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CONTROLE DE ENDEMIAS 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Raquel Jaqueline Farion 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
O agente comunitário de saúde é o profissional mais próximo da 
comunidade pois ele faz parte dela, o que possibilita estabelecer uma relação de 
confiança com a comunidade. 
Nesta etapa, você vai conhecer as atribuições pertinentes ao cargo de 
Agente de Controle de Endemias (ACE) e Agente Comunitário de Saúde (ACS) 
auxiliando no desenvolvimento das suas funções nas rotinas diárias. 
Quanto a regulamentação mostra o quanto este profissional está inserido 
nas atividades da Atenção Básica tendo o seu papel bem definido perante a 
equipe e a comunidade. 
Esperamos que este material forneça informações suficientes para você 
desenvolver as atribuições específicas da sua função e através disso um melhor 
controle das doenças endêmicas que estejam ocorrendo dentro da sua 
comunidade. 
TEMA 1 – AGENTE 
O agente comunitário de saúde (ACS) e o agente de controle de endemias 
(ACE) são profissionais com papéis fundamentais, pois eles são a ligação entre 
a comunidade e os serviços de saúde (Figura 1). Estes profissionais devem 
trabalhar juntos dentro da especificação das suas funções. 
 
 
 
3 
Figura 1 – Figura representativa da relação equipe da APS e comunidade 
 
Fonte: Farion, 2022. 
Na reformulação Política Nacional de Atenção Básica em 2017, foi 
aprovado a inclusão do ACE na equipe de Atenção Básica Atenção Básica (EAB) 
ou uma equipe de Saúde da Família (ESF) sob a coordenação do gestor local. 
Nas localidades em que não houver cobertura por equipe de Atenção 
Básica (EAB) ou equipe de Saúde da Família (ESF), o ACS deve se 
vincular à equipe da Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde 
(EACS). Já o ACE, nesses casos, deve ser vinculado à equipe de 
vigilância em saúde do município e sua supervisão técnica deve ser 
realizada por profissional com comprovada capacidade técnica, 
podendo estar vinculado à equipe de atenção básica, ou saúde da 
família, ou a outro serviço a ser definido pelo gestor local. (PNAB, 
2017) 
A PNAB (2017) define que é obrigatório ter o ACS na equipe da ESF, 
porém nas equipes EAB a presença do ACS é optativa. Estes profissionais 
podem atender uma população com o máximo de 750 pessoas, porém quando 
população é muito vulnerável este cálculo pode ser revisto 
A atuação do Agente de Combate às Endemias (ACE) está relacionada 
principalmente às questões ambientais que estão ligadas aos determinantes e 
condicionantes da saúde e da qualidade de vida da população. Ele deve estar 
Equipes da 
Atenção 
Primária à saúde
ACE/ACS
Comunidade
 
 
4 
capacitado para reconhecer os aspectos de um ambiente saudável, além dos 
fatores que podem estar prejudicando a saúde da população. Ao lado da equipe 
de saúde, tem a função de desenvolver ações de proteção, conservação e 
recuperação do ambiente e da saúde (Brasil, 2016). 
TEMA 2 – AGENTE DE SAÚDE E A SUA HISTÓRIA 
• Século XIX: os Agentes de Combate às Endemias (ACE) eram os 
profissionais responsáveis pelas inspeções sanitárias nos portos, além de 
atuar no controle vetorial desde as grandes epidemias de febre amarela, 
sendo considerados como os precursores dos ACE (Bezerra, 2017). 
• 1991: o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), foi criado 
oficialmente pelo Ministério da Saúde (MS) (Brasil, 2016). 
• 1999: “Fundação Nacional de Saúde inicia o processo de 
descentralização para os municípios das ações na área de Epidemiologia 
e Controle de Doenças (Portaria GM/MS n° 1.399, de 15 de dezembro)”. 
• 2002: os Agentes Comunitários de Saúde passam a atuar na prevenção 
e no controle da malária e da dengue (Portaria GM/MS n. 44, de 03 de 
janeiro). 
• 2006: regulamentação das atividades dos Agentes Comunitários de 
Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias (Lei n. 11.350 de 5 de 
outubro). 
• 2010: “Foi criado incentivo financeiro adicional para os municípios que 
cadastrassem Agentes de Combate às Endemias na equipe saúde da 
família (Portaria GM/MS n. 1007 de 4 de maio)”. 
• 2014: o Sistema de informação do Ministério da Saúde incluiu os ACS e 
ACE para realizar o registro da produção das ações do controle vetorial. 
• 2017: “Integração do processo de trabalho da Atenção Básica e Vigilância 
em Saúde, ações de vigilância inseridas nas atribuições de todos os 
profissionais da AB, definidas atribuições comuns dos ACS e ACE (PNAB 
– Portaria n. 2.436, de 21 de setembro de 2017), que aprova a Política 
Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a 
organização da Atenção Básica, no âmbito do SUS”. 
 
 
5 
• 2018: “A Lei n. 13.595, de 5 de janeiro de 2018 altera a Lei n. 11.350, de 
5 de outubro de 2006, e trata da reformulação das atribuições, a jornada 
e as condições de trabalho, o grau de formação profissional, os cursos de 
formação técnica e continuada e a indenização de transporte dos 
profissionais Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às 
Endemias”. 
TEMA 3 – ATRIBUIÇÕES DOS AGENTES 
Segundo a PNAB (2017), são Atribuições comuns do ACS e ACE: 
I - Realizar diagnóstico demográfico, social, cultural, ambiental, 
epidemiológico e sanitário do território em que atuam, contribuindo 
para o processo de territorialização e mapeamento da área de atuação 
da equipe; 
II - Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção de 
doenças e agravos, em especial aqueles mais prevalentes no território, 
e de vigilância em saúde, por meio de visitas domiciliares regulares e 
de ações educativas individuais e coletivas, na UBS, no domicílio e 
outros espaços da comunidade, incluindo a investigação 
epidemiológica de casos suspeitos de doenças e agravos junto a 
outros profissionais da equipe quando necessário; 
III - Realizar visitas domiciliares com periodicidade estabelecida no 
planejamento da equipe e conforme as necessidades de saúde da 
população, para o monitoramento da situação das famílias e indivíduos 
do território, com especial atenção às pessoas com agravos e 
condições que necessitem de maior número de visitas domiciliares; 
IV - Identificar e registrar situações que interfiram no curso das doenças 
ou que tenham importância epidemiológica relacionada aos fatores 
ambientais, realizando, quando necessário, bloqueio de transmissão 
de doenças infecciosas e agravos; 
V - Orientar a comunidade sobre sintomas, riscos e agentes 
transmissores de doenças e medidas de prevenção individual e 
coletiva; 
VI - Identificar casos suspeitos de doenças e agravos, encaminhar os 
usuários para a unidade de saúde de referência, registrar e comunicar 
o fato à autoridade de saúde responsável pelo território; 
VII - Informar e mobilizar a comunidade para desenvolver medidas 
simples de manejo ambiental e outras formas de intervenção no 
ambiente para o controle de vetores; 
VIII - Conhecer o funcionamento das ações e serviços do seu território 
e orientar as pessoas quanto à utilização dos serviços de saúde 
disponíveis; 
IX - Estimular a participação da comunidade nas políticas públicas 
voltadas para a área da saúde; 
 
 
6 
X - Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam 
potencializar ações intersetoriais de relevância para a promoção da 
qualidade de vida da população, como ações e programas de 
educação, esporte e lazer, assistência social, entre outros; e 
XI - Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídas por legislação 
específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor 
federal, municipal ou do Distrito Federal. 
São atribuições específicas do ACS Segundo a PNAB (2017): 
I - Trabalhar com adscrição de indivíduos e famílias em base 
geográfica definida e cadastrar todas as pessoas de sua área, 
mantendo os dados atualizados no sistema de informação da Atenção 
Básica vigente, utilizando-os de forma sistemática, com apoio da 
equipe, para a análise da situação de saúde, considerando as 
características sociais,econômicas, culturais, demográficas e 
epidemiológicas do território, e priorizando as situações a serem 
acompanhadas no planejamento local; 
II - Utilizar instrumentos para a coleta de informações que apoiem no 
diagnóstico demográfico e sociocultural da comunidade; 
III - Registrar, para fins de planejamento e acompanhamento das ações 
de saúde, os dados de nascimentos, óbitos, doenças e outros agravos 
à saúde, garantido o sigilo ético; 
IV - Desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de 
saúde e a população adscrita à UBS, considerando as características 
e as finalidades do trabalho de acompanhamento de indivíduos e 
grupos sociais ou coletividades; 
V - Informar os usuários sobre as datas e horários de consultas e 
exames agendados; 
VI - Participar dos processos de regulação a partir da Atenção Básica 
para acompanhamento das necessidades dos usuários no que diz 
respeito a agendamentos ou desistências de consultas e exames 
solicitados; 
VII - Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídas por legislação 
específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor 
federal, municipal ou do Distrito Federal. 
Poderão ser consideradas, ainda, atividades do Agente Comunitário de 
Saúde, a serem realizadas em caráter excepcional, assistidas por 
profissional de saúde de nível superior, membro da equipe, após 
treinamento específico e fornecimento de equipamentos adequados, 
em sua base geográfica de atuação, encaminhando o paciente para a 
unidade de saúde de referência (PNAB, 2017). 
I - Aferir a pressão arterial, inclusive no domicílio, com o objetivo de 
promover saúde e prevenir doenças e agravos; 
II - Realizar a medição da glicemia capilar, inclusive no domicílio, para 
o acompanhamento dos casos diagnosticados de diabetes mellitus e 
segundo projeto terapêutico prescrito pelas equipes que atuam na 
Atenção Básica; 
III - Aferição da temperatura axilar, durante a visita domiciliar; 
 
 
7 
IV - Realizar técnicas limpas de curativo, que são realizadas com 
material limpo, água corrente ou soro fisiológico e cobertura estéril, 
com uso de coberturas passivas, que somente cobre a ferida; e 
V - Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, 
mantendo a responsabilização pelo acompanhamento da pessoa; 
VI - Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS e 
ACE em conjunto com os outros membros da equipe; e 
VII - Exercer outras atribuições que sejam de responsabilidade na sua 
área de atuação. 
TEMA 4 – REGULAMENTAÇÃO DA FUNÇÃO 
A Lei n. 13.595 de 2018, altera a Lei n. 11.350, de 5 de outubro de 2006, 
para dispor sobre a reformulação das atribuições, a jornada e as condições de 
trabalho, o grau de formação profissional, os cursos de formação técnica e 
continuada e a indenização de transporte dos profissionais Agentes 
Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias. 
Parágrafo 3º No modelo de atenção em saúde fundamentado na 
assistência multiprofissional em saúde da família, são consideradas 
atividades típicas do Agente Comunitário de Saúde, em sua área 
geográfica de atuação: 
I - A utilização de instrumentos para diagnóstico demográfico e 
sociocultural; 
II - O detalhamento das visitas domiciliares, com coleta e registro de 
dados relativos a suas atribuições, para fim exclusivo de controle e 
planejamento das ações de saúde; 
III - a mobilização da comunidade e o estímulo à participação nas 
políticas públicas voltadas para as áreas de saúde e socioeducacional; 
IV - A realização de visitas domiciliares regulares e periódicas para 
acolhimento e acompanhamento: 
a) da gestante, no pré-natal, no parto e no puerpério; 
b) da lactante, nos seis meses seguintes ao parto; 
c) da criança, verificando seu estado vacinal e a evolução de seu peso 
e de sua altura; 
d) do adolescente, identificando suas necessidades e motivando sua 
participação em ações de educação em saúde, em conformidade com 
o previsto na Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança 
e do Adolescente); 
e) da pessoa idosa, desenvolvendo ações de promoção de saúde e de 
prevenção de quedas e acidentes domésticos e motivando sua 
participação em atividades físicas e coletivas; 
 
 
8 
f) da pessoa em sofrimento psíquico; 
g) da pessoa com dependência química de álcool, de tabaco ou de 
outras drogas; 
h) da pessoa com sinais ou sintomas de alteração na cavidade bucal; 
i) dos grupos homossexuais e transexuais, desenvolvendo ações de 
educação para promover a saúde e prevenir doenças; 
j) da mulher e do homem, desenvolvendo ações de educação para 
promover a saúde e prevenir doenças; 
V - Realização de visitas domiciliares regulares e periódicas para 
identificação e acompanhamento: 
a) de situações de risco à família; 
b) de grupos de risco com maior vulnerabilidade social, por meio de 
ações de promoção da saúde, de prevenção de doenças e de 
educação em saúde; 
c) do estado vacinal da gestante, da pessoa idosa e da população de 
risco, conforme sua vulnerabilidade e em consonância com o previsto 
no calendário nacional de vacinação; 
VI - O acompanhamento de condicionalidades de programas sociais, 
em parceria com os Centros de Referência de Assistência Social 
(Cras). 
Parágrafo 4º No modelo de atenção em saúde fundamentado na 
assistência multiprofissional em saúde da família, desde que o Agente 
Comunitário de Saúde tenha concluído curso técnico e tenha 
disponíveis os equipamentos adequados, são atividades do Agente, 
em sua área geográfica de atuação, assistidas por profissional de 
saúde de nível superior, membro da equipe: 
I - a aferição da pressão arterial, durante a visita domiciliar, em caráter 
excepcional, encaminhando o paciente para a unidade de saúde de 
referência; 
II - a medição de glicemia capilar, durante a visita domiciliar, em caráter 
excepcional, encaminhando o paciente para a unidade de saúde de 
referência; 
III - a aferição de temperatura axilar, durante a visita domiciliar, em 
caráter excepcional, com o devido encaminhamento do paciente, 
quando necessário, para a unidade de saúde de referência; 
IV - a orientação e o apoio, em domicílio, para a correta administração 
de medicação de paciente em situação de vulnerabilidade; 
V - a verificação antropométrica. 
Parágrafo 5º No modelo de atenção em saúde fundamentado na 
assistência multiprofissional em saúde da família, são consideradas 
atividades do Agente Comunitário de Saúde compartilhadas com os 
demais membros da equipe, em sua área geográfica de atuação: 
 
 
9 
I - a participação no planejamento e no mapeamento institucional, 
social e demográfico; 
II - a consolidação e a análise de dados obtidos nas visitas domiciliares; 
III - a realização de ações que possibilitem o conhecimento, pela 
comunidade, de informações obtidas em levantamentos 
socioepidemiológicos realizados pela equipe de saúde; 
IV - a participação na elaboração, na implementação, na avaliação e 
na reprogramação permanente dos planos de ação para o 
enfrentamento de determinantes do processo saúde-doença; 
V - a orientação de indivíduos e de grupos sociais quanto a fluxos, 
rotinas e ações desenvolvidos no âmbito da atenção básica em saúde; 
VI - o planejamento, o desenvolvimento e a avaliação de ações em 
saúde; 
VII - o estímulo à participação da população no planejamento, no 
acompanhamento e na avaliação de ações locais em saúde. (NR) 
Parágrafo 1º São consideradas atividades típicas do Agente de 
Combate às Endemias, em sua área geográfica de atuação: 
I - desenvolvimento de ações educativas e de mobilização da 
comunidade relativas à prevenção e ao controle de doenças e agravos 
à saúde; 
II - realização de ações de prevenção e controle de doenças e agravos 
à saúde, em interação com o Agente Comunitário de Saúde e a equipe 
de atenção básica; 
III - identificação de casos suspeitos de doenças e agravos à saúde e 
encaminhamento, quando indicado, para a unidade de saúde de 
referência, assim como comunicaçãodo fato à autoridade sanitária 
responsável; 
IV - divulgação de informações para a comunidade sobre sinais, 
sintomas, riscos e agentes transmissores de doenças e sobre medidas 
de prevenção individuais e coletivas; 
V - realização de ações de campo para pesquisa entomológica, 
malacológica e coleta de reservatórios de doenças; 
VI - cadastramento e atualização da base de imóveis para 
planejamento e definição de estratégias de prevenção e controle de 
doenças; 
VII - execução de ações de prevenção e controle de doenças, com a 
utilização de medidas de controle químico e biológico, manejo 
ambiental e outras ações de manejo integrado de vetores; 
VIII - execução de ações de campo em projetos que visem a avaliar 
novas metodologias de intervenção para prevenção e controle de 
doenças; 
IX - registro das informações referentes às atividades executadas, de 
acordo com as normas do SUS; 
 
 
10 
X - identificação e cadastramento de situações que interfiram no curso 
das doenças ou que tenham importância epidemiológica relacionada 
principalmente aos fatores ambientais; 
XI - mobilização da comunidade para desenvolver medidas simples de 
manejo ambiental e outras formas de intervenção no ambiente para o 
controle de vetores. 
Parágrafo 2º É considerada atividade dos Agentes de Combate às 
Endemias assistida por profissional de nível superior e condicionada à 
estrutura de vigilância epidemiológica e ambiental e de atenção básica 
a participação: 
I - no planejamento, execução e avaliação das ações de vacinação 
animal contra zoonoses de relevância para a saúde pública 
normatizadas pelo Ministério da Saúde, bem como na notificação e na 
investigação de eventos adversos temporalmente associados a essas 
vacinações; 
II - na coleta de animais e no recebimento, no acondicionamento, na 
conservação e no transporte de espécimes ou amostras biológicas de 
animais, para seu encaminhamento aos laboratórios responsáveis pela 
identificação ou diagnóstico de zoonoses de relevância para a saúde 
pública no Município; 
III - na necropsia de animais com diagnóstico suspeito de zoonoses de 
relevância para a saúde pública, auxiliando na coleta e no 
encaminhamento de amostras laboratoriais, ou por meio de outros 
procedimentos pertinentes; 
IV - na investigação diagnóstica laboratorial de zoonoses de relevância 
para a saúde pública; 
V - na realização do planejamento, desenvolvimento e execução de 
ações de controle da população de animais, com vistas ao combate à 
propagação de zoonoses de relevância para a saúde pública, em 
caráter excepcional, e sob supervisão da coordenação da área de 
vigilância em saúde. 
Parágrafo 3º O Agente de Combate às Endemias poderá participar, 
mediante treinamento adequado, da execução, da coordenação ou da 
supervisão das ações de vigilância epidemiológica e ambiental. (NR) 
Art. 4º -A. O Agente Comunitário de Saúde e o Agente de Combate às 
Endemias realizarão atividades de forma integrada, desenvolvendo 
mobilizações sociais por meio da Educação Popular em Saúde, dentro 
de sua área geográfica de atuação, especialmente nas seguintes 
situações: 
I - na orientação da comunidade quanto à adoção de medidas simples 
de manejo ambiental para o controle de vetores, de medidas de 
proteção individual e coletiva e de outras ações de promoção de saúde, 
para a prevenção de doenças infecciosas, zoonoses, doenças de 
transmissão vetorial e agravos causados por animais peçonhentos; 
II - no planejamento, na programação e no desenvolvimento de 
atividades de vigilância em saúde, de forma articulada com as equipes 
de saúde da família; 
 
 
11 
IV - na identificação e no encaminhamento, para a unidade de saúde 
de referência, de situações que, relacionadas a fatores ambientais, 
interfiram no curso de doenças ou tenham importância epidemiológica; 
V - na realização de campanhas ou de mutirões para o combate à 
transmissão de doenças infecciosas e a outros agravos. 
 
Crédito: Smile ilustras. 
TEMA 5 – INSTRUMENTALIZAÇÃO DOS AGENTES 
O agente comunitário de saúde (ACS) e o agente de controle de endemias 
(ACE) atuam nas equipes da Atenção Básica, estes profissionais mantêm 
contato direto com as pessoas da comunidade realizando visitas periódicas às 
famílias, tendo assim, papel fundamental ao estar intimamente ligado à 
população tornando-se o articulador dos processos de trabalho da equipe, por 
conhecer bem a comunidade e ter maior facilidade de acesso ao território 
(Alonso, 2018). 
Segundo Magalhães et al. (2015) a Visita Domiciliar (VD), é o principal 
instrumento de trabalho, deve ser realizada seguindo algumas etapas: 
planejamento, execução, registro das informações e avaliação do processo, 
entretanto o principal objetivo deve estar nas orientações que contemplem a 
Promoção da Saúde. 
 
 
12 
Entre as tecnologias em saúde, a VD pode ser vista como um mecanismo 
de transformação quando se constitui em uma relação de confiança entre 
profissionais e usuários (Starfield, 2002). Os autores Vendruscolo et al. (2016) e 
Siega et al. (2020) comentam que existe dificuldade dos ACS, em realizar a VD 
de forma estruturada, deixando de proporcionar melhorias na saúde da 
população. 
Segundo o Ministério da Saúde (2009), são vários os instrumentos que os 
ACS podem utilizar para coletar as informações e cada um deles tem um 
objetivo. A soma de todos eles ajuda a fazer o diagnóstico. São eles: 
• Visita domiciliar/entrevista; 
• Cadastramento dos domicílios; 
• Mapa da comunidade; 
• Educação em saúde. 
5.1 Visita Domiciliar 
A visita domiciliar é uma das atividades mais importantes do agente, 
devendo ser feita sempre porque faz parte da sua rotina de trabalho. É através 
dela que é possível (Brasil, 2009): 
• identificar as pessoas com problemas de saúde e as saudáveis; 
• mobilizar as pessoas em relação à prevenção e ao controle de doenças e 
agravos à saúde; 
• reconhecer os sintomas doenças e encaminhar para a UBS; 
• realizar cadastramento e atualização da base de imóveis para 
planejamento e definição de estratégias de prevenção e controle de 
doenças; 
• identificar os fatores ambientais que possam estar interferindo na saúde 
da população; 
• motivar a comunidade para realizar as medidas de proteção específicas 
para cada doença incluindo os cuidados com o ambiente; 
• ensinar às pessoas medidas simples de prevenção e orientá-las. Mas, 
para que uma visita domiciliar seja bem-feita, ela precisa ser planejada. 
 
 
 
13 
5.2 Cadastramento de domicílios 
Os Agentes Comunitários de Saúde, realizam o cadastro das famílias 
residentes nas áreas adscritas à unidade básica de saúde, o que permite 
conhecer as características das casas e outras informações complementares 
(Brasil, 2009). 
A população total de responsabilidade de uma microárea deve ser 
totalmente conhecida e registrada em sistemas de informação. Os agentes 
devem conhecer todas as informações relacionadas a cada pessoa pertencente 
a aquela família além das informações relacionadas ao domicílio. 
5.3 Mapa da comunidade 
Os Agentes de saúde e toda a equipe das UBS devem conhecer as 
características físicas da região da sua comunidade, identificando situações de 
risco e vulnerabilidade que são “crianças menores de dois anos, gestantes, 
idosos acamados/domiciliados, pessoas com deficiência, com doenças crônicas, 
dentre outros” (Brasil, 2009). 
Segundo Lacerda no contexto da Atenção Básica/Atenção Primária à 
Saúde (AB/APS) recomendam-se dois tipos de mapas na Unidade Básica de 
Saúde (UBS): 
• Mapa de delimitação geográfica do território que demonstra 
graficamente a extensão de responsabilidade da equipe de saúde, além 
de mostrar a localização da UBS e dos equipamentos sociais (escolas, 
creches, centros comunitários, clubes, igrejas e outros serviços) 
existentes em cada microárea. Ele permite a visualização espacial de todo 
o território e deve ficar exposto na recepção da UBS. Pode ilustrar a 
divisãodas microáreas do território de responsabilidade dos agentes 
comunitários de saúde (ACS). 
• Mapa inteligente é uma ferramenta importante no planejamento das 
ações das equipes das UBS. Deve ser elaborado a partir do mapa 
geográfico acrescido de informações, ambientais, sociais, demográficas e 
de saúde obtidas através do processo de territorialização. O mapa 
inteligente pode apresentar, por exemplo, características: o fluxo da 
 
 
14 
população, através das ruas, dos transportes, das barreiras geográficas 
que dificultam o acesso da população à unidade e da circulação no bairro; 
as características das moradias e seu entorno; as condições de 
saneamento básico; a infraestrutura urbanística — características da 
ocupação do espaço urbano, ruas, calçadas, praças, espaços de lazer e 
paisagismo; as condições do meio ambiente — como desmatamento ou 
poluição. 
 No mapa inteligente também podem ser identificadas áreas de grupos em 
situação de risco ou vulnerabilidade, dados demográficos e epidemiológicos. 
Tem como objetivo melhorar a qualidade do serviço de saúde e pode ser feito 
por microárea. Não deve ficar exposto para população, e sim, permanecer em 
local de uso exclusivo da equipe de saúde, visto que registra a localização dos 
domicílios, famílias e marcadores de saúde. 
5.4 Educação em Saúde 
A educação em saúde é fundamental para que a comunidade adquira 
conhecimentos e reconheça as principais causas dos problemas de saúde e 
possa participar da busca por soluções efetivas no controle das doenças. 
As ações educativas fazem parte da rotina dos ACS e ACE, tem como 
objetivo contribuir na qualidade de vida da população. As ações educativas 
acontecem durante a visita domiciliar e também devem ser realizadas com 
grupos específicos, dentro dos espaços das UBS ou outros espaços existentes 
na comunidade. 
No capítulo 6 (seis) vamos conversar novamente sobre os instrumentos 
de trabalho dos ACS e ACE e as suas aplicações práticas. 
NA PRÁTICA 
1. Cite 4 atividades o Agente Comunitário de Saúde pode realizar em caráter 
excepcional, assistidas por profissional de saúde de nível superior? 
a. Verificação de temperatura, curativo simples, verificação de pressão 
arterial, realizar a medição da glicemia capilar. 
2. Quais são as principais funções da visita domiciliar? 
 
 
15 
a. Identificar doenças, cadastrar domicílios, mobilizar a comunidade, 
identificar vetores. 
3. O que mostra o mapa inteligente da UBS? 
a. Informações, ambientais, sociais, demográficas e de saúde obtidas 
através do processo de territorialização. 
FINALIZANDO 
Nesta etapa, você conheceu todas as atribuições dos ACS e ACE e os 
principais instrumentos de trabalho para desenvolver as suas funções, o que 
deixa você sabendo todas as atividades que você deve desenvolver junto à sua 
comunidade. 
 
 
 
16 
REFERÊNCIAS 
ALONSO, C. M. C.; BÉGUIN, P. D.; DUARTE, F. J. C. M. Trabalho dos agentes 
comunitários de saúde na Estratégia Saúde da Família: metassíntese. Rev. 
Saúde Pública, v. 52, n. 14, 2018. 
BEZERRA, A. C. V. Das brigadas sanitárias aos agentes de controle de 
endemias: o processo de formação e os trabalhos de campo. Hygeia – Revista 
Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, [S.l.], v. 13, n. 25, p. 65-80, set. 
2017 
BRASIL. Lei n. 13.595, de 5 de janeiro de 2018. Altera a Lei n. 11.350, de 5 de 
outubro de 2006, para dispor sobre a reformulação das atribuições, a jornada e 
as condições de trabalho, o grau de formação profissional, os cursos de 
formação técnica e continuada e a indenização de transporte dos profissionais 
Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias. 
_____. Ministério da Saúde. Curso para Instrutores do Curso Introdutório 
Presencial para Agentes Comunitários de Saúde (ACS) / Ministério da Saúde, 
Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Departamento de 
Gestão da Educação na Saúde. Brasília: EDUFRN; Ministério da Saúde, 2016. 
_____. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria N. 1.399, de 15 de 
dezembro de 1999. Regulamenta a NOB SUS 01/96 no que se refere às 
competências da União, estados, municípios e Distrito Federal, na área de 
epidemiologia e controle de doenças, define a sistemática de financiamento e dá 
outras providências. 
_____. Ministério da Saúde. Portaria n. 1.007, de 4 de maio de 2010. Define 
critérios para regulamentar a incorporação do Agente de Combate às Endemias 
– ACE, ou dos agentes que desempenham essas atividades, mas com outras 
denominações, na atenção primária à saúde para fortalecer as ações de 
vigilância em saúde junto às equipes de Saúde da Família. 
_____. Ministério da Saúde. Portaria n. 2.436, de 21 de setembro de 2017. 
Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de 
diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único 
de Saúde (SUS). Brasília (DF): MS; 2017 
 
 
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LACERDA, J. T. DE; BOTELHO, L. J.; COLUSSI, C. F. Planejamento na 
Atenção Básica. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2012. 
(Eixo II: O Trabalho na Atenção Básica). Disponível em: 
<https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/1167>. Acesso em: 22 ago. 
2022. 
MAGALHÃES, K. A. et al. A visita domiciliária do agente comunitário de saúde a 
famílias com idosos frágeis. Ciência & Saúde Coletiva, v. 20, n. 12, p. 3787-
3796, 2015. 
SIEGA, C. K.; VENDRUSCOLO, C.; ZANATTA, E. A. Educação permanente com 
agentes comunitários de saúde para instrumentalização da visita domiciliar: 
relato de experiência. Rev Enferm Contemp., v. 9, n. 1, p. 94-100, 2020. 
SILVA, L. J. D. A. O controle das endemias no Brasil e sua história. Ciência e 
Cultura, v. 55, n. 1, p. 44-47, 2003). Disponível em: 
<http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-
67252003000100026&lng=en&tlng=pt>. Acesso em: 22 ago. 2022. 
STARFIELD, B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, 
serviços e tecnologia. Brasília: UNESCO, Ministério da Saúde; 2002. 
TORRES, R. Agentes de combate a endemias: a construção de uma identidade 
sólida e a formação ampla em vigilância são desafios dessa categoria. Revista 
Poli: Saúde, Educação e Trabalho, Rio de Janeiro, p. 16-17, jan./fev. 2009. 
Disponível em: <http://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/revista_poli_-
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VENDRUSCOLO, C.; PRADO, M. L.; KLEBA, M. E. Reorientação do ensino no 
SUS, para além do quadrilátero, o prisma da educação. Revista Reflexão e 
Ação, v. 24, n. 3, p. 246-260, 2016. 
 
	CONVERSA INICIAL
	TEMA 1 – AGENTE
	TEMA 2 – AGENTE DE SAÚDE E A SUA HISTÓRIA
	TEMA 3 – ATRIBUIÇÕES DOS AGENTES
	TEMA 4 – REGULAMENTAÇÃO DA FUNÇÃO
	TEMA 5 – INSTRUMENTALIZAÇÃO DOS AGENTES
	5.1 Visita Domiciliar
	5.2 Cadastramento de domicílios
	5.3 Mapa da comunidade
	5.4 Educação em Saúde
	NA PRÁTICA
	FINALIZANDO
	REFERÊNCIAS

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