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KAMILA RUBINI ZAMPROGNO 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDULCORANTES: UMA REVISÃO DE LITERATURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artigo científico apresentado à disciplina 
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, 
como requisito parcial à conclusão do 
Curso de Nutrição na Universidade 
Católica de Brasília – UCB. 
 
Orientador: Prof. Msc. Antônio José de 
Rezende 
 
 
 
 
 
 
 
Brasília – DF 
Novembro/ 2012 
 
 
 
 
 
 Monografia de autoria de Kamila Rubini Zamprogno, intitulada 
“EDULCORANTES: UMA REVISÃO DE LITERATURA”, apresentada como requisito 
parcial para obtenção do grau de Bacharel/Licenciado em Nutrição da Universidade 
Católica de Brasília, em 26 de novembro de 2012, defendida e aprovada pela banca 
examinadora abaixo assinada: 
 
 
 
 
Prof. Msc. Antônio José de Rezende 
Orientador 
Nutrição – UCB 
 
 
 
 
Profa. Msc. Fernanda Damas de Matos 
Banca Escrita/ Oral 
Nutrição - UCB 
 
 
Brasília 
2012 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico o meu trabalho em especial a meu 
pai Jocimar Luiz Zamprogno, minha mãe 
Jussara Rubini Zamprogno, a quem 
merece todo o meu agradecimento, meu 
namorado Leonardo Godoy, meus 
familiares que me apoiaram.
 
EDULCORANTES: UMA REVISÃO DE LITERATURA 
 
KAMILA RUBINI ZAMPROGNO 
 
Resumo: Os edulcorantes são uma alternativa à substituição da sacarose na 
dieta de pacientes que possuem restrição ao consumo deste carboidrato. É de 
grande importância que se esclareçam certas propriedades individuais dos 
edulcorantes, pois são muitas vezes consumidos de forma errônea e 
excessiva, podendo causar danos aos seus consumidores. São classificados 
como calóricos e não calóricos; podem também serem artificiais ou naturais. 
Existem relatos na literatura de que alguns desses edulcorantes podem 
provocar doenças como câncer, além de serem contra indicados para alguns 
grupos de pacientes. Esse trabalho teve como objetivo analisar os principais 
edulcorantes disponíveis no mercado, esclarecendo questões quanto ao uso, 
características particulares, aceitação, IDA e riscos. Trata-se de uma revisão 
narrativa da literatura sobre os efeitos do consumo dos adoçantes mais 
conhecidos no Brasil. 
 
Palavras-chave: edulcorantes, malefícios, utilização, classificação, ingestão 
diária aceitável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Edulcorantes são produtos especificamente formulados para conferir o 
sabor doce aos alimentos e bebidas. Esses produtos são designados 
genericamente como “adoçantes de mesa” (ANVISA, 1998). 
Os adoçantes podem conter e ser formulados à base de edulcorantes 
naturais e ou artificiais, podendo ser comercializados e apresentados sob as 
formas tabletes, comprimidos, grânulos, pós, aerados ou líquidos (ANVISA, 
1998). 
Adoçantes são substâncias de baixo valor energético, produzidos a partir 
de edulcorantes e são responsáveis pelo sabor adocicado (CASTRO e 
FRANCO, 2002). 
Quando o produto for formulado para dietas com restrição de sacarose, 
frutose e glicose para atender às necessidades de indivíduos sujeitos à 
restrição de ingestão desses açúcares são designadas como “adoçante 
dietético” (ANVISA, 1998). 
Os adoçantes dietéticos foram inseridos na alimentação cotidiana e 
encontram-se em quase todos os alimentos que são consumidos pela 
população (SAUNDERS et al, 2010). 
Os adoçantes e os produtos dietéticos foram elaborados para atender a 
grupos específicos, porém atualmente, o perfil dos consumidores é muito 
diversificado, sendo na minoria consumidos por pessoas com diabetes Mellitus 
(DM) (OLIVEIRA e FRANCO, 2010). 
São classificados em dois grupos conforme a origem: os naturais e os 
artificiais. As substâncias naturais são normalmente extraídas de vegetais e 
frutas, e as artificias são produzidas em laboratório. Ou, ainda são classificados 
de acordo com o valor nutricional em nutritivos os quais fornecem energia e 
textura aos alimentos; e os não nutritivos sendo as que possuem um 
elevadíssimo poder de doçura e não possuem calorias, com exceção do 
aspartame que possui calorias, mas seu elevado poder de doçura torna as 
calorias desprezíveis (ORTOLANI, 2008). 
Os tipos de edulcorantes atualmente permitidos para comercialização no 
Brasil são: sorbitol, manitol, isomaltitol, maltitol, lactitol, xilitol e eritritol como 
edulcorantes calóricos e sacarina, ciclamato, aspartame, acessulfame K, 
 
sucralose, esteviosídeo, neotame e taumatina como não calóricos (ANVISA, 
2008). 
Existem, para estas substâncias um Ingestão Diária Aceitável (IDA) em 
mg por quilograma de peso corporal, que é uma estimativa da quantidade 
máxima que uma substância pode ser ingerida por dia, sem oferecer risco à 
saúde (ANVISA, 2008). 
Indivíduos que pretendem perder peso podem optar por limitar a 
ingestão de adoçantes calóricos em substituição à adoçantes não-calóricos, 
porém devem utilizá-los conjuntamente a um programa equilibrado de dieta e 
prática de exercício físico sob orientação profissional. O sucesso desta 
abordagem depende do conhecimento dos profissionais de saúde sobre as 
vantagens e desvantagens de cada edulcorante para que sejam determinadas 
melhores práticas clínicas e recomendações de saúde pública (ADA, 2004; 
MATTES, 2009). 
Este trabalho teve como objetivo fazer um levantamento bibliográfico 
sobre os diferentes edulcorantes utilizados em alimentos. 
 
2. MATERIAL E MÉTODOS 
 
Este estudo descritivo, de caráter exploratório, foi construído por meio de 
uma revisão bibliográfica com base nas informações encontradas na literatura. 
Foram realizadas pesquisas em artigos científicos coletados em periódicos 
indexados, no período compreendido entre 1991 a 2012, nos seguintes bancos 
de dados: American Dietetic Association, Scielo, Pubmed, Google Acadêmico e 
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), contendo as palavras chaves em português 
e inglês: edulcorantes, malefícios, utilização, classificação e ingestão diária 
aceitável. 
 
3. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
Existem edulcorantes artificiais (produzidos sinteticamente), tais como: 
aspartame, sacarina sódica, ciclamato de sódio, acessulfame K, sucralose, 
maltitol, lactitol, isomaltitol e neotame e edulcorantes naturais como: manitol, 
sorbitol, esteviosídeo, taumatina, eritritol e xilitol (ORTOLANI et al, 2008). 
 
São edulcorantes não nutritivos: sacarina, ciclamato, acessulfame K, 
sucralose, esteviosídeo, neotame e aspartame fornecem doçura acentuada, 
porém não contêm calorias e são utilizados em quantidades pequenas. O 
aspartame constitui a exceção à regra, apesar de calórico, na dosagem 
recomendada possui calorias desprezíveis, por causa do seu poder de 
adoçamento. Os edulcorantes nutritivos: sorbitol, manitol, xilitol, isomaltitol, 
eritritol, lactitol, maltitol e taumatina fornecem energia e textura aos alimentos; 
geralmente contêm valor calórico semelhante ao açúcar e são utilizados em 
quantidades maiores em relação aos não nutritivos (ORTOLANI et al, 2008). 
 
3.1 Aspartame 
 O aspartame é um edulcorante artificial, descoberto na década de 60. 
Apresenta perda de sabor quando submetido a altas temperaturas por tempo 
prolongado. Em produtos que contenham o aspartame é obrigatória a 
advertência no rótulo sobre a presença de fenilalanina, não podendo assim, ser 
utilizado por pessoas que possuem fenilcetonúria, sua IDA é 40mg/Kg/dia 
(FREITAS, 2005). 
 No Brasil, o livre comércio do aspartame, foi autorizado em 1988. Pode 
ser consumido por diabéticos, mas não por portadores da doença genética que 
altera o metabolismo da fenilalanina (CÂNDIDO & CAMPOS apud FREITAS e 
ARAÚJO, 2010). 
 Em relação ao seu consumo por gestantes, não existem evidências de 
que a molécula de aspartame atravessa a placenta. Porém, a concentração 
sérica fetal de fenilalanina é cerca de duas vezes maior que a encontrada no 
cordão umbilical, não estando claro, se refletesobre o desenvolvimento fetal. 
Pode ocasionar variações do quociente de inteligência com o aumento dos 
níveis de fenilalanina associado com a ingestão de aspartame, em quantidade 
normalmente utilizada pela população (LEVY e WAISBREN apud SAUNDERS 
et al, 2010). 
 O aspartame possui estabilidade limitada em condições ácidas e de 
processamento térmico (CASTRO e FRANCO, 2002). Apesar do aspartame 
não resistir a temperaturas elevadas, ocasionando perda do poder adoçante, 
essa diminuição de estabilidade pode ser evitada controlando-se alguns 
parâmetros, como a adição do edulcorante no final do preparo de algumas 
 
receitas, a redução da quantidade de água no alimento e um tempo de 
exposição menor à temperaturas elevadas (BENASSI et al, 2001; CAMPOS, 
2006). 
 Durante sua ingestão, o aspartame separa-se em seus três constituintes 
originais: fenilalanina, ácido aspártico e metanol. Os três elementos são 
processados pelo organismo da mesma forma como se fossem provenientes 
de alimentos naturais (MARTINS e AZOUBEL, 2006; TROCHO et al, 1998). 
 
3.2 Sucralose 
 A sucralose é um edulcorante artificial, obtido pela modificação da 
molécula de sacarose. A introdução de átomos de cloro na molécula faz com 
que a doçura da sacarose seja bastante elevada e sem qualquer sabor residual 
desagradável, amargo ou metálico (FREITAS, 2005). 
 A sucralose é cerca de 600 vezes mais doce que a sacarose e, por 
tanto, consiste no edulcorante de maior doçura. Apresenta alta resistência 
térmica, podendo ser usada em preparações quentes. Possui doçura mais 
acentuada em meio ácido. Sua IDA é 15mg/Kg/dia (FREITAS, 2005). 
 Em abril de 1998, foi aprovada pelo FDA para ser utilizada como 
adoçante de mesa e em alguns alimentos e bebidas. No ano seguinte, foi 
aprovada como um adoçante para fins gerais (Food and Drug Administration, 
1999), pois a partir de uma revisão literária científica, o FDA concluiu que este 
edulcorante não apresenta risco cancerígeno, reprodutivo ou neurológico para 
os seres humanos (ADA, 2004). Esse edulcorante não é absorvido pelo 
organismo, pois é excretado pela urina sem sofrer alterações (VITOLO, 2003). 
 Devido às excelentes características físico-químicas e sensoriais e à 
elevada estabilidade, este edulcorante pode ser utilizado em uma grande 
variedade de produtos destacando-se: produtos de panificação, pudins, 
gelatinas, cafés, chás, gomas de mascar, leites aromatizados e fermentados, 
entre outros (RÖDEL e GUIDOLIN, 2006). 
 
3.3 Acessulfame-K 
 O acessulfame K é um edulcorante artificial, descoberto em 1967, sendo 
aprovado pela FDA em 1988 para uso em bebidas, sobremesas, gomas de 
mascar e adoçantes de mesa. É um sal de potássio sintético produzido a partir 
 
de um ácido da família do acético. Com um poder de doçura 180 a 200 vezes 
maior que o açúcar, esse adoçante tem um sabor residual semelhante à 
glicose (RÖDEL e GUIDOLIN, 2006). 
 Em meios com temperaturas elevadas e ácidas possui excelente 
estabilidade. É rapidamente absorvido pelo organismo humano, porém não é 
metabolizado. O organismo elimina pela urina tal qual foi ingerido, não 
alterando o nível de glicose no sangue, podendo assim, ser consumido por 
diabéticos. Sua IDA é entre 9 a 15mg/Kg/ dia (FREITAS, 2005). 
 Esse edulcorante de alta intensidade é considerado apropriado para 
diabéticos e, segundo seu fabricante, possui excelente estabilidade a diferentes 
temperaturas e ampla extensão de valores de pH. Não é carcinogênico e 
apresenta boa solubilidade (RÖDEL e GUIDOLIN, 2006). 
 
3.4 Ciclamato 
 O ciclamato é um produto sintético obtido a partir da sulfonação da 
ciclohexilamina. É compatível com uma ampla gama de outros ingredientes, 
incluindo flavorizantes, artificiais e naturais, sendo capaz de intensificar 
sabores naturais de fruta (ORTOLANI et al., 2008). 
 O ciclamato foi descoberto em 1944, porém somente foi utilizado em 
1951, quando Fitzhugh afirmou que adicionado em até 5% na alimentação de 
animais, não provoca nenhum inconveniente (LEDERER, 1990). 
 O ciclamato teve seu uso suspenso por mais de 20 anos, suspeito de 
provocar câncer, porém em 1985 concluiu-se por meio de pesquisas que o 
mesmo não é carcinogênico. Não possui sabor amargo intenso também não 
sendo afetado pelo calor e pH. Sua IDA é 11mg/Kg/dia (FREITAS, 2005). 
 Em seres humanos e em várias espécies animais o ciclamato não é 
absorvido completamente no intestino. Quando absorvido, é rapidamente 
excretado na urina, sem considerável acúmulo no sangue ou tecidos. A maior 
parte do ciclamato não absorvido é eliminada nas fezes, mas uma quantidade 
variável é convertida a ciclohexilamina por microrganismos que habitam o 
intestino. A ciclohexilamina é rapidamente absorvida, com posterior excreção 
renal (RÖDEL e GUIDOLIN, 2006). 
 
 
 
3.5 Esteviosídio 
 Entre os edulcorantes de origem natural, permitidos para uso em 
alimentos em substituição à sacarose, destaca-se o extrato de folhas de 
estévia, extraído das folhas da planta Sul Americana Stevia rebaudiana. Esse 
extrato é um pó branco, composto pelo esteovídeo propriamente dito, e por 
seus anômeros, conferem a doçura ao composto. Tal substância apresenta 
doçura intensa, sendo isenta de calorias (RÖDEL; GUIDOLIN, 2006). 
 A Stévia rebaudiana é uma planta nativa do nordeste do Paraguai. Não 
parece haver nenhuma produção em grande escala desse edulcorante devido 
às dificuldades em sua colheita e em sua produção (SAVITA et al, 2004). 
 A Stévia é cerca de 300 vezes mais doce do que a sacarose, contendo 
um sabor residual amargo de mentol, e às vezes metálico. Não é metabolizado 
pelo organismo e depois de ingerido é quase totalmente absorvido pelo trato 
gastrointestinal e eliminado na urina. Seu uso é limitado devido ao seu alto 
custo. Sua IDA é 5,5mg/Kg/dia (FREITAS, 2005). 
 A Stévia reduz a glicemia pós-prandial de pacientes com Diabetes 
Mellitos tipo 2; seu uso pode modificar o resultado de testes de tolerância 
glicêmica. Portanto, a Stévia deve ser evitada antes de realizar exames de 
rastreamento ou diagnóstico de diabetes durante a gestação (GREGERSEN et 
al, 2004). 
 Porém, segundo Philippi (2003), a Stévia não é aprovada pela FDA, 
devido faltas de evidências científicas para considerá-la segura para consumo. 
Também não há recomendação pelo Joint FAO/WHO Expert Comittee on Food 
Additives (JECFA), devido falta de dados suficientes. Mesmo assim, esse 
edulcorante tem grande aplicação em alimentos, especialmente em bebidas de 
baixo valor calórico, alimentos enlatados, biscoitos doces e gomas de mascar 
(RÖDEL; GUIDOLIN, 2006). 
 De acordo com Saunders (2010) não é metabolizável no organismo, não 
fermentável, não-cariogênica, não calórico e de baixo risco toxicológico. 
 O uso da Stévia poderia oferecer uma imensa ajuda na restrição de 
calorias da dieta, promovendo, assim, a redução de peso. Além disso, 
analisando a composição mineral da Stévia, encontra-se, nesta substância, um 
teor considerável de minerais com cálcio, fósforo, ferro, sódio e potássio, que 
 
possuem a função de proteger e regular o organismo, além de participarem de 
vários processos metabólicos (SAVITA et al, 2004). 
 
3.6 Sacarina 
 A sacarina sódica foi descoberta acidentalmente em 1879, sendo o 
primeiro adoçante artificial a ser usado desde 1901. Apresenta rápida e 
completa eliminação renal e absorção lenta e incompleta. Seu uso foi proibido 
em 1984 por causar câncer de bexiga em ratos de laboratório, porém em 1986 
retornou ao mercado por ser verificado que essas dosagens deveriam ser 
muito elevadas (FREITAS, 2005). 
 A sacarina apresenta uma série de características que a tornam muito 
próximas do adoçante ideal: alto poder edulcorante (200 a 700 vezes superior 
ao da sacarose), alta estabilidade e alta solubilidade em água, não 
higroscópica, não cariogênica e poder calórico nulo. Sua IDA é 5mg/Kg/dia 
(MATTOS, 2007). 
 De acordo com Saunderset al (2010) recomenda-se cautela na 
recomendação do uso da sacarina, devido à falta de informações conclusivas 
sobre possíveis efeitos no desenvolvimento fetal e crescimento infantil. 
 Devido às limitadas informações quanto aos riscos da sacarina para 
fetos humanos, seu uso deve ser evitado durante a gestação e lactação 
(TORLONI et al., 2007). 
 
3.6 Neotame 
 O neotame é um dipeptídeo derivado de um composto formado pelo 
ácido aspártico e fenilalanina. Embora contenha dois componentes químicos 
iguais ao aspartame, possui propriedades diferentes. É intensamente doce, 
aproximadamente 7000 vezes superior à doçura da sacarose e 30 vezes à do 
aspartame, por isso a quantidade necessária para adoçar um alimento ou 
bebida é extremamente pequena. O neotame foi aprovado pelo FDA como um 
edulcorante para uso geral em julho de 2002 (Food and Drug Administration, 
2002). No Brasil, sua regulamentação ocorreu em março de 2008 pela 
ANVISA, sendo aprovado como edulcorante, podendo ser utilizado em 
alimentos (ANVISA, 2008). Os produtos que contém neotame não necessitam 
de informação especial nos rótulos para fenilcetonúricos, pois a exposição à 
 
fenilalanina a partir do neotame é muito baixa (American Dietetic Association, 
2004; Manfred, 2006). 
 
3.7 Taumatina 
 A taumatina é uma mistura de proteínas que ocorre naturalmente em 
uma fruta típica do Oeste Africano chamada marula, sendo 1600 vezes mais 
doce que a sacarose. A revisão da literatura sobre sua biologia e estudos em 
seres humanos sugere que a taumatina não é tóxica, no entanto, pode ser 
comercializada apenas como um modificador de sabor e não como adoçante 
(American Dietetic Association, 2004; MANFRED, 2006). No Brasil, a taumatina 
foi aprovada para utilização como edulcorante não-calórico em 2008 (ANVISA, 
2008). 
 
3.8 Sorbitol 
 O sorbitol é um edulcorante natural geralmente utilizado para dar corpo 
aos adoçantes de mesa na forma líquida. Possui um poder de doçura inferior 
ao da sacarose cerca de 50 a 70%, provoca sensação de refrescamento na 
boca, porém em excesso causa flatulência (FREITAS, 2005). 
 De acordo com ADA, Cândido & Campos apud Saunders et al (2010), o 
sorbitol é absorvido no intestino delgado, mais lentamente que a glicose e 
frutose (de uma a oito horas), não alterando os níveis de glicemia em 
indivíduos normais. É rapidamente convertido em frutose no fígado, não 
dependendo de insulina, seguindo a partir daí as mesmas vias metabólicas que 
esse monossacarídeo. Promove redução nos níveis de colesterol, não é toxico, 
mutagênico, carcinogênico ou cariogênico. Não possui IDA estabelecida. 
 Doses acima de 50g por dia de Sorbitol podem provocar efeito diurético 
e estão associadas a distúrbios gastrintestinais, como flatulência, diarreia 
osmótica e cólicas intestinais em adulto (American Dietetic Association, 2004). 
 O sorbitol aumenta a excreção de minerais essenciais, principalmente o 
cálcio, podendo assim, predispor à formação de litíase renal. 
 A gestação é a fase na qual é indicada ingestão dietética aumentada de 
cálcio, por isso, o consumo de sorbitol deve ser analisada cuidadosamente 
(FRAZ et al apud SAUNDERS et al., 2010). 
 
 
3.8 Lactitol 
 O lactitol é um edulcorante artificial, um dissacarídeo derivado da 
lactose, com características similares à sacarose. Pode ser utilizado como 
substituto de corpo da sacarose, sendo que possui leve sabor doce, 
proporciona redução de 40% do valor energético em sorvetes e fornece cerca 
de 2 kcal/g (DANISCO SWEETENERS, 2003). 
 O lactitol pode ser classificado como agente de massa, pois proporciona 
estrutura e textura semelhante ao da sacarose e pode substituir a sacarose na 
proporção de 1:1 em peso. Em geral, é necessária a utilização de adoçante de 
alta intensidade para fornecer o sabor doce adequado. Doçura semelhante à 
da sacarose pode ser obtida combinando-se Lactitol com 0,3% acessulfame-K 
ou aspartame (NABORS, 2002). 
 Entre as principais propriedades do Lactitol podem ser citadas sua baixa 
higroscopicidade, estabilidade térmica, boa solubilidade a baixas temperaturas, 
viscosidade em solução aquosa maior do que a sacarose e capacidade de 
promover a redução do ponto de congelamento de modo similar à sacarose. As 
principais aplicações do lactitol incluem produtos de panificação, chicletes, 
chocolates, confeitaria e sorvetes. A combinação das propriedades do Lactitol, 
como higroscopicidade, solubilidade e redução do ponto de congelamento, são 
de grande importância na redução do valor energético de sorvetes 
(VELTHUIJSEN e BLANKERS, 1991). 
 
3.9 Xilitol 
 O xilitol é um póliol, ou seja, um álcool. Apresenta-se como um pó 
branco, cristalino, inodoro e de sabor doce (ARAÚJO, 2007). 
 Conforme Freitas (2003) a produção de xilitol tem grande destaque pela 
sua utilização na indústria alimentícia e farmacêutica. Coelho (2007) relata que 
a produção de xilitol atualmente ocorre por um processo químico que envolve a 
redução catalítica da xilose obtida por meio da hidrólise de materiais 
lignocelulósicos. Esses materiais são resíduos agrícolas formados por celulose, 
hemicelulose, lignina, extrativos e cinzas. Como exemplos destes materiais 
temos a palha de arroz, de trigo e de cevada, casca de algodão, bagaço de 
cana-de-açúcar, entre outros. 
 
 Segundo Almeida (2006), o xilitol foi sintetizado em laboratório pela 
primeira vez em 1891, pelo químico alemão Emil Fischer, sendo que nesta 
mesma época de acordo com Araújo (2007) M.G. Bertrand isolou o xilitol da 
aveia e do centeio, e por volta de 1960 e 1970 esta substância começou a ser 
introduzida na dieta dos diabéticos. A aprovação do seu uso, pela FDA, ocorreu 
em 1963, sendo incluído no grupo dos substitutos do açúcar. 
 A absorção do xilitol no organismo humano é lenta (5 a 15g/dia), sendo 
realizada por difusão passiva e influenciando pouco nos níveis de glicemia, não 
sendo degradado pelas enzimas salivares, permanecendo inalterado no 
estômago. Quando atinge o intestino delgado é absorvido por transporte 
passivo, promovendo uma melhora no funcionamento do intestino grosso. O 
local onde ocorre a principal metabolização do xilitol é no fígado, podendo 
ocorrer também no sangue. Estudos recentes comprovam que o metabolismo 
do xilitol ocorre pela via pentose-fosfato, a qual é independente da insulina 
(ARAÚJO, 2007). 
 Recomenda-se que a dose diária de xilitol não exceda 60g, pois doses 
elevadas podem produzir efeito laxativo, a Organização Mundial de Saúde 
(OMS) não estabelece limite para ingestão desse edulcorante, sendo que a 
FDA permite que seja utilizada a quantidade necessária para obter o 
adoçamento desejado (MUSSATO e ROBERTO, 2002). 
 O sabor agradável do xilitol estimula a salivação, sendo que o aumento 
de saliva produz um aumento também dos minerais presentes nela, 
promovendo uma remineralização dos dentes e reversão de cáries em estágio 
inicial. A realização de lavagem bucal com solução de xilitol previne a queda de 
pH da superfície dos dentes. Com o aumento da saliva e o aumento do pH 
aumenta também o nível de enzimas da saliva que possuem ação 
bacteriostática (MUSSATO e ROBERTO, 2002). 
 O xilitol pode ser utilizado também no tratamento da anemia hemolítica, 
na qual há uma deficiência na enzima glicose-6-fosfato-desidrogenase 
(G6PDH). Devido à importância para a sobrevivência das células, uma vez que 
é ela que mantém o nível adequado da coenzima NADPH. A incapacidade das 
células de regenerar o NADPH leva a diminuição dos eritrócitos. No entanto, o 
xilitol pode ser usado por pessoas com deficiência de G6PDH pois o seu 
 
metabolismo não requer essa enzima, garantindo a presença de NADPH nas 
células e mantendo os eritrócitos íntegros (LIMA e BERLINCK, 2003). 
 Uma característica interessante do xilitol é o seu valor negativo de calor 
de dissolução, o que lhe confere um agradável efeito refrescante. Apresenta 
solubilidadeem água próxima à da sacarose e é excelente agente redutor de 
atividade de água, devido à capacidade de suas hidroxilas se ligarem à água, o 
que pode conferir uma maior conservação do produto (CÂNDIDO e CAMPOS, 
1996; MARSHALL e GOFF, 2003). 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Diante o exposto, devemos estar atento na hora de escolher o adoçante 
em substituição do açúcar convencional, quando há necessidade em função de 
alguma patologia ou como coadjuvante na dieta. Conhecer suas características 
e possíveis reações adversas se torna de real importância, pois são produtos 
químicos, e alguns o organismo não reconhece e ainda pode oferece riscos à 
saúde, se usados sem orientação, principalmente por gestantes e 
fenilcetonúricos. 
O grande interesse dos consumidores pelo novo e por hábitos 
alimentares mais saudáveis vem crescendo muito no Brasil e os adoçantes 
fazem parte dessa popularidade, pois apresentam uma grande gama de 
variedades e possibilidades de utilização e estão contidos nos mais diversos 
produtos diet e light. Atendendo a demanda de jovens adultos e crianças, em 
seus sabores e interesses. 
Esse trabalho apresenta algumas características e orientações para uma 
melhor avaliação ao utilizar essas substâncias. 
 
SWEETENERS: A REVIEW OF LITERATURE 
Abstract: The sweeteners are an alternative to replacement of sucrose in the 
diet of patients who have this restriction of carbohydrate intake. It is of great 
importance to clarify certain individual properties sweeteners because they are 
often so consumed erronia and excessive, may cause damage to their 
consumers. Are ranked caloric and non-caloric may also be artificial or natural. 
There are reports in the literature that some of these sweeteners can cause 
diseases like cancer and phenylketonuria and are contraindicated for some 
groups of patients. This study aimed to analyze the main sweeteners available 
 
in the market, clarifying issues regarding the use, characteristics and 
acceptance. This is a narrative review of the literature on the effects of 
consumption of sweeteners popularity in Brazil. 
 
Keywords: sweeteners, harm, use, classification, acceptable daily intake. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. REFERÊNCIAS 
American Dietetic Association A. Position of the American Dietetic Association: 
Use of Nutritive and Nonnutritive Sweeteners. Journal of the American Dietetic 
Association. 2004;104(2):255-75. 
 
ALMEIDA, Lys M.A.G. Aplicações otorrinolaringológicas do xilitol. IV 
manual de otorrinolaringologia pediátrica da Interamerican Association of 
Pediatric Otorhinolaryngology (IAPO). 2006. http://www.iapo.org.br/manuals/03-
7.pdf. Acesso em 7 set. 2012 
 
ARAÚJO, Lídia M. Produção de alimentos funcionais formulados com 
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