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Filosofia - Aluno 2055 EMANUEL FREITAS OBS: Na filosofia, trabalhamos o conceito de sujeito e objeto, sendo o sujeito um ser que tem consciência, um observador, uma entidade. O sujeito se relaciona com outra entidade, uma entidade que é observada, esse é o objeto. • O termo "idealismo" faz referência à Teoria das ideias de Platão. Porém, no período moderno, esse termo é ressignificado e bastante difundido. Ele passa a ser empregado em dois sentidos: epistemológico e romântico. Distinta do Positivismo, mas bastante ligada ao romantismo. Teve em Friedrich Hegel seu máximo expoente. • O Idealismo Alemão é também chamado de Idealismo Absoluto, pois tem por finalidade frisar a tese de que o Eu ou Espírito é o princípio único de tudo e que fora dele não existe nada. • Ele desenvolveu-se no contexto da Revolução Francesa e de suas consequências no mundo europeu, como as guerras napoleônicas. Doutrina filosófica que, na sua aproximação da realidade, coloca em primeiro lugar o modo como se processa o conhecimento na consciência de quem conhece (sujeito) e somente em segundo lugar a realidade que é conhecida (objeto). Ou seja, uma doutrina é idealista quando concebe a noção de que o sujeito tem um papel mais determinante que o objeto no processo de conhecimento. o Há vários tipos de idealismo. Platão, principal idealista da antiguidade, e sua teoria das ideias; Descartes e sua formulação do cogito; e Kant e o conhecimento a priori e a posteriori. Somente podemos conhecer as nossas ideias → O mundo interior da nossa consciência, o mundo subjetivo. • Hegel, autor da obra “Fenomenologia do Espírito”, construiu uma obra que é apontada como ponto culminante do racionalismo. Ele elaborou um sistema filosófico abrangente, pois buscou resposta para mais questões, tentando reconciliar a filosofia com a realidade. Hegel entendia a realidade como um processo análogo (semelhantes, mas com origens distintas) ao pensamento. Ele dizia que o real é racional e o racional é real. I. A realidade possui racionalidade ou identifica-se com esta. II. A razão possui a realidade ou identifica-se com esta. • Assim, Hegel rompeu com a distinção entre sujeito e objeto. Para ele, a realidade se identificaria totalmente com o espirito (ideia ou razão), enquanto a racionalidade seria o fundamento de tudo o que existe, inclusive da natureza. • Para Hegel, a realidade não é apenas uma substância, mas sim um sujeito com vida própria que pode atuar. o Entender a realidade como espírito é entende-la nesse seu atuar constante, ou seja, movimento ou processo. É entende-la como devir (mudança pelo que as coisas passam). O movimento dialético se processaria em três momentos: (as sentenças ao lado são EXEMPLOS para melhorar o entendimento). 1. Ser em si (TESE) → Crescimento/Construção das cidades, construindo estradas, expandindo para o mar. 2. Ser outro ou fora de si (ANTÍTESE) → Idade Média (Fuga das cidades, volta para o campo) 3. Ser para si (SÍNTESE)→ Retomada das cidades + Globalização (“transbordou” o limite anterior, a tese) o Esses momentos se sucederiam com um movimento espiral, assim cada momento final, que seria a síntese, seria a tese de um movimento posterior. • Para Hegel, para compreender a dialética da realidade é necessário que a razão se afaste do entendimento comum e se coloque no ponto de vista do absoluto. A consciência que consegue isso atinge a Razão ou o Saber Absoluto, ou seja, supera o entendimento finito e adquire a certeza de toda a realidade. Assim, alcança a unidade entre ser e pensar, harmonizando a subjetividade com objetividade. • O pensamento de Hegel vai se apresentar como um grande sistema, havendo a relação entre finito e infinito. o O trabalho da filosofia seria superar o entendimento finito e limitado das coisas finitas e limitadas para alcançar o saber absoluto, que é o saber da coisa em si. • Ele, tentou buscar o caminho do conhecimento finito ao conhecimento absoluto. No que concerne à natureza, rompeu com a visão romântica, que a divinizava, proclamando a superioridade do espírito, que se realiza na história dos seres humanos por meio de sua liberdade. Em relação ao espírito, o filósofo distinguiu três instâncias. O espírito subjetivo – refere-se ao indivíduo e à consciência individual. O espirito objetivo – refere-se às instituições e aos costumes produzidos pelo Homem, expressão da liberdade humana; O espirito absoluto – a arte, a religião e a filosofia como espírito que se auto compreende. • Para Hegel, a história é o desdobramento do espírito objetivo → O espírito é a realização da liberdade humana na sociedade, manifestando-se no direito, na moral e na ética (família, sociedade e estado) o O Estado político é o momento mais elevado do espírito objetivo (de modo que o indivíduo só existe sendo um membro do Estado). Portanto, a história seria o desdobramento do espírito no tempo. • Para ele, todas as coisas existentes, mesmo as piores, fazem parte de um plano racional e, portanto, têm um sentido dentro do processo histórico. o Recebeu críticas, pois pode levar a uma certa conformidade diante as injustiças sociais. Ele criticava as noções abstratas como as ideias, espirito e a razão, que se baseavam no idealismo hegeliano. Ele propôs que a filosofia deveria partir do concreto, do ser humano considerado como um ser natural e social. o Essa sua posição filosófica, que tem como ponto de partida o ser concreto, é chamada de materialismo. • Além disso, Feuerbach criticou o idealismo de Hegel, na qual chamou de “especulação vazia””. Defendendo, assim, que a filosofia deveria ser a partir do ser concreto (ser humano considerado um ser natural e social). • Feuerbach criticou as religiões e disse que não foi Deus que nos criou, mas a gente criou Ele. (materialismo) • Junto a Friedrich Engels, Marx lança a obra “Manifesto Comunista”. Escreveram várias obras e sofreram perseguição de dois governos. Seu pensamento foi posteriormente e ficou conhecido como Marxsimo. • Quando criança participou do neo-hegelianos de esquerda, com Feuerbach como importante figura do grupo. Em sua crítica, Marx afirma que Hegel inverteu a relação entre o que é determinante (realidade material) e o que é determinado (representações e conceitos a respeito dessa realidade). • Marx buscou compreender a história real dos seres humanos em sociedade a partir das condições nas quais eles vivem → materialismo histórico Em “A ideologia alemã”, ele e Engels afirmam que é a condição material dos indivíduos que determinaria os demais aspectos de sua vida. Pois, segundo sua teoria, a situação econômica de um indivíduo causa um impacto em sua trajetória de formação. • Para Marx, os seres humanos não podem ser pensados de forma abstrata, como com Hegel, ou de forma isolada, como com Feuerbach. o Porém, ele é influenciado por Feuerbach (materialismo) e por Hegel (dialética). Apesar da influência de Hegel, Marx se diferencia dele, pois Marx defende que o indivíduo que faz a realidade, e não o espírito. • Nietzsche realizou uma crítica da tradição filosófica e dos valores fundamentais da civilização ocidental, construindo um pensamento diferente e original. Nietzsche dizia: “Não sou um homem, sou uma dinamite”. Porque seu pensamento era diferente e original. realizando uma crítica radical e impiedosa à tradição filosófica e aos valores fundamentais da civilização ocidental. Em sua obra, Nietzsche critica a tradição da filosofia ocidental a partir de Sócrates, a quem acusa de ter negado a intuição criadora da filosofia anterior, pré-socrática. Seu pensamento ficou conhecido como Filosofia “a golpes de martelo”, pois tende a agredir bases que se estabeleceram de forma histórico-social. Nietzsche escreveu a maior parte de suas obras sob a forma de aforismos (uma máxima, isto é, uma sentença curta que exprime um conceito, um conselhoou ensinamento). Os aforismos abordavam temas como religião, moral, artes e etc. Seu conjunto revela uma crítica profunda e impiedosa à civilização ocidental. “O Mundo como Vontade e Representação” de Schopenhauer inspirou Nietzsche a fazer suas reflexões filosóficas. • Para Schopenhauer, a história não é uma racionalidade e progresso, mas sim um acaso cego e enganoso. Para ele, tudo o que o mundo inclui ou pode incluir é dependente do sujeito. Portanto, O mundo é representação. (representação de como o sujeito interpreta o objeto/as coisas) • Para Schopenhauer, o filósofo da tristeza/depressão, a essência do mundo seria à vontade. • Vontade da potência é utilizada para explicar o mundo e a vida. Ela é o um conjunto de pulsões competitivas, sem outra finalidade que não seja a própria vida, mas também a um impulso de afirmação da vida na direção de uma transcendência criadora, que conduzirá a uma plenitude existencial. Ou seja, a vontade de potência é o motivo básico da ação do homem, a vontade de viver e dominar. Posteriormente, Nietzsche criticou os valores morais da civilização ocidental, propondo a genealogia da moral, isto é, o estudo da formação histórica dos valores morais. Conclusão dele: Bem e o mal não constituem noções absolutas/razão universal. Sendo as concepções morais, produtos histórico-culturais, pois são elaboradas pelos seres humanos a partir dos interesses humanos. o Na obra Além do bem e do mal, Nietzsche nega que as dicotomias metafísicas tradicionais, tais como bem/mal e verdadeiro/falso, sejam derivadas da razão universal. Por isso, Nietzsche denunciou a existência de uma “moral escrava/de rebanho” na civilização cristã e burguesa, pois essa moral estaria baseada na submissão e acomodaria grande parte das pessoas. A moral dos escravos: ressentimento dos que não podem realmente agir e são compensados com uma vingança imaginária. A crítica da moral escrava: a valorização do ideal aristocrático da Grécia Arcaica. (De maneira geral, existia a moral do senhor e a moral dos escravos, Nietzsche criticava a moral dos escravos e apoiava a moral do senhor, que está relacionada com a aristocracia da época.) • Apolo (deus da razão, da clareza, da ordem) e Dionísio (deus da aventura, da música, da fantasia, da desordem). Para Nietzsche, esses dois princípios foram separados na Grécia Socrática. Para o filósofo, o mundo seria o reino das misturas, das turbulências, por isso, se opôs às cisões (divergências) separadas entre alto e baixo, superior e inferior, apolíneo e dionisíaco. O ideal dionisíaco: conciliação do saber apolíneo e do saber dionisíaco. Segundo Nietzsche, quando o cristianismo deixou de ser a “única verdade” para se tornar uma das interpretações possíveis do mundo, a civilização ocidental e seus valores absolutos entraram em xeque. Os valores tradicionais depreciam-se e os princípios e critérios absolutos dissolvem-se. Tudo é sacudido, posto radicalmente em discussão. Nesse contexto, o niilismo ascende.