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“O ser humano é um ser singularmente completo, que une a constituição concreta, em sua interação individual e com o ecossistema, a um sem número de fatores relacionados a psique, emoções e relações, constituindo um todo integrado e sinérgico” Leonardo Boff Ruídos de comunicação x comunicação assertiva A comunicação é uma habilidade fundamental para os seres humanos. Em todos os aspectos da vida a utilizamos em suas mais variadas formas. É necessário que haja constante aprimoramento, pois somos seres eminentemente sociais e a comunicação é base da nossa integração. Comunicação não violenta A CNV é um modo de se expressar, desenvolvido pelo psicólogo Marshall B. Rosenberg, que busca aprimorar os relacionamentos interpessoais, nos ligando às nossas necessidades e às dos outros, com a finalidade de falar sem machucar e ouvir sem se ofender. Em vez de nos concentramos apenas nas atitudes e falas da outra pessoa, focamos em suas necessidades, desenvolvendo um olhar mais compassivo e empático. CNV é um método de resolução pacífica de conflitos; de forma que passemos a nos colocar no lugar do outro, desenvolvendo a empatia, bem como formas de convivência mais harmônicas e congruentes. É, pois, um exercício de empatia e humanidade. O Processo da CNV OBSERVAÇÃO: refere-se às situações que estamos observando e vivenciando e que afetam nosso bem-estar; SENTIMENTO: refere-se a como nos sentimos perante aquilo que estamos observando; NECESSIDADES: refere-se às necessidades (valores, desejos etc.) relacionadas aos sentimentos identificados; PEDIDO: refere-se às ações concretas que pedimos para outra pessoa com o intuito de enriquecer nossa vida. Componentes da base da comunicação: Aprendendo a observar Observar sem julgamentos não é tarefa fácil, mas também não é impossível! 1) Separar os fatos concretos – aquilo que aconteceu e é visível a nossos olhos do que eu penso e acho sobre os fatos; 2) Escutar e/ou ver o comportamento do outro sem criar uma avaliação ou imagem errônea daquele sujeito; 3) Ter atenção e esperar o momento certo para falar, ou seja, ser sensível ao contexto. LEMBRE-SE! Nossa visão de mundo não é melhor nem pior que a visão de mundo dos demais – pode ser, apenas, diferente! EXERCÍCIO: OBSERVAÇÃO E JULGAMENTO Expressando Sentimentos A forma como nos expressamos muitas vezes não demonstra o que realmente estamos sentindo, mas, sim, uma opinião ou avaliação. “Estou sentindo que você só me desvaloriza” “Estou triste pelo o eu aconteceu” Ao utilizar o elemento sentimento da CNV precisamos desenvolver um vocabulário que nos permita nomear de forma específica nossas emoções, assim, poderemos nos conectar com mais facilidade com o outro e vice-versa. Identificando Necessidade O terceiro componente da CNV é a identificação e o reconhecimento das necessidades que estão por trás de nossos sentimentos. O que os outros dizem e fazem pode ser classificado como estímulo, mas jamais como a causa de nossos sentimentos. Quando alguém se comunica de forma negativa, temos quatro opções de como receber essa mensagem: 1) Culpar a nós mesmos 2) Culpar os outros 3) Perceber nossos próprios sentimentos e necessidades 4) Perceber os sentimentos e necessidades escondidos por trás da mensagem negativa da outra pessoa. Quando as outras pessoas ouvem críticas, tendem a investir na autodefesa ou no contra-ataque, sendo assim, quanto mais diretamente pudermos conectar nossos sentimentos a nossas reais necessidades, mais fácil será para os outros reagirem de forma compassiva. Estágios de desenvolvimento emocional A “escravidão emocional” – consiste em acreditar que somos responsáveis pelos sentimentos dos outros O “estágio ranzinza” – nesse estágio nos recusamos a admitir que os sentimentos e necessidades de qualquer outra pessoa importam A “libertação emocional” – na qual aceitamos total responsabilidade por nossos próprios sentimentos, mas não pelo sentimento dos outros, e ao mesmo tempo temos consciência de que nunca poderemos atender a nossas próprias necessidades à custa dos outros. EXERCÍCIO: IDENTIFICANDO NECESSIDADES Fazendo Pedidos ❖O quarto componente da CNV consiste nos pedidos que realizamos e que podem enriquecer nossa vida. ❖O objetivo da CNV não é mudar as pessoas e seu comportamento para conseguir o que queremos, mas, sim, estabelecer relacionamentos baseados em honestidade e empatia, que acabarão atendendo às necessidades de todos. ❖Formular pedidos em linguagem clara, positiva e de ações concretas revela o que realmente queremos. ❖Evitar frases vagas, abstratas ou ambíguas pode facilitar esse processo porque quanto mais claros formos a respeito do que queremos obter como retorno, mais provável será que o consigamos. PEDIDO X EXIGÊNCIA • Exigência tenta fazer a outra pessoa sentir-se culpada quando solicitante não é atendido. • Pedidos indicam um desejo, mas respeitam o outro dando-o a liberdade de realizar ou não. EXERCÍCIO: FAZENDO PEDIDOS 01) Perceba se o outro se sente culpado ou punido ao não realizar seu pedido. Provavelmente, o pedido realizado pareceu mais uma exigência. 02) Deixe claro que não haverá punições, críticas ou julgamentos se seu pedido não for atendido (do contrário isso será uma exigência, não um pedido). 03) Deixe claro que o pedido deve ser atendido somente se isso for feito de livre vontade (do contrário isso será uma exigência, não um pedido). 04) Enquanto ouve evite aconselhar, competir pelo sofrimento, educar, consolar, contar uma história, encerrar o assunto, se solidarizar, se explicar, fazer um interrogatório ou corrigir a pessoa. 05) Enquanto ouve preste atenção às necessidades dos outros e não ao que eles estão pensando de você. 06) Evite o uso de linguagem vaga com frases abstratas ou ambíguas. 07) Formule solicitações em forma de ações concretas que possam ser compreendidas e realizadas. 08) Pergunte antes de oferecer conselhos ou estímulos. 09) Livre-se de todas as ideias preconcebidas e julgamentos. 10) Use linguagem positiva. Boa Práticas em comunicação O Método Clínico Centrado na pessoa D I M Í T R I A L E N G R U B E R S E S Q U I M M É D I C A D E F A M Í L I A E C O M U N I D A D E A consulta na Atenção Primária é diferente dos outros níveis de saúde? •A pessoa toma a decisão de consultar. •A consulta na APS é bem definida para o que se denomina “medicina da pessoa inteira”. •Médicos na APS e as pessoas a quem atendem são facilmente acessíveis um ao outro, possivelmente durante muitos anos. •A consulta na APS é uma atividade central do sistema de saúde. * estudos realizados por Little e colaboradores no Reino Unido Prova de Residência Médica -UFES 2019 Ian McWhinnney foi o médico de família e comunidade a sistematizar os princípios da especialidade. É princípio da Medicina de Família e Comunidade: a) Ser sanitarista qualificado b) Ter atuação centrada na relação médico –pessoa c) Ser recurso de uma população indefinida d) Ter atuação pautada pelas novidades do mercado farmacêutico Dr. Ian R. McWhinney Dra. Moira Stewart Dr. Joseph Levenstein O MCCP exige várias mudanças na mentalidade do médico como noção hierárquica! Visão Geral do MCCP Benefícios comprovados do MCCP ➢Aumenta a satisfação de pessoas e médicos ➢Melhora a aderência aos tratamentos ➢Reduz preocupações ➢Reduz sintomas ➢Diminui a utilização dos serviços de saúde ➢Melhora a saúde mental ➢Melhora a situação fisiológica e a recuperação de problemas recorrentes O Primeiro Componente: explorando a saúde, a doença e a experiência da doença. Dimensões da experiência da doença que devem ser exploradas pelo médico Sentimento Ideias Funcionalidade Expetativa SIFE / FIFE Como você exploraria as dimensões da experiência da doença da pessoa? Médico: “O que a traz aqui hoje?” Paciente: : “Tenho tido dores de cabeça muito fortes nas últimas semanas. Gostaria de saberse há algo que eu possa fazer a respeito” Sentimentos: “O que a preocupa mais a respeito dessas dores de cabeça? Você parece ansiosa por causa disso; acha que algo ruim pode estar causando essas dores? Para você, há algo especialmente preocupante sobre elas?” Ideias: “O que você acha que está causando as dores? Você tem alguma ideia ou teoria sobre por que elas têm ocorrido? Acha que há alguma relação entre as dores de cabeça e outros eventos atuais na sua vida? Você vê alguma ligação entre suas dores de cabeça e os sentimentos de culpa contra os quais tem lutado?” *SIFE: Sentimentos Ideias Funcionalidade Expectativas Funcionamento: “Como essas dores de cabeça estão afetando sua vida diária? Elas têm feito você deixar de participar de alguma atividade? Há alguma ligação entre as dores de cabeça e o jeito que está sua vida?”. Expectativas: “O que você acha que a ajudaria a lidar com as dores de cabeça? Há algum tratamento específico que gostaria de receber? Como posso ajudá-la? Você pensou em algum exame específico? O que você acha que a deixaria tranquila a respeito dessas dores de cabeça?”. Pistas podem oferecer uma visão breve do mundo interior daquela pessoa e criar uma oportunidade de empatia e um vínculo pessoal O segundo componente: entendendo a pessoa como um todo. Contexto Próximo Contexto Amplo Família Segurança financeira Educação Emprego Lazer Apoio social. Comunidade Cultura Economia Sistema de assistência à saúde Fatores sócio-históricos Aspectos geográficos Mídia Saúde ecossistêmica A consideração de fatores contextuais na prática clínica é uma das marcas que distinguem o médico centrado na pessoa! Ø Ser centrado na pessoa envolve ser consciente das muitas camadas de nuanças contextuais que envolvem tanto a pessoa quanto o médico. Para chegar a um entendimento compartilhado ou a um plano de manejo dos problemas, o significado precisa ocorrer dentro de um conjunto específico de circunstâncias ou contexto. O terceiro componente: elaborando um plano conjunto de manejo dos problemas. Encontrar um consenso com a pessoa para elaborar um plano para tratar seus problemas médicos e suas metas de saúde, que reflita suas necessidades, valores e preferências e que seja fundamentado em evidências e diretrizes. •Qual será o envolvimento da pessoa no seu tratamento? •O plano é realista em relação á percepção da pessoa de sua saúde, sua doença e sua experiência da doença? •O plano aborda todas as barreiras para a realização das metas e propósitos de vida que realmente importam para a pessoa? •Quais são os desejos da pessoa e qual sua capacidade de lidar com as dificuldades? Como explorar o que pensa a pessoa sobre um plano específico? Você vê alguma dificuldade em seguir esse tratamento? Há algo que possamos fazer para que esse plano de tratamento seja mais fácil de seguir? Você precisa de mais tempo para pensar a respeito disso? Gostaria de conversar com alguma outra pessoa sobre esse tratamento? O 4º componente: Intensificando a relação entre a pessoa e o médico. O Registro Médico Orientado por Problemas DI M Í TR IA LEN GR UBER SESQUI M M ÉDI CA DE FA M Í L IA E COM UN I DADE Exercício: Vídeo 2 26° TEMFC – YouTube https://www.youtube.com/watch?v=5xdvZPEka1s https://www.youtube.com/watch?v=ZRizlOp_-Do Na APS se utiliza frequentemente o Registro Orientado por Problemas. Neste formato de registro, as anotações de evolução clínica do paciente normalmente seguem o padrão denominado: a) S – somático – apresentação do problema e exame físico b) O – objetivo – queixa e sintomas atuais c) A – avaliação – lista de problemas e impressão do médico d) P – problema- exames complementares prévios e solicitados na consulta Prova de Residência Médica - UFES 2019 Por que é necessário ter uma forma de registro específica para a Atenção Primária? O Registro na Atenção Primária á Saúde APS Atenção 2ª/Hospitalar Necessidade de Saúde Múltiplas Filtro prévio: grave ou complexo Percepção da necessidade de saúde Multifatoriais e indiferenciadas: provas terapêuticas, manejo de contexto. Diagnóstico com elevado nível de certeza Ação tomada MEV e farmacológico Tratamento farmacológico, físicos ou cirúrgicos Avaliação da ação tomada Melhora da pessoa como um todo Objetiva, parâmetros biológicos Contexto da pessoa Social, família, necessidade de saúde Órgãos e sistemas afetados APS lida muito mais com sinais/ sintomas do que com diagnósticos fechados! CIAP X CID10 A WONCA (Organização Mundial de Médicos de Família) desenvolveu já há algum tempo um sistema de classificação de problemas próprios da APS, o qual pode ser utilizado por profissionais de todas as áreas, incluindo os da ESF, chamado “Classificação Internacional de Atenção Primária”. O CIAP permite, além dos “problemas”, classificar os “motivos da consulta” e o “processo de cuidado”. Pelo CIAP, o problema de saúde poderá ser classificado com relação ao seu estágio, à certeza que o profissional tem do diagnóstico e à sua gravidade. Objetivo é permitir... ➢Um rápido acesso aos dados da pessoa ➢A anotação continuada de todos os problemas ➢A obtenção de dados para planejar ações preventivas e de diagnóstico precoce ➢A educação continuada do médico SOAP S - Subjetivo • Coloca-se nesse item a história relatada pela pessoa. • É importante registrar tendências de melhora ou piora (intensidade da dor, frequência e nível de temperatura corporal), as alterações na funcionalidade, os indicativos de complicações, o grau de aderência, a percepção de resultados na terapia instituída, dentre outras informações. • Incluir avaliação, entendimento e interpretação da pessoa e inclusive de familiares sobre o que está acontecendo. • Questionar sobre a história familiar para doenças que tenham relevância familiar ao caso ou para fins de prevenção. • No contexto, incluir aspectos culturais e religiosos que possam afetar o cuidado; composição da família, rede social de apoio. Como escrever: Deve-se utilizar verbos que indiquem a situação do ponto de vista da pessoa: descreve, relata, indica, conta, refere, declara. Em algumas situações, é mais apropriado descrever com as palavras da pessoa. As informações do S podem ser coletadas da pessoa, do prontuário, do seu acompanhante e de familiares. Ex. de S S: Paciente 70 anos, sem comorbidades, relata estar se sentindo empazinada, com dor na boca do estômago e mau hálito. Conta que está seguindo as orientações conversadas na última consulta sobre medidas anti refluxo, porém mantém sintomas mesmo com todos os cuidados. Deseja fazer exames. Está acompanhada da filha que diz estar preocupada com sua mãe pois relata que seu pai faleceu com câncer no estômago a 2 anos. Anotação: PACIENTE REFERE NÃO TER SIDO AVISADA DA CONSULTA COM O NEUROLOGISTA ACIDO VALPROICO 250 3X FENOBARBITAL 100 1X ENALAPRIL 20 1X DIA//HIDROCLORO 25/SINVASTATINA A NOITE O - Objetivo Nessa seção são escritas todas as informações objetivas. Trata do exame da pessoa, incluindo emoções percebidas, os procedimentos do exame clínico realizado (sempre de acordo com a queixa) e os resultados de exames complementares ou procedimentos. Observa-se e registra-se: habilidade de comunicação, afeto, cognição, barreiras. O O é a única parte do SOAP que pode deixar de ser preenchida em uma consulta. Isso ocorre quando o motivo do encontro com a pessoa não envolve a necessidade explicita de realizar exame clínico. Ex. de O Bom estado geral, lúcido e orientado, corado, hidratado, afebril. Altura: 1,72 Peso: 76,9 (anterior: 78,7) IMC:25,99 Cintura: 88 ACV: RCR, 2T, FC:61 bpm, PA:130x80 mmHg AR: MVF, sem RA, eupneico (14/02/17): Glic:192.5 mg/dL/HbA1C:7.9 %/Creat1.21 mg/dL Bom estado geral, corado, hidratado, afebril. Paciente com dificuldade auditiva não conseguindofalar de forma ordenada suas ideias. USG Mamária Bilateral (18/12/17): Mamas simétrica com forma e contornos normais. Ausência de nódulos sólidos ou císticos. Ausência de dilatação ductal. HD: Mamas ecograficamente normais. OBS: o foco do S e do O é coleta de dados, e o foco de A e P é interpretação e ação! A – Avaliação/ Lista de problemas O A é o lugar para colocar, na evolução, a lista de problemas da consulta de acompanhamento, geralmente em ordem decrescente de importância. A lista de problema deve obedecer algumas regras: Os problemas identificados somente devem ser substituídos por um diagnóstico específico quando existirem evidências para isso. É importante contextualizar os problemas crônicos: HAS controlada, DM não controlada, depressão com medicação interrompida. O que é um “problema” no SOAP? Outros: idoso frágil, dificuldade de adesão, luto, conflitos familiares O que não é um problema no SOAP? ➢Termos vagos ou não concretos: hemopatia, processo respiratório, desconforto ➢Diagnósticos interrogados: HAS? Apendicite? Asma? ➢Diagnósticos á descartar: “descartar hipotireoidismo”, “descartar gravidez”. ➢Suspeitas ou diagnósticos prováveis: suspeita de depressão, provável hepatite Ex. de A A1: Lombalgia A2: Trombocitopenia + amilase aumentada + TGO aumentado A: Diabetes mellitus não controlada A: abuso de benzodiazepinicos Plano diagnóstico Plano terapêutico Plano de acompanhamento Plano educativo Plano de estudo P – Plano No P, são explicitadas as decisões tomadas: alterações de manejo terapêutico, exames solicitados, encaminhamentos realizados, orientações e recomendações á pessoa, aspectos a serem vistos ou revistos na próxima consulta. Os aspectos registrados nesse item podem ser organizados por problemas ou por uma forma geral, por lista única, por ordem ou não de prioridade. Ex. de P P: - Pactuado mudanças no estilo de vida (dieta adequada + prática de atividade física) - Renovo receita de medicamentos de uso contínuo - Solicito exames laboratoriais - Oriento retorno assim que exames estiverem prontos - Próxima consulta: orientar que agende consulta com enfermeiro para avaliação dos pés. P1: Prescrevo sintomático P2: Solicito exames laboratoriais e eletrocardiograma com urgência Combinado retorno com exames para avaliar necessidade de encaminhamento #HAS e DM2 controlados #Mora sozinho S1: Paciente 83 anos vem à consulta para renovar receita. Refere uso regular. Medicamentos em uso: Metformina 850 mg (1-1-1) e Losartana potássica 50 mg (2-0-0). S2: Deseja fazer exames pois está preocupado com a perda de peso nos últimos dois meses, após falecimento de sua esposa. Sabe que ela estava muito doente e “agora está descansando”. Diz que perdeu o apetite. O: Bom estado geral, lúcido e orientado, corado, hidratado, afebril. Altura: 1,72 Peso: 76,9 (anterior: 78,7) IMC:25,99 Cintura: 88 ACV: RCR, 2T, FC:61 bpm, PA:130x80 mmHg AR: MVF, sem RA, eupneico (14/02/17): Glic:192.5 mg/dL/HbA1C:7.9 %/Creat1.21 mg/dL A1: Renovação de receita A2: Luto P1: Renovo receita de medicamentos de uso contínuo P2: Faço escuta ativa, problematizo momento de luto e o futuro, converso sobre rede de apoio. P2: Próxima consulta: orientar que agende consulta com enfermeiro para avaliação dos pés. Referencias ROSENBERG, Marshall B. Comunicação Não-Violenta: Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. 3. ed. São Paulo: Ágora, 2006. STEWART, M. et al. Medicina centrada na pessoa: transformando o método clínico. Porto Alegre: Artmed, 2017. DEMARZO, Marcelo Marcos Piva; OLIVEIRA, C. A.; GONÇALVES, Daniel Almeida. Prática clínica na estratégia saúde da família: organização e registro. São Paulo: UNIFESP, 2011. GUSSO, Gustavo D. F., LOPES, Jose M. C. Tratado de Medicina de Família e. Comunidade – O Registro de Saúde Orientado por Problemas. Porto Alegre: ARTMED, 2018. PORTO, L. S. O Paciente Problema. In: DUNCAN, B. B. Medicina Ambulatorial: Condutas Clínicas em Atenção Primária. 3. ed. Porto Alegre: [s.n.], Cap. 7, p. 898-905, 2004. VALLADÃO JÚNIOR, LBR; GUSSO, G; OLMOS, RD. Série Manual do Médico – residente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – Volume Medicina de Família e Comunidade. Rio de Janeiro: Atheneu, 2017. Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4: Comunicação não violenta Slide 5: O Processo da CNV Slide 6: Aprendendo a observar Slide 7 Slide 8 Slide 9: Expressando Sentimentos Slide 10: Identificando Necessidade Slide 11 Slide 12: Estágios de desenvolvimento emocional Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16: Fazendo Pedidos Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21: O Método Clínico Centrado na pessoa Slide 22 Slide 23: A consulta na Atenção Primária é diferente dos outros níveis de saúde? Slide 24: * estudos realizados por Little e colaboradores no Reino Unido Slide 25: Prova de Residência Médica -UFES 2019 Slide 26 Slide 27: Visão Geral do MCCP Slide 28: Benefícios comprovados do MCCP Slide 29: O Primeiro Componente: explorando a saúde, a doença e a experiência da doença. Slide 30 Slide 31: Como você exploraria as dimensões da experiência da doença da pessoa? Slide 32 Slide 33 Slide 34: O segundo componente: entendendo a pessoa como um todo. Slide 35 Slide 36 Slide 37: O terceiro componente: elaborando um plano conjunto de manejo dos problemas. Slide 38 Slide 39: O 4º componente: Intensificando a relação entre a pessoa e o médico. Slide 40 Slide 41 Slide 42: Prova de Residência Médica - UFES 2019 Slide 43: Por que é necessário ter uma forma de registro específica para a Atenção Primária? Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61