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Curso de Formação em Psicossomática: Psicoimunologia- Organização Anatômica funcional do sistema imune Professor Dr. Paulo Afonso CRP – 133/727 Formação em Psicossomática O antígeno (do grego anti, contra e gen, gerar) é qualquer substância solúvel, celular ou particulada que pode ser especificamente ligada por um anticorpo ou por um receptor de antígeno de célula T. Os antígenos possuem duas propriedades: a da imunogenicidade, que é a capacidade de induzir uma resposta imune específica, e a da antigenicidade, que é a capacidade de interagir com os linfócitos T ou linfócitos B já sensibilizados. Formação em Psicossomática Todas as substâncias imunogênicas são também antigênicas. As moléculas que desencadeiam a resposta imune são chamadas de imunógenos. Pequenas substâncias químicas não são capazes de estimular uma resposta e, portanto, recebem o nome de hapteno. Para ter capacidade de induzir uma resposta imune, o hapteno é ligado a uma macromolécula, que é chamada de carreadora. Formação em Psicossomática Os sítios de ligação dos anticorpos e dos TCRs interagem com uma área muito pequena das macromoléculas antigênicas, que é chamada de determinante antigênico ou epitopo. A presença de vários determinantes iguais é chamada de polivalência ou multivalência e cada um pode ser ligado por uma molécula com região variável. As superfícies celulares, incluindo os microrganismos, geralmente possuem uma grande quantidade de determinantes antigênicos. Formação em Psicossomática Na maioria dos antígenos, quanto maior for a molécula, maior será o número de epitopo; e quanto maior a complexidade, maior será a imunogenicidade. Um antígeno complexo contém vários determinantes antigênicos, onde alguns dos quais são mais eficientes na indução da resposta imune e são chamados imunodominantes. A imunogenicidade e a antigenicidade de uma proteína não depende apenas de sua estrutura primária (isto é, da sequência de aminoácido), mas também das estruturas secundárias, terciárias e até quaternárias. Formação em Psicossomática A dose do antígeno, a via e o esquema de imunização, assim como o uso de adjuvantes, são fatores atuantes na indução da resposta imune. As vias de inoculação subcutânea, intradérmica e intramuscular levam geralmente os imunógenos para os nódulos linfáticos regionais, e, mais frequentemente, induzem a imunidade celular. Anticorpos formados contra determinadas substâncias têm uma reação forte contra elas, principalmente se os anticorpos interagem com os antígenos específicos que induziram a sua formação (antígenos homólogos), mas podem reagir com a mesma ou menor intensidade com outros antígenos, que são chamados de antígenos heterólogos, porém com estrutura semelhante. Formação em Psicossomática Essas reações com antígenos heterólogos são denominadas reações cruzadas. As reações cruzadas podem ocorrer basicamente em função da similaridade entre dois diferentes determinantes antigênicos, ou ainda pelo fato de dois antígenos diferentes apresentarem o mesmo determinante antigênico. Os anticorpos são conceituados como glicoproteínas globulares com função imunitária e pertencem à superfamília das imunoglobulinas. Formação em Psicossomática São sintetizados por linfócitos B e, principalmente, por plasmócitos, em resposta ao estímulo imunogênico. Interagem, especificamente, com os imunógenos, que estimulam sua biossíntese; desencadeiam vários mecanismos na fase efetora da resposta imune. A região molecular que participa da função efetora é conhecida como região constante ou C, e não varia do mesmo modo, embora apresente cinco formas principais que se especializaram na ativação de diferentes mecanismos. Formação em Psicossomática A notável diversidade das moléculas dos anticorpos é consequência de um mecanismo altamente especializado, pelos quais os genes expressos são reunidos por rearranjos de DNA, que juntam dois ou três diferentes seguimentos para formar um gene de região variável durante o desenvolvimento das células B. Assim, finalizamos essa aula, apresentando o porque dos antígenos e anticorpos.