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Pedro Augusto

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Questões resolvidas

Na sociedade democrática, as opiniões de cada um não são fortalezas ou castelos para que neles nos encerremos como forma de autoafirmação pessoal. Não só temos de ser capazes de exercer a razão em nossas argumentações, como também devemos desenvolver a capacidade de ser convencidos pelas melhores razões.
A ideia de democracia presente no texto, baseada na concepção de Habermas acerca do discurso, defende que a verdade é um(a)
a) alvo objetivo alcançável por cada pessoa, como agente racional autônomo.
b) critério acima dos homens, de acordo com o qual podemos julgar quais opiniões são as melhores.
c) construção da atividade racional de comunicação entre os indivíduos, cujo resultado é um consenso.
d) produto da razão, que todo indivíduo traz latente educativo.
e) resultado que se encontra mais desenvolvido nos espíritos elevados, a quem cabe a tarefa de convencer os outros.

Em A morte de Ivan IIitch, Tolstoi descreve com detalhes repulsivos o terror de encarar a morte iminente. Ilitch adoece depois de um pequeno acidente e logo compreende que se encaminha para o fim de modo impossível de parar.
O texto descreve a experiência do personagem de Tolstoi diante de um aspecto incontornável de nossas vidas. Esse aspecto foi um tema central na tradição filosófica
a) marxista, no contexto do materialismo histórico.
b) logicista, no propósito de entendimento dos fatos.
c) utilitarista, no sentido da racionalidade das ações.
d) pós-modernista, na discussão da fluidez das relações.
e) existencialista, na questão do reconhecimento de si.

Em sentido geral e fundamental, Direito é a técnica da coexistência humana, isto é, a técnica voltada a tornar possível a coexistência dos homens.
O sentido geral e fundamental do Direito, conforme foi destacado, refere-se à
a) aplicação de códigos legais.
b) regulação do convívio social.
c) legimação de decisões políticas.
d) mediação de conflitos econômicos.
e) representação da autoridade constituída.

O momento histórico das disciplinas é o momento em que nasce uma arte do corpo humano, que visa não unicamente o aumento das suas habilidades, nem tampouco aprofundar sua sujeição, mas a formação de uma relação que no mesmo mecanismo o torna tanto mais obediente quanto é mais útil, e inversamente.
Na perspectiva de Michel Foucault, o processo mencionado resulta em
A) declínio cultural.
B) segregação racial.
C) redução da hierarquia.
D) totalitarismo dos governos.
E) modelagem dos indivíduos.

Associados a contextos históricos distintos, os fragmentos convergem para uma particularidade do ser humano, caracterizada por uma condição naturalmente propensa à
Aquele que não é capaz de pertencer a uma comunidade ou que dela não tem necessidade, porque se basta a si mesmo, não é em nada parte da cidade, embora seja quer um animal, quer um deus.
a) atividade contemplativa.
b) produção econômica.
c) articulação coletiva.
d) criação artística.
e) crença religiosa.

Ser ou não ser – eis a questão. Morrer – dormir – Dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo!
Este solilóquio pode ser considerado um precursor do existencialismo ao enfaçar a tensão entre
a) consciência de si e angústia humana.
b) inevitabilidade do destino e incerteza moral.
c) tragicidade da personagem e ordem do mundo.
d) racionalidade argumentativa e loucura iminente.
e) dependência paterna e impossibilidade de ação.

A clonagem humana é um importante assunto de reflexão no campo da bioética que, entre outras questões, dedica-se a
A clonagem humana é um importante assunto de reflexão no campo da bioética que, entre outras questões, dedica-se a
a) refletir sobre as relações entre o conhecimento da vida e os valores éticos do homem.
b) legimitar o predomínio da espécie humana sobre as demais espécies animais no planeta.
c) relativizar, no caso da clonagem humana, o uso dos valores de certo e errado, de bem e mal.
d) legalizar, pelo uso das técnicas de clonagem, os processos de reprodução humana e animal.
e) fundamentar técnica e economicamente as pesquisas sobre células-tronco para uso em seres humanos.

O conceito de democracia, no pensamento de Habermas, é construído a partir de uma dimensão procedimental, calcada no discurso e na deliberação.
O conceito de democracia proposto por Jürgen Habermas pode favorecer processos de inclusão social. De acordo com o texto, é uma condição para que isso aconteça o(a):
a) ( ) Participação direta periódica do cidadão.
b) ( ) Debate livre e racional entre cidadãos e Estado.
c) ( ) Interlocução entre os poderes governamentais.
d) ( ) Eleição de lideranças políticas com mandatos temporários.
e) ( ) Controle do poder político por cidadãos mais esclarecidos.

Os modelos autoritários descritos no texto apontam para um sistema de controle que se baseia no(a):
Os modelos autoritários descritos no texto apontam para um sistema de controle que se baseia no(a):
a) Formação de sociedade disciplinar.
b) Flexibilização do regramento social.
c) Banimento da autoridade repressora.
d) Condenação da degradação humana.
e) Hierarquização da burocracia estatal.

Segundo Marcuse, um dos pesquisadores da chamada Escola de Frankfurt, tais forças externas são resultantes de
Segundo Marcuse, um dos pesquisadores da chamada Escola de Frankfurt, tais forças externas são resultantes de
a) aspirações de cunho espiritual.
b) propósitos solidários de classes.
c) exposição cibernética crescente.
d) interesses de ordem socioeconômica.
e) hegemonia do discurso médico-científico.

Com base no texto, as principais consequências da substituição da ferramenta manual pela máquina são
Com base no texto, as principais consequências da substituição da ferramenta manual pela máquina são
a) o adestramento do corpo e a perda da autonomia do trabalhador.
b) a reformulação dos modos de produção e o engajamento político do trabalhador.
c) o aperfeiçoamento da produção manufatureira criativa e a rejeição do trabalho repetitivo.
d) a flexibilização do controle ideológico e a manutenção da liberdade do trabalhador.
e) o abandono da produção manufatureira e o aperfeiçoamento da máquina.

O texto aponta que a subjeção se efetiva numa dimensão
O texto aponta que a subjeção se efetiva numa dimensão
a) legal, pautada em preceitos jurídicos.
b) racional, baseada em pressupostos lógicos.
c) contingencial, processada em interações sociais.
d) transcendental, efetivada em princípios religiosos.
e) essencial, fundamentada em parâmetros substancialistas.

O texto apresenta um entendimento do filósofo Walter Benjamin, segundo o qual a propaganda dificulta o procedimento de análise crítica em virtude do(a)
O texto apresenta um entendimento do filósofo Walter Benjamin, segundo o qual a propaganda dificulta o procedimento de análise crítica em virtude do(a)
a) caráter ilusório das imagens.
b) evolução constante da tecnologia.
c) aspecto efêmero dos acontecimentos.
d) conteúdo objetivo das informações.
e) natureza emancipadora das opiniões.

O trecho contém uma formulação da doutrina nietzscheana do eterno retorno, que apresenta critérios radicais de avaliação da
a) qualidade de nossa existência pessoal e cole�va.
a) qualidade de nossa existência pessoal e cole�va.
b) conveniência do cuidado da saúde �sica e espiritual.
c) legi�midade da doutrina pagã da transmigração da alma.
d) veracidade do postulado cosmológico da perenidade do mundo.
e) validade de padrões habituais de ação humana ao longo da história.

A teoria da jus�ça proposta pelo autor, conforme exposto no texto, pressupõe assumir uma posição hipoté�ca chamada de
a) reino de Deus.
a) reino de Deus.
b) mundo da utopia.
c) véu da ignorância.
d) estado de natureza.
e) cálculo da felicidade.

O fragmento evoca uma reflexão sobre a condição humana e a elaboração de um mecanismo dis�n�vo entre homens e animais, marcado pelo(a)
a) racionalidade cien�fica.
a) racionalidade cien�fica.
b) determinismo biológico.
c) degradação da natureza.
d) domínio da con�ngência.
e) consciência da existência.

À luz do texto, qual a implicação da publicidade de massa para a democracia contemporânea?
a) O fortalecimento da sociedade civil.
a) O fortalecimento da sociedade civil.
b) A transparência polí�ca das ações do Estado.
c) A dissociação entre os domínios retóricos e a polí�ca.
d) O combate às prá�cas de distorção de informações.
e) O declínio do debate polí�co na esfera pública.

A visão expressa nesse texto do século XX remete a qual aspecto do pensamento moderno?
a) A relação entre liberdade e autonomia do Liberalismo.
a) A relação entre liberdade e autonomia do Liberalismo.
b) A independência entre poder e moral do Racionalismo.
c) A convenção entre cidadãos e soberano de Absolu�smo.
d) A dialé�ca entre indivíduo e governo autocrata do idealismo.
e) A contraposição entre bondade e condição selvagem do Naturalismo.

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Questões resolvidas

Na sociedade democrática, as opiniões de cada um não são fortalezas ou castelos para que neles nos encerremos como forma de autoafirmação pessoal. Não só temos de ser capazes de exercer a razão em nossas argumentações, como também devemos desenvolver a capacidade de ser convencidos pelas melhores razões.
A ideia de democracia presente no texto, baseada na concepção de Habermas acerca do discurso, defende que a verdade é um(a)
a) alvo objetivo alcançável por cada pessoa, como agente racional autônomo.
b) critério acima dos homens, de acordo com o qual podemos julgar quais opiniões são as melhores.
c) construção da atividade racional de comunicação entre os indivíduos, cujo resultado é um consenso.
d) produto da razão, que todo indivíduo traz latente educativo.
e) resultado que se encontra mais desenvolvido nos espíritos elevados, a quem cabe a tarefa de convencer os outros.

Em A morte de Ivan IIitch, Tolstoi descreve com detalhes repulsivos o terror de encarar a morte iminente. Ilitch adoece depois de um pequeno acidente e logo compreende que se encaminha para o fim de modo impossível de parar.
O texto descreve a experiência do personagem de Tolstoi diante de um aspecto incontornável de nossas vidas. Esse aspecto foi um tema central na tradição filosófica
a) marxista, no contexto do materialismo histórico.
b) logicista, no propósito de entendimento dos fatos.
c) utilitarista, no sentido da racionalidade das ações.
d) pós-modernista, na discussão da fluidez das relações.
e) existencialista, na questão do reconhecimento de si.

Em sentido geral e fundamental, Direito é a técnica da coexistência humana, isto é, a técnica voltada a tornar possível a coexistência dos homens.
O sentido geral e fundamental do Direito, conforme foi destacado, refere-se à
a) aplicação de códigos legais.
b) regulação do convívio social.
c) legimação de decisões políticas.
d) mediação de conflitos econômicos.
e) representação da autoridade constituída.

O momento histórico das disciplinas é o momento em que nasce uma arte do corpo humano, que visa não unicamente o aumento das suas habilidades, nem tampouco aprofundar sua sujeição, mas a formação de uma relação que no mesmo mecanismo o torna tanto mais obediente quanto é mais útil, e inversamente.
Na perspectiva de Michel Foucault, o processo mencionado resulta em
A) declínio cultural.
B) segregação racial.
C) redução da hierarquia.
D) totalitarismo dos governos.
E) modelagem dos indivíduos.

Associados a contextos históricos distintos, os fragmentos convergem para uma particularidade do ser humano, caracterizada por uma condição naturalmente propensa à
Aquele que não é capaz de pertencer a uma comunidade ou que dela não tem necessidade, porque se basta a si mesmo, não é em nada parte da cidade, embora seja quer um animal, quer um deus.
a) atividade contemplativa.
b) produção econômica.
c) articulação coletiva.
d) criação artística.
e) crença religiosa.

Ser ou não ser – eis a questão. Morrer – dormir – Dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo!
Este solilóquio pode ser considerado um precursor do existencialismo ao enfaçar a tensão entre
a) consciência de si e angústia humana.
b) inevitabilidade do destino e incerteza moral.
c) tragicidade da personagem e ordem do mundo.
d) racionalidade argumentativa e loucura iminente.
e) dependência paterna e impossibilidade de ação.

A clonagem humana é um importante assunto de reflexão no campo da bioética que, entre outras questões, dedica-se a
A clonagem humana é um importante assunto de reflexão no campo da bioética que, entre outras questões, dedica-se a
a) refletir sobre as relações entre o conhecimento da vida e os valores éticos do homem.
b) legimitar o predomínio da espécie humana sobre as demais espécies animais no planeta.
c) relativizar, no caso da clonagem humana, o uso dos valores de certo e errado, de bem e mal.
d) legalizar, pelo uso das técnicas de clonagem, os processos de reprodução humana e animal.
e) fundamentar técnica e economicamente as pesquisas sobre células-tronco para uso em seres humanos.

O conceito de democracia, no pensamento de Habermas, é construído a partir de uma dimensão procedimental, calcada no discurso e na deliberação.
O conceito de democracia proposto por Jürgen Habermas pode favorecer processos de inclusão social. De acordo com o texto, é uma condição para que isso aconteça o(a):
a) ( ) Participação direta periódica do cidadão.
b) ( ) Debate livre e racional entre cidadãos e Estado.
c) ( ) Interlocução entre os poderes governamentais.
d) ( ) Eleição de lideranças políticas com mandatos temporários.
e) ( ) Controle do poder político por cidadãos mais esclarecidos.

Os modelos autoritários descritos no texto apontam para um sistema de controle que se baseia no(a):
Os modelos autoritários descritos no texto apontam para um sistema de controle que se baseia no(a):
a) Formação de sociedade disciplinar.
b) Flexibilização do regramento social.
c) Banimento da autoridade repressora.
d) Condenação da degradação humana.
e) Hierarquização da burocracia estatal.

Segundo Marcuse, um dos pesquisadores da chamada Escola de Frankfurt, tais forças externas são resultantes de
Segundo Marcuse, um dos pesquisadores da chamada Escola de Frankfurt, tais forças externas são resultantes de
a) aspirações de cunho espiritual.
b) propósitos solidários de classes.
c) exposição cibernética crescente.
d) interesses de ordem socioeconômica.
e) hegemonia do discurso médico-científico.

Com base no texto, as principais consequências da substituição da ferramenta manual pela máquina são
Com base no texto, as principais consequências da substituição da ferramenta manual pela máquina são
a) o adestramento do corpo e a perda da autonomia do trabalhador.
b) a reformulação dos modos de produção e o engajamento político do trabalhador.
c) o aperfeiçoamento da produção manufatureira criativa e a rejeição do trabalho repetitivo.
d) a flexibilização do controle ideológico e a manutenção da liberdade do trabalhador.
e) o abandono da produção manufatureira e o aperfeiçoamento da máquina.

O texto aponta que a subjeção se efetiva numa dimensão
O texto aponta que a subjeção se efetiva numa dimensão
a) legal, pautada em preceitos jurídicos.
b) racional, baseada em pressupostos lógicos.
c) contingencial, processada em interações sociais.
d) transcendental, efetivada em princípios religiosos.
e) essencial, fundamentada em parâmetros substancialistas.

O texto apresenta um entendimento do filósofo Walter Benjamin, segundo o qual a propaganda dificulta o procedimento de análise crítica em virtude do(a)
O texto apresenta um entendimento do filósofo Walter Benjamin, segundo o qual a propaganda dificulta o procedimento de análise crítica em virtude do(a)
a) caráter ilusório das imagens.
b) evolução constante da tecnologia.
c) aspecto efêmero dos acontecimentos.
d) conteúdo objetivo das informações.
e) natureza emancipadora das opiniões.

O trecho contém uma formulação da doutrina nietzscheana do eterno retorno, que apresenta critérios radicais de avaliação da
a) qualidade de nossa existência pessoal e cole�va.
a) qualidade de nossa existência pessoal e cole�va.
b) conveniência do cuidado da saúde �sica e espiritual.
c) legi�midade da doutrina pagã da transmigração da alma.
d) veracidade do postulado cosmológico da perenidade do mundo.
e) validade de padrões habituais de ação humana ao longo da história.

A teoria da jus�ça proposta pelo autor, conforme exposto no texto, pressupõe assumir uma posição hipoté�ca chamada de
a) reino de Deus.
a) reino de Deus.
b) mundo da utopia.
c) véu da ignorância.
d) estado de natureza.
e) cálculo da felicidade.

O fragmento evoca uma reflexão sobre a condição humana e a elaboração de um mecanismo dis�n�vo entre homens e animais, marcado pelo(a)
a) racionalidade cien�fica.
a) racionalidade cien�fica.
b) determinismo biológico.
c) degradação da natureza.
d) domínio da con�ngência.
e) consciência da existência.

À luz do texto, qual a implicação da publicidade de massa para a democracia contemporânea?
a) O fortalecimento da sociedade civil.
a) O fortalecimento da sociedade civil.
b) A transparência polí�ca das ações do Estado.
c) A dissociação entre os domínios retóricos e a polí�ca.
d) O combate às prá�cas de distorção de informações.
e) O declínio do debate polí�co na esfera pública.

A visão expressa nesse texto do século XX remete a qual aspecto do pensamento moderno?
a) A relação entre liberdade e autonomia do Liberalismo.
a) A relação entre liberdade e autonomia do Liberalismo.
b) A independência entre poder e moral do Racionalismo.
c) A convenção entre cidadãos e soberano de Absolu�smo.
d) A dialé�ca entre indivíduo e governo autocrata do idealismo.
e) A contraposição entre bondade e condição selvagem do Naturalismo.

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ENEM
Filosofia Contemporânea
FIL0439 - (Enem)
Uma norma só deve pretender validez quando todos os
que possam ser concernidos por ela cheguem (ou
possam chegar), enquanto par�cipantes de um discurso
prá�co, a um acordo quanto à validade dessa norma.
HABERMAS, J. Consciência moral e agir comunica�vo. Rio
de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1989.
 
Segundo Habermas, a validez de uma norma deve ser
estabelecida pelo(a) 
a) liberdade humana, que consagra a vontade. 
b) razão comunica�va, que requer um consenso. 
c) conhecimento filosófico, que expressa a verdade. 
d) técnica cien�fica, que aumenta o poder do homem. 
e) poder polí�co, que se concentra no sistema
par�dário. 
FIL0438 - (Enem)
Na sociedade democrá�ca, as opiniões de cada um não
são fortalezas ou castelos para que neles nos encerremos
como forma de autoafirmação pessoal. Não só temos de
ser capazes de exercer a razão em nossas
argumentações, como também devemos desenvolver a
capacidade de ser convencidos pelas melhores razões. A
par�r dessa perspec�va, a verdade buscada é sempre
um resultado, não ponto de par�da: e essa busca inclui a
conversação entre iguais, a polêmica, o debate, a
controvérsia.
 
A ideia de democracia presente no texto, baseada na
concepção de Habermas acerca do discurso, defende que
a verdade é um(a) 
a) alvo obje�vo alcançável por cada pessoa, como agente
racional autônomo. 
b) critério acima dos homens, de acordo com o qual
podemos julgar quais opiniões são as melhores. 
c) construção da a�vidade racional de comunicação
entre os indivíduos, cujo resultado é um consenso. 
d) produto da razão, que todo indivíduo traz latente
educa�vo. 
e) resultado que se encontra mais desenvolvido nos
espíritos elevados, a quem cabe a tarefa de convencer
os outros. 
FIL0512 - (Enem)
Em A morte de Ivan IIitch, Tolstoi descreve com detalhes
repulsivos o terror de encarar a morte iminente. Ilitch
adoece depois de um pequeno acidente e logo
compreende que se encaminha para o fim de modo
impossível de parar. “Nas profundezas de seu coração,
ele sabia estar morrendo, mas em vez de se acostumar
com a ideia, simplesmente não o fazia e não conseguia
compreendê-la”.
KAZEZ, J. O peso das coisas: filosofia para o bem-viver. Rio
de Janeiro: Tinta Negra, 2004.
 
O texto descreve a experiência do personagem de Tolstoi
diante de um aspecto incontornável de nossas vidas. Esse
aspecto foi um tema central na tradição filosófica 
a) marxista, no contexto do materialismo histórico. 
b) logicista, no propósito de entendimento dos fatos. 
c) u�litarista, no sen�do da racionalidade das ações. 
d) pós-modernista, na discussão da fluidez das
relações. 
e) existencialista, na questão do reconhecimento de si. 
FIL0511 - (Enem)
Em sen�do geral e fundamental, Direito é a técnica da
coexistência humana, isto é, a técnica voltada a tornar
possível a coexistência dos homens. Como técnica, o
1@professorferretto @prof_ferretto
Direito se concre�za em um conjunto de regras (que,
nesse caso, são leis ou normais); e tais regras têm por
objeto o comportamento intersubje�vo, isto é, o
comportamento recíproco dos homens entre si.
ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo:
Mar�ns Fontes, 2007.
 
O sen�do geral e fundamental do Direito, conforme foi
destacado, refere-se à 
a) aplicação de códigos legais. 
b) regulação do convívio social. 
c) legi�mação de decisões polí�cas. 
d) mediação de conflitos econômicos. 
e) representação da autoridade cons�tuída. 
FIL0464 - (Enem)
O momento histórico das disciplinas é o momento em
que nasce uma arte do corpo humano, que visa não
unicamente o aumento das suas habilidades, nem
tampouco aprofundar sua sujeição, mas a formação de
uma relação que no mesmo mecanismo o torna tanto
mais obediente quanto é mais ú�l, e inversamente.
Forma-se então uma polí�ca das coerções, que são um
trabalho sobre o corpo, uma manipulação calculada de
seus elementos, de seus gestos, de seus
comportamentos.
FOUCAULT, M. Vigiar e punir: história da violência nas
prisões. Petrópolis: Vozes, 1987.
 
Na perspec�va de Michel Foucault, o processo
mencionado resulta em 
a) declínio cultural. 
b) segregação racial. 
c) redução da hierarquia. 
d) totalitarismo dos governos. 
e) modelagem dos indivíduos. 
FIL0410 - (Enem)
TEXTO I
Aquele que não é capaz de pertencer a uma comunidade
ou que dela não tem necessidade, porque se basta a si
mesmo, não é em nada parte da cidade, embora seja
quer um animal, quer um deus.
ARISTÓTELES.A polí�ca. São Paulo: Mar�ns Fontes, 2002.
 
TEXTO II
Nenhuma vida humana, nem mesmo a vida de um
eremita em meio à natureza selvagem, é possível sem um
mundo que, direta ou indiretamente, testemunhe a
presença de outros seres humanos.
ARENDT, H. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense,
1995.
 
Associados a contextos históricos dis�ntos, os
fragmentos convergem para uma par�cularidade do ser
humano, caracterizada por uma condição naturalmente
propensa à 
a) a�vidade contempla�va. 
b) produção econômica. 
c) ar�culação cole�va. 
d) criação ar�s�ca. 
e) crença religiosa. 
FIL0409 - (Enem)
Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória
da democracia de pioneiros e empresários, que
tampouco desenvolvera uma fineza de sen�do para os
desvios espirituais. Todos são livres para dançar e para se
diver�r, do mesmo modo que, desde a neutralização
histórica da religião, são livres para entrar em qualquer
uma das inúmeras seitas. Mas a liberdade de escolha da
ideologia, que reflete sempre a coerção econômica,
revela-se em todos os setores como a liberdade de
escolher o que é sempre a mesma coisa.
ADORNO, T; HORKHEIMER, M. Dialé�ca do
esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro:
Zahar, 1985.
 
A liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo
com a análise do texto, é um(a) 
a) legado social. 
b) patrimônio polí�co. 
c) produto da moralidade. 
d) conquista da humanidade. 
e) ilusão da contemporaneidade. 
FIL0394 - (Enem)
Ser ou não ser – eis a questão.
Morrer – dormir – Dormir! Talvez sonhar. Aí está o
obstáculo!
Os sonhos que hão de vir no sono da morte
Quando �vermos escapado ao tumulto vital
Nos obrigam a hesitar: e é essa a reflexão
Que dá à desventura uma vida tão longa.
SHAKESPEARE, W. Hamlet. Porto Alegre: L&PM, 2007.
 
Este solilóquio pode ser considerado um precursor do
existencialismo ao enfa�zar a tensão entre 
2@professorferretto @prof_ferretto
a) consciência de si e angús�a humana. 
b) inevitabilidade do des�no e incerteza moral. 
c) tragicidade da personagem e ordem do mundo. 
d) racionalidade argumenta�va e loucura iminente. 
e) dependência paterna e impossibilidade de ação.
FIL0515 - (Enem)
Panayio�s Zavos “quebrou” o úl�mo tabu da clonagem
humana – transferiu embriões para o útero de mulheres,
que os gerariam. Esse procedimento é crime em
inúmeros países. Aparentemente, o médico possuía um
laboratório secreto, no qual fazia seus experimentos.
“Não tenho nenhuma dúvida de que uma criança clonada
irá aparecer em breve. Posso não ser eu o médico que irá
criá-la, mas vai acontecer”, declarou Zavos. “Se nos
esforçarmos, podemos ter um bebê clonado daqui a um
ano, ou dois, mas não sei se é o caso. Não sofremos
pressão para entregar um bebê clonado ao mundo.
Sofremos pressão para entregar um bebê clonado
saudável ao mundo.”
CONNOR, S. Disponível em: www.independent.co.uk.
Acesso em: 14 ago. 2012 (adaptado).
 
A clonagem humana é um importante assunto de
reflexão no campo da bioé�ca que, entre outras
questões, dedica-se a 
a) refle�r sobre as relações entre o conhecimento da
vida e os valores é�cos do homem. 
b) legi�mar o predomínio da espécie humana sobre as
demais espécies animais no planeta. 
c) rela�vizar, no caso da clonagem humana, o uso dos
valores de certo e errado, de bem e mal. 
d) legalizar, pelo uso das técnicas de clonagem, os
processos de reprodução humana e animal. 
e) fundamentar técnica e economicamente as pesquisas
sobre células-tronco para uso em seres humanos.confunde-se
com a a�vidade de uma polícia de fronteiras, revistando
os pensamentos de contrabando que viajam na mala de
outras sabedorias. Apenas passam os pensamentos de
carimbada cien�ficidade. A biologia, por exemplo, é um
modo maravilhoso de emigrarmos de nós, de
transitarmos para lógicas de outros seres, de nos
descentrarmos. Aprendemos que não somos o centro da
vida nem o topo da evolução.
COUTO, M. Interinvenções. Portugal: Caminho, 2009
(adaptado).
 
No trecho, expressa-se uma visão poé�ca da
epistemologia cien�fica, caracterizada pela
a) implementação de uma viragem linguís�ca com base
no formalismo.
b) fundamentação de uma abordagem híbrida com base
no rela�vismo.
c) interpretação da natureza eclé�ca das coisas com base
no an�academicismo.
d) definição de uma metodologia transversal com base
em um panorama cé�co.
e) compreensão da realidade com base em uma
perspec�va não antropocêntrica.
FIL0762 - (Enem PPL)
A esté�ca rela�vamente estável do modernismo
fordista cedeu lugar a todo o fermento, instabilidade e
qualidades fugidias de uma esté�ca pós-moderna que
celebra a diferença, a efemeridade, o espetáculo, a moda
e a mercadificação de formas culturais.
HARVEY, D. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre
as origens da mudança cultural. São Paulo: Loyola, 2009.
 
No contexto descrito, as transformações esté�cas
impactam a produção de bens por meio da
20@professorferretto @prof_ferretto
a) promoção de empregos fabris, integrada às linhas de
montagem.
b) ampliação dos custos de fabricação, impulsionada pelo
consumo.
c) redução do tempo de vida dos produtos,
acompanhada da crescente inovação.
d) diminuição da importância da organização logís�ca,
u�lizada pelos fornecedores.
e) expansão de mercadorias estocadas, aliada a maiores
custos de armazenamento.
FIL0763 - (Enem PPL)
Quanto mais a vida social se torna mediada pelo
mercado global de es�los, lugares e imagens, pelas
viagens internacionais, pelas imagens da mídia e pelos
sistemas de comunicação interligados, mais as
iden�dades se tornam desvinculadas — desalojadas —
de tempos, lugares, histórias e tradições específicos e
parecem “flutuar livremente”. Somos confrontados por
uma gama de diferentes iden�dades (cada qual nos
fazendo apelos, ou melhor, fazendo apelos a diferentes
partes de nós), dentre as quais parece possível fazer uma
escolha.
HALL, S. A iden�dade cultural na pós-modernidade. Rio
de Janeiro: DP&A, 2006.
 
Do ponto de vista conceitual, a transformação iden�tária
descrita resulta na cons�tuição de um sujeito
a) altruísta.
b) dependente.
c) nacionalista.
d) mul�facetado.
e) territorializado.
FIL0764 - (Enem PPL)
A importância do conhecimento está em seu uso, em
nosso domínio a�vo sobre ele, quero dizer, reside na
sabedoria. É convencional falar em mero conhecimento,
separado da sabedoria, como capaz de incu�r uma
dignidade peculiar a seu possuidor. Não compar�lho
dessa reverência pelo conhecimento como tal. Tudo
depende de quem possui o conhecimento e do uso que
faz dele.
WHITHEHEAD, A. N. Os fins da educação e outros
ensaios. São Paulo: Edusp, 1969.
 
No trecho, o autor considera que o conhecimento traz
possibilidades de progresso material e moral quando
a) prioriza o rigor conceitual.
b) valoriza os seus dogmas.
c) avalia a sua aplicabilidade.
d) busca a inovação tecnológica.
e) instaura uma perspec�va cien�fica.
FIL0746 - (Enem PPL)
Tu é um termo que não figura muito bem nos
desenvolvimentos modernos e contemporâneos da é�ca
e da polí�ca. Com efeito, muitos movimentos
revolucionários (que variam do comunismo tradicional ao
feminismo da irmandade) parecem compar�lhar de um
código linguís�co curioso baseado na moral intrínseca
dos pronomes. O nós é sempre posi�vo, o vós é um
aliado possível, o eles tem o rosto de um antagonista,
o eu é impróprio, e o tu é, obviamente, supérfluo.
CAVARERO, A. Rela�ng Narra�ves apud BUTLER, J. Relatar
a si mesmo. Belo Horizonte: Autên�ca, 2015 (adaptado).
 
Um dos principais problemas morais da
contemporaneidade, conforme mencionado no texto,
reside na dificuldade em
a) construir o diálogo cole�vo.
b) demarcar a presença do ego.
c) viabilizar a afe�vidade pessoal.
d) reconhecer a alteridade singular.
e) ultrapassar a experiência intersubje�va. 
FIL0748 - (Enem PPL)
Por força da industrialização da cultura, desde o
começo do filme já se sabe como ele termina, quem é
recompensado e, ao escutar a música, o ouvido treinado
é perfeitamente capaz, desde os primeiros compassos, de
adivinhar o desenvolvimento do tema e sente-se feliz
quando ele tem lugar como previsto.
ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. Dialé�ca do
esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 2009.
 
A crí�ca ao �po de criação mencionada no texto teve
como alvo, no campo da arte, a
a) burocra�zação do processo de difusão.
b) valorização da representação abstrata.
c) padronização das técnicas de composição.
d) sofis�cação dos equipamentos disponíveis.
e) ampliação dos campos de experimentação.
FIL0753 - (Enem PPL)
21@professorferretto @prof_ferretto
A humanidade, a humanidade do homem, ainda é um
conceito completamente novo para o filósofo que não
cochila em pé. A velha questão do próprio homem
con�nua por ser inteiramente reelaborada, não apenas
em relação às ciências do vivo, não apenas em relação ao
que se nomeia com essa palavra geral, homogênea e
confusa, o animal, mas em relação a todos os traços que
a meta�sica reservou ao homem e que nenhum deles
resiste à análise.
DERRIDA, J. Papel-máquina. São Paulo: Estação
Liberdade, 2004.
 
No trecho, caracteriza-se o seguinte tema fundamental
do pensamento filosófico contemporâneo:
a) Crise do sujeito.
b) Rela�vismo é�co.
c) Virada linguís�ca.
d) Teoria da referência.
e) Crí�ca à tecnociência.
FIL0743 - (Enem PPL)
Queremos tratar da �rania de animais humanos sobre
animais não humanos. Essa �rania causou e ainda causa
dor e sofrimento apenas comparáveis aos que resultaram
de séculos de violência de seres humanos brancos sobre
seres humanos negros. A luta contra ela é tão importante
quanto outras disputas morais e sociais.
SINGER, P. Libertação animal. São Paulo: Mar�ns Fontes,
2013.
 
O trecho apresenta caracterís�cas de uma importante
corrente da é�ca contemporânea que se designa:
a) Ecoé�ca – visão superior da natureza.
b) Bioé�ca – implicação biológica das ações.
c) An�especismo – definição igualitária das espécies.
d) Existencialismo – valorização crescente da
subje�vidade.
e) Rela�vismo – compreensão diferenciada das
alteridades.
FIL0745 - (Enem PPL)
TEXTO I
Nunca se soube tanto da vida e aparência dos outros,
graças à postagem e ao compar�lhamento de imagens.
Uma comissão parlamentar britânica constatou que
meninas de até cinco anos de idade já se preocupam com
peso e aparência. Outro sintoma do problema, segundo
um relatório da comissão, foi o aumento das taxas de
cirurgia plás�ca no país, de cerca de 20% desde 2008.
ROXBY, P. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 9
dez. 2018.
 
TEXTO II
Toda a vida das sociedades nas quais reinam as
condições modernas de produção se anuncia como uma
imensa acumulação de espetáculos. Tudo o que era
diretamente vivido se esvai na fumaça da representação.
DEBORD, G. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro:
Contraponto, 2017.
 
Os textos apontam a centralidade da circulação imagé�ca
na sociedade contemporânea, uma vez que realçam a
a) fragilização de vínculos afe�vos.
b) fe�chização da experiência vivida.
c) monopolização do mercado esté�co.
d) diferenciação dos modelos corporais.
e) personalização das dimensões ín�mas.
22@professorferretto @prof_ferrettoFIL0435 - (Enem)
O conceito de democracia, no pensamento de Habermas,
é construído a par�r de uma dimensão procedimental,
calcada no discurso e na deliberação. A legi�midade
democrá�ca exige que o processo de tomada de decisões
polí�cas ocorra a par�r de uma ampla discussão pública,
para somente então decidir. Assim, o caráter delibera�vo
corresponde a um processo cole�vo de ponderação e
análise, permeado pelo discurso, que antecede a decisão.
VITALE. D. Jürgen Habermas, modernidade e democracia
delibera�va. Cadernos do CRH (UFBA), v. 19, 2006
(adaptado).
 
O conceito de democracia proposto por Jürgen Habermas
pode favorecer processos de inclusão social. De acordo
com o texto, é uma condição para que isso aconteça o(a) 
a) par�cipação direta periódica do cidadão. 
b) debate livre e racional entre cidadãos e Estado. 
c) interlocução entre os poderes governamentais. 
d) eleição de lideranças polí�cas com mandatos
temporários. 
e) controle do poder polí�co por cidadãos mais
esclarecidos. 
FIL0589 - (Enem)
O leproso é visto dentro de uma prá�ca de rejeição, ao
exílio-cerca; deixa-se que se perca lá dentro como numa
massa que não têm muita importância diferenciar; os
pes�lentos são considerados num policiamento tá�co
me�culoso onde as diferenciações individuais são os
efeitos limitantes de um poder que se mul�plica, se
ar�cula e se subdivide. O grande fechamento por um
lado; o bom treinamento por outro. A lepra e a sua
divisão; a peste e seus recortes. Uma é marcada; a outra,
analisada e repar�da. O exílio do leproso e a prisão da
peste não trazem consigo o mesmo sonho polí�co
FOUCAULT, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão.
Petrópolis: Vozes, 1987.
 
Os modelos autoritários descritos no texto apontam para
um sistema de controle que se baseia no(a): 
a) Formação de sociedade disciplinar. 
b) Flexibilização do regramento social. 
c) Banimento da autoridade repressora. 
d) Condenação da degradação humana. 
e) Hierarquização da burocracia estatal. 
FIL0408 - (Enem)
A maioria das necessidades comuns de descansar,
distrair-se, comportar-se, amar e odiar o que os outros
amam e odeiam pertence a essa categoria de falsas
necessidades. Tais necessidades têm um conteúdo e uma
função determinada por forças externas, sobre as quais o
indivíduo não tem controle algum.
MARCUSE, H. A ideologia da sociedade industrial: o
homem unidimensional. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
 
Segundo Marcuse, um dos pesquisadores da chamada
Escola de Frankfurt, tais forças externas são resultantes
de 
3@professorferretto @prof_ferretto
a) aspirações de cunho espiritual. 
b) propósitos solidários de classes. 
c) exposição ciberné�ca crescente. 
d) interesses de ordem socioeconômica. 
e) hegemonia do discurso médico-cien�fico. 
FIL0414 - (Enem)
Parece-me bastante significa�vo que a questão muito
discu�da sobre se o homem deve ser “ajustado” à
máquina ou se a máquina deve ser ajustada à natureza
do homem nunca tenha sido levantada a respeito dos
meros instrumentos e ferramentas. E a razão disto é que
todas as ferramentas da manufatura permanecem a
serviço da mão, ao passo que as máquinas realmente
exigem que o trabalhador as sirva, ajuste o ritmo natural
do seu corpo ao movimento mecânico delas.
ARENDT, H. Trabalho, Obra e Ação. In: Cadernos de É�ca
e Filosofia Polí�ca 7. São Paulo: EdUSP, 2005 (fragmento).
 
Com base no texto, as principais consequências da
subs�tuição da ferramenta manual pela máquina são 
a) o adestramento do corpo e a perda da autonomia do
trabalhador. 
b) a reformulação dos modos de produção e o
engajamento polí�co do trabalhador. 
c) o aperfeiçoamento da produção manufatureira cria�va
e a rejeição do trabalho repe��vo. 
d) a flexibilização do controle ideológico e a manutenção
da liberdade do trabalhador. 
e) o abandono da produção manufatureira e o
aperfeiçoamento da máquina. 
FIL0462 - (Enem)
Penso que não há um sujeito soberano, fundador, uma
forma universal de sujeito que poderíamos encontrar em
todos os lugares. Penso, pelo contrário, que o sujeito se
cons�tui através das prá�cas de sujeição ou, de maneira
mais autônoma, através de prá�cas de liberação, de
liberdade, como na An�guidade – a par�r, obviamente,
de um certo número de regras, de es�los, que podemos
encontrar no meio cultural.
FOUCAULT, M. Ditos e escritos V: é�ca, sexualidade,
polí�ca. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.
 
O texto aponta que a subje�vação se efe�va numa
dimensão 
a) legal, pautada em preceitos jurídicos. 
b) racional, baseada em pressupostos lógicos. 
c) con�ngencial, processada em interações sociais. 
d) transcendental, efe�vada em princípios religiosos. 
e) essencial, fundamentada em parâmetros
substancialistas. 
FIL0420 - (Enem)
A crí�ca é uma questão de distância certa. O olhar hoje
mais essencial, o olho mercan�l que penetra no coração
das coisas, chama-se propaganda. Esta arrasa o espaço
livre da contemplação e aproxima tanto as coisas, coloca-
as tão debaixo do nariz quanto o automóvel que sai da
tela de cinema e cresce, gigantesco, tremeluzindo em
direção a nós. E, do mesmo modo que o cinema não
oferece móveis e fachadas a uma observação crí�ca
completa, mas dá apenas a sua espetacular, rígida e
repen�na proximidade, também a propaganda autên�ca
transporta as coisas para primeiro plano e tem um ritmo
que corresponde ao de um bom filme.
BENJAMIN, W. Rua de mão única:infância berlinense –
1900. Belo Horizonte: Autên�ca, 2013 (adaptado).
 
O texto apresenta um entendimento do filósofo Walter
Benjamin, segundo o qual a propaganda dificulta o
procedimento de análise crí�ca em virtude do(a) 
a) caráter ilusório das imagens. 
b) evolução constante da tecnologia. 
c) aspecto efêmero dos acontecimentos. 
d) conteúdo obje�vo das informações. 
e) natureza emancipadora das opiniões. 
FIL0367 - (Enem)
Eis o ensinamento de minha doutrina: “Viva de forma a
ter de desejar reviver – é o dever –, pois, em todo caso,
você reviverá! Aquele que ama antes de tudo se
submeter, obedecer e seguir, que obedeça! Mas que
saiba para o que dirige sua preferência, e não recue
diante de nenhum meio! É a eternidade que está em
jogo!”.
NIETZSCHE apud FERRY, L. Aprender a viver: filosofia para
os novos tempos. Rio de Janeiro: Obje�va, 2010
(adaptado).
 
O trecho contém uma formulação da doutrina
nietzscheana do eterno retorno, que apresenta critérios
radicais de avaliação da 
4@professorferretto @prof_ferretto
a) qualidade de nossa existência pessoal e cole�va. 
b) conveniência do cuidado da saúde �sica e espiritual. 
c) legi�midade da doutrina pagã da transmigração da
alma. 
d) veracidade do postulado cosmológico da perenidade
do mundo. 
e) validade de padrões habituais de ação humana ao
longo da história. 
FIL0521 - (Enem)
Para Rawls, a estrutura básica mais justa de uma
sociedade é aquela que alguém escolheria se não
soubesse qual viria a ser seu papel par�cular no sistema
de cooperação daquela sociedade.
LOVETT, F. Uma teoria da jus�ça, de John Rawls. Porto
Alegre: Penso, 2013.
 
A teoria da jus�ça proposta pelo autor, conforme exposto
no texto, pressupõe assumir uma posição hipoté�ca
chamada de 
a) reino de Deus. 
b) mundo da utopia. 
c) véu da ignorância. 
d) estado de natureza. 
e) cálculo da felicidade. 
FIL0588 - (Enem)
Sempre que a relevância do discurso entra em jogo, a
questão torna-se polí�ca por definição, pois é o discurso
que faz do homem um ser polí�co. E tudo que os homens
fazem, sabem ou experimentam só tem sen�do na
medida em que pode ser discu�do. Haverá, talvez,
verdades que ficam além da linguagem e que podem ser
de grande relevância para o homem no singular, isto é,
para o homem que, seja o que for, não é um ser polí�co.
Mas homens no plural, isto é, os homens que vivem e se
movem e agem neste mundo, só podem experimentar o
significado das coisas por poderem falar e ser inteligíveis
entre si e consigo mesmos.
ARENDT, H. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 2004.
 
No trecho,a filósofa Hannah Arendt mostra a
importância da linguagem no processo de 
a) entendimento da cultura. 
b) aumento da cria�vidade. 
c) percepção da individualidade. 
d) melhoria da técnica. 
e) construção da sociabilidade. 
FIL0516 - (Enem)
A promessa da tecnologia moderna se converteu em uma
ameaça, ou esta se associou àquela de forma
indissolúvel. Ela vai além da constatação da ameaça
�sica. Concebida para a felicidade humana, a submissão
da natureza, na sobremedida de seu sucesso, que agora
se estende à própria natureza do homem, conduziu ao
maior desafio já posto ao ser humano pela sua própria
ação. O novo con�nente da práxis cole�va que
adentramos com a alta tecnologia ainda cons�tui, para a
teoria é�ca, uma terra de ninguém.
JONAS. H. O princípio da responsabilidade. Rio de
Janeiro: Contraponto; Editora PUC-Rio, 2011 (adaptado).
 
As implicações é�cas da ar�culação apresentada no texto
impulsionam a necessidade de construção de um novo
padrão de comportamento, cujo obje�vo consiste em
garan�r o(a) 
a) pragma�smo da escolha individual. 
b) sobrevivência de gerações futuras. 
c) fortalecimento de polí�cas liberais. 
d) valorização de múl�plas etnias. 
e) promoção da inclusão social. 
FIL0514 - (Enem)
Minha fórmula para o que há de grande no indivíduo
é amor fa�: nada desejar além daquilo que é, nem diante
de si, nem atrás de si, nem nos séculos dos séculos. Não
se contentar em suportar o inelutável, e ainda menos
dissimulá-lo, mas amá-lo.
NIETZSCHE apud FERRY L. Aprender a viver: filosofia para
os novos tempos. Rio da Janeiro: Obje�va, 2010
(adaptado).
 
Essa fórmula indicada por Nietzsche consiste em uma
crí�ca à tradição cristã que 
a) combate as prá�cas sociais de cunho afe�vo. 
b) impede o avanço cien�fico no contexto moderno. 
c) associa os cultos pagãos à sacralização da natureza. 
d) condena os modelos filosóficos da An�guidade
Clássica. 
e) consagra a realização humana ao campo
transcendental. 
FIL0513 - (Enem)
TEXTO I
Os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
5@professorferretto @prof_ferretto
PESSOA, F. O guardador de rebanhos – IX. In: GALHOZ. M.
A. (Org.). Obras poé�cas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,
1999 (fragmento).
 
TEXTO II
Tudo aquilo que sei do mundo, mesmo por ciência, eu o
sei a par�r de uma visão minha ou de uma experiência
do mundo sem a qual os símbolos da ciência não
poderiam dizer nada.
MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção. São
Paulo: Mar�ns Fontes, 1999 (adaptado).
 
Os textos mostram-se alinhados a um entendimento
acerca da ideia de conhecimento, numa perspec�va que
ampara a 
a) anterioridade da razão no domínio cogni�vo. 
b) confirmação da existência de saberes inatos. 
c) valorização do corpo na apreensão da realidade. 
d) verificabilidade de proposições no campo da lógica. 
e) possibilidade de contemplação de verdades
atemporais. 
FIL0518 - (Enem)
A sociedade como um sistema justo de cooperação social
consiste em uma das ideias familiares fundamentais, que
dá estrutura e organização à jus�ça como equidade. A
cooperação social guia-se por regras e procedimentos
publicamente reconhecidos e aceitos por aqueles que
cooperam como sendo apropriados para regular a sua
conduta. Diz-se que a é cooperação é justa porque seus
termos são tais que todos os par�cipantes podem
razoavelmente aceitar, desde que todos os demais
também o aceitem.”
FERES JR., J.; POGREBINSCHI, T. Teoria polí�ca
contemporânea: uma introdução. Rio de Janeiro: Elsevier.
2010.
 
No contexto do pensamento polí�co, a ideia apresentada
mostra-se consoante o(a) 
a) ideal republicano de governo. 
b) corrente tripar�te dos poderes. 
c) posicionamento crí�co do socialismo. 
d) legi�midade do absolu�smo monárquico. 
e) entendimento do contratualismo moderno. 
FIL0371 - (Enem)
Jamais deixou de haver sangue, mar�rio e sacri�cio,
quando o homem sen�u a necessidade de criar em si
uma memória; os mais horrendos sacri�cios e penhores,
as mais repugnantes mu�lações (as castrações, por
exemplo), os mais cruéis rituais, tudo isto tem origem
naquele ins�nto que divisou na dor o mais poderoso
auxiliar da memória.
NIETZSCHE, F. Genealogia da moral. São Paulo: Cia. das
Letras, 1999.
 
O fragmento evoca uma reflexão sobre a condição
humana e a elaboração de um mecanismo dis�n�vo
entre homens e animais, marcado pelo(a) 
a) racionalidade cien�fica. 
b) determinismo biológico. 
c) degradação da natureza. 
d) domínio da con�ngência. 
e) consciência da existência. 
FIL0392 - (Enem)
O filósofo reconhece-se pela posse inseparável do gosto
da evidência e do sen�do da ambiguidade. Quando se
limita a suportar a ambiguidade, esta se chama equívoco.
Sempre aconteceu que, mesmo aqueles que
pretenderam construir uma filosofia absolutamente
posi�va, só conseguiram ser filósofos na medida em que,
simultaneamente, se recusaram o direito de se instalar
no saber absoluto. O que caracteriza o filósofo é o
movimento que leva incessantemente do saber à
ignorância, da ignorância ao saber, e um certo repouso
neste movimento. 
MERLEAU-PONTY. M. Elogio da filosofia. Lisboa:
Guimarães, 1998 (adaptado). 
 
O texto apresenta um entendimento acerca dos
elementos cons�tu�vos da a�vidade do filósofo, que se
caracteriza por 
a) reunir os antagonismos das opiniões ao método
dialé�co. 
b) ajustar a clareza do conhecimento ao ina�smo das
ideias. 
c) associar a certeza do intelecto à imutabilidade da
verdade. 
d) conciliar o rigor da inves�gação à inquietude do
ques�onamento. 
e) compa�bilizar as estruturas do pensamento aos
princípios fundamentais. 
FIL0413 - (Enem)
Subjaz na propaganda tanto polí�ca quanto comercial a
ideia de que as massas podem ser conquistadas,
dominadas e conduzidas, e, por isso, toda e qualquer
propaganda tem um traço de coerção. Nesse sen�do, a
filósofa Hanna Arendt diz que “não apenas a propaganda
polí�ca, mas toda a moderna publicidade de massa
contém um elemento de coerção”.
6@professorferretto @prof_ferretto
AGUIAR, O. A. Veracidade e propaganda em Hannah
Arendt. In: Cadernos de É�ca e Filosofia Polí�ca 10. São
Paulo: EdUSP, 2007 (adaptado).
 
À luz do texto, qual a implicação da publicidade de massa
para a democracia contemporânea? 
a) O fortalecimento da sociedade civil. 
b) A transparência polí�ca das ações do Estado. 
c) A dissociação entre os domínios retóricos e a polí�ca. 
d) O combate às prá�cas de distorção de informações. 
e) O declínio do debate polí�co na esfera pública. 
FIL0517 - (Enem)
 
Uma sociedade é uma associação mais ou menos
autossuficiente de pessoas que em suas relações mútuas
reconhecem certas regras de conduta como obrigatórias
e que, na maioria das vezes, agem de acordo com elas.
Uma sociedade é bem ordenada não apenas quando está
planejada para promover o bem de seus membros, mas
quando é também efe�vamente regulada por uma
concepção pública de jus�ça. Isto é, trata-se de uma
sociedade na qual todos aceitam, e sabem que os outros
aceitam, o mesmo princípio de jus�ça.
RAWLS, J. Uma teoria da jus�ça. São Paulo: Mar�ns
Fontes, 1997 (adaptado).
 
A visão expressa nesse texto do século XX remete a qual
aspecto do pensamento moderno? 
a) A relação entre liberdade e autonomia do
Liberalismo. 
b) A independência entre poder e moral do
Racionalismo. 
c) A convenção entre cidadãos e soberano de
Absolu�smo. 
d) A dialé�ca entre indivíduo e governo autocrata do
idealismo. 
e) A contraposição entre bondade e condição selvagem
do Naturalismo. 
FIL0590 - (Enem)
TEXTO I
Uma filosofia da percepção que queira reaprender a ver o
mundo res�tuirá à pintura e às artes em geral seu lugar
verdadeiro.
MERLEAU-PONTY, M. Conversas: 1948. São Paulo:
Mar�ns Fontes, 2004.
 
TEXTO II
Os grandes autores de cinema nos pareceram
confrontáveis não apenas com pintores, arquitetos,
músicos, mas também com pensadores. Eles pensam
com imagens, em vez de conceitos.
DELEUZE, G. Cinema 1: a imagem-movimento.São Paulo:
Brasiliense, 1983 (adaptado).
 
De que modo os textos sustentam a existência de um
saber ancorado na sensibilidade? 
a) Admi�ndo o belo como fenômeno transcendental. 
b) Reafirmando a vivência esté�ca como juízo de gosto. 
c) Considerando o olhar como experiência de
conhecimento. 
d) Apontando as formas de expressão como auxiliares da
razão. 
e) Estabelecendo a inteligência como implicação das
representações. 
FIL0421 - (Enem)
TEXTO I
A melhor banda de todos os tempos da úl�ma semana
O melhor disco brasileiro de música americana
O melhor disco dos úl�mos anos de sucessos do passado
O maior sucesso de todos os tempos entre os dez
maiores fracassos
Não importa contradição
O que importa é televisão
Dizem que não há nada que você não se acostume
Cala a boca e aumenta o volume então.
MELLO, B.; BRITTO, S. A melhor banda de todos os
tempos da úl�ma semana.
São Paulo: Abril Music, 2001 (fragmento).
 
TEXTO II
O fe�chismo na música e a regressão da audição
Aldous Huxley levantou em um de seus ensaios a
seguinte pergunta: quem ainda se diverte realmente hoje
num lugar de diversão? Com o mesmo direito poder-se-ia
perguntar: para quem a música de entretenimento serve
ainda como entretenimento? Ao invés de entreter,
parece que tal música contribui ainda mais para o
emudecimento dos homens, para a morte da linguagem
como expressão, para a incapacidade de comunicação.
ADORNO, T. Textos escolhidos. São Paulo: Nova Cultural,
1999.
 
A aproximação entre a letra da canção e a crí�ca de
Adorno indica o(a) 
7@professorferretto @prof_ferretto
a) lado efêmero e restri�vo da indústria cultural. 
b) baixa renovação da indústria de entretenimento. 
c) influência da música americana na cultura brasileira. 
d) fusão entre elementos da indústria cultural e da
cultura popular. 
e) declínio da forma musical em prol de outros meios de
entretenimento. 
FIL0509 - (Enem)
A hospitalidade pura consiste em acolher aquele que
chega antes de lhe impor condições, antes de saber e
indagar o que quer que seja, ainda que seja um nome ou
um “documento” de iden�dade. Mas ela também supõe
que se dirija a ele, de maneira singular, chamando-o
portanto e reconhecendo-lhe um nome próprio: “Como
você se chama?” A hospitalidade consiste em fazer tudo
para se dirigir ao outro, em lhe conceder, até mesmo
perguntar seu nome, evitando que essa pergunta se
torne uma “condição”, um inquérito policial, um
fichamento ou um simples controle das fronteiras. Uma
arte e uma poé�ca, mas também toda uma polí�ca
dependem disso, toda uma é�ca se decide aí.
DERRIDA, J. Papel-máquina. São Paulo: Estação
Liberdade, 2004 (adaptado).
 
Associado ao contexto migratório contemporâneo, o
conceito de hospitalidade proposto pelo autor impõe a
necessidade de 
a) anulação da diferença. 
b) cristalização da biografia. 
c) incorporação da alteridade. 
d) supressão da comunicação. 
e) verificação da proveniência. 
FIL0510 - (Enem)
Por maioria, nós não entendemos uma quan�dade
rela�va maior, mas a determinação de um estado ou de
um padrão em relação ao qual tanto as quan�dades
maiores quanto as menores serão ditas minoritárias.
Maioria supõe um estado de dominação. É nesse sen�do
que as mulheres, as crianças e também os animais são
minoritários.
DELEUZE, G.; GUATTARI. F. Mil platôs. São Paulo: Editora
34, 2012 (adaptado).
 
No texto, a caracterização de uma minoria decorre da
existência de 
a) ameaças de ex�nção social. 
b) polí�cas de incen�vos estatais. 
c) relações de natureza arbitrária. 
d) valorações de conexões simétricas. 
e) hierarquizações de origem biológica. 
FIL0378 - (Enem)
Sen�mos que toda sa�sfação de nossos desejos advinda
do mundo assemelha-se à esmola que mantém hoje o
mendigo vivo, porém prolonga amanhã a sua fome. A
resignação, ao contrário, assemelha-se à fortuna
herdada: livra o herdeiro para sempre de todas as
preocupações.
SCHOPENHAUER, A. Aforismo para a sabedoria da vida.
São Paulo: Mar�ns Fontes, 2005
 
O trecho destaca uma ideia remanescente de uma
tradição filosófica ocidental, segundo a qual a felicidade
se mostra indissociavelmente ligada à 
a) a consagração de relacionamentos afe�vos. 
b) administração da independência interior. 
c) fugacidade do conhecimento empírico. 
d) liberdade de expressão religiosa. 
e) busca de prazeres efêmeros. 
FIL0376 - (Enem)
Vi os homens sumirem-se numa grande tristeza. Os
melhores cansaram-se das suas obras. Proclamou-se uma
doutrina e com ela circulou uma crença: Tudo é oco, tudo
é igual, tudo passou! O nosso trabalho foi inú�l; o nosso
vinho tornou-se veneno; o mau olhado amareleceu-nos
os campos e os corações. Secamos de todo, e se caísse
fogo em cima de nós, as nossas cinzas voariam em pó.
Sim; cansamos o próprio fogo. Todas as fontes secaram
para nós, e o mar re�rou-se. Todos os solos se querem
abrir, mas os abismos não nos querem tragar!
NIETZSCHE. F. Assim falou Zaratustra. Rio de Janeiro:
Ediouro,1977.
 
O texto exprime uma construção alegórica, que traduz
um entendimento da doutrina niilista, uma vez que 
a) reforça a liberdade do cidadão. 
b) desvela os valores do co�diano. 
c) exorta as relações de produção. 
d) destaca a decadência da cultura. 
e) amplifica o sen�mento de ansiedade. 
FIL0694 - (Enem PPL)
8@professorferretto @prof_ferretto
Uma criança com deficiência mental deve ser man�da
em casa ou mandada a uma ins�tuição? Um parente
mais velho que costuma causar problemas deve ser
cuidado ou podemos pedir que vá embora? Um
casamento infeliz deve ser prolongado pelo bem das
crianças?
MURDOCH, I. A soberania do bem. São Paulo: Unesp,
2013.
 
Os ques�onamentos apresentados no texto possuem
uma relevância filosófica à medida que problema�zam
conflitos que estão nos domínios da
a) polí�ca e da esfera pública.
b) teologia e dos valores religiosos.
c) lógica e da validade dos raciocínios.
d) é�ca e dos padrões de comportamento.
e) epistemologia e dos limites do conhecimento.
FIL0696 - (Enem PPL)
Uma parte da nossa formação cien�fica confunde-se com
a a�vidade de uma polícia de fronteiras, revistando os
pensamentos de contrabando que viajam na mala de
outras sabedorias. Apenas passam os pensamentos de
carimbada cien�ficidade. A biologia, por exemplo, é um
modo maravilhoso de emigrarmos de nós, de
transitarmos para lógicas de outros seres, de nos
descentrarmos. Aprendemos que não somos o centro da
vida nem o topo da evolução.
COUTO, M. Interinvenções. Portugal: Caminho, 2009
(adaptado).
 
No trecho, expressa-se uma visão poé�ca da
epistemologia cien�fica, caracterizada pela
a) implementação de uma viragem linguís�ca com base
no formalismo.
b) fundamentação de uma abordagem híbrida com base
no rela�vismo.
c) interpretação da natureza eclé�ca das coisas com base
no an�academicismo.
d) definição de uma metodologia transversal com base
em um panorama cé�co.
e) compreensão da realidade com base em uma
perspec�va não antropocêntrica.
FIL0697 - (Enem PPL)
A humanidade, a humanidade do homem, ainda é um
conceito completamente novo para o filósofo que não
cochila em pé. A velha questão do próprio homem
con�nua por ser inteiramente reelaborada, não apenas
em relação às ciências do vivo, não apenas em relação ao
que se nomeia com essa palavra geral, homogênea e
confusa, o animal, mas em relação a todos os traços que
a meta�sica reservou ao homem e que nenhum deles
resiste à análise.
DERRIDA, J. Papel-máquina. São Paulo: Estação
Liberdade, 2004.
 
No trecho, caracteriza-se o seguinte tema fundamental
do pensamento filosófico contemporâneo:
a) Crise do sujeito. 
b) Rela�vismo é�co. 
c) Virada linguís�ca. 
d) Teoria da referência.
e) Crí�ca à tecnociência.
FIL0698 - (Enem PPL)
Tu é um termo que não figura muito bem nos
desenvolvimentos modernos e contemporâneos da é�ca
e da polí�ca. Com efeito, muitos movimentos
revolucionários (que variam do comunismo tradicional ao
feminismo da irmandade) parecem compar�lhar de um
código linguís�co curioso baseado na moral intrínseca
dos pronomes. Onós é sempre posi�vo, o vós é um
aliado possível, o eles tem o rosto de um antagonista, o
eu é impróprio, e o tu é, obviamente, supérfluo.
CAVARERO, A. Rela�ng Narra�ves apud BUTLER, J. Relatar
a si mesmo.
Belo Horizonte: Autên�ca, 2015 (adaptado).
 
Um dos principais problemas morais da
contemporaneidade, conforme mencionado no texto,
reside na dificuldade em
a) construir o diálogo cole�vo. 
b) demarcar a presença do ego. 
c) viabilizar a afe�vidade pessoal. 
d) reconhecer a alteridade singular.
e) ultrapassar a experiência intersubje�va.
FIL0701 - (Enem PPL)
Em primeiro lugar, é preciso libertar-se do preconceito
segundo o qual a filosofia é apenas uma disciplina
par�cular, apenas o trabalho de um círculo restrito de
pessoas que dedicam sua a�vidade a refle�r e a indagar
sobre certos �pos de problemas. A filosofia é isso
também, mas não só. Deve haver uma filosofia como ato
existencial, que faz do homem um ente que pergunta,
duvida, teme e age para dominar o futuro.
ABBAGNANO, N. Introdução ao existencialismo. São
Paulo: Mar�ns Fontes, 2001 (adaptado).
 
De acordo com a corrente de pensamento do século XX
da qual o texto trata, o tema fundamental da filosofia é
9@professorferretto @prof_ferretto
o(a)
a) realidade humana, seu sen�do e possibilidades.
b) mundo �sico, sua essência e leis reguladoras.
c) lógica, suas inferências e estudos de validade.
d) imaginação, seus objetos e contribuições.
e) conhecimento, sua natureza e condições.
FIL0702 - (Enem PPL)
Foi o caso que um homenzinho, recém-aparecido na
cidade, veio à casa do Meu Amigo, por questão de vida e
morte, pedir providências. Meu Amigo sendo de vasto
saber e pensar, poeta, professor, ex-sargento de cavalaria
e delegado de polícia. Por tudo, talvez, costumava
afirmar: — “A vida de um ser humano, entre outros seres
humanos, é impossível. O que vemos é apenas milagre;
salvo melhor raciocínio.” Meu Amigo sendo fatalista.
Na data e hora, estava-se em seu fundo de quintal,
exercitando ao alvo, com carabinas e revólveres,
revezadamente. Meu Amigo, a bom seguro que, no
mundo, ninguém, jamais, a�rou quanto ele tão bem —
no agudo da pontaria e rapidez em sacar arma; gastava
nisso, por dia, caixas de balas. Estava justamente
especulando: — “Só quem entendia de tudo eram os
gregos. A vida tem poucas possibilidades”. Fatalista como
uma louça, o Meu Amigo. Sucedeu nesse comenos que o
vieram chamar, que o homenzinho o procurava.
ROSA, J. G. Primeiras estórias. Rio de Janeiro: J. Olympio,
1967.
 
Os procedimentos de construção conferem originalidade
ao es�lo do autor e produzem, no fragmento, efeito de
sen�do apoiado na
a) reflexão filosófica em torno da brevidade da vida. 
b) tensão progressiva ante a chegada do estranho. 
c) nota irônica do perfil intelectual do personagem. 
d) curiosidade natural despertada pelo anonimato.
e) erudição su�l da alusão ao pensamento grego.
FIL0716 - (Enem)
A economia das ilegalidades se reestruturou com o
desenvolvimento da sociedade capitalista. A ilegalidade
dos bens foi separada da ilegalidade dos direitos. Divisão
que corresponde a uma oposição de classes, pois, de um
lado, a ilegalidade mais acessível às classes populares
será a dos bens – transferência violenta das
propriedades; de outro, à burguesia, então, se reservará
a ilegalidade dos direitos: a possibilidade de desviar seus
próprios regulamentos e suas próprias leis; e essa grande
redistribuição das ilegalidades se traduzirá até por uma
especialização dos circuitos judiciários; para as
ilegalidades de bens – para o roubo – os tribunais
ordinários e os cas�gos; para as ilegalidades de direitos –
fraudes, evasões fiscais, operações comerciais irregulares
– jurisdições especiais com transações, acomodações,
multas atenuadas, etc.
FOUCAULT, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão.
Petrópolis: Vozes, 1987.
O texto apresenta uma relação de cálculo polí�co-
econômico que caracteriza o poder puni�vo por meio da
a) gestão das ilicitudes pelo sistema judicial.
b) aplicação das sanções pelo modelo equânime.
c) supressão dos crimes pela penalização severa.
d) regulamentação dos privilégios pela jus�ça social.
e) repar�ção de vantagens pela hierarquização cultural.
FIL0718 - (Enem)
TEXTO I
Gerineldo dorme porque já está conformado com o seu
mundo. Porque já sabe tudo o que lhe pode acontecer
após haver subme�do todos os objetos que o rodeiam a
um minucioso inventário de possibilidades. Seu
apartamento, mais que um apartamento, é uma teoria de
sorte e de azar. Melhor que ninguém, Gerineldo conhece
o coeficiente da dilatação de suas janelas e mantém
marcado no termômetro, com uma linha vermelha, o
ponto em que se quebrarão os vidros, despedaçados em
es�lhaços de morte. Sabe que os arquitetos e os
engenheiros já previram tudo, menos o que nunca já
aconteceu.
MÁRQUEZ, G. G. O. O pessimista. In: Textos do Caribe. Rio
de Janeiro: Record. 1981.
TEXTO II
A situação é o sujeito inteiro (ele não é nada a não ser a
sua situação) e é também a coisa inteira (nunca há mais
nada senão as coisas). E o sujeito a elucidar as coisas pela
sua própria superação, se assim quisermos; ou são as
coisas a reenviar ao sujeito a imagem dele. É a total
fac�cidade, a con�ngência absoluta do mundo, do meu
nascimento, do meu lugar, do meu passado, dos meus
redores – e é a minha liberdade sem limites que faz com
que haja para mim uma fac�cidade.
SARTRE, J.-P. O ser e o nada: ensaio de ontologia
fenomenológica, Petrópolis: vozes. 1997 (adaptado).
A postura determinista adotada pelo personagem
Gerineldo contrasta com a ideia existencialista con�da no
pensamento filosófico de Sartre porque
a) evidencia a manifestação do inconsciente.
b) nega a possibilidade de transcendência.
c) contraria o conhecimento difuso.
d) sustenta a fugacidade da vida.
e) refuta a evolução biológica.
10@professorferretto @prof_ferretto
FIL0719 - (Enem)
Eu poderia concluir que a raiva é um pensamento, que
estar com raiva é pensar que alguém é detestável, e que
esse pensamento, como todos os outros – assim como
Descartes o mostrou –, não poderia residir em nenhum
fragmento de matéria. A raiva seria, portanto, espírito.
Porém, quando me volto para minha própria experiência
da raiva, devo confessar que ela não estava fora do meu
corpo, mas inexplicavelmente nele.
MERLEAU-PONTY, M. Quinta conversa: o homem visto de
fora.na parte São Paulo: Mar�ns Fontes. 1948
(adaptado).
No que se refere ao problema do corpo, a filosofia
cartesiana apresenta-se como contraponto ao
entendimento expresso no texto por
a) apresentar uma visão dualista.
b) confirmar uma tese naturalista.
c) demonstrar uma premissa realista.
d) sustentar um argumento idealista.
e) defender uma posição intencionalista.
FIL0720 - (Enem)
A diversão é o prolongamento do trabalho sob o
capitalismo tardio. Ela é procurada por quem quer
escapar ao processo de trabalho mecanizado para se pôr
de novo em condições de enfrentá-lo. Mas, ao mesmo
tempo, a mecanização a�ngiu um tal poderio sobre a
pessoa em seu lazer e sobre a sua felicidade, ela
determina tão profundamente a fabricação das
mercadorias des�nadas à diversão que essa pessoa não
pode mais perceber outra coisa senão as cópias que
reproduzem o próprio processo de trabalho.
ADORNO, T; HORKHEIMER, M. Dialé�ca do
esclarecimento. Rio de Janeiro: Zahar 1997.
No texto, o tempo livre é concebido como
a) consumo de produtos culturais e elaborados no
mesmo sistema produ�vo do capitalismo.
b) forma de realizar as diversas potencialidades da
natureza humana.
c) alterna�va para equilibrar tensões psicológicas do dia
a dia.
d) promoção da sa�sfação de necessidades ar�ficiais.
e) mecanismo de organização do ócio e do prazer.
FIL0722 - (Enem)
Quem se mete pelo caminho do pedido de perdão deve
estar pronto a escutar uma palavra de recusa. Entrar na
atmosfera do perdão é aceitar medir-se com a
possibilidade sempre aberta do imperdoável. Perdão
pedido não é perdão a que se tem direito [devido]. É com
o preço destas reservas que a grandeza do perdão se
manifesta.
RICOEUR, P. O perdão podecurar. Disponível em:
www.lusosofia.net. Acesso em: 14 out 2019.
A reflexão sobre o perdão apresentada no texto encontra
fundamento na(s)
a) rejeição par�cular amparada pelo desejo de poder.
b) decisão subje�va determinada pela vontade divina.
c) liberdade mi�gada pela predes�nação do espírito.
d) escolhas humanas definidas pelo conhecimento
empírico.
e) relações interpessoais medidas pela autonomia dos
indivíduos.
FIL0723 - (Enem)
TEXTO I
Como é horrível ver um filho comer e perguntar: “Tem
mais?” Esta palavra “tem mais” fica oscilando dentro do
cerebro de uma mãe que olha as panela e não tem mais.
JESUS, C. M. Quarto de despejo: diário de uma favelada.
São Paulo: á�ca, 2014.
TEXTO II
A experiência de ver os filhos com fome na década de
1950, descrita por Carolina, é vivida no Brasil de 2021 por
uma moradora de Petrolândia, em Pernambuco. “Eu
trabalhava de ajudante de cabeleireira, mas a moça que
�nha o salão fechou. Eu vinha me sustentando com o
auxílio que �nha, mas agora eu não fui contemplada. Às
vezes as pessoas me ajudam com alimentos para os meus
filhos. De vez em quando, eu acho algum bico para fazer,
mas é muito raro. Tem dias que não tenho nem o leite da
minha bebê.”
CARRANÇA, T. “Até o feijão nos esqueceu”: o livro de
1960 que poderia ter sido escrito nas favelas de 2021.
Disponível em:
www.bbc.com. Acesso em: 6 out. 2021 (adaptado).
Considerando a realidade brasileira, os textos se
aproximam ao apresentarem uma reflexão sobre o(a)
a) recorrência da miséria.
b) planejamento da saúde.
c) superação da escassez.
d) constância da economia.
e) roman�zação da carência.
FIL0700 - (Enem PPL)
Queremos tratar da �rania de animais humanos sobre
animais não humanos. Essa �rania causou e ainda causa
dor e sofrimento apenas comparáveis aos que resultaram
de séculos de violência de seres humanos brancos sobre
seres humanos negros. A luta contra ela é tão importante
quanto outras disputas morais e sociais.
11@professorferretto @prof_ferretto
SINGER, P. Libertação animal. São Paulo: Mar�ns Fontes,
2013.
 
O trecho apresenta caracterís�cas de uma importante
corrente da é�ca contemporânea que se designa:
a) Ecoé�ca – visão superior da natureza. 
b) Bioé�ca – implicação biológica das ações. 
c) An�especismo – definição igualitária das espécies. 
d) Existencialismo – valorização crescente da
subje�vidade.
e) Rela�vismo – compreensão diferenciada das
alteridades.
FIL0721 - (Enem)
 
A charge ilustra um anseio presente na sociedade
contemporânea, que se caracteriza pela
a) situação de revolta individual.
b) sa�sfação de desejos pessoais.
c) par�cipação em ações decisórias.
d) permanência em passividade social.
e) convivência em interesses par�dários.
FIL0732 - (Enem PPL)
Ao longo da história, os movimentos sociais são
produtores de novos valores e obje�vos, criando novas
normas para organizar a vida social. Os movimentos
sociais exercem o contrapoder construindo-se mediante
um processo de comunicação autônoma, livre do
controle dos que detêm o poder ins�tucional.
CASTELLS, M. Redes da indignação e esperança. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 2013 (adaptado).
 
O contrapoder indicado no texto se expressa na
a) adoção de é�cas horizontais.
b) rejeição de dissidências morais.
c) negação de estratégias cole�vas.
d) promoção de descrenças axiológicas.
e) incorporação de convenções estatais.
FIL0733 - (Enem PPL)
A velha potência de morte em que se simbolizava o
poder soberano é agora, cuidadosamente, recoberta pela
administração dos corpos. Aparecimento, também, nos
terrenos das prá�cas polí�cas e observações econômicas,
dos problemas de natalidade, longevidade, saúde
pública, habitação e migração.
FOUCAULT, M. História da sexualidade I: a vontade de
saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988 (adaptado).
 
O texto aponta para a emergência, a par�r de meados do
século XIX, de um novo �po de gestão da sociedade
ocidental, centrado na
a) ordenação calculista das vidas.
b) exposição ostensiva das punições.
c) distribuição igualitária das riquezas.
d) supressão estratégica das fronteiras.
e) espacialização controlada das classes.
FIL0735 - (Enem PPL)
O testemunho nunca é um relato exato do que
aconteceu. Na verdade, ao expor seu passado, o sujeito
está sempre procedendo a uma reelaboração pela qual
memórias �das como nega�vas podem, consciente ou
inconscientemente, ser esquecidas. Em certos
momentos, simplesmente para seguir em frente, é
preciso esquecer.
VASCONCELOS, C. B. As análises da memória: balanço e
possibilidades. Estudos Históricos, n. 43, jan.-jun. 2009
(adaptado).
 
O texto ressalta um aspecto fundamental da produção de
memória ao iden�ficá-la como
a) cons�tuída de intuições do narrador.
b) dissociada do contexto de surgimento.
c) marcada pela sele�vidade das lembranças.
d) caracterizada pela uniformidade dos relatos.
e) resultado do compar�lhamento das vivências.
FIL0736 - (Enem PPL)
São Nicolau, bispo de Mira, viveu no século IV e ficou
conhecido como santo protetor das crianças. Na Idade
Média, no dia 6 de dezembro, dia de São Nicolau, em
Flandres, na Lorena e nos Países Baixos, um menino com
uma barba branca e fantasiado de bispo passeava
carregando presentes para as crianças. O nome holandês
do santo, Sinter Klass, foi importado para a América pelos
imigrantes, transformando-se em Santa Claus. Papai Noel
é o que restou de São Nicolau, ou melhor, o que restava
antes da transformação operada pela publicidade, que o
12@professorferretto @prof_ferretto
representou de calças vermelhas, e não mais com a
roupa longa “de bispo”.
FRUGONI, C. Invenções da Idade Média. Rio de Janeiro:
Zahar, 2007 (adaptado).
 
De acordo com o texto, na produção e circulação da
tradição cultural e religiosa descrita, são mobilizados
elementos de natureza
a) literária e é�ca. 
b) histórica e midiá�ca.
c) botânica e universal.
d) cien�fica e astrológica.
e) etnográfica e astronômica.
FIL0737 - (Enem PPL)
Pane no sistema
Alguém me desconfigurou
Aonde estão meus olhos de robô?
Eu não sabia, eu não �nha percebido
Eu sempre achei que era vivo
Parafuso e fluido em lugar de ar�culação
Até achava que aqui ba�a um coração
Nada é orgânico, é tudo programado
E eu achando que �nha me libertado
Mas lá vêm eles novamente
Eu sei o que vão fazer
Reinstalar o sistema
 
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Tenha, more, gaste, viva
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Não, senhor, sim, senhor
Não, senhor, sim, senhor.
PITTY. In: Admirável chip novo. Salvador: Deckdisk, 2003
(fragmento).
 
Inspirada no livro Admirável mundo novo, de Aldous
Huxley, a letra da canção cri�ca um modelo de sociedade
distópica caracterizada pela:
a) Dependência tecnológica e ausência de autonomia
individual.
b) Hipossuficiência econômica e influência do aparato
estatal.
c) Corrupção polí�ca e manipulação de campanhas
eleitorais.
d) Degradação ecológica e deterioração do meio
ambiente.
e) Mo�vação consumista e aquisição de bens supérfluos.
FIL0739 - (Enem PPL)
Em primeiro lugar, é preciso libertar-se do preconceito
segundo o qual a filosofia é apenas uma disciplina
par�cular, apenas o trabalho de um círculo restrito de
pessoas que dedicam sua a�vidade a refle�r e a indagar
sobre certos �pos de problemas. A filosofia é isso
também, mas não só. Deve haver uma filosofia como ato
existencial, que faz do homem um ente que pergunta,
duvida, teme e age para dominar o futuro.
ABBAGNANO, N. Introdução ao existencialismo. São
Paulo: Mar�ns Fontes, 2001 (adaptado).
 
De acordo com a corrente de pensamento do século XX
da qual o texto trata, o tema fundamental da filosofia é
o(a)
a) realidade humana, seu sen�do e possibilidades.
b) mundo �sico, sua essência e leis reguladoras.
c) lógica, suas inferências e estudos de validade.
d) imaginação, seus objetos e contribuições.
e) conhecimento, sua natureza e condições.
FIL0740 - (Enem PPL)
TEXTO I
A sociedade cul�va a violência, inculcando-a nos
indivíduos como virtude do homem forte, do homem
corajoso, do homemhonrado, que se arrisca a morrer
para defender os “valores” que dão sen�do à sua vida.
MULLER, J. M. O princípio da não violência: uma
trajetória filosófica. São Paulo: Palas Athena, 2007. 
 
TEXTO II
A ideia de a humanidade tomar seu des�no nas
próprias mãos somente faz sen�do se atribuirmos
consciência e propósito à espécie; as espécies são apenas
correntes na flutuação aleatória dos genes.
GRAY, J. Cachorros de palha: reflexões sobre humanos e
outros animais. São Paulo: Record, 2002.
 
Os textos ar�culam argumentos em torno de dois
modelos explica�vos da condição humana. Esses dois
13@professorferretto @prof_ferretto
modelos caracterizam-se, respec�vamente, por valorizar
como determinantes dessa condição elementos
a) esté�cos e é�cos.
b) mís�cos e cien�ficos.
c) culturais e biológicos.
d) emocionais e racionais.
e) voluntaristas e possibilistas.
FIL0725 - (Enem PPL)
Estudiosos do Ins�tuto de Antropologia Evolucionária
de Leipzig, na Alemanha, colocaram um chimpanzé em
um quarto com a visão de suculentos pedaços de comida
trancados dentro de um armário. A um segundo
chimpanzé era dada, então, a oportunidade de liberar a
comida, porém, sem usufruir dela. Em aproximadamente
80% das vezes, eles tomaram a decisão mais caridosa e
liberaram o alimento para o outro chimpanzé.
Estudos mostram caridade no mundo animal. Disponível
em:
h�p://revistagalileu.globo.com. Acesso em: 17 out. 2021.
 
Considerando nossa relação com outros, o experimento
envolvendo os chimpanzés ilustra qual �po de
comportamento moral humano?
a) Hedonista, anseia o prazer pessoal.
b) Altruísta, promove o bem-estar imparcial.
c) Retribu�vo, busca um retorno equivalente.
d) Deontológico, cumpre uma obrigação formal.
e) Meritocrá�co, valoriza o merecimento individual.
FIL0726 - (Enem PPL)
Pode chamar de fake news, no�cias falsas de internet,
fraude informa�va, informações falsas, ou até
de misinforma�on, se prefere inglês, que você estará
designando corretamente a mesma doença
informacional que se disseminou como uma pandemia
pela vida pública mundo afora nos úl�mos anos, e cujos
principais sintomas nas pessoas infectadas consistem na
perda da capacidade de dis�nguir a verdade, de lidar
adequadamente com fatos e dados e de tomar decisões
bem-informadas. Sabe-se que o portador do vírus se
torna alérgico a fatos e evita a todo custo a dissonância
cogni�va, isto é, entrar em contato com informações que
não sa�sfaçam os seus desejos e com relatos que se
choquem com as suas crenças.
DOURADO, T.; GOMES, W. O que são, afinal, fake news,
enquanto fenômeno de comunicação polí�ca? In: Anais
do VIII Compolí�ca, Brasília, 2019.
Disponível em: h�p://compoli�ca.org. Acesso em: 7 out.
2021.
 
Qual é a consequência do fenômeno apresentado no
texto para a vida democrá�ca?
a) Prá�ca de censura.
b) Distorção da realidade.
c) Manifestação de cidadania.
d) Regulamentação das condutas.
e) Fortalecimento das ins�tuições.
FIL0727 - (Enem PPL)
TEXTO I
O disposi�vo panóp�co organiza unidades espaciais
que permitem ver sem parar e reconhecer
imediatamente.
Em suma, o princípio da masmorra é inver�do; ou
antes, de suas três funções — trancar, privar de luz e
esconder — só se conserva a primeira e suprimem-se as
outras duas. A visibilidade é uma armadilha. Fazer com
que a vigilância seja permanente em seus efeitos, mesmo
se é descon�nua em sua ação; que a perfeição do poder
tenda a tornar inú�l a atualidade de seu exercício; que
esse aparelho arquitetural seja uma máquina de criar e
sustentar uma relação de poder independente daquele
que o exerce.
FOUCAULT, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão.
Petrópolis: Vozes, 1987 (adaptado).
 
TEXTO II
 
O obje�vo do modelo de vigilância descrito nos textos I e
II aponta para o(a)
14@professorferretto @prof_ferretto
a) intercâmbio de opinião diversa.
b) desenvolvimento de sujeito crí�co.
c) sen�mento de observação constante.
d) movimento de revolta individual.
e) criação de liberdade efe�va.
FIL0730 - (Enem PPL)
Os valores polí�cos são valores efe�vamente
superiores, que regem o quadro básico da vida social e
definem precisamente os termos fundamentais da
cooperação polí�ca e social. Na teoria da jus�ça como
equidade, alguns desses valores polí�cos são expressos
pelos princípios de jus�ça para a estrutura básica: a
liberdade polí�ca e civil igual para todos, a justa
igualdade das oportunidades, a reciprocidade econômica,
as bases sociais do respeito mútuo entre os cidadãos.
RAWLS, J. Jus�ça e democracia. São Paulo: Mar�ns
Fontes, 2000 (adaptado).
 
Conforme descrito no texto, a teoria da jus�ça como
equidade é mais adequada ao regime polí�co?
a) fascista.
b) totalitário.
c) despó�co.
d) autocrá�co.
e) democrátrico.
FIL0786 - (Enem PPL)
A jus�ça é a primeira virtude das ins�tuições sociais,
como a verdade o é dos sistemas de pensamento. Cada
pessoa possui uma inviolabilidade fundada na jus�ça que
nem mesmo o bem-estar da sociedade como um todo
pode ignorar. Por essa razão, a jus�ça nega que a perda
de liberdade de alguns se jus�fique por um bem maior
par�lhado por todos.
HAWLS, J. Uma teoria da jus�ça. São Paulo: Mar�ns
Fontes, 2000 (adaptado).
 
O filósofo afirma que a ideia de jus�ça atua como um
importante fundamento da organização social e aponta
como seu elemento de ação e funcionamento o
a) povo.
b) Estado.
c) governo.
d) indivíduo.
e) magistrado.
FIL0784 - (Enem PPL)
Mediante o Código de Posturas de 1932, o poder
público enumera e prevê, para os habitantes de
Fortaleza, uma série de proibições condicionadas pela
hora: após as 22 horas era vetada a emissão de sons em
volume acentuado. O uso de buzinas, sirenes, vitrolas,
motores ou qualquer objeto que produzisse barulho seria
punido com multa. No início dos anos 1940 o úl�mo
bonde par�a da Praça do Ferreira às 23 horas.
SILVA FILHO, A. L. M. Fortaleza: imagens da cidade.
Fortaleza: Museu do Ceará; Secult, 2001 (adaptado).
 
Como Fortaleza, muitas capitais brasileiras
experimentaram, na primeira metade do século XX, um
novo �po de vida urbana, marcado por condutas que
evidenciam uma
a) experiência temporal regida pelo tempo orgânico e
pessoal. 
b) experiência que flexibilizava a obediência ao tempo do
relógio.
c) relação de códigos que es�mulavam o trânsito de
pessoas na cidade.
d) norma�zação do tempo com vistas à disciplina dos
corpos na cidade.
e) cultura urbana capaz de conviver com diferentes
experiências temporais.
FIL0785 - (Enem PPL)
Falava-se, antes, de autonomia da produção para
significar que uma empresa, ao assegurar uma produção,
buscava também manipular a opinião pela via da
publicidade. Nesse caso, o fato gerador do consumo seria
a produção. Mas, atualmente, as empresas hegemônicas
produzem o consumidor antes mesmo de produzirem os
produtos. Um dado essencial do entendimento do
consumo é que a produção do consumidor, hoje, precede
a produção dos bens e dos serviços.
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento
único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record,
2000 (adaptado).
 
O �po de relação entre produção e consumo discu�do no
texto pressupõe o(a)
a) aumento do poder aquisi�vo.
b) es�mulo à livre concorrência.
c) criação de novas necessidades.
d) formação de grandes estoques.
e) implantação de linhas de montagem.
FIL0776 - (Enem PPL)
15@professorferretto @prof_ferretto
DAHMER, A. Disponível em:
h�p://malvados.wordpress.com. Acesso em: 11 dez.
2012.
 
Analisar o processo atual de circulação e de
armazenamento de determinados bens culturais diante
da transformação decorrente do impacto de novas
tecnologias indica que hoje
a) as músicas e os textos têm privilegiado um formato
digital, tornando inadmissível sua acumulação.
b) a rede mundial de computadores acaba com o
chamado direito autoral, que é inaplicável em relações
virtuais.
c) a segurança e a inclusão digital são problemas,
expondo a impossibilidade de realizar um comércio
feito on-line.
d) as mídias digitais e a internet permi�ram maior fluxo
desses produtos, pois seu acúmulo independe de
grandes bases materiais.e) a pirataria é o recurso u�lizado pelos consumidores,
visto que são impedidos de adquirir legalmente algo
desprovido de suporte �sico.
FIL0777 - (Enem PPL)
Tendo se livrado do entulho do maquinário volumoso
e das enormes equipes de fábrica, o capital viaja leve,
apenas com a bagagem de mão, pasta, computador
portá�l e telefone celular. O novo atributo da vola�lidade
fez de todo compromisso, especialmente do
compromisso estável, algo ao mesmo tempo redundante
e pouco inteligente: seu estabelecimento paralisaria o
movimento e fugiria da desejada compe��vidade,
reduzindo a priori as opções que poderiam levar ao
aumento da produ�vidade.
BAUMAN, Z. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar,
2001.
 
No texto, faz-se referência a um processo de
transformação do mundo produ�vo cuja consequência é
o(a)
a) regulamentação de leis trabalhistas mais rígidas.
b) fragilização das relações hierárquicas de trabalho.
c) decréscimo do número de funcionários das empresas.
d) incen�vo ao inves�mento de longos planos de
carreiras.
e) desvalorização dos postos de gerenciamento
corpora�vo.
FIL0779 - (Enem PPL)
Quando refle�mos sobre a questão da jus�ça,
algumas associações são feitas quase intui�vamente, tais
como a de equilíbrio entre as partes, princípio de
igualdade, distribuição equita�va, mas logo as
dificuldades se mostram. Isso porque a nossa sociedade,
sendo bastante diversificada, apresenta uma
heterogeneidade tanto em termos das diversas culturas
que coexistem em um mundo interligado como em
relação aos modos de vida e aos valores que surgem no
interior de uma mesma sociedade.
CHEDIAK, K. A pluralidade como ideia reguladora: a
noção de jus�ça a par�r da filosofia de Lyotard.
Trans/Form/Ação, n. 1, 2001 (adaptado).
 
A relação entre jus�ça e pluralidade, apresentada pela
autora, está indicada em:
a) A complexidade da sociedade limita o exercício da
jus�ça e a impede de atuar a favor da diversidade
cultural.
b) A diversidade cultural e de valores torna a jus�ça mais
complexa e distante de um parâmetro geral
orientador.
c) O papel da jus�ça refere-se à manutenção de
princípios fixos e incondicionais em função da
diversidade cultural e de valores.
d) O pressuposto da jus�ça é fomentar o critério de
igualdade a fim de que esse valor torne-se absoluto
em todas as sociedades.
e) e) O aspecto fundamental da jus�ça é o exercício de
dominação e controle, evitando a desintegração de
uma sociedade diversificada.
FIL0780 - (Enem PPL)
16@professorferretto @prof_ferretto
A a�vidade atualmente chamada de ciência tem se
mostrado fator importante no desenvolvimento da
civilização liberal: serviu para eliminar crenças e prá�cas
supers�ciosas, para afastar temores brotados da
ignorância e para fornecer base intelectual de avaliação
de costumes herdados e de normas tradicionais de
conduta.
NAGEL, E. et al. Ciência: natureza e obje�vo. São Paulo:
Cultrix, 1975 (adaptado).
 
Quais caracterís�cas permitem conceber a ciência com os
aspectos crí�cos mencionados?
a) Apresentar explicações em uma linguagem
determinada e isenta de erros.
b) Possuir proposições que são reconhecidas como
inques�onáveis e necessárias.
c) Ser fundamentada em um corpo de conhecimento
autoevidente e verdadeiro.
d) Estabelecer rigorosa correspondência entre princípios
explica�vos e fatos observados.
e) Cons�tuir-se como saber organizado ao permi�r
classificações deduzidas da realidade.
FIL0782 - (Enem PPL)
A �rinha compara dois veículos de comunicação,
atribuindo destaque à
 
a) resistência do campo virtual à adulteração de dados.
b) intera�vidade dos programas de entretenimento
abertos.
c) confiança do telespectador nas no�cias veiculadas.
d) credibilidade das fontes na esfera computacional.
e) autonomia do internauta na busca de informações.
FIL0771 - (Enem PPL)
O rapaz que pretende se casar não nasceu com esse
impera�vo. Ele foi insuflado pela sociedade, reforçado
pelas incontáveis pressões de histórias de família,
educação, moral, religião, dos meios de comunicação e
da publicidade. Em outras palavras, o casamento não é
um ins�nto, e sim uma ins�tuição.
BERGER, P. Perspec�vas sociológicas: uma visão
humanís�ca. Petrópolis: Vozes, 1986 (adaptado).
 
O casamento, conforme é tratado no texto, possui como
caracterís�ca o(a) 
a) consolidação da igualdade sexual.
b) ordenamento das relações sociais.
c) conservação dos direitos naturais.
d) superação das tradições culturais.
e) ques�onamento dos valores cristãos.
FIL0772 - (Enem PPL)
Enquanto persis�rem as grandes diferenças sociais e
os níveis de exclusão que conhecemos hoje no Brasil, as
polí�cas sociais compensatórias serão indispensáveis.
SACHS, I. Inclusão social pelo trabalho decente. Revista
de Estudos Avançados, n. 51, ago. 2004.
 
As ações referidas são legi�madas por uma concepção de
polí�ca pública 
a) focada no vínculo clientelista.
b) pautada na liberdade de inicia�va.
c) baseada em relações de parentesco.
d) orientada por organizações religiosas.
e) centrada na regulação de oportunidades.
FIL0775 - (Enem PPL)
Em um governo que deriva sua legi�midade de
eleições livres e regulares, a a�vação de uma corrente
comunica�va entre a sociedade polí�ca e a civil é
essencial e cons�tu�va, não apenas inevitável. As
múl�plas fontes de informação e as variadas formas de
comunicação e influência que os cidadãos a�vam através
da mídia, movimentos sociais e par�dos polí�cos dão o
tom da representação em uma sociedade democrá�ca.
URBINATI, N. O que torna a representação democrá�ca?
Lua Nova, n. 67, 2006.
Esse papel exercido pelos meios de comunicação
favorece uma transformação democrá�ca em função
do(a) 
a) limitação dos gastos públicos.
b) interesse de grupos corpora�vos.
c) dissolução de conflitos ideológicos.
d) fortalecimento da par�cipação popular.
e) autonomia dos órgãos governamentais.
FIL0765 - (Enem PPL)
O justo e o bem são complementares no sen�do de
que uma concepção polí�ca deve apoiar-se em diferentes
ideias do bem. Na teoria da jus�ça como equidade, essa
17@professorferretto @prof_ferretto
condição se expressa pela prioridade do justo. Sob sua
forma geral, esta quer dizer que as ideias aceitáveis do
bem devem respeitar os limites da concepção polí�ca de
jus�ça e nela desempenhar um certo papel.
RAWLS, J. Jus�ça e democracia. São Paulo: Mar�ns
Fontes, 2000 (adaptado).
 
Segundo Rawls, a concepção de jus�ça legisla sobre
ideias do bem, de forma que 
a) as ações individuais são definidas como efeitos
determinados por fatores naturais ou
constrangimentos sociais.
b) o estudo da origem e da história dos valores morais
concluem a inexistência de noções absolutas de bem e
mal.
c) o próprio estatuto do homem como centro do mundo
é abalado, marcando o rela�vismo da época
contemporânea.
d) as intenções e bens par�culares que cada indivíduo
almeja alcançar são regulados na sociedade por
princípios equilibrados.
e) o homem é compreendido como determinado e livre
ao mesmo tempo, já que a liberdade limita-se a um
conjunto de condições obje�vas.
FIL0766 - (Enem PPL)
Temos vivido, como nação, atormentados pelos males
modernos e pelos males do passado, pelo velho e pelo
novo, sem termos podido conhecer uma história de
rupturas revolucionárias. Não que não tenhamos nos
modernizado e chegado ao desenvolvimento. Mas não
eliminamos relações, estruturas e procedimentos
contrários ao espírito do tempo. Nossa modernização
tem sido conservadora.
NOGUEIRA, M. As possibilidades da polí�ca: ideias para a
reforma democrá�ca do Estado. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1998.
 
O texto apresenta uma análise recorrente sobre o
processo de modernização do Brasil na segunda metade
do século XX. De acordo com a análise, uma caracterís�ca
desse processo reside na(s) 
a) uniformização técnica dos espaços de produção.
b) construção municipalista do regime representa�vo.
c) organização estadual das agremiações par�dárias.
d) limitações polí�cas no estabelecimento de reformas
sociais.
e) restrições financeiras no encaminhamento das
demandas ruralistas.
FIL0767 - (Enem PPL)
Queremossaber o que vão fazer 
Com as novas invenções 
Queremos no�cia mais séria 
Sobre a descoberta da an�matéria 
E suas implicações
Na emancipação do homem 
Das grandes populações 
Homens pobres das cidades 
Das estepes, dos sertões.
GILBERTO GIL. Queremos saber. O viramundo. São Paulo:
Universal Music, 1976 (fragmento).
 
A letra da canção relaciona dois aspectos da
contemporaneidade com reflexos na sociedade
brasileira: 
a) A elevação da escolaridade e o aumento do
desemprego. 
b) O inves�mento em pesquisa e a ascensão do
autoritarismo.
c) O crescimento demográfico e a redução da produção
de alimentos.
d) O avanço da tecnologia e a permanência das
desigualdades sociais.
e) A acumulação de conhecimento e o isolamento das
comunidades tradicionais.
FIL0768 - (Enem PPL)
De certo modo o toxicômano diz a verdade sobre
nossa condição social atual, quer dizer, temos a
tendência de tornarmo-nos todos adictos em relação a
determinados objetos, cuja presença se tornou para nós
indispensável. Todas as nossas referências é�cas ou
morais não têm nada de sério diante do toxicômano,
porque fundamentalmente somos viciados como ele.
MELMAN, C. Novas formas clínicas no início do terceiro
milênio. Porto Alegre: CMC, 2003.
 
No trecho, o autor propõe uma analogia entre o vício
individual e as prá�cas de consumo sustentada no
argumento da
a) exposição da vida privada.
b) reinvenção dos valores tradicionais.
c) dependência das novas tecnologias.
d) recorrência de transtornos mentais.
e) banalização de substâncias psicotrópicas.
FIL0769 - (Enem PPL)
Apesar da grande distância geográfica em relação ao
território japonês, os otakus (jovens aficionados em
cultura pop japonesa) brasileiros vinculam-se
socialmente hoje em eventos e a par�r de uma circulação
18@professorferretto @prof_ferretto
intensa de mangás, animes, games, fanzines, j-music
(música pop japonesa). O consumo em escala mundial
dos produtos da cultura pop – enfa�camente midiá�ca –
produzida no Japão cons�tui um momento histórico em
que se aponta a ambivalência sobre o que significa a
produção midiá�ca e cultural quando percebida no
próprio país e como a percepção de tal produção se
transforma radicalmente nos olhares de consumidores
estrangeiros.
GUSHIKEN, Y.; HIRATA, T. Processos de consumo cultural e
midiá�co: imagens dos otakus, do Japão ao mundo.
Intercom – RBCC, n. 2, jul.-dez. 2014 (adaptado).
 
Considerando a relação entre meios de comunicação e
formação de iden�dades tal como é abordada no texto, a
noção que explica este fenômeno na atualidade é a de
a) tribalismo das culturas juvenis.
b) alienação das novas gerações.
c) hierarquização das matrizes culturais.
d) passividade das relações de consumo.
e) deterioração das referências nacionais.
FIL0770 - (Enem PPL)
O representante das associações de moradores
(integrante de um conselho de saúde) fez várias
ponderações: “As prestações de contas, de modo geral,
�veram uma transparência razoável. Eu acho isso bom
porque, no passado, não sabia quanto se gastava, e hoje,
a gente já tem conhecimento. Acompanho
permanentemente o desenvolvimento do que entra e do
que é gasto”.
CORREIA, M. V. C. Que controle social?: os conselhos de
saúde como instrumento. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2000
(adaptado).
 
A forma de atuação polí�ca indicada caracteriza uma
prá�ca associada ao(à)
a) poder disciplinar.
b) gestão par�cipa�va.
c) processo burocrá�co.
d) autoridade carismá�ca.
e) deliberação autocrá�ca.
FIL0755 - (Enem PPL)
A linguagem é uma grande força de socialização,
provavelmente a maior que existe. Com isso não
queremos dizer apenas o fato mais ou menos óbvio de
que a interação social dotada de significado é
pra�camente impossível sem a linguagem, mas que o
mero fato de haver uma fala comum serve como um
símbolo peculiarmente poderoso da solidariedade social
entre aqueles que falam aquela língua.
SAPIR, E. A linguagem. São Paulo: Perspec�va, 1980.
 
O texto destaca o entendimento segundo o qual a
linguagem, como elemento do processo de socialização,
cons�tui-se a par�r de uma
a) necessidade de ligação com o transcendente.
b) relação de interdependência com a cultura.
c) estruturação da racionalidade cien�fica.
d) imposição de caráter econômico.
e) herança de natureza biológica.
FIL0757 - (Enem PPL)
As crianças devem saudar as pessoas dis�ntas, os
professores e senhoras conhecidas que encontrarem, que
elas não se negarão a corresponder. Não devem
empurrar ninguém nem cortar o passo dos transeuntes.
Não escrever nas paredes e portas coisa alguma. Nunca
a�rar pedras. Não a�rar cascas de frutas no chão, o que
pode ser mo�vo de desastres gravíssimos. Nunca fitar de
propósito os olhos sobre pessoas aleijadas ou rir-se de
algum defeito �sico do próximo.
A Imprensa, n. 67, 27 abr. 1914.
 
O discurso sobre a infância, veiculado pelo jornal no
início do século XX, visava a promoção de
a) formas litúrgicas de interação.
b) valores abstratos de cidadania.
c) normas sociomorais de civilidade.
d) concepções arcaicas de disciplina.
e) conceitos importados de pedagogia.
FIL0758 - (Enem PPL)
O feminismo teve uma relação direta com o
descentramento conceitual do sujeito cartesiano e
sociológico. Ele ques�onou a clássica dis�nção entre o
“dentro” e o “fora”, o “privado” e o “público”. O slogan
do feminismo era: “o pessoal é polí�co”. Ele abriu,
portanto, para a contestação polí�ca, arenas
inteiramente novas: a família, a sexualidade, a divisão
domés�ca do trabalho etc.
HALL, S. A iden�dade cultural na pós-modernidade. Rio
de Janeiro: DP&A, 2011 (adaptado).
 
O movimento descrito no texto contribui para o processo
de transformação das relações humanas, na medida em
que sua atuação
19@professorferretto @prof_ferretto
a) subverte os direitos de determinadas parcelas da
sociedade.
b) abala a relação da classe dominante com o Estado.
c) constrói a segregação dos segmentos populares.
d) limita os mecanismos de inclusão das minorias.
e) redefine a dinâmica das ins�tuições sociais.
FIL0759 - (Enem PPL)
O conhecimento é sempre aproximado, falível e, por
isso mesmo, susce�vel de con�nuas correções. Uma
jus�ficação pode parecer boa, num certo momento, até
aparecer um conhecimento melhor. O que define a
ciência não será então a ilusória obtenção de verdades
defini�vas. Ela será antes definível pela prevalência da
u�lização, por parte dos seus pra�cantes, de
instrumentalidades que o campo cien�fico forjou e
tornou disponíveis. Ou seja, cada progressão no
conhecimento que mostre o caráter errôneo ou
insuficiente de conhecimentos anteriores não remete
estes úl�mos para as trevas exteriores da não ciência,
mas apenas para o estágio de conhecimentos cien�ficos
historicamente ultrapassados.
ALMEIDA, J. F. Velhos e novos aspectos da epistemologia
das ciências sociais. Sociologia: problemas e prá�cas, n.
55, 2007 (adaptado).
 
O texto desmis�fica uma visão do senso comum segundo
a qual a ciência consiste no(a)
a) conjunto de teorias imutáveis.
b) consenso de áreas diferentes.
c) coexistência de teses antagônicas.
d) avanço das pesquisas interdisciplinares.
e) preeminência dos saberes empíricos.
FIL0760 - (Enem PPL)
O espírito humano controla as máquinas cada vez
mais potentes que criou. Mas a lógica dessas máquinas
ar�ficiais controla cada vez mais o espírito dos cien�stas,
sociólogos, polí�cos e, de modo mais abrangente, todos
aqueles que, obedecendo à soberania do cálculo,
ignoram tudo o que não é quan�ficável, ou seja, os
sen�mentos, sofrimentos, alegrias dos seres humanos.
Essa lógica é assim aplicada ao conhecimento e à conduta
das sociedades, e se espalha em todos os setores da vida.
MORIN, E. O método 5: a humanidade da humanidade.
Porto Alegre: Sulina, 2012 (adaptado).
 
No contexto atual, essa crí�ca proposta por Edgar Morin
se aplica à
a) intensificação das relações interpessoais.
b) descentralização do poder econômico.
c) fragmentação do mercado consumidor.
d) valorização do paradigma tecnológico.
e) simplificação das a�vidades laborais.
FIL0761 - (Enem PPL)
Uma parte da nossa formação cien�fica

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