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30 INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO- ICSC ESTÁGIO CURRICULAR Glenia Colla Ribeiro RA: 0538597 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP São José dos Campos/São Paulo 2024 INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO- ICSC ESTÁGIO CURRICULAR Glenia Colla Ribeiro RA: 0538597 Trabalho de Estágio Curricular apresentado à Universidade Paulista – UNIP, Polo Aquarius, como requisito básico para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis. Orientador(a): Prof.(a). Mc Sonia Covaciuc Sumário Sumário 3 CAPÍTULO 1: APRESENTAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO 4 1.1 Razão social 4 1.2. Origem 4 1.3. Evolução 4 1.4. Endereço 4 1.5. Ramo de Atividade 4 1.6. Filiais 5 1.7. Missão e objetivo da empresa 5 1.8. Principais Concorrentes 5 1.9. Principais Produtos 5 1.10. Organograma geral da organização 6 CAPÍTULO 2: APRESENTAÇÃO DA ÁREA EM ǪUE SERÃO REALIZADAS AS ATIVIDADES (Contas A Receber/fiscal) 7 2.1 Nome do Departamento 7 2.2 Organograma especifico do departamento/setor 7 2.3 Descrição sucinta das funções contidas no organograma do departamento/setor 8 CAPÍTULO 3 DESCRIÇÃO DETALHADA DAS ATIVIDADES REALIZADAS NA FUNÇÃO EXERCIDA 9 CAPÍTULO 4: CONTEXTUALIZAÇÃO PRÁTICA E TEÓRICA 12 4.1 Identificação do problema de pesquisa 12 4.2. Encaminhamento das soluções para o problema identificado 13 4.3. Contextualização teórica 15 Representação fidedigna 16 Elementos das Demonstrações Contábeis 17 Conceito de Plano de conta 20 5. CONSIDERAÇOES FINAIS 23 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 25 7. TERMO DE CONVALIDAÇÃO 26 8. DOCUMENTOS COMPROBATÓRIO 27 CAPÍTULO 1: APRESENTAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO 1.1 Razão social Atlas Contabilidade LTDA 1.2. Origem Fundada pela proprietária Rita de Cássia Almeida Costa, possui mais de dez anos no mercado e iniciando em 09/08/2013, sendo estudante de contabilidade a proprietária com a ajuda do seu sócio Kleber Aurélio de Almeida, também contador, decidiram fazer uma sociedade. 1.3. Evolução Em seus primórdios, a empresa Atlas Contabilidade era uma empresa familiar e as rotinas contábeis ficavam na responsabilidade da proprietária Rita de Cassia Almeida Costa e seu socio Kleber Aurélio de Almeida. A empresa atua no ramo de condomínios residenciais, no início atuava somente administrando e cumprindo as obrigações acessórias; com foco em expansão a proprietária viu a oportunidade de atuar também com os serviços de sindico profissional. Com o aumento da demanda a empresa necessitou de mão de obra, e conforme a necessidade foi dividindo seus setores e hoje se encontra com um quadro de 4 funcionários. 1.4. Endereço Av. Alfredo Ignacio Nogueira Penido 305 sala 1001 – Jardim Aquarius – São José dos Campos – SP – Brasil 1.5. Ramo de Atividade PAGE 4 Sua principal atividade econômica é Atividades de Contabilidade e administração de condomínios. 1.6. Filiais Não possui 1.7. Missão e objetivo da empresa A empresa Atlas Contabilidade tem a missão de promover suporte aos condomínios residenciais, administrando e oferecendo serviço de sindico profissional, agregando valor ao cliente trazendo facilidades aos condôminos, no quesito de solucionar as necessidades diárias de um condomínio em toda a questão burocrática, pois tem uma equipe estruturada que proporciona uma comunicação rápida e eficaz.Com o objetivo de se adequar as necessidades dos clientes traz uma perspectiva tecnológica, se atualizando com uso de softwares inteligentes para conciliar bom atendimento e crescimento. 1.8. Principais Concorrentes Como é crescente o número de moradores em condomínios a empresa Atlas Contabilidade LTDA conta com uma série de concorrentes, os principais concorrentes, levando em conta os produtos oferecidos e a localização destacaremos à Gesta Condomínios e Contabilidade LTDA, MSilva Contabilidade LTDA. 1.9. Principais Produtos Contabilidade - demonstrativo de receitas e despesas do condomínio; prestação de contas em assembleias condominiais mostrando, o DRE e balancetes. Departamento Pessoal – admissões e demissões, gerenciamento de folha de pagamento, eSocial, férias e registros de pontos. Fiscal – cálculo, apuração e recolhimento de todas as obrigação para com os Estados e Munícipios Sindico Profissional - faz a gestão dos condomínios, trabalhando em conjunto com os moradores para manter a manutenção do patrimônio condominial. 1.10. Organograma geral da organização Fonte: De autoria própria CAPÍTULO 2: APRESENTAÇÃO DA ÁREA EM QUE SERÃO REALIZADAS AS ATIVIDADES (CONTAS A RECEBER/FISCAL) 2.1 Nome do Departamento Setor de contas a receber/ Fiscal 2.2 Organograma especifico do departamento/setor Fonte: De autoria própria 2.3 Descrição sucinta das funções contidas no organograma do departamento/setor: Os setores trabalham em conjunto, ou seja, um depende do outro para o andamento do processo. Setor de Contas a pagar: Responsável pelos pagamento das obrigações dos condomínios, envio de todas as transações e seus comprovantes como, notas fiscais, comprovantes de pagamentos bancários, cupons fiscal; em continuidade os enviam ao setor de contas a receber. Em seu encargo exerce a função de orçamentos relacionados a manutenção de condomínios. Setor de Contas a Receber/Fiscal: Responsável pela checagem dos comprovantes como, notas fiscais e comprovantes de pagamentos bancários recebidos do setor de contas a pagar, elaboração da conciliação bancária e os devidos lançamentos que eram feitos através do plano de contas, para a elaboração do demonstrativo do resultado mensal feito através do sistema super lógica, software contábil que, integra todo o plano de contas por códigos e assim são feitas as digitações de todos os comprovantes. O setor de contas a receber também é responsável pelo recolhimento dos impostos contidos nas notas fiscais, fazendo o recolhimento do PIS/COFINS/CSLL, IR e ISSQN. Departamento Financeiro: Após serem digitados os relatórios de demonstrativos mensais e os devidos pagamentos das notas fiscais, o setor de contas a receber encaminha para o setor financeiro os relatórios para conferencia e continuidade do processo para fechamento, e os lançamentos do balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício de cada condomínio mostrando o resultado líquido do período sendo lucro ou prejuízo, atingindo a finalidade de mostrar a situação patrimonial e financeiras dos condomínios permitindo que o síndico tome decisões a partir da análise financeira do condomínio. Assim, é possível decidir se é necessário levantar fundos através de taxa extra ou se há dinheiro para investir no condomínio. CAPÍTULO 3 DESCRIÇÃO DETALHADA DAS ATIVIDADES REALIZADAS NA FUNÇÃO EXERCIDA O estagiário precisa ser muito analítico e crítico, para extrair informações concretas através dos dados que possui, essa necessidade se dá devido ao fato da quantidade de confrontação de todas as transações feitas pelo condomínio, pois, analisara os documentos comprobatórios que justifique as movimentações bancárias. Então, o primeiro passo a se fazer é a conciliação bancária de todas as movimentações financeiras, a fim de conferir de fato a destinação final. Juntamente com a conciliação bancária já são digitados os relatórios de demonstrativo mensal de cada condomínio, que são feitos através do software superlógica (sistema integrado), através de documentos comprobatórios, como, notas fiscais, cupons fiscais e comprovantes bancários, fazendo os lançamentos e estratificando do plano de contas as receitas e despesas feitas pelo condomínio. No mesmo processo o estagiário faz a conferencia se há recolhimentos a se fazer das notas fiscais; se houver, elas são separadas para o recolhimento no mês de competência para imposto sobre serviço (ISS) e para programa de interação social, contribuição para financiamento da seguridade social e contribuição social sobre o lucro líquido (PIS/COFINS/CSLL) são recolhidos pela data de pagamento da nota fiscal. A cargo também de algumas tarefas administrativas como emissão de boletos para pagamentosaos condôminos, envio de relatório como ATA, aviso de assembleia aos moradores e atendimento ao cliente para conferencia de débitos e geração de certificado negativo de débitos (CND). Com essas atividades são desenvolvidas as competências de analisar de forma prática e simples os registros das informações e transferir de forma objetiva, padronizada e resumida ao próximo setor e posteriormente ao cliente. Conciliação Bancária: Com as entradas das notas ficais, cupons fiscais e comprovantes bancário no setor de contas a receber/ fiscal, é feita a conferencia através da conta bancária de cada condomínio para checagem de toda a documentação, ao acesso a conta bancária é gerado um relatório em OFX e lançado ao software superlógica (sistema integrado) para iniciar a conciliação, conferindo as entradas ou saídas e suas respectivas destinações convergentes , corrigindo as eventuais divergências. Elaboração do Relatório Gerencial: Atuei na elaboração de relatórios gerenciais para os clientes, fornecendo informações com características qualitativas fundamentais e de melhorias para tomada de decisões estratégicas e avaliar o desempenho financeiro de seus condomínios. Isso incluiu a análise de indicadores financeiros, como rentabilidade e endividamento, além de elaborar projeções financeiras e relatórios de desempenho. 10 Através do sistema superlógica software contábil, eram lançadas no relatório de demonstração de resultado, suas respectivas contas de resultado que são receitas e despesas através do plano de contas integrado no sistema, após a finalização do relatório, este, era encaminhado ao setor financeiro para que desse continuidade fazendo análise e o devido fechamento contábil. Recolhimento de Impostos: Durante todo esse processo são separadas as notas fiscais com retenções para os devidos recolhimentos dos serviços terceirizados, com valor igual ou superior a R$215,05 por Nota Fiscal, que não são optantes pelo Simples nacional, pois, se for optante, só se recolhe o INSS. O recolhimento de PIS/COFINS imposto federal de competência da união, o valor é calculado pelo valor bruto da nota fiscal com alíquotas de 0,65% para programa de interação social (PIS), 3% para financiamento da seguridade social, (COFINS), 1% para contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) e imposto sobre renda retido na fonte (IRRF) com alíquota de 1,5%, de acordo com o regime tributário de cada empresa. Esses recolhimentos são feitos através do Sicalc no site do governo federal, preenchendo os campos para a emissão da DARF, contendo o nome e CNPJ do condomínio, nome da empresa prestadora do serviço, código da receita e competência, após o cálculo, adicionava-se o valor a ser recolhido para a emissão da DARF, que era encaminhada ao setor de contas a pagar efetivar o pagamento. Já no caso do imposto municipal que era o imposto sobre serviço (ISS) com alíquota entre 3% e 5% faziam-se os tramites pelo site da prefeitura, procurando pela Nota Fiscal e fazendo a emissão da guia para pagamento, porém, quando a Nota Fiscal era de outro município é necessário emitir uma nova Nota Fiscal do município, no caso de, São José dos Campos para emissão. Emissões de Boletos: 1 PAGE 1 Compunha-se também a rotina de trabalho, as emissões de boletos referente a taxas de condomínios que, são solicitados pelos moradores, os boletos são gerados pelo sistema superlógica software contábil, que me forneceu habilidade no sistema digital e compreender a importância da tecnologia na área da contabilidade moderna, que encaminha para contabilidade digital e ecológica, com zero geração de papel por exemplo. CAPÍTULO 4: CONTEXTUALIZAÇÃO PRÁTICA E TEÓRICA 4.1 Identificação do problema de pesquisa Um condomínio não possui uma personalidade jurídica, pois, não exerce atividade econômica, com ou sem fins lucrativos, são equiparados a empresa no que tange a obrigatoriedade de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), então em um condomínio temos as receitas, despesas e reservas de emergência . Exemplos de receitas são, taxas condominiais, multas, aluguéis de espaços, taxas de mudanças e salão de festas e os investimentos como; CDB e Selic. Segundo o autor Iudicíbus (2019, pág.119) em sua obra contabilidade introdutória define receita como; ‘’ Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de entrada de recursos’’. Do ponto de vista do autor para a realidade de receitas de um condomínio, se divergem no quesito de benefícios, pois, nem sempre em um condomínio receitas são consideradas recursos da entidade, como no caso de multas por atraso de pagamento. Em suas despesas temos as ordinárias como as folhas de pagamentos aos funcionários, empresas terceirizadas e seguros, sendo exemplos das despesas administrativas; as despesas variáveis são, contas de água, luz e manutenções, as despesas extraordinárias também compõe o relatório, devido a sua grande importância em relação aos imprevistos com obras e manutenções e a constituição do fundo de reserva. Portanto é necessário um plano de contas adequado para especificar detalhadamente essas contas e subcontas de destinação, o plano de contas é um guia que norteia os trabalhos contábeis registrando todos as movimentações inerentes à empresa e funciona como um parâmetro para a elaboração das demonstrações financeiras da entidade. A empresa apresenta um plano de contas disponível ao estagiário, que faz as destinações das movimentações de acordo com as contas e subcontas, ao passar para o próximo setor, sendo este o setor financeiro, ocorre um retrabalho no relatório de demonstrativo mensal, devido à falta de especificidade nas descrições dos subgrupos, ocasionando uma interpretação errada da destinação correta. Exemplo de um plano de contas feito de forma genérica: 02 Despesa 02.02 Manutenção Predial 02.02.01 Compras diversas 02.02.02 Reparos diversos Fonte: De autoria própria Como podemos analisar na imagem acima, essas subdivisões como despesas diversas, manutenção predial, compras diversas, reparos diversos; acabam gerando um transtorno quando o cliente e os próprios funcionários da empresa analisam o demonstrativo, surgindo dúvidas com relação a esses enquadramentos, como: aonde de fato essas movimentações foram destinadas? Como exemplo a subconta manutenção predial, que fica o questionamento como, a manutenção foi feita em qual lugar? Tendo então a necessidade de buscar os documentos comprobatórios arquivados nos livros como diário ou razão, para responder a esses questionamentos. Considerando o exposto tem-se o seguinte problema de pesquisa: Qual a importância de uma abertura adequada de um plano de contas, para uma apropriação correta de gastos visando o cliente e a legislação, de maneira que possam ser repassados de forma assertiva e qualitativa essas informações aos usuários externos? 4.2. Encaminhamento das soluções para o problema identificado O contador elabora o plano de contas, que é formado por um conjunto de contas e subcontas, trazendo uma ferramenta primordial para iniciar qualquer relatório contábil, ou seja, é o ponto de partida para os devidos registros e melhor visualização patrimonial, sistematizando o trabalho contábil, sua estrutura deve se interrelacionar com o balanço patrimonial e relatório de demonstrativo mensal, por isso o agrupamento em uma só conta deve ser evitado tanto quanto possível, pois, os fatos ocorridos devem estar registrado em contas especificas para não gerarem dúvidas ao cliente. Para uma melhor interpretação do funcionário é importante ter claramente o domínio do que é ativo, passivo, patrimônio líquido, receitas e despesas tornando mais fácil os lançamentos devido ao grau de conhecimento, e para facilitar ainda mais, é necessário adicionar mais subgrupos de acordo com a demanda do condomínio e especificando o fato ocorrido, para que seja feito de forma automática, sem geração de retrabalhos; contendo elementos claros para rápida identificação e assimilação do ocorrido,por isso, é aconselhável fazer uma remontagem do plano de contas da entidade para uma prestação de contas mais assertiva, pois nesta, é apresentada todas as ocorrências independente de valores, ou seja, todos os lançamentos entraram no relatório. Na elaboração do plano de contas devem ser levados em conta prioritariamente a lógica, para a determinação das diretrizes, criando linguagens padronizadas e precisas, adequadas à necessidade dos usuários fornecendo informações uteis e de qualidade. Construir um plano de contas detalhado: 1- Verificar todas as contas sintéticas que serão utilizadas pela empresa ( de acordo com as movimentações do condomínio); 2- Todas as contas devem ter uma nomenclatura e um código numérico; 3- Classificações das contas de resultado ou contas analíticas,( receitas e despesas); 4- Iniciar o processo de codificação de cada conta; ( grupos e subgrupos) 5- Os títulos das contas devem refletir imediatamente os elementos patrimoniais que representam devendo ser claros e suscintos; 6- Deve ter flexibilidade ( margem para ampliação ) e operacionalidade. Sob essa ótica, podemos concluir que a empresa ao elaborar seu plano de contas deve especialmente; evitar o agrupamento em uma só conta para melhor visualização, fazer os registros em contas especificas, o funcionário deve ter domínio do que é receitas e despesas para melhor alocação e por fim deverá adicionar mais subgrupos conforme a necessidade. 4.3. Contextualização teórica O plano de contas adotado pela empresa Atlas Contabilidade Ltda consiste em contas de resultado, que evidenciam tanto as receitas quanto as despesas, sendo essencial para a elaboração de um relatório gerencial que ofereça uma representação estruturada da posição financeira da entidade. Nesse contexto, é imperativo que as informações contidas nesses relatórios possuam características qualitativas fundamentais, conforme definido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) no CPC 00 (R2) (CPC 00 (R2), 4.59-4.62). Os relatórios financeiros desempenham o papel crucial de representar os fenômenos econômicos por meio de palavras e números. Para serem verdadeiramente úteis, essas informações não devem apenas descrever fenômenos relevantes, mas também devem representar de maneira fidedigna a essência desses fenômenos (CPC 00 (R2), 4.59). É importante ressaltar que, em muitos casos, a essência do fenômeno econômico coincide com sua forma legal. No entanto, quando isso não ocorre, fornecer informações baseadas apenas na forma legal não representaria de forma fidedigna o fenômeno econômico em questão (CPC 00 (R2), 4.60). Para que uma representação seja considerada perfeitamente fidedigna, ela deve possuir três características essenciais: completude, neutralidade e ausência de erros. Embora seja reconhecido que alcançar a perfeição é uma meta difícil ou até mesmo impossível, o objetivo é maximizar essas qualidades tanto quanto possível (CPC 00 (R2), 4.61). Assim, a adoção de um plano de contas que leve em consideração essas características qualitativas fundamentais é essencial para garantir que os relatórios financeiros da empresa Atlas Contabilidade Ltda forneçam uma representação fiel e confiável de sua posição financeira, cumprindo, portanto, com os padrões estabelecidos pelo CPC 00 (R2) (CPC 00 (R2), 4.62). A informação contida nos relatórios financeiros precisa ser completa, neutra e livre de erros, conforme definido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) no CPC 00 (R2) (Carneiro, 2021). Para ser considerada completa, a informação deve abranger todas as descrições e fenômenos ocorridos, evidenciando as naturezas das operações e fornecendo uma representação numérica fiel do que cada conta significa (Carneiro, 2021). A neutralidade é essencial, exigindo que os registros sejam feitos sem intenções particulares da empresa, garantindo que as informações sejam imparciais e não manipuláveis (Carneiro, 2021). Por fim, a informação deve ser livre de erros, sem omissões ou distorções, refletindo fielmente as transações realizadas pela empresa (Carneiro, 2021). A classificação correta dos elementos contábeis, como ativo, passivo, patrimônio líquido, receitas e despesas, é fundamental para garantir a compreensão e a comparabilidade das informações fornecidas nos relatórios financeiros (RIBEIRO, 2017). Sem essa estratificação adequada, a representação dos fenômenos econômicos pode se tornar obscura e incompleta, comprometendo a fidedignidade das informações transmitidas (CPC 00 R2 Estrutura Conceitual, item. 7.8). A precisão da nomenclatura das contas também é crucial, pois contribui para tornar o histórico de lançamento mais objetivo e facilita o trabalho do profissional contábil (RIBEIRO, 2017). O conceito de contas está intrinsecamente ligado à sua finalidade de representar os fatos e originar as demonstrações contábeis (RIBEIRO, 2017). Portanto, é essencial que as contas sejam nomeadas de maneira clara e precisa para garantir a qualidade e a eficiência do processo contábil. Os ativos, reconhecidos no balanço patrimonial, compreendem os bens e direitos da entidade e só são considerados ativos se provavelmente resultarem em benefícios econômicos futuros que podem ser mensurados com confiabilidade (Carneiro, 2021). Segundo a Estrutura Conceitual, item 4.3, um ativo é "um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de eventos passados". Assim, um gasto que não resultará em expectativa de benefício futuro não deve compor o balanço patrimonial e deve ser reconhecido como despesa na demonstração de resultado. Os passivos representam as obrigações presentes da entidade, como contas a pagar a terceiros, salários, impostos, fornecedores e financiamentos. Eles surgem em virtude de eventos passados e envolvem a obrigação de transferir recursos econômicos (RIBEIRO, 2017). Conforme definido por Carneiro (2021, p. 42), um passivo deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que a liquidação da obrigação presente resulte na saída de recursos detentores de benefícios econômicos. O patrimônio líquido representa a diferença entre os itens positivos (bens e direitos) e os negativos (obrigações) e inclui elementos como capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações ou cotas em tesouraria, prejuízos acumulados e lucros acumulados (RIBEIRO, 2017). Conforme a estrutura conceitual CPC 00 (R2), as despesas são reduções nos ativos ou aumentos nos passivos que resultam em reduções no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a distribuições aos detentores de direitos sobre o patrimônio (Carneiro, 2021). Elas são reconhecidas diretamente na demonstração de resultados quando ocorre um decréscimo nos benefícios econômicos futuros relacionados a um decréscimo no ativo ou um aumento no passivo. As receitas representam os aumentos nos benefícios econômicos futuros com entradas de elementos no ativo ou diminuição do passivo, resultando em um aumento do patrimônio líquido (RIBEIRO, 2017). Elas incluem as entradas brutas de resultados econômicos gerados pela entidade ou por investimentos realizados. As receitas e despesas devem ser reconhecidas pelo regime de competência, independentemente do seu pagamento, levando em consideração o seu fato gerador (Carneiro, 2021). O fato gerador da despesa ocorre no consumo, enquanto o da receita ocorre na entrega da mercadoria ou prestação de serviço. O plano de contas é uma ferramenta que estabelece normas de conduta para registros contábeis de forma prática e eficaz (Carneiro, 2021). Seus objetivos fundamentais são atender aos requisitos da administração da empresa, observar a conformidade com a legislação, como a Lei nº 6.404/1976, e adaptar-se às exigências dos agentes externos, como clientes e fornecedores (Carneiro, 2021). Ele organiza as contas utilizadas pela contabilidade da empresa e é consultado a cada lançamento para determinar a conta adequada (RIBEIRO, 2017). No Brasil, não existe um plano de contas padrão ou obrigatório, e sua estruturaçãofica a critério de cada organização (RIBEIRO, 2017). Existem o plano de contas referencial, elaborado pela Receita Federal, e o plano de contas gerencial, desenvolvido internamente de acordo com as necessidades da entidade (Carneiro, 2021). A referência de uma conta no plano de contas é uma representação concisa do lançamento realizado, facilitando o entendimento e ocupando menos espaço nos registros contábeis (Carneiro, 2021). A classificação adequada das contas no plano de contas é essencial, pois é a base para lançamentos corretos e compreensíveis por todas as partes interessadas na empresa (RIBEIRO, 2017). Uma estrutura bem elaborada do plano de contas permite a identificação clara dos grupos e subgrupos, facilitando a análise e interpretação das informações contábeis (Carneiro, 2021). Trazendo a estrutura do balanço patrimonial e das demonstrações do resultado do exercício tornando mais prático, ágil e facilitando as suas digitações. Lembrando que, cada entidade possui suas peculiaridades, por isso, cada nomenclatura das contas devem estar ambientadas ao ramo de negócio, de modo que, fique conciso sua representação. De acordo com a lei nº 6.404/1976 no artigo.176,inciso 2º é determinado que as contas semelhantes podem ser agrupadas e os pequenos saldos poderão ser agregados, porém não devendo ultrapassar a 0,1 (um décimo) de valor do pertencente grupo de contas, e deverá ainda ser indicada a natureza da operação, no entanto, é vedada a utilização de contas genéricas como “ gastos diversos’’, “despesas diversas’’, como vimos anteriormente no item 4.1, pois a utilização desses termos faz com que se perca a representação técnica do plano de contas e seu respectivo relatório contábil e não podemos deixar de salientar a necessidade do cliente em relação a dificuldade ao discernir os demonstrativos mensais, por isso, o contador deve se ater a todos os fatores relevantes da entidade em relação ao cliente e suas necessidades desde que acordando com o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) que emite as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC), Comite de pronunciamento contábil (CPC),as IFRS ( normas internacionais de relatórios financeiros). Segundo Carneiro (2021), a contabilidade, como disciplina, busca registrar, classificar e interpretar as transações financeiras de uma entidade, com o objetivo de fornecer informações úteis para tomadas de decisão. Nesse contexto, a estruturação de um plano de contas é essencial, pois serve como um guia para registrar todas as movimentações financeiras do condomínio, permitindo uma análise detalhada das receitas, despesas e reservas de emergência. A importância de um plano de contas adequado também está alinhada com os princípios contábeis internacionais, como os definidos pelo International Financial Reporting Standards (IFRS), que estabelecem diretrizes para a apresentação de demonstrações financeiras claras e precisas (Carneiro, 2021). Dentro desse contexto normativo, a correta classificação das contas, com a devida especificidade, é crucial para garantir a transparência e a conformidade com as exigências legais e regulatórias. Além disso, conforme Ribeiro (2017), a contabilidade condominial apresenta particularidades que exigem uma abordagem específica na elaboração do plano de contas. Por exemplo, a natureza das receitas e despesas de um condomínio, que incluem taxas condominiais, multas, aluguéis de espaços e despesas com manutenção predial, requer uma estrutura contábil adaptada para refletir com precisão essas operações. A falta de especificidade nas descrições das contas, como mencionado no problema apresentado, pode resultar em interpretações equivocadas das movimentações financeiras do condomínio, levando a retrabalhos e dificultando a prestação de contas aos usuários externos, como os condôminos e órgãos reguladores (Carneiro, 2021). Isso ressalta a importância de uma abertura adequada do plano de contas, com a inclusão de subgrupos específicos para cada tipo de transação financeira. A teoria contábil também destaca a relevância da compreensão dos usuários das demonstrações financeiras. De acordo com Iudicíbus (2019), a clareza e a precisão das informações contábeis são essenciais para garantir que os usuários possam entender adequadamente a situação financeira e os resultados operacionais do condomínio. Um plano de contas bem elaborado contribui significativamente para essa compreensão, fornecendo uma estrutura lógica e organizada para o registro das transações financeiras. 5. CONSIDERAÇOES FINAIS Podemos concluir com esse estudo de caso, feito através de pesquisas bibliográficas, o grau de relevância para o contador em saber passar a informação aos usuários, levando em consideração os pontos levantados no item 4.2, onde, foi enfatizado a necessidade de usar um plano de contas, como um manual que deve ser um guia de orientação para as movimentações da entidade, devendo ser utilizado como um “mapa’’ que nós usamos para saber o nosso ponto de partida e possibilitando ter uma vista panorâmica para nos nortear. O objetivo desse estudo é, proporcionar ao contador iniciante como adequar um plano de contas às rotinas contábeis do dia a dia de um escritório, que não tem tempo a perder com informações imprecisas, reclamação ou dúvidas de clientes, pelo fato de não compreenderem os lançamentos realizados devido a alocação inadequada da conta a que foi destinado, ou mesmo quando os lançamentos se agrupam de modo que, fica difícil localizar determinados lançamentos, tornando-se assim um demonstrativo contestável. Foi levantado os pontos principais para obtenção de informações para a elaboração correta dos relatórios contábeis e balanços patrimoniais, utilizando as regras do CPC 00 ( R2), que traz todo o detalhamento para elaborar demonstrativos de qualidade , isto é, saber passar a informação aos usuários de forma eficaz; e para isso, o contador deverá ter o domínio dos elementos que compõe a estrutura das demonstrações financeiras de forma abrangente não deixando de fornecer informações de características qualitativas fundamentais como evidenciamos a representação fidedigna. Distinguimos as subjetividade de cada organização na construção do seu referido plano de contas, afinal, temos uma gama de organizações e ramos de negócios com atuações diferentes. Partimos do ponto da questão levantada referente a, ” qual a importância de uma abertura adequada de um plano de contas, para uma fácil interpretação pelos funcionários da empresa, de maneira que possam ser repassados de forma assertiva e qualitativa essas informações aos usuários externos?’’ Podemos concluir que tanto para a entidade que reporta como para os próprios colaboradores, um trabalho bem feito não precisará ser retrabalhado ou contestado, tornado o trabalho mais confiável, rápido e o máximo possível livre de erros, um plano de contas sistematizado será um diferencial no trabalho do contador que seleciona as contas de lançamento, e para que isso ocorra de maneira assertiva na respectiva empresa, devem- se levar em consideração a visualização que os usuários precisam em seu demonstrativos, nesse caso, foi a utilização errônea de contas que agrupam informações, que, como vimos geram transtornos a entidade e ao cliente, e a obtenção da qualidade da informação parte dos princípios básicos da contabilidade em relação ao conhecimento e a responsabilidade do contador não deixar de representar em seus relatórios todo o aprendizado que obteve com seus estudos e ter foco nas representações qualitativas da informação. A amplitude dessa pesquisa nos mostrou como não podemos negligenciar um plano de contas e coleta das informações através dele, porém, como não há um padrão a ser seguido rigidamente, devido à peculiaridade de cada entidade, muitas vezes as empresas fazem de maneira simplista e os próprios colaboradores, acham mais fácil fazer um lançamento “genérico’’ para não perderem um tempo especificando o verdadeiro fato gerador, mas esquecem que posteriormente se perderá mais tempo e mais trabalho aofato de procurar aquela informação passada de forma errônea e simplista. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS IUDICIBUS, Sérgio, MARTINS, Eliseu, KANITZA, Sttephen, RAMOS, Alkindar, CASTILHO, Edson, BENATI, Luiz, WEBER, Eduardo, DOMINGUES, Ramon. Contabilidade introdutória: Livro – Texto. 12. Ed. São Paulo: Editora Atlas Ltda,2019. ATLAS Contabilidade Ltda. Disponível em:www.atlascondominios.com.br. Acesso : jan. 2024. SANTOS, Cleonimo, Plano de Contas: uma abordagem prática.7. Ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos Editora 2018. SANTOS, Ariovaldo, IUDÍCIBUS, Sergio, MARTINS,Eliseu, GELBCKE,Ernesto.Manual Prático de Contabilidade Societária: Aplicável a todas as sociedades. 1. Ed. São Paulo: Editora Atlas Ltda,2022. ZAPPA HOOG,Wilson. Plano de Contas: com ênfase aos novos padrões da contabilidade .5. Ed. Curitiba: Juruá Editora, 2021. COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC. Estrutura Conceitual para Elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro. Disponível em: https://www.cpc.org.br/CPC/Documentos- Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=80Acesso em: Mar. 2024. BRASIL, LEI 11.638,de 28 de dezembro de 2007 Altera e revoga dispositivos da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras.ITG 1000 – Normas aplicáveis e modelos de plano de contas e demonstrações contábeis para micro entidade e pequena empresa. Anexo 11.Disponivel em :http//www.planalto.gov.br.com.br, acesso: jan. 2024 7. TERMO DE CONVALIDAÇÃO 8. DOCUMENTOS COMPROBATÓRIO image1.jpg image5.jpg image6.jpg image2.jpg image4.jpg image3.jpg image7.png image9.png image10.png image11.png image12.png image8.png