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ESFC Módulo II 
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ESTÁGIO SETORIAL 
DE FISCALIZAÇÃO 
DE CONTRATO 
 
 
 
Módulo II – ATIVIDADE DO GESTOR DE 
CONTRATO E FISCAIS 
2023 
 
 
10º Centro de Gestão, Contabilidade e Finanças do 
Exército 
 
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Atualizações 
 
Autor Data (dd mmm) Item alterado 
Breve descrição da 
alteração 
 
 
 
 
 
 
(Atenção: esta apostila não deve ser usada como amparo 
legal, tratando-se apenas de um material didático de apoio 
para estudo e eventuais consultas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sumário 
 
1. APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................... 4 
1.1. Objetivos do Curso ............................................................................................................ 4 
1.2 Objetivos de Aprendizagem do Modulo ............................................................................ 4 
2.GESTÃO E FISCALIZAÇÃO DE CONTATO ................................................................................ 5 
2.1.Designação e Documentos Essenciais...............................................................................5 
2.2. Gestor e Fiscais de Contratos............................................................................................6 
3.REAJUSTE DE PREÇOS ........................................................................................................... 11 
3.1. Repactuação de preços.....................................................................................................12 
4. ALTERAÇÃO CONTRATUAL.................................................................................................... 16 
4.1. Alteração por Reequilíbrio................................................................................................ 17 
4.2. Acréscimos ou supressões..............................................................................................18 
5. VIGÊNCIA DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS ................................................................ 24 
5.1.Vigências diferenciadas.....................................................................................................26 
6.PROCESSO ADMINISTRATIVO ................................................................................................ 29 
7.ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO, RESCISÃO OU CONCLUSÃO ..................................................... 31 
8.SANÇÕES ................................................................................................................................. 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. APRESENTAÇÃO 
 
Prezado instruendo, 
Esta apostila foi estruturada para servir de guia para o Estágio Setorial de 
Fiscalização de Contratos, que será coordenado pelo 10º Centro de Gestão, Contabilidade 
e Finanças do Exército e ministrado na modalidade de Ensino a Distância (EAD). 
1.1. Objetivos do Curso 
 
De maneira geral, contribuir com o Instituto de Economia e Finanças do Exército 
(IEFEx) nas atividades de ensino de interesse da Secretaria de Economia e Finanças, 
desenvolvidas na modalidade de Ensino a Distância (EaD) e, principalmente 
disponibilizar, aos Agentes da Administração das Unidades Gestoras do Exército, um 
material didático de fácil entendimento e mais direcionado as nossas atividades. 
Oferecer aos Agentes da Administração das Organizações Militares, responsáveis 
pela fiscalização de contratos, a oportunidade de refletirem sobre a importância dos 
mesmos na fiscalização dos contratos de aquisição ou contratação de serviços, e sobre o 
quanto a fiscalização contratual adequada são cruciais para o sucesso do processo 
licitatório. 
De uma maneira intuitiva, foram acrescentados logo abaixo de cada tema da 
presente apostila, de forma esquematizada, os artigos da Lei 14.133/2021, a Nova Lei de 
Licitações e Contratos, que trazem as atualizações sobre cada assunto, permitindo que o 
leitor possa identificar as alterações, bem como as inovações sobre cada tema desse 
módulo. 
1.2 Objetivos de Aprendizagem do Módulo 
 
Ao final do Modulo, o instruendo será capaz de: 
Reconhecer as principais atividades pelo Gestor de Contrato e seus assessores, 
os Fiscais de contratos. 
 
 
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2. GESTÃO E FISCALIZAÇÃO DE CONTATO 
 
As atividades de gestão e fiscalização da execução contratual estão previstas no 
Art. 67 da LLC e Art. 39 a 50 da IN 05/2017-PDG/MinEcon. Por definição, são o conjunto 
de ações que tem por objetivo aferir o cumprimento dos resultados previstos pela 
Administração para os serviços contratados, verificar a regularidade das obrigações 
previdenciárias, fiscais e trabalhistas, bem como prestar apoio à instrução processual e o 
encaminhamento da documentação pertinente ao setor de contratos para a formalização 
dos procedimentos relativos à repactuação, alteração, reequilíbrio, prorrogação, 
pagamento, eventual aplicação de sanções, extinção dos contratos, dentre outras, com 
vista a assegurar o cumprimento das cláusulas avençadas e a solução de problemas 
relativos ao objeto. 
 
2.1.Designação e Documentos Essenciais 
Port. 37/2020-SEF/EB90-N-08.004, art. 14 
(...) 
§ 5º A Administração da Unidade cientificará formalmente o gestor e o fiscal de 
contratos sobre a sua designação antes de efetivamente designá-lo, o que pode ocorrer, 
dependendo do tipo de contratação, já no início da fase de planejamento. 
§ 6º A publicação da designação dos membros da Equipe de Gestão e 
Fiscalização Contratual (EGFC), bem como de seus substitutos, deve contemplar todas 
as atribuições inerentes a cada função, de maneira a não deixar dúvidas quanto às ações 
a adotar. 
Art. 21. Compete à Administração da UA (por meio da Fiscalização 
Administrativa/Divisão Administrativa ou seção equivalente), entre outras 
responsabilidades: 
(...) 
III - o fornecimento e abertura de livro para registro de ocorrências pelo fiscal 
técnico do contrato, que poderá ser substituído por documento impresso ou por registro 
em meio eletrônico; 
 
 
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IN/05/2017-SEGES, art. 42 
(...) 
§ 4º Para o exercício da função, os fiscais deverão receber cópias dos documentos 
essenciais da contratação pelo setor de contratos, a exemplo dos Estudos Preliminares, 
do ato convocatório e seus anexos, do contrato, da proposta da contratada, da garantia, 
quando houver, e demais documentos indispensáveis à fiscalização. 
2.2. Gestor e Fiscais de Contratos 
IN 05/2017- SEGES/PDG/MinEcon 
Art. 40. O conjunto de atividades de que trata o artigo anterior compete ao gestor 
da execução dos contratos, auxiliado pela fiscalização técnica, administrativa, setorial e 
pelo público usuário, conforme o caso, de acordo com as seguintes disposições: 
I - Gestão da Execução do Contrato: é a coordenação das atividades relacionadas 
à fiscalização técnica, administrativa, setorial e pelo público usuário, bem como dos atos 
preparatórios à instrução processual e ao encaminhamento da documentação pertinente 
ao setor de contratos para formalização dos procedimentos quanto aos aspectos que 
envolvam a prorrogação, alteração, reequilíbrio, pagamento, eventual aplicação de 
sanções, extinção dos contratos, dentre outros; 
 II - Fiscalização Técnica: é o acompanhamento com o objetivo de avaliar a 
execução do objeto nos moldes contratados e, se for o caso, aferir se a quantidade, 
qualidade, tempo e modo da prestação dos serviços estão compatíveis com os 
indicadores de níveis mínimos de desempenho estipulados no ato convocatório, para 
efeito de pagamento conforme o resultado, podendo ser auxiliado pela fiscalização de que 
trata o inciso V deste artigo; e 
III - Fiscalização Administrativa: é o acompanhamento dos aspectos administrativos 
da execução dos serviços nos contratos com regime de dedicação exclusiva de
mão de 
obra quanto às obrigações previdenciárias, fiscais e trabalhistas, bem como quanto às 
providências tempestivas nos casos de inadimplemento; 
Portaria 37/2020 - SEF 
Art. 16. Ao Fiscal Técnico do Contrato incumbe: 
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I - comparecer ao local da prestação do serviço, da realização da obra ou da 
entrega do material, confrontando a execução com as condições avençadas, como, por 
exemplo, especificação do objeto, forma de execução dos serviços e prazos; 
II - ler minuciosamente o contrato, conhecer o objeto e todos os serviços descritos 
no Projeto Básico/Termo de Referência e seus apensos; 
III - comunicar formalmente ao Gestor do Contrato as ocorrências, faltas ou 
defeitos observados, sugerindo, de forma clara e objetiva, as medidas necessárias para o 
fiel cumprimento do objeto; 
IV - conferir, nos aspectos quantitativo e qualitativo, o objeto contratual, avaliando o 
atendimento dos seguintes aspectos, quando for o caso: 
a. os resultados alcançados em relação ao contratado, com a verificação dos 
prazos de execução e da qualidade demandada; 
b. os materiais empregados; 
c. a adequação dos serviços prestados à rotina de execução estabelecida; 
d. o cumprimento das demais obrigações executivas decorrentes do contrato; e 
e. a satisfação do público usuário. 
V - rejeitar bens e serviços que estejam em desacordo com as especificações do 
objeto, conforme constante do contrato e do Projeto Básico/Termo de Referência, 
devendo atentar, também, para os prazos contratuais estabelecidos; 
VI - conferir a relação de materiais, máquinas e equipamentos, conforme previsto 
em contrato; 
VII - atestar, quando do recebimento provisório, as faturas/notas fiscais 
correspondentes às etapas executadas do contrato, após a verificação da conformidade 
dos serviços/obras, em coordenação, quando for o caso, com a Comissão de 
Recebimento e Exame, instituída conforme o disposto no Regulamento de Administração 
do Exército (RAE); 
VIII - confeccionar o Termo de Recebimento Provisório, quando da entrega do 
objeto, resultante de cada Ordem de Serviço ou de Fornecimento de Bens; 
IX - certificar-se se o número de empregados alocados ao serviço pela empresa 
contratada, para cada função em particular, está de acordo com o contrato firmado, 
mantendo sempre atualizada a respectiva relação nominal; 
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X - manter, em formulário próprio (diário de obras/livro de fiscalização ou 
instrumento equivalente), o registro de todas as ocorrências relacionadas à execução 
contratual; 
XI - verificar se o contratado respeita as normas de segurança do trabalho, quando 
for o caso; e 
XII - Receber, ao término do contrato, o termo de quitação do contrato, assinado 
pela contratada, encaminhando-o ao Fiscal Administrativo, para posterior autuação nos 
autos do processo licitatório. 
Portaria 37/2020 - SEF: 
Art. 18. Ao Fiscal Administrativo do Contrato incumbe: 
I - para os contratos com dedicação exclusiva de mão de obra, exigir do contratado 
os comprovantes de pagamento dos salários, vale-transporte e auxílio-alimentação dos 
empregados, bem como prova do recolhimento dos encargos trabalhistas, previdenciários 
e tributários; 
II - elaborar a planilha-resumo do contrato, contendo as informações sobre todos 
os empregados terceirizados que prestam serviços na unidade, com os seguintes dados: 
nome completo, número de inscrição no CPF, função exercida, salário, adicionais, 
gratificações, benefícios recebidos, sua especificação e quantidade (vale-transporte, 
auxílio-alimentação), horário de trabalho, férias, licenças, faltas, ocorrências e horas 
extras trabalhadas; 
III - verificar a planilha de frequência dos empregados da contratada e o 
recolhimento dos encargos trabalhistas, previdenciários e tributários, além das 
respectivas obrigações acessórias, nos casos dos contratos de prestação de serviços de 
execução indireta, na forma do Decreto nº 9507/2018, devendo atentar para eventual 
subcontratação não autorizada; 
IV - propor, quando necessário, notificações ao contratado e acompanhar os 
prazos de cumprimento daquelas, a fim de subsidiar, se for o caso, os processos de 
aplicação de sanções administrativas por inexecução parcial ou total do contrato; 
V - registrar no Sistema de Cadastro Unificado de Fornecedores do Governo 
Federal (SICAF) eventuais sanções administrativas aplicadas ao contratado; 
VI - verificar a manutenção das condições de habilitação do contratado a cada 
pagamento a ser realizado em seu favor; e 
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VII - juntar ao processo de pagamento as certidões negativas do Fundo de 
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e de débitos tributários, fiscais e trabalhistas, 
conforme os critérios exigidos na fase de habilitação do certame originário da contratação. 
IV - Fiscalização Setorial: é o acompanhamento da execução do contrato nos 
aspectos técnicos ou administrativos quando a prestação dos serviços ocorrer 
concomitantemente em setores distintos ou em unidades desconcentradas de um mesmo 
órgão ou entidade; e 
V - Fiscalização pelo Público Usuário: é o acompanhamento da execução 
contratual por pesquisa de satisfação junto ao usuário, com o objetivo de aferir os 
resultados da prestação dos serviços, os recursos materiais e os procedimentos utilizados 
pela contratada, quando for o caso, ou outro fator determinante para a avaliação dos 
aspectos qualitativos do objeto. 
(...) 
IN 05/2017- SEGES/PDG/MinEcon 
Art. 50. Exceto nos casos previstos no art. 74 da Lei n.º 8.666, de 1993, ao realizar 
o recebimento dos serviços, o órgão ou entidade deve observar o princípio da segregação 
das funções e orientar-se pelas seguintes diretrizes: 
I – o recebimento provisório será realizado pelo fiscal técnico, fiscal administrativo, 
fiscal setorial ou equipe de fiscalização, nos seguintes termos: 
a) elaborar relatório circunstanciado, em consonância com as suas atribuições, 
contendo o registro, a análise e a conclusão acerca das ocorrências na execução do 
contrato e demais documentos que julgarem necessários, devendo encaminhá-los ao 
gestor do contrato para recebimento definitivo; e 
b) quando a fiscalização for exercida por um único servidor, o relatório 
circunstanciado deverá conter o registro, a análise e a conclusão acerca das ocorrências 
na execução do contrato, em relação à fiscalização técnica e administrativa e demais 
documentos que julgar necessários, devendo encaminhá-los ao gestor do contrato para 
recebimento definitivo; 
Observar o previsto no art. 14 da Portaria 37/2020 -SEF: 
VII - atestar, quando do recebimento provisório, as faturas/notas fiscais 
correspondentes às etapas executadas do contrato, após a verificação da conformidade 
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dos serviços/obras, em coordenação, quando for o caso, com a Comissão de 
Recebimento e Exame, instituída conforme o disposto no Regulamento de Administração 
do Exército (RAE); 
II - o recebimento definitivo pelo gestor do contrato, ato que concretiza o ateste da 
execução dos serviços, obedecerá às seguintes diretrizes: 
a) realizar a análise dos relatórios e de toda a documentação apresentada pela 
fiscalização técnica e administrativa e, caso haja irregularidades que impeçam a 
liquidação e o pagamento da despesa, indicar as cláusulas contratuais pertinentes, 
solicitando à contratada, por escrito, as respectivas correções; 
b) emitir termo circunstanciado para efeito de recebimento definitivo dos serviços 
prestados, com base nos relatórios e documentação apresentados; e 
c) comunicar a empresa para que emita a Nota Fiscal ou Fatura com o valor exato 
dimensionado pela fiscalização com base no Instrumento de Medição de Resultado (IMR), 
observado o Anexo VIII-A ou instrumento substituto, se for o caso. 
Lei 8.666/1993 
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um 
representante da Administração especialmente
designado, permitida a contratação de 
terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição. 
§ 1º O representante da Administração anotará em registro próprio todas as 
ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário 
à regularização das faltas ou defeitos observados. 
§ 2º As decisões e providências que ultrapassarem a competência do 
representante deverão ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil para a adoção 
das medidas convenientes. 
 
 
 
 
 
 
 
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3. REAJUSTE DE PREÇOS 
Reajuste de preços não caracteriza alteração contratual por estar previsto no 
contrato, podendo ser feito por apostilamento. A repactuação é um tipo de reajuste para 
os contratos de cessão de mão de obra, previsto na IN 05/2017-SEGES/PDG/MinEcon 
onde o reajuste é feito pelo salário da categoria. 
Algumas vezes vemos a expressão realinhamento de preços, porém esse termo 
não é utilizado na nossa legislação, por isso gera a dúvida quando utilizado, pois não fica 
claro se é um tipo de reajuste, reequilíbrio ou atualização financeira. 
Lei 10.192/2001 
 Art. 2o É admitida estipulação de correção monetária ou de reajuste por índices de 
preços gerais, setoriais ou que reflitam a variação dos custos de produção ou dos 
insumos utilizados nos contratos de prazo de duração igual ou superior a um ano. 
 § 1o É nula de pleno direito qualquer estipulação de reajuste ou correção monetária 
de periodicidade inferior a um ano. 
 § 2o Em caso de revisão contratual, o termo inicial do período de correção 
monetária ou reajuste, ou de nova revisão, será a data em que a anterior revisão tiver 
ocorrido. 
Art. 3º Os contratos em que seja parte órgão ou entidade da Administração Pública 
direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, serão 
reajustados ou corrigidos monetariamente de acordo com as disposições desta Lei, e, no 
que com ela não conflitarem, da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993. 
§ 1º A periodicidade anual nos contratos de que trata o caput deste artigo será 
contada a partir da data limite para apresentação da proposta ou do orçamento a que 
essa se referir. 
 
Lei 8.666/1993 
Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome 
da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da 
licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento 
da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos envelopes, e 
indicará, obrigatoriamente, o seguinte: 
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XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de 
produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista 
para apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se referir, até a 
data do adimplemento de cada parcela; 
Art. 65 
§ 8º A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de preços previsto 
no próprio contrato, as atualizações, compensações ou penalizações financeiras 
decorrentes das condições de pagamento nele previstas, bem como o empenho de 
dotações orçamentárias suplementares até o limite do seu valor corrigido, não 
caracterizam alteração do mesmo, podendo ser registrados por simples apostila, 
dispensando a celebração de aditamento. 
Decreto 7.892/2013 
Art. 12. O prazo de validade da ata de registro de preços não será superior a doze 
meses, incluídas eventuais prorrogações, conforme o inciso III do § 3º do art. 15 da Lei nº 
8.666, de 1993. 
§ 1º É vedado efetuar acréscimos nos quantitativos fixados pela ata de registro de 
preços, inclusive o acréscimo de que trata o § 1º do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993. 
§ 2º A vigência dos contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços será 
definida nos instrumentos convocatórios, observado o disposto no art. 57 da Lei nº 8.666, 
de 1993. 
§ 3º Os contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços poderão ser 
alterados, observado o disposto no art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993. 
§ 4º O contrato decorrente do Sistema de Registro de Preços deverá ser assinado 
no prazo de validade da ata de registro de preços. 
 
3.1. Repactuação de preços 
IN 05/2017-SEGES/MDG 
Art. 53. O ato convocatório e o contrato de serviço continuado deverão indicar o 
critério de reajustamento de preços, que deverá ser sob a forma de reajuste em sentido 
estrito, com a previsão de índices específicos ou setoriais, ou por repactuação, pela 
demonstração analítica da variação dos componentes dos custos. 
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Art. 54. A repactuação de preços como espécie de reajuste contratual, deverá ser 
utilizada nas contratações de serviços continuados com regime de dedicação exclusiva de 
mão de obra, desde que seja observado o interregno mínimo de um ano das datas dos 
orçamentos aos quais a proposta se referir. 
§ 1º A repactuação para fazer face à elevação dos custos da contratação, 
respeitada a anualidade disposta no caput, e que vier a ocorrer durante a vigência do 
contrato, é direito do contratado e não poderá alterar o equilíbrio econômico e financeiro 
dos contratos, conforme estabelece o inciso XXI do art. 37 da Constituição da República 
Federativa do Brasil, sendo assegurado ao prestador receber pagamento mantidas as 
condições efetivas da proposta. 
§ 2º A repactuação poderá ser dividida em tantas parcelas quanto forem 
necessárias, em respeito ao princípio da anualidade do reajuste dos preços da 
contratação, podendo ser realizada em momentos distintos para discutir a variação de 
custos que tenham sua anualidade resultante em datas diferenciadas, tais como os 
custos decorrentes da mão de obra e os custos decorrentes dos insumos necessários à 
execução do serviço. 
§ 3º Quando a contratação envolver mais de uma categoria profissional, com 
datas-bases diferenciadas, a repactuação deverá ser dividida em tantos quanto forem os 
Acordos, Convenções ou Dissídios Coletivos de Trabalho das categorias envolvidas na 
contratação. 
 § 4º A repactuação para reajuste do contrato em razão de novo Acordo, 
Convenção ou Dissídio Coletivo de Trabalho deve repassar integralmente o aumento de 
custos da mão de obra decorrente desses instrumentos. 
Art. 55. O interregno mínimo de um ano para a primeira repactuação será contado 
a partir: 
I – da data limite para apresentação das propostas constante do ato convocatório, 
em relação aos custos com a execução do serviço decorrentes do mercado, tais como o 
custo dos materiais e equipamentos necessários à execução do serviço; ou 
II - da data do Acordo, Convenção, Dissídio Coletivo de Trabalho ou equivalente 
vigente à época da apresentação da proposta quando a variação dos custos for 
decorrente da mão de obra e estiver vinculada às datas-bases destes instrumentos. 
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Art. 56. Nas repactuações subsequentes à primeira, a anualidade será contada a 
partir da data do fato gerador que deu ensejo à última repactuação. 
Art. 57. As repactuações serão precedidas de solicitação da contratada, 
acompanhada de demonstração analítica da alteração dos custos, por meio de 
apresentação da planilha de custos e formação de preços ou do novo Acordo, Convenção 
ou Dissídio Coletivo de Trabalho que fundamenta a repactuação, conforme for a variação 
de custos objeto da repactuação. 
§ 1º É vedada a inclusão, por ocasião da repactuação, de benefícios não previstos 
na proposta inicial, exceto quando se tornarem obrigatórios por força de instrumento legal, 
Acordo, Convenção ou Dissídio Coletivo de Trabalho, observado o disposto no art. 6º 
desta Instrução Normativa. 
§ 2º A variação de custos decorrente do mercado somente será concedida 
mediante a comprovação pelo contratado do aumento dos custos, considerando-se: 
I - os preços praticados no mercado ou em outros contratos da Administração;
II - as particularidades do contrato em vigência; 
III - a nova planilha com variação dos custos apresentada; 
IV - indicadores setoriais, tabelas de fabricantes, valores oficiais de referência, 
tarifas públicas ou outros equivalentes; e 
V - a disponibilidade orçamentária do órgão ou entidade contratante. 
§ 3º A decisão sobre o pedido de repactuação deve ser feita no prazo máximo de 
sessenta dias, contados a partir da solicitação e da entrega dos comprovantes de 
variação dos custos. 
§ 4º As repactuações, como espécie de reajuste, serão formalizadas por meio de 
apostilamento, exceto quando coincidirem com a prorrogação contratual, em que deverão 
ser formalizadas por aditamento. 
 § 5º O prazo referido no § 3º deste artigo ficará suspenso enquanto a contratada 
não cumprir os atos ou apresentar a documentação solicitada pela contratante para a 
comprovação da variação dos custos. 
§ 6º O órgão ou entidade contratante poderá realizar diligências para conferir a 
variação de custos alegada pela contratada. 
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 § 7º As repactuações a que o contratado fizer jus e que não forem solicitadas 
durante a vigência do contrato serão objeto de preclusão com a assinatura da 
prorrogação contratual ou com o encerramento do contrato. 
 Art. 58. Os novos valores contratuais decorrentes das repactuações terão suas 
vigências iniciadas da seguinte forma: 
 I - a partir da ocorrência do fato gerador que deu causa à repactuação, como regra 
geral; 
 II - em data futura, desde que acordada entre as partes, sem prejuízo da 
contagem de periodicidade e para concessão das próximas repactuações futuras; ou 
III - em data anterior à ocorrência do fato gerador, exclusivamente quando a 
repactuação envolver revisão do custo de mão de obra em que o próprio fato gerador, na 
forma de Acordo, Convenção ou Dissídio Coletivo de Trabalho, contemplar data de 
vigência retroativa, podendo esta ser considerada para efeito de compensação do 
pagamento devido, assim como para a contagem da anualidade em repactuações futuras. 
Parágrafo único. Os efeitos financeiros da repactuação deverão ocorrer 
exclusivamente para os itens que a motivaram e apenas em relação à diferença 
porventura existente. 
Art. 59. As repactuações não interferem no direito das partes de solicitar, a 
qualquer momento, a manutenção do equilíbrio econômico dos contratos com base no 
disposto no art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. ALTERAÇÃO CONTRATUAL 
Nos contratos administrativos existem as tais cláusulas exorbitantes, que 
estabelecem poderes diferenciados para a Administração em relação ao contratado, 
destacam-se: 
a. alteração unilateral; 
b. rescisão unilateral; 
c. fiscalização; 
d. aplicação de penalidades; 
e. anulação; 
f. retomada do objeto; 
g. restrições ao uso do princípio da exceptio non adimpleti contractus (exceção do 
contrato não cumprido), ou seja, a Administração pode exigir que o outro contratante 
cumpra a sua parte no contrato sem que ela própria tenha cumprido a sua. 
No art. 58 verificamos algumas dessas cláusulas: 
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei 
confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de: 
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de 
interesse público, respeitado os direitos do contratado; 
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 
desta Lei; 
III - fiscalizar-lhes a execução; 
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste; 
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, 
imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade 
de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na 
hipótese de rescisão do contrato administrativo. 
§1º As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos 
não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado. 
§ 2º Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do 
contrato deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual. 
As alterações contratuais estão previstas no art. 65 da Lei 8.666/1993. Os 
reajustes não são considerados alterações por estarem previstos no contrato. 
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Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas 
justificativas, nos seguintes casos: 
I - unilateralmente pela Administração: 
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor 
adequação técnica aos seus objetivos; 
b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de 
acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei; 
II - por acordo das partes: 
a) quando conveniente a substituição da garantia de execução; 
b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, 
bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade 
dos termos contratuais originários; 
c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de 
circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação 
do pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente 
contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço; 
 
4.1. Alteração por Reequilíbrio 
Lei 8.666/1993, art. 65/II 
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os 
encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da 
obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-
financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou 
previsíveis, porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da 
execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do 
príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual. 
Decreto 7.892/2013 
Art. 17. Os preços registrados poderão ser revistos em decorrência de eventual 
redução dos preços praticados no mercado ou de fato que eleve o custo dos serviços ou 
bens registrados, cabendo ao órgão gerenciador promover as negociações junto aos 
fornecedores, observadas as disposições contidas na alínea “d” do inciso II do caput do 
art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993. 
ESFC Módulo II 
18/46 
 
Orientação Normativa nº 22/AGU, DE 01ABR2009 
O reequilíbrio econômico-financeiro pode ser concedido a qualquer tempo, 
independentemente de previsão contratual, desde que verificadas as circunstâncias 
elencadas na letra "d" do inc. II do art. 65, da lei no 8.666, de 1993. 
 
4.2. Acréscimos ou supressões 
Lei 8.666/1993, art. 65 
§ 1º O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os 
acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte 
e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma 
de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus 
acréscimos. 
Decreto 7.892/2013 
Art. 12. O prazo de validade da ata de registro de preços não será superior a doze 
meses, incluídas eventuais prorrogações, conforme o inciso III do § 3º do art. 15 da Lei nº 
8.666, de 1993. 
§ 1º É vedado efetuar acréscimos nos quantitativos fixados pela ata de registro de 
preços, inclusive o acréscimo de que trata o § 1º do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993. 
§ 2º A vigência dos contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços será 
definida nos instrumentos convocatórios, observado o disposto no art. 57 da Lei nº 8.666, 
de 1993. 
§ 3º Os contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços poderão ser 
alterados, observado o disposto no art. 65 da Lei nº 8.666,
de 1993. 
§ 4º O contrato decorrente do Sistema de Registro de Preços deverá ser assinado 
no prazo de validade da ata de registro de preços. 
A alteração contratual com base na Lei nº 14.133/2021 passa a ter as seguintes 
premissas: 
Art. 124. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as 
devidas justificativas, nos seguintes casos: 
I – unilateralmente pela Administração: 
ESFC Módulo II 
19/46 
 
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para 
melhor adequação técnica a seus objetivos; 
b) quando for necessária a modificação do valor contratual em decorrência de 
acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei; 
II – por acordo entre as partes: 
a) quando conveniente a substituição da garantia de execução; 
b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou do serviço, 
bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade 
dos termos contratuais originários; 
c) quando necessária a modificação da forma de pagamento por imposição de 
circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado e vedada a antecipação 
do pagamento em relação ao cronograma financeiro fixado sem a correspondente 
contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço; 
d) para restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato em 
caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe ou em decorrência de fatos 
imprevisíveis ou previsíveis de consequências incalculáveis, que inviabilizem a 
execução do contrato tal como pactuado, respeitada, em qualquer caso, a repartição 
objetiva de risco estabelecida no contrato. 
§ 1º Se forem decorrentes de falhas de projeto, as alterações de contratos de obras e 
serviços de engenharia ensejarão apuração de responsabilidade do responsável 
técnico e adoção das providências necessárias para o ressarcimento dos danos 
causados à Administração. 
§ 2º Será aplicado o disposto na alínea “d” do inciso II do caput deste artigo às 
contratações de obras e serviços de engenharia, quando a execução for obstada pelo 
atraso na conclusão de procedimentos de desapropriação, desocupação, servidão 
administrativa ou licenciamento ambiental, por circunstâncias alheias ao contratado. 
ESFC Módulo II 
20/46 
 
Art. 125. Nas alterações unilaterais a que se refere o inciso I do caput do art. 124 desta 
Lei, o contratado será obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, 
acréscimos ou supressões de até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial 
atualizado do contrato que se fizerem nas obras, nos serviços ou nas compras, e, no caso 
de reforma de edifício ou de equipamento, o limite para os acréscimos será de 50% 
(cinquenta por cento). 
Art. 126. As alterações unilaterais a que se refere o inciso I do caput do art. 124 desta 
Lei não poderão transfigurar o objeto da contratação. 
Art. 127. Se o contrato não contemplar preços unitários para obras ou serviços cujo 
aditamento se fizer necessário, esses serão fixados por meio da aplicação da relação 
geral entre os valores da proposta e o do orçamento-base da Administração sobre os 
preços referenciais ou de mercado vigentes na data do aditamento, respeitados os limites 
estabelecidos no art. 125 desta Lei. 
Art. 128. Nas contratações de obras e serviços de engenharia, a diferença percentual 
entre o valor global do contrato e o preço global de referência não poderá ser reduzida em 
favor do contratado em decorrência de aditamentos que modifiquem a planilha 
orçamentária. 
Art. 129. Nas alterações contratuais para supressão de obras, bens ou serviços, se o 
contratado já houver adquirido os materiais e os colocado no local dos trabalhos, estes 
deverão ser pagos pela Administração pelos custos de aquisição regularmente 
comprovados e monetariamente reajustados, podendo caber indenização por outros 
danos eventualmente decorrentes da supressão, desde que regularmente comprovados. 
Art. 130. Caso haja alteração unilateral do contrato que aumente ou diminua os 
encargos do contratado, a Administração deverá restabelecer, no mesmo termo aditivo, 
o equilíbrio econômico-financeiro inicial. 
Art. 131. A extinção do contrato não configurará óbice para o reconhecimento do 
desequilíbrio econômico-financeiro, hipótese em que será concedida indenização por 
meio de termo indenizatório. 
ESFC Módulo II 
21/46 
 
Parágrafo único. O pedido de restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro 
deverá ser formulado durante a vigência do contrato e antes de eventual prorrogação 
nos termos do art. 107 desta Lei. 
Art. 132. A formalização do termo aditivo é condição para a execução, pelo 
contratado, das prestações determinadas pela Administração no curso da execução do 
contrato, salvo nos casos de justificada necessidade de antecipação de seus efeitos, 
hipótese em que a formalização deverá ocorrer no prazo máximo de 1 (um) mês. 
Art. 133. Nas hipóteses em que for adotada a contratação integrada ou semi-
integrada, é vedada a alteração dos valores contratuais, exceto nos seguintes casos: 
I– para restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro decorrente de caso 
fortuito ou força maior; 
II– por necessidade de alteração do projeto ou das especificações para melhor 
adequação técnica aos objetivos da contratação, a pedido da Administração, desde que 
não decorrente de erros ou omissões por parte do contratado, observados os limites 
estabelecidos no art. 125 desta Lei; 
III– por necessidade de alteração do projeto nas contratações semi-integradas, nos 
termos do § 5º do art. 46 desta Lei; 
IV– por ocorrência de evento superveniente alocado na matriz de riscos como de 
responsabilidade da Administração. 
Art. 134. Os preços contratados serão alterados, para mais ou para menos, conforme 
o caso, se houver, após a data da apresentação da proposta, criação, alteração ou 
extinção de quaisquer tributos ou encargos legais ou a superveniência de 
disposições legais, com comprovada repercussão sobre os preços contratados. 
Art. 135. Os preços dos contratos para serviços contínuos com regime de 
dedicação exclusiva de mão de obra ou com predominância de mão de obra serão 
repactuados para manutenção do equilíbrio econômico-financeiro, mediante 
demonstração analítica da variação dos custos contratuais, com data vinculada: 
I – à da apresentação da proposta, para custos decorrentes do mercado; 
ESFC Módulo II 
22/46 
 
II – ao acordo, à convenção coletiva ou ao dissídio coletivo ao qual a proposta 
esteja vinculada, para os custos de mão de obra. 
§ 1º A Administração não se vinculará às disposições contidas em acordos, convenções 
ou dissídios coletivos de trabalho que tratem de matéria não trabalhista, de pagamento 
de participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados do contratado, ou que 
estabeleçam direitos não previstos em lei, como valores ou índices obrigatórios de 
encargos sociais ou previdenciários, bem como de preços para os insumos relacionados 
ao exercício da atividade. 
§ 2º É vedado a órgão ou entidade contratante vincular-se às disposições previstas nos 
acordos, convenções ou dissídios coletivos de trabalho que tratem de obrigações e 
direitos que somente se aplicam aos contratos com a Administração Pública. 
§ 3º A repactuação deverá observar o interregno mínimo de 1 (um) ano, contado da 
data da apresentação da proposta ou da data da última repactuação. 
§ 4º A repactuação poderá ser dividida em tantas parcelas quantas forem necessárias, 
observado o princípio da anualidade do reajuste de preços da contratação, podendo 
ser realizada em momentos distintos para discutir a variação de custos que tenham sua 
anualidade resultante em datas diferenciadas, como os decorrentes de mão de obra e os 
decorrentes dos insumos necessários à execução dos serviços. 
§ 5º Quando a contratação envolver mais de uma categoria profissional, a repactuação
a que se refere o inciso II do caput deste artigo poderá ser dividida em tantos quantos 
forem os acordos, convenções ou dissídios coletivos de trabalho das categorias 
envolvidas na contratação. 
§ 6º A repactuação será precedida de solicitação do contratado, acompanhada de 
demonstração analítica da variação dos custos, por meio de apresentação da planilha de 
custos e formação de preços, ou do novo acordo, convenção ou sentença normativa que 
fundamenta a repactuação. 
ESFC Módulo II 
23/46 
 
Art. 136. Registros que não caracterizam alteração do contrato podem ser realizados 
por simples apostila, dispensada a celebração de termo aditivo, como nas seguintes 
situações: 
I – variação do valor contratual para fazer face ao reajuste ou à repactuação de 
preços previstos no próprio contrato; 
II – atualizações, compensações ou penalizações financeiras decorrentes das 
condições de pagamento previstas no contrato; 
III – alterações na razão ou na denominação social do contratado; 
IV – empenho de dotações orçamentárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESFC Módulo II 
24/46 
 
5. VIGÊNCIA DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
Quanto à vigência dos contratos devem ser considerados os prazos para execução 
do objeto e pagamento, muitas vezes é colocado como vigência apenas o prazo de 
execução em função de conceitos orçamentários. 
Essa falha conceitual leva o agente a cometer erros, pois após a execução existe 
um prazo de medição, pagamento. 
Para a vigência dos contratos pode ser considerado a validade do empenho, 
considerando a possibilidade de inscrição em restos, até 30 de junho do segundo ano 
subsequente, conforme o art. 68 do Decreto 93.872/1986. 
Os contratos enquadrados nos incisos do art. 57 da Lei 8.666/1993 podem ser 
prorrogados até os limites previstos. 
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos 
respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos: 
I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no 
Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração 
e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório; 
II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão 
ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de 
preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses; 
IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, 
podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o 
início da vigência do contrato. 
V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos 
contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da 
administração. 
§ 2º Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e previamente 
autorizada pela autoridade competente para celebrar o contrato. 
§ 3º É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado. 
§ 4º Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da 
autoridade superior, o prazo de que trata o inciso II do caput deste artigo poderá ser 
prorrogado por até doze meses. 
 
ESFC Módulo II 
25/46 
 
Decreto 7.892/2013 
Art. 12. 
(...) 
§ 2º A vigência dos contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços será 
definida nos instrumentos convocatórios, observado o disposto no art. 57 da Lei nº 8.666, 
de 1993. 
Orientação Normativa nº 39/AGU, DE 13DEZ2011 
A vigência dos contratos regidos pelo art. 57, caput, da lei 8.666, de 1993, pode 
ultrapassar o exercício financeiro em que celebrados, desde que as despesas a eles 
referentes sejam integralmente empenhadas até 31 de dezembro, permitindo-se, assim, 
sua inscrição em restos a pagar. 
CF/1988 
Art. 167. São vedados: 
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os 
créditos orçamentários ou adicionais; 
(...) 
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro 
em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos 
quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, 
serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente. 
Na interpretação do art. 167/§2º da Constituição, observar: 
Lei 4.320/1964 
Art. 36. 
(...) 
Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência 
plurianual, que não tenham sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar 
no último ano de vigência do crédito. 
Orientação Normativa nº 38/AGU, DE 13DEZ2011 
Nos contratos de prestação de serviços de natureza continuada deve-se observar 
que: 
a) o prazo de vigência originário, de regra, é de até 12 meses; 
ESFC Módulo II 
26/46 
 
b) excepcionalmente, este prazo poderá ser fixado por período superior a 12 
meses nos casos em que, diante da peculiaridade e/ou complexidade do objeto, fique 
tecnicamente demonstrado o benefício advindo para a administração; e 
c) é juridicamente possível a prorrogação do contrato por prazo diverso do 
contratado originariamente. 
 
5.1.Vigências diferenciadas 
Nesses casos não é observado o art. 57 da Lei 8.666/193, como é o caso dos 
contratos de locação imobiliária, que segue a lei do inquilinato, e serviços públicos 
concedidos. 
Lei 8.666/1993, art. 62 
§ 3º Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e demais normas gerais, 
no que couber: 
I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locação em que o Poder Público 
seja locatário, e aos demais cujo conteúdo seja regido, predominantemente, por norma de 
direito privado; 
II - aos contratos em que a Administração for parte como usuária de serviço 
público. 
Orientação Normativa nº 36/AGU, DE 13DEZ2011 
A Administração pode estabelecer a vigência por prazo indeterminado nos 
contratos em que seja usuária de serviços públicos essenciais de energia elétrica, água e 
esgoto, serviços postais monopolizados pela ECT (Empresa Brasileira de Correios e 
Telégrafos) e ajustes firmados com a imprensa nacional, desde que no processo da 
contratação estejam explicitados os motivos que justificam a adoção do prazo 
indeterminado e comprovadas, a cada exercício financeiro, a estimativa de consumo e a 
existência de previsão de recursos orçamentários. 
Orientação Normativa nº 9/AGU, DE 01ABR2009 
A comprovação da regularidade fiscal na celebração do contrato ou no pagamento 
de serviços já prestados, no caso de empresas que detenham o monopólio de serviço 
público, pode ser dispensada em caráter excepcional, desde que previamente autorizada 
ESFC Módulo II 
27/46 
 
pela autoridade maior do órgão contratante e concomitantemente, a situação de 
irregularidade seja comunicada ao agente arrecadador e à agência reguladora. 
A vigência e duração dos contratos passam a ter as seguintes premissas em relação 
à Lei nº 14.133/2021 conforme abaixo: 
Art. 105. A duração dos contratos regidos por esta Lei será a prevista em edital, e 
deverão ser observadas, no momento da contratação e a cada exercício financeiro, a 
disponibilidade de créditos orçamentários, bem como a previsão no plano plurianual, 
quando ultrapassar 1 (um) exercício financeiro. 
Art. 106. A Administração poderá celebrar contratos com prazo de até 5 (cinco) anos 
nas hipóteses de serviços e fornecimentos contínuos, observadas as seguintes 
diretrizes: 
I – a autoridade competente do órgão ou entidade contratante deverá atestar a maior 
vantagem econômica vislumbrada em razão da contratação plurianual; 
II – a Administração deverá atestar, no início da contratação e de cada exercício, 
a existência de créditos orçamentários vinculados à contratação e a vantagem em sua 
manutenção; 
III – a Administração terá a opção de extinguir o contrato, sem ônus, quando não 
dispuser de créditos orçamentários
para sua continuidade ou quando entender que o 
contrato não mais lhe oferece vantagem. 
§ 1º A extinção mencionada no inciso III do caput deste artigo ocorrerá apenas na 
próxima data de aniversário do contrato e não poderá ocorrer em prazo inferior a 2 
(dois) meses, contado da referida data. 
§ 2º Aplica-se o disposto neste artigo ao aluguel de equipamentos e à utilização de 
programas de informática. 
Art. 107. Os contratos de serviços e fornecimentos contínuos poderão ser 
prorrogados sucessivamente, respeitada a vigência máxima decenal, desde que haja 
previsão em edital e que a autoridade competente ateste que as condições e os preços 
ESFC Módulo II 
28/46 
 
permanecem vantajosos para a Administração, permitida a negociação com o contratado 
ou a extinção contratual sem ônus para qualquer das partes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comentários: 
 A duração dos contratos: 
• será prevista no edital; 
• deve observar a disponibilidade de créditos orçamentários (na contratação e em cada 
exercício financeiro); 
• exige previsão no plano plurianual (se ultrapassar um exercício). 
Nos contratos de serviços e fornecimentos contínuos, devemos observar o seguinte: 
 O prazo de celebração poderá ser de até cinco anos (este pode ser o prazo “inicial” do 
contrato): 
 Mesmo assim, a administração deverá atestar, no início da contratação e de cada exercício: 
• existência de créditos orçamentários vinculados à contratação; e 
• vantagem em sua manutenção. 
 Se não houver crédito ou vantagem para a administração, o contrato poderá ser extinto, nas 
seguintes condições: 
• sem ônus para a administração; 
• apenas na próxima data de aniversário do contrato e não poderá ocorrer em prazo 
inferior a 2 (dois) meses, contado da referida data (no meu ponto de vista, este 
dispositivo não ficou muito claro – por isso, para fins de prova, sugiro apenas que você 
“memorize” a regra). No futuro, a doutrina e a jurisprudência poderão esclarecer 
melhor esse tema. 
 Os contratos de serviços e fornecimentos contínuos poderão ser prorrogados 
sucessivamente, até o prazo de 10 anos. 
 
ESFC Módulo II 
29/46 
 
6. PROCESSO ADMINISTRATIVO 
A Lei 9.784/1999 é a Lei do Processo Administrativo – LPA e seus princípios 
devem ser observados em todas as decisões administrativas: 
Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da 
legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla 
defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. 
A composição dos processos de licitação está prevista no art. 38 da Lei 8.666/1993 
e no art. 8º do Decreto 10.024/2019: 
Art. 8º O processo relativo ao pregão, na forma eletrônica, será instruído com os 
seguintes documentos, no mínimo: 
I - estudo técnico preliminar, quando necessário; 
II - termo de referência; 
III - planilha estimativa de despesa; 
IV - previsão dos recursos orçamentários necessários, com a indicação das 
rubricas, exceto na hipótese de pregão para registro de preços; 
V - autorização de abertura da licitação; 
VI - designação do pregoeiro e da equipe de apoio; 
VII - edital e respectivos anexos; 
VIII - minuta do termo do contrato, ou instrumento equivalente, ou minuta da ata de 
registro de preços, conforme o caso; 
IX - parecer jurídico; 
X - documentação exigida e apresentada para a habilitação; 
XI- proposta de preços do licitante; 
XII - ata da sessão pública, que conterá os seguintes registros, entre outros: 
a) os licitantes participantes; 
b) as propostas apresentadas; 
c) os avisos, os esclarecimentos e as impugnações; 
d) os lances ofertados, na ordem de classificação; 
e) a suspensão e o reinício da sessão se for o caso; 
f) a aceitabilidade da proposta de preço; 
g) a habilitação; 
ESFC Módulo II 
30/46 
 
h) a decisão sobre o saneamento de erros ou falhas na proposta ou na 
documentação; 
i) os recursos interpostos, as respectivas análises e as decisões; e 
j) o resultado da licitação; 
XIII - comprovantes das publicações: 
a) do aviso do edital; 
b) do extrato do contrato; e 
c) dos demais atos cuja publicidade seja exigida; e 
XIV - ato de homologação. 
§ 1º A instrução do processo licitatório poderá ser realizada por meio de sistema 
eletrônico, de modo que os atos e os documentos de que trata este artigo, constantes dos 
arquivos e registros digitais, serão válidos para todos os efeitos legais, inclusive para 
comprovação e prestação de contas. 
A organização do processo administrativo referente a contratos deve considerar o 
previsto na Lei 9.784/1999 e da Portaria Normativa 1.243/2006-MD, gestão de processos, 
além do seguinte: 
Orientação Normativa nº 2/AGU, DE 01ABR2009 
Os instrumentos dos contratos, convênios e demais ajustes, bem como os 
respectivos aditivos, devem integrar um único processo administrativo, devidamente 
autuado em sequência cronológica, numerado, rubricado, contendo cada volume os 
respectivos termos de abertura e encerramento. 
Instrução Normativa nº 06/2007-STN 
Art. 15 Os processos e documentos relativos a licitações, dispensa, inexigibilidade, 
contratos, suprimento de fundos, convênios e/ou similares serão arquivados em ordem 
cronológica nas respectivas Unidades Gestoras Executoras, separadamente, por 
modalidade de licitação, conforme registro contábil. 
§ 1º Os processos e documentos resultantes de aditamentos a instrumentos 
formalizados, quer sejam contratos, convênios e/ou similares, deverão ser apensados aos 
processos originais e mantidos em arquivos, nas respectivas unidades gestoras 
executoras, na mesma ordem cronológica. 
 
ESFC Módulo II 
31/46 
 
7. ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO, RESCISÃO OU CONCLUSÃO 
Para a anulação de um ato deve ser dada a mesma publicidade do próprio ato. Os 
eventos de anulação e revogação devem ser registrados no processo licitatório e os 
eventos de rescisão e retificação devem ser registrados no Comprasnet Contratos. 
Todo o contrato deve ter um final, que pode ser uma rescisão ou conclusão. 
Lei nº 8.666/93 
Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente 
poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato 
superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, 
devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante 
parecer escrito e devidamente fundamentado. 
§ 1º A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera 
obrigação de indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei. 
§ 2º A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado o 
disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei. 
§ 3º No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o 
contraditório e a ampla defesa. 
§ 4º O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se aos atos do procedimento 
de dispensa e de inexigibilidade de licitação. 
 Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: 
I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos; 
II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e 
prazos; 
III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a 
impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos 
estipulados; 
IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento; 
V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia 
comunicação à Administração; 
VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado 
com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou 
incorporação, não admitidas no edital e no contrato; 
ESFC Módulo II 
32/46 
 
VII - o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada
para 
acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como as de seus superiores; 
VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas na forma do § 
1o do art. 67 desta Lei; 
IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil; 
X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado; 
XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, 
que prejudique a execução do contrato; 
XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento, 
justificadas e determinadas pela máxima autoridade da esfera administrativa a que está 
subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o 
contrato; 
XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou compras, 
acarretando modificação do valor inicial do contrato além do limite permitido no § 1o do 
art. 65 desta Lei; 
XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por 
prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave 
perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem 
o mesmo prazo, independentemente do pagamento obrigatório de indenizações pelas 
sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras 
previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do 
cumprimento das obrigações assumidas até que seja normalizada a situação; 
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela 
Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já 
recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da 
ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do 
cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação; 
XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para 
execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes 
de materiais naturais especificadas no projeto; 
XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, 
impeditiva da execução do contrato. 
ESFC Módulo II 
33/46 
 
Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão formalmente motivados 
nos autos do processo, assegurado o contraditório e a ampla defesa. 
XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, sem prejuízo das 
sanções penais cabíveis. 
Lei 9.784/1999 
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício 
de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, 
respeitados os direitos adquiridos. 
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que 
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data 
em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. 
§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á 
da percepção do primeiro pagamento. 
§ 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade 
administrativa que importe impugnação à validade do ato. 
As hipóteses de extinção do contrato passam a ter as seguintes premissas em relação 
à Lei nº 14.133/2021: 
Art. 137. Constituirão motivos para extinção do contrato, a qual deverá ser 
formalmente motivada nos autos do processo, assegurados o contraditório e a ampla 
defesa, as seguintes situações: 
 
 
 
 
 
I – não cumprimento ou cumprimento irregular de normas editalícias ou de 
cláusulas contratuais, de especificações, de projetos ou de prazos; 
II – desatendimento das determinações regulares emitidas pela autoridade 
designada para acompanhar e fiscalizar sua execução ou por autoridade superior; 
Extinção 
do 
Contrato 
 
Motivação 
 
Contraditório e 
Ampla Defesa 
 
ESFC Módulo II 
34/46 
 
III – alteração social ou modificação da finalidade ou da estrutura da empresa que 
restrinja sua capacidade de concluir o contrato; 
IV – decretação de falência ou de insolvência civil, dissolução da sociedade ou 
falecimento do contratado; 
V – caso fortuito ou força maior, regularmente comprovados, impeditivos da 
execução do contrato; 
VI – atraso na obtenção da licença ambiental, ou impossibilidade de obtê-la, 
ou alteração substancial do anteprojeto que dela resultar, ainda que obtida no prazo 
previsto; 
VII – atraso na liberação das áreas sujeitas a desapropriação, a desocupação 
ou a servidão administrativa, ou impossibilidade de liberação dessas áreas; 
VIII – razões de interesse público, justificadas pela autoridade máxima do órgão ou 
da entidade contratante; 
IX – não cumprimento das obrigações relativas à reserva de cargos prevista em 
lei, bem como em outras normas específicas, para pessoa com deficiência, para 
reabilitado da Previdência Social ou para aprendiz. 
§ 1º Regulamento poderá especificar procedimentos e critérios para verificação da 
ocorrência dos motivos previstos no caput deste artigo. 
§ 2º O contratado terá direito à extinção do contrato nas seguintes hipóteses: 
I – supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou compras 
que acarrete modificação do valor inicial do contrato além do limite permitido no art. 
125 desta Lei; 
II – suspensão de execução do contrato, por ordem escrita da Administração, 
por prazo superior a 3 (três) meses; 
III – repetidas suspensões que totalizem 90 (noventa) dias úteis, 
independentemente do pagamento obrigatório de indenização pelas sucessivas e 
ESFC Módulo II 
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contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas; 
IV – atraso superior a 2 (dois) meses, contado da emissão da nota fiscal, dos 
pagamentos ou de parcelas de pagamentos devidos pela Administração por 
despesas de obras, serviços ou fornecimentos; 
V – não liberação pela Administração, nos prazos contratuais, de área, local ou 
objeto, para execução de obra, serviço ou fornecimento, e de fontes de materiais naturais 
especificadas no projeto, inclusive devido a atraso ou descumprimento das obrigações 
atribuídas pelo contrato à Administração relacionadas a desapropriação, a desocupação 
de áreas públicas ou a licenciamento ambiental. 
§ 3º As hipóteses de extinção a que se referem os incisos II, III e IV do § 2º deste artigo 
observarão as seguintes disposições: 
I – não serão admitidas em caso de calamidade pública, de grave perturbação 
da ordem interna ou de guerra, bem como quando decorrerem de ato ou fato que o 
contratado tenha praticado, do qual tenha participado ou para o qual tenha contribuído; 
II – assegurarão ao contratado o direito de optar pela suspensão do 
cumprimento das obrigações assumidas até a normalização da situação, admitido o 
restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro do contrato, na forma da alínea “d” do 
inciso II do caput do art. 124 desta Lei. 
§ 4º Os emitentes das garantias previstas no art. 96 desta Lei deverão ser notificados 
pelo contratante quanto ao início de processo administrativo para apuração de 
descumprimento de cláusulas contratuais. 
Art. 138. A extinção do contrato poderá ser: 
I – determinada por ato unilateral e escrito da Administração, exceto no 
caso de descumprimento decorrente de sua própria conduta; 
II – consensual, por acordo entre as partes, por conciliação, por mediação ou 
por comitê de resolução de disputas, desde que haja interesse da Administração; 
ESFC Módulo II 
36/46 
 
III – determinada por decisão arbitral, em decorrência de cláusula 
compromissória ou compromisso arbitral, ou por decisão judicial. 
§ 1º A extinção determinada por ato unilateral da Administração e a extinção 
consensual deverão ser precedidas de autorização escrita e fundamentada da 
autoridade competente e reduzidas a termo no respectivo processo. 
§ 2º Quando a extinção decorrer de culpa exclusiva da Administração, o contratado
será ressarcido pelos prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido e terá 
direito a: 
I – devolução da garantia; 
II – pagamentos devidos pela execução do contrato até a data de extinção; 
III – pagamento do custo da desmobilização. 
Art. 139. A extinção determinada por ato unilateral da Administração poderá 
acarretar, sem prejuízo das sanções previstas nesta Lei, as seguintes consequências: 
I – assunção imediata do objeto do contrato, no estado e local em que se 
encontrar, por ato próprio da Administração; 
II – ocupação e utilização do local, das instalações, dos equipamentos, do material 
e do pessoal empregados na execução do contrato e necessários à sua continuidade; 
III – execução da garantia contratual para: 
a) ressarcimento da Administração Pública por prejuízos decorrentes da não 
execução; 
b) pagamento de verbas trabalhistas, fundiárias e previdenciárias, quando 
cabível; 
c) pagamento das multas devidas à Administração Pública; 
d) exigência da assunção da execução e da conclusão do objeto do contrato pela 
seguradora, quando cabível; 
IV – retenção dos créditos decorrentes do contrato até o limite dos prejuízos 
ESFC Módulo II 
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causados à Administração Pública e das multas aplicadas. 
§ 1º A aplicação das medidas previstas nos incisos I e II do caput deste artigo ficará a 
critério da Administração, que poderá dar continuidade à obra ou ao serviço por 
execução direta ou indireta. 
§ 2º Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, o ato deverá ser precedido de 
autorização expressa do ministro de Estado, do secretário estadual ou do secretário 
municipal competente, conforme o caso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESFC Módulo II 
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8. SANÇÕES 
As sanções são uma das características dos contratos administrativos que 
caracterizam a supremacia de poder. 
Para aplicação de sanções a UG deve elaborar um processo administrativo, 
conforme a Lei 9.784/1999, de forma a permitir o contraditório e ampla defesa. A UG deve 
observar a dosimetria da pena, que deve estar prevista no edital, de forma a evitar a 
aplicação de critérios subjetivos e desproporcionais. 
Lei 8.666/1993 
Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará o contratado à 
multa de mora, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato. 
§ 1º A multa a que alude este artigo não impede que a Administração rescinda 
unilateralmente o contrato e aplique as outras sanções previstas nesta Lei. 
§ 2º A multa, aplicada após regular processo administrativo, será descontada da 
garantia do respectivo contratado. 
§ 3º Se a multa for de valor superior ao valor da garantia prestada, além da perda 
desta, responderá o contratado pela sua diferença, a qual será descontada dos 
pagamentos eventualmente devidos pela Administração ou ainda, quando for o caso, 
cobrada judicialmente. 
Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, 
garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções: 
I - advertência; 
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato; 
III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar 
com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos; 
Art. 6º Para os fins desta Lei, considera-se: 
XI - Administração Pública - a administração direta e indireta da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abrangendo inclusive as entidades com 
personalidade jurídica de direito privado sob controle do poder público e das fundações 
por ele instituídas ou mantidas; 
XII - Administração - órgão, entidade ou unidade administrativa pela qual a 
Administração Pública opera e atua concretamente; 
ESFC Módulo II 
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IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração 
Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja 
promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será 
concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes 
e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior. 
§ 1º Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia prestada, além da perda 
desta, responderá o contratado pela sua diferença, que será descontada dos pagamentos 
eventualmente devidos pela Administração ou cobrada judicialmente. 
§ 2º As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo poderão ser aplicadas 
juntamente com a do inciso II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo 
processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis. 
§ 3º A sanção estabelecida no inciso IV deste artigo é de competência exclusiva do 
Ministro de Estado, do Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, facultada a 
defesa do interessado no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de 
vista, podendo a reabilitação ser requerida após 2 (dois) anos de sua aplicação.(Vide art 
109 inciso III) 
Art. 88. As sanções previstas nos incisos III e IV do artigo anterior poderão também 
ser aplicadas às empresas ou aos profissionais que, em razão dos contratos regidos por 
esta Lei: 
I - tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por meios dolosos, fraude 
fiscal no recolhimento de quaisquer tributos; 
II - tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos da licitação; 
III - demonstrem não possuir idoneidade para contratar com a Administração em 
virtude de atos ilícitos praticados. 
Lei 10.520/2002 
Art. 7º Quem, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não 
celebrar o contrato, deixar de entregar ou apresentar documentação falsa exigida para o 
certame, ensejar o retardamento da execução de seu objeto, não mantiver a proposta, 
falhar ou fraudar na execução do contrato, comportar-se de modo inidôneo ou cometer 
fraude fiscal, ficará impedido de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal 
ou Municípios e, será descredenciado no SICAF, ou nos sistemas de cadastramento de 
fornecedores a que se refere o inciso XIV do art. 4o desta Lei, pelo prazo de até 5 (cinco) 
ESFC Módulo II 
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anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais 
cominações legais. 
Lei 9.784/1999 
Art. 2º 
VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e 
sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do 
interesse público; 
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e 
dos fundamentos jurídicos, quando: 
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; 
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; 
O impedimento aplicado por um órgão da União só impede a contratação com a 
União. 
A suspensão temporária é aplicada apenas dentro do órgão conforme o art. 6º/XII 
da Lei 8.666/1993. 
Sobre infrações e sanções administrativas, passam a valer as seguintes premissas 
conforme a Lei nº 14.133/2021: 
 
Art. 155. O licitante ou o contratado será responsabilizado administrativamente 
pelas seguintes infrações: 
I – dar causa à inexecução parcial do contrato; 
II – dar causa à inexecução parcial do contrato que cause grave dano à 
Administração, ao funcionamento dos serviços públicos ou ao interesse coletivo; 
III – dar causa à inexecução total do contrato; 
IV – deixar de entregar a documentação exigida para o certame; 
V – não manter a proposta, salvo em decorrência de fato superveniente 
devidamente justificado; 
VI – não celebrar o contrato ou não entregar a documentação exigida para a 
ESFC Módulo II 
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contratação, quando convocado dentro do prazo de validade de sua proposta; 
VII – ensejar o retardamento da execução ou da entrega do objeto da licitação 
sem motivo justificado; 
VIII – apresentar declaração ou documentação falsa exigida para o certame ou 
prestar declaração falsa
durante a licitação ou a execução do contrato; 
IX – fraudar a licitação ou praticar ato fraudulento na execução do contrato; 
X – comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude de qualquer natureza; 
XI – praticar atos ilícitos com vistas a frustrar os objetivos da licitação; 
XII – praticar ato lesivo previsto no art. 5º da Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013. 
Art. 156. Serão aplicadas ao responsável pelas infrações administrativas previstas 
nesta Lei as seguintes sanções: 
I – advertência; 
II – multa; 
III – impedimento de licitar e contratar; 
IV – declaração de inidoneidade para licitar ou contratar. 
§ 1º Na aplicação das sanções serão considerados: 
I – a natureza e a gravidade da infração cometida; 
II – as peculiaridades do caso concreto; 
III – as circunstâncias agravantes ou atenuantes; 
IV – os danos que dela provierem para a Administração Pública; 
V – a implantação ou o aperfeiçoamento de programa de integridade, conforme 
normas e orientações dos órgãos de controle. 
ESFC Módulo II 
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§ 2º A sanção prevista no inciso I do caput deste artigo será aplicada exclusivamente 
pela infração administrativa prevista no inciso I do caput do art. 155 desta Lei, quando não 
se justificar a imposição de penalidade mais grave. 
§ 3º A sanção prevista no inciso II do caput deste artigo, calculada na forma do edital ou 
do contrato, não poderá ser inferior a 0,5% (cinco décimos por cento) nem superior a 
30% (trinta por cento) do valor do contrato licitado ou celebrado com contratação 
direta e será aplicada ao responsável por qualquer das infrações administrativas previstas 
no art. 155 desta Lei. 
§ 4º A sanção prevista no inciso III do caput deste artigo será aplicada ao responsável 
pelas infrações administrativas previstas nos incisos II, III, IV, V, VI e VII do caput do art. 
155 desta Lei, quando não se justificar a imposição de penalidade mais grave, e 
impedirá o responsável de licitar ou contratar no âmbito da Administração Pública direta e 
indireta do ente federativo que tiver aplicado a sanção, pelo prazo máximo de 3 (três) 
anos. 
§ 5º A sanção prevista no inciso IV do caput deste artigo será aplicada ao responsável 
pelas infrações administrativas previstas nos incisos VIII, IX, X, XI e XII do caput do art. 
155 desta Lei, bem como pelas infrações administrativas previstas nos incisos II, III, IV, V, 
VI e VII do caput do referido artigo que justifiquem a imposição de penalidade mais 
grave que a sanção referida no § 4º deste artigo, e impedirá o responsável de licitar ou 
contratar no âmbito da Administração Pública direta e indireta de todos os entes 
federativos, pelo prazo mínimo de 3 (três) anos e máximo de 6 (seis) anos. 
§ 6º A sanção estabelecida no inciso IV do caput deste artigo será precedida de análise 
jurídica e observará as seguintes regras: 
I – quando aplicada por órgão do Poder Executivo, será de competência 
exclusiva de ministro de Estado, de secretário estadual ou de secretário municipal 
e, quando aplicada por autarquia ou fundação, será de competência exclusiva da 
autoridade máxima da entidade; 
II – quando aplicada por órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, pelo Ministério 
Público e pela Defensoria Pública no desempenho da função administrativa, será de 
ESFC Módulo II 
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competência exclusiva de autoridade de nível hierárquico equivalente às autoridades 
referidas no inciso I deste parágrafo, na forma de regulamento. 
§ 7º As sanções previstas nos incisos I, III e IV do caput deste artigo poderão ser 
aplicadas cumulativamente com a prevista no inciso II do caput deste artigo. 
§ 8º Se a multa aplicada e as indenizações cabíveis forem superiores ao valor de 
pagamento eventualmente devido pela Administração ao contratado, além da perda desse 
valor, a diferença será descontada da garantia prestada ou será cobrada 
judicialmente. 
§ 9º A aplicação das sanções previstas no caput deste artigo não exclui, em hipótese 
alguma, a obrigação de reparação integral do dano causado à Administração Pública. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comentários: 
a. Existem dois tipos de multas: 
1) multa de mora (art. 162): aplicada em virtude de atraso injustificado; 
2) multa por infrações administrativas (também chamada de multa compensatória) (art. 156, 
II). 
b.A multa compensatória pode ser aplicada em conjunto com as outras sanções. 
c.A multa de mora poderá ser convertida em multa compensatória, permitindo a extinção unilateral 
do contrato com a aplicação cumulada de outras sanções (art. 162, parágrafo único). 
d.Não existe mais controvérsia sobre o alcance das sanções de impedimento e de declaração de 
inidoneidade, pois a Nova Lei de Licitações definiu expressamente o seu alcance. 
e. Advertência 
I - dar causa à inexecução parcial do contrato; 
se não justificar pena mais grave. 
f. Multa (0,5 a 30% do valor do contrato) 
Por qualquer das infrações administrativas 
g. Impedimento de licitar e contratar (no ente federativo / por até 3 anos) 
II – dar causa à inexecução parcial do contrato que cause grave dano à Administração, ao 
funcionamento dos serviços públicos ou ao interesse coletivo; 
III – dar causa à inexecução total do contrato; 
IV – deixar de entregar a documentação exigida para o certame; 
V – não manter a proposta, salvo em decorrência de fato superveniente devidamente justificado; 
VI – não celebrar o contrato ou não entregar a documentação exigida para a contratação, quando 
convocado dentro do prazo de validade de sua proposta; 
VII – ensejar o retardamento da execução ou da entrega do objeto da licitação sem motivo justificado. 
h. Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar (todos os entes federativos / entre 3 e 6 
anos) 
VIII – apresentar declaração ou documentação falsa exigida para o certame ou prestar declaração 
falsa durante a licitação ou a execução do contrato; 
IX – fraudar a licitação ou praticar ato fraudulento na execução do contrato; 
X – comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude de qualquer natureza; 
XI – praticar atos ilícitos com vistas a frustrar os objetivos da licitação; 
XII – praticar ato lesivo previsto no art. 5º da Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013. 
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Art. 157. Na aplicação da sanção prevista no inciso II do caput do art. 156 desta Lei, 
será facultada a defesa do interessado no prazo de 15 (quinze) dias úteis, contado da 
data de sua intimação. 
Art. 158. A aplicação das sanções previstas nos incisos III e IV do caput do art. 156 
desta Lei requererá a instauração de processo de responsabilização, a ser conduzido 
por comissão composta de 2 (dois) ou mais servidores estáveis, que avaliará fatos e 
circunstâncias conhecidos e intimará o licitante ou o contratado para, no prazo de 15 
(quinze) dias úteis, contado da data de intimação, apresentar defesa escrita e 
especificar as provas que pretenda produzir. 
§ 1º Em órgão ou entidade da Administração Pública cujo quadro funcional não seja 
formado de servidores estatutários, a comissão a que se refere o caput deste artigo 
será composta de 2 (dois) ou mais empregados públicos pertencentes aos seus 
quadros permanentes, preferencialmente com, no mínimo, 3 (três) anos de tempo de 
serviço no órgão ou entidade. 
§ 2º Na hipótese de deferimento de pedido de produção de novas provas ou de juntada 
de provas julgadas indispensáveis pela comissão, o licitante ou o contratado poderá 
apresentar alegações finais no prazo de 15 (quinze) dias úteis, contado da data da 
intimação. 
§ 3º Serão indeferidas pela comissão, mediante decisão fundamentada, provas ilícitas, 
impertinentes, desnecessárias, protelatórias ou intempestivas. 
§ 4º A prescrição ocorrerá em 5 (cinco) anos, contados da ciência da infração pela 
Administração, e será: 
I– interrompida pela instauração do processo de responsabilização a que se 
refere o caput deste artigo; 
II– suspensa pela celebração de
acordo de leniência previsto na Lei nº 12.846, de 
1º de agosto de 2013; 
 
III– suspensa por decisão judicial que inviabilize a conclusão da apuração 
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administrativa 
 
Art. 159. Os atos previstos como infrações administrativas nesta Lei ou em outras leis de 
licitações e contratos da Administração Pública que também sejam tipificados como atos 
lesivos na Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, serão apurados e julgados 
conjuntamente, nos mesmos autos, observados o rito procedimental e a autoridade 
competente definidos na referida Lei. 
Art. 160. A personalidade jurídica poderá ser desconsiderada sempre que utilizada 
com abuso do direito para facilitar, encobrir ou dissimular a prática dos atos ilícitos 
previstos nesta Lei ou para provocar confusão patrimonial, e, nesse caso, todos os efeitos 
das sanções aplicadas à pessoa jurídica serão estendidos aos seus administradores e 
sócios com poderes de administração, a pessoa jurídica sucessora ou a empresa do 
mesmo ramo com relação de coligação ou controle, de fato ou de direito, com o 
sancionado, observados, em todos os casos, o contraditório, a ampla defesa e a 
obrigatoriedade de análise jurídica prévia. 
Art. 161. Os órgãos e entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de 
todos os entes federativos deverão, no prazo máximo 15 (quinze) dias úteis, contado 
da data de aplicação da sanção, informar e manter atualizados os dados relativos às 
sanções por eles aplicadas, para fins de publicidade no Cadastro Nacional de Empresas 
Inidôneas e Suspensas (Ceis) e no Cadastro Nacional de Empresas Punidas (Cnep), 
instituídos no âmbito do Poder Executivo federal. 
Parágrafo único. Para fins de aplicação das sanções previstas nos incisos I, II, III e IV 
do caput do art. 156 desta Lei, o Poder Executivo regulamentará a forma de cômputo e 
as consequências da soma de diversas sanções aplicadas a uma mesma empresa e 
derivadas de contratos distintos. 
Art. 162. O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará o contratado a 
multa de mora, na forma prevista em edital ou em contrato. 
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Parágrafo único. A aplicação de multa de mora não impedirá que a Administração a 
converta em compensatória e promova a extinção unilateral do contrato com a aplicação 
cumulada de outras sanções previstas nesta Lei. 
Art. 163. É admitida a reabilitação do licitante ou contratado perante a própria 
autoridade que aplicou a penalidade, exigidos, cumulativamente: 
I – reparação integral do dano causado à Administração Pública; 
II – pagamento da multa; 
III – transcurso do prazo mínimo de 1 (um) ano da aplicação da penalidade, no 
caso de impedimento de licitar e contratar, ou de 3 (três) anos da aplicação da 
penalidade, no caso de declaração de inidoneidade; 
IV – cumprimento das condições de reabilitação definidas no ato punitivo; 
V – análise jurídica prévia, com posicionamento conclusivo quanto ao 
cumprimento dos requisitos definidos neste artigo. 
Parágrafo único. A sanção pelas infrações previstas nos incisos VIII e XII do caput do 
art. 155 desta Lei exigirá, como condição de reabilitação do licitante ou contratado, a 
implantação ou aperfeiçoamento de programa de integridade pelo responsável.

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