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Língua Portuguesa 
em Foco para o TSE
Dominando o Cebraspe
Professor Bruno Pilastre
FICHA TÉCNICA DO MATERIAL
grancursosonline.com.br
TIPO DE MATERIAL:
E-book
TÍTULO:
Língua Portuguesa em Foco para o TSE
PROFESSORA:
Bruno Pilastre
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
01/2024
Este material está sujeito a atualizações. O Gran não se responsabiliza por custos 
de impressão, que deve ser realizada sob responsabilidade exclusiva do aluno.
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Língua Portuguesa em Foco para o TSE
Professor: Bruno Pilastre
Língua Portuguesa em Foco para o TSE: Dominando o Cebraspe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Perfil da banca Cebraspe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Interpretação e compreensão de textos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Pressupostos e subentendidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Vozes discursivas e tipos de discurso | intertextualidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Elementos da comunicação e funções da linguagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Tipologias e gêneros textuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Coesão e coerência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Polissemia e ambiguidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Reescrita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
QUESTÕES DA BANCA CEBRASPE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
GABARITO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
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Língua Portuguesa em Foco para o TSE
Professor: Bruno Pilastre
LÍNGUA PORTUGUESA EM FOCO PARA O TSE: LÍNGUA PORTUGUESA EM FOCO PARA O TSE: 
DOMINANDO O CEBRASPEDOMINANDO O CEBRASPE
APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO
Com a definição da banca que realizará o concurso público da Justiça Eleitoral, podemos 
traçar uma rota eficaz para a sua preparação em Língua Portuguesa (Texto e Gramática).
Primeiramente, analisarei o quantitativo de questões de Língua Portuguesa aplicadas nos 
últimos cinco anos para o Poder Judiciário. Em seguida, com base nos dados quantitativos 
e em minha experiência como professor na área de concursos, sintetizarei os conteúdos 
mais relevantes para essa fase de sua preparação. Por fim, analiso quarenta questões da 
banca Cebraspe.
Estimo uma ótima leitura!
BRUNO PILASTRE
Doutor em Linguística pela Universidade de Brasília. É autor de obras didáticas 
de Língua Portuguesa (Gramática, Texto, Redação Oficial e Redação Discursiva). 
Pela Editora Gran Cursos, publicou o “Guia Prático de Língua Portuguesa” e o “Guia 
de Redação Discursiva para Concursos”. No Gran Cursos Online, atua na área de 
desenvolvimento de materiais didáticos (educação e popularização de C&T/CNPq: 
http://lattes.cnpq.br/1396654209681297).
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Língua Portuguesa em Foco para o TSE
Professor: Bruno Pilastre
PERFIL DA BANCA CEBRASPEPERFIL DA BANCA CEBRASPE
Nos últimos cinco anos (2019 a 2023), a banca Cebraspe aplicou 94 questões de Língua 
Portuguesa em provas para o Poder Judiciário (cargos de técnico e de analista). O gráfico 
a seguir especifica a porcentagem dos conteúdos mais cobrados:
Para o conteúdo programático provável no edital para o concurso unificado da Justiça 
Eleitoral, podemos tomar por base os seguintes tópicos, recorrentes em editais para 
concursos do Judiciário (por exemplo, para o TJ/ES). Os graus de relevância são baseados 
em minha experiência (especialmente nos pós-provas, quando analisamos as questões no 
mesmo dia em que são aplicadas):
Relevância Conteúdo listado no edital
ALTA
MÉDIA
BAIXA
• 1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados.
• 2 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais.
• 3 Domínio da ortografia oficial.
• 4 Domínio dos mecanismos de coesão textual.
• 4.1 Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de 
conectores e de outros elementos de sequenciação textual.
• 4.2 Emprego de tempos e modos verbais.
• 5 Domínio da estrutura morfossintática do período.
• 5.1 Emprego das classes de palavras.
• 5.2 Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração.
• 5.3 Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração.
• 5.4 Emprego dos sinais de pontuação.
• 5.5 Concordância verbal e nominal.
• 5.6 Regência verbal e nominal.
• 5.7 Emprego do sinal indicativo de crase.
• 5.8 Colocação dos pronomes átonos.
• 6 Reescrita de frases e parágrafos do texto.
• 6.1 Significação das palavras.
• 6.2 Substituição de palavras ou de trechos de texto.
• 6.3 Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto.
• 6.4 Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade.
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Língua Portuguesa em Foco para o TSE
Professor: Bruno Pilastre
Podemos, agora, criar um plano de estudo de Língua Portuguesa formulado especialmente 
para a sua preparação. Trabalharei com o par teoria-prática, focando nos conteúdos mais 
relevantes (não se esqueça de contemplar todo o edital).
Na primeira coluna, o conteúdo mais importante e, na segunda coluna, o número de 
questões a serem resolvidas. Ao final do processo, é preciso realizar uma nova rodada de 
resolução de questões (revisão).
Conteúdo
N. de questões 
a resolver
Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. 30
Domínio dos mecanismos de coesão textual. 30
Reescrita de frases e parágrafos do texto. 20
Domínio da estrutura morfossintática do período.
Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração.
Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração.
20
Concordância verbal e nominal.
Emprego do sinal indicativo de crase.
Colocação dos pronomes átonos.
20
Emprego de tempos e modos verbais. 20
Emprego das classes de palavras. 20
Emprego dos sinais de pontuação. 20
Regência verbal e nominal. 20
Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. 20
Domínio da ortografia oficial. 20
TOTAL 240
As questões estão disponíveis na plataforma Gran Questões (basta aplicar os filtros 
adequados). O par teoria-prática deve ser sempre aplicado (primeiro, estuda-se a teoria; 
em seguida, as questões devem ser resolvidas).
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O seguinte cronograma pode ser aplicado:
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Os outros conteúdos devem ser contemplados na mesma sequência (proponho dois 
tópicos/conteúdos por semana, no mínimo).
Ao final da sequência, deve-se revisar os tópicos a partir de resolução de novas questões, 
como proposto a seguir:
REVISÃO
Conteúdo N. de questões
Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. 5
Domínio dos mecanismos de coesão textual. 5
Reescrita de frases e parágrafos do texto. 5
Domínio da estrutura morfossintática do período.
Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração.
Relações de subordinação entreorações e entre termos da oração.
5
Concordância verbal e nominal.
Emprego do sinal indicativo de crase.
Colocação dos pronomes átonos.
5
Emprego de tempos e modos verbais. 5
Emprego das classes de palavras. 5
Emprego dos sinais de pontuação. 5
Regência verbal e nominal. 5
Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. 5
Domínio da ortografia oficial. 5
Nas seções a seguir, você pode retomar alguns conceitos importantíssimos para a 
resolução de questões de Língua Portuguesa. Por fim, basta resolver as questões.
Estimo muito sucesso em seus estudos!
Um grande abraço,
Professor Bruno Pilastre.
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INTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO DE TEXTOSINTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO DE TEXTOS
Em concursos, há dois níveis principais de análise textual. No primeiro, denominado 
compreensão, exige-se de você, candidato(a), a capacidade de identificar informações 
explícitas no texto, bastando retornar a um determinado trecho para se assegurar de que a 
afirmativa da questão está adequada ou não. No segundo nível de análise, o da interpretação, 
exige-se a depreensão (por meio de uma série de procedimentos analíticos, sintetizados ao 
longo desta aula) de conhecimentos extraídos a partir dos elementos presentes no texto 
(e somente a partir do que o texto nos permite inferir).
Os conhecimentos exigidos nesse tipo de operação (o da interpretação) são muito 
variados. Os mais fundamentais são estes:
(i) Um texto pode ser verbal ou não verbal. No caso de texto verbal, há duas manifestações: 
a oralidade e a escrita. Na escrita, duas estruturas predominam: a prosa (organizada em 
períodos e parágrafos) e o poema (organizado em versos e estrofes). No texto não verbal, 
exigem-se conhecimentos sobre valores semânticos de linguagem corporal, de cores (e suas 
combinações), de formas gráficas, de arquétipos etc. Ao se unir texto verbal e não verbal, 
estamos diante de um texto misto (em algumas linhas teóricas, texto multimodal).
(ii) Outro conhecimento exigido diz respeito aos critérios de textualidade (aceitabilidade, 
intencionalidade, informatividade, situacionalidade e intertextualidade). Em provas, as 
bancas avaliam cada um desses elementos de diferentes formas. No entanto, ainda que 
as abordagens sejam diferentes, é possível identificar o tipo de questão que prioriza a 
intencionalidade do autor, a intertextualidade estabelecida etc.
PRESSUPOSTOS E SUBENTENDIDOSPRESSUPOSTOS E SUBENTENDIDOS
A distinção (com detalhes) entre pressupostos e subentendidos, fundamentais para 
uma interpretação adequada, é esta:
Subentendidos Pressupostos
Definição
É aquilo que se pensa ou se deduz, mas 
que não foi dito ou escrito.
É algo (uma marca discursiva) capaz 
de fazer supor a existência de uma 
informação.
Manifestação
Demanda análise (por inferências) do 
contexto de ocorrência.
Há marcas discursivas, como:
• Pontuação;
• Formatação (gráfica);
• Vocabulário;
• Recursos morfológicos;
• Padrões sintáticos.
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VOZES DISCURSIVAS E TIPOS DE DISCURSO | VOZES DISCURSIVAS E TIPOS DE DISCURSO | 
INTERTEXTUALIDADEINTERTEXTUALIDADE
Um texto nunca é “puro”, no sentido de nunca haver um texto que seja isolado no mundo 
discursivo. Explico melhor: todo texto é um intertexto. Quando lemos um artigo de opinião, o 
autor dialoga com diferentes perspectivas, diferentes intelectuais que também debateram 
aquele tema. Nesse debate, o autor também traz para o texto diferentes vozes, as quais 
dão mais força aos argumentos. Em minha aula, por exemplo, utilizo diversos conceitos e 
autores, formando um grande intertexto.
As principais formas de intertextualidade (ou de integração de diferentes vozes discursivas) 
são a citação (explícita ou implícita), a paródia, a alusão, a paráfrase e a epígrafe. Em provas 
de concurso, predomina a exigência de conhecimentos sobre as formas de citação (em 
especial, pelo uso de aspas) e as de intertextualidade com pensamentos e formulações 
bastante conhecidas, como “penso, logo existo”.
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO E FUNÇÕES DA ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO E FUNÇÕES DA 
LINGUAGEMLINGUAGEM
Os elementos da comunicação e as funções da linguagem estão sintetizados a seguir:
O esquema deve ser lido desta maneira:
(i) o emissor transmite uma mensagem ao receptor;
(ii) essa mensagem tem como suporte o canal (o som de nossa voz ou o registro escrito, 
por exemplo) e está codificado em nossa língua portuguesa;
(iii) essa mensagem está situada em um contexto situacional e faz referência ao mundo 
biossocial do emissor e do receptor.
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A depender da ênfase que se dê a cada um desses elementos, a função da linguagem 
(ou seja, do uso da linguagem) será diferente (daí os termos “função referencial”, “função 
expressiva” etc.).
Veja a definição e um exemplo de cada função:
Função Definição Exemplo
Referencial
(ou denotativa, ou informativa)
Centrada no contexto/referente, 
é a mais “neutra” em relação ao 
modo como as informações são 
transmitidas. Linguisticamente, é 
marcada pela impessoalidade. O 
objetivo é tratar de um “outro”, de 
um terceiro.
Textos jornalísticos.
Discursos científicos.
Relatórios.
Apelativa
(ou conativa)
Centrada no receptor. Busca 
agir sobre quem recebe a 
mensagem, de modo a modificar 
algum comportamento (fazer, 
deixar de fazer; convencer). 
Linguisticamente, é marcada pela 
forma imperativa e por recursos 
expressivos como exclamações (e 
entonações).
Anúncios publicitários.
Manuais.
Expressiva
(ou emotiva)
Centrada no emissor. É subjetiva 
e expressas estados interiores 
(emoções ou sentimentos, por 
exemplo). Linguisticamente, é 
marcada pelo uso de primeira 
pessoa e por adjetivação.
Relato pessoal.
Poética
Centrada na mensagem. Explora 
recursos l inguíst icos com 
fins expressivos e estéticos, 
trabalhando sobre a forma.
Tipicamente, os textos poéticos 
exploram recursos linguísticos 
com fins expressivos. No 
entanto, nos textos poéticos, 
também podem predominar 
outras funções, como a 
metalinguística, a expressiva 
ou a apelativa.
Fática
Centrada no canal. É um recurso 
para manter a comunicação ativa, 
sendo evidente quando se busca 
consolidar o contato.
Cert if icar-se (“está me 
ouvindo?”; “Alô!?”).
Metalinguística
Centrada no código (em nosso caso, 
na língua portuguesa).
Uma aula de morfologia, de sintaxe, 
de fonologia. Os dicionários. Essa 
nossa aula, que, por meio do código, 
busca explicar esse mesmo código.
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TIPOLOGIAS E GÊNEROS TEXTUAISTIPOLOGIAS E GÊNEROS TEXTUAIS
Questões sobre as tipologias estão SEMPRE presentes em provas de concurso. Para a 
síntese das tipologias e dos principais gêneros cobrados em concurso, utilizarei tabelas e 
mapas mentais. Iniciemos com o quadro sinóptico:
TIPOLOGIA CARACTERÍSTICAS CENTRAIS FORMAS LINGUÍSTICAS TÍPICAS
Narrativa
Na narração, há seres que 
participam de eventos em 
determinado tempo e espaço. Os 
participantes desses eventos são 
os personagens, os quais podem 
ser reais ou fictícios. O evento (uma 
espécie de ação) é denotado por 
verbos nocionais e de movimento, 
como cantar, correr, beijar, nadar, 
ouvir etc. O tempo da narrativa é 
tipicamente o passado, mas pode 
ser o presente (a narração de 
um jogo de futebol) ou o futuro 
(obras proféticas, por exemplo). 
Em uma narrativa, o espaço pode 
ser físico (uma cidade, uma casa, 
uma escola) ou psicológico (mente 
do personagem ou do narrador).
Verbos que denotam evento 
(com agente e paciente).
Formas adjuntas que denotam 
tempo e espaço.
Substantivos e pronomes 
pessoais para identificaçãoe 
retomada de personagens.
Descritiva
Em uma descrição, apresentamos 
uma série de características de 
determinado ser/objeto/espaço, 
formando na mente do leitor/
ouvinte a imagem do que está 
sendo descrito.
Na descrição, essa apresentação 
de características é verbal (oral ou 
escrita).
A descrição pode ser objetiva ou 
subjetiva.
A descrição pode ser global ou 
específica. Em termos de dinâmica, 
pode partir do geral para chegar ao 
particular ou partir do particular 
para chegar ao global.
Predicações nominais.
Adjetivação (ou subordinadas 
adjetivas).
Forma verbal predominante: 
presente e aspecto imperfeito 
(para o pretérito).
Dissertativa-Expositiva 
(Expositiva)
No tipo textual dissertativo 
expositivo, o autor do texto 
expõe/apresenta ideias, fatos e 
fenômenos. Por ser de caráter 
expositivo, não se busca convencer 
o leitor em relação ao ponto de 
vista – pressupõe-se, assim, que 
a dissertação expositiva apenas 
apresenta a ideia, o fato ou o 
fenômeno.
Estruturas de impessoalização.
Verbos no presente e no passado 
(retomando eventos factuais).
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TIPOLOGIA CARACTERÍSTICAS CENTRAIS FORMAS LINGUÍSTICAS TÍPICAS
Dissertativa- Argumentativa
(Argumentativa)
No tipo textual dissertação 
argumentativa, diferentemente da 
dissertação expositiva, procura-
se formar a opinião do leitor ou 
ouvinte, objetivando convencê-lo 
de que a razão (o discernimento, 
o bom senso, o juízo) está com o 
enunciador, de que quem enuncia 
é que está de posse da verdade. 
Para isso, utilizam-se argumentos.
Estruturas de impessoalização.
Verbos no presente e no passado 
(retomando eventos factuais). 
Há modalizadores discursivos 
que denotam a perspectiva 
do enunciador (adjetivos, 
estruturas sintáticas, voz verbal 
etc.).
Injuntiva
A propriedade básica do tipo textual 
injuntivo é: ensinar/orientar/
instruir o leitor/ouvinte/espectador 
a realizar uma tarefa.
Verbos no infinitivo.
Verbos no modo imperativo.
Para cada tipologia, há certos pormenores, que, por vezes, são abordados pelas bancas, 
como na estrutura narrativa: tipo de narrador, tipo de personagem, tipos de discurso etc. 
Para relembrarmos cada característica, adoto os mapas mentais a seguir (que retomam 
algumas informações apresentadas no quadro anterior):
Tipologia textual – narração
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Tipologia textual – descrição
Tipologia textual – exposição e argumentação
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Tipologia textual - injunção
COESÃO E COERÊNCIACOESÃO E COERÊNCIA
A noção de coerência é vinculada à ideia de harmonia. Um texto coerente é um texto 
harmônico; e para haver harmonia, é necessário que as partes se integrem num todo coeso. 
Opa, já temos uma vinculação entre coerência e coesão.
Há dois tipos centrais de coesão: a sequencial e a referencial. Na coesão sequencial, os 
termos se conectam numa sequência lógica e articulada. Para isso, utilizam-se as preposições 
e as conjunções, além de outras estruturas articuladoras (como certas formas adverbiais, 
e.g. primeiramente). Como estamos trabalhando em formato de síntese, faço remissão ao 
PDF Sintético de Gramática para a revisão das preposições e das conjunções (coordenativas 
e subordinativas).
Na coesão referencial, três referências são relevantes: textual, espacial e temporal. 
Na coesão referencial espacial e temporal, os referentes são os elementos da enunciação 
(atores do discurso, contexto da enunciação e momento da enunciação).
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Coesão referencial
Textual Espacial Temporal
Anáfora (retoma)
Perto do enunciador Presente
Catáfora (antecipa)
Perto do interlocutor Passado
Longe do enunciador e do 
interlocutor
Futuro
As formas linguísticas típicas da coesão referencial são os pronomes e os verbos. Os 
pronomes retomam ou antecipam formas substantivas (sintagmas nominais) ou estruturas 
mais complexas (oracionais ou até paragrafais). Os verbos manifestam as propriedades 
gramaticais de tempo e de número-pessoa (as quais são capazes de referenciar). Outras 
estratégias de coesão referencial são utilizadas (e cobradas em concursos), como retomada 
por elipse (apagamento fonológico/gráfico de uma forma linguística subentendida), por 
sinonímia, por perífrase etc.
Professor, esse conteúdo é muito cobrado em provas de concurso?Professor, esse conteúdo é muito cobrado em provas de concurso?
Eu sempre falo para os meus alunos que as bancas cobram com muita frequência o 
conteúdo de coesão (sequencial e referencial). Nos últimos cinco anos, foram aplicadas 
4.708 questões sobre esse tema. Isso nos mostra o quão importante é esse conhecimento 
para a sua preparação.
POLISSEMIA E AMBIGUIDADEPOLISSEMIA E AMBIGUIDADE
Para os fenômenos semânticos de polissemia e ambiguidade, vale o seguinte esquema:
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Ou seja, na polissemia e na ambiguidade, a expressão linguística possui mais de um 
significado (mais de uma interpretação possível). A ambiguidade só será resolvida pelo 
contexto (isto é, só se sabe o significado “real” de uma frase quando conhecemos o contexto 
em que o enunciado ocorreu).
Em uma prova recente, uma frase foi apresentada em uma das alternativas: “Antes de 
sair, meu pai quis aconselhar-me.” Você consegue identificar a ambiguidade? Quem saiu? 
Quem falou a frase (o “eu” discursivo”) ou o pai? Apenas o contexto responde essas perguntas.
A mesma situação ocorre na polissemia/homonímia, em que uma palavra possui mais 
de um significado (por exemplo, em “ele ficou no banco o dia todo”, em que não sabemos 
se o banco é um móvel (um assento) ou um estabelecimento (financeiro).
REESCRITAREESCRITA
Sempre digo em minhas aulas que as questões sobre reescrita são do tipo “guarda-
chuva”, pois são capazes de abarcar muitos tópicos, em especial os relacionados à norma-
padrão. Com isso, uma questão sobre o processo de reescrita pode propor uma nova 
redação de um trecho alterando vocábulos, modificando a ordem das palavras, alterando 
a voz (ativa<>passiva) etc. Nessas alterações, muitos conhecimentos são exigidos (e você 
deve ativá-los a partir de um olhar analítico bem refinado). Em muitas questões (talvez na 
maioria delas), exige-se também a manutenção (ou não) dos sentidos originais (quando os 
sentidos são mantidos, estamos diante de uma paráfrase). Está claro, então, o porquê de 
as bancas lançarem mão de questões sobre reescrita, não é?
Como o nosso projeto é sintetizar as informações sobre os conteúdos, REVISANDO os 
conhecimentos exigidos, farei uso de mapas mentais para retomar os principais tipos 
de reescrita exigidos em provas de concurso. Lembro da importância de articular esse 
conhecimento com o conteúdo de gramática, tudo bem? Tudo funciona de forma integrada. 
Vamos aos mapas!
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Mapa Mental – Reescrita (norma-padrão) 1
Mapa Mental – Reescrita (norma-padrão) 2
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Mapa Mental – Reescrita e Paráfrase
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QUESTÕES DA BANCA CEBRASPEQUESTÕES DA BANCA CEBRASPE
001. 001. (CEBRASPE/TÉCNICO JURIÁDICO/TJ-PR/2019) Sem prejuízo à correção gramatical e 
aos sentidos do texto 1A1-II,o vocábulo “antes” (l.23)poderia ser substituído por
(A) primeiramente.
(B) melhor.
(C) pelo contrário.
(D) outrora.
(E) até.
Letra b.
Vamos ao trecho original: “Aos sete anos de idade, imaginei que iria presenciar a morte do 
mundo, ou antes, que morreria com ele”. Ao utilizar o termo “antes”, o autor realiza uma 
espécie de “errata”, de “correção”, de “ajuste” em relação ao que se fala. Assim, a substituição 
adequada é esta: “Aos sete anos de idade, imaginei que iria presenciar a morte do mundo, 
ou melhor, que morreria com ele”.
Texto CG1A1-II
1 Segundo a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei n. 13.709/2018), dados pessoais são infor-
mações que podem identificar alguém. Dentro desse conceito, foi criada uma categoria 
chamada de “dado sensível”, que diz respeito a informações sobre origem racial ou étnica, 
convicções religiosas, opiniões políticas, saúde ou vida sexual. Registros como esses, a 
5 partir da vigência da lei, passam a ter nível maior de proteção, para evitar formas de 
 discriminação. Todas as atividades realizadas no país e todas as pessoas que estão no 
Brasil estão sujeitas à lei. A norma vale para coletas operadas em outro país, desde que 
estejam relacionadas a bens ou serviços ofertados a brasileiros. Mas há exceções, como 
a obtenção de informações pelo Estado para a segurança pública.
10 Ao coletar um dado, as empresas deverão informar a finalidade da coleta. Se o usuário 
 aceitar repassar suas informações, o que pode acontecer, por exemplo, quando ele con-
corda com termos e condições de um aplicativo, as companhias passam a ter o direito de 
tratar os dados (respeitada a finalidade específica), desde que em conformidade com a 
legislação. A lei prevê uma série de obrigações, como a garantia da segurança das informa-
15 ções e a notificação do titular em caso de um incidente de segurança. A norma permite a 
reutilização dos dados por empresas ou órgãos públicos, em caso de “legítimo interesse”. 
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 Por outro lado, o titular ganhou uma série de direitos. Ele pode, por exemplo, solicitar à 
empresa os dados que ela tem sobre ele, a quem foram repassados (em situações como a 
de reutilização por “legítimo interesse”) e para qual finalidade. Caso os registros estejam 
20 incorretos, ele poderá cobrar a correção. Em determinados casos, o titular terá o direito de 
se opor a um tratamento. A lei também prevê a revisão de decisões automatizadas toma-
das com base no tratamento de dados, como as notas de crédito ou os perfis de consumo.
Internet: (com adaptações)
002. 002. (CEBRASPE/ANALISTA/TJ-PA/2020) No período em que se insere no texto CG1A1-II, a 
oração “Ao coletar um dado” (l.10) exprime uma circunstância de
(A) causa.
(B) modo.
(C) finalidade.
(D) explicação.
(E) tempo.
Letra e.
O termo “Ao coletar um dado” pode ser reescrito como “Quando coletar um dado”. Há, 
então, um sentido temporal nessa expressão (e esse é o sentido que mantém a coerência 
do trecho). Por isso, a alternativa “e” está adequada.
003. 003. (CEBRASPE/CARGO/TJ-PA/2020) Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido 
original do texto CG1A1-II, a forma verbal “há” (l.8) poderia ser substituída por
(A) existem.
(B) existe.
(C) ocorre.
(D) têm.
(E) tem.
Letra a.
No trecho em análise, a forma verbal “há” está empregada em sentido existencial. Como 
se sabe, nessa acepção o verbo “haver” é impessoal (sempre flexionado na terceira pessoa 
do singular) e pode ser substituído por “existir”. No entanto, quando utilizamos o verbo 
“existir”, devemos notar a necessidade de se realizar a concordância (porque esse verbo é 
pessoal). Assim, a forma “existir” deve ser flexionada no plural, de modo a concordar com 
“exceções”: “Mas existem exceções”.
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Texto CG2A1BBB
1 Informações genéricas sobre a origem do ato de votar encontram-se no campo da his-
tória política. Remonta a origem do voto aos tempos mais remotos, à escolha de chefes mili-
tares das comunidades primitivas por meio da aclamação dos guerreiros, então os únicos 
eleitores. Com o tempo, esses chefes tornavam-se governantes também em época de 
5 paz. Só tardiamente surgiu a necessidade de organizar disciplinadamente essa escolha.
 Na Grécia, a primeira legislação eleitoral é atribuída pela tradição ao lendário Licurgo 
e a Sólon, que, em 594 a.C., anistiou as dívidas dos camponeses e, ao diminuir os pode-
res da aristocracia, reestruturou as instituições políticas e deu direito de voto aos 
trabalhadores livres sem bens. Em Roma, o voto advém das reformas de Sérvio Túlio, 
10 que tendem à formação de um corpo eleitoral e à fixação de processos de votação.
 No início da Idade Média, as monarquias germânicas continuaram sendo teorica-
mente, e por vezes pratica mente, eletivas, como a monarquia visigótica. No entanto, foi 
sobretudo no âmbito da Igreja que se utilizaram as eleições, embora com um eleitorado 
restrito. Eleitos também eram o imperador alemão e certos governantes italianos. E, 
15 ainda que na Inglaterra o parlamento tenha se instaurado no século XIII, somente mais 
tarde, com a influência da Revolução Francesa, as eleições parlamentares começaram a 
ser regulamentadas.
 Na época moderna, as eleições estão ligadas ao sistema de governo representativo e 
ao preenchimento de cargos executivos. É nessa época que se fortalece a ideia de que a 
20 eleição é a forma pela qual as pessoas em uma sociedade escolhem politicamente candi-
datos ou partidos por meio do voto. Quer dizer: apesar de o uso do voto ser ancestral, a 
organização do sistema eleitoral tem origem no século XVII, com o surgimento de gover-
nos representativos na Europa e na América do Norte. É o sistema eleitoral que diz como 
é escolhido um representante ou decidida uma questão. Assim, o conceito de eleição 
25 implica que sejam reconhe cidos os eleitores e que eles sejam contemplados com alterna-
tivas, que possam escolher uma entre várias propostas (ou representantes) designadas 
para resolver determinados problemas públicos. A existência de alternativas torna-se, 
portanto, uma condição necessária para que a eleição seja genuinamente democrática.
Origem do voto. Internet: (com adaptações).
004. 004. (CEBRASPE/CARGO DE NÍVEL SUPERIOR/TRE-TO/2019) Com relação aos aspectos 
linguísticos do texto CG2A1BBB, assinale a opção correta.
(A) Na linha 23, o termo “o sistema eleitoral” exerce a função de sujeito da locução verbal 
“é escolhido” (l.24).
(B) A expressão “com o surgimento de governos representativos na Europa e na América 
do Norte” (l.22 e 23) exprime uma consequência.
(C) O vocábulo “disciplinadamente” (l.5) exprime circunstância de modo.
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(D) O uso do acento indicativo de crase nas expressões “à formação de um corpo eleitoral” 
(l.10) e “à fixação de processos de votação” (l.10) é facultativo, pois as palavras “formação” 
e “fixação” estão empregadas de modo impreciso.
(E) Na linha 11, o adjetivo “germânicas” expressa um atributo negativo de “monarquias”.
Letra c.
Precisamos observar os erros das alternativas “a”, “b”, “d” e “e”:
(A) O sujeito de “é escolhido” é “um representante”;
(B) A expressão “com o surgimento de governos representativos na Europa e na América 
do Norte” exprime uma causa/origem;
(D) As palavras “formação” e “fixação” NÃO estão sendo empregadas de modo impreciso. 
Observe as especificações (que tornam os termos mais precisos): “de um corpo eleitoral” 
e “de processos de votação”;
(E) O termo é um adjetivo gentílico, o qual não está sendo empregado comoatributo negativo.
A alternativa certa, “c”, afirma adequadamente que “disciplinadamente” exprime circunstância 
de modo (equivale a “organizar ‘de modo disciplinado’ essa escolha”).
1 A identificação das bases eleitorais de um candidato é relevante na medida em 
que para elas se direciona a maior parte da atividade desse candidato como político. A 
importância atribuída às bases, no caso do Poder Executivo estadual, decorre do fato 
de que a sua manutenção significa maiores possibilidades de conquistar uma reelei-
5 ção. A verificação da concentração ou da dispersão geográfica da votação no estado 
 para o candidato eleito é importante para identificar as localidades onde ele possui ou 
não força política.
 Para o entendimento da concentração da votação em determinado lugar, é neces-
sário abordar a teoria do contextualismo geográfico, segundo a qual o comportamento 
10 dos eleitores é influenciado pelo ambiente sociogeográfico — seja pelas redes de inte-
ração social existentes, seja pela semelhança de experiências às quais os habitantes 
de uma região estão submetidos. Segundo essa linha de pensamento, a política não 
 pode ser compreendida desconsiderando-se o contexto no qual ocorre e as con-
dições em que se encontram os indivíduos. Em oposição a essa perspectiva está 
15 a teoria da escolha racional, que considera o indivíduo o ator racional que procura maxi-
mizar seus benefícios agindo de acordo com seu interesse individual.
 Assim, entende-se que os indivíduos são mais afetados por questões próximas à sua 
realidade do que por questões gerais como a ideologia, estando as pessoas com reali-
dades semelhantes — o que é mais comum quando vivem próximas geograficamente 
20 — predispostas, no cenário eleitoral, a votar também de modo semelhante. Em suma, 
deve-se atentar para o fato de que a existência de referências comuns entre os indiví-
duos pode interferir em sua ação política, direcionando-a em um mesmo sentido. Esse 
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compartilhamento de referências pode advir tanto da interação social entre os indiví-
duos quanto do pertencimento a determinado contexto geográfico.
Jayane Maia. Geografia eleitoral e manutenção do poder: a importância das bases 
eleitorais para a reeleição do executivo estadual. In: Revista Paraná Eleitoral, v. 3, 
n.º 3, p. 407–436. Internet: (com adaptações)
005. 005. (CEBRASPE/TÉCNICO JURIDICO/TRE-PI/2016) Ainda com relação aos aspectos linguísticos 
do texto Geografia eleitoral e manutenção do poder:..., assinale a opção correta.
(A) A formal verbal “ocorre” (l.13) foi empregada de forma impessoal no texto.
(B) A forma verbal “pode” (l.22) está flexionada no singular por concordar com “o fato” (l.21).
(C) O trecho “tanto da interação social entre os indivíduos quanto do pertencimento a 
determinado contexto geográfico” (l.23 e 24) exerce função de adjunto adverbial na oração 
em que ocorre.
(D) O trecho “a maior parte da atividade desse candidato como político” (l.2) exerce a função 
de complemento da forma verbal “direciona” (l.2).
(E) O termo “A importância atribuída às bases” (l.3 e 4) funciona como sujeito da forma verbal 
“decorre” (l.3).
Letra e.
Apenas a alternativa “e” está correta: de fato, o termo “A importância atribuída às bases” 
funciona como sujeito da forma verbal “decorre”. Os erros das alternativas “a”, “b”, “c” e 
“d” são estes:
(A) O sujeito de “ocorre” é “a política”;
(B) O sujeito da forma verbal “pode” é “a existência”;
(C) O trecho é complemento da forma verbal “advir”;
(D) O termo “a maior parte da atividade desse candidato como político” é sujeito da forma 
verbal “direciona”. Observe a presença do “se”, que é partícula apassivadora: se fosse uma 
passiva analítica, teríamos “a maior parte da atividade desse candidato como político é 
direcionada para elas.
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1 O sistema de votação manual pode ser vulnerável, favorecendo a prática de atos que 
têm por objetivo fraudar a manifestação da vontade do eleitor. Entre essas práticas, 
pode-se citar o chamado “voto carreirinha”. Nesse tipo de fraude, um eleitor, valendo-se 
da desatenção ou mesmo da conivência dos componentes da mesa, deixa de depositar a 
5 cédula na urna, colocando, em seu lugar, algum pedaço de papel assemelhado. Então, a 
cédula oficial não depositada é entregue para outro eleitor, já preenchida, que a coloca 
na urna e deixa a seção eleitoral portando a cédula em branco recebida do mesário.
 Outra fraude muito comum é o chamado “mapismo”. Após a apuração dos votos 
de determinada urna, o mapa resultante é alterado para que se beneficie algum can
10 didato. O fraudador se vale da colaboração de algum escrutinador e da desmobiliza-
ção da fiscalização para alterar o mapa com o resultado da votação daquela urna. A 
fraude é favorecida pela quantidade de pessoas que se aglomeram nos locais de 
apuração, o que dificulta sobremaneira a fiscalização das atividades pelos repre-
sentantes dos partidos políticos, bem como pelos integrantes da justiça eleitoral.
15 A necessidade de convocação de grande número de eleitores para atuar como 
escrutinadores também traz grande malefício. Os escrutinadores podem passar dias 
afastados de seus locais de trabalho no desenrolar do processo de apuração de votos, 
e, depois, ainda fazem jus a período de afastamento do trabalho por tempo equiva-
lente. Com isso, o país deixa de contar com tal força de trabalho, o que prejudica, 
20 sobremaneira, a produção de bens e serviços.
Arthur Narciso de Oliveira Neto. Voto eletrônico: tecnologia a serviço da cidadania. In: Estudos eleitorais / Tri-
bunal Superior Eleitoral, vol. 9, n.º1, jan.-abr./2014, p.11-13. Internet: (com adaptações).
006. 006. (CEBRASPE/ANALISTA/TRE-RS/2015) Considerando os aspectos gramaticais do texto 
Voto eletrônico, assinale a opção correta.
(A) Os termos “de convocação” (l.15) e “de grande número de eleitores” (l.15) desempenham 
a mesma função sintática.
(B) A partícula “se”, em “valendo-se” (l.3), classifica-se como pronome reflexivo.
(C) As palavras “recebida” (l.7) e “afastados” (l.17) desempenham, nos períodos em que 
ocorrem, a mesma função sintática.
(D) As palavras “muito” (l.8) e “grande” (l.16) desempenham a função de adjuntos adverbiais 
nas orações em que ocorrem.
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(E) Os termos “pela quantidade de pessoas” (l.12) e “pelos representantes dos partidos 
políticos” (l.14) funcionam como agentes da passiva das orações em que ocorrem.
Letra a.
Eis o porquê de a alternativa “a” estar correta: ambas são complementos nominais 
(necessidade e afastado, respectivamente). Os erros das demais alternativas são estes:
(B) O “se” é parte integrante do verbo (valer-se, pronominal);
(C) A palavra “recebida” modifica, no mesmo sintagma nominal ( juntamente com “do 
mesário), o substantivo “cédula”; e a palavra “afastados” exerce a função de predicativo 
do sujeito (no predicado verbo-nominal);
(D) “muito” modifica (intensifica) o adjetivo “comum” e “grande” modifica o substantivo 
“número” (é um adjetivo). Não se pode, por isso, afirmar que as duas formas desempenham 
a função de adjunto adverbial (“grande” é adjunto adnominal);
(E) para saber se uma expressão é o agente da passiva, basta verificar se, na ativa, esse 
termo funciona como sujeito. Isso ocorre em “pela quantidade de pessoas”: “a quantidade 
de pessoas que se aglomeram nos locais de apuração favorece a fraude”. Em “pelos 
representantes dos partidos políticos”, diferentemente, temos uma relaçãode modificação 
no âmbito nominal, já que esse termo vincula-se a “fiscalização”.
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1 Do fenômeno que corresponde ao que C. Lévy-Strauss chama de “as variantes cultu-
rais” resulta a ideia de que a identidade cultural é, ao mesmo tempo, estável e movediça. 
Ela pode até evoluir no tempo, mas ela também se reconhece nas grandes áreas civiliza-
cionais, históricas: é o que os antropólogos chamam de hipótese do “continuísmo”. Não 
5 se diz que o século XVI foi ítalo-ibérico; o XVII e o XVIII, franceses; o XIX, anglo-germâ-
nico, assim como o XX seria norte-americano? Mas o que isso quer dizer? Trata-se ainda 
de uma essência?
 O “essencialismo” e “a busca da origem” são duas ideias falsas. A ideia segundo a qual 
o indivíduo ou um grupo humano funda(m) sua existência sobre uma perenidade, sobre 
10 um substrato cultural estável, que seria o mesmo desde a origem dos tempos, sobre 
uma “essência”, não se sustenta. Se, no entanto, existe uma identidade coletiva, esta só 
pode ser a que está relacionada àquilo que é partilhado, logo, relacionado à produção de 
um sentido coletivo.
 Trata-se, porém, de uma partilha instável, cujas fronteiras são imprecisas e na qual inter
15 vêm influências múltiplas. É uma ilusão crer que nossa identidade repousa sobre uma 
entidade única, homogênea, uma essência que constituiria nosso substrato do ser: “Não 
existe identidade ‘natural’ que nos seria imposta pela força das coisas. Não há senão estra-
tégias identitárias, racionalmente conduzidas por atores identificáveis. Nós não estamos 
condenados a permanecer reféns desses sortilégios” (Bayard, 1996). Infelizmente, essa 
20 ilusão – esse sortilégio – é o que impede que se atinja a identidade plural dos seres e das 
comunidades e, infelizmente, é uma ilusão em nome da qual muitos abusos são cometidos. 
 Quanto à “busca de si”, eis outra falsa ideia igualmente perigosa. Estudiosos têm 
feito pesquisas sobre esse ponto. O que é a autenticidade de um indivíduo ou de um 
grupo? O retorno à condição de feto para o indivíduo, à origem da espécie para o grupo? 
25 A busca pela origem não é sempre uma fantasia? Vamos nos desvencilhar dessas duas 
noções e estabelecer que “ser eu mesmo” é, primeiramente, ver-me diferente do outro; 
que, se há uma busca do sujeito, isso é, antes de mais nada, a busca de não ser o outro.
P. Charaudeau. Identidade linguística, identidade cultural: uma relação paradoxal. In: Lara e Limbert (Orgs.). Dis-
curso e desigualdade social. São Paulo: Contexto, 2015, p. 17-8 (com adaptações).
007. 007. (CEBRASPE/ANALISTA/TRE-PI/2016) Assinale a opção correta a respeito de aspectos 
linguísticos do texto Identidade linguística,...
(A) No último período do texto, o trecho “isso é” tem caráter explicativo e poderia ser 
corretamente substituído por isto é.
(B) No primeiro período do texto, os termos “cultural”, “estável” e “movediça” exercem a 
mesma função sintática, uma vez que atribuem característica ao termo “identidade” (l.2).
(C) No trecho “mas ela também se reconhece nas grandes áreas civilizacionais” (l.3 e 4), a 
partícula “se” foi empregada como pronome reflexivo.
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(D) A frase “Quanto à ‘busca de si’, eis outra falsa ideia igualmente perigosa” (l.22) é formada 
por um predicado verbal cujo núcleo é “eis”.
(E) No trecho “esta só pode ser a que está relacionada àquilo” (l.11 e 12), os termos “esta”, 
“a” e “àquilo” classificam-se como pronomes demonstrativos.
Letra e.
Vamos diretamente aos erros:
(A) A expressão “isso é” não possui caráter explicativo (o pronome “isso” é um anafórico).
(B) As funções sintáticas são distintas: “cultural” é adjunto adnominal e “estável” e “movediça” 
são predicativos do sujeito.
(C) O verbo “rever-se” é pronominal (e o “se” é parte integrante do verbo).
(D) Por fim, o erro está em afirmar que “eis” é uma forma verbal (na verdade, é um advérbio 
(segundo o Houaiss, 2009) ou, em outras classificações, uma palavra denotativa).
(E) Temos a classificação correta das formas destacadas (observe que o “a” pode ser 
substituído por “aquela”: aquela que está relacionada àquilo).
1 A Internet virou de ponta-cabeça a maneira como trabalhamos, fazemos negócios e 
nos relacionamos com outras pessoas e com o mundo. Eliminamos a ajuda dos carteiros 
para entregar cartas e documentos. Também ultrapassamos a fase de marcação de data 
e hora para conversar por telefone com clientes e sócios de lugares distantes. Nossas 
5 mensagens e documentos agora são digitais: encaminhadas em segundos, ao clicar de 
uma tecla, ao toque dos dedos ou em resposta a um comando de voz, materializam-se 
diante dos nossos olhos em telas, telinhas e telonas do computador, do tablet, do celu-
lar e até do relógio de pulso.
 � Nossos colegas de trabalho são virtuais. Trocamos informações com pessoas ins-
10 taladas do outro lado do oceano como se estivéssemos sentados à mesma mesa, mas 
mal as conhecemos. Falamos com elas línguas diferentes, em horários improváveis, 
embora tenhamos objetivos comuns e comemoremos juntos os resultados alcançados. 
Negociamos milhões sem nunca as termos encontrado. Compramos sem conhecer os 
produtos ao vivo. Estamos fisicamente distantes uns dos outros, mas conectados em 
15 rede em um mundo globalizado.
 Só uma coisa continua a mesma: nossas mensagens ainda chegam em forma de 
texto, do mesmo modo como acontecia com os antigos documentos e cartas de papel. 
Mudou o meio pelo qual essas mensagens desembarcam na nossa mesa de trabalho, mas 
a essência permaneceu. Quase toda a comunicação e informação digital do nosso tempo 
20 acontece por meio de mensagens escritas. E-mails, torpedos, SMS, posts na pasta de 
correspondência do Facebook, Twitter, Skype, todas essas ferramentas registram textos. 
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Até os modernos aplicativos de mensagens instantâneas, como o WhatsApp, transmi-
tem conversas por escrito. Falamos pouco uns com os outros. Telefone agora serve para 
escrever. Quem diria, hein? Nunca escrevemos tanto.
Arlete Salvador. A mensagem virtual. In: Para escrever bem no trabalho: do WhatsApp ao relatório. São Paulo: 
Contexto, 2015, p. 13-4 (com adaptações).
008. 008. (CEBRASPE/ANALISTA/TRE-PI/2016) Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos 
do texto A mensagem virtual, assinale a opção correta.
(A) Em “do mesmo modo como acontecia com os antigos documentos e cartas de papel” 
(l.17), o verbo acontecer é impessoal.
(B) A partícula “se”, em “materializam-se” (l.6), classifica-se como pronome apassivador.
(C) No primeiro e no segundo parágrafos, as formas verbais flexionadas na primeira pessoa 
do plural, no modo indicativo, foram empregadas para exprimir ações realizadas no passado.
(D) Na linha 2, a forma pronominal “nos” classifica-se como pronome reflexivo, exercendo 
a função de complemento da forma verbal “relacionamos”.
(E) Os dois-pontos empregados logo após “mesma” (l.16) introduzem trecho que exprime 
uma explanação.
Letra e.
Em (A), a forma verbal “acontecia”, na acepção “ser ou tornar-se realidade no tempo e no 
espaço, seja por acaso, seja como resultado de uma ação, ou como o desenvolvimento de um 
processo ou a modificação de um estado de coisas, envolvendo ou afetando (algo ou alguém)”, 
ocorre sempre na terceira pessoa (do singular ou do plural). No texto, podemos subentender 
uma espécie de “isso acontecia”, não sendo possível classificá-lo como impessoal. Em (B) e 
(D), o “se” é parte integrante do verbo (que é pronominal: materializar-se). Em (C), por fim, 
os eventos denotados pelos verbosnão exprimem ações realizadas no passado (trata-se, 
na verdade, de um presente discursivo). A alternativa correta, (E), afirma adequadamente 
que os dois-pontos empregados logo após “mesma” introduzem trecho que exprime uma 
explanação (e essa explanação diz respeito ao que seja essa “uma coisa que continua a ser 
a mesma”).
009. 009. (CEBRASPE/ANALISTA/TRE-PI/2016) No texto A mensagem virtual, a oração “embora 
tenhamos objetivos comuns” (l.12) expressa uma ideia de
(A) comparação.
(B) consequência.
(C) causa.
(D) finalidade.
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(E) concessão.
Letra e.
A conjunção “embora” introduz uma ideia de concessão. No trecho, como podemos confirmar, 
há claro sentido concessivo: “Falamos com elas línguas diferentes, em horários improváveis, 
embora tenhamos objetivos comuns e comemoremos juntos os resultados alcançados”.
1 Para que se possa definir a inelegibilidade, é necessário, preliminarmente, distingui-la 
de outro instituto que com ela não se confunde, a incompatibilidade. O nosso legislador 
constituinte distingue perfeitamente as duas situações. A Constituição Federal de 1988 (CF) 
estabelece as incompatibilidades no seu artigo 54, e as inelegibilidades no artigo 14, §§ 4º e 
5 seguintes. Os demais casos de inelegibilidade estão fixados na Lei Complementar n. 
64/1990.
 As inelegibilidades são os impedimentos, de natureza constitucional ou legal (se 
forem os previstos na lei complementar que regula a matéria das inelegibilidades), que 
impossibilitam alguém de se registrar como postulante a todos ou a alguns cargos eleti-
10 vos, ou, se supervenientes ao registro, que servem de embasamento à impugnação de 
sua diplomação, tornando nulos os votos porventura dados ao cidadão sufragado.
 As incompatibilidades são, da mesma forma, impedimentos, embora de natureza 
diversa, que proíbem o parlamentar, desde a expedição do diploma ou desde a sua posse, 
de obter, direta ou indiretamente, vantagens do poder público, ou de se utilizar do man
15 dato para obtê-las com maior facilidade.
 Enquanto a inelegibilidade é um impedimento prévio à eleição, que torna nulos os 
votos dados ao cidadão inelegível, a incompatibilidade é um impedimento posterior ao 
pleito eleitoral e proibitivo do exercício do mandato.
 Se o parlamentar infringir as proibições constantes do artigo 54 da CF, perderá o 
20 seu mandato. Cabe, portanto, a ele, parlamentar, optar por permanecer no Legislativo 
e abandonar o cargo incompatível com o exercício do seu mandato, ou, então, conti-
nuar no exercício do cargo incompatível, e, no entanto, perder o mandato legislativo.
Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz. Condições de elegibilidade e inelegibilidade. In: Revista do Tribunal 
Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul, vol. 17, n.º 35, jul.-dez./2012. Porto Alegre: TRE/RS, p. 13-15. Inter-
net: (com adaptações).
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010. 010. (CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-RS/2015) Ainda a respeito dos aspectos 
linguísticos do texto Condições de elegibilidade e inelegibilidades, assinale a opção correta.
(A) A oração “para obtê-las com maior facilidade” (l.15) expressa uma consequência da 
ação descrita na oração “de se utilizar do mandato” (l.14 e 15).
(B) A oração “de se registrar como postulante a todos ou a alguns cargos eletivos” (l. 9 e 
10) restringe o sentido do pronome “alguém” (l.9).
(C) A oração “Se o parlamentar infringir as proibições constantes do artigo 54 da CF” (l.18) 
expressa a causa da ideia expressa na oração “perderá o seu mandato” (l.19 e 20).
(D) A oração “Enquanto a inelegibilidade é um impedimento prévio à eleição” (l.16) classifica-
se como coordenada e expressa um contraste em relação à ideia expressa na oração “a 
incompatibilidade é um impedimento posterior ao pleito eleitoral e proibitivo do exercício 
do mandato” (l.17 e 18).
(E) A oração “distingui-la de outro instituto” (l.1 e 2) desempenha a função sintática de 
sujeito no período em que ocorre.
Letra e.
Vamos observar os desvios das alternativas “a”, “b”, “c” e “d”:
(A) A oração em destaque expressa finalidade;
(B) A oração em destaque está vinculada à forma verbal “impossibilitam”;
(C) A oração em destaque expressa condição em relação à ideia expressa “perderá o seu 
mandato”;
(D) A forma “enquanto” é uma conjunção subordinativa.
A alternativa (E), correta, afirma adequadamente que a oração “distingui-la de outro 
instituto” é sujeito de “é necessário”: “distingui-la de outro instituto é necessário”.
Texto CG1A1BBB
1 O Tocantins dá abrigo à mais completa floresta fossilizada do mundo, que viveu no 
Período Permiano, em uma época anterior à dos dinossauros. No final desse período, o 
planeta assistiu à maior extinção em massa da fauna e da flora de sua existência.
 Os fósseis da floresta foram preservados graças à presença de sílica no ambiente, que 
5 se infiltrou nas plantas e conservou seus formatos, por meio do processo de perminera-
lização celular. A infiltração e a impregnação de sílica nas células e nos espaços interce-
lulares formaram uma matriz inorgânica que sustentou os tecidos das plantas, preser-
vando-os. A origem do agente da permineralização silicosa ainda permanece obscura. 
 O alto índice de samambaias indica que a região central do Tocantins era, então, uma 
10 planície costeira com farto sistema hídrico sob um clima tropical. E o ambiente? Há dúvi-
das quanto à sua caracterização, isto é, se era amazônico ou parecido com o do cerrado.
Internet: (com adaptações).
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011. 011. (CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE-TO/2017) No trecho “em uma época anterior à 
dos dinossauros” (l. 2) do texto CG1A1BBB, o emprego do sinal indicativo de crase decorre da
(A) regra de acentuação de palavras monossílabas.
(B) presença de expressão adverbial com nome feminino.
(C) elipse do nome “época” imediatamente depois de “à” (l.2).
(D) regência do adjetivo “anterior” (l.2) e presença do artigo feminino antes do termo 
elíptico “época”.
(E) regência do nome “época” (l.2).
Letra d.
O emprego ocorre em razão da forma nominal “anterior”, a qual rege preposição “a” (anterior 
a algo). Como há artigo definido diante do termo elíptico “época”, a crase ocorre: “em uma 
época anterior à época dos dinossauros”. Assim, a alternativa (D) está correta.
Texto CG1A2AAA
1 Desde que a urna eletrônica foi adotada em todo o território brasileiro, votar passou a 
ser uma atividade relativamente simples. Diante da urna, o eleitor pode seguir quatro cami-
nhos diferentes. É possível deixar o voto em branco; para isso, basta apertar a tecla branca. 
A segunda opção é digitar um número que não corresponda a nenhum dos candidatos ou 
5 partidos e, com isso, anular o voto. A terceira opção é digitar o número de um partido e votar 
“na legenda”. Por fim, é possível escolher um candidato específico digitando-se o seu número.
 Até meados da década de 90 do século XX, ainda na era da cédula de papel, a apuração 
geralmente era feita em ginásios esportivos e durava muitos dias. As pessoas que tiveram 
a oportunidade de ver uma dessas apurações devem se lembrar das fases da contagem 
10 de votos. Inicialmente, os votos em branco eram carimbados para evitar que eles 
fossem preenchidos de maneira fraudulenta durante o cômputo. Os votos nulos eram 
separados em uma pilha específica. Depois de contados os votos, os boletins de cada 
urna eram preenchidos, enviados para níveis superiores de apuração e totalizados
 Hoje os poderosos computadores da justiça eleitoral em Brasília são capazes de 
15 proclamar, em poucas horas, quais foram, entreos milhares de candidatos, os eleitos.
Jairo Nicolau. Representantes de quem? Os (des)caminhos do seu voto da urna à Câmara dos Deputados. Rio 
de Janeiro: Zahar, 2017, p. 21-3 (com adaptações).
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012. 012. (CEBRASPE/ANALISTA/TRE-BA/2017) Em relação aos aspectos linguísticos do texto 
CG1A2AAA, julgue os itens a seguir.
I – A correção gramatical e o sentido original do texto seriam mantidos caso se substituísse 
“foi adotada” (l.1) por se adotou.
II – A oração “apertar a tecla branca” (l.3) exerce, no período em que ocorre, a função de 
complemento da forma verbal “basta”.
III – A correção gramatical do texto seria mantida caso o trecho “devem se lembrar” (l.9) 
fosse reescrito de qualquer uma das seguintes formas: devem-se lembrar ou devem 
lembrar-se.
Assinale a opção correta.
(A) Apenas o item I está certo.
(B) Apenas o item II está certo.
(C) Apenas o item III está certo.
(D) Apenas os itens I e II estão certos.
(E) Apenas os itens II e III estão certos.
Letra c.
Vamos analisar cada afirmativa:
I – A substituição de “foi adotada” por “se adotou” torna a construção “estranha”: o sujeito 
da passiva sintética ocorre tipicamente posposto (e, na reescrita, está em posição pré-
verbal). Os sentidos também são “estranhos”, como uma potencial leitura reflexiva.
II – A oração “apertar a tecla branca” exerce, no período em que ocorre, a função de SUJEITO 
da forma verbal “basta”.
III – As duas colocações pronominais propostas são aceitas.
Assim, temos a alternativa (C) como correta.
1 Uma vez declarada, a ilicitude de algumas relações entre empresas e poder público e 
partidos políticos, ao contrário do que se diz, certamente diminuirá o fluxo de dinheiro 
clandestino. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou inclusive a pos-
sibilidade de que empresas possam doar a partidos em anos não eleitorais enquadra-se 
5 em um esforço saneador cujo efeito imediato será obrigar as legendas e seus candidatos 
a buscar recursos legais.
 Esse novo cenário levou os críticos da decisão do STF a argumentar também que, agora, 
somente os candidatos mais conhecidos terão visibilidade eleitoral, inviabilizando-se a 
construção de candidaturas de gente comum. Mais uma vez, trata-se de uma falácia: desde 
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10 sempre, figuras notórias puxam votos, sem que isso represente prejuízo irremediável 
para a democracia ou impeça a renovação da representação popular.
 O grande prejuízo se dá quando os partidos se viciam em dinheiro farto, transfor-
mando as campanhas eleitorais em espetáculos dirigidos por “marqueteiros” que hoje 
são, na prática, os responsáveis por formular o programa dos candidatos. Assim, não 
15 será surpresa se, para substituir a fartura das “doações” empresariais, os partidos plei-
tearem ainda mais dinheiro do Fundo Partidário e a ampliação da propaganda eleitoral 
dita “gratuita”, que de gratuita não tem nada, pois é financiada por meio de renúncia 
fiscal. Em ambos os casos, o contribuinte banca as despesas de partidos com os quais 
não tem necessariamente alguma afinidade.
Pelo fim do doping eleitoral. In: O Estado de S.Paulo, out./2015. Internet: (com adaptações)
013. 013. (CEBRASPE/ANALISTA/TRE-RS/2015) A respeito do emprego dos sinais de pontuação 
no texto Pelo fim do doping eleitoral, assinale a opção correta.
(A) O emprego de vírgula logo após “saneador” (l.5) preservaria o sentido original do período.
(B) As aspas foram empregadas tanto em ‘doações’ (l.15) quanto em ‘gratuita’ (l.17) com 
a mesma finalidade.
(C) A supressão da vírgula empregada logo após “se” (l.15) manteria a correção gramatical 
do texto.
(D) Caso a vírgula empregada logo após “eleitoral” (l.16) fosse substituída por ponto final, 
a correção gramatical do texto seria mantida.
(E) Os dois-pontos empregados logo após “falácia” (l.9) introduzem uma enumeração
Letra b.
Vamos a cada alternativa: em (A), a inserção da vírgula não é permitida diante de “cujo” (dada 
a sua natureza restritiva). Em (B), as aspas foram empregadas para relativizar o valor de 
um termo (o autor os questiona) – e por isso essa alternativa está correta. Em (C), a vírgula 
é necessária, pois isola um termo intercalado (“se, para substituir a fartura das “doações” 
empresariais, os partidos [...]”). Em (D), a substituição proposta é inadequada, porque a 
sequência está diretamente vinculada (sintaticamente e em termos de coesão) à oração 
principal. Em (E), por fim, os dois pontos introduzem uma explicação (um desenvolvimento 
que explica).
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1 O primeiro místico e o primeiro cientista foram uma mesma pessoa, um Homo sapiens 
qualquer que, olhando para o céu noturno há 30.000 anos, viu a lua cheia e se encheu 
de devoção e conjecturas. Partes diferentes de seu cérebro processaram à sua maneira 
a informação visual captada pelos olhos. Uma delas, o lobo temporal, registrou aquela 
5 luz pálida emanada de um disco que parecia flutuar no espaço como uma experiên-
cia sublime, inexplicável, superior, poderosa, acachapante, religiosa. Ao mesmo tempo, 
outras regiões do cérebro tentavam avaliar se aquele objeto luminoso oferecia algum 
perigo, se podia despencar causando dano, se era comestível, se sua aparição na abó-
bada celeste se repetiria ou se poderia ser relacionada com algum outro fenômeno, como 
10 a escassez ou a abundância de caça. Como sugeriu poeticamente o astrônomo francês 
Guillaume Bigourdan (1851-1932), o último Homo sapiens do planeta será talvez surpre-
endido pela morte quando, entretido com a mesma lua cheia — por maiores que sejam 
sua educação e seu treino científico, mais exata sua noção de tamanho, das distâncias e 
dos formatos das órbitas —, ela lhe parecerá sublime, inexplicável, superior, poderosa, 
15 acachapante, religiosa. Disse Bigourdan: “Isso é do homem. Contar lunações, medir órbi-
tas, calcular frequências, mas se prostrar extático diante da imensidão do universo”.
 Por muitas eras o lado místico e o científico conviveram sem conflitos na mente humana. 
Com o excedente econômico trazido pelo desenvolvimento tecnológico, as sociedades 
primitivas deram-se ao luxo de ter indivíduos dedicados a tarefas específicas. Mesmo 
20 depois disso, com as tarefas práticas entregues a certos indivíduos, enquanto outros se 
dedicavam a rituais e magia, a fé e a razão continuaram como campos complementares 
da experiência humana.
Veja, ano 42, n. 6, 14/1/2009, p. 88 (com adaptações).
014. 014. (CEBRASPE/TÉCNICO/TRE-MG/2009) Assinale a opção correta a respeito das estruturas 
linguísticas do texto.
(A) Nos trechos “um Homo sapiens qualquer que, olhando para o céu noturno há 30.000 
anos, viu a lua cheia” (l.1 e 2) e “aquela luz pálida emanada de um disco que parecia flutuar 
no espaço” (l.4 e 5), o pronome “que” exerce a mesma função sintática.
(B) No trecho “Uma delas, o lobo temporal, registrou aquela luz pálida” (l.4 e 5), a expressão 
“lobo temporal” exerce a função sintática de vocativo.
(C) No trecho “se era comestível” (l.8), o termo “comestível” qualifica a forma verbal “era”.
(D) No trecho “ela lhe parecerá sublime, inexplicável, superior, poderosa, acachapante, 
religiosa” (l.14 e 15), o pronome “ela” se refere ao antecedente “aquela luz pálida” (l.4).
(E) No trecho “enquanto outros se dedicavam a rituais e magia” (l.20 e 21), a substituição 
de “enquanto” por porquanto manteria a correção gramatical e o sentido original do texto.
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Professor: Bruno PilastreLetra a.
Em ambas as orações em (A), o “que” é um pronome relativo (retomam, respectivamente, 
“homo sapiens” e “disco”). Os erros das demais alternativas são estes:
(B) O termo “lobo temporal” não é uma evocação, um chamamento (em relação ao interlocutor, 
a uma segunda pessoa);
(C) O termo “comestível” qualifica “objeto luminoso”;
(D) O referente do pronome “ela” é “lua”;
(E) O articulador “porquanto” é explicativo – e, por isso, não pode substituir “enquanto”, 
cujo sentido é temporal.
1 Às vésperas do centenário de sua morte (29 de setembro de 1908), Machado de Assis 
continua a ser uma presença inquietante. Embora ocupe lugar central e mais ou menos 
indisputado na história da literatura produzida no Brasil, o escritor e sua obra ainda hoje 
guardam algo do caráter excêntrico, inclassificável e surpreendente que assombrou seus 
5 primeiros críticos.
 Quem era Machado de Assis no século XIX? Um grande poeta, homem de teatro e crí-
tico, que também se dedicou à crônica, ao conto e ao romance, mantendo em seus escri-
tos uma postura indiferente às grandes questões do seu tempo. Fino ironista que, do alto 
de sua torre de marfim, expedia escritos em linguagem levemente arcaizante e estran-
10 geirada, mais condizente com a literatura de outros séculos do que com o que então se 
produzia nas capitais literárias do mundo.
 Quem é Machado de Assis hoje? O maior contista e romancista brasileiro do século XIX, 
não só profundamente interessado pelas questões de seu tempo e lugar, mas talvez o mais 
agudo e radical crítico das instituições sociais e políticas do Brasil do Segundo Reinado. Um 
15 escritor que nunca se furtou ao corpo-a-corpo com seus leitores, colaborando com jor-
nais e revistas, participando ativamente dos círculos literários, e que teria antecipado na 
sua escrita procedimentos das vanguardas do século XX, se é que não foi um pós-mo-
derno avant la lettre.
 Entre aquele escritor alienado e retrógrado do século XIX e o escritor engajado e 
20 quase “vanguardista” de algumas leituras de hoje, uma pequena multidão de críticos 
procurou entender esse fenômeno improvável no acanhado ambiente literário e cultural 
do Brasil — tão improvável que até os mais materialistas falaram em milagre. Hélio de 
Seixas Guimarães. Presença inquietante.
In: Folha de S.Paulo, 27/1/2008 (com adaptações).
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015. 015. (CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-RJ/2008) A respeito das estruturas linguísticas 
do texto, assinale a opção correta.
(A) De acordo com a gramática normativa da língua portuguesa, o emprego da vírgula no 
primeiro período do texto não tem justificativa gramatical.
(B) No período “Embora (...) críticos” (l.2-5), a ideia de concessão é introduzida pela palavra 
“ainda” (l.5), empregada na oração principal.
(C) As palavras “inquietante” (l.2), “indisputado” (l.3) e “inclassificável” (l.4) classificam-se 
como adjetivos, os quais são formados por um mesmo prefixo, mas por sufixos diferentes.
(D) O pronome relativo “que” (l.4) refere-se a “o escritor” (l.3).
(E) Nas orações “colaborando com jornais e revistas, participando ativamente dos círculos 
literários” (l.15 e 16), ambos os verbos estão empregados sem complemento.
Letra c.
Vamos aos desvios das alternativas (A), (B), (D) e (E), respectivamente: o emprego da vírgula 
é adequado, pois separa adjunto de grande extensão deslocado; a ideia de concessão 
é introduzida pela conjunção “embora”; o pronome “que” refere-se a “algo do caráter 
excêntrico, inclassificável e surpreendente”; os verbos possuem complementos (colaborando 
com; participando de). Na alternativa (C), (i) é correto classificar os termos “inquietante” 
(presença inquietante), “indisputado” (lugar indisputado) e “inclassificável” (caráter 
inclassificável) como adjetivos; (ii) todos são formados por prefixação (o prefixo é o “in-”, 
o qual se soma às formas quieto, disputado, classificável); (iii) os sufixos, como se afirma, 
são distintos: -ante, -ado e -ável.
1 Diariamente, milhões de pessoas em todo o mundo conectam-se à Internet e mais de 
doze milhões de e-mails são enviados. Isso sem se mencionar o número de negócios fecha-
dos e o dinheiro movimentado. Com o advento do computador e, mais tarde, da Internet, 
as informações e os grandes negócios acontecem com uma velocidade impressionante. 
Resultado de um mundo globalizado, em que a informação se transformou na moeda cor-
rente. E, quando o assunto é informação, ou seja, transmitir informações, nada melhor do 
que utilizar a tecnologia. A cada dia, mais e mais serviços são disponibilizados por empresas 
para que as pessoas interessadas tenham acesso à informação de maneira rápida e eficaz.
Internet: (com adaptações)
016. 016. (CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE-MT /2010) Em relação às estruturas e às ideias 
do texto acima, assinale a opção correta.
(A) O emprego do acento grave em “à Internet” (l.1) justifica-se pela regência de “pessoas” 
(l.1), que exige emprego de preposição.
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(B) O trecho “mais de doze milhões de e-mails são enviados” (l.1 e 2) estaria gramaticalmente 
correto se fosse reescrito da seguinte forma: envia-se mais de doze milhões de e-mails.
(C) Altera-se a informação original do texto ao substituir-se o trecho “Resultado de um” 
(l.5) pelo seguinte: Isso é resultado de um.
(D) A substituição de “se transformou” (l.5) por foi transformada mantém a correção 
gramatical e as informações originais do período.
(E) Na linha 8, o emprego do acento grave em “à informação” justifica-se pela regência de 
“interessadas” (l.8).
Letra d.
A transformação proposta em (D) substitui uma passiva sintética (se transformou) por uma 
passiva analítica (foi transformada). Essa alteração é adequada, pois há compatibilidade 
de traços (pretérito perfeito do indicativo, concordância de número-pessoa e de gênero/
número). Os erros das demais alternativas são estes:
(A) A preposição “a” é regida pela forma verbal “conectar-se”;
(B) A concordância é no plural (concorda com o numeral “doze”): enviam-se;
(C) A inserção do “Isso é” altera a cadeia coesiva texto.
Por fim, em (E), o erro é afirmar que o emprego do acento grave se justifica pela regência 
de “interessadas”. Na verdade, o termo regente é “acesso”.
Texto CB4A1AAA
1 Narração é diferente de narrativa, uma vez que mantém algo da ideia de acom-
panhar os fatos à medida que eles acontecem. A narrativa é uma totalidade de acon-
tecimentos encadeados, uma espécie de soma final, e está presente em tudo: na 
sequência de entrada, prato principal e sobremesa de um jantar; em mitos, roman-
5 ces, contos, novelas, peças, poemas; no Curriculum vitae; na história dos nossos 
corpos; nas notícias; em relatórios médicos; em conversas, desenhos, sonhos, filmes, 
fábulas, fotografias. Está nas óperas, nos videoclipes, videogames e jogos de tabu-
leiro. A narração, por sua vez, é basicamente aquilo que um narrador enuncia.
 Uma contagem de palavras na base de dados do Google mostra uma mudança nos usos 
10 de narrativa. A palavra vem sendo cada vez mais empregada nas últimas décadas, mas 
seu sentido vem mudando.
 A expressão disputa de narrativas, que teve um boom dos anos 80 do século XX para 
cá, não costuma dizer respeito à acepção mais literária do termo, como narrativa de um 
romance. Fala antes sobre trazer a público diferentes formas de narrar o mundo, para 
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15 que narrativas plurais possam ser elaboradas e disputadas. É um uso do termo que 
talvez aproxime narrativa de narração, porque sugere que toda narrativa históricae cul-
tural carrega em si um processo e um movimento e que dentro dela há sempre sinais 
deixados pelas escolhas de um narrador.
Sofia Nestrovski. Narrativa. Internet: <www.nexojornal.com.br> (com adaptações).
017. 017. (CEBRASPE/MÉDIO/STM/2018) Há cerca de três décadas, em contextos históricos, 
culturais e literários, o termo narrativa passou a ser considerado um sinônimo de narração.
Errado.
Os termos não são considerados sinônimos. Em diversos pontos do texto, a autora faz a 
diferenciação entre narrativa e narração (linhas 1 a 8). Nas linhas de 14 a 18, a autora faz 
uma aproximação entre os sentidos dos termos, mas nunca são tomados como sinônimos.
018. 018. (CEBRASPE/MÉDIO/STM/2018) O vocábulo “antes” (l. 14) indica, no contexto em que 
se insere, circunstância temporal.
Errado.
Não há indicação de circunstância temporal, mas de oposição, equivalendo a “pelo contrário”, 
“ao contrário”.
Texto CB1A1CCC
1 As audiências de segunda a sexta-feira muitas vezes revelaram o lado mais sórdido 
da natureza humana. Eram relatos de sofrimento, dor, angústia que se transportavam 
da cadeira das vítimas, testemunhas e réus para minha cadeira de juíza. A toga não me 
blindou daqueles relatos sofridos, aflitos.
5 As angústias dos que se sentavam à minha frente, por diversas vezes, me escoltaram 
até minha casa e passaram a ser companheiras de noites de insônia. Não havia outra solu-
ção a não ser escrever. Era preciso colocar no papel e compartilhar a dor daquelas pessoas 
que, mesmo ao fim do processo e com a sentença prolatada, não me deixavam esquecê-las. 
Foram horas, dias, meses, anos de oitivas de mães, filhas, esposas, namoradas, 
10 companheiras, todas tendo em comum a violência no corpo e na alma sofrida dentro de 
casa. O lar, que deveria ser o lugar mais seguro para essas mulheres, havia se transfor-
mado no pior dos mundos.
 Quando finalmente chegavam ao Judiciário e se sentavam à minha frente, os relatos 
se transformavam em desabafos de uma vida inteira. Era preciso explicar, justificar e 
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15 muitas vezes se culpar por terem sido agredidas. A culpa por ter sido vítima, a culpa por 
ter permitido, a culpa por não ter sido boa o suficiente, a culpa por não ter conseguido 
manter a família. Sempre a culpa.
 Aquelas mulheres chegavam à Justiça buscando uma força externa como se somente 
nós, juízes, promotores e advogados, pudéssemos não apenas cessar aquele ciclo de vio-
20 lência, mas também lhes dar voz para reagir àquela violência invisível.
Rejane Jungbluth Suxberger. Invisíveis Marias: histórias além das quatro paredes. Brasília: Trampolim, 2018 
(com adaptações).
Com base no Texto CB1A1CCC, escrito por uma juíza acerca de casos de violência doméstica, 
julgue os itens a seguir.
019. 019. (CEBRASPE/ANALISTA/STJ/2018) Infere-se do primeiro parágrafo que, para a autora, 
escrever foi uma espécie de processo terapêutico.
Certo.
A escrita, para a autora do texto, permitiu a ela lidar com as angústias com as quais teve 
contato nas audiências. Por isso, pode-se dizer que a escrita foi uma espécie de processo 
terapêutico.
020. 020. (CEBRASPE/ANALISTA/STJ/2018) No terceiro parágrafo, fica clara a importância da 
linguagem nas audiências judiciais, momento em que as vítimas têm a oportunidade de 
desabafar, e os juízes, como a autora do Texto, de lhes explicar o trâmite da ação.
Errado.
O “dar voz para reagir àquela violência” é além do simples trâmite da ação. O processo de 
“dar voz” está ligado à noção de representatividade.
021. 021. (CEBRASPE/ANALISTA/STJ/2018) No Texto, a palavra “prolatada” (l. 8) foi empregada 
como sinônimo de deferida.
Errado.
A palavra “prolatada” vem do verbo “prolatar”, que significa “pronunciar uma sentença”. É 
esse o sentido presente na ocorrência da linha 8. Por isso, não se pode dizer que a palavra 
“prolatada” foi empregada como sinônimo de “deferida” (isto é, de “atendida”, “que foi 
atendida”), dado que a sentença poderia ser contrária ao pleito.
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022. 022. (CEBRASPE/ANALISTA/STJ/2018) O referente dos sujeitos de “chegavam” (l. 18), que 
está elíptico, é “os relatos” (l. 13).
Errado.
O referente dos sujeitos de “chegavam” (l. 18) e “sentavam” (l. 13) é “mulheres” (l. 11). 
Observe que, para interpretar bem as relações entre os termos do texto, é preciso conhecer 
os referentes dos predicados, ok?
Texto 1A1AAA
1 Ainda existem pessoas para as quais a greve é um “escândalo”: isto é, não só um erro, 
uma desordem ou um delito, mas também um crime moral, uma ação intolerável que 
perturba a própria natureza. “Inadmissível”, “escandalosa”, “revoltante”, dizem alguns 
leitores do Figaro, comentando uma greve recente. Para dizer a verdade, trata-se de 
5 uma linguagem do tempo da Restauração, que exprime a sua mentalidade profunda. 
É a época em que a burguesia, que assumira o poder havia pouco tempo, executa uma 
espécie de junção entre a moral e a natureza, oferecendo a uma a garantia da outra. 
Temendo-se a naturalização da moral, moraliza-se a natureza; finge-se confundir a 
ordem política e a ordem natural, e decreta-se imoral tudo o que conteste as leis estru-
10 turais da sociedade que se quer defender. Para os prefeitos de Carlos X, assim como 
para os leitores do Figaro de hoje, a greve constitui, em primeiro lugar, um desafio às 
prescrições da razão moralizada: “fazer greve é zombar de todos nós”, isto é, mais do 
que infringir uma legalidade cívica, é infringir uma legalidade “natural”, atentar contra 
o bom senso, misto de moral e lógica, fundamento filosófico da sociedade burguesa.
15 Nesse caso, o escândalo provém de uma ausência de lógica: a greve é escandalosa 
porque incomoda precisamente aqueles a quem ela não diz respeito. É a razão que 
sofre e se revolta: a causalidade direta, mecânica, essa causalidade é perturbada; o 
efeito se dispersa incompreensivelmente longe da causa, escapa-lhe, o que é intole-
rável e chocante. Ao contrário do que se poderia pensar sobre os sonhos da burgue-
20 sia, essa classe tem uma concepção tirânica, infinitamente suscetível, da causali-
dade: o fundamento da moral que professa não é de modo algum mágico, mas, sim, 
racional. Simplesmente, trata-se de uma racionalidade linear, estreita, fundada, por 
assim dizer, numa correspondência numérica entre as causas e os efeitos. O que falta 
a essa racionalidade é, evidentemente, a ideia das funções complexas, a imaginação 
25 de um desdobramento longínquo dos determinismos, de uma solidariedade entre os 
acontecimentos, que a tradição materialista sistematizou sob o nome de totalidade.
Roland Barthes. O usuário da greve. In: R. Barthes. Mitologias.
Tradução de Rita Buongermino, Pedro de Souza e Rejane Janowitzer. Rio de Janeiro: DIFEL, 2007, p. 135-6 
(com adaptações).
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Com relação às ideias do Texto 1A1AAA, julgue os itens.
023. 023. (CEBRASPE/SUPERIOR/TCM-BA/2018) Infere-se do Texto que seu autor considera a 
greve um crime moral, um delito contra a natureza do mundo e da sociedade.
Errado.
O autor do texto vai justamente CONTRA a ideia de que a greve seja um crime moral, um 
delito. Toda a argumentação está em prol de dizer que a greve NÃO é um crime moral.
024. 024. (CEBRASPE/SUPERIOR/TCM-BA/2018) Argumenta-se, no Texto, em favor de uma lógica 
natural que explique a articulação das tensões sociais que a greve manifesta.
Errado.
O autor do texto vai justamente CONTRA a adoção da lógica natural como forma de explicar 
as tensões sociais que a greve manifesta.
025. 025. (CEBRASPE/SUPERIOR/TCM-BA/2018) Conclui-se do Texto que a intolerância com 
relação à greve advémda ignorância da complexidade de seus efeitos sobre os membros 
de uma sociedade.
Certo.
No último período do texto, comprovamos que a afirmação do item está certa: “O que 
falta a essa racionalidade é, evidentemente, a ideia das funções complexas, a imaginação 
de um desdobramento longínquo dos determinismos, de uma solidariedade entre os 
acontecimentos, que a tradição materialista sistematizou sob o nome de totalidade”.
026. 026. (CEBRASPE/SUPERIOR/TCM-BA/2018) De acordo com o Texto, a percepção do senso 
comum sobre a burguesia é a de que esta é uma classe social cujos membros são caracterizados 
pelo comportamento tirânico e dominador.
Errado.
De acordo com o texto, quem tem uma concepção tirânica (da causalidade) é a burguesia.
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027. 027. (CEBRASPE/SUPERIOR/TCM-BA/2018) Infere-se do Texto que é inadequada a aplicação 
do pensamento racional à compreensão das relações sociais.
Errado.
Segundo o texto, para se compreender adequadamente as relações sociais, é preciso 
adotar procedimentos que levem em conta “as funções complexas, a imaginação de um 
desdobramento longínquo dos determinismos [...]”. Assim, a pura adoção de um racionalismo 
não é suficiente para se compreender as relações sociais.
Texto 1A1BBB
1 Após meses de sofrimento e solidão chega o correio: esta corrente veio da Vene-
zuela escrita por Salomão Fuais para correr mundo faça vinte e quatro cópias e mande a 
amigos em lugares distantes: antes de nove dias terá surpresa, graças a Santo Antônio.
 � Tem vinte e quatro cópias, mas não tem amigos distantes, José Edouard, Exérci-
5 to venezuelano, esqueceu de distribuir cópias, perdeu o emprego. Lupin Gobery incen-
diou cópia, casa pegou fogo, metade da família morreu. Mandar então a amigos em 
lugares próximos.
 � Também não tem amigos em lugares próximos.
 � Fecha a casa.
10 Deitado na cama, espera surpresa.
Rubem Fonseca. Corrente. In: Contos reunidos. São Paulo: Cia. das Letras, 1994, p. 324.
A respeito dos aspectos estruturais e linguísticos do Texto 1A1BBB, julgue os itens.
028. 028. (CEBRASPE/SUPERIOR/TCM-BA/2018) A mensagem da corrente apresenta-se em forma 
de citação no interior do conto, da linha 2 à linha 11.
Errado.
A citação apresenta-se da linha 1 à linha 3, apenas.
029. 029. (CEBRASPE/SUPERIOR/TCM-BA/2018) Nas linhas 6 e 8, é apresentada a conclusão da 
mensagem da corrente.
Errado.
Nas linhas 6 e 8, pode-se observar os pensamentos da personagem (o narrador, sendo 
onisciente, tem acesso a esse conhecimento).
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030. 030. (CEBRASPE/SUPERIOR/TCM-BA/2018) O Texto desenvolve-se, predominantemente, 
com base em relações de causa e consequência.
Certo.
As consequências (perder emprego; casa pegar fogo) são resultantes de uma causa: não 
repassar a corrente.
031. 031. (CEBRASPE/SUPERIOR/TCM-BA/2018) Na corrente predomina o uso de construções 
passivas para caracterizar os infortúnios decorrentes do descumprimento da mensagem.
Errado.
Há predominância de frases em voz ativa. Há apenas uma construção passiva, na linha 2: 
“escrita por Salomão Fuais”. Veja que os conhecimentos de gramática são exigidos em textos 
de interpretação. Por isso, sempre procure correlacioná-los (gramática e texto).
Texto CB1A1AAA
1 No pensamento filosófico da Antiguidade, a dignidade (dignitas) da pessoa humana 
era alcançada pela posição social ocupada pelo indivíduo, bem como pelo grau de reco-
nhecimento dos demais membros da comunidade. A partir disso, poder-se-ia falar em 
uma quantificação (hierarquia) da dignidade, o que permitia admitir a existência de pes-
5 soas mais dignas ou menos dignas.
 Frise-se que foi a partir das formulações de Cícero que a compreensão de dignidade 
ficou desvinculada da posição social. O filósofo conferiu à dignidade da pessoa humana 
um sentido mais amplo ligado à natureza humana: todos estão sujeitos às mesmas leis 
da natureza, que proíbem que uns prejudiquem aos outros.
10 No círculo de pensamento jusnaturalista dos séculos XVII e XVIII, a concepção da dig-
nidade da pessoa humana passa por um procedimento de racionalização e secularização, 
mantendo-se, porém, a noção básica da igualdade de todos os homens em dignidade e 
liberdade. Nesse período, destaca-se a concepção de Emmanuel Kant de que a auto-
nomia ética do ser humano é o fundamento da dignidade do homem. Incensurável é a 
15 permanência da concepção kantiana no sentido de que a dignidade da pessoa humana 
repudia toda e qualquer espécie de coisificação e instrumentalização do ser humano.
Antonio da Rocha Lourenço Neto. Direito e humanismo: visão filosófica, literária e histórica. Rio de Janeiro: 
Edição do Autor, 2013, p.148-9 (com adaptações).
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Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do Texto CB1A1AAA, julgue os próximos 
itens.
032. 032. (CEBRASPE/ANALISTA/STJ/2018) Conclui-se do Texto, especialmente pelo emprego 
de “Incensurável” (l. 14), que seu autor considera correto o posicionamento de Kant sobre 
a dignidade humana.
Certo.
O uso do termo “incensurável” é marca linguística que comprova como o autor concorda 
com Kant, considerando correto (sem censura, sem restrição) o posicionamento deste.
033. 033. (CEBRASPE/ANALISTA/STJ/2018) No primeiro parágrafo, os parênteses foram empregados 
para isolar palavras cuja função é explicar o sentido do elemento que imediatamente 
lhes antecede.
Errado.
A função linguístico-discursiva não é a de explicar, mas de especificar a tradução e o sentido 
dos termos.
034. 034. (CEBRASPE/MÉDIO/STM/2018)
Texto CB4A1AAA
1 Narração é diferente de narrativa, uma vez que mantém algo da ideia de acom-
panhar os fatos à medida que eles acontecem. A narrativa é uma totalidade de acon-
tecimentos encadeados, uma espécie de soma final, e está presente em tudo: na 
sequência de entrada, prato principal e sobremesa de um jantar; em mitos, roman-
5 ces, contos, novelas, peças, poemas; no Curriculum vitae; na história dos nossos corpos; 
nas notícias; em relatórios médicos; em conversas, desenhos, sonhos, filmes, fábulas, 
fotografias. Está nas óperas, nos videoclipes, videogames e jogos de tabuleiro. A narra-
ção, por sua vez, é basicamente aquilo que um narrador enuncia.
 � Uma contagem de palavras na base de dados do Google mostra uma mudança nos 
10 usos de narrativa. A palavra vem sendo cada vez mais empregada nas últimas décadas, 
mas seu sentido vem mudando.
 A expressão disputa de narrativas, que teve um boom dos anos 80 do século XX para 
cá, não costuma dizer respeito à acepção mais literária do termo, como narrativa de um 
romance. Fala antes sobre trazer a público diferentes formas de narrar o mundo, para 
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15 que narrativas plurais possam ser elaboradas e disputadas. É um uso do termo que 
talvez aproxime narrativa de narração, porque sugere que toda narrativa histórica e cul-
tural carrega em si um processo e um movimento e que dentro dela há sempre sinais 
deixados pelas escolhas de um narrador.
Sofia Nestrovski. Narrativa. Internet: <www.nexojornal.com.br> (com adaptações).
Há cerca de três décadas, em contextos históricos, culturais e literários, o termo narrativa 
passou a ser considerado um sinônimo de narração.
Errado.
Os termos não são considerados sinônimos. Em diversos pontos do texto, a autora faz a 
diferenciação entre narrativa e narração (linhas 6 e 7). Nas linhas de 14 a 18, a autora faz 
uma aproximação entre os sentidos dos termos, mas nunca são tomados como sinônimos.
035. 035. (CEBRASPE/SUPERIOR/STM/2018)Texto 6A1AAA
1 Está demonstrado, portanto, que o revisor errou, que se não errou confundiu, que 
se não confundiu imaginou, mas venha atirar-lhe a primeira pedra aquele que não tenha 
errado, confundido ou imaginado nunca. Errar, disse-o quem sabia, é próprio do homem, 
o que significa, se não é erro tomar as palavras à letra, que não seria verdadeiro homem 
5 aquele que não errasse. Porém, esta suprema máxima não pode ser utilizada como des-
culpa universal que a todos nos absolveria de juízos coxos e opiniões mancas. Quem 
não sabe deve perguntar, ter essa humildade, e uma precaução tão elementar deveria 
tê-la sempre presente o revisor, tanto mais que nem sequer precisaria sair de sua casa, 
do escritório onde agora está trabalhando, pois não faltam aqui os livros que o eluci-
10 dariam se tivesse tido a sageza e prudência de não acreditar cegamente naquilo que 
supõe saber, que daí é que vêm os enganos piores, não da ignorância. Nestas ajouja-
das estantes, milhares e milhares de páginas esperam a cintilação duma curiosidade 
inicial ou a firme luz que é sempre a dúvida que busca o seu próprio esclarecimento. 
Lancemos, enfim, a crédito do revisor ter reunido, ao longo duma vida, tantas e tão diver
15 sas fontes de informação, embora um simples olhar nos revele que estão faltando no 
seu tombo as tecnologias da informática, mas o dinheiro, desgraçadamente, não chega 
a tudo, e este ofício, é altura de dizê-lo, inclui-se entre os mais mal pagos do orbe.
 Um dia, mas Alá é maior, qualquer corrector de livros terá ao seu dispor um ter-
minal de computador que o manterá ligado, noite e dia, umbilicalmente, ao banco 
20 central de dados, não tendo ele, e nós, mais que desejar que entre esses dados do 
saber total não se tenha insinuado, como o diabo no convento, o erro tentador.
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 Seja como for, enquanto não chega esse dia, os livros estão aqui, como uma 
galáxia pulsante, e as palavras, dentro deles, são outra poeira cósmica flutuando, 
à espera do olhar que as irá fixar num sentido ou nelas procurará o sentido novo, 
25 porque assim como vão variando as explicações do universo, também a sentença 
que antes parecera imutável para todo o sempre oferece subitamente outra inter-
pretação, a possibilidade duma contradição latente, a evidência do seu erro próprio.
 Aqui, neste escritório onde a verdade não pode ser mais do que uma cara 
sobreposta às infinitas máscaras variantes, estão os costumados dicioná-
30 rios da língua e vocabulários, os Morais e Aurélios, os Morenos e Torrinhas, algumas gra-
máticas, o Manual do Perfeito Revisor, vademeco de ofício [...].
José Saramago. História do cerco de Lisboa. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 25-6.
Na construção do Texto, o autor, além de narrar fato que aconteceu com “o revisor”, explora, 
repetidas vezes e de diferentes modos, a ideia de que a dúvida pode ser algo positivo.
Certo.
Vamos nos concentrar na parte em que o item afirma ser o texto uma narração. O “personagem” 
dessa narração é o revisor, apresentado pelo narrador (é, portanto, uma terceira pessoa). 
Esse revisor realiza ações em terceira pessoa (“errou”, “confundiu”). Trata-se, assim, de 
estrutura narrativa.
Texto CB4A1BBB
1 O Zoológico de Sapucaia do Sul abrigou um dia um macaco chamado Alemão. Em 
um domingo de Sol, Alemão conseguiu abrir o cadeado de sua jaula e escapou. O largo 
horizonte do mundo estava à sua espera. As árvores do bosque estavam ao alcance de 
seus dedos. Ele passara a vida tentando abrir aquele cadeado. Quando conseguiu, em 
5 vez de mergulhar na liberdade, desconhecida e sem garantias, Alemão caminhou até 
o restaurante lotado de visitantes. Pegou uma cerveja e ficou bebericando no balcão.
 Um zoológico serve para muitas coisas, algumas delas edificantes. Mas um zoo-
lógico serve, principalmente, para que o homem tenha a chance de, diante da 
jaula do outro, certificar-se de sua liberdade e da superioridade de sua espécie.
10 Ele pode então voltar para o apartamento financiado em quinze anos satisfeito com 
sua vida. Pode abrir as grades da porta contente com seu molho de chaves e se aboletar 
no sofá em frente à TV; acordar na segunda-feira feliz para o batente.
 Há duas maneiras de se visitar um zoológico: com ou sem inocência. A primeira é a 
mais fácil e a única com satisfação garantida. A outra pode ser uma 
15 jornada sombria para dentro do espelho, sem glamour e também sem volta.
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 Os tigres-de-bengala são reis de fantasia. Têm voz, possuem músculos, são magní-
ficos. Mas, nascidos em cativeiro, já chegaram ao mundo sem essência. São um desejo 
que nunca se tornará realidade. Adivinham as selvas úmidas da Ásia, mas nem sequer 
reconhecem as estrelas. Quando o Sol escorrega sobre a região 
20 metropolitana, são trancafiados em furnas de pedra, claustrofóbicas. De nada servem 
as presas a caçadores que comem carne de cavalo abatido em frigorífico.
 De nada serve a sanha a quem dorme enrodilhado, exilado não do que foi, mas do 
que poderia ter sido.
Eliane Brum. O cativeiro. In: A vida que ninguém vê. Porto Alegre: Arquipélago, 2006, p. 53-4 (com adaptações).
Com relação aos sentidos e aos aspectos gramaticais do Texto CB4A1BBB, julgue os itens 
que se seguem.
036. 036. (CEBRASPE/MÉDIO/STM/2018) Ao narrar a história do macaco Alemão e ao comentar a 
vida dos tigres-de-bengala nascidos em cativeiro, a autora remete à perspectiva de visitar 
zoológicos que ela classifica como “sem inocência” (l.13).
Certo.
A parte narrativa do texto possui uma finalidade (a de apresentar um ponto de vista sobre 
determinado fato no mundo). Nessa narração, há personagens que sofrem e/ou praticam 
ações (especialmente no passado), como lemos em “Alemão conseguiu abrir o cadeado de 
sua jaula e escapou”. Temos, então, uma estrutura narrativa.
037. 037. (CEBRASPE/STM/MÉDIO/2018) A forma verbal “passara” (l.4) denota um fato ocorrido 
antes de duas outras ações também já concluídas, as quais são descritas nos dois períodos 
imediatamente anteriores ao período em que ela se insere.
Errado.
A forma verbal “passara” está na terceira pessoa do singular do pretérito mais-que-perfeito 
do indicativo. Esse evento (passar) ocorre antes de um evento no passado, o de escapar. 
Esse passado, portanto, refere-se a um único evento anterior.
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038. 038. (CEBRASPE/ASSISTENTE/TJ-AM/2019)
Texto CB3A1-I
1 O maior desafio do Poder Judiciário no Brasil é tornar-se cada vez mais acessível às 
pessoas, até mesmo a quem não pode arcar com o custo financeiro de um processo.
 De um modo amplo, o acesso à justiça significa a garantia de amparo aos direitos do 
cidadão por meio de uma ordem jurídica justa e, caso tais direitos sejam viola-
5 dos, a possibilidade de ele buscar a devida reparação. Para tornar efetivo esse direito 
fundamental e popularizá-lo, foram feitas várias mudanças na lei ao longo dos anos. 
Esse movimento de inclusão é conhecido como ondas renovatórias. Atualmente, já se 
fala no surgimento da quarta onda, que está relacionada aos avanços da tecnologia.
 Na primeira onda renovatória, buscou-se superar as barreiras econômicas do acesso 
10 à justiça. No Brasil, as medidas para garantir a assistência judiciária a quem não pode 
arcar com as custas de um processo ou ser assistido por um advogado particular foram 
efetivadas principalmente pela Lei n. 1.060, de 1950, e pela criação da Defensoria Pública 
da União, em 1994, que atende muitos segurados do INSS que têm de recorrer ao Poder 
Judiciário para conseguir um benefício.
15 A segunda onda renovatória enfrentou os desafios de tornaro processo judicial 
acessível a interesses coletivos, de grupos indeterminados, e não apenas limitado a ser 
um instrumento de demandas individuais. Para assegurar a tutela dos direitos difusos, 
que dizem respeito à sociedade em geral, foram criados instrumentos para estimular a 
democracia participativa. Os principais avanços ocorreram com a entrada em vigor da 
20 Lei da Ação Civil Pública, em 1985, e do Código de Defesa do Consumidor, em 1990, que, 
conjuntamente, formaram o microssistema processual para assegurar os interesses da 
população.
 A terceira onda encorajou uma ampla variedade de reformas na estrutura e na orga-
nização dos tribunais, o que possibilitou a simplificação de procedimentos e, consequen-
25 temente, do processo. Entendeu-se que cada tipo de conflito tem uma forma adequada de 
solução: a decisão final para uma controvérsia pode ser tomada por um juiz, árbitro ou pelas 
próprias partes, com ou sem o auxílio de terceiros neutros, como mediadores e conciliadores.
 Hoje, na quarta onda renovatória, a chamada revolução digital e suas mudanças 
rápidas aceleraram a engrenagem judicial. Esse processo de transição do analógico para 
30 o digital não se resume apenas à virtualização dos tribunais com a chegada do processo 
eletrônico. As tecnologias da informação e comunicação oferecem infinitas possibilida-
des para redesenhar o que se entende por justiça.
 As plataformas digitais de solução de conflitos popularizaram serviços antes tidos 
como caros e pouco acessíveis. Hoje existe até a oferta de experiências de cortes online, 
35 nas quais as pessoas têm acesso aos tribunais com um clique, sem sair de casa.
Mariana Faria. O que tecnologia tem a ver com acesso à justiça?13/6/2018. Internet: <www.dacordo.com.br> 
(com adaptações).
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Como o texto elenca fatos ocorridos ao longo da história da justiça brasileira, é correto 
classificá-lo como predominantemente narrativo.
Errado.
O texto é predominantemente expositivo. O autor busca apresentar ao leitor o modo como 
a tecnologia (e as ondas renovatórias) está relacionada ao direito ao acesso à justiça. Nessa 
exposição, não há personagens (reais ou fictícios) inseridos em um tempo e um espaço.
039. 039. (CEBRASPE/ANALISTA/TJ-AM/2019)
Texto CB1A1-I
1 Em 1996, no artigo Contratos inteligentes, o criptógrafo Nick Szabo predizia que a 
Internet mudaria para sempre a natureza dos sistemas legais. A justiça do futuro, dizia, 
estaria baseada em uma tecnologia chamada contratos inteligentes.
 Os contratos legais com que habitualmente trabalham os advogados estão escritos 
5 em linguagem frequentemente ambígua e sujeita a interpretações diversas. Um con-
trato inteligente é um acordo escrito em código de software, que, como linguagem de 
programação, é claro e objetivo.
 O contrato se executa de maneira automática quando se cumprem as condições acor-
dadas. Ambas as partes podem ter certeza quase total de que o acordo se cumprirá tal 
10 como foi combinado. E tudo ocorre em uma rede descentralizada de computado-
res. Não há nada que as partes possam fazer para evitar o cumprimento do contrato.
 Imaginemos que Alice compre um automóvel com um crédito bancário, mas deixe 
de pagar suas prestações. Uma manhã, introduz sua chave digital no veículo, e a porta 
não abre. Foi bloqueada por falta de cumprimento do contrato. Minutos depois, chega o 
15 funcionário do banco com outra chave digital. Abre a porta, liga o motor e parte com o veículo.
 O contrato inteligente bloqueou, de maneira automática, o uso do dispositivo digital 
por Alice, porque ela não cumpriu o contrato. O banco recupera o veículo, sem perder 
tempo com advogados. Szabo propôs os contratos inteligentes nos anos 90 do século 
 passado. Mas, durante muito tempo, a proposta ficou só na ideia. Até que, em 2014, um 
20 jovem russo-canadense de 19 anos de idade, Vitalik Buterin, lançou a Ethereum, uma 
legaltech que mantém registro compartilhado com a rede bitcoin, mas tem linguagem 
de programação mais sofisticada que permite a gravação de contratos inteligentes.
 Os contratos inteligentes prometem automatizar muitas das ações que historica-
mente se fizeram por meio de sistemas legais, com redução de seus custos e aumento 
25 de sua velocidade e segurança. Ainda que o segmento esteja em fase inicial, aos poucos 
vão surgindo mais legaltechs para aplicar contratos inteligentes em diferentes setores 
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da economia. Um dos principais desafios está no ambiente regulatório — em particular, 
no reconhecimento legal desses contratos. “Hoje contamos com projetos de implemen-
tação de contratos inteligentes com validade legal, como OpenLaw, da ConsenSys (Esta
30 dos Unidos da América – EUA), Accord Project (EUA e Reino Unido), Agrello (Estônia) e 
dezenas de pequenos empreendimentos pelo mundo”, afirma o advogado especializado 
em novas tecnologias Albi Rodriguez Jaramillo, cofundador da comunidade LegalBlock.
 Um segundo desafio é desenvolver a infraestrutura necessária para que os contra-
tos inteligentes possam ser executados. Isso inclui a criação de fechaduras inteligen
35 tes que respondam às ordens desses contratos. Elas farão a hipotética devedora Alice não 
conseguir abrir o carro por ter deixado de pagar as prestações. A empresa Slock.it desen-
volve uma rede universal de compartilhamento (universal sharing network) na qual, espe-
ra-se, vão interagir carros, casas e outros ativos da economia compartilhada. Será uma 
peça fundamental para o desenvolvimento dos contratos inteligentes na nova economia.
Federico Ast. Como faremos justiça? – A chegada dos contratos inteligentes. In: ÉPOCA negócios. 9/12/2018. 
Internet: <https://epocanegocios.globo.com> (com adaptações).
A respeito das propriedades linguísticas e dos sentidos do texto CB1A1-I, julgue o item 
seguinte.
Embora o texto seja predominantemente dissertativo, seu terceiro parágrafo é essencialmente 
narrativo.
Certo.
Primeiramente, o item está correto ao afirmar que o texto é predominantemente dissertativo. 
Em segundo lugar, o terceiro parágrafo é predominantemente narrativo: há personagens 
(reais, como Szabo e Vitalik Buterin) que realizam ações em um tempo (passado). Essa 
narração, é claro, tem como finalidade ilustrar um dos temas abordados na dissertação (e, 
assim, a narração não é a tipologia predominante).
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040. 040. (CEBRASPE/ANALISTA/TJ-ES/2023)
1 Você mora em um lugar competitivo? Essa é a pergunta feita pelo Ranking de Com-
petitividade dos Estados, que metrifica, em uma escala de 0 a 100, todos os cantos do 
Brasil, para classificar as 27 unidades federativas com base em dez pilares diferentes: 
segurança pública, infraestrutura, sustentabilidade social, solidez fiscal, educação, sus
5 tentabilidade ambiental, eficiência da máquina pública, capital humano, potencial de 
mercado e inovação.
 De acordo com os gráficos mostrados a seguir, dos mais de vinte estados, apenas 
cinco não mudaram de posição ao longo do último ano (2022), com destaque para São 
Paulo e Santa Catarina, que lideram, assim como Rio de Janeiro e Roraima, que subiram 
10 bastante.
 Ao todo, são quase noventa critérios avaliados dentro dos pilares fundamentais, que 
incluem desde infraestrutura até o capital humano de cada localidade, com pesos dife-
rentes entre si.
 Paulistas lideram o ranking há anos. No ano de 2022, porém, houve piora no quesito 
15 segurança patrimonial, com aumento no número de furtos e roubos. Estados do Norte e 
do Nordeste são os menos competitivos do país.
 Trata-se de uma ferramenta de avaliação da administraçãopública, de diagnóstico e 
auxílio na escolha das prioridades e de promoção de boas práticas organizacionais, que, 
além de ajudar políticos a priorizarem ações com base em uma inteligência de dados 
20 bem robusta – ou seja, como um sistema de incentivo para os líderes públicos –, pode ser 
um bom indicador da gestão pública da região. São referências adotadas pelo ranking 
que apresentam novos parâmetros para os estados brasileiros.
Internet: (com adaptações).
Em relação aos aspectos gramaticais do texto precedente, julgue o seguinte item.
No primeiro período do último parágrafo, a palavra “robusta” está empregada com o mesmo 
sentido de arrojada.
Errado.
Os vocábulos “robusta” e “arrojada” não são sinônimos. Por isso, não são intercambiáveis 
(um não pode substituir o outro no contexto em análise). A diferença de significado é esta: 
“robusto” significa algo de constituição física muito forte, vigoroso; “arrojado” denota aquilo 
que apresenta características inovadoras, progressistas; ousado.
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GABARITOGABARITO
1. B
2. E
3. A
4. C
5. E
6. A
7. E
8. E
9. E
10. E
11. D
12. C
13. B
14. A
15. C
16. D
17. E
18. E
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