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Conceito de Ato Administrativo:
O ato administrativo é uma expressão da vontade estatal que se revela por intermédio dos órgãos competentes da Administração Pública. Este conceito abarca uma gama variada de decisões e medidas tomadas pelos agentes públicos em nome do Estado, com o propósito de concretizar os interesses coletivos e zelar pelo bem comum. A peculiaridade deste tipo de ato reside no seu caráter unilateral, ou seja, sua formação não requer a concordância ou participação da parte destinatária. Tais atos, por natureza, apresentam uma imposição jurídica, determinando obrigações, vantagens, restrições ou efeitos jurídicos em relação aos destinatários.
Características do Ato Administrativo:
A singularidade dos atos administrativos é evidenciada por uma série de características intrínsecas que os distinguem de outros tipos de manifestações de vontade. Primeiramente, a unilateralidade, que denota a ausência de necessidade de consentimento dos particulares para a sua validade. Em seguida, a imperatividade, que confere aos atos administrativos o poder de impor obrigações ou restrições aos administrados, compelindo-os ao cumprimento das disposições emanadas pela Administração. Esses atos também ostentam uma presunção de legitimidade e veracidade, o que significa que, salvo prova em contrário, presume-se que foram praticados de acordo com a lei e que as informações alegadas são verídicas.
Elementos do Ato Administrativo:
A estrutura dos atos administrativos é sustentada por uma série de elementos essenciais, sem os quais sua validade estaria comprometida. O primeiro deles é a competência, que indica a legitimidade do agente público para praticar determinado ato, conferida por lei ou regulamento. A finalidade também se mostra crucial, pois os atos administrativos devem sempre buscar o interesse público, alinhando-se aos ditames legais e aos princípios que regem a Administração Pública. A forma é outro elemento indispensável, referindo-se à maneira como o ato deve ser exteriorizado, seja por meio de um documento escrito, uma decisão verbal ou outro meio previsto em lei. O motivo, por sua vez, corresponde às justificativas fáticas e jurídicas que embasam a prática do ato, enquanto o objeto representa o resultado pretendido com sua efetivação.
Classificações do Ato Administrativo:
Os atos administrativos podem ser classificados sob diversas perspectivas, o que permite uma melhor compreensão de suas características e finalidades. Quanto aos destinatários, podem ser individuais, quando dirigidos a uma pessoa específica, ou gerais, quando destinados a uma coletividade indeterminada. Quanto aos efeitos produzidos, podem ser constitutivos, quando criam, modificam ou extinguem direitos, declaratórios, quando reconhecem um direito preexistente, ou enunciativos, quando apenas enunciam um fato ou situação sem produzir efeitos jurídicos. Além disso, quanto à discricionariedade, os atos podem ser discricionários, quando a Administração possui margem de escolha para decidir sobre sua prática, ou vinculados, quando a lei estabelece uma única solução a ser adotada.
Formas de Extinção do Ato Administrativo:
A vida útil dos atos administrativos pode ser encerrada por diferentes meios, cada um correspondendo a uma situação específica. A execução do ato, por exemplo, é uma forma natural de extinção, uma vez que o objetivo para o qual foi criado foi alcançado. No entanto, quando um ato é praticado em desconformidade com a lei ou o interesse público, ele pode ser anulado pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário, através do processo de anulação. Outra forma de extinção é a revogação, que ocorre quando o ato se torna inconveniente ou inoportuno, sendo revogado pela própria Administração que o editou. A caducidade é uma forma de extinção que se dá pelo decurso do tempo ou por circunstâncias supervenientes que tornam o ato ineficaz. Por fim, a convalidação é um mecanismo pelo qual a Administração pode sanar atos inicialmente inválidos, conferindo-lhes eficácia retroativa.
A compreensão dos atos administrativos é essencial para o adequado funcionamento da Administração Pública, uma vez que são ferramentas fundamentais para a consecução dos fins estatais. A correta aplicação dos princípios e normas que regem os atos administrativos contribui para a promoção da legalidade, eficiência e justiça na atuação do Estado, garantindo, assim, o respeito aos direitos dos cidadãos e o cumprimento dos objetivos coletivos. Por meio de uma análise aprofundada de suas características, elementos, classificações e formas de extinção, é possível compreender a complexidade e a importância dos atos administrativos no contexto da gestão pública.

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