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Questões resolvidas

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Filosofia Contemporânea
Outros temas
FIL0571 - (Uece)
Em janeiro de 2022, dois jovens negros foram presos
acusados de roubo de um carro, acusação que depois se
demonstrou injusta. Em uma reportagem do G1, o pai
dos jovens, que conseguiu ajuda de vizinhos para provar
a inocência dos filhos, faz a seguinte reflexão:
“Em momento algum deram chances de defesa para os
meninos. Eu acho que todo homem tem o direito de
defesa, mas o sistema não dá o direito, principalmente da
gente que é negro”.
Disponível em: h�ps://g1.globo.com/sp/sao-
paulo/no�cia/2022/04/02/pai-inves�ga-assalto-por-
conta-propria-e-irmaos-sao-soltos-apos-um-mes-
presos.ghtml. Acessado em 03/04/2022.
 
Com base no que afirma a Declaração Universal dos
Direitos Humanos de 1948, o pai está reivindicando, em
sua fala, o direito à 
a) propriedade e à liberdade de usufruto de posses. 
b) família e à liberdade de opinião e expressão. 
c) presunção de inocência e à não discriminação. 
d) liberdade de reunião e de associação pacífica. 
FIL0570 - (Uece)
“A despeito de todas as conquistas provenientes da
elaboração da ideia de direitos humanos, o crime de
estupro é associado ao sexo, e não à violência, e seus
índices sequer são diminuídos nas sociedades
contemporâneas de controle e promoção de segurança.
O estupro é crime come�do preponderantemente contra
as mulheres também por se tratar de um corpo
compreendido como algo para um outro que é �do como
mais forte, com mais poderes e, portanto, mais direitos.
[...] Estupra-se significa�vamente mais as mulheres
porque são elas que têm, segundo a tradição, o corpo
frágil para reagir. [...] Trata-se de um crime autorizado
pela tradição, sobre o qual o poder de qualquer regime
jurídico/penal não tem qualquer valor. Neste aspecto da
vida em sociedades, a despeito de quais sejam as
avaliações possíveis – se ‘atrasadas’ ou ‘avançadas’, ‘mais
civilizadas’ ou ‘mais primi�vas’ –, as mulheres seguem
tendo um des�no traçado pelo modo falocêntrico de
interpretar a natureza e de dar seguimento a tradições.”
LOPES, A. D. Sobre esse gênero que não nos pertence e
os poderes a nos pertencer. In: Kalagatos – Revista de
Filosofia, Vol. 15, nº 2, 2018, p. 34-55 – Adaptado.
 
Considerando a citação acima, assinale a afirmação
verdadeira. 
a) Com os debates atualmente desenvolvidos sobre os
direitos humanos, mais par�cularmente no que se
refere à segurança, o número de estupros de mulheres
diminuiu. 
b) A cultura do estupro é própria das sociedades
atrasadas, primi�vas e que não alcançaram grau
suficiente de civilização, sustentando-se em uma
tradição falocêntrica. 
c) A tradição patriarcal e falocêntrica compreende a
mulher como sexo frágil e legi�ma a proteção de seu
corpo pelo homem, visto como mais forte,
defendendo-a contra estupros. 
d) A �pificação legal do estupro como crime não basta
para diminuí-lo, pois ele não se ampara na falta de leis
e punições, mas na tradição que afirma o poder do
homem sobre a mulher. 
FIL0573 - (Uece)
Em sua principal obra teórica e polí�ca, publicada em
1883, Joaquim Nabuco (1849-1910) tenta estabelecer a
proposta do que ele chama de abolicionismo, em
comparação com outros movimentos que lutaram antes
contra a escravidão, nos seguintes termos:
“Em 1850, queria-se suprimir a escravidão, acabando
com o tráfico; em 1871, libertando desde o berço, mas de
fato depois dos vinte e um anos de idade, os filhos de
escrava ainda por nascer. Hoje quer-se suprimi-la,
emancipando os escravos em massa e resgatando os
ingênuos da servidão da lei de 28 de setembro. É este
úl�mo movimento que se chama abolicionismo, e só este
resolve o verdadeiro problema dos escravos, que é a sua
própria liberdade. A opinião, em 1845, julgava legí�ma e
honesta a compra de africanos, transportados
traiçoeiramente da África, e introduzidos por
1@professorferretto @prof_ferretto
contrabando no Brasil. A opinião, em 1875, condenava as
transações dos traficantes, mas julgava legí�ma e
honesta a matrícula depois de trinta anos de ca�veiro
ilegal das ví�mas do tráfico. O abolicionismo é a opinião
que deve subs�tuir, por sua vez, esta úl�ma, e para a
qual todas as transações de propriedade sobre entes
humanos são crimes que só diferem no grau de
crueldade”.
NABUCO, J. O abolicionismo. Brasília, DF: Editora do
Senado, 2003. - Adaptado.
 
Escrito depois das primeiras declarações sobre os direitos
naturais do homem, esse texto de Joaquim Nabuco
expressa a moderna concepção dos direitos humanos ao
afirmar que
a) a abolição da escravidão deve ser gradual, dado o
direito à propriedade. 
b) é aceitável a propriedade da escrava comprada, mas
não de seus filhos. 
c) a opinião de cada época torna legí�ma a forma de
propriedade existente. 
d) é inaceitável toda forma de propriedade de homens
por outros homens. 
FIL0536 - (Unesp)
Muito antes de a farmacologia moderna desvendar
cien�ficamente a ação da cafeína sobre o sistema
nervoso central, especialmente seu efeito es�mulante, as
comunidades indígenas da Amazônia se beneficiavam das
propriedades desta substância no alívio da fadiga, por
meio do emprego do guaraná, sem necessariamente
compreender sua composição química ou outras
possibilidades terapêu�cas.
(Ediara R. G. Rios et al. “Senso comum, ciência e filosofia
– elo dos saberes necessários à promoção da
saúde”. Ciência & Saúde Cole�va, 2007. Adaptado.)
 
O excerto ressalta um aspecto importante para o estudo
do conhecimento, segundo o qual 
a) o senso comum pode engendrar o desenvolvimento
de uma teoria cien�fica. 
b) as proposições teóricas se sobrepõem às
demonstrações empíricas. 
c) o poder de convencimento é superior ao efeito dos
argumentos. 
d) os usos de cafeína por indígenas têm cunho
essencialmente religioso. 
e) o saber é relevante em uma comunidade quando
corroborado pela ciência. 
FIL0564 - (Uece)
Leia atentamente os seguintes textos:
“O Conselho de Segurança discu�u nesta terça-feira o
tema Manutenção da Paz e da Segurança Internacionais:
Exclusão, Desigualdade e Conflitos. [...] O chefe das
Nações Unidas disse que os gastos militares se
aproximaram de US $2 trilhões por ano, tendo o maior
aumento como proporção do Produto Interno Bruto
anual desde 2009. Guterres destacou como uma fração
desse valor permi�ria o progresso em áreas como
consolidação da paz, prevenção de conflitos e
desenvolvimento humano, da igualdade e da inclusão”.
ONU. Gastos militares globais rondam US$ 2 trilhões por
ano. Publicado em 09/11/2021“
 
De um ponto de vista puramente econômico, o
militarismo é para o capital um meio privilegiado de
realizar a mais-valia; em outras palavras, é um campo de
acumulação. O militarismo possui uma demanda
concentrada e homogênea do Estado. O poder de
compra da grande massa de consumidores, concentrado
sob a forma de pedidos de material de guerra feitos pelo
Estado, não corre o risco das arbitrariedades, das
oscilações subje�vas do consumo individual; a indústria
de armamentos possui, sem dúvida, uma regularidade
quase automá�ca, de um crescimento con�nuo. É o
próprio capital que controla esse movimento automá�co
e rítmico da produção para o militarismo, graças ao
aparelho legisla�vo parlamentar e à imprensa que se
encarrega de criar a chamada opinião pública”.
LUXEMBURGO, R. A acumulação do capital, capítulo
XXXII. Trad. bras. Moniz Bandeira. Rio de Janeiro: Zahar
Editora, 1970. – Adaptado.
 
Conforme Rosa Luxemburgo, teórica marxista, os gastos
militares correspondem a uma necessidade econômica
da acumulação de capital. Essa necessidade é sa�sfeita
pelo Estado, que compra esses armamentos produzidos, 
a) devido à pressão da opinião pública e dos órgãos
internacionais por desenvolvimento econômico e
inclusão social. 
b) porque o capital pode contar com o apoio dos órgãos
estatais, como o parlamento, e privados, como a
imprensa. 
c) com os impostos recolhidos das próprias empresas
capitalistas, preocupadas em criar empregos e
aumentar salários. 
d) mas esses gastos públicos são sempre oscilantes, dada
a flutuação da opinião públicae das maiorias
parlamentares. 
FIL0574 - (Uece)
“Não há como usar meias-palavras: o Marco Temporal é
tese etnocidária, talvez até mesmo genocida. Ela refuta
2@professorferretto @prof_ferretto
que grupos indígenas tenham direito de posse e usufruto
permanente, exclusivo, inalienável, indisponível e
imprescri�vel das Terras Indígenas que eles não
ocupassem efe�vamente em 05 de outubro de 1988,
data de vigência da Cons�tuição Federal. [...] O genocídio
e o etnocídio fazem parte da história do Brasil, e o Marco
Temporal confirma essa regra. Aparentemente, já não há
derramamento de sangue, mas, como dizemos indígenas:
‘Antes nos matavam com epidemias, depois com armas
de fogo, hoje os brancos estão nos matando com
canetas.’”
SOUSA, J. O. C.; GUARDIOLA, C. L. T. Marco Temporal e
paisagens indígenas destruídas. Jornal da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul,05-8- 2021. Disponível em:
h�ps://www.ufrgs.br/jornal/marco-temporal-e-
paisagens- indigenas-destruidas/. Acessado em
18/10/2021. 
 
Conforme os autores desse ar�go citado, a proposta do
Marco Temporal 
a) reafirma a tese jusnaturalista da inviolabilidade do
direito de propriedade e de seu usufruto pelos povos
indígenas. 
b) reconhece que a colonização estabeleceu disposi�vos
de controle e genocídio dos povos indígenas. 
c) mantém a histórica violência contra as nações
indígenas e nega-lhes os direitos humanos à história e
à cultura. 
d) manifesta uma alterna�va não violenta de re�rada dos
povos indígenas de suas terras, sem derramar
sangue. 
FIL0569 - (Uece)
Neste ano, comemoramos o centenário de nascimento
do Patrono da Educação Brasileira, o Professor Paulo
Freire (1921-1997). Atente para a seguinte passagem de
sua autoria:
“[...] a educação é uma forma de intervenção no mundo
[...], que além do conhecimento dos conteúdos bem ou
mal ensinados e/ou aprendidos implica tanto o esforço
de reprodução da ideologia dominante quanto seu
desmascaramento. [...] não poderia ser a educação só
uma ou só outra dessas coisas. [...] É um erro decretá-la
como tarefa apenas reprodutora da ideologia dominante
como erro tomá-la como uma força de desocultação da
realidade, a atuar livremente, sem obstáculos e duras
dificuldades”.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes
necessários à prá�ca educa�va. São Paulo: Paz e Terra,
1996, p. 98-99. – Adaptado.
 
No texto acima, o fato de a educação ser concebida como
uma prá�ca que une em si reprodução e
desmascaramento da ideologia dominante,
filosoficamente, manifesta uma 
a) incoerência, que desobedece ao princípio lógico de
não contradição. 
b) posição dialé�ca, que concebe os processos sociais
como contraditórios. 
c) concepção mecanicista, em que forças exteriores se
opõem e se chocam. 
d) ideação moral subje�va, que atua no sen�do contrário
à realidade dada. 
FIL0539 - (Unesp)
Texto 1
Com que frequência você u�liza os seguintes meios como
fonte de informação?
 
Texto 2
O WhatsApp, aplica�vo de mensagens por celular
extremamente disseminado no Brasil, é visto como uma
das redes mais propícias para a difusão de no�cias falsas.
Como é um aplica�vo de mensagens privadas e não tem
caráter público, é di�cil rastrear as fake news espalhadas
ali e avaliar seu alcance, o que preocupa pesquisadores.
(Juliana Gragnani. “Pesquisa inédita iden�fica grupos de
família como principal vetor de no�cias falsas no
WhatsApp”. www.bbc.com, 20.04.2018. Adaptado.)
 
A leitura dos textos permite considerações filosóficas
sobre a 
3@professorferretto @prof_ferretto
a) compreensão da aceitação da indústria cultural no
co�diano. 
b) recusa do uso de disposi�vos tecnológicos na
imprensa. 
c) construção da autonomia humana por meio das redes
sociais. 
d) importância do es�mulo ao exercício da a�vidade
reflexiva. 
e) consequência da vigilância e da punição nos meios de
comunicação. 
FIL0567 - (Uece)
Entre 16 e 18 de setembro de 1982, ocorreu um
massacre de pales�nos e libaneses em dois campos de
refugiados situados a Oeste de Beirute (capital do
Líbano), chamados Sabra e Cha�la. Na época, o Líbano
estava sob ocupação israelense. Em 22 de setembro do
mesmo ano, o filósofo judeu brasileiro Maurício
Tragtenberg (1929-1998) publicou um ar�go de opinião
em que afirma: 
 
“Deu-se o massacre dos pales�nos dos campos de Sabra
e Cha�la por obra dos assassinos chefiados por Cel.
Haddad, com conivência e par�cipação [do Exército de
Israel], isso após a morte do traficante de haxixe [Bashir]
Gemayel, novo ‘Quisling’ [traidor] imposto pelas tropas
de ocupação. Por tudo isso, ser fiel à tradição judaica é
condenar mais este genocídio pra�cado contra o povo
pales�no. É necessário acabar de vez com o
etnocentrismo que toma a forma de judeu-centrismo,
onde o massacre de judeus brancos por brancos
europeus tem um statusdiferente do massacre dos
armênios pelos turcos, dos negros africanos pelos
traficantes de escravos, dos chineses na Indonésia. Assim,
Auschwitz é elevado a potência meta�sica. Sou um dos
úl�mos a minimizar as atrocidades come�das em
Auschwitz, porém, as lágrimas de outros povos não
contam?”
TRAGTENBERG, M. Menachem Begin visto por Einstein,
H. Arendt e N. Goldman. Folha de São Paulo, 22/09/1982.
 
Acerca do conceito moderno dos direitos humanos, é
implícito à concepção de M. Tragtenberg que 
a) há uma universalidade nos direitos humanos,
independentemente de etnia e cultura. 
b) o massacre de brancos europeus tem um status
diferente de outros massacres. 
c) a tradição judaica tem uma concepção etnocêntrica
sobre os direitos humanos. 
d) o genocídio de judeus pelos nazistas em Auschwitz
tem um significado meta�sico. 
FIL0572 - (Uece)
Leia com atenção os dois textos abaixo.
“Os números da fome no Brasil aumentaram durante a
pandemia. Atualmente, 27 milhões de brasileiros estão
vivendo abaixo da linha da pobreza – quatro milhões a
mais que antes de março de 2020. Além disso, 1,2 milhão
estão na fila para conseguir receber o Bolsa Família, que
termina no final deste ano. ”
G1. GLOBONEWS. Fome: 27 milhões de brasileiros estão
abaixo da linha da pobreza. Disponível em:
h�ps://g1.globo.com/globonews/jornal-globonews-
edicao-das-16. Acessado em 16/10/2021.
 
“O Direito, no sen�do de efe�vação da liberdade,
ultrapassa o sen�do estrito do jurídico e designa a forma
eficiente do justo, que habita todo domínio da vida
humana; há, assim, um direito de propriedade, um
direito de consciência, um direito de família, um direito
do Estado e um direito do espírito do mundo. A primeira
forma de liberdade se refere às coisas: meu. Ela precisa
das coisas. O homem, nesse aspecto, é sensível,
perpassado por desejos, arbítrios, tensões. Para subsis�r,
ele tem necessidade de possuir coisas singulares, tornar-
se proprietário delas. É exatamente nas coisas, na
propriedade da coisa, que o querer livre encontra sua
primeira forma de realização. ”
SOARES, M. C. O direito de ter para ser livre.
In: Conjectura: filosofia e educação, Caxias do Sul, v. 16,
n. 1, jan./abr. 2011, p. 46-68 – Adaptado.
 
Com base nos textos acima apresentados, assinale a
proposição verdadeira. 
a) O desemprego, a fome, a miséria material são a
negação de uma forma primária e pouco importante
de um sen�do mais amplo da liberdade. 
b) A sa�sfação das carências fundamentais, que na
sociedade moderna se realizam pela propriedade, é
uma base necessária da vida livre. 
c) A liberdade, em seu sen�do moderno, se realiza
completamente na propriedade e na sa�sfação das
carências �sico-biológicas do homem. 
d) Embora não seja a única forma de realização da
liberdade, o direito de propriedade é o mais
importante em um sistema é�co. 
FIL0537 - (Unesp)
As certezas do homem comum, as verdades comuns da
experiência co�diana, os filósofos vivem-nas, por certo, e
não as negam, enquanto homens. Mas, enquanto
filósofos, não as assumem. Nesse sen�do em que as
desqualificam, pode-se dizer que as recusam.
Desqualificação teórica, recusa filosófica, empreendidas
4@professorferretto @prof_ferretto
em nome da racionalidadeque postulam para a filosofia.
Assim é que boa parte das filosofias opta por esquecer
“metodologicamente” a visão comum do Mundo,
recusando-se a integrá-la ao seu saber racional e teórico.
Não podendo furtar-se, enquanto homens, à experiência
do Mundo, não o reconhecem como filósofos. O Mundo
não é, para eles, o universo reconhecido de seus
discursos. Desconsiderando filosoficamente as verdades
co�dianas, o bom senso, o senso comum, instauram de
fato o dualismo do prá�co e do teórico, da vida e da
razão filosófica. Instauram, consciente e
propositadamente, o divórcio entre o homem comum
que são e o filósofo que querem ser.
(Oswaldo Porchat Pereira. Rumo ao ce�cismo, 2007.
Adaptado.)
 
O “divórcio” entre o homem comum e o filósofo, segundo
o autor, ocorre em função da 
a) negação do homem comum em entender a
realidade. 
b) restrição do saber comum no fazer filosófico. 
c) diferença de mundos que buscam compreender. 
d) falta de correspondência factual do saber comum. 
e) proposição de respostas necessariamente
divergentes. 
FIL0648 - (Uece)
Atente para o seguinte enunciado do líder indígena,
ambientalista, filósofo e escritor brasileiro Ailton Krenak:
 
“Temos que encher a barriga da cidade, a cidade precisa
[das hidrelétricas] de Belo Monte, de Itacaraí. A cidade
precisa de energia eólica, a cidade precisa de energia
metabólica, a cidade precisa de comida. A cidade é um
monstro insaciável do qual os humanos enchem a pança.
Na sua borda, no seu entorno, no seu perímetro, na sua
periferia estão os lugares onde o trabalho é imenso, onde
se localiza a produção de energia, de suprimentos, de
roupas, de comida, de equipamentos e acessórios para
essa cidade encher a pança. [...] O horizonte da vida em
cidade é o colapso.”
KRENAK, A. Saiam desse pesadelo de concreto! In:
MOULIN, G. et al. Habitar o antropoceno. Belo Horizonte:
BDMG Cultural / Cosmópolis, 2022. – Adaptado.
 
Considerando o problema para o qual Ailton Krenak quer
chamar atenção no enunciado acima, assinale a
proposição verdadeira.
a) Se a atual forma de vida social con�nuar, os bens
naturais se esgotarão. 
b) A vida conjunta dos homens em comunidade destrói a
natureza. 
c) Precisa-se renunciar a toda relação de dependência no
que diz respeito à natureza. 
d) É inevitável o colapso das cidades modernas por
causas naturais. 
FIL0663 - (Uece)
O legislador, estratego e poeta Sólon (século VI a.C.) foi o
primeiro grande reformador democrá�co de Atenas. No
fragmento a seguir, pode-se observar a cisão que Sólon
estabelece entre a pólis e a monarquia. Leia-o com
atenção.
 
[...] por homens potentes a cidade perece, e do monarca
o povo, por ignorância, na escravidão cai. Mui alçado,
não é fácil depois trazê-lo ao chão [...]
(SÓLON, fr. 9, in: RAGUSA, Giuliana; BRUNHARA, Rafael.
Elegia grega arcaica. Araçoiaba da Serra: Editora Mnema,
2021).
 
Com base no texto, analise as asser�vas a seguir e
marque V para as verdadeiras e F para as falsas.
 
(__) A pólis se sustenta na ignorância do povo.
(__) O poder de um só produz a ignorância.
(__) A ignorância causa a escravidão do povo.
(__) A pólis não pode apoiar-se na ignorância.
 
A sequência correta, de cima para baixo, é
a) F, F, V, V. 
b) V, F, F, V. 
c) V, F, F, F. 
d) F, V, V, V. 
FIL0669 - (Uece)
“A pandemia em si é a expressão da guerra contra a
natureza. Doenças migrando de animais selvagens para a
esfera humana porque estamos invadindo a natureza,
mais e mais. Estamos vendo isso de todas as formas...
Nós já sabemos que essa doença prejudica quem está
com o sistema imunológico fraco, já sabemos disso,
sabemos o que o vírus faz. No entanto, se olharmos de
fora, o que vemos é o sistema econômico. Ele é tão
inconsequente que é construído sobre essa disposição de
sacrificar vidas em nome do lucro – sempre foi assim,
desde o tráfico de escravos no Atlân�co até a crise
climá�ca contra a natureza”.
5@professorferretto @prof_ferretto
KLEIN, Naomi. Entrevista. In: DAVIS Angela; KLEIN Naomi.
Construindo movimentos [recurso eletrônico]: uma
conversa em tempos de pandemia. –1ª ed. São Paulo:
Boitempo, 2020, p. 9.
 
Na passagem anterior, a pensadora canadense Naomi
Klein relaciona a pandemia da Covid-19 à emergência
climá�ca, ligando esses fenômenos à economia nos
seguintes termos:
a) Embora não subme�do à economia, o homem sofre as
consequências da dominação econômica sobre a
natureza. 
b) São diferentes a dominação sobre a natureza e a sobre
os homens, pois só a primeira é movida pela busca do
lucro. 
c) Não é correto falar em dominação da economia sobre
a natureza, pois a dominação econômica é sobre
homens. 
d) A economia voltada para o lucro submete a si tanto os
homens, explorando-os, quanto a natureza,
danificando-a. 
FIL0670 - (Uece)
“As diferenças biológicas que existem entre os membros
de diversos grupos étnicos não afetam de maneira
nenhuma a organização polí�ca ou social, a vida moral ou
as relações sociais. As pesquisas biológicas ancoram a
é�ca da fraternidade universal; elas estão dizendo que o
homem é, por tendência inata, levado à cooperação e, se
este ins�nto não encontra em que se sa�sfazer,
indivíduos e nações padecem igualmente por isso. O
homem é por natureza um ser social, que só chega ao
pleno desenvolvimento de sua personalidade se
relacionando com os seus semelhantes”.
MOURA, Clóvis. O racismo como arma ideológica de
dominação. Princípios: Revista Teórica, Polí�ca e de
Informação, 34, ago/set/out, 1994, p. 28-3.
 
Com base no texto anterior, podemos concluir que, para
o filósofo brasileiro Clóvis Moura,
a) as desigualdades sociais, polí�cas e econômicas são
produtos das diferenças biológicas. 
b) a natureza tende a eliminar as diferenças étnico-raciais
entre os grupos humanos. 
c) a diversidade étnica é natural à humanidade, que
tende naturalmente à cooperação. 
d) a fraternidade universal é natural, mas só dirigida a
indivíduos biologicamente iguais. 
FIL0671 - (Uece)
“A lógica bélica da ‘guerra às drogas’ se impôs
globalmente às sociedades. Se os sistemas polí�cos dos
Estados nacionais fizeram um grande esforço, na segunda
metade do século XX, para controlar suas Forças
Armadas, para pô-las sob o domínio da polí�ca civil (e
democrá�ca), o aumento exponencial das forças policiais
tornou-se hoje talvez a grande fonte de instabilidade e de
risco para a ordem democrá�ca.”
NOBRE, Marcos. Limites da democracia: de junho de
2013 ao governo Bolsonaro. São Paulo: Todavia, 2022., p.
226-227 (Texto adaptado).
 
Com base no texto anterior, do filósofo Marcos Nobre, é
correto afirmar que
a) a con�nuidade da guerra às drogas é valor essencial
para sustentar as democracias modernas, em todo o
mundo. 
b) o belicismo em que hoje se baseia a guerra às drogas
produz uma instabilidade que ameaça a própria
democracia. 
c) as Forças Armadas estabeleceram um conjunto de
procedimentos para limitar seu poder e consolidar a
democracia. 
d) o combate ao tráfico de drogas é contraditório com o
sistema democrá�co vigente e com as liberdades
individuais. 
FIL0672 - (Uece)
“É estranha a abstração que se faz do papel do Estado na
própria criação do mercado. [...] Este ‘mercado livre’,
abstrato, em que o Estado não interfere, tomado de
emprés�mo da ideologia do liberalismo econômico,
certamente não é um mercado capitalista, pois
precisamente o papel do Estado no capitalismo é
‘ins�tucionalizar’ as regras do jogo”.
OLIVEIRA, Francisco de. Crí�ca da razão dualista. São
Paulo: Boitempo, 2003, p. 37.
 
O pensador brasileiro Francisco de Oliveira, no texto
anterior, expressa uma concepção, segundo a qual o
Estado
a) é uma ins�tuição burocrá�ca, acima dos interesses
econômicos de classe. 
b) tem uma função econômica no mercado, em favor da
acumulação de capital. 
c) antecede o mercado, de modo que cria sozinho as
relações econômicas. 
d) é passivo diante do mercado capitalista, tendo apenas
a função norma�va. 
FIL0684 - (Ufpr)
6@professorferretto @prof_ferretto
[As] experiências comuns resultantes do lugar socialque
ocupam impedem que a população negra acesse certos
espaços. […] Quando falamos de direito à existência
digna, à voz, estamos falando de locus [lugar] social, de
como este lugar imposto dificulta a possibilidade de
transcendência. Absolutamente não tem a ver com uma
visão essencialista de que somente o negro pode falar de
racismo, por exemplo.
(RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte:
Editora Letramento, 2017. p. 64.)
 
De acordo com a passagem acima e com a obra de que
foi re�rada, locus social é o lugar:
a) escolhido voluntariamente por um determinado grupo
social como seu lugar de fala. 
b) que define quem tem o direito de falar sobre
determinados assuntos. 
c) que determina a essência de cada grupo social. 
d) em que se abrem ou se restringem oportunidades a
determinados grupos sociais.
e) que assegura a todo grupo social uma existência
digna.
FIL0692 - (Ufu)
Especismo é a opinião que humanos �picamente têm. É
uma a�tude de preconceito ou de pré-julgamento contra
seres que não são membros de sua espécie, e há uma
tendência a ignorá-los ou a não se interessar por eles.
Obviamente o termo foi cunhado para fazer um paralelo
com sexismo e racismo. Em todos os casos, existe sempre
um grupo especial que se autoin�tula possuidor de um
status especial e discrimina quem não é desse grupo. Diz
também que temos direito de explorar e de usar quem é
de fora porque eles não têm o status moral ou os valores
morais que nós temos. Isso é comum com o racismo e
com o sexismo.
SINGER, Peter. entrevista concedida à Ana Carolina da
Costa e Fonseca, no site Fronteiras do Pensamento.
Disponível em:
. Acesso em: 13 set.
2022. (Adaptado)
 
Assinale a alterna�va cuja afirmação NÃO está de acordo
com a noção de especismo, tal como definida pelo
filósofo Peter Singer:
a) Especismo é a tendência dos seres humanos em
ignorar os outros animais. 
b) Especismo é uma a�tude que tem algo em comum
com o racismo e com a discriminação sexual. 
c) Especismo é uma sensação de superioridade moral da
espécie humana em relação a outros animais. 
d) Especismo é a consideração de que todas as espécies
de animais são iguais.
FIL0694 - (Enem PPL)
Uma criança com deficiência mental deve ser man�da
em casa ou mandada a uma ins�tuição? Um parente
mais velho que costuma causar problemas deve ser
cuidado ou podemos pedir que vá embora? Um
casamento infeliz deve ser prolongado pelo bem das
crianças?
MURDOCH, I. A soberania do bem. São Paulo: Unesp,
2013.
 
Os ques�onamentos apresentados no texto possuem
uma relevância filosófica à medida que problema�zam
conflitos que estão nos domínios da
a) polí�ca e da esfera pública.
b) teologia e dos valores religiosos.
c) lógica e da validade dos raciocínios.
d) é�ca e dos padrões de comportamento.
e) epistemologia e dos limites do conhecimento.
FIL0696 - (Enem PPL)
Uma parte da nossa formação cien�fica confunde-se com
a a�vidade de uma polícia de fronteiras, revistando os
pensamentos de contrabando que viajam na mala de
outras sabedorias. Apenas passam os pensamentos de
carimbada cien�ficidade. A biologia, por exemplo, é um
modo maravilhoso de emigrarmos de nós, de
transitarmos para lógicas de outros seres, de nos
descentrarmos. Aprendemos que não somos o centro da
vida nem o topo da evolução.
COUTO, M. Interinvenções. Portugal: Caminho, 2009
(adaptado).
 
No trecho, expressa-se uma visão poé�ca da
epistemologia cien�fica, caracterizada pela
7@professorferretto @prof_ferretto
a) implementação de uma viragem linguís�ca com base
no formalismo.
b) fundamentação de uma abordagem híbrida com base
no rela�vismo.
c) interpretação da natureza eclé�ca das coisas com base
no an�academicismo.
d) definição de uma metodologia transversal com base
em um panorama cé�co.
e) compreensão da realidade com base em uma
perspec�va não antropocêntrica.
FIL0698 - (Enem PPL)
Tu é um termo que não figura muito bem nos
desenvolvimentos modernos e contemporâneos da é�ca
e da polí�ca. Com efeito, muitos movimentos
revolucionários (que variam do comunismo tradicional ao
feminismo da irmandade) parecem compar�lhar de um
código linguís�co curioso baseado na moral intrínseca
dos pronomes. O nós é sempre posi�vo, o vós é um
aliado possível, o eles tem o rosto de um antagonista, o
eu é impróprio, e o tu é, obviamente, supérfluo.
CAVARERO, A. Rela�ng Narra�ves apud BUTLER, J. Relatar
a si mesmo.
Belo Horizonte: Autên�ca, 2015 (adaptado).
 
Um dos principais problemas morais da
contemporaneidade, conforme mencionado no texto,
reside na dificuldade em
a) construir o diálogo cole�vo. 
b) demarcar a presença do ego. 
c) viabilizar a afe�vidade pessoal. 
d) reconhecer a alteridade singular.
e) ultrapassar a experiência intersubje�va.
FIL0702 - (Enem PPL)
Foi o caso que um homenzinho, recém-aparecido na
cidade, veio à casa do Meu Amigo, por questão de vida e
morte, pedir providências. Meu Amigo sendo de vasto
saber e pensar, poeta, professor, ex-sargento de cavalaria
e delegado de polícia. Por tudo, talvez, costumava
afirmar: — “A vida de um ser humano, entre outros seres
humanos, é impossível. O que vemos é apenas milagre;
salvo melhor raciocínio.” Meu Amigo sendo fatalista.
Na data e hora, estava-se em seu fundo de quintal,
exercitando ao alvo, com carabinas e revólveres,
revezadamente. Meu Amigo, a bom seguro que, no
mundo, ninguém, jamais, a�rou quanto ele tão bem —
no agudo da pontaria e rapidez em sacar arma; gastava
nisso, por dia, caixas de balas. Estava justamente
especulando: — “Só quem entendia de tudo eram os
gregos. A vida tem poucas possibilidades”. Fatalista como
uma louça, o Meu Amigo. Sucedeu nesse comenos que o
vieram chamar, que o homenzinho o procurava.
ROSA, J. G. Primeiras estórias. Rio de Janeiro: J. Olympio,
1967.
 
Os procedimentos de construção conferem originalidade
ao es�lo do autor e produzem, no fragmento, efeito de
sen�do apoiado na
a) reflexão filosófica em torno da brevidade da vida. 
b) tensão progressiva ante a chegada do estranho. 
c) nota irônica do perfil intelectual do personagem. 
d) curiosidade natural despertada pelo anonimato.
e) erudição su�l da alusão ao pensamento grego.
FIL0707 - (Unesp)
O homem que não tem a menor noção da filosofia
caminha pela vida afora preso a preconceitos derivados
do senso comum, das crenças habituais da sua época e
do seu país, e das convicções que cresceram na sua
mente sem a cooperação ou o consen�mento deliberado
de sua razão. Para tal homem, o mundo tende a tornar-se
finito, definido, óbvio. Ao contrário, quando começamos
a filosofar, imediatamente nos damos conta de que
mesmo as coisas mais vulgares levantam problemas para
os quais só podemos dar respostas muito incompletas. A
filosofia livra-nos da �rania do hábito.
(Bertrand Russell. Os problemas da filosofia, 1972.
Adaptado.)
 
De acordo com o filósofo Bertrand Russell nesse excerto,
o enfrentamento da “�rania do hábito” pela filosofia
contribui para
a) o descarte dos fundamentos da cosmogonia. 
b) o estabelecimento do ce�cismo absoluto. 
c) a rejeição dos saberes tradicionais. 
d) a expansão das bases do conhecimento.
e) a reprodução do discurso cien�fico.
FIL0708 - (Unesp)
A necessária redução do tempo é melhor alcançada se os
consumidores não puderem prestar atenção ou
concentrar o desejo por muito tempo em qualquer
objeto; isto é, se forem impacientes, impetuosos,
indóceis e, acima de tudo, facilmente ins�gáveis e
também se facilmente perderem o interesse. […] A
relação tradicional entre necessidades e sua sa�sfação é
rever�da: a promessa e a esperança de sa�sfação
precedem a necessidade que se promete sa�sfazer e
serão sempre mais intensas e atraentes que as
necessidades efe�vas.
(Zygmunt Bauman. Globalização, 2021.)
8@professorferretto @prof_ferretto
 
A argumentação apresentada no excerto sobre o tempo
do consumo expressa ações caracterís�cas
a) dos Estados e das empresas transnacionais,
organizações interessadas em acordos supranacionaispró-economia. 
b) da publicidade e do marke�ng, estratégias
corpora�vas que influenciam a nossa organização
social. 
c) das ins�tuições financeiras e das ONGs, agentes
corpora�vos pautados pela socialização de capitais. 
d) da didá�ca e da neurociência, elementos empregados
pelas empresas para criação de novos produtos.
e) da ciência e da tecnologia, campos de estudo
dedicados à erradicação das diferenças
socioeconômicas.
FIL0709 - (Unesp)
Leia o trecho da canção “O resto do mundo”, de Gabriel
O Pensador.
 
Eu tô com fome tenho que me alimentar
Eu posso não ter nome, mas o estômago tá lá
Por isso eu tenho que ser cara de pau
Ou eu peço dinheiro ou fico aqui passando mal
Tenho que me rebaixar a esse ponto porque a
necessidade é maior do que a moral.
(Gabriel O Pensador, 2000.)
 
No trecho, a fome tem como consequência é�ca a
a) anulação da subje�vidade.
b) desobediência ao código civil. 
c) afirmação dos princípios morais. 
d) proibição do convívio em sociedade.
e) superação da invisibilidade social.
FIL0711 - (Unesp)
Texto 1
 
Texto 2
A concepção de real e virtual pensados como um
con�nuo se vê reforçada pela percepção de que um
registro afeta o outro. Tal ideia é sustentada por autores
que concebem a internet como uma ferramenta para
veicular as subje�vidades de nossa época, mas não só.
[…] Segundo Viganò, “o advento da internet contribui
potencialmente para fazer da assim dita realidade virtual
um elemento cons�tu�vo da realidade social.
(Flávia Hasky e Isabel Fortes. “Desconstruindo
polarizações acerca da internet: entrelaçamentos entre
os universos on-line e off-line”.Psicologia em Pesquisa,
2022.)
 
O contraste entre esses textos permite retomar, na
atualidade, uma clássica questão filosófica, “o que é
real?”, pois a
a) análise das relações virtuais ocorre dissociada das
relações presenciais. 
b) ação individual segue inalterada ao longo do tempo. 
c) invenção de novas tecnologias reformula o conceito de
realidade. 
d) disponibilidade de conexão à internet amplia o
conhecimento humano.
e) criação de mídias digitais es�mula a imaginação.
FIL0712 - (Unesp)
9@professorferretto @prof_ferretto
O lugar que ocupamos socialmente nos faz ter
experiências dis�ntas e outras perspec�vas. A teoria do
ponto de vista feminista e lugar de fala nos faz refutar
uma visão universal de mulher e de negritude, e outras
iden�dades, assim como faz com que homens brancos,
que se pensam universais, se racializem, entendam o que
significa ser branco como metáfora do poder.
(Djamila Ribeiro. O que é: lugar de fala?, 2017.
Adaptado.)
 
O excerto aborda um conceito que propõe uma nova
perspec�va de análise filosófica, sobretudo em relação
a) ao estabelecimento de uma é�ca pluralista. 
b) à recusa de ins�tuições polí�cas. 
c) ao reconhecimento de um eurocentrismo epistêmico.
 
d) à negação de hierarquias sociais.
e) à reconstrução de discursos representa�vos.
FIL0713 - (Unesp)
A ciência avançou tanto que as pessoas acham que não
precisam mais morrer. Con�nuamos usando todos os
ar��cios da tecnologia, da ciência, para endossar a
fantasia de que todo mundo vai ter comida, todo mundo
vai ter geladeira, todo mundo vai ter leito hospitalar e
todo mundo vai morrer mais tarde. Isso é uma
falsificação da vida. A ciência e a tecnologia acham que a
humanidade não só pode incidir impunemente sobre o
planeta como será a úl�ma espécie sobrevivente e a
única a decolar daqui quando tudo for pelo ralo.
(Ailton Krenak. A vida não é ú�l, 2020. Adaptado.)
 
A situação cri�cada pelo filósofo e líder indígena Ailton
Krenak é fruto de uma visão de mundo decorrente do
pensamento moderno, qual seja,
a) o mecanicismo cartesiano. 
b) o idealismo hegeliano. 
c) o transcendentalismo kan�ano. 
d) o jusnaturalismo lockiano.
e) o existencialismo sartriano.
FIL0714 - (Unesp)
Leia o trecho da entrevista com Frank B. Wilderson,
professor de estudos afro-americanos na Universidade da
Califórnia.
 
— O que é o afropessimismo?
— É uma lente de interpretação ou uma forma de teoria
crí�ca. A maioria dos estudos raciais faz uma intervenção
que eu chamo de reformista, que é dizer: como as
pessoas na Bahia, por exemplo, podem conseguir casas
melhores? Estou muito preocupado com essas perguntas.
Mas, como um filósofo, um teórico crí�co, não é nisso
que emprego minha energia. Minha energia está baseada
no trabalho do psiquiatra mar�nicano Frantz Fanon
(1925-1961) e diz que, não importa aonde você vá, a
negritude gera uma ansiedade para todos. Essa
ansiedade é performada e negociada, e vai ser diferente
em Nova Iorque e em Havana. Nós sugerimos que a
escravidão é uma dinâmica racial que não terminou. Não
importa o que digam no discurso consciente, no
inconsciente o corpo negro não é considerado um ser
humano, mas um recurso para as pessoas.
(Ana Luiza Albuquerque. “Negros não são vistos como
humanos, mas objetos, diz autor de ‘Afropessimismo’”.
www.folha.uol.com.br, 20.06.2021. Adaptado.)
 
Nesse texto, o conceito de afropessimismo, elaborado
por Wilderson, expressa a
a) relevância dos estudos cogni�vos. 
b) dificuldade de ascensão econômica. 
c) retomada da tradição clássica. 
d) expansão das relações globais.
e) realização de renovação social.
FIL0723 - (Enem)
TEXTO I
Como é horrível ver um filho comer e perguntar: “Tem
mais?” Esta palavra “tem mais” fica oscilando dentro do
cerebro de uma mãe que olha as panela e não tem mais.
JESUS, C. M. Quarto de despejo: diário de uma favelada.
São Paulo: á�ca, 2014.
TEXTO II
A experiência de ver os filhos com fome na década de
1950, descrita por Carolina, é vivida no Brasil de 2021 por
uma moradora de Petrolândia, em Pernambuco. “Eu
trabalhava de ajudante de cabeleireira, mas a moça que
�nha o salão fechou. Eu vinha me sustentando com o
auxílio que �nha, mas agora eu não fui contemplada. Às
vezes as pessoas me ajudam com alimentos para os meus
filhos. De vez em quando, eu acho algum bico para fazer,
mas é muito raro. Tem dias que não tenho nem o leite da
minha bebê.”
CARRANÇA, T. “Até o feijão nos esqueceu”: o livro de
1960 que poderia ter sido escrito nas favelas de 2021.
Disponível em:
www.bbc.com. Acesso em: 6 out. 2021 (adaptado).
Considerando a realidade brasileira, os textos se
aproximam ao apresentarem uma reflexão sobre o(a)
10@professorferretto @prof_ferretto
a) recorrência da miséria.
b) planejamento da saúde.
c) superação da escassez.
d) constância da economia.
e) roman�zação da carência.
FIL0721 - (Enem)
 
A charge ilustra um anseio presente na sociedade
contemporânea, que se caracteriza pela
a) situação de revolta individual.
b) sa�sfação de desejos pessoais.
c) par�cipação em ações decisórias.
d) permanência em passividade social.
e) convivência em interesses par�dários.
FIL0700 - (Enem PPL)
Queremos tratar da �rania de animais humanos sobre
animais não humanos. Essa �rania causou e ainda causa
dor e sofrimento apenas comparáveis aos que resultaram
de séculos de violência de seres humanos brancos sobre
seres humanos negros. A luta contra ela é tão importante
quanto outras disputas morais e sociais.
SINGER, P. Libertação animal. São Paulo: Mar�ns Fontes,
2013.
 
O trecho apresenta caracterís�cas de uma importante
corrente da é�ca contemporânea que se designa:
a) Ecoé�ca – visão superior da natureza. 
b) Bioé�ca – implicação biológica das ações. 
c) An�especismo – definição igualitária das espécies. 
d) Existencialismo – valorização crescente da
subje�vidade.
e) Rela�vismo – compreensão diferenciada das
alteridades.
FIL0740 - (Enem PPL)
TEXTO I
A sociedade cul�va a violência, inculcando-a nos
indivíduos como virtude do homem forte, do homem
corajoso, do homem honrado, que se arrisca a morrer
para defender os “valores” que dão sen�do à sua vida.
MULLER, J. M. O princípio da não violência: uma
trajetória filosófica. São Paulo: Palas Athena, 2007. 
 
TEXTO II
A ideia de a humanidade tomar seu des�no nas
próprias mãos somente faz sen�do se atribuirmos
consciência e propósito à espécie; as espécies são apenas
correntes naflutuação aleatória dos genes.
GRAY, J. Cachorros de palha: reflexões sobre humanos e
outros animais. São Paulo: Record, 2002.
 
Os textos ar�culam argumentos em torno de dois
modelos explica�vos da condição humana. Esses dois
modelos caracterizam-se, respec�vamente, por valorizar
como determinantes dessa condição elementos
a) esté�cos e é�cos.
b) mís�cos e cien�ficos.
c) culturais e biológicos.
d) emocionais e racionais.
e) voluntaristas e possibilistas.
FIL0777 - (Enem PPL)
Tendo se livrado do entulho do maquinário volumoso
e das enormes equipes de fábrica, o capital viaja leve,
apenas com a bagagem de mão, pasta, computador
portá�l e telefone celular. O novo atributo da vola�lidade
fez de todo compromisso, especialmente do
compromisso estável, algo ao mesmo tempo redundante
e pouco inteligente: seu estabelecimento paralisaria o
movimento e fugiria da desejada compe��vidade,
reduzindo a priori as opções que poderiam levar ao
aumento da produ�vidade.
BAUMAN, Z. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar,
2001.
 
No texto, faz-se referência a um processo de
transformação do mundo produ�vo cuja consequência é
o(a)
a) regulamentação de leis trabalhistas mais rígidas.
b) fragilização das relações hierárquicas de trabalho.
c) decréscimo do número de funcionários das empresas.
d) incen�vo ao inves�mento de longos planos de
carreiras.
e) desvalorização dos postos de gerenciamento
corpora�vo.
FIL0779 - (Enem PPL)
11@professorferretto @prof_ferretto
Quando refle�mos sobre a questão da jus�ça,
algumas associações são feitas quase intui�vamente, tais
como a de equilíbrio entre as partes, princípio de
igualdade, distribuição equita�va, mas logo as
dificuldades se mostram. Isso porque a nossa sociedade,
sendo bastante diversificada, apresenta uma
heterogeneidade tanto em termos das diversas culturas
que coexistem em um mundo interligado como em
relação aos modos de vida e aos valores que surgem no
interior de uma mesma sociedade.
CHEDIAK, K. A pluralidade como ideia reguladora: a
noção de jus�ça a par�r da filosofia de Lyotard.
Trans/Form/Ação, n. 1, 2001 (adaptado).
 
A relação entre jus�ça e pluralidade, apresentada pela
autora, está indicada em:
a) A complexidade da sociedade limita o exercício da
jus�ça e a impede de atuar a favor da diversidade
cultural.
b) A diversidade cultural e de valores torna a jus�ça mais
complexa e distante de um parâmetro geral
orientador.
c) O papel da jus�ça refere-se à manutenção de
princípios fixos e incondicionais em função da
diversidade cultural e de valores.
d) O pressuposto da jus�ça é fomentar o critério de
igualdade a fim de que esse valor torne-se absoluto
em todas as sociedades.
e) e) O aspecto fundamental da jus�ça é o exercício de
dominação e controle, evitando a desintegração de
uma sociedade diversificada.
FIL0782 - (Enem PPL)
A �rinha compara dois veículos de comunicação,
atribuindo destaque à
 
a) resistência do campo virtual à adulteração de dados.
b) intera�vidade dos programas de entretenimento
abertos.
c) confiança do telespectador nas no�cias veiculadas.
d) credibilidade das fontes na esfera computacional.
e) autonomia do internauta na busca de informações.
FIL0771 - (Enem PPL)
O rapaz que pretende se casar não nasceu com esse
impera�vo. Ele foi insuflado pela sociedade, reforçado
pelas incontáveis pressões de histórias de família,
educação, moral, religião, dos meios de comunicação e
da publicidade. Em outras palavras, o casamento não é
um ins�nto, e sim uma ins�tuição.
BERGER, P. Perspec�vas sociológicas: uma visão
humanís�ca. Petrópolis: Vozes, 1986 (adaptado).
 
O casamento, conforme é tratado no texto, possui como
caracterís�ca o(a) 
a) consolidação da igualdade sexual.
b) ordenamento das relações sociais.
c) conservação dos direitos naturais.
d) superação das tradições culturais.
e) ques�onamento dos valores cristãos.
FIL0766 - (Enem PPL)
Temos vivido, como nação, atormentados pelos males
modernos e pelos males do passado, pelo velho e pelo
novo, sem termos podido conhecer uma história de
rupturas revolucionárias. Não que não tenhamos nos
modernizado e chegado ao desenvolvimento. Mas não
eliminamos relações, estruturas e procedimentos
contrários ao espírito do tempo. Nossa modernização
tem sido conservadora.
NOGUEIRA, M. As possibilidades da polí�ca: ideias para a
reforma democrá�ca do Estado. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1998.
 
O texto apresenta uma análise recorrente sobre o
processo de modernização do Brasil na segunda metade
do século XX. De acordo com a análise, uma caracterís�ca
desse processo reside na(s) 
a) uniformização técnica dos espaços de produção.
b) construção municipalista do regime representa�vo.
c) organização estadual das agremiações par�dárias.
d) limitações polí�cas no estabelecimento de reformas
sociais.
e) restrições financeiras no encaminhamento das
demandas ruralistas.
FIL0767 - (Enem PPL)
Queremos saber o que vão fazer 
Com as novas invenções 
Queremos no�cia mais séria 
Sobre a descoberta da an�matéria 
E suas implicações
Na emancipação do homem 
12@professorferretto @prof_ferretto
Das grandes populações 
Homens pobres das cidades 
Das estepes, dos sertões.
GILBERTO GIL. Queremos saber. O viramundo. São Paulo:
Universal Music, 1976 (fragmento).
 
A letra da canção relaciona dois aspectos da
contemporaneidade com reflexos na sociedade
brasileira: 
a) A elevação da escolaridade e o aumento do
desemprego. 
b) O inves�mento em pesquisa e a ascensão do
autoritarismo.
c) O crescimento demográfico e a redução da produção
de alimentos.
d) O avanço da tecnologia e a permanência das
desigualdades sociais.
e) A acumulação de conhecimento e o isolamento das
comunidades tradicionais.
FIL0768 - (Enem PPL)
De certo modo o toxicômano diz a verdade sobre
nossa condição social atual, quer dizer, temos a
tendência de tornarmo-nos todos adictos em relação a
determinados objetos, cuja presença se tornou para nós
indispensável. Todas as nossas referências é�cas ou
morais não têm nada de sério diante do toxicômano,
porque fundamentalmente somos viciados como ele.
MELMAN, C. Novas formas clínicas no início do terceiro
milênio. Porto Alegre: CMC, 2003.
 
No trecho, o autor propõe uma analogia entre o vício
individual e as prá�cas de consumo sustentada no
argumento da
a) exposição da vida privada.
b) reinvenção dos valores tradicionais.
c) dependência das novas tecnologias.
d) recorrência de transtornos mentais.
e) banalização de substâncias psicotrópicas.
FIL0769 - (Enem PPL)
Apesar da grande distância geográfica em relação ao
território japonês, os otakus (jovens aficionados em
cultura pop japonesa) brasileiros vinculam-se
socialmente hoje em eventos e a par�r de uma circulação
intensa de mangás, animes, games, fanzines, j-music
(música pop japonesa). O consumo em escala mundial
dos produtos da cultura pop – enfa�camente midiá�ca –
produzida no Japão cons�tui um momento histórico em
que se aponta a ambivalência sobre o que significa a
produção midiá�ca e cultural quando percebida no
próprio país e como a percepção de tal produção se
transforma radicalmente nos olhares de consumidores
estrangeiros.
GUSHIKEN, Y.; HIRATA, T. Processos de consumo cultural e
midiá�co: imagens dos otakus, do Japão ao mundo.
Intercom – RBCC, n. 2, jul.-dez. 2014 (adaptado).
 
Considerando a relação entre meios de comunicação e
formação de iden�dades tal como é abordada no texto, a
noção que explica este fenômeno na atualidade é a de
a) tribalismo das culturas juvenis.
b) alienação das novas gerações.
c) hierarquização das matrizes culturais.
d) passividade das relações de consumo.
e) deterioração das referências nacionais.
FIL0770 - (Enem PPL)
O representante das associações de moradores
(integrante de um conselho de saúde) fez várias
ponderações: “As prestações de contas, de modo geral,
�veram uma transparência razoável. Eu acho isso bom
porque, no passado, não sabia quanto se gastava, e hoje,
a gente já tem conhecimento. Acompanho
permanentemente o desenvolvimento do que entra e do
que é gasto”.
CORREIA,M. V. C. Que controle social?: os conselhos de
saúde como instrumento. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2000
(adaptado).
 
A forma de atuação polí�ca indicada caracteriza uma
prá�ca associada ao(à)
a) poder disciplinar.
b) gestão par�cipa�va.
c) processo burocrá�co.
d) autoridade carismá�ca.
e) deliberação autocrá�ca.
FIL0755 - (Enem PPL)
A linguagem é uma grande força de socialização,
provavelmente a maior que existe. Com isso não
queremos dizer apenas o fato mais ou menos óbvio de
que a interação social dotada de significado é
pra�camente impossível sem a linguagem, mas que o
mero fato de haver uma fala comum serve como um
símbolo peculiarmente poderoso da solidariedade social
entre aqueles que falam aquela língua.
SAPIR, E. A linguagem. São Paulo: Perspec�va, 1980.
 
13@professorferretto @prof_ferretto
O texto destaca o entendimento segundo o qual a
linguagem, como elemento do processo de socialização,
cons�tui-se a par�r de uma
a) necessidade de ligação com o transcendente.
b) relação de interdependência com a cultura.
c) estruturação da racionalidade cien�fica.
d) imposição de caráter econômico.
e) herança de natureza biológica.
FIL0757 - (Enem PPL)
As crianças devem saudar as pessoas dis�ntas, os
professores e senhoras conhecidas que encontrarem, que
elas não se negarão a corresponder. Não devem
empurrar ninguém nem cortar o passo dos transeuntes.
Não escrever nas paredes e portas coisa alguma. Nunca
a�rar pedras. Não a�rar cascas de frutas no chão, o que
pode ser mo�vo de desastres gravíssimos. Nunca fitar de
propósito os olhos sobre pessoas aleijadas ou rir-se de
algum defeito �sico do próximo.
A Imprensa, n. 67, 27 abr. 1914.
 
O discurso sobre a infância, veiculado pelo jornal no
início do século XX, visava a promoção de
a) formas litúrgicas de interação.
b) valores abstratos de cidadania.
c) normas sociomorais de civilidade.
d) concepções arcaicas de disciplina.
e) conceitos importados de pedagogia.
FIL0758 - (Enem PPL)
O feminismo teve uma relação direta com o
descentramento conceitual do sujeito cartesiano e
sociológico. Ele ques�onou a clássica dis�nção entre o
“dentro” e o “fora”, o “privado” e o “público”. O slogan
do feminismo era: “o pessoal é polí�co”. Ele abriu,
portanto, para a contestação polí�ca, arenas
inteiramente novas: a família, a sexualidade, a divisão
domés�ca do trabalho etc.
HALL, S. A iden�dade cultural na pós-modernidade. Rio
de Janeiro: DP&A, 2011 (adaptado).
 
O movimento descrito no texto contribui para o processo
de transformação das relações humanas, na medida em
que sua atuação
a) subverte os direitos de determinadas parcelas da
sociedade.
b) abala a relação da classe dominante com o Estado.
c) constrói a segregação dos segmentos populares.
d) limita os mecanismos de inclusão das minorias.
e) redefine a dinâmica das ins�tuições sociais.
FIL0762 - (Enem PPL)
A esté�ca rela�vamente estável do modernismo
fordista cedeu lugar a todo o fermento, instabilidade e
qualidades fugidias de uma esté�ca pós-moderna que
celebra a diferença, a efemeridade, o espetáculo, a moda
e a mercadificação de formas culturais.
HARVEY, D. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre
as origens da mudança cultural. São Paulo: Loyola, 2009.
 
No contexto descrito, as transformações esté�cas
impactam a produção de bens por meio da
a) promoção de empregos fabris, integrada às linhas de
montagem.
b) ampliação dos custos de fabricação, impulsionada pelo
consumo.
c) redução do tempo de vida dos produtos,
acompanhada da crescente inovação.
d) diminuição da importância da organização logís�ca,
u�lizada pelos fornecedores.
e) expansão de mercadorias estocadas, aliada a maiores
custos de armazenamento.
FIL0763 - (Enem PPL)
Quanto mais a vida social se torna mediada pelo
mercado global de es�los, lugares e imagens, pelas
viagens internacionais, pelas imagens da mídia e pelos
sistemas de comunicação interligados, mais as
iden�dades se tornam desvinculadas — desalojadas —
de tempos, lugares, histórias e tradições específicos e
parecem “flutuar livremente”. Somos confrontados por
uma gama de diferentes iden�dades (cada qual nos
fazendo apelos, ou melhor, fazendo apelos a diferentes
partes de nós), dentre as quais parece possível fazer uma
escolha.
HALL, S. A iden�dade cultural na pós-modernidade. Rio
de Janeiro: DP&A, 2006.
 
Do ponto de vista conceitual, a transformação iden�tária
descrita resulta na cons�tuição de um sujeito
14@professorferretto @prof_ferretto
a) altruísta.
b) dependente.
c) nacionalista.
d) mul�facetado.
e) territorializado.
FIL0764 - (Enem PPL)
A importância do conhecimento está em seu uso, em
nosso domínio a�vo sobre ele, quero dizer, reside na
sabedoria. É convencional falar em mero conhecimento,
separado da sabedoria, como capaz de incu�r uma
dignidade peculiar a seu possuidor. Não compar�lho
dessa reverência pelo conhecimento como tal. Tudo
depende de quem possui o conhecimento e do uso que
faz dele.
WHITHEHEAD, A. N. Os fins da educação e outros
ensaios. São Paulo: Edusp, 1969.
 
No trecho, o autor considera que o conhecimento traz
possibilidades de progresso material e moral quando
a) prioriza o rigor conceitual.
b) valoriza os seus dogmas.
c) avalia a sua aplicabilidade.
d) busca a inovação tecnológica.
e) instaura uma perspec�va cien�fica.
FIL0746 - (Enem PPL)
Tu é um termo que não figura muito bem nos
desenvolvimentos modernos e contemporâneos da é�ca
e da polí�ca. Com efeito, muitos movimentos
revolucionários (que variam do comunismo tradicional ao
feminismo da irmandade) parecem compar�lhar de um
código linguís�co curioso baseado na moral intrínseca
dos pronomes. O nós é sempre posi�vo, o vós é um
aliado possível, o eles tem o rosto de um antagonista,
o eu é impróprio, e o tu é, obviamente, supérfluo.
CAVARERO, A. Rela�ng Narra�ves apud BUTLER, J. Relatar
a si mesmo. Belo Horizonte: Autên�ca, 2015 (adaptado).
 
Um dos principais problemas morais da
contemporaneidade, conforme mencionado no texto,
reside na dificuldade em
a) construir o diálogo cole�vo.
b) demarcar a presença do ego.
c) viabilizar a afe�vidade pessoal.
d) reconhecer a alteridade singular.
e) ultrapassar a experiência intersubje�va. 
FIL0745 - (Enem PPL)
TEXTO I
Nunca se soube tanto da vida e aparência dos outros,
graças à postagem e ao compar�lhamento de imagens.
Uma comissão parlamentar britânica constatou que
meninas de até cinco anos de idade já se preocupam com
peso e aparência. Outro sintoma do problema, segundo
um relatório da comissão, foi o aumento das taxas de
cirurgia plás�ca no país, de cerca de 20% desde 2008.
ROXBY, P. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 9
dez. 2018.
 
TEXTO II
Toda a vida das sociedades nas quais reinam as
condições modernas de produção se anuncia como uma
imensa acumulação de espetáculos. Tudo o que era
diretamente vivido se esvai na fumaça da representação.
DEBORD, G. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro:
Contraponto, 2017.
 
Os textos apontam a centralidade da circulação imagé�ca
na sociedade contemporânea, uma vez que realçam a
a) fragilização de vínculos afe�vos.
b) fe�chização da experiência vivida.
c) monopolização do mercado esté�co.
d) diferenciação dos modelos corporais.
e) personalização das dimensões ín�mas.
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