceirização. (B) A empresa pública federal responde subsidiariamente por força da terceirização, haja vista o inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte do empregador. (C) A empresa pública federal é parte ilegítima para figurar no polo passivo da demanda porque não tem vínculo de emprego com Paulo. (D) A empresa pública federal não responde pelo inadimplemento das verbas trabalhistas porque sua responsabilidade não decorre do simples inadimplemento contratual, tendo ficado provado, no caso, que houve efetiva fiscalização por parte da tomadora dos serviços. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Gabarito Comentado: A: incorreta, pois somente nas terceirizações ilícitas há responsabilidade solidária. Nos casos de terceirização lícita a responsabilidade será subsidiária, súmula 331, item IV, do TST. B: incorreta, pois em se tratando de administração pública indireta, no caso apresentado uma empresa pública, a responsabilidade será subsidiária, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei 8.666/1993 (Lei de Licitações), especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. C: incorreta, pois embora não exista vínculo de emprego com o ente da administração pública, ela é parte legítima para figurar na relação processual, tendo em vista ter se beneficiado nos serviços prestados por Paulo. D: correta, pois reflete o entendimento disposto na súmula 331, item V, do TST. Questão 16: (OAB/Exame Unificado – 2014.1) Helena foi admitida em 12 de fevereiro de 2005 pela empresa Marca Refrigeração Ltda. e dispensada sem justa causa em 07 de julho de 2011. Com o advento da regulamentação do aviso-prévio proporcional ao tempo de serviço (Lei n. 12.506, de 13 de outubro de 2011), ela pretende o pagamento dessa nova vantagem atribuída à classe trabalhadora. A respeito desse caso, assinale a afirmativa correta. (A) Helena receberá aviso-prévio proporcional na razão de 45 dias. (B) Helena não receberá aviso-prévio proporcional. (C) Helena receberá aviso-prévio proporcional na razão de 42 dias. (D) Helena receberá aviso-prévio proporcional em razão da ultratividade da norma mais benéfica e pelo princípio da proteção. Gabarito Comentado: A alternativa “B” é a correta. Nos termos da súmula 441 do TST o direito ao aviso-prévio proporcional ao tempo de serviço somente é assegurado nas rescisões de contrato de trabalho ocorridas a partir da publicação da Lei 12.506, em 13 de outubro de 2011. Para as demissões ocorridas antes da publicação da Lei 12.506/2011, sob o manto do ato jurídico perfeito, devem ser aplicadas as regras do aviso-prévio de 30 dias. Questão 17: (OAB/Exame Unificado – 2013.2) Rodrigo foi admitido pela empresa Dona Confecções, a título de experiência, por 45 dias. No 35º dia após a admissão, Rodrigo foi vítima de um acidente do trabalho de média proporção, que o obrigou ao afastamento por 18 dias. De acordo com o entendimento do TST: (A) Rodrigo não poderá ser dispensado pois, em razão do acidente do trabalho, possui garantia no emprego, mesmo no caso de contrato a termo. (B) O contrato poderá ser rompido porque foi realizado por prazo determinado, de forma que nenhum fator, por mais relevante que seja, poderá elastecê-lo. (C) Rodrigo poderá ser desligado porque a natureza jurídica da ruptura não será resilição unilateral, mas caducidade contratual, que é outra modalidade de rompimento. (D) Rodrigo não pode ter o contrato rompido no termo final, pois em razão do acidente do trabalho sofrido, terá garantia no emprego até 5 meses após o retorno, conforme Lei previdenciária. Gabarito Comentado: A: correta, pois nos termos da Súmula 378, III, do TST o empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118 da Lei n. 8.213/1991; B: incorreta, pois o contrato não poderá ser rompido em razão da garantia de emprego assegurada ao empregado; C: incorreta, pois embora tenha ocorrido o término do prazo estipulado, Rodrigo não poderá ser desligado pois possui garantia de emprego, nos termos da Súmula 378, III, do TST; D: incorreta, pois embora, de fato, Rodrigo não possa ter seu contrato rompido, terá garantia de emprego por 12 meses nos termos do art. 118 da Lei 8.213/1991 e Súmula 378, III, do TST. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 18: (OAB/Exame Unificado – 2013.1) Em determinada reclamação trabalhista o juiz, à luz das provas produzidas, considera que a natureza jurídica da extinção contratual foi culpa recíproca (de ambas as partes). Para a hipótese, as alternativas a seguir apresentam direitos deferidos ao trabalhador, à exceção de uma. Assinale-a. (A) Metade do aviso-prévio. (B) Metade do 13º salário proporcional. (C) Seguro desemprego. (D) Indenização de 20% sobre o FGTS. Gabarito Comentado: A: incorreta, pois nos termos do art. 484 da CLT havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, a indenização que seria devida ao trabalhador em caso de culpa exclusiva do empregador, será reduzida pela metade, como o aviso-prévio. Nesse sentido veja a Súmula 14 do TST; B: incorreta, pois nos termos do art. 484 da CLT e Súmula 14 do TST o 13º salário proporcional será devido pela metade; C: correta, pois não é devido seguro-desemprego ocorrendo culpa recíproca. Nos termos do art. 2º, I, da Lei 7.998/1990 o seguro-desemprego é devido somente ao trabalhador desempregado em virtude de dispensa sem justa causa, inclusive a indireta, e ao trabalhador comprovadamente resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição análoga à de escravo; D: incorreta, pois nesse tipo de extinção, algumas parcelas são pagas na integralidade e outras pela metade, ou seja, 50%. Assim, ocorrendo culpa recíproca as verbas rescisórias ficariam da seguinte maneira: saldo de salário (integral), aviso-prévio (50%), 13º salário integral, 13º salário proporcional (50%), férias simples ou vencidas + adicional de 1/3(integral), férias proporcionais + adicional de 1/3 (50%), depósitos de FGTS de 8% sobre o salário (integral), multa de 40% sobre os depósitos do FGTS será pela metade, ou seja, 20%, liberação das guias para levantamento do FGTS (art. 18, § 2º, da Lei 8.036/1990). Questão 19: (OAB/Exame Unificado – 2012.3.A) Assinale a alternativa em que há, incontroversamente, responsabilidade solidária no âmbito trabalhista. (A) No contrato de empreitada, em relação ao dono da obra, quanto aos créditos dos empregados do empreiteiro. (B) No contrato de terceirização lícita, em relação ao tomador dos serviços, quanto aos créditos dos empregados da prestadora dos serviços. (C) Das partes vencidas nos dissídios coletivos, pelo valor das custas.(D) No contrato temporário, em relação ao tomador ou cliente, caso a empresa de trabalho temporário tenha a recuperação judicial deferida. Gabarito Comentado: A: incorreta, pois nos termos da OJ 191 da SDI-1 do TST a responsabilidade será solidária ou subsidiária; B: incorreta, pois nos termos da Súmula 331, item IV, do TST a responsabilidade será subsidiária. Somente quando se tratar de terceirização ilícita é que a responsabilidade será solidária; C: correta, pois reflete o disposto no art. 789, § 4º, da CLT; D: incorreta, pois nos termos do art. 16 da Lei 6.019/1974 somente haverá responsabilidade solidária em caso de falência da empresa de trabalho temporário. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 20: (OAB/Exame Unificado – 2012.2) João, após completar 21 anos e dois meses de vínculo jurídico de emprego com a empresa EGEST ENGENHARIA, foi injustificadamente dispensado em 11.11.2011. No mesmo dia, seu colega de trabalho José, que contava com 25 anos completos de vínculo de emprego na mesma empresa, também foi surpreendido com a dispensa sem justo motivo, sendo certo que o ex-empregador nada pagou a título de parcelas resilitórias a ambos. Um mês após a rescisão contratual, João e José ajuízam reclamação trabalhista, postulando, dentre outras rubricas, o pagamento de aviso-prévio. À luz da Lei n. 12.506/2011, introduzida no ordenamento jurídico em 11.10.2011, que regula o pagamento do aviso-prévio proporcional ao tempo se serviço, assinale a afirmativa correta. (A) João é credor do pagamento de aviso-prévio na razão de 93 dias, enquanto José fará jus ao pagamento de aviso-prévio de 105 dias. (B) Tanto João quanto José farão jus ao pagamento de aviso-prévio na razão de 90 dias. (C) Uma vez que ambos foram admitidos em data anterior à publicação da Lei n. 12.506/2011, ambos farão jus tão somente ao pagamento de aviso-prévio de 30 dias. (D) João é credor do pagamento de aviso-prévio na razão de 63 dias, enquanto José fará jus ao pagamento de aviso-prévio de 75 dias, uma vez que o aviso-prévio é calculado proporcionalmente ao tempo de serviço. Gabarito Comentado: A: incorreta, pois nos termos do art. 1º, parágrafo único, da Lei 12.506/2011 o aviso-prévio terá um período máximo de 90 (noventa dias); B: correta, pois como ambos trabalharam mais que 20 (vinte) anos, ambos terão aviso-prévio de 90 (noventa) dias. Importante lembrar que a Nota Técnica 184/2012 do Ministério do Trabalho e Emprego publicou uma tabela progressiva do período de aviso-prévio; C: incorreta, pois tendo ocorrida a demissão após o início da vigência da Lei 12.506/2011 deverá ser aplicada as regras dispostas na lei em debate. Nesse sentido veja a Nota Técnica 184/2012 do Ministério do Trabalho e emprego; D: incorreta. Veja comentários anteriores. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Alteração, suspensão e interrupção do contrato de trabalho Questão 01: (OAB/Exame XXXVI) A sociedade empresária Mangiare Bene, do ramo de serviços de alimentação, tem um plano de expansão em que pretende assumir as atividades de outros restaurantes, passando a deter a maioria do capital social destes. Preocupada com os contratos de trabalho dos futuros empregados, ela consulta você, na condição de advogado(a). Em relação à consulta feita, considerando a CLT em vigor, assinale a afirmativa correta. (A) A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da sociedade não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados, mas, em caso de sucessão de empregadores, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor. (B) A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados, mas, operando-se a sucessão de empregadores, as obrigações trabalhistas contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida serão de responsabilidade desta; já as obrigações trabalhistas posteriores à sucessão são de responsabilidade do sucessor. (C) Em caso de comprovação de fraude na sucessão de empregadores, a empresa sucessora responde como devedora principal, e a sucedida responderá subsidiariamente. (D) Em caso de sucessão trabalhista, esta implicará novação dos contratos de trabalho dos empregados admitidos antes da sucessão, de modo que poderão ocorrer alterações contratuais pelo atual empregador por se entender como novo contrato, respeitado apenas o tempo de serviço. Gabarito Comentado: A: correta, pois reflete a disposição dos arts. 448 e 448-A da CLT. B: incorreta, pois nos termos dos arts. 448 e 448-A da CLT todas as obrigações serão de responsabilidade do sucessor. C: incorreta, pois nos termos do art. 448-A, parágrafo único, da CLT a empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência. D: incorreta, pois a mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados, art. 448 da CLT. Questão 02: (OAB/Exame XXXVI) Sua cliente é uma empresa do setor calçadista com sede em Sapiranga, no Rio Grande do Sul, e lhe procurou indagando acerca da possibilidade de transferir alguns empregados para outras localidades. Diante disso, considerando o texto da CLT em vigor e o entendimento jurisprudencial consolidado do TST, assinale a afirmativa correta. (A) O empregado com contrato de trabalho no qual consta cláusula expressa de transferência decorrente de comprovada real necessidade de serviço obrigatoriamente deve aquiescer com a transferência, sendo tal concordância requisito indispensável para a validade da transferência. (B) Apenas serão consideradas transferências aquelas que acarretarem, necessariamente, a mudança de domicílio do empregado. (C) Em caso de necessidade de serviço, o empregador será livre para transferir o empregado provisoriamente, desde que com a aquiescência deste, sendo desnecessário o pagamento de qualquer outra vantagem ou benefício ao empregado, exceto a ajuda de custo para a mudança. (D) Havendo transferência provisória com o pagamento do respectivo adicional, as despesas resultantes da transferência serão do empregado, uma vez que já indenizada a transferência pelo adicional respectivo. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Gabarito Comentado: A: incorreta, pois havendo cláusula expressa de transferência e real necessidade do empregador, não é necessária a concordância do empregado, art. 469, § 1º, CLT. Veja também súmula 43 do TST. B: correta, pois reflete a disposição legal do art. 469, caput, da CLT. C: incorreta, pois nos termos da OJ 113 da SDI 1 do TST em se tratando de transferência provisória será devido adicional de transferência. D: incorreta, pois nos termos do art. 470 da CLT as despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador. Questão 03: (OAB/Exame XXXIV) Eduarda é auditora contábil e trabalha na sociedade empresarial Calculadora Certa Ltda., exercendo sua atividade junto aos vários clientes do seu empregador. Por necessidade de serviço, e tendo em vista a previsão expressa em seu contrato de trabalho, Eduarda será transferida por 4 (quatro) meses para um distante Estado da Federação, pois realizará a auditoria física no maior cliente do seu empregador. Considerando essa situação e os termos da CLT, assinale a afirmativa correta. (A) A transferência é nula, porque o empregado tem a expectativa de permanecer em um só lugar. (B) A empregada pode ser transferida e receberá um adicional de 10% (dez por cento), que será incorporado ao seu salário mesmo após o retorno. (C) A transferência somente será possível se houver prévia autorizaçãojudicial e, caso permitida, Eduarda fará jus a um adicional mínimo de 50% (cinquenta por cento). (D) Eduarda poderá ser transferida e terá direito a um adicional não inferior a 25% (vinte e cinco por cento) sobre seu salário, enquanto estiver na outra localidade. Gabarito Comentado: A transferência é lícita, tendo em vista a previsão contratual e a necessidade do serviço, art. 469, § 1º, CLT e súmula 43 do TST. É devido, ainda, adicional de transferência, pois o fato de existir previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional, pois o pressuposto legal apto a legitimar a percepção do adicional é a transferência provisória, nos termos da OJ 113 da SDI 1 do TST. Questão 04: (OAB/Exame XXXIII – 2020.3) Genilson e Carla trabalham como operadores de atendimento em uma sociedade empresária de telemarketing. Ambos possuem plano de saúde empresarial, previsto no regulamento interno e custeado integralmente pelo empregador, com direito a uma ampla rede credenciada e quarto particular em caso de eventual internação. Ocorre que a sociedade empresária, desejando reduzir seus custos, alterou o regulamento e informou seus empregados que o plano foi modificado, com redução significativa da rede credenciada e que, eventual internação hospitalar, seria feita em enfermaria – e não mais em quarto particular. Sobre a alteração efetuada e de acordo com a CLT, assinale a afirmativa correta. (A) A alteração não é válida para Genilson e Carla, porque só pode ser efetivada para aqueles admitidos após a mudança. (B) A alteração é válida para Genilson e Carla, porque o plano de saúde continuou a ser mantido, ainda que em condições diferentes. (C) A alteração somente será válida para os admitidos anteriormente à mudança. (D) A alteração, que alcança apenas os admitidos após a mudança, deve ser homologada judicialmente. Gabarito Comentado: A: correta. Isso porque, nos termos da súmula 51, I do TST as cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. B: incorreta, pois ainda que mantido o plano de saúde, as condições foram alteradas e, portanto, inválida. C: incorreta, pois a alteração não atingirá os admitidos anteriormente à mudança, súmula 51, I, TST. D: incorreta, pois a lei não exige homologação judicial para validade do regulamento de empresa. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 05: (OAB/Exame Unificado – 2020.2) Bruno era empregado em uma sociedade empresária, na qual atuava como teleoperador de vendas on-line de livros e artigos religiosos, usando, em sua estação de trabalho, computador e headset. Em determinado dia, o sistema de câmeras internas flagrou Bruno acessando, pelo computador, um site pornográfico por 30 minutos, durante o horário de expediente. Esse fato foi levado à direção no dia seguinte, que, indignada, puniu Bruno com suspensão por 40 dias, apesar de ele nunca ter tido qualquer deslize funcional anterior. Diante da situação apresentada e dos termos da CLT, assinale a afirmativa correta. (A) A punição, tal qual aplicada pela empresa, importa na rescisão injusta do contrato de trabalho. (B) A punição é compatível com a gravidade da falta, devendo Bruno retornar ao emprego após os 40 dias de suspensão. (C) A empresa deveria dispensar Bruno por justa causa, porque pornografia é crime, e, como não o fez, considera-se perdoada a falta. (D) A empresa errou, porque, sendo a primeira falta praticada pelo empregado, a Lei determina que se aplique a pena de advertência. Gabarito Comentado: A suspensão do empregado não pode ser superior a 30 dias. Assim, nos termos do art. 474 da CLT a suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos importa na rescisão injusta do contrato de trabalho. Questão 06: (OAB/Exame Unificado – 2019.3) João e Maria são casados e trabalham na mesma empresa, localizada em Fortaleza/CE. Maria ocupa cargo de confiança e, por absoluta necessidade do serviço, será transferida para Porto Alegre/RS, lá devendo fixar residência, em razão da distância. Diante da situação retratada e da legislação em vigor, assinale a afirmativa correta. (A) A transferência não poderá ser realizada, porque o núcleo familiar seria desfeito, daí ser vedada por Lei. (B) A transferência poderá ser realizada, mas, como o casal ficará separado, isso deverá durar, no máximo, 1 ano. (C) João terá direito, pela CLT, a ser transferido para o mesmo local da esposa e, com isso, manter a família unida. (D) Não há óbice para a transferência, que poderá ser realizada sem que haja obrigação de a empresa transferir João. Gabarito Comentado: A: incorreta, pois por possuir cargo de confiança e necessidade de serviço a alteração poderá ser feita, art. 469, § 1º, CLT. B: incorreta, pois não há tal previsão na lei. Veja art. 469 da CLT. C: incorreta, pois a alteração do local de trabalho é permitida no caso em análise. D: correta, pois nos termos do art. 469, § 1º, da CLT a alteração do local de trabalho é permitida. Questão 07: (OAB/Exame Unificado – 2020.1) Enzo é professor de Matemática em uma escola particular, em que é empregado há 8 anos. Após 2 anos de namoro e 1 ano de noivado, irá se casar com Carla, advogada, empregada em um escritório de advocacia há 5 anos. Sobre o direito à licença pelo casamento, de acordo com a CLT, assinale a afirmativa correta. (A) O casal poderá faltar aos seus empregos respectivos por até 3 dias úteis para as núpcias. (B) Carla, por ser advogada, terá afastamento de 5 dias e Enzo, por ser professor, poderá faltar por 2 dias corridos. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 (C) Enzo poderá faltar ao serviço por 9 dias, enquanto Carla poderá se ausentar por 3 dias consecutivos. (D) Não há previsão específica, devendo ser acertado o período de afastamento com o empregador, observado o limite de 10 dias. Gabarito Comentado: Por se professor Enzo terá 9 dias de licença remunerada por conta do matrimônio, nos termos do art. 320 da CLT. Já Carla, por ser advogada terá direito a 3 dias consecutivos de licença remunerada em razão do casamento, art. 473, II, CLT. Questão 08: (OAB/Exame Unificado – 2017.1) Célio e Paulo eram funcionários da sociedade empresária Minério Ltda. e trabalhavam no município do Rio de Janeiro. Por necessidade de serviço, eles foram deslocados para trabalhar em outros municípios. Célio continuou morando no mesmo lugar, porque o município em que passou a laborar era contíguo ao Rio de Janeiro. Paulo, no entanto, mudou-se definitivamente, com toda a família, para o município em que passou a trabalhar, distante 350 km do Rio de Janeiro. Dois anos depois, ambos foram dispensados. A sociedade empresária nada pagou aos funcionários quando das transferências de locais de trabalho, salvo a despesa com a mudança de Paulo. Ambos ajuizaram ações trabalhistas. A partir da hipótese sugerida, assinale a afirmativa correta. (A) Célio e Paulo não têm direito ao adicional de transferência. (B) Apenas Paulo tem direito ao adicional de transferência. (C) Apenas Célio tem direito ao adicional de transferência. (D) Ambos têm direito ao adicional de transferência. Gabarito Comentado: A: é a opção correta. Célio não terá direito ao adicional de transferência na medida em que não se considera transferência aquela que não acarrete mudança no domicílio do obreiro, art. 469, parte final, da CLT. Célio terá direito a suplemento salarial correspondente ao acréscimo da despesa de transporte, nos termos da súmula 29 do TST. Paulo não terá direito ao adicional de transferência na medida em que sua transferência foi definitiva o que não acarreta direito a tal adicional. Somente a transferência provisóriaé que assegura ao empregado o adicional de transferência, nos termos do art. 469, § 3º, da CLT e da OJ 113 da SDI 1 do TST. HC Questão 09: (OAB/Exame Unificado – 2016.3) Paula e Joyce são empregadas de uma mesma sociedade empresária. O irmão de Paula faleceu e o empregador não autorizou sua ausência ao trabalho. Vinte dias depois, Joyce se casou e o empregador também não autorizou sua ausência ao trabalho em nenhum dia. Como advogado(a) das empregadas, você deverá requerer: (A) em ambos os casos, a ausência ao trabalho por três dias consecutivos. (B) um dia de ausência ao trabalho para Paula e de três dias para Joyce. (C) a ausência ao trabalho por dois dias consecutivos, no caso de Paula e, de até três dias, para Joyce. (D) a ausência ao trabalho por dois úteis dias no caso de Paula e, de até três dias úteis, para Joyce. Gabarito Comentado: “C” é a resposta correta. Isso porque, por conta do falecimento de seu irmão, Paula poderia deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário por 2 dias, conforme art. 473, I, da CLT. Já Joyce poderia deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário por 3 dias em virtude de seu casamento, nos termos do art. 473, II, da CLT. HC Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 10: (OAB/Exame Unificado – 2016.2) Após ter sofrido um acidente do trabalho reconhecido pela empresa, que emitiu a competente CAT, um empregado afastou-se do serviço e passou a receber auxílio- doença acidentário. Sobre a situação descrita, em relação ao período no qual o empregado recebeu benefício previdenciário, assinale a afirmativa correta. (A) A situação retrata caso de suspensão contratual e a empresa ficará desobrigada de depositar o FGTS na conta vinculada do trabalhador. (B) Ocorrerá interrupção contratual e a empresa continua com a obrigação de depositar o FGTS para o empregado junto à CEF. (C) Ter-se-á suspensão contratual e a empresa continuará obrigada a depositar o FGTS na conta vinculada do trabalhador. (D) Haverá interrupção contratual e a empresa estará dispensada de depositar o FGTS na conta vinculada do trabalhador. Gabarito Comentado: “C” é a opção correta. Note que o enunciado da questão aponta no sentido de que o empregado foi afastado e passou a receber o auxílio-doença acidentário, benefício previdenciário pago ao segurado que se afastar por mais de 15 dias de seu trabalho em razão de acidente do trabalho, art. 59 da Lei 8.213/1991. Em outras palavras, a partir do 16º dia de afastamento o empregado passa a receber citado benefício (art. 60 da Lei 8.213/1991) e consequentemente, deixa de receber o salário pela empresa. Esse período é considerado como tempo de trabalho, sendo devido o FGTS, art. 15, § 5º, da Lei 8.036/1990. Assim, entende a corrente majoritária ser hipótese de suspensão do contrato, pois a principal obrigação da empresa está suspensa. Questão 11: (OAB/Exame Unificado – 2016.2) Joana é empregada da sociedade empresária XYZ Ltda., que possui diversas filiais em sua cidade. Como trabalha na filial a 100 m de sua residência, não optou pelo vale- transporte. Dois anos depois, por ato unilateral do empregador, foi transferida para uma filial localizada a 30 km de sua residência. Para chegar ao local de trabalho necessita utilizar duas linhas de ônibus que têm custos distintos. Com base no caso apresentado, assinale a afirmativa correta. (A) Como Joana não optou por receber o vale-transporte, deverá custear suas despesas de transporte ou utilizar meio alternativo. (B) A empresa deverá custear apenas uma tarifa modal de transporte, de acordo com a lei do vale- transporte. (C) Como o local de residência de Joana é o problema, porque não é servido por transporte público regular, a empresa está obrigada a pagar apenas a tarifa modal. (D) Se Joana é transferida por determinação do empregador para local mais distante, tem direito de receber o acréscimo que terá na despesa com transporte. Gabarito Comentado: “D” é a opção correta. Nos termos do art. 469 da CLT a transferência é lícita, pois não ocasionou na mudança de domicílio do empregado. Contudo, estabelece a súmula 29 do TST que o empregado transferido, por ato unilateral do empregador, para local mais distante de sua residência, tem direito a suplemento salarial correspondente ao acréscimo da despesa de transporte. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 12: (OAB/Exame Unificado – 2016.1) Jonilson trabalhava na sociedade empresária XYZ Ltda. e atuava como analista financeiro. Mostrando bom desempenho, o empregador o promoveu ao cargo de confiança de gerente financeiro e, dali em diante, passou a lhe pagar, além do salário, uma gratificação de função de 50% do salário. Oito anos após, a empresa resolveu retornar Jonilson ao cargo de origem e suprimiu a gratificação de função. Diante da situação apresentada, nos termos da CLT, assinale a afirmativa correta. (A) Uma alteração desse vulto necessitaria de ordem judicial, a ser declarada em ação revisional. (B) A reversão é válida, pois não há estabilidade em cargos de gerência. (C) Pode haver a reversão, mas a gratificação de função não pode ser suprimida. (D) A alteração contratual é nula, tratando-se na verdade de rebaixamento. Gabarito Comentado: A: opção incorreta, pois a alteração do contrato de trabalho está disposta no art. 468 da CLT, não havendo necessidade de autorização judicial, mas sim consentimento mútuo e ausência de prejuízo direto e indireto ao empregado. B: opção correta, pois nos termos do art. 46.8, § 1º, da CLT não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança; C: opção incorreta. Isso porque, de acordo com a redação do art. 468, § 2º, da CLT o retorno do empregado ao cargo anteriormente ocupado não lhe assegura o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função. Vide comentário anterior. D: opção incorreta, pois nos termos do art. 468 da CLT a alteração é válida. Questão 13: (OAB/Exame Unificado – 2015.3) Reinaldo trabalha em uma empresa cujo regulamento interno prevê que o empregador pagará a conta de telefone celular do empregado, até o limite de R$ 150,00 mensais. Posteriormente, havendo crise no setor em que a empresa atua, o regulamento interno foi expressamente alterado para constar que, dali em diante, a empresa arcará com a conta dos celulares dos empregados até o limite de R$ 50,00 mensais. De acordo com o entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta. (A) O regulamento interno é ato unilateral de vontade do empregador, que poderá modificá-lo a qualquer momento, daí por que não há direito adquirido e a nova condição alcança Reinaldo. (B) A alteração somente é válida para aqueles que foram admitidos anteriormente à mudança e não prevalece para os que forem contratados após a mudança. (C) A alteração é válida, mas só alcança aqueles admitidos posteriormente à mudança, não podendo então alcançar a situação de Reinaldo. (D) A alteração feita pela empresa é ilegal, pois, uma vez concedida a benesse, ela não pode ser retirada em momento algum e para nenhum empregado, atual ou futuro. Gabarito Comentado: A: opção incorreta, pois o regulamento interno da empresa é considerado uma fonte formal autônoma do direito, uma vez existente, as normas ali contidas aderem ao contrato de trabalho, criando direito adquirido. Ademais, nos termos do art. 468 da CLT as alterações no contrato de trabalho somente poderão ser feitas por mútuo consentimento desde que não represente prejuízo direto o indireto ao empregado. B: opção incorreta, pois de acordocontraria a disposição contida na súmula 51, I, TST. C: opção correta, pois nos termos da súmula 51, I, do TST as cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. Portanto, não poderá alcançar Reinaldo, sendo aplicada somente para os empregados admitidos após a mudança. D: opção incorreta, pois o benefício poderá ser retirado, mas respeitando o direito adquirido dos empregados admitidos anteriormente à mudança, alcançando apenas os empregados admitidos após a alteração, súmula 51, I, TST. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 14: (OAB/Exame Unificado – 2015.2) Maria trabalha para a sociedade empresária Alfa S.A. como chefe de departamento. Então, é informada pelo empregador que será transferida de forma definitiva para uma nova unidade da empresa, localizada em outro estado da Federação. Para tanto, Maria, obrigatoriamente, terá de alterar o seu domicílio. Diante da situação retratada e do entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta. (A) Maria receberá adicional de, no mínimo, 25%, mas tal valor, por ter natureza indenizatória, não será integrado ao salário para fim algum. (B) A empregada não fará jus ao adicional de transferência porque a transferência é definitiva, o que afasta o direito. (C) A obreira terá direito ao adicional de transferência, mas não à ajuda de custo, haja vista o caráter permanente da alteração. (D) Maria receberá adicional de transferência de 25% do seu salário enquanto permanecer na outra localidade. Gabarito Comentado: A: opção incorreta, pois somente a transferência provisória enseja pagamento de adicional de transferência, nos termos do art. 469, § 3º, da CLT e OJ 119 SDI 1 do TST. Veja. B: opção correta, pois reflete o entendimento disposto no art. 469, § 3º, da CLT que ensina ser devido o adicional de transferência de 25% somente enquanto durar a transferência, que nos leva a saber que se trata de uma transferência provisória. Nesse mesmo sentido ensina a OJ 119 da SDI 1 do TST. C: opção incorreta, pois por se tratar de transferência definitiva a obreira não fará jus ao adicional de transferência de 25% que somente será devido na transferência provisória. Por outro lado, que seja na transferência provisória, seja na definitiva, o empregador deverá pagar um acréscimo ao salário do obreiro visando custear as despesas dessa transferência, na medida em que representam gastos por parte do obreiro, veja súmula 29 do TST. D: opção incorreta, pois embora a assertiva transcreva o § 3º do art. 469 da CLT que cuida da transferência provisória do empregado, o enunciado da questão trata de transferência definitiva, o que afasta o direito à percepção do adicional. Questão 15: (OAB/Exame Unificado – 2013.1) O empregado afastado por incapacidade laborativa, recebendo auxílio-doença previdenciário por trinta dias, tem garantido legalmente o direito (A) à estabilidade provisória por, no mínimo, doze meses após a cessação do auxílio-doença acidentário. (B) de exigir de seu empregador os depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço correspondentes ao período em que ficou afastado. (C) de exigir de seu empregador o pagamento de complementação do benefício previdenciário para manter o valor do salário que recebia antes do afastamento previdenciário. (D) de gozar férias de trinta dias após período de 12 (doze)meses de vigência do contrato de trabalho. Gabarito Comentado: A: incorreta, pois nos termos do art. 118 da Lei 8.213/1991 o empregado terá direito à estabilidade provisória após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente da percepção de auxílio-acidente. Auxílio-doença acidentário é um benefício devido em razão de afastamento do trabalho por motivo de acidente do trabalho, do qual resultou incapacidade temporária para o trabalhador. Já o auxílio- acidente é um benefício, concedido ao segurado que, após a alta do auxílio-doença acidentário, constatar que é portador de lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza. Veja art. 59 da Lei 8.213/1991; B: incorreta, pois, por ser considerada suspensão do contrato de trabalho, não são devidos os depósitos fundiários do FGTS. Somente nos casos de interrupção do contrato de trabalho, ou seja, acidente de trabalho ou doença até o 15º dia, tendo em vista que o pagamento dos primeiros 15 (quinze) dias de ausência é de responsabilidade do empregador, em conformidade com o art. 60, § 3º, da Lei 8.213/1991. C: incorreta, pois para que possa exigir do empregador a complementação é necessária previsão em contrato de trabalho ou em negociação coletiva. D: correta, pois nos termos do art. 133, IV, da CLT somente perderia o direito às férias se tivesse percebido do INSS prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 16: (OAB/Exame Unificado – 2012.3.B) No curso do período aquisitivo, o empregado não adquire o direito à fruição de férias se (A) permanecer em fruição de licença remunerada por mais de 30 (trinta) dias. (B) tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxílio-doença por 3 (três) meses, mesmo que descontínuos. (C) tiver 30 (trinta) faltas. (D) optar por converter suas férias em abono pecuniário. Gabarito Comentado: A: correta, pois reflete o disposto no art. 133, II, da CLT; B: incorreta, pois nos termos do art. 133, IV, da CLT o período é de 6 (seis) meses; C: incorreta, pois nos termos do art. 130, IV, da CLT se o empregado tiver 30 faltas no período aquisitivo terá direito a 12 dias corridos de férias; D: incorreta, pois poderá ser convertido somente 1/3 do período de férias, nos termos do art. 143 da CLT. Questão 17: (OAB/Exame Unificado – 2012.3.A) Após sofrer um acidente automobilístico de gravíssimas proporções enquanto viajava a lazer, o empregado Pedro foi aposentado por invalidez pelo INSS. Assinale a alternativa que indica o efeito desse fato no seu contrato de trabalho. (A) O contrato de Pedro será interrompido. (B) O contrato de Pedro será suspenso. (C) O contrato de Pedro será extinto. (D) O contrato de Pedro continuará em vigor e ele terá todos os direitos trabalhistas assegurados. Gabarito Comentado: A letra correta é a “B”, pois a aposentadoria por invalidez é uma hipótese de suspensão do contrato de trabalho, nos termos do art. 475 da CLT. Na suspensão do contrato de trabalho, as obrigações contratuais são suspensas para ambos os contratantes. Questão 18: (OAB/Exame Unificado – 2012.2) Um determinado empregador paga os salários dos seus empregados no primeiro dia útil do mês seguinte ao vencido. Encontrando-se em situação financeira delicada, pretende passar a honrar esta obrigação no 5º dia útil do mês subsequente ao vencido, como normalmente fazem os seus concorrentes. A partir da hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. (A) A alteração contratual, por ser lesiva à classe trabalhadora, é inválida diante do princípio da proteção. (B) A alteração é válida, pois a nova data pretendida encontra-se no limite legal. (C) A alteração somente pode ser realizada se houver previsão em acordo coletivo. (D) A alteração de data somente prevalecerá para os admitidos posteriormente à mudança pretendida. Gabarito Comentado: A: incorreta, pois de acordo com o posicionamento adotado pelo TST na OJ 159 da SDI- 1 não se considerada ilícita a alteração da data para pagamento dos salários se este ocorrer até o 5º dia útil do mês subsequente, prazo estipulado no art. 459, § 1º, da CLT; B: correta, pois reflete o entendimento disposto na OJ 159 da SDI-1 do TST; C: incorreta, pois a mudança da datapara pagamento de salários, feita dentro do prazo determinado pelo art. 459, § 1º, da CLT, de acordo com o entendimento do TST, está protegida pelo jus variandi do empregador, não se considerando alteração ilícita. D: incorreta, pois por ser considerada válida, a alteração prevalecerá para todos os empregados da empresa. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 19: (OAB/Exame Unificado – 2011.3.B) A respeito das alterações no contrato de trabalho, assinale a alternativa correta. (A) Nos contratos individuais de trabalho, só é lícita a alteração com a interveniência do sindicato da categoria dos empregados, nos termos da CRFB, que autoriza a flexibilização, desde que por acordo ou convenção coletiva. (B) Desde que por mútuo consentimento, as alterações dos contratos serão lícitas, pois se prestigia a livre manifestação de vontade das partes. (C) Nos contratos individuais de trabalho, a alteração só será lícita se de comum acordo entre as partes e desde que não resultem qualquer tipo de prejuízo ao empregado. (D) A alteração do turno diurno de trabalho para o noturno será lícita, mediante a concordância do empregado, pois é mais benéfica a ele, já que a hora noturna é menor que a diurna e há pagamento de adicional de 20%. Gabarito Comentado: A: incorreta, pois não é exigida a presença de sindicatos para alterações no contrato de trabalho. Veja art. 468 da CLT; B: incorreta, pois além do mútuo consentimento a alteração não pode ocasionar prejuízos, diretos ou indiretos ao empregado; C: correta, pois reflete o disposto no art. 468 da CLT; D: incorreta, pois a mudança do horário diurno para o noturno está dentro do poder de direção do empregador, que deverá observar o disposto no art. 468 da CLT, ou seja, concordância do empregado e ausência de prejuízo direito ou indireto. O trabalho noturno não pode ser considerado mais benéfico do que o trabalho diurno em razão do adicional estipulado por lei. Nos casos de transferência do horário noturno para o diurno, a jurisprudência do TST entende que esta mudança é mais benéfica ao trabalhador, ainda que perca o adicional noturno. Nesse sentido Súmula 265 do TST. Questão 20: (OAB/Exame Unificado – 2010.3) Relativamente à alteração do contrato de trabalho, é correto afirmar que (A) o empregador pode, sem a anuência do empregado exercente de cargo de confiança, transferi-lo, com mudança de domicílio, para localidade diversa da que resultar do contrato, independentemente de real necessidade do serviço. (B) é considerada alteração unilateral vedada em lei a determinação ao empregador para que o empregado com mais de 10 (dez) anos na função reverta ao cargo efetivo. (C) o adicional de 25% é devido nas transferências provisórias e definitivas. (D) o empregador pode, sem a anuência do empregado cujo contrato tenha como condição, implícita ou explícita, transferi-lo, com mudança de domicílio, para localidade diversa da que resultar do contrato, no caso de real necessidade do serviço. Gabarito Comentado: A: incorreta, pois embora possa ser transferido sem a anuência do empregado, deverá haver a real necessidade, em conformidade com o art. 469, § 1º, da CLT; B: incorreta, pois a reversão do trabalhador ao cargo efetivo não é considerada vedada. Nos termos do art. 468, § 2º, da CLT havendo mudança, não se assegura ao empregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função; C: incorreta, pois somente em caso de transferência provisória é devido o adicional de 25%. Veja, também, a OJ 113 SDI-1 do TST e art. 469, § 3º; D: correta, pois reflete o disposto no art. 469, § 1º, da CLT. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Jornada de Trabalho Questão 01: (OAB/Exame XXXVI) Gael foi contratado pela Sociedade Empresária Aldeia da Pipoca Ltda. em fevereiro de 2022 como cozinheiro. No contrato de trabalho de Gael, há uma cláusula prevendo que a jornada de trabalho será de 8 horas diárias de 2ª a 6ª feira, com intervalo de 1 hora, e de 4 horas aos sábados, sem intervalo. Na mesma cláusula, há previsão de que, havendo realização de horas extras, elas irão automaticamente para um banco de horas e deverão ser compensadas em até 5 meses. Em conversas informais com os colegas, Gael ficou sabendo que não existe nenhuma previsão de banco de horas em norma coletiva da sua categoria profissional. Considerando a situação retratada e os termos da CLT, assinale a afirmativa correta. (A) Trata-se de cláusula nula, porque a instituição do banco de horas precisa ser feita em convenção coletiva de trabalho. (B) É possível a pactuação individual do banco de horas desde que a compensação seja feita em até 12 meses. (C) A cláusula é válida, porque a compensação ocorrerá em menos de 6 meses, cabendo acerto individual com o empregado para a instituição do banco de horas. (D) Trata-se de cláusula nula, porque a instituição do banco de horas precisa ser feita em acordo coletivo de trabalho. Gabarito Comentado: No presente caso as horas extras trabalhadas em excesso deverão ser compensadas em até 5 meses. Sendo assim, dispõe o art. 59, § 5º, da CLT que poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses. Dessa forma, a cláusula se mostra plenamente válida. Questão 02: (OAB/Exame XXXV) Rogéria trabalha como eletricista na companhia de energia elétrica da sua cidade, cumprindo jornada diária de 6 horas, de 2ª a 6ª feira, com intervalo de 1 hora para refeição. Em um sábado por mês, Rogéria precisa permanecer na sede da companhia por 12 horas para atender imediatamente a eventuais emergências (queda de energia, estouro de transformador ou outras urgências). Para isso, a empresa mantém um local reservado com cama, armário e espaço de lazer, até porque não se sabe se haverá, de fato, algum chamado. De acordo com a CLT, assinale a opção que indica a denominação desse período no qual Rogéria permanecerá na empresa aguardando eventual convocação para o trabalho e como esse tempo será remunerado. (A) Sobreaviso; será pago na razão de 1/3 do salário normal. (B) Prontidão; será pago na razão de 2/3 do salário-hora normal. (C) Hora extra; será pago com adicional de 50%. (D) Etapa; será pago com adicional de 100%. Gabarito Comentado: O período é considerado como de prontidão que caracteriza-se pelo fato de o empregado permanecer, fora de seu horário habitual de trabalho, nas dependências do empregador ou em local por ele determinado, aguardando ordens de serviço, em local destinado para descanso. Vale dizer que com relação aos ferroviários, nos termos do art. 244, § 3º, da CLT considera-se de “prontidão” o empregado que ficar nas dependências da estrada, aguardando ordens. A escala de prontidão será, no máximo, de doze horas. As horas de prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de 2/3 (dois terços) do salário-hora normal. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Já o “sobreaviso” nos termos da súmula 428, item II, do TST considera-se o empregado que, à distância e submetido a controle patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados, permanecer em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante o período de descanso. Vale dizer que em relação aos ferroviários a CLT ensina em seu art. 244, § 4º Considera-se de “sobreaviso” o empregado efetivo, que permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de “sobreaviso” será, no máximo, de vinte e quatro horas, As horas de “sobreaviso”, para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do salárionormal. Questão 03: (OAB/Exame XXXIV) Rita trabalha, desde a contratação, das 22h às 5h, como recepcionista em um hospital. Tendo surgido uma vaga no horário diurno, a empresa pretende transferir Rita para o horário diurno. Diante disso, de acordo com o entendimento consolidado da jurisprudência do TST, assinale a afirmativa correta. (A) A alteração do turno de trabalho do empregado é vedada, pois implica redução remuneratória pela perda do respectivo adicional. (B) A alteração do turno noturno para o diurno é lícita, mesmo com a supressão do adicional noturno. (C) A alteração de turno depende do poder diretivo do empregador, mas o adicional noturno não pode ser suprimido. (D) A alteração do turno de trabalho será lícita, desde que haja a incorporação definitiva do adicional ao salário de Rita. Gabarito Comentado: O adicional pago ao empregado em labor noturno denomina-se “salário-condição”, ou seja, tal parcela integra o salário do empregado, mas não se incorpora de maneira definitiva. Nessa linha, a súmula 265 do TST ensina que a transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno. Questão 04: (OAB/Exame XXXIV) Milton possui uma fábrica de massas que conta com 23 (vinte e três) empregados. Em fevereiro de 2021, Milton conversou individualmente com cada empregado e propôs, para trazer maior agilidade, que dali em diante cada qual passasse a marcar ponto por exceção, ou seja, só marcaria a eventual hora extra realizada. Assim, caso a jornada fosse cumprida dentro das 8 (oito) horas diárias, não haveria necessidade de marcação. Diante da concordância, foi feito um termo individual para cada empregado, que foi assinado. Sobre a hipótese apresentada, de acordo com o disposto na CLT, assinale a afirmativa correta. (A) O acordo é inválido, porque somente poderia ser feito por norma coletiva, e não individual. (B) O acerto é válido, porque o registro de ponto por exceção à jornada regular de trabalho pode ser feito por meio de acordo individual. (C) A alteração, para ter validade, depende da homologação do Poder Judiciário, por meio de uma homologação de acordo extrajudicial. (D) Para o acerto da marcação por exceção, é obrigatória a criação de uma comissão de empregados, que irá negociar com o empregador, e, em contrapartida, a empresa deve conceder alguma vantagem. Gabarito Comentado: A: incorreta, pois nos termos do art. 74, § 4º, da CLT a utilização de registro de ponto por exceção poderá ser acordada mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. B: correta, pois nos termos do art. 74, § 4º, da CLT a utilização de registro de ponto por exceção poderá ser acordada mediante acordo individual escrito. C: incorreta, não há tal exigência legal, vide art. 74, § 4º, CLT. D: incorreta, não há tal exigência legal, vide art. 74, § 4º, CLT. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 05: (OAB/Exame XXXIV) Determinada sociedade empresária propôs, em 2022, a um grupo de candidatos a emprego, um contrato de trabalho no qual a duração máxima seria de 30 (trinta) horas semanais, sem a possibilidade de horas extras. Como alternativa, propôs um contrato com duração de 26 (vinte e seis) horas semanais, com a possiblidade de, no máximo, 6 (seis) horas extras semanais. Um dos candidatos consultou você, na qualidade de advogado(a), sobre os contratos de trabalho oferecidos. Assinale a opção que apresenta, corretamente, sua resposta. (A) Os dois casos apresentam contratos de trabalho em regime de tempo parcial. (B) No primeiro caso, trata-se de contrato de trabalho em regime de tempo parcial; no segundo, trata-se de contrato de trabalho comum, dada a impossibilidade de horas extras nessa modalidade contratual. (C) Os dois casos não são contratos em regime de tempo parcial, já que o primeiro excede o tempo total de horas semanais e, o segundo, contém horas extras, o que não é cabível. (D) Não se trata de contrato por tempo parcial, pois, na hipótese, admite-se tempo inferior ao limite máximo, quando na modalidade de regime por tempo parcial os contratos só poderão ter 30 (trinta) ou 26 (vinte e seis) horas. Gabarito Comentado: Previsto no art. 58-A da CLT, o regime de tempo parcial é aquele cuja duração não exceda a 30 horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a 26 horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais. Dessa forma, ambos os contratos propostos se mostram legítimos contratos de trabalho por tempo parcial. Questão 06: (OAB/Exame Unificado – 2019.2) Fábio trabalha em uma mineradora como auxiliar administrativo. A sociedade empresária, espontaneamente, sem qualquer previsão em norma coletiva, fornece ônibus para o deslocamento dos funcionários para o trabalho, já que ela se situa em local cujo transporte público modal passa apenas em alguns horários, de forma regular, porém insuficiente para a demanda. O fornecimento do transporte pela empresa é gratuito, e Fábio despende cerca de uma hora para ir e uma hora para voltar do trabalho no referido transporte. Além do tempo de deslocamento, Fábio trabalha em uma jornada de 8 horas, com uma hora de pausa para repouso e alimentação. Insatisfeito, ele procura você, como advogado(a), a fim de saber se possui algum direito a reclamar perante a Justiça do Trabalho. Considerando que Fábio foi contratado em dezembro de 2017, bem como a legislação em vigor, assinale a afirmativa correta. (A) Fábio faz jus a duas horas extras diárias, em razão do tempo despendido no transporte. (B) Fábio não faz jus às horas extras, pois o transporte fornecido era gratuito. (C) Fábio faz jus às horas extras, porque o transporte público era insuficiente, sujeitando o trabalhador aos horários estipulados pelo empregador. (D) Fábio não faz jus a horas extras, porque o tempo de transporte não é considerado tempo à disposição do empregador. Gabarito Comentado: “D” é a resposta correta. Isso porque o enunciado trata do instituto denominado horas in itinere, sobre o qual o art. 58, § 2º, da CLT dispõe que o tempo gasto pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador. Por essa razão Fábio não fará jus ao pedido de horas extras. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 07: (OAB/Exame Unificado – 2019.1) Você, como advogado(a), foi procurado por Pedro para ajuizar ação trabalhista em face da ex-empregadora deste. Pedro lhe disse que após encerrar o expediente e registrar o efetivo horário de saída do trabalho, ficava na empresa em razão de eventuais tiroteios que ocorriam na região. Nos meses de verão, ocasionalmente, permanecia na empresa para esperar o escoamento da água decorrente das fortes chuvas. Diariamente, após o expediente, havia culto ecumênico de participação voluntária e, dada sua atividade em setor de contaminação radioativa, era obrigado a trocar de uniforme na empresa, o que levava cerca de 20 minutos. Considerando o labor de Pedro, de 10/12/2017 a 20/09/2018, e a atual legislação em vigor, assinale a afirmativa correta. (A) Apenas o período de troca de uniforme deve ser requerido como horário extraordinário. (B) Todo o tempo que Pedro ficava na empresa gera hora extraordinária, devendo ser pleiteado como tal em sede de ação trabalhista. (C) Nenhuma das hipóteses gera labor extraordinário. (D) Como apenas a questão religiosa era voluntária, somente essa não gera horário extraordinário. Gabarito Comentado: A: correta. Nos termos do art. 4º,§ 2º, VIII, da CLT, a troca de uniforme não será considerada como tempo à disposição quando não for obrigatório seu uso. Assim, sendo obrigatória a troca, será considerada como tempo à disposição do empregador, devendo ser computado na jornada de trabalho do empregado; B: incorreta, pois o tempo que permanecia na empresa por conta dos tiroteios, chuvas e culto, na forma do art. 4º, § 2º e inciso I, da CLT não é considerado tempo à disposição do empregador; C: incorreta, pois a troca de uniforme irá gerar labor extraordinário, art. 4º, § 2º, VIII, da CLT; D: incorreta, pois a permanência por escolha própria nas dependências da empresa para atividade religiosa não é considerada tempo à disposição, art. 4º, § 2º, I, da CLT. Questão 08: (OAB/Exame Unificado – 2019.1) Rita de Cássia é enfermeira em um hospital desde 10/01/2018, no qual trabalha em regime de escala de 12x36 horas, no horário das 7.00 às 19.00 horas. Tal escala encontra- se prevista na convenção coletiva da categoria da empregada. Alguns plantões cumpridos por Rita de Cássia coincidiram com domingos e outros, com feriados. Em razão disso, a empregada solicitou ao seu gestor que as horas cumpridas nesses plantões fossem pagas em dobro. Sobre a pretensão da empregada, diante do que preconiza a CLT, assinale a afirmativa correta. (A) Ela fará jus ao pagamento com adicional de 100% apenas nos feriados. (B) Ela não terá direito ao pagamento em dobro nem nos domingos nem nos feriados. (C) Ela terá direito ao pagamento em dobro da escala que coincidir com o domingo. (D) Ela receberá em dobro as horas trabalhadas nos domingos e feriados. Gabarito Comentado: “B” é a opção correta. Nos termos do art. 59-A da CLT, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, é permitido às partes estabelecer horário de trabalho de 12 horas seguidas por 36 horas ininterruptas de descanso, devendo ser observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. Contudo, o parágrafo único do mesmo dispositivo legal ensina que a remuneração mensal pactuada pelo horário acima estabelecido já abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, sendo considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno. Importante notar que o enunciado indicou a data de “10/01/2018”, devendo, portanto ser aplicadas as regras estabelecidas pela nova legislação trabalhista, Lei 13.467/2017. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 09: (OAB/Exame Unificado – 2018.3) Renato trabalha na empresa Ramos Santos Ltda. exercendo a função de técnico de manutenção. De segunda a sexta-feira, ele trabalha das 8h às 17h, com uma hora de almoço, e, aos sábados, das 8h às 12h, sem intervalo. Ocorre que, por reivindicação de alguns funcionários, a empresa instituiu um culto ecumênico toda sexta-feira, ao final do expediente, cujo comparecimento é facultativo. O culto ocorre das 17h às 18h, e Renato passou a frequentá-lo. Diante dessa situação, na hipótese de você ser procurado como advogado(a) em consulta formulada por Renato sobre jornada extraordinária, considerando o enunciado e a legislação trabalhista em vigor, assinale a afirmativa correta. (A) Renato não faz jus a qualquer valor de horas extras. (B) Renato tem direito a uma hora extra semanal, pois o culto foi instituído pela empregadora. (C) Renato tem direito a uma hora extra diária, de segunda a sexta-feira, em razão do horário de trabalho das 8h às 17h. (D) Renato tem direito a nove horas extras semanais, sendo cinco de segunda a sexta-feira e mais as 4 aos sábados. Gabarito Comentado: “A” é a opção correta. Isso porque, nos termos do art. 4º, § 2º, I, da CLT o exercício de práticas religiosas por escolha própria do empregado não se considera tempo à disposição do empregador, não sendo computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 da CLT. Questão 10: (OAB/Exame Unificado – 2018.2) Felisberto foi contratado como técnico pela sociedade empresária Montagens Rápidas Ltda., em janeiro de 2018, recebendo salário correspondente ao mínimo legal. Ele não está muito satisfeito, mas espera, no futuro, galgar degraus dentro da empresa. O empregado em questão trabalha na seguinte jornada: de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h48min com intervalo de uma hora para refeição, tendo assinado acordo particular por ocasião da admissão para não trabalhar aos sábados e trabalhar mais 48 minutos de segunda a sexta-feira. Com base na situação retratada e na Lei, considerando que a norma coletiva da categoria de Felisberto é silente a respeito, assinale a afirmativa correta. (A) Há direito ao pagamento de horas extras, porque a compensação de horas teria de ser feita por acordo coletivo ou convenção coletiva, não se admitindo acordo particular para tal fim. (B) Não existe direito ao pagamento de sobrejornada, porque as partes podem estipular qualquer quantidade de jornada, independentemente de limites. (C) A Lei é omissa a respeito da forma pela qual a compensação de horas deva ser realizada, razão pela qual caberá ao juiz, valendo-se de bom senso e razoabilidade, julgar por equidade. (D) A situação não gera direito a horas extras, porque é possível estipular compensação semanal de horas, inclusive por acordo particular, como foi o caso. Gabarito Comentado: “D” é a afirmativa correta. Isso porque no caso em análise há compensação de jornada de trabalho, que encontra-se previsto no art. 59, § 2º, da CLT e nada mais é que a compensação do excesso de horas trabalhadas em um dia com a correspondente diminuição em outro dia. Em outras palavras, o trabalhador labora mais em alguns dias para descansar em outro. No caso em debate, a compensação é feita no período de uma semana. Nessa linha, ensina o art. 59, § 6º, da CLT que caso o excesso de horas trabalhadas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que a compensação ocorra no mesmo mês, o regime de compensação de jornada poderá ser estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 11: (OAB/Exame Unificado – 2018.1) Lúcio foi dispensado do emprego, no qual trabalhou de 17/11/2017 a 20/03/2018, por seu empregador. Na sociedade empresária em que trabalhou, Lúcio batia o cartão de ponto apenas no início e no fim da jornada efetiva de trabalho, sem considerar o tempo de café da manhã, de troca de uniforme (que consistia em vestir um jaleco branco e tênis comum, que ficavam na posse do empregado) e o tempo em que jogava pingue-pongue após almoçar, já que o fazia em 15 minutos, e poderia ficar jogando até o término do intervalo integral. Você foi procurado por Lúcio para, como advogado, ingressar com ação pleiteando horas extras pelo tempo indicado no enunciado não constante dos controles de horário. Sobre o caso, à luz da CLT, assinale a afirmativa correta. (A) Lúcio não faz jus às horas extras pelas atividades indicadas, pois as mesmas não constituem tempo à disposição do empregador. (B) Lúcio faz jus às horas extras pelas atividades indicadas, pois as mesmas constituem tempo à disposição do empregador, já que Lúcio estava nas dependências da empresa. (C) Apenas o tempo de alimentação e café da manhã devem ser considerados como tempo à disposição, já que o outro representa lazer do empregado. (D) Apenas o tempo em que ficava jogando poderá ser pretendido como hora extra, pois Lúcio não desfrutava integralmente da pausa alimentar. Gabarito Comentado: “A” é a assertiva correta. Isso porque, nos termos do art. 4º, da CLT considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador,aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada. Nessa linha, o § 2º do mesmo dispositivo legal, especificamente nos incisos II, III, V e VIII ensina que tais práticas não se consideram tempo à disposição do empregador e não serão computadas como período extraordinário o que exceder a jornada normal. Questão 12: (OAB/Exame Unificado – 2018.1) Jorge trabalhou para a Sapataria Bico Fino Ltda., de 16/11/2017 a 20/03/2018. Na ocasião realizava jornada das 9h às 18h, com 15 minutos de intervalo. Ao ser dispensado ajuizou ação trabalhista, reclamando o pagamento de uma hora integral pela ausência do intervalo, além dos reflexos disso nas demais parcelas intercorrentes do contrato de trabalho. Diante disso, e considerando o texto da CLT, assinale a afirmativa correta. (A) Jorge faz jus a 45 minutos acrescidos de 50%, porém sem os reflexos, dada a natureza jurídica indenizatória da parcela. (B) Jorge faz jus a 45 minutos acrescidos de 50%, além dos reflexos, dada a natureza jurídica salarial da parcela. (C) Jorge faz jus a uma hora integral acrescida de 50%, porém sem os reflexos, dada a natureza jurídica indenizatória da parcela. (D) Jorge faz jus a uma hora integral acrescida de 50%, porém sem os reflexos, dada a natureza jurídica salarial da parcela. Gabarito Comentado: “A” é a afirmativa correta. Isso porque, nos termos do art. 71, § 4º, da CLT a não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 13: (OAB/Exame Unificado – 2016.1) Maria trabalha como soldadora em uma empresa há 7 anos. Sua jornada contratual deveria ser de segunda a sexta-feira, das 9 às 18h, com intervalo de uma hora para refeição e, aos sábados, das 8 às 12h. Nos últimos 3 anos, no entanto, o empregador vem exigindo de Maria a realização de uma hora extra diária, pois realizou um grande negócio de exportação e precisa cumprir rigorosamente os prazos fixados. Findo o contrato de exportação, o empregador determinou que Maria retornasse à sua jornada contratual original. Nesse caso, considerando o entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta. (A) As horas extras se incorporaram ao salário de Maria e dela não podem ser retiradas, sendo vedada a alteração maléfica. (B) O empregador deverá pagar a Maria uma indenização de 1 mês de horas extras por cada ano de horas extras trabalhadas e, assim, suprimir o pagamento da sobrejornada. (C) O empregador deverá conceder uma indenização à empregada pelo prejuízo financeiro, que deverá ser arbitrada de comum acordo entre as partes e homologada no sindicato. (D) Maria terá de continuar a trabalhar em regime de horas extras, pois não se admite a novação objetiva na relação de emprego. Gabarito Comentado: “B” é a alternativa correta. Isso porque, nos termos da súmula 291 do TST a supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos 12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão. Questão 14: (OAB/Exame Unificado – 2016.1) Pedro é empregado rural na Fazenda Granja Nova. Sua jornada é de segunda a sexta-feira, das 21 às 5h, com intervalo de uma hora para refeição. Considerando o caso retratado, assinale a afirmativa correta. (A) A hora noturna de Pedro será computada como tendo 60 minutos. (B) A hora noturna rural é reduzida, sendo de 52 minutos e 30 segundos. (C) A hora noturna de Pedro será acrescida de 20%. (D) Não há previsão de redução de hora noturna nem de adicional noturno para o rural. Gabarito Comentado: A: opção correta, pois no âmbito rural não se aplica a regra da hora fictamente reduzida prevista no art. 73, § 3º, CLT. Isso porque o trabalho noturno no âmbito rural contempla adicional de 25%, ou seja, superior ao adicional de 20% atribuído aos trabalhadores urbanos regidos pela CLT. O adicional noturno de 25% conferido aos rurícolas, em percentual superior, visa compensar a inexistência de direito à hora noturna disposta no art. 73, § 1º, da CLT. B: opção incorreta, pois como vimos no comentário anterior ao rural não se aplica a hora fictamente reduzida prevista no art. 73, § 1º, da CLT. C: opção incorreta, pois o trabalho noturno no âmbito rural assegura a percepção de adicional de 25%, nos termos do art. 7º, parágrafo único, da Lei 5.889/1973. D: opção incorreta, pois embora não haja previsão de redução de hora noturna para o rural, há previsão de adicional noturno no art. 7º, parágrafo único, da Lei 5.889/1973. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 15: (OAB/Exame Unificado – 2015.1) As sociedades empresárias ALFA e BETA, que atuam no ramo hoteleiro, foram fiscalizadas pela autoridade competente e multadas porque concediam intervalo de 30 minutos para refeição aos empregados que tinham carga horária de trabalho superior a 6 horas diárias. Ambas recorreram administrativamente da multa aplicada, sendo que a sociedade empresária ALFA alegou e comprovou que a redução da pausa alimentar havia sido acertada em acordo individual feito diretamente com todos os empregados, e a sociedade empresária BETA alegou e comprovou que a redução havia sido autorizada pela Superintendência Regional do Trabalho. De acordo com a Constituição, a CLT e o entendimento sumulado pelo TST, assinale a afirmativa correta. (A) As duas sociedades empresárias estão erradas, pois o intervalo mínimo a ser respeitado seria de uma hora para refeição e descanso. (B) A socie dade empresária BETA não deveria ser multada, pois a autoridade administrativa autorizou no seu caso a redução do intervalo. (C) As duas sociedades empresárias estão corretas, pois a diminuição da pausa alimentar tem justificativa jurídica e deve ser respeitada. (D) A sociedade empresária ALFA não deveria ser multada, pois a Constituição Federal reconhece os acordos individuais em razão da autonomia privada. Gabarito Comentado: B é a opção correta, isso porque nos termos do art. 71, § 3º, da CLT o limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, ou seja, a Superintendência Regional do Trabalho, que autorizará se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares. Como consta no enunciado que a empresa BETA obteve essa autorização não poderia ser multada. No entanto, à empresa ALFA a multa deverá ser aplicada, tendo em vista que a redução no intervalo poderia ser feita por acordo coletivo ou convenção coletiva, mas não por acordo individual, art. 611-A, III, da CLT (prevalência do negociado sobre o legislado). Questão 16: (OAB/Exame Unificado – 2014.2) Jefferson é balconista numa loja e, por determinação do empregador e necessidade do serviço, precisou trabalhar 8 horas em um domingo. Agora Jefferson fará, na mesma semana, a compensação dessas horas. Sobre essa situação, assinale a opção correta. (A) Uma vez que as horas foram prestadas no dia de domingo, a compensação deverá ser feita em dobro, ou seja, em 16 horas. (B) Porimposição legal, as horas devidas devem ser compensadas e pagas ao trabalhador, com acréscimo de 100%, em função do seu sacrifício. (C) A compensação deve ser feita pela hora simples (8 horas), pois não deve ser confundida com o pagamento, que, no caso, receberia acréscimo de 100%. (D) Se a empresa estivesse em dificuldade financeira e não quisesse realizar a compensação, poderia criar um banco de horas extras diretamente com o empregado, e lançar nelas as horas extraordinárias. Gabarito Comentado: A: incorreta, pois não existe em nosso ordenamento jurídico norma determinando a compensação do período em dobro. Há apenas ordem para pagamento em dobro da remuneração para o trabalho realizado aos domingos, art. 6º, § 3º, Decreto 27.048/1949. B: incorreta, pois uma vez celebrado acordo de compensação de horas, nos termos do art. 59, § 2º, da CLT o acréscimo de salário, o seja, o pagamento como horas extraordinárias será dispensado. C: correta, pois tendo em vista que a compensação foi feita dentro dos ditames legais, ou seja, foi feita dentro do espaço de uma semana, não haverá o pagamento de horas suplementares. D: incorreta, pois nos termos da súmula 85, item V, do TST o sistema banco de horas somente poderá ser criado por negociação coletiva. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 17: (OAB/Exame Unificado – 2012.3.B) Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas de baixa temperatura, assim definidas em Lei, será assegurado o seguinte intervalo especial: (A) 10 minutos de repouso a cada 90 minutos de trabalho contínuo, não computado esse intervalo como de trabalho efetivo. (B) 10 minutos de repouso a cada 50 minutos de trabalho contínuo, computado esse intervalo como de trabalho efetivo. (C) 20 minutos de repouso depois de uma 1h40min de trabalho contínuo, computado esse intervalo como de trabalho efetivo. (D) 15 minutos de intervalo antes de iniciar trabalho em sobrejornada, computado esse intervalo como de trabalho efetivo. Gabarito Comentado: A correta é a “C”, pois nos termos do art. 253 da CLT os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte) minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo. Questão 18: (OAB/Exame Unificado – 2012.3.B) Acerca do trabalho noturno, assinale a afirmativa incorreta. (A) O adicional noturno constitui base de cálculo das horas extras prestadas dentro do módulo noturno. (B) O adicional de periculosidade, pago pela exposição do trabalhador em período integral a condições perigosas, não é considerado base de cálculo do adicional noturno. (C) A remuneração do trabalho noturno implica pagamento de adicional legal de, no mínimo, 20% sobre o valor da hora do trabalho diurno. (D) No caso de a jornada trabalhada na integralidade do período noturno ultrapassar o horário assim considerado pela lei, é devida a remuneração do adicional pelas horas que ultrapassarem o módulo noturno. Gabarito Comentado: A: correta, pois reflete o entendimento disposto na OJ 97 da SDI-1 do TST. B: incorreta, devendo ser assinalada, pois nos termos da OJ 259 da SDI-1 do TST O adicional de periculosidade deve compor a base de cálculo do adicional noturno. C: correta, pois reflete o disposto no art. 73 da CLT. D: correta, pois reflete o entendimento disposto na Súmula 60, II, do TST. Questão 19: (OAB/Exame Unificado – 2012.3.B – adaptada) Sobre o controle da jornada de trabalho do empregado, assinale afirmativa incorreta. (A) O acréscimo de salário poderá ser dispensado se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. (B) As variações de horário no registro de ponto, não excedentes de dez minutos, não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária, observado o limite de quinze minutos diários. (C) Os empregados sob o regime de tempo parcial podem prestar horas extras. (D) O acordo escrito entre empregado e empregador permite que não sejam pagas as horas extraordinárias prestadas no curso da semana feitas para compensar a ausência de labor aos sábados. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Gabarito Comentado: A: correta, pois reflete o disposto no art. 59, § 2º, da CLT. B: incorreta, devendo ser assinalada, pois nos termos do art. 58, § 1º, da CLT, não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. C: correta, pois nos termos do art. 58-A da CLT para o trabalho parcial cuja duração não exceda a 30 horas semanais, não haverá a possibilidade de horas suplementares semanais. No entanto, caso a duração do trabalho não exceda a 26 horas semanais, haverá a possibilidade de acréscimo de até 6 horas suplementares semanais. D: correta, pois nos termos do art. 59, § 5º, da CLT poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses. Ademais, o § 6º do mesmo dispositivo ensina que é lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês. Veja também a Súmula 85, item I do TST. Questão 20: (OAB/Exame Unificado – 2012.3.A) Maria foi contratada pela empresa Bolos S.A. para exercer a função de copeira, cumprindo jornada de trabalho de segunda à sexta-feira das 13:00 h às 17:00 h, sem intervalo alimentar. Decorridos dois anos do início do pacto contratual, foi a empregada dispensada, recebendo as parcelas da ruptura. Contudo, inconformada porque jamais lhe foi permitido usufruir de intervalo para descanso e alimentação, Maria ajuíza reclamação trabalhista postulando o pagamento do período correspondente ao intervalo alimentar não concedido. Diante da hipótese relatada, assinale a afirmativa correta. (A) A ex-empregada faz jus ao pagamento de uma hora extraordinária diária, haja vista a supressão do intervalo intrajornada, na forma do art. 71, § 4º, da CLT. (B) A ex-empregada faz jus ao pagamento de apenas 15 minutos diários a título de horas extraordinárias, haja vista a supressão do intervalo intrajornada, na forma do art. 71, § 4º, da CLT. (C) A ex-empregada não faz jus ao pagamento de horas extraordinárias, porquanto diante da carga horária cumprida, não lhe era assegurada a fruição de intervalo intrajornada. (D) A ex-empregada faz jus ao pagamento de indenização correspondente ao valor de uma hora extraordinária diária, haja vista a supressão do intervalo intrajornada. Gabarito Comentado: A: incorreta, pois não houve a supressão do intervalo intrajornada; B: incorreta, veja comentários das alternativas “a” e “c”. C: correta, pois nos termos do art. 71, caput e seu § 1º é devido intervalo intrajornada de, no mínimo, 1 hora e mediante negociação coletiva, não poderá exceder 2 horas, para os trabalhadores cuja duração de trabalhado exceda 6 horas e 15 minutos de intervalo quando a jornada de trabalho ultrapassar 4 horas. Assim, para os trabalhadores que tenham jornada de trabalho abaixo de 4 horas, não será devido intervalo intrajornada. D: incorreta, pois por não fazer jus ao intervalo intrajornada, nenhum valor lhe será devido. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Remuneração e Salário Questão 01:(OAB/Exame XXXVI) Apartir de 2021, uma determinada sociedade empresária passou a oferecer aos seus empregados, gratuitamente, plano de saúde em grupo como forma de fidelizar a sua mão de obra e para que o empregado se sinta valorizado. O plano oferece uma boa rede credenciada e internação, se necessária, em enfermaria. Tanto o empregado quanto os seus dependentes são beneficiários. Todos os empregados se interessaram pelo plano e assinaram o documento respectivo de adesão. Em relação a essa vantagem, de acordo com a CLT, assinale a afirmativa correta. (A) O benefício não é considerado salário utilidade e, assim, não haverá qualquer reflexo. (B) O plano, por se tratar de salário in natura, vai integrar o salário dos empregados pelo seu valor real. (C) O valor do plano deverá ser integrado ao salário dos empregados pela metade do seu valor de mercado. (D) O valor relativo ao empregado não será integrado ao salário, mas o valor referente aos dependentes refletirá nos demais direitos do trabalhador. Gabarito Comentado: Nos termos do art. 458, § 2º, IV, da CLT não serão consideradas como salário a assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde. Questão 02: (OAB/Exame XXXIV) Na reclamação trabalhista movida por Paulo contra a sociedade empresária Moda Legal Ltda., o juiz prolator da sentença reconheceu que o autor tinha direito ao pagamento das comissões, que foram prometidas mas jamais honradas, mas indeferiu o pedido de integração das referidas comissões em outras parcelas (13º salário, férias e FGTS) diante da sua natureza indenizatória. Considerando a situação de fato e a previsão legal, assinale a afirmativa correta. (A) Correta a decisão, porque todas as verbas que são deferidas numa reclamação trabalhista possuem natureza indenizatória. (B) Errada a decisão que indeferiu a integração, porque comissão tem natureza jurídica salarial, daí repercute em outras parcelas. (C) Correta a decisão, pois num contrato de trabalho as partes podem atribuir a natureza das parcelas desde que haja acordo escrito neste sentido assinado pelo empregado. (D) A decisão está parcialmente correta, porque a CLT determina que, no caso de reconhecimento judicial de comissões, metade delas terá natureza salarial. Gabarito Comentado: A: incorreta, pois há verbas que possuem natureza salarial, como por exemplo as comissões e verbas de natureza indenizatória, como o pagamento de horas suprimidas no intervalo intrajornada (art. 71, § 4º, CLT). B: correta, pois nos termos do art. 457, § 1º, da CLT as comissões pagas pelo empregador integram o salário do empregado. C: a decisão está incorreta, pois as partes não podem dispor sobre a natureza da verba. D: incorreta, pois não há tal previsão legal, vide art. 457, § 1º, CLT. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 03: (OAB/Exame XXXIII – 2020.3) Um grupo de investidores está estimando custos para montar empresas em diversos ramos. Por isso, procuraram você, como advogado(a), para serem informados sobre os custos dos adicionais de periculosidade e insalubridade nas folhas de pagamento. Sobre a orientação dada, de acordo com o texto da CLT, assinale a afirmativa correta. (A) O adicional de insalubridade varia entre os graus mínimo, médio e máximo sobre o salário mínimo; o de periculosidade tem percentual fixo: 30% do salário básico do empregado. (B) Os adicionais de periculosidade e insalubridade variam entre os graus mínimo, médio e máximo, sendo, respectivamente, de 10%, 20% e 30% do salário dos empregados. (C) As atividades com inflamáveis, explosivos e energia elétrica são consideradas as de maior risco, com um adicional de 50% sobre as remunerações dos empregados. (D) O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou periculosidade só pode cessar com a mudança de função ou por determinação judicial. Gabarito Comentado: A: correto, pois reflete a disposição dos arts. 192 e 193, § 1º, CLT. B: incorreto, pois somente o adicional de insalubridade varia entre os graus mínimo, médio e máximo, art. 192 da CLT. O adicional de periculosidade é fixo em 30 % sobre o salário básico do empregado, ou seja, sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa, art. 193, § 1º, CLT C: incorreta, pois as atividades com inflamáveis, explosivos e energia elétrica são consideradas perigosas (art. 193, I, CLT), com adicional de 30% sobre o salário, art. 193, § 1º, CLT. D: incorreto, pois nos termos do art. 191 da CLT a eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: I: com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância e II: com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. Questão 04: (OAB/Exame Unificado – 2020.2) Desde abril de 2019, Denilson é empregado em uma indústria de cosméticos, com carteira profissional assinada. No último contracheque de Denilson verifica-se o pagamento das seguintes parcelas: abono, prêmio, comissão e diária para viagem. Considerando essa situação, assinale a opção que indica a verba que, de acordo com a CLT, integra o salário e constitui base de incidência de encargo trabalhista. (A) Abono. (B) Prêmio. (C) Comissão. (D) Diária para viagem. Gabarito Comentado: A: incorreta, pois a verba denominada abono não integra o salário do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário, art. 457, § 2º, CLT. B: incorreto, pois prêmios não integram o salário do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário, art. 457, § 2º, CLT. C: correta, pois nos termos do art. 457, § 1º, CLT integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador. D: incorreta, pois as diárias para viagens não integram o salário do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário, art. 457, § 2º, CLT. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 05: (OAB/Exame Unificado – 2020.2) Regina foi admitida pela sociedade empresária Calçados Macios Ltda., em abril de 2020, para exercer a função de estoquista. No processo de admissão, foi ofertado a Regina um plano de previdência privada, parcialmente patrocinado pelo empregador. Uma vez que as condições pareceram vantajosas, Regina aderiu formalmente ao plano em questão. No primeiro contracheque, Regina, verificou que, na parte de descontos, havia subtrações a título de INSS e de previdência privada. Assinale a opção que indica, de acordo com a CLT, a natureza jurídica desses descontos. (A) Ambos são descontos legais. (B) INSS é desconto legal e previdência privada, contratual. (C) Ambos são descontos contratuais. (D) INSS é desconto contratual e previdência privada, legal. Gabarito Comentado: Nos termos do art. 462 da CLT ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. Os descontos referentes ao INSS são descontos legais, veja arts. 22, 23 e 24 da Lei 8212/1991. O desconto de previdência privado é contratual. Nesse sentido a súmula 342 do TST Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seusdependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico Questão 06: (OAB/Exame Unificado – 2019.3) Edimilson é vigia noturno em um condomínio residencial de apartamentos. Paulo é vigilante armado de uma agência bancária. Letícia é motociclista de entregas de uma empresa de logística. Avalie os três casos apresentados e, observadas as regras da CLT, assinale a afirmativa correta. (A) Paulo e Letícia exercem atividade perigosa e fazem jus ao adicional de periculosidade. A atividade de Edimilson não é considerada perigosa, e, por isso, ele não deve receber adicional. (B) Considerando que os três empregados não lidam com explosivos e inflamáveis, salvo por disposição em norma coletiva, nenhum deles terá direito ao recebimento de adicional de periculosidade. (C) Os três empregados fazem jus ao adicional de periculosidade, pois as profissões de Edimilson e Paulo estão sujeitas ao risco de violência física e, a de Letícia, a risco de vida. (D) Apenas Paulo e Edimilson têm direito ao adicional de periculosidade por conta do risco de violência física. Edmilson, por ser vigia noturno de um condomínio não exerce atividade perigosa, tendo em vista a falta de previsão legal, art. 193 da CLT. Gabarito Comentado: A função por ele exercida não se confunde com a dos vigilantes prevista na Lei 7.102/83. Já Paulo por ser vigilante armado, aplica-se a Lei 7.102/83, sendo considerado trabalho perigoso, pois está exposto a risco permanente de roubos ou de outras espécies de violência física, art. 193, II, CLT. O trabalho de motocicleta exercido por Letícia, nos termos do art. 193, § 4º, da CLT também é considerado perigoso. Assim, somente Paulo e Letícia, por exercerem trabalhos perigosos, possuem direito ao adicional de 30% sobre o salário, sem os acréscimos, conforme art. 193, § 1º, CLT. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 07: (OAB/Exame Unificado – 2019.2) Em uma grande empresa que atua na prestação de serviços de telemarketing e possui 250 funcionários, trabalham as empregadas listadas a seguir: Alice, que foi contratada a título de experiência, e, um pouco antes do término do seu contrato, engravidou; Sofia, que foi contratada a título temporário, e, pouco antes do termo final de seu contrato, sofreu um acidente do trabalho; Larissa, que foi indicada pelo empregador para compor a CIPA da empresa; Maria Eduarda, que foi eleita para a comissão de representantes dos empregados, na forma da CLT alterada pela Lei nº 13.467/17 (reforma trabalhista). Diante das normas vigentes e do entendimento consolidado do TST, assinale a opção que indica as empregadas que terão garantia no emprego. (A) Sofia e Larissa, somente. (B) Alice e Maria Eduarda, somente. (C) Alice, Sofia e Maria Eduarda, somente. (D) Alice, Sofia, Larissa e Maria Eduarda. Gabarito Comentado: “C” é a alternativa correta. Isso porque Alice possui a garantia de emprego da gestante, prevista no art. 10, II, b, do ADCT, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado, súmula 244, III, TST. Sofia possui a estabilidade por acidente do trabalho, prevista no art. 118 da Lei 8.213/1991, ainda que submetida a contrato de trabalho por tempo determinado, súmula 378, III, do TST. Larissa, contudo, não possui garantia de emprego, pois, nos termos do art. 165 da CLT, somente os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão sofrer despedida arbitrária, gozando da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho. Isso porque ela foi indicada pelo empregador e não eleita pelos empregados. Por último, Maria Eduarda possui a garantia de emprego prevista no art. 510-D, § 3º, da CLT. Questão 08: (OAB/Exame Unificado – 2018.2) Em 2018, um sindicato de empregados acertou, em acordo coletivo com uma sociedade empresária, a redução geral dos salários de seus empregados em 15% durante 1 ano. Nesse caso, conforme dispõe a CLT, (A) uma contrapartida de qualquer natureza será obrigatória e deverá ser acertada com a sociedade empresária. (B) a contrapartida será a garantia no emprego a todos os empregados envolvidos durante a vigência do acordo coletivo. (C) a existência de alguma vantagem para os trabalhadores para validar o acordo coletivo será desnecessária. (D) a norma em questão será nula, porque a redução geral de salário somente pode ser acertada por convenção coletiva de trabalho. Gabarito Comentado: “B” é a assertiva correta. A redução de salários é permitida por convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, nos termos do art. 7º, VI, da CF. Desta forma, o art. 611-A, § 3º, da CLT ensina que caso seja pactuada cláusula que reduza o salário ou a jornada, a convenção coletiva ou o acordo coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos empregados contra dispensa imotivada durante o prazo de vigência do instrumento coletivo. Importante lembrar que a inexistência de expressa indicação de contrapartidas recíprocas em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho não ensejará sua nulidade por não caracterizar um vício do negócio jurídico, na forma do art. 611-A, § 2º, da CLT. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 09: (OAB/Exame Unificado – 2018.2) Jorge era caixa bancário e trabalhava para o Banco Múltiplo S/A. Recebia salário fixo de R$ 4.000,00 mensais. Além disso, recebia comissão de 3% sobre cada seguro de carro, vida e previdência oferecido e aceito pelos clientes do Banco, o que fazia concomitantemente com suas atividades de caixa, computando-se o desempenho para suas metas e da agência. Os produtos em referência não eram do banco, mas, sim, da Seguradora Múltiplo S/A, empresa do mesmo grupo econômico do empregador de Jorge. Diante disso, observando o entendimento jurisprudencial consolidado do TST, bem como as disposições da CLT, assinale a afirmativa correta. (A) Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração de Jorge, por se tratar de liberalidade. (B) Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração de Jorge, porque relacionados a produtos de terceiros. (C) Os valores recebidos a título de comissão devem integrar a remuneração de Jorge. (D) Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração de Jorge, uma vez que ocorreram dentro do horário normal de trabalho, para o qual Jorge já é remunerado pelo banco. Gabarito Comentado: “C” é a afirmativa correta. Isso porque, nos termos do art. 457, § 1º, da CLT, integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador. Devemos entender que as comissões eram pagas pelo mesmo empregador, na medida em que as empresas pertencem ao mesmo grupo econômico, disposto no art. 2º, § 2º, da CLT que dispõe: “Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.” Questão 10: (OAB/Exame Unificado – 2017.3) Solange é comissária de bordo em uma grande empresa de transporte aéreo e ajuizou reclamação trabalhista postulando adicional de periculosidade, alegando que permanecia em área de risco durante o abastecimento das aeronaves porque ele era feito com a tripulação a bordo. Iracema, vizinha de Solange, trabalha em uma unidade fabril recebendo adicional de insalubridade, mas, após cinco anos, sua atividade foi retirada da lista de atividades insalubres, por ato da autoridade competente. Sobre as duas situações, segundo a norma de regência e o entendimentoconsolidado do TST, assinale a afirmativa correta. (A) Solange não tem direito ao adicional de periculosidade e Iracema perderá o direito ao adicional de insalubridade. (B) Solange tem direito ao adicional de periculosidade e Iracema manterá o adicional de insalubridade por ter direito adquirido. (C) Solange não tem direito ao adicional de periculosidade e Iracema manterá o direito ao adicional de insalubridade. (D) Solange tem direito ao adicional de periculosidade e Iracema perderá o direito ao adicional de insalubridade. Gabarito Comentado: “A” é a assertiva correta. Isso porque, nos termos da súmula 447 do TST, os tripulantes e demais empregados em serviços auxiliares de transporte aéreo que, no momento do abastecimento da aeronave, permanecem a bordo não têm direito ao adicional de periculosidade a que aludem o art. 193 da CLT e o Anexo 2, item 1, “c”, da NR 16 do MTE. Por essa razão Solange não faz jus à percepção de adicional de insalubridade. Já Iracema perderá o adicional de insalubridade, na medida em que nos termos do art. 190 da CLT será o Ministério do Trabalho que aprovará o quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 11: (OAB/Exame Unificado – 2017.2) Um grupo econômico é formado pelas sociedades empresárias X, Y e Z. Com a crise econômica que assolou o país, todas as empresas do grupo procuraram formas de reduzir o custo de mão de obra. Para evitar dispensas, a sociedade empresária X acertou a redução de 10% dos salários dos seus empregados por convenção coletiva; Y acertou a mesma redução em acordo coletivo; e Z fez a mesma redução, por acordo individual escrito com os empregados. Diante da situação retratada e da norma de regência, assinale a afirmativa correta. (A) As empresas estão erradas, porque o salário é irredutível, conforme previsto na Constituição da República. (B) Não se pode acertar redução de salário por acordo coletivo nem por acordo individual, razão pela qual as empresas Y e Z estão erradas. (C) A empresa Z não acertou a redução salarial na forma da lei, tornando-a inválida. (D) As reduções salariais em todas as empresas do grupo foram negociadas e, em razão disso, são válidas. Gabarito Comentado: “C” é a resposta correta. Isso porque, nos termos do art. 7º, VI, da CF, a redução do salário é vedada, salvo se feita por negociação coletiva, ou seja, acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho. Assim, é inválido o acordo individual para redução salarial pactuado pela empresa Z. HC Questão 12: (OAB/Exame Unificado – 2017.1) Lino trabalha como diagramador na sociedade empresária XYZ Ltda., localizada em um grande centro urbano, e recebe do empregador, além do salário, moradia e plano de assistência odontológica, graciosamente. Sobre o caso narrado, de acordo com a CLT, assinale a afirmativa correta. (A) Ambos os benefícios serão incorporados ao salário de Lino. (B) Somente o benefício da habitação será integrado ao salário de Lino. (C) Nenhum dos benefícios será incorporado ao salário de Lino. (D) Somente o benefício do plano de assistência odontológica será integrado ao salário de Lino. Gabarito Comentado: “B” é a resposta correta. Isso porque, nos termos do art. 458, § 2º, IV, da CLT, o plano de assistência odontológica não será considerado salário utilidade. No entanto, a moradia, em conformidade com o art. 458, “caput”, da CLT é uma utilidade compreendida no salário. HC Questão 13: (OAB/Exame Unificado – 2016.2) Flávio trabalhou na sociedade empresária Sul Minas Ltda., e recebia R$ 1.500,00 mensais. Além disso, desfrutava de plano de saúde custeado integralmente pela empregadora, no valor de R$ 500,00. Em sede de ação trabalhista, Flávio pede a integração do valor à sua remuneração. Com base na hipótese apresentada, na qualidade de advogado da sociedade empresária, assinale a afirmativa correta. (A) A contestação deverá aduzir apenas que o plano de saúde não tem caráter de contraprestação, sendo concedido como ferramenta de trabalho, por isso não integra a remuneração. (B) A contestação deverá sustentar a inexistência de caráter remuneratório do benefício, o que está expressamente previsto em lei. (C) A contestação deverá alegar que as verbas rescisórias foram pagas observando o reflexo do valor do plano de saúde. (D) A contestação deverá alegar apenas que a possibilidade de o empregado continuar com o plano de saúde após a ruptura do contrato retira do mesmo o caráter remuneratório. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Gabarito Comentado: “B” é a opção correta. Isso porque, é expresso no art. 458, § 2º, IV, da CLT que a assistência médica, hospitalar prestada diretamente ou mediante seguro-saúde, não possui natureza salarial. Questão 14: (OAB/Exame Unificado – 2015.3) Plácido, empregado de um restaurante, sem qualquer motivo, passou a agredir verbalmente seu superior, até que, violentamente, quebrou uma mesa e uma cadeira que estavam próximas. Contornada a situação, Plácido foi dispensado e a empresa descontou no seu TRCT os valores do prejuízo com os móveis, que correspondiam a 60% do salário do trabalhador. Sobre o episódio apresentado, assinale a opção correta. (A) A empresa pode descontar o valor mesmo sem previsão contratual para tanto, pois a atitude de Plácido, ao praticar o dano, foi dolosa. (B) O desconto na remuneração do empregado relativo ao dano causado é vedado em qualquer hipótese. (C) A empresa só poderia descontar o valor do dano causado por Plácido se houvesse previsão contratual nesse sentido. (D) Não estando a parcela relacionada a um desconto tipificado em lei, não pode haver o desconto nas verbas devidas a Plácido. Gabarito Comentado: A: opção correta, pois nos termos do art. 462, § 1º, da CLT em caso de conduta dolosa por parte do empregado o empregador poderá efetuar o desconto no salário do empregado. B: opção incorreta, pois contraria a disposição contida no § 1º do art. 462 da CLT que permite o desconto ao salário do empregado no caso de dano culposo, desde que haja o consentimento do empregado e, independente de seu consentimento, no caso de dolo. C: opção incorreta, pois no caso de dolo do empregado, não há necessidade de previsão contratual, art. 462, § 1º, da CLT. D: opção incorreta, pois o desconto em debate está tipificado no art. 462, § 1º, da CLT. Questão 15: (OAB/Exame Unificado – 2015.1) João trabalha na área de vendas em uma empresa de cigarros. Recebe do empregador, em razão do seu cargo, moradia e pagamento da conta de luz do apartamento, além de ter veículo cedido com combustível. Tal se dá em razão da necessidade do trabalho, dado que João trabalha em local distante de grande centro, sendo responsável pela distribuição e venda dos produtos na região. Além disso, João recebe uma quota mensal de 10 pacotes de cigarro por mês, independentemente de sua remuneração, não sendo necessário prestar contas do que faz com os cigarros. A partir do caso narrado, assinale a afirmativa correta. (A) Os valores relativos à habitação, à energia elétrica e ao veículo integram a remuneração de João, por serem salário-utilidade, mas não o cigarro, por ser nocivo à saúde. (B) Os valores de habitação e veículo integram a remuneração de João. A energia elétrica e o combustível, não, pois já incorporados, respectivamente, na habitação e no veículo. O valor do cigarro não é integrado, face à nocividade à saúde. (C) Nenhum dos valores da utilidade integram a remuneração de João. (D) Tratando-se de salário in natura, todos os valores integram a remuneração deJoão, pois são dados com a ideia de contraprestação aos serviços. Gabarito Comentado: A: opção incorreta, pois habitação, energia elétrica, o veículo e o cigarro não integram a remuneração do empregado, nos termos da súmula 367, I e II, do TST. Veja também o art. 458, § 2º, da CLT. B: opção incorreta, pois a habitação e o veículo, assim como as demais utilidades apontadas na assertiva, não integram a remuneração do empregado, súmula 367, I e II, do TST. C: opção correta, pois reflete o entendimento cristalizado na Súmula 367 I e II, do TST. D: opção incorreta, pois as utilidades apontadas na assertiva não correspondem ao salário in natura, nos termos do art. 458, § 2º, da CLT e súmula 367 do TST. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 16: (OAB/Exame Unificado – 2015.1) Hugo, José e Luiz são colegas de trabalho na mesma empresa. Hugo trabalha diretamente com o transporte de material inflamável, de modo permanente, nas dependências da empresa. José faz a rendição de Hugo durante o intervalo para alimentação e, no restante do tempo, exerce a função de teleoperador. Luiz também exerce a função de teleoperador. Acontece que, no intervalo para a alimentação, Luiz pega carona com José no transporte de inflamáveis, cujo trajeto dura cerca de dois minutos. Diante dessa situação, assinale a afirmativa correta. (A) Como Hugo, José e Luiz têm contato com inflamáveis, os três têm direito ao adicional de periculosidade. (B) Apenas Hugo, que lida diretamente com os inflamáveis em toda a jornada, tem direito ao adicional de periculosidade. (C) Hugo faz jus ao adicional de periculosidade integral; José, ao proporcional ao tempo de exposição ao inflamável; e Luiz não tem direito ao adicional, sendo certo que a empresa não exerce qualquer atividade na área de eletricidade. (D) Hugo e José têm direito ao adicional de periculosidade. Luiz não faz jus ao direito respectivo. Gabarito Comentado: A: opção incorreta, pois Luiz não faz jus ao adicional de periculosidade, tendo em vista que, por pegar carona, seu contato é extremamente reduzido, ainda que habitual, Súmula 364 TST. B: opção incorreta, pois não apenas Hugo terá direito ao adicional, mas também José na medida em que ao render seu colega de trabalho exerce contato intermitente sujeitando-se à condição de risco, súmula 364 do TST. C: opção incorreta, pois Não há previsão de pagamento proporcional ao tempo de exposição, Súmula 364 TST. D: opção correta, pois nos termos da súmula 364 do TST Hugo terá direito ao adicional de periculosidade, na medida em que é exposto permanentemente à condições de riscos; José também terá direito ao adicional, tendo em vista que de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. No entanto, Luiz não fará jus ao adicional, visto que o contato, ainda que habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. Questão 17: (OAB/Exame Unificado – 2014.3) Samuel trabalha numa loja de departamentos. Ele foi contratado como vendedor e, após três anos, promovido a gerente, quando, então, teve aumento de 50%, cujo valor era pago sob a rubrica “gratificação de função” Nessa condição, trabalhou por oito anos, findos os quais o empregador, para dar oportunidade a outra pessoa, resolveu reverter Samuel ao cargo de origem (vendedor). Diante do caso apresentado, assinale a afirmativa correta. (A) A atitude do empregador é legítima e ele pode suprimir a gratificação de função, já que o valor não foi percebido por mais de dez anos. (B) O empregador não pode rebaixar Samuel, devendo mantê-lo como gerente, mas pode reduzir a gratificação de função. (C) O empregador pode revertê-lo ao cargo de origem, mas a gratificação deve ser mantida, pois recebida há mais de cinco anos. (D) A atitude do empregador é ilícita, pois está rebaixando o empregado, em atitude contrária às normas trabalhistas. Gabarito Comentado: A: opção correta, pois nos termos do art. 468, § 2º, da CLT a reversão do empregado ao cargo efetivo, com ou sem justo motivo, não lhe assegura o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função. B: opção incorreta, pois pelo poder diretivo atribuído ao empregador é possível o retorno do empregado ao cargo efetivo. C: opção incorreta, pois embora possa reverter o empregado ao cargo de origem, a gratificação poderá ser retirada, na medida em que não será incorporada ao salário, independentemente do tempo de exercício da respectiva função; D: opção incorreta, pois a atitude do empregador não é ilícita, tendo em vista estar acobertada pelo poder de direção do empregador. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 18: (OAB/Exame Unificado – 2014.1) Os garçons e empregados do restaurante Come Bem Ltda. recebem as gorjetas dadas pelos clientes, de forma espontânea, uma vez que não há a cobrança obrigatória na nota de serviço. Diante da hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. (A) As gorjetas integram a remuneração, mas não servem de base de cálculo para o pagamento do aviso- prévio, adicional noturno, horas-extras e repouso semanal remunerado. (B) As gorjetas não integram a remuneração, uma vez que são espontâneas, pois não há o controle das quantias concedidas. (C) As gorjetas são integradas, para todos os efeitos, na remuneração do empregado, repercutindo, assim, no pagamento de todos os direitos trabalhistas. (D) As gorjetas integram a remuneração apenas para efeitos de aviso-prévio trabalhado, adicional noturno, horas-extras e repouso semanal remunerado, pois as demais parcelas não estão relacionadas com o dia a dia de trabalho efetivo; não havendo trabalho, não há gorjeta. Gabarito Comentado: A: correta, pois reflete o disposto na súmula 354 do TST. B: incorreta, pois em conformidade com o entendimento disposto na Súmula 354 do TST as gorjetas espontâneas ou cobradas pelo empregador integrarão a remuneração do empregado. Veja art. 457, § 3º, da CLT. C: incorreta, pois de acordo com o entendimento disposto na Súmula 354 do TST as gorjetas não servem de base de cálculo para o pagamento do aviso-prévio, adicional noturno, horas-extras e repouso semanal remunerado. D: incorreta, pois as gorjetas TST as gorjetas não servem de base de cálculo apenas para o pagamento do aviso-prévio, adicional noturno, horas-extras e repouso semanal remunerado, integrando, portanto, para as demais verbas como: férias, 13º salário, existindo, ainda, incidência do FGTS. Não há incidência para fins de aviso-prévio, que é calculado sobre o salário do mês da rescisão e não sobre a remuneração; DSRs, pois se o pagamento é mensal, já abrange os valores; adicional noturno que é calculado sobre a hora diurna; adicional de insalubridade, que é calculado sobre o salário mínimo; adicional de periculosidade, calculado sobre o salário contratual do empregado. Questão 19: (OAB/Exame Unificado – 2013.3) Calçados Mundial S.A. contratou duas empresas distintas para a prestação de serviços de limpeza e conservação nas suas instalações. Maria é empregada de uma das terceirizadas, exerce a função de auxiliar de limpeza e ganha salário de R$ 1.150,00. Celso é empregado da outra terceirizada, exerce a mesma função que Maria, trabalha no mesmo local, e ganha R$ 1.020,00 mensais. A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta. (A) Celso poderá requerer o mesmo salário que Maria, pois na hipótese pode-se falar em empregador único. (B) Impossível a equiparação salarial, mas se outro direito for violado, a empresa tomadora dos serviços terá responsabilidade solidária. (C) Viável a equiparação desde que Maria e Celso trabalhem no mínimo dois anos nas instalações do tomador dos serviços. (D) Não será possível a equiparação salarial entre Maria eCelso porque os respectivos empregadores são diferentes. Gabarito Comentado: A: incorreta, pois não se trata de empregador único, tendo em vista que Celso e Maria não são considerados empregados da empresa Calçados Mundial S/A, mas cada um da respectiva empresa de trabalho especializada de serviços de limpeza e conservação. Embora prestem serviços para Calçados Mundial S/A não são considerados empregados dessa empresa. B: incorreta, pois embora seja impossível o pedido de equiparação salarial, tendo em vista se tratar de uma terceirização permitida, súmula 331, IV, do TST, a responsabilidade nesse caso será subsidiária. C: incorreta, pois o pedido de equiparação salarial não é viável, tendo em vista não preencher os requisitos para a pertinência do pedido de equiparação. D: correta, pois Celso e Maria não são considerados empregados da empresa Calçados Mundial S/A, mas cada um da respectiva empresa de trabalho especializada de serviços de limpeza e conservação. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 20: (OAB/Exame Unificado – 2013.2) Paulo, motorista de ônibus, mantém contrato de trabalho com a empresa Transporte Seguro S/A, no qual há estipulação escrita de que o motorista envolvido em acidente de trânsito será descontado pelas avarias e prejuízos causados. Em um dia comum, Paulo ultrapassou o sinal vermelho e colidiu com veículo que vinha do outro lado do cruzamento. Não houve vítimas, mas os veículos ficaram impedidos de trafegar em razão das avarias e o coletivo foi multado por avanço de sinal. A empresa entendeu por bem descontar do salário de Paulo o conserto do ônibus, bem como as despesas com o conserto do veículo de passeio. Diante disso, assinale a afirmativa correta. (A) A empresa agiu de forma incorreta, pois não poderia descontar nada de Paulo, dado o princípio da intangibilidade salarial. (B) A empresa agiu de forma incorreta, pois só poderia descontar um dos danos, pois todos os descontos acarretaram bis in idem. (C) A empresa agiu corretamente, pois Paulo agiu com culpa e havia previsão contratual para tanto. (D) A empresa agiu de forma incorreta, pois não houve dolo por parte do empregado e é dela o risco do negócio. Logo, o desconto é descabido. Gabarito Comentado: A: incorreta, pois o desconto é permitido, em conformidade com o art. 462, § 1º, da CLT. B: incorreta, pois a empresa agiu corretamente. O desconto de todos os danos não caracteriza bis in idem, tendo em vista que o art. 462 da CLT determina o desconto dos danos causados pelo obreiro. C: correta, pois, nos termos do art. 462, § 1º, da CLT o dano culposo, ou seja, aquele causado pelo empregado por imperícia, negligência ou imprudência somente poderá ser descontado de seu salário desde que a possibilidade tenha sido acordada. No entanto, em se tratado de dano doloso, o desconto será permitido ainda que sem previsão contratual. D: incorreta, pois embora não tenha dolo do empregado, o desconto é permitido. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Contrato de Trabalho Questão 01: (OAB/Exame XXXVI) Lúcio Lima foi contratado para trabalhar em uma empresa no ramo da construção civil. Seu empregador descumpriu inúmeros direitos trabalhistas, e, notadamente, deixou de pagar as verbas rescisórias. No período, Lúcio Lima prestou serviços em um contrato de subempreitada, já que seu empregador fora contratado pelo empreiteiro principal para realizar determinada obra de reforma. Diante desse cenário, Lúcio Lima contratou você, como advogado(a), para ajuizar uma reclamação trabalhista. Sobre a hipótese, segundo o texto legal da CLT em vigor, assinale a afirmativa correta. (A) Cabe ação em face de ambas as sociedades empresárias, que figurarão no polo passivo da demanda. (B) Trata-se de grupo econômico, o que induz obrigatoriamente à responsabilidade solidária de ambas as sociedades empresárias. (C) Cabe apenas ação em face do efetivo empregador, já que não se trata de terceirização de mão de obra. (D) A subempreitada é atividade ilícita por terceirizar atividade fim, razão pela qual se opera a sucessão de empregadores, configurando-se fraude. Gabarito Comentado: A: opção correta. Isso porque, nos termos do art. 455 da CLT nos contratos de subempreitada responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia, aos empregados, o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro. Todavia, a OJ 191 da SDI 1 do TST ensina que diante da inexistência de previsão legal específica, o contrato de empreitada de construção civil entre o dono da obra e o empreiteiro não enseja responsabilidade solidária ou subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro, salvo sendo o dono da obra uma empresa construtora ou incorporadora. B: incorreta, pois não se trata de grupo econômico, cujo conceito vem esculpido no art. 2º, § 2º, da CLT; C: incorreta, pois a ação poderá ser proposta em face de ambas as sociedades, art. 455 da CLT e OJ 191 SDI 1 do TST. D: incorreta, pois o contrato de subempreitada não é ilícito, art. 455 CLT. Questão 02: (OAB/Exame XXXV) Pedro Paulo joga futebol em um clube de sua cidade, que é classificado como formador, e possui com o referido clube um contrato de formação. Recentemente, recebeu uma proposta para assinar seu primeiro contrato profissional. Sabedor de que não há nenhum outro clube interessado em assinar um primeiro contrato especial de trabalho desportivo como profissional, Pedro Paulo consultou você, como advogado(a), para saber acerca da duração do referido contrato. Diante disso, observada a Lei Geral do Desporto, assinale a afirmativa correta. (A) O contrato poderá ter prazo indeterminado. (B) O contrato poderá ter duração máxima de cinco anos. (C) O contrato poderá ter duração máxima de três anos. (D) Não há prazo máximo estipulado, desde que seja por prazo determinado. Gabarito Comentado: Nos termos do art. 29 da Lei 9.615/98 a entidade de prática desportiva formadora do atleta terá o direito de assinar com ele, a partir de 16 (dezesseis) anos de idade, o primeiro contrato especial de trabalho desportivo, cujo prazo não poderá ser superior a 5 (cinco) anos. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 03: (OAB/Exame XXXV) A churrascaria Boi Gordo tem movimento variado ao longo dos diversos meses do ano. A variação também ocorre em algumas semanas, razão pela qual decidiu contratar alguns empregados por meio do chamado contrato intermitente. Diante disso, esses pretensos empregados ficaram com dúvidas e consultaram você, como advogado(a), para esclarecer algumas questões. Assinale a opção que indica, corretamente, o esclarecimento prestado. (A) O tempo de resposta do empregado em relação à convocação para algum trabalho é de um dia útil para responder ao chamado, e o silêncio gera presunção de recusa. (B) O empregador poderá convocar o empregado de um dia para o outro, sendo a antecedência de um dia útil, portanto. (C) Para o empregado existe um limite de recusas por mês. Extrapolado o número de três recusas no mês, considerar-se-á rompido o contrato. (D) O contrato intermitente pode ser tácito ou expresso, verbal ou escrito. A: opção correta, pois reflete a disposição do art. 452-A, § 2º, CLT. Gabarito Comentado: A: Opção correta. B: opção incorreta, pois recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, art. 452-A, § 2º, CLT. C: opção incorreta, pois não há limite de recusas. Importante lembrar que a recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente, nos termos do art. 452-A, § 3º, CLT. D: opção incorreta, pois nos termosdo art. 452-A da CLT o contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário-mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não. Questão 04: (OAB/Exame XXXIV) Júlia é analista de sistemas de uma empresa de tecnologia e solicitou ao empregador trabalhar remotamente. Sobre a pretensão de Júlia, observados os termos da CLT, assinale a afirmativa correta. (A) O teletrabalho só pode ser assim considerado se a prestação de serviços for totalmente fora das dependências da empresa. (B) O ajuste entre Júlia e seu empregador poderá ser tácito, assim como ocorre com o próprio contrato de trabalho. (C) O computador e demais utilidades que se fizerem necessárias para o trabalho remoto de Júlia não integrarão sua remuneração. (D) O ajuste entre as partes para o trabalho remoto deverá ser por mútuo consentimento, assim como o retorno ao trabalho presencial. Gabarito Comentado: A: incorreta, pois nos termos do art. 75-B da CLT considera-se teletrabalho ou trabalho remoto a prestação de serviços fora das dependências do empregador, de maneira preponderante ou não, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação, que, por sua natureza, não configure trabalho externo. Vale dizer, ainda, que nos termos do § 1º, do art. 75-B da CLT o comparecimento, ainda que de modo habitual, às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho ou trabalho remoto. B: Incorreta, pois nos termos do art. 75-C, § 1º, da CLT poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual. C: correta, pois nos termos do art. 75-D, parágrafo único, da CLT as utilidades necessárias ao trabalho não integram a remuneração do empregado. D: incorreta, pois nos termos do art. 75-C da CLT a prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do instrumento de contrato individual de trabalho. Com relação à alteração de regime presencial para o teletrabalho e de teletrabalho para presencial, a lei exige aditivo contratual, art. 75-C, §§ 1º e 2º, da CLT. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 05: (OAB/Exame Unificado – 2020.2) Luiz e Selma são casados e trabalham para o mesmo empregador. Ambos são teletrabalhadores, tendo o empregador montado um home office no apartamento do casal, de onde eles trabalham na recepção e no tratamento de dados informatizados. Para a impressão dos dados que serão objeto de análise, o casal necessitará de algumas resmas de papel, assim como de toner para a impressora que utilizarão. Assinale a opção que indica quem deverá arcar com esses gastos, de acordo com a CLT. (A) Cada parte deverá arcar com 50% desse gasto. (B) A empresa deverá arcar com o gasto porque é seu o risco do negócio. (C) A responsabilidade por esse gasto deverá ser prevista em contrato escrito. (D) O casal deverá arcar com o gasto, pois não há como o empregador fiscalizar se o material será utilizado apenas no trabalho. Gabarito Comentado: As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito, nos termos do art. 75-D da CLT. Questão 06: (OAB/Exame Unificado – 2020.1) Renato é um empregado doméstico que atua como caseiro no sítio de lazer do seu empregador. Contudo, a CTPS de Renato foi assinada como sendo operador de máquinas da empresa de titularidade do seu empregador. Renato tem receio de que, no futuro, não possa comprovar experiência na função de empregado doméstico e, por isso, intenciona ajuizar reclamação trabalhista para regularizar a situação. Considerando a situação narrada e o entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta. (A) Caso comprove que, de fato, é doméstico, Renato conseguirá a retificação na CTPS, pois as anotações nela lançadas têm presunção relativa. (B) Somente o salário poderia ser objeto de demanda judicial para se comprovar que o empregado recebia valor superior ao anotado, sendo que a alteração na função não é prevista, e a demanda não terá sucesso. (C) Caso Renato comprove que é doméstico, o pedido será julgado procedente, mas a alteração será feita com modulação de efeitos, com retificação da data da sentença em diante. (D) Renato não terá sucesso na sua reclamação trabalhista, porque a anotação feita na carteira profissional tem presunção absoluta. Gabarito Comentado: Nos termos da súmula 12 do TST as anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não geram presunção “juris et de jure”, ou seja, absoluta, mas apenas “juris tantum”, ou seja, relativa. Assim, em uma eventual reclamação trabalhista, uma vez comprovada suas alegações, a CPTS poderá ser retificada. Questão 07: (OAB/Exame Unificado – 2020.1) Gervásia é empregada na Lanchonete Pará desde fevereiro de 2018, exercendo a função de atendente e recebendo o valor correspondente a um salário mínimo por mês. Acerca da cláusula compromissória de arbitragem que o empregador pretende inserir no contrato da empregada, de acordo com a CLT, assinale a afirmativa correta. (A) A inserção não é possível, porque, no Direito do Trabalho, não cabe arbitragem em lides individuais. (B) A cláusula compromissória de arbitragem não poderá ser inserida no contrato citado, em razão do salário recebido pela empregada. (C) Não há mais óbice à inserção de cláusula compromissória de arbitragem nos contratos de trabalho, inclusive no de Gervásia. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 (D) A cláusula de arbitragem pode ser inserida em todos os contratos de trabalho, sendo admitida de forma expressa ou tácita. Gabarito Comentado: Nos termos do art. 507-A da CLT, inserido pela Lei 13.467/2017, apenas nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social (em outubro/2020 – R$ 12.202,12), poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei 9.307/96. Questão 08: (OAB/Exame Unificado – 2019.2) Rogério foi admitido, em 08/12/2017, em uma locadora de automóveis, como responsável pelo setor de contratos, razão pela qual não necessitava comparecer diariamente à empresa, pois as locações eram feitas on-line. Rogério comparecia à locadora uma vez por semana para conferir e assinar as notas de devolução dos automóveis. Assim, Rogério trabalhava em sua residência, com todo o equipamento fornecido pelo empregador, sendo que seu contrato de trabalho previa expressamente o trabalho remoto a distância e as atividades desempenhadas. Após um ano trabalhando desse modo, o empregador entendeu que Rogério deveria trabalhar nas dependências da empresa. A decisão foi comunicada a Rogério, por meio de termo aditivo ao contrato de trabalho assinado por ele, com 30 dias de antecedência. Ao ser dispensado em momento posterior, Rogério procurou você, como advogado(a), indagando sobre possível ação trabalhista por causa desta situação. Sobre a hipótese de ajuizamento, ou não, da referida ação, assinale a afirmativa correta. (A) Não se tratando da modalidade de teletrabalho, deverá ser requerida a desconsideração do trabalho em domicílio, já que havia comparecimentosemanal nas dependências do empregador. (B) Não deverá ser requerido o pagamento de horas extras pelo trabalho sem limite de horário, dado o trabalho em domicílio, porém poderá ser requerido trabalho extraordinário em virtude das ausências de intervalo de 11h entre os dias de trabalho, bem como o intervalo para repouso e alimentação. (C) Em vista da modalidade de teletrabalho, a narrativa não demonstra qualquer irregularidade a ser requerida em eventual demanda trabalhista. (D) Deverá ser requerido que os valores correspondentes aos equipamentos usados para o trabalho em domicílio sejam considerados salário-utilidade. Gabarito Comentado: A: incorreta, pois se trata da modalidade teletrabalho, previsto nos arts. 75-A a 75-E da CLT; B: opção incorreta, pois os empregados em teletrabalho estão excluídos do regime de duração do trabalho, conforme art. 62, III, da CLT; C: correta, pois se trata da modalidade teletrabalho, previsto nos arts. 75-A a 75-E da CLT. Nessa modalidade de contrato poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo contratual, na forma do art. 75-C, § 2º, da CLT. D: incorreta, pois os equipamentos utilizados não são considerados salário-utilidade, art. 75-D, parágrafo único, da CLT. Questão 09: (OAB/Exame Unificado – 2018.3) Uma sociedade empresária do ramo de informática, visando à redução de custos, decidiu colocar metade de seus funcionários em teletrabalho, com possibilidade de revogação, caso não desse certo. Sobre o regime de teletrabalho, com base na legislação trabalhista em vigor, assinale a afirmativa correta. (A) Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador, garantido o prazo de transição mínimo de 15 dias, com correspondente registro em aditivo contratual. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 (B) Os materiais fornecidos pelo empregador para a realização do teletrabalho representam utilidades e integram a remuneração do empregado. (C) A jornada do empregado em teletrabalho que exceder o limite constitucional será paga como hora extra. (D) A empresa pode implementar, por vontade própria, o teletrabalho, sendo desnecessária a concordância expressa do empregado, já que seria mais vantajoso para ele. Gabarito Comentado: A: correta, pois reflete a disposição do art. 75-C, § 2º, da CLT; B: incorreta, pois as utilidades mencionadas no enunciado não integram a remuneração do empregado, na forma do art. 75-D, parágrafo único, da CLT; C: incorreta, pois os empregados em regime de teletrabalho não estão sujeitos às normas de duração do trabalho, nos termos do art. 62, III, da CLT; D: incorreta, pois nos termos do art. 75-C da CLT a prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado. Já o § 1º do mesmo dispositivo ensina que poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual. Questão 10: (OAB/Exame Unificado – 2018.2) Paulo é policial militar da ativa da Brigada Militar do Rio Grande do Sul. Como policial militar, trabalha em regime de escala 24h x 72h.Nos dias em que não tem plantão no quartel, atua como segurança em uma joalheria de um shopping center, onde tem que trabalhar três dias por semana, não pode se fazer substituir por ninguém, recebe remuneração fixa mensal e tem que cumprir uma rotina de 8 horas a cada dia laborado. Os comandos do trabalho lhe são repassados pelo gerente-geral da loja, sendo que ainda ajuda nas arrumações de estoque, na conferência de mercadorias e em algumas outras funções internas. Paulo não teve a CTPS anotada pela joalheria. Diante dessa situação, à luz das normas da CLT e da jurisprudência consolidada do TST, assinale a afirmativa correta. (A) Estão preenchidos os requisitos da relação de emprego, razão pela qual Paulo tem vínculo empregatício com a joalheria, independentemente do fato de ser policial militar da ativa, e de sofrer eventual punição disciplinar administrativa prevista no estatuto do Policial Militar. (B) Estão preenchidos os requisitos da relação de emprego, mas Paulo não poderá ter vínculo empregatício com a joalheria, em razão da punição disciplinar administrativa prevista no estatuto do Policial Militar. (C) Não estão presentes os requisitos da relação de emprego, uma vez que Paulo poderá ser requisitado pela Brigada Militar e não poderá trabalhar nesse dia para a joalheria. (D) Estão preenchidos os requisitos da relação de emprego, sendo indiferente à relação de emprego uma eventual punição disciplinar administrativa prevista no estatuto do Policial Militar, mas Paulo não pode ter vínculo empregatício com a joalheria tendo em vista que a função pública exige dedicação exclusiva. Gabarito Comentado: “A” é a assertiva correta. Isso porque todos os requisitos da relação de emprego, quais sejam, subordinação, onerosidade, pessoalidade, pessoa física, não eventualidade (habitualidade) estão presentes, razão pela qual deve ser reconhecida a relação de emprego. Desta forma, nos termos da súmula 386 do TST, preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 11: (OAB/Exame Unificado – 2017.3) Carlos, professor de educação física e fisioterapeuta, trabalhou para a Academia Boa Forma S/A, que assinou sua CTPS. Cumpria jornada de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h, com uma hora de intervalo para almoço. Ao longo da jornada de trabalho, ele ministrava quatro aulas de ginástica com 50 minutos de duração cada, e, também, fazia atendimentos fisioterápicos previamente marcados pelos alunos da Academia, na sociedade empresária Siga em Boa Forma Ltda., do mesmo grupo econômico da Academia, sem ter sua CTPS anotada. Dispensado, Carlos pretende ajuizar ação trabalhista. Diante disso, em relação ao vínculo de emprego de Carlos assinale a afirmativa correta. (A) O caso gera a duplicidade de contratos de emprego, sendo as empresas responsáveis solidárias dos débitos trabalhistas. (B) O caso gera a duplicidade de contratos de emprego, sendo as empresas responsáveis subsidiárias dos débitos trabalhistas. (C) O caso gera duplicidade de contratos de emprego, cada empresa com sua responsabilidade. (D) O caso não gera coexistência de mais de um contrato de trabalho. Gabarito Comentado: “D” é a assertiva correta. Isso porque, nos termos da súmula 129 do TST, a prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário. Questão 12: (OAB/Exame Unificado – 2014.3) Luiz Henrique é professor de Direito Constitucional e, durante o período letivo, precisará se afastar por dois meses para submeter-se a uma delicada cirurgia de emergência. Em razão disso, a faculdade contratou um professor substituto por esse período, valendo-se de uma empresa de contrato temporário. Diante da situação apresentada, considerando a jurisprudência consolidada do TST, assinale a afirmativa correta. (A) Caso se admitisse a validade dessa contratação, o professor contratado a título temporário não teria assegurado direito ao mesmo valor da hora-aula do professor afastado. (B) A contratação é válida, pois, por exceção, o contrato temporário pode ser usado parasubstituição de pessoal relacionado à atividade-fim. (C) A contratação somente seria válida se o professor afastado concordasse com ela, de forma expressa, sob pena de ser maléfica a alteração contratual. (D) Inválida a contratação, pois a faculdade não poderia terceirizar sua atividade-fim, como é o caso da educação. Gabarito Comentado: A: opção incorreta, pois o professor contratado não possui vínculo empregatício com a faculdade, mas sim com a empresa de trabalho temporário que é a responsável por sua remuneração; trata-se de empregador diverso e, portanto, não há obrigatoriedade do mesmo salário. B: opção correta, pois nos termos do art. 9º, § 3º, da Lei 6.019/74, O contrato de trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimento de atividades-meio e atividades-fim a serem executadas na empresa tomadora de serviços C: opção incorreta, pois não há necessidade de concordância do professor afastado para contratação de temporário. D: opção incorreta, pois a contratação é válida, tendo em vista que por se tratar de contratação de trabalho temporário, poderá ser feita na atividade-fim da empresa. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 13: (OAB/Exame Unificado – 2014.2) Em 2012, Maria Júlia foi contratada como estagiária de direito em uma empresa pública federal, que explora atividade bancária. Sua tarefa consistia em permanecer parte do tempo em um caixa para receber o pagamento de contas de água, luz e telefone e, na outra parte, no auxílio de pessoas com dificuldade no uso dos caixas eletrônicos. Com base na hipótese, assinale a opção correta. (A) Trata-se de estágio desvirtuado que, assim, gerará como consequência o reconhecimento do vínculo empregatício com a empresa, com anotação da CTPS e pagamento de todos os direitos devidos. (B) Diante da situação, o Juiz do Trabalho poderá determinar que o administrador responsável pelo desvirtuamento do estágio pague diretamente uma indenização a Maria Júlia, haja vista o princípio constitucional da moralidade. (C) Não há desvirtuamento de estágio porque, tratando-se a concedente de uma instituição bancária, a atividade de recebimento de contas e auxílio a clientes está inserida na atividade do estagiário. (D) Não é possível o reconhecimento do vínculo empregatício, haja vista a natureza jurídica daquele que concedeu o estágio, que exige a prévia aprovação em concurso público. Gabarito Comentado: A: incorreta. Importante lembrar que nos termos do art. 1º da Lei 11.788/2008 o contrato de estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. Se desenvolvido fora dessas hipóteses será considerado nulo em razão do seu desvirtuamento. No caso em tela, ainda que haja o desvirtuamento do estágio, não será possível o reconhecimento de vínculo com o ente público, pois encontra impedimento no art. 37, II e § 2º, da CF. B: incorreta, pois tendo em vista a ausência de concurso público não haverá pagamento de indenização. C: incorreta, pois a atividade exercida por Maria Julia visa não é condizente com o aprendizado de competências próprias da atividade bancária. D: correta, pois reflete o entendimento disposto na OJ 366 da SDI 1 do TST. Questão 14: (OAB/Exame Unificado – 2014.2) O novo prefeito de Tribobó do Oeste decidiu contratar quatro coveiros para o cemitério público da cidade, o que fez diretamente pelo regime celetista, sem a realização de concurso público. Após um ano de trabalho, os coveiros foram dispensados e ajuizaram reclamação trabalhista, postulando férias vencidas mais 1/3, aviso-prévio, 13º salário e depósitos do FGTS, já que sempre receberam os salários em dia. Assinale a opção que contempla a(s) verba(s) de direito a que os coveiros efetivamente fazem jus. (A) Todas as verbas indicadas, pois decorrem do contrato de trabalho celetista. (B) Aviso-prévio, 13º salário e FGTS, por terem efetivo cunho rescisório. (C) Apenas os depósitos de FGTS. (D) Apenas os depósitos de FGTS e férias vencidas mais 1/3, por ter o FGTS natureza salarial e as férias serem direito adquirido pelo ano trabalhado. Gabarito Comentado: Trata-se de contrato de trabalho nulo, tendo em vista que a prefeitura de Tribobó do Oeste somente poderia contratar o funcionário por meio de concurso público, nos termos do art. 37, II e § 2º da CF, o que não ocorreu no caso em debate. Nesse sentido, o TST firmou entendimento sumulado consubstanciado na súmula 363 em que ensina que “A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS”. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 15: (OAB/Exame Unificado – 2013.3) Uma grande empreiteira vence a licitação para construção de uma hidrelétrica, mas, tendo dificuldade em arregimentar trabalhadores em razão da distância até o canteiro de obras, resolve contratar estrangeiros em situação irregular no país, inclusive porque eles concordaram em não ter a carteira profissional assinada e receber valor inferior ao piso da categoria. A contratação, na hipótese apresentada, contempla um caso de (A) trabalho proibido. (B) trabalho ilícito. (C) trabalho escravo. (D) trabalho válido. Gabarito Comentado: A: correta, pois trabalho proibido é aquele cujo objeto do contrato de trabalho é lícito, por motivos vários, a lei impede que seja exercido por determinadas pessoas ou em determinadas circunstâncias. O trabalho do estrangeiro em situação irregular é proibido, nos termos do art. 359 da CLT. B: incorreta, pois trabalho ilícito é aquele não permitido porque seu objeto consiste na prestação de atividades criminosas e/ou contravencionais. C: incorreta, pois trabalho escravo como ser entendido como o trabalho forçado. D: incorreta, pois a CLT não admite a contratação do estrangeiro em situação irregular no País. Questão 16: (OAB/Exame Unificado – 2013.3) Eugênio é policial militar ativo e cumpre escala de 24x72 horas no seu batalhão. Nos dias em que não está de plantão, trabalha em um supermercado como segurança, recebendo ordens do gerente e um valor fixo mensal, jamais se fazendo substituir na prestação do labor. Nesse caso, de acordo com a jurisprudência consolidada do TST, assinale a afirmativa correta. (A) Por ser servidor público militar, Eugênio não poderá ter o vínculo empregatício reconhecido, mesmo que presentes os requisitos da CLT, pois trata-se de norma de ordem pública. (B) Caso tenha o vínculo empregatício reconhecido em juízo, isso impede que a Administração Pública aplique qualquer punição a Eugênio, pois ele realizou um trabalho lícito. (C) Trata-se de trabalho ilícito que, portanto, não gera vínculo empregatício e credencia a administração a aplicar imediata punição ao servidor. (D) Eugênio poderá ser reconhecido como empregado, desde que presentes os requisitos legais, ainda que sofra a punição disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. Gabarito Comentado: A: incorreta, pois uma vez presentes os requisitos da relação de emprego, deve ser reconhecido o referido vínculo. Nesse sentido ensina a súmula 386 do TST. B: incorreta, pois Eugênio poderá sofrer penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. Veja súmula 386 do TST. C: incorreta, pois não é hipótesede trabalho ilícito, entendido como aquele não permitido porque seu objeto consiste na prestação de atividades criminosas e/ou contravencionais. D: correta, pois reflete o entendimento disposto na súmula 386 do TST. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Questão 17: (OAB/Exame Unificado – 2012.3.A) Buscando profissionais experientes para manusear equipamentos de alta tecnologia e custo extremamente elevado, uma empresa anuncia a existência de vagas para candidatos que possuam dois anos de experiência prévia em determinada atividade. A partir da hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. (A) A manifestação é inválida porque o máximo de experiência que pode ser exigida é de seis meses. (B) A manifestação é inválida, pois o empregador não tem o direito de exigir experiência pretérita do candidato a emprego. (C) A manifestação é inválida porque o máximo de experiência que pode ser exigida é de um ano. (D) A manifestação é válida, em razão do valor do equipamento, visando à proteção do patrimônio do empregador. Gabarito Comentado: A: correta, pois reflete a disposição contida no art. 442-A da CLT. B: incorreta, pois poderá o empregador exigir no máximo 6 meses de experiência na atividade, nos termos do art. 442-A da CLT. C: incorreta, pois o máximo exigível é 6 meses de experiência na atividade. D: incorreta, pois a manifestação é inválida. Veja comentários anteriores. Questão 18: (OAB/Exame Unificado – 2012.1) É correto afirmar que a CLT prevê, expressamente, (A) a advertência verbal, a censura escrita e a suspensão como medidas disciplinares que o empregador pode adotar em relação ao descumprimento das obrigações contratuais do empregado. (B) somente a suspensão do contrato e a dispensa, por justa causa, como medidas disciplinares que o empregador pode adotar em relação ao descumprimento das obrigações contratuais do empregado. (C) a advertência, verbal ou escrita, a suspensão e a dispensa, por justa causa, como medidas disciplinares que o empregador pode adotar em relação ao descumprimento das obrigações contratuais do empregado. (D) a censura escrita, a suspensão e a dispensa, por justa causa, como medidas disciplinares que o empregador pode adotar em relação ao descumprimento das obrigações contratuais do empregado. Gabarito Comentado: A alternativa B está correta, pois embora o empregador, em função do seu poder disciplinar, possa aplicar aos empregados advertência, seja ela verbal ou escrita; suspensão e despedida por justa causa, a CLT não prevê EXPRESSAMENTE a advertência como medida disciplinar, elencando somente hipóteses de suspensão e despedida por justa causa, nos termos dos arts. 482 (despedida por justa causa) e 474 ambos da CLT (suspensão). Questão 19: (OAB/Exame Unificado – 2011.3.B) Com relação ao contrato de emprego, assinale a alternativa correta. (A) Quando da contratação por prazo determinado, somente é possível nova contratação entre as mesmas partes num prazo nunca inferior a três meses. (B) São as formas autorizadas por lei para a celebração de qualquer contrato de trabalho por prazo determinado: transitoriedade do serviço do empregado, transitoriedade da atividade do empregador e quantidade extraordinária de serviço que justifique essa modalidade de contratação. (C) Em nenhuma hipótese o contrato por prazo determinado poderá suceder, dentro de seis meses, a outro contrato por prazo determinado. (D) O contrato de emprego por prazo indeterminado é aquele em que as partes, ao celebrá-lo, não estipulam a sua duração nem prefixam o seu termo extintivo, podendo versar sobre qualquer obrigação de prestar qualquer tipo de serviço, manual ou intelectual. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 Gabarito Comentado: A: incorreta, pois nos termos do art. 452 da CLT a nova contratação não poderá ser feita dentro do período de 6 (seis) meses. B: incorreta, pois a CLT também prevê (em seu art. 443, § 2º, alínea c) o contrato de experiência como modalidade de contrato por prazo determinado. Ademais, o contrato com prazo determinado é admitido nas hipóteses previstas na Lei 6.019/1974; Lei 9.601/1998, art. 14- A da Lei 5.889/1973. C: incorreta, pois nos termos do art. 452, parte final, da CLT tendo o primeiro contrato expirado pela execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos, como por exemplo, o empregado contratado para trabalhar durante o Natal ou carnaval, hipóteses em que cessado o acontecimento, será válido um novo contrato com prazo determinado mesmo antes de 6 (seis) meses da expiração do primeiro contrato. D: correta, pois reflete com exatidão o que vem a ser o contrato de emprego, que nada mais é que o contrato de trabalho. “Art. 442 da CLT – Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego.” Questão 20: (OAB/Exame Unificado – 2011.2) Uma empresa põe anúncio em jornal oferecendo emprego para a função de vendedor, exigindo que o candidato tenha experiência anterior de 11 meses nessa função. Diante disso, assinale a alternativa correta. (A) A exigência é ilegal, pois o máximo que o futuro empregador poderia exigir seriam 6 meses de experiência. (B) A exigência é ilegal, pois o máximo que o futuro empregador poderia exigir seriam 3 meses de experiência. (C) A exigência é legal, pois a experiência até 1 ano pode ser exigida do candidato a qualquer emprego, estando inserida no poder diretivo do futuro empregador. (D) A exigência não traduz discriminação no emprego, de modo que poderia ser exigido qualquer período de experiência anterior. Gabarito Comentado: O art. 442-A, inserido na CLT com o advento da Lei 11.644/2008, impôs ao empregador um limite temporal para contratação de empregados, que não poderá exigir, no ato da contratação, mais de 6 (seis) meses de prática do candidato para a atividade, ou seja, não poderá o empregador exigir dos pretensos empregados, período de experiência superior a 6 (seis) meses para aquela determinada função. Licensed to Graziela Bitencourt Cardoso - grazielabitencort@gmail.com - 04159135277 b9473da824019ce2e8cb6643ecfd02bc7948d7e89c892601a06f53e56d957bed.pdf b781cc31d8c72bba4ba4a71a35cc8f4c7134d3af7dcbe49289feaa27708f2bb9.pdf f850132fd62c66f8f848f03109469f97b91a4ac76637831696c5f4b58f813833.pdf 52383c95b9a54d81a6bf2e14c49dc21c5488b89f4aaead6a48ecda294ae7bee4.pdf 67980684a0aad73b7cce6f6d191db2659afd3f295bf3c8aa5f6912de1d9b389a.pdf fbba860b61e938e405bfa2b2caa6240d28b143d190334b84d25e8dd08f02cb04.pdf 12fa49a365f69784592a84b5aca03f4773dfebccd8f37fd2a16df9dfcead7c1d.pdf