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P 1 APOL 2 LITERATURA Questão 1/10 - Literatura Brasileira Leia o fragmento de texto a seguir: “O pré-modernismo foi uma questão mal resolvida. O termo pré-modernismo foi criado por Alceu de Amoroso Lima, na Contribuição à história do modernismo [...] para referir-se à produção literária do primeiro vintênio do século XX. A definição e a delimitação mais precisa do termo seria, entretanto, empreendida por Alfredo Bosi (1966), já na década de 1960, ao apontar os dois sentidos possíveis para a interpretação da literatura do período: 1. “dando ao prefixo ‘pré’ uma conotação meramente temporal de anterioridade’ 2. ‘dando ao mesmo elemento um sentido forte de precedência temática e formal em relação à literatura modernista’”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LEITE, Sylvia H. T. de A. O pré-modernismo em São Paulo. Revista de Letras, v. 35, pp. 167-184, 1995, p. 167. O pré-modernismo abrangeu um período literário compreendido entre 1902 e 1922. Nessa fase de transição coexistiram tendências opostas. Em grande medida, a literatura deu ênfase às questões da realidade nacional, com preocupações socioculturais. Considerando o fragmento de texto acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, relacione os autores pré-modernistas abaixo às suas respectivas obras: 1) Lima Barreto 2) Euclides da Cunha 3) Monteiro Lobato 4) Graça Aranha ( ) Clara dos Anjos ( ) Canaã ( ) Os sertões ( ) Urupês Agora, marque a sequência correta: Nota: 10.0 A 1, 2, 3, 4 B 1, 4, 2, 3 Você assinalou essa alternativa (B) Você acertou! 1. Lima Barreto – Clara dos Anjos 2. Graça Aranha – Canaã 3. Euclides da Cunha – Os sertões 4. Monteiro Lobato – Urupês As obras e seus respectivos autores foram trabalhados no item 4.1 denominado O pré-modernismo e corresponde às páginas 165 a 173 do livro-base. C 2, 3, 4, 1 D 3, 2, 4, 1 E 3, 1, 2, 4 Questão 2/10 - Literatura Brasileira Leia os fragmentos do poema abaixo: I “No meio das tabas de amenos verdores, Cercadas de troncos – cobertos de flores, Alteiam-se os tetos d’altiva nação; São muitos seus filhos, nos ânimos fortes, Temíveis na guerra, que em densas coortes Assombram das matas a imensa extensão.” ........................................................................... IV “Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi: Sou filho das selvas, Nas selvas cresci; Guerreiros, descendo Da tribo tupi. Da tribo pujante, Que agora anda errante Por fado inconstante, Guerreiros, nasci;” .................................... Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DIAS, G. I-Juca Pirama. In: RAMOS, F. J. S. da. Grandes poetas românticos do Brasil. São Paulo: LEP, 1952. p. 130-131. Acima temos dois fragmentos do poema I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias. Nele, o poeta maranhense usa um recurso que se convencionou chamar de harmonia imitativa. Considerando o poema acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, é correto afirmar que harmonia imitativa: Nota: 10.0 A é a correspondência entre o que se conta e o como se conta, forma de o ritmo mimetizar os episódios relatados no poema. Você assinalou essa alternativa (A) Você acertou! Esta é a alternativa correta porque harmonia imitativa, que aparece no poema de Gonçalves Dias, é justamente essa técnica que busca conciliar a forma como se conta com o que se conta “Trata-se da técnica que se convencionou chamar de harmonia imitativa. O ritmo mimetiza os episódios do canto. Para cada parte há um tipo de metrificação diferente, mas sempre rigorosa e adequada ao conteúdo” (Livro-base, p. 86). As demais alternativas estão erradas porque não se trata de um efeito preso a uma forma poética ou gênero, ele pode ser obtido em qualquer formato. (p. 85) B é o efeito que ocorre em poemas compostos por estrofes de quatro a seis versos, com cinco ou sete sílabas. C é o tipo de assimilação vocálica, em que as vogais de uma palavra se tornam foneticamente semelhantes a outra vogal da mesma palavra. D é a correspondência harmônica que ocorre em poemas de 14 versos, formados por duas estrofes de quatro versos e duas de três. E é o efeito que se obtém em composições poéticas populares antigas, acompanhadas ou não de música. Questão 3/10 - Literatura Brasileira Leia a passagem a seguir: “Minha vida começou a ser um mosaico de profissões; aqui onde me veem, fui mascate, agente do foro, guarda-livros, lavrador, operário, estalajadeiro, escrevente de cartório; algumas semanas vivi de tirar cópias de peças e papéis para teatro. Trabalhava com energia, mas a fortuna não correspondia à constância, e o melhor dos anos gastei-o em luta áspera e desigual. Uma compensação havia, a mais doce de todas: era o amor e o contentamento de Ângela, a igualdade do ânimo com que ela encarava todas as vicissitudes. Pouco tempo depois da nossa fuga, havia outra compensação mais: era Helena. Essa menina nasceu em um dos momentos mais tristes da minha vida”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ASSIS, J. M. Machado de. Hedlens. In: Domínio Público, p. 80. <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000079.pdf>. Acesso em: 13 ago. 2017. A passagem acima é narrada por Salvador, pai de Helena, do romance homônimo. Machado de Assis foi também um grande leitor e intérprete da realidade social de seu tempo. Retratou de perto segmentos importantes e diferentes da sociedade brasileira. Considerando a passagem acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, em Helena, Machado retrata com minúcia os dilemas de qual grupo social? Assinale a alternativa correta: Nota: 10.0 A Os escravos. B A classe dirigente brasileira. C Os intelectuais e artistas. D A população pobre e livre. Você assinalou essa alternativa (D) Você acertou! Os chamados quatro romances da primeira fase machadiana – Ressurreição, A mão e a luva, Helena e Iaiá Garcia – tratam de personagens que não pertencem nem à elite nem são escravos: são pobres e livres. Essas personagens giram em torno dos proprietários, das classes abastadas, em busca de ascensão social, muitas vezes frustradas como no caso de Helena. “Um dos temas centrais da obra machadiana é o destino da população pobre e livre, que tem uma inserção social precária no século XIX. Trata-se daquela mesma população que é protagonista no romance Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, e que comparece em peso na ficção de José de Alencar. Machado deteve-se em grande medida nos dilemas desse grupo social, principalmente em seus quatro primeiros romances” (livro-base, p. 115) E Os membros do clero. Questão 4/10 - Literatura Brasileira Leia o texto abaixo: “Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que veem normalmente as coisas e, em consequência, fazem arte pura, guardados os eternos ritmos da vida, e adotados, para a concretização das emoções estéticas, os processos clássicos dos grandes mestres. [...] A outra espécie é formada dos que veem anormalmente a natureza e a interpretam à luz das teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica das escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALAMBERT, F. A semana de 22. A aventura modernista no Brasil. São Paulo: Scipione, 1992. Esse texto é um marco da crítica ao movimento modernista. Nele o autor faz a crítica da exposição da pintora Anita Malfatti, em 1917. Embora reconheça o talento da pintora, critica sua adesão aos estilos da pintura de vanguarda europeia, julgando serem formas passageiras, que não teriam espaço nem continuidade no campo das artes visuais. Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, esse texto e seu autor são, respectivamente: Nota: 10.0 A Aspectos da Literatura Brasileira - Mário de Andrade B Manifesto Antropofágico- Oswald de Andrade C Canaã - Graça Aranha D Instinto de Nacionalidade - Machado de Assis E Paranoia ou Mistificação - Monteiro Lobato Você assinalou essa alternativa (E) Você acertou! Em 1917, Anita Malfatti realiza em São Paulo uma exposição. A reação à mostra é comumente identificada como o principal antecedente da Semana: Monteiro Lobato redigiu, para o jornal O Estado de S. Paulo, um artigo intitulado “A propósito da exposição Malfatti”, mais conhecido como “Paranoia ou mistificação?”. Esse título foi publicado no livro Ideias de Jeca Tatu em 1920 (livro-base, p. 177). Questão 5/10 - Literatura Brasileira Leia o fragmento de texto a seguir: “Só a antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente. Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz. Tupi, or not tupi that is the question. Contra todas as catequeses. E contra a mãe dos Gracos. Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago. Estamos fatigados de todos os maridos católicos suspeitos postos em drama. Freud acabou com o enigma mulher e com os sustos da psicologia impressa”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ANDRADE, Oswald. Manifesto Antropófago. Correio da Manhã, 18 de março de 1924 (ortografia atualizada) Personalidade polêmica, Oswald de Andrade foi autor de vários manifestos. Os mais conhecidos e importantes são o Manifesto antropófago e o Manifesto pau-brasil. Nesses textos, ao mesmo tempo em que divulgam as ideias modernistas, eles estabelecem os planos e os marcos do modernismo brasileiro. Em grande medida, foi um dos principais responsáveis pela divulgação e concretização do início do modernismo. Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, leia as sentenças a seguir, assinalando V para as afirmativas verdadeiras e F paras as afirmativas falsas. I. ( ) O indígena, na antropofagia, submete-se aos padrões dos heróis de matriz europeia, a fim de legitimá-lo literariamente. II. ( ) Ao defender um novo mito formador, Oswald retoma muitas discussões iniciadas no romantismo. III. ( ) Oswald de Andrade propõe a inclusão da lábia brasileira, da malandragem, da língua coloquial na literatura nacional. IV. ( ) A antropofagia nivela as vanguardas europeias, cujas diferenças são anuladas localmente, misturando-se todas em vista de um projeto de “desidealizar” a representação do Brasil. Agora, marque a sequência correta: Nota: 10.0 A V – F – V – V B F – V – V – V Você assinalou essa alternativa (B) Você acertou! As afirmativas II, III e IV são verdadeiras, porque Oswald retoma as discussões sobre a língua, por exemplo levantadas pelos românticos, que defendiam uma língua brasileira para representar as coisas locais (livro-base, p. 183); porque as manifestações culturais populares são importantes para o programa modernista, que busca incluir tudo que está “marginalizado em nossa vivência cultural” (livro-base, p. 184); porque as diferenças entre as vanguardas europeias, como entre o futurismo e o surrealismo, aqui eram como que apagadas em nome da afirmação da mistura e do projeto literário nacional (livro-base, p. 185). A afirmativa I é falsa porque a ideia do indígena conformado à matriz europeia é uma ideia romântica, alencariana, e não modernista (livro-base, p. 182). C V – V – V – F D F – V – F – V E F – F – V – V Questão 6/10 - Literatura Brasileira Leia a passagem a seguir: “Em literatura, os anos de 1930 a 1945 são os anos do reposicionamento ideológico e do novo compromisso, político e social, que substitui a euforia pan-estética do Modernismo inicial; e, ao mesmo tempo, a institucionalização, na prática literária individual de prosadores e poetas, das conquistas expressivas efetuadas pela primeira geração modernista”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 521. Diferentemente do grupo homogêneo reunido em torno de uma mesma proposta como foram os modernistas de 1922, a segunda geração modernista gerou tendências distintas que resultaram em estilos marcantes de seus poetas e prosadores. Apesar das diferenças, elas são de algum modo herança das conquistas expressivas da primeira geração como se lê na passagem acima. Considerando a passagem e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, os dois livros considerados marcos iniciais da segunda geração são... Nota: 10.0 A A bagaceira, de José Américo de Almeida, e Alguma poesia, de Carlos Drummond de Andrade. Você assinalou essa alternativa (A) Você acertou! A bagaceira, de José Américo de Almeida, considerado pelos historiadores como a primeira obra do chamado romance de 30 ou romance regionalista de 30, foi publicado em 1928, no mesmo ano que Macunaíma, obra-síntese do “modernismo heroico”. O livro de estreia de Carlos Drummond de Andrade (o qual, ainda que fortemente influenciado por Mário de Andrade, marca algumas tendências inequívocas de sua obra ao longo da década de 1940) é Alguma poesia, de 1930, ou seja, é contemporâneo de Libertinagem, de Bandeira. (Livro-base, p. 195, 196). B A bagaceira, de José Américo de Almeida, e Sapato florido, de Mário Quintana. C O quinze, de Rachel de Queiroz, e Claro enigma, de Carlos Drummond de Andrade. D O quinze, de Rachel de Queiroz, e Alguma poesia, de Carlos Drummond de Andrade. E Fogo morto, de José Lins do Rego, e Claro enigma, de Carlos Drummond de Andrade. Questão 7/10 - Literatura Brasileira Leia o fragmento de texto a seguir: “D. Glória não conhecia S. Bernardo, e essa ignorância me ofendeu, porque para mim S. Bernardo era o lugar mais importante do mundo. — Uma boa fazenda! Não há lá essa água podre que se bebe por aí. Lama. Não senhora, há conforto, há higiene. Glória retificou a espinha, ergueu a voz e desfez o ar apoucado: — Não me dou. Nasci na cidade, criei-me na cidade. Saindo daí, sou como peixe fora da água. Tanto que estive cavando transferência para um grupo na capital. Mas é preciso muito pistolão. Promessas... — Ah! É professora? — Não. Professora é minha sobrinha. — Aquela moça que estava com a senhora em casa do dr. Magalhães? — Sim. — E como é a graça de sua sobrinha, d. Glória? — Madalena. Veja o senhor. Fez um curso brilhante... [...] Essa conversa, é claro, não saiu de cabo a rabo como está no papel. Houve suspensões, repetições, mal-entendidos, incongruências, naturais quando a gente fala sem pensar que aquilo vai ser lido. Reproduzo o que julgo interessante. Suprimi diversas passagens, modifiquei outras. [...] É o processo que adoto: extraio dos acontecimentos algumas parcelas; o resto é bagaço”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: RAMOS, Graciliano. São Bernardo. Rio de Janeiro: Record, p. 75-78. Com o romance São Bernardo, de 1934, Graciliano Ramos consolidou o que se chamou de “romance de 30”. Tendo como referência o fragmento acima, retirado da obra São Bernardo, e sua leitura do livro-base Literatura Brasileira sobre o romance São Bernardo, leia as sentenças abaixo: I – Proprietário da fazenda São Bernardo, Paulo Honório é personagem e narrador do romance. Narrando em primeira pessoa, Honório conta a história quando se encontra solitário na fazenda. II – No romance, Paulo Honorário conta a história de seu casamento com Madalena, o suicídio dela e a decadência da fazenda. III – O romance tem um narrador em terceira pessoa, onisciente, que mostra ao leitor o que se passa com Paulo Honório e, ao mesmo tempo, as expectativas de Madalena sobre o casamento. IV - O romance pode ser compreendido como uma crítica ao capitalismo. Paulo Honório, por exemplo, em vários momentos sobrepõe seus interesses pessoais e financeiros aos de camaradagem e sentimentos afetivos. Estão corretas apenas as afirmativas: Nota:10.0 A I e II. B II e III. C I, II e IV. Você assinalou essa alternativa (C) Você acertou! As afirmativas I, II e IV estão corretas porque Paulo Honório é o narrador da história, cujos eventos se deram antes do momento em que narra, quando já está sozinho, viúvo e decadente; porque de fato o romance pode ser entendido como uma crítica ao capitalismo, uma vez que Paulo Honório coloca os interesses comerciais, produtivos e financeiros acima dos demais. A afirmativa III está errada porque o narrador do romance é o próprio Paulo Honório, que o narra em 1ª pessoa. Trata-se de um romance memorialista, de um homem solitário. (Livro-base, p. 214 e 215) D I, III e IV. E I e III. Questão 8/10 - Literatura Brasileira Leia o fragmento de texto a seguir: “A grande noite do poeta seria, porém, a de 7 de setembro de 1868, quando recitou, com voz vibrante e, mais do que nunca, arrebatado de emoção, ‘Tragédia no mar’, que depois tomaria o nome de ‘O navio negreiro’. [...] O poema foi escrito para ser recitado em voz alta. [...] E é em voz alta que esse poema em seis movimentos, cada um deles a pedir uma inflexão diferente, trabalha em nós e nos comove e nos revolta”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Alberto Costa e. Castro Alves. São Paulo: Cia. das Letras, 2006, p. 98 (Coleção Perfis Brasileiros). E leia um fragmento de “O Navio Negreiro”: ‘Stamos em pleno mar… Doudo no espaço Brinca o luar – dourada borboleta; E as vagas após ele correm… cansam Como turba de infantes inquieta. ‘Stamos em pleno mar… Do firmamento Os astros saltam como espumas de ouro… O mar em troca acende as ardentias, – Constelações do líquido tesouro… ..........................................................”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALVES, C. O navio negreiro. In: RAMOS, F. J. S. da. Grandes poetas românticos do Brasil. São Paulo: LEP, 1952, p. 795. Conhecido como poeta dos escravos, porque defendia a abolição da escravidão, Castro Alves difundiu seus versos em teatros, nas ruas e em salões literários ou íntimos. Suas apresentações provocavam forte impacto nos auditórios por que passava. Considerando os fragmentos de texto, o poema acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, sobre a poesia de Castro Alves é correto afirmar que: Nota: 0.0Você não pontuou essa questão A a obra de Castro Alves se desenvolveu por um grande período, e dividiu-se em três fases: amorosa, sacra e satírica. B o grande traço de sua poesia é o desalento, que transparece nos poemas em que critica a escravidão. Você assinalou essa alternativa (B) C seus versos apresentam uma visão pessimista do futuro, o que explica a dureza e rigidez de seus versos. D a eloquência é o ponto forte de seu estilo, que expressa o entusiasmo com que via a experiência humana e a natureza. Esta alternativa está correta porque o “principal traço estilístico de sua obra (Castro Alves) é a eloquência verbal de sua poesia [que] deriva [...] do consórcio entre música e a poesia elaborada pelos poetas românticos anteriores e amplifica-se pelos problemas políticos do momento. [...] Castro Alves opunha à poesia do desalento, da geração de Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu, uma poesia nascida do ‘entusiasmo’ perante os dramas da vida humana e os espetáculos da natureza. É com sua obra [...] que essa poesia entusiasmada assume problemas sociais e políticos no calor da hora” (livro-base, p. 106, 108). As demais alternativas estão erradas porque Castro Alves morreu muito jovem, aos 24 anos, e sua poesia não foi classificada em fases; porque, como se viu, não havia traço de contenção ou melancolia em sua poesia, muito pelo contrário. E inconformado com a escravidão, Castro Alves escreveu uma obra melancólica, que o inseriu na segunda geração romântica. Questão 9/10 - Literatura Brasileira Leia a citação a seguir: “O início do século XIX autonomista e nacionalista constitui um desses períodos para a literatura brasileira, que havia três séculos vinha buscando um caminho seu entre a imitação e a invenção, entre a adequação e a revolta. É o momento em que a imprensa toma a si a tarefa de ‘europeizar’ o Brasil (e aqui Europa quer dizer não Portugal [...]), contribuindo de modo determinante para a formação de uma inteligência nacional”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p.157. É no século XIX e com o romantismo que o processo de consolidação do sistema literário brasileiro articula-se. Para tanto, dois eventos históricos contribuíram para que essas condições se estabelecessem por definitivo na vida brasileira. De acordo com a citação acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, são eles: Nota: 10.0 A A vinda da família real portuguesa (1808) e a Proclamação da Independência (1822). Você assinalou essa alternativa (A) Você acertou! “O primeiro evento corresponde à vinda da família real portuguesa para o Brasil em 1808. Trata-se de um momento decisivo de nossa história, pois a transferência da família real implicou uma mudança significativa na relação Brasil-Portugal. Em 1810, D. João VI abre os portos brasileiros às nações amigas, principalmente Inglaterra, permitindo, assim, a inserção do mercado interno brasileiro no concerto das nações, quebrando o asfixiante pacto colonial. A até então colônia portuguesa é elevada, em 1815, ao estatuto de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Nessa sequência de medidas metropolitanas, as classes dirigentes brasileiras não só foram absorvidas pela nova forma de administração implantada no Brasil como acabaram desempenhando, comparativamente aos séculos anteriores, um papel muito mais ativo nos rumos do país. [...] Um segundo evento histórico dinamiza ainda mais essa nova configuração pela qual passou o Brasil: a Proclamação da Independência, em 1822. A maior participação das classes dirigentes na administração do Brasil, as reconfigurações econômicas realizadas pelos novos rumos da política portuguesa e o progresso material implementado aqui permitiram, juntamente com alguns outros fatores históricos, o surgimento de uma consciência nacional na população brasileira. [...] O sentimento nacionalista, intensificado pelas grandes mudanças que a presença da corte portuguesa proporcionou, foi um vetor ideológico importante não só para a cruzada civilizatória nos trópicos, como também para que se forjasse uma literatura nacional. Foram esses dois eventos históricos, portanto, que possibilitaram a consolidação do sistema literário durante o romantismo”. (Livro-base, p. 74-76). B A vinda da família real portuguesa (1808) e a Abolição da escravidão (1888). C A Proclamação da Independência (1822) e a Proclamação da República (1889). D A Proclamação da Independência (1822) e o início do Segundo Reinado (1840). E A vinda da família real portuguesa (1822) e a Proclamação da República (1889). Questão 10/10 - Literatura Brasileira Leia a citação a seguir: “Policarpo, você precisa tomar juízo. Um homem de idade, com posição, respeitável, como você é, andar metido com esse seresteiro, um quase capadócio – não é bonito! O major descansou o chapéu-de-sol – um antigo chapéu-de-sol com a haste inteiramente de madeira, e um cabo de volta, incrustado de pequenos losangos de madrepérola – e respondeu: – Mas você está muito enganada, mana. É preconceito supor-se que todo o homem que toca violão é um desclassificado. A modinha é a mais genuína expressão da poesia nacional e o violão é o instrumento que ela pede. Nós é que temos abandonado o gênero, mas ele já esteve em honra, em Lisboa, no século passado, com o Padre Caldas que teve um auditório de fidalgas. Beckford, um inglês, muito o elogia. – Mas isso foi em outro tempo, agora...” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente,ele está disponível em: BARRETO, Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. In: Domínio Público, p. 2. <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000013.pdf>.Acesso em: 13 ago. 2017. Triste Fim de Policarpo Quaresma é talvez a obra mais conhecida de Lima Barreto (1881–1922), um dos escritores da chamada escola pré-modernista. O protagonista do romance, que se passa no Rio de Janeiro, é um nacionalista, cujo radicalismo serve para Barreto projetar sua visão crítica da sociedade da época. Tendo como referência as informações acima e a leitura do livro-base Literatura Brasileira, leia as afirmativas a seguir, assinalando V para as afirmativas verdadeiras e F paras as afirmativas falsas. I. ( ) O estilo de Lima Barreto é marcado por uma linguagem mais simples, menos ornamentada, avessa ao tom bacharelesco. II. ( ) Em Triste fim de Policarpo Quaresma, além de tratar da efusão ultranacionalista do personagem-título, Lima Barreto retrata as características da vida fluminense de seu tempo. III. ( ) Triste fim de Policarpo Quaresma (1911), Recordações do escrivão Isaías Caminha (1909) e Clara dos Anjos (1948, póstumo) são romances de Lima Barreto. IV. ( ) Lima Barreto, assim como Machado de Assis, excluiu de sua obra temas como o racismo e a dominação social, preferindo escrever crônicas de costumes. Agora, marque a sequência correta: Nota: 10.0 A V– F– V– V B F– V– V– V C V– V– V– F Você assinalou essa alternativa (C) Você acertou! As afirmativas I, II e III são verdadeiras porque Barreto era avesso ao tom bacharelesco, o qual parodia em vários momentos no romance Triste fim de Policarpo Quaresma; porque os hábitos, a cultura e as relações sociais do Rio de Janeiro são retratados no romance, como pode se ver na menção que faz ao uso do violão no fragmento acima e à visão que se tinha daqueles que tocavam esse instrumento no começo do século XX; porque os romances mencionados são todos de autoria de Lima Barreto. A afirmativa IV é falsa, pois a questão do racismo e da dominação social estão presentes em sua obra. A obra de Barreto é “considerada ainda hoje como uma das mais singulares crônicas da vida fluminense. Aproxima-se da crônica, até mesmo no desapego a uma linguagem excessivamente adornada e de tom bacharelesco, típica de muitos escritores da época [...]” (livro-base, p. 168). Lima Barreto “destrincha a crueldade do racismo e da dominação social exercida pelos mais poderosos sobre os mais fracos” (livro-base, p. 169) D F– V– F– V E F– F– V– V image1.wmf image2.wmf P 1 APOL 2 LITERATURA Questão 1/10 - Literatura Brasileira Leia o fragmento de texto a seguir: “O pré - modernismo foi uma questão mal resolvida. O termo pré - moderni smo foi criado por Alceu de Amoroso Lima, na Contribuição à história do modernismo [...] para referir - se à produção literária do primeiro vintênio do século XX. A definição e a delimitação mais precisa do termo seria, entretanto, empreendida por Alfredo Bo si (1966), já na década de 1960, ao apontar os dois sentidos possíveis para a interpretação da literatura do período: 1. “dando ao prefixo ‘pré’ uma conotação meramente temporal de anterioridade’ 2. ‘dando ao mesmo elemento um sentido forte de precedência temática e formal em relação à literatura modernista’”. Após esta avaliação , caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LEITE, Sylvia H. T. de A. O pré - modernismo em São Paulo. Revista de Letras , v. 35, pp. 167 - 184, 1995, p. 167. O pré - modernismo abrangeu um período literário compreendido entre 1902 e 1922. Nessa fase de transição coexistiram tendências opostas. Em grande medida, a literatura deu ênfase às questões da realidade nacional, com preocupações socioculturais. Considerand o o fragmento de texto acima e os conteúdos do livro - base Literatura Brasileira, relacione os autores pré - modernistas abaixo às suas respectivas obras: 1) Lima Barreto 2) Euclides da Cunha 3) Monteiro Lobato 4) Graça Aranha ( ) Clara dos Anjos ( ) Canaã ( ) Os sertões ( ) Urupês Agora, marque a sequência correta: Nota: 10.0 A 1, 2, 3, 4 B 1, 4, 2, 3 Você assinalou essa alternativa (B) Você acertou! 1. Lima Barreto – Clara dos Anjos 2. Graça Aranha – Canaã 3. Euclides da Cunha – Os sertões 4. Monteiro Lobato – Urupês As obras e seus respectivos autores foram trabalhados no item 4.1 denominado O pré - modernismo e corresponde às páginas 165 a 173 do livro - base. C 2, 3, 4, 1 D 3, 2, 4, 1 P 1 APOL 2 LITERATURA Questão 1/10 - Literatura Brasileira Leia o fragmento de texto a seguir: “O pré-modernismo foi uma questão mal resolvida. O termo pré-modernismo foi criado por Alceu de Amoroso Lima, na Contribuição à história do modernismo [...] para referir- se à produção literária do primeiro vintênio do século XX. A definição e a delimitação mais precisa do termo seria, entretanto, empreendida por Alfredo Bosi (1966), já na década de 1960, ao apontar os dois sentidos possíveis para a interpretação da literatura do período: 1. “dando ao prefixo ‘pré’ uma conotação meramente temporal de anterioridade’ 2. ‘dando ao mesmo elemento um sentido forte de precedência temática e formal em relação à literatura modernista’”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LEITE, Sylvia H. T. de A. O pré-modernismo em São Paulo. Revista de Letras, v. 35, pp. 167-184, 1995, p. 167. O pré-modernismo abrangeu um período literário compreendido entre 1902 e 1922. Nessa fase de transição coexistiram tendências opostas. Em grande medida, a literatura deu ênfase às questões da realidade nacional, com preocupações socioculturais. Considerando o fragmento de texto acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, relacione os autores pré-modernistas abaixo às suas respectivas obras: 1) Lima Barreto 2) Euclides da Cunha 3) Monteiro Lobato 4) Graça Aranha ( ) Clara dos Anjos ( ) Canaã ( ) Os sertões ( ) Urupês Agora, marque a sequência correta: Nota: 10.0 A 1, 2, 3, 4 B 1, 4, 2, 3 Você assinalou essa alternativa (B) Você acertou! 1. Lima Barreto – Clara dos Anjos 2. Graça Aranha – Canaã 3. Euclides da Cunha – Os sertões 4. Monteiro Lobato – Urupês As obras e seus respectivos autores foram trabalhados no item 4.1 denominado O pré-modernismo e corresponde às páginas 165 a 173 do livro-base. C 2, 3, 4, 1 D 3, 2, 4, 1