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incontestavelmente, o estímulo para as decisões e realizações que, mais tarde, foram aceitas 
como naturais por toda a humanidade. Da mesma maneira, a confiança na sua própria força, 
fundamento atual de toda estratégia, foi, originariamente, devida a uma determinada cabeça 
e, só com o correr de muitos anos, talvez milhares, passou a ser aceita por toda gente como 
perfeitamente compreensível. 
 O homem completou essa primeira descoberta com uma segunda. Aprendeu outras 
coisas, outros processos, que pôs a serviço da sua luta pela subsistência. Com isso começou 
a atividade criadora, cujos resultados vemos por toda parte. Essas invenções materiais, que 
começaram pelo emprego da pedra como arma, que levaram à domesticação dos animais. e, 
através de criações artificiais, deram ao homem o fogo e, assim por diante, até as múltiplas 
e espantosas descobertas de nossos dias, são evidentemente devidas à iniciativa individual, 
o que se torna claro se examinarmos as descobertas de hoje, sobretudo as mais importantes, 
as que mais impressionam. 
 Todas as invenções que vemos em torno de nós foram o resultado do poder criador e da 
capacidade do indivíduo e todas elas, em última análise, concorreram para elevar, cada vez 
mais, o homem acima do nível dos outros animais, distanciando-o dos mesmos em 
progressão sempre crescente. 
 O que, de começo, era apenas simples artifício para auxiliar os caçadores da floresta na 
sua luta pela existência, serve agora, sob a forma das brilhantes descobertas científicas dos 
tempos atuais, a auxiliar a humanidade nas lutas do presente e a forjar as armas para os 
embates futuros. 
 Todo pensamento humano, todas as invenções, em seus últimos efeitos. servem, em 
primeiro lugar, para facilitar a luta do homem pela vida neste planeta, mesmo quando a 
utilidade real de uma descoberta ou de uma profunda concepção científica passa 
despercebida no momento. Enquanto tudo isso auxilia o homem a elevar-se acima do nível 
das criaturas que o cercam, ele fortifica cada vez mais a sua posição, tornando-se, a todos 
os respeitos, o rei da criação. 
 Todas as descobertas são, pois, a conseqüência do poder criador do indivíduo. Todos 
esses inventores constituem, quer se queira quer não, os maiores ou menores benfeitores da 
humanidade. Sua atuação proporciona a milhões de homens, meios de subsistência e 
recursos posteriores para a facilitação da luta pela vida. 
 Se, na origem da civilização material de hoje, vemos sempre personalidades que se 
completam umas às outras e sempre realizam novos progressos, o mesmo acontece na 
execução e aperfeiçoamento das coisas descobertas. Os vários processos de produção, em 
última análise, são sempre obras de determinados indivíduos. O trabalho puramente teórico 
que, em relação a cada pessoa, dificilmente se pode medir, e que representa a condição 
indispensável para todas as descobertas posteriores, até esse trabalho é produto individual. 
As massas nunca inventam, nunca organizam ou pensam por si. No início de tudo está 
sempre uma atividade individual. 
 Uma coletividade humana só é bem organizada quando facilita, por todos os modos 
possíveis, o trabalho desses elementos criadores e utiliza-os em benefício da comunidade. 
 O que há de mais importante em matéria de invenções, quer se trate de invenções de 
ordem material quer de descobertas no mundo do pensamento, é sempre o fruto da força 
criadora de um indivíduo. 
 Utilizá-las em benefício da coletividade é a primeira e a mais elevada tarefa da 
organização social, que deve ser apenas o desenvolvimento desse princípio. Por isso deve 
livrar-se da praga da orientação mecânica para transformar-se em uma organização viva.

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