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QUESTÃO 01
Na ética contemporânea, o sujeito não é mais um 
sujeito substancial, soberano e absolutamente livre, 
nem um sujeito empírico puramente natural. Ele é 
simultaneamente os dois, na medida em que é um 
sujeito histórico-social. Assim, a ética adquire um 
dimensionamento político, uma vez que a ação do 
sujeito não pode mais ser vista e avaliada fora da relação 
social coletiva. Desse modo, a ética se entrelaça, 
necessariamente, com a política, entendida esta como 
a área de avaliação dos valores que atravessam as 
relações sociais e que interliga os indivíduos entre si.
SEVERINO, A. J. Filosofia. São Paulo: Cortez, 1992 (adaptado).
O texto, ao evocar a dimensão histórica do processo 
de formação da ética na sociedade contemporânea, 
ressalta
Os conteúdos éticos decorrentes das ideologias 
político-partidárias. 
O valor da ação humana derivada de preceitos 
metafísicos. 
A sistematização de valores desassociados da 
cultura.
O sentido coletivo e político das ações humanas 
individuais. 
O julgamento da ação ética pelos políticos eleitos 
democraticamente.
QUESTÃO 02
Panayiotis Zavos “quebrou” o último tabu da 
clonagem humana – transferiu embriões para o útero 
de mulheres, que os gerariam. Esse procedimento é 
crime em inúmeros países. Aparentemente, o médico 
possuía um laboratório secreto, no qual fazia seus 
experimentos. “Não tenho nenhuma dúvida de que 
uma criança clonada irá aparecer em breve. Posso não 
ser eu o médico que irá criá-la, mas vai acontecer”, 
declarou Zavos. “Se nos esforçarmos, podemos ter um 
bebê clonado daqui a um ano, ou dois, mas não sei se 
é o caso. Não sofremos pressão para entregar um bebê 
clonado ao mundo. Sofremos pressão para entregar um 
bebê clonado saudável ao mundo.”
CONNOR, S. Disponível em: www.independent.co.uk. Acesso em: 14 ago. 2012 (adaptado).
A clonagem humana é um importante assunto de reflexão 
no campo da bioética que, entre outras questões, 
dedica-se a
Refletir sobre as relações entre o conhecimento da 
vida e os valores éticos do homem. 
Legitimar o predomínio da espécie humana sobre as 
demais espécies animais no planeta. 
Relativizar, no caso da clonagem humana, o uso dos 
valores de certo e errado, de bem e mal.
Legalizar, pelo uso das técnicas de clonagem, os 
processos de reprodução humana e animal.
Fundamentar técnica e economicamente as 
pesquisas sobre células-tronco para uso em seres 
humanos.
QUESTÃO 03
É alarmante constatar que a legislação diária do 
Brasil é uma regulamentação do “não pode”, a palavra 
“não” que submete o cidadão ao Estado, sendo usada 
de forma geral e constante. Ora, é precisamente por 
tudo isso que conseguimos descobrir e aperfeiçoar 
um modo, um jeito, um estilo de navegação social que 
passa sempre nas entrelinhas desses peremptórios e 
autoritários “não pode!”. Assim, entre o “pode” e o “não 
pode”, escolhemos, de modo chocantemente antilógico, 
mas singularmente brasileiro, a junção do “pode” com o 
“não pode”.
DAMATTA, Roberto. O que faz o brasil, Brasil? 12. ed. Rio de Janeiro: Rocco, 2001.
No texto anterior, Roberto DaMatta discorre sobre uma 
prática socialmente enraizada na cultura brasileira 
conhecida como
Autoritarismo excludente.
Ética do meio termo.
Democracia racial.
Jeitinho brasileiro.
Corrupção ativa.
QUESTÃO 04
Nossa felicidade depende daquilo que somos, de 
nossa individualidade; enquanto, na maior parte das 
vezes, levamos em conta apenas a nossa sorte, apenas 
aquilo que temos ou representamos. Pois, o que alguém 
é para si mesmo, o que o acompanha na solidão e 
ninguém lhe pode dar ou retirar, é manifestamente mais 
essencial para ele do que tudo quanto puder possuir ou 
ser aos olhos dos outros. Um homem espiritualmente 
rico, na mais absoluta solidão, consegue se divertir 
primorosamente com seus próprios pensamentos e 
fantasias, enquanto um obtuso, por mais que mude 
continuamente de sociedades, espetáculos, passeios e 
festas, não consegue afugentar o tédio que o martiriza.
(Schopenhauer. Aforismos sobre a sabedoria de vida, 2015. Adaptado.)
Com base no texto, é correto afirmar que a ética de 
Schopenhauer
Corrobora os padrões hegemônicos de 
comportamento da sociedade de consumo atual. 
Valoriza o aprimoramento formativo do espírito como 
campo mais relevante da vida humana.
Valoriza preferencialmente a simplicidade e a 
humildade, em vez do cultivo de qualidades 
intelectuais.
Prioriza a condição social e a riqueza material como 
as determinações mais relevantes da vida humana. 
Realiza um elogio à fé religiosa e à espiritualidade 
em detrimento da atração pelos bens materiais.
QUESTÃO 05
A moralidade, Bentham exortava, não é uma questão 
de agradar a Deus, muito menos de fidelidade a regras 
abstratas. A moralidade é a tentativa de criar a maior 
quantidade de felicidade possível neste mundo. Ao 
decidir o que fazer, deveríamos, portanto, perguntar 
qual curso de conduta promoveria a maior quantidade 
de felicidade para todos aqueles que serão afetados.
RACHELS. J. Os elementos da filosofia moral, Barueri-SP; Manole. 2006.
Os parâmetros da ação indicados no texto estão em 
conformidade com uma
Fundamentação científica de viés positivista.
Convenção social de orientação normativa.
Transgressão comportamental religiosa.
Racionalidade de caráter pragmático.
Inclinação de natureza passional.
QUESTÃO 06
Passamos de uma sociedade política a uma 
sociedade organizacional, entendida esta última como 
uma sociedade de gestão sistêmica e tecnocrática que 
serve de legitimação e referência aos direitos da pessoa 
e, portanto, define uma liberdade de maneira totalmente 
privada. Tudo se reduz ao exercício pragmático do 
controle e da influência. A referência à cidadania 
não desaparece, mas reduz-se à participação nas 
eleições, numa sociedade de massa totalmente aberta 
à propaganda e amplamente entregue às solicitações 
mercantis e às modas.
DUPAS, Gilberto. Atores e poderes na nova ordem global: assimetrias, instabilidades e 
imperativos de legitimação. São Paulo: Editora UNESP, 2005.
Segundo o texto, a cidadania no século XXI passa por 
um processo de
Vinculação a um ambiente politicamente democrático 
e liberalizante. 
Substituição do seu sentido ampliado pelo modelo 
individualizado.
Reconhecimento da importância do marketing 
político nas campanhas.
Enfraquecimento da legitimidade dos processos 
decisórios pelo voto. 
Valorização das ações de construção do consumo no 
mundo atual.
QUESTÃO 07
Fundamos, como afirmam alguns cientistas, o 
antropoceno: uma nova era geológica com altíssimo 
poder de destruição, fruto dos últimos séculos que 
significaram um transtorno perverso do equilíbrio do 
sistema-Terra. Como enfrentar esta nova situação 
nunca ocorrida antes de forma globalizada e profunda? 
Temos pessoalmente trabalhado os paradigmas da 
sustentabilidade e do cuidado como relação amigável 
e cooperativa para com a natureza. Queremos, agora, 
agregar a ética da responsabilidade.
BOFF, L. Responsabilidade coletiva. 
Disponível em: http://leonardoboff.wordpress.com. Acesso em: 14 maio 2013.
A ética da responsabilidade protagonizada pelo filósofo 
alemão Hans Jonas e reivindicada no texto é expressa 
pela máxima
“A tua ação possa valer como norma para todos os 
homens.”
“A norma aceita por todos advenha da ação 
comunicativa e do discurso.”
“A tua ação possa produzir a máxima felicidade para 
a maioria das pessoas.”
“O teu agir almeje alcançar determinados fins que 
possam justificar os meios.”
“O efeito de tuas ações não destrua a possibilidade 
futura da vida das novas gerações.”
QUESTÃO 08
Quino
A figura do inquilino ao qual a personagem da tirinha se 
refere é o(a)
Constrangimento por olhares de reprovação.
Costume importo aos filhos por coação.
Consciência da obrigação moral.
Pessoa habitante da mesma casa. 
Temor de possível castigo.
QUESTÃO 09
A promessa da tecnologia moderna se converteu 
em uma ameaça, ou esta se associou àquela de forma 
indissolúvel. Ela vai além da constatação da ameaça 
física. Concebida para a felicidadehumana, a submissão 
da natureza, na sobremedida de seu sucesso, que agora 
se estende à própria natureza do homem, conduziu 
ao maior desafio já posto ao ser humano pela sua 
própria ação. O novo continente da práxis coletiva que 
adentramos com a alta tecnologia ainda constitui, para 
a teoria ética, uma terra de ninguém.
JONAS. H. O princípio da responsabilidade. 
Rio de Janeiro: Contraponto; Editora PUC-Rio, 2011 (adaptado).
As implicações éticas da articulação apresentada no 
texto impulsionam a necessidade de construção de um 
novo padrão de comportamento, cujo objetivo consiste 
em garantir o(a)
Pragmatismo da escolha individual.
Sobrevivência de gerações futuras.
Fortalecimento de políticas liberais.
Valorização de múltiplas etnias.
Promoção da inclusão social.
QUESTÃO 10
Uma criança com deficiência mental deve ser 
mantida em casa ou mandada a uma instituição? Um 
parente mais velho que costuma causar problemas deve 
ser cuidado ou podemos pedir que vá embora? Um 
casamento infeliz deve ser prolongado pelo bem das 
crianças?
MURDOCH, I. A soberania do bem. São Paulo: Unesp, 2013.
Os questionamentos apresentados no texto possuem 
uma relevância filosófica à medida que problematizam 
conflitos que estão nos domínios da
Política e da esfera pública.
Teologia e dos valores religiosos.
Lógica e da validade dos raciocínios.
Ética e dos padrões de comportamento.
Epistemologia e dos limites do conhecimento.
QUESTÃO 11
TEXTO I
Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento 
originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que 
outras coisas provêm de sua descendência. Quando o ar 
se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os ventos 
são ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar 
por feltragem e, ainda mais condensadas, transformam-
se em água. A água, quando mais condensada, 
transforma-se em terra, e quando condensada ao 
máximo possível, transforma-se em pedras.
BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado).
TEXTO II
Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, 
como criador de todas as coisas, está no princípio 
do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo 
se nos apresentam, em face desta concepção, as 
especulações contraditórias dos filósofos, para os quais 
o mundo se origina, ou de algum dos quatro elementos, 
como ensinam os Jônios, ou dos átomos, como julga 
Demócrito. Na verdade, dão a impressão de quererem 
ancorar o mundo numa teia de aranha.”
GILSON, E.; BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado).
Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram 
teses para explicar a origem do universo, a partir de uma 
explicação racional. As teses de Anaxímenes, filósofo 
grego antigo, e de Basílio, filósofo medieval, têm em 
comum na sua fundamentação teorias que
Eram baseadas nas ciências da natureza.
Refutavam as teorias de filósofos da religião.
Tinham origem nos mitos das civilizações antigas.
Postulavam um princípio originário para o mundo.
Defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas.
QUESTÃO 12
Alguns dos desejos são naturais e necessários; 
outros, naturais e não necessários; outros, nem naturais 
nem necessários, mas nascidos de vã opinião. Os 
desejos que não nos trazem dor se não satisfeitos 
não são necessários, mas o seu impulso pode ser 
facilmente desfeito, quando é difícil obter sua satisfação 
ou parecem geradores de dano.
EPICURO DE SAMOS. Doutrinas principais. In: SANSON, V. F. Textos de filosofia.
Rio de Janeiro: Eduff, 1974.
No fragmento da obra filosófica de Epicuro, o homem 
tem como fim
Alcançar o prazer moderado e a felicidade.
Valorizar os deveres e as obrigações sociais.
Aceitar o sofrimento e o rigorismo da vida com 
resignação.
Refletir sobre os valores e as normas dadas pela 
divindade 
Defender a indiferença e a impossibilidade de se 
atingir o saber.
QUESTÃO 13
A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a 
mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não 
devem estar separados como na inscrição existente 
em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, 
e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que 
amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas 
mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós 
a identificamos como felicidade.
ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010.
Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais 
excelentes atributos, Aristóteles a identifica como
Busca por bens materiais e títulos de nobreza.
Plenitude espiritual e ascese pessoal.
Finalidade das ações e condutas humanas.
Conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas.
Expressão do sucesso individual e reconhecimento 
público.
QUESTÃO 14
Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor 
conjunto de normas e naquela dotada de homens 
absolutamente justos, os cidadãos não devem viver 
uma vida de trabalho trivial ou de negócios — esses 
tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis com as 
qualidades morais —, tampouco devem ser agricultores 
os aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável 
ao desenvolvimento das qualidades morais e à prática 
das atividades políticas”.
VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994.
O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite 
compreender que a cidadania
Possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, 
pois é condenável que os políticos de qualquer época 
fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos 
cidadãos tem de trabalhar.
Era entendida como uma dignidade própria dos 
grupos sociais superiores, fruto de uma concepção 
política profundamente hierarquizada da sociedade.
Estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção 
política democrática, que levava todos os habitantes 
da pólis a participarem da vida cívica.
Tinha profundas conexões com a justiça, razão pela 
qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado 
às atividades vinculadas aos tribunais.
Vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles 
que se dedicavam à política e que tinham tempo para 
resolver os problemas da cidade.
QUESTÃO 15
A filosofia grega parece começar com uma ideia 
absurda, com a proposição: a água é a origem e a 
matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário 
deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: 
em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo 
sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o 
faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar, 
porque nela, embora apenas em estado de crisálida, 
está contido o pensamento: Tudo é um.
NIETZSCHE, F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o 
surgimento da filosofia entre os gregos?
O impulso para transformar, mediante justificativas, 
os elementos sensíveis em verdades racionais.
O desejo de explicar, usando metáforas, a origem 
dos seres e das coisas.
A necessidade de buscar, de forma racional, a causa 
primeira das coisas existentes.
A ambição de expor, de maneira metódica, as 
diferenças entre as coisas.
A tentativa de justificar, a partir de elementos 
empíricos, o que existe no real.
QUESTÃO 16
Compreende-se assim o alcance de uma 
reivindicação que surge desde o nascimento da cidade 
na Grécia antiga: a redação das leis. Ao escrevê-las, não 
se faz mais que assegurar-lhes permanência e fixidez. 
As leis tornam-se bem comum, regra geral, suscetível 
de ser aplicada a todos da mesma maneira.
VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 1992 (adaptado).
Para o autor, a reivindicação atendida na Grécia antiga, 
ainda vigente no mundo contemporâneo, buscava 
garantir o princípio do(da)
Isonomia — igualdade de tratamento aos cidadãos..
Transparência — acesso as informações 
governamentais..
Tripartição — separação entre os poderes políticos 
estatais.
Equiparação — igualdade de gênero na participação 
política.
Elegibilidade — permissão para candidatura aos 
cargos públicos.
QUESTÃO 17
Trasímacoestava impaciente porque Sócrates e os 
seus amigos presumiam que a justiça era algo real e 
importante. Trasímaco negava isso. Em seu entender, 
as pessoas acreditavam no certo e no errado apenas 
por terem sido ensinadas a obedecer às regras da sua 
sociedade. No entanto, essas regras não passavam de 
invenções humanas.
RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiya, 2009.
O sofista Trasímaco, personagem imortalizado no 
diálogo A República, de Platão, sustentava que a 
correlação entre justiça e ética é resultado de
Determinações biológicas impregnadas na natureza 
humana.
Verdades objetivas com fundamento anterior aos 
interesses sociais.
Mandamentos divinos inquestionáveis legados das 
tradições antigas.
Convenções sociais resultantes de interesses 
humanos contingentes.
Sentimentos experimentados diante de determinadas 
atitudes humanas.
QUESTÃO 18
Durante muito tempo, considerou-se que a Filosofia 
nascera por transformações que os gregos operaram na 
sabedoria oriental (egípcia, caldeia e babilônica). Assim, 
filósofos como Platão e Aristóteles afirmavam a origem 
oriental da Filosofia.
Os gregos, diziam eles, povo comerciante e 
navegante, descobriram, através das viagens, a 
agrimensura dos egípcios, a astrologia dos caldeus e 
dos babilônios, as genealogias dos persas, os mistérios 
religiosos orientais referentes aos rituais de purificação 
da alma etc. A filosofia teria nascido das transformações 
que os gregos impuseram a esses conhecimentos.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000. (adaptado).
As explicações contidas no texto demonstram que o 
processo de consolidação da Filosofia, na Grécia Antiga, 
foi consequência da
Disputa com outras culturas pelo monopólio do saber.
Apropriação inovadora da sabedoria de outras 
culturas.
Busca por saberes que fossem comercialmente 
rentáveis.
Subtração do conhecimento de civilizações mais 
prósperas.
Capacidade dos gregos de reproduzir invenções de 
outros povos.
QUESTÃO 19
A característica específica do homem em 
comparação com os outros animais é que somente ele 
tem o sentimento do bem e do mal, do justo e do injusto 
e de outras qualidades morais.
ARISTÓTELES. Política.
A virtude moral é um meio-termo entre dois vícios, 
um dos quais envolve o excesso e outro a deficiência, 
e isso porque a sua natureza é visar à mediania nas 
paixões e nos atos.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômano, livro II.
Refletindo sobre o papel da ética e da moral aristotélica na 
construção da sociedade, pode-se afirmar corretamente 
que
As ações do homem no mundo independem dos 
valores éticos/morais que as sociedades impõem 
sobre os indivíduos.
Apesar das diferenças entre os muitos grupos 
e comunidades humanas, os códigos morais 
permanecem inalterados.
A reflexão ética se restringe à busca de conhecimentos 
teóricos sobre os valores e condutas humanas em 
sociedade.
O seres humanos possuem a consciência moral, ou 
seja, a capacidade de observar a própria conduta e 
formular juízos, permitindo escolher seus próprios 
caminhos.
A ética está relacionada às normas que orientam 
o comportamento humano e a moral se aplica ao 
ramo da Filosofia que investiga os diversos sistemas 
éticos.
QUESTÃO 20
A quem não basta pouco, nada basta.
EPICURO. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1985.
Remanescente do período helenístico, a máxima 
apresentada valoriza a seguinte virtude:
Esperança, tida como confiança no porvir.
Justiça, interpretada como retidão de caráter.
Temperança, marcada pelo domínio da vontade.
Coragem, definida como fortitude na dificuldade.
Prudência, caracterizada pelo correto uso da razão.
QUESTÃO 21
TEXTO I
Há já algum tempo eu me apercebi de que, desde 
meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões 
como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu 
fundei em princípios tão mal assegurados não podia 
ser senão mui duvidoso e incerto. Era necessário 
tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-
me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e 
começar tudo novamente a fim de estabelecer um saber 
firme e inabalável.
DESCARTES, R. Meditações concernentes à Primeira Filosofia. 
São Paulo: Abril Cultural, 1973 (adaptado).
TEXTO II
É o caráter radical do que se procura que exige a 
radicalização do próprio processo de busca. Se todo o 
espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que 
aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada 
pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma 
daquelas que foram anteriormente varridas por essa 
mesma dúvida.
SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado).
A exposição e a análise do projeto cartesiano 
indicam que, para viabilizar a reconstrução radical do 
conhecimento, deve-se
Retomar o método da tradição para edificar a ciência 
com legitimidade.
Questionar de forma ampla e profunda as antigas 
ideias e concepções.
Investigar os conteúdos da consciência dos homens 
menos esclarecidos.
Buscar uma via para eliminar da memória saberes 
antigos e ultrapassados.
Encontrar ideias e pensamentos evidentes que 
dispensam ser questionados.
QUESTÃO 22
Posto que as qualidades que impressionam nossos 
sentidos estão nas próprias coisas, é claro que as 
ideias produzidas na mente entram pelos sentidos. O 
entendimento não tem o poder de inventar ou formar 
uma única ideia simples na mente que não tenha sido 
recebida pelos sentidos. Gostaria que alguém tentasse 
imaginar um gosto que jamais impressionou seu paladar, 
ou tentasse formar a ideia de um aroma que nunca 
cheirou. Quando puder fazer isso, concluirei também 
que um cego tem ideias das cores, e um surdo, noções 
reais dos diversos sons.
(John Locke. Ensaio acerca do entendimento humano, 1991. Adaptado.)
De acordo com o filósofo, todo conhecimento origina-se da
Reminiscência de ideias originalmente 
transcendentes.
Combinação de ideias metafísicas e empíricas.
Categorias a priori existentes na mente humana.
Experiência com os objetos reais e empíricos.
Relação dialética do espírito humano com o mundo.
QUESTÃO 23
Uma conversação de tal natureza transforma o 
ouvinte; o contato de Sócrates paralisa e embaraça; 
leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma 
direção incomum: os temperamentais, como Alcibíades, 
sabem que encontrarão junto dele todo o bem de que 
são capazes, mas fogem porque receiam essa influência 
poderosa, que os leva a se censurarem. E sobretudo 
a esses jovens, muitos quase crianças, que ele tenta 
imprimir sua orientação.
ABRÉHIER, E. História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1977.
O texto evidencia características do modo de vida socrático, 
que se baseava na
Contemplação da tradição mítica.
Sustentação do método dialético.
Relativização do saber verdadeiro.
Valorização da argumentação retórica.
Investigação dos fundamentos da natureza.
QUESTÃO 24
Nunca nos tornaremos matemáticos, por exemplo, 
embora nossa memória possua todas as demonstrações 
feitas por outros, se nosso espírito não for capaz de 
resolver toda espécie de problemas; não nos tornaríamos 
filósofos, por ter lido todos os raciocínios de Platão e 
Aristóteles, sem poder formular um juízo sólido sobre 
o que nos é proposto. Assim, de fato, pareceríamos ter 
aprendido, não ciências, mas histórias.
DESCARTES. R. Regras para a orientação do espírito. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
Em sua busca pelo saber verdadeiro, o autor considera 
o conhecimento, de modo crítico, como resultado da
Investigação de natureza empírica. 
Retomada da tradição intelectual. 
Imposição de valores ortodoxos. 
Autonomia do sujeito pensante. 
Liberdade do agente moral. 
QUESTÃO 25
Suponha homens numa morada subterrânea, em 
forma de caverna, cuja entrada, aberta à luz, se estende 
sobre todo o comprimento da fachada; eles estão lá 
desde a infância, as pernas e o pescoço presos por 
correntes, de tal sorte que não podem trocar de lugar e 
só podem olhar para frente, pois os grilhões os impedem 
de voltar a cabeça; a luz de uma fogueira acesaao 
longe, numa elevada do terreno, brilha por detrás deles; 
entre a fogueira e os prisioneiros, há um caminho 
ascendente; ao longo do caminho, imagine um pequeno 
muro, semelhante aos tapumes que os manipuladores 
de marionetes armam entre eles e o público e sobre os 
quais exibem seus prestígios.
PLATÃO. A República. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2007.
Essa narrativa de Platão é uma importante manifestação 
cultural do pensamento grego antigo, cuja ideia central, 
do ponto de vista filosófico, evidencia o(a) 
Caráter antropológico, descrevendo as origens do 
homem primitivo.
Sistema penal da época, criticando o sistema 
carcerário da sociedade ateniense.
Vida cultural e artística, expressa por dramaturgos 
trágicos e cômicos gregos.
Sistema político elitista, provindo do surgimento da 
pólis e da democracia ateniense.
Teoria do conhecimento, expondo a passagem do 
mundo ilusório para o mundo das ideias.
QUESTÃO 26
Até hoje admitia-se que nosso conhecimento se 
devia regular pelos objetos; porém todas as tentativas 
para descobrir, mediante conceitos, algo que ampliasse 
nosso conhecimento, malogravam-se com esse 
pressuposto. Tentemos, pois, uma vez, experimentar 
se não se resolverão melhor as tarefas da metafísica, 
admitindo que os objetos se deveriam regular pelo 
nosso conhecimento.
KANT, I. Crítica da razão pura. Lisboa: Calouste-Gulbenkian, 1994 (adaptado).
O trecho em questão é uma referência ao que ficou 
conhecido como revolução copernicana na filosofia. Nele, 
confrontam-se duas posições filosóficas que
Assumem pontos de vista opostos acerca da natureza 
do conhecimento.
Defendem que o conhecimento é impossível, 
restando-nos somente o ceticismo.
Revelam a relação de interdependência entre os 
dados da experiência e a reflexão filosófica.
Apostam, no que diz respeito às tarefas da filosofia, 
na primazia das ideias em relação aos objetos.
Refutam-se mutuamente quanto à natureza do nosso 
conhecimento e são ambas recusadas por Kant.
QUESTÃO 27
O cálculo, mesmo com os decimais e a álgebra, foi 
adotado na Índia, onde o sistema decimal foi inventado; 
mas seu uso foi desenvolvido apenas pelo capitalismo 
no Ocidente, pois, na Índia, isso não levou às modernas 
aritmética e contabilidade. Nem podemos dizer que 
as origens da matemática e da mecânica tenham 
sido determinadas pelos interesses capitalistas. Mas 
a utilização técnica do conhecimento científico, tão 
importante para as condições de vida da massa do povo, 
foi certamente incentivada pelas condições econômicas, 
estas que lhe eram extremamente favoráveis no mundo 
ocidental.
WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. 
4. ed. São Paulo: Martin Claret, 2009.
A análise weberiana mostra que, no processo de 
desenvolvimento capitalista, o conhecimento científico foi
Desvinculado das habilidades técnicas originalmente 
desenvolvidas.
Expropriado da cultura oriental sem que esta fosse 
reconhecida.
Utilizado com o fim de gerar dividendos financeiros 
para o povo.
Desenvolvido segundo os critérios da racionalidade 
econômica.
Criado para atender interesses socioeconômicos 
particulares.
QUESTÃO 28
Pode-se viver sem ciência, pode-se adotar crenças 
sem querer justificá-las racionalmente, pode-se 
desprezar as evidências empíricas. No entanto, depois 
de Platão e Aristóteles, nenhum homem honesto 
pode ignorar que uma outra atitude intelectual foi 
experimentada, a de adotar crenças com base em 
razões e evidências e questionar tudo o mais a fim de 
descobrir seu sentido último.
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2002.
Platão e Aristóteles marcaram profundamente a 
formação do pensamento Ocidental. No texto, é 
ressaltado importante aspecto filosófico de ambos os 
autores que, em linhas gerais, refere-se à
Adoção da experiência do senso comum como 
critério de verdade.
Incapacidade de a razão confirmar o conhecimento 
resultante de evidências empíricas. 
Pretensão de a experiência legitimar por si mesma a 
verdade. 
Defesa de que a honestidade condiciona a 
possibilidade de se pensar a verdade. 
Compreensão de que a verdade deve ser justificada 
racionalmente.
QUESTÃO 29
Para Platão, o que havia de verdadeiro em 
Parmênides era que o objeto de conhecimento é um 
objeto de razão e não de sensação, e era preciso 
estabelecer uma relação entre objeto racional e objeto 
sensível ou material que privilegiasse o primeiro em 
detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivelmente, a 
Doutrina das Ideias formava-se em sua mente.
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. 
São Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado).
O texto faz referência à relação entre razão e sensação, 
um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão 
(427–346 a.C.). De acordo com o texto, diante dessa 
relação, Platão
Estabelece um abismo intransponível entre as duas. 
Privilegia os sentidos e subordinando o conhecimento 
a eles.
Atém-se à posição de Parmênides de que razão e 
sensação são inseparáveis.
Afirma que a razão é capaz de gerar conhecimento, 
mas a sensação não.
Rejeita a posição de Parmênides de que a sensação 
é superior à razão.
QUESTÃO 30
Essas longas cadeias de razões, todas simples e 
fáceis, de que os geômetras costumam se utilizar para 
chegar às demonstrações mais difíceis, haviam-me 
dado oportunidade de imaginar que todas as coisas 
passíveis de cair sob domínio do conhecimento dos 
homens seguem-se umas às outras da mesma maneira 
e que, contanto que nos abstenhamos somente de 
aceitar por verdadeira alguma que não o seja, e que 
observemos sempre a ordem necessária para deduzi-
las umas das outras, não pode haver, quaisquer que 
sejam, tão distantes às quais não se chegue por fim, 
nem tão ocultas que não se descubram.
(DESCARTES, R. Discurso do método. Tradução de Elza Moreira Marcelina. Brasília: 
Editora da Universidade de Brasília; São Paulo: Ática, 1989. p. 45.)
No que se refere ao método cartesiano, como visto no 
texto, sabe-se que
O conhecimento é obtido partindo-se da experiência, 
isto é, da observação da natureza, e depois 
generalizando os resultados de tais observações.
Qualquer coisa que a razão humana é capaz de 
conhecer pode ser alcançada, partindo-se de 
verdades evidentes, e aplicando a dedução lógica a 
essas verdades.
É possível apenas obter um conhecimento 
aproximado, probabilístico, acerca de qualquer 
objeto, não sendo de modo algum alcançável o 
conhecimento da verdade, independente do assunto 
em questão.
Independentemente das premissas das quais se 
parte ao se procurar obter conhecimento sobre um 
determinado assunto, a verdade sobre tal assunto 
será alcançada desde que os princípios da lógica 
dedutiva sejam aplicados corretamente.
Verdades evidentes inexistem, de modo que, para 
se obter conhecimento sobre qualquer assunto, é 
necessário realizar longas séries de demonstrações 
difíceis, como aquelas que são habitualmente 
desenvolvidas pelos geômetras.
QUESTÃO 31
QUINO. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1991
Democracia: “regime político no qual a soberania é 
exercida pelo povo, pertence ao conjunto dos cidadãos.”
APIASSÚ, H.; MARCONDES, D. Dicionário Básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2006. 
Uma suposta “vacina” contra o despotismo, em um 
contexto democrático, tem por objetivo
Impedir a contratação de familiares para o serviço 
público.
Reduzir a ação das instituições constitucionais.
Combater a distribuição equilibrada de poder.
Evitar a escolha de governantes autoritários.
Restringir a atuação do Parlamento.
QUESTÃO 32
É verdade que nas democracias o povo parece 
fazer o que quer; mas a liberdade política não consiste 
nisso. Deve-se ter sempre presente em mente o que 
é independência e o que é liberdade. A liberdade é 
o direito de fazer tudo o que as leis permitem; se um 
cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não 
teria mais liberdade, porque os outros também teriam 
tal poder.
MONTESQUIEU. Do Espírito das Leis. São Paulo: Editora NovaCultural, 1997 (adaptado).
A característica de democracia ressaltada por 
Montesquieu diz respeito
Ao status de cidadania que o indivíduo adquire ao 
tomar as decisões por si mesmo.
Ao condicionamento da liberdade dos cidadãos à 
conformidade às leis.
À possibilidade de o cidadão participar no poder e, 
nesse caso, livre da submissão às leis.
Ao livre-arbítrio do cidadão em relação àquilo que é 
proibido, desde que ciente das consequências.
Ao direito de o cidadão exercer sua vontade de 
acordo com seus valores pessoais.
QUESTÃO 33
Na sociedade democrática, as opiniões de cada 
um não são fortalezas ou castelos para que neles nos 
encerremos como forma de autoafirmação pessoal. Não 
só temos de ser capazes de exercer a razão em nossas 
argumentações, como também devemos desenvolver a 
capacidade de ser convencidos pelas melhores razões. 
A partir dessa perspectiva, a verdade buscada é sempre 
um resultado, não ponto de partida: e essa busca inclui 
a conversação entre iguais, a polêmica, o debate, a 
controvérsia.
SAVATER, F. As perguntas da vida. São Paulo: Martins Fontes, 2001 (adaptado).
A ideia de democracia presente no texto, baseada na 
concepção de Habermas acerca do discurso, defende 
que a verdade é um(a)
Alvo objetivo alcançável por cada pessoa, como 
agente racional autônomo.
Critério acima dos homens, de acordo com o qual 
podemos julgar quais opiniões são as melhores.
Construção da atividade racional de comunicação 
entre os indivíduos, cujo resultado é um consenso.
Produto da razão, que todo indivíduo traz latente 
desde o nascimento, mas que só se firma no processo 
latente educativo.
Resultado que se encontra mais desenvolvido 
nos espíritos elevados, a quem cabe a tarefa de 
convencer os outros.
QUESTÃO 34
“A soberania não pode ser representada pela 
mesma razão por que não pode ser alienada, 
consiste essencialmente na vontade geral e a vontade 
absolutamente não se representa. (...). Os deputados do 
povo não são nem podem ser seus representantes; não 
passam de comissários seus, nada podendo concluir 
definitivamente. É nula toda lei que o povo diretamente 
não ratificar; em absoluto, não é lei.”
(ROSSEAU, J.J. Do Contrato social, São Paulo, 
Abril Cultural, 1973, livro III, cap. XV, p. 108-109).
Rousseau, ao negar que a soberania possa ser 
representada preconiza como regime político
Um sistema misto de democracia semidireta, no qual 
atuariam mecanismos corretivos das distorções da 
representação política tradicional. 
A constituição de uma República, na qual os 
deputados teriam uma participação política limitada. 
A democracia direta ou participativa, mantida por meio 
de assembleias frequentes de todos os cidadãos. 
A democracia indireta, pois as leis seriam elaboradas 
pelos deputados distritais e aprovadas pelo povo. 
Um regime comunista no qual o poder seria extinto, 
assim como as diferenças entre cidadão e súdito
QUESTÃO 35
“As instâncias do Poder, que os cidadãos acreditavam 
terem instalado democraticamente, estão, sob o peso da 
crítica, em vias de perder sua identidade. A opinião não 
lhes confere mais o certificado de conformidade que a 
legitimidade deles exige. Jürgen Habermas [...] vê nessa 
situação ‘um problema de regulação’. A opinião pública, 
abalada em suas crenças mais firmes, não dá mais sua 
adesão às regulações que o direito constitucional ou, 
mais amplamente, o direito positivo do Estado formaliza”.
(GOYARD-FABRE, Simone. O que é democracia?. Trad. de Cláudia Berliner. São Paulo: 
Martins Fontes, 2003. p. 202-203.) 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre os Estados 
Democráticos de Direito na contemporaneidade, é correto 
afirmar que a
Atual identidade das instâncias do poder é confirmada 
pela “crítica”.
Legalidade e legitimidade das instâncias de poder 
são coincidentes nos Estados Democráticos de 
Direito.
Regulação das instituições de poder deve ser 
independente da opinião pública.
Legitimidade das instâncias de poder deve ser 
baseada no direito positivo.
Opinião pública é que deve dar legitimidade às 
instâncias de poder.
QUESTÃO 36
O conceito de democracia, no pensamento de 
Habermas, é construído a partir de uma dimensão 
procedimental, calcada no discurso e na deliberação. 
A legitimidade democrática exige que o processo 
de tomada de decisões políticas ocorra a partir de 
uma ampla discussão pública, para somente então 
decidir. Assim, o caráter deliberativo corresponde a um 
processo coletivo de ponderação e análise, permeado 
pelo discurso, que antecede a decisão.
VITALE. D. Jürgen Habermas, modernidade e democracia deliberativa. 
Cadernos do CRH (UFBA), v. 19, 2006 (adaptado)
O conceito de democracia proposto por Jürgen 
Habermas pode favorecer processos de inclusão social. 
De acordo com o texto, é uma condição para que isso 
aconteça o(a)
Participação direta periódica do cidadão.
Debate livre e racional entre cidadãos e Estado.
Interlocução entre os poderes governamentais.
Eleição de lideranças políticas com mandatos 
temporários.
Controle do poder político por cidadãos mais 
esclarecidos.
QUESTÃO 37
Hoje, a indústria cultural assumiu a herança 
civilizatória da democracia de pioneiros e empresários, 
que tampouco desenvolvera uma fineza de sentido 
para os desvios espirituais. Todos são livres para 
dançar e para se divertir, do mesmo modo que, desde a 
neutralização histórica da religião, são livres para entrar 
em qualquer uma das inúmeras seitas. Mas a liberdade 
de escolha da ideologia, que reflete sempre a coerção 
econômica, revela-se em todos os setores como a 
liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa.
A liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo com a análise do texto, é um(a) 
A ideia de democracia presente no texto, baseada na 
concepção de Habermas acerca do discurso, defende 
que a verdade é um(a)
Legado social. 
Patrimônio político. 
Produto da moralidade. 
Conquista da humanidade. 
Ilusão da contemporaneidade
QUESTÃO 38
O Estado é sempre visto como “todo-poderoso”; na 
pior hipótese, como repressor e cobrador de impostos; na 
melhor, como um distribuidor paternalista de empregos 
e favores. A ação política nessa visão é, sobretudo, 
orientada para a negociação direta com o governo, sem 
passar pela mediação da representação. Como vimos, 
até mesmo uma parcela do movimento operário na 
Primeira República orientou-se nessa direção; parcela 
ainda maior adaptou-se a ela na década de 1930. Essa 
cultura, orientada mais para o Estado do que para a 
representação, é o que chamamos de “estadania”, em 
contraste com a cidadania.
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 3. ed. 
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. p. 221.
O conceito de cidadania, aludido no texto do historiador 
José Murilo de Carvalho, representa a
Distribuição de empregos e favores pelo Estado.
Tentativa de driblar a cobrança de impostos pelo 
Estado.
Negociação direta entre as demandas do cidadão e 
o Estado.
Fragilização do poder público representado pelo 
Estado.
Possibilidade de cada cidadão ser representado pelo 
Estado
QUESTÃO 39
A democracia se caracteriza [...] por uma visão do 
mundo baseada no respeito pelo Outro, e pelo princípio 
de legalidade, do controle e da responsabilidade, do 
poder, que exigem que os governantes sejam expostos 
à luz pública para o efeito específico das avaliações 
dos governados. [...] Porque a democracia se baseia 
no princípio da confiança e da boa-fé, e não no 
medo, ela sucumbe quando a esfera do público perde 
transparência e se vê permeada pelo segredo e pela 
mentira, que é o que ocorre quando a palavra esconde 
e engana, ao invés de revelar, conforme determina o 
princípio ético da veracidade.
LAFER, Celso. A mentira: um capítulo das relações entre a ética e a política. In: NOVAES, 
Adauto (Org.). Ética. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 233-235. 
O texto relaciona ética e democracia como referências 
que respaldam a ação política e de poder, a qual écaracterizada pelo(a)
Correção da conduta política e afirmação do interesse 
individual em detrimento do coletivo.
Crença no princípio da legalidade e da autoridade do 
Estado em detrimento dos anseios do povo.
Restrição ao acesso à informação em consonância 
com o sistema jurídico, que assegura o segredo de 
Estado.
Direito do governante de exercer o poder 
autocraticamente, sem prestar contas aos seus 
governados.
Afirmação da verdade como referência ética 
e submissão dos governantes à avaliação dos 
governados.
QUESTÃO 40
Em entrevista ao jornal Democracy Now, em 2014, 
a filósofa Angela Davis afirmou que algum progresso 
em torno da questão das prisões americanas tem 
ocorrido desde a publicação do seu livro Are Prisons 
bsolete?.“Em vez de pensar em formas de reformar o 
sistema penitenciário, precisamos pensar em formas 
de, a longo prazo, ter menos pessoas atrás das grades 
para, no futuro, termos um ambiente sem prisões, no 
qual problemas sociais como analfabetismo e pobreza 
não signifiquem uma trajetória direta para a cadeia”, 
disse.
MOREIRA, Isabela. 4 reflexões para entender o pensamento de Angela Davis. Revista 
Galileu, 25 nov. 2016. Disponível em: <http://www.revistagalileu.globo.com>. 
Acesso em: 22 mar. 2017. (adaptado)
A política de encarceramento em massa, criticada 
por Angela Davis no contexto norte-americano, está 
relacionada a problemas sociais ocasionados por uma 
experiência de
Investimento em propostas que criem práticas 
integrativas e humanitárias.
Cidadania fragilizada pelo preconceito com relação a 
alguns setores sociais.
Análise demográfica em que a maioria dos 
prisioneiros são negros e latinos.
Altruísmo estatal direcionado a segmentos sociais de 
menor renda e formação.
Inadequação de certos grupos ao trabalho regular e 
ao convívio social harmonioso.
QUESTÃO 41
A história de todas as sociedades tem sido a história 
das lutas de classe. Classe oprimida pelo despotismo 
feudal, a burguesia conquistou a soberania política no 
Estado moderno, no qual uma exploração aberta e direta 
substituiu a exploração velada por ilusões religiosas. 
A estrutura econômica da sociedade condiciona as 
suas formas jurídicas, políticas, religiosas, artísticas 
ou filosóficas. Não é a consciência do homem que 
determina o seu ser, mas, ao contrário, são as relações 
de produção que ele contrai que determinam a sua 
consciência.
(Adaptado de K. Marx e F. Engels, Obras escolhidas. São Paulo: 
Alfa-Ômega, s./d., vol 1, p. 21-23, 301-302.) 
As proposições dos enunciados podem ser associadas 
ao pensamento conhecido como
Pensamento mítico, ligado à ação de deuses 
poderosos, dentro de uma perspectiva de tempo 
cíclico.
Materialismo histórico, que concebe a História a partir 
da luta de classes e da determinação das formas 
ideológicas pelas relações de produção.
Positivismo, que encara a História como um conjunto 
de dados quantificáveis e dispostos em ordem 
cronológica.
Teocentrismo, reafirmando uma concepção 
providencialista e linear da História.
História social, com ênfase nas mentalidades e 
cotidiano das civilizações antigas.
QUESTÃO 42
A incerteza e a vulnerabilidade humanas são os 
alicerces de todo poder político. É contra essa dupla de 
efeitos secundários da condição humana (constantes, 
embora alvos de profunda indignação), contra o 
medo e a ansiedade que eles tendem a gerar, que o 
Estado moderno prometeu proteger seus súditos; e foi, 
principalmente, dessa promessa que ele tirou sua razão 
de ser, assim como a obediência e o apoio eleitoral de 
seus cidadãos.
BAUMAN, Zygmunt. Danos colaterais: desigualdades sociais numa era global.
Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
O texto mostra que os governos se legitimam na promessa 
de trazer segurança e paz para a população. Esse pacto 
político tem como pressuposto
A luta por maior espaço nas decisões políticas.
A aceitação resignada de medidas impopulares.
O papel do Estado como mediador dos conflitos.
A recusa de governos com tendências autoritárias.
O receio de que haja corrupção nas gestões públicas
QUESTÃO 43
Nosso conhecimento científico “está começando 
a nos capacitar a interferir diretamente nas bases 
biológicas ou psicológicas da motivação humana, por 
meio de drogas ou por seleção ou engenharia genética, 
ou usando dispositivos externos que interferem no 
cérebro ou nos processos de aprendizagem”, escreveram 
recentemente os filósofos Julian Savulescu e Ingmar 
Persson. [...] James Hughes, especialista em bioética 
[...], defendeu o aprimoramento moral, afirmando que 
ele deve ser voluntário e não coercitivo. “Com a ajuda 
da ciência, poderemos descobrir nossos caminhos para 
a felicidade e virtude proporcionadas pela tecnologia”.
Rosner, Hillary. “Seria bom viver para sempre?”.
Disponível em: <www.sciam.com.br> Acesso em: out. 2016. 
As possibilidades tecnológicas descritas no texto permitem 
afirmar que 
O aprimoramento visado pelos pesquisadores 
desvaloriza o progresso técnico no campo 
neurocientífico.
Tais interferências técnicas somente seriam 
possibilitadas sob um regime político totalitário.
Ideais espiritualistas de meditação permitem 
concentração intensa da mente.
O caráter voluntário dos experimentos elimina a 
existência de controvérsias de natureza ética.
Os recursos científicos estão direcionados ao 
aperfeiçoamento técnico da espécie humana.
QUESTÃO 44
O justo e o bem são complementares no sentido 
de que uma concepção política deve apoiar-se em 
diferentes ideias do bem. Na teoria da justiça como 
equidade, essa condição se expressa pela prioridade 
do justo. Sob sua forma geral, esta quer dizer que as 
ideias aceitáveis do bem devem respeitar os limites da 
concepção política de justiça e nela desempenhar um 
certo papel.
RAWLS, J. Justiça e democracia. São Paulo: Martins Fontes, 2000 (adaptado).
Segundo Rawls, a concepção de justiça legisla sobre 
ideias do bem, de forma que
As ações individuais são definidas como 
efeitos determinados por fatores naturais ou 
constrangimentos sociais.
O estudo da origem e da história dos valores morais 
concluem a inexistência de noções absolutas de bem 
e mal.
O próprio estatuto do homem como centro do 
mundo é abalado, marcando o relativismo da época 
contemporânea.
As intenções e bens particulares que cada indivíduo 
almeja alcançar são regulados na sociedade por 
princípios equilibrados.
P homem é compreendido como determinado e livre 
ao mesmo tempo, já que a liberdade limita-se a um 
conjunto de condições objetivas.
QUESTÃO 45
A crítica é uma questão de distância certa. O olhar hoje 
mais essencial, o olho mercantil que penetra no coração 
das coisas, chama-se propaganda. Esta arrasa o espaço 
livre da contemplação e aproxima tanto as coisas, 
coloca-as tão debaixo do nariz quanto o automóvel que 
sai da tela de cinema e cresce, gigantesco, tremeluzindo 
em direção a nós. E, do mesmo modo que o cinema não 
oferece móveis e fachadas a uma observação crítica 
completa, mas dá apenas a sua espetacular, rígida e 
repentina proximidade, também a propaganda autêntica 
transporta as coisas para primeiro plano e tem um ritmo 
que corresponde ao de um bom filme.
BENJAMIN, W. Rua de mão única: infância berlinense – 1900. 
Belo Horizonte: Autêntica, 2013 (adaptado). 
O texto apresenta um entendimento do filósofo Walter 
Benjamin, segundo o qual a propaganda dificulta o 
procedimento de análise crítica em virtude do(a)
Caráter ilusório das imagens.
Evolução constante da tecnologia.
Aspecto efêmero dos acontecimentos.
Conteúdo objetivo das informações.
Natureza emancipadora das opiniões.
QUESTÃO 46
Galileu, que detinha uma verdade científica 
importante, abjurou-a com a maior facilidade, quando 
ela lhe pôs a vida em perigo. Em um certo sentido, ele 
fez bem. Essa verdade valia-lhe a fogueira. Se for a 
Terra ou o Sol que gira em torno um do outro é algo 
profundamente irrelevante. Resumindo as coisas, é 
um problema fútil. Em compensação, vejo que muitas 
pessoas morrem por achar que a vida não vale a pena 
ser vivida.Vejo outras que se fazem matar pelas ideias 
ou ilusões que lhes proporcionam uma razão de viver 
(o que se chama de razão de viver é, ao mesmo tempo, 
uma excelente razão de morrer). Julgo, portanto, que o 
sentido da vida é a questão mais decisiva de todas. E 
como responder a isso?
CAMUS, A. O mito de Sísifo: ensaio sobre o absurdo. 
Rio de Janeiro: Record, 2004 (adaptado).
O texto apresenta uma questão fundamental, na 
perspectiva da filosofia contemporânea, que consiste na 
reflexão sobre os vínculos entre a realidade concreta e a
Condição da existência no mundo.
Abrangência dos valores religiosos.
Percepção da experiência no tempo.
Transitoriedade das paixões humanas.
Insuficiência do conhecimento empírico.
QUESTÃO 47
Os produtos e seu consumo constituem a meta 
declarada do empreendimento tecnológico. Essa meta 
foi proposta pela primeira vez no início da Modernidade, 
como expectativa de que o homem poderia dominar a 
natureza. No entanto, essa expectativa, convertida em 
programa anunciado por pensadores como Descartes 
e Bacon e impulsionado pelo Iluminismo, não surgiu 
“de um prazer de poder”, “de um mero imperialismo 
humano”, mas da aspiração de libertar o homem e de 
enriquecer sua vida, física e culturalmente.
CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico: três enfoques, Scientiae Studia. 
São Paulo, v. 2, n. 4, 2004 (adaptado). 
Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes e 
Bacon, e o projeto iluminista concebem a ciência como 
uma forma de saber que almeja libertar o homem das 
intempéries da natureza. Nesse contexto, a investigação 
científica consiste em
Expor a essência da verdade e resolver 
definitivamente as disputas teóricas ainda existentes. 
Oferecer a última palavra acerca das coisas que 
existem e ocupar o lugar que outrora foi da filosofia. 
Ser a expressão da razão e servir de modelo para 
outras áreas do saber que almejam o progresso.
Explicitar as leis gerais que permitem interpretar a 
natureza e eliminar os discursos éticos e religiosos. 
Explicar a dinâmica presente entre os fenômenos 
naturais e impor limites aos debates acadêmicos.
QUESTÃO 48
O edifício é circular. Os apartamentos dos prisioneiros 
ocupam a circunferência. Você pode chamá-los, se 
quiser, de celas. O apartamento do inspetor ocupa o 
centro; você pode chamá-lo, se quiser, de alojamento 
do inspetor. A moral reformada; a saúde preservada; a 
indústria revigorada; a instrução difundida; os encargos 
públicos aliviados; a economia assentada, como deve 
ser, sobre uma rocha; o nó górdio da Lei sobre os Pobres 
não cortado, mas desfeito — tudo por uma simples ideia 
de arquitetura!
BENTHAM, J. O panóptico. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
Essa é a proposta de um sistema conhecido como 
panóptico, um modelo que mostra o poder da 
disciplina nas sociedades contemporâneas, exercido 
preferencialmente por mecanismos
Religiosos, que se constituem como um olho divino 
controlador que tudo vê.
Ideológicos, que estabelecem limites pela alienação, 
impedindo a visão da dominação sofrida.
Repressivos, que perpetuam as relações de 
dominação entre os homens por meio da tortura 
física.
Sutis, que adestram os corpos no espaço-tempo por 
meio do olhar como instrumento de controle.
Consensuais, que pactuam acordos com base na 
compreensão dos benefícios gerais de se ter as 
próprias ações controladas.
QUESTÃO 49
Em um documento rubricado pela Rede Global de 
Academias de Ciência (IAP), um grupo de pensadores 
da comunidade científica com sede em Trieste (Itália) 
que engloba 105 academias de todo o mundo alerta pela 
primeira vez sobre os riscos do consumo nos países 
do Primeiro Mundo e a falta de controle demográfico, 
principalmente nas nações em desenvolvimento. Na 
declaração da comunidade científica se indica que as 
pautas de consumo exacerbado do Primeiro Mundo 
estão se deslocando perigosamente para os países em 
desenvolvimento: os milhões de telefones celulares e 
toneladas de “junk food” que invadem os lares pobres 
são claros indicadores dessa problemática. A ausência 
nos países pobres de políticas de planejamento familiar 
ou de prevenção de gravidezes precoces acaba de 
configurar um sombrio cenário de superpopulação. 
“Trata-se de dois problemas convergentes que pela 
primeira vez analisamos de forma conjunta”, afirma 
García Novo.
(Francho Barón. El País, 16.06.2012. Adaptado.). 
Um dos problemas relatados no texto está relacionado 
com
A supremacia de tendências estatais de controle 
sobre a economia liberal.
O aumento do nível de pobreza nos países 
subdesenvolvidos.
A hegemonia do planejamento familiar nos países do 
Terceiro Mundo.
O declínio dos valores morais e religiosos na era 
contemporânea.
O irracionalismo das relações de consumo no mundo 
atual.
QUESTÃO 50
Quando ninguém duvida da existência de um 
outro mundo, a morte é uma passagem que deve ser 
celebrada entre parentes e vizinhos. O homem da 
Idade Média tem a convicção de não desaparecer 
completamente, esperando a ressurreição. Pois nada 
se detém e tudo continua na eternidade. A perda 
contemporânea do sentimento religioso fez da morte 
uma provação aterrorizante, um trampolim para as 
trevas e o desconhecido.
DUBY, G. Ano 1000 ano 2000 na pista dos nossos medos.
 São Paulo: Unesp, 1998 (adaptado)..
Ao comparar as maneiras com que as sociedades têm 
lidado com a morte, o autor considera que houve um 
processo de
Mercantilização das crenças religiosas.
Transformação das representações sociais.
Disseminação do ateísmo nos países de maioria 
cristã.
Diminuição da distância entre saber científico e 
eclesiástico.
Amadurecimento da consciência ligada à civilização 
moderna.
QUESTÃO 01
Estamos testemunhando o reverso da tendência 
histórica da assalariação do trabalho e socialização 
da produção, que foi característica predominante 
na era industrial. A nova organização social e 
econômica baseada nas tecnologias da informação 
visa à administração descentralizadora, ao trabalho 
individualizante e aos mercados personalizados. As 
novas tecnologias da informação possibilitam, ao 
mesmo tempo, a descentralização das tarefas e sua 
coordenação em uma rede interativa de comunicação 
em tempo real, seja entre continentes, seja entre os 
andares de um mesmo edifício.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2006. (adaptado)
No contexto descrito, as sociedades vivenciam 
mudanças constantes nas ferramentas de comunicação 
que afetam os processos produtivos nas empresas. Na 
esfera do trabalho, tais mudanças têm provocado o(a)
aprofundamento dos vínculos dos operários com 
as linhas de montagem sob influência dos modelos 
orientais de gestão. 
intensificação das formas tradicionais de trabalho 
como solução de larga escala para o problema do 
desemprego crônico. 
avanço do trabalho flexível e da terceirização como 
respostas às demandas por inovação e com vistas à 
mobilidade dos investimentos.
autonomização crescente das máquinas e 
computadores em substituição ao trabalho dos 
especialistas técnicos e gestores. 
fortalecimento do diálogo entre operários, gerentes, 
executivos e clientes com a garantia de harmonização 
das relações de trabalho.
QUESTÃO 02
Um trabalhador em tempo flexível controla o local 
do trabalho, mas não adquire maior controle sobre o 
processo em si. A essa altura, vários estudos sugerem 
que a supervisão do trabalho é, muitas vezes, maior 
para os ausentes do escritório do que para os presentes. 
O trabalho é fisicamente descentralizado e o poder 
sobre o trabalhador, mais direto.
SENNETT, R. A corrosão do caráter: consequências pessoais do novo capitalismo. 
Rio de Janeiro: Record, 1999. (adaptado)
Comparada à organização do trabalho característica 
do taylorismo e do fordismo, a concepção de tempo 
analisada no texto pressupõe que os(as)
tecnologias de informação sejam usadas para 
democratizar as relações laborais.
estruturas burocráticas sejam transferidas da 
empresa para o espaço doméstico.
procedimentos de terceirizaçãosejam aprimorados 
pela qualificação profissional.
organizações sindicais sejam fortalecidas com a 
valorização da especialização funcional.
mecanismos de controle sejam deslocados dos 
processos para os resultados do trabalho.
QUESTÃO 03
O cidadão norte-americano desperta num leito 
construído segundo padrão originário do Oriente 
Próximo, mas modificado na Europa Setentrional antes 
de ser transmitido à América. Sai debaixo de cobertas 
feitas de algodão cuja planta se tornou doméstica na 
Índia. No restaurante, toda uma série de elementos 
tomada de empréstimo o espera. O prato é feito de uma 
espécie de cerâmica inventada na China. A faca é de 
aço, liga feita pela primeira vez na Índia do Sul; o garfo é 
inventado na Itália medieval; a colher vem de um original 
romano. Lê notícias do dia impressas em caracteres 
inventados pelos antigos semitas, em material inventado 
na China e por um processo inventado na Alemanha.
LINTON, R. O homem: uma introdução à antropologia. São Paulo: Martins, 1959. (adaptado)
A situação descrita é um exemplo de como os costumes 
resultam da
assimilação de valores de povos exóticos.
experimentação de hábitos sociais variados.
recuperação de heranças da Antiguidade Clássica.
fusão de elementos de tradições culturais diferentes.
valorização de comportamento de grupos 
privilegiados.
QUESTÃO 04
A poluição e outras ofensas ambientais ainda não 
tinham esse nome, mas já eram largamente notadas no 
século XIX, nas grandes cidades inglesas e continentais. 
E a própria chegada ao campo das estradas de 
ferro suscitou protestos. A reação antimaquinista, 
protagonizada pelos diversos luddismos, antecipa a 
batalha atual dos ambientalistas. Esse era, então, o 
combate social contra os miasmas urbanos.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 
São Paulo: EDUSP, 2002. (adaptado)
Os movimentos sociais citados no texto emergiram e se 
expressaram por meio dos(as)
ideologias conservacionistas, com milhares de 
adeptos no meio urbano.
políticas governamentais de preservação dos objetos 
naturais e culturais.
teorias sobre a necessidade de harmonização entre 
técnica e natureza.
boicotes aos produtos das empresas exploradoras e 
poluentes.
contestações à degradação do trabalho, das 
tradições e da natureza.
QUESTÃO 05
Na sociedade contemporânea, onde as relações 
sociais tendem a reger-se por imagens midiáticas, a 
imagem de um indivíduo, principalmente na indústria do 
espetáculo, pode agregar valor econômico na medida 
de seu incremento técnico: amplitude do espelhamento 
e da atenção pública. Aparecer é então mais do que 
ser; o sujeito é famoso porque é falado. Nesse âmbito, 
a lógica circulatória do mercado, ao mesmo tempo que 
acena democraticamente para as massas com supostos 
“ganhos distributivos” (a informação ilimitada, a quebra 
das supostas hierarquias culturais), afeta a velha 
cultura disseminada na esfera pública. A participação 
nas redes sociais, a obsessão dos selfies, tanto falar 
e ser falado quanto ser visto são índices do desejo de 
“espelhamento”.
SODRE, M. Disponível em: http://alias.estadao.com.br. Acesso em: 9 fev. 2015. (adaptado)
A crítica contida no texto sobre a sociedade 
contemporânea enfatiza os(a)
prática identitária autorreferente.
dinâmica política democratizante.
produção instantânea de notícias.
processos difusores de informações.
mecanismos de convergência tecnológica.
QUESTÃO 06
Na regulação de matérias culturalmente delicadas, 
como, por exemplo, a linguagem oficial, os currículos 
da educação pública, o status das Igrejas e das 
comunidades religiosas, as normas do direito penal (por 
exemplo, quanto ao aborto), mas também em assuntos 
menos chamativos, como, por exemplo, a posição da 
família e dos consórcios semelhantes ao matrimônio, 
a aceitação de normas de segurança ou a delimitação 
das esferas pública e privada — em tudo isso reflete-se 
amiúde apenas o autoentendimento ético-político de uma 
cultura majoritária, dominante por motivos históricos. 
Por causa de tais regras, implicitamente repressivas, 
mesmo dentro de uma comunidade republicana que 
garanta formalmente a igualdade de direitos para todos, 
pode eclodir um conflito cultural movido pelas minorias 
desprezadas contra a cultura da maioria.
HABERMAS, J. A inclusão do outro: estudos de teoria política. São Paulo: Loyola, 2002.
A reivindicação dos direitos culturais das minorias, 
como exposto por Habermas, encontra amparo nas 
democracias contemporâneas, na medida em que se 
alcança o(a)
secessão, pela qual a minoria discriminada 
obteria a igualdade de direitos na condição da sua 
concentração espacial, em um tipo de independência 
nacional.
reunificação da sociedade que se encontra 
fragmentada em grupos de diferentes comunidades 
étnicas, confissões religiosas e formas de vida, em 
torno da coesão de uma cultura política nacional.
coexistência das diferenças, considerando a 
possibilidade de os discursos de autoentendimento 
se submeterem ao debate público, cientes de que 
estarão vinculados à coerção do melhor argumento.
autonomia dos indivíduos que, ao chegarem à vida 
adulta, tenham condições de se libertar das tradições 
de suas origens em nome da harmonia da política 
nacional.
desaparecimento de quaisquer limitações, tais 
como linguagem política ou distintas convenções de 
comportamento, para compor a arena política a ser 
compartilhada.
QUESTÃO 07
Apesar de seu disfarce de iniciativa e otimismo, 
o homem moderno está esmagado por um profundo 
sentimento de impotência que o faz olhar fixamente 
e, como que paralisado, para as catástrofes que 
se avizinham. Por isso, desde já, saliente-se a 
necessidade de uma permanente atitude crítica, o 
único modo pelo qual o homem realizará sua vocação 
natural de integrar-se, superando a atitude do simples 
ajustamento ou acomodação, apreendendo temas e 
tarefas de sua época.
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.
Paulo Freire defende que a superação das dificuldades 
e a apreensão da realidade atual será obtida pelo(a)
desenvolvimento do pensamento autônomo.
obtenção de qualificação profissional.
resgate de valores tradicionais.
realização de desejos pessoais.
aumento da renda familiar.
QUESTÃO 08
Nós nos recusamos a acreditar que o banco da 
justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que 
há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. 
Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que 
nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade 
e a segurança da justiça.
KING Jr., M. L. Eu tenho um sonho, 28 ago. 1963. Disponível em: www.palmares.gov.br. 
Acesso em: 30 nov. 2011 (adaptado).
O cenário vivenciado pela população negra, no sul dos 
Estados Unidos nos anos 1950, conduziu à mobilização 
social. Nessa época, surgiram reivindicações que tinham 
como expoente Martin Luther King e objetivavam o(a)
conquista de direitos civis para a população negra.
incorporação dos negros ao mercado de trabalho.
apoio aos atos violentos patrocinados pelos negros 
em espaço urbano.
supremacia das instituições religiosas em meio à 
comunidade negra sulista.
aceitação da cultura negra como representante do 
modo de vida americano.
QUESTÃO 09
Em 1961, o presidente De Gaulle apelou com êxito 
aos recrutas franceses contra o golpe militar dos seus 
comandados, porque os soldados podiam ouvi-lo em 
rádios portáteis. Na década de 1970, os discursos do 
aiatolá Khomeini, líder exilado da futura Revolução 
Iraniana, eram gravados em fita magnética e prontamente 
levados para o Irã, copiados e difundidos.
HOBSBAWM, E. Era dos extremos: o breve século XX (1914-1991). 
São Paulo: Cia. das Letras, 1995.
Os exemplos mencionados no texto evidenciam um uso 
dos meios de comunicação identificado na
manipulação da vontade popular.
promoção da mobilização política.
insubordinação das tropas militares.
implantação de governos autoritários.
valorização dos socialmente desfavorecidos.
QUESTÃO 10
“Não se veem, porventura, povos pobresem terras 
vastíssimas, potencialmente férteis, em climas dos 
mais benéficos? E, inversamente, não se encontra, 
por vezes, uma população numerosa vivendo na 
abundância em um território exíguo, até algumas vezes 
em terras penosamente conquistadas ao oceano, ou em 
territórios que não são favorecidos por dons naturais? 
Ora, se essa é a realidade, é por existir uma causa 
sem a qual os recursos naturais nada são. Uma causa 
geral e comum de riqueza, causa que, atuando de modo 
desigual e vário entre os diferentes povos, explica as 
desigualdades de riqueza de cada um deles.”
SMITH, Adam. Apud HUGON, Paul. História das Doutrinas Econômicas. 
São Paulo: Atlas, 1973. (adaptado)
O texto anterior evidencia a preocupação, por parte 
de pensadores do século XVIII, com a fonte geradora 
de riqueza. As “escolas” econômicas do período – 
Fisiocracia e Liberalismo – apresentavam, contudo, 
discordâncias quanto a essa fonte.
Os elementos geradores de riqueza, para a Fisiocracia 
e para o Liberalismo, eram, respectivamente,
terra e trabalho.
agricultura e capital.
indústria e comércio.
trabalho e agricultura.
metal precioso e tecnologia.
QUESTÃO 11
Quanto ao “choque de civilizações”, é bom lembrar a 
carta de uma menina americana de sete anos cujo pai 
era piloto na Guerra do Afeganistão: ela escreveu que 
embora amasse muito seu pai estava pronta a deixá-lo 
morrer, a sacrificá-lo por seu país. Quando o presidente 
Bush citou suas palavras, elas foram entendidas como 
manifestação “normal” de patriotismo americano; vamos 
conduzir uma experiência mental simples e imaginar 
uma menina árabe maometana pateticamente lendo 
para as câmeras as mesmas palavras a respeito do pai 
que lutava pelo Talibã não é necessário pensar muito 
sobre qual teria sido a nossa reação.
ZIZEK, S. Bem-vindo ao deserto do real. São Paulo: Bom Tempo, 2003.
A situação imaginária proposta pelo autor explicita o 
desafio cultural do(a)
prática da diplomacia.
exercício da alteridade.
expansão da democracia.
universalização do progresso.
conquista da autodeterminação.
QUESTÃO 12
Os meios de comunicação funcionam como um 
elo entre os diferentes segmentos de uma sociedade. 
Nas últimas décadas, acompanhamos a inserção de 
um novo meio de comunicação que supera em muito 
outros já existentes, visto que pode contribuir para a 
democratização da vida social e política da sociedade 
à medida que possibilita a instituição de mecanismos 
eletrônicos para a efetiva participação política e 
disseminação de informações.
Contemporaneamente, constitui o exemplo 
mais expressivo desse novo conjunto de 
redes informacionais a
internet.
fibra ótica.
televisão digital.
telefonia móvel.
portabilidade telefônica.
QUESTÃO 13
TEXTO I
O que vemos no país é uma espécie de espraiamento 
e manifestação da agressividade através da violência. 
Isso se desdobra de maneira evidente na criminalidade, 
que está presente em todos os redutos – seja nas 
áreas abandonadas pelo poder público, seja na política 
ou no futebol. O brasileiro não é mais violento do que 
outros povos, mas a fragilidade do exercício e do 
reconhecimento da cidadania e a ausência do Estado 
em vários territórios do país se impõem como um caldo 
de cultura no qual a agressividade e a violência fincam 
suas raízes.
Entrevista com Joel Birman. A Corrupção é um crime sem rosto. 
IstoÉ. Edição 2099, 3 fev. 2010.
TEXTO II
Nenhuma sociedade pode sobreviver sem canalizar 
as pulsões e emoções do indivíduo, sem um controle 
muito específico de seu comportamento. Nenhum 
controle desse tipo é possível sem que as pessoas 
anteponham limitações umas às outras, e todas as 
limitações são convertidas, na pessoa a quem são 
impostas, em medo de um ou outro tipo.
ELIAS, N. O Processo Civilizador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.
Considerando-se a dinâmica do processo civilizador, tal 
como descrito no Texto II, o argumento do Texto I acerca 
da violência e da agressividade na sociedade brasileira 
expressa a
incompatibilidade entre os modos democráticos de 
convívio social e a presença de aparatos de controle 
policial.
manutenção de práticas repressivas herdadas 
dos períodos ditatoriais sob a forma de leis e atos 
administrativos.
inabilidade das forças militares em conter a violência 
decorrente das ondas migratórias nas grandes 
cidades brasileiras.
dificuldade histórica da sociedade brasileira em 
institucionalizar formas de controle social compatíveis 
com valores democráticos.
incapacidade das instituições político-legislativas em 
formular mecanismos de controle social específicos 
à realidade social brasileira.
QUESTÃO 14
Vida social sem internet?
Disponível em: http://tv-video-edc.blogspot.com. Acesso em: 30 maio 2010.
A charge revela uma crítica aos meios de comunicação, 
em especial à internet, porque
questiona o fato de as pessoas priorizarem as redes 
virtuais de relacionamento.
considera as relações sociais como menos 
importantes que as virtuais.
enaltece a pretensão do homem de estar em todos 
os lugares ao mesmo tempo.
descreve com precisão as sociedades humanas no 
mundo globalizado.
concebe a rede de computadores como o espaço 
mais eficaz para a construção de relações sociais.
QUESTÃO 15
Homens da Inglaterra, por que arar para os senhores 
que vos mantêm na miséria?
Por que tecer com esforços e cuidado as ricas roupas 
que vossos tiranos vestem?
Por que alimentar, vestir e poupar do berço até o túmulo 
esses parasitas ingratos que exploram vosso suor -- ah, 
que bebem vosso sangue?
SHELLEY. Os homens da Inglaterra. Apud HUBERMAN, L. 
História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.
A análise do trecho permite identificar que o poeta 
romântico Shelley (1792-1822) registrou uma contradição 
nas condições socioeconômicas da nascente classe 
trabalhadora inglesa durante a Revolução Industrial. Tal 
contradição está identificada no(a)
pobreza dos empregados, que estava dissociada 
da riqueza dos patrões.
salário dos operários, que era proporcional aos seus 
esforços nas indústrias.
burguesia, que tinha seus negócios financiados 
pelo proletariado.
trabalho, que era considerado uma garantia de 
liberdade.
riqueza, que não era usufruída por aqueles que a 
produziam.
QUESTÃO 16
Baranga, tilanga, canhão, dragão, tribufu, jaburu, 
mocreia. Nenhum dos xingamentos estéticos tem 
equivalente masculino. Nunca vi ninguém dizendo que 
o Lula é feio: “O Lula foi um bom presidente, mas no 
segundo mandato embarangou.” Percebam que ele 
é gordinho, tem nariz adunco e orelhas de abano. Se 
fosse mulher, tava frito. Mas é homem. Não nasceu pra 
ser atraente. Nasceu pra mandar. Ele é xingado. Mas de 
outras coisas.
Até quando a gente quer bater no homem, é na 
mulher que a gente bate. A maior ofensa que se pode 
fazer a um homem não é um ataque a ele, mas à mãe 
ou à esposa. Nos dois casos, ele sai ileso: calhou de ser 
filho ou de casar com uma mulher da vida.
DUVIVIER, Gregorio. Xingamento. Folha de S. Paulo. 6 jan. 2013. 
Disponível em: <http://www.folha.uol.com.br>. (adaptado)
A leitura do texto permite inferir que
homens e mulheres sofrem igualmente pressões 
sociais para que seus corpos estejam adequados 
aos padrões estéticos vigentes.
as mulheres, na sociedade contemporânea, sofrem 
uma violência simbólica que tem como principal alvo 
o seu corpo.
a herança cultural judaico-cristã reserva à mulher 
um papel autônomo diante da família e da sociedade 
como um todo.
os valores patriarcais foram superados pelos avanços 
do movimento feminista e pelo desenvolvimento da 
noção de direitos humanos.
o preconceito sobre a figura feminina recai 
principalmente sobre sua suposta inferioridade 
cognitiva em relação aos homens.
QUESTÃO 17
A charge apresentada faz alusão a um importante 
conceito das Ciências Sociais conhecido como
etnocentrismo.
nacionalismo.
evolucionismo.
racismo.
individualismo.
QUESTÃO 18
Um volume imenso de pesquisas tem sido produzido 
para tentar avaliar os efeitos dos programas de televisão. 
A maioria desses estudos diz respeitoàs crianças - o 
que é bastante compreensível pela quantidade de 
tempo que elas passam em frente ao aparelho e pelas 
possíveis implicações desse comportamento para a 
socialização. Dois dos tópicos mais pesquisados são o 
impacto da televisão no âmbito do crime e da violência e 
a natureza das noticias exibidas na televisão.
GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005.
O texto indica que existe uma significativa produção 
científica sobre os impactos socioculturais da televisão 
na vida do ser humano. E as crianças, em particular, são 
as mais vulneráveis a essa influência porque
codificam informações transmitidas nos programas 
infantis por meio da observação.
adquirem conhecimentos variados que incentivam o 
processo de interação social.
interiorizam padrões de comportamento e papéis 
sociais com menor visão crítica.
observam formas de convivência social baseadas na 
tolerância e no respeito.
apreendem modelos de sociedade pautados na 
observância das leis.
QUESTÃO 19
Uma pesquisadora francesa produziu o seguinte 
texto para caracterizar nosso país:
O Brasil, quinto país do mundo em extensão 
territorial, é o mais vasto do hemisfério Sul. Ele faz parte 
essencialmente do mundo tropical, à exceção de seus 
estados mais meridionais, ao sul de São Paulo.
O Brasil dispõe de vastos territórios subpovoados, 
como o da Amazônia, conhece também um crescimento 
urbano extremamente rápido, índices de pobreza que 
não diminuem e uma das sociedades mais desiguais 
do mundo. Qualificado de “terra de contrastes”, o Brasil 
é um país moderno do Terceiro Mundo, com todas as 
contradições que isso tem por consequência.
DROULERS, Martine. Dictionnaire geopolitique des états. 
Organizado por Yves Lacoste. Paris: Éditions Flamarion, 1995. (adaptado)
O Brasil é qualificado como uma “terra de contrastes” por:
fazer parte do mundo tropical, mas ter um crescimento 
urbano semelhante ao dos países temperados.
não conseguir evitar seu rápido crescimento urbano, 
por ser um país com grande extensão de fronteiras 
terrestres e de costa.
possuir grandes diferenças sociais e regionais e ser 
considerado um país moderno do Terceiro Mundo.
possuir vastos territórios subpovoados, apesar de 
não ter recursos econômicos e tecnológicos para 
explorá-los.
ter elevados índices de pobreza, por ser um país 
com grande extensão territorial e predomínio de 
atividades rurais.
QUESTÃO 20
O cálculo, mesmo com os decimais e a álgebra, foi 
adotado na Índia, onde o sistema decimal foi inventado; 
mas seu uso foi desenvolvido apenas pelo capitalismo 
no Ocidente, pois, na Índia, isso não levou às modernas 
aritmética e contabilidade. Nem podemos dizer que 
as origens da matemática e da mecânica tenham 
sido determinadas pelos interesses capitalistas. Mas 
a utilização técnica do conhecimento científico, tão 
importante para as condições de vida da massa do povo, 
foi certamente incentivada pelas condições econômicas, 
estas que lhe eram extremamente favoráveis no mundo 
ocidental.
WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. 4. ed. 
São Paulo: Martin Claret, 2009.
A análise weberiana mostra que, no processo de 
desenvolvimento capitalista, o conhecimento científico foi
desvinculado das habilidades técnicas originalmente 
desenvolvidas.
expropriado da cultura oriental sem que esta fosse 
reconhecida.
utilizado com o fim de gerar dividendos financeiros 
para o povo.
desenvolvido segundo os critérios da racionalidade 
econômica.
criado para atender interesses socioeconômicos 
particulares.
QUESTÃO 21
É alarmante constatar que a legislação diária do 
Brasil é uma regulamentação do “não pode”, a palavra 
“não” que submete o cidadão ao Estado, sendo usada 
de forma geral e constante. Ora, é precisamente por 
tudo isso que conseguimos descobrir e aperfeiçoar 
um modo, um jeito, um estilo de navegação social que 
passa sempre nas entrelinhas desses peremptórios e 
autoritários “não pode!”. Assim, entre o “pode” e o “não 
pode”, escolhemos, de modo chocantemente antilógico, 
mas singularmente brasileiro, a junção do “pode” com o 
“não pode”.
DAMATTA, Roberto. O que faz o brasil, Brasil? 12. ed. Rio de Janeiro: Rocco, 2001.
No texto anterior, Roberto DaMatta discorre sobre uma 
prática socialmente enraizada na cultura brasileira 
conhecida como
autoritarismo excludente.
ética do meio termo.
democracia racial.
jeitinho brasileiro.
corrupção ativa.
QUESTÃO 22
É um conceito de várias acepções, sendo a mais 
corrente a definição genérica formulada por Edward B. 
Tylor, segundo a qual é “todo aquele complexo que inclui 
o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os 
costumes e todos os outros hábitos e capacidades 
adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. 
Esta definição se refere ao conceito de:
Relativismo cultural.
Indústria cultural.
Etnocentrismo.
Preconceito.
Cultura.
QUESTÃO 23
A imigração consiste no estabelecimento de um 
indivíduo ou de grupos de indivíduos estrangeiros 
num determinado país ou região diferente daquele de 
origem, e resulta de diversos fatores como aspiração por 
melhores condições de vida, autoproteção contra crises 
humanitárias, climáticas e econômicas severas, bem 
como guerras e perseguição política, cultural ou racial.
Nesse sentido, pode-se afirmar que o(a)
comunidade judaica, que imigrou para a Europa 
quando Jerusalém foi destruída pelos romanos 
em 70 d.C., foi bem recebida e contribui para o 
desenvolvimento econômico europeu até os dias 
atuais.
imigração promove o convívio entre diferentes 
grupos e é um fator de diversidade cultural, apesar 
da xenofobia que se interpõe em muitos casos.
Brasil é um exemplo de política de integração e 
diversidade cultural na qual diferentes povos, de 
diferentes origens, inclusive os povos indígenas, 
alcançaram plena integração.
d) destino das mais importantes correntes migratórias, 
os Estados Unidos, possui uma política de imigração 
que promove a plena integração dos imigrados 
naquela sociedade.
migração regional, como no caso da migração 
nordestina para o centro-sul do país, não encontra 
resistências no Brasil, sendo confrontada por 
movimentos xenófobos e fascistas.
QUESTÃO 24
Ao organizar a sociedade, o homem teve a necessidade 
de distribuir ações e cobrar resultados; não se poderia 
mais dividir o trabalho apenas pela condição do sexo 
humano. Com a Revolução Industrial e a crescente 
urbanização, o homem passou a reordenar funções. 
Sociologicamente, a divisão do trabalho, para Durkheim,
compõe uma ação movida à afetividade, em que 
um líder determina a função de cada indivíduo por 
proximidade social.
tem sentido harmonioso, funcionando como um 
organismo em que o indivíduo se adéqua sem gerar 
transformações.
segue uma ação social motivada por fins e valores, 
em que o indivíduo é praticante de reformas de cunho 
pessoal, e não coletivas.
mantém a condição de luta de classes, pois cabe ao 
indivíduo transformar o seu meio em um ambiente 
propício para o trabalho.
caracteriza-se por uma intensa mudança social, em 
que o indivíduo e a sua relação com o trabalho são 
vistos pela ação coletiva.
QUESTÃO 25
Na verdade, a questão da distribuição da riqueza 
é importante demais para ser deixada apenas para 
economistas, sociólogos, historiadores e filósofos. Ela 
interessa a todo mundo, e é melhor que seja assim 
mesmo. A realidade concreta e orgânica da desigualdade 
é visível para todos os que a vivenciam e inspira, 
naturalmente, julgamentos políticos contundentes e 
contraditórios. Camponês ou nobre, operário ou dono de 
fábrica, servente ou banqueiro: cada um, a partir de seu 
ponto de vista peculiar e único, vê aspectos importantes 
sobre as condições de vida de uns e de outros, sobre as 
relações de poder e de dominação entre grupos sociais, 
e elabora sua própria concepção do que é justo e do 
que não é.
PIKETTY, Thomas. O capital no século XXI. Tradução de Monica Baumgarten de Bolle. 1. 
Rio de janeiro: Intrínseca, 2014. p. 10.
Ao analisar o excerto, infere-se que a temática emquestão
deve ser tratada por diferentes analistas, para que se 
alcance um resultado satisfatório para os envolvidos, 
a justiça social.
deve implementar um debate amplo, entre diferentes 
grupos sociais, para que as conclusões sejam 
racionais.
pode validar posturas antagônicas entre diferentes 
grupos sociais, mas objetiva o mesmo fim, a 
acumulação de renda.
pode gerar uma maior conscientização pela 
coletivização do capital, já que cada participante do 
debate aprende com o seu oposto.
deve ser vista de forma diversificada, onde cada 
segmento esboça suas convicções a partir de 
seu lugar, como integrante de uma dada realidade 
socioeconômica.
QUESTÃO 26
A tirinha exposta pode ser interpretada de acordo com a 
perspectiva do(a)
processo civilizador, de Norbert Elias.
luta de classes e ideologia, de Karl Marx.
religião da humanidade, de Auguste Comte.
solidariedade mecânica, de Émile Durkheim.
monopólio da violência legítima, de Max Weber.
QUESTÃO 27
TEXTO I
A filha do vice-governador do Estado de São Paulo, 
Guilherme Afif Domingos (PSD), sofreu uma tentativa 
de assalto na manhã desta sexta-feira (19), no Morumbi 
(zona sul da capital). O carro blindado conduzido por 
Maria Cecília Domingos Sayoun, 33, que levava o filho de 
2 anos à escola, foi abordado por dois homens armados 
por volta das 7h40min, na rua Dr. Flávio Américo 
Maurano. Maria não parou e acelerou o veículo, que 
foi atingido por dois tiros disparados pelos assaltantes 
– um deles na altura da cabeça do vidro do motorista, 
segundo informações da assessoria de imprensa de 
Afif. Nem ela nem o filho ficaram feridos.
Disponível em: <http://noticias.uol.com.br>.
TEXTO II
Um morador de rua, que não foi identificado pela 
polícia, foi morto a tiros na noite de sexta-feira (5), no 
bairro Cobilândia, em Vila Velha (ES), por volta das 
20h30min. O homem foi atingido por sete disparos de 
pistola calibre 380 e morreu no local. O crime aconteceu 
na Décima Avenida, próximo de uma revendedora de 
pneus, em um local conhecido como “favelinha”. A 
vítima estaria acompanhada de outras duas pessoas 
que conseguiram escapar dos tiros e ainda não foram 
localizadas pela polícia.
Disponível em: <http://gazetaonline.globo.com>.
A leitura dos textos nos permite inferir que o(a)
a violência é fruto da desigualdade social e as 
maiores vítimas são os ricos.
o fenômeno da violência atinge da mesma maneira 
ricos e pobres.
a violência é menor entre as pessoas mais pobres.
as classes sociais vivenciam de formas distintas a 
violência.
os ricos conseguem ficar imunes à violência.
QUESTÃO 28
“A revolução negra é muito mais que uma luta 
pelos direitos dos negros. Ela tem forçado a América 
a enfrentar todas as suas falhas – racismo, pobreza, 
militarismo e consumismo. Está expondo os males 
firmemente enraizados em toda a estrutura da sociedade 
[...] e sugere que reconstrução radical é a real questão 
a ser enfrentada.”
Trecho extraído de um discurso de Martin Luther King.
A respeito da luta social protagonizada por Martin Luther 
King, é possível depreender que
o movimento desenvolveu-se no meio oeste norte-
americano objetivando uma maior participação da 
comunidade negra na política americana, fato que já 
se observava em uma crescente.
o movimento compreendia diferentes etnias 
que desejavam o fim dos conflitos no Vietnã, 
representando o fator decisivo para que a paz fosse 
decretada.
o movimento social articulou uma revolução que 
debateu bem mais do que a questão racial, obtendo, 
por meio de manifestações e ocupações, valiosos 
direitos políticos, como a livre representação de 
candidatos negros.
a luta social empreendida por Martin Luther King na 
defesa da desobediência civil lutava centralmente 
pela conquista da igualdade racial, afastando-se de 
questões periféricas.
a luta social liderada por Martin Luther King trazia à 
tona as demais falhas da América, como racismo, 
desigualdade social, consumismo, eliminando-as da 
sociedade por meio de modificações na legislação 
norte-americana.
QUESTÃO 29
A pobreza é um fenômeno inerente ao sistema capitalista. 
Sociologicamente, o que faz com que certas pessoas se 
preocupem em modificar esse tipo de situação e outras 
não?
A religião. Sabe-se que os cristãos são as únicas 
pessoas preocupadas com as necessidades dos 
mais pobres.
O engajamento político-ideológico. Pessoas que 
possuem concepções políticas divergentes tendem 
a se preocupar mais ou se preocupar menos com a 
pobreza.
O individualismo acadêmico. Os acadêmicos, 
por serem individualistas, tornam-se os grandes 
responsáveis pela injustiça na distribuição de riqueza 
da sociedade.
A ética coletiva. Somente alguns povos estão 
preocupados em erradicar a pobreza.
O etnocentrismo. Pessoas etnocêntricas são as 
principais responsáveis por fazerem com que os 
pobres deixem de existir.
QUESTÃO 30
Figura 1: igreja barroca em MG
Figura 2: prática da capoeira na BA
A análise das imagens permite inferir que
apenas a imagem 1 representa um exemplo de 
patrimônio cultural nacional, devido ao contexto 
histórico em que foi construído.
a imagem 2 não representa exemplo de patrimônio, 
pois não é possível a reconstrução histórica dos 
processos que a originaram.
as duas imagens representam patrimônios 
históricos materiais, possuindo grande divulgação e 
reconhecimento nacional.
a imagem 1 não representa um patrimônio histórico, 
pois seu uso estava restrito às camadas da elite.
ambas as imagens podem ser considerados 
patrimônios culturais do Brasil – a primeira, um 
patrimônio material, e a segunda, um patrimônio 
imaterial.
QUESTÃO 31
A mobilização popular por uma causa de interesse 
coletivo, como a luta pela deposição de um poder 
tirânico, representa o desenvolvimento da consciência 
da força plástica que se encontra subjacente em cada 
pessoa, que se amplia mediante as redes colaborativas 
da comunhão e agregação desse quantum de vitalidade. 
Formando um grande corpo político, a multidão efetiva 
os resultados planejados por meio de sua sólida unidade 
orgânica.
BITTENCOURT, Renato Nunes. A força transformadora da multidão. Ciência & Vida.
Disponível em: <http://filosofiacienciaevida.uol.com.br>. Acesso em: 13 jul. 2015.
As ações provocadas pelas multidões no mundo 
contemporâneo
são marcadas pela desorganização política e pela 
falta de liderança.
dificultam a conquista de cidadania devido à falta de 
agenda política unificada.
se justificam apenas quando se posicionam contra 
estrutura de poder tirânico.
são importantes agentes de transformações sociais e 
aperfeiçoamento de regimes políticos.
conseguem promover mudanças sociais somente 
quando vinculadas a partidos políticos.
QUESTÃO 32
O papel da TV na vida cotidiana tem sido objeto de 
análises e questionamentos. A charge chama atenção 
para esse debate por se referir
à influência que a TV exerce sobre as crianças.
à condição individualista de quem vê televisão.
à pouca consciência crítica dos telespectadores.
à presença de conteúdo violento na programação.
ao desestímulo ao uso do livro e à prática da leitura.
QUESTÃO 33
Leia o texto, a seguir, que remete ao debate sobre 
questões de gênero.
A violência contra a mulher acontece cotidianamente 
e nem sempre ganha destaque na imprensa, 
afirmou a ministra da Secretaria de Políticas para as 
Mulheres, Nilcéa Freire [...]. “Quando surgem casos, 
principalmente com pessoas famosas, que chegam aos 
jornais, é que a sociedade efetivamente se dá conta 
de que aquilo acontece cotidianamente e não sai nos 
jornais. As mulheres são violentadas, são subjugadas 
cotidianamente [...]”, afirmou a ministra. [...] “Eliza morreu 
porque contrariou um homem que achou que lhe deveria 
impor um castigo. Ela morreu como morrem tantas 
outras quando rompem relacionamentos violentos”, 
disse a ministra.
(“Violência contra as mulheres é diária”, diz ministra, Agência Brasil, Brasília, 11 jul. 2010.)
Com base no texto e nos conhecimentos 
socioantropológicos sobre o tema, é correto afirmar:
Questões de gênerosão definidas a partir da classe 
social, razão pela qual são mais presentes nas 
camadas populares do que entre as elites.
As identidades sociais masculina e feminina são 
configuradas a partir de características biológicas 
imutáveis presentes em cada um.
As diferenças de gênero são determinadas no 
terreno econômico, daí o fato de serem produto da 
sociedade capitalista.
As experiências socialistas do século XX demonstram 
que as questões de gênero são resolvidas de modo 
a estabelecer a igualdade real entre homens e 
mulheres.
As relações de gênero são construídas socialmente 
e favorecem, nas condições históricas atuais, a 
dominação masculina.
QUESTÃO 34
“O primeiro beijo é sempre o último”. Assim um 
longo da night. “Ficar” é essencialmente beijar, beijar 
em série, beijar muito. O primeiro beijo, marcado por 
algo absolutamente fugaz, registro imediato do tátil, 
desliga-se do que outrora era ritual do enamoramento, 
prelúdio de uma trajetória sentimental. [...] No campo do 
afeto e do exercício da sociabilidade, essa mesma noite 
propicia comportamentos que revelam a transitoriedade, 
a seriação e o deslocamento afetivo como um novo 
mecanismo de agrupamento dos jovens. 
ALMEIDA, M. I. M. de. Guerreiros da noite - cultura jovem e nomadismo urbano. 
In: Ciência Hoje, v. 34, n. 202, p. 28.
A prática abordada no texto nos sugere que, em algumas 
formas de sociabilidade atuais,
prevalece a noção de interagir sem criar vínculos 
profundos.
existe a falta de coesão social entre segmentos 
etários mais jovens.
desenvolve-se uma continuidade de padrões afetivos 
das gerações anteriores.
continua marcada pela influência de padrões morais 
religiosos e dogmáticos.
não constrói rituais e nem valores culturais e sociais 
próprios.
QUESTÃO 35
TEXTO I
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara 
dos Deputados conseguiu aprovar nesta terça-feira 
[18.06.2013] o projeto de decreto legislativo que trata 
da “cura gay”. O deputado Anderson Ferreira, relator da 
matéria na CDH, alegou que a suspensão da resolução 
terá efeito somente até que haja uma decisão judicial que 
determine se psicólogos devem ou não ajudar pacientes 
a “deixarem” a homossexualidade. Em resposta, o 
Conselho Federal de Psicologia (CFP) afirmou que os 
psicólogos estão proibidos de tratar a homossexualidade 
como doença. A proposta altera uma resolução do CFP 
e suspende a vigência desse documento, que proíbe 
psicólogos de atuar para mudar a orientação sexual de 
pacientes e de considerar a homossexualidade como 
doença. Há quase 30 anos a homossexualidade foi 
excluída da Classificação Internacional das Doenças.
COBUCCI, Luciana. Com poucos manifestantes, CDH aprova projeto da “cura Gay”. 
Disponível em: <http://noticias.terra.com.br>. (adaptado)
TEXTO II
Comportamento homossexual tem sido descrito em 
répteis, pássaros e mamíferos, animais que na evolução 
divergiram há mais de 100 milhões de anos. Uma 
parte dos machos e fêmeas de todas as espécies de 
aves estudadas tem relações sexuais com indivíduos 
do mesmo sexo. Em muitas ocasiões, essas práticas 
terminam em orgasmo de apenas um ou dois dos 
parceiros.
Certamente, já existiam hominídeos homo e bissexuais 
5 a 7 milhões de anos atrás, quando nossos ancestrais 
resolveram descer das árvores nas savanas da África. 
Sempre houve e haverá mulheres e homens que 
desejam pessoas do mesmo sexo, porque essa é uma 
característica inerente à condição humana.
VARELLA, Drauzio. Gays e heterossexuais incuráveis. 
Folha de S.Paulo, 29 jun. 2013. (adaptado)
A abordagem da homossexualidade nos textos permite 
inferir que
o projeto legislativo aborda a temática embasada em 
pressupostos científicos.
os dois textos defendem pontos de vista laicos.
o segundo texto aponta para o caráter normal das 
práticas homossexuais.
o debate sobre o tema não está sujeito a questões 
ideológicas.
os dois textos tem forte conotação religiosa.
QUESTÃO 36
“Para o antropólogo (Luiz Eduardo Soares), a 
violência e o crime não são fáceis de explicar, devendo-
se evitar, sobretudo, a armadilha da generalização. 
Refere-se, neste caso, ao costume que se tem de 
definir pobreza, desigualdade e vontade política como 
causas de criminalidade. Explicações como essa, 
segundo o antropólogo, ajudam a exorcizar o medo, 
mas não contribuem para esclarecer a complexidade da 
violência. 
[...] É reconhecida a defesa que este autor tem feito de 
políticas públicas preventivas voltadas, sobretudo, para 
os jovens mais vulneráveis, abrindo-lhes perspectivas 
de reforço da autoestima.”
ROCHA, Lucia. “Uma luz sobre a violência”. Revista de Sociologia, Ano II, número 15, p. 
25.
O autor do texto sugere sobre a violência que
inexistem explicações que ajudem a esclarecer as 
causas do problema.
fatores de natureza econômica são suficientes para 
entender o fenômeno.
se trata de um problema sobretudo cultural e de difícil 
resolução.
sua prática se restringe aos grupos sociais pobres e 
de baixa escolaridade.
tem explicações multicausais cuja resolução requer 
intervenção do governo.
QUESTÃO 37
As tiras fazem menção
tiras fazem menção à ideologia anarquista, que negava a existência do Estado, e ao atual esforço de certos 
intelectuais para revitalizar as utopias revolucionárias dos séculos anteriores.
ao socialismo científico, que mobilizou milhões de pessoas nos séculos XIX e XX, e à atual descrença nas 
utopias sociais e políticas que nortearam os revolucionários daquele período.
ao socialismo utópico do século XIX e àqueles que, em pleno século XXI, tentam reinventá-lo em oposição ao 
neoliberalismo triunfante.
à adaptação da ideologia marxista a novas áreas do conhecimento, como a Ecologia e a Engenharia Genética.
à retomada da ideologia marxista em novas bases, compatíveis com os avanços do conhecimento científico 
registrados nas últimas décadas.
QUESTÃO 38
“A criação de um proletariado despossuído, (...) 
cultivadores vítimas de expropriações violentas 
repetidas, foi necessariamente mais rápida que sua 
absorção pelas nascentes manufaturas. (...) Forma-se 
uma massa de mendigos, ladrões e vagabundos. Desde 
o final do século XV e durante todo o século XVI, na 
Europa Ocidental, foi criada uma legislação sanguinária 
contra o ócio. Os pais da atual classe operária foram 
castigados por terem sido reduzidos à situação de 
vagabundos e pobres. A legislação os tratava como 
criminosos voluntários; ela pressupunha que dependia 
de seu livre arbítrio continuar a trabalhar como antes.”
MARX, Karl. O Capital. Paris, Garnier-Flamarion, 1969.
As transformações econômicas e sociais costumam 
gerar profundas alterações no chamado “mundo do 
trabalho”. A situação apontada por Marx refere-se ao 
processo histórico:
das revoluções anticapitalistas, ocorridas na Europa, 
contra as quais a burguesia determinou severa 
repressão.
das revoltas operárias, como o ludismo, voltadas 
destruição das máquinas e à exploração por elas 
causada.
da Revolução Francesa, na qual os trabalhadores 
foram transformados em massa de manobra dos 
interesses burgueses.
de cercamento dos campos, com o deslocamento de 
um grande contingente de despossuídos da sua área 
rural de origem.
da Revolução Industrial, quando os criminosos eram 
expulsos das fábricas e proibidos de trabalhar em 
outra ocupação, pela legislação vigente.
QUESTÃO 39
Leia o fragmento que se segue da entrevista concedida 
pelo intelectual palestino Edward Said, comentando os 
problemas atuais no Oriente Médio.
Entrevistador: O senhor não gosta da expressão “choque 
de civilizações”. Por quê?
Said: (...) são inúmeros os problemas. Para começar, 
ela trata as civilizações como se fossem entidades 
fechadas, lacradas, alheias a qualquer tipo de troca 
(...). Por fim, a ideia de choque de civilizações tem um 
aspecto caricatural muito nocivo, como se enormes 
entidades chamadas “Ocidente” e o “Islã” estivessem 
num ringue, lutando para ver qual é a melhor.
Revista Veja, 25/06/2003.
Assinale a opção que reforça a opinião emitida por Said.
As trocasentre distintos conjuntos civilizacionais 
incluem mercadorias culturais. Desse modo, 
padronizam as civilizações.
Não existem diferenças jurídico-políticas entre o 
Ocidente e o Oriente Médio, logo não faz sentido 
diferenciar essas duas civilizações.
O mundo muçulmano não é homogêneo assim como 
o Ocidental; portanto, apenas os conflitos internos 
devem ser considerados.
As diferenças culturais não podem ser tratadas 
como expressão de conflitos, mas sim como 
particularidades de cada civilização no tempo e no 
espaço.
Há uma pluralidade cultural que deve ser combatida 
na medida em que contradiz e atrapalha os aspectos 
políticos e econômicos da globalização dos mercados.
QUESTÃO 40
Meu pai não tinha educação
Ainda me lembro
Era um grande coração
Ganhava a vida com muito suor
E mesmo assim não podia ser pior
Pouco dinheiro pra poder pagar
Todas as contas e despesas do lar
[...]
Meu pai disse: “Boa sorte”
Com a mão no meu ombro
Em seu leito de morte
E disse:
“Marvin, agora é só você
E não vai adiantar
Chorar vai me fazer sofrer”
[...]
Trabalhava feito um burro nos campos
Só via carne se roubasse um frango
Meu pai cuidava de toda a família
Sem perceber segui a mesma trilha
E toda noite minha mãe orava
“Deus, era em nome da fome que eu roubava.
[...]”
“Marvin”, Titãs. 
A música relata a história de um rapaz que teve que 
trabalhar desde cedo para ajudar a sustentar sua família. 
Sociologicamente, a música ilustra uma situação de
deserção social.
anomia social.
reprodução social.
fato social.
efervescência social.
QUESTÃO 41
“Esse sistema permite prender quase todo mundo, 
homens e mulheres, a partir dos 12 anos. Os menores 
ficam sob a guarda da Justiça Militar e podem ser 
transferidos às mesmas prisões dos adultos a partir dos 
16 anos, e não aos 18, como estipulam a Constituição Civil 
israelense e o Direito Internacional. Essa especificidade 
da Justiça Militar começou a ser questionada no fim 
de 2011. Em 1o de maio de 2012, 218 menores foram 
presos, dos quais 33 com idade inferior a 16 anos.”
Stephanie latte Abdallah, “O véu carcerário que aprisiona a palestina”.
Le Monde Diplomatique, n.60, p.29.
O sistema carcerário deveria ser um instrumento para 
preservar os valores democráticos da sociedade civil, 
contudo, analisando o texto, constata-se que
o sistema carcerário israelense descumpre a 
legislação constitucional de forma justificada, por 
privar a liberdade de jovens, potenciais terroristas.
a Justiça Militar israelense criou um ambiente 
de estado de sítio, para garantir a construção da 
cidadania da maioria de sua população.
a Constituição Civil e o Direito Internacional apregoam 
os fundamentos de um Estado democrático de 
direito, mas a prática dos representantes distancia-
se da cidadania.
a prisão de jovens de 16 anos só se sustenta pela 
Anistia Internacional, quando esta enquadra-os como 
potenciais ameaças para a organização do Estado 
democrático.
o sistema carcerário israelense cumpre a Legislação 
Constitucional à medida que esta é amparada por 
atos institucionais, aprovados pela Justiça Militar.
QUESTÃO 42
Em um dos dias, o funcionário disfarçado e seus 
colegas foram obrigados a passar a madrugada 
marcando pontos de encaixe em placas de iPhone, 
usando uma espécie de tinta à base de óleo, tudo muito 
rápido para que nada desse errado na esteira onde 
passava o material. Era comum, nesse processo, os 
supervisores gritarem com os operários que colocavam 
muita tinta nos pequenos pontos, ou com os que eram 
lentos demais. Essa tarefa era normalmente dada a 
mulheres, por serem mais delicadas e terem mãos e 
dedos menores. Como muitas haviam pedido demissão, 
os operários homens ficaram com a incumbência.
ALVES, Paulo. Conheça a péssima experiência de um operário na fábrica do iPhone 5. 
In: Techtudo. Disponível em: <http://www.techtudo.com.br>.
Esse relato descreve uma fábrica funcionando segundo 
o modelo produtivo conhecido como
toyotismo.
cooperativismo.
fordismo.
produtivismo.
distributivismo.
QUESTÃO 43
O Maranhão vive a expectativa da implantação de 
um grande polo siderúrgico. De um lado, o discurso 
afirma que os maranhenses terão um momento de 
desenvolvimento com a geração de emprego e renda. 
Do outro, o discurso versa sobre o impacto ambiental 
para a população. 
Ambos os discursos são ideológicos, embora diferentes, 
pois há vários sentidos para a palavra ideologia que, 
segundo Karl Marx, adquiriu um sentido negativo, como 
instrumento de dominação, que tem como função
produzir uma divergência entre as classes.
enfatizar as diferenças, como as de classe, e de 
fornecer aos membros da sociedade um sentimento 
de identidade social.
desenvolver consciência crítica na relação dos 
homens entre si e em suas condições de existência.
dar aos membros da sociedade dividida em classes 
um sentido de desigualdade entre todos.
dar aos membros da sociedade dividida em classes 
uma explicação racional para as diferenças sociais, 
políticas e econômicas.
QUESTÃO 44
TEXTO I
“[...] os valores e interesses predominantes são 
construídos sem referência ao passado ou ao futuro no 
panorama intemporal das redes de computadores e da 
mídia eletrônica, em que todas as expressões ou são 
instantâneas, ou não apresentam sequência previsível. 
[…] Essa virtualidade é nossa realidade, porque está 
na estrutura desses sistemas simbólicos intemporais 
desprovidos de lugar, cujas categorias construímos e 
cujas imagens, também por nós evocadas, modelam 
o comportamento, influenciam a política, acalentam 
sonhos e provocam pesadelos.”
CASTELLS, Manuel. A era da informação: economia, sociedade e cultura. 
São Paulo: Paz e Terra, 1999. v. 3. p. 411; 439.
TEXTO II
Nos últimos anos tem crescido de forma acentuada a 
utilização das redes sociais na Internet, principalmente 
pelos mais jovens. Os protestos agora se difundem 
globalmente, e abaixo-assinados e petições públicas se 
reproduzem pelas redes, dando um novo significado ao 
conceito de cidadania.
Com base nos textos, conclui-se que, com o uso da 
Internet, os(as)
a) redes sociais têm contribuído para tornar o mundo 
mais humano e tolerante.
redes sociais levam as pessoas a tornarem-se mais 
ativas na luta pela distribuição das riquezas.
c) jovens encontram nas redes sociais um instrumento 
real para transformar a sociedade.
d) redes sociais potencializam revoltas e 
manifestações, mas carecem de organização e 
limitam-se no tempo.
e) questionamentos críticos nas redes sociais têm 
mudado o comportamento consumista da juventude.
QUESTÃO 45
O uso da rede para dormir é bastante antigo, é 
um costume herdado dos indígenas brasileiros. Eles 
chamavam a rede de ini. Foi em 27 de abril de 1500 que 
Pero Vaz de Caminha, navegante português, escrivão 
da frota de Pedro Álvares Cabral, que sem procurar 
saber o nome já usado pelos indígenas, chamou pela 
primeira vez, este tipo de leito, de rede de dormir, pela 
semelhança com a rede de pescar. [...]
Meio século depois do descobrimento a rede já 
era usada por colono agricultor e pela maior parte 
dos jesuítas. No Brasil Colonial a rede foi muito usada 
também como meio de transporte para longas viagens. 
Eram colocadas nos ombros dos escravos que a 
sustentavam, por meio de uma vara. Este tipo de rede 
era chamada de serpentina.
Nas áreas mais pobres da Região Nordeste, era 
costume o morto ser transportado em redes, então 
chamadas de rede de defunto.
A técnica de tecer a rede, foi aperfeiçoada pelas 
mulheres portuguesas. A rede foi então cada vez mais 
usada nas vilas, povoados e engenhos de açúcar, 
principalmente pela facilidade de transporte. Bastava 
enrolá-las e colocá-la às costas, visto que as camas 
de madeiras eram mais pesadas e até então não eram 
fabricadas no Brasil [...].
Hoje apenas em algumas regiões, principalmente do 
Norte e Nordeste, a rede é usada para dormir.
Nos grandes centros urbanos a rede é mais um 
objeto de decoração de residências e serve como 
ponto de referência aos costumes regionais. São 
armadas em terraços, alpendrese varandas de casas e 
apartamentos, casas de praia e de campo, geralmente 
para descansar ou sesta, mas quase nunca para dormir 
à noite.
ANDRADE, Maria do Carmo. Rede de dormir. Pesquisa Escolar On-Line, Fundação 
Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://www.fundaj.gov.br>. 
Acesso em: 6 ago. 2010.
A respeito desse aspecto da cultura material do Brasil, 
pode-se inferir que
as redes de dormir adquirem variados significados a 
partir dos usos conferidos a elas pelos indivíduos e 
grupos sociais.
a disseminação do uso da rede de dormir restringe-
se apenas a pessoas de baixo poder aquisitivo.
atualmente seu uso sobretudo nas áreas rurais não é 
prático, mas exclusivamente decorativo.
a rede de dormir configura-se até os dias atuais um 
autêntico e puro artefato artesanal e indígena.
por ter uma origem não europeia, a rede de dormir 
tem sido desprezada pelos setores da elite brasileira.
QUESTÃO 46
A revolta das mulheres, ao contrário da explosão 
da Revolução Francesa, é uma revolução que avança 
furtivamente, uma sub-revolução que se comporta 
como um gato: suavemente, mas sempre com garras 
afiadas. Onde ela toca, modifica o lado inferior sensível 
da sociedade industrial, a esfera privada, e daí parte 
para alcançar o apogeu da dominação e da certeza 
masculinas. A sub-revolução das mulheres, que vai 
minando o sistema nervoso da ordem cotidiana da 
sociedade, apesar dos revezes, pode certamente 
proporcionar à sociedade uma face diferente.
BECK, Ulrich. A reinvenção da política: rumo a uma teoria da modernização reflexiva. 
In: ______.Modernização reflexiva: política, tradição e estética na ordem social moderna. 
2. ed. São Paulo: Unesp, 2012.
De acordo com o texto, o movimento de conquista dos 
direitos femininos é caracterizado pela
disputa com os homens por espaço no mercado de 
trabalho.
mudança gradual nas relações de poder entre os 
gêneros.
tentativa de alcançar a hegemonia nas decisões 
políticas.
recusa da participação feminina nas atividades 
domésticas.
natureza conflituosa de suas reivindicações 
comportamentais.
QUESTÃO 47
TEXTO I
A ação democrática consiste em todos tomarem 
parte do processo decisório sobre aquilo que terá 
consequência na vida de toda coletividade. 
GALLO, S. et al. Ética e Cidadania. Caminhos da Filosofia. 
Campinas: Papirus, 1997. (adaptado) 
TEXTO II
É necessário que haja liberdade de expressão, 
fiscalização sobre órgãos governamentais e acesso por 
parte da população às informações trazidas a público 
pela imprensa. 
Disponível em: <http://www.observatoriodaimprensa.com.br>. Acesso em: 24 abr. 2010.
Partindo da perspectiva de democracia apresentada 
no Texto I, os meios de comunicação, de acordo com o 
Texto II, assumem um papel relevante na sociedade por 
orientarem os cidadãos na compra dos bens 
necessários à sua sobrevivência e bem-estar. 
fornecerem informações que fomentam o debate 
político na esfera pública. 
apresentarem aos cidadãos a versão oficial dos fatos.
propiciarem o entretenimento, aspecto relevante 
para conscientização política. 
promoverem a unidade cultural, por meio das 
transmissões esportivas.
QUESTÃO 48
Parecer CNE/CP nº 3/2004, que instituiu as Diretrizes 
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações 
Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura 
Afro-Brasileira e Africana.
Procura-se oferecer uma resposta, entre outras, 
na área da educação, a demanda da população 
afrodescendente, no sentido de politicas de ações 
afirmativas. Propõe a divulgação e a produção de 
conhecimentos, a formação de atitudes, posturas que 
eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimento 
étnico-racial — descendentes de africanos, povos 
indígenas, descendentes de europeus, de asiáticos 
— para interagirem na construção de uma nação 
democrática, em que todos igualmente tenham seus 
direitos garantidos.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Disponível em: wvvw.semesp.org.br. 
Acesso em: 21 nov:2013 (adaptado).
A orientação adotada por esse parecer fundamenta uma 
política pública e associa o princípio da inclusão social a
práticas de valorização identitária.
medidas de compensação econômica.
dispositivos de liberdade de expressão.
estratégias de qualificação profissional.
instrumentos de modernização jurídica.
QUESTÃO 49
NEVES, E. Engraxate. Disponível em: <www.grafar.blogspot.com>. 
Acesso em: 15 fev. 2013.
Considerando-se a dinâmica entre tecnologia 
organização do trabalho, a representação contida no 
cartum é caracterizada pelo pessimismo em relação à
ideia de progresso.
concentração do capital.
noção de sustentabilidade.
organização dos sindicatos.
obsolescência dos equipamentos.
QUESTÃO 50
Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto de normas e naquela dotada de homens absolutamente 
justos, os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou de negócios — esses tipos de vida são desprezíveis 
e incompatíveis com as qualidades morais —, tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o 
lazer é indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à prática das atividades políticas”.
VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994. 
O trecho, retirado da obra “Política”, de Aristóteles, permite compreender que a cidadania
possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de qualquer época 
fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar.
era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção política 
profundamente hierarquizada da sociedade.
estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da 
pólis a participarem da vida cívica.
tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às 
atividades vinculadas aos tribunais.
vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo para 
resolver os problemas da cidade.

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