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2 
HISTÓRIA DO BRASIL – INTRODUÇÃO, PERÍODO 
PRÉ CABRALINO E PERÍODO PRÉ-COLONIAL 
 
QUESTÃO 01 
(Unicamp 2020) 
 
Na América Portuguesa do século XVI, a 
política europeia para os indígenas 
pressupunha também a existência de uma 
política indígena frente aos europeus, já que os 
Tamoios e os Tupiniquins tinham seus próprios 
motivos para se aliarem aos franceses ou aos 
portugueses. 
(Adaptado de Manuela Carneiro da Cunha, 
Introdução a uma história indígena. São Paulo: 
Companhia das Letras/Fapesp, 1992, p. 18.) 
 
Com base no excerto e nos seus 
conhecimentos sobre os primeiros contatos 
entre europeus e indígenas no Brasil, assinale a 
alternativa correta. 
 
A) A população ameríndia era heterogênea e os 
conflitos entre diferentes grupos étnicos 
ajudaram a definir, de acordo com suas 
próprias lógicas e interesses, a dinâmica dos 
seus contatos com os europeus. 
B) O fato de Tamoios e Tupiniquins serem 
grupos aliados contribuiu para neutralizar as 
disputas entre franceses e portugueses pelo 
controle do Brasil, pelo papel mediador que 
os nativos exerciam. 
C) Os indígenas, agentes de sua história, desde 
cedo souberam explorar as rivalidades entre 
os europeus e mantê-los afastados dos seus 
conflitos interétnicos, anulando o impacto da 
presença portuguesa. 
D) As etnias indígenas viviam em harmonia 
umas com as outras e em equilíbrio com a 
natureza. Esse quadro foi alterado com a 
chegada dos europeus, que passaram a 
incentivar os conflitos interétnicos para 
estabelecer o domínio colonial. 
 
 
 
 
 QUESTÃO 02 
(Unesp 2019) 
O dia em que o capitão-mor Pedro Álvares 
Cabral levantou a cruz [...] era a 3 de maio, 
quando se celebra a invenção da Santa Cruz em 
que Cristo Nosso Redentor morreu por nós, e 
por esta causa pôs nome à terra que se 
encontrava descoberta de Santa Cruz e por este 
nome foi conhecida muitos anos. Porém, como 
o demônio com o sinal da cruz perdeu todo o 
domínio que tinha sobre os homens, receando 
perder também o muito que tinha em os desta 
terra, trabalhou que se esquecesse o primeiro 
nome e lhe ficasse o de Brasil, por causa de um 
pau assim chamado de cor abrasada e vermelha 
com que tingem panos [...]. 
(Frei Vicente do Salvador, 1627. Apud Laura de Mello 
e Souza. O Diabo e a Terra de Santa Cruz , 1986) 
O texto revela que 
A) a Igreja católica defendeu a prática do 
extrativismo durante o processo de conquista 
e colonização do Brasil. 
B) um esforço amplo de salvação dos povos 
nativos do Brasil orientou as ações dos 
mercadores portugueses. 
C) os nomes atribuídos pelos colonizadores às 
terras do Novo Mundo sempre respeitaram 
motivações e princípios religiosos. 
D) o objetivo primordial da colonização 
portuguesa do Brasil foi impedir o avanço do 
protestantismo nas terras do Novo Mundo. 
E) uma visão mística da colonização 
acompanhou a exploração dos recursos 
naturais existentes nas terras conquistadas. 
 
QUESTÃO 03 
(Fac. Albert Einstein 2019) 
Mil anos antes da “descoberta” do Brasil pelos 
europeus, um grande movimento de migração 
parece ter se iniciado no sul da floresta 
amazônica. Os povos que se moviam falavam 
línguas aparentadas, de uma grande família de 
línguas que denominamos tupi-guarani. 
Praticavam a coivara e eram bons caçadores e 
pescadores. 
(Norberto Luiz Guarinello. Os primeiros habitantes do Brasil , 2009. 
Adaptado.) 
A partir do texto e de seus conhecimentos, 
pode-se afirmar que os referidos povos 
 
 
 
 
 
 
3 
A) limitavam-se ao extrativismo e alimentavam-
se principalmente de moluscos, daí serem 
também chamados de povos dos sambaquis. 
B) eram pacíficos e estabeleceram relações 
amistosas com outros grupos nativos e, 
posteriormente, com os colonizadores 
portugueses. 
C) eram originários da Ilha de Marajó e 
dominavam a cerâmica, o que permitia a 
conservação de mantimentos e a produção 
de urnas funerárias. 
D) foram dizimados por grupos indígenas 
procedentes do litoral pacífico do continente, 
daí sua cultura ter sido extinta antes da 
conquista portuguesa. 
E) praticavam a agricultura e tinham bom 
domínio da navegação, o que contribuiu para 
sua expansão pelas terras posteriormente 
chamadas de Brasil. 
 
QUESTÃO 04 
(Ufrgs 2018) 
Leia o segmento abaixo, do escritor indígena 
Ailton Krenak. 
Os fatos e a história recente dos últimos 500 
anos têm indicado que o tempo desse encontro 
entre as nossas culturas é um tempo que 
acontece e se repete todo dia. Não houve um 
encontro entre as culturas dos povos do 
Ocidente e a cultura do continente americano 
numa data e num tempo demarcado que 
pudéssemos chamar de 1500 ou de 1800. 
Estamos convivendo com esse contato desde 
sempre. 
KRENAK, Ailton. O eterno retorno do encontro . In: 
NOVAES, Adauto (org.). A outra margem do Ocidente. 
São Paulo: Funarte, Companhia das Letras, 1999. p. 25. 
Considerando a história indígena no Brasil, a 
principal ideia contida no segmento é 
 
A) negação da conquista europeia na América, 
em 1500. 
B) ausência de transformação social nas 
sociedades ameríndias. 
C) exclusão dos povos americanos da história 
ocidental. 
D) estagnação social do continente sul-
americano após a chegada dos europeus. 
E) continuidade histórica do contato cultural 
entre ocidentais e indígenas. 
QUESTÃO 05 
(Mackenzie 2018) 
“(...) Neste dia, a horas de véspera, 
houvemos vista de terra! Primeiramente dum 
monte, mui alto e redondo; e doutras serras 
mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com 
grandes arvoredos: ao monte alto o capitão pôs 
o nome – o Monte Pascoal, e à terra – a Terra 
de Vera Cruz.” 
CAMINHA, Pero Vaz de. “Carta. In: Freitas a el -rei D. 
Manuel”.In FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de 
história. Lisboa: Plátano, 1986. V. II, p. 99-100. 
 
O texto acima é parte da carta do escrivão, 
Pero Vaz de Caminha, tripulante a bordo da 
armada de Pedro Álvarez Cabral, ao rei 
português D. Manuel, narrando o 
descobrimento do Brasil. Essa expedição 
marítima pode ser entendida no contexto 
socioeconômico da época, como uma 
 
A) tentativa de obtenção de novas terras, no 
continente europeu, para ceder aos nobres 
portugueses, empobrecidos pelo declínio do 
feudalismo, verificado durante todo o século 
XIV. 
B) consolidação do poder da Igreja junto às 
Monarquias ibéricas, interessada tanto em 
reprimir o avanço mulçumano no 
Mediterrâneo, quanto em cristianizar os 
indígenas do Novo Continente. 
C) busca por ouro e prata no litoral americano, 
para suprir a escassez de metais preciosos na 
Europa, o que prejudicava a continuidade do 
comércio com o Oriente. 
D) conquista do litoral brasileiro e sua 
ocupação, garantindo que a coroa 
portuguesa tomasse posse dos territórios a 
ela concedidos, pelo Tratado de Tordesilhas, 
em 1494. 
E) tomada oficial das terras garantidas a 
Portugal, pelo acordo de Tordesilhas, e o 
controle exclusivo português da rota 
atlântica, dando-lhes acesso ao lucrativo 
comércio de especiarias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
QUESTÃO 06 
(Udesc 2018) 
 
É prática comum nos programas escolares a 
delimitação de datas que marcam o início e, 
muitas vezes, o fim de processos históricos. No 
caso da História do Brasil, o ano de 1500 recebe 
bastante atenção. 
 
A respeito do ano de 1500 como início oficial 
da História do Brasil, analise as proposições. 
 
I. A definição de datas como marcos históricos 
tem implicações políticas, uma vez que elege 
certos eventos como fundamentais. No caso 
da História do Brasil, a ênfase no ano de 1500 
ressalta a importância atribuída à chegada 
dos europeus para a constituição da história 
brasileira. 
II. Ao definir o ano de 1500 como marco inicial 
para a História do Brasil, corre-se o risco de 
desconsiderar a importância da história, as 
características e os costumes dos vários 
grupos indígenas que já habitavam o 
território, que seria posteriormente 
conhecido como Brasil. 
III. A definição do ano de1500, como marco 
para o início oficial da História do Brasil, foi 
resultado de uma série de demandas 
populares que reivindicavam a possibilidade 
de opinar a respeito da oficialização da 
História Nacional. 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
A) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. 
B) Somente as afirmativas II e III são 
verdadeiras. 
C) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. 
D) Somente a afirmativa I é verdadeira. 
E) Somente a afirmativa II é verdadeira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 07 
(Unesp 2018) 
 
Em 1500, fazia oito anos que havia presença 
europeia no Caribe: uma primeira tentativa de 
colonização que ninguém na época podia 
imaginar que seria o prelúdio da conquista e da 
ocidentalização de todo um continente e até, na 
realidade, uma das primeiras etapas da 
globalização. 
 
A aventura das ilhas foi exemplar para toda 
a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, 
pois ali se desenvolveu um roteiro que se 
reproduziu em várias outras regiões do 
continente americano: caos e esbanjamento, 
incompetência e desperdício, indiferença, 
massacres e epidemias. A experiência serviu 
pelo menos de lição à coroa espanhola, que 
tentou praticar no resto de suas possessões 
americanas uma política mais racional de 
dominação e de exploração dos vencidos: a 
instalação de uma Igreja poderosa, dominadora 
e próxima dos autóctones, assim como a 
instalação de uma rede administrativa densa e 
o envio de funcionários zelosos, que evitaram a 
repetição da catástrofe antilhana. 
(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: 
as origens da globalização, 1999. Adaptado.) 
 
As epidemias provocadas pelos contatos 
entre europeus e povos autóctones da América 
 
A) demonstraram o risco da expansão territorial 
para áreas distantes e determinaram o 
imediato desenvolvimento de vacinas. 
B) representaram uma espécie de guerra 
biológica que afetou, ainda que de forma 
desigual, conquistadores e conquistados. 
C) provocaram a interdição, pelas cortes 
europeias, da circulação de mulheres 
grávidas entre os dois continentes. 
D) foram utilizadas pelos nativos para impedir o 
avanço dos europeus, que contraíram 
doenças tropicais, como a febre amarela e a 
malária. 
E) levaram à proibição, pelas cortes europeias, 
do contato sexual entre europeus e nativos, 
para impedir a propagação da sífilis. 
 
 
 
 
 
 
5 
QUESTÃO 08 
(Unesp 2018) 
 
Os problemas ocorridos na colonização das ilhas 
do Caribe podem ser considerados “exemplares 
para toda a América”, pois geraram 
 
A) a identificação de uma grande oportunidade, 
para nativos e europeus, de conviver com 
outros povos e desenvolver a tolerância e o 
respeito a valores morais e culturais 
diferentes. 
B) o temor, nos indígenas, diante da ambição 
europeia e a percepção, pelos europeus, da 
dificuldade de estruturar o empreendimento 
colonial e manter o controle de terras e 
povos tão distantes. 
C) o início de um longo conflito entre os 
europeus e as populações nativas, que 
provocou perdas humanas e financeiras nos 
dois lados, inviabilizando a exploração 
comercial da América. 
D) a formação de uma elite colonial que 
recusava submeter-se às ordens das coroas 
europeias e dispunha de plena autonomia na 
produção e comercialização das mercadorias. 
E) o reconhecimento, pelos europeus, da 
necessidade de instalação de feitorias no 
litoral para a segurança dos viajantes e a 
aceitação, pelos nativos, da hegemonia dos 
conquistadores. 
 
QUESTÃO 09 
(Uefs 2018) 
 
O “coração” econômico da época, Veneza, tem 
cada vez mais dificuldades em assegurar a 
competitividade de seus produtos. Em 1504, os 
navios venezianos já quase não encontram 
pimenta em Alexandria. As especiarias desta 
proveniência se revelam muito mais caras do 
que as que são encaminhadas da Índia 
portuguesa: a pimenta embarcada pelos 
portugueses em Calicute é quarenta vezes 
menos onerosa do que a que transita por 
Alexandria. 
(Jacques Attali. 1492, 1991. Adaptado.) 
 
 
O início da colonização efetiva do Brasil por 
Portugal, historicamente condicionado pelos 
fatos referidos pelo excerto, 
 
A) teve início assim que os navegadores 
chegaram às novas terras. 
B) projetou a hegemonia portuguesa no 
comércio atlântico. 
C) enriqueceu a Metrópole com a descoberta de 
metais preciosos. 
D) atardou-se devido aos lucros auferidos com 
o comércio oriental. 
E) foi financiado pelos lucros gerados pelo 
comércio de especiarias. 
 
QUESTÃO 10 
(Pucpr 2017) 
 
A primeira missa no Brasil é um momento 
emblemático do início da colonização 
portuguesa na América, celebrada poucos dias 
após a chegada e desembarque dos 
portugueses na costa brasileira, imortalizada 
pela narrativa na Carta de Pero Vaz de Caminha 
e no óleo sobre tela de Victor Meirelles. A 
ocupação de fato demorou um pouco mais a 
acontecer, dentre as razões para seu início, 
temos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
A) o aumento do comércio de especiarias com o 
Oriente, levando à maior necessidade de 
mercados consumidores. 
B) a descoberta de metais preciosos na colônia 
portuguesa, acelerando o interesse da 
metrópole na exploração de sua colônia. 
C) a probabilidade da tomada das terras por 
corsários ingleses que vinham atrás do 
contrabando de escravos indígenas para 
outras colônias. 
D) a necessidade de tomar posse e defender 
suas terras para evitar a vinda de 
exploradores sem o conhecimento da coroa 
portuguesa. 
E) a construção das feitorias para armazenar 
pau-brasil e carregar navios, promovendo a 
migração de um grande contingente de 
portugueses para povoar e cuidar das novas 
vilas. 
 
QUESTÃO 11 
(Ufu 2017) 
Refiro-me à destruição que pudemos fazer da 
grande (20 40 metros) e velha maloca taracuá 
[...] Sabe V. Rvma. que para o índio a maloca é 
cozinha, dormitório, refeitório, tenda de 
trabalho, lugar de reunião na estação de chuvas 
e sala de dança nas grandes solenidades. [...] A 
maloca é também, como costumava dizer o 
zeloso dom Bazola, a “casa do diabo”, pois que 
ali se fazem as orgias infernais, maquinam-se as 
mais atrozes vinganças contra os brancos e 
contra outros índios... 
Monsenhor Pedro Massa, início século XX. In: 
ZENUN, K. H. e ADISSI, V. M. A. Ser índio hoje: a tensão 
territorial. 2. ed. São Paulo: Loyola, 1999, p. 70. 
(Adaptado). 
 
Com a chegada dos europeus ao continente 
americano, teve início a subjetivação da figura 
do índio, delineando-se, gradativamente, a 
imagem do nativo ocioso, preguiçoso, 
indisciplinado e desorganizado. Esse ponto de 
vista atravessou séculos e sobrevive em nossos 
dias. 
 
Dessa maneira, de acordo com a citação, 
derrubar a maloca seria uma ação necessária, 
pois a moradia indígena representava o(a) 
 
A) tradição da cultura pagã que contrariava os 
planos de conversão e domínio espiritual. 
B) baluarte de expressão da organização tribal, 
influência do contato com a cultura africana. 
C) símbolo de superioridade da cultura 
indígena, quando comparada à europeia. 
D) obstáculo que impedia o trabalho de 
catequese no espaço conhecido como 
reduções. 
 
QUESTÃO 12 
(Puccamp 2017) 
 
A chegada dos colonizadores portugueses ao 
Brasil foi narrada na carta de Pero Vaz de 
Caminha, à qual se seguiram as seguintes 
expressões culturais nos primeiros momentos 
de nossa história: 
 
A) Formação de academias literárias e 
propagação de um ideário nacionalista. 
B) Maturação de um autêntico sistema literário 
e formação de grêmios republicanos. 
C) Correspondência de viajantes e 
documentação das riquezas naturais. 
D) Abertura dos portos às nações amigas e 
consolidação da imprensa. 
E) Catequese promovida pelos jesuítas e 
consolidação dos ideais emancipacionistas. 
 
QUESTÃO 13 
(Upe-ssa 2017) 
 
Na bacia do Rio São Francisco, nas paleolagoas 
conhecidas hoje como tanques, foram achados 
ossos de animais extintosda fauna 
pleistocênica, que conviveram com o homem 
em diversas áreas da região, como Salgueiro e 
Alagoinha, em Pernambuco. Pesquisas mais 
recentes assinalaram, também, a presença de 
megafauna, como o mastodonte e a preguiça-
gigante, como é o caso da Lagoa Uri de Cima em 
Salgueiro. 
MARTIN, Gabriela; PESSIS, Anne-Marie. Breve 
Panorama da Pré-História do Vale do São Francisco no 
Nordeste do Brasil. Revista FUMDHAMentos, Volume 1 – 
Número 10 – Ano 2013, p. 14, adaptado. 
 
 
 
 
 
 
 
7 
O trecho acima propõe uma leitura da 
História do Brasil, que se caracteriza pela 
 
A) presença essencial dos europeus no 
continente americano. 
B) inexistência de exemplares da megafauna em 
território brasileiro. 
C) carência de estudos paleoantropológicos e 
sítios arqueológicos no Nordeste. 
D) antiguidade da presença humana no país, 
anterior à chegada dos portugueses. 
E) existência de répteis de porte avantajado, 
popularmente conhecidos como dinossauros. 
 
QUESTÃO 14 
(Enem 2016) 
Texto I 
 
Documentos do século XVI algumas vezes se 
referem aos habitantes indígenas como “os 
brasis”, ou “gente brasília” e, ocasionalmente 
no século XVII, o termo “brasileiro” era a eles 
aplicado, mas as referências ao status 
econômico e jurídico desses eram muito mais 
populares. Assim, os termos “negro da terra” e 
“índios” eram utilizados com mais frequência 
do que qualquer outro. 
SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação. 
Pensando o Brasil: a construção de um povo. In: MOTA, 
C. G. (Org.). Viagem Incompleta: a experiência brasileira 
(1500-2000). São Paulo: Senac, 2000 (adaptado). 
 
Texto II 
 
Índio é um conceito construído no processo 
de conquista da América pelos europeus. 
Desinteressados pela diversidade cultural, 
imbuídos de forte preconceito para com o 
outro, o indivíduo de outras culturas, 
espanhóis, portugueses, franceses e anglo-
saxões terminaram por denominar da mesma 
forma povos tão díspares quanto os tupinambás 
e os astecas. 
SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos 
históricos. São Paulo: Contexto, 2005. 
 
Ao comparar os textos, as formas de 
designação dos grupos nativos pelos europeus, 
durante o período analisado, são reveladoras da 
 
A) concepção idealizada do território, 
entendido como geograficamente 
indiferenciado. 
B) percepção corrente de uma ancestralidade 
comum às populações ameríndias. 
C) compreensão etnocêntrica acerca das 
populações dos territórios conquistados. 
D) transposição direta das categorias originadas 
no imaginário medieval. 
E) visão utópica configurada a partir de 
fantasias de riqueza. 
 
QUESTÃO 15 
(G1 – Ifsul 2016) 
De 1500 a 1530, os portugueses não 
desenvolveram um grande projeto de 
colonização para a sua colônia na América 
(Brasil). Nesse período, ocorreram as 
expedições de reconhecimentos e as 
expedições guarda-costas. 
 
A economia, nesse período, 
 
A) deteve-se ao cultivo de café na região do Vale 
do rio Paraíba. 
B) limitou-se ao cultivo de cana-de-açúcar no 
nordeste com o trabalho escravo. 
C) dedicou-se à extração de metais preciosos, 
sobretudo prata, nas Gerais. 
D) baseou-se na extração do pau-brasil através 
do escambo com os nativos. 
 
QUESTÃO 16 
(Enem Libras 2017) 
 
Os cartógrafos portugueses teriam falseado 
as representações do Brasil nas cartas 
geográficas, fazendo concordar o meridiano 
com os acidentes geográficos de forma a 
ressaltar uma suposta fronteira natural dos 
domínios lusos. O delineamento de uma grande 
lagoa que conectava a bacia platina com a 
amazônica já era visível nas primeiras 
descrições geográficas e mapas produzidos por 
Gaspar Viegas, no Atlas de Lopo Homem (1519), 
nas cartas de Diogo Ribeiro (1525-27), no 
planisfério de André Homen (1559), nos mapas 
de Bartolomeu Velho (1561). 
KANTOR, Í. Usos diplomáticos da ilha-Brasil: polêmicas 
cartográficas e historiográficas. Varia Historia, n. 37, 2007 (adaptado). 
 
 
 
 
 
 
 
8 
De acordo com a argumentação exposta no 
texto, um dos objetivos das representações 
cartográficas mencionadas era 
 
A) garantir o domínio da Metrópole sobre o 
território cobiçado. 
B) demarcar os limites precisos do Tratado de 
Tordesilhas. 
C) afastar as populações nativas do espaço 
demarcado. 
D) respeitar a conquista espanhola sobre o 
Império Inca. 
E) demonstrar a viabilidade comercial do 
empreendimento colonial. 
 
QUESTÃO 17 
(G1 – Ifsul 2016) 
 
A língua de que usam, por toda a costa, 
carece de três letras; convém a saber, não se 
acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de 
espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, 
nem Rei, e dessa maneira vivem 
desordenadamente, sem terem além disto 
conta, nem peso, nem medida. 
GÂNDAVO, P M. A primeira historia do Brasil: história 
da província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos 
Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2004 (adaptado). 
 
A observação do cronista português Pero de 
Magalhães de Gândavo, em 1576, sobre a 
ausência das letras F, L e R na língua 
mencionada, demonstra a 
 
A) simplicidade da organização social das tribos 
brasileiras. 
B) dominação portuguesa imposta aos índios no 
início da colonização. 
C) superioridade da sociedade europeia em 
relação à sociedade indígena. 
D) incompreensão dos valores socioculturais 
indígenas pelos portugueses. 
E) dificuldade experimentada pelos 
portugueses no aprendizado da língua nativa. 
 
 
 
 
QUESTÃO 18 
(Udesc 2015) 
 
Leia com atenção o fragmento retirado da Carta 
de Pero Vaz de Caminha. 
 
“E quando veio ao Evangelho, que nos 
erguemos todos em pé, com as mãos 
levantadas, eles [os índios] se levantaram 
conosco e alçaram as mãos, ficando assim, até 
ser acabado; e então tornaram-se a assentar 
como nós. E quando levantaram a Deus, que nos 
pusemos de joelhos, eles se puseram assim 
todos, como nós estávamos com as mãos 
levantadas, e em tal maneira sossegados, que, 
certifico a Vossa Alteza, nos fez muita devoção.” 
Pero Vaz de Caminha. In: OLIVIERI, A. C. e VILLA, M. 
A. Crônicas do descobrimento. São Paulo: Ática, 1999, p. 
23. 
 
Em relação à Carta de Caminha para o Rei de 
Portugal, pode-se dizer que é: 
 
A) Uma narrativa que projeta sobre as 
populações nativas uma visão de mundo 
cristão, como se o Brasil fosse uma espécie 
de paraíso edênico. 
B) Um relato imparcial sobre as populações 
indígenas, porque o autor narra exatamente 
o que viu e viveu no Brasil. 
C) Uma narrativa capaz de identificar a 
verdadeira essência das populações 
indígenas brasileiras que já conheciam o 
cristianismo, e traziam no seu íntimo um 
conhecimento prévio dos ensinamentos 
pregados por Cristo a seus discípulos. 
D) Um relato que expressa total ignorância e 
despreparo do cronista sobre o caráter 
dissimulado e estratégico das populações 
indígenas, que desejavam tão somente 
ganhar a confiança dos viajantes europeus 
para obter lucros e fazer alianças políticas 
para derrotar seus inimigos. 
E) Um relato sem valor histórico, pois está 
marcado por uma perspectiva eurocêntrica e 
preconceituosa sobre os habitantes nativos 
do Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
QUESTÃO 19 
(Espcex Aman 2015) 
 
“Os primeiros trinta anos da História do 
Brasil são conhecidos como período Pré-
Colonial. Nesse período, a coroa portuguesa 
iniciou a dominação das terras brasileiras, sem, 
no entanto, traçar um plano de ocupação 
efetiva. […] A atenção da burguesia 
metropolitana e do governo português estavam 
voltados para o comércio com o Oriente, que 
desde a viagem de Vasco da Gama, no final do 
século XV, havia sido monopolizado pelo Estado 
português. […] O desinteresse português em 
relação ao Brasil estava em conformidade com 
os interesses mercantilistas da época, como 
observou o navegante Américo Vespúcio, após 
a exploração do litoral brasileiro, pode-se dizer 
que não encontramos nada de proveito”. 
Berutti, 2004. 
 
Sobre o período retratado no texto,pode-se 
afirmar que o(a) 
 
A) desinteresse português pelo Brasil nos 
primeiros anos de colonização, deu-se em 
decorrência dos tratados comerciais 
assinados com a Espanha, que tinha 
prioridade pela exploração de terras situadas 
a oeste de Greenwich. 
B) maior distância marítima era a maior 
desvantagem brasileira em relação ao 
comércio com as Índias. 
C) desinteresse português pode ser melhor 
explicado pela resistência oferecida pelos 
indígenas que dificultavam o desembarque e 
o reconhecimento das novas terras. 
D) abertura de um novo mercado na América do 
Sul, ampliava as possibilidades de lucro da 
burguesia metropolitana portuguesa. 
E) relativo descaso português pelo Brasil, nos 
primeiros trinta anos de História, explica-se 
pela aparente inexistência de artigos (ou 
produtos) que atendiam aos interesses 
daqueles que patrocinavam as expedições. 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 20 
(G1 – Ifsc 2014) 
 
A imagem abaixo apresenta um ritual 
antropofágico de um povo indígena do 
território onde hoje é o Brasil. 
 
 
 
Sobre os povos indígenas do Brasil, assinale 
a alternativa CORRETA. 
 
A) Os povos indígenas não foram escravizados 
pelos portugueses, pois praticavam o 
escambo. 
B) A imagem acima é falsa, pois os indígenas 
brasileiros não praticavam a antropofagia. 
C) Todos os povos indígenas brasileiros eram 
amistosos, o que facilitou a colonização 
portuguesa. 
D) Os povos indígenas brasileiros apresentavam 
muitas diferenças entre si, possuíam línguas 
diferentes, alguns praticavam a antropofagia, 
outros eram nômades, enquanto outros, 
sedentários. 
E) Os portugueses só tiveram contato com os 
povos indígenas após a chegada do primeiro 
Governador Geral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 RESOLUÇÕES 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[A] 
 
A princípio, em especial durante o ciclo do 
pau-brasil, o contato entre indígenas e 
portugueses foi amistoso. Porém, a partir da 
adoção da agromanufatura do açúcar, os 
portugueses passaram a tratar os indígenas 
como possível mão de obra nos engenhos, o que 
levou as diferentes tribos brasileiras a usar as 
rivalidades entre os países europeus (como 
França e Portugal) em benefício próprio. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[E] 
 
O historiador Frei Vicente de Salvador afirma 
que a terra “descoberta” por Cabral recebeu um 
nome de viés religioso, Terra de Santa Cruz, 
porém o aspecto econômico comercial ligado 
ao demônio se sobrepôs e a terra recém-
descoberta mudou seu nome para “Brasil, ou 
seja, foi a vitória do profano sobre o sagrado. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[E] 
 
É necessário que os vestibulandos utilizem o 
raciocínio lógico associando a prática da 
agricultura com o emprego da coivara. A 
alternativa correta é a [E]. Coivara é um regime 
agrícola bastante rudimentar de comunidades 
indígenas e quilombolas. Inicia-se a plantação 
através da derrubada da mata nativa, queima a 
vegetação, há uma plantação intercalada de 
várias culturas num sistema de rotação de 
culturas como arroz, milho, feijão, etc. 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[E] 
 
A explanação do escritor indígena é bastante 
clara: desde o primeiro momento de contato, 
nunca mais a relação cultural entre indígenas e 
brancos deixou de acontecer no Brasil, sempre 
trazendo consequências para os dois lados. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[E] 
 
A viagem de Pedro Álvarez Cabral ao Brasil 
em 1500 está vinculada ao Tratado de 
Tordesilhas de 1494 no qual Portugal pretendia 
garantir suas posses de terras bem como ter o 
acesso a rota do Atlântico para atingir o 
lucrativo comércio das especiarias. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[A] 
 
A afirmativa [III] está incorreta porque a 
definição de 1500 como marco inicial da nossa 
História não passou pelo crivo popular do país, 
tendo sido definida de maneira elitista pelos 
intelectuais do país. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[B] 
 
A guerra biológica ou bacteriológica foi uma 
das estratégias, principalmente de espanhóis, 
para enfraquecer e dominar as populações 
ameríndias. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[B] 
O texto sugere que o fracasso de colonização 
das Ilhas do Caribe indicou aos colonizadores 
europeus que caminhos seguir na tentativa de 
tornar o continente americano lucrativo. Além 
disso, do primeiro contato entre europeus e 
indígenas surgiu a percepção, para os últimos, 
que os primeiros seriam capazes de tudo para 
dominar os territórios da América. 
 
 
 
 
 
 
11 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[D] 
 
Devido aos lucros obtidos no comércio de 
especiarias (cerca de 500% ao ano), Portugal 
ficou, entre 1500 e 1530, sem efetivar a 
colonização do Brasil. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[D] 
 
A questão remete ao período denominado Pré-
Colonial, 1500-1530, entre a viagem de Cabral 
em 1500 à viagem de Martim Afonso de Souza 
em 1530. Neste período não ocorreu ocupação 
portuguesa no Brasil, pois o país ibérico 
priorizou o comércio das especiarias no oriente 
deixando o Brasil em segundo plano. Na viagem 
de Cabral em 1500 havia uma preocupação em 
defender as terras lusitanas demarcadas pelo 
Tratado de Tordesilhas diante da possibilidade 
de invasões. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[A] 
 
A questão aponta para o etnocentrismo. Com a 
chegada à América do europeu, homem branco 
e cristão, a cultura ameríndia foi concebida a 
partir do olhar europeu e, desta forma, os 
índios foram rotulados de selvagens, bárbaros, 
vagabundos, indisciplinados, sem fé e sem 
valores, etc. Daí a necessidade da catequese, 
converter estes homens á civilização cristã 
ocidental, trabalho desempenhado pelos 
padres jesuítas. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[C] 
 
Com a chegada dos portugueses ao Brasil a 
partir do ano de 1500, os cronistas, viajantes 
europeus, escreveram os primeiros 
documentos sobre a colônia com um forte viés 
etnocêntrico. Naquele contexto Absolutista-
Mercantilista, no continente Europeu existiam 
os Estados Modernos que necessitavam de 
muitos recursos para manter a máquina estatal, 
daí a importância da colonização da América 
para alavancar estas riquezas. Neste sentido, os 
cronistas em seus relatos faziam um 
mapeamento das riquezas naturais, em especial 
os metais preciosos, para facilitar a exploração. 
Um grande exemplo foi a carta de Pero Vaz de 
Caminha. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[D] 
 
O texto mostra a existência de vestígios que 
indicam a presença de animais do chamado 
“período pré-histórico” em terras brasileiras, 
evidenciando que a História brasileira é anterior 
a presença europeia no país. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[C] 
 
Ao desprezarem a diversidade cultural 
indígena, os europeus que chegaram ao 
continente americano demonstram seu 
etnocentrismo, que se manifesta tanto na 
linguagem que utilizam, quanto nas atitudes 
que tomam nesses novos territórios. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[D] 
 
A questão está vinculada ao período Pré-
Colonial, 1500-1530, entre a viagem de Cabral 
em 1500 até a viagem de Martim Afonso de 
Souza em 1530. Neste contexto Portugal 
priorizou o comércio das especiarias no oriente 
deixando o Brasil em segundo plano uma vez 
que não foi encontrada riqueza fácil nas novas 
terras. Restringindo-se, basicamente, à 
extração do pau-brasil através da exploração do 
trabalho indígena denominada escambo, como 
aponta a alternativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
RESPOSTA DA QUESTÃO 16: 
[A] 
 
O texto explica que os primeiros mapas 
feitos para descrever o Brasil foram 
manipulados pelos cartógrafos, que mudavam a 
localização do meridiano que dividia o 
continente entre Portugal e Espanha para que o 
mesmo coincidisse com acidentes geográficos 
que interessavam a Portugal explorar, como a 
Bacia Platina. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 17: 
[D] 
 
Os portugueses enxergaram os indígenas de 
maneira etnocêntrica, medindo o povo indígena 
a partir dos seus próprios valores. Por isso, a 
crítica à falta de fé, lei e rei. 
 
RESPOSTA DAQUESTÃO 18: 
[A] 
 
A questão remete ao importante documento 
histórico, a “Carta de Caminha”. Esta questão 
pode ser respondida a partir das alternativas 
incorretas. Pero Vaz de Caminha narrou o 
indígena dentro de sua concepção de mundo, a 
cultura cristã ocidental. Sua narrativa não 
identificou a verdadeira essência das 
populações indígenas brasileiras. Não podemos 
concordar com a ideia de que os indígenas eram 
dissimulados e estratégicos e que possuíam 
interesses em obter lucros. O documento tem 
um grande valor histórico. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 19: 
[E] 
 
A questão remete ao período Pré-Colonial que 
ocorreu no Brasil entre 1500-1530. As Grandes 
Navegações que ocorreram ao longo do século 
XV foram importantes para angariar recursos 
para os Estados Modernos. Desta forma, já 
havia dentro destas navegações ideias 
mercantilistas, ou seja, buscar metais preciosos 
e especiarias para a Europa. A viagem de Vasco 
da Gama que chegou às Índias em 1498 foi 
coroada de êxito dando um lucro exorbitante 
para Portugal. Assim, foi criada a mesma 
expectativa quanto a viagem de Cabral ao Brasil 
em 1500. Conforme relata a Carta de Caminha 
não havia riqueza no Brasil, ou seja, metais 
preciosos e especiarias e que o melhor a fazer é 
a catequese dos índios. O sucesso da viagem de 
Vasco da Gama e o fracasso da viagem de Cabral 
explicam o relativo descaso de Portugal em 
relação ao Brasil priorizando, então, o comércio 
das especarias no oriente. Daí o período Pré-
Colonial. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 20: 
[D] 
 
As populações indígenas brasileiras não 
eram homogêneas: algumas viviam sob as bases 
paleolíticas – sendo nômades e coletoras – 
outras viviam sob as bases neolíticas – sendo 
sedentárias e agricultoras – e outras, ainda, 
praticavam a antropofagia – como mostra a 
imagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
HISTÓRIA DO BRASIL – COLÔNIA: ASPECTOS 
POLÍTICOS, ECONOMIA AÇUCAREIRA E 
ATIVIDADES COMPLEMENTARES 
 
QUESTÃO 01 
(Espcex Aman 2019) 
 
Do ponto de vista econômico, o sistema de 
capitanias, implantado em 1534, não alcançou 
os resultados esperados pelos portugueses. 
Entre as poucas capitanias que progrediram e 
obtiveram lucros, principalmente com a 
produção de açúcar, estavam as de 
 
A) Rio Grande e Itamaracá. 
B) São Vicente e Rio Grande. 
C) Santana e Ilhéus. 
D) Maranhão e Pernambuco. 
E) São Vicente e Pernambuco. 
 
QUESTÃO 02 
(Famerp 2019) 
 
O sistema de plantation, predominante na 
colonização portuguesa do Brasil, baseou-se na 
 
A) produção agrícola voltada à subsistência e ao 
comércio local. 
B) exportação dos excedentes agrícolas não 
consumidos internamente. 
C) aplicação de moderna tecnologia europeia à 
agricultura. 
D) rotação de culturas em pequenas 
propriedades rurais. 
E) monocultura extensiva com emprego de 
trabalho compulsório. 
 
QUESTÃO 03 
(Uepg 2018) 
 
Diferente da versão romantizada que mostra 
uma chegada pacífica dos europeus ao Brasil no 
século XVI, a colonização portuguesa se deu a 
partir do uso sistemático da violência e do 
extermínio dos habitantes originais da terra (os 
indígenas). A exploração e o povoamento da 
colônia só foi possível após a sobreposição 
bélica dos europeus sobre os nativos. 
 
A respeito da colonização brasileira no 
século XVI, assinale o que for correto. 
 
01) No século XVI, as mulheres tiveram 
destacada atuação na vida social e política 
colonial. Não são raros os casos de mulheres 
que administraram engenhos de açúcar e 
ocuparam cargos nas câmaras coloniais. 
Esse quadro muda gradualmente nos dois 
últimos séculos coloniais. 
02) É possível afirmar que a ocupação efetiva da 
colônia pelos portugueses se deu a partir de 
1530. Antes disso, ocorrem algumas 
expedições, nomeiam-se algumas 
localidades litorâneas e se constroem 
poucas feitorias. Somente com a produção 
do açúcar no litoral nordestino é que, de 
fato, os portugueses trazem contingentes 
humanos e montam uma estrutura 
produtiva na colônia. 
04) Martin Afonso de Souza fundou as vilas de 
Piratininga e São Vicente (ambas no litoral 
de São Paulo) e ali desenvolveu o plantio de 
cana-de-açúcar, cultura com a qual os 
portugueses tomaram contato durante as 
Cruzadas medievais. 
08) A atividade açucareira no século XVI teve 
seu auge no litoral nordestino. Naquela 
região, os engenhos reais contavam com 
centenas de escravos (predominantemente 
africanos) e produziam em larga escala, uma 
vez que o principal objetivo era abastecer os 
mercados europeus. 
16) Na medida em que já existiam habitantes no 
território brasileiro antes da chegada dos 
europeus é, no mínimo, questionável, o uso 
do termo "descobrimento do Brasil" pelos 
portugueses. O que houve, de fato, foi um 
processo de dominação dos europeus sobre 
os nativos americanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
QUESTÃO 04 
(Espm 2018) 
 
Em 1549 o rei D. João III decidiu, sem abolir 
o sistema de capitanias hereditárias, instituir 
um novo regime. 
Acompanhado por quatrocentos soldados, 
seiscentos degredados, seis jesuítas e muitos 
mecânicos, partiu de Lisboa o primeiro 
governador-geral, Tomé de Souza, que aportou 
à baía de Todos-os-Santos em fins de março de 
1549. 
Com o governador chegaram também o 
ouvidor-geral, Pero Borges e o provedor-mor, 
Antônio Caridoso de Barros. 
(Capistrano de Abreu. Capítulos de História Colonial) 
 
O ouvidor-geral e o provedor-mor 
desempenhavam, respectivamente, funções de: 
 
A) defesa – administração civil; 
B) justiça – fazenda; 
C) fazenda – defesa; 
D) administração militar – justiça; 
E) administração da capital – vereança. 
 
QUESTÃO 05 
(Fuvest 2016) 
 
Eu por vezes tenho dito a V. A. aquilo que me 
parecia acerca dos negócios da França, e isto 
por ver por conjecturas e aparências grandes 
aquilo que podia suceder dos pontos mais 
aparentes, que consigo traziam muito prejuízo 
ao estado e aumento dos senhorios de V. A. E 
tudo se encerrava em vós, Senhor, trabalhardes 
com modos honestos de fazer que esta gente 
não houvesse de entrar nem possuir coisa de 
vossas navegações, pelo grandíssimo dano que 
daí se podia seguir. 
Serafim Leite. Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil , 
1954. 
 
O trecho acima foi extraído de uma carta 
dirigida pelo padre jesuíta Diogo de Gouveia ao 
Rei de Portugal D. João III, escrita em Paris, em 
17/02/1538. Seu conteúdo mostra 
 
A) a persistência dos ataques franceses contra a 
América, que Portugal vinha tentando 
colonizar de modo efetivo desde a adoção do 
sistema de capitanias hereditárias. 
B) os primórdios da aliança que logo se 
estabeleceria entre as Coroas de Portugal e 
da França e que visava a combater as 
pretensões expansionistas da Espanha na 
América. 
C) a preocupação dos jesuítas portugueses com 
a expansão de jesuítas franceses, que, no 
Brasil, vinham exercendo grande influência 
sobre as populações nativas. 
D) o projeto de expansão territorial português 
na Europa, o qual, na época da carta, visava à 
dominação de territórios franceses tanto na 
Europa quanto na América. 
E) a manifestação de um conflito entre a recém-
criada ordem jesuíta e a Coroa portuguesa 
em torno do combate à pirataria francesa. 
 
QUESTÃO 06 
(Ucs 2016) 
 
Considere as seguintes afirmativas sobre o 
Período Colonial brasileiro. 
 
I. Os núcleos de povoamento, depois 
transformados em cidades, desde a expedição 
de Martim Afonso de Souza, em 1531, 
tornaram-se valiosos instrumentos do sistema 
administrativo brasileiro. 
II. Três características básicas se 
complementaram na exploração colonial do 
Brasil: economia voltada para o mercado 
externo, latifúndio e escravidão. 
III. A exploração econômica preferida pelos 
portugueses no Brasil foi a produção 
manufatureira, em função da abundância de 
matéria-prima. 
 
Das proposições acima, 
 
A) apenas I está correta. 
B) apenas II está correta. 
C) apenas Ie II estão corretas. 
D) apenas II e III estão corretas. 
E) I, II e III estão corretas. 
 
 
 
 
 
 
 
15 
QUESTÃO 07 
(Espm 2016) 
 
Quem vir na escuridade da noite aquelas 
fornalhas tremendas perpetuamente ardentes, 
o ruído das rodas, das cadeias, da gente toda da 
cor da mesma noite, trabalhando vivamente, e 
gemendo tudo ao mesmo tempo sem momento 
de tréguas, nem de descanso; quem vir enfim 
toda a máquina e aparato confuso e estrondoso 
daquela Babilônia, não poderá duvidar, ainda 
que tenha visto Etnas e Vesúvios, que é uma 
semelhança de inferno. 
(Padre Antonio Vieira. Citado por Lilia Schwarcz e 
Heloisa Starling in Brasil uma Biografia) 
A leitura do trecho deve ser relacionada 
com: 
 
A) o trabalho indígena na extração do pau-
brasil; 
B) o trabalho indígena na lavoura da cana-de-
açúcar; 
C) o trabalho de escravos negros africanos no 
engenho de cana-de-açúcar; 
D) o trabalho de escravos negros africanos no 
garimpo, na mineração; 
E) o trabalho de imigrantes italianos na lavoura 
cafeeira. 
 
QUESTÃO 08 
(Pucsp 2016) 
 
As observações do donatário de Pernambuco 
sobre suas atividades à frente da Capitania 
expõem a 
 
A) exclusividade da produção açucareira e a 
inexistência de outras atividades produtivas 
no Brasil colonial. 
B) destinação externa de toda a produção 
agrícola da colônia e a necessidade de 
importação de alimentos para abastecer a 
população que vivia na colônia. 
C) centralidade da produção açucareira e o 
esforço de obtenção de mão de obra 
qualificada e de articulação da empresa 
agrícola com outros setores da economia. 
D) carência de mercado interno para os 
produtos agrícolas e a necessidade de 
rigoroso controle sobre os escravos. 
QUESTÃO 09 
(Uem 2015) 
 
Nos dois primeiros séculos da colonização 
portuguesa na América, o número de vilas e de 
cidades oficialmente constituídas era pequeno 
e não atingia duas centenas. A respeito das 
vilas, das cidades e da vida urbana na América 
Portuguesa, assinale a(s) alternativa(s) 
correta(s). 
 
01) O pequeno número de vilas existentes nos 
séculos XVI e XVII relaciona-se às 
características socioeconômicas da 
colonização portuguesa do Brasil naquele 
período. 
02) A administração pública das vilas era 
exercida pela câmara municipal (ou Senado 
da Câmara). A câmara era composta por 
vereadores eleitos entre os chamados 
“homens bons” e gozava de uma certa 
autonomia em relação ao poder central. 
04) Relacionado à mineração, no século XVIII 
ocorreu um crescimento da vida urbana, 
principalmente na região de Minas Gerais, e 
as vilas tornaram-se efetivamente centros 
econômicos e polos de sociabilidades. 
08) Até o final do século XVII os papéis político 
e econômico das vilas foram, em geral, 
pouco expressivos; os engenhos, além de 
centralizarem as atividades econômicas, 
eram também polos da vida social. 
16) As principais cidades brasileiras dos dois 
primeiros séculos da colonização 
portuguesa, como Salvador, Rio de Janeiro e 
Recife, surgiram ao redor de Missões dos 
jesuítas, a partir das necessidades de 
abastecimento desses centros de 
catequese. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
QUESTÃO 10 
(G1 - ifsc 2015) 
 
Seiscentas peças barganhei 
– Que pechincha – no Senegal 
A carne é rija, os músculos de aço, 
Boa liga do melhor metal. 
Em troca dei só aguardente, 
Contas, latão – um peso morto! 
Eu ganho oitocentos por cento 
Se a metade chegar ao porto. 
Fonte: Heinrich Heine, apud Alfredo Bosi. Dialética 
da colonização: São Paulo: Companhia das Letras, 1992. 
 
Assinale a alternativa CORRETA. 
 
A) Com o verso “Boa liga do melhor metal”, o 
autor está elogiando a qualidade dos metais 
preciosos encontrados no Senegal, colônia 
que Portugal estava explorando. 
B) Os versos do poeta referem-se a uma 
atividade do tempo do Brasil colônia, 
relacionada à origem da mão de obra 
utilizada na produção de açúcar nos 
engenhos ali instalados. 
C) Do trecho do poema se conclui que o tráfico 
negreiro era uma atividade que não 
recompensava economicamente aos 
traficantes, pois só a metade da carga 
chegava em condições ao porto de destino. 
D) O poema não se refere à colonização 
portuguesa no Brasil, porque a mão de obra 
escravizada foi só do índio, portanto, não 
havia transporte de longa distância em 
navios. 
E) O Estado português e a Igreja Católica foram 
radicalmente contra a escravização dos 
africanos, combatendo o tráfico de pessoas 
em qualquer parte do mundo. 
 
QUESTÃO 11 
(G1 - ifsc 2015) 
 
O Brasil colonial não nasceu do açúcar, mas do 
pau-brasil. Foi a famosa madeira, da qual se 
extrai um corante, que primeiro deu motivos aos 
portugueses para se estabelecer e explorar a 
terra a que tinham chegado em 1500. Porém, foi 
a introdução da cana-de-açúcar e a dos 
engenhos, com sua tecnologia para a produção 
de açúcar, as verdadeiras responsáveis por 
transformar a colônia três décadas depois desse 
primeiro contato. O açúcar foi a madrasta da 
colonização, que por quase dois séculos regeu a 
história econômica, social e política do Brasil. E, 
em algumas regiões, continua a dominar. 
Fonte: SCHWARTZ, Stuart B. Doce Lucro. Revista de 
História. n. 94, jul. 2013. Disponível 
em:http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/do
ce-lucro. Acesso: 13 ago. 2014. 
 
Durante grande parte do período colonial 
brasileiro, o açúcar foi o principal produto de 
exportação da colônia. Sobre a produção de 
açúcar no Brasil, leia e analise as seguintes 
afirmações: 
 
I. A cana-de-açúcar era plantada em latifúndios, 
estrutura fundiária ainda presente no Brasil. 
II. A principal região produtora de açúcar no 
Brasil é a Sul. 
III. A produção de açúcar foi uma das 
responsáveis pela desigualdade social no 
Brasil colonial, pois utilizava mão de obra 
escrava. 
IV. Da cana-de-açúcar, além do açúcar, pode-se 
produzir combustível e aguardente. 
 
Assinale a alternativa CORRETA. 
 
A) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras. 
B) Apenas as afirmações I e IV são verdadeiras. 
C) Apenas as afirmações II, III e IV são 
verdadeiras. 
D) Apenas as afirmações I, III e IV são 
verdadeiras. 
E) Todas as afirmações são verdadeiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
QUESTÃO 12 
(Espm 2011) 
 
As primeiras atividades econômicas praticadas 
pela colonização portuguesa no Brasil tiveram 
por cenário apenas o litoral do leste-nordeste 
brasileiros, sem que de modo sensível 
penetrassem no vago e misterioso sertão, ainda 
ocupado por tribos selvagens. Determinava 
essa situação o desinteresse econômico por 
qualquer tentativa de fixação de povoadores 
em regiões mais afastadas do mar. Assim 
enquanto sob os Reis Filipes penetravam os 
Vicentinos pelo sul na caça ao índio, ao mesmo 
tempo em que se sucediam as conquistas 
litorâneas em todo o nordeste, a solução 
encontrada para o povoamento do sertão 
forneceu-a (.......), atividade econômica 
essencialmente fixadora de população, mesmo 
escassas. 
(Hélio Viana. História do Brasil) 
 
 
 
O texto e o mapa referem-se a: 
 
A) criação de gado; 
B) busca de drogas do sertão; 
C) produção de algodão; 
D) extração de borracha; 
E) cultivo de tabaco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 13 
(Uem 2018) 
 
Sobre a sociedade que se construiu em torno da 
produção de açúcar na América portuguesa, 
assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 
 
01) O termo engenho se referia ao local em que 
se produzia o açúcar, com suas moendas, 
fornalhas e casas de purgar, bem como às 
demais instalações e construções que o 
cercavam, como as moradias, a casa grande 
e a senzala, a Igreja e os canaviais. 
02) Na sociedade açucareira havia grande 
dinamismo e mobilidade social. Essa 
mobilidade permitia a ascensão social dos 
escravos, que decorria da importância de 
seus conhecimentos sobre o processo 
produtivo, pois as funções que 
desempenhavam requeriam sólidos 
conhecimentos técnicos. 
04) Além dostrapiches, engenhos movidos por 
tração animal e com uma capacidade 
produtiva menor, havia também os 
engenhos reais, movidos por rodas d’água e 
com uma maior capacidade produtiva. 
08) Essa sociedade foi classificada como 
patriarcal, pois era centrada no poder do 
patriarca, que era ao mesmo tempo dono da 
terra, autoridade local e senhor dos 
destinos dos seus dependentes 
(empregados, parentes, agregados e 
escravos). 
16) De forma distinta de outras regiões da 
América portuguesa, na sociedade que se 
organizou em torno da produção de açúcar 
nunca foram utilizados escravos nativos, 
isto é, os índios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
QUESTÃO 14 
(Famema 2018) 
 
Havia muito capital e muita riqueza entre os 
lavradores de cana, alguns ligados por laços de 
sangue ou matrimônio aos senhores de 
engenho. Havia também um bom número de 
mulheres, não raro viúvas, participando da 
economia açucareira. Digno de nota até o fim 
do século XVIII, contudo, era o fato de os 
lavradores de cana serem quase 
invariavelmente brancos. Os negros e mulatos 
livres simplesmente não dispunham de créditos 
ou capital para assumir os encargos desse tipo 
de agricultura. 
(Stuart Schwartz. “O Nordeste açucareiro no Brasil 
Colonial”. In: João Luis R. Fragoso e Maria de Fátima 
Gouvêa (orgs). O Brasil Colonial, vol 2, 2014.) 
 
O excerto indica que a sociedade colonial 
açucareira foi 
 
A) organizada em classes, cuja posição 
dependia de bens móveis. 
B) apoiada no trabalho escravo, principalmente 
o dos lavradores de cana. 
C) baseada na “limpeza de sangue”, portanto se 
proibia a miscigenação. 
D) determinada pelos recursos financeiros, o 
que impedia a mobilidade. 
E) hierarquizada por critérios diversos, tais 
como a etnia e riqueza. 
 
QUESTÃO 15 
(Uepg 2017) 
 
As capitanias hereditárias foram instaladas no 
Brasil em 1534. Lotes que mediam entre 150 e 
600 quilômetros de terras e que iam do litoral 
brasileiro até a linha imaginária do Tratado de 
Tordesilhas, as capitanias corresponderam às 
primeiras divisões administrativas na colônia e 
marcaram o modelo de colonização lusitano ao 
longo do século XVI. A respeito desse tema, 
assinale o que for correto. 
 
 
 
 
01) O donatário, ou seja, aquele que recebia a 
posse da terra das mãos do rei de Portugal, 
tinha a obrigação de torná-la produtiva. 
Cabia ao donatário a doação de terras 
(sesmarias), a fundação de vilas e a 
organização da defesa territorial da 
capitania. 
02) O meridiano de Tordesilhas, linha 
imaginária que cortava a América de norte a 
sul, tinha como função delimitar os espaços 
continentais vinculados à colonização 
ibérica, inglesa e francesa sobre esse 
território. 
04) Cartas de doação eram os documentos 
cartográficos que indicavam o tamanho e os 
limites das capitanias de acordo com a 
concessão real aos donatários. 
08) Qualquer súdito português que 
demonstrasse interesse em vir para a 
colônia poderia receber a concessão de uma 
capitania. Isso explica o fato de fidalgos, 
pequenos comerciantes e até mesmo 
trabalhadores despossuídos terem se 
tornado donatários no Brasil do século XVI. 
 
 RESOLUÇÕES 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[E] 
Devido a vários problemas – grande distância 
entre Metrópole e Colônia, grande extensão das 
Capitanias, conflitos com os indígenas, 
desinteresse dos Capitães-Donatários – o 
sistema de Capitanias Hereditárias não 
funcionou no Brasil, tendo obtido sucesso 
apenas as Capitanias de São Vicente e 
Pernambuco. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[E] 
Com exceção do Norte das Treze Colônias, 
toda a América foi colonizada pelo modelo de 
Plantation, ou seja, latifúndio, escravidão, 
monocultura e a economia visava o mercado 
externo. Um bom exemplo de Plantation foi a 
sociedade açucareira colonial. 
 
 
 
 
 
 
 
19 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[02+04+08+16 = 30] 
 
A afirmativa [01] está incorreta porque a 
sociedade colonial brasileira era patriarcal e, 
por isso, as mulheres não ocupavam cargos 
relevantes. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[B] 
 
Criado para auxiliar as Capitanias 
Hereditárias e para centralizar a administração 
colonial, o sistema de Governo-Geral contava 
com cargos de diferentes funções, dentre os 
quais o de ouvidor (responsável pela aplicação 
da justiça na Colônia) e o de provedor 
(responsável pela arrecadação de impostos na 
Colônia). 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[A] 
 
Como o texto afirma no trecho “eu por vezes 
tenho dito a V. A. aquilo que me parecia acerca 
dos negócios da França, e isto por ver por 
conjecturas e aparências grandes aquilo que 
podia suceder dos pontos mais aparentes, que 
consigo traziam muito prejuízo ao estado”, as 
tentativas de invasão da França na América 
Portuguesa constituíam fator de preocupação 
para o governo português. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[C] 
 
A assertiva [III] está incorreta. No período 
colonial, Portugal não priorizou a produção 
manufatureira, prevaleceu o “Plantation”, isto 
é, latifúndio, escravidão, monocultura e a 
economia visava o mercado externo, modelo 
exógeno. 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[C] 
 
A partir do autor do texto e de algumas 
informações nele contidas, podemos identificar 
que o trabalho citado é o do negro escravo nos 
engenhos de açúcar do Brasil. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[C] 
A proposição [C] é a que melhor expressa o 
conteúdo da carta de Duarte Coelho, donatário 
da capitania de Pernambuco. A essência da 
colonização era a cana-de-açúcar, porém havia 
outras atividades importantes como o algodão 
e a produção de mantimentos que estavam 
conectados com a cultura canavieira. Outras 
funções eram desenvolvidas pelos 
trabalhadores como “mestres de engenhos, 
outros mestres de açúcares, carpinteiros, 
ferreiros, oleiros e oficiais de fôrmas e sinos 
para os açúcares e outros oficiais”. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[01+02+04+08 = 15] 
 
A afirmativa [16] é incorreta, porque as 
primeira vilas e cidades da Colônia surgiram em 
torno dos principais centros comerciais ou 
produtores, sejam de açúcar ou de ouro 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[B] 
A questão remete ao tráfico de Africanos que 
foram vendidos como escravos na América no 
contexto colonial. O tráfico de africanos 
durante a colonização da América e mesmo no 
século XIX gerou muito lucro para a Europa 
contribuindo para a acumulação de capital. Não 
foi a escravidão que gerou o tráfico, mas o 
tráfico e seu exorbitante lucro que gerou a 
escravidão colonial. Os traficantes europeus 
levavam tabaco e aguardente para trocar por 
africanos. Mesmo morrendo boa parte durante 
a viagem, ainda assim o lucro era muito grande 
conforme aponta a poesia, “Eu ganho 
oitocentos por cento / Se a metade chegar ao 
porto”. 
 
 
 
 
 
 
 
20 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[D] 
 
A questão remete ao período colonial brasileiro. 
Segundo o texto de Schwartz, a colonização do 
Brasil começou em 1500 com o pau-brasil e foi 
até 1822 com a independência do Brasil. Vale 
dizer que é bastante discutível afirmar que a 
colonização do Brasil começou em 1500 com a 
exploração do pau brasil. Para muitos 
historiadores, a colonização começou a partir 
de 1534 com a implantação das Capitanias 
Hereditárias e a produção de açúcar. Neste 
período, o produto mais importante foi o açúcar 
produzido principalmente no nordeste 
brasileiro. Mesmo no século XVIII com o auge da 
mineração, o açúcar gerou mais recursos que a 
própria mineração. O Engenho Colonial 
consistia em toda a estrutura, ou seja, a roça, a 
capela, a senzala, a casa grande, a moenda, etc. 
A cana de açúcar foi produzida dentro do 
Plantation, isto é, latifúndio, escravidão e a 
monocultura exportadora. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[A] 
 
A atividade econômica que se desenvolveu 
no interior da região norte – nas áreas marcadas 
no mapa acima – foi a pecuária, apesar de o 
autor afirmar que tal atividade fixava a 
população na região. Durante décadas,a 
pecuária se desenvolveu com o gado solto, ou 
seja, não existiam fazendas pecuaristas; o 
rebanho se deslocava a partir da necessidade de 
água e gêneros para sobrevivência de seus 
proprietários. Tal atividade necessitava de 
pequena mão de obra, que era livre. O gado 
dessa região abastecia as fazendas canavieiras 
que ficavam mais próximas ao litoral. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[01+04+08 = 13] 
 
Correção a partir das incorretas, [02] e [16]. 
Não havia mobilidade social no contexto da 
atividade canavieira nordestina desenvolvida 
nos séculos XVI e XVII. Na atividade da cana de 
açúcar prevaleceu o trabalho escravo africano, 
mas também ocorreu a escravidão indígena, 
sobretudo no século XVI. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[E] 
 
O período colonial brasileiro foi 
caracterizado pelo sistema de Plantation 
(latifúndio, escravidão, monocultura e a 
economia visava o mercado externo), por uma 
economia rural, uma sociedade patriarcal com 
o poder nas mãos dos “homens bons”. A cor da 
pele e a posse de terras e escravos fizeram toda 
a diferença no período colonial conforme 
aponta o excerto. Gabarito [E]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[01 + 04 =05] 
 
A afirmativa [02] está incorreta porque o 
Tratado de Tordesilhas era um acordo apenas 
entre Portugal e Espanha; 
A afirmativa [08] está incorreta porque 
apenas a nobreza recebia do Rei português a 
posse de uma Capitania Hereditária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
HISTÓRIA DO BRASIL – COLÔNIA: IMPACTOS DA 
UNIÃO IBÉRICA E INVASÕES ESTRANGEIRAS 
 
QUESTÃO 01 
(Espm 2018) 
 
A colonização levou à exploração do trabalho 
indígena e foi responsável por muita 
dizimação. É ainda na conta da colonização 
que se deve pôr o recrudescimento das 
guerras indígenas, que, se já existiam 
internamente, eram agora provocadas 
também pelos colonos, os quais faziam 
aliados na mesma velocidade com que 
criavam inimigos. Havia nesse contexto índios 
aldeados e aliados dos portugueses, e índios 
inimigos. 
Uma das atribuições dos índios aldea-
dos era tomar parte nas guerras promovidas 
pelos portugueses contra índios hostis e servir 
como povos estratégicos para impedir a 
entrada de estrangeiros. 
Os índios aldeados e aliados foram 
mobilizados para expulsar os franceses de 
Villegagnon, o qual, por sua vez se uniu a 
índios amigos que apoiaram a incursão fran-
cesa na baía da Guanabara. 
(Lilia Moritz Schwarcz. Brasil uma Biografia) 
 
A respeito do texto é correto assinalar que: 
 
A) os indígenas aldeados e aliados dos por-
tugueses, na guerra contra os franceses de 
Villegagnon, eram os Tupinambás; 
B) os indígenas aldeados e aliados dos por-
tugueses, na guerra contra os franceses de 
Villegagnon, eram os Araucanos; 
C) os indígenas que apoiaram os franceses de 
Villegagnon foram os Tapuias; 
D) os indígenas que apoiaram os franceses de 
Villegagnon foram os Tupinambás; 
E) os indígenas que apoiaram os franceses de 
Villegagnon foram os Charruas. 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 02 
(Uece 2017) 
 
No período de 1580 a 1640, Portugal foi 
governado pelo Rei Felipe II, que era também 
rei da Espanha. Isto se deveu ao fato de o rei 
português, D. Sebastião, ter morrido, em 1578, 
na batalha de Alcácer-Quibir, sem deixar 
herdeiro; e seu sucessor, o Cardeal D. Henrique, 
que tinha 70 anos, veio a falecer em janeiro de 
1580, ocasionando a crise dinástica e a disputa 
que levaria o rei espanhol ao trono português. 
Essa época é conhecida como 
 
A) Período Pré-colonial. 
B) Período Regencial. 
C) União Ibérica. 
D) Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. 
 
QUESTÃO 03 
(Uece 2018) 
 
Sobre a presença de europeus, durante os 
séculos XVI, XVII e XVIII, no território que hoje 
pertence ao Brasil, é correto afirmar que 
 
A) se restringiu aos portugueses que, desde o 
Tratado de Tordesilhas, eram os únicos com 
direito sobre esta terra plenamente 
reconhecido pelas demais nações europeias. 
B) diferentemente de outras regiões da 
América, nenhuma das cidades do Brasil 
sofreu ataques de piratas ou corsários de 
origem europeia. 
C) devido ao Tratado de Tordesilhas, apenas 
portugueses e espanhóis estiveram pelas 
terras brasileiras durante os séculos de nossa 
colonização. 
D) além dos portugueses, em diversas regiões 
do atual território brasileiro, nos primeiros 
séculos da colônia, houve presenças de 
espanhóis, franceses e holandeses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
QUESTÃO 04 
(Uece 2018) 
 
O governo de Felipe I à frente do reino 
português (1581-1598) marcou o início da 
União Ibérica, período em que os dois reinos 
ibéricos foram governados pelo mesmo 
soberano, após a guerra de sucessão 
portuguesa. Este mesmo monarca, chamado 
Felipe II, na Espanha, originou a dinastia filipina. 
 
Em relação ao Brasil, a chegada do rei 
espanhol ao trono português teve como 
consequência 
 
A) a elevação do Brasil a vice-reino, tal qual os 
demais vice-reinos que a coroa espanhola 
possuía na América. 
B) a ocupação do litoral brasileiro da região 
Sudeste, no Rio de Janeiro e em São Paulo, 
por espanhóis. 
C) a elevação do Brasil à categoria de Reino 
Unido à Portugal e à Espanha, o que apressou 
a independência da colônia. 
D) a ocupação do litoral nordeste do Brasil pelos 
holandeses, que pretendiam retomar o 
comércio do açúcar. 
 
QUESTÃO 05 
(Enem 2018) 
 
A rebelião luso-brasileira em Pernambuco 
começou a ser urdida em 1644 e explodiu em 
13 de junho de 1645, dia de Santo Antônio. Uma 
das primeiras medidas de João Fernandes foi 
decretar nulas as dívidas que os rebeldes 
tinham com os holandeses. Houve grande 
adesão da “nobreza da terra”, entusiasmada 
com esta proclamação heroica. 
VAINFAS. R Guerra declarada e paz fingida na 
restauração portuguesa. Tempo, n. 27, 2009. 
 
O desencadeamento dessa revolta na 
América portuguesa seiscentista foi o resultado 
do(a) 
 
 
 
 
A) fraqueza bélica dos protestantes batavos. 
B) comércio transatlântico da África ocidental. 
C) auxílio financeiro dos negociantes flamengos. 
D) diplomacia internacional dos Estados 
ibéricos. 
E) interesse econômico dos senhores de 
engenho. 
 
QUESTÃO 06 
(Acafe 2018) 
 
“É verdade que antes da união das monarquias 
ibéricas, em 1580,ao manter uma boa relação 
com os portugueses, os flamengos 
frequentavam os portos brasileiros e a cidade 
de Lisboa carregando açúcar em suas urcas, 
levando-o a refinar em Flandres e distribuindo-
o por via terrestre e fluvial por toda a Europa 
central. De sua embarcação tão características, 
ficou a lembrança na toponímia carioca, através 
do morro que evoca a sua forma.” 
PRIORI, Mary del. Histórias da gente brasileira: 
volume 1: colônia. São Paulo: Editora LeYa, 2016. Página 
69. 
 
Com base no texto e nos conhecimentos 
sobre o período colonial da história do Brasil é 
correto afirmar, EXCETO: 
 
A) Durante a União Ibérica, holandeses e 
espanhóis formaram a Companhia das Índias 
Ocidentais e dividiram os lucros da 
comercialização do açúcar produzido no 
Brasil e levado para a Europa. 
B) Com a União Ibérica acirraram-se os conflitos 
entre a Espanha e a Holanda. Com a proibição 
espanhola da parceria comercial entre 
holandeses e produtores de açúcar no Brasil, 
os flamengos invadiram o Nordeste. 
C) Maurício de Nassau, administrador holandês 
em Pernambuco, promoveu reformas 
urbanas e manteve uma boa relação com os 
senhores de engenho. 
D) A revolta conhecida como Insurreição 
Pernambucana acabou determinando a saída 
dos holandeses do nordeste brasileiro e teve 
como consequência uma crise na empresa 
açucareira brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
23 
QUESTÃO 07 
(Uece 2017) 
 
Atente ao seguinte enunciado: “Em seu 
governo, Maurício de Nassau incentivou a 
produção de açúcar, que havia decaído durante 
a conquista, com a concessão de 
financiamentos; também estimulou a 
agricultura de subsistência, sobretudo da 
mandioca,para que não faltassem alimentos 
aos mais pobres. Homem culto e amante das 
artes, seu governo foi um período de tolerância 
religiosa entre católicos e protestantes. Seu 
retorno à Europa e sua substituição por um 
‘triunvirato’ – que alterou suas práticas 
administrativas – fez surgir reações e 
insurreições por parte dos senhores de 
engenho”. 
 
O enunciado se refere ao período histórico 
marcado 
 
A) pela implantação do Governo-Geral, em 
1548, como forma de resolver o fracasso 
administrativo das Capitanias Hereditárias e 
garantir a posse e a pacificação da Colônia. 
B) pelo domínio francês no Maranhão, no qual 
o governo do Conde Nassau trouxe grandes 
avanços à cultura canavieira daquela região e 
o desenvolvimento da cidade de São Luís. 
C) pelo domínio francês no Rio de Janeiro, que 
teve na figura de Maurício de Nassau seu 
grande nome, responsável por desenvolver a 
economia e a cidade de São Sebastião do Rio 
de Janeiro. 
D) pelo domínio holandês no Nordeste do Brasil, 
que se estendeu desde a Bahia até o 
Maranhão e que teve na administração de 
Nassau seu período de maior 
desenvolvimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 08 
(Upf 2017) 
 
“As invasões holandesas que ocorreram no 
século XVII foram o maior conflito político-
militar da Colônia brasileira. Embora 
concentradas no Nordeste, elas não se 
resumiram a um simples episódio regional. Ao 
contrário, fizeram parte do quadro das relações 
internacionais entre os países europeus, 
revelando a dimensão da luta pelo controle do 
açúcar e das fontes de suprimento de escravos” 
(Boris Fausto, História do Brasil, 1996, p. 84) 
 
Sobre o tema destacado no texto acima, é 
CORRETO afirmar que 
 
A) Domingos Fernandes Calabar foi o 
personagem principal das forças luso-
brasileiras, lutando heroicamente até o final 
ao lado de Portugal, que lhe deu o título de 
príncipe. 
B) a ocupação das zonas de produção açucareira 
na América portuguesa e o controle do 
suprimento de escravos teve como principal 
interessada a maior companhia de comércio 
da época, a Companhia Holandesa das Índias 
Ocidentais, financiada com capitais do Estado 
e de financistas particulares. 
C) o despotismo de Maurício de Nassau em 
Pernambuco levou a sociedade local a se 
levantar contra o período de pobreza 
imposto por ele, em 1630. 
D) o projeto holandês de colônias de 
povoamento, similar ao dos Estados Unidos, 
poderia ter estimulado um desenvolvimento 
autônomo à colônia brasileira, com base na 
industrialização. 
E) as Batalhas de Guararapes (1648 e 1649) 
marcaram a tomada de Recife pelo exército 
luso-brasileiro, formado majoritariamente 
por índios tapuias que, com sua técnica de 
guerra avançada, foram decisivos para a 
derrota dos holandeses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
QUESTÃO 09 
(Fgv 2017) 
Leia o excerto de uma peça teatral, de 1973. 
 
Nassau 
Como Governador-Geral do 
Pernambuco, a minha maior preocupação é 
fazer felizes os seus moradores. Mesmo porque 
eles são mais da metade da população do Brasil, 
e esta região, com a concentração dos seus 
quase 350 engenhos de açúcar, domina a 
produção mundial de açúcar. Além do mais, 
nessa disputa entre a Holanda, Portugal e 
Espanha, quero provar que a colonização 
holandesa é a mais benéfica. Minha intenção é 
fazê-los felizes… sejam portugueses, 
holandeses ou os da terra, ricos ou pobres, 
protestantes ou católicos romanos e até mesmo 
judeus. 
Senhores, a Companhia das Índias 
Ocidentais, que financiou a campanha das 
Américas, fecha agora o balanço dos últimos 
quinze anos com um saldo devedor aos seus 
acionistas da ordem de dezoito milhões de 
florins. 
 
Moradores 
Viva! Já ganhou! (...) Viva ele! Viva! 
 
Chico Buarque de Holanda e Ruy Guerra. 
Calabar: o elogio da traição, 1976. Adaptado. 
 
Sobre o fato histórico ao qual a obra teatral 
faz referência, é correto afirmar que 
 
A) as bases religiosas da colonização holandesa 
no nordeste brasileiro produziram uma 
organização administrativa que privilegiava a 
elite luso-brasileira, ao oferecer 
financiamento com juros subsidiados e 
parcelas importantes do poder político aos 
grandes proprietários católicos. 
B) a grande distância entre as promessas de 
tolerância religiosa e a realidade presente no 
cotidiano dos moradores da capitania de 
Pernambuco deu-se porque os dirigentes da 
companhia holandesa impuseram o 
calvinismo como religião oficial e 
perseguiram as demais religiões. 
C) a presença da Companhia das Índias 
Ocidentais no nordeste da América 
portuguesa trouxe benefícios aos 
proprietários luso-brasileiros, como o 
financiamento da produção, mas reproduziu 
a lógica do colonialismo, ao concentrar a 
riqueza no setor mercantil e não no 
produtivo. 
D) a felicidade prometida pelos invasores 
holandeses não pôde ser efetivada em função 
da lógica diplomática presente na relação 
entre Portugal e Holanda, pois se tratava de 
nações inimigas desde o século XV, em 
virtude da disputa pelo comércio oriental. 
E) as promessas dos invasores holandeses se 
confirmaram, e a elite ligada à produção 
açucareira e ao comércio colonial foi 
amplamente beneficiada, principalmente 
pelo livre comércio, o que explica a 
resistência desses setores sociais ao 
interesse português em retomar a região 
invadida pela Holanda. 
 
QUESTÃO 10 
(Espm 2017) 
 
A expansão da agroindústria açucareira atingiu 
proporções assombrosas. O negócio da 
produção e comercialização do açúcar formava 
uma complexa rede de interesses que atraiu 
ataques estrangeiros. Em 1624 membros do 
exército da Companhia das Índias Ocidentais 
atacaram e ocuparam a sede do governo-geral 
em Salvador, e lá ficaram durante quase um 
ano. Em 1630, o ataque a Recife iniciou uma 
longa guerra de ocupação e reconquista, na 
qual todos os recursos materiais e humanos da 
colônia foram mobilizados para expulsar os 
invasores. 
Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do 
Brasil. 
O texto deve ser relacionado com: 
 
A) invasões francesas; 
B) ataques de corsários ingleses; 
C) confrontos com espanhóis; 
D) invasões holandesas; 
E) ataques de corsários franceses. 
 
 
 
 
 
 
 
25 
QUESTÃO 11 
(Espcex Aman 2017) 
Em 1578, dom Sebastião, rei de Portugal, morre 
na batalha de Alcácer-Quibir. Sem 
descendentes, o trono foi entregue a seu tio 
dom Henrique, que viria a falecer dois anos 
depois, sem deixar herdeiro. Depois de acirrada 
disputa, a Coroa portuguesa acabou nas mãos 
de Filipe II, rei espanhol, dando início à 
chamada União Ibérica. Com esta união, um 
tradicional inimigo da Espanha torna-se inimigo 
de Portugal. 
 
Das opções abaixo, assinale aquele que se 
tornou inimigo de Portugal. 
 
A) Holanda. 
B) Alemanha. 
C) Itália. 
D) Inglaterra. 
E) EUA. 
 
QUESTÃO 12 
(Fmp 2016) 
Ao longo do período colonial da História do 
Brasil, o Império Português foi vítima de assédio 
e de tentativas de invasão de seus territórios 
ultramarinos por parte de diversas potências 
rivais. Alguns exemplos de invasões 
estrangeiras na América Portuguesa estão 
listados a seguir: 
 
1612 - Estabelecimento da França Equinocial 
1624 - Tentativa derrotada da invasão 
holandesa a Salvador 
1630 - Tomada de Recife e Olinda por 
invasores holandeses 
 
A interpretação dos dados acima permite 
identificar que uma causa direta de todas essas 
invasões estrangeiras foi a 
 
A) fuga da Corte portuguesa para a América. 
B) vitória francesa na Guerra dos Sete Anos. 
C) conclusão da Reconquista da Península 
Ibérica. 
D) guerra de Restauração Portuguesa contra a 
Espanha. 
E) criação da União das Coroas Ibéricas 
QUESTÃO 13 
(Upe-ssa 1 2016) 
 
Os holandeses ocuparam, durante 24 anos, o 
Nordeste brasileiro: Pernambuco, Paraíba, Rio 
Grande do Norte e Itamaracá (1630-1654). 
Nesse período, Pernambuco se transformou 
numa verdadeira metrópole, com uma vida 
cultural intensa, onde poetas, cientistas e 
filósofos tornaram o Brasil um centrointelectual único na América do Sul. Nesse 
contexto, os judeus puderam constituir uma 
comunidade com escolas, sinagogas e 
cemitério, dando sua contribuição ao 
enriquecimento da vida cultural da região. 
LEVY, Daniela Tonello. Judeus e Marranos no Brasil 
Holandês. Pioneiros na colonização de Nova York. Século 
XVII. São Paulo: USP, 2008. (Adaptado) 
 
Uma característica sociopolítica da ocupação 
holandesa no contexto mencionado foi 
 
A) a retração da produção de açúcar. 
B) o florescimento de um movimento 
antimodernizador. 
C) o estabelecimento da tolerância e da 
liberdade religiosa. 
D) a preocupação apenas em explorar 
comercialmente o território. 
E) a manutenção de boas relações comerciais 
com o mundo ibérico. 
 
QUESTÃO 14 
(Upf 2016) 
 
As invasões holandesas que ocorreram no 
século XVII foram o maior conflito militar da 
Colônia. Embora concentradas no Nordeste, 
elas não se resumiram a um simples episódio 
regional. Ao contrário, fizeram parte do quadro 
das relações internacionais entre os países 
europeus, revelando a dimensão da luta pelo 
controle do açúcar e das fontes de suprimento 
de escravos. 
(FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 
1996, p. 84.) 
 
Tendo em vista o quadro histórico descrito 
acima, considere o seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
I. A Companhia Holandesa das Índias Ocidentais 
teve como alvo principal a ocupação das zonas 
de produção açucareira na América 
portuguesa. 
II. Domingos Fernandes Calabar, alagoano, 
tornou-se colaborador das forças invasoras, 
até ser preso e executado. 
III. Durante o governo do príncipe Maurício de 
Nassau, ocorreu a vinda de artistas, 
naturalistas e letrados para Pernambuco, e o 
Recife conheceu vários melhoramentos 
urbanos. 
IV. Os holandeses defendiam o trabalho livre e 
postulavam pelo fim da escravidão. 
V. A reconquista ocorreu porque os brasileiros 
uniram os brancos, os negros escravos e os 
índios em prol de Portugal num acordo que 
ficou conhecido como a “união das três 
raças”. 
 
Está correto apenas o que se afirma em: 
A) I e II. 
B) II e III. 
C) I, II e III. 
D) III, IV e V. 
E) III e V. 
 
QUESTÃO 15 
(G1 - ifsc 2016) 
Os holandeses estão entre os diversos povos 
que invadiram ou tentaram invadir o território 
que hoje corresponde ao Brasil, durante o 
período colonial, no século XVII. 
 
Sobre a presença holandesa no Brasil, 
assinale a alternativa CORRETA. 
 
A) Os holandeses estabeleceram suas colônias 
no Sudeste brasileiro. 
B) Os holandeses eram parceiros comerciais dos 
portugueses na atividade açucareira. 
C) O principal interesse dos holandeses era a 
crescente economia cafeeira. 
D) Os portugueses estabeleceram uma política 
de cordialidade com os holandeses quando 
estes invadiram sua colônia. 
E) Os holandeses saíram do Brasil por meio de 
um processo chamado “União Ibérica”. 
 
QUESTÃO 16 
(Famerp 2018) 
 
A Bahia é cidade d’El-Rei, e a corte do Brasil; 
nela residem os Srs. Bispo, Governador, 
Ouvidor-Geral, com outros oficiais e justiça de 
Sua Majestade; [...]. É terra farta de 
mantimentos, carnes de vaca, porco, galinha, 
ovelhas, e outras criações; tem 36 engenhos, 
neles se faz o melhor açúcar de toda a costa; 
[...] terá a cidade com seu termo passante de 
três mil vizinhos Portugueses, oito mil Índios 
cristãos, e três ou quatro mil escravos da Guiné. 
(Fernão Cardim. Tratados da terra e gente do Brasil , 
1997.) 
 
O padre Fernão Cardim foi testemunha da 
colonização portuguesa do Brasil de 1583 a 
1601. O excerto faz uma descrição de Salvador, 
sede do Governo-Geral, referindo-se, entre 
outros aspectos, à 
 
A) incorporação pelos colonizadores dos 
padrões culturais indígenas. 
B) ligação da atividade produtiva local com o 
comércio internacional. 
C) miscigenação crescente dos grupos étnicos 
presentes na cidade. 
D) existência luxuosa da nobreza portuguesa na 
capital da colônia. 
E) dependência da população em relação à 
importação de produtos de sobrevivência. 
 
QUESTÃO 17 
(Unesp 2018) 
 
Na colônia, a justiça era exercida por toda 
uma gama de funcionários a serviço do rei. A 
violência, a coerção e a arbitrariedade foram 
suas principais características. [...] Nas regiões 
em que a presença da Coroa era mais distante, 
os grandes proprietários de terras exerciam 
considerável autoridade administrativa e 
judicial. No sertão, os potentados impunham 
seus interesses à população livre. 
(Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do 
Brasil: uma interpretação, 2008.) 
 
 
 
 
 
 
 
27 
Ao analisar o aparato judiciário no Brasil 
Colonial, o texto 
 
A) identifica a isonomia e a impessoalidade na 
administração da justiça e seu embasamento 
no direito romano. 
B) explicita a burocratização do sistema jurídico 
nacional e reconhece sua eficácia no controle 
interno. 
C) indica o descompasso entre as 
determinações da Coroa portuguesa e os 
interesses pessoais dos governadores-gerais. 
D) distingue o sistema oficial da dinâmica local 
e atesta o prevalecimento de ações 
autoritárias em ambas. 
E) diferencia as funções do Poder Judiciário e do 
Poder Executivo e caracteriza a ação 
autônoma e independente de ambos. 
 
QUESTÃO 18 
(G1 – col. naval 2018) 
 
Leia o texto abaixo e responda a pergunta a 
seguir. 
 
[...] Além da capitania, em 1541 foi instalada 
a vila de Olinda, com a repetição de todas as 
formalidades de São Vicente: títulos de 
sesmarias, lista de homens bons aptos a votar, 
eleição de vereadores, alternância no poder. 
[...] Em Pernambuco passou a funcionar de 
maneira efetiva a autoridade do donatário, em 
dois sentidos. No das receitas, implantou 
cobrança de impostos, inclusive com repasses 
ao rei, e tais recursos financiavam serviços 
delegados ao donatário, como o de atuar como 
instância mais alta que o Judiciário da vila e o 
de controlar a vida civil. 
(CALDEIRA, Jorge. História da Riqueza no Brasil . Rio 
de Janeiro: Estação Brasil, 2017.) 
 
De acordo com o texto é correto afirmar que 
o autor buscou descrever as medidas que: 
 
 
 
 
 
 
A) levaram à capitania de Pernambuco a 
prosperar. 
B) causaram o impasse político responsável pela 
Guerra dos Mascates. 
C) levaram o sistema de capitanias hereditárias 
a fracassar. 
D) causaram o impasse político gerados da 
Insurreição Pernambucana. 
E) transformaram as capitanias hereditárias em 
governo-geral. 
 
QUESTÃO 19 
(Espm 2019) 
 
A primeira vez que se mencionou o açúcar e a 
intenção de implantar uma produção desse 
gênero no Brasil foi em 1516, quando o rei D. 
Manuel ordenou que se distribuíssem 
machados, enxadas e demais ferramentas às 
pessoas que fossem povoar o Brasil e que se 
procurasse um homem prático e capaz de ali dar 
princípio a um engenho de açúcar. Os primeiros 
engenhos começaram a funcionar em 
Pernambuco no ano de 1535, sob a direção de 
Duarte Coelho. A partir daí os registros não 
parariam de crescer: quatro estabelecimentos 
em 1550; trinta em 1570, e 140 no fim do século 
XVI. A produção de cana alastrava-se não só nu-
mericamente como espacialmente, chegando à 
Paraíba, ao Rio Grande do Norte, à Bahia e até 
mesmo ao Pará. Mas foi em Pernambuco e na 
Bahia, sobretudo na região do recôncavo 
baiano, que a economia açucareira de fato 
prosperou. Tiveram início, então, os anos 
dourados do Brasil da cana, a produção 
alcançando 350 mil arrobas no final do século 
XVI. 
(Lilia M. Schwarcz. Brasil: uma Biografia) 
 
A partir do texto e considerando a economia 
açucareira e a civilização do açúcar, é correto 
assinalar: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
A) a cana de açúcar era um produto autóctone, 
ou seja, nativo do Brasil e gradativamente foi 
caindo no gosto dos portugueses e dos 
europeus, a partir do século XVI; 
B) a produção e comercialização do açúcar 
ocorreram sob a influência do livre-cam-
bismo em que se baseou o empreendimento 
colonial português;C) a metrópole estabeleceu o monopólio real, 
porém a comercialização do açúcar passou 
para os porões dos navios holandeses, que 
acabaram por assumir parte substancial do 
tráfego entre Brasil e Europa; 
D) os portugueses mantiveram um rigoroso 
monopólio sobre o processo de produção e 
refinação do açúcar, só permitindo a 
participação de estrangeiros na comer-
cialização do produto; 
E) para implantação da indústria canavieira no 
Brasil, o projeto colonizador luso precisava 
contar com mão de obra compulsória e 
abundante, dada a extensão do território e 
por isso sempre privilegiou a utilização dos 
nativos, cuja captura proporcionava grandes 
lucros para a coroa. 
 
QUESTÃO 20 
(Fgv 2018) 
 
A agromanufatura da cana resultaria em outro 
produto tão importante quanto o açúcar: a 
cachaça. Alambiques proliferaram ao longo dos 
séculos coloniais. A comercialização da bebida 
afetava profundamente a importação de vinhos 
de Portugal. Esse comércio era obrigatório, pois 
por meio dos tributos pagos pelas cotas do 
vinho importado é que a Coroa pagava as suas 
tropas na Colônia. A cachaça produzida aqui 
passou a concorrer com os vinhos, com 
vantagens econômicas e culturais. Essa 
concorrência comercial entre colônia e 
metrópole se estendeu para as praças negreiras 
e rotas de comercialização de escravos na África 
portuguesa. A cachaça brasileira, por ser a 
bebida preferida para os negócios de compra e 
venda de escravos africanos, colocou em 
grande desvantagem a comercialização dos 
vinhos portugueses remetidos à África. A longa 
queda de braço mercantil acabou favorecendo 
afinal a cachaça, porque sem ela, nada de 
escravos, nada de produção na Colônia, com 
consequências graves para a arrecadação do 
reino. 
(Ana Maria da Silva Moura. Doce, amargo açúcar. 
Nossa História, ano 3, nº 29, 2006. Adaptado) 
 
A partir dessa breve história da cachaça no 
Brasil, é correto afirmar que 
 
A) essa produção prejudicou os negócios 
relacionados ao açúcar, porque desviava 
parte considerável da mão de obra e dos 
capitais, além de incentivar o tráfico negreiro 
em detrimento do uso do trabalho 
compulsório indígena, que mais interessava 
ao Estado português. 
B) esse item motivou recorrentes conflitos 
entre as elites colonial e metropolitana, 
condição em parte solucionada quando as 
regiões africanas fornecedoras de escravos 
tornaram-se também produtoras de cachaça, 
o que desestimulou a sua produção na 
América portuguesa. 
C) essa bebida tem uma trajetória que 
comprova a ausência de domínio da 
metrópole sobre a América portuguesa, 
porque as restrições ao comércio e à 
produção de mercadorias no espaço colonial 
não surtiam efeitos práticos e coube aos 
senhores de engenho impor a ordem na 
Colônia. 
D) esse produto desrespeitava um princípio 
central nas relações que algumas metrópoles 
europeias impunham aos seus espaços 
coloniais, nesse caso, a quebra do monopólio 
de grupos mercantis do reino e a 
concorrência a produtos da metrópole. 
E) essa mercadoria recebeu um impulso 
importante, mesmo contrariando as 
determinações metropolitanas, mas, 
gradativamente, perdeu a sua importância, 
em especial quando o tabaco e os tecidos de 
algodão assumiram a função de moeda de 
troca por escravos na África. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
QUESTÃO 21 
(Puccamp 2017) 
 
Do Brasil descoberto esperavam os 
portugueses a fortuna fácil de uma nova Índia. 
Mas o pau-brasil, única riqueza brasileira de 
simples extração antes da “corrida do ouro” do 
início do século XVIII, nunca se pôde comparar 
aos preciosos produtos do Oriente. (...) O Brasil 
dos primeiros tempos foi o objeto dessa avidez 
colonial. A literatura que lhe corresponde é, por 
isso, de natureza parcialmente superlativa. Seu 
protótipo é a carta célebre de Pero Vaz de 
Caminha, o primeiro a enaltecer a maravilhosa 
fertilidade do solo. 
(MERQUIOR, José Guilherme. De Anchieta a Euclides 
− Breve história da literatura brasileira. 
Rio de Janeiro: José Olympio, 1977, p. 3-4) 
 
A colonização portuguesa, no século XVI, se 
valeu de algumas estratégias para usufruir dos 
produtos economicamente rentáveis no 
território brasileiro, e de medidas para viabilizar 
a ocupação e administração do mesmo. São 
exemplos dessas estratégias e dessas medidas, 
respectivamente, 
 
A) a prática do escambo com os indígenas e a 
instituição de vice-reinos, comarcas, vilas e 
freguesias. 
B) a implementação do sistema de plantation no 
interior e a construção, por ordem da Coroa, 
de extensas fortalezas e fortes. 
C) a imposição de um vultoso pedágio aos 
navios corsários de distintas procedências e a 
instalação de capitanias hereditárias. 
D) a introdução da cultura da cana-de-açúcar 
com uso de trabalho compulsório e a 
instituição de um governo geral. 
E) o comércio da produção das missões 
jesuíticas e a fundação da Companhia das 
Índias Ocidentais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RESOLUÇÕES 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[D] 
 
Os franceses, na fundação da França 
Antártica, tiveram a ajuda dos Tamoios, nome 
pelo qual eram conhecidos os Tupinambás que 
viviam na Guanabara. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[C] 
 
Após a morte de d. Sebastião, o trono 
português ficou vago, devido ao fato de ele não 
ter descendentes. Um tio-avô seu, já idoso e 
cardeal da Igreja Católica, assumiu o trono, mas 
faleceu dois anos depois, deixando novamente 
o governo português sem líder. Começou, 
então, uma disputa pelo trono português que 
foi vencida por d. Filipe II, rei da Espanha. O 
período no qual d. Filipe II governa Espanha e 
Portugal ao mesmo tempo é conhecido como 
“União Ibérica”. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[D] 
 
Por uma variedade de razões, dentre as 
quais interesses territoriais e econômicos e o 
Brasil Holandês, a colônia portuguesa (atual 
Brasil) foi visitado, atacado ou ocupado por 
espanhóis, franceses e, principalmente, 
holandeses, entre os séculos XVI e XVIII. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[D] 
 
No contexto da União Ibérica, 1580-1640, a 
Espanha dominou Portugal e boicotou o 
comércio do açúcar desenvolvido entre 
portugueses e holandeses. Como retaliação, a 
Holanda criou a Companhia das Índias 
Ocidentais invadindo a Bahia em 1624 e 
Pernambuco em 1630. 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[E] 
 
O trecho faz referência à Insurreição 
Pernambucana, movimento revoltoso que 
ajudou Portugal a expulsar os holandeses do 
Nordeste brasileiro em 1645. Como fica claro, 
houve maciça adesão da nobreza da terra a 
partir da promessa de suspensão das dívidas 
obtidas junto à CIA das Índias Ocidentais. Ou 
seja, houve interesse econômico por parte dos 
senhores de engenho na luta. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[A] 
 
Durante a União Ibérica, holandeses e 
espanhóis tornaram-se inimigos devido à 
Independência dos Países Baixos. Por conta 
disso, a Espanha proibiu suas colônias de 
fazerem comércio com os holandeses e estes, 
por isso, criaram a Companhia das Índias 
Ocidentais para invadir as colônias espanholas, 
incluindo o Brasil. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[D] 
 
Maurício de Nassau governou o chamado 
“Brasil Holandês”, período no qual a Cia das 
Índias Ocidentais (holandesa) invadiu e 
dominou boa parte do Nordeste brasileiro. Esse 
domínio começa em 1630 e termina em 1654. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[B] 
 
A invasão holandesa no Brasil foi incentivada 
e patrocinada pela Cia das Índias Ocidentais, 
associação comercial formada em parceria 
entre o Estado holandês e a burguesia 
holandesa. O interesse da Cia era romper a 
proibição do rei espanhol Filipe II de que as 
colônias espanholas não podiam fazer comércio 
com a Holanda. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[C] 
 
A presença holandesa no Brasil colonial, 
através do governo das Companhias das Índias 
Ocidentais, ajudou por desenvolver a capitania 
de Pernambuco, em especial na produção de 
açúcar. Mas a presença holandesa não 
modificou o panorama social da Colônia, 
beneficiando,assim, as elites. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[D] 
 
O texto menciona as invasões holandesas no 
Brasil dentro do contexto da União Ibérica, 
1580-1640. A Companhia das Índias Ocidentais 
possuía interesse na produção e venda do 
açúcar produzido no Brasil. Daí ocorreu uma 
invasão fracassada em Salvador no ano de 1624 
e outra invasão em Pernambuco em 1630. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[A] 
 
A Holanda era, nos reinados de Carlos I e seu 
filho Filipe II, uma possessão espanhola. Mas, 
devido à forma de governo autoritária de Filipe 
II, a burguesia holandesa promoveu sua luta de 
independência. Em resposta a isso, Filipe II 
proibiu todas as possessões espanholas de fazer 
comércio com a Holanda. Devido à ocorrência 
da União Ibérica, Portugal e Brasil estavam 
incluídos nessa proibição. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[E] 
 
A questão remete às invasões europeias no 
Brasil durante a União Ibérica, 1580-1640. O 
Brasil foi vítima de várias invasões de nações 
europeias ao longo do período colonial, 
sobretudo no contexto da União Ibérica. Devido 
ao boicote econômico realizado pela Espanha 
contra a Holanda, este país criou a Companhia 
das Índias Ocidentais visando invadir o Brasil. 
Em 1624 ocorreu a fracassada invasão 
 
 
 
 
 
 
31 
holandesa na Bahia, em 1630 a mesma 
companhia invadiu Pernambuco montando um 
império holandês no Nordeste do Brasil. Em 
1612 ocorreu a invasão de franceses no 
Maranhão denominada de França Equinocial. 
Esta expedição foi comandada por Daniel de La 
Toche, fundando o forte de São Luís, Jerônimo 
de Albuquerque liderou a expulsão dos 
franceses. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[C] 
 
O texto da historiadora Daniela Tonello Levy 
aponta para a relevância da presença holandesa 
em Pernambuco, 1630-1654. João Maurício de 
Nassau trouxe diversos intelectuais para morar 
no Brasil criando um ambiente urbano e 
intelectual. Investiu nos engenhos, modernizou 
a região e permitiu ampla liberdade religiosa o 
que era raro naquela época de guerras 
religiosas como a Guerra dos Trintas anos na 
Europa. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[C] 
 
A questão aponta para a relevância das 
invasões holandesas no Brasil, em especial 
Pernambuco, 1630-1654. Entre 1630 e 1637 
ocorreu a luta contra os invasores, com 
destaque para Calabar que mudou de lado e 
ajudou os holandeses a dominarem a região. O 
auge foi entre 1637 e 1644, com Nassau 
administrando a Companhia das Índias 
Ocidentais trazendo artistas e intelectuais, 
modernizando algumas regiões de Pernambuco. 
Entre 1644 e 1654 ocorreu a Insurreição 
Pernambucana, a luta para expulsar os 
invasores com a união de índios, negros e 
brancos. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[B] 
 
A questão remete às invasões holandesas no 
Brasil, no século XVII. Os holandeses eram 
parceiros comerciais de Portugal no que diz 
respeito ao açúcar. A Holanda se separou da 
Espanha no final do século XVI e, durante a 
União Ibérica, a Espanha boicotou o comércio 
do açúcar entre Holanda e Portugal. Desta 
forma, os holandeses criaram a Companhia das 
Índias Ocidentais com o intuito de invadir o 
Brasil. Ocorreu a invasão fracassada na Bahia 
em 1624 e, posteriormente, em 1630, ocorreu 
a invasão em Pernambuco. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 16: 
[B] 
 
Ao citar os mantimentos, os engenhos e a 
produção do açúcar, o padre deixa claro que a 
Bahia cumpria bem o papel de centro da 
colônia: inserir-se no comércio internacional, 
enriquecendo a metrópole através da venda de 
seus produtos. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 17: 
[D] 
 
O texto explica que o aparato judiciário no 
Brasil colonial era imposto por funcionários do 
Rei de Portugal e que, para exercer tal aparato, 
“(...) violência, coerção e arbitrariedade (...)” 
eram práticas comuns no trato com a 
população, o que denota autoritarismo. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 18: 
[A] 
 
Entre 1500-1530, o Brasil foi caracterizado 
pelo “Brasil Pré-colonial”, não ocorreu a 
colonização ou a ocupação do homem branco, 
havia a exploração do pau brasil através das 
expedições. A partir de 1530, Portugal optou 
em colonizar o Brasil implantando as Capitanias 
Hereditárias através da iniciativa de 
particulares, os donatários tinham bastante 
autonomia para organizar a administração. 
Apenas duas Capitanias prosperaram, São 
Vicente (Martim Afonso de Souza) e 
Pernambuco (Duarte Coelho). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
RESPOSTA DA QUESTÃO 19: 
[C] 
 
A cana de açúcar no Brasil foi produzida 
dentro do sistema de Plantation, isto é, 
latifúndio, monocultura, escravidão e a 
economia visava o mercado externo. A 
produção de açúcar necessitava de muitos 
recursos, daí Portugal recorreu a Holanda, país 
europeu com muitos banqueiros judeus e 
calvinistas, que transportavam e negociavam o 
produto na Europa obtendo muito lucro. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 20: 
[D] 
 
Como o texto explica, a produção e a venda 
da cachaça no Brasil colonial, ao concorrer com 
a venda do vinho produzido em Portugal, 
produzia uma “quebra” em parte do chamado 
Pacto Colonial, que dava à Metrópole o controle 
da produção e da venda colonial. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 21: 
[D] 
 
Buscando um meio de obter lucro e, ao 
mesmo tempo, promover a ocupação do 
território colonial, Portugal decidiu promover a 
introdução da cultura da cana-de-açúcar e 
dividir a Colônia em Capitanias Hereditárias. 
Para tornar a empresa agrícola mais rentável, 
houve a adoção da mão de obra escrava negra. 
E quando o sistema de Capitanias Hereditárias 
se mostrou, em partes, ineficiente, houve a 
introdução do sistema de Governo Geral para 
auxiliá-lo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
HISTÓRIA DO BRASIL – COLÔNIA: ECONOMIA 
MINERADORA 
QUESTÃO 01 
(Fuvest 2013) 
Observe o mapa abaixo. 
Com base no mapa e em seus 
conhecimentos, assinale a alternativa correta. 
 
A) O rio São Francisco foi caminho natural para 
a expansão da cana-de-açúcar e do algodão 
da Zona da Mata, na Bahia, até a Capitania de 
São Paulo e Minas de Ouro. 
B) A ocupação territorial de parte significativa 
dessa região foi marcada por duas 
características geomorfológicas: a serra do 
Espinhaço e o vale do rio São Francisco. 
C) Essa região caracterizava-se, nesse período, 
por paisagens onde predominavam as minas 
e os currais, mas no século XIX a mineração 
sobrepujou as outras atividades econômicas 
dessas capitanias. 
D) O caminho pelo rio São Francisco foi 
estabelecido pelas bandeiras paulistas para 
penetração na região aurífera da Chapada 
dos Parecis e posterior pagamento do 
“quinto” na sede da capitania, em Salvador. 
E) As bandeiras que partiam da Capitania da 
Bahia de Todos os Santos para a Capitania de 
São Paulo e Minas de Ouro propiciaram o 
surgimento de localidades com economia 
baseada na agricultura monocultora de 
exportação. 
QUESTÃO 02 
(Uemg 2015) 
 
Em 2014, foram comemorados os 200 anos 
da morte do criador das belíssimas peças em 
pedra sabão, uma das quais é apresentada na 
imagem acima, sendo a mesma de autoria do 
mais importante artista brasileiro do período 
colonial: Antônio Francisco Lisboa, o 
Aleijadinho (1737-1814). Ele nasceu em Vila 
Rica, atual Ouro Preto, e antes dos 50 anos, foi 
acometido por uma doença degenerativa que 
atrofiava seu corpo. Mesmo assim, tornou-se 
um dos maiores mestres do Barroco no Brasil. 
O Barroco teve terreno fértil para a expansão 
em Minas Gerais, pois 
 
A) o enriquecimento provocado pela mineração 
e a forte religiosidade dos povos das Minas, 
conjugados com a intensa vida cultural ligada 
ao catolicismo, favoreceram o 
desenvolvimento desse estilo artístico na 
região. 
B) a pouca presença de protestantes na região, 
por causa da distância do litoral, fez com que 
não houvesse forte influência desse ramo 
religioso, deixando caminho livre para a 
expansão do Barroco, tão ligado ao 
catolicismo. 
C) fortaleceu-se com os altosinvestimentos 
feitos pelo governo português na região, já 
que por causa da produção aurífera, buscava-
se fazer de Minas, e principalmente de Vila 
Rica, a referência americana para a Europa. 
D) a decadência da produção açucareira no 
Nordeste e a descoberta do ouro em Minas 
levaram os principais artistas da Colônia a 
migrarem para Vila Rica, em busca de 
financiamento para suas obras e apoio para 
novos empreendimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 QUESTÃO 03 
(Ufg 2013) 
 
O Barroco foi um estilo artístico predominante 
na Europa entre os séculos XVII e XVIII, 
alcançando a América Portuguesa. Esse estilo é 
representativo do trânsito cultural entre os 
continentes, pois 
 
A) incorporou à arquitetura religiosa os vitrais 
góticos, auxiliando a Igreja reformista na 
conversão das populações nativas ao 
protestantismo. 
B) implicou em uma adaptação das técnicas às 
condições da Colônia, utilizando como 
material a pedra-sabão em lugar do 
mármore. 
C) consolidou a pintura como modalidade 
artística na Colônia, disseminando escolas 
para o ensino dessa técnica nas cidades. 
D) privilegiou a proporcionalidade, a 
racionalidade e o equilíbrio, associando-se às 
características da empresa colonial. 
E) ampliou o horizonte temático dos artistas 
coloniais, enfatizando cenas do cotidiano que 
substituíram as cenas bíblicas renascentistas. 
 
QUESTÃO 04 
(Espcex Aman 2020) 
 
A industrialização da segunda metade do século 
XVIII, particularmente na Inglaterra, iniciou- se 
com a mecanização do setor têxtil, cuja 
produção tinha amplos mercados nas colônias 
inglesas. Qual tratado abriu as portas das 
colônias portuguesas para as manufaturas 
inglesas? 
 
A) Tratado de Utrecht, de 1713. 
B) Tratado de Methuen, de 1703. 
C) Tratado de Paris, de 1763. 
D) Tratado de Madri, de 1750. 
E) Tratado de Utrecht, de 1715. 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 05 
(Unesp 2020) 
 
Leia o soneto “VII”, de Cláudio Manuel da Costa, 
para responder à(s) questão(ões) a seguir. 
 
Onde estou? Este sítio desconheço: 
Quem fez tão diferente aquele prado? 
Tudo outra natureza tem tomado, 
E em contemplá-lo, tímido, esmoreço. 
 
Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço 
De estar a ela um dia reclinado; 
Ali em vale um monte está mudado: 
Quanto pode dos anos o progresso! 
 
Árvores aqui vi tão florescentes, 
Que faziam perpétua a primavera: 
Nem troncos vejo agora decadentes. 
 
Eu me engano: a região esta não era; 
Mas que venho a estranhar, se estão 
presentes 
Meus males, com que tudo degenera! 
 
(Cláudio Manuel da Costa. Obras, 2002.) 
 
Considerando o contexto histórico-
geográfico de produção do soneto, as 
transformações na paisagem assinaladas pelo 
eu lírico relacionam-se à seguinte atividade 
econômica: 
 
A) indústria. 
B) extrativismo vegetal. 
C) agricultura. 
D) extrativismo mineral. 
E) pecuária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
QUESTÃO 06 
(Unicamp 2019) 
 
Tanto que se viu a abundância do ouro que 
se tirava e a largueza com que se pagava tudo o 
que lá ia, logo se fizeram estalagens e logo 
começaram os mercadores a mandar às Minas 
Gerais o melhor que chega nos navios do Reino 
e de outras partes. De todas as partes do Brasil, 
se começou a enviar tudo o que dá a terra, com 
lucro não somente grande, mas excessivo. 
Daqui se seguiu, mandarem-se às Minas Gerais 
as boiadas de Paranaguá, e às do rio das Velhas, 
as boiadas dos campos da Bahia, e tudo o mais 
que os moradores imaginaram poderia 
apetecer-se de qualquer gênero de cousas 
naturais e industriais, adventícias e próprias. 
(Adaptado de André Antonil, Cultura e Opulência do 
Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia-Edusp, 1982, p. 169-171.) 
 
Sobre os efeitos da descoberta das grandes 
jazidas de metais e pedras preciosas no interior 
da América portuguesa na formação histórica 
do centro-sul do Brasil, é correto afirmar que: 
 
A) A demanda do mercado consumidor criado 
na zona mineradora permitiu a conexão entre 
diferentes partes da Colônia que até então 
eram pouco integradas. 
B) A partir da criação de rotas de comércio 
entre os campos do sul da Colônia e a região 
mineradora, Sorocaba e suas feiras perderam 
a relevância econômica adquirida no século 
XVII. 
C) O desenvolvimento socioeconômico da 
região das minas e do centro-sul levou a 
Coroa a deslocar a capital da Colônia de 
Salvador para Ouro Preto em 1763. 
D) Como o solo da região mineradora era 
infértil, durante todo o século XVIII sua 
população importava os produtos 
alimentares de Portugal ou de outras 
capitanias. 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 07 
(Ufms 2019) 
 
Compreendido como elemento constituinte da 
identidade de um povo, de caracterização de 
determinadas populações, além de atuar como 
registro da história e do costume de 
determinados grupos sociais, o patrimônio 
cultural enumera uma série de questões que 
devem ser consideradas para a preservação da 
história e da memória local. 
 
Analise as alternativas a seguir e assinale 
aquela que representa corretamente um 
patrimônio cultural brasileiro referente ao 
período colonial de nossa história. 
 
A) As obras de artes apresentadas na Semana de 
Arte Moderna, da década de 1920, mas que 
tinham como motivação a identidade 
brasileira. 
B) O complexo arquitetônico de Brasília, 
construído para representar a doma do 
interior do País e homenagear os primeiros 
colonizadores. 
C) As canções de samba do início do século XX, 
patrimônio imaterial brasileiro que retoma o 
cotidiano de escravos e representa parte da 
história de formação da sociedade brasileira. 
D) O complexo arquitetônico de igrejas em 
Minas Gerais, construídas durante o período 
da mineração e representativas desse ciclo 
econômico na história do Brasil. 
E) A floresta amazônica, patrimônio natural 
brasileiro que confirma o compromisso do 
Brasil em preservar a biodiversidade desse 
ecossistema tão importante para as futuras 
gerações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
QUESTÃO 08 
(Fatec 2019) 
Observe a imagem. 
 
 
 
A imagem retrata a festa em homenagem à 
santa padroeira da irmandade religiosa de 
Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, 
em Minas Gerais, no século XVIII. Segundo o 
historiador Caio Boch, “as irmandades foram a 
mais viva expressão social das Minas Gerais do 
século XVIII”. De modo geral, as irmandades são 
definidas como associações constituídas por 
religiosos leigos e fiéis de diferentes classes 
sociais que se dedicavam ao culto de um 
padroeiro. 
 
Na região das Minas Gerais, no século XVIII, 
essas associações se caracterizavam pela 
 
A) organização da vida social, construção de 
igrejas e de cemitérios, organização de 
festas, cuidados com os necessitados e 
formação profissional com o ensino dos 
ofícios mecânicos e das artes. 
B) organização da vida econômica, construção e 
manutenção de estradas, criação dos órgãos 
de fiscalização e cobrança de impostos, e 
administração dos seminários coloniais, 
responsáveis pela formação de novos padres. 
 
C) organização da vida política, construção de 
hospitais e de escolas de educação básica, 
administração do patrimônio do Vaticano no 
Brasil e organização de bazares e feiras para 
arrecadação de donativos para os 
necessitados. 
D) criação e fiscalização do cumprimento das 
leis referentes à moral e aos costumes dos 
moradores de Minas Gerais, celebração 
semanal do rito da missa e administração de 
sacramentos, como o batismo, o casamento 
e a extrema unção. 
E) criação dos órgãos de controle metropolitano 
sobre a população de escravos e libertos, 
regulamentação das práticas do Candomblé, 
construção de casas para os irmãos de baixa 
renda e desenvolvimento de sistemas de 
ensino religioso ecumênico. 
 
QUESTÃO 09 
(Uece 2019) 
 
Segundo nos informa Darcy Ribeiro (1995, 
p.194), em fins do século XVI, a colônia possuía 
3 cidades, a maior delas, Salvador, então sede 
do Governo Geral, contava com 
aproximadamente15 mil habitantes; no final do 
século XVII, salvador tinha em torno de 30 mil 
habitantes e Recife tinha 20 mil. Ao final do 
século XVIII, enquanto cidades centenárias 
como Salvador e Recife tinham por volta de 40 
mil e 25 mil habitantes, respectivamente, a 
jovem cidade de Vila Rica, hoje Ouro Preto, 
elevada à categoria de Vila somente em 1711, 
já possuía cerca de 30 mil habitantes. 
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: A formação e o 
sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, 
p. 194. 
 
O fenômeno demográfico do rápido 
crescimento populacional de Vila rica (Ouro 
Preto) no século XVIII é atribuído 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
A) ao processo de interiorização da colonização 
portuguesa no Brasil a partir da expansão da 
atividade pecuarista, por meio das correntes 
do sertão de dentro, oriunda da Bahia, e do 
sertão de fora originária de Pernambuco. 
B) à grande migração de colonos e de pessoas 
oriundas de Portugal para a região que hoje é 
Minas Gerais, em função das descobertas de 
jazidas de ouro e pedras preciosas, o que fez 
surgirem vários centros urbanos na área. 
C) ao estímulo ao desenvolvimento da colônia, 
promovido por Sebastião José de Carvalho e 
Melo, o marquês de Pombal, secretário de 
Estado do Reino, sob o reinado de D. José I, 
que incentivou a indústria e a educação no 
Brasil. 
D) à ocupação de vastos espaços do território 
da colônia por colonos espanhóis das regiões 
do Potosi e do Rio da Prata, quando ocorreu 
a União Ibérica (1580-1640), época em que 
reis hispânicos governaram o reino de 
Portugal. 
 
QUESTÃO 10 
(Fatec 2019) 
 
Potosi e Vila Rica foram duas cidades 
economicamente importantes das Américas 
espanhola e portuguesa, respectivamente, uma 
vez que, do entorno delas, foram extraídos 
metais preciosos. A acumulação desses e de 
outros metais, o controle da balança comercial 
e o monopólio do comércio colonial foram parte 
de uma política econômica que fortaleceu 
Estados europeus e garantiu o seu 
desenvolvimento econômico posterior. 
 
Assinale a alternativa que apresenta, 
corretamente, os metais extraídos do entorno 
dessas duas cidades coloniais e a política 
econômica à qual o texto se refere. 
 
 
Metais 
extraídos 
Política 
econômica 
A) 
Diamante e 
cobre 
Monetarismo 
B) 
Ouro e 
diamante 
Monetarismo 
C) 
Cobre e 
níquel 
Metalismo 
D) Prata e ouro Mercantilismo 
E) 
Níquel e 
prata 
Mercantilismo 
 
QUESTÃO 11 
(Fuvest 2018) 
 
A respeito dos espaços econômicos do açúcar e 
do ouro no Brasil colonial, é correto afirmar: 
 
A) A pecuária no sertão nordestino surgiu em 
resposta às demandas de transporte da 
economia mineradora. 
B) A produção açucareira estimulou a formação 
de uma rede urbana mais ampla do que a 
atividade aurífera. 
C) O custo relativo do frete dos metais 
preciosos viabilizou a interiorização da 
colonização portuguesa. 
D) A mão de obra escrava indígena foi mais 
empregada na exploração do ouro do que na 
produção de açúcar. 
E) Ambas as atividades produziram efeitos 
similares sobre a formação de um mercado 
interno colonial. 
 
QUESTÃO 12 
(Famema 2017) 
 
No Brasil Colonial, uma determinada atividade 
gerou maior articulação entre regiões distantes, 
ampliou a intervenção regulamentadora da 
metrópole e deu origem a uma sociedade 
diferenciada, caracterizada pela vida urbana, 
pelo aumento da mestiçagem e do número de 
alforrias e por uma notável produção cultural. 
 
Trata-se 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
A) da pecuária no sertão nordestino. 
B) das plantations de tabaco e algodão no 
Nordeste. 
C) da coleta de drogas do sertão na região 
amazônica. 
D) das missões jesuíticas no Sul. 
E) da extração de ouro nas Minas Gerais. 
 
QUESTÃO 13 
(Uece 2017) 
 
O início do Séc. XVIII marcou uma importante 
mudança no processo de colonização do Brasil 
pela metrópole portuguesa. A descoberta de 
jazidas de pedras e metais preciosos, no interior 
do território, promoveu interiorização do 
povoamento e diversas alterações na 
administração colonial. 
 
Sobre esse período, é correto afirmar que 
 
A) apesar de a capital da colônia permanecer no 
litoral, diversos núcleos urbanos surgiram nas 
regiões de exploração mineira tais como Vila 
Rica, Diamantina, Sabará e Mariana. 
B) a mais importante alteração administrativa 
foi a transferência da capital da colônia, de 
Salvador, na Bahia, para Ouro Preto, em 
Minas Gerais. 
C) a cobrança de impostos sobre a mineração, 
como o “quinto”, praticada pela Intendência 
das Minas, era tolerada pois todos os 
recursos eram usados na educação e na 
saúde pública e gratuita para os colonos. 
D) na atividade mineradora, o uso de trabalho 
escravo, muito amplo na economia 
açucareira, era quase inexistente, 
sobressaindo-se o trabalho livre de 
imigrantes europeus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 14 
(Famerp 2017) 
 
A descoberta de ouro, no Brasil do século XVII, 
provocou, entre outros, 
 
A) a formação de núcleos populacionais no 
interior da colônia e o pagamento, por 
Portugal, de parte das dívidas com a 
Inglaterra. 
B) o fim da economia agrícola monocultora e a 
clara diferenciação em relação às áreas de 
colonização espanhola na América. 
C) o início do extrativismo na colônia e a 
exploração dos metais nobres brasileiros por 
multinacionais inglesas e norte-americanas. 
D) o desenvolvimento de ampla produção 
agrícola na região das Minas e a 
autossuficiência alimentar das áreas 
mineradoras. 
E) a implantação de vasta rede de transportes 
na região das Minas e o rápido escoamento 
do ouro na direção dos portos do Nordeste. 
 
QUESTÃO 15 
(G1 – cps 2017) 
 
Segundo a historiadora Laura de Mello e Souza, 
um dos principais divertimentos da população 
escravizada ou livre e pobre que vivia nas zonas 
de mineração eram as festas e procissões 
religiosas, celebradas com a ostentação típica 
dos tempos do barroco. Mais do que 
celebrações religiosas, estes eventos deixavam 
de lado momentaneamente a pobreza existente 
naquela época e demonstravam, entre outras 
coisas, aquilo que aquela sociedade gostaria de 
ser. Em uma dessas festas, de origem africana, 
um casal era coroado e reverenciado, como se 
vê na imagem. 
 
 
 
 
 
 
39 
 
Sobre o ato representado na imagem, é 
correto afirmar que se trata 
 
A) do Maracatu, que com a sua corte desfilava 
nas ruas das cidades de mineradores, 
celebrando a prosperidade que caracterizava 
toda aquela sociedade. 
B) do Carnaval, cujo rei Momo e rainha vinham 
em cavalos e carruagens enfeitadas, 
acompanhados por negros e brancos sem 
distinção. 
C) da Congada, que acontecia junto às festas 
católicas, com tambores e outros 
instrumentos, e saudava rei e rainha do 
Congo. 
D) da Festa do Bonfim, quando as escadarias das 
igrejas eram lavadas e perfumadas por um 
grande conjunto de pessoas. 
E) da Folia de Reis, que ocorria semanas antes 
do Natal, em que todos compareciam 
descalços e em silêncio. 
 
QUESTÃO 16 
(ENEM PPL 2015) 
Síntese entre erudito e popular 
Na região mineira, a separação entre cultura 
popular (as artes mecânicas) e erudita (as artes 
liberais) é marcada pela elite colonial, que tem 
como exemplo os valores europeus, e o grupo 
popular, formado pela fusão de várias culturas: 
portugueses aventureiros ou degredados, 
negros e índios. Aleijadinho, unindo as 
sofisticações da arte erudita ao entendimento 
do artífice popular, consegue fazer essa síntese 
característica deste momento único na história 
da arte brasileira: o barroco colonial. 
MAJORA, C. BrHistória, n. 3, mar. 2007 (adaptado). 
No século XVII, a arte brasileira, mais 
especificamente a de Minas Gerais, 
apresentava a valorização da técnica e um estilo 
próprio, incluindo a escolha dos materiais. 
Artistas como Aleijadinho e Mestre Ataíde têm 
suas obras caracterizadas por peculiaridades 
que são identificadas por meio 
 
A) do emprego de materiais oriundos da Europae da interpretação realista dos objetos 
representados. 
B) do uso de recursos materiais disponíveis no 
local e da interpretação formal com 
características próprias. 
C) da utilização de recursos materiais vindos da 
Europa e da homogeneização e linearidade 
representacional. 
D) da observação e da cópia detalhada do 
objeto representado e do emprego de 
materiais disponíveis na região. 
E) da utilização de materiais disponíveis no 
Brasil e da interpretação idealizada e linear 
dos objetos representados. 
 
QUESTÃO 17 
(Unesp 2014) 
 
A efervescência que conheceram nas Minas 
[Gerais, do século XVIII] as artes e as letras 
também teve feição peculiar. Pela primeira vez 
na Colônia buscava-se solução própria para a 
expressão artística. 
(Laura Vergueiro. Opulência e miséria das Minas 
Gerais, 1983.) 
 
São exemplos do que o texto afirma: 
 
A) a pintura e a escultura renascentistas. 
B) a poesia e a pintura românticas. 
C) a arquitetura barroca e a poesia árcade. 
D) a literatura de viagem e a arquitetura gótica. 
E) a música romântica e o teatro barroco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
QUESTÃO 18 
(Famerp 2020) 
 
A camada intermediária abrangia, nas Minas, 
indivíduos entregues a uma gama variada de 
atividades profissionais. Creio ser possível 
arriscar a hipótese de que poucos viviam com 
certo conforto e despreocupação, a grande 
maioria sendo constituída pelos que tinham de 
lutar diariamente pela subsistência, numa 
capitania inteiramente voltada para a faina 
aurífera e para a mineração de diamantes. 
(Laura Vergueiro. Opulência e miséria das Minas 
Gerais, 1983.) 
 
Entre os membros do grupo social 
apresentado no texto, viviam nas Minas Gerais 
do século XVIII: 
 
A) pecuaristas, alfaiates e escravos. 
B) vendeiros, bandeirantes e grandes 
produtores rurais. 
C) pintores, altos dignitários da Igreja e 
prostitutas. 
D) tropeiros, contratadores de diamante e 
romeiros. 
E) carpinteiros, padres e faiscadores. 
 
QUESTÃO 19 
(ENEM 2019) 
 
A partir da segunda metade do século XVIII, o 
número de escravos recém-chegados cresce no 
Rio e se estabiliza na Bahia. Nenhum lugar 
servia tão bem à recepção de escravos quanto 
o Rio de Janeiro. 
FRANÇA, R. O tamanho real da escravidão. O Globo, 5 
abr. 2015 (adaptado). 
 
Na matéria, o jornalista informa uma 
mudança na dinâmica do tráfico atlântico que 
está relacionada à seguinte atividade: 
 
A) Coleta de drogas do sertão. 
B) Extração de metais preciosos. 
C) Adoção da pecuária extensiva. 
D) Retirada de madeira do litoral. 
E) Exploração da lavoura de tabaco. 
 
QUESTÃO 20 
(Ufms 2019) 
 
Quando pensamos na diversidade de paisagens, 
associada à extensão territorial e às formas 
como foram povoadas as diversas regiões do 
Brasil, retomamos a ideia de que o País assume 
dimensões continentais. Além da vastidão do 
território, é importante lembrar que o Brasil 
também possui uma história riquíssima e que 
cada região foi marcada por uma atividade 
econômica ao longo do período de ocupação 
pós-1500. Assim, assinale a alternativa que 
associa corretamente: a região do país, a 
atividade econômica que historicamente foi 
praticada na região, o período em que obteve 
maior êxito e qual foi a matriz da mão de obra 
utilizada. 
 
A) Região Nordeste; mineração; período 
imperial; trabalho assalariado. 
B) Região Sul; lavoura açucareira; período 
colonial; trabalho escravo. 
C) Região Norte; produção de algodão; período 
imperial; trabalho indígena. 
D) Região Centro-Oeste; mineração; período 
republicano; trabalho assalariado. 
E) Região Sudeste; mineração; período colonial; 
trabalho escravo. 
 
QUESTÃO 21 
(ENEM Libras 2017) 
 
Todos os anos, multidões de portugueses e de 
estrangeiros saem nas frotas para ir às minas. 
Das cidades, vilas, plantações e do interior do 
Brasil vêm brancos, mestiços e negros 
juntamente com muitos ameríndios 
contratados pelos paulistas. A mistura é de 
pessoas de todos os tipos e condições; homens 
e mulheres; moços e velhos; pobres e ricos; 
fidalgos e povo; leigos, clérigos e religiosos de 
diferentes ordens, muitos dos quais não têm 
casa nem convento no Brasil. 
BOXER, C. O império marítimo português: 1435-1825. 
São Paulo: Cia. das Letras, 2002. 
 
A qual aspecto da vida no Brasil colonial o 
autor se refere? 
 
 
 
 
 
 
41 
A) À imposição de um credo exclusivo. 
B) À alteração dos fluxos populacionais. 
C) À fragilização do poder da Metrópole. 
D) Ao desregramento da ordem social. 
E) Ao antilusitanismo das camadas populares. 
 
QUESTÃO 22 
(Unesp 2017) 
 
Em meados do século o negócio dos metais não 
ocuparia senão o terço, ou bem menos, da 
população. O grosso dessa gente compõe-se de 
mercadores de tenda aberta, oficiais dos mais 
variados ofícios, boticários, prestamistas, 
estalajadeiros, taberneiros, advogados, 
médicos, cirurgiões-barbeiros, burocratas, 
clérigos, mestres-escolas, tropeiros, soldados 
da milícia paga. Sem falar nos escravos, cujo 
total, segundo os documentos da época, 
ascendia a mais de cem mil. A necessidade de 
abastecer-se toda essa gente provocava a 
formação de grandes currais; a própria lavoura 
ganhava alento novo. 
(Sérgio Buarque de Holanda. “Metais e pedras 
preciosas”. História geral da civilização brasileira, vol. 2, 
1960. Adaptado.) 
 
De acordo com o excerto, é correto concluir 
que a extração de metais preciosos em Minas 
Gerais no século XVIII 
 
A) impediu o domínio do governo 
metropolitano nas áreas de extração e 
favoreceu a independência colonial. 
B) bloqueou a possibilidade de ascensão social 
na colônia e forçou a alta dos preços dos 
instrumentos de mineração. 
C) provocou um processo de urbanização e 
articulou a economia colonial em torno da 
mineração. 
D) extinguiu a economia colonial 
agroexportadora e incorporou a população 
litorânea economicamente ativa. 
E) restringiu a divisão da sociedade em 
senhores e Escravos e limitou a diversidade 
cultural da colônia. 
 
 
 
 
QUESTÃO 23 
(Ufsm 2015) 
 
 
 
A igreja de São Francisco (foto), construída 
em Ouro Preto no século XVIII, é um marco do 
barroco e da arquitetura brasileira. O contexto 
histórico que explica a realização dessa obra é 
criado pelo(a) 
 
A) crise do sistema colonial e eclosão das 
revoltas regenciais. 
B) deslocamento do centro administrativo da 
Colônia para a cidade de Ouro Preto. 
C) exploração econômica das minas de ouro e 
consolidação da agricultura canavieira. 
D) ciclo da mineração e decorrente 
diversificação do sistema produtivo. 
E) distanciamento em relação a autoridade 
colonial e consequente maior liberdade de 
expressão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
QUESTÃO 24 
(G1 - cps 2015) 
 
Há caminhos e cidades brasileiras que nasceram 
a partir de rotas comerciais ou de exploração do 
território, que homens percorreram por rios, 
por terra e por mar, perfazendo longas 
distâncias de diversas formas, muitas vezes se 
aproveitando de caminhos já utilizados pelos 
povos indígenas. 
Uma dessas rotas ligava, entre os séculos 
XVIII e XIX, Viamão, no atual Rio Grande do Sul, 
a Sorocaba, no atual estado de São Paulo, 
formando, ao longo do trajeto, povoados a 
partir dos pousos – locais de descanso. 
 
Assinale a alternativa que corresponde 
corretamente aos agentes e ao movimento 
referido. 
 
A) Cavaleiros transportando mercadorias do 
Pantanal. 
B) Bandeirantes à procura de índios, ouro e 
pedras preciosas. 
C) Tropeiros, com mulas, cavalos e bois, 
transportando mercadorias. 
D) Viajantes em cavalos e mulas, para 
transportar ouro e pedras preciosas. 
E) Navegantes em pequenas embarcações, para 
explorar a costa do sul do Brasil. 
 
 RESOLUÇÕES 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[B] 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
Geografia] 
Nos “caminhos de Minas Gerais à Bahia”, as 
unidades geomorfológicas (relevo)que mais se 
destacam são a Depressão Sertaneja e do São 
Francisco (incluindo o vale do rio São Francisco 
– MG/BA) e os Planaltos e Serras de Leste-
Sudeste (incluindo a Serra do Espinhaço – MG). 
Na região planáltica do Espinhaço, localizam-se 
as cidades históricas mineiras que se originaram 
com o ciclo da mineração (ouro) no século XVIII. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
História] 
O Rio São Francisco está associado à 
expansão da pecuária, atividade considerada 
secundária e complementar. As atividades mais 
importantes do período colonial, como a cana 
de açúcar, algodão e cacau não dependeram do 
rio para transporte ou irrigação. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[A] 
 
O estilo barroco no Brasil é considerado 
como um “barroco tardio”, pois se desenvolveu 
apenas no século XVIII (ao contrário do 
movimento na Europa do século XVI). Uma de 
suas características é a expressão da 
religiosidade, parte dela demonstrada a partir 
da escultura ou da pintura de santos e de cenas 
religiosas tradicionais que, na Europa, tiveram 
como um de seus objetivos reforçar o 
catolicismo em oposição à reforma religiosa 
protestante. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[B] 
 
Quando trazido para a colônia, o Barroco, 
assim como outros movimentos artísticos, 
precisou passar por um processo de adaptação, 
uma vez que colônias e metrópoles eram 
bastante diferentes em termos de 
desenvolvimento e estrutura. 
No caso do Barroco, especificamente, não só 
a utilização dos materiais teve que ser adaptada 
(substituição do mármore pela pedra-sabão), 
bem como a mão de obra artística (aqui, negros 
trabalhavam o Barroco) e a sofisticação das 
obras (usava-se muito mais ouro e dourado na 
Europa). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[B] 
 
Com a descoberta de ouro na região de 
Minas Gerais em 1696, a Inglaterra teve acesso 
a essa informação e, através do Tratado de 
Methuen de 1703, procurou canalizar esses 
metais preciosos para a Inglaterra o que 
contribuiu para a Revolução Industrial. Pelo 
tratado de Methuen conhecido como Panos e 
Vinhos, Portugal exportava vinho para a 
Inglaterra e importava tecidos, porém os 
tecidos eram mais caros gerando um deficit 
para Portugal que era amenizado com o ouro 
brasileiro que acabava chegando na Inglaterra. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[D] 
 
A partir do autor e de sua corrente literária, 
o arcadismo, conseguimos datar sua produção: 
o século XVIII. Em tal período, o Brasil vivia o 
ciclo do ouro, que acabou por causar as 
transformações citadas por Cláudio Manuel da 
Costa na região das Minas Gerais. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[A] 
 
A integração entre diferentes regiões foi 
uma das principais consequências do Ciclo do 
Ouro no Brasil Colonial. Tal integração era 
proporcionada pela necessidade de abastecer o 
mercado consumidor existente na região das 
minas. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[D] 
 
A economia mineradora do século XVIII 
gerou grandes transformações na colônia, tais 
como, a mudança do eixo econômico do 
Nordeste para o Sudeste, transferência da 
capital de Salvador para o Rio de Janeiro, 
esboçou um mercado interno, integrou as 
regiões, surgiu uma camada social 
intermediária, surgiram cidades e com elas um 
ambiente artístico e cultural. Inúmeras igrejas 
foram construídas caracterizando o barroco 
mineiro. A movimentação econômica estimulou 
a arte e a cultura, o catolicismo popular 
propiciou a formação das irmandades leigas. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[A] 
 
No século XVIII, contexto da mineração no 
Brasil, Minas Gerais passava por grandes 
transformações econômicas e sociais. Surgiram 
inúmeras “Irmandades” religiosas responsáveis 
pela organização da vida social. Durante a Idade 
Média existiam as irmandades na Europa. A 
corrida do ouro em Minas Gerais no século 
XVIII, gerou um grande crescimento 
populacional, daí o surgimento das irmandades 
formadas por religiosos leigos de diferentes 
classes sociais para organizar a vida social. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[B] 
 
No século XVIII, ocorreram diversas 
transformações no Brasil colonial devido a 
mineração, entre elas, a mudança da capital de 
Salvador para a cidade do Rio de Janeiro, a 
transferência do eixo econômico do Nordeste 
para o centro da colônia, a interiorização da 
colonização portuguesa, o surgimento de uma 
camada intermediária, o crescimento 
demográfico em função do intenso fluxo de 
pessoas que deslocavam da metrópole para a 
colônia. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[D] 
 
Sob a vigência do Mercantilismo, a política 
econômica do Absolutismo, que pregava a 
importância do metalismo e da balança 
comercial favorável, Potosí e Vila Rica foram, 
respectivamente, os grandes centros auríferos 
da América Espanhola e da América Portuguesa. 
Em ambas as cidades havia a extração de ouro 
e prata. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[C] 
 
Uma das principais características e 
consequências do Ciclo do Ouro no Brasil 
Colonial foi a intensa interiorização da 
colonização, uma vez que as minas de ouro se 
encontravam no interior da Colônia, em 
especial em Minas Gerais. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[E] 
 
Diferente da sociedade açucareira dos séculos 
XVI e XVII, a sociedade mineradora do século 
XVIII, no centro do Brasil, contribuiu para 
integrar as regiões esboçando um mercado 
interno, surgiram cidades e com elas 
desenvolveram diversas manifestações 
artísticas e culturais, também foi surgindo uma 
camada intermediária que realizava diversas 
atividades econômicas. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[A] 
 
O ciclo do ouro promoveu diversas 
mudanças na vida colonial brasileira, dentre 
elas a interiorização (uma vez que o ouro foi 
achado no interior do território colonial) e a 
integração entre interior e litoral (devido à 
necessidade de escoamento do ouro 
encontrado). 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[A] 
 
No final do século XVII foi encontrado muito 
ouro na região das Minas Gerais provocando 
inúmeras transformações na sociedade 
colonial. Gerou um crescimento demográfico, 
surgiu uma camada intermediária, 
desenvolveram-se povoados, eclodiu um 
ambiente propício para as artes e a cultura. Boa 
parte deste ouro foi para Portugal e que, por 
sua vez, possuía dívidas com a Inglaterra e 
pagava em metais preciosos. 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[C] 
 
A congada é um tipo de representação 
dramática e musical, de influência africana, 
praticada desde o Brasil colonial, na qual é 
simulada a coroação de um rei do Congo, 
podendo ser feita, também, a coroação de uma 
rainha. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 16: 
[B] 
 
A arte popular no Brasil colonial tem algumas 
características próprias, dentre as quais a 
adaptação aos recursos disponíveis nas vilas 
coloniais brasileiras. Sendo assim, o uso de 
materiais disponíveis e a interpretação própria 
dos fatos da vida colonial cotidiana foram 
marcas dos artistas populares. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 17: 
[C] 
 
A mineração que caracterizou o Brasil ao longo 
do século XVIII trouxe inúmeras transformações 
para o Brasil Colonial, entre elas: transferência 
da capital de Salvador para o Rio de Janeiro, 
mudança do eixo econômico do nordeste para 
o sudeste, esboçou-se um mercado interno 
contribuindo para integrar as regiões, 
sociedade com um aspecto mais urbano com o 
surgimento de cidades, surgiu uma “cultura 
brasileira” caracterizada pela Arte Barroca e 
pelo Arcadismo na Literatura. As demais 
alternativas estão incorretas. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 18: 
[E] 
 
O texto da historiadora Laura Vergueiro faz 
referência as transformações econômicas e 
sociais ocorridas no Brasil do século XVIII, 
associadas ao contexto da mineração. Entre as 
principais mudanças estão a transferência do 
eixo econômico do Nordeste para o centro da 
colônia, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se a 
 
 
 
 
 
 
45 
nova capital, esboçou-se um mercado interno, 
surgiram diversas cidades, desenvolveu um 
ambiente artísticoe cultural, ocorreu um forte 
crescimento demográfico surgindo uma camada 
intermediária composta profissionais liberais, 
mineradores, carpinteiros, faiscadores, padres, 
etc. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 19: 
[B] 
 
Questão respondida pela temporalidade. No 
século XVIII, o Brasil vivia o Ciclo do Ouro, que 
forçou o deslocamento de mão de obra escrava 
do Nordeste para o Sudeste. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 20: 
[E] 
 
A mineração não foi no Nordeste, não 
prevaleceu trabalho assalariado e não ocorreu 
no Brasil imperial. A lavoura canavieira não foi 
na região Sul. A questão contempla três 
elementos importantes: região, atividade 
econômica e mão de obra utilizada. Assim, 
somente a alternativa [E] está correta. De fato 
foi na região Sudeste que ocorreu a mineração, 
com utilização do trabalho escravo, no século 
XVIII, contexto colonial. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 21: 
[B] 
 
O texto apresenta uma das características do 
Ciclo do Ouro no Brasil Colonial: o fluxo 
migratório para a região das minas e o 
consequente aumento populacional na região 
sudeste da Colônia. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 22: 
[C] 
 
Como destaca Sérgio Buarque de Holanda, a 
extração de ouro não ocupava nem 1 3 da 
população que vivia nas minas. Segundo o 
autor, a maior parte da população colonial 
exercia as mais variadas funções – como 
mercadores, médicos, clérigos e escravos – e 
essa população exigia uma infraestrutura que a 
Colônia teve que suprir – baseada na 
urbanização e no abastecimento alimentício na 
região das minas. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 23: 
[D] 
 
O ciclo da mineração expandiu a Colônia em 
direção ao interior e aumentou 
consideravelmente o número de habitantes das 
Minas Gerais, o que propiciou um 
desenvolvimento econômico, social e cultural 
nessa região. A difusão do Barroco é 
característica desse desenvolvimento. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 24: 
[C] 
 
A questão faz referência ao Tropeirismo e ao 
caminho de Viamão. Quando se descobriu ouro 
na região das Minas Gerais no final do século 
XVII, em 1696 na cidade de Mariana, a 
economia brasileira foi se deslocando do 
Nordeste para o Centro da colônia. Esboçou-se 
um mercado interno que contribuiu para 
integrar as regiões brasileiras. Surgiram 
diversos caminhos importantes para levar 
pessoas e mercadorias para as Minas Gerais, 
entre eles, o caminho de Viamão que ligava o 
Rio Grande do Sul até Sorocaba em São Paulo. 
Era o caminho das tropas, o Tropeirismo, no 
qual cavalos, bois e mulas transportavam 
mercadorias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
HISTÓRIA DO BRASIL – COLÔNIA: SOCIEDADE 
COLONIAL 
QUESTÃO 01 
(Ufrgs 2018) 
Observe o mapa abaixo. 
 
 
 
Considere as seguintes afirmações sobre a 
origem dos grupos étnicos africanos 
escravizados, trazidos para o Brasil entre os 
séculos XV e XIX. 
 
I. A maior parte dos grupos étnicos são oriundos 
do norte da África. 
II. As principais áreas de saída de africanos 
foram os atuais territórios de Moçambique e 
Angola. 
III. Os grupos étnicos africanos escravizados, 
levados ao nordeste, vêm do leste da África, 
e aqueles levados para o sudeste e o sul são 
oriundos da África ocidental. 
 
Quais estão corretas? 
 
A) Apenas I. 
B) Apenas II. 
C) Apenas III. 
D) Apenas II e III. 
E) I, II e III. 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 02 
(Ufpr 2018) 
Leia o texto abaixo: 
 
[...] O quilombo aparecia onde quer que a 
escravidão surgisse. Não era simples 
manifestação tópica. Muitas vezes, surpreende 
pela capacidade de organização, pela 
resistência que oferece; destruído parcialmente 
dezenas de vezes e novamente aparecendo, em 
outros locais, plantando a sua roça, 
constituindo suas casas, reorganizando a sua 
vida social e estabelecendo novos sistemas de 
defesa. O quilombo não foi, portanto, apenas 
um fenômeno esporádico. Constituía-se em 
fato normal dentro da sociedade escravista. Era 
reação organizada de combate a uma forma de 
trabalho contra a qual se voltava o próprio 
sujeito que a sustentava. 
(MOURA, Clóvis. Rebeliões da Senzala. Editora 
Conquista, Rio de Janeiro, 1972, p. 87.) 
A respeito da história dos quilombos no 
Brasil, considere as seguintes afirmativas: 
 
1. Foi uma forma de organização dos escravos 
libertos, que não encontraram lugar na 
sociedade brasileira pós-abolição. 
2. O quilombo marcou sua presença durante 
todo o período escravista, existindo 
praticamente em toda a extensão do 
território nacional. 
3. Sua estrutura social respondia a uma lógica 
particularmente militar, que visava 
desestabilizar a estrutura social dos senhores 
de escravos. 
4. A quilombolagem se constituiu na unidade 
básica de resistência, fruto das contradições 
estruturais do sistema escravista, e sua 
dinâmica refletia a negação desse sistema. 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
A) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. 
B) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. 
C) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras. 
D) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são 
verdadeiras. 
E) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são 
verdadeiras. 
 
 
 
 
 
 
47 
 QUESTÃO 03 
(Enem 2017) 
 
 
 
A fotografia, datada de 1860, é um indício da 
cultura escravista no Brasil, ao expressar a 
 
A) ambiguidade do trabalho doméstico exercido 
pela ama de leite, desenvolvendo uma 
relação de proximidade e subordinação em 
relação aos senhores. 
B) integração dos escravos aos valores das 
classes médias, cultivando a família como 
pilar da sociedade imperial. 
C) melhoria das condições de vida dos escravos 
observada pela roupa luxuosa, associando o 
trabalho doméstico a privilégios para os 
cativos. 
D) esfera da vida privada, centralizando a figura 
feminina para afirmar o trabalho da mulher 
na educação letrada dos infantes. 
E) distinção étnica entre senhores e escravos, 
demarcando a convivência entre estratos 
sociais como meio para superar a 
mestiçagem. 
 
 
 
 
QUESTÃO 04 
(Ufrgs 2020) 
Leia o seguinte texto a respeito das disputas 
fronteiriças entre as coroas ibéricas no sul do 
continente americano, ao longo do século XVIII, 
e o protagonismo indígena no contexto de tais 
disputas. 
Durante um período de conflito agudo nas 
reduções, em meados do século XVIII, os 
Guarani escreveram intensamente, os 
documentos produzidos por eles permitem 
repensar as relações estabelecidas com o 
território missioneiro e, especialmente, suas 
formas de ação política. Esse conjunto de 
documentos indica uma discussão pouco 
referida pela historiografia dedicada ao tema, 
ou seja, a existência da defesa por escrito de um 
direito a resistir a uma ordem real injusta dos 
Guarani em redução [...]. A disputa pelas 
fronteiras na América do Sul, resultado da 
rivalidade entre as duas monarquias ibéricas, 
esteve caracterizada por uma ativa participação 
dos agentes locais. Diante das implicações 
dessa permuta, a elite indígena procurou 
estabelecer negociações que lhe garantissem o 
controle das terras orientais. 
NEUMANN, Eduardo Santos; BOIDIN, Capucine. A 
escrita política e o pensamento dos Guarani em tempos 
de autogoverno (c.1753). Revista Brasileira de História, 
v. 37, n. 75, 2017, p. 98. 
Em relação a essas disputas, é correto 
afirmar que 
 
A) a escrita serviu como importante fator de 
resistência e de negociação dos interesses 
indígenas e de mediação com os 
colonizadores europeus. 
B) as rivalidades entre Portugal e Espanha, pelo 
controle das terras na região das Missões, 
desconsiderou a participação dos indígenas. 
C) a historiografia sempre se referiu ao papel 
desempenhado pelas lideranças indígenas 
como parte da elite letrada na América do 
Sul. 
D) os conflitos pela definição das fronteiras 
garantiram a completa submissão das 
populações indígenas às reduções jesuíticas. 
E) as sociedades guaranis tinham o costume de 
resistir às ordens reais emitidas por escrito 
pelas coroas ibéricas. 
 
 
 
 
 
 
 
48 
QUESTÃO 05 
(G1 - cftrj2020) 
Os africanos foram trazidos do chamado 
continente negro para o Brasil em um fluxo de 
intensidade variável. Os cálculos sobre o 
número de pessoas transportadas como 
escravos variam muito. Estima-se que, entre 
1550 e 1855, entraram pelos portos brasileiros 
4 milhões de escravos, na sua grande maioria 
jovens do sexo masculino. 
(FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Ed. da 
Universidade de São Paulo, 1995. p. 51.) 
 
Entre as razões que justificavam o tráfico 
negreiro estava: 
 
A) O desejo do colonizador em proteger o índio 
do trabalho escravo trazendo o Africano para 
substituí-lo. 
B) Permitir a livre concorrência entre 
trabalhadores indígenas e africanos para 
baratear a mão de obra. 
C) Possibilitar maior dinamismo comercial entre 
as colónias e os países europeus. 
D) A lógica de funcionamento da prática 
mercantilista, onde o tráfico ultramarino de 
escravos era um negócio relevante tanto para 
os comerciantes metropolitanos como para a 
coroa. 
 
QUESTÃO 06 
(Ufms 2020) 
A astúcia portuguesa relativa ao processo de 
conquista de sua parcela do território 
americano é relatada em diversas obras da 
historiografia brasileira e mundial. Este 
protocolo de integração portuguesa com outros 
povos pode ser notado, por exemplo, no trecho 
a seguir, de autoria de Jessé Souza. 
“O português entra em contato com o 
elemento nativo e o adventício, formando, em 
contraposição ao colonizador anglo-saxão, por 
exemplo, uma nova ligadura, um novo produto 
social e cultural. Por outro lado, o elemento 
português permanece, malgrado todos estes 
contatos, sempre igual a si mesmo. O português 
é ele e o outro ao mesmo tempo. Ele é plástico 
por já possuir dentro de si todos os opostos. 
Essa espantosa qualidade cultural permite que, 
ao encontrar alguma alteridade fora dele, o 
português possa lançar mão de características 
assemelhadas à esse alter na sua própria 
personalidade, que possibilita interpenetração 
cultural sem perda da sua substância original.” 
(Fonte: SOUZA, Jessé. Subcidadania brasileira: para 
entender o país além do jeitinho brasileiro. 
 
Deste modo, e de acordo com seus 
conhecimentos, assinale a resposta correta que 
corresponde ao ápice deste processo sócio-
histórico. 
 
A) O legado português na formação da sociedade 
brasileira pode ser notado na manifestação do 
idioma, na religiosidade, na organização social e, 
principalmente, no que o difere dos demais 
modelos colonizadores, na integração com 
diferentes culturas, como a africana e a indígena, 
por exemplo. 
B) A herança cultural portuguesa é predominante na 
formação da sociedade brasileira, sendo que os 
aspectos culturais adventícios são pouco notáveis 
ou quase imperceptíveis quando levamos em 
consideração a real situação do Brasil em 
comparação com os demais países sul-
americanos. 
C) A habilidade social portuguesa pode ser notada, 
principalmente, em regiões fronteiras limítrofes, 
quando o elemento português precisou se 
associar ao elemento nativo indígena, e nas 
regiões produtivas canavieiras como o Nordeste, 
quando foi imprescindível contar com o suporte 
da mão de obra africana, já que nas demais 
regiões do País o que se percebe é a 
predominância do elemento cultural branco 
europeu em detrimento das demais culturas. 
D) A conquista da América portuguesa ocorre 
quando o português forja sua integração social 
por meio da exploração de africanos escravizados 
e de nativos indígenas, no momento em que eles 
eram úteis unicamente como fonte de mão de 
obra para a manutenção do sistema colonial, 
visando a acumular recursos para a Coroa 
portuguesa. 
E) Ao chegar ao Brasil, o colonizador português 
permanece isento no processo de miscigenação 
para o surgimento da sociedade brasileira, ao 
contrário de outras culturas e sociedades 
(africanos e nações indígenas) que precisam se 
reorganizar e se moldar para que possam 
continuar presentes enquanto elementos 
formativos do povo brasileiro. 
 
 
 
 
 
 
49 
QUESTÃO 07 
(G1 – cftrj 2020) 
"A religião aparece desde o início como o 
discurso legitimador da expansão que era vista, 
assim como a conquista espiritual; é junto ao 
papado que os reinos ibéricos, pioneiros da 
colonização e expansão, buscam autoridade 
para dirimir as disputas pela partilha dos 
mundos a descobrir e, a partir daí, a legitimação 
da conquista pela catequese" 
(NOVAIS, Fernando A. In SOUZA, Laura de Mello. 
História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada 
na América portuguesa) 
O papel da Igreja Católica foi preponderante 
na colonização portuguesa no Brasil. Entre as 
opções abaixo aponte aquela que representa 
uma ação da igreja católica durante todo o 
período colonial que esteja presente no texto 
citado. 
 
A) A fundação das missões jesuítas com o 
objetivo de catequizar os índios. 
B) A criação do Conselho ultramarino pelo 
papado. 
C) Adoção do Calvinismo como princípio 
regulador da ação dos jesuítas. 
D) A elaboração de justificativas teológicas que 
condenavam a escravidão africana e o tráfico 
negreiro. 
 
QUESTÃO 08 
(Espcex Aman 2020) 
Na segunda metade do século XVIII, durante a 
administração do marquês de Pombal (1750 a 
1777), foram adotadas medidas que 
objetivavam tornar mais ágil e eficiente a 
administração da colônia portuguesa do Brasil, 
dentre as quais se destaca: 
 
A) a elevação do Estado do Brasil à categoria de 
Reino Unido a Portugal e Algarve. 
B) o reconhecimento da importância das 
Regiões do Sul e Sudeste, em função do 
incremento do ciclo econômico do café. 
C) a transferência da capital do estado do Brasil, 
de Salvador para o Rio de Janeiro. 
D) o estado do Grão-Pará e Maranhão recebeu 
a denominação de estado do Maranhão. 
E) a restauração do sistema de Capitanias 
Hereditárias. 
QUESTÃO 09 
(Ufpr 2020) 
Aqui no Brasil tratou-se desde o início de 
aproveitar o índio, não apenas para obtenção 
dele, pelo tráfico mercantil, de produtos 
nativos, ou simplesmente como aliado, mas sim 
como elemento participante da colonização. Os 
colonos viam nele um trabalhador aproveitável; 
a metrópole, um povoador para a área imensa 
que tinha de ocupar, muito além de sua 
capacidade demográfica. Um terceiro fator 
entrará em jogo e vem complicar os dados do 
problema: as missões religiosas. 
(PRADO JÚNIOR, Caio. A formação do Brasil 
Contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 1963, p. 91.) 
Baseando-se no trecho acima sobre o 
trabalho indígena no Brasil Colônia, assinale a 
alternativa correta. 
 
A) Os indígenas serviram como um elemento 
ativo e fundamental na colonização da região 
Nordeste, enquanto na região Centro-Sul sua 
mão de obra foi utilizada de maneira escassa. 
B) Os jesuítas segregavam os indígenas em 
aldeias, para evitar a escravização da mão de 
obra nativa durante a colonização 
portuguesa. 
C) Os colonizadores espanhóis, ao contrário dos 
portugueses, não utilizaram a mão de obra 
indígena, constituindo uma sociedade 
baseada na colonização de povoamento. 
D) O tipo de trabalho executado pelos indígenas 
era bastante rudimentar, e a dependência da 
metrópole em relação a essa mão de obra 
provocou atraso econômico e cultural para a 
colônia brasileira. 
E) Com o início do tráfico de escravos africanos, 
a mão de obra indígena deixou de ser 
utilizada no processo de colonização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
QUESTÃO 10 
(Ufjf-pism 1 2019) 
 
Os textos abaixo tratam da relação entre índios 
e brancos em momentos distintos. O 
Documento 1 traz a memória contemporânea 
de um dos netos de mulheres indígenas que 
foram "pegas no laço", prática recorrente desde 
o período colonial até o início do século XX. O 
Documento 2 enfoca o conflito entre índios e 
colonizadores no sertão mineiro, no século 
XVIII. Leia atentamente: 
 
Documento 1: "Meu pai disse que meu avô 
contou que minha avó era muito linda e que 
olhou bem nos seus olhos antes de correr. Meu 
avô ficouenfeitiçado por ela. Imediatamente 
ele tirou o laço do lombo do cavalo em que 
estava montado e a laçou. Ela, no começo, 
esperneou, gritou, chamou pelos outros 
‘índios’, mas ninguém voltou, e meu avô a levou 
para casa e com ela teve nove filhos. Meu avô 
contou para meu pai que vovó era baixinha, 
tinha cabelos longos bem pretinhos e olhos 
puxadinhos. Ela ficava horas sentada na frente 
de casa penteando os cabelos e com os olhos 
perdidos no horizonte. Meu avô dizia que ela 
ficou a vida inteira aguardando que sua ‘tribo’ 
viesse resgatá-la. Nunca ninguém apareceu." 
(Texto adaptado. Disponível em: 
<https://bit.ly/2OQmemL>. Acesso em: 31 jul. 2018.) 
 
Documento 2: "O ápice da violência que 
colocou soldados e posseiros contra os índios 
no sertão mineiro aconteceu não no início da 
corrida do ouro, como se poderia imaginar, mas 
durante a segunda metade do século XVIII, na 
região oriental da capitania. Durante os séculos 
XVI e XVII, diversos grupos indígenas haviam se 
retirado para o interior, fugindo da colonização 
da costa. No século XVIII, a explosão da 
mineração provocou uma linha consolidada de 
construção de vilas e lugarejos coloniais a oeste 
desses grupos [...]. O resultado foi a criação de 
uma zona de refúgio nas florestas a leste da 
capitania. [...] A apropriação brusca da terra dos 
nativos do sertão do leste relativiza a alegação 
dos posseiros e dos oficiais da colônia de que os 
portugueses entraram na floresta virgem como 
mensageiros da civilização, forçados a usar a 
violência em autodefesa quando atacados pelos 
incorrigíveis ‘selvagens’." 
(RESENDE, Maria Leônia Chaves de; LANGFUR, Hal. 
Minas Gerais indígena: a resistência dos índios nos 
sertões e nas vilas de El-Rei. Tempo, Niterói, v. 12, n. 23, 
p. 5-22, 2007, p. 8.) 
 
Sobre este assunto, assinale a alternativa 
CORRETA: 
 
A) O contato entre índios e colonizadores foi 
marcado por uma relação de violência 
vinculada, quase sempre, aos avanços dos 
europeus contra grupos e territórios 
indígenas. 
B) De acordo com os documentos, no processo 
de consolidação do território colonial não 
sobrou espaço para os índios se refugiarem. 
C) Os documentos deixam claro como, na 
história brasileira, mulheres indígenas foram 
salvas pelos brancos que as sequestraram de 
suas tribos. 
D) Os índios aceitaram o processo de conquista, 
pois não podiam enfrentar os colonizadores, 
fossem eles soldados ou posseiros. 
E) Soldados e posseiros levavam o progresso 
para os índios e ajudavam para que estes 
conhecessem a religião e fossem convertidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
QUESTÃO 11 
(Ufsc 2019) 
 
Especialmente nos primeiros três séculos da 
História do Brasil, a base econômica centrou-se 
na produção de açúcar com mão de obra 
escrava. Em relação à escravidão no Brasil, é 
correto afirmar que: 
 
01) a maior parte dos escravos trazidos ao Brasil 
era oriunda da África Subsaariana. 
02) considerando-se as más condições de 
trabalho às quais os escravos eram 
submetidos, não lhes foi permitido nem lhes 
era possível qualquer manifestação cultural 
de origem africana, razão pela qual se 
verifica grande pobreza na cultura afro-
brasileira. 
04) o comércio de escravos foi uma atividade 
econômica praticada no continente 
americano apenas por portugueses e 
espanhóis, o que tornou Portugal e Espanha 
potências escravistas. 
08) a maior parte dos escravos trazidos ao Brasil 
já conhecia técnicas de agricultura tropical, 
bem como ferramentas agrícolas. 
16) o termo “negros da terra” era usado para 
designar os indígenas do Brasil, no entanto 
eles não foram utilizados como escravos 
porque nunca se submeteram à escravidão. 
32) em meados do século XIX, em função da 
baixa rentabilidade nas fazendas de café, os 
grandes proprietários optaram pela mão de 
obra baseada em imigrantes europeus, o 
que interrompeu o comércio de escravos no 
Brasil. 
 
QUESTÃO 12 
(Uece 2019) 
Atente para o que disse o jesuíta André João 
Antonil sobre a escravidão no Brasil: 
“No Brasil, costumam dizer que para o 
escravo são necessários três PPP, a saber, pau, 
pão e pano. E, posto que comecem mal, 
principiando pelo castigo que é o pau, contudo, 
prouvera a Deus que tão abundante fosse o 
comer e o vestir como muitas vezes é o castigo, 
dado por qualquer causa pouco provada, ou 
levantada; e com instrumentos de muito 
rigor(...), de que se não usa com os brutos 
animais, fazendo algum senhor mais caso de um 
cavalo que de meia dúzia de escravos...” 
ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil. 
3. ed. Belo Horizonte: Itatiaia/Edusp, 1982, p. 37. 
(Coleção Reconquista do Brasil).Disponível em: 
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObr
aForm.do?select_action=&co_obra=1737 
Com base no trecho acima e no que se sabe 
sobre o sistema escravista ocorrido no Brasil, é 
correto dizer que 
 
A) a visão do jesuíta Antonil apresenta uma 
perspectiva da colonização portuguesa em 
que a escravidão aparece de uma forma 
humanizada, pois eram garantidos aos 
escravos o alimento e as vestimentas. 
B) não há, no texto de Antonil, qualquer crítica 
ao sistema escravista, aos castigos físicos 
dados aos escravos nem a sua desvalorização 
como ser humano. 
C) o sistema escravista, centrado no trabalho 
compulsório, no tráfico de africanos para a 
colônia e em uma rígida estrutura de controle 
e punição, foi a base da economia colonial e 
criou uma sociedade desigual. 
D) apesar de aparentar opressão e violência, o 
sistema escravista foi positivo para os 
africanos trazidos ao Brasil, pois possibilitou 
a eles acesso a uma cultura superior e a uma 
religião organizada, já que, na África, viviam 
primitivamente. 
 
QUESTÃO 13 
(G1 - cps 2019) 
Leia o trecho do poema Quilombo, de José 
Carlos Limeira. 
Queria ver você negro 
negro queria te ver 
se Palmares ainda vivesse 
em Palmares queria viver. 
O gosto da liberdade 
Sentido 
Cravado 
No peito 
Correr, 
Sentir os campos 
ter 
a vida. 
(LIMEIRA, José Carlos; “Quilombos”. In: Atabaques. 
Rio de Janeiro: Max, 1979. p.19-24) 
 
 
 
 
 
 
 
52 
O poema faz referência a Palmares e à ideia 
de liberdade, os quais caracterizam 
 
A) a execução de Tiradentes, líder da 
Inconfidência Mineira, movimento 
emancipacionista frustrado, ocorrido em 
Minas Gerais no século XVIII. 
B) a demarcação de terras indígenas no Pará, 
garantidas pela Constituição Federal de 1988, 
promulgada após aproximadamente duas 
décadas de regime autoritário. 
C) a demolição do Complexo Penitenciário do 
Carandiru, em São Paulo, onde, na segunda 
metade do século XX, ocorreu uma das 
maiores chacinas da história do estado. 
D) o mais duradouro quilombo da história do 
Brasil, localizado em Alagoas, no qual se 
refugiaram milhares de escravos fugidos de 
cidades e fazendas ao longo do século XVII. 
E) as comunidades pobres do Rio de Janeiro 
que, por volta de 1910, foram expulsas dos 
cortiços no centro da cidade, no processo de 
reformas urbanas conduzido por Pereira 
Passos. 
 
QUESTÃO 14 
(Uepg 2019) 
 
Em Raízes do Brasil, clássico de 1936, o 
sociólogo e historiador Sergio Buarque de 
Holanda buscou compreender a sociedade 
colonial brasileira e concluiu que diversos 
problemas vividos no Brasil contemporâneo 
decorrem do modelo construído pela 
colonização portuguesa. 
 
A respeito da sociedade colonial brasileira, 
assinale o que for correto. 
 
01) A escravidão (indígena e africana) se baseou 
num sistema marcado pelo controle, pela 
vigilância e pela violência constantes por 
parte dos senhores. 
02) O trabalho braçal foi visto como algo 
inferior executado por índios e negros 
escravizados. Apesar disso, mesmo que em 
menor proporção, existiam trabalhadores 
livres na colônia. 
04) Apesar de grande extensão territorial, a 
colônia não possuía porções de terras 
férteis em seu interior. Esse foi o motivo que 
levou os portugueses a desenvolvera 
produção do açúcar numa estreita faixa 
litorânea do Nordeste, notadamente em 
Pernambuco. 
08) A mestiçagem foi um traço marcante da 
sociedade brasileira colonial e se deu entre 
africanos e indígenas. Os portugueses 
acreditavam na superioridade racial 
europeia e evitaram a miscigenação com os 
demais povos presentes na colônia. 
16) O idioma português se consolidou no Brasil 
apenas no século XIX. Na sociedade colonial 
brasileira o predomínio da língua foi 
exercido pelo tupi-guarani, idioma falado 
por um significativo contingente nativo que 
foi escravizado pelos europeus. 
 
QUESTÃO 15 
(Ufrgs 2019) 
Sobre as atividades econômicas e a mão de obra 
na América Portuguesa, entre os séculos XVI e 
XVII, é correto afirmar que a produção 
 
A) era voltada exclusivamente para o mercado 
externo, restrita ao cultivo em plantations, e 
a mão de obra era exclusivamente de 
indígenas e africanos escravizados. 
B) era voltada para além do mercado externo, 
com diversas culturas ligadas ao mercado 
interno, e a mão de obra era 
majoritariamente de escravizados, mas com a 
presença de trabalhadores livres. 
C) era voltada exclusivamente para o mercado 
interno, através do cultivo de itens de 
subsistência, e a mão de obra era 
exclusivamente de indígenas e africanos 
escravizados. 
D) não se resumia ao mercado externo, com 
diversas culturas voltadas ao mercado 
interno, e a mão de obra era exclusivamente 
de indígenas e africanos escravizados. 
E) era voltada exclusivamente para o mercado 
externo, restrita ao cultivo em plantations, e 
a mão de obra era majoritariamente de 
escravizados, mas com a presença de 
trabalhadores livres. 
 
 
 
 
 
 
53 
QUESTÃO 16 
(Unesp 2020) 
 
 Nem existia Brasil no começo dessa 
história. Existiam o Peru e o México, no 
contexto pré-colombiano, mas Argentina, 
Brasil, Chile, Estados Unidos, Canadá, não. No 
que seria o Brasil, havia gente no Norte, no Rio, 
depois no Sul, mas toda essa gente tinha pouca 
relação entre si até meados do século XVIII. E há 
aí a questão da navegação marítima, torna-se 
importante aprender bem história marítima, 
que é ligada à geografia. [...] Essa compreensão 
me deu muita liberdade para ver as relações 
que Rio, Pernambuco e Bahia tinham com 
Luanda. Depois a Bahia tem muito mais relação 
com o antigo Daomé, hoje Benin, na Costa da 
Mina. Isso formava um todo, muito mais do que 
o Brasil ou a América portuguesa. [...] 
Nunca os missionários entraram na 
briga para saber se o africano havia sido 
ilegalmente escravizado ou não, mas a 
escravidão indígena foi embargada pelos 
missionários desde o começo, e isso também é 
um pouco interesse dos negreiros, ou seja, que 
a escravidão africana predomine. [...] A 
escravização tem dois processos: o primeiro é a 
despersonalização, e o segundo é a 
dessocialização. 
 
 
 
(Luiz Felipe de Alencastro. Entrevista a Mariluce 
Moura. “O observador do Brasil no Atlântico Sul”. In: 
Revista Pesquisa Fapesp, no 188, outubro de 2011.) 
 
 
 
 
A “despersonalização” e a “dessocialização” 
dos escravizados podem ser associadas, 
respectivamente, 
 
A) ao fato de que os escravos eram identificados 
por números marcados a ferro e à interdição 
do contato entre os cativos e seus senhores. 
B) à noção do escravo como mercadoria e ao 
fato de que os africanos eram extraídos de 
sua comunidade de origem. 
C) à noção do escravo como tolerante ao 
trabalho compulsório e ao fato de que ele era 
proibido de fazer amizades ou constituir 
família. 
D) ao fato de que os escravos eram 
etnologicamente indistintos e à proibição de 
realização de festas e cultos. 
E) à noção do escravo como desconhecedor do 
território colonial e ao fato de que ele não era 
reconhecido como brasileiro. 
 
QUESTÃO 17 
(Enem 2019) 
 
O processamento da mandioca era uma 
atividade já realizada pelos nativos que viviam 
no Brasil antes da chegada de portugueses e 
africanos. Entretanto, ao longo do processo de 
colonização portuguesa, a produção da farinha 
foi aperfeiçoada e ampliada, tornando-se lugar-
comum em todo o território da colônia 
portuguesa na América. Com a consolidação do 
comércio atlântico em suas diferentes 
conexões, a farinha atravessou os mares e 
chegou aos mercados africanos. 
BEZERRA, N. R. Escravidão, farinha e tráfico 
atlântico: um novo olhar sobre as relações entre o Rio 
de Janeiro e Benguela (1790-1830). Disponível em: 
www.bn.br. Acesso em: 20 ago. 2014 (adaptado). 
 
Considerando a formação do espaço 
atlântico, esse produto exemplifica 
historicamente a 
 
A) difusão de hábitos alimentares. 
B) disseminação de rituais festivos. 
C) ampliação dos saberes autóctones. 
D) apropriação de costumes guerreiros. 
E) diversificação de oferendas religiosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
QUESTÃO 18 
(Enem 2018) 
 
Outra importante manifestação das crenças e 
tradições africanas na Colônia eram os objetos 
conhecidos como “bolsas de mandinga”. A 
insegurança tanto física como espiritual gerava 
uma necessidade generalizada de proteção: das 
catástrofes da natureza, das doenças, da má 
sorte, da violência dos núcleos urbanos, dos 
roubos, das brigas, dos malefícios de feiticeiros 
etc. Também para trazer sorte, dinheiro e até 
atrair mulheres, o costume era corrente nas 
primeiras décadas do século XVIII, envolvendo 
não apenas escravos, mas também homens 
brancos. 
CALAINHO, D. B. Feitiços e feiticeiros. In: FIGUEIREDO, 
L. História do Brasil para ocupados . Rio de Janeiro: Casa 
da Palavra, 2013 (adaptado). 
 
A prática histórico-cultural de matriz 
africana descrita no texto representava um(a) 
 
A) expressão do valor das festividades da 
população pobre. 
B) ferramenta para submeter os cativos ao 
trabalho forçado. 
C) estratégia de subversão do poder da 
monarquia portuguesa. 
D) elemento de conversão dos escravos ao 
catolicismo romano. 
E) instrumento para minimizar o sentimento de 
desamparo social. 
 
QUESTÃO 19 
(Famema 2020) 
 
O avanço das culturas sul-americanas nas zonas 
tropicais africanas conhece três etapas. Num 
primeiro tempo, a América exporta mandioca 
através da Guanabara e do litoral vicentino. 
Numa segunda etapa, a mandioca, o milho, a 
batata-doce e frutas sul-americanas passam a 
ser plantados nas terras africanas. Num terceiro 
tempo, tais culturas espalham-se pelos sertões 
africanos. 
 
 
 
O uso do milho e da mandioca como ração 
dos povos da região permitiu que os guerreiros 
negreiros dilatassem suas áreas de captura. 
Roças de mandioca e milho são abertas nas 
áreas de parada e descanso dos bandos, 
facilitando o transporte terrestre de um maior 
número de cativos do sertão. 
(Luiz Felipe de Alencastro. O trato dos viventes, 
2000. Adaptado.) 
O historiador 
 
A) relaciona a influência cultural africana com o 
desenvolvimento da agricultura na América. 
B) mostra o intercâmbio econômico entre os 
indígenas americanos e os guerreiros 
africanos. 
C) associa a introdução de novos cultivos na 
África com o aumento do tráfico negreiro. 
D) evidencia o escambo de produtos agrícolas 
americanos por cativos do interior africano. 
E) destaca a importância da monocultura de 
exportação desenvolvida no Atlântico Sul. 
 
QUESTÃO 20 
(Ufrgs 2018) 
 
Leia o segmento abaixo, do escritor indígena 
Ailton Krenak. 
 
Os fatos e a história recente dos últimos 500 
anos têm indicado que o tempo desse encontro 
entre as nossas culturas é um tempo que 
acontece e se repete todo dia. Não houve um 
encontro entre as culturas dos povos do 
Ocidente e a cultura do continente americano 
numa data e num tempo demarcado que 
pudéssemos chamar de 1500 ou de 1800. 
Estamos convivendo com esse contato desde 
sempre. 
KRENAK, Ailton. O eterno retorno do encontro. In: 
NOVAES, Adauto (org.). A outra margem do Ocidente. 
São Paulo: Funarte, Companhia das Letras, 1999. p. 25. 
 
Considerando a história indígena no Brasil, a 
principalideia contida no segmento é 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
A) negação da conquista europeia na América, 
em 1500. 
B) ausência de transformação social nas 
sociedades ameríndias. 
C) exclusão dos povos americanos da história 
ocidental. 
D) estagnação social do continente sul-
americano após a chegada dos europeus. 
E) continuidade histórica do contato cultural 
entre ocidentais e indígenas. 
 
QUESTÃO 21 
(Fgv 2018) 
 
Como a sociedade do reino e as dos núcleos 
mais antigos de povoamento – a de 
Pernambuco, Bahia ou São Paulo – seguiam, em 
Minas, os princípios estamentais de 
estratificação, ou seja, pautavam-se pela honra, 
pela estima, pela preeminência social, pelo 
privilégio, pelo nascimento. A grande diferença 
é que, em Minas, o dinheiro podia comprar 
tanto quanto o nascimento, ou “corrigi-lo”, bem 
como a outros “defeitos” (...) Como rezava um 
ditado na época, “quem dinheiro tiver, fará o 
que quiser”. 
(Laura de Mello e Souza. Canalha indômita. Revista 
de História da Biblioteca Nacional, ano 1, nº 2, ago. 
2005. Adaptado) 
No Brasil colonial, tais “defeitos” referem-se 
 
A) aos que fossem acusados pelo Tribunal da 
Santa Inquisição e aos que estivessem na 
Colônia sem a permissão do soberano 
português. 
B) ao exercício de qualquer prática comercial 
desvinculada da exportação e à condição de 
não ser proprietário de terras e escravos. 
C) aos que explorassem ilegalmente o trabalho 
compulsório dos indígenas e aos colonos que 
não fizessem parte de alguma irmandade 
religiosa. 
D) aos colonos que se casavam com pessoas 
vindas da Metrópole e aos que afrontassem, 
por qualquer meio, os chamados “homens 
bons”. 
E) aos de sangue impuro, representados pela 
ascendência moura, africana ou judaica, e 
aos praticantes de atividades artesanais ou 
relacionadas ao pequeno comércio. 
QUESTÃO 22 
(Unesp 2018) 
Em 1500, fazia oito anos que havia presença 
europeia no Caribe: uma primeira tentativa de 
colonização que ninguém na época podia 
imaginar que seria o prelúdio da conquista e da 
ocidentalização de todo um continente e até, na 
realidade, uma das primeiras etapas da 
globalização. 
A aventura das ilhas foi exemplar para toda 
a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, 
pois ali se desenvolveu um roteiro que se 
reproduziu em várias outras regiões do 
continente americano: caos e esbanjamento, 
incompetência e desperdício, indiferença, 
massacres e epidemias. A experiência serviu 
pelo menos de lição à coroa espanhola, que 
tentou praticar no resto de suas possessões 
americanas uma política mais racional de 
dominação e de exploração dos vencidos: a 
instalação de uma Igreja poderosa, dominadora 
e próxima dos autóctones, assim como a 
instalação de uma rede administrativa densa e 
o envio de funcionários zelosos, que evitaram a 
repetição da catástrofe antilhana. 
(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: 
as origens da globalização, 1999. Adaptado.) 
 “A instalação de uma Igreja poderosa, 
dominadora e próxima dos autóctones” 
contribuiu para a dominação espanhola e 
portuguesa da América, uma vez que os 
religiosos 
 
A) mediaram os conflitos entre grupos 
indígenas rivais e asseguraram o 
estabelecimento de relações amistosas 
destes com os colonizadores. 
B) aceitaram a imposição de tributos às 
comunidades indígenas, mas impediram a 
utilização de nativos na agricultura e na 
mineração. 
C) toleraram as religiosidades dos povos nativos 
e assim conseguiram convencê-los a 
colaborar com o avanço da colonização. 
D) rejeitaram os regimes de trabalho 
compulsório, mas estimularam o emprego de 
mão de obra indígena em obras públicas. 
E) desenvolveram missões de cristianização dos 
nativos e facilitaram o emprego de mão de 
obra indígena na empresa colonial. 
 
 
 
 
 
 
 
56 
 RESOLUÇÕES 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[B] 
 
A afirmativa [I] está incorreta porque, como 
o próprio mapa mostra, a maior parte dos 
africanos escravizados era oriunda da África 
Subsaariana. 
A afirmativa [III] está incorreta porque boa 
parte dos africanos escravizados no Nordeste 
brasileiro veio do Oeste africano, e não do 
Leste. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[C] 
 
[1] Incorreta porque os quilombos eram 
formados por escravos que fugiam de seus 
senhores, numa clara manifestação de 
resistência à escravidão; 
 
[3] Incorreta porque a lógica social dos 
quilombos visava dar aos quilombolas o 
oposto do que os escravos viviam nas 
fazendas coloniais. Nesse sentido, estruturas 
africanas de solidariedade e comunidade 
eram reproduzidas nos quilombos. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[A] 
 
O indício citado no comando da questão, 
pertencente à cultura escravista brasileira, era 
a clara diferenciação entre os escravos braçais 
e os escravos “de casa”, ou seja, aqueles que 
exerciam suas funções dentro das casas dos 
senhores. Dentre as funções exercidas por esses 
escravos, estava a de ama de leite, o que criava 
um laço de proximidade entre as escravas e as 
crianças brancas. Apesar de não perder a 
condição de escravidão, as amas de leite 
chegavam a ser chamadas de “mães pretas” 
pelas crianças que amamentavam. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[A] 
 
Independente do resultado das disputas 
territoriais envolvendo os Sete Povos das 
Missões, o fragmento registra que o uso da 
escrita pelos Guarani foi de fundamental 
importância para mostrar a resistência 
indígena. Além disso, a escrita também ajudou 
os nativos a se posicionarem diante dos 
europeus, o que também contribuiu para a 
afirmação do posicionamento indígena na 
disputa. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[D] 
 
Dentro do contexto do capitalismo comercial 
e mercantil, séculos XVI ao XVIII, o tráfico de 
escravos da África para a América gerava muito 
lucro para os traficantes bem como para as 
monarquias nacionais modernas que 
necessitavam de recursos para manter o 
aparato estatal. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[A] 
 
O fragmento de texto do sociólogo Jessé de 
Souza aponta para uma particularidade da 
colonização portuguesa na América, “o 
elemento português permanece sempre igual a 
si mesmo, o português é ele e o outro ao mesmo 
tempo”. Isso significa que, ao colonizar, o 
português deixa marcas profundas no 
colonizado. No idioma, religiosidade, 
organização social, etc. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[A] 
 
Conforme o texto do historiador Fernando 
Novais, a função dos padres jesuítas no 
contexto da colonização, era catequisar os 
nativos visando a obediência dos mesmos e 
contribuindo para a exploração e a colonização. 
 
 
 
 
 
 
 
57 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[C] 
 
O ministro Pombal, um déspota esclarecido 
do rei português José I, 1750-1777, realizou 
algumas reformas visando modernizar o Estado 
Português, torná-lo mais eficiente e menos de 
dependente da Inglaterra. As medidas 
pombalinas atingiram também a colônia através 
de ajustes fiscais rígidos como a criação da 
derrama, expulsão dos jesuítas, criação de 
companhias de comércio, mudança da capital 
de Salvador para o Rio de Janeiro, entre outras 
medidas. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[B] 
 
Na América Portuguesa, os padres jesuítas 
defenderam a escravidão Africana e foram 
contrários à escravidão indígena. Os nativos 
foram levados para o interior da colônia, 
sofreram um processo de aculturação ao serem 
catequizados nas Missões ou reduções, os 
nativos também foram explorados na extração 
das Drogas do Sertão na Amazônia beneficiando 
os padres jesuítas. Desta forma, a atuação dos 
religiosos contribuiu para a colonização bem 
como para a escravidão dos negros. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[A] 
 
Desde o início da colonização portuguesa no 
Brasil, o branco europeu era etnocêntrico e 
racista, acreditando na superioridade racial e 
cultural do homem branco europeu diante de 
outros povos. Nesse sentido, a relação entre o 
colonizador com o índio e também com o negro 
era pautado na violência física e simbólica, 
contribuindo para quediversos grupos 
indígenas migrassem para o interior. Vale 
lembrar, que ainda hoje no Brasil há violência 
contra negros e índios. 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[01+08=09] 
 
A afirmativa [02] está incorreta porque 
apesar das restrições, os escravos encontraram 
meios de manifestar e preservar sua cultura, o 
que contribuiu para a grandiosidade da cultura 
afro-brasileira; 
A afirmativa [04] está incorreta porque o 
tráfico de escravos tornou Portugal uma 
potência escravista. Era esse Reino que 
comandava o processo de trânsito escravo; 
A afirmativa [16] está incorreta porque os 
indígenas, apesar da resistência, foram 
escravizados no Brasil, no Ciclo do Açúcar, nas 
Bandeiras e, principalmente, nas Drogas do 
Sertão; 
A afirmativa [32] está incorreta porque a 
opção pelos imigrantes se deu em razão das 
dificuldades na obtenção da mão-de-obra 
escrava, uma vez que o tráfico intercontinental 
estava proibido desde 1850. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[C] 
O texto clássico de padre Antonil aponta 
para a principal relação de trabalho no Brasil 
colonial: a escravidão. Diferente da América 
espanhola, no Brasil prevaleceu a escravidão 
africana em função, principalmente, do lucro do 
tráfico de escravos gerando recursos para os 
europeus. Os três PPP mencionados 
representam exatamente como os escravos 
eram tratados, muito trabalho e castigo e pouca 
comida. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[D] 
A poesia “Quilombos” de José Carlos Limeira 
faz referência aos quilombos em especial a 
“Palmares” e a ideia de liberdade. O quilombo 
dos Palmares foi o mais importante do período 
colonial. Localizado na Capitania de 
Pernambuco, surgiu no final do século XVI e seu 
auge ocorreu no século XVII. Formado por 
quilombolas, escravos fugidos das fazendas, 
Palmares tornou-se símbolo da resistência 
negra à escravidão. 
 
 
 
 
 
 
 
58 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[01+02=03] 
 
Correção a partir das incorretas, [04], [08] e 
[16]. O Brasil possuía e possui um grande 
território com muitas terras férteis. A 
miscigenação no Brasil ocorreu a partir da 
mistura de índios, negros e brancos 
portugueses. Desde o início da colonização no 
século XVI, a língua portuguesa era utilizada 
pelos colonizadores. No século XVII, com a 
invasão holandesa no Brasil, a língua holandesa 
também foi importante. O Português que já era 
a língua oficial do Estado passa a ser a língua 
mais falada no Brasil. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[B] 
 
A partir do século XVII, principalmente, 
intensificou-se a interiorização do território, 
que acabou levando ao estabelecimento de 
ciclos econômicos secundários na Colônia, 
como a pecuária e as drogas do sertão. Por isso, 
havia a ocorrência de atividades econômicas 
voltadas tanto para o mercado externo (açúcar 
e drogas do sertão) como para o mercado 
interno (pecuária), com a utilização de mão de 
obra escrava (negra no açúcar e indígena nas 
drogas do sertão) e livre (pecuária). 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 16: 
[B] 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
Sociologia] 
Ao se tornar escravizado, o indivíduo é 
obrigado a romper os seus vínculos sociais, 
perdendo laços, deixando de ser reconhecido 
por sua identidade originária e sendo tratado 
como mercadoria. Assim é que a 
“despersonalização” e a “dessocialização” se 
mostram como características marcantes desse 
fenômeno. 
 
 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
História] 
A escravidão comercial negra, iniciada por 
Portugal na época mercantilista e colonialista, 
enxergava o escravo como mercadoria e, por 
isso, promovia uma espécie de 
despersonalização nos negros escravizados, 
retirando deles a condição de humanidade. 
Além disso, o fato de os negros serem retirados 
a força de suas tribos na África para serem 
vendidos mundo afora promovia uma 
dessocialização cultural e social que, por fim, 
levava os negros escravizados a um processo de 
aculturação. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 17: 
[A] 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
Sociologia] 
A alimentação brasileira é resultado de 
diversos processos culturais que incorporaram 
e modificaram hábitos presentes em muitas 
culturas. O consumo da farinha de mandioca é 
um bom exemplo de um hábito originalmente 
indígena e que se difundiu pelo território, para 
além das culturas autóctones. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
História] 
Podemos identificar no consumo da 
mandioca, e de sua farinha, uma forma de 
relação social no Brasil colônia, uma vez que a 
mandioca era um produto tipicamente de trato 
indígena que foi incorporado pelo branco 
português ao seu cardápio. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 18: 
[E] 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
História] 
Baseados no desamparo social, uma vez que 
os negros eram retirados dos seus núcleos 
sociais na África e não eram amparados na 
sociedade brasileira, os escravos criaram 
formas de resistência que faziam referência a 
sua própria cultura, como a bolsa de mandinga 
citada no texto. 
 
 
 
 
 
 
59 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
Sociologia] 
O texto da questão apresenta as crenças 
religiosas como forma de proteção, sendo 
utilizadas não somente por negros e escravos, 
mas também por brancos, o que revela a 
complexidade da cultura brasileira. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 19: 
[C] 
 
A introdução do cultivo de gêneros 
alimentícios americanos em terras africanas 
contribuiu para a ampliação do tráfico negreiros 
uma vez que a produção agrícola servia de 
alimentação tanto para captores quanto para 
capturados. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 20: 
[E] 
 
A explanação do escritor indígena é bastante 
clara: desde o primeiro momento de contato, 
nunca mais a relação cultural entre indígenas e 
brancos deixou de acontecer no Brasil, sempre 
trazendo consequências para os dois lados. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 21: 
[E] 
 
Os “defeitos” que o dinheiro podia corrigir 
na Província de Minas Gerais podem ser 
definidos como a impureza racial, derivada da 
miscigenação de brancos e negros, que levava a 
um rebaixamento social cimentado na 
escravidão. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 22: 
[E] 
 
A Igreja foi peça fundamental na colonização 
da América, uma vez que a catequização, que 
promovia uma aculturação nos nativos, ajudava 
a dominá-los. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 
HISTÓRIA DO BRASIL – COLÔNIA: EXPANSÃO 
TERRITORIAL, TRATADOS E FRONTEIRAS 
QUESTÃO 01 
(Fuvest 2015) 
 
Se o açúcar do Brasil o tem dado a conhecer a 
todos os reinos e províncias da Europa, o tabaco 
o tem feito muito afamado em todas as quatro 
partes do mundo, em as quais hoje tanto se 
deseja e com tantas diligências e por qualquer 
via se procura. Há pouco mais de cem anos que 
esta folha se começou a plantar e beneficiar na 
Bahia [...] e, desta sorte, uma folha antes 
desprezada e quase desconhecida tem dado e 
dá atualmente grandes cabedais aos moradores 
do Brasil e incríveis emolumentos aos Erários 
dos príncipes. 
ANTONIL André João. Cultura e opulência do Brasil 
por suas drogas e minas. São Paulo: EDUSP, 2007. 
Adaptado. 
 
O texto acima, escrito por um padre italiano 
em 1711, revela que 
 
A) o ciclo econômico do tabaco, que foi anterior 
ao do ouro, sucedeu o da cana-de-açúcar. 
B) todo o rendimento do tabaco, a exemplo do 
que ocorria com outros produtos, era 
direcionado à metrópole. 
C) não se pode exagerar quanto à lucratividade 
propiciada pela cana-de-açúcar, já que a do 
tabaco, desde seu início, era maior. 
D) os europeus, naquele ano, já conheciam 
plenamente o potencial econômico de suas 
colônias americanas. 
E) a economia colonial foi marcada pela 
simultaneidade de produtos, cuja 
lucratividade se relacionava com sua inserção 
em mercados internacionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 02 
(Ufg 2013) 
Leia o texto a seguir. 
 
A base da culinária tradicional goiana 
ocorreu emmeados do século XVIII, com a fusão 
dos hábitos alimentares dos índios nativos que 
aqui viviam aos hábitos advindos de outras 
culturas, destacando-se a dos bandeirantes 
mineiros, paulistas e portugueses com a 
introdução de carnes salgadas. 
SANTIAGO, Raquel de A. C. et al. Alimentação 
saudável na culinária regional . Goiânia: Índice Editora, 
2012. p. 17. (Adaptado). 
 
Nesse período, as consequências do 
movimento dos bandeirantes, para a dinâmica 
política regional e para os hábitos alimentares 
na dieta da população local, foram, 
respectivamente: 
 
A) surgimento das oligarquias locais; 
incorporação de alimentos energéticos. 
B) nomeação de administradores locais; 
incorporação de alimentos plásticos. 
C) fortalecimento do movimento separatista do 
norte de Goiás; incorporação de alimentos 
energéticos. 
D) criação da capitania de Goiás; incorporação 
de alimentos plásticos. 
E) nomeação de administradores locais; 
incorporação de alimentos reguladores. 
 
QUESTÃO 03 
(G1 - cps 2014) 
 
“Desde o alvorecer de São Paulo, as águas 
amarelas e quietas do Tietê despertaram 
sonhos de aventura e de riqueza.” 
(NÓBREGA, Mello. História do Rio Tietê. 3ª ed. Belo 
Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Ed. da Universidade de 
São Paulo, 1981, pág. 61) 
 
Sobre esse rio, pode-se afirmar 
corretamente que 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
61 
A) foi utilizado pelos bandeirantes, como meio 
de transporte, na procura de ouro e na 
captura de indígenas. 
B) possibilitou o acesso de nordestinos para São 
Paulo, por ser o mais importante afluente do 
rio São Francisco. 
C) se tornou poluído a partir do século XIX, em 
decorrência da intensa mineração 
desenvolvida ao longo de seu leito. 
D) facilitou a intensa urbanização da capital 
paulista pelo fato de suas águas correrem no 
sentido interior-litoral e de ter sua foz no 
litoral. 
E) exerceu importante papel no século XVIII, 
uma vez que possibilitou o escoamento da 
produção cafeeira do oeste paulista até o 
porto de Santos. 
 
QUESTÃO 04 
(Fuvest 2014) 
 
Após o Tratado de Tordesilhas (1494), por meio 
do qual Portugal e Espanha dividiram as terras 
emersas com uma linha imaginária, verifica-se 
um “descobrimento gradual” do atual território 
brasileiro. 
 
Tendo em vista o processo da formação 
territorial do País, considere as ocorrências e as 
representações abaixo: 
 
Ocorrências: 
 
I. Tratado de Madrid (1750); 
II. Tratado de Petrópolis (1903); 
III. Constituição da República Federativa do 
Brasil (1988)/consolidação da atual divisão 
dos Estados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Representações: 
 
 
Associe a ocorrência com sua correta 
representação: 
 
 I II III 
A) A C E 
B) B C E 
C) C B E 
D) A B D 
E) C A D 
 
QUESTÃO 05 
(Fuvest 2013) 
Observe o mapa abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
62 
Com base no mapa e em seus 
conhecimentos, assinale a alternativa correta. 
 
A) O rio São Francisco foi caminho natural para 
a expansão da cana-de-açúcar e do algodão 
da Zona da Mata, na Bahia, até a Capitania de 
São Paulo e Minas de Ouro. 
B) A ocupação territorial de parte significativa 
dessa região foi marcada por duas 
características geomorfológicas: a serra do 
Espinhaço e o vale do rio São Francisco. 
C) Essa região caracterizava-se, nesse período, 
por paisagens onde predominavam as minas 
e os currais, mas no século XIX a mineração 
sobrepujou as outras atividades econômicas 
dessas capitanias. 
D) O caminho pelo rio São Francisco foi 
estabelecido pelas bandeiras paulistas para 
penetração na região aurífera da Chapada 
dos Parecis e posterior pagamento do 
“quinto” na sede da capitania, em Salvador. 
E) As bandeiras que partiam da Capitania da 
Bahia de Todos os Santos para a Capitania de 
São Paulo e Minas de Ouro propiciaram o 
surgimento de localidades com economia 
baseada na agricultura monocultora de 
exportação. 
 
QUESTÃO 06 
(G1 – col. naval 2020) 
 
Leia o texto a seguir. 
 
A colonização portuguesa no respeitou 
o Tratado de Tordesilhas, expandindo as 
fronteiras do Brasil por meio da ação dos 
bandeirantes, jesuítas e pecuaristas. 
Os espanhóis também desrespeitaram o 
Tratado de Tordesilhas, invadindo colônias 
portuguesas situadas no Oriente. 
Para fixar as novas fronteiras coloniais 
na América, vários tratados internacionais 
foram assinados. 
(Cotrim, Gilberto. História Global: Brasil e Geral . 
Volume único. 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005. P. 242. 
Adaptado) 
 
Sobre os Tratados que definiram o território 
brasileiro durante o período colonial é correto 
afirmar que: 
 
A) o Tratado de Rio Negro entre Brasil, 
representado pelo Barão do Rio Branco, e 
Bolívia, anexou o Acre ao Brasil dando 
contornos finais ao território brasileiro. 
B) o Tratado de Badajós. assinado entre 
Portugal e França, determinou o 
reconhecimento pelo governo português do 
domínio da França sobre a chamada Guiana 
Francesa e de Portugal sobre o Pará. 
C) o primeiro Tratado de Utrecht, assinado 
entre Portugal e Espanha, definiu que o rio 
Oiapoque no extremo norte do Brasil sena o 
limite entre o Brasil e a atual Venezuela, 
pertencente ao Vice-Reino de Granada. 
D) as guerras guaraníticas, na qual morreram 
cerca de 30 mil guaranis, foram consequência 
do Tratado de Badajós, pois os indígenas e os 
jesuítas das missões não aceitaram o que 
ficou definido. 
E) o Tratado de Madri foi assinado entre 
Portugal e Espanha. De acordo com esse 
tratado a colônia do Sacramento passaria aos 
espanhóis, e os Sete Povos das Missões 
pertenceriam aos portugueses. 
 
QUESTÃO 07 
(Fgv 2020) 
 
Podem-se apanhar muitos fatos da vida 
daqueles sertanejos dizendo que atravessaram 
a época do couro. De couro era a porta das 
cabanas, o rude leito aplicado ao chão duro, e 
mais tarde a cama para os partos; de couro 
todas as cordas, a borracha para carregar água, 
o mocó ou alforge para levar comida, a maca 
para guardar roupa, a mochila para milhar 
cavalo, a peia para prendê-lo em viagem, as 
bainhas de faca, as broacas e surrões, a roupa 
de entrar no mato, os banguês para curtume ou 
para apurar sal. 
(Capistrano de Abreu. Capítulos de história colonial: 
1500-1800, 2000.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
63 
O texto descreve a cultura material da 
pecuária, que a partir do século XVI estendeu-
se ao interior nordestino da colônia do Brasil. A 
criação de gado 
 
A) empregava predominantemente a mão de 
obra escrava africana e consolidou a pequena 
propriedade rural às margens dos grandes 
rios da região. 
B) contribuía com o complexo econômico 
litorâneo e funcionou em um regime de 
contenção econômica de gastos devido ao 
aproveitamento de recursos locais. 
C) transgredia os ordenamentos legais da 
administração metropolitana e jamais se 
caracterizou como atividade econômica 
lucrativa. 
D) deslocava o centro dinâmico da exploração 
econômica da colônia e contribuiu para o 
adensamento demográfico em novos 
territórios. 
E) favorecia o surgimento de cidades 
autoadministradas e revelou a existência de 
jazidas de metais preciosos nas áreas recém-
descobertas. 
 
QUESTÃO 08 
(G1 - ifce 2020) 
 
Sobre a pecuária durante o período colonial 
no Brasil, é correto afirmar-se que 
 
A) era uma atividade complementar às lavouras 
do café durante o período colonial. 
B) teve papel de destaque na ocupação das 
áreas litorâneas. 
C) contribuiu para a expulsão dos 
trabalhadores assalariados do campo. 
D) os primeiros criadores de gado contribuíram 
para a interiorização da colonização. 
E) a pecuária no sertão nordestino usava a mão 
de obra escrava. 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 09 
(G1 – col. naval 2019) 
Leia o texto a seguir. 
 
"AH CUIABÁ, COMO É BOM VIVER AQUI!!! 
 Cidade verde, linda e hospitaleira. 
Consegue ser a capital tricentenária, mas sem 
perder a essência. Cuiabá dos 300 Anos que 
vem sendo marcada por muitas transformações 
e mudanças. 
 
BREVE HISTÓRICO 
 Cuiabá foi fundada em08 de abril 
de 1719 às margens do Rio Coxipó, a ata de 
fundação foi assinada por Pascoal Moreira 
Cabral. 
 Cuiabá foi elevada á condição de 
cidade em 17 de setembro de 1818, tornando-
se a capital da então província de Mato Grosso. 
 A igreja do Rosário, um dos pontos 
turísticos da cidade, construída na época no 
centro da pequena cidade, marcou a localização 
de uma rica cultura de ouro. 
Disponível em: https://turismo.cuiaba.mt.gov.br/ 
Acesso em: 10/04/2019. 
 
A respeito da fundação de Cuiabá, é correto 
afirmar que está relacionada com 
 
A) a existência de uma grande missão jesuítica 
na região que atraiu bandeirantes paulistas 
com o objetivo de capturar escravos e vendê-
los para senhores de engenho do litoral. 
B) o Tratado de Madri promovido entre Portugal 
e Espanha, concedendo extensos territórios 
espanhóis ao Brasil que foram explorados 
pelos bandeirantes. 
C) a marcha para o oeste promovida pelo 
governo português com o objetivo de 
oferecer pequenas propriedades àqueles que 
desejassem povoar o sertão brasileiro. 
D) a política portuguesa que permitia a Estados 
estrangeiros amigos visitar a região do Mato 
Grosso em expedições de caráter científico. 
E) as buscas dos paulistas pelo ouro por meio 
das monções, que eram expedições fluviais 
exploratórias e também abastecedoras de 
povoados, arraiais e vilas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
64 
QUESTÃO 10 
(Uece 2019) 
 
A partir do século XVI, um processo de expansão 
e interiorização da colonização portuguesa nos 
territórios do que hoje é o Brasil foi produzindo 
uma rede de núcleos urbanos fora do espaço da 
zona litorânea. Esses núcleos urbanos existiam 
em função das atividades econômicas 
realizadas pelos colonos nas diversas regiões do 
interior da América portuguesa. Considerando 
as atividades econômicas que foram 
importantes para o processo de interiorização 
durante a colonização do Brasil, atente para as 
seguintes afirmações: 
 
I. A indústria têxtil e metalmecânica, 
introduzida com a chegada de imigrantes 
europeus ao sudeste do Brasil, foi 
fundamental na colonização. 
II. A pecuária bovina, realizada tanto nos 
sertões nordestinos quanto nos pampas 
gaúchos, promoveu a ocupação de vastas 
áreas interiores no Brasil. 
III. A prospecção e mineração de metais e 
pedras preciosas foram responsáveis pela 
formação de várias cidades coloniais 
brasileiras, sobretudo na região de Minas 
Gerais. 
IV. As bandeiras de apresamento de africanos e 
o comércio de escravos negros fizeram surgir 
importantes agrupamentos urbanos na 
Amazônia. 
 
É correto o que se afirma somente em 
 
A) II e III. 
B) I e IV. 
C) II e IV. 
D) I e III. 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 11 
(Uece 2018) 
 
A História do Brasil colonial apresenta o 
movimento de entradas, bandeiras e monções 
como um importante fator para o processo de 
ocupação das áreas do interior da colônia, uma 
vez que a ocupação originada da atividade 
canavieira se limitava, naqueles tempos, aos 
espaços próximos ao litoral. 
 
Atente ao que se diz a seguir sobre essas 
expedições, e assinale com V o que for 
verdadeiro e com F o que for falso. 
 
( ) Enquanto as bandeiras eram financiadas 
exclusivamente pela coroa portuguesa, as 
entradas eram expedições fluviais 
privadas que usavam os rios nordestinos. 
( ) Os bandeirantes foram importantes 
personagens na destruição dos 
quilombos, pois uma das modalidades de 
bandeirantismo foi a do sertanismo de 
contrato. 
( ) As monções, expedições fluviais que 
adentravam ao interior da colônia, foram 
muito importantes na colonização dessa 
região, partindo do rio Tietê que nasce em 
São Paulo. 
( ) As bandeiras, expedições oficiais de 
apresamento de indígenas, não tiveram 
importância na prospecção de metais 
preciosos como o ouro, que se deu 
somente através das entradas. 
 
A sequência correta, de cima para baixo, é: 
 
A) F, F, V, V. 
B) F, V, V, F. 
C) V, F, F, V. 
D) V, V, F, F. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
65 
QUESTÃO 12 
(Ufjf-pism 1 2018) 
 
O mapa a seguir constitui-se como um 
documento do século XVII e revela o Brasil 
conhecido e cartografado naquele contexto. Ao 
longo dos séculos XVII e XVIII, muitas atividades 
propiciaram o aumento do espaço conhecido e 
habitado do território hoje chamado Brasil. 
 
Este é o Mapa de João Teixeira Albernaz II, 
intitulado Província do Brasil, datado de 1666. 
Ali é possível ver o litoral do Brasil, desde a 
Barra do Pará, até o Rio Grande, incluindo 
algumas missões jesuíticas na fronteira do Rio 
da Prata. 
 
A respeito da expansão territorial, assinale a 
alternativa CORRETA: 
 
 
 
 
 
A) A pecuária desempenhou um importante 
papel para o povoamento do Sertão e com o 
tempo, os vaqueiros seguiram o curso dos 
rios, especialmente do Rio São Francisco. 
B) O desconhecimento em relação às bacias 
hidrográficas existentes, fez com que a 
ocupação se mantivesse restrita ao litoral da 
Colônia. 
C) Os jesuítas instalaram suas missões na região 
nordeste, visto que a Coroa Portuguesa 
proibia a presença das aldeias na região ao 
sul do Rio de Janeiro. 
D) A colonização portuguesa manteve-se 
localizada na região nordeste, permanecendo 
as terras abaixo do Trópico de Capricórnio 
dominadas pela Espanha. 
E) Não houve nenhuma ocupação da região da 
Amazônia, o que fez com que esta parte do 
Brasil ficasse inexplorada até o final do século 
XIX. 
 
QUESTÃO 13 
(G1 – cps 2018) 
 
A partir do início do século XVII, padres jesuítas 
espanhóis fundaram povoados nos quais 
reuniram populações indígenas da região da 
bacia do rio da Prata. Os trinta povos das 
missões, como ficaram conhecidos esses 
aldeamentos, eram formados especialmente 
por índios guarani, tradicionais habitantes 
locais. De acordo com o Tratado de Tordesilhas, 
esses povoados ficavam na área pertencente à 
Espanha. 
Entretanto, com a assinatura do Tratado de 
Madri, em 1750, os limites entre as terras sob 
controle espanhol e português na América do 
Sul foram redefinidos. Conforme o novo acordo, 
sete povoados guarani que ficavam a leste do 
rio Uruguai foram incorporados aos domínios 
portugueses e, por essa razão, seus habitantes 
foram obrigados a se mudar para a margem 
oeste do rio. 
 Os povos guarani guerrearam pelo direito de 
permanecer em seus povoados e, como foram 
derrotados em 1756 pelas tropas ibéricas, 
acabaram se estabelecendo, em sua maioria, na 
região sob controle espanhol. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
66 
 
De acordo com as informações apresentadas 
no texto e no mapa, é correto afirmar que 
 
A) os jesuítas espanhóis estabeleceram as suas 
missões em 1756, na região que hoje 
corresponde a São Paulo, Paraguai e 
Argentina. 
B) os índios guaranis, obedecendo ao Tratado 
de Madri, se estabeleceram em novos 
povoados fundados nos arredores de 
Assunção, Curitiba e Florianópolis. 
C) os portugueses fundaram trinta reduções 
jesuíticas às margens do rio da Prata, 
atendendo ao que havia sido definido pelo 
Tratado de Tordesilhas no início do século 
XVII. 
D) os povoados formados por jesuítas e 
indígenas na bacia do Prata foram 
diretamente afetados pelo Tratado de Madri, 
acordo de limites assinado em 1750. 
E) os espanhóis recuperaram, com o Tratado de 
Tordesilhas, a região de Porto Alegre, tomada 
pelos índios guaranis que não aceitaram ser 
realocados. 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 14 
(Upf 2017) 
 
No período colonial, o Brasil foi marcado por 
expedições internas, com destaque para as 
Bandeiras. Lideradas pelos paulistas, as 
Bandeiras percorriam os sertões, onde 
passavam meses, ou mesmo anos. 
 
Sobre esse fenômeno histórico, considere as 
afirmativas: 
 
I. As Bandeiras organizaram a sociedade do 
interior a partir do modelo norte-americano 
de colônias de povoamento. 
II. Os rumos das principais Bandeiras foram 
Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Paraná, 
tendo algumas delas chegado até o Paraguai. 
III. Os bandeirantes ensinaram aos índios 
técnicasde agricultura para que 
desenvolvessem a colônia economicamente. 
IV. Os objetivos principais dos bandeirantes 
foram o apresamento de índios para serem 
escravizados e a busca por metais preciosos. 
V. As Bandeiras foram responsáveis pela 
expansão territorial do Brasil para muito além 
da linha de Tordesilhas. 
 
Está correto apenas o que se afirma em: 
 
A) I, II e IV. 
B) II, IV e V. 
C) II, III e IV. 
D) III e V. 
E) III, IV e V. 
 
QUESTÃO 15 
(G1 - cps 2016) 
 
Você sabia que o nome do rio Tietê significa, em 
língua Tupi, “água verdadeira”? Esse rio tinha 
grande importância, mesmo antes da chegada 
dos colonizadores, para todos os que viviam 
perto dele, uma vez que suas águas fertilizavam 
o solo das suas margens, após as cheias, 
ajudando a trazer boas colheitas e fartura às 
comunidades próximas. 
 
 
 
 
 
 
 
67 
Sobre o papel desse rio na história brasileira, 
é correto afirmar que ele 
 
A) foi fundamental para a penetração no 
interior do continente, permitindo, inclusive, 
chegar até a região de Cuiabá, nos séculos 
XVIII e XIX. 
B) demarcou a divisão das terras do continente 
entre espanhóis e portugueses, de acordo 
com o Tratado de Tordesilhas, no século XV. 
C) garantiu a permanência dos povos indígenas 
as suas margens até o presente, isolando-os 
do contato com o colonizador europeu. 
D) permitiu, ao longo de seu curso, a formação 
de povoados portugueses, desde o inicio da 
colonização, nos séculos XIV e XV. 
E) viabilizou o de o desenvolvimento urbano e 
industrial da atual cidade de São Paulo, 
fundada em suas margens, no século XIX. 
 
 RESOLUÇÕES 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[E] 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
História] 
Apesar da ênfase dada ao açúcar no Brasil 
colonial, outros produtos eram cultivados – 
como o tabaco – e, à medida que ganhavam 
mercado na Europa, davam retorno lucrativo a 
Coroa Portuguesa. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
Português] 
O texto aborda produtos cultivados no Brasil 
do século XVIII, açúcar e tabaco, ambos 
comercializados em diversos locais do mundo, 
como se verifica em “todos os reinos e 
províncias da Europa” e “muito afamado em 
todas as quatro partes do mundo”. O autor 
também salienta os lucros gerados pelos 
produtos (“cabedal” e “emolumentos”). 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[D] 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
Biologia] 
A introdução de alimentos de origem 
proteica como carne é um componente que 
entra no metabolismo de construção (plástico) 
do indivíduo. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
História] 
O movimento das bandeiras promoveu uma 
série de mudanças no Brasil Colonial. A partir do 
avanço para o interior, desrespeitando a linha 
de Tordesilhas, os bandeirantes fundaram vilas 
e vilarejos (que originaram novas Capitanias, 
como a de Goiás), descobriram o ouro e 
interagiram com os indígenas (promovendo, ao 
mesmo tempo, mudanças de hábitos para 
ambos os lados e uma dizimação em massa dos 
índios). 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[A] 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
Geografia] 
O Rio Tietê foi curso desbravador para o 
interior utilizado pelas bandeiras. Estão 
incorretas as alternativas: [B], porque o Tietê 
não é afluente do rio São Francisco e não tem 
relação com a migração de nordestinos; [C], 
porque sua poluição é caracterizada pela 
concentração urbano-industrial no século XX; 
[D], porque seu sentido é litoral-interior e sua 
foz, no rio Paraná; [E], porque o escoamento do 
café foi feito por ferrovias e sua nascente não 
chega ao Porto de Santos. 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
História] 
Desde o período colonial, sobretudo nos 
séculos XVII e XVIII o rio Tietê foi muito 
importante na perspectiva econômica. Através 
deste rio, os bandeirantes paulistas foram em 
busca de metais preciosos na região das Minas 
Gerais. Foi utilizado também para capturar 
nativos. Também foi útil nas bandeiras 
chamadas “Monções” que visavam abastecer as 
áreas mineratórias. 
 
 
 
 
 
 
 
68 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[A] 
 
Trata-se da formação do território brasileiro 
e da divisão política do país ao longo do tempo. 
O Tratado de Madri ([I]/mapa A) corresponde à 
ampliação do território para áreas a oeste do 
antigo Tratado de Tordesilhas. O Tratado de 
Petrópolis ([II]/mapa C) refere-se à 
incorporação do Acre ao território brasileiro. A 
Constituição de 1988 ([III]/mapa E) determinou 
a atual divisão política do país com criação do 
estado de Tocantins a partir do norte de Goiás, 
transformou os territórios de Roraima e Amapá 
em estados e incorporou Fernando de Noronha 
a Pernambuco. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[B] 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
Geografia] 
Nos “caminhos de Minas Gerais à Bahia”, as 
unidades geomorfológicas (relevo) que mais se 
destacam são a Depressão Sertaneja e do São 
Francisco (incluindo o vale do rio São Francisco 
– MG/BA) e os Planaltos e Serras de Leste-
Sudeste (incluindo a Serra do Espinhaço – MG). 
Na região planáltica do Espinhaço, localizam-se 
as cidades históricas mineiras que se originaram 
com o ciclo da mineração (ouro) no século XVIII. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
História] 
O Rio São Francisco está associado à 
expansão da pecuária, atividade considerada 
secundária e complementar. As atividades mais 
importantes do período colonial, como a cana 
de açúcar, algodão e cacau não dependeram do 
rio para transporte ou irrigação. 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[E] 
 
O Tratado de Madri, assinado em 1750, foi 
firmado entre os reis de Portugal e Espanha 
para encerrar as disputas entre essas 
Monarquias no que dizia respeito ao território 
sul-americano. Assumindo o desrespeito ao 
Tratado de Tordesilhas, Portugal e Espanha 
definiram que o novo Tratado passaria a ser o 
único válido a partir da sua assinatura, 
determinando que a Colônia do Sacramento 
ficaria com a Espanha enquanto os Sete Povos 
das Missões ficariam com os portugueses. As 
principais bases definidoras do novo Tratado 
foram os acidentes geográficos naturais do 
território. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[B] 
 
A pecuária, no Brasil Colônia, representou 
uma atividade que, ao mesmo tempo, 
contribuiu para o avanço do território rumo ao 
interior e interligou a economia colonial através 
do fornecimento de produtos – como carne, 
couro, transporte e força motriz – para o 
mercado interno. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[D] 
 
Nos séculos XVII e XVIII, ocorreu um 
processo de expansão para o interior 
ultrapassando a linha de Tordesilhas 
contribuindo para ampliar o território 
português. Diversas atividades econômicas 
foram importantes para esse processo de 
interiorização, tais como, pecuária, mineração, 
atuação dos bandeirantes paulistas, drogas do 
sertão, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
69 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[E] 
 
No século XVIII, a mineração foi a atividade 
econômica mais importante na colônia, 
gerando inúmeras transformações, tais como, 
mudança do eixo econômico do Nordeste para 
o centro, transferência da capital de Salvador 
para a cidade do Rio de Janeiro, crescimento 
demográfico, surgimento de uma camada 
intermediária, aspecto mais urbano com a 
criação de cidades. As atividades dos 
bandeirantes paulistas nos séculos XVII e XVIII 
contribuíram para o surgimento de cidades. 
Caça ao índio, caça ao ouro, monções e 
sertanismo de contrato foram as principais 
atividades dos bandeirantes paulistas. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[A] 
 
A afirmativa [I] está incorreta porque 
manufaturas ou maquinofaturas estavam 
proibidas na colônia portuguesa, por decreto 
real, até 1809; 
A afirmativa [IV] está incorreta porque as 
bandeiras de apresamento visavam os 
indígenas, e não os africanos. E no Vale 
Amazônico o sub-ciclo desenvolvido foi o das 
Drogas do Sertão. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[B] 
 
É importante destacar que as terras nointerior 
da colônia já estavam ocupadas pelos nativos. 
As bandeiras foram expedições particulares e 
não foram financiadas pela coroa portuguesa. 
As bandeiras atuaram na caça ao índio, 
prospecção de metais preciosos e na defesa das 
propriedades através do sertanismo de 
contrato. 
 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[A] 
 
Algumas atividades foram decisivas no 
processo de expansão territorial do Brasil 
colonial. Podemos citar, como exemplos, a 
pecuária, as drogas do sertão e a mineração. No 
caso da primeira, o avanço mais significativo foi 
para o interior da região Nordeste. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[D] 
 
Desde o início da colonização havia uma disputa 
entre os países Ibéricos pela região Sul, em 
especial na bacia do rio da Prata. Em 1680, 
Portugal criou a Colônia do Sacramento em 
terras espanholas. A Espanha, por sua vez, criou 
em 1687 os Sete Povos das Missões em terras 
Portuguesas. Daí iniciou um grande conflito na 
região citada. Em 1750, pelo Tratado de Madri, 
Portugal entregou a Colônia do Sacramento 
para a Espanha e recebeu os Sete Povos das 
Missões. Em função disso, os jesuítas e os índios 
guaranis dos Sete Povos das Missões entraram 
em conflito com os portugueses. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[B] 
Correção a partir das incorretas [I] e [III]. Os 
bandeirantes paulistas visando fugir da miséria, 
isolamento e da pobreza realizaram diversas 
atividades como aprisionar índios e a caça ao 
ouro. As atividades realizadas pelos 
bandeirantes não possuíam nenhuma relação 
com o modelo de colônia de povoamento 
desenvolvido no Norte das Treze colônias. Da 
mesma forma, os bandeirantes paulistas não 
ensinaram as técnicas da agricultura para os 
nativos. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[A] 
Durante a ação dos bandeirantes, 
principalmente, o rio Tietê foi utilizado para a 
penetração no interior das capitanias, num 
processo conhecido como Interiorização 
Colonial. 
 
 
 
 
 
 
 
70 
HISTÓRIA DO BRASIL – COLÔNIA: CRISE DO 
SISTEMA COLONIAL, MOVIMENTOS NATIVISTAS 
E SEPARATISTA 
QUESTÃO 01 
(Ufjf-pism 1 2020) 
Observe as imagens abaixo: 
 
 
 
Considerando seu conhecimento sobre os 
dois movimentos a que se referem as imagens, 
é CORRETO afirmar que: 
 
A) A composição social dos dois movimentos era 
diferente e, por isso, os dois defendiam o fim 
da desigualdade de classe e raça. 
B) Os líderes dos dois movimentos se 
mantinham afastados do povo, evitando a 
participação dos pobres, escravos e sendo 
contrários à escravidão. 
C) Os negros e ex-escravos mantinham-se na 
liderança dos dois movimentos, defendendo 
o fim do pacto colonial e a independência do 
Brasil. 
D) A presença dos negros nos dois movimentos 
foi decisiva para o projeto de resistência 
social e luta armada contra Portugal e a 
burguesia brasileira. 
E) A diferença social entre os dois movimentos 
foi fundamental para os dois projetos, que se 
distinguiam, sobretudo, no que se refere à 
defesa do fim da escravidão. 
QUESTÃO 02 
(Fac. Arbert Einstein - Medicin 2019) 
 
Crise do sistema colonial é, portanto, aqui 
entendida como o conjunto de tendências 
políticas e econômicas que forcejavam no 
sentido de distender ou mesmo desatar os laços 
de subordinação que vinculavam as colônias 
ultramarinas às metrópoles europeias. 
(Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do 
Antigo Sistema Colonial (1777-1808), 1981.) 
 
A crise mencionada no texto pode ser 
associada, entre outros fatores, 
 
A) ao fim do colonialismo europeu nas Américas 
e na África e ao surgimento de ideias sociais 
libertadoras nos dois continentes. 
B) à consolidação da hegemonia marítima 
britânica e às limitações impostas pela 
Inglaterra ao tráfico atlântico de escravos. 
C) ao crescimento do republicanismo no Brasil e 
ao esforço de redemocratização política 
empreendido na Europa e na América. 
D) à influência crescente dos Estados Unidos 
nas decisões políticas brasileiras e à 
ampliação do comércio com os países 
hispano-americanos. 
E) ao declínio da política mercantilista na 
Europa e ao avanço das propostas 
reformistas e liberais na economia e na 
política. 
 
QUESTÃO 03 
(Mackenzie 2019) 
 
“O resto empório das douradas Minas 
Por mim o falará: quando mais finas 
Se derramam as lágrimas no imposto 
Clama o desgosto de um país decadente. ” 
(Cláudio Manoel da Costa) 
 
O intelectual e advogado, autor da poesia 
acima, foi um dos integrantes da mais 
importante revolta colonial brasileira, 
conhecida como Inconfidência Mineira. 
 
Sobre esse movimento podemos afirmar que 
 
 
 
 
 
 
 
71 
A) era de natureza nativista e influenciado pelos 
discursos iluministas. Buscava a proclamação 
da república, que teria Ouro Preto como 
capital, também o perdão de todas as dívidas 
para com a Fazenda Real. 
B) manifestava-se contra os rigores da política 
fiscal metropolitana sobre a Capitania das 
Minas, exercida através da Casa de 
Contratação, e inspirava-se nos ideais 
revolucionários franceses. 
C) visava à independência econômica e à 
política da Colônia. O levante foi deflagrado 
quando se exigiu o pagamento dos impostos 
atrasados pelas Casas de Fundição em todo o 
país. 
D) era de caráter nacionalista, visando à 
independência da Colônia e ao rompimento 
dos lanços com a metrópole, com o livre 
direito de implantação de manufaturas nas 
capitanias e ao comércio exterior. 
E) foi ideologicamente influenciado pelos 
princípios iluministas, divulgados em Minas 
por uma elite intelectual e acolhidos pela 
população local, devido à crise econômica. 
 
QUESTÃO 04 
(Espcex Aman 2018) 
 
No início do século XVIII, a concorrência das 
Antilhas fez com que o preço do açúcar 
brasileiro caísse no mercado europeu. Os 
proprietários de engenho, em Pernambuco, 
para minimizar os efeitos desta crise, 
recorreram a empréstimos junto aos 
comerciantes da Vila de Recife. Esta situação 
gerou um forte antagonismo entre estas partes, 
que se acirrou quando D. João V emancipou 
politicamente Recife, deixando esta de ser 
vinculada a Olinda. Tal fato desobrigou os 
comerciantes de Recife do recolhimento de 
impostos a favor de Olinda. O conflito que 
eclodiu em função do acima relatado foi a 
 
A) Revolta de Beckman. 
B) Guerra dos Mascates. 
C) Guerra dos Emboabas. 
D) Insurreição Pernambucana. 
E) Conjuração dos Alfaiates. 
 
 
QUESTÃO 05 
(Uece 2018) 
 
Ocorridos entre os meados do século XVII até as 
primeiras décadas do século XVIII, os 
movimentos nativistas apresentam-se como os 
primeiros sinais de uma crise do sistema 
colonial. 
 
Sobre esses movimentos, é correto afirmar que 
 
A) tinham como principal objetivo a separação 
política entre colônia e metrópole, com a 
autonomia administrativa e a formação de 
novas nações livres nas regiões onde 
ocorriam. 
B) em Minas Gerais, com a Guerra dos 
Emboabas e a Revolta de Felipe dos Santos, 
no Maranhão, com a Revolta dos Beckman, e 
em Pernambuco, com a Insurreição 
Pernambucana e a Guerra dos Mascates, 
aparecem as divergências entre os interesses 
dos colonos e os da metrópole. 
C) ocorreram somente em locais que 
vivenciavam crises econômicas, como o Rio 
Grande do Sul (Farroupilha 1835-1845) e 
Pernambuco (Revolução Pernambucana de 
1817). 
D) somente a Confederação do Equador, 
ocorrida no nordeste brasileiro, pode ser 
tomada como um legítimo movimento 
nativista, uma vez que não pretendia a 
separação política em relação a Portugal, 
mas, somente, maior autonomia 
administrativa. 
 
QUESTÃO 06 
(Uefs 2018) 
 
A Inconfidência Mineira (1789) e a Conjuração 
Bahiana (1798) expressaram localmente o 
conjunto de mudanças ocorridas no Mundo 
Ocidental a partir de meados do século XVIII. 
Apesar de suas diferenças, os dois movimentos 
opunham-se 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
72 
A) à submissão colonial implícita na política 
mercantilista metropolitana. 
B) à importação de ideais iluministas pela 
cultura brasileira.C) à divisão do país entre ricos donatários 
portugueses. 
D) à influência das independências das Colônias 
Inglesas da América. 
E) à participação de homens livres pobres na 
preparação da independência. 
 
QUESTÃO 07 
(Expcex Aman 2018) 
 
As ideias iluministas começaram a circular no 
Brasil na segunda metade do século XVIII. Elas 
refletiram-se em vários campos da atividade e 
do conhecimento humano. Assinale, dentre as 
alternativas abaixo, aquela que apresenta um 
filósofo deste período, cujo pensamento 
incentivou, de forma relevante, a Inconfidência 
Mineira. 
 
A) Jean-Jacques Rousseau. 
B) Adam Smith. 
C) François Quesnay. 
D) Vicent de Gournay. 
E) Nicolau Maquiavel. 
 
QUESTÃO 08 
(G1 - ifsul 2017) 
 
As revoltas nativistas foram aquelas que 
tiveram como causa principal o 
descontentamento dos colonos brasileiros com 
as medidas tomadas pela coroa portuguesa. 
Ocorreram entre o final do século XVII e início 
do XVIII. 
Disponível em: <http: 
//www.historiadobrasil.net/brasil_colonial/revoltas_nati
vistas.htm>.Acesso em: 22 jul. 2016. 
 
Entre as principais revoltas nativistas, 
destacam-se, 
 
A) Beckman e Filipe dos Santos. 
B) Cabanagem e Balaiada. 
C) Sabinada e Farrapos. 
D) Carrancas e Setembrada. 
QUESTÃO 09 
(Mackenzie 2017) 
 
A Inconfidência Mineira representou 
potencialmente uma das maiores ameaças de 
subversão da ordem colonial. O fato de ter 
ocorrido na área das Minas, área na qual a 
permanente vigilância e repressão sobre a 
população eram as tarefas maiores das 
autoridades públicas, indica um alto grau de 
consciência da capacidade de libertação da 
dominação metropolitana. 
Resende, Maria Eugênia Lage de. A Inconfidência 
Mineira. São Paulo: Global, 1988. 
 
De acordo com o texto acima assinale a 
assertiva correta. 
 
A) A opulência da produção mineradora alcançou 
o seu apogeu na segunda metade do século 
XVIII, aumentando a ganância da metrópole 
portuguesa, que acreditava que os mineiros 
estivessem sonegando impostos e passou a 
usar de violência na cobrança dos mesmos. 
B) O descontentamento dos colonos aumentava 
de acordo com o preço das mercadorias 
importadas, já que eram proibidas as 
manufaturas na Colônia. Além disso, os jornais 
que circulavam na região, alertavam a 
população sobre a corrupção nos altos cargos 
administrativos coloniais. 
C) Sofrendo violenta opressão, a classe dominante 
mineira conscientizou-se das contradições 
entre os seus interesses e os da metrópole. 
Influenciada pelo pensamento iluminista e na 
iminência da cobrança da derrama em Vila Rica, 
em 1789, preparou uma insurreição. 
D) Contando com adesão e apoio efetivo de 
diversas parcelas da população mineira, os 
insurgentes reivindicavam um governo 
republicano inspirado na ideias presentes na 
Constituição dos EUA, mas foram traídos por 
um dos participantes em troca do perdão de 
suas dívidas pessoais. 
E) Mesmo sem ter ocorrido de fato, a 
Inconfidência Mineira, o apoio recebido da 
população revoltada e influenciada pelos ideais 
iluministas, demonstrou a maturidade do 
processo pela independência do país. Tal 
engajamento vai estar presente durante todas 
as lutas em prol da nossa emancipação. 
 
 
 
 
 
 
73 
 QUESTÃO 10 
(Uece 2017) 
Atente ao seguinte enunciado: “Nove anos após 
a Inconfidência Mineira, idealizada e liderada 
por membros da elite da capitania de Minas 
Gerais (advogados, magistrados, militares, 
padres e ricos contratantes), uma nova revolta 
ocorreu na Colônia, contra a dominação 
portuguesa. Essa, entretanto, não ficou restrita 
a um pequeno grupo da elite de brancos e 
intelectuais ou às ideias políticas liberais. Teve 
a participação e mesmo a liderança de pessoas 
oriundas dos grupos desprivilegiados (mulatos, 
brancos pobres, negros livres e escravos), dela 
participaram o médico Cipriano José Barata de 
Almeida, os soldados Lucas Dantas do Amorim 
Torres e Luís Gonzaga das Virgens e os alfaiates 
João de Deus do Nascimento e Manuel Faustino 
dos Santos Lira. Seus objetivos incluíam, além 
da autonomia em relação a Portugal, a 
implantação de um governo republicano, a 
busca por igualdade racial com a abolição da 
escravidão e o fim dos privilégios sociais e 
econômicos das elites, com a diminuição dos 
impostos e com aumentos salariais para o 
povo”. 
 
O enunciado acima se refere ao movimento 
separatista colonial denominado 
A) Conjuração Baiana, de 1798. 
B) Revolução Pernambucana, de 1817. 
C) Revolução Praieira, de 1848. 
D) Confederação do Equador, de 1824. 
 
QUESTÃO 11 
(Fuvest 2017) 
Os ensaios sediciosos do final do século XVIII 
anunciam a erosão de um modo de vida. A crise 
geral do Antigo Regime desdobra-se nas áreas 
periféricas do sistema atlântico – pois é essa a 
posição da América portuguesa –, apontando 
para a emergência de novas alternativas de 
ordenamento da vida social. 
István Jancsó, “A Sedução da Liberdade”. In: 
Fernando Novais, História da Vida Privada no Brasil , v. 1. 
São Paulo: Companhia das Letras, 1997. Adaptado. 
 
A respeito das rebeliões contra o poder 
colonial português na América, no período 
mencionado no texto, é correto afirmar que, 
A) em 1789 e 1798, diferentemente do que se 
dera com as revoltas anteriores, os sediciosos 
tinham o claro propósito de abolir o tráfico 
transatlântico de escravos para o Brasil. 
B) da mesma forma que as contestações 
ocorridas no Maranhão em 1684, a sedição 
de 1798 teve por alvo o monopólio exercido 
pela companhia exclusiva de comércio que 
operava na Bahia. 
C) em 1789 e 1798, tal como ocorrera na Guerra 
dos Mascates, os sediciosos esperavam 
contar com o suporte da França 
revolucionária. 
D) tal como ocorrera na Guerra dos Emboabas, 
a sedição de 1789 opôs os mineradores 
recém-chegados à capitania aos empresários 
há muito estabelecidos na região. 
E) em 1789 e 1798, seus líderes projetaram a 
possibilidade de rompimento definitivo das 
relações políticas com a metrópole, 
diferentemente do que ocorrera com as 
sedições anteriores. 
 
QUESTÃO 12 
(G1 - ifba 2017) 
Após a leitura do texto abaixo e dos seus 
conhecimentos sobre o tema, responda a 
questão abaixo: 
“A Inconfidência Mineira (1789) e a 
Inconfidência Baiana (1798) têm em comum o 
fato de serem reprimidas pela Coroa 
Portuguesa ainda na fase de preparativos e o 
desejo de autonomia de seus participantes, pois 
consideravam-se prejudicados e excluídos dos 
benefícios pelos quais acreditavam ter direito 
de usufruir em sua plenitude. Apesar de 
algumas opiniões contraditórias, percebe-se 
que o diferencial entre as duas conjurações é o 
fato de que a Conjuração Mineira teve um 
caráter elitista em sua organização e execução 
até o fim, enquanto a Conjuração Baiana, ao 
adquirir contornos mais radicais e populares, 
causou o afastamento dos líderes intelectuais 
da elite local que organizaram inicialmente o 
movimento, fazendo com que mulatos, 
escravos, brancos pobres e negros libertos se 
transformassem nos cabeças do levante.” 
Disponível em: 
http://historiasylvio.blogspot.com.br/2013/inconfidencia
-mineira-x-inconfidenciabaiana. Acesso em: 02/09/2016. 
 
 
 
 
 
 
 
74 
Fazendo um paralelo entre os movimentos 
revolucionários, a Inconfidência Mineira e a 
Conjuração Baiana, podemos afirmar que: 
 
A) Enquanto os participantes da Inconfidência 
Mineira, em geral buscaram como modelo 
político a república organizada nos Estados 
Unidos, na Conjuração Baiana foi clara a 
inspiração na Revolução Francesa. 
B) A existência da imprensa livre no século XVIII 
no Brasil possibilitou a difusão dos ideais de 
liberdade e igualdade em Minas e nas outras 
as regiões do país, possibilitando o êxito dos 
revoltos. 
C) Na capitania das Minas Gerais, o consumo de 
livros era inferior, quando comparado a 
outras capitanias, o que dificultou a 
discussão dos ideais emancipacionistas pelos 
setores médios urbanos. 
D) Na Inconfidência Mineira, houveum amplo 
apoio das camadas populares, dando maior 
força ao movimento, enquanto a Conjuração 
Baiana ficou restrita a intelectuais. 
E) Na conjuração baiana os envolvidos 
restringiram suas ações a reuniões secretas 
coordenadas pela loja maçônica Cavaleiros 
da Luz, sem nenhuma iniciativa de 
convocação pública para a luta. 
 
QUESTÃO 13 
(Unesp 2017) 
 
A Inconfidência Mineira (1789) e a Conjuração 
Baiana (1798) tiveram semelhanças e 
diferenças significativas. É correto afirmar que 
 
A) as duas revoltas tiveram como objetivo 
central a luta pelo fim da escravidão. 
B) a revolta mineira teve caráter 
eminentemente popular e a baiana, 
aristocrático e burguês. 
C) a revolta mineira propunha a independência 
brasileira e a baiana, a manutenção dos laços 
com Portugal. 
D) as duas revoltas obtiveram vitórias militares 
no início, mas acabaram derrotadas. 
E) as duas revoltas incorporaram e difundiram 
ideias e princípios iluministas. 
 
QUESTÃO 14 
(Enem 2017) 
O instituto popular, de acordo com o exame da 
razão, fez da figura do alferes Xavier o principal 
dos Inconfidentes, e colocou os seus parceiros 
a meia ração de glória. Merecem, decerto, a 
nossa estima aqueles outros; eram patriotas. 
Mas o que se ofereceu a carregar com os 
pecadores de Israel, o que chorou de alegria 
quando viu comutada a pena de morte dos seus 
companheiros, pena que só ia ser executada 
nele, o enforcado, o esquartejado, o 
decapitado, esse tem de receber o prêmio na 
proporção do martírio, e ganhar por todos, visto 
que pagou por todos. 
ASSIS, M. Gazeta de Notícias, n. 114, 24 abr. 1892. 
 
No processo de transição para a República, a 
narrativa machadiana sobre a Inconfidência 
Mineira associa 
 
A) redenção cristã e cultura cívica. 
B) veneração aos santos e radicalismo militar. 
C) apologia aos protestantes e culto ufanista. 
D) tradição messiânica e tendência regionalista. 
E) representação eclesiástica e dogmatismo 
ideológico. 
 
QUESTÃO 15 
(G1 – col. naval 2016) 
Em 1682, foi criada a Companhia Geral do 
Comércio do Estado do Maranhão, com o 
objetivo de controlar os atritos entre 
fazendeiros e religiosos na disputa pelo 
trabalho indígena, mais barato que o africano, e 
incentivar a produção local... A companhia 
venderia aos habitantes do Maranhão produtos 
europeus, como azeite, vinho e tecidos, e deles 
compraria o que produzissem, como algodão, 
açúcar, madeira e as drogas do sertão, para 
comercializar na Europa. Também deveria 
fornecer à região quinhentos escravos por ano, 
uma fonte alternativa de mão de obra, diante 
da resistência jesuítica em permitir a escravidão 
de nativos. Os preços cobrados pela companhia, 
entretanto, eram abusivos, e ela não cumpria os 
acordos, como o fornecimento de escravos. 
VICENTINO, Claudio e DORIGO, Gianpaolo. História 
Geral e do Brasil. Editora Scipione, SP, 2010 – p. 358. 
 
 
 
 
 
 
75 
O texto acima descreve uma situação que 
colaborou para o acontecimento de um 
conflito, no período colonial brasileiro ocorrido 
na segunda metade do século XVII, que ficou 
conhecido como 
 
A) Revolta de Beckman. 
B) Guerra dos Mascates. 
C) Guerra dos Emboabas. 
D) Revolta de Felipe dos Santos. 
E) Revolta de Amador Bueno. 
 
 RESOLUÇÕES 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[E] 
 
A Inconfidência Mineira e a Conjuração 
Baiana eram diferentes, principalmente, em 
suas bases sociais: o movimento mineiro era 
elitista enquanto o baiano era popular. Por isso, 
a defesa da Abolição da escravatura só esteve 
presente na Conjuração Baiana. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[E] 
 
Ainda dentro do contexto do Antigo Regime, 
isto é, Absolutismo e Mercantilismo, a 
Península Ibérica sofreu uma grave crise 
econômica a partir do final do século XVII, daí 
aumentou a dependência das duas metrópoles 
em relação as colônias. Portugal, por sua vez, 
mergulhado nessa crise econômica, necessitava 
de recursos para manter o aparato estatal. 
Visando reforçar o Absolutismo, o Marquês de 
Pombal, déspota esclarecido e ministro do rei 
José I, 1750-1777, adotou um Reformismo 
Ilustrado, inspirado no Iluminismo, através de 
reformas para modernizar o Estado Português, 
criou uma política fiscal mais dura para a 
colônia pagar. Impostos como a “Derrama”, 
irritou profundamente a elite mineira 
contribuindo para a Inconfidência Mineira. 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[E] 
 
A Inconfidência Mineira de 1789 foi o 
primeiro movimento de caráter libertário, ou 
seja, visava a separação, adotar uma República, 
mudar a capital, criar universidade, entre outras 
propostas. Esse movimento foi organizado pela 
elite mineira no contexto da crise da mineração 
quando a corte portuguesa criou a derrama, 
inspirado nas ideias iluministas e na 
independência dos EUA, sem preocupação 
social. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[B] 
 
A Guerra dos Mascates foi um conflito 
nativista ocorrido em Pernambuco que opôs, 
pela primeira vez na história colonial, 
brasileiros e portugueses, representados, 
respectivamente, pelos senhores de engenho 
de Olinda e pelos comerciantes de Recife. As 
causas para tal conflito foram a insatisfação dos 
senhores de engenho de Olinda com o 
monopólio comercial estabelecido pelos 
comerciantes portugueses em Recife e a 
importância que o governo português dava à 
Recife, em detrimento da valorização de Olinda. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[B] 
 
As Revoltas Nativistas foram movimentos 
coloniais que não buscavam a separação entre 
Metrópole e Colônia, mas, sim, questionavam 
algum aspecto do Pacto Colonial, como a 
cobrança de um imposto ou algum privilégio 
social. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[A] 
 
A Inconfidência Mineira e a Conjuração 
Baiana foram movimentos independentistas, ou 
seja, eram contra o controle metropolitano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
76 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[A] 
 
Por eliminação, o único filósofo político do 
Iluminismo presente nas alternativas é 
Rousseau. Smith, Quesnay e Gournay, 
iluministas também, desenvolveram teorias no 
campo da Fisiocracia, a política econômica do 
Iluminismo. E Maquiavel foi um teórico do 
Absolutismo, não do Iluminismo. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[A] 
 
Durante o período do Brasil Colonial ocorreram 
diversas revoltas que os historiadores dividem 
em dois grupos: Nativistas e Libertárias. As 
nativistas não visavam à independência do 
Brasil, geralmente o motivo era econômico, 
impostos excessivos e exploração econômica. 
As revoltas libertárias tinham motivação 
política, visavam à independência do Brasil. A 
revolta de Beckman ocorreu no Maranhão, em 
1684, e a revolta de Filipe dos Santos ocorreu 
em Vila Rica, 1720, e são dois exemplos de 
revoltas nativistas. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[C] 
 
A Inconfidência Mineira articulava-se para vir à 
tona no dia estipulado para a cobrança da 
derrama, um dos impostos mais pesados sobre 
a exploração do ouro, em Vila Rica. Numa 
conjuntura de exploração colonial e alta 
cobrança de impostos, um grupo de moradores 
decidiu organizar um movimento de 
contestação colonial, que visava, ao fim e ao 
cabo, proclamar a Independência brasileira. Tal 
movimento não saiu do papel: foi delatado por 
um traidor e sufocado pela Coroa portuguesa 
antes de virar realidade. 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[A] 
 
O Brasil colonial assistiu a dois movimentos 
inconfidentes, muito diferentes entre si: a 
Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana. 
Enquanto a Mineira era elitista, a Baiana era 
popular e, por isso, a constituição de ambas era 
bastante diferente. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[E] 
 
A questão faz referência a duas conjurações 
que ocorreram no Brasil colonial: a 
Inconfidência Mineira (1789) e a Conjuração 
Baiana (1798). Diferentemente das chamadas 
Revoltas Nativistas, ocorridas anteriormente, as 
conjurações buscavam a separação entre 
Metrópole e Colônia, ou seja, buscavam a 
Independência do Brasil. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12:[A] 
 
Além da diferença na base social, as 
Inconfidências mineira e baiana inspiraram-se 
em movimentos externos diferentes. Enquanto 
os mineiros se espelharam na Revolução 
Americana, os baianos seguiram os passos da 
Revolução Francesa. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[E] 
 
Tanto a Inconfidência Mineira quanto a 
Conjuração Baiana tiveram influência iluminista 
nas suas concepções políticas e sociais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
77 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[A] 
 
Os agentes proclamadores da República 
buscaram forjar novos heróis nacionais para 
legitimar o novo regime. Dentre os heróis 
escolhidos estava Tiradentes, cuja figura, para 
ser exaltada, foi aproximada da imagem crística 
e colocada como defensora da soberania 
nacional. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[A] 
 
O texto menciona a Revolta de Beckman 
ocorrida em 1684 no Maranhão. Esta era uma 
região pobre, vivendo principalmente da 
exploração das drogas do sertão e da pequena 
lavoura apoiada no trabalho indígena, mais 
barato que o africano. O uso dos nativos como 
escravos desencadeou uma forte oposição dos 
padres jesuítas da região. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
78 
HISTÓRIA DO BRASIL – PERÍODO JOANINO E 
INDEPENDÊNCIA DO BRASIL 
QUESTÃO 01 
(G1 - cftrj 2020) 
 
A cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro era 
um burgo colonial modesto. O ambiente era 
descrito como acanhado e desprovido de 
recursos para os padrões europeus. Mas a 
chegada da família Real portuguesa 
transformou a cidade, que em poucos anos se 
tornou a capital do Império Português. 
 
A respeito dessas transformações, é correto 
afirmar que: 
 
A) Abertura dos portos às nações amigas 
incentivou o comércio de produtos ingleses 
na cidade. 
B) Os recursos financeiros trazidos pela família 
Real Portuguesa foram investidos na 
urbanização da cidade. 
C) As missões científicas atraídas por D. João VI 
visavam industrializar o Rio de Janeiro. 
D) O Horto Real, o Aqueduto da Lapa e a 1ª 
ferrovia do Brasil estão entre as realizações 
de D. João VI. 
 
QUESTÃO 02 
(Fgv 2020) 
A primeira medida importante tomada pelo 
Príncipe-Regente após sua chegada foi o Alvará 
de 1o de abril de 1808. O propósito 
fundamental do ato legislativo era promover a 
industrialização do Brasil. Alguns importantes 
incentivos foram concedidos por meio do Alvará 
de 28 de abril de 1809: isenção de imposto de 
exportação para manufaturados nacionais, uso 
obrigatório de bens nacionais pelas tropas reais 
e a distribuição anual de 60 mil cruzados entre 
os industriais na tecelagem de algodão, lã e 
seda. 
(Carlos Manuel Peláez e Wilson Suzigan. História 
monetária do Brasil, 1981. Adaptado.) 
Considerando as informações do texto e 
conhecimentos sobre a transferência da Corte 
portuguesa para o Brasil, pode-se afirmar que o 
governo 
A) promovia a industrialização do país, 
cobrando impostos elevados de mercadorias 
importadas da Inglaterra. 
B) procurava ampliar o mercado consumidor 
interno, abolindo gradualmente a exploração 
do trabalho escravo. 
C) desenvolvia a indústria armamentista, 
objetivando a expulsão das tropas 
bonapartistas do território português. 
D) visava aparelhar a colônia como o centro do 
Império, viabilizando as políticas econômicas 
contrárias aos estatutos coloniais. 
E) invertia a ordem do domínio colonial, 
bloqueando o desenvolvimento da economia 
manufatureira no reino de Portugal. 
 
QUESTÃO 03 
(Famerp 2020) 
 
A independência foi, desse modo, ruptura e 
continuidade. 
(Miriam Dolhnikoff. História do Brasil Império, 2019.) 
 
Na independência brasileira, uma ruptura e 
uma continuidade podem ser exemplificadas, 
respectivamente, 
 
A) pelo esforço de unificação nacional e pelo 
respeito aos direitos trabalhistas. 
B) pelo afastamento da Grã-Bretanha e pela 
aproximação com os Estados Unidos. 
C) pela fragmentação política do território e 
pela hegemonia política das elites rurais. 
D) pelo rompimento em relação ao império 
português e pela preservação da escravidão. 
E) pela implantação do sistema republicano e 
pelo estímulo à produção agrícola. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
79 
QUESTÃO 04 
(Ufjf-pism 2 2020) 
 
A transferência da Corte portuguesa para o 
Brasil em 1808 abrange um conjunto de 
transformações únicas que significaram um 
marco e um “impacto dramático” para a vida 
cotidiana da cidade do Rio de Janeiro e para 
todos os súditos que integravam este vasto 
império. 
Das alternativas abaixo, marque a alternativa 
CORRETA: 
 
A) A abertura dos portos às nações amigas em 
1808 criou disposições legais que 
prejudicaram o desenvolvimento industrial 
do Brasil e ainda contribuíram para o fim da 
escravidão. 
B) Com a vinda da família real ao Brasil, 
instituiu-se uma distribuição de propriedades 
privadas, via sistema de sesmaria, com 
objetivos de ampliar a doação de terras para 
os súditos da nova sede da monarquia 
portuguesa. 
C) A transferência da Corte para o Rio de Janeiro 
levou à criação de um conjunto importante 
de instituições, tais como a Intendência Geral 
da Polícia e o primeiro banco a funcionar em 
terras brasileiras, o Banco do Brasil. 
D) Uma das primeiras medidas da família real ao 
se instalar no Rio de Janeiro foi abrir espaço 
para maior participação dos setores 
populares nas questões políticas do império 
português. 
E) Dentre as transformações mais impactantes 
ocorridas com a chegada da corte em 1808, 
pode-se mencionar a modernização do Brasil 
e a abolição da escravidão, prejudicando os 
cafeicultores e grandes proprietários rurais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 05 
(Unicamp 2020) 
 
 
 
 
A partir das fontes visuais reproduzidas e de 
seus conhecimentos, assinale a alternativa 
correta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
80 
A) A única monarquia americana precisou 
afirmar a figura do governante e sua memória 
política, recorrendo à imagética da 
autoridade real francesa do Antigo Regime. 
Este mecanismo foi enaltecido pela imprensa 
do liberalismo constitucional. 
B) Debret usou o quadro de Rigaud como 
referência visual e preparou retratos em seu 
estúdio no Rio de Janeiro. Isto era 
importante, pois a autoridade monárquica 
joanina assentou-se na liturgia política e no 
pouco uso da violência. 
C) O retrato de D. João não foi pintado para ser 
exposto, embora existisse no Rio de Janeiro 
da época um circuito expositivo de salões de 
belas artes, pinacotecas, museus, onde 
pudesse ser visto. Tais espaços foram 
renomeados na República. 
D) O projeto de europeização da corte do Rio de 
Janeiro e a necessidade de afirmar a 
autoridade de D. João VI levaram a uma 
política de fomento à imagética do poder 
baseada, aqui, na da monarquia francesa. 
 
QUESTÃO 06 
(Famema 2020) 
 
Observe as obras que representaram, 
posteriormente aos fatos, os processos de 
independência da Venezuela e do Brasil. 
 
 
 
 
 
Nessas representações, pode-se observar 
 
A) o caráter elitista dos movimentos 
emancipatórios. 
B) a influência das ideias liberais vindas da 
Europa. 
C) o uso de tropas coloniais com participação 
popular. 
D) o exemplo da independência norte-
americana. 
E) a negociação diplomática com as metrópoles. 
 
QUESTÃO 07 
(G1 - cps 2019) 
 
Em 1808, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro 
foi criado com a finalidade de aclimatar 
espécies vegetais provenientes de diversos 
lugares do mundo. Com isso, esperava-se criar 
condições para produzir bens apreciados na 
Europa. Hoje, essa instituição científica 
desenvolve pesquisas sobre a flora de áreas 
protegidas, contribuindo para a conservação 
ambiental. 
 
Sobre o contexto de criação dessa 
instituição, é correto mencionar81 
A) o reinado de D. Pedro II, responsável por 
diversas iniciativas na área das ciências, 
sobretudo na capital do país à época. 
B) a transferência da Corte de Portugal para o 
Brasil, quando o Rio de Janeiro se tornou a 
capital do império português. 
C) a Independência do Brasil, quando o Rio de 
Janeiro se tornou a capital da República 
recém-criada. 
D) a fundação da cidade do Rio de Janeiro, 
planejada para ser a nova capital, em 
substituição a Salvador. 
E) a proclamação da República, quando D. 
Pedro II foi deposto e a capital brasileira foi 
transferida para Brasília. 
 
QUESTÃO 08 
(Espcex Aman 2019) 
 
Quase duas décadas depois da Conjuração 
Baiana, durante a estada da Família Real 
portuguesa no Brasil e o governo de D. João VI, 
ocorreu um levante emancipacionista em 
Pernambuco que ficaria conhecido como 
Revolução Pernambucana. Um dos motivos 
desta revolta foi 
 
A) o fim do monopólio comercial de Portugal 
sobre a colônia. 
B) a grande seca de 1816. 
C) a elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal 
e Algarves. 
D) a liberação da atividade industrial no Brasil. 
E) a cobrança forçada de impostos atrasados. 
 
QUESTÃO 09 
(G1 - cftrj 2019) 
 
Em 1808, D. João VI chegou ao Brasil, fugindo 
das conquistas napoleônicas. A partir de então, 
o Rio de Janeiro passou a ser a sede do Império 
Português. O período Joanino (1808-1821) é 
considerado um precursor do processo de 
independência do Brasil. Podemos chegar a 
essa conclusão a partir do entendimento de 
que: 
 
 
A) D. João VI sofreu severas críticas durante 
todo o período em que esteve no Brasil, não 
conseguindo manter sua autoridade e seu 
governo, tendo assim que renunciar ao trono 
de Portugal. 
B) possibilitou a abertura dos portos brasileiros 
a países como Inglaterra, facilitando o 
comércio e o enriquecimento das elites no 
Brasil. 
C) o processo de independência foi uma 
iniciativa do próprio rei português, a partir do 
momento em que ele resolveu apoiar a 
Insurreição Pernambucana em 1817. 
D) a Coroa Portuguesa não tinha interesse de 
governar o Brasil, tendo em vista que perdera 
a região da Cisplatina para a Coroa 
Espanhola. 
 
QUESTÃO 10 
(Famerp 2019) 
 
[Em relação à América Espanhola, nas duas 
primeiras décadas do século XIX,] a situação da 
América Portuguesa era diferente, pois ali o 
próprio governo português parecia conduzir e 
administrar as transformações. 
(Andréa Slemian e João Paulo G. Pimenta. O 
“nascimento político” do Brasil, 2003.) 
 
Estão entre as transformações mencionadas no 
texto: 
 
A) a formação de uma Junta autônoma de 
governo e a ampliação das redes de 
transportes e comunicação internas. 
B) a abolição do regime de exclusivo 
metropolitano e a passagem do Brasil à 
condição de Reino Unido. 
C) a autorização para a implantação de 
indústrias no Brasil e o descumprimento do 
Tratado de Tordesilhas. 
D) a decretação do fim do tráfico de africanos 
escravizados e a formalização da 
independência do Brasil. 
E) a ampliação do comércio com os demais 
países da América e a eliminação das tarifas 
alfandegárias para produtos de origem 
africana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
82 
QUESTÃO 11 
(G1 - ifce 2019) 
 
Sobre a vinda da família real para o Brasil é 
correto afirmar-se que 
 
A) ao desembarcar no Brasil, Dom João VI criou 
novos impostos alfandegários que 
contribuíram para o fechamento dos portos 
brasileiros para outras nações estrangeiras. 
B) o Brasil continuou na simples posição de 
colônia do império português sem grandes 
transformações econômicas, políticas e 
culturais. 
C) foi uma medida tomada em comum acordo 
com Napoleão Bonaparte para ajudá-lo na 
integração com as nações da Europa 
Continental. 
D) a cidade do Rio de Janeiro teve o seu cenário 
transformado com a criação da Biblioteca 
Nacional, a construção do Jardim Botânico e 
o surgimento de várias casas de comércio que 
atendiam ao gosto refinado dos cortesãos 
vindos diretamente da Europa. 
E) a abertura dos portos brasileiros às 
chamadas nações amigas não privilegiou e 
nem ofereceu isenção de impostos à 
Inglaterra. 
 
QUESTÃO 12 
(G1 - ifpe 2019) 
 
TEXTO 1 
D. João VI e muitos de seus partidários 
sonhavam em refazer o Brasil à imagem da 
Europa Central. Nova Friburgo, apesar de ter 
fracassado, contribuiu para que as elites 
imaginassem o Brasil como um ímã para 
imigrantes, que transformariam o país em 
termos raciais, econômicos e culturais. 
LESSER, J. A invenção da brasilidade: identidade 
nacional, etnicidade e políticas de imigração. Trad.: 
Patrícia de Queiroz Carvalho Zimbres. São Paulo: Editora 
UNESP, 2015, p. 49. Adaptado. 
 
 
 
 
 
TEXTO 2 
Que Paris seja aqui! Assim pensava o Prefeito 
Pereira Passos durante os quatro anos da sua 
gestão (1903-1906), uma época de Belle 
Époque na qual parecia que ele queria fazer do 
Rio de Janeiro uma Paris Tropical. 
DELUIZ, Ney. Disponível em: 
https://espacomorgenlicht.wordpress.com/2013/09/02/
o-rio-que-queria-ser-paris. Acesso em: 07 maio 2019 
(adaptado). 
 
Sobre a sociedade brasileira do século XIX e do 
início do século XX, assinale a alternativa 
CORRETA. 
 
A) Os dois textos, ainda que relativos a 
momentos históricos distintos, denotam a 
persistência de uma busca por referenciais 
europeus e brancos em nossa formação 
cultural. 
B) A formação da identidade nacional brasileira 
é uma cópia do mundo europeu, como os 
dois textos assinalam e exemplificam. 
C) Em todos os contextos históricos referidos, 
demonstra-se a importância de propor a 
mestiçagem de diversas contribuições 
culturais na formação do país. 
D) No início dos séculos XIX e XX, o Brasil, na 
condição de Reino Unido, e o Brasil 
republicano, construíram modelos de 
civilização, integrando grupos sociais e raciais 
diversos. 
E) Os dois momentos históricos descritos nos 
textos, o período joanino e o início da 
República, foram marcados pela paz social, 
prosperidade econômica e estabilidade 
política. 
 
QUESTÃO 13 
(Uece 2019) 
 
Durante treze anos a família real portuguesa 
esteve no Brasil, que foi sede do império 
ultramarino português. Nesse período, diversas 
medidas tomadas pela corte proporcionaram 
transformações profundas na economia, na 
política e na cultura do Brasil. Assim, é correto 
afirmar que, nesse período, ocorreu 
 
 
 
 
 
 
 
83 
A) a Confederação do Equador, em 1824, que 
foi uma rebelião das províncias nordestinas 
contra o autoritarismo, que pretendia a 
fundação de uma república por estas partes 
do Brasil. 
B) a Revolução Pernambucana, em 1817, contra 
a opressão dos tributos para custear a corte 
no Rio de Janeiro, que marcou a insatisfação 
dos brasileiros contra a exploração 
portuguesa. 
C) a Noite das Garrafadas, episódio que 
envolveu apoiadores do rei e seus opositores, 
logo antes de sua abdicação e retorno para 
Portugal. 
D) expulsão do rei português de terras 
brasileiras, por sua resistência em aceitar a 
constituição elaborada pela Assembleia 
Constituinte e a imposição de uma 
constituição por ele outorgada. 
 
QUESTÃO 14 
(G1 - cftrj 2019) 
 
Sobre o processo de independência das 
colônias espanholas, em comparação com o do 
Brasil, podemos afirmar que: 
 
A) nas colônias espanholas, o processo de 
emancipação foi mais elitista que no Brasil, já 
que aqui o movimento de independência foi 
muito popular, incluindo as classes mais 
pobres e revolucionárias nas decisões 
políticas. 
B) a escravidão no Brasil foi abolida como 
sistema de trabalho, enquanto em todas as 
ex-colônias espanholas houve um esforço 
amplo e imediato de manter toda forma de 
trabalho compulsório. 
C) tanto no Brasil como nas colônias 
espanholas, a República foi o sistema de 
governo mais aceito, por isso fora implantado 
logo após a independência sob o controle e 
regulação das elites coloniais locais. 
D) no Brasil, o processo de independêncianão 
resultou no esfacelamento do território, 
mantendo uma unidade geográfica, 
enquanto, na América Espanhola, surgiram 
vários países a partir do movimento de 
emancipação política. 
 
QUESTÃO 15 
(Uece 2019) 
 
Sobre a transferência da Corte portuguesa para 
o Brasil em 1808, é correto afirmar que 
 
A) ocorreu sem nenhum transtorno para a 
população do Rio de Janeiro, que 
recepcionou os nobres portugueses de forma 
planejada, sem que fossem necessárias 
grandes mudanças na cidade. 
B) teve como causa direta a invasão das tropas 
francesas ao território português como 
forma de forçar a adesão do país luso ao 
bloqueio continental. 
C) foi provocada pela ameaça inglesa de invasão 
ao Brasil, caso Portugal aderisse ao Bloqueio 
Continental ao comércio britânico, imposto 
por Napoleão Bonaparte no decreto de 
Berlim, emitido em 1806. 
D) somente foi realizada como forma de 
garantir o cumprimento do tratado de 
Fontainebleau, assinado com a França, que 
garantia a mudança para o Brasil no caso de 
ameaça espanhola a Portugal. 
 
 RESOLUÇÕES 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[A] 
 
A vinda da corte portuguesa para o Brasil em 
1808 provocou inúmeras mudanças na colônia 
no campo das artes, ciências, política e 
economia. Ainda no ano de 1808, foi decretada 
a Abertura dos Portos às nações amigas, na 
prática significa o fim do pacto colonial e 
abertura da economia brasileira para produtos 
ingleses. Assim, a cidade do Rio de Janeiro, 
capital do Brasil, foi a que mais sentiu essas 
transformações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
84 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[D] 
 
A chegada da Família Real marca o início do 
processo de Independência do Brasil com 
relação a Portugal, uma vez que d. João VI 
adotou uma série de medidas que contribuíram 
para conferir autonomia política e econômica à 
Colônia, como a Abertura dos Portos, o Alvará 
de Liberdade Industrial e a Elevação à Categoria 
de Reino. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[D] 
 
O processo de independência do Brasil 
ocorreu entre 1808-1831. Em 1808, com a 
Abertura dos Portos, acabou o pacto colonial, 
foi o primeiro passo rumo à independência. Em 
1815, o Brasil tornou-se Reino a Portugal e 
Algarves perdendo o estatuto de colônia. Em 
1822, ocorreu à independência liderada por D. 
Pedro I, rompendo a relação entre Brasil e 
Portugal, embora o jovem imperador fosse 
português. Manteve-se o sistema de plantation: 
escravidão, monocultura e latifúndio. A 
independência do Brasil só foi completada em 
07/04/1831 quando D. Pedro I abdicou. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[C] 
 
A vinda da corte portuguesa para o Brasil no 
ano de 1808 gerou grandes transformações no 
Brasil, em especial, na cidade do Rio de Janeiro. 
Foi criado o Banco do Brasil, as faculdades de 
Medicina e de Direito, Jardim Botânico, 
Biblioteca, a Missão Francesa com vinda de 
muitos artistas franceses ao Brasil, entre outras 
tantas realizações durante o período Joanino, 
1808-1821. Vale dizer que a escravidão só foi 
abolida em 13 de maio de 1888. 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[D] 
 
Com a família real vivendo no Brasil (1808-
1821), houve uma tentativa artística de 
transportar os costumes do Velho ao Novo 
Mundo. Na obra retratada, fica evidente uma 
associação entre as imagens de D. João VI e do 
Rei Sol francês. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[A] 
 
As telas mostram salões suntuosos e pessoas 
vestidas com trajes típicos das elites coloniais, 
o que denota o caráter elitista dos movimentos 
citados. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[B] 
 
Fugindo das ameaças de uma invasão 
Francesa, a corte portuguesa, escoltada pela 
marinha inglesa, chegou ao Rio de Janeiro no 
ano de 1808. Além da corte, o Estado português 
foi transferido para capital do Brasil, a cidade do 
Rio de Janeiro. Para atender as necessidades da 
corte, foi criado um aparato cultural, artístico e 
científico, tais como, jardim botânico, teatro, 
faculdades de Medicina e Direito, biblioteca, 
imprensa régia, entre outras realizações. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[B] 
 
Dentre as muitas causas para a ocorrência da 
citada Revolução, a questão traz como correta 
apenas a alternativa [B]. Em 1816, uma grande 
seca atingiu a região de Pernambuco, piorando 
muito indicadores sociais, como a fome e a 
miséria, o que serviu de motivação para os 
revoltosos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
85 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[B] 
 
A vinda da corte portuguesa ao Brasil contribuiu 
para o processo de independência, 
principalmente com a Abertura dos Portos, em 
1808, às nações amigas (Inglaterra) que acabou 
com o pacto colonial ou o exclusivo 
metropolitano, permitindo que a elite brasileira 
fizesse comércio diretamente com outros 
países. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[B] 
 
Em 1808, fugindo da invasão Napoleônica, a 
corte portuguesa chegou ao Brasil deslocando o 
Estado Português de Lisboa para o Rio de 
Janeiro. Ainda em 1808, foi aprovada a Abertura 
dos Portos às Nações Amigas (entenda, a 
Inglaterra), acabando com o pacto colonial, o 
que significou o primeiro passo rumo à 
independência. Em 1815, vinculado ao 
Congresso de Viena, o Brasil passou a ser Reino 
Unido a Portugal e Algarves, perdendo o 
estatuto de colônia. Em função do período da 
“inversão”, 1808-1821, as transformações 
foram conduzidas pelo governo português. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[D] 
 
Fugindo das tropas napoleônicas e com 
proteção da marinha inglesa, em 1808 a corte 
portuguesa chegou ao Brasil. A capital do Brasil, 
a cidade do Rio de Janeiro foi escolhida para 
sediar a corte, os nobres bem como as 
instituições políticas. Dessa forma, ocorreu um 
forte investimento em ciência, arte e cultura, 
tais como, a criação da Biblioteca Nacional, 
Jardim Botânico, Imprensa Régia, faculdades de 
Medicina e Direito, a Escola Real de Ciências, 
Artes e Ofícios, a vida da Missão Artística 
Francesa, entre outras. 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[A] 
 
Os dois textos reforçam uma ideia 
etnocêntrica de que o homem branco europeu 
era superior do ponto de vista racial e cultural. 
Esse racismo ganhou força nas universidades 
através de teorias pseudocientíficas que 
contaminavam a elite branca de outros lugares 
fora do velho continente. Ao longo do século 
XIX e início do século seguinte, a elite brasileira 
procurou “branquear” o país através da política 
de imigração. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[B] 
 
A Revolução Pernambucana, ocorrida em 
1817, contestava, principalmente, a exploração 
fiscal imposta pelo Estado com vistas ao 
sustento de toda a estrutura real que aqui 
existia. Tal movimento foi iluminista e 
republicano. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[D] 
 
No contexto da independência da América 
Latina, a América Espanhola seguiu um caminho 
diferente da América Portuguesa. Enquanto a 
primeira se fragmentava em Repúblicas sendo 
governada pela elite local, os caudilhos, a 
América Portuguesa manteve a unidade 
territorial, adotou uma monarquia visando 
evitar a divisão do Brasil. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[B] 
 
A “fuga” da Família Real Portuguesa foi 
arquitetada por d. João VI junto à Inglaterra, 
que financiou a viagem e estabeleceu a Tutela 
Britânica em solo português para que Portugal 
pudesse furar o Bloqueio Continental 
estabelecido por Bonaparte, continuando, 
assim, a fazer comércio com os ingleses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
86 
HISTÓRIA DO BRASIL – BRASIL IMPÉRIO: I 
REINADO 
QUESTÃO 01 
(Ueg 2020) 
 
A construção dos Estados Nacionais 
significou um longo processo de lutas sociais e 
políticas, em que se confrontaram adversários 
poderosos, muitas vezes acompanhados de 
longas guerras civis, envolvendo grande parte 
da sociedade, de abastados fazendeiros a 
pobres peões. 
PRADO, M.L.C. América Latina no século XIX: tramas, 
telas e textos. São Paulo: Edusp, 2004. p. 75. 
 
O texto citado refere-se ao contexto de 
emancipação política dos países latino-
americanos. Um caso singular de libertação na 
qualo país emancipou-se lutando contra outra 
nação americana foi o 
 
A) do Uruguai, que consolidou a sua formação 
nacional em 1828, após vencer o Brasil na 
chamada Guerra da Cisplatina. 
B) do México, que se emancipou politicamente 
em 1821, lutando contra os Estados Unidos 
para preservar parte de seu território. 
C) de Cuba, que se tornou independente em 
1898, após derrotar facções que 
representavam os interesses econômicos 
norte-americanos. 
D) da Venezuela, que teve a sua liberdade 
assegurada em 1831, após uma guerra de 
libertação contra a Grã-Colômbia, criada por 
Simon Bolívar. 
E) do Haiti, que promoveu uma revolução dos 
escravos em 1804 e teve que enfrentar as 
forças militares das Províncias Unidas da 
América Central. 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 02 
(G1 - ifpe 2020) 
 
A Confederação do Equador de 1824 é um 
marco na luta social contra o absolutismo 
monárquico. Amplas camadas da população 
local participaram do conflito. Comerciantes, 
padres, militares, negros e pardos, e até 
senhores de engenho se envolveram no conflito 
que opôs setores da população pernambucana 
à Monarquia de D. Pedro I. 
 
Sobre os pensamentos que fundamentaram 
a luta dos revoltosos, é CORRETO afirmar que 
foram ideias 
 
A) liberais e constitucionalistas, oriundas dos 
princípios iluministas então em expansão na 
Europa e nos Estados Unidos. 
B) absolutistas moderadas, uma vez que os 
revoltosos ainda pensavam em manter a 
monarquia, desde que constitucional e 
respeitando a autonomia provincial. 
C) socialistas, o que justifica a presença 
expressiva de negros e pardos e de padres 
sensíveis às injustiças sociais e ao racismo. 
D) inspiradas na Igreja Católica Romana, 
instituição que, naquele momento, 
procurava distanciar-se das monarquias 
europeias, o que justifica a participação de 
padres. 
E) anarquistas, por isso defendiam, além da 
derrubada do governo monárquico e 
absolutista, o fim da escravidão em terras 
pernambucanas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
87 
QUESTÃO 03 
(Unesp 2020) 
 
Na Europa, as forças reacionárias que 
compunham a Santa Aliança não viam com bons 
olhos a emancipação política das colônias 
ibéricas na América. […] Todavia, o novo 
Império do Brasil podia contar com a aliança da 
poderosa Inglaterra, representada por George 
Canning, primeiro-ministro do rei Jorge IV. […] 
Canning acabaria por convencer o governo 
português a aceitar a soberania do Brasil, em 
1825. Uma atitude coerente com o apoio que o 
governo britânico dera aos EUA, no ano 
anterior, por ocasião do lançamento da 
Doutrina Monroe, que afirmava o princípio da 
não intervenção europeia na América. 
(Ilmar Rohloff de Mattos e Luis Affonso Seigneur de 
Albuquerque. Independência ou morte: a emancipação 
política do Brasil, 1991.) 
 
O texto relaciona 
 
A) a restauração das monarquias absolutistas 
no continente europeu, a industrialização 
dos Estados Unidos e a constituição da 
Federação dos Estados Independentes da 
América Latina. 
B) a influência da Igreja católica nos assuntos 
políticos europeus, o controle britânico dos 
mares depois do Ato de Navegação e o 
avanço imperialista dos Estados Unidos sobre 
o Brasil. 
C) a disposição europeia de recolonização da 
América, o Bloqueio Continental 
determinado pela França e os acordos de 
livre-comércio do Brasil com os países 
hispano-americanos. 
D) a penetração dos industrializados britânicos 
nos mercados europeus, a tolerância 
portuguesa em relação ao emancipacionismo 
brasileiro e a independência política dos 
Estados Unidos. 
E) a reorganização da Europa continental depois 
do período de domínio napoleônico, os 
processos de independência na América e a 
ampliação do controle comercial mundial 
pela Inglaterra. 
 
 
QUESTÃO 04 
(G1 - ifce 2019) 
 
Sobre a Confederação do Equador é correto 
afirmar-se que 
 
A) limitou-se à ação de lideranças e populares 
pernambucanos, causa maior do seu 
insucesso. 
B) insatisfeitos com as tentativas de negociação 
do império, os revoltosos buscaram criar uma 
nova constituição mais democrática, mas que 
continuava reafirmando seu caráter 
monarquista. 
C) foi uma das mais significativas revoltas do 
Segundo Reinado. 
D) buscava a construção de um estado 
independente, com capital em Recife, 
criticava a escravidão e a centralização do 
poder exaltados pelo absolutismo, 
conservadorismo e autoritarismo do 
monarca. 
E) Frei Caneca foi um grande aliado de D. Pedro 
I, o que contribuiu para o fim do movimento 
separatista e a vitória do imperador. 
 
QUESTÃO 05 
(Espm 2019) 
 
O Brasil agora é feito para a democracia, ou 
para o despotismo – errei em querer dar-lhe 
uma monarquia constitucional. Onde está uma 
aristocracia rica e instruída? Onde está um 
corpo de magistratura honrado e in-
dependente? E que pode um clero imoral e 
ignorante, sem crédito e sem riqueza? Que 
resta pois? 
(José Bonifácio de Andrada e Silva) 
 
A sociedade civil tem por base primeira a 
justiça, e por fim principal a felicidade dos 
homens. Mas que justiça tem um homem para 
roubar a liberdade de outro homem e o que é 
pior, dos filhos deste homem, e dos filhos 
destes filhos? 
(José Bonifácio de Andrada e Silva) 
 
(Adriana Lopes e Carlos Guilherme Mota. História do 
Brasil: Uma Interpretação) 
 
 
 
 
 
 
 
 
88 
Os textos revelam posições de José Bonifácio 
de Andrada e Silva, constituinte reformista e 
monarquista constitucional, que apresentou o 
projeto mais importante e radical a respeito da 
abolição do tráfico e da escravidão. 
 
Quanto às ideias contidas nos textos e ao ce-
nário da Assembleia Constituinte de 1823 é 
correto assinalar: 
 
A) O projeto de Constituição apresentado por 
Antonio Carlos de Andrada, irmão de José 
Bonifácio, foi promulgado com apoio 
unânime da Constituinte; 
B) O projeto de Constituição, apelidado de 
“Constituição da Mandioca”, desagradou a D. 
Pedro I e, por isso, ele recorreu à força para 
fechar a Constituinte; 
C) Os jornais A Sentinela e Tamoio, vinculados 
aos irmãos Andrada, conseguiram consagrar 
na Constituição de 1824 os planos de 
abolição do tráfico e da escravidão; 
D) Os textos revelam a satisfação de José 
Bonifácio, bem como sua comunhão de ideias 
e projeto com a aristocracia rural; 
E) Os textos revelam o projeto de incluir na 
Constituição o direito de preservação da 
escravidão, pilar da sociedade civil no Brasil. 
 
QUESTÃO 06 
(Fmp 2019) 
 
 
No contexto da independência brasileira, a 
charge ironiza o(a) 
 
A) influência econômica inglesa sobre o Brasil. 
B) imperialismo dos EUA sobre a América do Sul. 
C) controle napoleônico sobre Portugal. 
D) domínio brasileiro sobre a Província 
Cisplatina. 
E) vigência da União Ibérica. 
 
QUESTÃO 07 
(Enem 2019) 
 
 Art. 90. As nomeações dos deputados e 
senadores para a Assembleia Geral, e dos 
membros dos Conselhos Gerais das províncias, 
serão feitas por eleições, elegendo a massa dos 
cidadãos ativos em assembleias paroquiais, os 
eleitores de província, e estes, os 
representantes da nação e província. 
 
Art. 92. São excluídos de votar nas 
assembleias paroquiais: 
 
I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais 
se não compreendem os casados, os oficiais 
militares, que forem maiores de vinte e um 
anos, os bacharéis formados e os clérigos de 
ordens sacras. 
II. Os filhos de famílias, que estiverem na 
companhia de seus pais, salvo se servirem a 
ofícios públicos. 
III. Os criados de servir, em cuja classe não 
entram os guarda-livros, e primeiros 
caixeiros das casas de comércio, os criados 
da Casa Imperial, que não forem de galão 
branco, e os administradores das fazendas 
rurais e fábricas. 
IV. Os religiosos e quaisquer que vivam em 
comunidade claustral. 
V. Os que não tiverem de renda líquida anual 
cem mil réis por bens de raiz, indústria, 
comércio, ou emprego. 
 
BRASIL. Constituição de 1824. Disponívelem: 
www.planalto.gov.br. Acesso em: 4 abr. 2015 
(adaptado). 
 
De acordo com os artigos do dispositivo legal 
apresentado, o sistema eleitoral instituído no 
início do Império é marcado pelo(a) 
 
A) representação popular e sigilo individual. 
B) voto indireto e perfil censitário. 
C) liberdade pública e abertura política. 
D) ética partidária e supervisão estatal. 
E) caráter liberal e sistema parlamentar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
89 
QUESTÃO 08 
(G1 - cftmg 2019) 
 
Nos primeiros anos após a Independência do 
Brasil, formou-se um governo dissidente em 2 
de julho de 1824. Apoiado pelas classes 
populares urbanas, por negociantes do Recife e 
proprietários rurais ligados à cultura do 
algodão, o movimento buscou reunir 
Pernambuco às províncias do Ceará, Paraíba, 
Rio Grande do Norte e estender sua ação até o 
Piauí e Ceará com um governo federativo e 
republicano. 
MUGGIATI, Roberto (coord.). A construção do Brasil. 
Revista Nossa História, vol. Único, São Paulo, 2006. p. 
49. 
 
A consolidação do Império Brasileiro pós-
independência foi marcada, desde o início, por 
conflitos em torno de um modelo de Estado 
centralizado, resultando na eclosão de 
movimentos de resistência. 
 
A qual movimento dessa natureza esse texto 
faz menção? 
 
A) Balaiada. 
B) Sabinada. 
C) Revolta dos Malês. 
D) Confederação do Equador. 
 
QUESTÃO 09 
(G1 – col. naval 2019) 
 
"Assim, a 14 de novembro de 1822, dois meses 
após sua proclamação, fazia-se ao mar a 
primeira esquadra brasileira, rumo a 
Montevidéu, com a missão de expulsar as forças 
que lutavam para manter a Província Cisplatina 
sob o domínio português." 
http://www.marinha.mil.br/content/historia-naval 
 
Sobre o contexto da criação da primeira 
esquadra brasileira, é correto afirmar que ela 
teve como objetivo 
 
 
 
 
A) reimplantar o comércio marítimo brasileiro 
que era dependente de navios portugueses e 
de seus comerciantes que controlavam os 
portos nacionais. 
B) combater e expulsar as principais forças 
militares fiéis ao governo português 
existentes em algumas províncias que 
dificultavam a organização interna do Brasil 
independente. 
C) conquistar a Província Cisplatina dos 
portugueses e torná-la uma república 
independente, libertando o novo Estado 
uruguaio do jugo opressor dos europeus. 
D) promover a escolta de navios mercantes no 
oceano Atlântico que se encontrava repleto 
de corsários estrangeiros que não 
reconheciam a independência do Brasil. 
E) libertar todos os povos de outras colônias do 
domínio português, promovendo a 
independência da Cisplatina, de Angola e de 
Moçambique. 
 
QUESTÃO 10 
(Uerj 2019) 
 
Quando chegar o feliz momento da abolição, 
não será devido nunca à inclinação sincera do 
povo ou do governo, a menos que venham a 
sofrer grande mudança. Pois quase me 
aventuraria a dizer que não há dez pessoas em 
todo o Império que considerem esse comércio 
um crime ou o encarem sob outro aspecto que 
não seja o de ganho e perda, de simples 
especulação mercantil, que deve continuar ou 
cessar conforme for vantajoso ou não. 
Acostumados a não fazer nada, os brasileiros 
em geral estão convencidos de que os escravos 
são necessários como animais de carga, sem os 
quais os brancos não poderiam viver. 
HENRY CHAMBERLAIN, agente diplomático britânico, 
em 31/12/1823. Adaptado de SOUSA, O. T. Fatos e 
personagens em torno de um regime. Rio de Janeiro: 
José Olympio, 1960. 
 
Após a emancipação política do Império do 
Brasil, o debate sobre o fim do tráfico 
intercontinental de escravos e da escravidão 
esteve em pauta, como abordado por Henry 
Chamberlain em 1823. 
 
 
 
 
 
 
 
 
90 
Naquele contexto, de acordo com o 
diplomata britânico, as resistências à abolição 
do tráfico e da escravidão estavam associadas à 
conjuntura de: 
 
A) desqualificação do trabalho braçal. 
B) vigência da sociedade burguesa. 
C) instabilidade do regime jurídico. 
D) decadência da estrutura agrária. 
 
QUESTÃO 11 
(Uece 2019) 
 
Durante o segundo reinado, havia, no Brasil, 
cerca de 20 mil pessoas que podiam ser 
eleitores e escolher deputados e senadores 
(0,4% da população), eles eram homens, 
católicos e com renda anual superior a 200 mil-
réis. Havia ainda no Brasil 2,2 milhões de 
mulheres livres, 1,8 milhão de homens livres 
pobres, algo em torno de 1,7 milhão de 
escravos e escravas e outro grande número de 
pessoas sem acesso ao voto (praças, 
estrangeiros, religiosos em regime de clausura, 
mendigos e não católicos em geral). 
Fonte: Brasil 500 anos. IstoÉ, p.72. Estabilização no 
Império. 
 
Considerando esse aspecto da política 
brasileira, durante o império, explícito nos 
dados citados, é correto afirmar que 
 
A) havia uma representação proporcional dos 
variados grupos sociais na política e no poder 
durante a monarquia no Brasil, daí poder-se 
dizer que se tratava de um sistema 
democrático. 
B) se estabelecia uma participação política de 
caráter censitário, ou seja, usava-se um 
critério, o do rendimento anual, para 
restringir o direito a votar e a ser votado. 
C) apenas o homem, com qualquer renda, 
poderia ser candidato nas eleições durante a 
monarquia; a exclusão das mulheres era fator 
comum a todas as nações do mundo. 
D) a restrição do direito ao voto aos 
estrangeiros, praças, mendigos e analfabetos 
que havia no império tem sido mantida até 
hoje no Brasil. 
QUESTÃO 12 
(Enem 2019) 
Entre os combatentes estava a mais famosa 
heroína da Independência. Nascida em Feira de 
Santana, filha de lavradores pobres, Maria 
Quitéria de Jesus tinha trinta anos quando a 
Bahia começou a pegar em armas contra os 
portugueses. Apesar da proibição de mulheres 
nos batalhões de voluntários, decidiu se alistar 
às escondidas. Cortou os cabelos, amarrou os 
seios, vestiu-se de homem e incorporou-se às 
fileiras brasileiras com o nome de Soldado 
Medeiros. 
GOMES, L. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010. 
 
No processo de Independência do Brasil, o caso 
mencionado é emblemático porque evidencia a 
 
A) rigidez hierárquica da estrutura social. 
B) inserção feminina nos ofícios militares. 
C) adesão pública dos imigrantes portugueses. 
D) flexibilidade administrativa do governo 
imperial. 
E) receptividade metropolitana aos ideais 
emancipatórios. 
 
QUESTÃO 13 
(Ufu 2018) 
 A história brasileira é repleta de eventos em 
que determinados grupos promoveram ações 
de ruptura das regras do jogo político, visando 
à conquista do poder, de forma que, 
tradicionalmente, tais ações, em muitos casos, 
acabaram por compor a história da nação 
classificadas como golpes. 
 Em um desses eventos, o poder central 
determinou que o exército invadisse o plenário 
do congresso que estava em reunião para a 
elaboração da Constituição Brasileira, o que 
resultou na prisão de diversos deputados e na 
deportação de outros. 
 
Esse episódio refere-se à 
 
A) Ditadura Civil-militar. 
B) Declaração da Maioridade. 
C) Noite da Agonia. 
D) Proclamação da República. 
 
 
 
 
 
 
91 
QUESTÃO 14 
(Mackenzie 2018) 
 
“(...). Conquistar a emancipação definitiva e real 
da nação, ampliar o significado dos princípios 
constitucionais foi tarefa delegada aos 
pósteres”. 
COSTA, Emília Viotti da. Da monarquia à república: 
momentos decisivos. São Paulo; Livraria Editora Ciências 
Humanas, 1979. P.50. 
 
A análise acima, da historiadora Emília Viotti 
da Costa, refere-se à proclamação da 
independência do Brasil, em 7 de setembro de 
1822. A análise da autora, a respeito do fato 
histórico, aponta que 
 
A) apesar dos integrantes da elite nacional 
terem alcançado seu objetivo: o de romper 
com os estatutos do plano colonial, no que 
diz respeito às restrições à liberdade de 
comércio, e à conquista da autonomia 
administrativa, a estrutura social do país, 
porém, não foi alterada. 
B) a independência do Brasil foi um fato isolado, 
no contexto americano de luta pelaemancipação das metrópoles. Isso se deu 
porque era a única colônia de língua 
portuguesa, e porque adotava, como regime 
de trabalho, a escravidão africana. 
C) caberia, às futuras gerações de brasileiros, o 
esforço no sentido de impor seus valores 
para Portugal, rompendo, definitivamente, 
os impasses econômicos impostos à Colônia 
pela metrópole portuguesa desde o início da 
colonização. 
D) apesar de alguns setores da elite nacional 
possuírem interesses semelhantes à 
burguesia mercantil lusitana e, portanto, 
afastando-se do processo emancipatório 
nacional, com a eminente vinda de tropas 
portuguesas para o país, passaram a apoiar a 
ideia de independência. 
E) assim como Portugal passava por um 
processo de reestruturação, após a 
Revolução Liberal do Porto; no Brasil, esse 
movimento emancipatório apenas havia 
começado e só fora concluído, com a subida 
antecipada ao trono, de D. Pedro II, em 1840. 
 
QUESTÃO 15 
(Uefs 2018) 
 
A igualdade de interesses agrários e 
escravocratas que através dos séculos XVI e XVII 
predominou na colônia, toda ela dedicada com 
maior ou menor intensidade à cultura do 
açúcar, não a perturbou tão profundamente, 
como à primeira vista parece, a descoberta das 
minas ou a introdução do cafeeiro. Se o ponto 
de apoio econômico da aristocracia colonial 
deslocou-se da cana-de-açúcar para o ouro e 
mais tarde para o café, manteve-se o 
instrumento de exploração: o braço escravo. 
(Gilberto Freyre. Casa-Grande & Senzala, 1989.) 
 
O excerto descreve o complexo 
funcionamento do Brasil durante a colônia e o 
Império. Uma de suas consequências para a 
história brasileira foi 
 
A) a utilização de um mesmo padrão 
tecnológico nas sucessivas fases da produção 
de mercadorias de baixo custo. 
B) a existência de uma produção de 
mercadorias inteiramente voltada para o 
abastecimento do mercado interno. 
C) a liberdade de decisão política do grupo 
dominante local enriquecido com a 
exploração de riquezas naturais. 
D) a ausência de diferenças regionais 
econômicas e culturais durante o período 
colonial e imperial. 
E) a manutenção de determinadas relações 
sociais num quadro de modificações do 
centro dinâmico da economia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
92 
 RESOLUÇÕES 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[A] 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
Geografia] 
O território da Província de Cisplatina, atual 
Uruguai, foi disputado pela Argentina e pelo 
Brasil. O território foi anexado ao Brasil em 
1821. A Guerra da Cisplatina (1828) levou a 
independência do Uruguai, proclamada por 
Juan Antonio Lavalleja. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
História] 
Durante o Primeiro Reinado Brasileiro 
ocorreu a Guerra da Cisplatina, na qual Brasil e 
Argentina disputaram a posse de alguns 
territórios da Bacia do Rio da Prata, dentre os 
quais a Província Cisplatina, até então um 
território brasileiro. Ao longo do confronto, a 
Província Cisplatina emancipou-se, dando 
origem ao Uruguai. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[A] 
 
A independência do Brasil ocorrida em 1822, 
se deu de cima para baixo e a partir da aliança 
entre a elite agrária brasileira e D. Pedro I. Dois 
anos depois, a constituição outorgada de 1824, 
concedeu amplos poderes ao imperador através 
do poder moderador gerando um atrito entre a 
elite agrária e o jovem D. Pedro I. A 
Confederação do Equador, Pernambuco 1824, é 
produto desse descontentamento. Diversos 
segmentos sociais atuaram juntos inspirados 
nas ideias liberais-iluministas oriundas da 
Europa e EUA. 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[E] 
 
No período citado no texto, existia na Europa 
um arranjo conservador pós Era Napoleônica, 
expresso através do Congresso de Viena, e uma 
onda liberal na América, concretizada através 
das independências da América Espanhola e da 
América Portuguesa. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[D] 
 
A constituição outorgada em 1824 no Brasil 
foi centralizadora, concedeu muito poder ao 
imperador graças ao quarto poder, o 
Moderador. Cabia ao monarca nomear os 
presidentes de província. Dessa forma, as elites 
locais criticaram muito a nova Magna Carta. No 
mesmo ano, ocorreu um movimento em 
Pernambuco com caráter separatista e 
republicano. Esse movimento ficou conhecido 
como Confederação do Equador. Gabarito [D]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[B] 
 
Em 1823 foi criada a Assembleia Nacional 
Constituinte, formado pela elite agrária, cujo 
objetivo era elaborar um projeto de 
constituição. O projeto ganhou o apelido de 
“Mandioca”, era profundamente xenófobo, isto 
é, contrário aos interesses dos portugueses que 
moravam no Brasil e, ainda, limitava o poder do 
imperador D. Pedro I. Totalmente desconte com 
o teor do projeto da Mandioca, o jovem 
imperador dissolveu a Assembleia Nacional 
Constituinte em novembro de 1823, era a Noite 
da Agonia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
93 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[A] 
 
A independência da América Latina ocorreu 
nas primeiras décadas do século XIX, no 
contexto da transição do capitalismo comercial-
mercantil para o capitalismo liberal-industrial, o 
que significa que a Península Ibérica perdeu 
espaço para a ponderosa Inglaterra. Dessa 
forma, em 1822, o Brasil trocou Lisboa por 
Londres, ou seja, deixou de ser colônia de 
Portugal para ser explorado pelo capitalismo 
industrial inglês. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[B] 
 
A Constituição de 1824 instituiu no Brasil o 
voto indireto (eleitores de paróquia elegem 
eleitores de província e estes elegem 
Deputados e Senadores) e o voto censitário 
(aquele baseado na renda mínima anual). 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[D] 
 
A primeira constituição brasileira foi outorgada 
em 1824, centralizando o poder, dando amplos 
poderes ao imperador através do poder 
moderador. As elites regionais não gostaram do 
excessivo poder do imperador e, desta forma, a 
província de Pernambuco, em 1824, iniciou um 
movimento separatista e republicano 
denominado a Confederação do Equador 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[B] 
 
Logo no início da independência do Brasil, 
em novembro de 1822, o país já investia em 
esquadra visando a soberania nacional, 
combater e expulsar forças inimigas vinculadas 
ao governo de Portugal. Havia incertezas, 
rivalidades e insegurança na formação dos 
Estados Nacionais na América Latina. 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[A] 
 
 Historicamente, desde a antiguidade, o 
trabalho braçal foi desqualificado e associado à 
escravidão e as camadas inferiores. Basta 
observar que na Grécia antiga o tempo livre era 
associado à liberdade, cidadania e ao ócio 
criativo. No Brasil no contexto colonial e 
imperial também ocorreu uma desqualificação 
do trabalho pesado e braçal. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[B] 
 
A principal regra para participação eleitoral 
no Brasil, que vigorava desde 1824, era 
censitária. Uma renda anual mínima era exigida 
tanto para candidatos quanto para eleitores. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[A] 
 
A estrutura social brasileira (desde os 
tempos coloniais até o Império) aproximava-se 
do padrão militar utilizado mundo afora a partir 
da exclusividade da participação masculina no 
combate militar, uma vez que nossa sociedade 
era patriarcal. Por isso, a história de Maria 
Quitéria de Jesus contradiz a rigidez hierárquica 
da nossa estrutura social. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[C] 
 
O projeto da mandioca de 1823 não agradou o 
imperador D. Pedro I que, fechou a Assembleia 
Nacional Constituinte, e outorgou uma 
constituição muita centralizadora que dava 
muito poder ao imperador através do poder 
Moderador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
94 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[A] 
 
O excerto da historiadora Emília Viotti da Costa 
sobre a independência do Brasil aponta que o 
ano de 1822 significou apenas o rompimento 
com o pacto colonial, porém a emancipação da 
nação deveria ser conquistada posteriormente. 
A vida dos homens pobres não mudoucom a 
independência, manteve-se a escravidão e a 
dependência em relação ao capitalismo 
internacional, no caso a Inglaterra. A economia 
permaneceu agrária exportadora importando 
manufaturados ingleses e exportando matéria 
prima. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[E] 
 
O texto deixa claro que, independente do 
ciclo econômico adotado no Brasil (açúcar, ouro 
ou café), a relação de trabalho escolhida era a 
mesma: a escravidão negra. Logo, havia a 
manutenção de uma relação social ao longo do 
tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
95 
HISTÓRIA DO BRASIL – BRASIL IMPÉRIO: 
PERÍODO REGENCIAL 
QUESTÃO 01 
(Fmp 2019) 
 
Considere o texto da historiadora Maria de 
Fátima Gouvêa sobre o período das regências 
no Brasil (1831-1840). 
 
O Ato Adicional de 1834 transformou os 
Conselhos Gerais das Províncias em assembleias 
legislativas provinciais, tendo ainda ampliado o 
número de representantes provinciais reunidos 
no âmbito do legislativo provincial, ficando 
essas assembleias encarregadas de auxiliar os 
presidentes de província na gestão 
administrativa sob sua jurisdição. 
GOUVÊA, M. F. O império das províncias. Rio de 
Janeiro, 1822-1889. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 
2008, p. 19. 
 
A medida descrita pelo texto possui, 
explicitamente, um perfil 
 
A) autoritário e absolutista. 
B) federalista e regressista. 
C) descentralizador e progressista. 
D) democrático e socialista. 
E) centralizador e liberal. 
 
QUESTÃO 02 
(Enem PPL 2019) 
 
A Regência iria enfrentar uma série de rebeliões 
nas províncias, marcadas pela reação das elites 
locais contra o centralismo monárquico levado 
a efeito pelos interesses dos setores ligados ao 
café da Corte, como a Cabanagem, no Pará, a 
Balaiada, no Maranhão, e a Sabinada, na Bahia. 
Mas, de todas elas, a Revolução Farroupilha era 
aquela que mais preocuparia, não só pela sua 
longa duração como pela sua situação 
fronteiriça da província do Rio Grande, 
tradicionalmente a garantidora dos limites e 
dos interesses antes lusitanos e agora nacionais 
do Prata. 
PESAVENTO, S. J. Farrapos com a faca na bota. In: 
FIGUEIREDO, L. História do Brasil para ocupados . Rio de 
Janeiro: Casa da Palavra, 2013. 
 
A característica regional que levou uma das 
revoltas citadas a ser mais preocupante para o 
governo central era a 
 
A) autonomia bélica local. 
B) coesão ideológica radical. 
C) liderança política situacionista. 
D) produção econômica exportadora. 
E) localização geográfica estratégica. 
 
QUESTÃO 03 
(Upf 2019) 
 
É praticamente um consenso historiográfico 
a interpretação de que onde houve escravidão, 
houve resistência. Os escravos jamais se 
conformaram com a perda da liberdade e as 
rebeliões representaram a principal forma de 
resistência coletiva. 
Sobre o tema, responda: qual foi a maior 
revolta de cativos no Brasil, liderada por 
escravos muçulmanos, tendo a participação de 
africanos e crioulos, escravos e libertos, 
atingindo mobilização de cerca de 600 
revoltosos? 
 
A) Revolta de João Congo. 
B) Revolta de Nazaré das Farinhas. 
C) Levante dos Malês. 
D) Insurreição do Haiti. 
E) Revolta de Carrancas. 
 
QUESTÃO 04 
(Ufu 2019) 
 
“[...] foi o mais notável movimento popular do 
Brasil. O único em que as camadas mais 
inferiores da população conseguiram ocupar o 
poder de toda uma província com certa 
estabilidade. [...] primeira insurreição popular 
que passou da simples agitação para uma 
tomada efetiva de poder.” 
PRADO JÚNIOR, Caio. Evolução Política do Brasil e 
outros estudos. São Paulo: Brasiliense, 1975. p. 69. 
(Adaptado) 
 
A citação acima diz respeito à Cabanagem, 
uma das principais revoltas ocorridas no 
chamado Período Regencial Brasileiro. Acerca 
desse movimento, é correto afirmar que 
 
 
 
 
 
 
 
96 
A) ocorreu na cidade de Salvador, em 1835, com 
significativa participação de africanos 
escravizados de origem muçulmana. O 
levante durou menos de 24 horas e foi 
duramente reprimido. Os revoltosos 
sobreviventes foram mortos, presos ou 
degradados. 
B) ocorreu no Maranhão entre os anos de 1838 
e 1841 e foi liderado por homens pobres 
(com apoio de escravos, de vaqueiros e 
mesmo de alguns fazendeiros) que 
enfrentaram grandes proprietários de terra, 
comerciantes e autoridades políticas. 
C) ocorreu na província da Bahia entre os anos 
de 1837 e 1838. Seu objetivo era, dentre 
outros, a criação de uma república de caráter 
transitório até que Dom Pedro II alcançasse a 
maioridade. 
D) ocorreu na província do Grão-Pará, entre 
1835 e 1840, em decorrência da exploração 
sofrida pelos trabalhadores submetidos a um 
regime de trabalho de semiescravidão. Esses 
foram violentamente reprimidos e 
aproximadamente 30 mil pessoas morreram 
assassinadas por tropas imperiais e em 
incêndios. 
 
QUESTÃO 05 
(Enem PPL 2019) 
Uns viam na abdicação uma verdadeira 
revolução, sonhando com um governo de 
conteúdo republicano; outros exigiam o 
respeito à Constituição, esperando alcançar, 
assim, a consolidação da Monarquia. Para 
alguns, somente uma Monarquia centralizada 
seria capaz de preservar a integridade 
territorial do Brasil; outros permaneciam 
ardorosos defensores de uma organização 
federativa, à semelhança da jovem República 
norte-americana. Havia aqueles que 
imaginavam que somente um Poder Executivo 
forte seria capaz de garantir e preservar a 
ordem vigente; assim como havia os que eram 
favoráveis à atribuição de amplas prerrogativas 
à Câmara dos Deputados, por entenderem que 
somente ali estariam representados os 
interesses das diversas províncias e regiões do 
Império. MATTOS, I. R.; GONÇALVES, M. A. O Império da boa sociedade: a 
consolidação do Estado imperial brasileiro. São Paulo: Atual, 1991 (adaptado). 
O cenário descrito revela a seguinte 
característica política do período regencial: 
 
A) Instalação do regime parlamentar. 
B) Realização de consultas populares. 
C) Indefinição das bases institucionais. 
D) Limitação das instâncias legislativas. 
E) Radicalização das disputas eleitorais. 
 
QUESTÃO 06 
(Espcex Aman 2019) 
 
Em 1834, numa tentativa de harmonizar as 
diversas forças em conflito no País, grupos 
políticos, como o dos moderados, promoveram 
uma reforma na Constituição do Império, 
mediante a promulgação do Ato Adicional. 
Observe os enunciados abaixo. 
 
I. Criação do Conselho de Estado. 
II. Criação das Assembleias Legislativas 
provinciais. 
III. A regência deixava de ser trina para se tornar 
una. 
IV. Fundação do Clube da Maioridade. 
 
Assinale a opção em as afirmativas estão 
relacionadas ao Ato Adicional. 
 
A) I e II. 
B) II e IV. 
C) II e III. 
D) I e IV. 
E) III e IV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
97 
QUESTÃO 07 
(G1 - ifba 2018) 
 
Para os Sabinos, o que prevalecia no Brasil após 
a independência do país era o “colonialismo de 
Corte”. O que isso significava? 
 
A) Que não houve independência, pois a 
situação de dependência de Portugal se 
mantinha. 
B) Uma expressão de uma insatisfação com a 
centralização política no Rio de Janeiro e com 
o crescente abafamento de pleitos locais em 
nome da unidade nacional. 
C) A insatisfação com o fato de a regência no Rio 
de Janeiro ficar, desde a abdicação de Pedro 
I, sob o controle dos restauracionistas, que 
pretendiam a volta à colonização. 
D) Que os sabinos eram a expressão dos 
“Exaltados” já que, durante a sublevação, em 
nenhum momento abriram mão de se 
separarem do Brasil. 
E) Apesar das intensas lutas federalistas que 
antecederam a Sabinada, aquelas não tinham 
nenhuma conexão com esta, já que 
criticavam a separação da província da Bahia 
do restante do Brasil. 
 
QUESTÃO 08 
(Fac. Albert Einstein 2018) 
 
Durante operíodo Regencial (1831-1840) 
ocorreram no Brasil várias rebeliões provinciais, 
expressões, ao mesmo tempo, das lutas das 
elites pelo poder local e por maior autonomia 
das províncias, e da marginalização das 
camadas populares, empobrecidas e excluídas 
da participação política. A revolta que, ocorrida 
no Maranhão, contou também com a 
participação de escravos foragidos foi: 
 
A) Farroupilha. 
B) Cabanagem. 
C) Sabinada. 
D) Balaiada. 
 
 
 
QUESTÃO 09 
(Uece 2018) 
Entre 7 de abril de 1831 e 24 de julho de 1840, 
o Brasil foi governado por regentes. Isso deveu-
se à abdicação de D. Pedro I ao trono brasileiro 
em favor de seu filho que tinha então cinco anos 
e quatro meses de idade. Esse Período 
regencial, de pouco mais de 9 anos, teve 
inicialmente duas regências trinas, e após um 
ato adicional, em 1834, que alterou o modelo 
de regência previsto na Constituição Imperial 
de 1824, teve, também, duas regências unas. 
Essa época da história brasileira foi marcada por 
 
A) várias rebeliões em províncias do norte, 
nordeste e sul do país, algumas delas com 
objetivos separatistas e outras com caráter 
de defesa da monarquia. 
B) grandes avanços nos direitos sociais e uma 
maior unificação e pacificação interna, se 
comparada aos períodos de governo dos dois 
imperadores. 
C) acentuar o espírito republicano do povo 
brasileiro, o que levou à crise e queda 
imediata da monarquia e à adoção da 
república como forma de governo. 
D) efetivar o consenso entre restauradores e 
trabalhistas que se mantiveram no poder 
alternadamente, mas não realizaram 
nenhuma inovação federalista no modelo 
monárquico brasileiro. 
 
QUESTÃO 10 
(Usf 2018) 
A carta de despedida de D. Pedro I é um dos 
documentos que assinalam o triunfo do Partido 
Brasileiro sobre o Partido Português e a 
passagem do Primeiro Reinado ao Período 
Regencial. Em 1834, foi promulgado um Ato 
Adicional à Constituição, que tentava conciliar 
os interesses das facções políticas. Esse período 
conturbado de nossa história, caracterizado por 
lutas entre restauradores, exaltados e 
moderados, assim como pelas rebeliões 
provinciais que colocaram em risco a 
integridade territorial e política do país, 
encerrou-se em 1840, com o golpe da 
maioridade e o início do Segundo Reinado. 
COSTA, Luís César Amad & MELLO, Leonel Itaussu de 
Almeida. História do Brasil. São Paulo: Scipione, 2007. 
 
 
 
 
 
 
 
98 
Ao ler o texto, percebemos que surge, após 
o Primeiro Reinado, uma nova fase para a 
história política brasileira. Durante essa fase ou 
período, 
 
A) ocorreu a manutenção do Conselho de 
Estado, órgão que assessorava o imperador 
no exercício do poder Moderador. 
B) a Revolução Farroupilha, que apresentava 
caráter separatista e republicano, foi 
motivada pelo descontentamento com a 
política tributária aplicada à província, entre 
outros fatores. 
C) o Golpe da Maioridade, desfechado pelo 
Partido Conservador, trouxe harmonia 
política às próximas quatro décadas, evitando 
confrontos ideológicos entre os partidos da 
época. 
D) o Brasil experimentou pela primeira vez o 
sistema parlamentarista, que ficou conhecido 
como “parlamentarismo às avessas”, visto 
que o Primeiro-Ministro tinha poderes 
reduzidos. 
E) foi marcado por grandes conflitos externos, 
como foi o caso da Guerra do Paraguai, que, 
ao seu final, elevou o prestígio do exército 
brasileiro no contexto da política nacional. 
 
QUESTÃO 11 
(Espcex Aman 2018) 
 
"... Caxias tinha visão certa de que pacificar é 
um esforço por costurar... de concessões 
recíprocas, de vontade sincera, tudo voltado 
para a conciliação... " 
Neto, Jonas Correia em Revista Militar / Edição 
comemorativa do Bicentenário de Caxias, 2003, pág 9 
 
O fragmento de texto acima ressalta uma das 
características marcantes de Luiz Alves de Lima 
e Silva, o Duque de Caxias, evidenciada durante 
sua carreira militar: ser um pacificador. 
 
Das rebeliões listadas abaixo, ocorridas no 
Brasil durante os 1º e 2º Reinados, as que 
tiveram participação efetiva de Caxias foram a 
 
 
 
A) Revolta dos Malês; e Questão Religiosa. 
B) Sabinada; e Guerra dos Farrapos. 
C) Cabanagem; e Revolução Praieira. 
D) Conjuração baiana; e Sabinada. 
E) Balaiada; e Guerra dos Farrapos. 
 
QUESTÃO 12 
(Acafe 2018) 
 
“A criação de gado se generalizou, na região, 
assim como a transformação da carne bovina 
em charque (carne-seca). O charque era um 
produto vital...” 
Fonte: FAUSTO, Boris. História do Brasil. 5ª. Edição. 
São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1997. 
Página 168. 
 
Pode-se afirmar que as questões envolvendo o 
charque resultaram num conflito ocorrido no 
período regencial que chegou até o início do 
Segundo Reinado no Brasil. Nesse sentido, é 
correto afirmar: 
 
A) As questões envolvendo o charque foi um 
dos motivos da Guerra dos Farrapos, iniciada 
no Rio Grande do Sul. 
B) Esse conflito ocorreu na região mineradora, 
entre os produtores nordestinos e gaúchos, e 
ficou conhecido como Guerra dos Emboabas. 
C) A produção de charque em Mato Grosso, 
área de intensa pecuária no Segundo 
Reinado, ocasionou um conflito entre 
produtores locais e estancieiros oriundos do 
Rio Grande do Sul. A solução foi a divisão de 
Mato Grosso, criando-se o estado de Mato 
Grosso do Sul. 
D) Após este conflito, o Imperador D. Pedro II 
autorizou a importação de charque do 
Uruguai e da Argentina, já que as 
charqueadas da região sudeste foram 
extintas. O charque platino entrava no Brasil 
com baixas taxas alfandegárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
99 
QUESTÃO 13 
(Unicamp 2018) 
 
O pastor norte-americano Pat Robertson, dono 
do canal de comunicação Christian 
Broadcasting Network, afirmou que a tragédia 
provocada pelo terremoto no Haiti, em janeiro 
de 2010, foi decorrente do “pacto com o diabo” 
que setores da população haitiana teriam feito 
para que o país se tornasse independente. Nas 
palavras do Pastor, "Os haitianos estavam sob o 
jugo da França. Eles se uniram e fizeram um 
pacto com o diabo. Disseram: 'Serviremos a ti 
caso nos liberte da França'". 
(Adaptado de Haroldo Ceravolo Sereza, “Pastor 
americano atribui terremoto a 'pacto com o Diabo' e 
provoca protestos; país se libertou da França em 1804”. 
Uol notícias. 14/01/2010. Disponível em 
https://noticias.uol.com.br/especiais/terremoto-
haiti/ultnot/2010/01/14/ult9967u9.jhtm. Acessado em 
30/08/2017.) 
 
A partir da leitura do texto e de seus 
conhecimentos, assinale a alternativa correta. 
 
A) A independência do Haiti foi decisiva para 
que o Império Brasileiro, que projetava a 
construção de um Estado Nação reconhecido 
internacionalmente, reprimisse movimentos 
como a Revolta Malês, em Salvador (1835). 
B) A declaração do Pastor é pautada em 
preconceitos em relação às práticas 
religiosas dos afrodescendentes no Haiti. A 
conquista espiritual, parte dos projetos 
imperialistas, garantiu a eliminação de 
religiões consideradas pagãs nas Américas. 
C) Colônia francesa nas Antilhas, Saint 
Domingue tornou-se responsável por 40% da 
produção mundial de cacau no século XVIII. A 
mão de obra empregada era 
majoritariamente escrava, com a exploração 
de africanos ou de seus descendentes. 
D) O processo de independência do Haiti foi 
apoiado por outras colônias, interrompendo 
o projeto imperialista europeu no Novo 
Mundo. Após 1804, os EUA conduzem as 
ações imperialistas na América, tornando-se 
a principal referência cultural no continente. 
 
 
 
QUESTÃO 14 
(Mackenzie 2018) 
“Em agosto de 1791, passados dois anos da 
Revolução Francesa e dos seus reflexos em São 
Domingos, os escravos se revoltaram. Em uma 
luta que se estendeu por doze anos, eles 
derrotaram, por sua vez, os brancos locais e os 
soldados da monarquia francesa. Debelaram 
também uma invasão espanhola, uma 
expedição britânica com algo em torno de 
sessenta mil homens e uma expedição francesa 
de semelhantes dimensõescomandada pelo 
cunhado de Bonaparte. A derrota da expedição 
de Bonaparte, em 1803, resultou no 
estabelecimento do Estado negro do Haiti, que 
permanece até os dias de hoje”. 
C. L. R. James. Os jacobinos negros: Toussaint 
L’Ouverture e a revolução de São Domingos. 
Acerca da independência do Haiti e de seus 
reflexos em outras regiões da América, assinale 
a alternativa correta. 
 
A) O movimento foi realizado sob a égide dos ideais 
liberais e nacionalistas, defendidos, por sua vez, 
pelo Iluminismo francês. Seu sucesso foi 
determinante para a realização de importantes 
transformações estruturais nas sociedades das 
novas nações latino-americanas. 
B) Trata-se de uma articulação escrava que, sob 
influência direta dos interesses geopolíticos 
estadunidenses e dos ideais iluministas, colocou 
em xeque o controle francês sobre a ilha. Seu 
sucesso incentivou o surgimento do movimento 
zapatista, em 1994. 
C) Resultado de insatisfações sociais e políticas da 
população escrava, demonstrou a força popular 
no contexto do surgimento dos Estados nacionais 
na América Latina. Seu sucesso influenciou Simon 
Bolívar e San Martín a iniciarem as lutas pelas 
independências na América do Sul. 
D) Apesar de seu sucesso, o movimento resultou na 
ascensão de governantes corruptos que, longe de 
resolverem as desigualdades sociais, 
contribuíram para a consolidação de grupos 
oligárquicos no poder. Esses aspectos 
determinaram o surgimento do caudilhismo no 
contexto da América Latina independente. 
E) Foi a única revolta escrava bem-sucedida da 
História americana e as dificuldades que tiveram 
que superar coloca em evidência a magnitude dos 
interesses envolvidos. No Brasil, sua influência 
pôde ser sentida na articulação que levaria à 
Revolta dos Malês, em 1835. 
 
 
 
 
 
 
 
100 
QUESTÃO 15 
(Unicamp 2017) 
 
O escritor José de Alencar relata como ocorriam 
as reuniões do Clube da Maioridade, realizadas 
na casa de seu pai em 1840. Discutia-se nessas 
ocasiões a antecipação da maioridade do 
imperador D. Pedro II, então com apenas 14 
anos, para que ele pudesse assumir o trono 
antes do tempo determinado pela Constituição. 
No fim da vida, José de Alencar rememora os 
episódios de sua infância e chega a uma 
surpreendente conclusão: os políticos que 
frequentavam sua casa na ocasião iam lá não 
porque estavam pensando no futuro do país, 
mas apenas para devorar tabletes e bombons 
de chocolate. Conforme o relato do escritor, os 
membros do Clube da Maioridade, discutindo 
altos assuntos na sala de sua casa, pareciam 
realmente gente séria e preocupada com os 
destinos do Brasil, até que chegava a hora do 
chocolate. 
Para Alencar, a discussão política no Brasil se 
resumia a um “devorar de chocolate”, isto é, 
cada um defendia apenas seus interesses 
particulares e nada mais. 
Adaptado de Daniel Pinha Silva, “O império do 
chocolate”, em 
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/leituras/o-
imperio-do-chocolate. Acessado em: 01/08/2016. 
 
Sobre o Golpe da Maioridade e a visão de José 
de Alencar a esse respeito, é correto afirmar 
que: 
 
A) O golpe foi uma manobra das elites políticas, 
que criaram uma forma de alterar a 
Constituição e contemplar os seus interesses 
durante o período regencial, fato criticado 
por Alencar ao fazer uma anedota com o 
chocolate. 
B) Ao entregar o poder a um jovem de 14 anos, 
alegando ser maior de 18, os políticos do 
Império manifestavam uma ousada visão 
política para evitar a influência da Inglaterra 
nos assuntos brasileiros, preservando seus 
interesses como donos de escravos. 
 
C) O golpe foi uma resposta dos conservadores 
às propostas liberais que pretendiam 
estabelecer a República no país, e Alencar 
apontou uma prática política dos 
parlamentares que é recorrente na história 
do país. 
D) José de Alencar expressou sua decepção com 
os políticos e, ao registrar sua visão sobre o 
Clube da Maioridade, o escritor contribuiu 
para inibir procedimentos semelhantes 
durante o Império, assegurando uma 
transição pacífica e legal para a República, em 
1889. 
 
 RESOLUÇÕES 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[C] 
 
A constituição brasileira de 1824 foi 
outorgada, centralizadora, possuía quatro 
poderes, o quarto poder era denominado 
Moderador, concedendo ampla autonomia para 
o imperador. Essa magna carta desagradou as 
elites locais. Em 1831, quando ocorreu à 
abdicação de D. Pedro I, teve início o Período 
Regencial, era a oportunidade de reajustar o 
poder. Entre 1831-1836, as elites locais 
buscaram maior autonomia, era o denominado 
“Avanço Liberal”, caracterizado pela 
descentralização política. O Ato Adicional de 
1834, contribuiu para a conciliação de poder. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[E] 
 
O próprio texto deixa claro que o fato de o 
Rio Grande do Sul fazer fronteira com outros 
países, como a Argentina e o Uruguai, 
preocupava o governo regencial, por duas 
razões: a bacia do rio da Prata que cortava a 
província e a possibilidade de a província ficar 
enfraquecida pela revolta e ser invadida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
101 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[C] 
 
No contexto do Período Regencial, 1831-1840, 
ocorreram diversas revoltas no Brasil, tais 
como, Balaiada, Sabinada, Cabanagem e 
Farroupilha. Em 1835, eclodiu na Bahia, um 
movimento bem atípico: a Revolta dos Malês. A 
revolta foi organizada por negros muçulmanos 
contra a escravidão e a imposição do 
catolicismo. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[D] 
 
Entre as revoltas ocorridas no Período 
Regencial, 1831-1840, a Cabanagem ganhou 
relevância pela participação de pessoas 
humildes bem como pela grande violência 
praticada pela elite agrária que dizimou quase a 
metade da população da província do Grão-
Pará. A causa da revolta estava vinculada a 
situação econômica e social dos cabanos que 
era de total descaso e miséria nessa época, sem 
as mínimas condições adequadas para 
sobreviver, sem trabalho e, quando trabalhava, 
era muito explorado. Gabarito [D]. As outras 
revoltas foram a Sabinada na Bahia; Balaiada no 
Maranhão; Farroupilha no Rio Grande do Sul; 
Malês na Bahia. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[C] 
 
O período regencial ficou marcado pela 
atuação de três partidos políticos: Liberais 
Moderados, Liberais Exaltados e Conservador. 
Os três tinham visões distintas sobre o tipo de 
poder a ser adotado no país: Monarquia 
fortemente centralizada nas mãos de d. Pedro 
II, adoção do federalismo ou até mesmo da 
República, ou a volta de d. Pedro I ao poder. Por 
essas divergências, a Regência foi bastante 
tumultuada no âmbito político, o que promovia 
uma indefinição das bases institucionais do 
país. 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[C] 
 
Apenas as afirmativas [II] e [III] faziam parte 
do Ato Adicional de 1834. O Ato extinguiu um 
Conselho de Estado criado por d. Pedro I em 
1823 e o Clube da Maioridade foi fundado em 
1840. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[B] 
 
A constituição brasileira de 1824 foi 
centralizadora, concedendo muito poder ao 
imperador através do poder Moderador, 
Padroado e Beneplácito, nomeação do 
presidente de província pelo imperador, etc. 
Desta forma, as elites das províncias foram 
sufocadas por esta magna carta gerando 
inúmeros conflitos contra o poder central como 
a Confederação do Equador, 1824 em 
Pernambuco, Farroupilha no Rio Grande do Sul 
entre 1835-1845 e a Sabinada na Bahia que 
defendeu uma separação provisória da Bahia 
em relação ao Brasil. Daí o “Colonialismo de 
Corte”, uma excessiva centralização do poder 
no Rio de Janeiro prejudicando as demais elites. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[D] 
 
A constituição brasileira de 1824 foi outorgada 
e centralizadora concedendo muito poder ao 
imperador através do poder Moderador, 
Padroado e Beneplácito e também pela 
nomeação do presidente de província pelo 
imperador. Todas estas medidas desagradaram 
muito às elites regionais, daí o surgimento de 
inúmeras revoltas contra a centralização do 
poder, tais como: Cabanagemno Pará, 
Farroupilha no Rio Grande do Sul, Sabinada na 
Bahia e a Balaiada no Maranhão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
102 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[A] 
 
No período regencial, 1831-1840, completou o 
processo de independência do Brasil, a elite 
nacional começou a governar o país, surgiram 
os primeiros partidos políticos, iniciou a 
formação do Estado nacional brasileiro e o povo 
mais humilde pedia uma maior participação na 
coisa pública. Neste contexto, surgiram diversas 
revoltas, algumas de caráter separatista como a 
Farroupilha no Rio Grande do Sul, outras 
defenderam a monarquia como a Sabinada que 
defendeu a separação da Bahia até a 
maioridade do imperador D. Pedro II. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[B] 
 
A questão remete ao Período Regencial, 1831-
1840, caracterizado pela formação do Estado 
nacional brasileiro e partidos políticos, o povo 
tentou participar da vida pública e foi 
massacrado pelas elites agrárias regionais, 
ocorreu um político polarizado entre 
federalismo e centralização do poder, inúmeras 
revoltas surgiram, algumas com caráter 
separatista como a Farroupilha ocorrida no Rio 
Grande do Sul entre 1835-1845. As demais 
alternativas estão incorretas. Parlamentarismo 
e a Guerra do Paraguai ocorreram somente no 
Segundo Reinado, 1840-1889. O golpe da 
maioridade foi liderado pelo partido liberal. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[E] 
 
Luiz Alves de Lima e Silva, mais conhecido 
como Duque de Caxias, teve acentuada 
participação na História brasileira durante o 
Período Regencial e o Segundo Reinado. Dentro 
do Período Regencial, podemos destacar sua 
intensa participação na contenção das Revoltas 
Regenciais, em especial na Balaiada e na 
Farroupilha. 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[A] 
 
A Guerra da Farroupilha, 1835-1845, ocorreu no 
Rio Grande do Sul e não aconteceu na região 
mineradora. O governo brasileiro cobrava 
imposto abusivo do charque gaúcho (25%) e 
cobrava imposto bem mais baixo do charque 
importado (4%), daí a irritação da elite do Rio 
Grande do Sul. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[A] 
 
A independência do Haiti impactou não 
apenas o Brasil, mas todo o Continente 
Americano: promovida pela população negra, a 
independência culminou na abolição da 
escravatura no novo país. Por isso, os demais 
países americanos passaram a reprimir 
violentamente movimentos de caráter negro 
libertador, como a Revolta dos Malês, na Bahia. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[E] 
 
Diferente de toda a América, a independência 
do Haiti foi liderada por negros que 
implantaram um Estado negro no país, matando 
diversos brancos. Toussaint Loverture e Jacques 
Dessalines foram os líderes negros mais 
importantes. O Haiti conquistou a 
independência em 1804 no contexto da Era 
Napoleônica. No Brasil surgiu o “haitianismo”, a 
elite brasileira não permitiu a participação dos 
mais humildes no processo de independência e 
também excluiu a grande maioria de exercer a 
cidadania. Em 1835, eclodiu na Bahia, a Revolta 
dos Malês, negros muçulmanos lutavam pelo 
fim da escravidão e pela liberdade religiosa. O 
movimento foi duramente reprimido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
103 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[A] 
 
O Golpe da Maioridade foi dado em meio à 
crise regencial, marcada por conflitos políticos 
constantes e revoltas regenciais que 
ameaçavam a soberania nacional. Amparados 
em interesses particulares e elitistas, os 
políticos articularam a alteração da Carta 
Constitucional para que Pedro de Alcântara 
pudesse assumir o trono com 14 anos. 
O escritor José de Alencar, que presenciou 
tais articulações na infância, critica a manobra 
política, classificando-a como sendo de 
interesse particular, e não nacionalista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
104 
HISTÓRIA DO BRASIL – BRASIL IMPÉRIO: 
II REINADO 
QUESTÃO 01 
(Espm 2018) 
 
 
I-Juca Pirama 
(Gonçalves Dias) 
 
No meio das tabas de amenos verdores, 
Cercado de troncos – coberto de flores, 
Alteiam-se os tetos d’altiva nação; 
São muitos seus filhos, e nos ânimos fortes, 
Temíveis na guerra, que em densas coortes 
Assombram das matas a imensa extensão. 
 
São rudos, severos, sedentos de glória, 
Já prélios incitam, já cantam vitória, 
Já meigos atendem à voz do cantor: 
São todos Timbiras, guerreiros valentes! 
Seu nome lá voa na boca das gentes, 
Condão de prodígios, de glória e terror! 
 
Fundado pelo regente Araújo Lima, o Institu-
to Histórico e Geográfico contou com intenso 
apoio de D. Pedro II, que presidiu mais de 500 
de suas sessões. Empenhado na construção da 
“identidade nacional”, o Instituto Histórico e 
Geográfico, sob a influência do Romantismo 
europeu, criou na poesia, na pintura, na litera-
tura de ficção um mito a que se deu o nome de: 
 
A) Bandeirismo; 
B) Medievalismo; 
C) Ascetismo; 
D) Tropicalismo; 
E) Indianismo. 
 
 
QUESTÃO 02 
(Enem 2017) 
 
Com a Lei de Terras de 1850, o acesso à terra só 
passou a ser possível por meio da compra com 
pagamento em dinheiro. Isso limitava, ou 
mesmo praticamente impedia, o acesso à terra 
para os trabalhadores escravos que 
conquistavam a liberdade. 
OLIVEIRA, A. U. Agricultura brasileira: 
transformações recentes. In: ROSS, J. L. S. Geografia do 
Brasil. São Paulo: Edusp, 2009. 
 
O fato legal evidenciado no texto acentuou o 
processo de 
 
A) reforma agrária. 
B) expansão mercantil. 
C) concentração fundiária. 
D) desruralização da elite. 
E) mecanização da produção. 
 
QUESTÃO 03 
(Enem Libras 2017) 
 
Na segunda metade do século XIX, a capoeira 
era uma marca da tradição rebelde da 
população trabalhadora urbana na maior cidade 
do Império do Brasil, que reunia escravos e 
livres, brasileiros e imigrantes, jovens e adultos, 
negros e brancos. O que mais os unia era 
pertencer aos porões da sociedade, e na última 
escala do piso social estavam os escravos 
africanos. 
SOARES, C. E. L. Capoeira mata um. In: FIGUEIREDO, 
L. História do Brasil para ocupados . Rio de Janeiro: Casa 
da Palavra, 2013. 
 
De acordo com o texto, um fator que 
contribuiu para a construção da tradição 
mencionada foi a 
 
A) elitização de ritos católicos. 
B) desorganização da vida rural. 
C) redução da desigualdade racial. 
D) mercantilização da cultura popular. 
E) diversificação dos grupos participantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
105 
QUESTÃO 04 
(Espcex Aman 2021) 
Em 1844, no Brasil, foi criada uma nova tarifa 
alfandegária sobre produtos importados, que, 
variando entre 30% e 60%, favoreceu a criação 
de indústrias, bancos, ferrovias, mineradoras 
etc. Ela ficou conhecida pelo nome de seu 
criador, que era, então, o Ministro da Fazenda: 
 
A) Rui Barbosa. 
B) Alves Branco. 
C) Barão de Mauá. 
D) Eusébio de Queirós. 
E) Barão de Tefé. 
 
QUESTÃO 05 
(Uece 2020) 
 
Leia atentamente o seguinte trecho do 
Regimento de Feitor-mor de engenho: 
 
“O castigo que se fizer ao escravo não há-de 
ser com pau nem tirar-lhe com pedras ou tijolos 
e quando o merecer o mandará botar sobre um 
carro e dar-se-lhe-á com um açoite seu castigo; 
e, depois de bem açoitado, o mandará picar 
com navalha ou faca que corte bem e dar-se-
lhe-á com sal, sumo de limão e urina e o meterá 
alguns dias na corrente. [...]” 
João Fernandes Vieira. Regimento de feitor-mor de 
engenho. Apud ALVES FILHO, Ivan. Brasil, 500 anos em 
documentos. Rio de Janeiro: Mauad Editora, 1999. 
 
Considerando o excerto acima e o 
conhecimento que se tem a respeito da 
escravidão no Brasil, é correto afirmar que 
 
A) os castigos a que o texto se refere 
configuram-se como exceção, pois, nessa 
época, a regra era a proibição de maus tratos 
físicos aos escravos. 
B) o uso do trabalho escravo e a desvalorização 
do homem, implícitanele, não tiveram 
impactos na sociedade brasileira atual. 
C) durante o período colonial e imperial 
brasileiro, o trabalho escravo foi a base da 
economia, razão pela qual era normatizado. 
D) a escravidão indígena ou africana só era 
possível como forma de penalização a grupos 
que se revoltaram contra a coroa portuguesa. 
QUESTÃO 06 
(Unicamp 2020) 
 
Os números indicam que antes da abolição de 
1888 restavam pouco mais de setecentos mil 
escravos no Brasil. Conforme estimativa do 
censo de 1872, elaborada pelo IBGE, a 
população total do país era de 9.930.478 
habitantes. Isso indica que grande parte da 
população de cor (pretos e pardos) já havia 
adquirido a liberdade por seus próprios meios 
antes da Lei Áurea. 
(Adaptado de Wlamyra Albuquerque, A vala comum 
da ‘raça emancipada’: abolição e racialização no Brasil, 
breve comentário. História Social, Campinas, n. 19, p. 
99, 2010.) 
 
Com base no excerto e nos conhecimentos 
sobre a história da liberdade no Brasil, assinale 
a alternativa correta. 
 
A) A maioria da população negra já era liberta 
antes de 1888, porque as províncias 
escravistas do Sudeste, almejando abrirem-
se para a imigração italiana, vinham 
adotando medidas abolicionistas desde o fim 
do tráfico, em 1850. 
B) Em termos globais, o grande percentual da 
população livre de cor reflete o peso 
demográfico da população liberta 
concentrada nas províncias pouco 
dependentes da escravidão, como Santa 
Catarina e Paraná. 
C) A maioria da população africana e seus 
descendentes já era livre quando a Lei Áurea 
foi aprovada, porque vinha obtendo alforrias 
através de uma multiplicidade de estratégias, 
desde o período colonial. 
D) O alto número de libertos antes de 1888 
reflete o impacto da abolição dos escravos 
por parte do Imperador D. Pedro II, pois a 
família real era a maior proprietária de 
cativos durante o século XIX, na região do 
Vale do Paraíba. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
106 
QUESTÃO 07 
(G1 - cftmg 2020) 
 
Ao abrir a Assembleia Geral em 1872, Dom 
Pedro II utilizou seu traje de gala, conforme foi 
posteriormente pintado por Pedro Américo. 
Parte dessa vestimenta ritual era a murça, que 
ficava sobre o ombro do monarca. Enquanto na 
Europa a peça era tradicionalmente de pele 
brilhante de caça (doninha ou marta), no Brasil 
ela foi confeccionada com penas de papo de 
tucano. 
 
 
 
A escolha desse material, no contexto do 
Segundo Reinado, simboliza a 
 
A) ascensão dos representantes de indústrias 
têxteis na economia nacional após a chegada 
de imigrantes europeus. 
B) política do governo brasileiro de afirmar sua 
autonomia face à influência republicana dos 
Estados Unidos. 
C) criação de um modelo aristocrático de 
modernidade incorporando características 
nacionais. 
D) proposta local de rejeitar os parâmetros de 
civilização impostos pela monarquia da 
França. 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 08 
(Ufms 2020) 
 
Assinale a alternativa correta sobre o processo 
de industrialização no Brasil. 
 
A) A industrialização do Brasil ocorreu 
imediatamente após o final da Guerra do 
Paraguai, pois uma das restrições impostas 
ao Paraguai derrotado era o pagamento da 
dívida de guerra e a transferência de seu 
pátio industrial para Uruguai, Argentina e 
Brasil, vitoriosos no conflito platino do século 
XIX. 
B) Apesar de pouco explorado pela 
historiografia brasileira, o processo de 
industrialização do Brasil ocorreu ainda 
durante o período colonial no momento em 
que os holandeses administravam a lavoura 
açucareira e, consequentemente, 
transferiram para o Nordeste os insumos 
para o processamento da cana em açúcar e 
álcool para posteriormente serem 
comercializados na Europa. 
C) A borracha foi o principal elemento que 
impulsionou a industrialização no Brasil, já 
que a exploração do látex na Amazônia e sua 
exportação para a indústria automotiva 
norte-americana fizeram surgir a Zona Franca 
de Manaus, com destaque na produção 
industrial ainda no início do século XX. 
D) Os primeiros investimentos consideráveis no 
processo de industrialização do Brasil 
ocorreram por conta dos lucros obtidos por 
meio da lavoura cafeeira, já que a elite 
cafeicultora nacional promoveu a reaplicação 
dos recursos obtidos no próprio país. 
E) Foram a mineração e a exploração de ouro e 
de diamante que chamaram a atenção da 
Inglaterra e promoveram o investimento 
estrangeiro da indústria de bens duráveis no 
Brasil, ainda no final do século XVIII, mas que 
pela escassez do ouro (chamado ouro de 
aluvião) teve duração efêmera e pausou este 
processo, sendo ele retomado somente no 
século XX. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
107 
QUESTÃO 09 
(G1 – col. naval 2020) 
Leia o texto a seguir. 
 
Entretanto, violenta contradição foi criada 
com a implantação desta lei. Ainda que a 
finalidade precípua da referida pauta 
alfandegária fosse garantir a ampliação da 
receita do Estado, a sua implementação acabou 
convertendo-se em legislação protecionista. A 
tributação atingiu 2919 artigos de importação, 
a maioria passou a pagar o dobro do que 
anteriormente pagava, uma vez que o imposto 
alfandegário antes cobrado era de 15% e passou 
a ser de 30% ad valorem. Muitos artigos tiveram 
de pagar 40%, 50% e mesmo 60% do seu valor. 
(Aquino, Rubim Santos de, [et al.] Sociedade 
brasileira: uma história através dos movimentos sociais: 
da crise do escravismo ao apogeu do neoliberalismo. 7ª 
ed. - Rio de Janeiro: Record, 2011, p.40. Adaptado) 
 
A medida econômica relatada no texto 
refere-se: 
 
A) à Tarifa Alves Branco, um recurso utilizado 
pelo governo imperial para solucionar o 
déficit das finanças públicas. No entanto, 
essa medida não conseguiu promover a 
autossuficiência da economia brasileira. 
B) à tarifa Silva Ferraz, que estabeleceu 
impostos alfandegários mais baixos para 
máquinas, ferramentas e ferragens, o que 
prejudicou a ainda incipiente produção 
nacional desses equipamentos. 
C) à reforma financeira implantada pelo 
ministro da Fazenda Rui Barbosa que foi 
chamada de "encilhamento". Essa reforma 
provocou uma grande inflação devido à 
grande emissão de dinheiro. 
D) à política implantada pelo presidente 
Campos Sales, denominada funding loan, que 
consistiu num grande empréstimo feito aos 
banqueiros ingleses para com bater a grave 
crise econômica. 
E) ao Tratado de Comércio e Navegação 
assinado com a Inglaterra e que deu vários 
privilégios a esse país nas relações comerciais 
com o Brasil, por exemplo taxas alfandegárias 
inferiores às cobradas de Portugal. 
 
QUESTÃO 10 
(Fgv 2020) 
 
Leia uma passagem do livro Memórias 
póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, 
publicado em primeira edição em 1881. O 
trecho citado passa-se na década de 1840 e 
apresenta a voz de um personagem indignado 
com o momento histórico brasileiro. 
 
Opinava por várias coisas, entre outras, o 
desenvolvimento do tráfico dos africanos e a 
expulsão dos ingleses. [...] Que os levasse o 
diabo os ingleses! Isto não ficava direito sem 
irem todos eles barra fora. Que é que a 
Inglaterra podia fazer-nos? Se ele encontrasse 
algumas pessoas de boa vontade, era obra de 
uma noite a expulsão de tais godemes1... Graças 
a Deus, tinha patriotismo. 
(Memórias póstumas de Brás Cubas , 1970.) 
 
1Godemes: neologismo de grande circulação 
na cultura brasileira do período. Fusão de duas 
palavras inglesas, “god” (Deus) e “demon” 
(demônio). 
 
Pelo conteúdo dessa passagem, pode-se 
concluir que 
 
A) a forte retórica nacionalista do personagem 
respondia às decisões do Parlamento inglês 
de combate ao comércio oceânico de 
escravos. 
B) os comerciantes ingleses disputavam com 
comerciantes brasileiros o monopólio do 
fornecimento dos escravos africanos para as 
colônias britânicas das Antilhas. 
C) a ocupação pela marinha inglesa dos portos 
da África Ocidental encarecia o preço da mão 
de obra escrava no mercado internacional. 
D) as ações das mais rentáveis companhiasbrasileiras de comércio de escravos foram 
retiradas do sistema financeiro londrino. 
E) o interlocutor apoiava o decreto imperial de 
ruptura das relações com a Inglaterra, em 
face das agressões do almirantado contra os 
navios negreiros em alto mar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
108 
QUESTÃO 11 
(Espcex Aman 2020) 
 
Ideias republicanas estavam presentes entre os 
brasileiros há tempos. No século XVIII, 
inspiraram movimentos contra o domínio 
português. Em 1870, um grupo de políticos 
lançou, no Rio de Janeiro, o Manifesto 
Republicano. Os seguintes episódios, ocorridos 
na segunda metade do século XIX, abalaram o 
Império Brasileiro. Considerando os seguintes 
fatos: 
 
I. Questão Militar. 
II. Questão de Fronteiras. 
III. Questão Religiosa. 
IV. Questão da Cisplatina. 
V. Questão Abolicionista. 
 
Assinale abaixo a alternativa em que todas as 
proposições estão corretas no que se refere às 
questões que contribuíram para o fim do 
período Imperial Brasileiro. 
 
A) I e II. 
B) I, II e III. 
C) I, III e V. 
D) III, IV e V. 
E) IV e V. 
 
QUESTÃO 12 
(Mackenzie 2020) 
 
“A fim de regularizar a propriedade da terra de 
acordo com as novas necessidades econômicas 
e os novos conceitos de terra e de trabalho, 
diversas leis importantes foram decretadas em 
diferentes países durante o século XIX. O ritmo 
da mudança, entretanto, variou de um país para 
o outro e, dentro dos limites de um mesmo país, 
de uma região para outra, de acordo com o grau 
e a intensidade com que o desenvolvimento da 
economia industrial e comercial afetou essas 
áreas.” 
(VIOTTI da Costa, Emília. Da Monarquia à República: 
Momentos decisivos. São Paulo: Unesp, 1998. p.170) 
 
 
 
Estabelecendo uma comparação entre a 
Homestead Act de 1862, que regulamentou a 
política de terras nos EUA, e a Lei de Terras de 
1850 no Brasil, é correto afirmar que 
 
A) a Homestead Act de 1862 dificultava o acesso 
à terra, pois estipulava valores muito altos 
para a compra de territórios a oeste do rio 
Mississipi, resultando na baixa ocupação 
europeia e na prevalência de povos 
indígenas. Tal qual os EUA, a Lei de Terras de 
1850 impede que setores populares tenham 
acesso à terra no Brasil, pelo seu alto custo. 
B) a Lei de Terras de 1850 proibia a aquisição de 
terras públicas por qualquer outro meio que 
não fosse a compra, finalizando as formas 
tradicionais de aquisição de terras mediante 
doações do governo. De maneira diferente, o 
Homestead Act de 1862 doava terras 
exclusivamente à população indígena e 
africana interessada na ocupação do oeste. 
C) a política rural, tanto no Brasil como nos 
Estados Unidos, estava ligada a uma certa 
concepção de trabalho não escravo. Mas, 
enquanto a Lei de Terras de 1850 dificultava 
a obtenção de terra pelo trabalhador livre, o 
Homestead Act de 1862 doava terras aqueles 
que desejassem nela se instalar. 
D) Brasil e EUA desenvolvem suas políticas de 
terras dentro de um contexto de crise do 
sistema escravocrata e necessidade 
crescente da mão de obra do trabalhador 
livre europeu. Assim, tanto a Lei de Terras de 
1850 quanto a Homestead Act de 1862 
democratizam o acesso à terra em seus 
respectivos países. 
E) as leis agrárias brasileira e norte americana, 
completamente diferentes, estão vinculadas 
a necessidades de substituição gradual da 
mão de obra escrava. A Lei de Terras de 1850 
democratiza a terra na medida, em que 
possibilita a posse a quem ocupá-la por mais 
de 5 anos, enquanto o Homestead Act de 
1862 estabelece a posse pela compra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
109 
QUESTÃO 13 
(Ufrgs 2020) 
 
Com relação às dimensões políticas, 
econômicas e sociais da escravidão, na 
formação do Estado brasileiro no século XIX, 
considere as seguintes afirmações. 
 
I. A proibição do tráfico de africanos, colocada 
em prática em 1850, ocasionou um aumento 
do fluxo interno de escravizados, oriundos da 
região norte, para atender a demanda de mão 
de obra nas lavouras cafeeiras do sudeste. 
II. As ameaças internacionais de grupos e 
entidades abolicionistas motivaram esforços 
de defesa do regime escravista, articulando 
interesses comuns de setores da elite 
brasileira com comerciantes da América 
hispânica e dos Estados Unidos. 
III. A dinâmica do mercado externo e o 
desenvolvimento do capitalismo industrial 
tornaram consensual, na elite política 
imperial, o apoio ao fim da escravidão, 
aproximando Luzias e Saquaremas, durante 
a chamada “grande conciliação”, ocorrida no 
Segundo Reinado. 
 
Quais estão corretas? 
 
A) Apenas I. 
B) Apenas II. 
C) Apenas III. 
D) Apenas I e II. 
E) I, II e III. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 14 
(Uece 2020) 
 
A abolição da escravatura na província do 
Ceará, ocorrida oficialmente em 25 de março de 
1884, 4 anos antes da abolição no império, teve 
como uma das suas razões 
 
A) a ação isolada de indivíduos ligados à 
ortodoxia da igreja católica e às igrejas 
pentecostais instaladas desde o Séc. XVII na 
província. 
B) a ação das sociedades libertadoras que 
atuaram em vários municípios da província 
nos anos anteriores à abolição. 
C) a grande industrialização na província do 
Ceará, que exigia outro tipo de mão de obra, 
a assalariada, e não mais a escrava. 
D) o aparecimento da cotonicultura no Ceará, 
que suprimiu a escravidão, devido à 
mecanização e ao trabalho assalariado. 
 
QUESTÃO 15 
(G1 – col. naval 2020) 
 
Após três séculos de construção de um espaço 
geográfico formado por luso-brasileiros, 
indígenas e negros, a partir do século XIX o 
Brasil passaria a receber uma renovação 
populacional. As elites agrárias, sentindo o peso 
do movimento abolicionista e das pressões da 
Grã-Bretanha pelo fim da escravidão, 
começaram a ter cada vez mais dificuldades 
para manter o tráfico de escravos. 
Martini, Alice de. Geografia Ação e Transformação. 
1. ed. São Paulo: Escala Educacional, 2016, pg. 84. 
 
Sobre a realidade que envolve o contexto 
dos principais fluxos imigratórios para o Brasil e 
que contribuíram para a sua formação étnica e 
econômica, assinale a opção correta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
110 
A) Os portugueses representam o grupo mais 
numeroso de Imigrantes que vieram para o 
Brasil, mesmo considerando apenas a 
imigração a partir de 1822. Esse grupo se 
dedicou apenas e atividades urbanas e se 
concentrou especialmente no Estado de São 
Paulo. 
B) A imigração italiana ocorreu a partir de 1870, 
concentrando-se no Estado do Rio Grande do 
Sul e Paraná, onde desenvolveram atividades 
ligadas ao setor vinícola. Somente a partir da 
segunda metade do século XIX e início dos 
anos 1970 esses imigrantes se fixaram no 
Estado de São Paulo. 
C) A imigração dos espanhóis teve início no fim 
do século XIX, quando foram encaminhados 
para trabalhar nas fazendas de café no Estado 
de São Paulo. São considerados um dos cinco 
maiores grupos de Imigrantes europeus que 
se deslocaram para o Brasil. 
D) A imigração alemã associou-se a um 
programa de colonização idealizado pelo 
governo brasileiro, cujo objetivo era o 
desenvolvimento da agricultura e ocupação 
da Região Sudeste. Esse grupo de imigrantes 
teve grande importância na formação do 
mercado consumidor dessa região. 
E) A entrada de japoneses no país teve início na 
primeira metade do século XIX, com a 
chamada "imigração subsidiada". Esse grupo 
se fixou no Estado de São Paulo e contribuiu 
para o desenvolvimento das plantações de 
café e, ali, especialmente, da pimenta do 
reino. 
 
 RESOLUÇÕES 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[E] 
 
O indianismo valorizava o mito da 
nacionalidade de caráter indígena, destacando, 
sempre, as virtudes indígenas, como a bondade, 
a bravura e a inocência. 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[C] 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
Geografia] 
A alternativa [C] está correta porque a Lei de 
Terras surgiu como uma forma de impedir o 
acesso dos escravos libertos e dos imigrantes àterra, concentrado a propriedade nas mãos da 
elite e garantindo a mão de obra do imigrante 
para as fazendas de café. As alternativas 
incorretas são: [A] e [D], porque a Lei de Terras 
consolida a dificuldade de acesso à terra, 
portanto, não ocorre nem reforma agrária, nem 
desruralização da elite; [B], porque a expansão 
mercantil está historicamente associado à 
criação das colônias europeias na América; [E], 
porque a Lei de Terras garantia reserva de mão 
de obra para a cafeicultura e a mecanização da 
produção só ocorre a partir de meados do 
século XX. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
História] 
A Lei de Terras, aprovada no Brasil em 1850, 
determinava que as terras que não pudessem 
ser legalizadas mediante compra e registro 
deveriam ser devolvidas ao Estado brasileiro. 
Como a legalização era um processo caro, a 
referida Lei contribuiu para aumentar a 
concentração de terras nas mãos da elite 
brasileira. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[E] 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
Sociologia] 
A capoeira, ao ultrapassar barreiras culturais 
desde o período escravista de nosso país, 
consolidou-se como um importante elemento 
identitário brasileiro. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
História] 
Como o próprio texto ressalta, diversos 
grupos confraternizavam-se na prática da 
capoeira ligados por um simples fator: a 
marginalização social, ou seja, todos se sentiam 
excluídos socialmente. 
 
 
 
 
 
 
111 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[B] 
 
A Tarifa Alves Branco, aprovada em 1844, 
determinava a cobrança de 30% ad valorem dos 
produtos importados sem produção nacional 
similar e a cobrança de 60% ad valorem dos 
produtos importados com produção nacional 
similar. Apesar das críticas dos empresários que 
trabalhavam com importação no país, tal tarifa 
visava fomentar a indústria nacional. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[C] 
 
Desde o princípio da colonização, visando 
em especial o lucro colonial, Portugal optou 
pelo uso da mão de obra escrava no Brasil, 
escravizando índios e, principalmente, negros. 
A escravidão perdurou até 1888 no país, 
atravessando o tempo e sendo, sempre, a base 
da produção econômica brasileira, a ponto de 
ser normatizada dentro da sociedade. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[C] 
 
Desde os tempos coloniais, a concessão 
espontânea de alforrias por parte dos senhores 
e a compra de alforrias através de acumulação 
de recursos próprios pelos escravos de ganho já 
constituíam possibilidades de liberdade aos 
cativos. Durante o Segundo Reinado, leis como 
a Eusébio de Queiroz, a do Ventre Livre e a dos 
Sexagenários ajudaram a aumentar o número 
de libertos. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[C] 
 
A substituição da pele de doninha ou marta 
pelas penas de tucano, ave típica da fauna 
brasileira, evidencia uma tentativa de 
valorização dos elementos nacionais pelo 
governo. 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[D] 
A economia cafeeira, a partir da segunda 
metade do século XIX, no contexto do Segundo 
Reinado, provocou um processo de 
transformação econômica no Brasil através da 
modernização dos transportes, da mão de obra, 
do investimento em indústrias, etc. Essas 
mudanças contribuíram para a crise e o fim da 
monarquia no Brasil. Durante a Primeira 
República, 1889-1930, o café permaneceu 
como o produto mais importante na economia, 
os lucros obtidos com a venda do produto era 
investido no próprio país com a criação de 
indústrias, por exemplo. Vale lembrar que, a 
economia cafeeira necessitou de muita mão de 
obra, daí a entrada significativa de imigrantes 
no Brasil. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[A] 
 
A Tarifa Alves Branco, adotada em 1844, 
definiu que os produtos importados, sem 
similares na produção nacional, pagariam 30% 
ad valorem para entrar no Brasil, enquanto 
aqueles com similares por aqui pagariam 60% 
ad valorem. Apesar de visar o aumento da 
arrecadação alfandegária, a Tarifa acabou por 
prejudicar a importação e a comercialização de 
produtos importados no Brasil, porque o 
aumento do imposto acabou acarretando um 
aumento no valor dos produtos importados no 
momento da venda dos mesmos. Ingleses, 
importadores brasileiros e a elite imperial 
foram as categorias que ficaram mais 
insatisfeitas com essa Tarifa. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[A] 
 
Na passagem citada podemos perceber a 
revolta do personagem com a interferência 
inglesa na política brasileira ao longo do 
Segundo Reinado, em especial no que diz 
respeito à questão do tráfico de escravos. 
Afinal, a Inglaterra pressionava o Brasil pelo fim 
da escravidão. 
 
 
 
 
 
 
 
112 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[C] 
 
Entre as causas para a crise e o fim da 
monarquia no Brasil estão associadas a questão 
militar, a questão republicana, a questão 
religiosa e a questão servil (abolicionista). A 
questão militar está vinculada a valorização do 
exército brasileiro após a Guerra do Paraguai, 
1865-1870. A questão religiosa está associada 
ao conflito entre a Igreja católica no Brasil com 
o imperador em função da Bula Papal Sylabus 
contra a participação de maçons na Igreja 
católica. A questão abolicionista contribuiu para 
abolir a escravidão no Brasil, que consistia em 
um dos pilares da monarquia brasileira. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[C] 
 
A principal diferença entre a Lei de Terras 
brasileira, promulgada em 1850, e a Lei de 
Terras norte-americana (Homestead Act), 
promulgada em 1862, é que a primeira 
dificultava o acesso a terra, estabelecendo a 
necessidade de pagamento para o registro da 
mesma, enquanto a última facilitava o acesso a 
terra, incentivando a chamada Marcha para o 
Oeste a partir da distribuição de terras a quem 
se apresentasse como colono ou fazendeiro no 
Oeste dos EUA. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[D] 
 
A afirmativa [III] está incorreta porque (1) 
não houve o desenvolvimento do capitalismo 
industrial no Brasil durante o Segundo Reinado 
e (2) a chamada “grande conciliação” entre 
Luzias e Saquaremas, uma das principais marcas 
do governo de d. Pedro II, caracterizou-se por 
tomadas de decisões em termos políticos que 
beneficiassem os ganhos econômicos da elite 
agrária brasileira. Nesse sentido, era maior a 
defesa da escravidão, em benefício aos grandes 
senhores de terra. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[B] 
 
O Ceará foi a primeira Província brasileira a 
abolir a escravidão, em 1884. Contribuiu para 
tal acontecimento a existência de sociedades 
libertadoras – como a Sociedade Cearense 
Libertadora – que buscavam, principalmente, a 
compra de alforrias e a ocorrência da Guerra 
dos Jangadeiros, resultado da atuação do 
grande abolicionista Francisco José do 
Nascimento, conhecido como Dragão do Mar. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[C] 
 
O incentivo à imigração por parte do governo 
imperial brasileiro intensificou-se na segunda 
metade do século XIX devido às leis 
abolicionistas que passaram a ser aprovadas no 
país a partir de 1850 (com a Lei Eusébio de 
Queiroz). A partir desse incentivo, portugueses, 
espanhóis e italianos, principalmente, vieram 
para o Brasil e passaram a ser utilizados, 
preferencialmente, nas fazendas de café. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
113 
HISTÓRIA DO BRASIL – BRASIL REPÚBLICA: 
PRIMEIRA REPÚBLICA (1889-1930) 
QUESTÃO 01 
(Ufjf-pism 3 2020) 
Sobre a Semana de Arte Moderna, ocorrida em 
São Paulo em 1922, é CORRETO afirmar: 
 
A) Foi um movimento que criticava a influência 
estrangeira na cultura brasileira, rejeitando o 
“colonialismo mental”, defendendo a cultura 
nacional. 
B) O movimento foi exclusividade dos poetas 
homens, excluindo o talento das escritoras 
mulheres consideradas muito radicais, uma 
vez que defendiam o fim do 
conservadorismo. 
C) O movimento ocorreu por ocasião do 
centenário da independência do Brasil, com o 
objetivo de reforçar o espírito conservador 
do país e valorizar a cultura estrangeira 
moderna e suas inovações.D) O movimento atingiu todo o Brasil e todas as 
classes sociais, se mostrando extremamente 
democrático, rompendo com a desigualdade 
de classes. 
E) Foi um movimento conservador que 
redescobriu a identidade brasileira como não 
miscigenada, de tradição rural-agrária, 
recusando o desenvolvimento cosmopolita. 
 
QUESTÃO 02 
(Uerj Simulado 2018) 
As telas retratadas acima foram reunidas pela 
primeira vez no país em 2016 para a exposição 
“A Cor do Brasil”, realizada no Museu de Arte 
do Rio (MAR). Ambas fazem parte de um 
inovador movimento cultural que, dentre 
outros aspectos, rediscutiu a identidade 
nacional. 
A partir da análise das telas, uma proposta 
desse movimento foi: 
 
A) glorificar a pobreza. 
B) naturalizar o exotismo. 
C) exaltar a deformidade. 
D) valorizar a miscigenação. 
 
QUESTÃO 03 
(Enem PPL 2017) 
 
Em 1914, o preço da borracha despencou no 
mercado internacional; dois anos depois, 200 
firmas foram à falência em Manaus. E assim 
acabou o sonho de quem acendia charutos com 
notas de 1.000 réis. A cidade entrou em 
colapso. 
National Geographic, n. 143, fev. 2012 (adaptado). 
 
O súbito declínio da atividade econômica 
mencionada foi provocado pelo(a) 
 
A) carência de meios de transporte que 
permitissem uma rápida integração entre as 
áreas produtoras e consumidoras. 
B) produção nas plantações de seringueiras do 
sudeste asiático, que ocasionou um excesso 
da produção mundial. 
C) chamado encilhamento, que resultou na 
desvalorização da moeda brasileira após 
forte especulação na Bolsa de Valores. 
D) fim da migração de nordestinos para a 
Amazônia, que gerou uma enorme carência 
de mão de obra na região. 
E) início da Primeira Guerra Mundial, que 
paralisou o comércio internacional e 
provocou o declínio da economia brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
114 
QUESTÃO 04 
(Uece 2020) 
 
A Revolta da Vacina, que foi uma importante 
manifestação social, 
 
A) ocorreu entre marinheiros oriundos das 
classes sociais baixas que se negavam a ser 
vacinados contra a febre amarela, já que os 
oficiais não eram obrigados. 
B) aconteceu nos sertões do Cariri cearense 
devido à decisão do governo de impor aos 
seguidores do Padre Cícero a vacinação 
contra a peste bubônica. 
C) foi motivada pelo apoio da Igreja Católica aos 
seguidores de Antônio Conselheiro, que se 
opunham à República e à vacinação 
obrigatória por ela estabelecida. 
D) ocorreu no Rio de Janeiro devido à 
obrigatoriedade da vacina contra a varíola e 
às reformas urbanas e sanitárias iniciadas 
pelo presidente Rodrigues Alves. 
 
QUESTÃO 05 
(G1 - cftmg 2020) 
 
Os textos abaixo expressam posições relativas a 
projetos de identidade e desenvolvimento para 
o Brasil durante a Primeira República. 
 
Texto I 
Assim esgotando a terra, deixamos também 
de formar a nação. Abandonando a terra, e não 
cuidando da nação, abandonamos a Pátria, 
porque a Pátria é a terra, com o habitat, mas 
principalmente, para o sentimento e para a 
razão, [é] a nação, isto é, a gente. Fora disto, a 
palavra “Pátria” não exprime senão uma 
imagem supersticiosa – como as de qualquer 
culto fetichista – ou uma falsidade 
convencional. 
TORRES, Alberto. O problema nacional brasileiro: 
introdução a um programa de organização nacional 
[1914]. S.P.: Ed. Nacional, 1933. 
 
 
 
 
 
Texto II 
Queremos luz, ar, ventiladores, aeroplanos, 
reivindicações obreiras, idealismos, motores, 
chaminés de fábricas, sangue, velocidade, 
sonho na nossa Arte. E que o rufo de um 
automóvel, nos trilhos de dois versos, espante 
da poesia o último deus homérico, que ficou, 
anacronicamente, a dormir e sonhar, na era do 
jazz band e do cinema, com a frauta dos 
pastores da Arcádia e os seios de Helena. 
DEL PICCHIA, Menotti. Arte moderna (conferência 
pronunciada na noite de 17 de fevereiro da Semana de 
Arte Moderna) [1922]. In: PICCHIA, Menotti; SALGADO, 
Plínio; RICARDO, Cassiano. O curupira e o carão. S.P.: 
Hélios, 1927. 
 
Os textos I e II representam o debate entre 
 
A) protecionistas e liberais. 
B) nacionalistas e entreguistas. 
C) germanistas e americanistas. 
D) tradicionalistas e vanguardistas. 
 
QUESTÃO 06 
(Mackenzie 2020) 
 
“A lei Adolfo Gordo era uma constante ameaça 
a todos, meio de intimidação e vingança, um 
cutelo suspenso na cabeça do irreverente ou 
inconformado. O fazendeiro ameaçava o 
colono. O industrial ameaçava o operário. Ou se 
submetiam a qualquer iniquidade, a aceitar 
condições vexatórias e prejudiciais, ou eram 
denunciados como elementos perigosos à 
tranquilidade pública. Para tal, não eram 
precisas provas: a informação policial era 
suficiente!” 
(DIAS, Everardo. História das Lutas Sociais no Brasil . 
São Paulo: Alfa-Ômega, 1977; p.56) 
 
Sobre a lei citada no trecho acima e seu 
contexto histórico, é correto afirmar que 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
115 
A) tinha como objetivo inibir a ação 
reivindicativa de imigrantes estrangeiros que 
chegaram ao Brasil durante o início do século 
XX, em especial os anarcossindicalistas, 
responsáveis por inúmeras greves durante a 
Primeira República. 
B) recaiu principalmente sobre os imigrantes 
que estavam alocados nas fazendas de café e 
tinha como objetivo principal evitar revoltas 
de cunho marxista que pudessem 
desestruturar a produção cafeeira do oeste 
paulista. 
C) foi introduzida, após a insurreição comunista 
de 1935, diante da grande quantidade de 
estrangeiros que participaram desse 
movimento. Ficou conhecida como Lei de 
Expulsão de Estrangeiros e foi usada durante 
todo o governo Vargas. 
D) vigorou na Primeira República como forma 
de coibir levantes de caráter anarquista e 
socialista que eclodiam com muita frequência 
na zona rural paulista, em especial, nas 
fazendas de café onde havia maior 
exploração da mão de obra imigrante. 
E) pretendia evitar que a presença de 
imigrantes italianos influenciados pelas 
ideias bolcheviques perturbasse a ordem 
política e social brasileira. Foi responsável 
pela expulsão de muitos imigrantes durante a 
Era Vargas. 
 
QUESTÃO 07 
(G1 - ifpe 2020) 
 
O MESTRE-SALA DOS MARES 
 
Há muito tempo nas águas da Guanabara 
O dragão do mar reapareceu 
Na figura de um bravo feiticeiro 
A quem a história não esqueceu 
Conhecido como o navegante negro 
Tinha a dignidade de um mestre-sala 
E ao acenar pelo mar na alegria das regatas 
Foi saudado no porto pelas mocinhas 
francesas 
Jovens polacas e por batalhões de mulatas 
[...] 
KATER, T. Salve os inglórios! Historicidade e memória 
em O mestre-sala dos mares. Humanidades em diálogo, 
v. 7, p. 93-108, 26 mar. 2016. p. 99-100. Adaptado. 
Em 1975, João Bosco e Aldir Blanc 
compuseram “O mestre-sala dos mares”, em 
homenagem a João Cândido, líder da Revolta da 
Chibata (1910). Considerando as características 
da referida revolta, qual aspecto de João 
Cândido foi enfatizado no trecho da letra da 
música que constitui o texto? 
 
A) Atributos sedutores. 
B) Devoção religiosa. 
C) Capacidade artística. 
D) Formação militar. 
E) Identidade étnica. 
 
QUESTÃO 08 
(G1 - ifpe 2020) 
Em 1904, o governo de Rodrigues Alves 
propôs a vacinação obrigatória. A varíola 
precisava ser controlada. Contudo, houve 
resistência de grande parte da população do Rio 
de Janeiro, então capital da República. 
Sobre os motivos para a resistência, assinale 
a alternativa CORRETA. 
 
A) Como muitas vacinas de hoje, não havia 
comprovação científica de sua eficácia, e a 
população decidiu reagir à imposição do 
governo, que agia de modo autoritário em 
diversas políticas públicas. 
B) O governo Rodrigues Alves, apesar do 
investimento em propaganda de 
conscientização dos efeitos positivos da 
vacinação, não conseguiu convencer as 
pessoas do benefício da medida de saúde 
pública. 
C) A população do Rio de Janeiro, em especial a 
parcela mais pobre e negra, estava cansada 
de ser alvo de políticaspúblicas autoritárias 
por parte da República, em especial com as 
reformas urbanas. 
D) A vacinação obrigatória contra a varíola já 
havia sido tentada no século XIX, ainda no 
Império, vitimando negros livres e libertos, o 
que explica a reação popular de resistência a 
essa nova tentativa do Estado brasileiro. 
E) A resistência popular, de fato, existiu, mas 
sem que se alterasse o cotidiano da capital da 
República, pois os demais serviços urbanos 
continuaram, regularmente, enquanto durou 
o conflito entre a população e o governo. 
 
 
 
 
 
 
 
116 
QUESTÃO 09 
(Unioeste 2020) 
 
“Canudos de hoje é a terceira da história. A 
primeira, criada no século 18, foi destruída pelo 
Exército em 1897, no fim da guerra. A segunda 
surgiu por volta de 1910, construída sobre as 
ruínas da anterior. Os primeiros habitantes 
eram sobreviventes do conflito. Em 1950, com 
o início das obras da barragem que inundaria o 
local, os moradores começaram a sair, 
formando um novo vilarejo a uma distância de 
cerca de 20 quilômetros. A segunda Canudos 
desapareceu sob as águas do açude do 
Cocorobó, em 1969. O vilarejo tornou-se, em 
1985, a terceira Canudos.” 
ALMEIDA, M. V. “Destruída duas vezes, Canudos 
sobrevive em meio a escombros e miséria”. Folha de São 
Paulo, São Paulo, 09 jun. 2019. Disponível em: 
https://www1.folha.uol.com.br/ilus-
trissima/2019/06/destruida-duas-vezes-canudos-
sobrevive-em-meio-a-escombros-e-miseria.shtml Acesso 
em: 09 jun. 2019. 
 
A cidade atual, com seus mais de 16 mil 
habitantes, apresenta graves problemas sociais. 
Por isso, permanecer em Canudos expõe a 
resistência e tensão frente às péssimas 
condições de vida que, para a grande maioria, 
não são meras adversidades momentâneas. 
 
Em relação à historicidade que envolve 
Canudos é CORRETO afirmar. 
 
A) Antônio Conselheiro conseguiu desviar a 
atenção da população, afastando-os das 
contestações sobre os altos impostos e se 
restringindo às crenças religiosas pacíficas. 
B) O predomínio de uma imagem messiânica do 
conflito ocorrido em Canudos no século XIX 
permitiu um grande desenvolvimento 
econômico na região, advindo tanto do tu-
rismo quanto das explorações arqueológicas 
do lugar. 
C) A tentativa de conservar modos de vida e 
garantir direitos se contrasta com a seca, 
fome, falta de perspectivas e renda na região. 
Por isso, hoje o povoado está abandonado. 
 
D) A construção da barragem fez parte de um 
conjunto de ações sugeridas como parte do 
combate à seca e desenvolvimento 
econômico do Nordeste. Portanto, sua 
presença na história de Canudos não 
prejudicou a memória do lugar, pois 
conservou grande parte da cidade antiga. 
E) O processo histórico que envolve a 
constituição da República, ao final do século 
XIX, indica contestações ao projeto de nação 
em curso, uma vez que muitos conflitos 
marcaram esse momento, apontando 
tensões e desigualdades fortemente 
repreendidas. 
 
QUESTÃO 10 
(G1 - cftmg 2020) 
 
Com a chegada do fim da década de 1920, a 
Primeira República ia se esgotando e seu legado 
parecia, mesmo em seu contexto, ambivalente. 
De um lado, ficaria na lembrança como o 
momento do boom da urbanização, da 
industrialização e da entrada de imigrantes. De 
outro, como um período de repressão, de todo 
tipo de falcatruas políticas, da aplicação de 
medidas racistas e da expulsão da pobreza para 
as laterais das cidades. 
SCHWARCZ, Lília M.; STARLING, Heloísa M. Brasil: 
uma biografia. S.P.: Cia das Letras, 2015. p. 349. 
 
A Primeira República, no Brasil, foi marcada 
por um processo de 
 
A) desenvolvimento econômico modernizante e 
socialmente excludente. 
B) reversão do crescimento econômico e 
controle sobre as classes populares. 
C) prevalência da atividade industrial e 
alargamento da participação política. 
D) inversão do modelo agroexportador e 
manutenção dos privilégios das elites. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
117 
QUESTÃO 11 
(Ueg 2020) 
 
Análises recentes das sucessões 
presidenciais na Primeira República (1889-
1930) mostram que a famosa aliança entre 
Minas Gerais e São Paulo, chamada de política 
do “café-com-leite”, não controlou de forma 
exclusiva o regime republicano. Havia outros 
quatro estados, pelo menos, com acentuada 
importância no cenário político: Rio Grande do 
Sul, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco. 
VISCARDI, C. M. R. Aliança café com política. Revista 
Nossa História. São Paulo, ano 2, n. 19, p. 37, maio 2005. 
 
O questionamento da chamada “política do 
café-com-leite” foi decisivo para a eclosão da 
 
A) Revolução Constitucionalista, que agregava 
interesses do Sudeste e do Nordeste. 
B) Política dos Governadores, que unia os 
interesses de São Paulo e Minas Gerais. 
C) Revolução de 1930, movimento 
revolucionário que pôs fim à Velha República. 
D) Liderança contestadora de Padre Cícero 
sobre a hegemonia mineira e paulista. 
E) Revolução Farroupilha, que defendia a 
emancipação do Rio Grande do Sul. 
 
QUESTÃO 12 
(Fac. Albert Einstein - Medicin 2020) 
 
A charge intitulada “O espeto obrigatório”, 
publicada em 1904, contextualiza a vacinação 
da população. 
 
 
 
A charge 
 
A) ironiza a campanha de vacinação obrigatória 
em massa, parte do projeto de regeneração e 
do esforço de saneamento e transformação 
urbana da capital brasileira. 
B) destaca a contradição entre a 
obrigatoriedade da vacinação e o acelerado 
processo de redemocratização política e 
social por que o país passava. 
C) satiriza a desinformação da população da 
capital brasileira, que temia os efeitos da 
vacinação obrigatória contra o sarampo, 
determinada pelo governo federal. 
D) reconhece as contraindicações e os riscos 
que a vacinação obrigatória poderia 
representar num período em que inexistiam 
estudos científicos sobre a prevenção de 
doenças. 
E) celebra a iniciativa da prefeitura da capital 
brasileira de implantar um amplo programa 
de vacinação obrigatória da população pobre 
para conter o surto de malária. 
 
QUESTÃO 13 
(Famerp 2020) 
 
Observe a charge de Storni, publicada na revista 
Careta em 19.02.1927. 
 
 
 
Divulgada durante a Primeira República 
brasileira, a charge faz referência a uma 
 
 
 
 
 
 
 
 
118 
A) ação corrupta que permitia o desvio de 
verbas públicas. 
B) prática política que facilitava a continuidade 
do domínio oligárquico. 
C) proposição constitucional que determinava a 
obrigatoriedade do voto. 
D) experiência política que favorecia a 
soberania do voto popular. 
E) lei eleitoral que visava garantir a fidelidade 
do eleitor. 
 
QUESTÃO 14 
(G1 - ifpe 2020) 
 
HISTÓRIA ECONÔMICA DO BRASIL 
 
O símbolo máximo que ficará desta fortuna 
fácil e ainda mais facilmente dissipada é o 
Teatro Municipal de Manaus. É claro que, 
desfeito o castelo de cartas em que se fundava 
toda esta prosperidade fictícia e superficial, 
nada sobraria dela. Em poucos anos, a riqueza 
amazonense se desfará em fumaça. Sobrarão 
apenas ruínas. 
PRADO JR., Caio. História econômica do Brasil . 38. 
ed. São Paulo: Brasiliense, 1990. p. 240-241 (adaptado). 
 
A obra de Caio Prado Jr., como o próprio 
título já adianta, trata da história econômica do 
Brasil. Com base no fragmento apresentado no 
texto, a qual importante produto de exportação 
brasileiro, durante a República Oligárquica 
(1895-1930), o autor está se referindo? 
 
A) Algodão. 
B) Café. 
C) Açúcar. 
D) Borracha. 
E) Cacau. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 15 
(G1 - ifce 2020) 
 
Observe a passagem do texto, do escritor e 
jornalista Euclides da Cunha (1866-1909). 
 
“Ao passo que as caatingas são um aliado 
incorruptível do sertanejo em revolta. Entram 
também de certo modo na luta. Armam-se para 
o combate; agridem. Trançam-se, 
impenetráveis, ante o forasteiro, mas abrem-se 
em trilhas multívias, para o matuto que ali 
nasceu e cresceu. 
E o jagunço faz-se o guerrilheiro-tugue, 
intangível... 
Ascaatingas não o escondem apenas, 
amparam-no.” 
(2002, p. 352). CUNHA, E. Os sertões. Rio de Janeiro: 
Nova Aguillar, 2002. Coleção intérpretes do Brasil, 
vol.01. 
 
Em Os Sertões, obra que o autor definiu 
como um “livro vingador”, Euclides ofereceu 
aos leitores um panorama de um dos massacres 
mais sangrentos do Estado brasileiro, ocorrido 
sob o regime republicano. Esse movimento da 
última década do século XIX foi denominado por 
Guerra 
 
A) dos Emboabas. 
B) de Canudos. 
C) da Cisplatina. 
D) do Paraguai. 
E) dos Mascates. 
 
 RESOLUÇÕES 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[A] 
 
A Semana de Arte Moderna de 1922, 
comemoração do centenário da independência 
do Brasil, visava fazer uma segunda 
independência, agora através da cultura aliando 
aspectos da modernidade mundial à valorização 
das raízes nacionais. ou seja, valorizar a cultura 
nacional construindo uma identidade brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
119 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[D] 
 
O movimento Modernista teve a preocupação 
de compreender e valorizar a identidade 
nacional. O Romantismo no século XIX idealizou 
o índio como símbolo nacional enquanto o 
Modernismo no século seguinte defendeu e 
valorizou a miscigenação como o elemento de 
identidade nacional. A obra “Café” de Portinari, 
“Abaporu” de Tarsila do Amaral e “Samba” de 
Di Cavalcante apontam para esta ideia. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[B] 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
História] 
O ciclo da borracha, próspero e fundamental 
para significativo desenvolvimento da Região 
Norte do país, sofreu vertiginosa queda no 
início do século XX devido à concorrência 
estrangeira no mercado externo. Especialmente 
seringais asiáticos passaram a fazer 
concorrência aos seringais brasileiros, 
ocasionando uma queda no valor da borracha 
no mercado. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
Geografia] 
O ciclo da borracha na Amazônia ocorreu 
entre o final do século 19 e início do século 20. 
A prosperidade levou ao crescimento 
econômico, atração de imigrantes 
(principalmente nordestinos para o trabalho 
nos seringais) e expansão urbana de cidades 
como Belém (PA) e Manaus (AM). Tratava-se do 
extrativismo vegetal do látex de seringueira 
para a produção de borracha natural. Os 
britânicos levaram a espécie para a o Sudeste 
Asiático, principalmente a Malásia, devido às 
condições ambientais similares (clima 
equatorial). A silvicultura (florestamento com 
finalidade comercial em larga escala) 
possibilitou maior produtividade. A maior 
oferta no mercado internacional levou a queda 
dos preços e o fim do ciclo da borracha 
consequências econômicas e sociais graves na 
Amazônia. 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[D] 
 
A Revolta da Vacina ocorreu no contexto de 
implementação de um Projeto de 
Reurbanização da cidade do Rio de Janeiro, 
planejado pelo sanitarista Osvaldo Cruz e 
executado pelo prefeito Pereira Passos. Tal 
projeto contava com medidas como o bota-
abaixo, os fumacês e a vacinação obrigatória 
contra varíola e visava embelezar a cidade e 
erradicar as doenças que a assolavam. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[D] 
 
Os textos mostram claramente a oposição 
entre a defesa de valorização do que já existia, 
do tradicional e a defesa da obtenção daquilo 
que é novo, que não existia, de vanguarda. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[A] 
 
A Lei Adolfo Gordo, instituída em 1907, 
visava reprimir os movimentos operários em 
São Paulo propondo, em especial, a expulsão de 
estrangeiros que estivessem envolvidos em 
movimentos grevistas. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[E] 
 
João Cândido, um homem negro, liderou a 
Revolta da Chibata, um movimento da marinha 
contra os abusos de poder e castigos corporais 
que ainda existia como punição, resquício da 
cultura da escravidão. Os músicos João Bosco e 
Aldir Blanc denominaram o líder de “navegante 
negro”, o mestre sala dos mares. Gabarito [E]. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
120 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[C] 
 
No contexto do Positivismo e da Belle 
Époque, ocorreu a modernização da capital do 
Brasil, a cidade do Rio de Janeiro através da 
atuação do presidente da República Rodrigues 
Alves, do prefeito do Rio de Janeiro Pereira 
Passos e do médico sanitarista Oswaldo Cruz. 
Um processo de demolição de cortiços para 
construir prédios e avenidas jogou os pobres 
nos morros. Paralelo a isso, Oswaldo Cruz e o 
governo estabeleceram a vacina obrigatória 
sem um campanha de esclarecimento para a 
população e, ainda, com agentes públicos de 
saúde agindo de maneira truculenta. O 
resultado foi a Revolta da Vacina de 1904. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[E] 
 
A implantação da República brasileira em 
15/11/1889 não gerou transformações 
econômicas e sociais mais profundas. A 
economia permaneceu agrária exportadora 
tendo o café como o produto mais importante. 
Os mais pobres e humildes foram excluídos da 
cidadania, considerando que a constituição 
republicana de 1891 impedia o voto para 
analfabetos. No interior do nordeste havia a 
seca que matava milhares de pessoas, os 
coronéis dominavam a política local e 
exploravam a mão de obra, ou seja, a jovem 
república nada trouxe de benefícios para boa 
parte do povo brasileiro. Neste contexto que 
ocorreu a revolta de Canudos, uma simples e 
humilde comunidade de pessoas localizada no 
interior da Bahia, incomodava e questionava os 
“donos do poder”, daí o massacre da população 
de Canudos. 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[A] 
 
Como o próprio texto destaca, a República 
Oligárquica ficou marcada por uma 
ambiguidade entre o desenvolvimento 
econômico e industrial e a alta exclusão social 
iniciada, inclusive, na própria Constituição do 
país. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[C] 
 
Em 1929, quando o então presidente 
paulista Washington Luís “quebrou” a Política 
do Café-com-Leite ao indicar outro paulista 
para a sua sucessão, e não um mineiro, como 
era acordado, a oligarquia de Minas Gerais 
aliançou-se com as oligarquias do Rio Grande do 
Sul e da Paraíba, formando a chamada Aliança 
Liberal para disputar as eleições, lançando 
Getúlio Vargas como candidato. O candidato 
paulista indicado por Washington Luís – Júlio 
Prestes – venceu as eleições, mas a Aliança 
Liberal não aceitou a derrota, dando início ao 
movimento que ficou conhecido como 
Revolução de 1930. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[A] 
 
No governo do presidente do Brasil, 
Rodrigues Alves, 1902-1906, o prefeito da 
cidade do Rio de Janeiro, Pereira Passos, o 
médico sanitarista Oswaldo Cruz trabalharam 
juntos pela modernização da capital do país. 
Havia muitas doenças ligadas a sujeira, 
mosquitos, daí a vacina obrigatória contra a 
varíola ironizado na charge. O historiador 
Nicolau Sevcenko é um grande estudioso deste 
tema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
121 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[B] 
 
A charge publicada em 1927 faz referência a 
uma prática política comum ocorrida no Brasil 
no contexto da Primeira República, 1889-1930. 
Trata-se do voto de cabresto no qual o coronel 
exercia um forte controle político no seu curral 
eleitoral facilitando a permanência do poder 
político. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[D] 
 
O fragmento de texto do historiador fornece 
algumas pistas sobre o ciclo da borracha ao 
fazer referência ao região amazônica, ao Teatro 
Municipal de Manaus, um grande símbolo 
deixado pelo recursos oriundos do látex. Caio 
Prado Júnior também aponta para a decadência 
da borracha quando diz “É claro que, desfeito o 
castelo de cartas em que se fundava toda esta 
prosperidade fictícia e superficial, nada sobraria 
dela. Em poucos anos, a riqueza amazonense se 
desfará em fumaça. Sobrarão apenas ruínas”. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[B] 
 
Canudos era uma comunidade formada por 
sertanejos pobres e liderada por um religioso, 
Antônio Conselheiro, localizada no interior da 
Bahia. A jovem república brasileira ficou 
incomodada com a comunidade de Canudos, as 
autoridades políticas enviaram quatroexpedições para destruir a população sertaneja. 
Todos morreram, próximo de vinte mil pessoas. 
Euclides da Cunha foi fazer uma matéria sobre 
a Guerra de Canudos, daí surgiu a obra “Os 
Sertões”, uma grande obra da literatura 
brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
122 
HISTÓRIA DO BRASIL – BRASIL REPÚBLICA: 
ERA VARGAS (1930-1945) 
QUESTÃO 01 
(Enem 2018) 
 
O marco inicial das discussões parlamentares 
em torno do direito do voto feminino são os 
debates que antecederam a Constituição de 
1824, que não trazia qualquer impedimento ao 
exercício dos direitos políticos por mulheres, 
mas, por outro lado, também não era explícita 
quanto à possibilidade desse exercício. Foi 
somente em 1932, dois anos antes de 
estabelecido o voto aos 18 anos, que as 
mulheres obtiveram o direito de votar, o que 
veio a se concretizar no ano seguinte. Isso 
ocorreu a partir da aprovação do Código 
Eleitoral de 1932. 
Disponível em: http://tse.jusbrasil.com.br.Acesso 
em: 14 maio 2018. 
 
Um dos fatores que contribuíram para a 
efetivação da medida mencionada no texto foi 
a 
 
A) superação da cultura patriarcal. 
B) influência de igrejas protestantes. 
C) pressão do governo revolucionário. 
D) fragilidade das oligarquias regionais. 
E) campanha de extensão da cidadania. 
 
QUESTÃO 02 
(Enem Libras 2017) 
 
Getúlio libertou o povo, e são 8 horas de 
trabalho e só. Não tinha que trabalhar dia e 
noite mais não. Getúlio é que fez as leis. A 
princesa Isabel assinou a libertação, mas quem 
nos libertou do jugo da escravatura, do chicote, 
do tronco, foi Getúlio, Getúlio Dorneles Vargas. 
Papai falava assim: “Meu filho. Nunca houve no 
mundo governo igual a esse, meu filho”. 
Relato de Cornélio Cancino, 82 anos, descendente de 
ex-escravos, Juiz de Fora (MG), 9 maio 1995. In: 
MATTOS, H.; RIOS, A. L. (Org.). Memórias do cativeiro: 
família, trabalho e cidadania no pós-Abolição. Rio de 
Janeiro: Civilização Brasileira, 2005 (adaptado). 
 
A construção da memória apresentada no 
texto remete ao seguinte aspecto da referida 
experiência política: 
 
A) Fortalecimento da ideologia oficial, limitada 
à dimensão da escola. 
B) Legitimação de coligações partidárias, 
vinculadas à utilização do rádio. 
C) Estabelecimento de direitos sociais, 
associados à propaganda do Estado. 
D) Enaltecimento do sentimento pátrio, ligado à 
consolidação da democracia. 
E) Desenvolvimento de serviços públicos, 
submetidos à direção dos coronéis. 
 
QUESTÃO 02 
(Enem 2ª Aplicação 2016) 
Aquarela do Brasil 
Brasil! 
Meu Brasil brasileiro 
Meu mulato inzoneiro 
Vou cantar-te nos meus versos 
 
O Brasil, samba que dá 
Bamboleio que faz gingar 
O Brasil do meu amor 
Terra de Nosso Senhor 
Brasil! Pra mim! Pra mim, pra mim! 
 
Ah! Abre a cortina do passado 
Tira a mãe preta do Cerrado 
Bota o rei congo no congado 
Brasil! Pra mim! 
 
Deixa cantar de novo o trovador 
A merencória luz da lua 
Toda canção do meu amor 
Quero ver a sá dona caminhando 
Pelos salões arrastando 
O seu vestido rendado 
Brasil! Pra mim, pra mim, pra mim! 
ARY BARROSO. Aquarela do 
Brasil, 1939 (fragmento). 
 
Muito usual no Estado Novo de Vargas, a 
composição de Ary Barroso é um exemplo típico 
de 
 
 
 
 
 
 
 
 
123 
A) música de sátira. 
B) samba exaltação. 
C) hino revolucionário. 
D) propaganda eleitoral. 
E) marchinha de protesto. 
 
QUESTÃO 04 
(G1 - ifce 2020) 
A luta de trabalhadores no Brasil republicano 
pela conquista de direitos está associada à 
consolidação das leis trabalhistas. É correto 
afirmar-se que 
 
A) a consolidação das leis trabalhistas unificou 
a legislação trabalhista então existente no 
Brasil e foi um marco por inserir os direitos 
dos trabalhadores na legislação brasileira. 
B) em 1º. de maio de 1943, o presidente 
Juscelino Kubitschek sancionou a 
consolidação das leis trabalhistas. 
C) as leis trabalhistas da Era Vargas buscavam 
regulamentar a relação entre empregadores 
e empregados para favorecer, 
exclusivamente, os empregadores. 
D) a consolidação das leis trabalhistas surge 
como consequência do esforço do então 
presidente Vargas, sem a contribuição de 
lutas históricas, de sindicalistas e 
trabalhadores brasileiros em busca de seus 
direitos. 
E) no Brasil, logo após a abolição da 
escravatura, ocorreu a consolidação dos 
direitos trabalhistas. 
 
QUESTÃO 05 
(Famema 2020) 
O período mais produtivo da Época de Ouro da 
MPB coincide, basicamente, com o Estado Novo 
(1937-1945), implantado por Getúlio Vargas. 
Não é uma simples coincidência. Em 1937, 
Vargas criou o Ince (Instituto Nacional de 
Cinema Educativo), o SNT (Serviço Nacional de 
Teatro) e o INL (Instituto Nacional do Livro). De 
outro lado, Vargas também operava, com mão 
de ferro, o famigerado DIP (Departamento de 
Imprensa e Propaganda). 
(José Arbex Jr. e Maria Helena V. Senise. Cinco 
séculos de Brasil, 1998. Adaptado.) 
Durante o Estado Novo, 
 
A) a postura crítica na música contrastava com 
a simplicidade das outras áreas da cultura, 
que se submetiam ao governo. 
B) a criação de instituições culturais prejudicava 
intelectuais e artistas, que intensificavam sua 
oposição ao governo. 
C) a política econômica do governo privilegiava 
a industrialização, o que deixava a cultura 
sem verbas suficientes. 
D) a produção cultural reforçava o nacionalismo 
exaltado pelo governo, que cerceava a 
liberdade de expressão. 
E) o projeto do governo baseava-se em medidas 
elitistas, o que limitava as manifestações 
culturais populares. 
 
QUESTÃO 06 
(Fgv 2020) 
Com a repetição da crise econômica em 1937 e 
a aproximação da guerra, não admira que o 
Estado parecesse melhor preparado do que os 
empresários para resolver o problema da 
estagnação e incentivar a rápida 
industrialização. Quando se verificou ser um 
erro a reaplicação da teoria do comércio liberal, 
depois da guerra, os controles foram 
reassumidos por um governo [...] que se viu 
também obrigado, por falta de alternativa, a 
chamar o capital estrangeiro nas condições por 
ele impostas. 
(Warren Dean. A industrialização de São Paulo, s/d.) 
O texto alude a um período relativamente vasto 
da história econômica do Brasil, em que se 
compuseram 
 
A) nacionalizações crescentes de empresas estrangeiras, 
protecionismo alfandegário e política de 
desvalorização cambial. 
B) criações de empresas estatais, política livre-cambista e 
estímulos às implantações de unidades econômicas 
privadas. 
C) socializações das indústrias de bens de produção, 
privatizações de empresas produtoras de bens de 
consumo popular e internacionalização do capital 
financeiro. 
D) impostos elevados sobre os lucros excessivos das 
empresas estrangeiras, proteção governamental aos 
empresários nacionais e privatização de indústrias 
estatais. 
E) garantias de preços mínimos para os produtos de 
empresas estatais, livre negociação entre patrões e 
empregados e reserva de mercado para as 
multinacionais. 
 
 
 
 
 
 
 
124 
QUESTÃO 07 
(Uerj 2020) 
 
 
 
O artista Belmonte, por meio de seu 
personagem Juca Pato, retratou episódios 
importantes da história brasileira e 
internacional entre as décadas de 1920 e 1940. 
A charge acima, por exemplo, tematiza de 
forma irônica a entrada do governo brasileiro 
em 1942 na Segunda Guerra Mundial (1939-
1945). 
 
A atitude de Juca Pato, ao decidir ir à guerra, 
está associada à seguinte conjuntura do 
governo varguista: 
 
A) crise militar. 
B) caráter ditatorial. 
C) pressão eleitoral. 
D) soberania diplomática. 
 
QUESTÃO 08 
(G1 – col. naval 2020) 
 
Seria muito difícil prever, no início de 1929, 
que após a presidência relativamente tranquila 
de Washington Luís surgiria uma forte cisão 
entre as elites dos grandes Estados. Mais ainda, 
que essa cisãoacabaria por levar ao fim da 
Primeira República. 
(Fausto, Boris. História do Brasil. 12.ed. São Paulo: 
Editora da Universidade de São Paulo, 2004. p. 319) 
Assinale a opção que identifica 
corretamente acontecimentos da Era Vargas, 
que sucedeu à Primeira República. 
A) Nas eleições de 1930, foi formada a Aliança 
Liberal, que reuniu políticos paulistas e 
mineiros que lançaram a candidatura de Júlio 
Prestes à presidência da república. 
B) Getúlio Vargas deu início ao processo de 
industrialização do país, e a obra 
emblemática da sua política econômica foi a 
Usina Siderúrgica de Volta Redonda (RJ). 
C) Durante o período getulista ocorreram 
significativas transformações político-sociais 
rio Brasil, entre elas o crescimento da 
população agrária em relação à população 
urbana. 
D) Com a Implantação da ditadura do Estado 
Novo por Getúlio Vargas, a Ação Integralista 
Brasileira (AIB) e a Aliança Nacional 
Libertadora (ANL) formaram uma aliança 
para enfrentar o novo regime. 
E) O governo do Estado Novo criou o DIP, 
Departamento de Investigações Policiais, 
órgão policial diretamente subordinado ao 
gabinete de Vargas que tinha a função de 
reprimir violentamente os opositores do 
regime. 
 
QUESTÃO 09 
(G1 - ifsul 2020) 
A versão brasileira do fascismo – o Integralismo 
– surge no início dos anos 30, na esteira dos 
movimentos de extrema direita europeus. A 
Ação Integralista Brasileira (AIB) foi criada em 
1932 e propunha a organização da sociedade 
nos mesmos padrões de hierarquia e disciplina 
de que falavam nazistas e fascistas na Europa. 
Observe as afirmativas referentes às 
propostas da Ação Integralista Brasileira: 
 
I. Fazia a defesa da supremacia branca e 
menosprezava a cultura indígena e africana. 
II. Defendia o Estado Nacional e combatia o 
comunismo. 
III. Era contrária à democracia liberal e ao 
capitalismo internacional. 
IV. Buscava a união dos países latino-
americanos para fazer frente aos países 
industrializados. 
 
 
 
 
 
 
125 
Estão corretas apenas as afirmativas 
A) I e II. 
B) II e III. 
C) III e IV. 
D) I e IV. 
 
QUESTÃO 10 
(Mackenzie 2020) 
 
A foto acima tirada em uma das 
comemorações ao Dia do Trabalho, durante o 
Estado Novo (1937-45), evidencia o apoio das 
classes trabalhadoras ao governo de Getúlio 
Vargas. A simpatia a esse governante deve-se 
 
A) à ação intervencionista do Estado no campo 
social e econômico nessa época, 
majoritariamente a favor das classes 
populares. Tal ação garantiu-lhe o apelido de 
“Pai dos Pobres”. 
B) às diversas conquistas feitas, pelo 
trabalhador urbano no período, quando foi 
estabelecido o salário mínimo e a 
possibilidade de criação de sindicatos 
autônomos e representativos para as 
diversas categorias de trabalho. 
C) à reunião de diversas leis trabalhistas, em 
1943, na Consolidação das Leis do Trabalho 
(CLT), que foram extintas durante o regime 
militar, no governo do presidente Geisel. 
D) à concessão lenta e gradual de leis 
trabalhistas, pelas quais o Estado intervém 
profundamente na questão trabalhista; 
porém, por outro lado garantiu, entre outros, 
a jornada de trabalho de oito horas. 
E) à garantia de direitos para todos os 
trabalhadores brasileiros, tanto o rural, 
quanto o urbano, direitos esses, jamais 
concedidos antes na História do país à classe 
trabalhadora. 
QUESTÃO 11 
(Acafe 2020) 
 
O PLANO COHEN denunciava uma suposta 
insurreição comunista no Brasil. Seu conteúdo 
descrevia que os comunistas iriam tomar o 
poder e promover a instalação de um governo 
socialista. Propriedades seriam confiscadas, 
empresas passariam para a tutela do Estado, 
adversários políticos seriam eliminados. Em 
relação ao Plano Cohen, assinale a alternativa 
correta. 
 
A) Serviu como justificativa para Getúlio Vargas 
suspender as eleições e instituir o Estado 
Novo, em 1937. 
B) Foi o pretexto utilizado pelos militares para 
destituir João Goulart da presidência, e 
iniciar o período dos governos militares a 
partir de 1964. 
C) Serviu para desencadear uma grande 
perseguição aos movimentos de esquerda 
que atuavam durante o governo militar de 
Ernesto Geisel. 
D) Foi decisivo na vitória de Jânio Quadros nas 
eleições presidenciais pois Jânio afirmava 
que defenderia o país dos comunistas e iria 
defender a família brasileira e a propriedade 
privada. 
 
QUESTÃO 12 
(Fmp 2020) 
 
O texto a seguir aborda o "movimento de 
nacionalização do ensino", empreendido pelo 
governo brasileiro durante o Estado Novo. 
 
Ele teve como alvo as escolas dos núcleos 
estrangeiros, sobre as quais já pairavam muitas 
desconfianças. Mas o autoritarismo do Estado 
Novo tornou a "nacionalização" bem mais 
violenta e arbitrária, particularmente quando 
dirigida às escolas alemãs e japonesas. 
GOMES, A. C. O homem que virou palácio. Revista de 
História da Biblioteca Nacional . Rio de Janeiro: ano 1, nº 
2, ago. 2005, p. 84. 
 
As ações descritas pelo texto da historiadora 
Ângela de Castro Gomes, referentes a escolas 
alemães e japonesas, são justificadas pela 
 
 
 
 
 
 
 
126 
A) ambição brasileira de liderar o eixo na I 
Guerra Mundial. 
B) hostilidade de Vargas com modelos 
autoritários de governo. 
C) contenção do avanço do socialismo no 
ambiente da Guerra Fria. 
D) proteção aos valores democráticos 
dominantes no mundo. 
E) rivalidade com os países citados no contexto 
da II Guerra Mundial. 
 
QUESTÃO 13 
(Fgv 2020) 
 
Observe a capa do livro Assim falou Juca Pato, 
de Belmonte, publicado em primeira edição em 
1933. 
 
 
 
Belmonte é o pseudônimo do jornalista, 
caricaturista e escritor Benedito Barros Barreto. 
Belmonte criou o personagem Juca Pato nas 
suas crônicas diárias no jornal Folha da Noite, a 
partir de 1925. O livro Assim falou Juca Pato 
(Aspectos divertidos de uma confusão 
dramática) é uma coletânea de crônicas 
publicadas no jornal. A capa do livro é uma 
ilustração dos assuntos tratados por Belmonte, 
tais como: 
 
A) consolidação do liberalismo econômico, 
tratados militares, independência de colônias 
africanas, primeira República brasileira, 
sufrágio universal feminino. 
B) alianças de governos totalitários, vitórias 
socialistas no Oriente, industrialização 
colonial, Estado Novo brasileiro e pessimismo 
cultural. 
C) formação de Estados Nacionais, política de 
Paz Armada, aliança dos países do Terceiro 
Mundo, República Federal brasileira e 
dissolução dos costumes. 
D) constituição de regimes antidemocráticos, 
expansionismos militares, contestação do 
domínio colonial, situação política brasileira, 
modificações comportamentais. 
E) fortalecimento da Sociedade das Nações, 
internacionalismo econômico, criação do 
pan-asiatismo, movimento sindicalista 
brasileiro e movimento feminista. 
 
QUESTÃO 14 
(G1 – col. naval 2020) 
 
O processo de industrialização intensificou e 
acelerou as mudanças na organização espacial 
do mundo e do Brasil. [...] Se, no contexto 
interno, as condições favoreciam a 
industrialização, o mesmo ocorria no plano 
internacional. 
Martini, Alice de. Geografia Ação e Transformação. 
1. Ed. São Paulo: Escala Educacional, 2016, pg. 141-144. 
 
A industrialização brasileira tomou corpo a 
partir dos anos 1930. Nesse sentido, assinale a 
opção correta sobre o processo de 
industrialização brasileiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
127 
A) Antes dos anos 1930 não houve condições 
para se iniciar a industrialização nacional, 
especialmente pelas imposições da 
conjuntura internacional. A Primeira Guerra 
Mundial (1914-1918) e a quebra da Bolsa de 
Nova Iorque (1929) impossibilitaram a 
produção de qualquer tipo de manufatura 
dentro do país. 
B) A utilização do termo "substituição de 
importações" relaciona-se ao fato de o 
crescimento industrial brasileiro subordinar-
se às conjunturas internacionais, ou seja, às 
relações externas, às duas grandes guerras 
mundiais, ás oscilaçõesdos mercados de 
capitais externos e às taxas de furos 
internacionais. 
C) Somente a partir do primeiro governo de 
Getúlio Vargas (1930-1945), o processo 
industrial nacional se consolidou. Na 
tentativa de impulsionar a economia, criou-
se no país uma política de incentivo ao capital 
externo, o qual voltou seus investimentos à 
geração de infraestrutura e indústrias de 
base. 
D) A partir da segunda metade dos anos 1950, 
na tentativa de recuperar o pequeno 
crescimento das décadas anteriores, o Estado 
centralizou suas políticas econômicas nas 
indústrias de bens de consumo duráveis. Essa 
ação condicionou uni forte dinamismo do 
segundo setor até os anos 1980. 
E) No período compreendido entre 1969 e 
1973, a economia nacional passou por vários 
momentos de crises. A indisponibilidade de 
capitais para investimento no mercado 
internacional e o aumento das taxas de juros 
sobre esses capitais os mesmos, dificultaram 
o crescimento econômico nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 15 
(Ufjf-pism 3 2020) 
Analise as imagens abaixo: 
 
 
Sobre a dicotomia esquerda e direita na 
década de 1930 assinale a opção CORRETA: 
 
A) Com a alcunha de "galinhas-verdes", os 
integralistas estabeleceram a organização de um 
momento antinacionalista, antifascista e em 
defesa da revolução permanente. 
B) A Aliança Nacional Libertadora buscou a união 
entre esquerda e direita na materialização da 
frente única contra o fascismo e, portanto, 
recebeu apoio do presidente Getúlio Vargas. 
C) A Ação Integralista Brasileira foi um movimento 
sem expressão política, que não gerou oposição 
entre a esquerda e direita, com baixa adesão e 
sem apelo religioso, ficando restrito a algumas 
regiões do país. 
D) O levante comunista de 1935 tinha por objetivo a 
instauração de uma revolução de caráter 
socialista, além da deposição de Getúlio Vargas, o 
que contribuiu para o fortalecimento do cenário 
anticomunista que culminou com o golpe de 
1937. 
E) Em resposta à alcunha “galinha-verde”, os 
integralistas demonstraram a sua força ao 
alcançar a vitória política na década de 1930, 
exterminando o comunismo e o liberalismo no 
Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
128 
RESOLUÇÕES 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[E] 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
História] 
Sob influência de movimentos norte-
americanos e europeus, as mulheres brasileiras, 
entre as décadas de 1920 e 1930, buscaram 
ampliar sua participação política e cidadã no 
país através da sua inserção no direito ao voto. 
Tal direito foi alcançado em 1932 e consolidado 
na Constituição de 1934. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
Sociologia] 
O sufrágio universal, ou seja, o direito de 
todos participarem do processo político, é 
resultado não somente da intenção do Estado, 
mas da atuação dos movimentos sociais e dos 
grupos organizados da sociedade civil. De fato, 
no Brasil, já havia um movimento 
reivindicatório de expansão dos direitos de 
cidadania, em especial de uma maior inserção 
das mulheres nesse processo. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[C] 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
Sociologia] 
O relato presente no enunciado da questão 
faz referência à Consolidação das Leis 
Trabalhistas (CLT), legislação que protege os 
direitos sociais dos trabalhadores. Considerar 
Getúlio Vargas como grande governante deu-se 
sobretudo pela forte propaganda estatal que 
era feita no período do seu governo, fazendo 
com que sua imagem fosse associada à 
preocupação e defesa dos mais pobres. 
 
 
 
 
 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
História] 
O relato descreve muito bem a política de 
governo de Vargas conhecida como 
trabalhismo. Através dela, Vargas procurava 
formar um trabalhador produtivo e ordeiro, que 
apoiava o governo, através da concessão de 
ganhos reais: as leis trabalhistas, estabelecidas 
pelas CLT, em 1942. Getúlio, durante a Era 
Vargas, ficou conhecido como Pai dos Pobres. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[B] 
 
O DIP, instalado durante o Estado Novo, 
buscava exaltar a nacionalidade e os valores 
brasileiros através das manifestações artísticas, 
exaltando, assim, a Nação. Nesse sentido, o 
samba de Ary Barroso cumpre bem seu papel, 
exaltando as belezas brasileiras. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[A] 
 
A Primeira República, 1889-1930, foi 
caracterizada por uma intensa luta dos 
trabalhadores por melhores condições de 
trabalho e pela criação de uma legislação 
trabalhista. Na Era Vargas, 1930-1945, o 
governo criou a CLT, Consolidação das Leis 
Trabalhistas, apenas para os trabalhadores 
urbanos. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[D] 
 
As criações citadas pelo texto mostram que 
na Ditadura varguista o governo, ao mesmo 
tempo que promovia a censura em benefício 
próprio, incentivava a produção cultural de 
caráter nacionalista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
129 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[B] 
 
O texto faz referência à política econômica 
adotada por Getúlio Vargas durante o Estado 
Novo. Tal política incentivou a criação de 
indústrias brasileiras, estabeleceu as bases da 
CLT e apoiou a aplicação do capital estrangeiro 
no desenvolvimento econômico brasileiro. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[B] 
 
A participação do Brasil na Segunda Guerra 
Mundial, 1939-1945, era contraditória. O Brasil 
vivia uma ditadura denominada de Estado 
Novo, 1937-1945, com o poder centralizado nas 
mãos do presidente Vargas e declarou guerra 
contra as ditaduras do EIXO: Itália, Alemanha e 
Japão. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 08: 
[B] 
 
A única alternativa que traz informações 
completamente corretas sobre a Era Vargas é a 
letra [B]. De fato, em especial no Estado Novo, 
Vargas impulsionou a industrialização brasileira 
a partir de diversos incentivos governamentais 
nesse sentido. A construção da CSN, em Volta 
Redonda, fez parte desse processo. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 09: 
[B] 
 
A AIB, Ação Integralista Brasileira, criada no 
Brasil em 1932, foi inspirada nos regimes 
totalitários europeus em especial no fascismo 
italiano. Seu lema era “Deus, Pátria e Família”, 
Plínio Salgado era o líder. Foi um movimento de 
extrema direita, defendia o nacionalismo, a 
centralização do poder e criticava as 
democracias liberais. Não estava na sua pauta a 
união da América Latina bem como a defesa da 
supremacia branca diante da cultura negra e 
indígena. 
 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 10: 
[D] 
 
Vargas era adepto do trabalhismo, uma 
política através da qual incentivava a formação 
de trabalhadores produtivos e ordeiros que 
apoiassem o governo e o crescimento da Nação. 
Tal apoio era garantido por Vargas através da 
concessão real, ainda que lenta, de vários 
benefícios trabalhistas, em especial a CLT, 
aprovada em 1943. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 11: 
[A] 
 
Aproveitando o contexto mundial 
caracterizado por regimes ditatoriais, Vargas 
não tinha intenção de entregar o poder. Assim, 
o Plano Cohen foi uma farsa montada para jogar 
a sociedade brasileira contra os comunistas e 
legitimar o golpe do Estado Novo. Pelo rádio, 
dia 10 de novembro de 1937, Vargas cancelou 
as eleições presidenciais, afirmou que 
necessitava ficar no poder para conter os 
socialistas. Entre 1937-1945, o Brasil viveu a 
ditadura do Estado Novo Varguista. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 12: 
[E] 
 
Vargas negociou a entrada brasileira na 
Segunda Guerra com os EUA. Por isso, apesar 
das semelhanças políticas com os países do 
Eixo, o Brasil lutou a Guerra ao lado dos aliados. 
Assim, o Brasil era rival de Alemanha e Japão. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 13: 
[D] 
 
A partir da data de lançamento do livro – 
1933 – e de alguns personagens que aparecem 
na capa – Getúlio Vargas e Adolf Hitler, por 
exemplo – podemos determinar que o mesmo 
falava sobre a política brasileira da época (a Era 
Vargas) e sobre assuntos políticos 
internacionais (como a ascensão do 
nazifascismo na Europa). 
 
 
 
 
 
 
 
 
130 
RESPOSTA DA QUESTÃO 14: 
[B] 
 
O termo industrialização porsubstituição de 
importação diz respeito, no Brasil, ao fato de 
conjunturas externas - como as duas Grandes 
Guerras Mundiais e a Crise de 1929 - terem 
impulsionado o país a produzir internamente 
aqueles produtos que não estava conseguindo 
comprar externamente. Tal movimento ajudou 
no processo de industrialização do Brasil. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 15: 
[D] 
 
Na década de 1930, durante a Era Vargas, em 
especial no contexto do governo constitucional, 
1934-1937, o Brasil estava polarizado entre 
duas tendências: AIB e ANL. Ação Integralista 
Brasileira, liderada por Plínio Salgado, 
tendência fascista, inspirada nos regimes 
totalitários europeus. Aliança Nacional 
Libertadora, tendência popular socialista, sob a 
liderança de Luís carlos Prestes, inspirado no 
modelo soviético. Em 1935, ocorreu a Intentona 
Comunista, uma tentativa fracassada de 
derrubar o governo Vargas e implantar o 
socialismo no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
131 
HISTÓRIA DO BRASIL – BRASIL REPÚBLICA: 
REPÚBLICA POPULISTA / LIBERAL / 
DEMOCRÁTICA (1946-1964) 
QUESTÃO 01 
(Fuvest 2017) 
Se pudesse mudar-se, gritaria bem alto que o 
roubavam. Aparentemente resignado, sentia 
um ódio imenso a qualquer coisa que era ao 
mesmo tempo a campina seca, o patrão, os 
soldados e os agentes da prefeitura. Tudo na 
verdade era contra ele. Estava acostumado, 
tinha a casca muito grossa, mas às vezes se 
arreliava. Não havia paciência que suportasse 
tanta coisa. 
– Um dia um homem faz besteira e se 
desgraça. 
Graciliano Ramos, Vidas secas. 
Tendo em vista as causas que a provocam, a 
revolta que vem à consciência de Fabiano, 
apresentada no texto como ainda contida e 
genérica, encontrará foco e uma expressão 
coletiva militante e organizada, em época 
posterior à publicação de Vidas secas, no 
movimento 
 
A) carismático de Juazeiro do Norte, orientado 
pelo Padre Cícero Romão Batista. 
B) das Ligas Camponesas, sob a liderança de 
Francisco Julião. 
C) do Cangaço, quando chefiado por Virgulino 
Ferreira da Silva (Lampião). 
D) messiânico de Canudos, conduzido por 
Antônio Conselheiro. 
E) da Coluna Prestes, encabeçado por Luís 
Carlos Prestes. 
 
QUESTÃO 02 
(Unesp 2015) 
Brasília simbolizou na ideologia nacional-
desenvolvimentista o “futuro do Brasil”, o 
arremate e a obra monumental da nação a ser 
construída pela industrialização coordenada 
pelo Estado planificador, pela ação das “forças 
do progresso” (aquelas voltadas para o 
desenvolvimento do “capitalismo nacional”), 
que paulatinamente iriam derrotar as “forças 
do atraso” (o imperialismo, o latifúndio e a 
política tradicional, demagógica e “populista”). 
(José William Vesentini. A capital da geopolítica, 1986.) 
Segundo o texto, a construção de Brasília 
deve ser entendida 
 
A) como uma tentativa de limitar a migração 
para o Centro do país e de reforçar o 
contingente de mão de obra rural. 
B) dentro de um conjunto de iniciativas de 
caráter liberal, que buscava eliminar a 
interferência do Estado nos assuntos 
econômico-financeiros. 
C) dentro do rearranjo político do pós-Segunda 
Guerra Mundial, que se caracterizava pelo 
clima de paz nas relações internacionais. 
D) dentro de um amplo projeto de 
redimensionamento da economia e da 
política brasileiras, que pretendia modernizar 
o país. 
E) como um esforço de internacionalização da 
economia brasileira, que provocaria aumento 
significativo da exportação agrícola. 
 
QUESTÃO 03 
(Uel 2014) 
 
A construção da cidade de Brasília fez parte do 
processo desenvolvimentista dos anos 1950 
liderado pelo presidente Juscelino Kubitschek e 
seu vice, João Goulart. O projeto modernizante 
de JK assentava-se na política do “50 anos em 
5”, que preconizava, entre outras coisas, dotar 
o país de uma infraestrutura suficiente para 
sustentar a industrialização. 
Com base nos conhecimentos sobre a 
política econômica desse período histórico 
brasileiro, assinale a alternativa correta. 
 
A) Disseminou o ensino técnico para todas as 
regiões do país, por meio dos institutos 
técnicos federais. 
B) Expandiu a construção de usinas hidrelétricas 
e abasteceu de energia o setor produtivo. 
C) Implantou a SUDAM, que realizou a 
modernização e a transformação da região 
amazônica. 
D) Priorizou a importação de veículos 
automotores para o país se inserir no 
mercado internacional. 
E) Privatizou a Companhia Siderúrgica Nacional, 
com a abertura do seu capital para 
investidores estrangeiros. 
 
 
 
 
 
 
 
132 
QUESTÃO 04 
(Fgv 2020) 
 
Com efeito, coexistindo duas regiões dentro de 
uma mesma economia – integradas pelo mesmo 
sistema monetário – o salário de subsistência da 
população tende a ser relativamente mais 
elevado ali onde é mais baixa a produtividade 
do homem ocupado na produção de alimentos. 
A coexistência das duas regiões numa mesma 
economia tem consequências práticas de 
grande importância. Assim, o fluxo de mão de 
obra da região de mais baixa produtividade para 
a de mais alta tenderá a pressionar sobre o nível 
de salários desta última, impedindo que os 
mesmos acompanhem a elevação da 
produtividade. 
(Celso Furtado. Formação econômica do Brasil , 
1989.) 
 
O texto apresenta uma teoria econômica 
geral, que pode ser aplicada à experiência da 
história social brasileira, a partir, sobretudo, 
dos anos cinquenta do século passado. De fato, 
o desenvolvimento econômico do país 
 
A) tendeu à concentração das atividades 
produtivas mais dinâmicas nas regiões de 
menor concentração de trabalhadores 
assalariados. 
B) ocorreu por meio do deslocamento de 
operários especializados formados nas 
regiões de penúria social para os centros 
industrializados. 
C) provocou uma revolução social nas regiões 
de menor crescimento com a melhoria dos 
ganhos salariais dos trabalhadores locais com 
a queda da oferta de trabalho. 
D) impediu a constituição de um mercado 
nacionalmente integrado com a inexistência 
de mercado consumidor nas regiões de 
economias mais tradicionais. 
E) processou-se em uma situação de 
deslocamento populacional interno favorável 
ao aprofundamento de desigualdades 
econômicas inter-regionais. 
 
 
 
QUESTÃO 05 
(Unespfrt54 2020) 
 
A construção de Brasília pode ser considerada a 
principal meta do Plano de Metas [...]. Para 
alguns analistas, a nova capital seria o elemento 
propulsor de um projeto de identidade nacional 
comprometido com a modernidade, cuja face 
mais visível seria a arquitetura modernista de 
Oscar Niemeyer e Lúcio Costa. Ao mesmo 
tempo, no entanto, a interiorização da capital 
faria parte de um antigo projeto de organização 
espacial do território brasileiro, que visava 
ampliar as fronteiras econômicas rumo ao 
Oeste e alavancar a expansão capitalista 
nacional. 
(Marly Motta. “Um presidente bossa-nova”. In: 
Luciano Figueiredo (org.). História do Brasil para 
ocupados, 2013.) 
 
O texto expõe dois significados da 
construção de Brasília durante o governo de 
Juscelino Kubitschek. Esses dois significados 
relacionam-se, pois 
 
A) denotam o esforço de construção de um 
espaço geográfico brasileiro com o intuito de 
assegurar o equilíbrio econômico e político 
entre as várias regiões do país. 
B) demonstram o nacionalismo xenófobo do 
governo Kubitschek e sua disposição de isolar 
o Brasil dos demais países do continente 
americano. 
C) revelam a importância da redefinição do 
espaço territorial para a implantação de um 
projeto de restrições à entrada de capitais e 
investimentos estrangeiros. 
D) explicitam a postura antiliberal do governo 
Kubitschek e sua intenção de implantar um 
regime de igualdade social no país. 
E) indicam o surgimento de uma expressão 
arquitetônica original e baseada no modelo 
de edificaçãopredominante entre os 
primeiros habitantes do atual Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
133 
QUESTÃO 06 
(Uece 2020) 
 
Atente para o seguinte excerto a respeito do 
período que ficou conhecido como “anos 
dourados”: 
 
“A identificação dos chamados ‘anos 
dourados’ com o espírito otimista que 
consagrou o governo Kubitschek acabou, assim, 
por englobar todo um conjunto de mudanças 
sociais e manifestações artísticas e culturais 
que ocorreram dentro de um debate mais geral 
sobre a reconstrução nacional, em curso desde 
o início dos anos 50 até os primeiros anos da 
década seguinte”. 
KORNIS, Mônica Almeida. Sociedade e cultura nos 
anos 1950. Disponível 
em:https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/artigos/ 
sociedade/Anos1950 
 
São exemplos de manifestações culturais 
que caracterizaram o período citado no excerto: 
 
A) o surgimento do movimento tropicalista, 
criado por Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom 
Zé, Torquato Neto, entre outros, e a criação 
da Embrafilme. 
B) o aparecimento da MPB, com nomes como 
Chico Buarque, Vinícius de Moraes e Elis 
Regina, e a criação da pornochanchada pela 
Atlântida Cinematográfica. 
C) a Bossa Nova de João Gilberto, Tom Jobim e 
Vinicius de Moraes, e o surgimento do 
Cinema Novo de Glauber Rocha. 
D) o aparecimento do Rock nacional, com 
bandas como Plebe Rude, Ira! e Os Mutantes, 
e o aparecimento do cinema da Boca do Lixo. 
 
QUESTÃO 07 
(Mackenzie 2020) 
 
O governo do presidente João Goulart 
pretendeu realizar reformas de base a fim de 
corrigir as distorções resultantes do processo 
de desenvolvimento do país de tal forma que 
crescimento econômico não veio acompanhado 
de uma distribuição equilibrada dos 
rendimentos junto à população brasileira. 
 
A respeito dessas reformas de base, considere 
as assertivas abaixo. 
 
I. No campo econômico sua proposta principal 
foi a reforma agrária, com emenda do artigo 
da Constituição, em que se previa a 
indenização aos proprietários de terras. 
II. Tais reformas previam, além da reforma 
agrária, reformas administrativa, bancária e 
fiscal, em que o governo buscava unir tanto 
às massas mobilizadas, quanto a opinião 
pública, em relação à necessidade de 
mudanças institucionais para alcançar o 
desenvolvimento nacional. 
III. A realização de reformas de base foi uma 
proposta do seu antecessor, o presidente 
Jânio Quadros, que durante sua campanha 
eleitoral e no seu curto governo, esboçou e 
deu início a algumas estratégias políticas 
com o intuito de corrigir as distorções 
econômicas. 
 
Assinale 
 
A) se apenas a I estiver correta. 
B) se apenas a II estiver correta. 
C) se apenas a III estiver correta. 
D) se apenas a I e II estiverem corretas. 
E) se somente a I e III estiverem corretas. 
 
QUESTÃO 08 
(Fmp 2020) 
 
Em 1958, ainda durante o governo de Juscelino 
Kubitschek, o Partido Trabalhista Brasileiro 
(PTB) começou a discutir um conjunto de 
propostas que visava a promover alterações nas 
estruturas econômicas, sociais e políticas que 
garantisse a superação do subdesenvolvimento 
e permitisse uma diminuição das desigualdades 
sociais no Brasil. Naquele momento, a definição 
dessas medidas e de seu alcance ainda era 
pouco clara. 
FERREIRA, Marieta de Moraes. As reformas de base. 
Centro de Pesquisa e Documentação de História 
Contemporânea do Brasil (CPDOC). Fundação Getúlio 
Vargas (FGV). Disponível em: 
<https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/artigos/N
aPresidenciaRepublica/As_reformas_de_base>. Acesso 
em: 11 jul. 2019. Adaptado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
134 
As medidas citadas pelo texto, que 
emergiram durante o governo de João Goulart, 
explicam a 
 
A) base do parlamentarismo brasileiro de 1961 
B) crise política que levou ao golpe de 1964 
C) adoção do milagre econômico entre 1969-
1974 
D) emergência da república dos sindicalistas em 
1963 
E) implementação do fundo de garantia (FGTS) 
em 1966 
 
QUESTÃO 09 
(Famerp 2020) 
 
Observe a charge de Lan, publicada no Jornal do 
Brasil em 13.06.1963. 
 
 
 
A charge representa o então presidente João 
Goulart, 
 
A) ironizando sua indefinição político-
ideológica. 
B) destacando sua fé e sua religiosidade. 
C) satirizando sua complicada vida familiar. 
D) valorizando sua capacidade de mediação 
política. 
E) enfatizando a neutralidade de sua posição 
partidária. 
QUESTÃO 10 
(Fac. Pequeno Príncipe 2020) 
Pode o pato não nadar 
Pode o leão ser mofino 
Pode o gato não miar 
A galinha criar dente 
Gente vai virar serpente 
Mas Getúlio vai voltar. 
LESSA, O. Getúlio na literatura de cordel. In: 
DORATIOTO, F.; DANTAS FILHO, J. De Getúlio a Getúlio: o 
Brasil de Dutra a Vargas - 1945 a 1954. 
A estrofe acima faz referência à campanha 
eleitoral de 1950. A respeito desse momento 
histórico, é CORRETO afirmar que 
 
A) afinado em um discurso nacionalista com 
relação ao desenvolvimento industrial, o 
programa político de Getúlio Vargas 
apresentava uma contradição na campanha 
presidencial de 1950 ao defender uma 
concepção menos centralizadora de Estado. 
B) em virtude das condições em que se deu o 
fim do primeiro governo Vargas em 1945, a 
campanha presidencial de 1950 não teve 
condições de utilizar feitos passados em sua 
composição. Assim, o trabalhismo varguista 
não constituiu um elemento essencial na 
elaboração da campanha que levou Vargas 
novamente à presidência da República. 
C) apesar da oposição da imprensa, as bases do 
getulismo estavam quase intactas em 1950. A 
única perda de apoio massiva que ocorreu 
fora a dos militares, que, descontentes com a 
política de controle estatal do petróleo, 
abandonaram as bases do governo Vargas 
logo depois da Revolução de 1930. 
D) em contraponto ao governo Dutra, que 
terminava em 1950 com uma política de 
incentivo à importação de bens de consumo, 
Getúlio Vargas prometia a seus eleitores a 
valorização da indústria nacional, porém sem 
o controle estatal sobre as importações. 
E) a fim de garantir a vitória eleitoral em 1950, 
Vargas realizou uma série de promessas de 
campanha a diferentes setores da sociedade. 
Do cumprimento dessas promessas dependia 
a governabilidade, o que acabava 
comprometendo toda a eficiência 
administrativa do novo governo varguista. 
 
 
 
 
 
 
135 
QUESTÃO 11 
(Espcex Aman 2019) 
 
Entre 1945 e 1964, existiam no Brasil dois 
projetos de Nação que disputavam a 
preferência dos eleitores, o nacional estatismo, 
liderado por Getúlio Vargas, e o liberalismo 
conservador, liderado por Carlos Lacerda. 
Avalie as informações abaixo listadas. 
 
I. O Estado devia intervir na economia. 
II. Abertura total às empresas e aos capitais 
estrangeiros. 
III. O Brasil deveria alinhar-se com os EUA 
incondicionalmente. 
IV. Criação das empresas estatais em áreas 
estratégicas. 
 
A alternativa que apresenta propostas do 
liberalismo conservador é 
 
A) I e II. 
B) I e III. 
C) II e III. 
D) II e IV. 
E) III e IV. 
 
QUESTÃO 12 
(Fgv 2019) 
 
Houve movimentos militares em 1945, 1954, 
1964, uma tentativa frustrada em 1961 e um 
outro movimento em 1955, que precipitou um 
contramovimento em defesa das autoridades 
constitucionais. Os anos de 1945 a 1964 
assinalam o período da primeira experiência do 
Brasil com uma política competitiva, 
democrática e aberta. 
Stepan, A., Os militares na política. As mudanças de 
padrões na vida brasileira. Rio de Janeiro: Artenova, 
1975, p. 66. 
 
Sobre os movimentos militares citados no texto 
é correto afirmar: 
 
 
 
 
 
A) Foram movimentos anticomunistas 
impulsionados pela polarização ideológica da 
Guerra Fria. 
B) Em 1945 e 1964, os presidentes da República 
foram destituídos, marcando o início de 
novos períodos políticos. 
C) A intervenção mais aguda ocorreu em 1961 
com a implementação do regime 
presidencialista. 
D) Em seu conjunto, percebe-se a inexistência 
de correntes políticas de opiniões distintas 
no seiodas Forças Armadas brasileiras. 
E) Tais intervenções militares revelam a 
característica democrática e civil da história 
da República brasileira. 
 
QUESTÃO 13 
(G1 - ifpe 2019) 
 
Os slogans, frases e trechos de músicas, 
frequentemente, são utilizados para facilitar a 
comunicação entre candidatos e eleitores. Ao 
longo da história republicana brasileira, 
diversos slogans, frases e trechos de músicas 
foram usados para promover campanhas 
eleitorais. 
 
Entre as alternativas abaixo, assinale aquela 
que associa slogan, frase e/ou trechos de 
músicas ao seu respectivo candidato a 
presidente. 
 
A) “Varre, varre vassourinha”, campanha 
presidencial de Juscelino Kubistchek, em 
1955. 
B) “Cinquenta anos em cinco”, campanha 
presidencial de Getúlio Vargas, em 1950. 
C) “Vote no brigadeiro, ele é bonito e é 
solteiro”, campanha presidencial de Eduardo 
Gomes, em 1945. 
D) “Bota o retrato do velho outra vez”, 
campanha presidencial de Jânio Quadros, em 
1960. 
E) “Plante que o João garante”, campanha 
presidencial de João Goulart, em 1964. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
136 
QUESTÃO 14 
(Espm 2019) 
 
O sociólogo, jurista e escritor Hélio Jaguaribe 
morreu neste domingo, no Rio de Janeiro, aos 
95 anos. Um dos expoentes do pensamento bra-
sileiro, ao longo do século XX, foi um dos 
grandes intérpretes do nosso país. Estudou o 
Brasil para transformá-lo, o que era uma das 
propostas do ISEB (Instituto Superior de 
Estudos Brasileiros). 
(Folha de São Paulo, 11/09/2018) 
 
O ISEB, mencionado no texto, deve ser re-
lacionado com o contexto apresentado na 
seguinte alternativa: 
 
A) governo de Juscelino Kubitschek e a teoria do 
nacional-desenvolvimentismo; 
B) governo Getúlio Vargas e corporativismo; 
C) governo João Goulart e parlamentarismo; 
D) governo Jânio Quadros e populismo; 
E) governo do general Eurico Dutra e libera-
lismo. 
 
QUESTÃO 15 
(Uece 2019) 
 
Eleito presidente da República em 3 de outubro 
de 1960, Jânio Quadros assumiu o cargo em 31 
de janeiro de 1961. Contudo, seu governo foi 
inconcluso, não completou sequer 7 meses, 
uma vez que renunciou ao seu mandato em 25 
de agosto de 1961. 
 
Alguns dos aspectos que marcaram o seu 
governo e são considerados responsáveis por 
sua curta duração foram: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A) a aprovação da CLT, que garantia direitos aos 
trabalhadores; a concessão do direito ao voto 
para as mulheres e a criação da PETROBRÁS, 
estabelecendo o controle estatal na 
exploração de petróleo e produção de 
combustíveis fósseis, desagradando as 
empresas estrangeiras do setor. 
B) a Política Externa Independente – PEI –, 
desconsiderando a ideologia dos países com 
os quais o Brasil comercializaria; medidas 
econômicas austeras que restringiram o 
crédito e congelaram salários, e medidas 
moralizadoras, como as proibições do uso de 
biquinis em concursos de miss e da prática de 
rinhas de galo. 
C) a reforma do sistema nacional de previdência 
social, que retirou direitos dos trabalhadores; 
a mudança na política de proteção das terras 
indígenas e quilombolas e, na política 
externa, apoio aos EUA na sua política em 
relação à delicada situação entre Israel e 
Palestina. 
D) o plebiscito que derrotou o sistema 
parlamentarista implantado em 1961 pelo 
Congresso Nacional; a proposição das 
reformas de base que provocariam 
transformações na sociedade brasileira e a 
oposição ao seu governo de organizações de 
direita, como o Ipes e o Ibad. 
 
RESOLUÇÕES 
RESPOSTA DA QUESTÃO 01: 
[B] 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
História] 
A revolta que vem à consciência do 
personagem, na verdade, é o movimento social 
conhecido como Liga Camponesa. Formadas a 
partir de 1945, sob liderança, em especial, do 
advogado comunista Francisco Julião, as Ligas 
Camponesas brigavam pelo direito do acesso à 
terra, principalmente. Atuando ativamente 
entre 1945 e 1964, as Ligas alcançaram seu 
auge na desapropriação do Engenho Galileia, 
em Pernambuco, e foram suprimidas pelo 
governo militar. 
 
 
 
 
 
 
137 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
Português] 
Como o romance Vidas Secas foi publicado 
em 1938, portanto anterior à eclosão desse 
movimento, é correta a opção [B]. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 02: 
[D] 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
História] 
A construção de Brasília enquadra-se na 
política de Estado promovida pelo governo de 
JK a partir do chamado Plano de Metas, que 
pretendia modernizar o país a partir de uma 
economia desenvolvimentista e aliada ao 
capital estrangeiro. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
Geografia] 
Brasília foi criada como nova capital com o 
objetivo de estimular o desenvolvimento 
econômico regional do Centro-Oeste, favorecer 
o povoamento da região, estimular a atividade 
industrial (construção civil e equipamentos) e 
afastar a capital do litoral, que seria mais 
vulnerável do ponto de vista militar e às 
pressões populares. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 03: 
[B] 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
Geografia] 
Como mencionado corretamente na 
alternativa [B], o “Plano de Metas” do governo 
JK priorizou o investimento estatal em 
infraestrutura, com destaque para a indústria 
de base, transportes e energia, sendo 
responsável pela construção de usinas 
hidrelétricas como Furnas, Três Marias e Paulo 
Afonso. Estão incorretas as alternativas: [A], 
porque a disseminação do ensino técnico 
ocorreu no período militar; [C], porque a 
SUDAM foi criada no período militar durante o 
governo de Castelo Branco; [D], porque a 
industrialização promovida pelo governo JK 
teve caráter de substituição de importações 
com a entrada de transnacionais para a 
produção de bens de consumo duráveis, dentre 
os quais, a indústria de automotores; [E], 
porque as privatizações foram características 
do período neoliberal adotado no Brasil a partir 
da década de 1990. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
História] 
O mineiro JK pertencia ao grupo liberal do 
PSD e defendia o nacional desenvolvimentismo 
através do “Plano de Metas”. Sua proposta era 
abrir a economia brasileira para o capital 
internacional, ou seja, a internacionalização do 
mercado interno. Assim, o país teria 50 anos de 
progresso em 5 anos de governo. O “Plano de 
Metas” apresentava 31 metas que se 
vinculavam a indústria, transporte, energia, 
alimentação e educação. Porém, alimentação e 
educação tiveram resultados modestos. A 
metassíntese de JK era a construção de Brasília 
objetivando a modernização, integração e 
desenvolvimento. A privatização ocorreu a 
partir de 1990 com o governo de Collor de Mello 
em um contexto neoliberal. O ensino técnico foi 
prioridade no governo militar para obter mão 
de obra para o “Milagre Brasileiro”. JK 
consolidou o setor de consumo duráveis. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 04: 
[E] 
No período citado (década de 1950), em 
especial durante o Governo JK, as políticas 
econômicas nacionais, incentivadoras da 
industrialização brasileira, ajudaram a 
promover uma migração interna no país, 
principalmente do Nordeste para o Sudeste e 
do interior para as grandes cidades. Tal 
migração não foi completamente coordenada, o 
que acabou resultando em problemas sociais 
apesar do crescimento econômico alcançado. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 05: 
[A] 
Dentre as motivações apresentadas por JK 
para a construção de Brasília podemos elencar 
o desenvolvimento da região Centro-Oeste, o 
aumento da integração entre as regiões 
brasileiras e o afastamento das decisões 
políticas de um centro urbano muito populoso. 
 
 
 
 
 
 
 
138 
RESPOSTA DA QUESTÃO 06: 
[C] 
 
A Bossa Nova, surgida no final de década de 
1950, e o Cinema Novo, criado no início da 
década de 1960, foram manifestações culturais 
dos chamados Anos Dourados brasileiros. 
 
RESPOSTA DA QUESTÃO 07: 
[D] 
 
A afirmativa [III] está incorreta porque nem 
durante sua campanha presidencial, nem

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