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Conhecimentos básicos 
“É melhor você tentar algo, 
vê-lo não funcionar e 
aprender com isso, do que 
não fazer nada.” 
Mark Zuckerberg 
COACHING PARA CONCURSOS – ESTRATÉGIAS PARA SER APROVADO 
 
1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Interpretação De Texto 
Como Interpretar Textos 
É muito comum, entre os candidatos a um cargo público a preocupação com a interpretação de tex-
tos. Isso acontece porque lhes faltam informações específicas a respeito desta tarefa constante em 
provas relacionadas a concursos públicos. 
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de responder as questões relaci-
onadas a textos. 
TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo 
capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNICATIVA (capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR). 
 
CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informa-
ção que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do 
conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de CONTEXTO. Nota-se que o relacio-
namento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto original e anali-
sada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial. 
 
INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores 
através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se INTERTEXTO. 
 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identifica-
ção de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as 
argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. 
 
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: 
 
1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, 
de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). 
 
2. COMPARAR – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do tex-
to. 
 
3. COMENTAR - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito. 
 
4. RESUMIR – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo. 
 
5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras palavras. 
EXEMPLO 
 TÍTULO DO TEXTO PARÁFRASES 
 "O HOMEM UNIDO ” A INTEGRAÇÃO DO MUNDO 
A INTEGRAÇÃO DA HUMANIDADE 
A UNIÃO DO HOMEM 
HOMEM + HOMEM = MUNDO 
A MACACADA SE UNIU (SÁTIRA) 
 
Condições Básicas Para Interpretar 
 
Fazem-se necessários: 
 
a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática; 
 
b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico; 
OBSERVAÇÃO – na semântica (significado das palavras) incluem-se: homônimos e parônimos, de-
notação e conotação, sinonímia e antonimia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros. 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
c) Capacidade de observação e de síntese e 
 
d) Capacidade de raciocínio. 
Interpretar X Compreender 
INTERPRETAR SIGNIFICA COMPREENDER SIGNIFICA 
- EXPLICAR, COMENTAR, JULGAR, TIRAR 
CONCLUSÕES, DEDUZIR. 
- TIPOS DE ENUNCIADOS 
• Através do texto, INFERE-SE que... 
• É possível DEDUZIR que... 
• O autor permite CONCLUIR que... 
• Qual é a INTENÇÃO do autor ao afirmar 
que... 
- INTELECÇÃO, ENTENDIMENTO, ATENÇÃO 
AO QUE REALMENTE ESTÁ ESCRITO. 
- TIPOS DE ENUNCIADOS: 
• O texto DIZ que... 
• É SUGERIDO pelo autor que... 
• De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRA-
DA a afirmação... 
• O narrador AFIRMA... 
 
Erros de Interpretação 
 
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes 
são: 
 
a) Extrapolação (viagem) 
 
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimen-
to prévio do tema quer pela imaginação. 
 
b) Redução 
 
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um 
conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido. 
 
c) Contradição 
 
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas 
e, consequentemente, errando a questão. 
OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, 
mas numa prova de concurso qualquer, o que deve ser levado em consideração é o que o AUTOR 
DIZ e nada mais. 
 
COESÃO - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam palavras, orações, frases e/ou 
parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, 
uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai 
dizer e o que já foi dito. 
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pro-
nome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu ante-
cedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor semânti-
co, por isso a necessidade de adequação ao antecedente. 
Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz 
erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo ade-
quado a cada circunstância, a saber: 
 
que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente. Mas depende das condições da frase. 
 
Qual (neutro) idem ao anterior. 
 
Quem (pessoa) 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
cujo (posse) - antes dele, aparece o possuidor e depois, o objeto possuído. 
 
Como (modo) 
 
onde (lugar) 
 
quando (tempo) 
 
quanto (montante) 
 
exemplo: 
 
Falou tudo QUANTO queria (correto) 
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O ). 
 
• VÍCIOS DE LINGUAGEM – há os vícios de linguagem clássicos (BARBARISMO, SOLECIS-
MO,CACOFONIA...); no dia-a-dia, porém , existem expressões que são mal empregadas, e, por força 
desse hábito cometem-se erros graves como: 
 
- “ Ele correu risco de vida “, quando a verdade o risco era de morte. 
- “ Senhor professor, eu lhe vi ontem “. Neste caso, o pronome correto oblíquo átono correto é O . 
- “ No bar: “ME VÊ um café”. Além do erro de posição do pronome, há o mau uso 
4 técnicas para virar um especialista em interpretação de texto 
Depois de treinar bastante e ler muito, você estará pronto para interpretar os mais diversos tipos de 
texto 
Quantas vezes você já leu um texto e não entendeu nada do que estava escrito ali? Leu, releu e, 
mesmo assim, ainda ficou com um nó na cabeça? Eu mesma já fiquei assim muitas vezes! Pensando 
nisso, listamos 4 técnicas para fazer de você um mestre na interpretação! Depois disso, vai ficar fácil 
entender até os mais complexos manuais de instrução (ok, talvez nem tanto, mas você vai arrebentar 
no vestibular!). 
Sabendo disso, aqui vão 4 dicas para fazer com que você consiga atingir essas três etapas! Confira 
abaixo: 
1) Leia com um dicionário por perto 
Não existe mágica para atingir a primeira etapa, a da pré-compreensão. O único jeito é ter um bom 
nível de leituras. 
Além de ler bastante, você pode potencializar essa leitura se estiver com um dicionário por perto. Viu 
uma palavra esquisita, que você não conhece? Pegue um caderninho (vale a pena separar um só pra 
isso) e anote-a. Em seguida, vá ao dicionário e marque o significado ao lado da palavra. Com o tem-
po o seu vocabulário irá crescer e não vai ser mais preciso ficar recorrendo ao dicionário toda hora. 
2) Faça paráfrases 
Para chegar ao nível da compreensão, é recomendável fazer paráfrases, que é uma explicação ou 
uma nova apresentação do texto, seguindo as ideias do autor, mas sem copiar fielmente as palavras 
dele. Existem diversos tipos de paráfrase, só que asmais interessantes para quem está estudando 
para o vestibular são três: a paráfrase-resumo, a paráfrase-resenha e paráfrase-esquema. 
– Paráfrase-resumo: comece sublinhando as ideias principais, selecione as palavras-chave que iden-
tificar no texto e parta para o resumo. Atente-se ao fato de que resumir não é copiar partes, mas sim 
fazer uma indicação, com suas próprias palavras, das ideias básicas do que estava escrito. 
– Paráfrase-resenha: esse outro tipo, além dos passos do resumo, também inclui a sua participação 
com um comentário sobre o texto. Você deve pensar sobre as qualidades e defeitos da produção, 
justificando o porquê. 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
– Paráfrase-esquema: depois de encontrar as ideias ou palavras básicas de um texto, esse tipo de 
paráfrase apresenta o esqueleto do texto em tópicos ou em pequenas frases. Você pode usar seti-
nhas, canetas coloridas para diferenciar as palavras do seu esquema… Vai do seu gosto! 
3) Leia no Papel 
Um estudo feito em 2014 descobriu que leitores de pequenas histórias de mistério em um Kindle, um 
tipo de leitor digital, foram significantemente piores na hora de elencar a ordem dos eventos do que 
aqueles que leram a mesma história em papel. 
Os pesquisadores justificam que a falta de possibilidade de virar as páginas pra frente e pra trás ou 
controlar o texto fisicamente (fazendo notas e dobrando as páginas) limita a experiência sensorial e 
reduz a memória de longo prazo do texto e, portanto, a sua capacidade de interpretar o que apren-
demos. Ou seja, sempre que possível, estude por livros de papel ou imprima as explicações (claro, 
fazendo um uso sábio do papel, sem desperdícios!). Vale fazer notas em cadernos, pois já foi prova-
do também que quem faz anotações à mão consegue lembrar melhor do que estuda. 
4) Reserve um tempo do seu dia para ler devagar 
Uma das maiores dificuldades de quem precisa ler muito é a falta de concentração. Quem tem dificul-
dades para interpretar textos e fica lendo e relendo sem entender nada pode estar sofrendo de um 
mal que vem crescendo na população da era digital. Antes da internet, o nosso cérebro lia de forma 
linear, aproveitando a vantagem de detalhes sensoriais (a própria distribuição do desenho da página) 
para lembrar de informações chave de um livro. 
Conforme nós aumentamos a nossa frequência de leitura em telas, os nossos hábitos de leitura se 
adaptaram aos textos resumidos e superficiais (afinal, muitas vezes você tem links em que poderá “ler 
mais” – a internet é isso) e essa leitura rasa fez com que a gente tivesse muito mais dificuldade de 
entender textos longos. 
Os especialistas explicam que essa capacidade de ler longas sentenças (principalmente as sem links 
e distrações) é uma capacidade que você perde se você não a usar. Os defensores do “slow-reading” 
(em tradução literal, da leitura lenta) dizem que o recomendável é que você reserve de 30 a 45 minu-
tos do seu dia longe de distrações tecnológicas para ler. 
Fazendo isso, o seu cérebro poderá recuperar a capacidade de fazer a leitura linear. Os benefícios da 
leitura lenta vão bem além. Ajuda a reduzir o estresse e a melhorar a sua concentração! 
Antes de tudo, vamos explicar como se dá o processo de interpretação. A Hermenêutica, a área da 
filosofia que estuda isso, diz que é preciso seguir três etapas para se obter uma leitura ou uma abor-
dagem eficaz de um texto: 
a) Pré-compreensão: toda leitura supõe que o leitor entre no texto já com conhecimentos prévios 
sobre o assunto ou área específica. Isso significa dizer, por exemplo, que se você pegar um texto do 
3º ano do curso de Direito estando ainda no 1º ano, vai encontrar dificuldades para entender o assun-
to, porque você não tem conhecimentos prévios que possam embasar a leitura. 
b) Compreensão: já com a pré-compreensão ao entrar no texto, o leitor vai se deparar com informa-
ções novas ou reconhecer as que já sabia. Por meio da pré-compreensão o leitor “prende” a informa-
ção nova com a dele e “agarra” (compreende) a intencionalidade do texto. É costume dizer: “Eu en-
tendi, mas não compreendi”. Isso significa dizer que quem leu entendeu o significado das palavras, a 
explicação, mas não as justificativas ou o alcance social do texto. 
c) Interpretação: agora sim. A interpretação é a resposta que você dará ao texto, depois de compre-
endê-lo (sim, é preciso “conversar” com o texto para haver a interpretação de fato). É formada então 
o que se chama “fusão de horizontes”: o do texto e o do leitor. A interpretação supõe um novo texto. 
Significa abertura, o crescimento e a ampliação para novos sentidos. 
5 Dicas Poderosas de Melhorar Suas Chances de Atingir 100% em Interpretação de Texto 
Opa, tudo bem? Como vai a vida? Hoje é um dia lindo para aprendermos a estudar interpretação de 
textos, não acha? :) 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Você pensa que domina essa matéria e que está tudo bem se ela for deixada de lado, até que PÁ: 
tira uma nota RIDÍCULA em português e, justamente, percebe que errou a maioria das questões de 
interpretação ou de gramática aplicada ao texto. Ou você realmente é muito ruim interpretando as 
coisas mesmo. 
Veja o exemplo de um Esquemeiro que me mandou uma dúvida sobre interpretação: 
Tenho um grave problema com português, especialmente interpretação de texto. Meu desempenho 
nunca é regular, sempre sendo 8 ou 80 ( quando vou bem tenho a sensação que pode ser mais no 
chute do que racional). 
Minha bronca é especificamente com o CESPE. Então, você teria alguma dica, material ou técnica de 
estudo para eu quebrar essa barreira com a Língua Portuguesa? 
Agradeço desde já sua atenção, tudo de bom ótima semana. 
Alright, then! Tá beleza, então! Vamos aprender interpretação e mandar a banca para o beleléu. 
1. Leia mais (eu sei que é clichê, então vou te dar alternativas bacanas) 
Algumas pessoas mais espertas do que eu diziam o seguinte sobre leitura: 
Quem não lê mal ouve, mal fala, mal vê. (Monteiro Lobato) 
O homem que não lê bons livros não tem nenhuma vantagem sobre o homem que não sabe ler. 
(Mark Twain) 
Ler é beber e comer. O espírito que não lê emagrece como o corpo que não come. (Victor Hugo) 
Se você quiser interpretar melhor, você deve ter O QUE INTERPRETAR. Sabe, não adianta ficar 
querendo tapar o sol com a peneira e pedir para divindades que tudo dê certo. Querer todo mundo 
quer. Você tem que ter seu algo a mais, aqui. Leia. 
“Pô, LER MAIS? Odeio ler!” 
Não, você não odeia LER. Você odeia ler, sei lá, os livros que as pessoas em geral leem, ou aqueles 
livros chatos que os professores da escola indicam/indicavam. Machado de Assis? Blergh! Olavo 
Bilac? Parnasiano aguado! Manuel Bandeira? No, no, please! 
É claro, então, que você odeia ler o que você odeia ler. Para fugir disso e melhorar sua interpretação 
de textos, leia o que você achar delicioso. Vou te mostrar algumas boas opções para fugir do lugar-
comum. 
Histórias Em Quadrinhos 
Eu aprendi a ler com Turma da Mônica. Consegui interpretar desde cedo que o Cebolinha falava 
“elado” porque ele era uma criança ainda aprendendo a falar com mais dificuldades do que as outras 
crianças. 
Sites de fofocas 
Exemplo: Papel Pop: os sites de fofocas colocam duplo sentido em um milhão de textos, e isso é 
fantástico para você. Toda vez que você não entender alguma coisa, pergunte-se: o que será que o 
autor do texto quis dizer com isso? Você começa entendendo frases simples nesse tipo de site e 
acaba conseguindo interpretar textos em provas de concursos. How great is that? Isso é muito legal, 
né não? :) 
Livros infantojuvenis com personagens maaaais ou menos infantis 
Não é por acaso que Stranger Things é uma das séries originais da Netflix mais adoradas da atuali-
dade. Ela tem um ingrediente fascinante para qualquer pessoa de qualquer idade no mundo inteiro: 
crianças pré-adolescentes ou adolescentes enfrentando coisas mais fortes do que elas. Come on. 
Fala sério. Esseroteiro não é novo: existe em Harry Potter, Percy Jackson, Jogos Vorazes, E. 
T., Sexto Sentido, Guerra dos Tronos (sim! Geral se interessou por Guerra dos Tronos por causa do 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Jon, da Dany, da Arya, da Sansa, do Jofrey, do Bran…) todo mundo adora uma creepy child (criança 
esquisita), e os livros relacionados a elas são do tipo que você começa pela manhã e só termina 
quando chega à última página. 
Letras de Músicas 
Você está a fim de decorar uma nova música? Pegue a letra dela, não tente decorar somente pela 
cantoria da pessoa. Além de treinar sua interpretação, você treinará sua memória (é mais fácil deco-
rar uma letra entendendo o sentido dela). 
Esse assunto de música nos leva ao próximo tópico. 
2. Veja Se O Sentido Faz Sentido 
Eu já ouvi um incontável número de pessoas cantando músicas que não condiziam com a letra origi-
nal, trocando totalmente o sentido da coisa. Isso acontece por dois motivos simples: 
1. O som da música não permite que as pessoas entendam direito o que se fala; e 
2. Ninguém interpreta o que está cantando. 
Quer alguns exemplos? 
O texto original fala: 
Na madrugada a vitrola rolando um blues Tocando B. B. King sem parar 
Não faz sentido, em um contexto comum, rolar um blues na madrugada e trocar de biquíni sem parar 
ao mesmo tempo! 
Outra: 
O texto original fala: 
Eu perguntava “Do you wanna dance?” (Você quer dançar?) 
Faz sentido você estar em uma festinha belezera, conhecer alguém e perguntar as coisas em Holan-
dês? Só na Holanda, né? 
Vou mandar mais um exemplo: 
Ahahaha! Só na psicanálise para entender essa! 
O texto original fala: 
Analisando essa cadeia hereditária 
Quero me livrar dessa situação precária 
E há vááários outros exemplos! Amar a pé, amar a pé… (amar até, amar até); Ôh Macaco cidadão, 
macaco da civilização… (Ôh pacato cidadão); Leste, oeste solidão… (S.O.S. solidão); São tantas 
avenidas… (São tantas já vividas); e assim vai hehehe! 
A dica que fica é: o que você interpretou não fez sentido? Então procure ENTENDER o que vo-
cê ouviu! Fazendo isso, você conseguirá conectar os fatos muito melhor e até memorizar mais rápido. 
Em Interpretação, as palavras não são soltas, então não as trate como se estivessem ali sozinhas. 
Eu vou repetir. 
 
Em Interpretação, as palavras não são soltas, então não as trate como se estivessem ali sozinhas. 
 
Você ouve “trocando” “de” “biquíni” “sem” “parar”. Só que, se você junta tudo isso, o troço não vai 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
fazer sentido algum! Não trate as palavras como se elas fossem alone in the dark (sozinhas no escu-
ro). 
3. Pratique Com Frases de Motivação 
Frases de motivação são umas lindas. Além de ensinar tudo sobre mindset(mentalidade de aprova-
dos) elas são ótimas professoras de interpretação. Veja os exemplos que eu trouxe (logo abaixo, há 
os significados das frases, caso você ainda esteja com a interpretação em baixa): 
Perfeição é uma palavra capciosa. Ela denota algo positivo, mas leva a resultados negativos. 
Na busca pela perfeição ao estudarmos para concursos públicos, acabamos por perder tempo de-
mais com assuntos que não nos levarão a nada (aliás, essa é a minha grande lição no Ritmo de Es-
tudos, o meu curso oficial – eu ensino a excluir conteúdo que não interessa). 
Perfeição é uma grande inimiga do resultado. Enquanto a maioria entra em concursos públicos pen-
sando que deve estudar todo o edital de uma mesma maneira, sem colocar os devidos pesos, poucos 
são os que realmente conseguem grandes notas por terem sido mais espertos. 
Não busque a perfeição. Busque os resultados. Seja real. 
Essa frase é de George Eliot. O sr. Eliot mal saberia que muitos anos após sua morte, em um pa-
ís far, far away, grupos de concurseiros falariam coisas como: 
“Eu tenho filhos.” 
“Eu tenho pais.” 
“Sou muito magro.” 
“Sou muito gordo.” 
“Não gosto de português.” 
“Nunca me dei bem em matemática.” 
Todos os dias eu recebo mensagens de pessoas que têm algum motivo sem noção para desistir (ou 
para não entrar em ação). A idade é um dos campeões do desculpismo. 
A verdade, entretanto, é só uma: ficar na inércia é que não vai trazer resultados a ninguém. 
Colonel Sanders chegou a pensar no suicídio aos 65 anos de idade. Quando começou a escrever sua 
carta de adeus, decidiu falar tudo o que faria diferente para que sua vida tivesse seguido o rumo que 
ele sempre quis. Ao invés de se matar, Sanders começou a vender sua própria receita de frango frito 
de porta em porta. Aos 88 anos, o fundador do Kentucky Fried Chicken (KFC), nos Estados Unidos, 
tornou-se um bilionário. 
Como fangirl da Apple, eu não poderia deixar de citar uma do Steve Jobs. 
Nos concursos públicos, chegará um momento em que você achará que já sabe demais. Até você 
passar, você perceberá, entretanto, que precisa sempre de honestidade para entender que não sabe 
de tudo, e sempre deve correr atrás de mais e mais conhecimento. 
E isso vale para depois que passar, também. Do contrário, você será daquele tipo de concursado 
aposentado: morre aos 25 e só é enterrado aos 85. 
Napoleon Hill estava no ápice da genialidade quando disso isso. Se você consegue ENTENDER al-
guma coisa, você consegue fazer essa coisa. Se você consegue entender o processo de passar em 
concursos públicos, você conseguirá passar muito mais rápido. 
Por fim, mas não menos importante: você só aprenderá a interpretar se você aplicar todas as dicas 
que eu dei (e darei) neste artigo. Conhecimento só é válido quando se consegue agir sobre ele. 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
8 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Basicamente: coloque a mão na massa 
Existem milhares de outras frases de motivação por aí. Faça uma por dia. E, claro, interprete cada 
uma delas. 
4. Interprete as Coisas em sua Vida – E Reflita sobre O Que os Outros Falam 
Existe um livro em inglês chamado Happy for No Reason (Feliz sem Ter Motivo), da autora Marci 
Shimoff. De acordo com Shimoff, existem as pessoas que não são felizes, existem as pessoas que 
são felizes por algum motivo (geralmente por estarem com outras pessoas) e existem as pessoas que 
são felizes sem ter motivo. 
No primeiro caso, de acordo com a autora, as pessoas estão em um estágio de depressão profunda; 
no segundo caso, as pessoas estão felizes, mas, como estão felizes por um MOTIVO, esse motivo 
pode ser retirado delas; e no terceiro caso as pessoas são felizes apenas por ser (entretanto, poucas 
conseguem chegar lá). 
Um dos casos em que as pessoas buscam a felicidade por um motivo (aquela que pode ser tirada 
delas) é o da má interpretação. A pessoa se martiriza internamente por uma frase que pegou fora de 
contexto, ou cria algum tipo de raiva por algo que ouviu falar por terceiros, e a infelicidade a encontra. 
Por isso, interpretar o que ocorre em sua vida dentro de um contexto lógico também te ajudará em 
provas de concursos públicos. 
Em 90% dos casos, você perceberá que não é pessoal, e isso não será problema seu. Nos outros 
10% (se for pessoal), o problema também não é seu. 
5. Aprenda Gramática Aplicada ao Texto, e Não Gramática Pura 
Querendo ou não, interpretar textos também significa aprender a Língua Portuguesa. Saber qual é o 
sujeito, qual é o advérbio, qual é o objeto indireto poderá te salvar de várias situações ruins. 
O lance é que a gramática pura (por si só) não te ajudará em basicamente nada se você não conse-
guir aplicá-la. E aprender gramática consiste no seguinte: 
6. Dica Extra: Don’t Overthink! Não Pense Demais! 
Um erro comum é pensar demais. Depois de muito treino (com todas as outras dicas), você estará 
com a preparação em nível avançado na interpretação de textos. 
Daí, chega o momento da prova e você começa a querer pensar demais: “e se não for realmente 
isso? E se for um peguinha? E se? E se?”. 
Para evitar que isso aconteça, só existe um remédio: fazer muitas provas de interpretação de textos, 
e de preferência da banca que fará seucertame. Eu não estou falando de fazer duas, três provas. Eu 
estou falando de 20, 30 provas, cada uma com 15, 20 questões, cada uma com 3, 4 textos. Lembre-
se: permaneça ignorante. Permaneça com fome. 
Dicas Para Uma Boa Interpretação de Texto 
Uma boa interpretação de texto é importante para o desenvolvimento pessoal e profissional, por isso 
elaboramos algumas dicas preciosas para auxiliar você nos seus estudos. 
Você tem dificuldades para interpretar um texto? Se a sua resposta for sim, não se desespere, você 
não é o único a sofrer com esse problema que afeta muitos leitores. 
Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar inúmeros problemas, afetando não só o de-
senvolvimento profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O mundo moderno cobra de 
nós inúmeras competências, uma delas é a proficiência na língua, e isso não se refere apenas a uma 
boa comunicação verbal, mas também à capacidade de entender aquilo que está sendo lido. 
O analfabetismo funcional está relacionado com a dificuldade de decifrar as entrelinhas do código, 
pois a leitura mecânica é bem diferente da leitura interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
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analogias e criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise de textos, elaboramos al-
gumas dicas para você seguir e tirar suas dúvidas. 
Uma interpretação de texto competente depende de inúmeros fatores, mas nem por isso deixaremos 
de contemplar alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas vezes, apressados, des-
cuidamo-nos das minúcias presentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz sufici-
ente, o que não é verdade. Interpretar demanda paciência e, por isso, sempre releia, pois, uma se-
gunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes que não foram observados anteriormente. 
Para auxiliar na busca de sentidos do texto, você pode também retirar dele os tópicos frasais presen-
tes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreensão do conteúdo exposto. Lembre-se de 
que os parágrafos não estão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleatória, se 
estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação hierárquica 
do pensamento defendido, retomando ideias supracitadas ou apresentando novos conceitos. 
Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo autor: os textos argumenta-
tivos não costumam conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas 
entrelinhas. Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você precise ficar preso na 
superfície do texto, mas é fundamental que não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e ines-
pecíficas. 
Quem lê com cuidado certamente incorre menos no risco de tornar-se um analfabeto funcional e ler 
com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de 
nós leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece nossas dicas, desejamos a você uma 
boa leitura e bons estudos! 
Interpretação de Texto: veja como fazer. 
É o que mais cai no Enem. 
Interpretação de Texto: veja os principais pontos nos quais você deve focar durante a leitura dos tex-
tos nas provas do Enem, dos vestibulares e do Encceja. Revise como interpretar um texto, e mande 
bem nos Exames! 
Saber ler e interpretar um texto é o primeiro passo na resolução de qualquer questão do Enem. A 
compreensão do enunciado é uma chave essencial para iniciar a resolução dos problemas. 
Por isso mesmo o tema da Interpretação de Texto é o que mais cai no Enem e nos Vestibulares. Aqui 
vão algumas dicas que podem facilitar a compreensão e tornar o ato de interpretar um texto mais 
rápido e eficaz. 
A primeira coisa que deve ser feita na Interpretação de texto é decompor o texto em suas “ideias bá-
sicas”. Qual é o foco do texto e quais são os principais conceitos definidos pelo autor. Esta operação 
fará com que o significado do texto “salte aos olhos” do leitor. É assim que se estuda interpretação de 
texto para o Enem. 
Veja neste exemplo: 
• “Incalculável é a contribuição do famoso neurologista austríaco no tocante aos estudos sobre a for-
mação da personalidade humana”. 
• Sigmund Freud (1859 – 1939) conseguiu acender luzes nas camadas mais profundas da psique 
humana: o inconsciente e subconsciente. Começou estudando casos clínicos de comportamentos 
anômalos ou patológicos, com a ajuda da hipnose e em colaboração com os colegas Joseph Breuer e 
Martin Charcot (Estudos sobre a histeria, 1895). 
• Insatisfeito com os resultados obtidos pelo hipnotismo inventou o método que até hoje é usado pela 
psicanálise: o das ‘livres associações’ de ideias e de sentimentos, estimuladas pelo terapeuta por 
palavras dirigidas ao paciente com o fim de descobrir a fonte das perturbações mentais. 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
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• Para este caminho de regresso às origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da lin-
guagem onírica dos pacientes, considerando os sonhos como compensação dos desejos insatisfeitos 
na fase de vigília. 
• “Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo cultural da época, foi a apresentação 
da tese de que toda neurose é de origem sexual.” (Salvatore D’Onofrio). IDEIAS – NÚCLEO. Veja a 
seguir o Passo inicial da Interpretação de Texto 
O Primeiro Conceito Do Texto: 
• * “Incalculável é a contribuição do famoso neurologista austríaco no tocante aos estudos sobre a 
formação da personalidade humana. Sigmund Freud (1859 – 1939) conseguiu acender luzes nas 
camadas mais profundas da psique humana: o inconsciente e subconsciente”. 
• O autor do texto afirma, inicialmente, que Sigmund Freud ajudou a ciência a compreender os níveis 
mais profundos da personalidade humana, o inconsciente e subconsciente. 
O Segundo Conceito Do Texto: 
* “Começou estudando casos clínicos de comportamentos anômalos ou patológicos, com a ajuda da 
hipnose e em colaboração com os colegas Joseph Breuer e Martin Charcot (Estudos sobre a histeria, 
1895). Insatisfeito com os resultados obtidos pelo hipnotismo inventou o método que até hoje é usado 
pela psicanálise: o das ‘livres associações’ de ideias e de sentimentos, estimuladas pelo terapeuta 
por palavras dirigidas ao paciente com o fim de descobrir a fonte das perturbações mentais”. 
A segunda ideia – núcleo mostra que Freud deu início à sua pesquisa estudando os comportamentos 
humanos anormais ou doentios por meio da hipnose. Insatisfeito com esse método criou o das “livres 
associações de ideias e de sentimentos”. 
O Terceiro Contexto Do Texto: 
* “Para este caminho de regresso às origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da língua 
gemonírica dos pacientes, considerando os sonhos como compensação dos desejos insatisfeitos na 
fase de vigília”. 
Aqui, está explicitado que a descoberta das raízes de um trauma se faz por meio da compreensão 
dos sonhos, que seriam uma linguagem metafórica dos desejos não realizados ao longo da vida do 
dia a dia. É assim, passo a passo, que você faz a interpretação de texto. 
Quarto Conceito Do Texto: 
* “Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo cultural da época, foi à apresentação 
da tese de que toda neurose é de origem sexual.”. 
Conclusão: Por fim, o texto afirma que Freud escandalizou a sociedade de seu tempo, afirmando a 
novidade de que todo o trauma psicológico é de origem sexual. 
A finalidade deste exemplo foi de mostrar como captar o foco central na interpretação do texto e cap-
tar a ideia transmitida pelo autor de forma sagaz. O ideal, na hora de interpretar um texto, é fazer uma 
leitura dinâmica, a fim de captar sua ideia principal, para depois ler novamente para que possa ser 
feita uma análise mais a fundo do mesmo. 
Ler e interpretar um texto parece muito simples, e de fatoé. Mas, existem os segredos da Interpreta-
ção de Texto nas provas do Enem e similares. Foram estes segredosque você aprendeu nesta aula. 
 
11 Dicas Para Fazer Interpretação De Texto 
Provavelmente, você já errou algum exercício quando sabia o conteúdo da questão. A decepção 
quando a gente erra uma questão por besteira é enorme, né? 
A interpretação afeta o nosso relacionamento com amigos, familiares, colegas e professores. E tam-
bém a diversão ao assistir a um filme, ouvir uma música, ver uma série… 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
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As próximas dicas tem a intenção de melhorar a sua capacidade interpretativa para as provas e tam-
bém para o dia a dia. 
1. Aprenda A Interpretar Gráficos E Tabelas 
Gráficos e tabelas caem com muita frequência no Enem, nos vestibulares e concursos públicos. Além 
dos processos seletivos, eles também são bastante utilizados por jornais e pelo mercado de trabalho. 
Entendê-los pode não ser fácil, mas não desista. Muitas vezes, ao se deparar com esse tipo de dado 
em um exercício, a gente coloca barreiras como “não sei, sou de Humanas“. Mas não deve ser assim 
Quando você aprender como eles funcionam, vai ser cada vez mais fácil fazer a interpretação desse 
tipo de texto. 
Com o passar do tempo (e depois de praticar bastante), é possível que você comece a gostar de criar 
gráficos e tabelas. Eles são uma maneira prática de resumir um conjunto de informações importantes. 
Obs: Você percebeu que recomendei uma aula de Português e outra de Matemática para aprender 
gráficos? Esse conteúdo é frequente em questões interdisciplinares, incluindo a redação. 
2. Coloque As Orações Na Ordem Direta 
A ordem direta é a que organiza as palavras da seguinte forma: sujeito + predicado + complemento 
Esse é o jeito objetivo de entender uma oração. Faça o exercício de reorganizar as orações que es-
tão na ordem indireta, principalmente os enunciados das questões. 
3. Fique Atento A Todos Os Detalhes 
Preste atenção a todos os tipos de texto (como infográficos, gráficos, tabelas, imagens, citações e 
poemas). 
Circule os nomes dos autores, livro e ano de publicação nas referências do texto. Tais detalhes talvez 
revelem o tema da questão e até mesmo a resposta. 
 
Basta olhar as referências para saber que o texto acima é relacionado aos Direitos Humanos, apro-
ximadamente sobre 2016. 
Olhando o título, vejo que ele é sobre intolerância religiosa. Depois de analisar o infográfico e o gráfi-
co, tenho uma ideia das principais religiões discriminadas e da evolução da violência de 2013 a 2014. 
Talvez eu não saiba que a liberdade para expressar a religião é um dos Direitos Humanos. Mas a 
referência me ajuda a saber que existe uma relação entre os direitos humanos e a intolerância religi-
osa no Brasil (título do texto). 
4. Pratique a Interpretação Com Posts das Redes Sociais 
Provavelmente você já viu memes ou menes nas redes sociais. Para entender o que significam, é 
preciso interpretar, no mínimo, a relação entre dois elementos, que podem ou não estar na imagem. 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
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No primeiro post, você precisa saber colocação pronominal segundo a norma culta e saber como são 
entrevistas de emprego para entender a referência. No segundo post, deve conhecer o que é um 
elétron e a marca Ricardo Eletro. 
Para praticar, experimente anotar em um papel o que é engraçado no post e quais são os elementos 
que causam esse efeito de sentido. 
5. Leia Textos Longos Impressos (Como As Provas Do Enem) 
Depois de um hora fazendo uma leitura densa, ficamos cansados. Precisamos ter resistência para 
não fazer análises equivocadas dos textos. Uma das formas de desenvolver a resistência é se acos-
tumar a compreender textos longos. 
Procure fontes relevantes para os assuntos que você estuda no dia a dia. As provas do Enem, além 
de serem úteis para praticar e simular a avaliação deste ano, podem ajudar a acostumar com a leitura 
desse tipo de texto. 
Experimente baixá-las e interpretar os dados na coletânea da redação. Analise também os enuncia-
dos das questões de diferentes áreas do conhecimento. 
Vale lembrar que a maneira que a gente lê um texto impresso e na tela do celular ou computador é 
diferente. Se você irá fazer provas impressas, prefira ler textos assim. 
Dica: lembre de reescrever as orações na ordem direta. 
6. Compreenda Músicas 
As músicas estão presentes no nosso dia a dia e utilizam muitas figuras de linguagem (a gente expli-
ca as principais neste outro artigo). 
Depois de escutar uma música de que você gosta, reflita sobre a letra. O que o autor quis dizer com 
ela? Pesquise a letra e tente interpretar o significado de cada estrofe. 
7. Leia Tirinhas 
 
O Enem costuma avaliar habilidades importantes na vida prática. Tirinhas são facilmente encontra-
das, são uma leitura leve, divertida e sempre precisam de interpretação. 
Muitas vezes elas expõem algum problema social, histórico, ou tem uma crítica implícita. 
8. Olhe Para Os Períodos, Versos E Parágrafos Em Conjunto 
Escolha uma ou duas palavras que resumam o que você leu nos trechos menores, para se lembrar 
depois. 
Em seguida, procure relações entre o que você acabou de ler. Por exemplo: de oposição, causa e 
consequência, adição. 
Fazemos o procedimento acima para classificar orações subordinadas, mas ele também pode ser útil 
para a interpretação como um todo. 
9. Use Um Dicionário 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
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Quando estiver lendo em casa, tenha um dicionário por perto e pesquise o que não entender. Só 
assim vai ser possível interpretar depois. 
Para memorizar, anote as palavras que você descobriu o que significam em um caderninho. Elas 
poderão ser úteis para resolver exercícios e também para a redação. 
Algumas obras literárias utilizam palavras antigas e de difícil entendimento. Vale lembrar que existem 
vestibulares que apresentam pequenos glossários nas questões. Então não dê muita atenção aos 
termos arcaicos na hora da leitura. 
10. Peça A Ajuda De Vídeo Aulas E Do Google 
Todos nós já passamos por alguma situação confusa, que não fez muito sentido. Pode ser na hora de 
resolver uma lista de exercícios ou em uma conversa com seus parentes, por exemplo. 
Quando isso acontece, pode ser porque você não conseguiu interpretar corretamente. Então é útil 
procurar ajuda em um dicionário, videoaula ou no Google. 
11. Reescreva Ou Explique Para Você Mesmo 
Reescreva o que você acabou de ler de maneira resumida e utilizando sinônimos. Se preferir, escre-
va em tópicos. 
O objetivo desta dica é ter certeza de que você interpretou o texto e também consegue explicar de 
maneira simples. 
Interpretação De Textos 
A interpretação de textos é um exercício que requer técnica e dedicação. Existem algumas dicas que 
ajudam o leitor a aprimorar a compreensão dos mais variados gêneros textuais. 
Letrado não é aquele que decodifica uma mensagem: letrado é o indivíduo que lê e compreende o 
que lê. 
No Brasil, infelizmente, grande parcela da população sofre com o analfabetismo funcional, que nada 
mais é do que a incapacidade que um leitor tem de compreender textos — inclusive os textos mais 
simples — de gêneros muito acessados no cotidiano. 
O analfabeto funcional não transforma em conhecimento aquilo que lê, pois sua capacidade de inter-
pretação textual é reduzida. 
Ao contrário do que muitos pensam, o problema atinge pessoas com os mais variados níveis de esco-
laridade, e não apenas aqueles cuja exposição ao estudo sistematizado foi reduzida. 
Para que você possa aprimorar sua capacidade de interpretação, o sítio de Português elaborou al-
gumas dicas que vão te ajudar a alcançar uma leitura proficiente, livre de quaisquer mal-entendidos. 
Boa leitura e bons estudos! 
Cinco Dicas de Interpretação de Textos 
Dica 1: Livre-Se Das Interferências Externas 
Sabemos que nem sempre é possível ter a tranquilidade desejada para estudar, ainda mais quando 
somos obrigados a conciliar várias atribuições em nossa rotina, mas sempre que possível, fique livre 
de interferências externase escolha ambientes adequados para a leitura. 
Um ambiente adequado é aquele que oferece silêncio e algum conforto, afinal de contas, esses fato-
res influenciam de maneira positiva os estudos. 
Ruídos e interferências durante a leitura reduzem drasticamente nossa capacidade de concentração 
e, consequentemente, de interpretação. 
Dica 2: Sempre Recorra A Um Bom Dicionário 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
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Quem nunca precisou interromper a leitura diante de um vocábulo desconhecido? Essa é uma situa-
ção corriqueira, mesmo porque o léxico da língua portuguesa é extenso. É claro que desconhecer o 
significado de algumas palavras pode atrapalhar a interpretação textual, por isso, o ideal é que você, 
diante de um entrave linguístico, consulte um bom dicionário. 
Na impossibilidade de consultar um dicionário, anote a palavra para uma consulta posterior. É assim 
que um bom vocabulário é construído, e acredite: ele sempre estará em construção, pois estamos 
constantemente em aprendizado. 
Dica 3: Prefira A Leitura No Papel 
Sabemos que a tecnologia nos oferece diversos suportes que facilitam e democratizam a leitura e 
que os livros digitais são uma realidade. Contudo, sempre que possível, opte por livros ou documen-
tos físicos, isto é, impressos. 
O papel oferece a oportunidade de ser rabiscado, nele podemos fazer anotações de maneira rápida e 
prática, além de ser a melhor opção para quem tem dificuldades de interpretação textual. 
Dica 4: Faça Paráfrases 
A paráfrase consiste em uma explicação livre e desenvolvida de um fragmento do texto e também 
dele completo. Ao ler um parágrafo mais complexo, você pode fazer uma pausa para tentar explicá-lo 
com suas próprias palavras: isso facilitará a compreensão e a assimilação daquilo que está sendo 
lido. 
Dica 5: Leia Devagar 
Ler apressadamente é um exercício que dificilmente transformará informação em conhecimento. O 
cérebro precisa de tempo para processar a leitura, por isso, evite ler em situações adversas. Uma 
leitura feita com calma permitirá que você retome parágrafos e poucas coisas são mais eficientes 
para a interpretação textual do que a releitura, consulte o dicionário e faça paráfrases e anotações, ou 
seja, todas as dicas anteriormente citadas dependem, sobretudo, dessa leitura cuidadosa. 
Explicações Preliminares 
I) Para Interpretar Bem 
Todos têm dificuldades com interpretação de textos. Encare isso como algo normal, inevitável. Impor-
tante é enfrentar o problema e, com segurança, progredir. Aliás, progredir muito. Leia com atenção os 
itens abaixo. 
1) Desenvolva o gosto pela leitura. Leia de tudo: jornais, revistas, livros, textos publicitários, listas 
telefônicas, bulas de remédios etc. Enfim, tudo o que estiver ao seu alcance. Mas leia com atenção, 
tentando, pacientemente, apreender o sentido. O mal é “ler por ler”, para se livrar. 
2) Aumente o seu vocabulário. Os dicionários são amigos que precisamos consultar. Faça exercícios 
de sinônimos e antônimos. (Consulte o nosso Redação para Concursos, que tem uma seção dedica-
da a isso.) 
3) Não se deixe levar pela primeira impressão. Há textos que metem medo. Na realidade, eles nos 
oferecem um mundo de informações que nos fornecerão grande prazer interior. Abra sua mente e 
seu coração para o que o texto lhe transmite, na qualidade de um amigo silencioso. 
4) Ao fazer uma prova qualquer, leia o texto duas ou três vezes, atentamente, antes de tentar res-
ponder a qualquer pergunta. Primeiro, é preciso captar sua mensagem, entendê- lo como um todo, e 
isso não pode ser alcançado com uma simples leitura. Dessa forma, leia-o algumas vezes. A cada 
leitura, novas idéias serão assimiladas. Tenha a paciência necessária para agir assim. Só depois 
tente resolver as questões propostas. 
5) As questões de interpretação podem ser localizadas (por exemplo, voltadas só para um determi-
nado trecho) ou referir-se ao conjunto, às idéias gerais do texto. No primeiro caso, leia não apenas o 
trecho (às vezes uma linha) referido, mas todo o parágrafo em que ele se situa. Lembre-se: quanto 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
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mais você ler, mais entenderá o texto. Tudo é uma questão de costume, e você vai acostumar-se a 
agir dessa forma. Então - acredite nisso - alcançará seu objetivo. 
6) Há questões que pedem conhecimento fora do texto. Por exemplo, ele pode aludir a uma determi-
nada personalidade da história ou da atualidade, e ser cobrado do aluno ou candidato o nome dessa 
pessoa ou algo que ela tenha feito. Por isso, é importante desenvolver o hábito da leitura, como já foi 
dito. Procure estar atualizado, lendo jornais e revistas especializadas. 
II) Paráfrase 
Chama-se paráfrase a reescritura de um texto sem alteração de sentido. Questões de interpretação 
com frequência se baseiam nesse conhecimento, nessa técnica. Vários recursos podem ser utilizados 
para parafrasear um texto. 
1) Emprego de sinônimos. 
Ex.: Embora voltasse cedo, deixava os pais preocupados. Conquanto retornasse cedo, deixava os 
genitores preocupados. 
2) Emprego de antônimos, com apoio de uma palavra negativa. 
Ex.: Ele era fraco. Ele não era forte. 
3) Utilização de termos anafóricos, isto é, que remetem a outros já citados no texto. 
Ex.: Paulo e Antônio já saíram. Paulo foi ao colégio; Antônio, ao cinema. Paulo e Antônio já saíram. 
Aquele foi ao colégio; este, ao cinema. Aquele = Paulo este = Antônio 
4) Troca de termo verbal por nominal, e vice-versa. 
Ex.: É necessário que todos colaborem. É necessária a colaboração de todos. Quero o respeito do 
grupo. Quero que o grupo me respeite. 
5) Omissão de termos facilmente subentendidos. 
Ex.: Nós desejávamos uma missão mais delicada, mais importante. Desejávamos missão mais deli-
cada e importante. 
6) Mudança de ordem dos termos no período. 
Ex.: Lendo o jornal, cheguei à conclusão de que tudo aquilo seria esquecido após três ou quatro me-
ses de investigação. Cheguei à conclusão, lendo o jornal, de que tudo aquilo, após três ou quatro 
meses de pesquisa, seria esquecido. 
7) Mudança de voz verbal 
Ex.: A mulher plantou uma roseira em seu jardim. (voz ativa) Uma roseira foi plantada pela mulher em 
seu jardim. (voz passiva analítica) 
Obs.: Se o sujeito for indeterminado (verbo na 3ª pessoa do plural sem o sujeito expresso na frase), 
haverá duas mudanças possíveis. 
Ex.: Plantaram uma roseira. (voz ativa) Uma roseira foi plantada. (voz passiva analítica) 
Plantou-se uma roseira. (voz passiva sintética) 
8) Troca de discurso 
Ex.: Naquela tarde, Pedro dirigiu-se ao pai dizendo: - Cortarei a grama sozinho. (discurso direto) Na-
quela tarde, Pedro dirigiu-se ao pai dizendo que cortaria a grama sozinho. (discurso indireto) 
9) Troca de palavras por expressões perifrásticas (vide perífrase, no capítulo seguinte) e vice-versa 
Ex.: Castro Alves visitou Paris naquele ano. O poeta dos escravos visitou a cidade luz naquele ano. 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 
 
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10) Troca de locuções por palavras e vice-versa: 
Ex.: O homem da cidade não conhece a linguagem do céu. O homem urbano não conhece a lingua-
gem celeste. 
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SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 
 
 
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Parônimos e Homônimos 
Palavras que possuem a mesma grafia e som, porém com significados diferentes, são caracterizadas 
como parônimos e homônimos. 
 
Parônimos e homônimos apresentam semelhanças gráficas e sonoras 
Parônimos e homônimos são palavras que possuem semelhanças no som e na grafia, porém 
se constituem de significados diferentes. E por falar em significado, cabe-nos ressaltar que esse é 
um fator preponderante na construção de nossos discursos – na oralidade e, principalmente, na 
escrita. 
Para você não correr o risco de utilizar alguma palavra cujo significado esteja equivocado, é essencial 
dispor de alguns recursos que auxiliam na construção dos enunciados, tais como a prática constante 
da leitura, o uso de um bom dicionário, enfim, o convívio com tudo aquilo que tende a corroborar para 
o aprimoramento da competência linguística. 
Nesse sentido, levando-se em consideração algumas particularidades que imperam no processo de 
significação das palavras, passemos a partir de agora a estabelecer familiaridade com alguns 
aspectos relacionados à homonímia e à paronímia. 
Homônimos 
São palavras que apresentam igualdade ou semelhança fonética (relativa ao som) ou igualdade 
gráfica (relativa à grafia), porém com significados distintos. Dada essa particularidade, temos que os 
homônimos se subdividem em três grupos. 
Homógrafos – São aquelas palavras iguais na grafia, mas diferentes no som e no significado. 
Vejamos alguns exemplos: 
almoço → substantivo / almoço → verbo 
colher → substantivo / colher → verbo 
começo → substantivo / começo → verbo 
jogo → substantivo / jogo → verbo 
sede → substantivo (vontade de beber) / sede → localidade 
Homófonos – São palavras iguais na pronúncia, porém diferentes na grafia e no significado. São 
exemplos: 
 
Palavras homófonas são iguais na pronúncia e diferentes no significado e na escrita 
Homônimos perfeitos – são aquelas palavras iguais na grafia e no som, mas diferentes no 
significado. Observemos alguns exemplos: 
 
cedo → verbo / cedo → advérbio 
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 
 
 
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caminho → substantivo / caminho → verbo 
livre → adjetivo / livre → verbo 
Parônimos 
São palavras semelhantes na grafia e no som, mas com significados distintos. Constatemos alguns 
casos: 
 
Homônimos são palavras que apresentam significados diferentes, mas que são pronunciadas da 
mesma forma, como cem e sem. 
Parônimos são também palavras que apresentam significados diferentes, mas que são pronunciadas 
da forma parecida, como comprimento e cumprimento. 
Palavras homônimas 
As palavras homônimas subdividem-se em: 
• homônimos perfeitos; 
• homônimos homófonos; 
• homônimos homógrafos. 
Homônimos perfeitos 
Grafia (escrita): igual 
Fonética (som): igual 
Significado: diferente 
Exemplos de homônimos perfeitos: 
• caminho (itinerário) e caminho (verbo caminhar); 
• cedo (com antecedência) e cedo (verbo ceder); 
• leve (com pouco peso) e leve (verbo levar); 
• morro (monte) e morro (verbo morrer); 
• rio (curso de água) e rio (verbo rir); 
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 
 
 
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• são (saudável) e são (verbo ser); 
• verão (estação do ano) e verão (verbo ver); 
Homônimos homófonos 
Grafia (escrita): diferente 
Fonética (som): igual 
Significado: diferente 
Exemplos de homófonos: 
• acento e assento; 
• alto e auto; 
• caçar e cassar; 
• cela e sela; 
• cinto e sinto; 
• cocha e coxa; 
• concerto e conserto; 
• conselho e concelho; 
• houve e ouve; 
• mau e mal; 
• noz e nós; 
• remissão e remição; 
• seção e sessão; 
• senso e censo; 
• trás e traz; 
• voz e vós; 
Homônimos homógrafos 
Grafia (escrita): igual 
Fonética (som): diferente 
Significado: diferente 
Exemplos de homógrafos: 
• acerto (correção) e acerto (verbo acertar); 
• acordo (combinação) e acordo (verbo acordar); 
• apoio (suporte) e apoio (verbo apoiar); 
• choro (pranto) e choro (verbo chorar); 
• colher (talher) e colher (apanhar); 
• começo (princípio) e começo (verbo começar); 
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 
 
 
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• cor (coloração) e cor (memória); 
• dúvida (incerteza) e duvida (verbo duvidar); 
• gosto (sabor) e gosto (verbo gostar); 
• hábito (costume) e habito (verbo habitar); 
• jogo (entretenimento) e jogo (verbo jogar); 
• molho (caldo) e molho (verbo molhar); 
• sábia (sabedora) e sabia (verbo saber); 
• sede (vontade de beber) e sede (matriz); 
• sobre (acerca de) e sobre (verbo sobrar); 
Palavras parônimas 
Grafia (escrita): parecida 
Fonética (som): parecida 
Significado: diferente 
Exemplos de parônimos: 
• absorver e absolver; 
• aferir e auferir; 
• apóstrofe e apóstrofo; 
• cavaleiro e cavalheiro; 
• conjuntura e conjectura; 
• deferir e diferir; 
• descrição e discrição; 
• dirigente e diligente; 
• discriminar e descriminar; 
• dispensa e despensa; 
• emigrante e imigrante; 
• eminente e iminente; 
• estofar e estufar; 
• flagrante e fragrante; 
• fluir e fruir; 
• fluvial e pluvial; 
• imergir e emergir; 
• implícito e explícito; 
• infligir e infringir; 
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 
 
 
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• influxo e efluxo; 
• mandado e mandato; 
• místico e mítico; 
• preceder e proceder; 
• ratificar e retificar; 
• revezar e revisar; 
• soar e suar; 
• tráfego e tráfico; 
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ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
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Ortografia Oficial 
Todas as regras ortográficas da gramática portuguesa. 
Caso x / ch 
1) x / ch nas palavras provenientes do latim: 
1.1) Emprego do ch: 
Ao passar do latim para o português, as sequências "cl", "pl" e "fl", transformaram-se em "ch": 
afflare > achar 
flagrare > cheirar 
flamma > chama 
caplu > cacho 
clamare > chamar 
claven > chave 
masclu > macho 
planus > chão 
plenus > cheio 
plorare > chorar 
plumbum > chumbo 
pluvia > chuva 
1.2) Emprego do x: 
a) Proveniente do x latino: 
exaguare > enxaguar 
examen > exame 
laxare > deixar 
luxu > luxo 
b) Palatização do S em grupos como ssi ou sce: 
miscere > mexer 
passione > paixão 
pisce > peixe 
2) Emprega-se a letra x: 
x1) Após ditongo: 
 ameixa 
 caixa 
 peixe 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Exceções: 
 recauchutar (do francês recaoutchouter) 
 guache (do francês gouache) 
 caucho (espécie de árvore. Tem origem na palavra cauchu "lágrimas da árvore", é de um idioma 
indígena, mas está em nossa ortografia oficial) 
x2) Em palavras iniciadas por ME: 
 Mexerica 
 México 
 Mexilhão 
 Mexer 
Exceção: 
 mecha (de cabelos), que tem sua origem no fracês mèche. Não confundir com a forma verbal 
"mexa" do verbo mexer, que deve ser grafada com x. 
X3) Em palavras iniciadas por EN: 
 Enxada 
 Enxerto 
 Enxurrada 
Exceção1: 
 enchova (regionalismo de anchova, que origina-se do genovês anciua); 
Exceção2: Palavras formadas por prefixação de en + radical com ch: 
 enchente, encher e derivados = prefixo en + radical de cheio; 
 encharcar = en + radical de charco; 
 enchiqueirar = en + radical de chiqueiro; 
 enchapelar = en + radical de chapéu; 
 enchumaçar = en + radical de chumaço 
x4) Em palavras com origem Tupi. As mais conhecidas são: 
 Araxá - lugar alto onde primeiro se avista o sol. 
 Abacaxi - de yá, ou ywa (fruta), e katy (que recende, cheira); 
 Capixaba - roça, roçado, terra limpa para plantação. 
 Caxumba 
 Pataxó - tribo. 
 Queixada - “o que corta”. 
 Xará - de xe rera, "meu nome". 
 Xavante - tribo. 
 Xaxim - do tupi-guarani Xá = cachoeira, Xim = pequena. 
 Ximaana – tribo. 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
 Xingu - água boa, água limpa, na língua Kamayurá. 
 
Exceção: 
 Chapecó – Cidade de SC. Derivação do tupi Xapecó (de donde se avista o caminho da roça). 
x5) Em palavras com origem árabe. As mais conhecidas são: 
 Almoxarife 
 Almoxarifado 
 Elixir (al-Axir) 
 Enxaqueca (xaqiqa - meia cabeça) 
 Haxixe (hashish - maconha) 
 Oxalá (in sha allah ou inshallah - se Deus quiser) 
 Xarope 
 Xadrez (xatranj) 
 Xarope (xarab - bebida, poção) 
 Xeque 
 Xeque-mate 
Exceções: 
 Alcachofra (Alkharshof - fruto do cardo manso) 
 Chafariz 
x6) Em palavras com origem africana. As mais conhecidas são: 
 Afoxé 
 Axé 
 Borocoxô 
 Exu 
 Fuxico 
 Maxixe 
 Orixá 
 Xendengue (magro, franzino) 
 Xangô (Xa - Senhor; Ag + No - Fogo Oculto; Gô = Raio, Alma) 
 Xaxado 
 Xingar 
 XinXim 
 Xodó 
Exceções: 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
 Cachimbo (kixima) 
 Cachaça 
 Cochicho 
 Cochilar 
 Chilique 
3) Emprega-se ch: 
ch1) Em palavras com origem francesa. As mais conhecidas são: 
 Avalanche (Avalónch) 
 Cachê (Cachet) 
 Cachecol (Cacher) 
 Chalé (Chalet) 
 Chassi (Chânssis) 
 Champanhe (Champagne) 
 Champignon (Champignon) 
 Chantilly (Chantilly) 
 Chance (Chance) 
 Chapéu (Chapeau) 
 Chantagem (Chantage) 
 Charme (Charme) 
 Chefe (Chef) 
 Chique (Chic) 
 Chofer (Chauffeur) 
 Clichê (Cliché) 
 Creche (Crèche) 
 Crochê (Crochet) 
 Debochar (Débaucher) 
 Fetiche (Fétiche) 
 Guichê (Guichet) 
 Manchete (Manchette) 
 Pochete (Pochette) 
 Revanche (Revanche) 
 Voucher (Vocher) 
Caso g / j 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
1) Palavras provenientes do latim e do grego: 
1.1) O g português representa geralmente o g latino ou grego: 
 a) Latim: 
 agere > agir 
 agitare > agitar 
 digit(i) (raiz) > digitar 
 gestu > gesto 
 gelu > gelo 
 liturgia > liturgia 
 tegella > tigela 
Magia < Magia (latim) < Mageia (grego) < Magush (persa) 
b) Grego: 
 eksegesis > exegese 
 gymnastics > ginástica 
 hégemonikós > hegemônico 
 logiké > lógico 
 synlogismos > sologismo 
Exceção: 
aggelos > anjo (angeolatria é com g) 
1.2) Não há j no grego e no latim clássico. O j provém: 
 a) Da consonantização do I semiconsoante latino: 
 iactu > jeito 
 iam > já 
 iocus > jogo 
 maiestate > majestade 
b) Da palatalização do S + I, ou do grupo DI + Vogal: 
 basiu > beijo 
 casiu > queijo 
 hodie > hoje 
 radiare > rajar 
2) Emprega-se a letra g: 
g1) Nas palavras derivadas de outras grafadas com g: 
 engessar (de gesso) 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
 faringite (de faringe) 
 selvageria (de selvagem) 
 
Exceção: 
 coragem (fr. courage) => corajoso, encorajar 
g2) Nas palavras terminadas em ágio, égio, ígio, ógio, úgio: 
 pedágio 
 sacrilégio 
 prestígio 
 relógio 
 refúgio 
g3) Os substantivos terminados em gem: 
 viagem 
 coragem 
 ferrugem 
Exceção: 
 pajem 
 lambujem 
g4) Nos verbos terminados em ger e gir: 
 eleger 
 mugir 
g5) Em geral, após R: 
 aspergir 
 divergir 
 submergir 
3) Emprega-se a letra j: 
j1) Nas palavras derivadas de outras grafadas com j: 
 sarjeta (de sarja) 
 lojista (de loja) 
 canjica (de canja) 
 sarjeta (de sarja) 
 gorjeta (de gorja) 
 j2) Nos verbos terminados em jar: 
 viajar 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
 encorajar 
 enferrujar 
j3) Em palavras com origem árabe. As mais conhecidas são: 
 alforje (al hurj <sacola>) 
 azulejo (azzelij) 
 berinjela (badanjanah) 
 javali (djabali) 
 jaleco (jalikah) 
 jarra (djarrah) 
 laranja (narandja) 
Exceções: 
 álgebra (al-jabr) 
 algema (al jamad <a pulseira>) 
 giz (jibs) 
 girafa (zarâfa (AR.) ->giraffa (IT.) -> girafa (PT.)) 
j4) Em palavras com origem tupi. As mais conhecidas são: 
 beiju 
 cajá 
 caju 
 canjica 
 carijó 
 guarajuba 
 itajuba 
 itajaí 
 jequiriti 
 jequitibá 
 jerimum 
 jibóia (cobra d’água). 
 jumana (tribo). 
 jurubeba (planta espinhosa e fruta tida como medicinal). 
 jenipapo 
 jururu 
 maracujá 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
8 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
 marajó 
 mucujê 
 pajé 
 Ubirajara 
Exceção: Sergipe 
J5) Em palavras com origem africana. As mais conhecidas são: 
 acarajé 
 Iemanjá 
 jabá 
 jagunço 
 jererê (cigarro de maconha) 
 jiló 
 jurema 
Exceções: 
 bugiganga 
 ginga 
Caso c ou ç / s ou ss 
O c tem o valor de /s/ com as vogais E e I. Antes de A, O e U usa-se ç. 
 acetato 
 ácido 
 açafrão 
 aço 
 açúcar 
Depois de consoante usa-se s. Entre vogais, usa-se ss: 
 manso 
 concurso 
 expulso 
 prosseguir 
 girassol 
 pessoa 
s1) Usa-se s em palavras derivadas de verbosterminados em ERGIR, CORRER, PELIR: 
 aspergir = aspersão 
 compelir = compulsório 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
9 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
 concorrer = concurso 
 discorrer = discurso 
 expelir = expulsão, expulso 
 imergir = imersão 
 impelir = impulsão, impulso 
s2) Verbos terminados em DAR – DER – DIR – TER – TIR – MIR recebem s quando há perda das 
letras “D – T – M”em suas derivações: 
 circuncidar (circumcidere) = circuncisão, circunciso 
 ascender (ascendere) = ascensão 
 suceder (succedere) = sucessão / sucesso 
 expandir (expandere) = expansão / expansível 
 iludir (illudere) = ilusão / ilusório 
 progredir (progredere) = progressão / progressivo / progresso 
 submeter (submittere) = submissão / submisso 
 discutir (discutere) = discussão 
 suprimir (supprimere) = supressão / supresso 
 redimir (redimere) = remissão / remisso 
Observe também a origem latina: 
 excluir (de excludere) = exclusão 
 incluir (de includere) = inclusão... 
c1) Verbos não terminados em DAR - DER - DIR - TER - TIR - MIR quando mudam o radical 
recebem ç: 
 agir = ação 
 excetuar = exceção 
 proteger = proteção 
 promover = promoção 
c2) Verbos que mantêm o radical recebem ç em derivações: 
 acomodar = acomodação 
 consolidar = consolidação 
 conter = contenção 
 fundar = fundação 
 fundir = fundição 
 remir = remição 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
10 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
 reter = retenção 
 saudar = saudação 
 torcer = torção 
 distorcer = distorção 
Observe também a origem latina: 
 manter (manutenere) = manutenção 
 nadar (natare) = natação 
c3) Usa-se c ou ç após ditongo quando houver som de s: 
 eleição 
 traição 
 foice 
c4) Nos sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, iço, nça, uça, uço. 
 barca = barcaça 
 rico = ricaço 
 cota = cotação 
 aguço = aguçar 
 merece = merecer 
 carne = carniça 
 canil = caniço 
 esperar = esperança 
 cara = carapuça 
 dente = dentuço 
c5) Em palavras com origem árabe. As mais conhecidas são: 
 açafrão 
 açoite 
 açougue 
 açude 
 açúcar 
 açucena 
 alface 
 alvoroço 
 ceifa 
 celeste 
 cetim 
 cifra 
Exceção: 
 arsenal 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
11 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
 carmesim 
 safra 
 salada 
 sultão 
c6) Em palavras com origem tupi. As mais conhecidas são: 
 araçá 
 açaí 
 babaçu 
 cacique 
 caiçara 
 camaçari 
 cipó 
 cupuaçu 
 Iguaçu 
 Iracema 
 juçara 
 maçaranduba 
 maniçoba 
 paçoca 
 piaçava 
 piraguaçu 
Exceção (todas começam com som de s, menos cipó): 
 sabiá 
 sagui 
 saci 
 samambaia 
 sariguê 
 savana 
 Sergipe 
 siri 
 suçuarana 
 sucuri 
 sururu 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
12 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
c7) Em palavras com origem africana. As mais conhecidas são: 
 bagunça 
 caçamba 
 cachaça 
 caçula 
 cangaço 
 jagunço 
 lambança 
 miçanga 
Exceção (todas começam com som de s): 
 sapeca 
 samba 
 senzala 
 serelepe 
 songamonga 
 sova (pancada) 
Caso z / s 
1) Emprega-se a letra s: 
s1) Em palavras derivadas de uma primitiva grafada com s: 
 análise = analisar, analisado 
 pesquisa = pesquisar, pesquisado. 
Exceção: catequese = catequizar. 
s2) Após ditongo quando houver som de z: 
 Creusa 
 coisa 
 maisena 
s3) Na conjugação dos verbos PÔR e QUERER: 
 (Ele) pôs 
 (Ele) quis 
 (Nós) pusemos 
 (Nós) quisemos 
 (Se eu) puser 
 (Se eu) quiser 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
13 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
s4) Em palavras terminadas em OSO, OSA (que significa “cheio de”): 
 horrorosa 
 gostoso 
Exceção: gozo 
s5) Nos sufixos gregos ASE, ESE, ISE, OSE: 
 frase 
 tese 
 crase 
 crise 
 osmose 
Exceções: deslize e gaze. 
s6) Nos sufxos ÊS, ESA, ESIA e ISA, usados na formação de palavras que indicam nacionalidade, 
profissão, estado social, títulos honoríficos. 
 chinês 
 chinesa 
 camponês 
 poetisa 
 burguês 
 burguesa 
 freguesia 
 Luísa 
 Heloísa 
Exceção: Juíza (por derivar do masculino juiz). 
z1) As terminadas em EZ e EZA serão escritas com z quando forem substantivos abstratos provindos 
de adjetivos, ou seja, quando indicarem qualidade: 
 escasso / escassez 
 macio / maciez 
 rígido / rigidez 
 sensato / sensatez 
 surdo / surdez 
 avaro / avareza 
 certo / certeza 
 duro / dureza 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
14 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
 nobre / nobreza 
 pobre / pobreza 
 rico / riqueza 
z2) Grafam-se com "z" as palavras derivadas com os sufixos 
"zada, zal, zarrão, zeiro, zinho, zito, zona, zorra, zudo". O "z", neste caso, é uma consoante de 
ligação com o infixo. 
 pazada 
 cafezal 
 homenzarrão 
 açaizeiro 
 papelzinho 
 cãozito 
 mãezona 
 mãozorra 
 pezudo 
Exceção (quando o radical das palavras de origem possuem o "s"): 
 asa = asinha 
 riso = risinho 
 casa = casinha 
 Inês = Inesita 
 Teresa = Teresinha 
z3) Em derivações resultando em verbos terminados com som de IZAR: 
 útil = utilizar 
 terror = aterrorizar 
 economia = economizar 
Exceção (quando o radical das palavras de origem possuem o "s"): 
 análise = analisar 
 pesquisa = pesesquisar 
 improviso = improvisar 
 Exceção da Exceção: catequese = catequizar. 
Caso ex / es 
1) Como regra geral, as palavras que em latim se iniciavam por ex mantiveram a mesma grafia ao 
passarem do latim clássico para o português. 
expectorare > expectorar; 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
15 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
expansione > expansão; 
expellere > expelir; 
experimentu > experimento; 
expiratione > expiração; 
extrinsecu > extrínseco; 
extensione > extensão; 
Há, contudo, exceções. Algumas palavras que se escreviam com ex em latim evoluíram para es ao 
passar do latim vulgar para o português. 
excusare > escusar; 
excavare > escavar; 
exprimere > espremer; 
extraneo > estranho; 
extendere > estender; 
O verbo "estender”, por exemplo, entrou para o léxico no século 13, originária do latim vulgar, quando 
o “x” antes de consoante tornava-se “s”. O vocábulo “extensão” aparece no léxico de nossa língua no 
século 18 e teve sua origem no latim clássico (extensione), quando a regra era manter o “x” de sua 
origem (extensio). Tal como "extensão", escreve-se extenso, extensivo, extensibilidade, etc. 
2) Já as palavras que se iniciavam por s em latim deram origem a derivados com es em português: 
scapula > escápula; 
scrotu > escroto; 
spatula > espátula; 
spectru > espectro; 
speculare > especular; 
spiral > espiral; 
spontaneu > espontâneo; 
spuma > espuma; 
statura > estatura; 
sterile > estéril 
stertore > estertor; 
strutura > estrutura; 
Os termos médicos derivados de palavras gregas iniciadas por s também se escrevem com es em 
português. Ex: 
 escotoma 
 esclerótica 
 esfenoide 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
16 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
 esplâncnico 
 estase 
 estenose 
 estroma 
Um equívoco primário consiste na confusão entre estase (do gr. stásis, parada, estagnação) 
e êxtase (do gr. ekstásis - ek = fora de; stasis = estado, pelo latim extase). Também se deve 
distinguir estrato (do latim stratu), com o sentido de camada, de extrato (do latim extractu), aquilo que 
se extraiu de alguma coisa. 
 
Caso sc 
Utiliza-se SC em termos eruditos latinos, isto é, cuja etimologia manteve o radical latino: 
 abscesso (abscessus); 
 acrescer (accrescere); 
 adolescente (adolescentis); 
 aquiescer (acquiescere); 
 ascender (ascendere); 
 consciência (conscientia); 
 crescer (crescere); 
 descer (descendere); 
 disciplina (disciplina); 
 fascículo (fasciculus); 
 fascinar (fascinare); 
 florescer (florescere); 
 lascivo (lascivu); 
 nascer (nascere); 
 oscilar (oscillare); 
 obsceno (obscenus); 
 rescindir (rescindere); 
 víscera (viscus); 
 
Caso c / qu e Forma Variantes 
Existem palavras que podemos escrever com "c" e também com qu: 
 catorze / quatorze 
 cociente / quociente 
 cota / quota 
 cotidiano / quotidiano 
 cotizar / quotizar 
 
E existem variantes aceitas para outras palavras: 
 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
17 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
 abdome e abdômen 
 açoitare açoutar 
 afeminado e efeminado 
 aluguel ou aluguer 
 arrebitar e rebitar 
 arremedar e remedar 
 assoalho e soalho 
 assobiar e assoviar 
 assoprar e soprar 
 Azalea e Azaleia 
 bêbado e bêbedo 
 bilhão e bilião 
 bílis e bile 
 bombo e bumbo 
 bravo e brabo 
 caatinga e catinga 
 cãibra e câimbra 
 carroçaria e carroceria 
 catucar e cutucar 
 chipanzé e chimpanzé 
 coisa e cousa 
 degelar e desgelar 
 dependurar e pendurar 
 derrubar e derribar 
 desenxavido e desenxabido 
 diabete e diabetes 
 embaralhar e baralhar 
 enfarte e infarto 
 entretenimento e entretimento 
 entoação e entonação 
 enumerar e numerar 
 espécime e espécimen 
 espuma e escuma 
 estalar e estralar 
 este e leste (pontos cardeais) 
 flauta e frauta 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
18 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
 flecha e frecha 
 geringonça e gerigonça 
 homogeneizar e homogenizar 
 húmus e humo 
 impingem e impigem 
 imundícia, imundície e imundice 
 intrincado e intricado 
 lide e lida 
 louro e loiro 
 macaxeira e macaxera 
 maltrapilho e maltrapido 
 malvadeza e malvadez 
 maquiagem e maquilagem 
 marimbondo e maribondo 
 matracar e matraquear 
 mobiliar e mobilhar 
 neblina e nebrina 
 nenê e neném 
 parênteses e parêntesis 
 percentagem e porcentagem 
 pitoresco, pinturesco e pintoresco 
 plancha e prancha 
 pólen e polem 
 quadrênio e quatriênio 
 quatrilhão e quatrilião 
 radioatividade e radiatividade 
 rastro e rasto 
 relampear e relampejar 
 remoinho e redemoinho 
 salobra e salobre 
 taberna e taverna 
 tesoura e tesoira 
 toicinho e toucinho 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
19 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
 transpassar, traspassar e trespassar 
 transvestir e travestir 
 treinar e trenar 
 tríade e triada 
 trilhão e trilião 
 vasculhar e basculhar 
 Xérox e Xerox 
 xeretar e xeretear 
Caso o / u 
1) Usa-se o na grafia dos seguintes vocábulos: 
 boteco 
 botequim 
 cortiço 
 engolir 
 goela 
 mochila 
 moela 
 mosquito 
 mágoa 
 moleque 
 nódoa 
 tossir 
 toalete 
 zoar 
2) Usa-se u na grafia dos seguintes vocábulos: 
 amuleto 
 entupir 
 jabuti 
 mandíbula 
 supetão 
 tábua 
Caso e / i 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
20 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
1) Os verbos terminados em -UIR e em -OER: 
No Presente do Indicativo, as 2ª e 3ª pessoas do singular são grafadas com I. Exemplo (verbo 
possuir): 
tu possuis 
ele possui 
Ortografia oficial 
tu constróis 
ele constrói 
tu móis 
ele mói 
tu róis 
ele rói 
2) Os verbos terminados em -UAR e em -OAR: 
No Presente do Subjuntivo, todas as pessoas da conjugação serão grafadas com e. Exemplo (verbo 
entoar): 
Que eu entoe 
Que tu entoes 
Que ele entoe 
Que nós entoemos 
Que vós entoeis 
Que eles entoem 
3) Todos os verbos que terminam em [-ear] (arrear, frear, alardear, amacear, passear...) fazem um 
ditongo [-ei-] no presente do indicativo e do subjuntivo nas formas rizotônicas (1ª, 2ª, 3ª do singular e 
3ª do plural,): 
PRESENTE DO 
INDICATIVO 
PRETÉRITO 
PERFEITO 
FUTURO PRESENTE DO 
SUBJUNTIVO 
(que…) 
Eu freio Eu freei Eu frearei Eu freie 
Tu freias Tu freaste Tu frearás Tu freies 
Ele freia Ele freou Ele freará Ele freie 
Nós freamos Nós freamos Nós frearemos Nós freemos 
Vós freais Vós freastes Vós freareis Vós freeis 
Eles freiam Eles frearam Eles frearão Eles freiem 
4) Os verbos terminados em [-iar] (arriar, criar, odiar…) são regulares, exceto o (I)MARIO: 
(Inter)Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar, Odiar, os quais são irregulares e formam ditongo [-ei-] nas 
formas rizotônicas: 
Observe a diferença entre Arriar (regular) e Mediar (irregular): 
PRESENTE DO 
INDICATIVO 
PRESENTE DO 
SUBJUNTIVO 
(que…) 
PRESENTE DO 
INTICATIVO 
PRESENTE DO 
SUBJUNTIVO 
(que…) 
Eu arrio Eu arrie Eu medeio Eu medeie 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
21 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 
Tu arrias Tu arries Tu medeias Tu medeies 
Ele arria Ele arrie Ele medeia Ele medeie 
Nós arriamos Nós arriemos Nós mediamos Nós mediemos 
Vós arriais Vós arrieis Vós mediais Vós medieis 
Eles arriam Eles arriem Eles medeiam Eles medeiem 
DECRETO Nº 6.583, DE 29 DE SETEMBRO DE 2008. 
 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da 
Constituição, e 
Considerando que o Congresso Nacional aprovou, por meio do Decreto Legislativo no 54, de 18 de 
abril de 1995, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro 
de 1990; 
Considerando que o Governo brasileiro depositou o instrumento de ratificação do referido Acordo 
junto ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Portuguesa, na qualidade de depositário 
do ato, em 24 de junho de 1996; 
Considerando que o Acordo entrou em vigor internacional em 1o de janeiro de 2007, inclusive para o 
Brasil, no plano jurídico externo; 
DECRETA: 
Art. 1o O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, entre os Governos da República de Angola, da 
República Federativa do Brasil, da República de Cabo Verde, da República de Guiné-Bissau, da 
República de Moçambique, da República Portuguesa e da República Democrática de São Tomé e 
Príncipe, de 16 de dezembro de 1990, apenso por cópia ao presente Decreto, será executado e 
cumprido tão inteiramente como nele se contém. 
Art. 2o O referido Acordo produzirá efeitos somente a partir de 1o de janeiro de 2009. 
Parágrafo único. A implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1o de janeiro de 
2009 a 31 de dezembro de 2012, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor 
e a nova norma estabelecida. 
Parágrafo único. A implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1o de janeiro de 
2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor 
e a nova norma estabelecida. (Redação dada pelo Decreto nº 7.875, de 2012) 
Art. 3o São sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em 
revisão do referido Acordo, assim como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do art. 
49, inciso I, da Constituição, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional. 
Art. 4o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 29 de setembro de 2008; 187o da Independência e 120o da República. 
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA 
Celso Luiz Nunes Amorim 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 30.9.2008 
Acordo Ortográfico Da Língua Portuguesa 
Considerando que o projeto de texto de ortografia unificada de língua portuguesa aprovado em 
Lisboa, em 12 de outubro de 1990, pela Academia das Ciências de Lisboa, Academia Brasileira de 
Letras e delegações de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, 
com a adesão da delegação de observadores da Galiza, constitui um passo importante para a defesa 
da unidade essencial da língua portuguesa e para o seu prestígio internacional, 
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Considerando que o texto do acordo que ora se aprova resulta de um aprofundado debate nos Países 
signatários, 
a República Popular de Angola, 
a República Federativa do Brasil, 
a República de Cabo Verde, 
a República da Guiné-Bissau, 
a República de Moçambique, 
a República Portuguesa, 
e a República Democrática de São Tomé e Príncipe, 
acordam no seguinte: 
Artigo 1o 
É aprovado o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que consta como anexo I ao presente 
instrumento de aprovação, sob a designação de Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990) e 
vai acompanhado da respectiva nota explicativa, que consta como anexo II ao mesmo instrumento de 
aprovação, sob a designação de Nota Explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa 
(1990). 
Artigo 2o 
Os Estados signatários tomarão, através das instituições e órgãos competentes, as providências 
necessárias com vista à elaboração, até 1 de janeiro de 1993, de um vocabulário ortográfico comum 
da língua portuguesa, tão completo quanto desejável e tão normalizadorquanto possível, no que se 
refere às terminologias científicas e técnicas. 
Artigo 3o 
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entrará em vigor em 1o de janeiro de 1994, após 
depositados os instrumentos de ratificação de todos os Estados junto do Governo da República 
Portuguesa. 
Artigo 4o 
Os Estados signatários adotarão as medidas que entenderem adequadas ao efetivo respeito da data 
da entrada em vigor estabelecida no artigo 3o. 
Em fé do que, os abaixo assinados, devidamente credenciados para o efeito, aprovam o presente 
acordo, redigido em língua portuguesa, em sete exemplares, todos igualmente autênticos. 
Assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990. 
PELA REPÚBLICA POPULAR DE ANGOLA 
JOSÉ MATEUS DE ADELINO PEIXOTO 
Secretário de Estado da Cultura 
PELA REPÚBLICA FEDERATIVA 
DO BRASIL 
CARLOS ALBERTO GOMES CHIARELLI 
Ministro da Educação 
PELA REPÚBLICA DE CABO VERDE 
DAVID HOPFFER ALMADA 
Ministro da Informação, Cultura e Desportos 
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PELA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU 
ALEXANDRE BRITO RIBEIRO FURTADO 
Secretário de Estado da Cultura 
PELA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE 
LUIS BERNARDO HONWANA 
Ministro da Cultura 
PELA REPÚBLICA PORTUGUESA 
PEDRO MIGUEL DE SANTANA LOPES 
Secretário de Estado da Cultura 
PELA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE 
LÍGIA SILVA GRAÇA DO ESPÍRITO SANTO COSTA 
Ministra da Educação e Cultura 
ANEXO I 
ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA 
(1990) 
Base I 
Do alfabeto e dos nomes próprios estrangeiros e seus derivados 
1o)O alfabeto da língua portuguesa é formado por vinte e seis letras, cada uma delas com uma forma 
minúscula e outra maiúscula: 
a A (á) j J (jota) s S (esse) 
b B (bê) k K (capa ou cá) t T (tê) 
c C (cê) l L (ele) u U (u) 
d D (dê) m M (eme) v V (vê) 
e E (é) n N (ene) w W (dáblio) 
f F (efe) o O (ó) x X (xis) 
g G (gê ou guê) p P (pê) y Y (ípsilon) 
h H (agá) q Q (quê) z Z (zê) 
i I (i) r R (erre) 
Obs.: 1. Além destas letras, usam-se o ç (cê cedilhado) e os seguintes dígrafos: rr (erre 
duplo), ss (esse duplo), ch (cê-agá), lh (ele-agá), nh (ene-agá), gu (guê-u) e qu (quê-u). 
 2. Os nomes das letras acima sugeridos não excluem outras formas de as designar. 
2º)As letras k, w e y usam-se nos seguintes casos especiais: 
a)Em antropónimos/antropônimos originários de outras línguas e seus 
derivados: Franklin, frankliniano; Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Wagner, wagneriano; Byron, by
roniano; Taylor, taylorista; 
b)Em topónimos/topônimos originários de outras línguas e seus 
derivados: Kwanza, Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawiano; 
c)Em siglas, símbolos e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso 
internacional: TWA, KLM; K-potássio (de kalium), W-oeste (West); kg-quilograma, km-quilómetro, kW-
kilowatt, yd-jarda (yard); Watt. 
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3º)Em congruência com o número anterior, mantêm-se nos vocábulos derivados eruditamente de 
nomes próprios estrangeiros quaisquer combinações gráficas ou sinais diacríticos não peculiares à 
nossa escrita que figurem nesses nomes: comtista, de Comte; garrettiano, 
de Garrett; jeffersónia/jeffersônia, de Jefferson; mülleriano, de Müller, shakespeariano, 
de Shakespeare. 
Os vocabulários autorizados registrarão grafias alternativas admissíveis, em casos de divulgação de 
certas palavras de tal tipo de origem (a exemplo de fúcsia/ fúchsia e derivados, buganvília/ 
buganvílea/ bougainvíllea). 
4º)Os dígrafos finais de origem hebraica ch, ph e th podem conservar-se em formas onomásticas da 
tradição bíblica, como Baruch, Loth, Moloch, Ziph, ou então simplificar-se: Baruc, Lot, Moloc, Zif. Se 
qualquer um destes dígrafos, em formas do mesmo tipo, é invariavelmente mudo, elimina-se: José, 
Nazaré, em vez de Joseph, Nazareth; e se algum deles, por força do uso, permite adaptação, 
substitui-se, recebendo uma adição vocálica: Judite, em vez de Judith. 
5º)As consoantes finais grafadas b, c, d, g e t mantêm-se, quer sejam mudas, quer proferidas, nas 
formas onomásticas em que o uso as consagrou, nomeadamente antropónimos/antropônimos e 
topónimos/topônimos da tradição bíblica: Jacob, Job, Moab, Isaac; David, Gad; Gog, Magog; 
Bensabat, Josafat. 
Integram-se também nesta forma: Cid, em que o d é sempre pronunciado; Madrid e Valhadolid, em 
que o d ora é pronunciado, ora não; e Calecut ou Calicut, em que o t se encontra nas mesmas 
condições. 
Nada impede, entretanto, que dos antropónimos/antopônimos em apreço sejam usados sem a 
consoante final Jó, Davi e Jacó. 
6º)Recomenda-se que os topónimos/topônimos de línguas estrangeiras se substituam, tanto quanto 
possível, por formas vernáculas, quando estas sejam antigas e ainda vivas em português ou quando 
entrem, ou possam entrar, no uso corrente. Exemplo: Anvers, substituído por Antuérpia; Cherbourg, 
por Cherburgo; Garonne, por Garona; Genève, por Genebra; Jutland, por Jutlândia; Milano, 
por Milão; München, por Munique; Torino, por Turim; Zürich, por Zurique, etc. 
Base II 
Do h inicial e final 
1º)O h inicial emprega-se: 
a)Por força da etimologia: haver, hélice, hera, hoje, hora, homem, humor. 
b)Em virtude de adoção convencional: hã?, hem?, hum!. 
2º)O h inicial suprime-se: 
a)Quando, apesar da etimologia, a sua supressão está inteiramente consagrada pelo uso: erva, em 
vez de herva; e, portanto, ervaçal, ervanário, ervoso (em contraste 
com herbáceo, herbanário, herboso, formas de origem erudita); 
b)Quando, por via de composição, passa a interior e o elemento em que figura se aglutina ao 
precedente: biebdomadário, desarmonia, desumano, exaurir, inábil, lobisomem, reabilitar, reaver; 
3º)O h inicial mantém-se, no entanto, quando, numa palavra composta, pertence a um elemento que 
está ligado ao anterior por meio de hífen: anti-higiénico/anti-higiênico, contra-haste; pré-história, 
sobre-humano. 
4º)O h final emprega-se em interjeições: ah! oh! 
Base III 
Da homofonia de certos grafemas consonânticos 
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Dada a homofonia existente entre certos grafemas consonânticos, torna-se necessário diferençar os 
seus empregos, que fundamentalmente se regulam pela história das palavras. É certo que a 
variedade das condições em que se fixam na escrita os grafemas consonânticos homófonos nem 
sempre permite fácil diferenciação dos casos em que se deve empregar uma letra e daqueles em 
que, diversamente, se deve empregar outra, ou outras, a representar o mesmo som. 
Nesta conformidade, importa notar, principalmente, os seguintes casos: 
1º)Distinção gráfica entre ch e x: achar, archote, bucha, capacho, capucho, chamar, chave, Chico, 
chiste, chorar, colchão, colchete, endecha, estrebucha, facho, ficha, flecha, frincha, gancho, inchar, 
macho, mancha, murchar, nicho, pachorra, pecha, pechincha, penacho, rachar, sachar, 
tacho; ameixa, anexim, baixel, baixo, bexiga, bruxa, coaxar, coxia, debuxo, deixar, eixo, elixir, 
enxofre, faixa, feixe, madeixa, mexer, oxalá, praxe, puxar, rouxinol, vexar, xadrez, xarope, xenofobia, 
xerife, xícara. 
2º)Distinção gráfica entre g, com valor de fricativa palatal, e j: adágio, alfageme, Álgebra, algema, 
algeroz, Algés, algibebe, algibeira, álgido, almargem, Alvorge, Argel, estrangeiro, falange, ferrugem, 
frigir, gelosia, gengiva, gergelim, geringonça, Gibraltar, ginete, ginja, girafa, gíria, herege, relógio, 
sege, Tânger, virgem; adjetivo, ajeitar, ajeru (nome de planta indiana e de uma espécie de 
papagaio), canjerê, canjica, enjeitar, granjear, hoje, intrujice, jecoral, jejum, jeira, jeito, Jeová, 
jenipapo, jequiri, jequitibá, Jeremias, Jericó, jerimum, Jerónimo, Jesus, jibóia, jiquipanga, jiquiró, 
jiquitaia, jirau, jiriti, jitirana, laranjeira, lojista, majestade, majestoso, manjerico, manjerona, mucujê, 
pajé, pegajento, rejeitar, sujeito, trejeito. 
3º)Distinção gráfica entre as letras s, ss, c, ç e x, que representam sibilantes surdas: ânsia, ascensão,aspersão, cansar, conversão, esconso, farsa, ganso, imenso, mansão, mansarda, manso, pretensão, 
remanso, seara, seda, Seia, Sertã, Sernancelhe, serralheiro, Singapura, Sintra, sisa, tarso, terso, 
valsa; abadessa, acossar, amassar, arremessar, Asseiceira, asseio, atravessar, benesse, Cassilda, 
codesso (identicamente Codessal ou Codassal, Codesseda, Codessoso, etc.), crasso, devassar, 
dossel, egresso, endossar, escasso, fosso, gesso, molosso, mossa, obsessão, pêssego, possesso, 
remessa, sossegar; acém, acervo, alicerce, cebola, cereal, Cernache, cetim, Cinfães, Escócia, 
Macedo, obcecar, percevejo; açafate, açorda, açúcar, almaço, atenção, berço, Buçaco, caçanje, 
caçula, caraça, dançar, Eça, enguiço, Gonçalves, inserção, linguiça, maçada, Mação, maçar, 
Moçambique, Monção, muçulmano, murça, negaça, pança, peça, quiçaba, quiçaça, quiçama, 
quiçamba, Seiça (grafia que pretere as erróneas/errôneas Ceiça e Ceissa), Seiçal, Suíça, 
terço; auxílio, Maximiliano, Maximino, máximo, próximo, sintaxe. 
4º)Distinção gráfica entre s de fim de sílaba (inicial ou interior) e x e z com idêntico valor 
fónico/fônico: adestrar, Calisto, escusar, esdrúxulo, esgotar, esplanada, esplêndido, espontâneo, 
espremer, esquisito, estender, Estremadura, Estremoz, inesgotável; extensão, explicar, 
extraordinário, inextricável, inexperto, sextante, têxtil; capazmente, infelizmente, velozmente. De 
acordo com esta distinção convém notar dois casos: 
a)Em final de sílaba que não seja final de palavra, o x = s muda para s sempre que está precedido 
de i ou u: justapor, justalinear, misto, sistino (cf. Capela Sistina), Sisto, em vez de juxtapor, juxtalinear, 
mixto, sixtina, Sixto. 
b)Só nos advérbios em –mente se admite z, com valor idêntico ao de s, em final de sílaba seguida de 
outra consoante (cf. capazmente, etc.); de contrário, o s toma sempre o lugar de z: Biscaia, e 
não Bizcaia. 
5º)Distinção gráfica entre s final de palavra e x e z com idêntico valor fónico/fônico: aguarrás, aliás, 
anis, após atrás, através, Avis, Brás, Dinis, Garcês, gás, Gerês, Inês, íris, Jesus, jus, lápis, Luís, país, 
português, Queirós, quis, retrós, revés, Tomás, Valdés; cálix, Félix, Fénix, flux; assaz, arroz, avestruz, 
dez, diz, fez (substantivo e forma do verbo fazer), fiz, Forjaz, Galaaz, giz, jaez, matiz, petiz, Queluz, 
Romariz, [Arcos de] Valdevez, Vaz. A propósito, deve observar-se que é inadmissível z final 
equivalente a s em palavra não oxítona: Cádis, e não Cádiz. 
6º)Distinção gráfica entre as letras interiores s, x e z, que representam sibilantes sonoras: aceso, 
analisar, anestesia, artesão, asa, asilo, Baltasar, besouro, besuntar, blusa, brasa, brasão, Brasil, 
brisa, [Marco de] Canaveses, coliseu, defesa, duquesa, Elisa, empresa, Ermesinde, Esposende, 
frenesi ou frenesim, frisar, guisa, improviso, jusante, liso, lousa, Lousã, Luso (nome de lugar, 
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homónimo/homônimo de Luso, nome mitológico), Matosinhos, Meneses, narciso, Nisa, obséquio, 
ousar, pesquisa, portuguesa, presa, raso, represa, Resende, sacerdotisa, Sesimbra, Sousa, surpresa, 
tisana, transe, trânsito, vaso; exalar, exemplo, exibir, exorbitar, exuberante, inexato, 
inexorável; abalizado, alfazema, Arcozelo, autorizar, azar, azedo, azo, azorrague, baliza, bazar, 
beleza, buzina, búzio, comezinho, deslizar, deslize, Ezequiel, fuzileiro, Galiza, guizo, helenizar, 
lambuzar, lezíria, Mouzinho, proeza, sazão, urze, vazar, Veneza, Vizela, Vouzela. 
Base IV 
Das seqüências consonânticas 
1º)O c, com valor de oclusiva velar, das seqüências interiores cc (segundo c com valor de 
sibilante), cç e ct, e o p das seqüências interiores pc (c com valor de sibilante), pç e pt, ora se 
conservam, ora se eliminam. 
Assim: 
a)Conservam-se nos casos em que são invariavelmente proferidos nas pronúncias cultas da 
língua: compacto, convicção, convicto, ficção, friccionar, pacto, pictural; adepto, apto, díptico, 
erupção, eucalipto, inepto, núpcias, rapto. 
b)Eliminam-se nos casos em que são invariavelmente mudos nas pronúncias cultas da língua: ação, 
acionar, afetivo, aflição, aflito, ato, coleção, coletivo, direção, diretor, exato, objeção; adoção, adotar, 
batizar, Egito, ótimo. 
c)Conservam-se ou eliminam-se, facultativamente, quando se proferem numa pronúncia culta, quer 
geral, quer restritamente, ou então quando oscilam entre a prolação e o 
emudecimento: aspecto e aspeto, cacto e cato, caracteres e carateres, dicção e dição; facto e fato, se
ctor e setor, ceptro e cetro, concepção e conceção, corrupto e corruto, recepção e receção. 
d)Quando, nas seqüências interiores mpc, mpç e mpt se eliminar o p de acordo com o determinado 
nos parágrafos precedentes, o m passa a n, escrevendo-se, 
respectivamente nc, nç e nt: assumpcionista e assuncionista; assumpção e assunção; assumptível e 
assuntível; peremptório e perentório, sumptuoso e suntuoso, sumptuosidade e suntuosidade. 
2º)Conservam-se ou eliminam-se, facultativamente, quando se proferem numa pronúncia culta, quer 
geral, quer restritamente, ou então quando oscilam entre a prolação e o emudecimento: o b da 
seqüência bd, em súbdito; o b da seqüência bt, em subtil e seus derivados; o g da seqüência gd, 
em amígdala, amigdalácea, amigdalar, amigdalato, amigdalite, amigdalóide, amigdalopatia, amigdalot
omia; o m da seqüência mn, 
em amnistia, amnistiar, indemne, indemnidade, indemnizar, omnímodo, omnipotente, omnisciente, 
etc.; o t, da seqüência tm, em aritmética e aritmético. 
Base V 
Das vogais átonas 
1º)O emprego do e e do i, assim como o do o e do u, em sílaba átona, regula-se fundamentalmente 
pela etimologia e por particularidades da história das palavras. Assim se estabelecem variadíssimas 
grafias: 
a)Com e e i: ameaça, amealhar, antecipar, arrepiar, balnear, boreal, campeão, cardeal (prelado, ave 
planta; diferente de cardial = “relativo à cárdia”), Ceará, côdea, enseada, enteado, Floreal, janeanes, 
lêndea, Leonardo, Leonel, Leonor, Leopoldo, Leote, linear, meão, melhor, nomear, peanha, 
quase (em vez de quási), real, semear, semelhante, várzea; ameixial, Ameixieira, amial, amieiro, 
arrieiro, artilharia, capitânia, cordial (adjetivo e substantivo), corriola, crânio, criar, diante, diminuir, 
Dinis, ferregial, Filinto, Filipe (e identicamente Filipa, Filipinas, etc.), freixial, giesta, Idanha, igual, 
imiscuir-se, inigualável, lampião, limiar, Lumiar, lumieiro, pátio, pior, tigela, tijolo, Vimieiro, Vimioso; 
b)Com o e u: abolir, Alpendorada, assolar, borboleta, cobiça, consoada, consoar, costume, díscolo, 
êmbolo, engolir, epístola, esbaforir-se, esboroar, farândola, femoral, Freixoeira, girândola, goela, 
jocoso, mágoa, névoa, nódoa, óbolo, Páscoa, Pascoal, Pascoela, polir, Rodolfo, távoa, tavoada, 
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távola, tômbola, veio (substantivo e forma do verbo vir); açular, água, aluvião, arcuense, assumir, 
bulir, camândulas, curtir, curtume, embutir, entupir, fémur/fêmur, fístula, glândula, ínsua, jucundo, 
légua, Luanda, lucubração, lugar, mangual, Manuel, míngua, Nicarágua, pontual, régua, tábua, 
tabuada, tabuleta, trégua, virtualha. 
2º)Sendo muito variadas as condições etimológicas e histórico-fonéticas em que se fixam 
graficamente e e i ou o e u em sílaba átona, é evidente que só a consulta dos vocabulários ou 
dicionários pode indicar, muitas vezes, se deve empregar-se e ou i, se o ou u. Há, todavia, alguns 
casos em que o uso dessas vogais pode ser facilmente sistematizado. Convém fixar os seguintes: 
a)Escrevem-se com e, e não com i, antes da sílaba tónica/tônica, os substantivos e adjetivos que 
procedem de substantivos terminados em – eio e – eia, ou com eles estão em relação direta. Assim 
se regulam: aldeão, aldeola, aldeota por aldeia; areal, areeiro, areento, 
Areosa por areia; aveal por aveia; baleal por baleia; cadeado por cadeia; candeeiro por candeia; cent
eeira e centeeiro por centeio; colmeal e colmeeiro por colmeia; correada e correame por correia.b)Escrevem-se igualmente com e, antes de vogal ou ditongo da sílaba tónica/tônica, os derivados de 
palavras que terminam em e acentuado (o qual pode representar um antigo hiato: ea, ee): galeão, 
galeota, galeote, de galé; coreano, de Coreia; daomeano, de Daomé; guineense, 
de Guiné; poleame e poleeiro, de polé. 
c)Escrevem-se com i, e não com e, antes da sílaba tónica/tônica, os adjetivos e substantivos 
derivados em que entram os sufixos mistos de formação vernácula – iano e –iense, os quais são o 
resultado da combinação dos sufixos –ano e –ense com um i de origem analógica (baseado em 
palavras onde –ano e –ense estão precedidos de i pertencente ao tema: horaciano, italiano, duriense, 
flaviense, etc.): açoriano, acriano (de Acre), camoniano, goisiano (relativo a Damião de Góis), 
siniense (de Sines), sofocliano, torriano, torriense (de Torre(s)). 
d)Uniformizam-se com as terminações –io e –ia (átonas), em vez de –eo e –ea, os substantivos que 
constituem variações, obtidas por ampliação, de outros substantivos terminados em 
vogal: cúmio (popular), de cume; hástia, de haste; réstia, do antigo reste; véstia, de veste. 
e)Os verbos em –ear podem distinguir-se praticamente, grande número de vezes, dos verbos em –
iar, quer pela formação, quer pela conjugação e formação ao mesmo tempo. Estão no primeiro caso 
todos os verbos que se prendem a substantivos em –eio ou –eia (sejam formados em português ou 
venham já do latim); assim se regulam: aldear, por aldeia; alhear, alheio; cear, por ceia; encadear, 
por cadeia; pear, por peia; etc. Estão no segundo caso todos os verbos que têm normalmente flexões 
rizotónicas/rizotônicas em –eio, -eias, etc.: clarear, delinear, devanear, falsear, granjear, guerrear, 
hastear, nomear, semear, etc. Existem, no entanto, verbos em –iar, ligados a substantivos com as 
terminações átonas –ia ou –io, que admitem variantes na 
conjugação: negoceio ou negocio (cf. negócio); premeio ou premio (cf. prémio/prêmio); etc. 
f)Não é lícito o emprego do u final átono em palavras de origem latina. Escreve-se, por isso: moto, em 
vez de mótu (por exemplo, na expressão de moto próprio); tribo, em vez de tríbu. 
g)Os verbos em –oar distinguem-se praticamente dos verbos em –uar pela sua conjugação nas 
formas rizotónicas/rizotônicas, que têm sempre o na sílaba acentuada: abençoar com o, 
como abençoo, abençoas, etc.; destoar, com o, como destoo, destoas, etc.: mas acentuar, com u, 
como acentuo, acentuas, etc. 
Base VI 
Das vogais nasais 
Na representação das vogais nasais devem observar-se os seguintes preceitos: 
1º)Quando uma vogal nasal ocorre em fim de palavra, ou em fim de elemento seguido de hífen, 
representa-se a nasalidade pelo til, se essa vogal é de timbre a; por m, se possui qualquer outro 
timbre e termina a palavra; e por n, se é de timbre diverso de a e está seguida de s: afã, grã, Grã-
Bretanha, lã, órfã, sã-braseiro (forma dialetal; o mesmo que são-brasense = de S. Brás de 
Alportel); clarim, tom, vacum; flautins, semitons, zunzuns. 
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2º)Os vocábulos terminados em –ã transmitem esta representação do a nasal aos advérbios em –
mente que deles se formem, assim como a derivados em que entrem sufixos iniciados 
por z: cristãmente, irmãmente, sãmente; lãzudo, maçãzita, manhãzinha, romãzeira. 
Base VII 
Dos ditongos 
1º)Os ditongos orais, que tanto podem ser tónicos/tônicos como átonos, distribuem-se por dois 
grupos gráficos principais, conforme o segundo elemento do ditongo é representado por i ou u: ai, ei, 
éi, ui; au, eu, éu, iu, ou: braçais, caixote, deveis, eirado, farnéis (mas farneizinhos), goivo, goivar, 
lençóis (mas lençoizinhos), tafuis, uivar, cacau, cacaueiro, deu, endeusar, 
ilhéu (mas ilheuzito), mediu, passou, regougar. 
Obs: Admitem-se, todavia, excepcionalmente, à parte destes dois grupos, os ditongos 
grafados ae(= âi ou ai) e ao (= âu ou au): o primeiro, representado nos 
antropónimos/antropônimos Caetano e Caetana, assim como nos respectivos derivados e compostos 
(caetaninha, são-caetano, etc.); o segundo, representado nas combinações da preposição a com as 
formas masculinas do artigo ou pronome demonstrativo o, ou seja, ao e aos. 
2º)Cumpre fixar, a propósito dos ditongos orais, os seguintes preceitos particulares: 
a)É o ditongo grafado ui, e não a seqüência vocálica grafada ue, que se emprega nas formas de 2a e 
3a pessoas do singular do presente do indicativo e igualmente na da 2a pessoa do singular do 
imperativo dos verbos em – uir: constituis, influi, retribui. Harmonizam-se, portanto, essas formas com 
todos os casos de ditongo grafado ui de sílaba final ou fim de palavra (azuis, fui, Guardafui, Rui, etc.); 
e ficam assim em paralelo gráfico-fonético com as formas de 2a e 3a pessoas do singular do presente 
do indicativo e de 2a pessoa do singular do imperativo dos verbos em – air e em – oer: atrais, cai, 
sai; móis, remói, sói. 
b)É o ditongo grafado ui que representa sempre, em palavras de origem latina, a união de um u a 
um i átono seguinte. Não divergem, portanto, formas como fluido de formas como gratuito. E isso não 
impede que nos derivados de formas daquele tipo as vogais grafadas u e i se 
separem: fluídico, fluidez (u-i). 
c)Além, dos ditongos orais propriamente ditos, os quais são todos decrescentes, admite-se, como é 
sabido, a existência de ditongos crescentes. Podem considerar-se no número deles as seqüências 
vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas, tais as que se representam graficamente por ea, eo, ia, ie, io, oa, 
ua, ue, uo: áurea, áureo, calúnia, espécie, exímio, mágoa, míngua, ténue/tênue, tríduo. 
3º)Os ditongos nasais, que na sua maioria tanto podem ser tónicos/tônicos como átonos, pertencem 
graficamente a dois tipos fundamentais: ditongos representados por vogal com til e semivogal; 
ditongos representados por uma vogal seguida da consoante nasal m. Eis a indicação de uns e 
outros: 
a)Os ditongos representados por vogal com til e semivogal são quatro, considerando-se apenas a 
língua padrão contemporânea: ãe (usado em vocábulos oxítonos e derivados), ãi (usado em 
vocábulos anoxítonos e derivados), ão e õe. Exemplos: cães, Guimarães, mãe, mãezinha; cãibas, 
cãibeiro, cãibra, zãibo; mão, mãozinha, não, quão, sótão, sotãozinho, tão; Camões, orações, 
oraçõezinhas, põe, repões. Ao lado de tais ditongos pode, por exemplo, colocar-se o ditongo ũi; mas 
este, embora se exemplifique numa forma popular como rũi = ruim, representa-se sem o til nas 
formas muito e mui, por obediência à tradição. 
b)Os ditongos representados por uma vogal seguida da consoante nasal m são dois: am e em. 
Divergem, porém, nos seus empregos: 
i)am (sempre átono) só se emprega em flexões verbais: amam, deviam, escreveram, puseram; 
ii)em (tónico/tônico ou átono) emprega-se em palavras de categorias morfológicas diversas, incluindo 
flexões verbais, e pode apresentar variantes gráficas determinadas pela posição, pela acentuação ou, 
simultaneamente, pela posição e pela acentuação: bem, Bembom, Bemposta, cem, devem, nem, 
quem, sem, tem, virgem; Bencanta, Benfeito, Benfica, benquisto, bens, enfim, enquanto, 
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homenzarrão, homenzinho, nuvenzinha, tens, virgens, amém(variação de ámen), armazém, convém, 
mantém, ninguém, porém, Santarém, também; convêm, mantêm, têm (3as pessoas do 
plural); armazéns, desdéns, convéns, reténs; Belenzada, vintenzinho. 
Base VIII 
Da acentuação gráfica das palavras oxítonas 
1º)Acentuam-se com acento agudo: 
a)As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas abertas grafadas –a, –e ou –o, 
seguidas ou não de –s: está, estás, já, olá; até, é, és, olé, pontapé(s); avó(s), dominó(s), paletó(s), 
só(s). 
Obs.: Em algumas (poucas) palavras oxítonas terminadas em –e tónico/tônico, geralmente 
provenientes do francês, esta vogal, por ser articulada nas pronúncias cultas ora como aberta ora 
como fechada, admite tanto o acento agudo como o acento 
circunflexo:bebé ou bebê; bidé ou bidê, canapé ou canapê, caraté ou caratê, croché ou crochê, guich
é ou guichê, matiné ou matinê, nené ou nenê, ponjé ou ponjê, puré ou purê, rapé ou rapê. 
O mesmo se verifica com formas como cocó e cocô, ró (letra do alfabeto grego) e rô. São igualmente 
admitidas formas como judô, a par de judo, e metrô, a par de metro. 
b)As formas verbais oxítonas, quando, conjugadas com os pronomes clíticos lo(s) ou la(s), ficam a 
terminar na vogal tónica/tônica aberta grafada –a, após a assimilação e perda das consoantes finais 
grafadas –r, –s ou –z: adorá-lo(s) (de adorar-lo(s)), dá-la(s) (de dar-la(s) ou dá(s)-la(s)), fá-
lo(s) (de faz-lo(s)), fá-lo(s)-ás (de far-lo(s)-ás), habitá-la(s)-iam (de habitar-la(s)-iam), trá-la(s)-
á (de trar-la(s)-á); 
c)As palavras oxítonas com mais de uma sílaba terminadas no ditongo nasal grafado –em (exceto as 
formas da 3a pessoa do plural do presente do indicativo dos compostos de ter e vir: retêm, 
sustêm; advêm, provêm; etc) ou –ens: acém, detém, deténs, entretém, entreténs, harém, haréns, 
porém, provém, provéns, também; 
d)As palavras oxítonas com os ditongos abertos grafados –éi, –éu ou –ói, podendo estes dois últimos 
ser seguidos ou não de –s: anéis, batéis, fiéis, papéis; céu(s), chapéu(s), ilhéu(s), 
véu(s); corrói (de corroer), herói(s),remói (de remoer), sóis. 
2º)Acentuam-se com acento circunflexo: 
a)As palavras oxítonas terminadas nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se grafam –e ou –o, 
seguidas ou não de –s: cortês, dê, dês (de dar), lê, lês (de ler), português, você(s); avô(s), 
pôs (de pôr), robô(s). 
b)As formas verbais oxítonas, quando, conjugadas com os pronomes clíticos –lo(s) ou –la(s), ficam a 
terminar nas vogais tónicas/tônicas fechadas que se grafam –e ou –o, após a assimilação e perda 
das consoantes finais grafadas –r, –s ou –z: detê-lo(s) (de deter-lo(s)), fazê-la(s) (de fazer-la(s)), fê-
lo(s) (de fez-lo(s)), vê-la(s) (de ver-la(s)), compô-la(s) (de compor-la(s)), repô-la(s) (de repor-la(s)), pô-
la(s) (de por-la(s) ou pôs-la(s)). 
3º)Prescinde-se de acento gráfico para distinguir palavras oxítonas homógrafas, mas 
heterofónicas/heterofônicas, do tipo de cor (ô), substantivo, e cor (ó), elemento da locução de 
cor; colher (ê), verbo, e colher (é), substantivo. Excetua-se a forma verbal pôr, para a distinguir da 
preposição por. 
Base IX 
Da acentuação gráfica das palavras paroxítonas 
1º)As palavras paroxítona não são em geral acentuadas graficamente: enjoo, grave, homem, mesa, 
Tejo, vejo, velho, voo; avanço, floresta; abençoo, angolano, brasileiro; descobrimento, graficamente, 
moçambicano. 
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2º)Recebem, no entanto, acento agudo: 
a)As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas 
grafadas a, e, o e ainda i ou u e que terminam em –l, –n, –r, –x e –ps, assim como, salvo raras 
exceções, as respectivas formas do plural, algumas das quais passam a 
proparoxítonas: amável (pl. amáveis), Aníbal, dócil (pl. dóceis), dúctil (pl. dúcteis), fóssil (pl. fósseis), r
éptil (pl. réptéis; var. reptil, pl. reptis); cármen (pl. cármenes ou carmens; var. carme, 
pl. carmes); dólmen (pl. dólmenes ou dolmens), éden (pl. édenes ou edens), líquen (pl. líquenes), lúm
en (pl. lúmenes ou lumens); açúcar (pl. açúcares), almíscar (pl. almíscares), cadáver (pl. cadáveres), 
caráter ou carácter (mas pl. carateresou caracteres), ímpar (pl. ímpares); Ájax, córtex (pl. córtex; 
var. córtice, pl. córtices), índex (pl. index; var. índice, pl. índices), tórax, (pl. tórax ou tóraxes; 
var. torace, pl. toraces); bíceps (pl. bíceps; var. bicípite, pl. bicípites), fórceps(pl. fórceps; var. fórcipe, 
pl. fórcipes). 
Obs.: Muito poucas palavras deste tipo, com as vogais tónicas/tônicas grafadas e e o em fim de 
sílaba, seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas 
pronúncias cultas da língua e, por conseguinte, também de acento gráfico (agudo ou 
circunflexo): sémen e sêmen, xénon e xênon; fémur e fêmur, vómer e vômer; Fénix e Fênix, ónix e ôni
x. 
b)As palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tónica/tônica, as vogais abertas grafadas a, e, 
o e ainda i ou u e que terminam em –ã(s), –ão(s), –ei(s), –i(s), –um, –uns ou –
us: órfã (pl. órfãs), acórdão (pl. acórdãos), órfão (pl. órfãos), órgão (pl. órgãos), sótão (pl. sótãos); hóq
uei, jóquei (pl. jóqueis), amáveis (pl. de amável), fáceis (pl. de fácil), fósseis (pl. 
de fóssil), amáreis (de amar), amáveis (id.), cantaríeis (de cantar), fizéreis (de fazer), fizésseis (id.); be
ribéri (pl. beribéris), bílis (sg. e pl.), íris (sg. e pl.), júri (pl. júris), oásis (sg. e 
pl.); álbum (pl. álbuns), fórum (pl. fóruns); húmus (sg. e pl.), vírus (sg. e pl.). 
Obs.: Muito poucas paroxítonas deste tipo, com as vogais tónicas/tônicas grafadas e e o em fim de 
sílaba, seguidas das consoantes nasais grafadas m e n, apresentam oscilação de timbre nas 
pronúncias cultas da língua, o qual é assinalado com acento agudo, se aberto, ou circunflexo, se 
fechado: pónei e pônei; gónis e gônis, pénis e pênis, ténis e tênis; bónus e bônus, ónus e ônus, tónus 
e tônus, Vénus e Vênus. 
3º)Não se acentuam graficamente os ditongos representados por ei e oi da sílaba tónica/tônica das 
palavras paroxítonas, dado que existe oscilação em muitos casos entre o fechamento e a abertura na 
sua articulação: assembleia, boleia, ideia, tal como aldeia, baleia, cadeia, cheia, meia; coreico, 
epopeico, onomatopeico, proteico; alcaloide, apoio (do verbo apoiar), tal como apoio (subst.), Azoia, 
boia, boina, comboio (subst.), tal como comboio, comboias, etc. (do verbo 
comboiar), dezoito, estroina, heroico, introito, jiboia, moina, paranoico, zoina. 
4º)É facultativo assinalar com acento agudo as formas verbais de pretérito perfeito do indicativo, do 
tipo amámos, louvámos, para as distinguir das correspondentes formas do presente do indicativo 
(amamos, louvamos), já que o timbre da vogal tónica/tônica é aberto naquele caso em certas 
variantes do português. 
5º)Recebem acento circunflexo: 
a)As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas com a grafia a, e, 
o e que terminam em –l, –n, –r ou –x, assim como as respectivas formas do plural, algumas das quais 
se tornam proparoxítonas: cônsul (pl. cônsules), pênsil (pênseis), têxtil (pl. têxteis); cânon, 
var. cânone, 
(pl. cânones), plâncton (pl. plânctons); Almodôvar, aljôfar (pl. aljôfares), âmbar (pl. âmbares), Câncer, 
Tânger; bômbax (sg. e pl.), bômbix, var. bômbice, (pl. bômbices). 
b)As palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tónica/tônica, as vogais fechadas com a grafia a, e, 
o e que terminam em –ão(s), –eis, –i(s) ou –us: bênção(s), côvão(s), Estêvão, 
zângão(s); devêreis (de dever), escrevêsseis (de escrever), fôreis (de ser e ir), fôsseis (id.), pênseis (p
l. de pênsil), têxteis (pl. de têxtil); dândi(s), Mênfis; ânus. 
c)As formas verbais têm e vêm, 3as pessoas do plural do presente do indicativo de ter e vir, que são 
foneticamente paroxítonas (respectivamente /tãjãj/, /vãjãj/ ou /tẽẽj/, /vẽẽj/ ou ainda /tẽjẽj/, /vẽjẽj/; cf. as 
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antigas grafias preteridas, tẽem, vẽem), a fim de se distinguirem de tem e vem, 3as pessoas do 
singular do presente do indicativo ou 2as pessoas do singular do imperativo; e também as 
correspondentes formas compostas, tais 
como: abstêm (cf. abstém), advêm (cf. advém), contêm (cf. contém), convêm (cf. convém), desconvê
m (cf. desconvém), detêm (cf. detém), entretêm (cf. entretém), intervêm (cf. intervém), mantêm (cf. ma
ntém), obtêm (cf. obtém), provêm (cf. provém), sobrevêm (cf. sobrevém). 
Obs.: Também neste caso são preteridas as antigas grafias detẽem, intervẽem, mantẽem, provẽem, 
etc. 
6º)Assinalam-se com acento circunflexo: 
a)Obrigatoriamente, pôde (3a pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo), que se distingue 
da correspondente forma do presente do indicativo(pode). 
b)Facultativamente, dêmos (1a pessoa do plural do presente do conjuntivo), para se distinguir da 
correspondente forma do pretérito perfeito do indicativo (demos); fôrma (substantivo), distinta 
de forma (substantivo; 3a pessoa do singular do presente do indicativo ou 2a pessoa do singular do 
imperativo do verbo formar). 
7º)Prescinde-se de acento circunflexo nas formas verbais paroxítonas que contêm um e tónico/tônico 
oral fechado em hiato com a terminação –em da 3ª pessoa do plural do presente do indicativo ou do 
conjuntivo, conforme os casos: creem, deem (conj.), descreem, desdeem (conj.), leem, preveem, 
redeem (conj.), releem, reveem, tresleem, veem. 
8º)Prescinde-se igualmente do acento circunflexo para assinalar a vogal tónica/tônica fechada com a 
grafia o em palavras paroxítonas como enjoo, substantivo e flexão de enjoar, povoo, flexão 
de povoar, voo, substantivo e flexão de voar, etc. 
9º)Prescinde-se, quer do acento agudo, quer do circunflexo, para distinguir palavras paroxítonas que, 
tendo respectivamente vogal tónica/tônica aberta ou fechada, são homógrafas de palavras proclíticas. 
Assim, deixam de se distinguir pelo acento gráfico: para (á), flexão de parar, e para, 
preposição; pela(s) (é), substantivo e flexão de pelar, e pela(s), combinação de per e la(s); pelo (é), 
flexão de pelar, pelo(s) (ê), substantivo ou combinação de per e lo(s); polo(s) (ó), substantivo, 
e polo(s), combinação antiga e popular de por e lo(s); etc. 
10º)Prescinde-se igualmente de acento gráfico para distinguir paroxítonas homógrafas 
heterofónicas/heterofônicas do tipo de acerto (ê), substantivo e acerto (é), flexão 
de acertar; acordo (ô), substantivo, e acordo (ó), flexão de acordar; cerca (ê), substantivo, advérbio e 
elemento da locução prepositiva cerca de, e cerca (é), flexão de cercar; coro (ô), substantivo, 
e coro (ó), flexão de corar; deste (ê), contracção da preposição de com o demonstrativo este, 
e deste (é), flexão de dar; fora (ô), flexão de ser e ir, e fora (ó), advérbio, interjeição e 
substantivo; piloto (ô), substantivo, e piloto (ó), flexão de pilotar, etc. 
Base X 
Da acentuação das vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas 
1º)As vogais tóncias/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas levam acento agudo 
quando antecedidas de uma vogal com que não formam ditongo e desde de que não constituam 
sílaba com a eventual consoante seguinte, excetuando o caso de s: adaís (pl. de adail), aí, 
atraí (de atrair), baú, caís (de cair), Esaú, jacuí, Luís, país, etc.; alaúde, amiúde, Araújo, Ataíde, 
atraíam (de atrair), atraísse (id.), baía, balaústre, cafeína, ciúme, egoísmo, faísca, faúlha, graúdo, 
influíste (de influir), juízes, Luísa, miúdo, paraíso, raízes, recaída, ruína, saída, sanduíche, etc. 
2º)As vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas não levam acento 
agudo quando, antecedidas de vogal com que não formam ditongo, constituem sílaba com a 
consoante seguinte, como é o caso de nh, l, m, n, r e z: bainha, moinho, rainha; adail, paul, 
Raul; Aboim, Coimbra, ruim; ainda, constituinte, oriundo, ruins, triunfo; at-
rairn. demiuñrgo, influir, influirmos; juiz, raiz; etc. 
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3º)Em conformidade com as regras anteriores leva acento agudo a vogal tónica/tônica grafada i das 
formas oxítonas terminadas em r dos verbos em –air e –uir, quando estas se combinam com as 
formas pronominais clíticas –lo(s), –la(s), que levam à assimilação e perda daquele –r: atraí-
lo(s) (de atrair-lo(s)); atraí-lo(s)-ia (de atrair-lo(s)-ia); possuí-la(s) (de possuir-la(s)); possuí-la(s)-
ia (de possuir-la(s)-ia). 
4º)Prescinde-se do acento agudo nas vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras paroxítonas, 
quando elas estão precedidas de ditongo: baiuca, boiuno, 
cauila (var. cauira), cheiinho (de cheio), saiinha (de saia). 
5º)Levam, porém, acento agudo as vogais tónicas/tônicas grafadas i e u quando, precedidas de 
ditongo, pertencem as palavras oxítonas e estão em posição final ou seguidas de s: Piauí, teiú, teiús, 
tuiuiú, tuiuiús. 
Obs.: Se, neste caso, a consoante final for diferente de s, tais vogais dispensam o acento 
agudo: cauim. 
6º)Prescinde-se do acento agudo nos ditongos tónicos/tônicos grafados iu e ui, quando precedidos de 
vogal: distraiu, instruiu, pauis (pl. de paul). 
7º)Os verbos arguir e redarguir prescindem do acento agudo na vogal tónica/tônica grafada u nas 
formas rizotónicas/rizotônicas: arguo, arguis, argui, arguem, argua, arguas, argua, arguam. Os verbos 
do tipo de aguar, apaniguar, apaziguar, apropinquar, averiguar, desaguar, enxaguar, obliquar, 
delinquir e afins, por oferecerem dois paradigmas, ou têm as formas rizotónicas/rizotônicas 
igualmente acentuadas no u mas sem marca gráfica (a exemplo de averiguo, averiguas, averigua, 
averiguam; averigue, averigues, averigue, averiguem; enxaguo, enxaguas, enxagua, 
enxaguam; enxague, enxagues, enxague, enxaguem, etc.; delinquo, delinquis, delinqui, delinquem; 
mas delinquimos, delinquís) ou têm as formas rizotónicas/rizotônicas acentuadas fónica/fônica e 
graficamente nas vogais a ou i radicais (a exemplo de averíguo, averíguas, averígua, 
averíguam; averígue, averígues, averígue, averíguem; enxáguo, enxáguas, enxágua, 
enxáguaim; enxágue, enxágues, enxágue, enxáguem; delínquo, delínques; delínque, 
delínquem; delínqua, delínquas, delínqua, delinquám). 
Obs.: Em conexão com os casos acima referidos, registre-se que os verbos em –
ingir (atingir, cingir, constringir, infringir, tingir, etc.) e os verbos em –inguir sem prolação 
do u (distinguir, extinguir, etc.) têm grafias absolutamente regulares (atinjo, atinja, atinge, atingimos, 
etc; distingo, distinga, distingue, distinguimos, etc.) 
Base XI 
Da acentuação gráfica das palavras proparoxítonas 
1º)Levam acento agudo: 
a)As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a, e, 
o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta: árabe, cáustico, Cleópatra, esquálido, 
exército, hidráulico, líquido, míope, músico, plástico, prosélito, público, rústico, tétrico, último; 
b)As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais 
abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta, e que terminam por 
seqüências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente consideradas como ditongos crescentes 
(-ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -uo, etc.): álea, náusea; etéreo, níveo; enciclopédia, glória; barbárie, 
série; lírio, prélio; mágoa, nódoa; exígua, língua; exíguo, vácuo. 
2º)Levam acento circunflexo: 
a)As palavras proparoxítonas que apresentam na sílaba tónica/tônica vogal fechada ou ditongo com a 
vogal básica fechada: anacreôntico, brêtema, cânfora, cômputo, devêramos (de dever), dinâmico, 
êmbolo, excêntrico, fôssemos (de ser e ir), Grândola, hermenêutica, lâmpada, lôstrego, lôbrego, 
nêspera, plêiade, sôfrego, sonâmbulo, trôpego; 
 
b)As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam vogais fechadas na sílaba 
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tónica/tônica, e terminam por seqüências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente 
consideradas como ditongos crescentes:amêndoa, argênteo, côdea, Islândia, Mântua, serôdio. 
3º)Levam acento agudo ou acento circunflexo as palavras proparoxítonas, reais ou aparentes, cujas 
vogais tónicas/tônicas grafadas e ou o estão em final de sílaba e são seguidas das consoantes nasais 
grafadas m ou n, conforme o seu timbre é, respectivamente, aberto ou fechado nas pronúncias cultas 
da língua: académico/acadêmico, anatómico/anatômico, cénico/cênico, cómodo/cômodo, 
fenómeno/fenômeno, género/gênero, topónimo/topônimo; Amazónia/Amazônia, António/Antônio, 
blasfémia/blasfêmia, fémea/fêmea, gémeo/gêmeo, génio/gênio, ténue/tênue. 
Base XII 
Do emprego do acento grave 
1º)Emprega-se o acento grave: 
a)Nacontração da preposição a com as formas femininas do artigo ou pronome 
demonstrativo o: à (de a + a), às (de a + as); 
b)Na contração da preposição a com os demonstrativos aquele, aquela, aqueles, aquelas e aquilo ou 
ainda da mesma preposição com os compostos aqueloutro e suas flexões: àquele(s), àquela(s), 
àquilo; àqueloutro(s), àqueloutra(s); 
Base XIII 
Da supressão dos acentos em palavras derivadas 
1º)Nos advérbios em –mente, derivados de adjetivos com acento agudo ou circunflexo, estes são 
suprimidos: avidamente (de ávido), debilmente (de débil), facilmente (de fácil), habilmente (de hábil), i
ngenuamente (de ingênuo), lucidamente (de lúcido), mamente (de má), somente (de só), unicamente 
(de único), 
etc.; candidamente (de cândido), cortesmente (de cortês), dinamicamente (de dinâmico), espontanea
mente (de espontâneo),portuguesmente (de português), romanticamente (de romântico). 
2º)Nas palavras derivadas que contêm sufixos iniciados por z e cujas formas de base apresentam 
vogas tónica/tônica com acento agudo ou circunflexo, estes são 
suprimidos: aneizinhos (de anéis), avozinha (de avó), bebezito (de bebê), cafezada (de café), chapeu
zinho (de chapéu), chazeiro (de chá), heroizito (de herói), ilheuzito (de ilhéu), mazinha (de má), orfãoz
inho (de órfão), vintenzito (de vintém), 
etc.; avozinho (de avô), bençãozinha (de bênção), lampadazita (de lâmpada), pessegozito (de pêsseg
o). 
Base XIV 
Do trema 
O trema, sinal de diérese, é inteiramente suprimido em palavras portuguesas ou aportuguesadas. 
Nem sequer se emprega na poesia, mesmo que haja separação de duas vogais que normalmente 
formam ditongo: saudade, e não saüdade, ainda que tetrassílabo; saudar, e não saüdar, ainda que 
trissílabo; etc. 
Em virtude desta supressão, abstrai-se de sinal especial, quer para distinguir, em sílaba átona, 
um i ou um u de uma vogal da sílaba anterior, quer para distinguir, também em sílaba átona, um i ou 
um u de um ditongo precedente, quer para distinguir, em sílaba tónica/tônica ou átona, o u de gu ou 
de qu de um e ou i seguintes: arruinar, constituiria, depoimento, esmiuçar, faiscar, faulhar, oleicultura, 
paraibano, reunião; abaiucado, auiqui, caiuá, cauixi, piauiense; aguentar, anguiforme, arguir, 
bilíngue (ou bilingue), lingueta, linguista, linguístico; cinquenta, equestre, frequentar, tranquilo, 
ubiquidade. 
Obs.: Conserva-se, no entanto, o trema, de acordo com a Base I, 3º, em palavras derivadas de 
nomes próprios estrangeiros: hübneriano, de Hübner, mülleriano, de Müller, etc. 
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Base XV 
Do hífen em compostos, locuções e 
encadeamentos vocabulares 
1º)Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e 
cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade 
sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento 
estar reduzido: ano-luz, arcebispo-bispo, arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, rainha-
cláudia, tenente-coronel, tio-avô, turma-piloto; alcaide-mor, amor-perfeito, guarda-noturno, mato-
grossense, norte-americano, porto-alegrense, sul-africano; afro-asiático, afro-luso-brasileiro, azul-
escuro, luso-brasileiro, primeiro-ministro, primeiro-sargento, primo-infeção, segunda-feira; conta-
gotas, finca-pé, guarda-chuva. 
Obs.: Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição, 
grafam-se aglutinadamente: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, 
paraquedista, etc. 
2º)Emprega-se o hífen nos topónimos/topônimos compostos, iniciados pelos adjetivos grã, grão ou 
por forma verbal ou cujos elementos estejam ligados por artigo: Grã-Bretanha, Grão-Pará; Abre-
Campo; Passa-Quatro, Quebra-Costas, Quebra-Dentes, Traga-Mouros, Trinca-Fortes; Albergaria-a-
Velha, Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios, Montemor-o-Novo, Trás-os-Montes. 
Obs.: Os outros topónimos/topônimos compostos escrevem-se com os elementos separados, sem 
hífen: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde, Castelo Branco, Freixo de Espada à Cinta, etc. O 
topónimo/topônimo Guiné-Bissau é, contudo, uma exceção consagrada pelo uso. 
3º)Emprega-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, 
estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento: abóbora-menina, couve-flor, erva-
doce, feijão-verde; benção-de-deus, erva-do-chá, ervilha-de-cheiro, fava-de-santo-inácio; bem-me-
quer (nome de planta que também se dá à margarida e ao malmequer); andorinha-grande, cobra-
capelo, formiga-branca; andorinha-do-mar, cobra-d’água, lesma-de-conchinha; bem-te-vi (nome de 
um pássaro). 
4º)Emprega-se o hífen nos compostos com os advérbios bem e mal, quando estes formam com o 
elemento que se lhes segue uma unidade sintagmática e semântica e tal elemento começa por vogal 
ou h. No entanto, o advérbio bem, ao contrário do mal, pode não se aglutinar com palavras 
começadas por consoante. Eis alguns exemplos das várias situações: bem-aventurado, bem-estar, 
bem-humorado; mal-afortunado, mal-estar, mal-humorado; bem-criado (cf. malcriado), bem-
ditoso (cf. malditoso), bem-falante (cf. malfalante), bem-mandado (cf. malmandado), bem-
nascido (cf. malnascido), bem-soante (cf. malsoante), bem-visto (cf. malvisto). 
Obs.: Em muitos compostos, o advérbio bem aparece aglutinado com o segundo elemento, quer este 
tenha ou não vida à parte: benfazejo, benfeito, benfeitor, benquerença, etc. 
5º)Emprega-se o hífen nos compostos com os elementos além, aquém, recém e sem: além-Atlântico, 
além-mar, além-fronteiras; aquém-mar, aquém-Pirenéus; recém-casado, recém-nascido; sem-
cerimônia, sem-número, sem-vergonha. 
6º)Nas locuções de qualquer tipo, sejam elas substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, 
prepositivas ou conjuncionais, não se emprega em geral o hífen, salvo algumas exceções já 
consagradas pelo uso (como é o caso de água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-
perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa). Sirvam, pois, de exemplo de emprego sem 
hífen as seguintes locuções: 
a)Substantivas: cão de guarda, fim de semana, sala de jantar; 
b)Adjetivas: cor de açafrão, cor de café com leite, cor de vinho; 
c)Pronominais: cada um, ele próprio, nós mesmos, quem quer que seja; 
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d)Adverbiais: à parte (note-se o substantivo aparte), à vontade, de mais (locução que se contrapõe 
a de menos; note-se demais, advérbio, conjunção, etc.), depois de amanhã, em cima, por isso; 
e)Prepositivas: abaixo de, acerca de, acima de, a fim de, a par de, à parte de, apesar de, aquando de, 
debaixo de, enquanto a, por baixo de, por cima de, quanto a; 
f)Conjuncionais: a fim de que, ao passo que, contanto que, logo que, por conseguinte, visto que. 
7º)Emprega-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando, 
não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares (tipo: a divisa Liberdade-Igualdade-
Fraternidade, a ponte Rio-Niterói, o percurso Lisboa-Coimbra-Porto, a ligação Angola-Moçambique), 
e bem assim nas combinações históricas ou ocasionais de topónimos/topônimos (tipo: Áustria-
Hungria, Alsácia-Lorena, Angola-Brasil, Tóquio-Rio de Janeiro, etc.). 
Base XVI 
Do hífen nas formações por prefixação, recomposição e sufixação 
1º)Nas formações com prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, 
hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e em formações por 
recomposição, isto é, com elementos não autônomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais 
como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, 
neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele-, etc.), só se emprega o hífen nos seguintes 
casos: 
a)Nas formações em que o segundo elemento começa por h: anti-higiénico/anti-higiênico,circum-
hospitalar, co-herdeiro, contra-harmónico/contra-harmônico, extra-humano, pré-história, sub-hepático, 
super-homem, ultra-hiperbólico; arqui-hipérbole, eletro-higrómetro, geo-história, neo-helénico/neo-
helênico, pan-helenismo, semi-hospitalar. 
Obs.: Não se usa, no entanto, o hífen em formações que contêm em geral os prefixos des- e in- e nas 
quais o segundo elemento perdeu o h inicial: desumano, desumidificar, inábil, inumano, etc. 
b)Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal com que se inicia o 
segundo elemento: anti-ibérico, contra-almirante, infra-axilar, supra-auricular; arqui-irmandade, auto-
observação, eletro-ótica, micro-onda, semi-interno. 
Obs.: Nas formações com o prefixo co-, este aglutina-se em geral com o segundo elemento mesmo 
quando iniciado por o: coobrigação, coocupante, coordenar, cooperação, cooperar, etc. 
c)Nas formações com os prefixos circum- e pan-, quando o segundo elemento começa por 
vogal, m ou n (além de h, caso já considerado atrás na alínea a): circum-escolar, circum-murado, 
circum-navegação; pan-africano, pan-mágico, pan-negritude. 
d)Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super-, quando combinados com elementos iniciados 
por r: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista. 
e)Nas formações com os prefixos ex- (com o sentido de estado anterior ou cessamento), sota-, soto-, 
vice- e vizo-: ex-almirante, ex-diretor, ex-hospedeira, ex-presidente, ex-primeiro-ministro, ex-rei; sota-
piloto, soto-mestre, vice-presidente, vice-reitor, vizo-rei. 
f)Nas formações com os prefixos tónicos/tônicos acentuados graficamente pós-, pré- e pró- quando o 
segundo elemento tem vida à parte (ao contrário do que acontece com as correspondentes formas 
átonas que se aglutinam com o elemento seguinte): pós-graduação, pós-tónico/pós-
tônicos (mas pospor); pré-escolar, pré-natal (mas prever); pró-africano, pró-europeu (mas promover). 
2º)Não se emprega, pois, o hífen: 
a)Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa 
por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se, prática aliás já generalizada em palavras deste tipo 
pertencentes aos domínios científico e técnico. Assim: antirreligioso, antissemita, contrarregra, 
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comtrassenha, cosseno, extrarregular, infrassom, minissaia, tal como biorritmo, biossatélite, 
eletrossiderurgia, microssistema, microrradiografia. 
b)Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo elemento começa 
por vogal diferente, prática esta em geral já adotada também para os termos técnicos e científicos. 
Assim: antiaéreo, coeducação, extraescolar; aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem, 
agroindustrial, hidroelétrico, plurianual. 
3º)Nas formações por sufixação apenas se emprega o hífen nos vocábulos terminados por sufixos de 
origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu e mirim, quando o primeiro 
elemento acaba em vogal acentuada graficamente ou quando a pronúncia exige a distinção gráfica 
dos dois elementos: amoré-guaçu, anajá-mirim, andá-açu, capim-açu, Ceará-Mirim. 
Base XVII 
Do hífen na ênclise, na tmese e com o verbo haver 
1º)Emprega-se o hífen na ênclise e na tmese: amá-lo, dá-se, deixa-o, partir-lhe; amá-lo-ei, enviar-lhe-
emos. 
2º)Não se emprega o hífen nas ligações da preposição de às formas monossilábicas do presente do 
indicativo do verbo haver: hei de, hás de, hão de, etc. 
Obs.: 1. Embora estejam consagradas pelo uso as formas verbais quer e requer, dos 
verbos querer e requerer, em vez de quere e requere, estas últimas formas conservam-se, no 
entanto, nos casos de ênclise: quere-o(s), requere-o(s). Nestes contextos, as formas (legítimas, 
aliás) qué-lo e requé-lo são pouco usadas. 
2. Usa-se também o hífen nas ligações de formas pronominais enclíticas ao advérbio eis (eis-me, ei-
lo) e ainda nas combinações de formas pronominais do tipo no-lo, vo-las, quando em próclise (por 
ex.: esperamos que no-lo comprem). 
Base XVIII 
Do apóstrofo 
1º)São os seguintes os casos de emprego do apóstrofo: 
a)Faz-se uso do apóstrofo para cindir graficamente uma contração ou aglutinação vocabular, quando 
um elemento ou fração respectiva pertence propriamente a um conjunto vocabular distinto: d’ Os 
Lusíadas, d’ Os Sertões; n’ Os Lusíadas, n’ Os Sertões; pel’ Os Lusíadas, pel’ Os Sertões. Nada 
obsta, contudo, a que estas escritas sejam substituídas por empregos de preposições íntegras, se o 
exigir razão especial de clareza, expressividade ou ênfase: de Os Lusíadas, em Os Lusíadas, por Os 
Lusíadas, etc. 
As cisões indicadas são análogas às dissoluções gráficas que se fazem, embora sem emprego do 
apóstrofo, em combinações da preposição a com palavras pertencentes a conjuntos vocabulares 
imediatos: a A Relíquia, aOs Lusíadas (exemplos: importância atribuída a A Relíquia; recorro a Os 
Lusíadas). Em tais casos, como é óbvio, entende-se que a dissolução gráfica nunca impede na leitura 
a combinação fonética: a A = à, a Os = aos, etc. 
b)Pode cindir-se por meio do apóstrofo uma contração ou aglutinação vocabular, quando um 
elemento ou fração respectiva é forma pronominal e se lhe quer dar realce com o uso de 
maiúscula: d’Ele, n’Ele, d’Aquele, n’Aquele, d’O, n’O, pel’O, m’O, t’O, lh’O, casos em que a segunda 
parte, forma masculina, é aplicável a Deus, a Jesus, etc.; d’Ela, n’Ela, d’Aquela, d’A, n’A, pel’A, m’A, 
t’A, lh’A, casos em que a segunda parte, forma feminina, é aplicável à mãe de Jesus, à Providência, 
etc. Exemplos frásicos: confiamos n’O que nos salvou; esse milagre revelou-m’O; está n’Ela a nossa 
esperança; pugnemos pel’A que é nossa padroeira. 
À semelhança das cisões indicadas, pode dissolver-se graficamente, posto que sem uso do 
apóstrofo, uma combinação da preposição a com uma forma pronominal realçada pela maiúscula: a 
O, a Aquele, a Aquela (entendendo-se que a dissolução gráfica nunca impede na leitura a 
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combinação fonética: a O = ao, a Aquela = àquela, etc.). Exemplos frásicos: a O que tudo pode; a 
Aquela que nos protege. 
c)Emprega-se o apóstrofo nas ligações das formas santo e santa a nomes do hagiológio, quando 
importa representar a elisão das vogais finais o e a: Sant’Ana, Sant’Iago, etc. É, pois, correto 
escrever: Calçada de Sant’Ana, Rua de Sant’Ana; culto de Sant’Iago, Ordem de Sant’Iago. Mas, se 
as ligações deste gênero, como é o caso destas mesmas Sant’Ana e Sant’Iago, se tornam perfeitas 
unidades mórficas, aglutinam-se os dois elementos: Fulano de Santana, ilhéu de Santana, Santana 
de Parnaíba; Fulano de Santiago, ilha de Santiago, Santiago do Cacém. 
Em paralelo com a grafia Sant’Ana e congêneres, emprega-se também o apóstrofo nas ligações de 
duas formas antroponímicas, quando é necessário indicar que na primeira se elide um o 
final: Nun’Álvares, Pedr’Eanes. 
Note-se que nos casos referidos as escritas com apóstrofo, indicativas de elisão, não impedem, de 
modo algum, as escritas sem apóstrofo: Santa Ana, Nuno Álvares, Pedro Álvares, etc. 
d)Emprega-se o apóstrofo para assinalar, no interior de certos compostos, a elisão do e da 
preposição de, em combinação com substantivos: borda-d’água, cobra-d’água, copo-d’água, estrela-
d’alva, galinha-d’água, mãe-d’água, pau-d’água, pau-d’alho, pau-d’arco, pau-d’óleo. 
2º)São os seguintes os casos em que não se usa o apóstrofo: 
Não é admissível o uso do apóstrofo nas combinações das preposições de e em com as formas do 
artigo definido, com formas pronominais diversas e com formas adverbiais (excetuado o que se 
estabelece nas alíneas 1º) a) e 1º) b)). Tais combinações são representadas: 
a)Por uma só forma vocabular, se constituem, de modo fixo, uniões perfeitas: 
i) do, da, dos, das; dele, dela, deles, delas; deste, desta, destes, destas, disto; desse, dessa, desses, 
dessas, disso; daquele, daquela, daqueles, daquelas, daquilo; destoutro, destoutra,destoutros, 
destoutras; dessoutro, dessoutra, dessoutros, dessoutras; daqueloutro, daqueloutra, daqueloutros, 
daqueloutras; daqui; daí; dali; dacolá; donde; dantes (= antigamente); 
ii) no, na, nos, nas; nele, nela, neles, nelas; neste, nesta, nestes, nestas, nisto; nesse, nessa, nesses, 
nessas, nisso; naquele, naquela, naqueles, naquelas, naquilo; nestoutro, nestoutra, nestoutros, 
nestoutras; nessoutro, nessoutra, nessoutros, nessoutras; naqueloutro, naqueloutra, naqueloutros, 
naqueloutras; num, numa, nuns, numas; noutro, noutra, noutros, noutras, noutrem; nalgum, nalguma, 
nalguns, nalgumas, nalguém. 
b)Por uma ou duas formas vocabulares, se não constituem, de modo fixo, uniões perfeitas (apesar de 
serem correntes com esta feição em algumas pronúncias): de um, de uma, de uns, de umas, ou dum, 
duma, duns, dumas; de algum, de alguma, de alguns, de algumas, de alguém, de algo, de algures, de 
alhures, ou dalgum, dalguma, dalguns, dalgumas, dalguém, dalgo, dalgures, dalhures; de outro, de 
outra, de outros, de outras, de outrem, de outrora, ou doutro, doutra, doutros, doutras, doutrem, 
doutrora; de aquém ou daquém; de além ou dalém; de entre ou dentre. 
De acordo com os exemplos deste último tipo, tanto se admite o uso da locução adverbial de ora 
avante como do advérbio que representa a contração dos seus três elementos: doravante. 
Obs.: Quando a preposição de se combina com as formas articulares ou pronominais o, a, os, as, ou 
com quaisquer pronomes ou advérbios começados por vogal, mas acontece estarem essas palavras 
integradas em construções de infinitivo, não se emprega o apóstrofo, nem se funde a preposição com 
a forma imediata, escrevendo-se estas duas separadamente: a fim de ele compreender; apesar de o 
não ter visto; em virtude de os nossos pais serem bondosos; o fato de o conhecer; por causa de aqui 
estares. 
Base XIX 
Das minúsculas e maiúsculas 
1º)A letra minúscula inicial é usada: 
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a)Ordinariamente, em todos os vocábulos da língua nos usos correntes. 
b)Nos nomes dos dias, meses, estações do ano: segunda-feira; outubro; primavera. 
c)Nos bibliónimos/bibliônimos (após o primeiro elemento, que é com maiúscula, os demais vocábulos, 
podem ser escritos com minúscula, salvo nos nomes próprios nele contidos, tudo em grifo): O Senhor 
do Paço de Ninães, O senhor do paço de Ninães, Menino de Engenho ou Menino de engenho, Árvore 
e Tambor ou Árvore e tambor. 
d)Nos usos de fulano, sicrano, beltrano. 
e)Nos pontos cardeais (mas não nas suas abreviaturas); norte, sul (mas: SW sudoeste). 
f)Nos axiónimos/axiônimos e hagiónimos/hagiônimos (opcionalmente, neste caso, também com 
maiúscula): senhor doutor Joaquim da Silva, bacharel Mário Abrantes, o cardeal Bembo; santa 
Filomena (ou Santa Filomena). 
g)Nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas (opcionalmente, também com 
maiúscula): português (ou Português), matemática (ou Matemática); línguas e literaturas 
modernas (ou Línguas e Literaturas Modernas). 
2º)A letra maiúscula inicial é usada: 
a)Nos antropónimos/antropônimos, reais ou fictícios: Pedro Marques; Branca de Neve, D. Quixote. 
b)Nos topónimos/topônimos, reais ou fictícios: Lisboa, Luanda, Maputo, Rio de Janeiro; Atlântida, 
Hespéria. 
c)Nos nomes de seres antropomorfizados ou mitológicos: Adamastor; Neptuno / Netuno. 
d)Nos nomes que designam instituições: Instituto de Pensões e Aposentadorias da Previdência 
Social. 
e)Nos nomes de festas e festividades: Natal, Páscoa, Ramadão, Todos os Santos. 
f)Nos títulos de periódicos, que retêm o itálico: O Primeiro de Janeiro, O Estado de São Paulo (ou S. 
Paulo). 
g)Nos pontos cardeais ou equivalentes, quando empregados absolutamente: Nordeste, por nordeste 
do Brasil, Norte, por norte de Portugal, Meio-Dia, pelo sul da França ou de outros países, Ocidente, 
por ocidente europeu, Oriente, por oriente asiático. 
h)Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais ou nacionalmente reguladas com maiúsculas, 
iniciais ou mediais ou finais ou o todo em maiúsculas: FAO, NATO, ONU; H2O; Sr., V. Exa. 
i)Opcionalmente, em palavras usadas reverencialmente, aulicamente ou hierarquicamente, em início 
de versos, em categorizações de logradouros públicos: (rua ou Rua da Liberdade, largo ou Largo dos 
Leões), de templos (igreja ou Igreja do Bonfim, templo ou Templo do Apostolado Positivista), de 
edifícios (palácio ou Palácio da Cultura, edifício ou Edifício Azevedo Cunha). 
Obs.: As disposições sobre os usos das minúsculas e maiúsculas não obstam a que obras 
especializadas observem regras próprias, provindas de códigos ou normalizações específicas 
(terminologias antropológica, geológica, bibliológica, botânica, zoológica, etc.), promanadas de 
entidades científicas ou normalizadoras, reconhecidas internacionalmente. 
Base XX 
Da divisão silábica 
A divisão silábica, que em regra se faz pela soletração (a-ba-de, bru-ma, ca-cho, lha-no, ma-lha, ma-
nha, má-xi-mo, ó-xi-do, ro-xo, tme-se), e na qual, por isso, se não tem de atender aos elementos 
constitutivos dos vocábulos segundo a etimologia (a-ba-li-e-nar, bi-sa-vô, de-sa-pa-re-cer, di-sú-ri-co, 
e-xâ-ni-me, hi-pe-ra-cú-sti-co, i-ná-bil, o-bo-val, su-bo-cu-lar, su-pe-rá-ci-do), obedece a vários 
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preceitos particulares, que rigorosamente cumpre seguir, quando se tem de fazer em fim de linha, 
mediante o emprego do hífen, a partição de uma palavra: 
1º)São indivisíveis no interior da palavra, tal como inicialmente, e formam, portanto, sílaba para a 
frente as sucessões de duas consoantes que constituem perfeitos grupos, ou sejam (com exceção 
apenas de vários compostos cujos prefixos terminam em b, ou d: ab- legação, ad- ligar, sub- lunar, 
etc., em vez de a- blegação, a- dligar, su- blunar, etc.) aquelas sucessões em que a primeira 
consoante é uma labial, uma velar, uma dental ou uma labiodental e a segunda um l ou um r: a- 
blução, cele- brar, du- plicação, re- primir, a- clamar, de- creto, de- glutição, re- grado; a- tlético, cáte- 
dra, períme- tro; a- fluir, a- fricano, ne- vrose. 
2º)São divisíveis no interior da palavra as sucessões de duas consoantes que não constituem 
propriamente grupos e igualmente as sucessões de m ou n, com valor de nasalidade, e uma 
consoante: ab- dicar, Ed- gardo, op- tar, sub- por, ab- soluto, ad- jetivo, af- ta, bet- samita, íp- silon, 
ob- viar, des- cer, dis- ciplina, flores- cer, nas- cer, res- cisão; ac- ne, ad- mirável, Daf- ne, diafrag- 
ma, drac- ma, ét- nico, rit- mo, sub- meter, am- nésico, interam- nense; bir- reme, cor- roer, pror- 
rogar, as- segurar, bis- secular, sos- segar, bissex- to, contex- to, ex- citar, atroz- mente, capaz- 
mente, infeliz- mente; am- bição, desen- ganar, en- xame, man- chu, Mân- lio, etc. 
3º)As sucessões de mais de duas consoantes ou de m ou n, com o valor de nasalidade, e duas ou 
mais consoantes são divisíveis por um de dois meios: se nelas entra um dos grupos que são 
indivisíveis (de acordo com o preceito 1º), esse grupo forma sílaba para diante, ficando a consoante 
ou consoantes que o precedem ligadas à sílaba anterior; se nelas não entra nenhum desses grupos, 
a divisão dá-se sempre antes da última consoante. Exemplos dos dois casos: cam- braia, ec- tlipse, 
em- blema, ex- plicar, in- cluir, ins- crição, subs- crever, trans- gredir, abs- tenção, disp- neia, inters- 
telar, lamb- dacismo, sols- ticial, Terp- sícore, tungs- tênio. 
4º)As vogais consecutivas que não pertencem a ditongos decrescentes (as que pertencem a ditongos 
deste tipo nunca se separam: ai- roso, cadei- ra, insti- tui, ora- ção, sacris- tães, traves- sões) podem, 
se a primeira delas não é u precedido de g ou q, e mesmo que sejam iguais, separar-se na 
escrita: ala- úde, áre- as, ca- apeba, co- ordenar, do- er, flu- idez, perdo- as, vo- os. O mesmo se 
aplica aos casos de contiguidade de ditongos, iguais ou diferentes, ou de ditongos e vogais: cai-ais, 
cai- eis, ensai- os, flu- iu. 
5º)Os digramas gu e qu, em que o u se não pronuncia, nunca se separam da vogal ou ditongo 
imediato (ne- gue, ne- guei; pe- que, pe- quei), do mesmo modo que as combinações gu e qu em que 
o u se pronuncia: á- gua, ambí- guo, averi- gueis, longín-quos, lo- quaz, quais- quer. 
6º) Na translineação de uma palavra composta ou de uma combinação de palavras em que há um 
hífen, ou mais, se a partição coincide com o final de um dos elementos ou membros, deve, por 
clareza gráfica, repetir-se o hífen no início da linha imediata: ex- -alferes, serená- -los-
emos ou serená-los- -emos, vice- -almirante. 
Base XXI 
Das assinaturas e firmas 
Para ressalva de direitos, cada qual poderá manter a escrita que, por costume ou registro legal, adote 
na assinatura do seu nome. 
Com o mesmo fim, pode manter-se a grafia original de quaisquer firmas comerciais, nomes de 
sociedades, marcas e títulos que estejam inscritos em registro público. 
ANEXO II 
NOTA EXPLICATIVA DO 
ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA 
(1990) 
1. Memória breve dos acordos ortográficos 
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A existência de duas ortografias oficiais da língua portuguesa, a lusitana e a brasileira, tem sido 
considerada como largamente prejudicial para a unidade intercontinental do português e para o seu 
prestígio no Mundo. 
Tal situação remonta, como é sabido, a 1911, ano em que foi adotada em Portugal a primeira grande 
reforma ortográfica, mas que não foi extensiva ao Brasil. 
Por iniciativa da Academia Brasileira de Letras, em consonância com a Academia das Ciências de 
Lisboa, com o objetivo de se minimizarem os inconvenientes desta situação, foi aprovado em 1931 o 
primeiro acordo ortográfico entre Portugal e o Brasil. Todavia, por razões que não importa agora 
mencionar, este acordo não produziu, afinal, a tão desejada unificação dos dois sistemas 
ortográficos, fato que levou mais tarde à convenção ortográfica de 1943. Perante as divergências 
persistentes nos Vocabulários entretanto publicados pelas duas Academias, que punham em 
evidência os parcos resultados práticos do acordo de 1943, realizou-se, em 1945, em Lisboa, novo 
encontro entre representantes daquelas duas agremiações, o qual conduziu à chamada Convenção 
Ortográfica Luso-Brasileira de 1945. Mais uma vez, porém, este acordo não produziu os almejados 
efeitos, já que ele foi adotado em Portugal, mas não no Brasil. 
Em 1971, no Brasil, e em 1973, em Portugal, foram promulgadas leis que reduziram 
substancialmente as divergências ortográficas entre os dois países. Apesar destas louváveis 
iniciativas, continuavam a persistir, porém, divergências sérias entre os dois sistemas ortográficos. 
No sentido de as reduzir, a Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras 
elaboraram em 1975 um novo projeto de acordo que não foi, no entanto, aprovado oficialmente por 
razões de ordem política, sobretudo vigentes em Portugal. 
E é neste contexto que surge o encontro do Rio de Janeiro, em Maio de 1986, e no qual se 
encontram, pela primeira vez na história da língua portuguesa, representantes não apenas de 
Portugal e do Brasil mas também dos cinco novos países africanos lusófonos entretanto emergidos 
da descolonização portuguesa. 
O Acordo Ortográfico de 1986, conseguido na reunião do Rio de Janeiro, ficou, porém, inviabilizado 
pela reação polêmica contra ele movida sobretudo em Portugal. 
2.Razões do fracasso dos acordos ortográficos 
Perante o fracasso sucessivo dos acordos ortográficos entre Portugal e o Brasil, abrangendo o de 
1986 também os países lusófonos de África, importa refletir seriamente sobre as razões de tal 
malogro. 
Analisando sucintamente o conteúdo dos acordos de 1945 e de 1986, a conclusão que se colhe é a 
de que eles visavam impor uma unificação ortográfica absoluta. 
Em termos quantitativos e com base em estudos desenvolvidos pela Academia das Ciências de 
Lisboa, com base num corpus de cerca de 110.000 palavras, conclui-se que o Acordo de 1986 
conseguia a unificação ortográfica em cerca de 99,5% do vocabulário geral da língua. Mas 
conseguia-a sobretudo à custa da simplificação drástica do sistema de acentuação gráfica, pela 
supressão dos acentos nas palavras proparoxítonas e paroxítonas, o que não foi bem aceito por uma 
parte substancial da opinião pública portuguesa. 
Também o acordo de 1945 propunha uma unificação ortográfica absoluta que rondava os 100% do 
vocabulário geral da língua. Mas tal unificação assentava em dois princípios que se revelaram 
inaceitáveis para os brasileiros: 
a)Conservação das chamadas consoantes mudas ou não articuladas, o que correspondia a uma 
verdadeira restauração destas consoantes no Brasil, uma vez que elas tinham há muito sido 
abolidas. 
b)Resolução das divergências de acentuação das vogais tônicas e e o, seguidas das consoantes 
nasais m e n, das palavras proparoxítonas (ou esdrúxulas) no sentido da prática portuguesa, que 
consistia em as grafar com acento agudo e não circunflexo, conforme a prática brasileira. 
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Assim se procurava, pois, resolver a divergência de acentuação gráfica de palavras 
como António e Antônio, cómodo e cômodo, género e gênero, oxigénio e oxigênio, etc., em favor da 
generalização da acentuação com o diacrítico agudo. Esta solução estipulava, contra toda a tradição 
ortográfica portuguesa, que o acento agudo, nestes casos, apenas assinalava a tonicidade da vogal e 
não o seu timbre, visando assim resolver as diferenças de pronúncia daquelas mesmas vogais. 
A inviabilização prática de tais soluções leva-nos à conclusão de que não é possível unificar por via 
administrativa divergências que assentam em claras diferenças de pronúncia, um dos critérios, aliás, 
em que se baseia o sistema ortográfico da língua portuguesa. 
Nestas condições, há que procurar uma versão de unificação ortográfica que acautele mais o futuro 
do que o passado e que não receie sacrificar a simplificação também pretendida em 1986, em favor 
da máxima unidade possível. Com a emergência de cinco novos países lusófonos, os fatores de 
desagregação da unidade essencial da língua portuguesa far-se-ão sentir com mais acuidade e 
também no domínio ortográfico. Neste sentido importa, pois, consagrar uma versão de unificação 
ortográfica que fixe e delimite as diferenças atualmente existentes e previna contra a desagregação 
ortográfica da língua portuguesa. 
Foi, pois, tendo presentes estes objetivos, que se fixou o novo texto de unificação ortográfica, o qual 
representa uma versão menos forte do que as que foram conseguidas em 1945 e 1986. Mas ainda 
assim suficientemente forte para unificar ortograficamente cerca de 98% do vocabulário geral da 
língua. 
3.Forma e substância do novo texto 
O novo texto de unificação ortográfica agora proposto contém alterações de forma (ou estrutura) e de 
conteúdo, relativamente aos anteriores. Pode dizer-se, simplificando, que em termos de estrutura se 
aproxima mais do acordo de 1986, mas que em termos de conteúdo adota uma posição mais 
conforme com o projeto de 1975, atrás referido. 
Em relação às alterações de conteúdo, elas afetam sobretudo o caso das consoantes mudas ou não 
articuladas, o sistema de acentuação gráfica, especialmente das esdrúxulas, e a hifenação. 
Pode dizer-se ainda que, no que respeita às alterações de conteúdo, de entre os princípios em que 
assenta a ortografia portuguesa, se privilegiou o critério fonético (ou da pronúncia) com um certo 
detrimento para o critério etimológico. 
É o critério da pronúncia que determina, aliás, a supressão gráfica das consoantes mudas ou não 
articuladas, que se têm conservado na ortografia lusitana essencialmente por razões de ordem 
etimológica. 
É também o critério da pronúncia que nos leva a manter um certo número de grafias duplas do tipo 
de caráter e carácter, facto e fato, sumptuoso e suntuoso, etc. 
É aindao critério da pronúncia que conduz à manutenção da dupla acentuação gráfica do tipo 
de económico e econômico, efémero e efêmero, género e gênero, génio e gênio, ou 
de bónus e bônus, sémen e sêmen, ténis e tênis, ou ainda de bebé e bebê, ou metro e metrô, etc. 
Explicitam-se em seguida as principais alterações introduzidas no novo texto de unificação 
ortográfica, assim como a respectiva justificação. 
4.Conservação ou supressão das consoantes c, p, b, g, m e t em certas seqüências 
consonânticas (Base IV) 
4.1.Estado da questão 
Como é sabido, uma das principais dificuldades na unificação da ortografia da língua portuguesa 
reside na solução a adotar para a grafia das consoantes c e p, em certas seqüências consonânticas 
interiores, já que existem fortes divergências na sua articulação. 
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Assim, umas vezes, estas consoantes são invariavelmente proferidas em todo o espaço geográfico 
da língua portuguesa, conforme sucede em casos 
como compacto, ficção, pacto; adepto, aptidão, núpcias; etc. 
Neste caso, não existe qualquer problema ortográfico, já que tais consoantes não podem deixar de 
grafar-se (v. Base IV, 1º a). 
Noutros casos, porém, dá-se a situação inversa da anterior, ou seja, tais consoantes não são 
proferidas em nenhuma pronúncia culta da língua, como acontece 
em acção, afectivo, direcção; adopção, exacto, óptimo; etc. Neste caso existe um problema. É que na 
norma gráfica brasileira há muito estas consoantes foram abolidas, ao contrário do que sucede na 
norma gráfica lusitana, em que tais consoantes se conservam. A solução que agora se adota (v. Base 
IV, 1º b) é a de as suprimir, por uma questão de coerência e de uniformização de critérios (vejam-se 
as razões de tal supressão adiante, em 4.2.). 
As palavras afectadas por tal supressão representam 0,54% do vocabulário geral da língua, o que é 
pouco significativo em termos quantitativos (pouco mais de 600 palavras em cerca de 110.000). Este 
número é, no entanto, qualitativamente importante, já que compreende vocábulos de uso muito 
frequente (como, por ex., acção, actor, actual, colecção, colectivo, correcção, direcção, director, 
electricidade, factor, factura, inspector, lectivo, óptimo, etc.). 
O terceiro caso que se verifica relativamente às consoantes c e p diz respeito à oscilação de 
pronúncia, a qual ocorre umas vezes no interior da mesma norma culta (cf. por 
ex., cacto ou cato, dicção ou dição, sector ou setor, etc.), outras vezes entre normas cultas distintas 
(cf., por ex., facto, receção em Portugal, mas fato, recepção no Brasil). 
A solução que se propõe para estes casos, no novo texto ortográfico, consagra a dupla grafia (v. 
Base IV, 1º c). 
A estes casos de grafia dupla devem acrescentar-se as poucas variantes do tipo 
de súbdito e súdito, subtil e sutil, amígdala e amídala, amnistia e anistia, aritmética e arimética, nas 
quais a oscilação da pronúncia se verifica quanto às consoantes b, g, m e t (v. Base IV, 2º). 
O número de palavras abrangidas pela dupla grafia é de cerca de 0,5% do vocabulário geral da 
língua, o que é pouco significativo (ou seja, pouco mais de 575 palavras em cerca de 110.000), 
embora nele se incluam também alguns vocábulos de uso muito frequente. 
4.2. Justificação da supressão de consoantes não articuladas (Base IV 1º b) 
As razões que levaram à supressão das consoantes mudas ou não articuladas em palavras 
como ação (acção), ativo (activo), diretor (director), ótimo (óptimo) foram essencialmente as 
seguintes: 
a)O argumento de que a manutenção de tais consoantes se justifica por motivos de ordem 
etimológica, permitindo assinalar melhor a similaridade com as palavras congêneres das outras 
línguas românicas, não tem consistência. Por outro lado, várias consoantes etimológicas se foram 
perdendo na evolução das palavras ao longo da história da língua portuguesa. Vários são, por outro 
lado, os exemplos de palavras deste tipo, pertencentes a diferentes línguas românicas, que, embora 
provenientes do mesmo étimo latino, revelam incongruências quanto à conservação ou não das 
referidas consoantes. 
É o caso, por exemplo, da palavra objecto, proveniente do latim objectu-, que até agora conservava 
o c, ao contrário do que sucede em francês (cf. objet), ou em espanhol (cf. objeto). Do mesmo 
modo projecto (de projectu-) mantinha até agora a grafia com c, tal como acontece em espanhol 
(cf. proyecto), mas não em francês (cf. projet). Nestes casos o italiano dobra a consoante, por 
assimilação (cf. oggetto e progetto). A palavra vitória há muito se grafa sem c, apesar do 
espanhol victoria, do francês victoire ou do italiano vittoria. Muitos outros exemplos se poderiam citar. 
Aliás, não tem qualquer consistência a ideia de que a similaridade do português com as outras 
línguas românicas passa pela manutenção de consoantes etimológicas do tipo mencionado. 
Confrontem-se, por exemplo, formas como as seguintes: port. acidente (do lat. accidente-), 
esp. accidente, fr. accident, it. accidente; port. dicionário (do lat. dictionariu-), esp. diccionario, 
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fr. dictionnaire, it. dizionario; port. ditar (do lat. dictare), esp. dictar, fr. dicter, it. dettare; 
port. estrutura (de structura-), esp. estructura, fr. structure, it. struttura; etc. 
Em conclusão, as divergências entre as línguas românicas, neste domínio, são evidentes, o que não 
impede, aliás, o imediato reconhecimento da similaridade entre tais formas. Tais divergências 
levantam dificuldades à memorização da norma gráfica, na aprendizagem destas línguas, mas não é 
com certeza a manutenção de consoantes não articuladas em português que vai facilitar aquela 
tarefa. 
b)A justificação de que as ditas consoantes mudas travam o fechamento da vogal precedente 
também é de fraco valor, já que, por um lado, se mantêm na língua palavras com vogal pré-tónica 
aberta, sem a presença de qualquer sinal diacrítico, como em corar, padeiro, oblação, pregar (= fazer 
uma prédica), etc., e, por outro, a conservação de tais consoantes não impede a tendência para o 
ensurdecimento da vogal anterior em casos como accionar, actual, actualidade, exactidão, tactear, 
etc. 
c)É indiscutível que a supressão deste tipo de consoantes vem facilitar a aprendizagem da grafia das 
palavras em que elas ocorriam. 
De fato, como é que uma criança de 6-7 anos pode compreender que em palavras 
como concepção, excepção, recepção, a consoante não articulada é um p, ao passo que em 
vocábulos como correcção, direcção, objecção, tal consoante é um c? 
Só à custa de um enorme esforço de memorização que poderá ser vantajosamente canalizado para 
outras áreas da aprendizagem da língua. 
d)A divergência de grafias existente neste domínio entre a norma lusitana, que teimosamente 
conserva consoantes que não se articulam em todo o domínio geográfico da língua portuguesa, e a 
norma brasileira, que há muito suprimiu tais consoantes, é incompreensível para os lusitanistas 
estrangeiros, nomeadamente para professores e estudantes de português, já que lhes cria 
dificuldades suplementares, nomeadamente na consulta dos dicionários, uma vez que as palavras em 
causa vêm em lugares diferentes da ordem alfabética, conforme apresentam ou não a consoante 
muda. 
e)Uma outra razão, esta de natureza psicológica, embora nem por isso menos importante, consiste 
na convicção de que não haverá unificação ortográfica da língua portuguesa se tal disparidade não 
for revolvida. 
f)Tal disparidade ortográfica só se pode resolver suprimindo da escrita as consoantes não articuladas, 
por uma questão de coerência, já que a pronúncia as ignora, e não tentando impor a sua grafia 
àqueles que há muito as não escrevem, justamente por elas não se pronunciarem. 
4.3. Incongruências aparentes 
A aplicação do princípio, baseado no critério da pronúncia, de que as consoantes c e p em certas 
sequências consonânticas se suprimem, quando não articuladas,conduz a algumas incongruências 
aparentes, conforme sucede em palavras como apocalítico ou Egito (sem p, já que este não se 
pronuncia), a par de apocalipse ou egipcio (visto que aqui o p se articula), noturno (sem c, por este 
ser mudo), ao lado de noctívago (com c por este se pronunciar), etc. 
Tal incongruência é apenas aparente. De fato, baseando-se a conservação ou supressão daquelas 
consoantes no critério da pronúncia, o que não faria sentido era mantê-las, em certos casos, por 
razões de parentesco lexical. Se se abrisse tal exceção, o utente, ao ter que escrever determinada 
palavra, teria que recordar previamente, para não cometer erros, se não haveria outros vocábulos da 
mesma família que se escrevessem com este tipo de consoante. 
Aliás, divergências ortográficas do mesmo tipo das que agora se propõem foram já aceites nas Bases 
de 1945 (v. Base VI, último parágrafo), que consagraram grafias como assunção ao lado 
de assumptivo, cativo, a par de captor e captura, dicionário, mas dicção, etc. A razão então aduzida 
foi a de que tais palavras entraram e se fixaram na língua em condições diferentes. A justificação da 
grafia com base na pronúncia é tão nobre como aquela razão. 
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4.4. Casos de dupla grafia (Base IV, 1º c, d e 2º) 
Sendo a pronúncia um dos critérios em que assenta a ortografia da língua portuguesa, é inevitável 
que se aceitem grafias duplas naqueles casos em que existem divergências de articulação quanto às 
referidas consoantes ce p e ainda em outros casos de menor significado. Torna-se, porém, 
praticamente impossível enunciar uma regra clara e abrangente dos casos em que há oscilação entre 
o emudecimento e a prolação daquelas consoantes, já que todas as sequências consonânticas 
enunciadas, qualquer que seja a vogal precedente, admitem as duas alternativas: cacto e cato, 
caracteres e carateres, dicção e dição, facto e fato, sector e setor; ceptro e cetro; concepção e conce
ção, recepção e receção; assumpção e assunção, peremptório e perentório, sumptuoso e suntuoso; 
etc. 
De um modo geral pode dizer-se que, nestes casos, o emudecimento da consoante (exceto 
em dicção, facto, sumptuoso e poucos mais) se verifica, sobretudo, em Portugal e nos países 
africanos, enquanto no Brasil há oscilação entre a prolação e o emudecimento da mesma consoante. 
Também os outros casos de dupla grafia (já mencionados em 4.1.), do tipo 
de súbdito e súdito, subtil e sutil, amígdala e amídala, omnisciente e onisciente, aritmética e arimética
, muito menos relevantes em termos quantitativos do que os anteriores, se verificam sobretudo no 
Brasil. 
Trata-se, afinal, de formas divergentes, isto é, do mesmo étimo. As palavras sem consoante, mais 
antigas e introduzidas na língua por via popular, foram já usadas em Portugal e encontram-se 
nomeadamente em escritores dos séculos XVI e XVII. 
Os dicionários da língua portuguesa, que passarão a registrar as duas formas, em todos os casos de 
dupla grafia, esclarecerão, tanto quanto possível, sobre o alcance geográfico e social desta oscilação 
de pronúncia. 
5.Sistema de acentuação gráfica (Bases VIII a XIII) 
5.1.Análise geral da questão 
O sistema de acentuação gráfica do português atualmente em vigor, extremamente complexo e 
minucioso, remonta essencialmente à Reforma Ortográfica de 1911. 
Tal sistema não se limita, em geral, a assinalar apenas a tonicidade das vogais sobre as quais 
recaem os acentos gráficos, mas distingue também o timbre destas. 
Tendo em conta as diferenças de pronúncia entre o português europeu e o do Brasil, era natural que 
surgissem divergências de acentuação gráfica entre as duas realizações da língua. 
Tais divergências têm sido um obstáculo à unificação ortográfica do português. 
É certo que em 1971, no Brasil, e em 1973, em Portugal, foram dados alguns passos significativos no 
sentido da unificação da acentuação gráfica, como se disse atrás. Mas, mesmo assim, subsistem 
divergências importantes neste domínio, sobretudo no que respeita à acentuação das paroxítonas. 
Não tendo tido viabilidade prática a solução fixada na Convenção Ortográfica de 1945, conforme já foi 
referido, duas soluções eram possíveis para se procurar resolver esta questão. 
Uma era conservar a dupla acentuação gráfica, o que constituía sempre um espinho contra a 
unificação da ortografia. 
Outra era abolir os acentos gráficos, solução adotada em 1986, no Encontro do Rio de Janeiro. 
Esta solução, já preconizada no I Simpósio Luso-Brasileiro sobre a Língua Portuguesa 
Contemporânea, realizada em 1967 em Coimbra, tinha sobretudo a justificá-la o fato de a língua oral 
preceder a língua escrita, o que leva muitos utentes a não empregarem na prática os acentos 
gráficos, visto que não os consideram indispensáveis à leitura e compreensão dos textos escritos. 
 
A abolição dos acentos gráficos nas palavras proparoxítonas e paroxítonas, preconizada no Acordo 
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de 1986, foi, porém, contestada por uma larga parte da opinião pública portuguesa, sobretudo por tal 
medida ir contra a tradição ortográfica e não tanto por estar contra a prática ortográfica. 
A questão da acentuação gráfica tinha, pois, de ser repensada. 
Neste sentido, desenvolveram-se alguns estudos e fizeram-se vários levantamentos estatísticos com 
o objetivo de se delimitarem melhor e quantificarem com precisão as divergências existentes nesta 
matéria. 
5.2.Casos de dupla acentuação 
5.2.1.Nas proparoxítonas (Base XI) 
Verificou-se assim que as divergências, no que respeita às proparoxítonas, se circunscrevem 
praticamente, como já foi destacado atrás, ao caso das vogais tônicas e e o, seguidas das 
consoantes nasais m e n, com as quais aquelas não formam sílaba (v. Base XI, 3º). 
Estas vogais soam abertas em Portugal e nos países africanos recebendo, por isso, acento agudo, 
mas são do timbre fechado em grande parte do Brasil, grafando-se por conseguinte com acento 
circunflexo: académico/ acadêmico, cómodo/ cômodo, efémero/ efêmero, fenómeno/ fenômeno, génio
/ gênio, tónico/ tônico, etc. 
Existem uma ou outra exceção a esta regra, como, por exemplo, cômoro e sêmola, mas estes casos 
não são significativos. 
Costuma, por vezes, referir-se que o a tônico das proparoxítonas, quando seguido de m ou n com 
que não forma sílaba, também está sujeito à referida divergência de acentuação gráfica. Mas tal não 
acontece, porém, já que o seu timbre soa praticamente sempre fechado nas pronúncias cultas da 
língua, recebendo, por isso, acento circunflexo: âmago, ânimo, botânico, câmara, dinâmico, gerânio, 
pânico, pirâmide. 
As únicas exceções a este princípio são os nomes próprios de origem 
grega Dánae/ Dânae e Dánao/ Dânao. 
Note-se que se as vogais e e o, assim como a, formam sílaba com as consoantes m ou n, o seu 
timbre é sempre fechado em qualquer pronúncia culta da língua, recebendo, por isso, acento 
circunflexo: êmbolo, amêndoa, argênteo, excêntrico, têmpera; anacreôntico, cômputo, recôndito, 
cânfora, Grândola, Islândia, lâmpada, sonâmbulo, etc. 
5.2.2.Nas paroxítonas (Base IX) 
Também nos casos especiais de acentuação das paroxítonas ou graves (v. Base IX, 2º), algumas 
palavras que contêm as vogais tônicas e e o em final de sílaba, seguidas das consoantes 
nasais m e n, apresentam oscilação de timbre, nas pronúncias cultas da língua. 
Tais palavras são assinaladas com acento agudo, se o timbre da vogal tônica é aberto, ou com 
acento circunflexo, se o timbre é fechado: fémur ou fêmur, Fénix ou Fênix, ónix ou ônix, sémen ou 
sêmen, xénon ou xênon; bónus ou bônus, ónus ou ônus, pónei ou pônei, ténis ou tênis, Vénus ou Vên
us; etc. No total, estes são pouco mais de uma dúzia de casos. 
5.2.3.Nas oxítonas (Base VIII) 
Encontramos igualmente nas oxítonas (v. Base VIII, 1º a, Obs.) algumas divergências de timbre em 
palavras terminadas em e tônico, sobretudo provenientes do francês. Se esta vogal tônica soaaberta, 
recebe acento agudo; se soa fechada, grafa-se com acento circunflexo. Também aqui os exemplos 
pouco ultrapassam as duas dezenas: bebé ou bebê, caraté ou caratê, croché ou crochê, guiché ou 
guichê, matiné ou matinê, puré ou purê; etc. Existe também um caso ou outro de oxítonas terminadas 
em o ora aberto ora fechado, como sucede em cocó ou cocô, ró ou rô. 
A par de casos como este há formas oxítonas terminadas em o fechado, às quais se opõem variantes 
paroxítonas, como acontece em judô e judo, metrô e metro, mas tais casos são muito raros. 
5.2.4.Avaliação estatística dos casos de dupla acentuação gráfica 
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Tendo em conta o levantamento estatístico que se fez na Academia das Ciências de Lisboa, com 
base no já referido corpus de cerca de 110.000 palavras do vocabulário geral da língua, verificou-se 
que os citados casos de dupla acentuação gráfica abrangiam aproximadamente 1,27% (cerca de 
1.400 palavras). Considerando que tais casos se encontram perfeitamente delimitados, como se 
referiu atrás, sendo assim possível enunciar a regra de aplicação, optou-se por fixar a dupla 
acentuação gráfica como a solução menos onerosa para a unificação ortográfica da língua 
portuguesa. 
5.3.Razões da manutenção dos acentos gráficos nas proparoxítonas e paroxítonas 
Resolvida a questão dos casos de dupla acentuação gráfica, como se disse atrás, já não tinha 
relevância o principal motivo que levou em 1986 a abolir os acentos nas palavras proparoxítonas e 
paroxítonas. 
Em favor da manutenção dos acentos gráficos nestes casos, ponderaram-se, pois, essencialmente as 
seguintes razões: 
a)Pouca representatividade (cerva de 1,27%) dos casos de dupla acentuação. 
b)Eventual influência da língua escrita sobre a língua oral, com a possibilidade de, sem acentos 
gráficos, se intensificar a tendência para a paroxitonia, ou seja, deslocação do acento tônico da 
antepenúltima para a penúltima sílaba, lugar mais frequente de colocação do acento tônico em 
português. 
c)Dificuldade em apreender corretamente a pronúncia em termos de âmbito técnico e científico, 
muitas vezes adquiridos através da língua escrita (leitura). 
d)Dificuldades causadas, com a abolição dos acentos, à aprendizagem da língua, sobretudo quando 
esta se faz em condições precárias, como no caso dos países africanos, ou em situação de auto-
aprendizagem. 
e)Alargamento, com a abolição dos acentos gráficos, dos casos de homografia, do tipo de análise(s)/ 
analise(v.), fábrica(s.)/ fabrica(v.), secretária(s.)/ secretaria(s. ou v.), vária(s.)/ varia(v.), etc., casos 
que apesar de dirimíveis pelo contexto sintático, levantariam por vezes algumas dúvidas e 
constituiriam sempre problema para o tratamento informatizado do léxico. 
f)Dificuldade em determinar as regras de colocação do acento tônico em função da estrutura mórfica 
da palavra. Assim, as proparoxítonas, segundo os resultados estatísticos obtidos da análise de 
um corpus de 25.000 palavras, constituem 12%. Destes, 12%, cerca de 30% são falsas esdrúxulas 
(cf. génio, água, etc.). Dos 70% restantes, que são as verdadeiras proparoxítonas (cf. cômodo, 
gênero, etc.), aproximadamente 29% são palavras que terminam em –ico /–ica (cf. ártico, econômico, 
módico, prático, etc.). Os restantes 41% de verdadeiras esdrúxulas distribuem-se por cerca de 
duzentas terminações diferentes, em geral de caráter erudito (cf. espírito, ínclito, 
púlpito;filólogo; filósofo; esófago; epíteto; pássaro; pêsames; facílimo; lindíssimo; parêntesis; etc.). 
5.4.Supressão de acentos gráficos em certas palavras oxítonas e paroxítonas (Bases VIII, IX e 
X) 
5.4.1.Em casos de homografia (Bases VIII, 3º e IX, 9º e 10º) 
O novo texto ortográfico estabelece que deixem de se acentuar graficamente palavras do tipo 
de para (á), flexão de parar, pelo (ê), substantivo, pelo (é), flexão de pelar, etc., as quais são 
homógrafas, respectivamente, das proclíticas para, preposição, pelo, contração de per e lo, etc. 
As razões por que se suprime, nestes casos, o acento gráfico são as seguintes: 
a)Em primeiro lugar, por coerência com a abolição do acento gráfico já consagrada pelo Acordo de 
1945, em Portugal, e pela Lei nº 5.765, de 18/12/1971, no Brasil, em casos semelhantes, como, por 
exemplo: acerto (ê),substantivo, e acerto (é), flexão de acertar; acordo (ô), substantivo, e acordo 
(ó), flexão de acordar; cor (ô), substantivo, e cor (ó), elemento da locação de cor; sede (ê) e sede 
(é), ambos substantivos; etc. 
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b)Em segundo lugar, porque, tratando-se de pares cujos elementos pertencem a classes gramaticais 
diferentes, o contexto sintático permite distinguir claramente tais homógrafas. 
5.4.2.Em paroxítonas com os ditongos ei e oi na sílaba tônica (Base IX, 3º) 
O novo texto ortográfico propõe que não se acentuem graficamente os ditongos ei e oi tônicos das 
palavras paroxítonas. Assim, palavras como assembleia, boleia, ideia, que na norma gráfica brasileira 
se escrevem com acento agudo, por o ditongo soar aberto, passarão a escrever-se sem acento, tal 
como aldeia, baleia, cheia, etc. 
Do mesmo modo, palavras como comboio, dezoito, estroina, etc., em que o timbre do ditongo oscila 
entre a abertura e o fechamento, oscilação que se traduz na facultatividade do emprego do acento 
agudo no Brasil, passarão a grafar-se sem acento. 
A generalização da supressão do acento nestes casos justifica-se não apenas por permitir eliminar 
uma diferença entre a prática ortográfica brasileira e a lusitana, mas ainda pelas seguintes razões: 
a) Tal supressão é coerente com a já consagrada eliminação do acento em casos de homografia 
heterofônica (v. Base IX, 10º, e, neste texto atrás, 5.4.1.), como sucede, por exemplo, em acerto, 
substantivo, e acerto, flexão de acertar, acordo, substantivo, e acordo, flexão de acordar, fora, flexão 
de ser e ir, e fora, advérbio, etc. 
b)No sistema ortográfico português não se assinala, em geral, o timbre das vogais tônicas a, 
e e o das palavras paroxítonas, já que a língua portuguesa se caracteriza pela sua tendência para a 
paroxitonia. O sistema ortográfico não admite, pois, a distinção entre, por exemplo cada (â) e fada 
(á), para (â) e tara (á); espelho (ê) e velho (é), janela (é) e janelo (ê), escrevera (ê), flexão 
de escrever, e Primavera (é); moda (ó) e toda (ô), virtuosa (ó) e virtuoso (ô); etc. 
Então, se não se torna necessário, nestes casos, distinguir pelo acento gráfico o timbre da vogal 
tónica, por que se há-de usar o diacrítico para assinalar a abertura dos ditongos ei e oi nas 
paroxítonas, tendo em conta que o seu timbre nem sempre é uniforme e a presença do acento 
constituiria um elemento perturbador da unificação ortográfica? 
5.4.3.Em paroxítons do tipo de abençoo, enjoo, voo, etc. (Base IX, 8º) 
Por razões semelhantes às anteriores, o novo texto ortográfico consagra também a abolição do 
acento circunflexo, vigente no Brasil, em palavras paroxítonas como abençoo, flexão 
de abençoar, enjoo, substantivo e flexão de enjoar, moo, flexão de moer, povoo, flexão 
de povoar, voo, substantivo e flexão de voar, etc. 
O uso do acento circunflexo não tem aqui qualquer razão de ser, já que ele ocorre em palavras 
paroxítonas cuja vogal tônica apresenta a mesma pronúncia em todo o domínio da língua portuguesa. 
Além de não ter, pois, qualquer vantagem nem justificação, constitui um fator que perturba a 
unificação do sistema ortográfico. 
5.4.4.Em formas verbais com u e ui tônicos, precedidos de g e q (Base X, 7º) 
Não há justificação para se acentuarem graficamente palavras como apazigue, arguem, etc., já que 
estas formas verbais são paroxítonas e a vogal u é sempre articulada, qualquer que seja a flexão do 
verbo respectivo. 
No caso de formas verbais como argui, delinquis, etc., também não há justificação para o acento, pois 
se trata de oxítonas terminadas no ditongo tónico ui, que como tal nunca é acentuado graficamente.Tais formas só serão acentuadas se a seqüência ui não formar ditongo e a vogal tônica for i, como, 
por exemplo, arguí (1a pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo). 
6.Emprego do hífen (Bases XV a XVIII) 
6.1.Estado da questão 
No que respeita ao emprego do hífen, não há propriamente divergências assumidas entre a norma 
ortográfica lusitana e a brasileira. Ao compulsarmos, porém, os dicionários portugueses e brasileiros 
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e ao lermos, por exemplo, jornais e revistas, deparam-se-nos muitas oscilações e um largo número 
de formações vocabulares com grafia dupla, ou seja, com hífen e sem hífen, o que aumenta 
desmesurada e desnecessariamente as entradas lexicais dos dicionários. Estas oscilações verificam-
se sobretudo nas formações por prefixação e na chamada recomposição, ou seja, em formações com 
pseudoprefixos de origem grega ou latina. 
Eis alguns exemplos de tais oscilações: ante-rosto e anterrosto, co-educação e coeducação, pré-
frontal e prefrontal, sobre-saia e sobressaia, sobre-saltar e sobressaltar, aero-espacial e aeroespacial, 
auto-aprendizagem e autoaprendizagem, agro-industrial e agroindustrial, agro-pecuária e 
agropecuária, alvéolo-dental e alveolodental, bolbo-raquidiano e bolborraquidiano, geo-história e 
geoistória, micro-onda e microonda; etc. 
Estas oscilações são, sem dúvida, devidas a uma certa ambiguidade e falta de sistematização das 
regras que sobre esta matéria foram consagradas no texto de 1945. Tornava-se, pois, necessário 
reformular tais regras de modo mais claro, sistemático e simples. Foi o que se tentou fazer em 1986. 
A simplificação e redução operadas nessa altura, nem sempre bem compreendidas, provocaram 
igualmente polêmica na opinião pública portuguesa, não tanto por uma ou outra incongruência 
resultante da aplicação das novas regras, mas sobretudo por alterarem bastante a prática ortográfica 
neste domínio. 
A posição que agora se adota, muito embora tenha tido em conta as críticas fundamentadas ao texto 
de 1986, resulta, sobretudo, do estudo do uso do hífen nos dicionários portugueses e brasileiros, 
assim como em jornais e revistas. 
6.2.O hífen nos compostos (Base XV) 
Sintetizando, pode dizer-se que, quanto ao emprego do hífen nos compostos, locuções e 
encadeamentos vocabulares, se mantém o que foi estatuído em 1945, apenas se reformulando as 
regras de modo mais claro, sucinto e simples. 
De fato, neste domínio não se verificam praticamente divergências nem nos dicionários nem na 
imprensa escrita. 
6.3.O hífen nas formas derivadas (Base XVI) 
Quanto ao emprego do hífen nas formações por prefixação e também por recomposição, isto é, nas 
formações com pseudoprefixos de origem grega ou latina, apresenta-se alguma inovação. Assim, 
algumas regras são formuladas em termos contextuais, como sucede nos seguintes casos: 
a)Emprega-se o hífen quando o segundo elemento da formação começa por h ou pela mesma vogal 
ou consoante com que termina o prefixo ou pseudoprefixo (por ex. anti-higiênico, contra-
almirante, hiper-resistente). 
b)Emprega-se o hífen quando o prefixo ou falso prefixo termina em m e o segundo elemento começa 
por vogal, m ou n (por ex. circum-murado, pan-africano). 
As restantes regras são formuladas em termos de unidades lexicais, como acontece com oito delas 
(ex-, sota- e soto-, vice- e vizo-; pós-, pré- e pró-). 
Noutros casos, porém, uniformiza-se o não emprego do hífen, do modo seguinte: 
a)Nos casos em que o prefixo ou o pseudoprefixo termina em vogal e o segundo elemento começa 
por r ou s, estas consoantes dobram-se, como já acontece com os termos técnicos e científicos (por 
ex. antirreligioso, microssistema). 
b)Nos casos em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por 
vogal diferente daquela, as duas formas aglutinam-se, sem hífen, como já sucede igualmente no 
vocabulário científico e técnico (por ex. antiaéreo, aeroespacial) 
6.4.O hífen na ênclise e tmese (Base XVII) 
 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
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Quanto ao emprego do hífen na ênclise e na tmese mantêm-se as regras de 1945, exceto no caso 
das formas hei de, hás de, há de, etc., em que passa a suprimir-se o hífen. Nestas formas verbais o 
uso do hífen não tem justificação, já que a preposição de funciona ali como mero elemento de ligação 
ao infinitivo com que se forma a perífrase verbal (cf. hei de ler, etc.), na qual de é mais proclítica do 
que apoclítica. 
7.Outras alterações de conteúdo 
7.1.Inserção do alfabeto (Base I) 
Uma inovação que o novo texto de unificação ortográfica apresenta, logo na Base I, é a inclusão do 
alfabeto, acompanhado das designações que usualmente são dadas às diferentes letras. No alfabeto 
português passam a incluir-se também as letras k, w e y, pelas seguintes razões: 
a)Os dicionários da língua já registram estas letras, pois existe um razoável número de palavras do 
léxico português iniciado por elas. 
b)Na aprendizagem do alfabeto é necessário fixar qual a ordem que aquelas letras ocupam. 
c)Nos países africanos de língua oficial portuguesa existem muitas palavras que se escrevem com 
aquelas letras. 
Apesar da inclusão no alfabeto das letras k, w e y, mantiveram-se, no entanto, as regras já fixadas 
anteriormente, quanto ao seu uso restritivo, pois existem outros grafemas com o mesmo valor fônico 
daquelas. Se, de fato, se abolisse o uso restritivo daquelas letras, introduzir-se-ia no sistema 
ortográfico do português mais um fator de perturbação, ou seja, a possibilidade de representar, 
indiscriminadamente, por aquelas letras fonemas que já são transcritos por outras. 
7.2.Abolição do trema (Base XIV) 
No Brasil, só com a Lei nº 5.765, de 18/12/1971, o emprego do trema foi largamente restringido, 
ficando apenas reservado às sequências gu e qu seguidas de e ou i, nas quais u se pronuncia 
(cf. aguentar, arguente, eloquente, equestre, etc.). 
O novo texto ortográfico propõe a supressão completa do trema, já acolhida, aliás, no Acordo de 
1986, embora não figurasse explicitamente nas respectivas bases. A única ressalva, neste aspecto, 
diz respeito a palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros com trema (cf. mülleriano, 
de Müller, etc.). 
Generalizar a supressão do trema é eliminar mais um fator que perturba a unificação da ortografia 
portuguesa. 
8.Estrutura e ortografia do novo texto 
Na organização do novo texto de unificação ortográfica optou-se por conservar o modelo de estrutura 
já adotado em 1986. Assim, houve a preocupação de reunir, numa mesma base, matéria afim, 
dispersa por diferentes bases de textos anteriores, donde resultou a redução destas a vinte e uma. 
Através de um título sucinto, que antecede cada base, dá-se conta do conteúdo nela consagrado. 
Dentro de cada base adotou-se um sistema de numeração (tradicional) que permite uma melhor e 
mais clara arrumação da matéria aí contida. 
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PONTUAÇÃO 
 
 
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Pontuação: 
 
Os sinais de pontuação são recursos de linguagem empregados na língua escrita edesempenham a 
função de demarcadores de unidades e de sinalizadores de limitesde estruturas sintáticas nos 
textos escritos. Assim, os sinais de pontuação cumprem o papel dos recursos prosódicos, utilizados 
na fala para darmos ritmo, entoação e pausas e indicarmos os limites sintáticos e unidades de 
sentido. 
Como na fala temos o contato direto com nossos interlocutores, contamos também com 
nossos gestos para tentar deixar claro aquilo que queremos dizer. Na escrita, porém,são os sinais de 
pontuação que garantem a coesão e a coerência interna dos textos, bem como os efeitos de 
sentidos dos enunciados. 
Vejamos, a seguir, quais são os sinais de pontuação que nos auxiliam nos processos de escrita: 
Ponto ( . ) 
Indicar o final de uma frase declarativa: 
Gosto de sorvete de goiaba. 
b) Separar períodos: 
Fica mais um tempo. Ainda é cedo. 
c) Abreviar palavras: 
Av. (Avenida) 
V. Ex.ª (Vossa Excelência) 
p. (página) 
Dr. (doutor) 
Dois-pontos ( : ) 
Iniciar fala de personagens: 
O aluno respondeu: 
– Parta agora! 
b) Antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que 
explicam e/ou resumem ideias anteriores. 
Esse é o problema dos caixas eletrônicos: não tem ninguém para auxiliar os mais idosos. 
Anote o número do protocolo: 4254654258. 
c) Antes de citação direta: 
Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja 
infinito enquanto dure.” 
Reticências ( ... ) 
Indicar dúvidas ou hesitação: 
Sabe... andei pensando em uma coisa... mas não é nada demais. 
b) Interromper uma frase incompleta sintaticamente: 
Quem sabe se tentar mais tarde... 
PONTUAÇÃO 
 
 
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c) Concluir uma frase gramaticalmente incompleta com a intenção de estender a reflexão: 
“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...” 
(Cecília - José de Alencar) 
d) Suprimir palavras em uma transcrição: 
“Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner) 
Parênteses ( ) 
Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo, datas e também podem substituir a 
vírgula ou o travessão: 
Manuel Bandeira não pôde comparecer à Semana de Arte Moderna (1922). 
"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma 
grande tormenta no fim do verão.” (O milagre das chuvas no Nordeste- Graça Aranha) 
Ponto de Exclamação ( ! ) 
Após vocativo 
Ana, boa tarde! 
b) Final de frases imperativas: 
Cale-se! 
c) Após interjeição: 
Ufa! Que alívio! 
d) Após palavras ou frases de caráter emotivo, expressivo: 
Que pena! 
Ponto de Interrogação ( ? ) 
Em perguntas diretas: 
Quantos anos você tem? 
b) Às vezes, aparece com o ponto de exclamação para enfatizar o enunciado: 
Não brinca, é sério?! 
Vírgula ( , ) 
De todos os sinais de pontuação, a vírgula é aquele que desempenha o maior número de 
funções. Ela é utilizada para marcar uma pausa do enunciado e tem a finalidade de 
nos indicar que os termos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, 
não formam uma unidade sintática. Por outro lado, quando há umarelação sintática entre termos 
da oração, não se pode separá-los por meio de vírgula. 
Antes de explicarmos quais são os casos em que devemos utilizar a vírgula, vamos explicar primeiro 
os casos em que NÃO devemos usar a vírgula para separar os seguintes termos: 
Sujeito de Predicado; 
Objeto de Verbo; 
Adjunto adnominal de nome; 
PONTUAÇÃO 
 
 
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Complemento nominal de nome; 
Predicativo do objeto do objeto; 
Oração principal da Subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na 
ordem inversa). 
Casos em que devemos utilizar a vírgula: 
A vírgula no interior da oração 
Utilizada com o objetivo de separar o vocativo: 
Ana, traga os relatórios. 
O tempo, meus amigos, é o que nos confortará. 
b) Utilizada com o objetivo de separar apostos: 
Valdirene, minha prima de Natal, ligou para mim ontem. 
Caio, o aluno do terceiro ano B, faltou à aula. 
c) Utilizada com o objetivo de separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado: 
Quando chegar do trabalho, procurarei por você. 
Os políticos, muitas vezes, são mentirosos. 
d) Utilizada com o objetivo de separar elementos de uma enumeração: 
Estamos contratando assistentes, analistas, estagiários. 
Traga picolé de uva, groselha, morango, coco. 
e) Utilizada com o objetivo de isolar expressões explicativas: 
Quero o meu suco com gelo e açúcar, ou melhor, somente gelo. 
f) Utilizada com o objetivo de separar conjunções intercaladas: 
Não explicaram, porém, o porquê de tantas faltas. 
g) Utilizada com o objetivo de separar o complemento pleonástico antecipado: 
A ele, nada mais abala. 
h) Utilizada com o objetivo de isolar o nome do lugar na indicação de datas: 
Goiânia, 01 de novembro de 2016. 
Utilizada com o objetivo de separar termos coordenados assindéticos: 
É pau, é pedra, é o fim do caminho. 
Utilizada com o objetivo de marcar a omissão de um termo: 
Ele gosta de fazer academia, e eu, de comer. (omissão do verbo gostar) 
Casos em que se usa a vírgula antes da conjunção e: 
Utilizamos a vírgula quando as orações coordenadas possuem sujeitos diferentes: 
Os banqueiros estão cada vez mais ricos, e o povo, cada vez mais pobre. 
PONTUAÇÃO 
 
 
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2) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizaralguma ideia 
(polissíndeto): 
E eu canto, e eu danço, e bebo, e me jogo nos blocos de carnaval. 
3) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que não retratam 
sentido de adição (adversidade, consequência, por exemplo): 
Chorou muito, e ainda não conseguiu superar a distância. 
A vírgula entre orações 
A vírgula é utilizada entre orações nas seguintes situações: 
Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas: 
Meu filho, de quem só guardo boas lembranças, deixou-nos em fevereiro de 2000. 
b) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, com exceção das orações 
iniciadas pela conjunção “e”: 
Cheguei em casa, tomei um banho, fiz um sanduíche e fui direto ao supermercado. 
Estudei muito, mas não consegui ser aprovada. 
c) Para separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se 
estiverem antepostas à oração principal: 
"No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o 
gancho." (O selvagem - José de Alencar) 
d) Para separar as orações intercaladas: 
"– Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...” 
e) Para separar as orações substantivas antepostas à principal: 
Quando sai o resultado, ainda não sei. 
Ponto e vírgula ( ; ) 
Utilizamos ponto e vírgula para separar os itens de uma sequência de outros itens: 
Antes de iniciar a escrita de um texto, o autor deve fazer-se as seguintes perguntas: 
O que dizer; 
A quem dizer; 
Como dizer; 
Por que dizer; 
Quais objetivos pretendo alcançar com este texto? 
Utilizamos ponto e vírgula para separar orações coordenadas muito extensas ou orações 
coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula: 
“O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente 
vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde 
moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto 
tenso." (O Visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay) 
Travessão ( — ) 
PONTUAÇÃO 
 
 
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Utilizamos o travessão para iniciar a fala de um personagem no discurso direto: 
A mãe perguntou ao filho: 
— Já lavou o rosto e escovou os dentes? 
b) Utilizamos o travessão para indicar mudança do interlocutor nos diálogos: 
— Filho, você já fez a sua lição de casa? 
— Não se preocupe, mãe, já está tudo pronto. 
c) Utilizamos o travessão para unir grupos de palavras que indicam itinerários: 
Disseram-me que não existe mais asfalto na rodovia Belém—Brasília. 
d) Utilizamos o travessão também para substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas: 
Pelé — o rei do futebol — anunciou sua aposentadoria. 
Aspas ( “ ” ) 
As aspas são utilizadas com as seguintes finalidades: 
Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões, 
neologismos, arcaísmos e expressõespopulares: 
A aula do professor foi “irada”. 
Ele me pediu um “feedback” da resposta do cliente. 
b) Indicar uma citação direta: 
“Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e refiz 
a mala”. (O prazer de viajar - Eça de Queirós) 
Caso haja necessidade de destacar um termo que já está inserido em uma sentença destacada por 
aspas, esse termo deve ser destacado com marcação simples ('), não dupla ("). 
Veja Agora Algumas Observações Relevantes: 
Dispensam o uso da vírgula os termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem. 
Observe: 
Preferiram os sorvetes de creme, uva e morango. 
Não gosto nem desgosto. 
Não sei se prefiro Minas Gerais ou Goiás. 
Caso os termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem aparecerem repetidos, com a 
finalidade de enfatizar a expressão, o uso da vírgula é, nesse caso, obrigatório. 
Observe: 
Não gosto nem do pai, nem do filho, nem do cachorro, nem do gato dele. 
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 ACENTUAÇÃO 
 
 
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Acentuação 
Regras de Acentuação Gráfica 
 Baseiam-se na constatação de que, em nossa língua, as palavras mais numerosas são 
as paroxítonas, seguidas pelas oxítonas. A maioria das paroxítonas termina em -a, -e, -o, -
em, podendo ou não ser seguidas de "s". Essas paroxítonas, por serem maioria, não são acentuadas 
graficamente. Já as proparoxítonas, por serem pouco numerosas, são sempre acentuadas. 
Proparoxítonas 
Sílaba tônica: antepenúltima 
As proparoxítonas são todas acentuadas graficamente. Exemplos: 
trágico, patético, árvore 
Paroxítonas 
Sílaba tônica: penúltima 
Acentuam-se as paroxítonas terminadas em: 
l fácil 
n pólen 
r cadáver 
ps bíceps 
x tórax 
us vírus 
i, is júri, lápis 
om, ons iândom, íons 
um, uns álbum, álbuns 
ã(s), ão(s) órfã, órfãs, órfão, órfãos 
ditongo oral (seguido ou não de s) jóquei, túneis 
 
Acentuação Gráfica 
O português, assim como outras línguas neolatinas, apresenta acento gráfico. Sabemos que toda 
palavra da Língua portuguesa de duas ou mais sílabas possui uma sílaba tônica. Observe as sílabas 
tônicas das palavras arte, gentil, táxi e mocotó. Você constatou que a tonicidade recai sobre a sílaba 
inicial em arte, a final em gentil, a inicial em táxi e a final em mocotó. 
Além disso, você notou que a sílaba tônica nem sempre recebe acento gráfico. Portanto, todas as 
palavras com duas ou mais sílabas terão acento tônico, mas nem sempre terão acento gráfico. A 
tonicidade está para a oralidade (fala) assim como o acento gráfico está para a escrita (grafia). É 
importante aprender as regras de acentuação pois, como vimos acima, independem da fonética. 
 ACENTUAÇÃO 
 
 
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Abaixo estão descritas as regras de acentuação gráfica de forma descomplicada. Trata-se de assunto 
relativamente simples, basta memorizar as regras. Entendemos que o conhecimento sobre separação 
de sílabas é pré-requisito para melhor assimilação desse tema. 
A Reforma Ortográfica veio descomplicar e simplificar a língua portuguesa notadamente nesta parte 
de acentuação gráfica. 
• 11Acentuam-se as palavras monossílabas tônicasterminadas em a, e, o, seguidas ou não de s. 
Ex: já, fé, pés, pó, só, ás. 
• 22Acentuam-se as palavras oxítonasterminadas em a, e, o, seguidas ou não de s , em, 
ens. Ex:cajá, café, jacaré, cipó, também, parabéns, metrô, inglês alguém, armazém, conténs, vinténs. 
Não se acentuam: as oxítonas terminadas em i e u, e em consoantes nem os infinitivos em i, 
seguidos dos pronomes oblíquos lo, la, los, las 
Ex: ali, caqui, rubi, bambu, rebu, urubu, sutil, clamor, fi-lo, puni-la, reduzi-los, feri-las. 
• 33Acentuam-se as palavras paroxítonasexceto aquelas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de 
s, em, ens, bem como prefixos paroxítonos terminados em i ou r. 
Ex: dândi, júri, órfã, César, mártir, revólver, álbum, bênção, bíceps, espelho, famosa, medo, ontem, 
socorro, polens, hifens, pires, tela, super-homem. 
Atenção: Acentuam-se as paroxítonas terminados em ditongo oral seguido ou não de s. 
Ex: jóquei, superfície, água, área, aniversário, ingênuos. 
• 44Acentuam-se as palavras proparoxítonas sem exceção. 
Ex: ótimo, incômoda, podíamos, abóbora, bússola, cântaro, dúvida, líquido, mérito, nórdico, política, 
relâmpago, têmpora. 
• 55Acentuam-se os ditongos abertosei, oi, eu, seguidos ou não de s em palavras monossílabas e 
oxítonas. 
Ex: carretéis, dói, herói, chapéu, anéis. 
Atenção: Pela nova ortografia não se acentuam ditongos abertos ei, oi, eu, seguidos ou não de s em 
palavras paroxítonas. 
Ex: ideia, plateia, assembleia. 
• 66Não se acentua, pela nova ortografia, palavras paroxítonas com hiato oo seguidos ou não de s. 
Ex: voos, enjoo, abençoo. 
• 77Também não se acentuam as palavras paroxítonas com hiato ee. 
Ex: creem, leem, veem, deem. 
• 88Acentuam-se sempre as palavras que contenham i , u: tônicas; formam hiatos; formam sílabas 
sozinhas ou são seguidos de s; não seguidas de nh; não precedidas de ditongo em paroxítonas; nem 
repetidas. 
Ex: aí, balaústre, baú, egoísta, faísca, heroína, saída, saúde, viúvo, juízes, Piauí. Pela regra exposta 
acima, não se acentuam: rainha, xiita, ruim, juiz, feiura. 
• 99Pela nova ortografia, não se acentua com acento agudo u tônico dos grupos que, qui, gue, gui: 
argui, arguis, averigue, averigues, oblique, obliques, apazigues. 
 ACENTUAÇÃO 
 
 
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• 1010Da mesma forma não se usa mais o trema:aguento, frequente, tranquilo, linguiça, aguentar, 
arguição, unguento, tranquilizante. Emprega-se o til para indicar a nasalização de vogais: afã, 
coração, devoções, maçã, relação etc. 
• 1111O acento diferencial foi excluído. Mantém-se apenas nestas quatro palavras, para distinguir 
uma da outra que se grafa de igual maneira: 
A acentuação é um tema inerente aos postulados gramaticais que, indiscutivelmente, concebe-
se como um fator relevante, em se tratando da linguagem escrita. Trata-se do fenômeno relacionado 
com a intensidade em que as sílabas se apresentam quando pronunciadas, podendo ser em maior ou 
menor grau. Quando proferidas com mais intensidade, classificam-se como tônicas, e quando soadas 
de maneira mais sutil, como átonas. 
 
Ainda enfatizando acerca da importância do assunto em pauta, há outro detalhe pertinente: o fato de 
ter havido algumas mudanças em decorrência da implantação da Nova Reforma Ortográfica. 
Cabendo ressaltar, portanto, que os referidos postulados, abaixo descritos, encontram-se condizentes 
a esta. Para tanto, analisemos: 
 
De acordo com a posição da sílaba tônica, as palavras classificam-se em: 
Oxítonas – aquelas em que a sílaba tônica se encontra demarcada na última sílaba. 
 
Exemplos: café, cipó, coração, armazém... 
 
Paroxítonas – a sílaba tônica é penúltima sílaba. 
 
Exemplos: caderno – problema – útil – automóvel... 
Proparoxítonas – a sílaba tônica é a antepenúltima sílaba. 
 
Exemplos: lâmpada – ônibus – cárcere – cônego... 
 
Monossílabos átonos e tônicos 
 
Os vocábulos que possuem apenas uma sílaba - ora caracterizados como monossílabos - também 
são proferidos de modo mais e/ou menos intenso. De modo a compreendermos como se efetiva tal 
ocorrência, analisemos: 
 
Que lembrança darei ao país que me deu 
tudo o que lembro e sei, tudo quanto senti? (Carlos Drummond de Andrade) 
 
Atendo-nos a uma análise, percebemos que os monossílabos “que”, “ao”, “me”, “o”, “e” são átonos, 
visto que são pronunciados tão fracamente que se apoiam na palavra subsequente. Já os 
monossílabos representados por “deu” e “sei” demonstram ser dotados de autonomia fonética, 
caracterizando-se, portanto, como tônicos. 
 
Regras fundamentais: 
 
Monossílabos tônicos 
 
Graficamente, acentuam-se os monossílabos terminados em:-a(s): chá, pá... 
-e(s): pé, ré,... 
-o(s): dó, nó... 
 
Entretanto, os monossílabos tu, noz, vez, par, quis, etc., não são acentuados. 
 
Observações passíveis de nota: 
 
* Os monossílabos tônicos formados por ditongos abertos -éis, -éu, -ói recebem o acento: 
 ACENTUAÇÃO 
 
 
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Exemplos: réis, véu, dói. 
 
* No caso dos verbos monossilábicos terminados em-ê, a terceira pessoa do plural termina em eem. 
Essa regra se aplica à nova ortografia, perceba: 
 
Ele vê - Eles veem 
Ele crê – Eles creem 
Ele lê – Eles leem 
 
Forma verbal que antes era acentuada agora é grafada sem o sinal gráfico. 
 
* Diferentemente ocorre com os verbos monossilábicos terminados em “-em”, haja vista que a terceira 
pessoa termina em “-êm”, embora acentuada. Perceba: 
 
Ele tem – Eles têm 
Ela vem – Elas vêm 
 
* Oxítonas: 
 
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de “s”. 
 
Pará, café, carijó, armazém, parabéns... 
 
* Paroxítonas: 
 
Acentuam-se todos os vocábulos terminados em: 
 
-l: amável, fácil, útil... 
-r: caráter, câncer... 
-n: hífen, próton... 
Observação: Quando grafadas no plural, não recebem acento: polens, hifens... 
-x: látex, tórax... 
-ps: fórceps, bíceps... 
-ã(s): ímã, órfãs... 
-ão(s): órgão, bênçãos... 
-um(s): fórum, álbum... 
-on(s): elétron, nêutron... 
-i(s): táxi, júri... 
-u(s): Vênus, ônus... 
-ei(s): pônei, jóquei... 
-ditongo oral(crescente ou decrescente), seguido ou não de “s”: 
história, série, água, mágoa... 
 
Observações importantes: 
 
a) De acordo com a nova ortografia, os ditongos terminados em –ei e –oi, não são mais 
acentuados. Perceba como eram antes e como agora são grafados: 
 
 
 ACENTUAÇÃO 
 
 
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Entretanto, o acento ainda permanece nas oxítonas terminadas em –éu, -ói e éis: 
 
chapéu – herói - fiéis... 
 
b) Não serão mais acentuados o “i” e “u” tônicos quando, depois de ditongo, formarem hiato: Note: 
 
 
No entanto, o acento permanece se a palavra for oxítona e o “i” ou “u” estiverem seguidos de “s” ou 
no final da palavra. Confira: 
 
Piauí – tuiuiú(s) – sauí(s)... 
 
O mesmo acontece com o “i” e o “u” tônicos dos hiatos, não antecedidos de ditongos: 
 
saída – saúde – juíza – saúva – ruído... 
 
* As formas verbais que possuem o acento na raiz com o “u” tônico precedido das letras “q” e “g” e 
seguido de “e” ou “i” não serão mais acentuadas. Veja: 
 
 
Atenção: 
 
- Quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, usando “a” ou “i” tônicos, essas vogais serão 
acentuadas: 
Exemplos: 
 
eu águo, eles águam, eles enxáguam (a tônico); eu delínquo, eles delínquem (í tônico). 
tu apazíguas, que eles apazíguem. 
 
- Se a tônica, na pronúncia, cair sobre o u, ele não será acentuado: 
Exemplos: 
 
Eu averiguo, eu aguo. 
 
* Não será mais usado o acento agudo para diferenciar determinados vocábulos, tais como: 
 
 
Contudo, o acento permanece para diferenciar algumas palavras, representadas por: 
 
 ACENTUAÇÃO 
 
 
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pôde = 3ª pessoa do pretérito perfeito do indicativo (verbo poder) 
pode = 3ª pessoa do presente do indicativo (verbo poder) 
 
pôr = verbo 
por = preposição 
Livro Didático: Seu Papel nas Aulas de Acentuação Gráfica 
Com a difusão da "Pedagogia Tecnicista" no sistema educacional brasileiro, a partir da década de 
1970, o uso do livro didático sofreu alterações quanto aos conceitos e a forma como passaram a ser 
apresentados. Anteriormente a esta fase, os materiais didáticos - As Antologias - desempenhavam o 
papel de auxílio das aulas. O caráter auxiliar dos materiais didáticos, depois da década de 1960, foi 
praticamente extinto e substituído por um papel de destaque. 
Em razão das necessidades econômicas e sociais da industrialização, o ensino deixou de ter uma 
preocupação essencialmente conceitual, enquanto a rapidez e a praticidade tornaram-se seu enfoque 
e levaram os livros didáticos a uma posição de direcionamento e orientação do trabalho escolar. O 
professor assumiu o "segundo plano" no processo ensino-aprendizagem e o livro passou a ocupar o 
"primeiro plano". Em lugar do material didático, o professor se transformou em auxiliar das atividades 
didáticas favorecendo a leitura e a realização de exercício dos livros didáticos cujo uso tornou-se 
obrigatório no sistema educacional brasileiro. 
A imagem do professor foi diretamente atingida, pois ser professor deixou de significar domínio de 
conhecimento e passou a representar submissão às instruções do livro didático. Essa mudança 
provocou a dependência do professor e até dos alunos em relação ao uso do material didático. De 
acordo com Machado (1996), a dependência da escola em relação aos livros didáticos vem 
acarretando o rebaixamento da qualidade dos conteúdos ministrados na disciplina de Língua 
Portuguesa. Ao encontro dessa posição, os dados das avaliações oficiais (SAEB/INEP, 2002) 
mostram que os alunos do ensino fundamental e médio vêm apresentando defasagem crescente, 
cerca de dois a três anos de atraso entre a série em que se encontram e os conhecimentos que 
deveriam dominar, na aprendizagem de língua portuguesa. Para Batista (1997) e Travaglia (1996), o 
desempenho insatisfatório dos alunos pode ser explicado pela ineficiência das metodologias de 
ensino de Língua Portuguesa que vêm sendo utilizadas pelas escolas. Particularmente em relação ao 
ensino de gramática, os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) assinalam a existência 
de graves lacunas teóricas e práticas. 
Cezar, Romualdo e Calsa (2006) observam que o desempenho insatisfatório dos alunos é decorrente 
também da falta de compreensão sobre a necessidade de aprendizagem da língua portuguesa por 
parte dos falantes nativos do português. É comum os alunos questionarem o porquê e para quê são 
obrigados a frequentar esta disciplina com uma carga horária equivalente a outras, como a 
matemática, considerada mais importante para sua formação escolar. Para muitos, a aprendizagem 
formal da língua portuguesa não tem um significado concreto e útil, porque a linguagem formal é 
utilizada apenas no ambiente escolar (escrito) ou em situações muito especiais (palestras, 
apresentações, concursos, entre outros) com as quais não se identificam. Esse comportamento 
sugere não compreenderem a função de cada uma das variedades e modalidades linguísticas, como 
a oral e a escrita, tanto em seu registro coloquial como o culto ou padrão. Segundo a literatura 
(TRAVAGLIA, 1996; CALSA, 2002; CAGLIARI, 2002), a escola tem ensinado conceitos gramaticais 
incompletos, imprecisos e, às vezes, incorretos que não promovem reflexão sobre a importância 
dessa aprendizagem para a formação ampla e diversificada desses indivíduos em relação à língua 
portuguesa. 
Frente às considerações sobre as defasagens existentes no processo de aprendizagem da língua 
portuguesa, este artigo tem por objetivo identificar os procedimentos utilizados por dois professores - 
um de final do primeiro ciclo e outro de início do segundo ciclo fundamental - de uma escola pública 
central do município de Maringá-PR, no ensino de um conteúdo de gramática. Buscou-se verificar o 
uso do livro didático em sala de aula no ensino de acentuação gráfica, um tema que tem gerado 
confusão conceitual dos alunos por envolver conceitos e procedimentos geralmente ensinados sem a 
necessária distinção do conceito de tonicidade. Não ensinados adequadamente, esses conteúdos 
além de gerar confusão conceitual favorecem a instalação de obstáculos epistemológicos que 
dificultam ou impedem aprendizagens posteriores. 
 ACENTUAÇÃO 
 
 
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Uso do Livro Didático no Ensino de Gramática 
Na década de 1960, como afirma Berger (1976), o sistema educacional brasileiro passou a ser 
fortemente atrelado ao sistema político do país. Com a ascensão dos militares foi introduzida a 
vertente pedagógica Tecnicista, de origem norte-americana. Esta modalidade de ensino foi ao 
encontro da necessidade de escolarização rápida etécnica dos trabalhadores que precisavam 
qualificar-se como mão-de-obra industrial. 
Segundo Ghiraldelli (1991) e Munakata (1996 apud SILVA, 1998), os objetivos da Pedagogia 
Tecnicista foram atingidos com maior precisão por meio do uso dos livros didáticos que, nesse 
período, tiveram seu espaço escolar ampliado ao se tornarem obrigatórios. Em decorrência disso, em 
pouco tempo os professores deixaram de ser considerados a principal fonte de saber e planejamento 
e passaram a basear sua atuação didática nesses manuais. Com essa nova modalidade de ensino, o 
professor deixou de ser um educador autônomo para tornar-se um mero instrutor. 
Para Soares (2001), a maior demanda de alunos no ensino fundamental e médio, a qualificação 
ligeira dos professores, e a redução salarial que levou muitos a buscarem métodos de ensino menos 
exigentes em termos de dedicação profissional acabou por provocar o uso intensivo do livro didático. 
Consolidou-se então uma tradição de uso do livro didático no sistema educacional brasileiro, e uma 
crescente dependência do professor em relação a esses manuais. A fidelidade a esses materiais, de 
acordo com Silva (1996, p. 12), vem provocando uma espécie de "anemia cognitiva" nos professores, 
pois segui-los representa alimentar e cristalizar "um conjunto de rotinas altamente prejudiciais ao 
processo educacional do professorado e do alunado". Essa dependência está diretamente 
relacionada à má qualidade da formação do professor e sua superação exige políticas educacionais 
que promovam a autonomia conceitual e didática desses profissionais. Para o autor, os livros 
didáticos devem informar, orientar e instruir o processo de ensino-aprendizagem e não impor uma 
forma de ensinar ao professor. 
Em assentimento com o pensamento do autor, Lajolo (1996) lembra que os livros didáticos 
desempenham um papel fundamental na educação escolar, pois, dentre os outros elementos que 
compõem o processo ensino-aprendizagem, parece ser o de maior influência sobre as decisões e 
ações do professor. De acordo com a autora, no Brasil, a adoção do livro didático continua tendo 
como finalidade determinar os conteúdos e procedimentos de ensino tendo em vista as lacunas 
existentes na formação do professor e na organização do sistema educacional. Como consequência, 
para fugir do uso inadequado do livro didático, o professor deve avaliar sua qualidade e abordagem 
conceitual, pois nem sempre o referencial teórico corresponde aos conteúdos e exercícios presentes 
nesses manuais. Além disso, devem ser observadas suas incoerências, erros e conceitos 
incompletos. 
Lajolo (1996, p. 8) lembra, contudo, que a má qualidade conceitual e técnica do livro pode se 
transformar em um material didático satisfatório a partir da identificação e discussão de seus erros 
com os alunos. Para ela "não há livro que seja à prova de professor: o pior livro pode ficar bom na 
sala de um bom professor e o melhor livro desanda na sala de um mau professor. Pois o melhor livro 
[...], é apenas um livro, instrumento auxiliar da aprendizagem". Nenhum livro didático, por melhor que 
seja, pode ser utilizado sem adaptações. Machado (1996) também chama a atenção para o fato de 
que mais importante que a qualidade do material didático é a formação do professor, pois ele precisa 
estar preparado para o desenvolvimento de um ensino qualificado, que inclui a análise dos livros 
didáticos adotados pela instituição escolar. 
Em um estudo sobre os livros didáticos utilizados no sistema educacional brasileiro, Machado (1996) 
constatou que, além da falta de regularidade de sua atualização que tem provocado a baixa 
qualidade de seus conteúdos, apresentam custo demasiadamente alto para o padrão de consumo da 
maioria da população. O autor assinala que a melhoria da qualidade dos livros didáticos depende do 
estímulo dos órgãos governamentais e de uma maior qualificação dos professores. Neste caso, é 
imprescindível o desenvolvimento da capacidade crítica dos acadêmicos dos cursos de Pedagogia e 
das Licenciaturas das diversas áreas de conhecimento em relação ao papel dos livros didáticos no 
ensino escolar. 
Para Pozo (1999), Arnay (1999) e Lacasa (1999), a fragmentação dos conceitos nos manuais 
didáticos transmite aos alunos uma noção de "falsa ciência", e não os introduz na "cultura científica 
escolar", função social específica dessa instituição. Segundo Machado (1996, p. 35), a "excessiva 
 ACENTUAÇÃO 
 
 
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subdivisão dos temas" dos livros didáticos em doses correspondentes à duração de uma hora-aula 
(50 min.) também corrobora para a fragmentação dos conceitos científicos a ponto de, em alguns 
casos, tornarem-se irreconhecíveis. 
Tonicidade e acentuação gráfica 
A capacidade de se comunicar e se expressar por meio da fala é inerente ao ser humano e a esta 
capacidade dá-se o nome de linguagem. Para realizá-la, utiliza-se o sistema denominado língua. 
Sabe-se, pelos estudos realizados por Saussure (1990), que a língua é um fato social, é exterior ao 
indivíduo, convencional, pertencente a uma comunidade linguística. Ao usá-la individualmente, o 
falante concretiza, por exclusão, as possibilidades que ela oferece, no ato de fala. Ao se comunicar, o 
falante faz uso da estrutura psíquica denominada pelo estudioso de signo linguístico, que é composto 
de um conceito, o significado, e uma imagem acústica, o significante. Ambos ocorrem 
simultaneamente no ato da fala. 
Os sinais físicos que se produzem na fala são os sons - os fonemas - que podem realizar-se de 
maneiras variadas. Para Câmara Jr. (2002, p. 118), o fonema é um "conjunto de articulações dos 
órgãos fonadores cujo efeito acústico estrutura formas lingüísticas e constitui numa enunciação o 
mínimo segmento distinto". Os fonemas são unidades abstratas mínimas, indivisíveis e distintivas da 
língua. São abstratas por serem os tipos ideais de sons constantes do sistema língua, as 
possibilidades dos falantes e não a sua concretização. São indivisíveis uma vez que não podem ser 
separadas em unidades menores. 
Além dos aspectos segmentais da fala (linearidade dos signos linguísticos), a comunicação envolve 
elementos suprassegmentais: os acentos e tons da língua. Os acentos manifestam-se pela altura, 
intensidade e duração de um vocábulo, consideradas suas propriedades acústicas. Os tons estão 
relacionados à altura do som. Apesar da língua portuguesa não usar os tons como elementos 
diferenciadores do léxico, em alguns casos os aspectos suprassegmentais são importantes para a 
distinção e significação de um vocábulo. 
Em língua portuguesa, a tonicidade está vinculada às suas origens greco-latinas. A língua latina teve 
um enriquecimento gramatical ao entrar em contato com o alfabeto e as regras gramaticais gregas. 
Contudo, não incorporou os acentos gráficos gregos como marca de tonicidade. A gramática latina 
marca a acentuação das palavras pela intensidade da sílaba entre breve e longa. Em latim não há 
palavras oxítonas, portanto, todos os dissílabos são paroxítonos. A sílaba tônica é sempre a 
penúltima ou antepenúltima. De acordo com Câmara Jr. (2002), os latinos não seguiram os moldes 
de acentuação gráfica grega em razão de, em língua latina, suas regras serem demasiadamente 
simples. As línguas modernas de origem latina seguem, basicamente, as regras e nomenclaturas 
herdadas pelos romanos dos gregos. Portanto, ao se estudar tais línguas, são encontrados termos já 
usados pelos gregos, como acento agudo, acento circunflexo, prosódia, entre outros. 
A definição de sílaba tem sido um dos problemas encontrados nos estudos fonéticos. Há, entre os 
estudiosos, diversidade de critérios para a análise silábica. Drucksilbe (apud CÂMARA JR., 1970) 
define sílaba como sendo a emissão do ar por impulso, em que cada um corresponde a uma sílaba, 
dinâmica ou expiratória. Um segundo critério é o da energia de emissão que corresponde a maior 
energia de emissão, ou acento silábico, durante a articulação de uma sílaba. Por fim, Brücke(apud CÂMARA JR., 1970, p. 70) conceitua sílaba a partir de seu efeito auditivo, isto é, pela variação 
da perceptibilidade em uma enunciação contínua. Denomina a sílaba de sonora por observar "que a 
enunciação, sob o aspecto acústico, se decompõe espontaneamente em segmentos, ou sílabas, 
assinalados por um ponto máximo de perceptibilidade [...]". 
Independente do critério utilizado, a conceituação de sílaba sempre envolve o ápice silábico que, 
pelos apontamentos de Borba (1975, p. 52), corresponde à tensão máxima a que se chega ao 
pronunciá-la. Para o autor, a sílaba se compõe de "uma tensão crescente e uma tensão decrescente. 
A primeira parte da sílaba é crescente até chegar à tensão máxima [...], a partir da qual começa a 
tensão decrescente". O ápice silábico, normalmente, é uma vogal. Câmara Jr. (2002) destaca que a 
vogal sempre é o ponto de maior tensão da sílaba. No caso dos ditongos haverá sempre uma vogal 
como ápice, sendo a outra denominada semivogal. 
Quando formados por mais de uma sílaba, os vocábulos sempre têm uma delas pronunciada de 
forma mais intensa, contraponto à sílaba átona, que é pronunciada de forma mais branda. Identificar 
 ACENTUAÇÃO 
 
 
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a sílaba tônica dos vocábulos formais é uma das grandes dificuldades encontradas no processo de 
aprendizagem escolar, em especial, na fase de alfabetização. 
Para Cagliari (2002), esse problema surge principalmente pelo fato de a escola não apresentar a 
tonicidade das palavras como uma ocorrência da pronunciação e não da escrita. A tonicidade é 
identificada nas palavras somente quando alguém busca verificar a posição em que se encontra a 
sílaba tônica. O autor assinala que, durante o processo de alfabetização, a escola não deve abordar a 
diferenciação das sílabas átonas e tônicas a partir de seu conceito. Ele acredita que elas devem ser 
estudadas em conjunto com a tomada de consciência dos alunos sobre o ritmo da fala. 
Desenvolvimento da pesquisa 
O presente artigo teve por objetivo investigar os procedimentos utilizados pelos professores e livros 
didáticos de língua portuguesa no ensino de gramática do ensino fundamental, em particular, em 
relação ao conteúdo de acentuação gráfica e tonicidade. A amostra da pesquisa foi constituída por 
dois professores do ensino fundamental - um de 4.ª e um de 5.ª série de uma escola pública de 
Maringá-PR - selecionados a partir de seu aceite em participar da pesquisa. 
Tomando como referência Lüdke e André (1986), para atingir os objetivos da pesquisa, optou-se por 
uma abordagem qualitativa dos dados considerada a mais adequada para a compreensão da 
dinâmica presente no ambiente escolar. Os dados foram coletados por meio de dois instrumentos: 
observações de aulas de gramática e análises de livros didáticos. Foram observadas as aulas que 
abordaram o tema tonicidade e acentuação gráfica, critério que definiu a quantidade de horas de 
observação em cada série (4.ª série quatro horas e meia e 5.ª série, duas horas). As observações 
contemplaram o desenvolvimento das atividades: apresentação do conteúdo, exercícios, uso do livro 
didático e outros materiais, avaliação do conteúdo. Os livros didáticos foram analisados quanto aos 
procedimentos subjacentes à apresentação e exercício do conteúdo. 
Apresentação e discussão dos resultados 
Para a análise, foi utilizado o livro da coleção A Escola é Nossa, de Márcia Paganini Cavéquia (2004) 
- 4.ª série. O volume é composto por sete unidades subdividas em oito tópicos entre eles Pensando 
sobre a língua e Caderno de Ortografia, únicos em que são encontrados os conteúdos investigados - 
acentuação gráfica e tonicidade. 
Em relação à segunda etapa do ensino fundamental foi analisado o livro de 5.ª série da coleção Ler, 
entender e criar, de Maria das Graças Vieira e Regina Figueiredo (2004). Nesta coleção cada volume 
é composto por dez unidades subdividas em sete tópicos. Os conteúdos de acentuação gráfica e 
tonicidade estão presentes no tópico Veja como se escreve. 
O livro didático da 4.ª série apresenta o conceito de sílaba tônica, classificação das palavras e regras 
de acentuação somente no Caderno de atividades de acentuação e ortografia, parte do Caderno de 
Ortografia. As explicações e os exercícios propostos apresentam os dois conteúdos de forma 
desvinculada. Para introduzir o conceito de sílaba tônica, o livro solicita que o aluno pronuncie várias 
vezes a palavra menina e indique a sílaba mais forte. Logo após, apresenta o conceito gramatical e 
exemplifica a classificação das palavras, conforme a posição da sílaba mais forte: oxítonas, 
paroxítonas e proparoxítonas. 
Ao explicar a acentuação gráfica de palavras oxítonas, apresenta várias palavras 
como amor, cipó, calor, funil e José, com o intuito de demonstrar que nem todas essas palavras são 
acentuadas e que para fazê-lo corretamente deve-se observar sua terminação. O exercício 
denominado Complete solicitado para treinar esses conteúdos parece induzir os alunos à observação 
da terminação de cada vocábulo descartando a identificação da sílaba tônica. 
Em outro exercício, é solicitado ao aluno que justifique o porquê da presença ou ausência do acento 
gráfico em um conjunto de palavras oxítonas. Segundo as orientações fornecidas ao professor, são 
consideradas corretas somente as respostas que explicam a acentuação a partir de regras de 
acentuação. Esse tipo de abordagem faz com que os alunos tomem como verdade a ideia de que o 
acento gráfico aparece somente em vocábulos nos quais tem uma sílaba mais forte e, assim, deixa 
de dar a ênfase necessária ao fato de que o acento solicitado é o gráfico. Com esse procedimento, 
não fica claro para os alunos que independentemente de sua grafia toda palavra possui uma sílaba 
tônica, com exceção dos monossílabos átonos. 
 ACENTUAÇÃO 
 
 
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Com relação à acentuação das palavras paroxítonas e proparoxítonas, o livro apresenta somente um 
quadro com palavras deste tipo acentuadas graficamente. Sobre esse tema são apresentados dois 
exercícios: o primeiro solicita a acentuação gráfica de vocábulos e sua transcrição no caderno por 
ordem alfabética; o segundo solicita a busca de palavras paroxítonas e proparoxítonas em jornais e 
revistas. Somente dois exercícios do livro sugerem a relação entre os conceitos de tonicidade e 
acentuação gráfica. Nesses exercícios, é solicitado aos alunos que indiquem ou pintem a sílaba 
tônica e, por meio das tentativas auditivas exigidas, é favorecida a percepção dos alunos quanto a 
tonicidade e sua relação com a acentuação gráfica (Figura 1) 
 
O livro didático da 5.ª série aborda os conteúdos tonicidade e regras de acentuação gráfica no 
tópico Veja como se escreve. Nas unidades anteriores, o direcionamento gramatical vinculou-se 
diretamente à escrita de determinados vocábulos envolvendo aspectos relativos aos dígrafos. Nesta 
unidade, quando apresentadas, as questões de acentuação são relacionadas à separação silábica 
dos vocábulos. Para a realização do exercício, é necessário que os alunos retornem ao tópico Outra 
leitura, pois a tarefa refere-se a um texto contido neste item no qual é solicitado que sejam grifadas as 
sílabas mais fortes das duas palavras que compõem o seu título: Atrás do gato. Nessa atividade, é 
desconsiderado o monossílabo "do" por meio do qual poderiam ser resgatados os conceitos 
estudados anteriormente integrando-os à atividade presente. 
Depois do primeiro exercício, o livro apresenta a diferença entre sílabas tônicas e átonas, bem como 
a classificação das palavras conforme a posição da sílaba tônica. Apresenta como exemplos, 
vocábulos com e sem acento gráfico, Bidu, gato e amigo. Tais exemplos podem ser considerados 
importantes para o aprendizado, em favor da independência existente entre sílaba tônica e acento 
gráfico. Isto facilita a percepção do aluno sobre as convenções da língua portuguesa, como o caso 
dos acordos ortográficos. 
Para a introdução da acentuação gráfica depalavras oxítonas são apresentados dezesseis vocábulos 
com e sem acento gráfico, dos quais se solicita leitura em voz alta para identificação auditiva quanto 
a sua sílaba tônica. Depois desta etapa, os alunos devem identificar a sílaba tônica e sua 
classificação. O último exercício relaciona a acentuação gráfica à terminação dos vocábulos oxítonos 
com o objetivo de que os alunos associem esses dois elementos e elaborem uma regra gramatical 
apresentada em um quadro logo abaixo. 
Depois de apresentadas as regras ortográficas, solicita-se que os alunos encontrem cinco palavras 
oxítonas que recebam acento gráfico e, logo em seguida, elaborem frases. A elaboração de frases 
permite aos alunos a percepção de que o vocábulo permanece com acento gráfico independente da 
localização sonora que ele assume em uma frase. No último exercício é solicitada a busca em jornais 
e revistas dos vocábulos ensinados, reproduzindo os exercícios apresentados nos livros didáticos do 
primeiro ciclo. 
Os vocábulos paroxítonos são abordados na sétima unidade do livro, os vocábulos oxítonos, sexta 
unidade e proparoxítonos na oitava unidade. Essa fragmentação de conteúdos afins, segundo a 
literatura, não permite que os alunos percebam as relações existentes entre os temas. Além disso, 
nos três casos, a classificação é apresentada no item Veja como se escreve, embora o tema 
relacionado à sílaba tônica se refira a um aspecto próprio da oralidade, enquanto a acentuação 
gráfica trata de um aspecto da língua escrita. Neste exercício novamente é solicitada a separação de 
sílabas antes da classificação dos vocábulos. A única mudança em relação às atividades propostas 
para as palavras oxítonas é tão somente a posição das sílabas tônicas. Em outro exercício é 
solicitada a decisão do aluno sobre a necessidade ou não de acentuação gráfica estabelecendo uma 
relação direta entre tonicidade e acento gráfico. 
 ACENTUAÇÃO 
 
 
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Quanto aos vocábulos proparoxítonos sua apresentação ocorre, como nas outras unidades, no 
tópico Veja como se escreve da oitava unidade do livro. A classificação é abordada por meio de três 
exercícios estruturalmente iguais: em um deles é apresentada a regra gramatical de acentuação das 
palavras proparoxítonas sem justificar o porquê desta norma; no último exercício sobre classificação 
e acentuação gráfica é sugerida uma atividade em grupo para a revisão do conteúdo gramatical das 
unidades anteriores. Seu foco são os vocábulos acentuados graficamente e desconsidera as palavras 
que não possuem acento gráfico, embora sejam submetidas às mesmas regras. 
A comparação entre os dois livros didáticos mostra que no de 4.ª série o conteúdo é apresentado de 
forma integrada e o de 5.ª série tende a sua fragmentação. No primeiro manual, primeiramente, é 
abordado o conceito de sílaba tônica e, posteriormente, são apresentadas as regras de acentuação 
gráfica para a resolução dos exercícios. Este tipo de procedimento parece ser mais adequado ao 
desenvolvimento do tema, pois leva o aluno a compreender que quase todos os vocábulos possuem 
uma sílaba tônica e que somente alguns são grafados devido à vigência ortográfica da norma. O livro 
direcionado à segunda etapa do ensino fundamental aborda o conteúdo de acentuação em unidades 
distintas, revisadas em conjunto somente no tópico final. Nessas situações são priorizados os 
vocábulos acentuados graficamente e a estrutura dos exercícios mantém-se relacionada à 
classificação das palavras quanto à sua tonicidade. 
Apesar das diferenças, o modo como os dois livros didáticos apresentam o conteúdo sobre tonicidade 
e regras de acentuação favorece o estabelecimento de confusão conceitual por parte de alunos e 
professores, pois não mostra que a sílaba tônica é um aspecto presente na fala e as regras de 
acentuação na escrita. Marcando a importância dessa distinção, assinala que não diferenciar esses 
dois aspectos limita o processo de instrumentalização linguística dos alunos. 
Quanto às observações de aulas 
Comparando os dados das observações com as propostas dos Parâmetros Curriculares Nacionais 
(BRASIL, 1997) sobre o ensino de ortografia, pode-se afirmar que a professora de 4.ª série manifesta 
uma postura pedagógica distanciada desses documentos e similar aos pressupostos teórico-
metodológicos da Pedagogia Tecnicista, cujo foco é o livro didático. Do tempo total da aula, 43% (115 
min.) foram dedicados à resolução de exercícios do livro didático e 49% (130 min.) à correção desses 
exercícios no quadro de giz. Além disso, a professora de 4.ª série não fez uso do tempo das aulas 
observadas para expor e explicar oralmente o conteúdo gramatical (Gráfico 1). 
 
Nas aulas de 5.ª série para a exposição oral do conteúdo sem o livro didático, o professor fez uso de 
23% (27 min.) do tempo de aula, 25% (30 min.) para retomada oral deste tema por parte dos alunos, 
20% (25 min.) para a resolução de exercícios dos livros didáticos e 17% (20 min.) para retomada do 
conteúdo por meio do livro didático. Nas aulas observadas, em média de 13% (13 min.) do tempo da 
aula foram usados para recados, brincadeiras, enquanto a cópia de exercícios do quadro de giz, 2% 
(3 min). Este professor não corrigiu exercícios no quadro de giz, utilizando-se de outros recursos para 
o ensino do conteúdo em foco. 
As observações de aula mostraram que os dois professores investigados - a professora da 4.ª série e 
o professor da 5.ª série - utilizaram como recurso básico de ensino o livro didático. A conduta dos 
entrevistados mostra-se consistente com as considerações de Silva (1996, p. 13), segundo as quais o 
desempenho insatisfatório dos alunos pode estar vinculado ao uso do livro didático no direcionamento 
da atuação pedagógica dos professores. Para o autor, esse comportamento pode levar os 
professores a uma "anemia cognitiva" e ao rebaixamento da qualidade de seu trabalho. 
 ACENTUAÇÃO 
 
 
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Além dos prejuízos causados pelo uso quase exclusivo do livro didático, é importante ressaltar que o 
pouco tempo de exposição do conteúdo para os alunos, como constatado nas observações 
realizadas na turma de 4.ª série, favorece uma aprendizagem insatisfatória dos conteúdos. Segundo 
Dorneles (1987), a redução do tempo de aula para a realização desse tipo de atividade é considerada 
um dos mecanismos seletivos da escola. Isto significa que aos sujeitos que têm menos condições de 
saber ou aprender o conteúdo escolar em outras situações são privadas as oportunidades 
necessárias à aprendizagem na instituição designada socialmente para tanto. Em outros termos, 
pode-se dizer que a escola não está cumprindo seu papel de transmissor do saber escolar científico a 
todos os cidadãos de forma equitativa. 
Em contrapartida, o professor de 5.ª série parece ter mantido certa coerência na distribuição do 
tempo de desenvolvimento das quatro categorias de atividades - exposição oral, resolução de 
exercícios do livro didático, resolução de exercícios no quadro e leitura do conceito gramatical que o 
livro didático apresenta (Gráfico 1). Observa-se que nenhum dos dois professores apresentou a 
acentuação gráfica como uma norma convencionada pelo conjunto social. Segundo Morais (2002), se 
abordado desta maneira, os alunos poderiam compreender que certos conteúdos são apenas 
convenções temporárias e arbitrárias que precisam ser memorizadas e conscientizadas para 
aquisição de uma melhor competência na linguagem oral, leitura e escrita. 
Estudos anteriores como os de Cagliari (1986) e Morais (2002) enfatizam que é na 4.ª e 5.ª séries do 
ensino fundamental o momento mais apropriado para a abordagem do conceito de sílaba tônica e 
acentuação gráfica, pois às séries seguintes restaria o encargo de retomar esse conteúdo apenas 
quando necessário, dedicando-se ao desenvolvimento de outros conceitos gramaticais. 
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CLASSES DE PALAVRAS 
 
 
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Classes de Palavras 
Você sabe o que são as classes gramaticais e para que elas servem? 
Bom, a língua portuguesa é um rico objeto de estudo – você certamente já percebeu isso. Por 
apresentar tantas especificidades, é natural que ela fosse dividida em diferentes áreas, o que facilita 
sua análise. Entre essas áreas, está a Morfologia, que é o estudo da estrutura, da formação e da 
classificação das palavras. Na Morfologia, as palavras são estudadas isoladamente, 
desconsiderando-se a função que exercem dentro da frase ou do período, estudo realizado pela 
Sintaxe. Nos estudos morfológicos, as palavras estão agrupadas em dez classes, que podem ser 
chamadas de classes de palavras ou classes gramaticais. São elas: 
Substantivo: palavra que dá nome aos seres em geral, podendo nomear também ações, conceitos 
físicos, afetivos e socioculturais, entre outros que não podem ser considerados “seres” no sentido 
literal da palavra; 
Artigo: palavra que se coloca antes do substantivo para determiná-lo de modo particular (definido) ou 
geral (indefinido); 
Adjetivo: palavra que tem por função expressar características, qualidades ou estados dos seres; 
Numeral: palavra que exprime uma quantidade definida, exata de seres (pessoas, coisas etc.), ou a 
posição que um ser ocupa em determinada sequência; 
Pronome: palavra que substitui ou acompanha um substantivo (nome), definindo-lhe os limites de 
significação; 
Verbo: palavra que, por si só, exprime um fato (em geral, ação, estado ou fenômeno) e localiza-o no 
tempo; 
Advérbio: palavra invariável que se relaciona com o verbo para indicar as circunstâncias (de tempo, 
de lugar, de modo etc.) em que ocorre o fato verbal; 
Preposição: palavra invariável que liga duas outras palavras, estabelecendo entre elas determinadas 
relações de sentido e dependência; 
Conjunção: palavra invariável que liga duas orações ou duas palavras de mesma função em uma 
oração; 
Interjeição: palavra (ou conjunto de palavras) que, de forma intensa e instantânea, exprime 
sentimentos, emoções e reações psicológicas. 
A classificação das palavras sofreu alterações ao longo do tempo, o que é normal, haja vista que a 
língua é mutável, isto é, sofre alterações e adaptações de acordo com as necessidades dos falantes. 
Classificar uma palavra não é tarefa fácil, porém, possível, prova disso é que na língua portuguesa 
todos os vocábulos estão incluídos dentro de uma das dez classes de palavras. Conhecer a 
gramática que rege nosso idioma é fundamental para aprimorarmos a comunicação. Foi por essa 
razão que o Brasil Escola preparou uma seção voltada ao estudo das classes gramaticais. Nela você 
encontrará diversos artigos que explicarão a morfologia da língua de maneira simples e direta por 
meio de textos e variados exemplos. 
A primeira gramática do ocidente foi de autoria de Dionísio de Trácia, que identificava oito partes do 
discurso: nome, verbo, particípio, artigo, preposição, pronome, advérbio e conjunção. Atualmente, são 
reconhecidas dez classes gramaticais pela maioria dos gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio, 
verbo, conjunção, interjeição, preposição, artigo, numeral e pronome. 
Como podemos observar, houve alterações ao longo do tempo quanto às classes de palavras. Isso 
acontece porque a nossa língua é viva, e portanto vem sendo alterada pelos seus falantes o tempo 
todo, ou seja, nós somos os responsáveis por estas mudanças que já ocorreram e pelas que ainda 
vão ocorrer. Classificar uma palavra não é fácil, mas atualmente todas as palavras da língua 
portuguesa estão incluídas dentro de uma das dez classes gramaticais dependendo das suas 
características. A parte da gramática que estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA (morfo = 
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forma, logia = estudo), ou seja, o estudo da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos as 
relações entre as palavras, o contexto em que são empregadas, ou outros fatores que podem 
influenciá-la, mas somente a forma da palavra. 
Há discordância entre os gramáticos quanto a algumas definições ou características das classes 
gramaticais, mas podemos destacar as principais características de cada classe de palavras: 
SUBSTANTIVO – é dita a classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como 
também sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou políticos, etc. 
Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho, etc. 
ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos, 
antecedendo-os. 
Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas. 
ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características aos 
substantivos. 
Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo, etc. 
PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a 
pessoa do discurso. 
Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc. 
VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical. 
Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc. 
ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios, modificando-os. 
Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc. 
NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem. 
Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo, etc. 
PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas. 
Exemplo: em, de, para, por, etc. 
CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação 
ou subordinação. 
Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc. 
INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de 
suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como 
palavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito. 
Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh! 
Segundo um estudo morfológico da língua portuguesa, as palavras podem ser analisadas e 
catalogadas em dez classes de palavras ou classes gramaticais distintas, sendo elas: substantivo, 
artigo, adjetivo, pronome, numeral, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição. 
Substantivo 
Substantivos são palavras que nomeiam seres, lugares, qualidades, sentimentos, noções, entre 
outros. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau 
(diminutivo, normal, aumentativo). Exercem sempre a função de núcleo das funções sintáticas onde 
estão inseridos (sujeito, objeto direto, objeto indireto e agente da passiva). 
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Substantivos simples 
• casa; 
• amor; 
• roupa; 
• livro; 
• felicidade. 
Substantivos compostos 
• passatempo; 
• arco-íris; 
• beija-flor; 
• segunda-feira; 
• malmequer. 
Substantivos primitivos 
• folha; 
• chuva; 
• algodão; 
• pedra; 
• quilo. 
Substantivos derivados 
• território; 
• chuvada; 
• jardinagem; 
• açucareiro; 
• livraria. 
Substantivos próprios 
• Flávia; 
• Brasil; 
• Carnaval; 
• Nilo; 
• Serra da Mantiqueira. 
Substantivos comuns 
• mãe; 
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• computador; 
• papagaio; 
• uva; 
• planeta. 
Substantivos coletivos 
• rebanho; 
• cardume; 
• pomar; 
• arquipélago; 
• constelação. 
Substantivos concretos 
• mesa; 
• cachorro; 
• samambaia; 
• chuva; 
• Felipe. 
Substantivos abstratos 
• beleza; 
• pobreza; 
• crescimento; 
• amor; 
• calor. 
Substantivos comuns de dois gêneros 
• o estudante / a estudante; 
• o jovem / a jovem; 
• o artista / a artista. 
Substantivos sobrecomuns 
• a vítima; 
• a pessoa; 
• a criança; 
• o gênio; 
• o indivíduo. 
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Substantivos epicenos 
• a formiga; 
• o crocodilo; 
• a mosca; 
• a baleia; 
• o besouro. 
Substantivos de dois números 
• o lápis / os lápis; 
• o tórax / os tórax; 
• a práxis / as práxis. 
Leia mais sobre substantivos. 
Artigo 
Artigos são palavras que antecedem os substantivos, determinando a definição ou a indefinição dos 
mesmos. Sendo flexionados em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural), indicam 
também o gênero e o número dos substantivos que determinam. 
Artigos definidos 
• o; 
• a; 
• os; 
• as. 
Artigos indefinidos 
• um; 
• uma; 
• uns; 
• umas. 
Leia mais sobre artigos. 
Adjetivo 
Adjetivos são palavras que caracterizam um substantivo, conferindo-lhe uma qualidade, 
característica, aspecto ou estado. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número 
(singular e plural) e grau (normal, comparativo, superlativo). 
Adjetivos simples 
• vermelha; 
• lindo; 
• zangada; 
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• branco. 
Adjetivos compostos 
• verde-escuro; 
• amarelo-canário; 
• franco-brasileiro; 
• mal-educado. 
Adjetivo primitivo 
• feliz; 
• bom; 
• azul; 
• triste; 
• grande. 
Adjetivo derivado 
• magrelo; 
• avermelhado; 
• apaixonado. 
Adjetivos biformes 
• bonito; 
• alta; 
• rápido; 
• amarelas; 
• simpática. 
Adjetivos uniformes 
• competente; 
• fácil; 
• verdes; 
• veloz; 
• comum. 
Adjetivos pátrios 
• paulista; 
• cearense; 
• brasileiro; 
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• italiano; 
• romeno. 
Leia mais sobre adjetivos. 
Pronome 
Pronomes são palavras que substituem o substantivo numa frase (pronomes substantivos) ou que 
acompanham, determinam e modificam os substantivos, atribuindo particularidades e características 
aos mesmos (pronomes adjetivos). Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número 
(singular e plural) e pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa do discurso). 
Pronomes pessoais retos 
• eu; 
• tu; 
• ele; 
• nós; 
• vós; 
• eles. 
Pronomes pessoais oblíquos 
• me; 
• mim; 
• comigo; 
• o; 
• a; 
• se; 
• conosco; 
• vos. 
Pronomes pessoais de tratamento 
• você; 
• senhor; 
• Vossa Excelência; 
• Vossa Eminência. 
Pronomes possessivos 
• meu; 
• tua; 
• seus; 
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• nossas; 
• vosso; 
• sua. 
Pronomes demonstrativos 
• este; 
• essa; 
• aquilo; 
• o; 
• a; 
• tal. 
Pronomes interrogativos 
• que; 
• quem; 
• qual; 
• quanto. 
Pronomes relativos 
• que; 
• quem; 
• onde; 
• a qual; 
• cujo; 
• quantas. 
Pronomes indefinidos 
• algum; 
• nenhuma; 
• todos; 
• muitas; 
• nada; 
• algo. 
Leia mais sobre pronomes. 
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Numeral 
Numerais são palavras que indicam quantidades de pessoas ou coisas, bem como a ordenação de 
elementos numa série. Alguns numerais podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino) e 
número (singular e plural), outros são invariáveis. 
Numerais cardinais 
• um; 
• sete; 
• vinte e oito; 
• cento e noventa; 
• mil. 
Numerais ordinais 
• primeiro; 
• vigésimo segundo; 
• nonagésimo; 
• milésimo. 
Numerais multiplicativo 
• duplo; 
• triplo; 
• quádruplo; 
• quíntuplo. 
Numerais fracionários 
• um meio; 
• um terço; 
• três décimos. 
Numerais coletivos 
• dúzia; 
• cento; 
• dezena; 
• quinzena. 
Leia mais sobre numerais. 
Verbo 
Verbos são palavras que indicam, principalmente, uma ação. Podem indicar também uma ocorrência, 
um estado ou um fenômeno. Podem ser flexionados em número (singular e plural), pessoa (1.ª, 2.ª ou 
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3.ª pessoa do discurso), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo (passado, presente e 
futuro), aspecto (incoativo, cursivo e conclusivo) e voz (ativa, passiva e reflexiva). 
Verbos regulares 
• cantar; 
• amar; 
• vender; 
• prender; 
• partir; 
• abrir. 
Verbos irregulares 
• medir; 
• fazer; 
• ouvir; 
• haver; 
• poder; 
• crer. 
Verbos anômalos 
• ser; 
• ir. 
Verbos principais 
• comer; 
• dançar; 
• saltar; 
• escorregar; 
• sorrir; 
• rir. 
Verbos auxiliares 
• ser; 
• estar; 
• ter; 
• haver; 
• ir. 
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Verbos de ligação 
• ser; 
• estar; 
• parecer; 
• ficar; 
• tornar-se; 
• continuar; 
• andar; 
• permanecer. 
Verbos defectivos 
• falir; 
• banir; 
• reaver; 
• colorir; 
• demolir; 
• adequar. 
Verbos impessoais 
• haver; 
• fazer; 
• chover; 
• nevar; 
• ventar; 
• anoitecer; 
• escurecer. 
Verbos unipessoais 
• latir; 
• miar; 
• cacarejar; 
• mugir; 
• convir; 
• custar; 
• acontecer. 
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Verbos abundantes 
• aceitado / aceito; 
• ganhado / ganho; 
• pagado / pago. 
Verbos pronominais essenciais 
• arrepender-se; 
• suicidar-se; 
• zangar-se; 
• queixar-se; 
• abster-se; 
• dignar-se. 
Verbos pronominais acidentais 
• pentear / pentear-se; 
• sentar / sentar-se; 
• enganar / enganar-se 
• debater / debater-se. 
Leia mais sobre verbos. 
Advérbio 
Advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um advérbio, indicando uma 
circunstância (tempo, lugar, modo, intensidade,…). São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero 
e número. Contudo, alguns advérbios podem ser flexionados em grau. 
Advérbio de lugar 
• aqui; 
• ali; 
• atrás; 
• longe; 
• perto; 
• embaixo. 
Advérbio de tempo 
• hoje; 
• amanhã; 
• nunca; 
• cedo; 
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• tarde; 
• antes. 
Advérbio de modo 
• bem; 
• mal; 
• rapidamente; 
• devagar; 
• calmamente; 
• pior. 
Advérbio de afirmação 
• sim; 
• certamente; 
• certo; 
• decididamente. 
Advérbio de negação 
• não; 
• nunca; 
• jamais; 
• nem; 
• tampouco. 
Advérbio de dúvida 
• talvez; 
• quiçá; 
• possivelmente; 
• provavelmente; 
• porventura. 
Advérbio de intensidade 
• muito; 
• pouco; 
• tão; 
• bastante; 
• menos; 
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• quanto. 
Advérbio de exclusão 
• salvo; 
• senão; 
• somente; 
• só; 
• unicamente; 
• apenas. 
Advérbio de inclusão 
• inclusivamente; 
• também; 
• mesmo; 
• ainda. 
Advérbio de ordem 
• primeiramente; 
• ultimamente; 
• depois. 
Leia mais sobre advérbios. 
Preposição 
Preposições são palavras que estabelecem conexões com vários sentidos entre dois termos da 
oração. Através de preposições, o segundo termo (termo consequente) explica o sentido do primeiro 
termo (termo antecedente). São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número. 
Preposições simples essenciais 
• a; 
• após; 
• até; 
• com;• de; 
• em; 
• entre; 
• para; 
• sobre. 
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Preposições simples acidentais 
• como; 
• conforme; 
• consoante; 
• durante; 
• exceto; 
• fora; 
• mediante; 
• salvo; 
• segundo; 
• senão. 
Preposições compostas ou locuções prepositivas 
• acima de; 
• a fim de; 
• apesar de; 
• através de; 
• de acordo com; 
• depois de; 
• em vez de; 
• graças a; 
• perto de; 
• por causa de. 
Leia mais sobre preposições. 
Conjunção 
Conjunções são palavras utilizadas como elementos de ligação entre duas orações ou entre termos 
de uma mesma oração, estabelecendo relações de coordenação ou de subordinação. São 
invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número. 
Conjunções coordenativas aditivas 
• e; 
• nem; 
• também; 
• bem como; 
• não só...mas também. 
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Conjunções coordenativas adversativas 
• mas; 
• porém; 
• contudo; 
• todavia; 
• entretanto; 
• no entanto; 
• não obstante. 
Conjunções coordenativas alternativas 
• ou; 
• ou...ou; 
• já…já; 
• ora...ora; 
• quer...quer; 
• seja...seja. 
Conjunções coordenativas conclusivas 
• logo; 
• pois; 
• portanto; 
• assim; 
• por isso; 
• por consequência; 
• por conseguinte. 
Conjunções coordenativas explicativas 
• que; 
• porque; 
• porquanto; 
• pois; 
• isto é. 
Conjunções subordinativas integrantes 
• que; 
• se. 
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Conjunções subordinativas adverbiais causais 
• porque; 
• que; 
• porquanto; 
• visto que; 
• uma vez que; 
• já que; 
• pois que; 
• como. 
Conjunções subordinativas adverbiais concessivas 
• embora; 
• conquanto; 
• ainda que; 
• mesmo que; 
• se bem que; 
• posto que. 
Conjunções subordinativas adverbiais condicionais 
• se; 
• caso; 
• desde; 
• salvo se; 
• desde que; 
• exceto se; 
• contando que. 
Conjunções subordinativas adverbiais conformativas 
• conforme; 
• como; 
• consoante; 
• segundo. 
Conjunções subordinativas adverbiais finais 
• a fim de que; 
• para que; 
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• que. 
Conjunções subordinativas adverbiais proporcionais 
• à proporção que; 
• à medida que; 
• ao passo que; 
• quanto mais… mais,… 
Conjunções subordinativas adverbiais temporais 
• quando; 
• enquanto; 
• agora que; 
• logo que; 
• desde que; 
• assim que; 
• tanto que; 
• apenas. 
Conjunções subordinativas adverbiais comparativas 
• como; 
• assim como; 
• tal; 
• qual; 
• tanto como. 
Conjunções subordinativas adverbiais consecutivas 
• que; 
• tanto que; 
• tão que; 
• tal que; 
• tamanho que; 
• de forma que; 
• de modo que; 
• de sorte que; 
• de tal forma que. 
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Interjeição 
Interjeições são palavras que exprimem emoções, sensações, estados de espírito. São invariáveis e 
seu significado fica dependente da forma como as mesmas são pronunciadas pelos interlocutores. 
Interjeições de alegria 
• Oh!; 
• Ah!; 
• Oba!; 
• Viva!; 
• Opa!. 
Interjeições de estímulo 
• Vamos!; 
• Força!; 
• Coragem!; 
• Ânimo!; 
• Adiante!. 
Interjeições de aprovação 
• Apoiado!; 
• Boa!; 
• Bravo!. 
Interjeições de desejo 
• Oh!; 
• Tomara!; 
• Oxalá!. 
Interjeições de dor 
• Ai!; 
• Ui!; 
• Ah!; 
• Oh!. 
Interjeições de surpresa 
• Nossa!; 
• Cruz!; 
• Caramba!; 
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• Opa!; 
• Virgem!; 
• Vixe!. 
Interjeições de impaciência 
• Diabo!; 
• Puxa!; 
• Pô!; 
• Raios!; 
• Ora!. 
Interjeições de silêncio 
• Psiu!; 
• Silêncio!. 
Interjeições de alívio 
• Uf!; 
• Ufa!; 
• Ah!. 
Interjeições de medo 
• Credo!; 
• Cruzes!; 
• Uh!; 
• Ui!. 
Interjeições de advertência 
• Cuidado!; 
• Atenção!; 
• Olha!; 
• Alerta!; 
• Sentido!. 
Interjeições de concordância 
• Claro!; 
• Tá!; 
• Hã-hã!. 
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Interjeições de desaprovação 
• Credo!; 
• Francamente!; 
• Xi!; 
• Chega!; 
• Basta!; 
• Ora!. 
Interjeições de incredulidade 
• Hum!; 
• Epa!; 
• Ora!; 
• Qual!. 
Interjeições de socorro 
• Socorro!; 
• Aqui!; 
• Piedade!; 
• Ajuda!. 
Interjeições de cumprimentos 
• Olá!; 
• Alô!; 
• Ei!; 
• Tchau!; 
• Adeus!. 
Interjeições de afastamento 
• Rua!; 
• Xô!; 
• Fora!; 
• Passa!. 
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 SINTAXE DE CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
 
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Sintaxe De Concordância Verbal E Nominal 
A sintaxe é a área da gramática que se ocupa do estudo da disposição das palavras na frase e das 
frases quando inseridas em um discurso. Diz-se que um texto está sintaticamente correto quando as 
frases estabelecem relação lógica entre si, ou seja, os elementos de uma oração estão dispostos de 
maneira que nos permita compreender o conteúdo de determinada mensagem. Mesmo que não saiba 
– ou não soubesse – o que é sintaxe, você é capaz de produzir enunciados que obedeçam às suas 
regras, já que a finalidade da comunicação é produzir discursos inteligíveis, cujo significado seja aces-
sível e compreensível. Observe: 
Ontem choveu bastante. As ruas ficaram alagadas e o trânsito ficou congestionado em vários pontos 
da cidade ou Bastante choveu ontem. Alagadas ficaram ruas as congestionado ficou trânsito e o cidade 
da em pontos vários? 
Entre as orações acima, qual das duas você seria capaz de produzir? A primeira, não é verdade? 
Ambas são compostas pelas mesmas palavras, mas uma delas ficou privada de inteligibilidade (a se-
gunda) porque seus elementos não foram sintaticamente bem dispostos, tornando-a agramatical. Por 
isso a importância da sintaxe: instrumento indispensável para a correta combinação das palavras nas 
orações. 
Pensando em sintaxe, falemos sobre suas subdivisões: a sintaxe de concordância, regência e coloca-
ção. Você sabe para que serve cada uma delas? Vamos conhecer um pouco mais sobre a língua 
portuguesa e sua gramática? Fique atento à explicação e bons estudos! Conhecer as sintaxes de con-
cordância, regência e colocação é importante para aprimorar a comunicação verbal e escrita 
O que é sintaxe de concordância? 
A sintaxe de concordância estuda a relação gramatical estabelecida entre dois termos. Ela pode ser 
verbal ou nominal. Observe os exemplos: 
► Concordância Verbal: 
Os alunos ficaram entusiasmados com o passeio no museu 
ou 
Os alunos ficou entusiasmados com o passeio no museu? 
A primeira opção é aquela que estabelece correta combinação entre o verbo e o sujeito. Se o sujeito 
(alunos = eles) está no plural, o verbo da oração deverá ser flexionado na terceira pessoa do plural: 
eles 'ficaram'. 
► Concordância Nominal: 
Os aluno indisciplinado foram suspenso da escola 
ou 
Os alunos indisciplinados foram suspensos da escola? 
O segundo exemplo obedecer às regras da concordância nominal porque nele o substantivo – alunos – 
concorda com seus determinantes, que podem ser artigo, numeral, pronome ou adjetivo. A concordân-
cia nominal é, portanto, a combinação entre os nomes de uma oração. 
O que é sintaxe de regência? 
A sintaxe de regência ocupa-se do estudo dos tipos de ligação existentes entre um verbo (regência 
verbal) ou nome e seus complementos (regência nominal). Dessa maneira, haverá os termos regentes, 
aqueles que precisam de um complemento, e os termos regidos, aqueles que complementam o sentido 
dos termos regentes. 
► Regência Verbal: 
 SINTAXE DE CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
 
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A regência verbal ocupa-se do estudo da relação estabelecida entre os verbos e os termos que os 
complementam ou caracterizam. Estudá-la nos permite aprimorar nossacapacidade expressiva, pois 
a partir da análise de uma preposição um mesmo verbo pode assumir diferentes significados. Observe: 
Os parlamentares implicaram-se em escândalos por causa do desvio de verbas públicas. (Implicar = 
envolver) 
E 
Os alunos implicaram com o novo coordenador. (Implicar = ter implicância, aversão). 
► Regência Nominal: 
A regência nominal estuda a relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os 
termos por ele regidos. É a partir da análise da preposição que essa relação será construída. Observe 
os exemplos: 
A nova tarifa é acessível a todos os cidadãos 
Os atentados contra a embaixada deixaram vários feridos. 
Eles preferiram ficar longe de todos. 
Na regência nominal é interessante observar que alguns nomes apresentam o mesmo regime dos ver-
bos de que derivam: se você conhece o regime de um verbo, conhecerá também o regime dos nomes 
cognatos, ou seja, dos nomes que têm a mesma raiz ou origem etimológica: 
As crianças devem obedecer às regras. (Obedecer = verbo) 
Eles foram obedientes às regras. (Obediente = nome cognato) 
O que é sintaxe de colocação? 
A sintaxe de colocação mostra que os pronomes oblíquos átonos, embora possam ser dispostos de 
maneira livre, possuem uma posição adequada na oração. Quando há liberdade de posição desses 
termos, o enunciado poderá assumir diferentes efeitos expressivos, o que nem sempre é bem-vindo. 
Existem três possíveis colocações para os pronomes oblíquos átonos: 
► Próclise: O Pronome Será Posicionado Antes do Verbo. Veja os Exemplos: 
Não se esqueça de comprar novos livros. 
Não me fale novamente sobre esse assunto. 
Aqui se vive melhor do que na cidade grande. 
Tudo me incomoda quando não estou em casa. 
Quem te chamou para a festa? 
► Mesóclise: será empregada quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito 
do indicativo. O pronome surge intercalado ao verbo. A mesóclise é mais encontrada na linguagem 
literária ou na língua culta e, havendo possibilidade de próclise, ela deverá ser eliminada. Observe os 
exemplos: 
Dizer-lhe-ei sobre tuas queixas (Direi + lhe) Convidar-me-iam para a formatura, mas viajei para o 
campo. (Convidariam + me) 
► Ênclise: o pronome surgirá depois do verbo, obedecendo à sequência verbo-complemento. Observe 
os exemplos: 
Diga-me o que você fez nas férias. 
Espero encontrar-lhe na festa hoje à noite. 
Acolheram o filhote abandonado, dando-lhe abrigo e comida. 
 SINTAXE DE CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
 
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Concordância e Regência Verbal e Nominal 
O verbo deve ser flexionado ("modificado") concordando com a pessoa do sujeito (eu, tu, ele/ela, nós, 
vós/vocês, eles/elas) e o número (singular ou plural): 
Sujeito simples: o verbo concorda com o sujeito em número e pessoa, estando o sujeito antes ou depois 
do verbo. 
Ex: foram embora, do nada, os meninos ("foram" concorda com "os meninos"). 
Sujeito composto: o verbo flexiona para o plural. 
Ex: joana e carlos insistiram em vir (joana e carlos são duas pessoas, e não pode-se usar "insistiu", 
mas sim "insistiram"). 
Sujeito composto de diferentes pessoas: o verbo vai para o plural na pessoa que prevalecer. 
Ex: atiramos a pedra você e eu ("atiramos" concorda com "você e eu"). 
Sujeito constituído de pronomes de tratamento: verbo flexiona na 3ª. 
Ex: vossa excelência necessita de algo? 
Sujeito constituído pelo pronome relativo que: verbo concordará em número e pessoa com o antece-
dente. 
Ex: somos nós que precisamos de você. 
Núcleos do sujeito ligados por ou: o verbo ficará no singular sempre que houver ideia de exclusão. 
Ex: rosa ou azul será a cor do quarto. 
Verbo com o pronome apassivador se: o verbo concorda com o sujeito. 
Ex: analisou-se o plano de reforma. 
Sujeito formado por expressões: um e outro – o verbo fica no plural; um ou outro – o verbo fica no 
singular; nem um nem outro – o verbo fica no singular. 
Sujeito formado por número percentual: o verbo concordará com o numeral. Se a indicação de porcen-
tagem se seguir uma expressão com de + substantivo, a concordância faz-se com esse substantivo. 
Ex: 50% dos camundongos morreram. 
Verbos impessoais (haver, fazer, chover, nevar, relampejar...): por não possuírem sujeito, ficam na 3ª 
pessoa do singular. 
Ex: não havia flores mais belas. 
Verbo ser: se um dos elementos referir-se a pessoa, o verbo concordará com ela. 
Ex: minha ambição são os meus sonhos. 
Concordância Nominal 
É a concordância, em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural), entre o substantivo 
(nomes) e seus determinantes ("partes" que acompanham os nomes): o adjetivo, o pronome adjetivo, 
o artigo, o numeral. 
O candidato talvez sinta dificuldade em assimilar o que sejam essas classes de palavras (adjetivo, 
pronome adjetivo, numeral, artigo, etc), mas não se preocupe: concentre-se em entender os exemplos, 
ou seja, concentre-se em entender o uso da língua. 
 SINTAXE DE CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
 
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Opções de concordância: o adjetivo concorda com o adjetivo mais próximo (eu dei de presente uma 
bolsa e um tênis preto) ou o adjetivo refere-se a dois substantivos de gêneros diferentes – prevalece o 
masculino e fica no plural (eu dei de presente uma bolsa e um tênis pretos). 
As palavras bastantes, pouco, muito, caro e barato concordam com o substantivo quando têm valor de 
adjetivo. Quando são advérbios, são invariáveis. 
Ex: estas revistas são caras (adjetivo) e as revistas custaram caro (advérbio). 
Anexo, mesmo, próprio, incluso: concordam com o substantivo a que se referem. 
As expressões “é proibido”, “é necessário”, “é preciso” ficam invariáveis quando acompanhadas apenas 
de substantivo. Porém, se o substantivo estiver determinado pelo artigo, a concordância é feita normal-
mente. 
Lembre-se que a palavra ‘meia’ é um adjetivo, enquanto ‘meio’ é um advérbio, significando ‘um pouco’. 
Obrigado/obrigada – concordam com o substantivo a que se referem. 
É o modo como se dispõem os pronomes pessoais oblíquos átonos (me, te, se, lhe(s), o(s), a(s), nos e 
vos) em relação ao verbo. Trata-se de um dos assuntos popularmente "espinhosos" da língua portu-
guesa, os quais somos "forçados" a entender na escola. Mas basicamente, basta lembrar que as posi-
ções dos pronomes pessoais oblíquos átonos em relação ao verbo ao qual se ligam denominam-se: 
Ênclise (depois do verbo) 
É a posposição do pronome átono ao vocábulo tônico ao que se liga. Ex: empreste-meo livro de mate-
mática. 
Próclise (antes do verbo) 
É a colocação do pronome quando antes do verbo há palavras que exercem atração sobre ele, como: 
- não, nunca, jamais, ninguém, nada. 
Ex: não o vi hoje. 
- advérbios, locuções adverbiais, pronomes interrogativos ou indefinidos. Ex: sempre te amarei. 
- pronomes relativos. 
Ex: há filmes que nos fazem chorar. 
- orações optativas, aquelas que exprimem desejo. 
Ex: deus te ouça! 
- com gerúndio precedido da preposição ‘em’. 
Ex: em se tratando desse tema... 
Mesóclise (no meio do verbo) 
É a colocação do pronome quando o verbo se encontra no futuro do presente ou no futuro do pretérito 
desde que não haja palavras que exerçam atração. 
Ex: entregar-lhe-ei as informações. Na linguagem falada brasileira, o uso é quase inexistente. 
Regência Verbal 
Há verbos, na língua portuguesa, que exigem a presença de outros termos na oração a que pertencem. 
Quando o verbo (termo regente) se relaciona com os seus complementos (termos regidos) acontece 
um "fenômeno" ao qual damos o nome de regência verbal. 
 SINTAXE DE CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
 
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Selecionamos a seguir alguns verbos em que há diferença de contexto na hora de se "fazer" a regência: 
Agradecer 
Alguma coisa (sem preposição): o palestrante agradeceu suas intervenções. 
A alguém (preposição a): o paciente agradeceu ao médico. 
Assistir 
Dar assistência (sem preposição): o médico assistiu o doente. 
Ver (preposiçãoa): assisti a um bom filme. 
Morar (preposição em): aquele homem assiste em são paulo. 
Obedecer (desobedecer) 
Sujeitar-se (preposição a): ele não obedeceu ao regulamento. 
Preferir 
Ter preferência por (preposição a): prefiro correr a nadar 
Visar 
Visar (preposição a): o comerciante visa ao lucro. 
Assinar (sem preposição): o gerente do banco visou o cheque. 
Mirar (sem preposição): o atirador visou o alvo e errou. 
Regência Nominal 
Já a regência nominal é a relação de um nome (substantivo, adjetivo) com outro termo. E a relação 
pode vir ou não acompanhada de preposições. Por exemplo: 
Horror a 
Impaciência com 
Atentado contra a 
Medo de 
Idêntico a 
Prestes a 
Longe de 
Benéfico a 
Podemos arriscar a dizer que - apesar de todas as "pegadinhas" da língua e apesar de que na fala 
praticamos uma coisa e na escrita outra - de certa forma, já estamos um pouquinho acostumados a 
utilizar a regência correta (ou pelo menos a mais aceita). 
É por essa razão que determinadas pessoas - principalmente aquelas que ao longo da vida escolar 
demonstraram um pouco mais de "afinidade" com língua portuguesa - chegam a perceber mais facil-
mente se uma construção está correta ou não. 
Vale lembrar, por fim, que "correto" ou "incorreto" para nós não possui a conotação de "certo" ou "er-
rado", mas apenas a de "ser mais aceito socialmente" ou "não ser bem aceito socialmente", do ponto 
 SINTAXE DE CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
 
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de vista do chamado "padrão culto da língua portuguesa", utilizado no brasil (aquela língua defendida 
pelos nossos melhores gramáticos). 
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus 
complementos. 
Ocupa-se em estabelecer relações entre as palavras, criando frases não ambíguas, que expressem 
efetivamente o sentido desejado, que sejam corretas e claras. 
Regência Verbal 
Termo regente: verbo 
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os complemen-
tam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais). 
O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva, pois oferece oportuni-
dade de conhecermos as diversas significações que um verbo pode assumir com a simples mudança 
ou retirada de uma preposição. Observe: 
A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar. 
A mãe agrada ao filho. -> agradar significa "causar agrado ou prazer", satisfazer. 
Logo, conclui-se que "agradar alguém" é diferente de "agradar a alguém". 
Saiba que: 
O conhecimento do uso adequado das preposições é um dos aspectos fundamentais do estudo da 
regência verbal (e também nominal). As preposições são capazes de modificar completamente o sen-
tido do que se está sendo dito. Veja os exemplos: 
Cheguei ao metrô. 
Cheguei no metrô. 
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo caso, é o meio de transporte por mim utili-
zado. A oração "cheguei no metrô", popularmente usada a fim de indicar o lugar a que se vai, possui, 
no padrão culto da língua, sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem divergências entre a re-
gência coloquial, cotidiana de alguns verbos, e a regência culta. 
A língua portuguesa é considerada um idioma complexo por causa da grande quantidade de regras 
existentes. Dentre essas regras, estão aregência verbal e a concordância verbal. 
Regência é o ato de reger, que por sua vez significa governar, reinar, exercer a função de rei, regente, 
governador, chefe, administrador. 
Para memorizar isto, basta que você se lembre de uma orquestra ou de um concerto, em que o maestro 
é quem rege (comanda todos os instrumentos musicais). 
Neste mesmo sentido, podemos concluir que regência verbal é a relação de subordinação que ocorre 
entre um verbo e seus complementos. O verbo “governa” os seus complementos. 
Em outras palavras, o verbo somente aceita as palavras que ele quer. O verbo é o chefe! Ele é o 
maestro que rege a orquestra. Se um verbo não exigir complemento, então ele é chamado de verbo 
intransitivo. 
Caso ele exija um complemento acompanhado de uma preposição, ele é chamado de verbo transitivo 
indireto. 
Mas se esse complemento não vier acompanhado de preposição, o verbo é chamado de transitivo 
direto. 
 SINTAXE DE CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
 
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Verbo Intransitivo 
Vejamos um exemplo: 
Mariana chorou. 
Note que a frase não precisa de complementos. Podemos entender claramente o sentido dela. 
A principal característica dos verbos intransitivos é que eles dispensam qualquer complemento verbal. 
Verbo Transitivo Indireto 
Verbo transitivo indireto é aquele que exige um elo (preposição) entre ele e o seu complemento. 
Observe a seguinte frase: 
Maria gosta de aprender português. 
Veja que o verbo da frase é gostar. Após o verbo, aparece a preposição “de “. 
Quem gosta, gosta de algo ou de alguma coisa. 
Por isso, podemos concluir que a regência verbal do verbo gostar exige a preposição “de “. 
Vejamos agora o verbo acreditar. 
Ana acredita em deus. 
Quem acredita, acredita em algo ou em alguém. Então, podemos concluir que a regência do 
verbo acreditar exige a preposição “em “. 
Em análise mais detalhada, podemos afirmar que o verbo gostar e overbo acreditar são transitivos in-
diretos (pois exigem preposição). As expressões “de aprender português” e “em deus “são os objetos 
indiretos (complementos dos verbos transitivos indiretos: gostar e acreditar). 
Verbo Transitivo Direto 
Verbo transitivo direto é aquele que não exige um elo (preposição) entre ele e o seu complemento. 
Vejamos um exemplo: 
Marta comprou frutas. 
Note que não há nenhuma palavra entre “comprou” e “frutas”. O verbo comprar é transitivo direito. 
Quem compra, compra alguma coisa. 
Concordância Verbal 
Acabamos de ver que a regência verbal é a relação de subordinação em que o verbo é quem manda. 
Agora veremos que a concordância verbal é a relação em que o verbo obedece! 
Lembre-se do ditado: 
Manda quem pode, obedece quem tem juízo. 
Desta forma, o verbo deve concordar com o sujeito da oração, de acordo com a pessoa (eu, tu ele, nós, 
vós, eles) e/ou com o número (singular ou plural). 
Por exemplo… 
O aluno aprende português. 
O sujeito é o aluno, que está no singular. Por isso, o verbo é conjugado na 3ª pessoa do singular -
> aprende. 
 SINTAXE DE CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
 
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Agora observe… 
Os alunos aprendem português. 
O sujeito são os alunos (no plural). Por isso, o verbo é conjugado na 3ª pessoa do plural -> aprendem. 
Resumindo… 
Regência verbal -> o verbo “manda”. 
Concordância verbal -> o verbo “obedece”. 
O que é "regência"? 
"regência" é a função subordinativa de um termo (regente) sobre outro (regido ou subordinado). Esta é 
a base fundamental de qualquer frase, pois é o que define seu sentido. A regência é estabelecida prin-
cipalmente pela posição dos termos na frase ou oração, pelos conectivos (como as preposições "e", 
"de", "com", etc.) E pelos pronomes relativos (aquele, aquela, que, se, lhe, etc.). 
São de fundamental importância as regências por preposições. O termo (regido) subordinado por uma 
preposição atua como complemento ou adjunto a uma palavra anterior (regente). 
Exemplos: 
- deu um presente ao amigo. 
Neste caso, "ao" é a junção da preposição "a" com o artigo definido masculino, "o", e a palavra "amigo" 
tem a função de complemento de destinação, sendo, portanto, um objeto indireto. 
- ele falou de você a mim. 
Neste exemplo, "ti" e "maria" estão subordinados respectivamente às preposições "de" e "a". "ti" é um 
complemento de referência e "maria" é um complemento de destinação. 
Há também os complementos de lugar: 
Eu vim de vitória. 
João foi à cidade. 
Pedro foi à casa de maria. 
O que é "concordância"? 
A concordância é um princípio pelo qual certos termos determinantes ou dependentes se adaptam às 
categorias gramaticaisde outros, determinados ou principais. Pode ser nominal ou verbal. 
É uma concordância nominal quando o substantivo vem acompanhado por um adjetivo. Suponhamos 
que o substantivo seja, por exemplo, "carro". 
À frente, acrescenta-se uma palavra complementar - por exemplo, "vermelho". Temos aí a concordân-
cia nominal "carro vermelho", na qual "carro" é um substantivo e "vermelho" é uma palavra que, em 
muitos casos, é um substantivo, mas neste se transforma em adjetivo e tem a função de complemento 
nominal. 
A concordância é verbal quando a forma do verbo combina com o sujeito. Usemos como exemplo o 
verbo "trabalhar": "eu trabalho", "tu trabalhas", "joana trabalhou ontem", "eu trabalharei amanhã", etc. 
A regência é o campo da língua portuguesa que estuda as relações de concordância entre os verbos 
(ou nomes) e os termos que completam seu sentido. Ou seja, estuda a relação de subordinação que 
ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus complementos. 
A regência é necessário visto que algumas palavras da língua portuguesa (verbo ou nome) não pos-
suem seu sentido completo. 
 SINTAXE DE CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
 
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Observe o exemplo abaixo: 
Muitas crianças têm medo. (Medo de quê?) 
Muitas crianças têm medo de fantasmas 
Obs.: perceba que o nome pede complemento antecedido de preposição (“de” = preposição e “fantas-
mas” = complemento). 
Importante: a regência estabelece uma relação entre um termo principal (termo regente) e o termo que 
lhe serve de complemento (termo regido) e possui dois tipos: regência nominal e regência verbal. 
Regência Nominal 
Regência nominal é quando um nome (substantivo, adjetivo) regente determina para o nome regido a 
necessidade do uso de uma preposição, ou seja, o vínculo entre o nome regente e o seu termo regido 
se estabelece por meio de uma preposição. 
Dica: a relação entre um nome regente e seu termo regido se estabelece sempre por meio de uma pre-
posição. 
Exemplo: 
- os trabalhadores ficaram satisfeito com o acordo, que foi favorável a eles. 
Veja: "satisfeito" é o termo regente e "com o acordo" é o termo regido, "favorável" é o termo regente e 
"a eles" é o termo regido. 
Obs.: quando um pronome relativo (que, qual, cujo, etc.) É regido por um nome, deve-se introduzir, 
antes do relativo, a preposição que o nome exige. 
Exemplo: 
 
- a proposta a que éramos favoráveis não foi discutida na reunião. (Quem é favorável, é favorável a 
alguma coisa/alguém) 
Regência nominal: principais casos (mais utilizados nas provas) 
Como vimos, quando o termo regente é um nome, temos a regência nominal. 
Então pra facilitar segue abaixo uma lista dos principais nomes que exigem preposições, existem no-
mes que pedem o uso de uma só preposição, mas também existem nomes que exigem os uso de mais 
de uma preposição. Veja: 
Nomes que exigem o uso da preposição “a”: 
Acessível, acostumado, adaptado, adequado, afeição, agradável, alheio, alusão, análogo, anterior, 
apto, atento, atenção, avesso, benéfico, benefício, caro, compreensível, comum, contíguo, contrário, 
desacostumado desagradável, desatento, desfavorável, desrespeito, devoto, equivalente, estranho, fa-
vorável, fiel, grato, habituado, hostil, horror, idêntico, imune, inacessível, indiferente, inerente, inferior, 
insensível, junto, leal, necessário, nocivo, obediente, odioso, ódio, ojeriza, oneroso, paralelo, peculiar, 
pernicioso, perpendicular, posterior, preferível, preferência, prejudicial, prestes, propenso, propício, pro-
veitoso, próximo, rebelde, rente, respeito, semelhante, sensível, simpático, superior, traidor, último, útil, 
visível, vizinho... 
Nomes que exigem o uso da preposição “de”: 
Abrigado, amante, amigo ávido, capaz, certo, cheio, cheiro, comum, contemporâneo, convicto, cúm-
plice, descendente, desejoso, despojado, destituído, devoto, diferente, difícil, doente, dotado, duro, 
êmulo, escasso, fácil, feliz, fértil, forte, fraco, imbuído, impossível, incapaz, indigno, inimigo, inocente, 
inseparável, isento, junto, livre, longe, louco, maior, medo, menor, natural, orgulhoso, passível, piedade, 
possível, prodígio, próprio, querido, rico, seguro, sujo, suspeito, temeroso, vazio... 
Nomes Que Exigem a Preposição “Sobre”: 
 SINTAXE DE CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
 
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Opinião, discurso, discussão, dúvida, insistência, influência, informação, preponderante, proeminência, 
triunfo, 
Nomes Que Exigem a Preposição “Com”: 
Acostumado, afável, amoroso, analogia, aparentado, compatível, cuidadoso, descontente, generoso, 
impaciente, impaciência, incompatível, ingrato, intolerante, mal, misericordioso, obsequioso, ocupado, 
parecido, relacionado, satisfeito, severo, solícito, triste... 
Nomes Que Exigem a Preposição "Em": 
Abundante, atento, bacharel, constante, doutor, entendido, erudito, fecundo, firme, hábil, incansável, 
incessante, inconstante, indeciso, infatigável, lento, morador, negligente, perito, pertinaz, prático, resi-
dente, sábio, sito, versado... 
Nomes Que Exigem a Preposição "Contra": 
Atentado, blasfêmia, combate, conspiração, declaração, luta, fúria, impotência, litígio, protesto, recla-
mação, representação... 
Nomes que exigem a preposição "para": 
Mau, próprio, odioso, útil... 
Regência Verbal 
Dizemos que regência verbal é a maneira como o verbo (termo regente) se relaciona com seus com-
plementos (termo regido). 
Nas relações de regência verbal, o vínculo entre o verbo e seu termo regido (complemento verbal) pode 
ser dar com ou sem a presença de preposição. 
Exemplo: 
 
- nós assistimos ao último jogo da copa. 
Veja: "assistimos" é o termo regente, "ao" é a preposição e "último jogo" é o termo regido. 
No entanto estudar a regência verbal requer que tenhamos conhecimentos anteriores a respeito do 
verbo e seus complementos, conhecer a transitividade verbal. 
Basicamente precisamos saber que: 
Um verbo pode ter sentido completo, sem necessitar de complementos. São os verbos intransitivos. 
Há verbos que não possuem sentido completo, necessitam de complemento. São os verbos transitivos. 
Exemplos: 
 
- transitivo direto: quando seu sentido se completa com o uso de um objeto direto (complemento sem 
preposição). 
 
Exemplo: a avó carinhosa agrada a netinha. 
"agrada" é verbo transitivo direto e "a netinha" e o objeto direto. 
- Transitivo indireto: quando seu sentido se completa com o uso de um objeto indireto (complemento 
com preposição). 
Exemplo: ninguém confia em estranhos. 
"confia" é verbo transitivo indireto, "em" é a preposição e "estranhos" é o objeto indireto. 
 SINTAXE DE CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
 
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- Transitivo direto e indireto: quando seu sentido e completa com os dois objetos (direto e indireto). 
Exemplo: devolvi o livro ao vendedor. "devolvi" é verbo transitivo direto e indireto, "o livro" é objeto di-
reto e "vendedor" é objeto indireto. 
A regência e o contexto (a situação de uso) 
A regência de um verbo está ligada a situação de uso da língua. Determinada regência de um verbo 
pode ser adequada em um contexto e ser inadequada em outro. 
Quando um ser humano irá a marte? 
Quando um ser humano irá em marte? 
Em contextos formais, deve-se empregar a frase 1, porque a variedade padrão, o verbo “ir” rege pre-
posição a. Na linguagem coloquial (no cotidiano), é possível usar a frase 2. 
Regência de alguns verbos 
Para estudarmos a regência dos verbos, devemos dividi-los em dois grupos: 
O primeiro, dos verbos que apresentam uma determinada regência na variedade padrão e outra regên-
cia na variedade coloquial; 
2- e o segundo dos verbos que, na variedade padrão, apresentam mais de uma regência. 
Primeiro grupo - verbos que apresentam uma regência na variedade padrão e outra na variedade co-
loquial: 
Verbo Assistir 
- Sentido: “auxiliar”, “caber, pertencer” e “ver, presenciar, atuar como expectador”. É nesse último sen-
tido que ele é usado. 
- Variedade padrão (exemplos):ele não assiste a filme de violência; pela tv, assistimos à premiação 
dos atletas olímpicos. Assistir com significado de ver, presenciar: é verbo transitivo indireto (vti), apre-
senta objeto indireto iniciado pela preposição a. Quem assiste, assiste a (alguma coisa). 
- Variedade coloquial (exemplos): ela não assiste filmes de violência. Assistir com significado de ver, 
presenciar: é verbo transitivo direto (vtd); apresenta objeto direto. Assistir (alguma coisa) 
Verbo Ir e Chegar 
- Variedade padrão (exemplos): no domingo, nós iremos a uma festa; o prefeito foi à capital falar com 
o governador; os funcionários chegam bem cedo ao escritório. 
Apresentam a preposição a iniciando o adjunto adverbial de lugar: ir a (algum lugar), chegar a (algum 
lugar) 
- Variedade coloquial (exemplos): no domingo, nós iremos em uma festa; os funcionários chegam bem 
cedo no escritório. Apresentam a preposição em iniciando o adjunto adverbial de lugar: ir em (algum 
lugar), chegar em (algum lugar) 
Verbo Obedecer/Desobedecer 
- Variedade padrão (exemplos): a maioria dos sócios do clube obedecem ao regulamento; quem deso-
bedece às leis de trânsito deve ser punido. São vti; exigem objeto indireto iniciado pela preposição a. 
Obedecer a (alguém/alguma coisa), desobedecer a (alguém/alguma coisa) 
- Variedade coloquial (exemplos): a maioria dos sócios do clube obedecem o regulamento; quem de-
sobedece as leis de trânsito deve ser punido. 
São transitivos direto (vtd); apresentam objeto sem preposição inicial. Obedecer (alguém/alguma 
coisa), desobedecer (alguém/alguma coisa) 
 SINTAXE DE CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
 
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Verbo Pagar e Perdoar 
- Sentido: obs.: se o objeto for coisa (e não pessoa), ambos são transitivos direto, tanto na variedade 
padrão, como na coloquial. Exemplo: você não pagou o aluguel. O verbo pagar também é empregado 
com transitivo direto e indireto. (Pagar alguma coisa para alguém) a empresa pagava excelentes salá-
rios a seus funcionários. 
- Variedade padrão (exemplos): a empresa não paga aos funcionários faz dois meses; é ato de nobreza 
perdoar a um amigo. São vti quando o objeto é gente; exigem preposição a iniciando o objeto indireto. 
Pagar a (alguém), perdoar a (alguém) 
- Variedade coloquial (exemplos): a empresa não paga os funcionários faz dois meses; é um ato de 
nobreza perdoar um amigo. São vtd, apresentam objeto sem preposição (objeto direto): pagar (alguém), 
perdoar (alguém) 
Verbo Preferir 
- Variedade padrão (exemplos): os brasileiros preferem futebol ao vôlei; você preferiu trabalhar a estu-
dar. Prefiro silêncio à agitação da cidade. É vtdi; exige dois objetos: um direto outro indireto (iniciado 
pela preposição a. Preferir (alguma coisa) a (outra) 
- Variedade coloquial (exemplos): os brasileiros preferem mais o futebol que o vôlei; você preferiu 
(mais) trabalhar que estudar; prefiro (muito mais) silêncio do que a agitação da cidade. É empregado 
com expressões comparativas (“mais...que”, “muito mais ...que”, “do que”, etc.). Preferir (mais) (uma 
coisa) do que (outra). 
Verbo Visar 
- Sentido: o emprego mais usual do verbo “visar” é no sentido de “objetivar, ter como meta”. 
- Variedade padrão (exemplos): todo artista visa ao sucesso; suas pesquisas visavam à criação de 
novos remédios. É vti, com preposição a iniciando o objeto indireto. Visar a (alguma coisa) 
- Variedade coloquial (exemplos): todo artista visa o sucesso; suas pesquisas visavam a criação de 
novos remédios. É vtd, apresenta objeto sem preposição (objeto direto). Visar (alguma coisa) 
Segundo grupo - verbos que, na variedade padrão, apresentam mais de uma regência (dependendo 
do sentido/significado em que são empregados: 
Verbo Aspirar 
- Transitividade (sentido): verbo transitivo direto (sugar/respirar) verbo transitivo indireto (pretender) 
- Exemplos: sentiu fortes dores quando aspirou o gás. O ex-governador aspirava ao cargo de presi-
dente. 
Verbo Assistir 
- Transitividade (sentido): verbo transitivo direto (ajudar); verbo transitivo indireto (ver); verbo transitivo 
indireto (pertencer) 
- Exemplos: rapidamente os paramédicos assistiram os feridos. Você assistiu ao filme? O direito de 
votar assisti a todo cidadão. 
Verbo Informar 
- Transitividade (sentido): verbo transitivo direto e indireto (passar informação) 
- exemplos: algumas rádios informam as condições das estradas aos motoristas. Algumas rádios infor-
mam os motoristas das condições das estradas 
Verbo Querer 
 SINTAXE DE CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
 
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- Transitividade (sentido): verbo transitivo direto (desejar); verbo transitivo indireto (amar/gostar) 
- Exemplos: todos queremos um brasil menos desigual. Isabela queria muito aos avós. 
Verbo Visar 
- Transitividade (sentido): verbo transitivo direto (mirar); verbo transitivo direto (pôr visto); verbo transi-
tivo indireto (objetivar) 
- Exemplos: o atacante, ao chutar a falta, visou o ângulo do gol. Por favor, vise todas as páginas do 
documento. Esta fazenda visa à produção de alimentos orgânicos. 
Observações: 
O verbo aspirar, como outros transitivos indiretos, não admite os pronomes lhe/lhes como objeto. De-
vem ser substituídos por a ele (s) /a ela (s). Ex.: o diploma universitário é importante; todo jovem devem 
aspirar a ele. 
No sentido de “ver presenciar”, o verbo assistir não admite lhe (s) como objeto, essas formas devem 
ser substituídas por ele (s) ela (s). Ex.: o show de abertura das olimpíadas foi muito bonito; você assistiu 
a ele? 
No sentido de “objetivar, ter como meta”, o verbo visar (td) não admite como objeto a forma lhe/lhes, 
que devem ser substituídas por a ele (s) a ela (s). Ex: o título de campeão rende uma fortuna ao time 
vencedor, por isso todos os clubes visam a ele persistentemente. 
Existem outros verbos que, na variedade padrão, apresentam a mesma regência do verbo informar. 
São eles: avisar, prevenir, notificar, cientificar. 
Dicas gerais sobre regência verbal e nominal para fixação: 
‣ alguns nomes ou verbos da língua portuguesa não tem sentido completo. 
‣ na regência nominal, a relação entre um nome regente e seu termo regido se estabelece sempre por 
meio de uma preposição. 
‣ na regência verbal, temos que conhecer a transitividade dos verbos, ou seja, se é direta (vtd-verbo 
transitivo direto), se é indireta (vti- verbo transitivo indireto) ou se é, ao mesmo tempo, direta e indireta 
(vtdi- verbo transitivo direto e indireto). 
‣ observe sempre os verbos que mudam de regência ao mudar de sentido, como visar, assistir, aspirar, 
agradar, implicar, proceder, querer, servir e outros. 
‣ não se pode atribuir um mesmo complemento a verbos de regências distintas. Por exemplo: o verbo 
assistir no sentido de “ver”, requer a preposição a e o verbo gostar, requer a preposição de. Não pode-
mos, segundo a gramatica, construir frases como: “assistimos e gostamos do jogo.”, temos que dar a 
cada verbo o complemento adequado, logo, a construção correta é “assistimos ao jogo e gostamos 
dele. 
‣ o conhecimento das preposições e de seu uso é fator importante no estudo e emprego da regência 
(nominal, verbal) correta, pois elas são capazes de mudar totalmente o sentido do que for dito. 
Ex.: as novas medidas escolares vão de encontro aos anseios dos alunos. Os alunos da 3ª série foram 
ao encontro da nova turma. ‣ pronomes oblíquos, algumas vezes, funcionam como complemento ver-
bal. 
 
‣ pronomes relativos, algumas vezes, funcionam como complemento verbal. 
Silepse 
A palavra “silepse” é originária do grego sýllepsis, que significa “ação de reunir”, “ação de tomar em 
conjunto”, também pode ser entendida como a ação de compreender. 
 SINTAXE DE CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
 
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Ou seja, a silepse é a figura de sintaxe que consiste em uma concordância não fundamentada nas 
regras gramaticais da língua, e sim com uma concordância ideológica dos sentidos que as palavras 
expressam,ou ainda com o sentido que as relações entre elas revelam. 
Conforme a concepção do termo, silepse referia-se somente à concordância de número. Contudo, 
como a língua configura-se como um organismo vivo, as variações linguísticas a colocam em processos 
de transformação, e agregaram outras formas de construção sintática com as concordâncias de gênero 
e pessoa. 
Em resumo, a silepse abarca praticamente todo o campo da concordância, tomando como princípio o 
aspecto ideológico da língua, e não a perspectiva gramatical. 
Silepse De Número 
A silepse de número pode ocorrer com todo substantivo singular compreendido como plural, pelo fa-
lante, e, em particular, com os coletivos dos nomes. A incidência desta silepse aumenta à medida que 
o verbo se distancia do sujeito coletivo. É mais recorrente quando o coletivo está elíptico (subentendido) 
na oração, assim: 
A população manifestou-se contrária as mudanças políticas, foram às ruas e entoavam o hino nacional. 
Após acidente de carro, a família saiu do hospital, estão bons. 
Quando o sujeito de uma oração é um dos pronomes “nós” ou “vós” referindo-se a uma só pessoa, e 
os adjetivos ou particípios a que eles estão ligados permanecem no singular, ocorre silepse de número, 
da seguinte forma: 
Impulsionado por um cenário político de complexo entendimento, nossos esforços neste estudo volta-
ram-se à análise dos diferentes contextos dos estados brasileiros. Oferecemos cuidados aos graduan-
dos em sociologia um completo manual, com o envolvimento de todos. 
Silepse De Gênero 
Os termos utilizados como forma de tratamento “vossa majestade”, “vossa excelência”, “vossa senho-
ria”, e similares a esses, apresentam-se sob o gênero feminino, porém são usadas com regularidade 
para pessoas do sexo masculino. Neste caso, quando funciona como predicativo, o adjetivo que a elas 
se refere vai sempre para o masculino, quando deveria concordar com a forma de tratamento e não 
com a pessoa a quem a expressão está-se referindo: 
Por exemplo, quando um juiz é um homem e usa-se a expressão “vossa excelência”, mas completa-se 
a oração com palavras no masculino. 
Vossa excelência é muito justo, cumpre com as normas e as leis. 
Silepse De Pessoa 
Quando a pessoa do discurso se inclui num sujeito enunciado na terceira pessoa do plural, o verbo 
pode ir para a primeira pessoa do plural, exemplo: “esquece esse problema, que ainda havemos de ser 
realizados os dois, com a nossa família e trabalho". 
Quando o sujeito expresso na terceira pessoa do plural abrange a pessoa a quem o falante se dirige, 
é lícito usarmos a segunda pessoa do plural. Exemplo: "todos falais em me julgar e condenar". 
No português popular europeu, brasileiro e de países africanos de língua portuguesa, é comum a pa-
lavra “gente” transpor o verbo para a primeira pessoa do plural. Exemplo: "a gente necessita realizar 
uma tarefa bem elaborada para verem que somos grandiosos". 
Observação: para alguns gramáticos essa variação da língua se constitui como um desvio da regra, e 
não como uma elipse. 
Outra aplicação do termo "silepse" 
 SINTAXE DE CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
 
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Em estudos da narrativa, também conhecido por narratologia, o termo “silepse” é usado para conceituar 
o processo de sintetizar o discurso, apresentando de um modo reduzido vários eventos associáveis 
através de um recurso qualquer de aproximação temporal, espacial, temático. 
A silepse é uma figura de linguagem que está na categoria de figura de sintaxe (ou de construção). Isso 
porque ela está intimamente relacionada com a construção sintática das frases. 
A silepse é empregada mediante a concordância da ideia e não do termo utilizado na frase. Dessa 
forma, ela não obedecer às regras de concordância gramatical e sim por meio de uma concordância 
ideológica. 
Além da silepse, outras figuras de sintaxe são: elipse, zeugma, hipérbato, assíndeto, polissíndeto, aná-
fora, anacoluto e pleonasmo. 
Classificação 
Dependendo do campo gramatical que ela atua, a silepse é classificada em: 
Silepse de gênero: quando há discordância entre os gêneros (feminino e masculino); 
Silepse de número: quando há discordância entre o singular e o plural; 
Silepse de pessoa: quando há discordância entre o sujeito, que aparece na terceira pessoa, e o verbo, 
que surge na primeira pessoa do plural. 
Exemplos 
Para compreender melhor, confira abaixo exemplos de silepse: 
Silepse de gênero: a velha são paulo cresce a cada dia. 
Silepse de número: o povo se uniu e gritavam muito alto nas ruas. 
Silepse de pessoa: todos os pesquisadores estamos ansiosos com o congresso. 
No primeiro exemplo, notamos a união dos gêneros masculinos (são paulo) e feminino (velha). 
No segundo exemplo, o uso do singular e plural denota o uso da silepse de número: povo (singular) e 
gritavam (plural). 
No terceiro exemplo, o verbo não concorda com o sujeito, e sim com a pessoa gramatical: pesquisado-
res (terceira pessoa); estamos (primeira pessoa do plural). 
Exercícios 
Indique qual tipo de silepse aparece nas frases abaixo: 
O brasileiro, somos felizes. 
B) rio de janeiro é divertida. 
C) o público chegou e começaram a festejar. 
D) são paulo é violenta. 
E) todos preferimos o antigo prefeito. 
A silepse é a concordância que se faz com o termo que não está expresso no texto, mas sim com a 
ideia que ele representa. É uma concordância anormal, psicológica, espiritual, latente, porque se faz 
com um termo oculto, facilmente subentendido. Há três tipos de silepse: de gênero, número e pessoa. 
Silepse de Gênero 
Os gêneros são masculinos e femininos. Ocorre a silepse de gênero quando a concordância se faz 
com a ideia que o termo comporta. Exemplos: 
A bonita porto velho sofreu mais uma vez com o calor intenso. 
 SINTAXE DE CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
 
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Nesse caso, o adjetivo bonita não está concordando com o termo porto velho, que gramaticalmente 
pertence ao gênero masculino, mas com a ideia contida no termo (a cidade de porto velho). 
 
2) vossa excelência está preocupado. 
Nesse exemplo, o adjetivo preocupado concorda com o sexo da pessoa, que nesse caso é masculino, 
e não com o termo vossa excelência. 
Silepse de Número 
Os números são singulares e plurais. A silepse de número ocorre quando o verbo da oração não con-
corda gramaticalmente com o sujeito da oração, mas com a ideia que nele está contida. Exemplos: 
A procissão saiu. Andaram por todas as ruas da cidade de salvador. 
Como vai a turma? Estão bem? 
O povo corria por todos os lados e gritavam muito alto. 
Note que nos exemplos acima, os verbos andaram, estão e gritavam não concordam gramaticalmente 
com os sujeitos das orações (que se encontram no singular, procissão, turma e povo, respectivamente), 
mas com a ideia de pluralidade que neles está contida. Procissão, turma e povo dão a ideia de muita 
gente, por isso que os verbos estão no plural. 
Silepse de Pessoa 
Três são as pessoas gramaticais: a primeira, a segunda e a terceira. A silepse de pessoa ocorre quando 
há um desvio de concordância. O verbo, mais uma vez, não concorda com o sujeito da oração, mas 
sim com a pessoa que está inscrita no sujeito. Exemplos: 
O que não compreendo é como os brasileiros persistamos em aceitar essa situação. 
Os agricultores temos orgulho de nosso trabalho. 
"dizem que os cariocas somos poucos dados aos jardins públicos." (Machado de assis) 
Observe que os verbos persistamos, temos e somos não concordam gramaticalmente com os seus 
sujeitos (brasileiros, agricultores e cariocas que estão na terceira pessoa), mas com a ideia que neles 
está contida (nós, os brasileiros, os agricultores e os cariocas). 
Silepse de pessoa 
A silepse de pessoa ocorre quando o verbo da frase não faz a concordância esperada com o sujeito 
expresso, e sim com um sujeito oculto na sentença. 
Exemplo de silepse de pessoa: 
"nos anos 80, os brasileiros tínhamos receio de investir no mercado". 
O tínhamos estána primeira pessoa do plural, concordando com a ideia de um "nós" oculto, enqua-
drando o autor da frase entre "nós, os brasileiros". Enquanto que a escrita padrão seria "tinham", na 
terceira pessoa do plural. 
Silepse de Gênero 
A silepse de gênero ocorre quando há diferença entre o emprego do feminino e do masculino nos 
adjetivos relacionados ao sujeito. 
Exemplo de silepse de gênero: 
"ele contava os dias para chegar à sua amada belo horizonte". 
 SINTAXE DE CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
 
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Sua amada está no feminino e concorda com "a cidade de belo horizonte", enquanto poderia ser "seu 
amado belo horizonte", já que o termo "belo horizonte" seria masculino. 
Silepse de número 
A silepse de número acontece quando o verbo concorda com o sujeito oculto no singular ou plural, mas 
que é diferente do sujeito que consta na frase. 
Exemplo de silepse de pessoa: 
"a fome chegou ao grupo e atacaram logo o buffet". 
O grupo é singular e a concordância seria "o grupo atacou", mas como se trata de uma coletividade 
poderia ter o termo "todos" que requer o uso do plural "atacamos" 
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REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
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Regência Verbal e Nominal 
Definição: 
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que ocorre entre um verbo (ou um nome) e 
seus complementos. Ocupa-se em estabelecer relações entre as palavras, criando frases não 
ambíguas, que expressem efetivamente o sentido desejado, que sejam corretas e claras. 
Regência Verbal 
Termo Regente: VERBO 
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os 
complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais). 
O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva, pois oferece 
oportunidade de conhecermos as diversas significações que um verbo pode assumir com a simples 
mudança ou retirada de uma preposição. Observe: 
A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar. 
A mãe agrada ao filho. -> agradar significa "causar agrado ou prazer", satisfazer. 
Logo, conclui-se que "agradar alguém" é diferente de "agradar a alguém". 
Saiba que: 
O conhecimento do uso adequado das preposições é um dos aspectos fundamentais do 
estudo da regência verbal (e também nominal). As preposições são capazes de modificar 
completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja os exemplos: 
Cheguei ao metrô. 
Cheguei no metrô. 
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo caso, é o meio de transporte por 
mim utilizado. A oração "Cheguei no metrô", popularmente usada a fim de indicar o lugar a 
que se vai, possui, no padrão culto da língua, sentido diferente. Aliás, é muito comum 
existirem divergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns verbos, e a regência 
culta. 
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de acordo com sua transitividade. A 
transitividade, porém, não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes formas em 
frases distintas. 
Verbos Intransitivos 
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É importante, no entanto, destacar alguns 
detalhes relativos aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los. 
a) Chegar, Ir 
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais de lugar. Na língua culta, as preposições 
usadas para indicar destino ou direção são: a, para. 
Exemplos: 
Fui ao teatro. 
 
 Adjunto Adverbial De Lugar 
 
Ricardo foi para a Espanha. 
 
 Adjunto Adverbial de Lugar 
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
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Obs.: "Ir para algum lugar" enfatiza a direção, a partida." Ir a algum lugar" sugere também o 
retorno. 
Importante: reserva-se o uso de "em" para indicação de tempo ou meio. Veja: 
Cheguei a Roma em outubro. 
 
 Adjunto Adverbial de Tempo 
 
Chegamos no trem das dez. 
 Adjunto Adverbial de Meio 
b) Comparecer 
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou a. 
Por Exemplo: 
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último jogo. 
Verbos Transitivos Diretos 
Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso significa que não exigem 
preposiçãopara o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses verbos, devemos 
lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem 
assumir as formas lo, los, la, las (após formas verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, 
nas (após formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e lhes são, quando 
complementos verbais, objetos indiretos. 
São Verbos Transitivos Diretos, Dentre Outros: 
abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, adorar, alegrar, ameaçar, 
amolar, amparar, auxiliar, castigar, condenar, conhecer, conservar,convidar, defender, eleger, 
estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, 
visitar. 
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como o verbo amar: 
Amo aquele rapaz. / Amo-o. 
Amo aquela moça. / Amo-a. 
Amam aquele rapaz. / Amam-no. 
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la. 
Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos para indicar posse (caso em que 
atuam como adjuntos adnominais). 
Exemplos: 
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto) 
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira) 
Verbos Transitivos Indiretos 
 Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso significa que esses 
verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência. Os pronomes 
pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são lhe, 
lhes (ambos para substituir pessoas). Não se utilizam os pronomes o, os, a, as como complementos 
de verbos transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não representam pessoas, usam-se 
pronomes oblíquostônicos de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos lhe, 
lhes. São verbos transitivos indiretos, dentre outros: 
a) Consistir 
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
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Tem complemento introduzido pela preposição "em". 
Por Exemplo: 
A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para todos. 
b) Obedecer e Desobedecer: 
Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "a". 
Por Exemplo: 
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. 
Eles desobedeceram às leis do trânsito. 
c) Responder 
Tem complemento introduzido pela preposição "a". Esse verbo pede objeto indireto para indicar "a 
quem" ou "ao que" se responde. 
Por Exemplo: 
Respondi ao meu patrão. 
Respondemos às perguntas. 
Respondeu-lhe à altura. 
Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto quando exprime aquilo a que se 
responde, admite voz passiva analítica. Veja: 
O questionário foi respondido corretamente. 
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente. 
d) Simpatizar e Antipatizar 
Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "com". 
Por Exemplo: 
Antipatizo com aquela apresentadora. 
Simpatizo com os que condenam os políticos que governam para uma minoria privilegiada. 
Verbos Transitivos Diretos ou Indiretos 
 Há verbos que admitem duas construções, uma transitiva direta, outra indireta, sem que isso 
implique modificações de sentido. Dentre os principais, temos: 
Abdicar 
Abdicou as vantagens do cargo. / Abdicou das vantagens do cargo. 
Acreditar 
Não acreditava a própria força. / Não acreditava na própria força. 
Almejar 
Almejamos a paz entre as nações. / Almejamos pela paz entre as nações. 
Ansiar 
Anseia respostas objetivas. / Anseia por respostas objetivas. 
Anteceder 
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
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Sua partida antecedeu uma série de fatos estranhos. / Sua partida antecedeu a uma série de fatos 
estranhos. 
Atender 
Atendeu os meus pedidos. / Atendeu aos meus pedidos. 
Atentar 
Atente esta forma de digitar. / Atente nesta forma de digitar. / Atente para esta forma de digitar. 
Cogitar 
Cogitávamos uma nova estratégia. / Cogitávamos em uma nova estratégia. 
Consentir 
Os deputados consentiram a adoção de novas medidas econômicas. / Os deputados 
consentiram naadoção de novas medidas econômicas. 
Deparar 
Deparamos uma bela paisagem em nossa trilha. / Deparamos com uma bela paisagem em nossa 
trilha. 
Gozar 
Gozava boa saúde. / Gozava de boa saúde. 
Necessitar 
Necessitamos algumas horas para preparar a apresentação. / Necessitamos de algumas horas para 
preparar a apresentação. 
Preceder 
 Intensas manifestações precederam a mudança de regime./ Intensas manifestações 
precederam àmudança de regime. 
Presidir 
Ninguém presidia o encontro. / Ninguém presidia ao encontro. 
Renunciar 
Não renuncie o motivo de sua luta. / Não renuncie ao motivo de sua luta. 
Satisfazer 
Era difícil conseguir satisfazê-la. / Era difícil conseguir satisfazer-lhe. 
Versar 
 Sua palestra versou o estilo dos modernistas. / Sua palestra versou sobre o estilo dos modernistas. 
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos 
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados de um objeto direto e um indireto. 
Merecem destaque, nesse grupo: 
Agradecer, Perdoar e Pagar 
São verbos que apresentam objeto direto relacionado a coisas e objeto indireto relacionado 
a pessoas. Veja os exemplos: 
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
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Agradeço aos ouvintes a audiência. 
 Objeto Indireto Objeto Direto 
Cristo ensina que é preciso perdoar o pecado ao pecador. 
 Objeto Direto Objeto Indireto 
Paguei o débito ao cobrador. 
 Objeto Direto Objeto Indireto 
O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com particular cuidado. Observe: 
Agradeci o presente. / Agradeci-o. 
Agradeço a você. / Agradeço-lhe. 
Perdoei a ofensa. / Perdoei-a. 
Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe. 
Paguei minhas contas. / Paguei-as. 
Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes. 
Saiba que: 
Com os verbos agradecer, perdoar e pagar a pessoa deve sempre aparecer como objeto 
indireto, mesmo que na frase não haja objeto direto. Veja os exemplos: 
A empresa não paga aos funcionários desde setembro. 
Já perdoei aos que me acusaram. 
Agradeço aos eleitores que confiaram em mim. 
Informar 
Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa. 
Por Exemplo: 
Informe os novos preços aos clientes. 
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos preços) 
Na utilização de pronomes como complementos, veja as construções: 
Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços. 
Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre eles) 
Obs.: a mesma regência do verbo informar é usada para os seguintes: avisar, certificar, 
notificar, cientificar, prevenir. 
Comparar 
Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as preposições "a" ou "com" para introduzir o 
complemento indireto. 
Por Exemplo: 
Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma criança. 
Pedir 
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma de oração subordinada substantiva) e 
indireto de pessoa. 
Por Exemplo: 
Pedi-lhe favores. 
 Objeto Indireto Objeto Direto 
 
Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio. 
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
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Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva 
 Objetiva Direta 
Saiba que: 
1) A construção "pedir para", muito comum na linguagem cotidiana, deve ter emprego muito 
limitado na língua culta. No entanto, é considerada correta quando a palavra licença estiver 
subentendida. 
Por Exemplo: 
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa. 
Observe que, nesse caso, a preposição "para" introduz uma oração subordinada adverbial 
final reduzida de infinitivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa). 
2) A construção "dizer para", também muito usada popularmente, é igualmente 
considerada incorreta. 
Preferir 
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indireto introduzido pela preposição "a". 
Por Exemplo: 
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais. 
Prefiro trem a ônibus. 
Obs.: na língua culta, o verbo "preferir" deve ser usado sem termos intensificadores, tais 
como: muito, antes, mil vezes, um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo 
existente no próprio verbo (pre). 
Mudança De Transitividade Versus Mudança De Significado 
 Há verbos que, de acordo com a mudança de transitividade, apresentam mudança de significado. O 
conhecimento das diferentes regências desses verbos é um recurso linguístico muito importante, pois 
além de permitir a correta interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades expressivas a 
quem fala ou escreve. Dentre os principais, estão: 
Agradar 
1) Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, acariciar. 
Por Exemplo: 
Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada quando o revê. 
Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. / Cláudia não perde oportunidade de agradá-lo. 
2) Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege 
complemento introduzido pela preposição "a". 
Por Exemplo: 
O cantor não agradou aos presentes. 
O cantor não lhes agradou. 
ASPIRAR 
1) Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar (o ar), inalar. 
Por Exemplo: 
Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o.) 
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
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2) Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter como ambição. 
 Por Exemplo: 
Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspirávamos a elas.) 
Obs.: como o objeto indireto do verbo "aspirar" não é pessoa, mas coisa, não se usam as 
formas pronominais átonas "lhe" e "lhes" e sim as formas tônicas "a ele (s)", " a ela (s)". Veja 
o exemplo: 
Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela.) 
Assistir 
1) Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar,prestar assistência a, auxiliar. 
Por Exemplo: 
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos. 
As empresas de saúde negam-se a assisti-los. 
2) Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar, estar presente, caber, pertencer. 
Exemplos: 
Assistimos ao documentário. 
Não assisti às últimas sessões. 
Essa lei assiste ao inquilino. 
Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo "assistir" é intransitivo, sendo acompanhado de 
adjunto adverbial de lugar introduzido pela preposição "em". 
Por Exemplo: 
Assistimos numa conturbada cidade. 
Chamar 
1) Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, solicitar a atenção ou a presença de. 
Por exemplo: 
Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá-la. 
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes. 
2) Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apresentar objeto direto e indireto, ao qual se 
refere predicativo preposicionado ou não. 
Exemplos: 
A torcida chamou o jogador mercenário. 
A torcida chamou ao jogador mercenário. 
A torcida chamou o jogador de mercenário. 
A torcida chamou ao jogador de mercenário. 
Custar 
1) Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto 
adverbial. 
Por exemplo: 
Frutas e verduras não deveriam custar muito. 
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
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2) No sentido de ser difícil, penoso pode ser intransitivo ou transitivo indireto. 
Por exemplo: 
Muito custa viver tão longe da família. 
 Verbo Oração Subordinada Substantiva Subjetiva 
 Intransitivo Reduzida de Infinitivo 
 
Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela atitude. 
 Objeto Oração Subordinada Substantiva Subjetiva 
 Indireto Reduzida de Infinitivo 
Obs.: a Gramática Normativa condena as construções que atribuem ao verbo "custar" um 
sujeito representado por pessoa. Observe o exemplo abaixo: 
Custei para entender o problema. 
Forma correta: Custou-me entender o problema. 
Implicar 
1) Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos: 
a) Dar a entender, fazer supor, pressupor 
Por exemplo: 
Suas atitudes implicavam um firme propósito. 
b) Ter como consequência, trazer como consequência, acarretar, provocar 
Por exemplo: 
Liberdade de escolha implica amadurecimento político de um povo. 
2) Como transitivo direto e indireto, significa comprometer, envolver 
Por exemplo: 
Implicaram aquele jornalista em questões econômicas. 
Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo indireto e rege com 
preposição "com". 
Por Exemplo: 
Implicava com quem não trabalhasse arduamente. 
Proceder 
1) Proceder é intransitivo no sentido de ter fundamento ou agir. Nessa segunda acepção, vem 
sempre acompanhado de adjunto adverbial de modo. 
Exemplos: 
As afirmações da testemunha procediam, não havia como refutá-las. 
Você procede muito mal. 
2) Nos sentidos de ter origem ou dar início é transitivo indireto. 
Exemplos: 
O avião procede de Maceió. 
Procedeu-se aos exames. 
O delegado procederá ao inquérito. 
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
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Querer 
1) Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter vontade de, cobiçar. 
Querem melhor atendimento. 
Queremos um país melhor. 
2) Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, estimar, amar. 
Exemplos: 
Quero muito aos meus amigos. 
Ele quer bem à linda menina. 
Despede-se o filho que muito lhe quer. 
VISAR 
1) Como transititvo direto, apresenta os sentidos de mirar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar. 
Por Exemplo: 
O homem visou o alvo. O gerente não quis visar o cheque. 
2) No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo, é transitivo indireto e rege a 
preposição "a". 
Exemplos: 
O ensino deve sempre visar ao progresso social. 
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar público. 
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 CRASE 
 
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Crase 
A palavra crase é de origem grega e significa "fusão", "mistura". Na língua portuguesa, é o nome que 
se dá à "junção" de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da preposição "a" com o 
artigo feminino "a" (s), com o pronome demonstrativo "a" (s), com o "a" inicial dos pronomes aquele 
(s), aquela (s), aquilo e com o "a" do relativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( 
` ) para indicar a crase. O uso apropriado do acento grave, depende da compreensão da fusão das 
duas vogais. É fundamental também, para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e 
nomes que exigem a preposição "a". Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a veri-
ficar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome. Observe: 
Vou a a igreja. 
Vou à igreja. 
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição "a", exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a 
ocorrência do artigo "a" que está determinando o substantivo feminino igreja. Quando ocorre esse 
encontro das duas vogais e elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Observe os 
outros exemplos: 
Conheço a aluna. 
Refiro-me à aluna. 
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer algo ou alguém), logo não exige preposi-
ção e a crase não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto (referir-se a algo 
ou a alguém) e exige a preposição "a". Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja 
feminino e admita o artigo feminino "a" ou um dos pronomes já especificados. 
Há duas maneiras de verificar a existência de um artigo feminino "a" (s) ou de um pronome demons-
trativo "a" (s) após uma preposição "a": 
1- Colocar um termo masculino no lugar do termo feminino que se está em dúvida. Se surgir a for-
ma ao, ocorrerá crase antes do termo feminino. 
Veja os exemplos: 
Conheço "a" aluna. / Conheço o aluno. 
Refiro-me ao aluno. / Refiro-me à aluna. 
2- Trocar o termo regente acompanhado da preposição a por outro acompanhado de uma preposição 
diferente (para, em, de, por, sob, sobre). Se essas preposições não se contraírem com o artigo, ou 
seja, se não surgirem novas formas (na (s), da (s), pela (s),...), não haverá crase. 
Veja os exemplos: 
- Penso na aluna. 
- Apaixonei-me pela aluna. 
- Começou a brigar. - Cansou de brigar. 
- Insiste em brigar. 
- Foi punido por brigar. 
- Optou por brigar. 
Atenção: lembre-se sempre de que não basta provar a existência da preposição "a" ou do artigo "a", é 
preciso provar que existem os dois. 
Evidentemente, se o termo regido não admitir a anteposição do artigo feminino "a" (s), não haverá 
crase. Veja os principais casos em que a craseNÃO ocorre: 
- Diante de substantivos masculinos: 
Andamos a cavalo. 
Fomos a pé. 
 CRASE 
 
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Passou a camisa a ferro. 
Fazer o exercício a lápis. 
Compramos os móveis a prazo. 
Assisitimos a espetáculos magníficos. 
- Diante de verbos no infinitivo: 
A criança começou a falar. 
Ela não tem nada a dizer. 
Estavam a correr pelo parque. 
Estou disposto a ajudar. 
Continuamos a observar as plantas. 
Voltamos a contemplar o céu. 
Obs.: como os verbos não admitem artigos, constatamos que o "a" dos exemplos acima é apenas 
preposição, logo não ocorrerá crase. 
- Diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com exceção das for-
mas senhora, senhorita e dona: 
Diga a ela que não estarei em casa amanhã. 
Entreguei a todos os documentos necessários. 
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem. 
Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos. 
Mostrarei a vocês nossas propostas de trabalho. 
Quero informar a algumas pessoas o que está acontecendo. 
Isso não interessa a nenhum de nós. 
Aonde você pretende ir a esta hora? 
Agradeci a ele, a quem tudo devo. 
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser identificados pelo método 
explicado anteriormente. Troque a palavra feminina por uma masculina, caso na nova construção 
surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo: 
Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.) 
Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.) 
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.) 
- Diante de numerais cardinais: 
Chegou a duzentos o número de feridos. 
Daqui a uma semana começa o campeonato. 
Casos em que a crase SEMPRE ocorre: 
- Diante de palavras femininas: 
Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega. 
Sempre vamos à praia no verão. 
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores. 
Sou grata à população. 
Fumar é prejudicial à saúde. 
Este aparelho é posterior à invenção do telefone. 
- Diante da palavra "moda", com o sentido de "à moda de" (mesmo que a expressão moda de fique 
subentendida): 
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé. 
Usava sapatos à (moda de) Luís XV. 
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro. 
- Na indicação de horas: 
 CRASE 
 
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Acordei às sete horas da manhã. 
Elas chegaram às dez horas. 
Foram dormir à meia-noite. 
Ele saiu às duas horas. 
Obs.: com a preposição "até", a crase será facultativa. 
Por exemplo: Dormiram até as/às 14 horas. 
- Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas. Por 
exemplo: 
à tarde às ocultas às pressas à medida que 
à noite às claras às escondidas à força 
à vontade à beça à larga à escuta 
às avessas à revelia à exceção de à imitação de 
à esquerda às turras às vezes à chave 
à direita à procura à deriva à toa 
à luz à sombra de à frente de à proporção que 
à semelhança de às ordens à beira de 
Crase Diante de Nomes de Lugar 
Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do artigo "a". Outros, entretanto, admitem o arti-
go, de modo que diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a preposição "a". Para 
saber se um nome de lugar admite ou não a anteposição do artigo feminino "a", deve-se substituir o 
termo regente por um verbo que peça a preposição "de" ou "em". A ocorrência da contra-
ção "da" ou "na" prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por exemplo: 
Vou à França. (Vim da França. Estou na França.) 
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.) 
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália) 
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto Alegre.) 
Cheguei a Pernambuco. (Vim de Pernambuco. Estou em Pernambuco.) 
Retornarei a São Paulo. (Vim de São Paulo. Estou em São Paulo.) 
ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado, ocorrerá crase. Veja: 
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. 
Irei à Salvador de Jorge Amado. 
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo 
Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo regente exigir a preposição "a". Por 
exemplo: 
Refiro-me a aquele atentado. 
 Preposição Pronome 
Refiro-me àquele atentado. 
 CRASE 
 
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O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e 
exige preposição, portanto, ocorre a crase. 
Observe este outro exemplo: 
Aluguei aquela casa. 
O verbo "alugar" é transitivo direto (alugar algo) e não exige preposição. Logo, a crase não ocorre 
nesse caso. Veja outros exemplos: 
Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho. 
Quero agradecer àqueles que me socorreram. 
Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai. 
Não obedecerei àquele sujeito. 
Assisti àquele filme três vezes. 
Espero aquele rapaz. 
Fiz aquilo que você disse. 
Comprei aquela caneta. 
Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais 
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as quais depende do verbo. Se o verbo 
que rege esses pronomes exigir a preposição "a", haverá crase. É possível detectar a ocorrência da 
crase nesses casos, utilizando a substituição do termo regido feminino por um termo regido masculi-
no. Por exemplo: 
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade. 
O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade. 
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a crase. 
Veja outros exemplos: 
São normas às quais todos os alunos devem obedecer. 
Esta foi a conclusão à qual ele chegou. 
Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam responder nenhuma das questões. 
A sessão à qual assisti estava vazia. 
Crase com o Pronome Demonstrativo "a" 
A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo "a" também pode ser detectada pela substitui-
ção do termo regente feminino por um termo regido masculino. Veja: 
Minha revolta é ligada à do meu país. 
Meu luto é ligado ao do meu país. 
As orações são semelhantes às de antes. 
Os exemplos são semelhantes aos de antes. 
Aquela rua é transversal à que vai dar na minha casa. 
Aquele beco é transversal ao que vai dar na minha casa. 
Suas perguntas são superiores às dele. 
Seus argumentos são superiores aos dele. 
Sua blusa é idêntica à de minha colega. 
Seu casaco é idêntico ao de minha colega. 
A Palavra Distância 
Se a palavra distância estiver especificada, determinada, a crase deve ocorrer. Por exemplo: 
Sua casa fica à distância de 100 quilômetros daqui. (A palavra está determinada.) 
Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A palavra está especificada.) 
Se a palavra distância não estiver especificada, a crase não pode ocorrer. Por exemplo: 
 CRASE 
 
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Os militares ficaram a distância. 
Gostava de fotografar a distância. 
Ensinou a distância. 
Dizem que aquele médico cura a distância. 
Reconheci o menino a distância. 
Observação: por motivo de clareza, para evitar ambiguidade, pode-se usar a crase. Veja: 
Gostava de fotografar à distância. 
Ensinou à distância. 
Dizem que aquele médico cura à distância. 
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA 
- Diante de nomes próprios femininos: 
Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes próprios femininos porque é facultativo o 
uso do artigo. Observe: 
Paula é muito bonita. Laura é minha amiga. 
A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga. 
Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo feminino diante de nomes próprios femininos, 
então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas: 
Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a Roberto. 
Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao Roberto. 
 
Contei a Laura o que havia ocorrido na noite pas-
sada. 
Contei a Pedro o que havia ocorrido na noite pas-
sada. 
Contei à Laura o que havia ocorrido na noite pas-
sada. 
Contei ao Pedro o que havia ocorrido na noite 
passada. 
- Diante de pronome possessivo feminino:Observação: é facultativo o uso da crase diante de pronomes possessivos femininos porque é faculta-
tivo o uso do artigo. Observe: 
Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está esperando por você. 
A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está esperando por você. 
Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de pronomes possessivos femininos, então pode-
mos escrever as frases abaixo das seguintes formas: 
Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô. 
Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô. 
 
Diga a sua irmã que estou esperando por ela. Diga a seu irmão que estou esperando por ele. 
 CRASE 
 
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Diga à sua irmã que estou esperando por ela. Diga ao seu irmão que estou esperando por ele. 
- Depois da preposição até: 
Fui até a praia. ou Fui até à praia. 
Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o até à porta. 
A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou A palestra vai até às cinco horas da tarde. 
 
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 COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
 
 
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Colocação Pronominal 
É a parte da gramática que trata da correta colocação dos pronomes oblíquos átonos na frase. 
Embora na linguagem falada a colocação dos pronomes não seja rigorosamente seguida, algumas 
normas devem ser observadas, sobretudo, na linguagem escrita. 
Dicas: 
Existe uma ordem de prioridade na colocação pronominal: 1º tente fazer próclise, depois 
mesóclise e em último caso, ênclise. 
Próclise 
É a colocação pronominal antes do verbo. A próclise é usada: 
 
1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que atraem o pronome para antes do 
verbo. São elas: 
 
a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais, etc. 
 
Ex.: Não se esqueça de mim. 
 
b) Advérbios. 
 
Ex.: Agora se negam a depor. 
 
c) Conjunções subordinativas. 
 
Ex.: Soube que me negariam. 
 
d) Pronomes relativos. 
 
Ex.: Identificaram duas pessoas que se encontravam desaparecidas. 
 
e) Pronomes indefinidos. 
 
Ex.: Poucos te deram a oportunidade. 
 
f) Pronomes demonstrativos. 
 
Ex.: Disso me acusaram, mas sem provas. 
 
2) Orações iniciadas por palavras interrogativas. 
 
Ex.: Quem te fez a encomenda? 
 
3) Orações iniciadas por palavras exclamativas. 
 
Ex.: Quanto se ofendem por nada! 
 
4) Orações que exprimem desejo (orações optativas). 
 
Ex.: Que Deus o ajude. 
 
Mesóclise 
É a colocação pronominal no meio do verbo. A mesóclise é usada: 
 
1) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, contanto que esses 
verbos não estejam precedidos de palavras que exijam a próclise. 
 
Exemplos: 
 
Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no mundo. 
Não fosse os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem. 
 COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
 
 
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Ênclise 
É a colocação pronominal depois do verbo. A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não 
forem possíveis: 
 
1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo. 
 
Ex.: Quando eu avisar, silenciem-se todos. 
 
2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal. 
 
Ex.: Não era minha intenção machucar-te. 
 
3) Quando o verbo iniciar a oração. 
 
Ex.: Vou-me embora agora mesmo. 
 
4) Quando houver pausa antes do verbo. 
 
Ex.: Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo. 
 
5- Quando o verbo estiver no gerúndio. 
 
Ex.: Recusou a proposta fazendo-se de desentendida. 
 
Dicas: 
O pronome poderá vir proclítico quando o infinitivo estiver precedido de preposição ou palavra 
atrativa. 
Exemplos: 
 
É preciso encontrar um meio de não o magoar. 
É preciso encontrar um meio de não magoá-lo. 
 
Colocação pronominal nas locuções verbais 
 
1) Quando o verbo principal for constituído por um particípio 
 
a) O pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar. 
 
Ex.: Haviam-me convidado para a festa. 
 
b) Se antes da locução verbal houver palavra atrativa, o pronome oblíquo ficará antes do verbo 
auxiliar. 
 
Ex.: Não me haviam convidado para a festa. 
 
Dicas: 
Se o verbo auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, ocorrerá a 
mesóclise, desde que não haja palavra atrativa antes dele. 
 
Ex.: Haver-me-iam convidado para a festa. 
 
2) Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um gerúndio: 
 
a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou depois 
do verbo principal. 
Exemplos: 
 
Devo esclarecer-lhe o ocorrido/ Devo-lhe esclarecer o ocorrido. 
Estavam chamando-me pelo alto-falante./ Estavam-me chamando pelo alto-falante. 
 COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
 
 
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b) Se houver palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do verbo auxiliar ou 
depois do verbo principal. 
Exemplos: 
 
Não posso esclarecer-lhe o ocorrido./ Não lhe posso esclarecer o ocorrido. 
Não estavam chamando-me./ Não me estavam chamando. 
 
Observações importantes: 
Emprego de o, a, os, as 
 
1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os pronomes: o, a, os, as não se alteram. 
Exemplos: 
 
Chame-o agora. 
Deixei-a mais tranquila. 
 
2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se para lo, la, los, las. 
Exemplos: 
 
(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho. 
(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa. 
 
3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe, õe,), os pronomes o, a, os, as 
alteram-se para no, na, nos, nas. 
Exemplos: 
 
Chamem-no agora. 
Põe-na sobre a mesa. 
 
4) As formas combinadas dos pronomes oblíquos: mo, to, lho, no-lo, vo-lo, formas em desuso, 
podem ocorrer em próclise, ênclise ou mesóclise. 
 
Ex.: Ele mo deu. (Ele me deu o livro) 
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SINTAXE 
 
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Sintaxe 
Objeto direto, Objeto indireto, Complemento Nominal e Agente da Passiva 
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO 
1. OBJETO DIRETO 
Para Identificar o 
OBJETO DIRETO 
faça a pergunta 
VERBO + 
O quÊ? 
Quem? 
VOZ ATIVA 
 Ex.: O rapaz perdeu os sentidos. 
OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO 
Como você percebeu, o objeto liga-se ao verbo sem auxílio da preposição. Entretanto, há casos em 
que ele admite a construção com o conectivo preposicional, sendo denominado, então, de objeto 
direto preposicionado. 
Casos em que ele ocorre: 
• quando o objeto direto é constituído por pronomes pessoais tônicos. Ex.: 
Luíza amava mais a mim do que a seus irmãos. 
objeto direto preposicionado: a mim 
O professor Gustavo não entende a nós, nem nós entendemos a ele. 
objeto direto preposicionado: a nós, a ele 
• quando o objeto direto é constituído por nomes próprios ou comuns principalmente com verbos que 
expressem sentimentos. Ex.: 
Devemos amar, sobretudo, a Deus. 
Estimar aos pais é dever de todo bom filho. 
• quando o objeto direto é constituído por pronome indefinido, que se refira a pessoa, ou pronome de 
tratamento. Ex.: 
Não quero amar a ninguém. 
Não aborreça a Sua Excelência. 
• quando se deseja evitar ambiguidade (duplo sentido). Ex.: 
Chama, finalmente, ao pai, o filho emocionado. 
Note que, se não houvesse a preposição diante do objeto, não se poderia identificar qual o sujeito: 
o filho emocionado; e qual o objeto: ao pai. 
SINTAXE 
 
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• quando o objeto está anteposto para dar ênfase. 
A mim, é que não enganam! 
A Rogério, ninguém controlava. 
2. OBJETO INDIRETO 
 
Para Identificar o 
OBJETO INDIRETO 
faça a pergunta 
VERBO + 
A quÊ(M)? 
DE Que(m)? 
EM QUE(M)? 
 
Ex.: Aparício duvidava de seus próprios companheiros 
Observação 
O objeto indireto pode ser representado também pelos pronomes oblíquos lhe, lhes, me, te, nos, vos, 
de acordo com a transitividade verbal. 
“Não estou entendendo — disse-lhe — você vai dar um salto?” 
Carlos Eduardo Novaes 
3. COMPLEMENTO NOMINAL 
Assim como os verbos, certos nomes também são transitivos, necessitando de um termo que os 
complete. Tal complemento denomina-se complemento nominal. Ex.: 
“Ele tem medo de você.” 
O substantivo medo é completado pelo termo de você que constitui o complemento nominal. 
O complemento nominal caracteriza-se por: 
SER INTRODUZIDO POR PREPOSIÇÃO 
Todo ser humano tem direito à felicidade. 
Viviane tinha certeza de sua amizade. 
COMPLETAR O SENTIDO DE UM 
• Substantivo 
Áurea e Roselaine não tinham receio da bronca do patrão. 
• adjetivo 
A água é benéfica à saúde do homem. 
• ADVÉRBIO 
SINTAXE 
 
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Roberval agiu contrariamente aos costumes de sua família. 
4. AGENTE DA PASSIVA 
Para Identificar o 
AGENTE DA PASSIVA 
faça a pergunta 
VERBO + POR QUEM? 
 VOZ PASSIVA 
 
Ex.: A velha igreja de Ouro Preto foi visitada por engenheiros. 
Objeto direto e indireto 
1. Objeto direto: é o termo da oração que completa a significação de um verbo transitivo direto sem 
necessitar de preposição. 
Exemplo: 
 
O objeto direto também completa o sentido de um verbo transitivo direto e indireto. 
Exemplo: 
 
Se o objeto direto for representado por uma oração, haverá oração substantiva objetiva direta. É 
substantiva porque somente o substantivo pode exercer a função de objeto direto. 
Exemplo: 
Quero que você estude. 
2. Objeto indireto: é o termo da oração que completa a significação de um verbo transitivo 
indireto necessitando de preposição. 
Exemplo: 
 
Se o objeto indireto for representado por uma oração, haverá oração substantiva objetiva indireta. 
É substantiva porque somente o substantivo pode exercer a função de objeto indireto. 
Exemplo: 
Concordo (com) que você trabalhe. (Observe que a preposição com está subentendida.) 
SINTAXE 
 
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Os objetos podem ser representados por: 
a) um substantivo: 
Exemplo: 
 
b) um pronome substantivo: 
Exemplo: 
 
c) um numeral: 
Exemplo: 
 
d) uma palavra substantivada: 
Exemplo: 
 
e) uma oração subordinada: 
Exemplo: 
 
Objeto formado por um pronome oblíquo 
Os pronomes oblíquos geralmente assumem a função de complementos verbais (objeto direto e 
objeto indireto). Os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando complementos do verbo, funcionam 
como objeto direto. Os pronomes lhe, lhes funcionam como objeto indireto. Os demais pronomes 
oblíquos (me, te, se, nos, vos) podem exercer a função de objeto direto ou de objeto indireto. 
Para substituir o objeto direto de 3ª pessoa, devemos usar as formas o (s), a (s), lo (s), la (s), no (s), 
na (s). Nunca a forma lhe (s). 
SINTAXE 
 
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As formas pronominais o e a variam para -lo e -la, quando estiverem colocadas depois de verbos que 
terminem com as letras r, s, z. Neste caso, eliminam-se tais letras. Mas lembre-se que no falar diário 
tais formas não são usadas; fica muito pedante. Devemos conhecer estes usos apenas para aplicá-
los a uma linguagem especial, culta. 
 
 
Exemplo: 
Esta é a casa de meus sonhos. Vou comprá-la, sem dúvida. Reformá-la-ei para meu próprio uso. 
Meus empregados preparam-na para meu conforto. 
2. As formas pronominais -no e -na são usadas depois de verbos que terminem em sons nasais, ou 
seja, em am, em, ão ou õe. 
SINTAXE 
 
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O pronome lhe nunca substitui objeto direto! Ele é usado para substituir o objeto indireto. 
Exemplo: 
Entreguei a carta ao mensageiro. (objeto indireto) 
Entreguei-lhe a carta. 
 
Os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos e vos tanto podem exercer a função de objeto direto 
quanto a de objeto indireto. Isto depende da regência verbal, ou seja, é necessário perceber a 
exigência do verbo. Todavia, fica fácil identificar essas funções. Vamos aplicar um "jeitinho" infalível? 
Na dúvida, retire o pronome oblíquo e em seu lugar use a expressão "o garoto" para identificar o 
objeto direto e "ao garoto", para identificar o objeto indireto. 
Exemplos: 
Ela me ama. (Ela ama o garoto? - objeto direto) 
Ela me entrega a encomenda. (Ela entrega a encomenda ao garoto. - objeto indireto) 
 
 
Observação: 
SINTAXE 
 
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Você pode aplicar essa substituição para descobrir a função sintática de qualquer pronome deste 
grupo. 
 
 
Objeto Direto Preposicionado 
Como estudamos anteriormente, o objeto direto é o termo da oração que completa a significação de 
um verbo transitivo direto sem necessitar de uma preposição. 
Há casos em que o objeto pode ser antecedido por uma preposição. Esta, porém, não é obrigatória. 
Exemplos: 
 
Lembre-se que o objeto indireto é complemento do verbo transitivo indireto. Já o objeto direto 
preposicionado é complemento de verbo transitivo direto. 
Objeto Pleonástico 
Muitas vezes, com o objetivo de dar ênfase, é antecipado o objeto, colocando-o no início da frase e, 
depois ele é repetido através de um pronome oblíquo. Objeto pleonástico é o nome dado a esse 
objeto repetido. 
Exemplos: 
 
Objeto Direto Interno 
Quando o objeto direto for representado por uma palavra que possui o mesmo radical do verbo que 
ele completa, receberá o nome de objeto direto interno. 
Exemplos: 
SINTAXE 
 
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Observação: 
O núcleo do objeto direto interno deverá estar sempre especificado por um adjunto; caso contrário, 
pode haver pleonasmo. 
Orações Coordenadas e Subordinadas 
Orações Coordenadas 
As oraçõescoordenadas não exercem função sintática umas em relação às outras, ou seja, não 
apresentam dependência entre elas. 
Exemplo de Oração Coordenada Sindética Aditiva 
Ela acordou cedo e foi ao parque com as amigas. 
Como pode-se observar, as orações são independentes do ponto de vista sintático e estão 
relacionadas através da conjunção e. 
As orações coordenadas podem ser classificadas em assindéticas, quando não são introduzidas por 
conjunção, ou sindéticas, quando são introduzidas por conjunção. Essas ainda são divididas em 
aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas. 
Orações Subordinadas 
Diferentemente do que acontece com as orações coordenadas, as orações subordinadas apresentam 
uma dependência sintática em relação à oração principal. Elas são classificadas de acordo com a sua 
função sintática: oração subordinada substantiva, oração subordinada adjetiva e oração subordinada 
adverbial. 
Orações Subordinadas Substantivas 
Normalmente são introduzidas por conjunções subordinadas integrantes e podem fazer o papel de 
um substantivo nos períodos. Elas são classificadas de acordo com a sua função: subjetiva, 
completiva nominal, predicativa, apositiva, objetiva direta e objetiva indireta. 
Exemplo de Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta 
Acreditamos que a jogada do zagueiro foi desleal. 
Orações Subordinadas Adjetivas 
As orações subordinadas adjetivas exercem a mesma função de um adjetivo, pois modificam um 
substantivo. Elas são classificadas em dois tipos: explicativas e restritivas. 
Exemplo de Oração Subordinada Adjetiva Explicativa 
Os alunos, que estudaram pro vestibular, conseguiram boas notas. 
Orações Subordinadas Adverbiais 
Essas orações exercem a função de adjunto averbial em relação ao verbo da oração princial. Elas 
são classificadas em nove tipos: causais, consecutivas, comparativas, condicionais, conformativas, 
concessivas, finais, proporcionais e temporais. 
Exemplo de Oração Subordinada Adverbial Condicional 
SINTAXE 
 
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Se estudar bastante, passará no vestibular da Unicamp. 
Orações coordenadas e orações subordinadas 
A seção com a qual você se depara neste momento diz respeito às orações coordenadas e orações 
subordinadas. Pois bem, sem nenhuma dúvida, tal fato linguístico o (a) faz relembrar algo: período 
composto. 
Ora, se se trata de um período, obviamente que nele há duas orações, e éexatamente no estudo 
delas que reside todo o conhecimento que a partir de agora você irá adquirir. Nesse sentido, 
gostaríamos - ainda que de forma superficial- que você se atentasse para os dois exemplos que 
abaixo se mostram evidentes: 
Ela chegou e apresentou as novas ações a serem executadas. 
Em termos de construção sintática, não precisamos ir muito além para constatarmos que as duas 
orações não mantêm entre si nenhuma relação de dependência para que se tornem decifráveis, 
completas. Isso significa dizer que se classificam como orações coordenadas. 
Assim que ela chegou, apresentou as novas ações a serem executadas. 
Em se tratando dos elementos sintáticos, não podemos afirmar que tais orações se assemelham às 
coordenadas, haja vista que a primeira oração (assim que ela chegou) apresenta uma relação de 
dependência para com a segunda – o que significa afirmar que se classificam como orações 
subordinadas. 
Sinais de Pontuação 
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Sinais de Pontuação são sinais gráficos que contribuem para a coerência e a coesão de textos, bem 
como têm a função de desempenhar questões de ordem estílica. São eles: o ponto (.), a vírgula (,), 
o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de exclamação (!), o ponto de interrogação (?), 
as reticências (...), as aspas (“”), os parênteses ( ( ) ) e o travessão (—). 
Como Usar e Exemplos 
Ponto (.) 
O ponto, ou ponto final, é utilizado para terminar a ideia ou discurso e indicar o final de um período. O 
ponto é, ainda, utilizado nas abreviações. 
Exemplos: 
• Acordei e logo pensei nela e na discussão que tivemos. Depois, saí para trabalhar e resolvi ligar e 
pedir perdão. 
• O filme recebeu várias indicações para o óscar. 
• Esse acontecimento remonta ao ano 300 a.C., segundo afirmam os nossos historiadores. 
• Sr. João, lamentamos informar que o seu voo foi cancelado. 
Vírgula (,) 
A vírgula indica uma pausa no discurso. Sua utilização é tão importante que pode mudar o significado 
quando não utilizada ou utilizada de modo incorreto. A vírgula também serve para separar termos 
com a mesma função sintática, bem como para separar o aposto e o vocativo. 
Exemplos: 
SINTAXE 
 
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• Vou precisar de farinha, ovos, leite e açúcar. 
• Rose Maria, apresentadora do programa da manhã, falou sobre as receitas vegetarianas. (aposto) 
• Desta maneira, Maria, não posso mais acreditar em você. (vocativo) 
Ponto e Vírgula (;) 
O ponto e vírgula serve para separar várias orações dentro de uma mesma frase e para separar uma 
relação de elementos. 
É um sinal que muitas vezes gera confusão nos leitores, já que ora representa uma pausa mais longa 
que a vírgula e ora mais breve que o ponto. 
Exemplos: 
• Os empregados, que ganham pouco, reclamam; os patrões, que não lucram, reclamam igualmente. 
• Joaquim celebrou seu aniversário na praia; não gosta do frio e nem das montanhas. 
• Os conteúdos da prova são: Geografia; História; Português. 
Dois Pontos (:) 
Esse sinal gráfico é utilizado antes de uma explicação, para introduzir uma fala ou para iniciar uma 
enumeração. 
Exemplos: 
• Na matemática as quatro operações essenciais são: adição, subtração, multiplicação e divisão. 
• Joana explicou: — Não devemos pisar na grama do parque. 
Ponto de Exclamação (!) 
O ponto de exclamação é utilizado para exclamar. Assim, é colocado em frases que denotam 
sentimentos como surpresa, desejo, susto, ordem, entusiasmo, espanto. 
Exemplos: 
• Que horror! 
• Ganhei! 
Ponto de Interrogação (?) 
O ponto de interrogação é utilizado para interrogar, perguntar. Utiliza-se no final das frases diretas ou 
indiretas-livre. 
Exemplos: 
• Quer ir ao cinema comigo? 
• Será que eles prefere jornais ou revistas? 
Reticências (...) 
As reticências servem para suprimir palavras, textos ou até mesmo indicar que o sentido vai muito 
mais além do que está expresso na frase. 
Exemplos: 
• Ana gosta de comprar sapatos, bolsas, calças… 
SINTAXE 
 
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• Não sei… Preciso pensar no assunto. 
Aspas (" ") 
É utilizado para enfatizar palavras ou expressões, bem como é usada para delimitar citações de 
obras. 
Exemplos: 
• Satisfeito com o resultado do vestibular, se sentia o “bom”. 
• Brás Cubas dedica suas memórias a um verme: "Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do 
meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas." 
Parênteses ( ( ) ) 
Os parênteses são utilizados para isolar explicações ou acrescentar informação acessória. 
Exemplos: 
• O funcionário (o mais mal-humorado que já vi) fez a troca dos artigos. 
• Cheguei à casa cansada, jantei (um sanduíche e um suco) e adormeci no sofá. 
Travessão (—) 
O Travessão é utilizado no início de frases diretas para indicar os diálogos do texto bem como para 
substituir os parênteses ou dupla vírgula. 
Exemplos: 
• Muito descontrolada, Paula gritou com o marido: — Por favor, não faça isso agora pois teremos 
problemas mais tarde. 
• Maria - funcionária da prefeitura - aconselhou-me que fizesse assim. 
Agora que você já conhece os sinais e as regras de pontuação, conheça também a Acentuação 
Gráfica. 
Concordância Verbal e Nominal 
Concordância verbal é a concordância em número e pessoa entre o sujeito gramatical e o verbo. 
Concordância nominal é a concordância em gênero e número entre os diversos nomes da oração, 
ocorrendo principalmente entre o artigo, o substantivo e o adjetivo. 
Concordância em gênero indica a flexão em masculino e feminino. 
Concordância em número indica a flexão em singular eplural. 
Concordância em pessoa indica a flexão em 1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa. 
Exemplos de concordância verbal 
• Eu li; 
• Ele leu; 
• Nós lemos; 
• Eles leram. 
Exemplos de concordância nominal 
• O vizinho novo; 
SINTAXE 
 
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• A vizinha nova; 
• Os vizinhos novos; 
• As vizinhas novas. 
Casos Particulares de Concordância Verbal 
Concordância com pronome relativo que 
O verbo estabelece concordância com o antecedente do pronome: sou eu que quero, somos nós que 
queremos, são eles que querem. 
Concordância com pronome relativo quem 
O verbo estabelece concordância com o antecedente do pronome ou fica na 3.ª pessoa do singular: 
sou eu quem quero, sou eu quem quer. 
Concordância com: a maioria, a maior parte, a metade,... 
Preferencialmente, o verbo estabelece concordância com a 3.ª pessoa do singular. Contudo, o uso da 
3.ª pessoa do plural é igualmente aceitável: a maioria das pessoas quer, a maioria das pessoas 
querem. 
Concordância com um dos que 
O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do plural: um dos que ouviram, um dos 
que estudarão, um dos que sabem. 
Concordância com nem um nem outro 
O verbo pode estabelecer concordância com a 3.ª pessoa do singular ou do plural: nem um nem outro 
veio, nem um nem outro vieram. 
Concordância com verbos impessoais 
O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular, uma vez que não possui um 
sujeito: havia pessoas, houve problemas, faz dois dias, já amanheceu. 
Concordância com a partícula apassivadora se 
O verbo estabelece concordância com o objeto direto, que assume a função de sujeito paciente, 
podendo ficar no singular ou no plural: vende-se casa, vendem-se casas. 
Concordância com a partícula de indeterminação do sujeito se 
O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular quando a frase é formada por 
verbos intransitivos ou por verbos transitivos indiretos: precisa-se de funcionário, precisa-se de 
funcionários. 
Concordância com o infinitivo pessoal 
O verbo no infinitivo sofre flexão sempre que houver um sujeito definido, quando se quiser definir o 
sujeito, quando o sujeito da segunda oração for diferente do da primeira: é para eles lerem, acho 
necessário comprarmos comida, eu vi eles chegarem tarde. 
Concordância com o infinitivo impessoal 
O verbo no infinitivo não sofre flexão quando não houver um sujeito definido, quando o sujeito da 
segunda oração for igual ao da primeira oração, em locuções verbais, com verbos preposicionados e 
com verbos imperativos: eles querem comprar, passamos para ver você, eles estão a ouvir. 
Concordância com o verbo ser 
O verbo estabelece concordância com o predicativo do sujeito, podendo ficar no singular ou no plural: 
isto é uma mentira, isto são mentiras; quem é você, quem são vocês. 
Casos particulares de concordância nominal 
Concordância com pronomes pessoais 
O adjetivo estabelece concordância em gênero e número com o pronome pessoal: ela é simpática, 
ele é simpático, elas são simpáticas, eles são simpáticos. 
SINTAXE 
 
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Concordância com vários substantivos 
O adjetivo estabelece concordância em gênero e número com o substantivo que está mais próximo: 
caderno e caneta nova, caneta e caderno novo. Pode também estabelecer concordância com a forma 
no masculino plural: caneta e caderno novos, caderno e caneta novos. 
Concordância com vários adjetivos 
Quando há dois ou mais adjetivos no singular, o substantivo permanece no singular apenas se 
houver um artigo entre os adjetivos. Sem a presença de um artigo, o substantivo deverá ser escrito 
no plural: o escritor brasileiro e o chileno, os escritores brasileiro e chileno. 
Concordância com: é proibido, é permitido, é preciso, é necessário, é bom 
Estas expressões estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo quando há um 
artigo que determina o substantivo, mas permanecem invariáveis no masculino singular quando não 
há artigo: é permitida a entrada, é permitido entrada, é proibida a venda, é proibido venda. 
Concordância com: bastante, muito, pouco, meio, longe, caro e barato 
Estas palavras estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo quando possuem 
função de adjetivo: comi meio chocolate, comi meia maçã, há bastante procura, há bastantes 
pedidos, vi muitas crianças, vi muitos adultos. 
Concordância com menos 
A palavra menos permanece sempre invariável, quer atue como advérbio ou como adjetivo: menos 
tristeza, menos medo, menos traições, menos pedidos. 
Concordância com: mesmo, próprio, anexo, obrigado, quite, incluso 
Estas palavras estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo: resultados 
anexos, informações anexas, as próprias pessoas, o próprio síndico, ele mesmo, elas mesmas. 
Concordância com um e outro 
Com a expressão um e outro, o adjetivo deverá ser sempre escrito no plural, mesmo que o 
substantivo esteja no singular: um e outro aluno estudiosos, uma e outra pergunta respondidas. 
Sintaxe de concordância, regência e colocação 
Você sabe o que é sintaxe? A área da gramática que estuda a relação entre as palavras na oração e 
no discurso subdivide-se em sintaxe de concordância, regência e colocação. 
Você sabe o que é sintaxe? 
A sintaxe é a área da gramática que se ocupa do estudo da disposição das palavras na frase e das 
frases quando inseridas em um discurso. Diz-se que um texto está sintaticamente correto quando as 
frases estabelecem relação lógica entre si, ou seja, os elementos de uma oração estão dispostos de 
maneira que nos permita compreender o conteúdo de determinada mensagem. Mesmo que não saiba 
– ou não soubesse – o que é sintaxe, você é capaz de produzir enunciados que obedeçam às suas 
regras, já que a finalidade da comunicação é produzir discursos inteligíveis, cujo significado seja 
acessível e compreensível. Observe: 
Ontem choveu bastante. As ruas ficaram alagadas e o trânsito ficou congestionado em vários pontos 
da cidade 
ou 
Bastante choveu ontem. Alagadas ficaram ruas as congestionado ficou trânsito e o cidade da em 
pontos vários? 
Entre as orações acima, qual das duas você seria capaz de produzir? A primeira, não é verdade? 
Ambas são compostas pelas mesmas palavras, mas uma delas ficou privada de inteligibilidade (a 
segunda) porque seus elementos não foram sintaticamente bem dispostos, tornando-a agramatical. 
Por isso a importância da sintaxe: instrumento indispensável para a correta combinação das palavras 
nas orações. 
SINTAXE 
 
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Pensando em sintaxe, falemos sobre suas subdivisões: a sintaxe de concordância, regência e 
colocação. Você sabe para que serve cada uma delas? Vamos conhecer um pouco mais sobre a 
língua portuguesa e sua gramática? Fique atento à explicação e bons estudos! 
 
 
Conhecer as sintaxes de concordância, regência e colocação é importante para aprimorar a 
comunicação verbal e escrita 
O que é sintaxe de concordância? 
A sintaxe de concordância estuda a relação gramatical estabelecida entre dois termos. Ela pode ser 
verbal ou nominal. Observe os exemplos: 
► Concordância verbal: 
Os alunos ficaram entusiasmados com o passeio no museu 
ou 
Os alunos ficou entusiasmados com o passeio no museu? 
A primeira opção é aquela que estabelece correta combinação entre o verbo e o sujeito. Se o sujeito 
(alunos = eles) está no plural, o verbo da oração deverá ser flexionado na terceira pessoa do plural: 
eles 'ficaram'. 
► Concordância nominal: 
Os aluno indisciplinado foram suspenso da escola 
ou 
Os alunos indisciplinados foram suspensos da escola? 
O segundo exemplo obedece às regras da concordância nominal porque nele o substantivo –
 alunos – concorda com seus determinantes, que podem ser artigo, numeral, pronome ou adjetivo. A 
concordância nominal é, portanto, a combinação entre os nomes de uma oração. 
O que é sintaxe de regência? 
A sintaxe de regência ocupa-se do estudo dos tipos de ligação existentes entre um verbo (regênciaverbal) ou nome e seus complementos (regência nominal). Dessa maneira, haverá os termos 
regentes, aqueles que precisam de um complemento, e os termos regidos, aqueles que 
complementam o sentido dos termos regentes. 
► Regência verbal: 
SINTAXE 
 
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A regência verbal ocupa-se do estudo da relação estabelecida entre os verbos e os termos que os 
complementam ou caracterizam. Estudá-la nos permite aprimorar nossa capacidade expressiva, pois 
a partir da análise de uma preposição um mesmo verbo pode assumir diferentes significados. 
Observe: 
Os parlamentares implicaram-se em escândalos por causa do desvio de verbas públicas. (implicar = 
envolver) 
e 
Os alunos implicaram com o novo coordenador. (implicar = ter implicância, aversão). 
► Regência nominal: 
A regência nominal estuda a relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os 
termos por ele regidos. É a partir da análise da preposição que essa relação será construída. 
Observe os exemplos: 
A nova tarifa é acessível a todos os cidadãos. 
Os atentados contra a embaixada deixaram vários feridos. 
Eles preferiram ficar longe de todos. 
Na regência nominal é interessante observar que alguns nomes apresentam o mesmo regime dos 
verbos de que derivam: se você conhece o regime de um verbo, conhecerá também o regime dos 
nomes cognatos, ou seja, dos nomes que têm a mesma raiz ou origem etimológica: 
As crianças devem obedecer às regras.(obedecer = verbo) 
Eles foram obedientes às regras. (obediente = nome cognato) 
O que é sintaxe de colocação? 
A sintaxe de colocação mostra que os pronomes oblíquos átonos, embora possam ser dispostos de 
maneira livre, possuem uma posição adequada na oração. Quando há liberdade de posição desses 
termos, o enunciado poderá assumir diferentes efeitos expressivos, o que nem sempre é bem-vindo. 
Existem três possíveis colocações para os pronomes oblíquos átonos: 
► Próclise: o pronome será posicionado antes do verbo. Veja os exemplos: 
Não se esqueça de comprar novos livros. 
Não me fale novamente sobre esse assunto. 
Aqui se vive melhor do que na cidade grande. 
Tudo me incomoda quando não estou em casa. 
Quem te chamou para a festa? 
► Mesóclise: será empregada quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito 
do indicativo. O pronome surge intercalado ao verbo. A mesóclise é mais encontrada na linguagem 
literária ou na língua culta e, havendo possibilidade de próclise, ela deverá ser eliminada. Observe os 
exemplos: 
Dizer-lhe-ei sobre tuas queixas (Direi + lhe) 
Convidar-me-iam para a formatura, mas viajei para o campo. (convidariam + me) 
► Ênclise: o pronome surgirá depois do verbo, obedecendo à sequência verbo-complemento. 
Observe os exemplos: 
Diga-me o que você fez nas férias. 
Espero encontrar-lhe na festa hoje à noite. 
Acolheram o filhote abandonado, dando-lhe abrigo e comida. 
Sinônimos e Antônimos 
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SINTAXE 
 
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Os sinônimos e os antônimos designam palavras (substantivos, adjetivos, verbos, complementos, 
etc.), que segundo seu significado, ora se assemelham (sinônimos) e ora são opostas (antônimos). 
A semântica é o ramo da linguística encarregada de estudar as palavras e seus significados. Para 
tanto, enfoca nos estudos dos seguintes conceitos: sinônimos, antônimos, parônimos e homônimos. 
Para saber mais: Semântica e Homônimos e Parônimos 
Sinônimos 
Do grego, o termo sinônimo (synonymós) é formado pelas palavras “syn” (com); e “onymia” (nome), 
ou seja, no modo literal significa aquele que está com o nome ou mesmo semelhante a ele. Não 
obstante, a sinonímia é o ramo da semântica que estuda as palavras sinônimas, ou aquelas que 
possuem significado ou sentido semelhante, sendo muito utilizadas nas produções dos textos, uma 
vez que a repetição das palavras empobrece o conteúdo. 
Tipos de Sinônimos 
Embora, muito estudiosos da área advogam sobre a inexistência de palavras sinônimas (com valor 
semântico idêntico), posto que para eles, cada palavra possui um significado distinto; de acordo com 
a aproximação semântica entre as palavras sinônimas, elas são classificadas de duas maneiras: 
• Sinônimos Perfeitos: são as palavras que compartilham significados idênticos, por exemplo: léxico 
e vocabulário; morrer e falecer; após e depois. 
• Sinônimos Imperfeitos: são as palavras que compartilham significados semelhantes e não 
idênticos, por exemplo: feliz e alegre; cidade e município; córrego e riacho. 
Exemplos de Sinônimos 
Segue abaixo alguns exemplos de palavras sinônimas: 
• Adversário e antagonista 
• Adversidade e problema 
• Alegria e felicidade 
• Alfabeto e abecedário 
• Ancião e idoso 
• Apresentar e expor 
• Belo e bonito 
• Brado e grito 
• Bruxa e feiticeira 
• Calmo e tranquilo 
• Carinho e afeto 
• Carro e automóvel 
• Cão e cachorro 
• Casa e lar 
• Contraveneno e antídoto 
SINTAXE 
 
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• Diálogo e colóquio 
• Encontrar e achar 
• Enxergar e ver 
• Extinguir e abolir 
• Gostar e estimar 
• Importante e relevante 
• Longe e distante 
• Moral e ética 
• Oposição e antítese 
• Percurso e trajeto 
• Perguntar e questionar 
• Saboroso e delicioso 
• Transformação e metamorfose 
• Translúcido e diáfano 
Antônimos 
Do grego, o termo antônimo corresponde a união das palavras “anti” (algo contrário ou oposto) e 
“onymia” (nome). A antonímia é o ramo da semântica que se debruça nos estudos sobre as palavras 
antônimas. Do mesmo modo que os sinônimos, os antônimos são utilizados como recursos 
estilísticos na produção dos textos. 
Exemplos de Antônimos 
Segue abaixo alguns exemplos de palavras antônimas: 
• Aberto e fechado 
• Alto e baixo 
• Amor e ódio 
• Ativo e inativo 
• Bendizer e maldizer 
• Bem e mal 
• Bom e mau 
• Bonito e feio 
• Certo e errado 
• Doce e salgado 
• Duro e mole 
• Escuro e claro 
SINTAXE 
 
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• Forte e fraco 
• Gordo e magro 
• Grosso e fino 
• Grande e pequeno 
• Inadequada e adequada 
• Ordem e anarquia 
• Pesado e leve 
• Presente e ausente 
• Progredir e regredir 
• Quente e frio 
• Rápido e lento 
• Rico e pobre 
• Rir e chorar 
• Sair e entrar 
• Seco e molhado 
• Simpático e antipático 
• Soberba e humildade 
• Sozinho e acompanhado 
A Semântica é a parte da linguística que estuda o significado das palavras, a parte significativa do 
discurso. Cada palavra tem seu significado específico, porém podemos estabelecer relações entre os 
significados das palavras, assemelhando-as umas às outras ou diferenciando-as segundo seus 
significados. 
SINONÍMIA: Sinonímia é a divisão na Semântica que estuda as palavras sinônimas, ou aquelas que 
possuem significado ou sentido semelhante. 
Algumas palavras mantêm relação de significado entre si e representam praticamente a mesma ideia. 
Estas palavras são chamadas de sinônimos. 
Ex: certo, correto, verdadeiro, exato. 
Sendo assim, SINÔNIMOS são palavras que possuem significados semelhantes. 
A contribuição greco-latina é responsável pela existência de numerosos pares de sinônimos: 
• adversário e antagonista; 
• translúcido e diáfano; 
• semicírculo e hemiciclo; 
• contraveneno e antídoto; 
• moral e ética; 
SINTAXE 
 
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• colóquio e diálogo; 
• transformação e metamorfose; 
• oposição e antítese. 
ANTONÍMIA: É a relação entre palavras de significado oposto 
Outras palavras, ainda, possuem significados completamente divergentes, de forma que um se opõe 
ao outro, ou nega-lhe o significado. Estas palavras são chamadas de antônimos. 
Ex: direita / esquerda, preto / branco, alto / baixo, gordo / magro. 
Desta forma, ANTÔNIMOS são palavras que opõem-se no seu significado. 
Observação: A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido oposto ou negativo: 
• bendizer e maldizer; 
• simpático e antipático; 
• progredir e regredir; 
• concórdia e discórdia; 
• ativo e inativo; 
• esperare desesperar; 
• comunista e anticomunista; 
• simétrico e assimétrico. 
Parônimos e Homônimos 
Palavras que possuem a mesma grafia e som, porém com significados diferentes, são caracterizadas 
como parônimos e homônimos. 
Parônimos e homônimos são palavras que possuem semelhanças no som e na grafia, porém se 
constituem de significados diferentes. E por falar em significado, cabe-nos ressaltar que esse é um 
fator preponderante na construção de nossos discursos – na oralidade e, principalmente, na escrita. 
Para você não correr o risco de utilizar alguma palavra cujo significado esteja equivocado, é essencial 
dispor de alguns recursos que auxiliam na construção dos enunciados, tais como a prática constante 
da leitura, o uso de um bom dicionário, enfim, o convívio com tudo aquilo que tende a corroborar para 
o aprimoramento da competência linguística. 
Nesse sentido, levando-se em consideração algumas particularidades que imperam no processo de 
significação das palavras, passemos a partir de agora a estabelecer familiaridade com alguns 
aspectos relacionados à homonímia e à paronímia. 
Homônimos 
São palavras que apresentam igualdade ou semelhança fonética (relativa ao som) ou igualdade 
gráfica (relativa à grafia), porém com significados distintos. Dada essa particularidade, temos que os 
homônimos se subdividem em três grupos. 
Homógrafos – São aquelas palavras iguais na grafia, mas diferentes no som e no significado. 
Vejamos alguns exemplos: 
almoço → substantivo / almoço → verbo 
colher → substantivo / colher → verbo 
começo → substantivo / começo → verbo 
SINTAXE 
 
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jogo → substantivo / jogo → verbo 
sede → substantivo (vontade de beber) / sede → localidade 
Homófonos – São palavras iguais na pronúncia, porém diferentes na grafia e no significado. São 
exemplos: 
 
Palavras homófonas são iguais na pronúncia e diferentes no significado e na escrita 
Homônimos perfeitos – são aquelas palavras iguais na grafia e no som, mas diferentes no 
significado. Observemos alguns exemplos: 
cedo → verbo / cedo → advérbio 
caminho → substantivo / caminho → verbo 
livre → adjetivo / livre → verbo 
Parônimos 
São palavras semelhantes na grafia e no som, mas com significados distintos. Constatemos alguns 
casos: 
 
SINTAXE 
 
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Palavras parônimas: semelhanças gráficas e sonoras, porém com significados distintos 
Verso - Estrofe - Rima 
Um poema é constituído de verso e estrofe, seus versos podem apresentar ou não rima. 
Por tratar-se de texto poético, nada mais sugestivo que admirarmos a beleza da poesia retratada a 
seguir: 
 
Soneto 
Mudam-se o tempo, mudam-se as vontades, 
Muda-se o ser, muda-se a confiança; 
Todo mundo é composto de mudança, 
Tomando sempre novas qualidades. 
 
Continuamente vemos novidades, 
Diferentes em tudo da esperança; 
Do mal ficam as mágoas na lembrança, 
E do bem, se algum houve, as saudades. 
 
O tempo cobre o chão de verde manto, 
Que já coberto foi de neve fria, 
E em mim converte em choro o doce canto. 
 
E, afora este mudar-se cada dia, 
Outra mudança faz de mor espanto: 
Que não se muda já como soía. 
Luís Vaz de Camões 
 
Esteticamente, percebemos que se trata de um soneto, uma vez que o mesmo é constituído por 
quatro estrofes, sendo que uma possui quatro versos e a outra, três versos. 
 
Vejamos agora o conceito de cada uma das partes constituintes da poesia: 
 
Verso - É cada linha poética. Como o soneto é uma forma fixa, há sempre quatorze versos. 
 
Estrofe - É o conjunto de versos. Como já foi mencionado, o soneto é formado por dois quartetos 
(estrofe com quatro versos) e dois tercetos (estrofes com três versos). 
Os versos de uma poesia podem ter rima, ou seja, semelhança sonora entre as palavras, seja no final 
ou no meio dos versos (rima interna). 
 
Quanto à disposição, as rimas podem ser: 
 
Interpoladas (intercaladas ou expostas) 
 
“Mudam-se o tempo, mudam-se as vontades, (a) 
Muda-se o ser, muda-se a confiança; (b) 
Todo mundo é composto de mudança, (b) 
Tomando sempre novas qualidades”. (a) 
 
Cruzadas (ou alternadas) 
 
“O tempo cobre o chão de verde manto, (a) 
Que já coberto foi de neve fria, (b) 
E em mim converte em choro o doce canto”. (a) 
 
Emparelhadas 
 
“O universo não é uma idéia minha. (a) 
SINTAXE 
 
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A minha idéia do Universo é que é uma idéia minha. (a) 
A noite não anoitece pelos meus olhos. (b) 
A minha idéia da noite é que anoitece por meus olhos”. (b) 
Fernando Pessoa 
 
Encadeadas 
“Voai, zéfiros mimosos 
Vagarosos, com cautela”. 
Silva Alvarenga 
 
Não só o número de versos, estrofes e a presença de rimas que são fatores preponderantes numa 
poesia, mas também outros elementos formais, tais como: Métrica (medida dos versos) 
e Ritmo (alternância de sílabas quanto à intensidade). 
 
É importante sabermos que existem poemas escritos com ou sem rima, e com ou sem regularidade 
métrica. Os versos sem métrica regular (possuem tamanhos diferentes) são versos livres, e os 
versos soltos, sem rima entre si, são chamados de versos brancos. 
 
Pronome relativo é uma classe de pronomes que substituem um termo da oração anterior e 
estabelece relação entre duas orações. 
 
Nós conhecemos o professor. O professormorreu. 
 
Nós conhecemos o professor que morreu. 
 
Como se pode perceber, o que, nessa frase, está substituindo o termo professor e está relacionando 
a segunda oração com a primeira. 
 
Os pronomes relativos são os seguintes: 
Variáveis Invariáveis 
O qual, a qual Que (quando equivale a o qual e flexões) 
Os quais, as quais Quem (quando equivale a o qual e flexões) 
Cujo, cuja Onde (quando equivale a no qual e flexões) 
Cujos, cujas 
Quanto, quanta 
Quantos, quantas 
 
Emprego dos pronomes relativos 
1. Os pronomes relativos virão precedidos de preposição se a regência assim determinar. 
Este é o pintor a cuja obra me refiro. 
Este é o pintor de cuja obra gosto. 
 
2. O pronome relativo quem é empregado com referência a pessoas: 
 
Não conheço o político de quem você falou. 
 
SINTAXE 
 
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3. O relativo quem pode aparecer sem antecedente claro, sendo classificado como pronome relativo 
indefinido. 
 
Quem faltou foi advertido. 
 
4. Quando possuir antecedente, o pronome relativo quem virá precedido de preposição. 
 
Marcelo era o homem a quem ela amava. 
 
5. O pronome relativo que é o de mais largo emprego, chamado de relativo universal, pode ser 
empregado com referência a pessoas ou coisas, no singular ou no plural. 
 
Não conheço o rapaz que saiu. 
Gostei muito do vestido que comprei. 
Eis os ingredientes de que necessitamos. 
 
6. O pronome relativo que pode ter por antecedente o demonstrativo o, a, os, as. 
 
Falo o que sinto. (o pronome o equivale a aquilo) 
 
7. Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome relativo que. Com 
preposições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo o qual (e flexões). 
 
Aquele é o livro com que trabalho. 
Aquela é a senhora para a qual trabalho. 
 
8. O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo equivalente a do qual, de que, de quem. 
Deve concordar com a coisa possuída. 
 
Apresentaram provas em cuja veracidade eu creio. 
 
9. O pronome relativo quanto, quantos e quantas são pronomes relativos quando seguem os 
pronomes indefinidos tudo, todos ou todas. 
 
Comprou tudo quanto viu. 
 
10. O relativo onde deve ser usado para indicar lugar e tem sentido aproximado de em que, no qual. 
 
Este é o país onde habito. 
 
a) onde é empregado com verbos que não dão ideia de movimento. Pode ser usado sem 
antecedente. 
 
Sempre morei no país onde nasci. 
 
b) aonde é empregado com verbos que dão ideia de movimento e equivale a para onde, sendo 
resultado da combinação da preposição a + onde. 
Voltei àquele lugar aonde minha mãe me levava quando criança. 
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VÍCIOS DE LINGUAGEM 
 
 
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Vícios de Linguagem 
Embora frequentes no dia a dia dos falantes, os vícios de linguagem são desvios gramaticais, ou seja, 
palavras, expressões e construções que fogem às regras da norma padrão ou norma culta. Os vícios 
de linguagem ocorrem, normalmente, por falta de atenção e pouco conhecimento dos significados das 
palavras pelos falantes. 
Confira alguns vícios de linguagem: 
Barbarismo 
Erros de pronúncia, acentuação, ortografia, flexão e significação são considerados barbarismo. 
Erros de pronúncia: 
pograma (correto = programa) 
reintero (correto = reitero) 
beneficiente (correto = beneficente) 
Erros de acentuação: 
rúbrica (correto = rubrica) 
gratuíto (correto = gratuito) 
púdico (correto = pudico) 
Erros de ortografia: 
mecher (correto = mexer) 
quizeram (correto = quiseram) 
geito (correto = jeito) 
Erros de flexão: 
deteu (correto = deteve) 
proporam (correto = propuseram) 
cidadões (correto = cidadãos) 
Erros de significação: 
meus comprimentos (correto = meus cumprimentos) 
o conserto da Rita Lee (correto = o concerto da Rita Lee) 
o acento da bicicleta (correto = o assento da bicicleta) 
Solecismo 
Erros de sintaxe (concordância, regência e colocação pronominal) são considerados solecismo. 
Erros de concordância: 
a gente vamos (correto = a gente vai) 
fazem dois dias (correto = faz dois dias) 
haviam muitas vagas (correto = havia muitas vagas) 
VÍCIOS DE LINGUAGEM 
 
 
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Erros de regência: 
chegamos no colégio (correto = chegamos ao colégio) 
sempre obedeci meu pai (correto = sempre obedeci ao meu pai) 
vamos na praia (correto = vamos à praia) 
Erro de colocação pronominal: 
não enganei-me (correto = não me enganei) 
foi ela que chamou-me (correto = foi ela que me chamou) 
compraremos-te um carro (correto = comprar-te-emos um carro) 
Pleonasmo vicioso ou redundância 
Ocorre pleonasmo vicioso ou redundância quando há uma repetição de ideias desnecessária para a 
transmissão do conteúdo da frase. 
Exemplos: 
Vamos entrar para dentro. 
Vamos adiar para depois. 
Vamos encarar de frente. 
Ambiguidade ou anfibologia 
Nas frases sem clareza ou com duplo sentido ocorre ambiguidade ou anfibologia. 
Exemplos: 
A professora levou o aluno para sua sala. (de quem é a sala?) 
Paula conversou com Helena sobre seu trabalho. (de quem é o trabalho?) 
A cachorra da sua prima é mal-humorada. (a prima é uma cachorra ou tem uma cachorra?) 
Cacofonia ou cacófato 
Ocorre cacofonia ou cacófato quando a pronúncia de palavras seguidas produz um som desagradável 
ou sugere outra palavra menos apropriada. 
Exemplos: 
Eu beijei a boca dela. 
Eu não vi ela. 
Me dá uma mão. 
Eco 
Dissonâncias causadas por terminações iguais nas palavras são consideradas eco. 
Exemplos: 
Tem gente que, por mais que tente, não consegue ser diferente. 
Nesta cidade não há honestidade, apenas vaidade. 
VÍCIOS DE LINGUAGEM 
 
 
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Hiato 
Dissonâncias causadas por sequências de vogais idênticas ou semelhantes são consideradas hiato. 
Exemplos: 
Ana a ama muito. 
Ou eu ou ele estaremos lá. 
Colisão 
Dissonâncias causadas por sequências de consoantes idênticas ou semelhantes são consideradas 
colisão. 
Exemplo: 
Essa saia suja é da Sara. 
Fazendo fiado fico freguês. 
Vulgarismo 
O uso de expressões que não se enquadram no padrão culto é considerado vulgarismo. 
Vulgarismo fonético: 
Vamo brincá? (correto = Vamos brincar?) 
Brincadera boba! (correto = Brincadeira boba!) 
Põe mais sau, por favor. (correto = Põe mais sal, por favor.) 
Vulgarismo morfológico e sintático: 
Custa cinco real! (correto = Custa cinco reais!) 
Os menino vem aí. (correto = Os meninos vêm aí.) 
Eu vi ele na rua. (correto = Eu vi-o na rua.) 
Plebeísmo 
Refere-se a gírias, calão e expressões populares que indicam falta de instrução e erudição. 
Exemplos: 
Fala mané! 
Fiquei bolado com essa parada. 
Nota: Também a utilização de chavões é considerada por muitos autores como vício de linguagem, por 
empobrecer o discurso e limitar a autonomia do pensamento humano. 
Exemplos: 
A união faz a força. 
Cada macaco no seu galho. 
Estrangeirismo 
Considerado por alguns autores como barbarismo, o estrangeirismo consiste no uso exagerado e des-
necessário de palavras de outros idiomas em vez das formas equivalentes em português. 
VÍCIOS DE LINGUAGEM 
 
 
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Exemplos: 
show (em português = espetáculo) 
drink (em português = bebida ou drinque) 
delivery (em português = entrega em domicílio) 
Neologismo 
Consiste na criação exagerada de novas palavras, muitas vezes desnecessárias, por já haver palavras 
análogas no português. 
Exemplos: 
Já chega de tuitar. 
Deleta essa informação, por favor. 
Manjo bem esse assunto. 
Arcaísmo 
Refere-se à utilização de palavras ou expressões em desuso. 
Exemplos: 
Venha, menina, asinha! 
Vosmecê precisa de ajuda? 
Preciosismo e prolixidade 
Referem-se a uma linguagem exacerbada para referir ideias normais, bem como ao excesso de pala-
vras para transmitir ideias simples, prejudicando a clareza e naturalidade do discurso. 
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 FLEXÃO NOMINAL E VERBAL 
 
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Flexão Nominal E Verbal 
Flexão Nominal E Verbal: 
O que é exatamente? 
São morfemas colocados no final das palavras para indicar flexões verbais ou nominais. 
Elas podem ser: 
Flexões Nominais: 
indicam gênero e número Ex.: casa – casas, gato – gata 
De Gênero: 
Os substantivos masculinos são antecedidos pelo artigo “o”. Como exemplo temos os substantivos o 
lança-perfume, o tapa, o champanha, o dó, o diabetes. 
Já os substantivos femininos são antecedidos pelo artigo “a”. É o caso de a agravante, a bacanal, a 
fênix, a alface, a ênfase, a poetisa. 
A maioria dos substantivos têm duas formas: uma para o masculino, e outra para o feminino. São os 
substantivos biformes. Veja algumas regras de formação do feminino: 
1) Substantivos terminados em -o mudam para -a. o sapo = a sapa o canário = a canária o piloto = a 
pilota 
2) Substantivos terminados em -ão mudam para -ã, outros para -oa e ainda para -ona (neste caso, 
em aumentativos). o capitão = a capitã o tecelão = a tecelã/ teceloa o chorão = a chorona 
3) Substantivos terminados em -or formam o feminino com o acréscimo de -a. o doutor = doutora o 
coletor = coletora o trabalhador = trabalhadora 
4) Alguns substantivos terminados em -or podem fazer femininomudando essa terminação para -eira. 
o arrumador = a arrumadeira o lavador = lavadeira o trabalhador = trabalhadeira 0 sufixo -eira pode 
indicar qualidade e, portanto, adjetivação: mulher trabalhadeira; pessoa faladeira 
5) Alguns substantivos com terminação -e podem fazer o feminino mudando a terminação para -a. o 
infante = infanta o governante = a governanta o elefante = a elefanta 
6) Substantivos terminados em -ês, -L e -z fazem o feminino com o acréscimo de -a. o freguês =a 
freguesa o oficial = oficiala o juiz = juíza 
Há ainda substantivos que são masculinos ou femininos, conforme o sentido com que se acham 
empregados: 
a cabeça (parte do corpo)/ o cabeça (o chefe) a grama (relva)/ o grama (unidade de peso) 
De Números: 
Os nomes ( substantivos, adjetivos, pronomes, numerais ), de modo geral admitem a flexão de 
número: Singular e plural. 
Plural Dos Substantivos Simples 
Plural Dos Substantivos Simples 
Aos substantivos que terminam em vogal, ditongo oral e consoante „n‟ devem ser acrescidos a 
consoante „s‟ ao final da palavra. 
Observe os exemplos: 
herói – heróis 
 FLEXÃO NOMINAL E VERBAL 
 
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irmão – irmãos 
plâncton – plânctons 
Aos substantivos que terminam em consoante „m‟ devem ser acrescidos as consoantes „ns‟ ao final 
da palavra. 
Observe os exemplos: 
abordagem – abordagens 
modelagem – modelagens 
homem – homens 
Aos substantivos que terminam com as consoantes „r‟ e „z‟ devem ser acrescidos „es‟ ao final da 
palavra. 
Observe os exemplos: 
hambúrguer – hambúrgueres 
chafariz – chafarizes 
colher – colheres 
Nos substantivos que terminam em „al‟, „el‟, „ol‟, „ul‟, deve ser substituída a consoante „l‟ por „is‟ 
Observe os exemplos: 
girassol – girassóis 
vogal – vogais 
azul – azuis 
* Há duas exceções: 
mal – males 
cônsul – cônsules 
Os substantivos que terminam em „il‟ são pluralizados de duas formas: 
a) Em palavras oxítonas terminadas em „il‟: 
anil – anis 
juvenil – juvenis 
b) Em palavras paroxítonas terminadas em „il‟: 
inútil – inúteis 
réptil – répteis 
Os substantivos terminados em consoante „s‟ fazem o plural de duas formas: 
a) Em substantivos monossilábicos ou oxítonos, há o acréscimo de „es‟. 
paz – pazes 
algoz – algozes 
 FLEXÃO NOMINAL E VERBAL 
 
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b) Os substantivos paroxítonos ou proparoxítonos são invariáveis. 
férias – férias 
ônibus – ônibus 
Os substantivos terminados em „ão‟ podem ser pluralizados de três formas: 
a) Substituindo o „ão‟ por „es‟: 
doação – doações 
emoção – emoções 
b) Substituindo o „ão‟ por „ães‟: 
alemão – alemães 
pão – pães 
c) Substituindo o „ão‟ por „ãos‟: 
cidadão – cidadãos 
Os substantivos terminados em consoante „x‟ são invariáveis 
córtex – córtex 
Flexões Verbais 
Dentre todas as classe gramaticais, a que mais se apresenta passível de flexões é a representada 
pelos verbos. Flexões estas relacionadas a: 
 
Pessoa – Indica as três pessoas relacionadas ao discurso, representadas tanto no modo singular, 
quanto no plural. 
 
Número – Representa a forma pela qual o verbo se refere a essas pessoas gramaticais. 
 
Por meio dos exemplos em evidência, podemos constatar que o processo verbal se encontra 
devidamente flexionado, tendo em vista as pessoas do discurso (eu, tu, ele, nós, vós, eles). 
 
Tempo – Relaciona-se ao momento expresso pela ação verbal, denotando a ideia de um processo 
ora concluído, em fase de conclusão ou que ainda está para concluir, representado pelo tempo 
presente, pretérito e futuro. 
 
Modo – Revela a circunstância em que o fato verbal ocorre. Assim expresso: 
 
Modo indicativo – exprime um fato certo, concreto. 
Modo subjuntivo – exprime um fato hipotético, duvidoso. 
Modo imperativo – exprime uma ordem, expressa um pedido. 
 
Para que possamos constatar acerca de todos esses pressupostos, basear-nos-emos no caso do 
verbo cantar, tendo em vista o modo indicativo. 
 FLEXÃO NOMINAL E VERBAL 
 
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Modo Indicativo 
 
 
Voz 
 
A voz verbal caracteriza a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, classificada em: 
 
Voz ativa – o sujeito é o agente da ação verbal. 
 
Os professores aplicaram as provas. 
 
Voz passiva – o sujeito sofre a ação expressa pelo verbo. 
 
As provas foram aplicadas pelos professores. 
 
Voz reflexiva – o sujeito, de forma simultânea, pratica e recebe a ação verbal. 
 
O garoto feriu-se com o instrumento. 
 
Voz reflexiva recíproca – representa uma ação mútua entre os elementos expressos pelo sujeito. 
 
Os formandos cumprimentaram-se respeitosamente. 
 
Compartilhe com outro link que explora sobre as vozes verbais de modo mais aprofundado. 
Vozes do verbo - Compreenda como se materializa esta ocorrência linguística. 
Flexão Nominal E Flexão Verbal 
 Os vocábulos que se submetem aos processos de flexão são ditos variáveis. 
 As desinências são morfemas que expressam categorias gramaticais. 
 Desinências nominais: 
a) Gênero (DG): [Ø] masculino ≠ 
[a] feminino 
 FLEXÃO NOMINAL E VERBAL 
 
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b) Número (DN): [Ø] singular ≠ [s] plural 
 Desinências verbais: 
a) Modo e tempo (DMT): [Ø, r, va, re, ra, sse, ria...] tempos verbais 
b) Número e pessoa (DNP): [Ø, - s, -ste, -mos, -is, -m...] pessoas gramaticais 
 
 
Estrutura básica dos nomes (substantivo, adjetivo, artigo, pronome e numeral) 
 
NOME SD RAIZ VL SD SD VT DG DN 
1. anzol Ø anzol Ø Ø Ø Ø Ø Ø 
2. flhetins Ø folh- Ø -et- -in- Ø Ø -s 
3. finalzinho Ø fim- Ø -al- -zinh- -o Ø Ø 
4. desatualizados dês- -atual- Ø -iz- -ad- -o- Ø -s 
5. afinadíssimos a- -fin- Ø -ad- -íssim- -o- Ø -s 
6. florezinhas Ø flor- -e- - 
zinh- 
Ø -a- Ø -s 
 
RAD VT DG DN 
GAROT O Ø Ø 
GAROT O Ø S 
GAROT Ø A Ø 
GAROT Ø A A 
 
RAD VT DG DN 
RADICAL 
 FLEXÃO NOMINAL E VERBAL 
 
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IN-DELICAD O Ø Ø 
IN-DELICAD O Ø S 
IN-DELICAD Ø A Ø 
IN-DELICAD Ø A S 
 
RAD VT DG DN 
DES-EN-CORAJ-A-DOR Ø Ø Ø 
DES-EN-CORAJ-A-DOR E Ø S 
DES-EN-CORAJ-A-DOR Ø A Ø 
DES-EN-CORAJ-A-DOR Ø A S 
 
RAD VT DG DN 
EL E Ø Ø 
EL E Ø S 
EL Ø A Ø 
EL Ø A S 
Flexão Nominal De Gênero 
Gênero não é sexo. 
O gênero pode mudar 
Vocábulos de gênero vacilante: o/a grama, o/a diabete, o/a chaminé etc. 
Certos substantivos são indiferentes quanto gênero: o/a estudante, o/a cliente etc. 
 FLEXÃO NOMINAL E VERBAL 
 
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Substantivos femininos às vezes tornam masculinos no aumentativo: cobrão, salão, agulhão etc. 
Certos substantivos mudam de significado quando mudam de gênero: ovo/ova, o/a cabeça, 
sapato/sapata etc. 
 
Há, por fim, uns poucos substantivos que apresentam oposição de gênero com base no sexo: 
gato/gata, menino/menina, brasileiro/brasileira etc. 
Não existe flexão quando a oposição de gênero se faz com base em heterônimos: homem/mulher, 
boi/vaca, cavalo/égua, abelha/zangão etc. 
Em resumo, quanto ao gênero, os substantivos distribuem em três grupos: 
1. nomes substantivos de gênero único: 
(a) flor, (o) livro, (o) carro, (a) mão, 
(a) lua, (o) avião, (o) cônjuge, (a) cobra, (o) jacaré etc. 
2. nomes substantivos de dois gêneros sem flexão: (o, a) artista, (o,a) personagem, (o,a) mártir, 
(o,a) diplomata, (o,a) aprendiz etc. 
3. nomes substantivos de dois gêneros, com flexão: (o) menino, (a) menina; 
(o) doutor, (a) doutora; (o) peru, (a) perua etc. 
Descrição De Gênero: 
Masculino: [Ø] Feminino: [a] 
Na flexão de gênero, podem ocorrer alterações morfofonêmicas no radical. Nesse caso, tais 
alterações devem ser consideradas marcas adicionais da oposição de gênero, ou redundâncias. 
Flexão Nominal De Número 
Desinências de: 
 [Ø] singular 
[s] plural 
Certos substantivos só são empregados no plural: as alvíssaras, as bodas etc. 
Certos substantivos mudam de significado no plural: o bem ≠ os bens, a honra ≠ as honras etc. 
Os coletivos, mesmo no singular, expressam idéia de plural. 
Nomes terminados em /s/ no singular, em geral não se flexionam no plural, excetose forem 
oxítonos. Nesse caso, a oposição de número é marcada pela concordância: o(s) ônibus, o(s) lápis, 
o(s) pires etc. 
Descrição de número: Ver esquemas nas p. 75 a 77. 
Pronomes 
Morfologiacamente, não se distinguem dos nomes, pois flexionam em gênero e número. 
Semanticamente, no entanto, os nomes representam e os pronomes indicam, isto é, são dêiticos. 
O que é significado dêitico? O que é anáfora? 
O que é catáfora? 
Além disso, os pronomes representam outras categorias gramaticais: 
 FLEXÃO NOMINAL E VERBAL 
 
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Gênero neutro 
Caso 
Pessoa 
Estrutura Verbal 
Tema (RAD) + VT + DMT + DNP 
RAD VT DMP DNP 
avis- -a- -r Ø 
avis- -a- -re- - 
mos 
avis- -a- Ø - 
mos 
 
avis- -a- Ø -ste 
 
RAD VT DMP DNP 
Recorr- -e- -r 
Recorr- -ê- -sse- -mos 
Recorr- -i- -do 
 FLEXÃO NOMINAL E VERBAL 
 
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Recorr- -e- -re- -i 
Desinências Modo-Temporais (DMT): 
Presente do indicativo: Ø 
Pretérito perfeito do indicativo: Ø, -ra- 
Pretérito mais que perfeito do indicativo: -ra-/-re- (átonos) 
Futuro do presente do indicativo: -re-, -rá, -rã- (tônicos) 
Futuro do pretérito do indicativo: -ria/- rie- 
Pretérito imperfeito do indicativo: - va/-vê-, -a/-e- 
Presente do subsjuntivo: -e (verbs de 1ª. conj.) e -a (verbos de 2ª. e 3ª. conj.) 
Pretérito imperfeito do subjuntivo: - sse- 
Futuro do subjuntivo e infinitivos: -r, - re- 
Particípio: -do 
Gerúndio: -ndo 
Desinências Número-Pessoais: 
P1: Ø, -o, -i 
P2: -s, -ste 
 P3: Ø, -u 
P4: -mos 
P5: -(i)s, -stes, -des 
P6: -m, -o 
Temas verbais: 
O tema é formado pelo radical + vogal temática. Esta pode ser Ø. 
Tema 1: 
Forma do verbo no infinitivo impessoal (não flexionado), menos a desinência modo-temporal [r]. 
Exemplos: 
verbo no infinitivo 
impessoal 
tema 
correspondente 
cantar [cant-a] 
 FLEXÃO NOMINAL E VERBAL 
 
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esconder [escond-e] 
sentir [sent-i] 
medir [med-i] 
Esse tema se repete nos seguintes tempos: 
Imperfeito, futuro do presente e futuro do pretérito do indicativo; infinitivo, particípio e gerúndio. 
Tema 2: 
Forma do verbo na segunda pessoa do singular (P2) do pretérito perfeito do indicativo, menos a 
desinência número pessoal [ste]. Exemplos: 
Verbo na P2 do pretérito perfeito do 
indicativo 
Tema correspondente 
canta-ste [cant-a] 
escondeste [escond-e] 
sentiste [sent-i] 
disseste [diss-e] 
houveste [houv-e] 
Esse tema se repete nos seguintes tempos: 
Pretérito mais que perfeito do ind., no futuro do subjuntivo e no imperfeito do subj. 
Tema 3: 
Forma do verbo na primeira pessoa do singular (P1) do presente do indicativo, menos a desinência 
número pessoal [o]. Exemplos: 
Verbo na P1 do 
presente do indicativo 
Tema 
correspondente 
 FLEXÃO NOMINAL E VERBAL 
 
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canto [cant] 
escondo [escond] 
sinto [sint] 
digo [dig] 
hajo [haj] 
ouço [ouç] 
caibo [caib] 
 
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 PROCESSO DE COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO 
 
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Processo De Coordenação E Subordinação 
Dicas de Português: análise sintática, processos de coordenação e subordinação 
A análise sintática "serve" para examinar o texto, as suas estruturas e os elementos que o compõem. 
A análise sintática "serve" para examinar o texto, as suas estruturas e os elementos que o compõem. 
O texto é composto por orações e períodos. A oração é uma frase que possui verbo, enquanto o 
período é o conjunto de orações. Exemplo: 
- A menina caiu da bicicleta quando fez a curva. 
Nesse exemplo há duas orações porque há dois verbos (―cair‖ e ―fazer‖). Entenda que, cada termo da 
oração tem uma função específica e é isso que a análise sintática tem como objetivo, determinar essa 
função. E esses termos podem ser classificados como essenciais, integrantes e acessórios. 
 Essenciais: sujeito e predicado. 
 Integrantes: objeto direto e objeto indireto, complemento nominal e agente da passiva. 
 Acessórios: adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto. 
Essenciais E Integrantes 
Observe a frase: 
 A menina pegou a bola. 
―A menina‖ é o sujeito e ―pegou a bola‖ é o predicado. O verbo é o ―pegar‖ que é classificado como 
transitivo direto e ―a bola‖ é o complemento do verbo, o objeto direto. Uma forma de determinar a 
classificação dos objetos é perguntando ao verbo. Veja: quem pega, pega alguma coisa. Quando a 
pergunta não necessita de uma preposição, o verbo é transitivo direto. Observe a diferença nessa 
frase: 
 Eu preciso de você. 
O verbo precisar é transitivo indireto. Faça a pergunta: quem precisa, precisa ―de‖ alguém. O termo 
―de‖ é uma preposição, logo, a expressão ―de você‖ é um objeto indireto. 
O complemento nominal serve para complementar um termo que não seja verbo dentro da oração. 
Diferentemente do objeto indireto, o complemento nominal completa um substantivo, adjetivo e 
advérbio e não um verbo. Por exemplo: A menina teve orgulho do pai. A expressão ―do pai‖ 
complementa o sentido de ―orgulho‖. 
O agente da passiva sempre está acompanhado de duas preposições, ―por‖ e ―de‖. Se o verbo estiver 
na voz passiva, o agente será aquele que praticará a ação do verbo. Veja: O pássaro foi capturado 
pelos agentes. A expressão ―pelos agentes‖ é o agente da passiva. 
Acessórios 
Já os termos que são acessórios na oração caracterizam algo. O adjunto adnominal, por exemplo, 
especifica o substantivo. Não há uma regra específica, pode ser artigos, locuções, pronomes, 
adjetivos e mais. Exemplo: Seu olhar singelo é lindo. O termo ―singelo‖ é o adjunto adnominal. Veja 
outro exemplo: O passeio de barco me cansou. A expressão ―de barco‖ é um adjunto adnominal. 
Por outro lado, o adjunto adverbial funciona como advérbio dentro da oração. Logo, vamos rever os 
tipos de advérbios: afirmação, negação, intensidade, dúvida, tempo, companhia, causa, finalidade, 
lugar, meio e assunto. Exemplo: Isso está muito difícil! O termo ―muito‖ é um adjunto adverbial. 
E o aposto explica um termo na oração. Exemplo: A Carol, menina sapeca, entrou na escola. A 
expressão ―menina sapeca‖ está explicando quem é a Carol. A expressão é o aposto da oração. 
Coordenação E Subordinação 
 PROCESSO DE COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO 
 
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Dentro da análise sintática, os períodos podem ser classificados em: composto por coordenação, 
subordinação ou coordenação e subordinação. O período de coordenação é composto por orações 
que são autônomas, independentes entre si, mas que juntas complementam o sentido da frase. 
Exemplo: Eu dormi e sonhei com você.

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