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é de que, além do dinheiro, há outros fatores fundamentais. Ou seja: embora a remuneração por um trabalho esteja intrinsecamente ligada à motivação, ela não é, e nem pode ser, a única causa. Entretanto, tudo o que não se sustenta econômica e financeiramente não se sustenta por si só. O dinheiro é uma necessidade. Assim como respirar, comer, beber e dormir são necessidades. Mas respirar, comer, beber e dormir não são fatores que nos motivam. Quando essas necessidades não são supridas, nosso organismo reage de maneira que somos induzidos a fazê-lo. Mas, quando não sentimos falta de ar, fome, sede ou vontade de dormir, poucas coisas possam nos motivar a fazê-lo. Por outro lado, não vivemos sem ar, alimento ou água. Da mesma forma, para funcionarmos no mundo, precisamos de dinheiro, embora não seja ele que dê sentido à vida. Por isso, a terceira regra da motivação é a compensação. Descubra sua aptidão, transforme-a num desejo. Crie metas em torno desse desejo, mas não se esqueça da renda. Você precisa descobrir como transformar seus desejos em compensação financeira. Assim como o ar, o alimento e o repouso não são o sentido da vida em si, embora sem eles não conseguimos sobreviver, o dinheiro não deve ser a razão principal que nos motiva, mas, sem ele, não conseguimos sobreviver profissionalmente. Lembre-se: tudo o que não se sustenta econômica e financeiramente não se sustenta por si só. Criando motivação interna Essas três regras — faça aquilo para o que você tem maior aptidão, crie metas específicas sobre seus desejos e tenha claro o que criará a sustentabilidade econômica e financeira para realização do seu propósito — são a base de toda carreira ou empresa bem-sucedida. Em Onward, um dos seus livros, Howard Schultz escreve sobre um momento crítico na história do Starbucks. A empresa estava passando por uma intensa crise financeira. A situação comprometia o empenho de todo grupo. Uma das soluções apresentadas pelos investidores era abrir mão da posse das quase 17 mil cafeterias estabelecidas nos 52 países onde a companhia opera. A ideia era transformar o Starbucks numa rede de franquias. É assim que funcionam outras redes semelhantes, como McDonald’s, Burger King e Dunkin’ Donuts. Numa franquia, qualquer pessoa qualificada pode adquirir os direitos parciais para usar a marca. Além do investimento inicial, pago para adquirir esse direito, o