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ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS | 213
como elas evoluíram para o contexto industrial capitalis-
ta possibilita aos estudantes valorizar e utilizar os conhe-
cimentos historicamente construídos sobre o mundo so-
cial para entender e explicar a realidade e continuar 
aprendendo. Essas ferramentas permitem colaborar para 
a construção de uma sociedade justa, democrática e in-
clusiva, em especial nos ambientes urbanos.
Ao discutir as noções de cidadania e cidadão, os es-
tudantes são convidados a conhecer meios e práticas so-
ciais que violam os direitos civis de determinada parcela 
da população, contribuindo para o trabalho com a CG7, 
na medida em que são estimulados a aprender a argu-
mentar com base em fatos, dados e informações confiá-
veis para defender ideias e pontos de vista que respeitem 
e promovam os direitos humanos.
O capítulo também discute o papel da industrializa-
ção no processo de urbanização e transformações pro-
fundas na relação do homem com a natureza, utilizando 
a obra Macunaíma, de Mário de Andrade, para promover 
essa discussão. Nessa etapa do capítulo, mobiliza-se a 
CG3.
A discussão sobre os fatores que contribuem para os 
diferentes tipos de arranjos urbanos encontrados no Brasil 
e a proposta de rede urbana elaborada pelo IBGE fornecem 
a oportunidade de explorar as habilidades EM13CHS103 
e EM13CHS106, a partir da leitura do mapa de hierarquia 
das cidades brasileiras apresentado na seção. 
Os estudantes também são convidados a desenvolver 
o olhar crítico ao conhecer as principais propostas de re-
formas urbanas implementadas nas grandes cidades do 
mundo entre os séculos XIX e XX, incentivando-os a tra-
balhar a habilidade EM13CHS101. Em seguida, as proje-
ções de urbanização das próximas décadas possibilitam 
a discussão a respeito dos desafios enfrentados pelas ci-
dades que permanecem registrando taxas de crescimen-
to bastante elevadas, especialmente aquelas localizadas 
no mundo em desenvolvimento. Essa reflexão contribui 
para o trabalho com a competência específica das Ciên-
cias Humanas e Sociais Aplicadas ao Ensino Médio 2 e as 
habilidades EM13CHS201, EM13CHS204 e EM13CHS206.
Por fim, o capítulo estimula o debate a respeito dos 
problemas socioambientais provocados pelas atividades 
humanas estabelecidas no espaço urbano. Como ativida-
de complementar, os estudantes são convidados a cons-
truir uma vídeo-reportagem relatando os problemas am-
bientais que costumam ocorrer no lugar em que vivem, 
com o objetivo de promover um maior engajamento com 
a própria comunidade. Essa atividade permite explorar a 
competência específica das Ciências Humanas e Sociais 
Aplicadas ao Ensino Médio 3 e as habilidades EM13LP33, 
EM13CHS302 e EM13CHS304.
Orientações para o trabalho em 
sala de aula
Sua experiência pessoal p. 58-59
Respostas pessoais. Procure estimulá-los a identificar os co-
nhecimentos prévios sobre as características do estilo de vida 
urbano e se ele influencia a vida dos jovens. Instigue-os a re-
fletir sobre os sentimentos e a sensação que a cidade desperta. 
Com base na experiência pessoal e no contexto de vivência de 
cada um, eles podem apresentar suas opiniões e discutir, por 
exemplo, de que forma os espaços urbanos dão visibilidade às 
culturas juvenis. Quais espaços das cidades são geralmente 
apropriados pelos jovens? De que forma podemos observar os 
elementos culturais que retratam desejos, receios e perspec-
tivas dos jovens e que são perceptíveis nas paisagens urbanas? 
Como o estilo de vida contribui para a construção de seus pro-
jetos de vida?
Na conversa inicial, busque identificar os conheci-
mentos prévios dos estudantes sobre o tema, proble-
matizando o modo e o estilo de vida urbano. Quais são 
as atividades que os estudantes consideram típicas dos 
espaços urbanos? Estabeleça relações com as áreas ru-
rais e procure demonstrar que, mesmo que essas popu-
lações não vivam em cidades, elas são influenciadas pe-
lo modo de vida urbano (gostos, comportamentos, 
vestimenta e modos de consumo). Direcione a conversa 
para uma reflexão inicial sobre o processo de urbanização 
e a rede urbana. Destaque, além do modo de vida ur-
bano, as relações econômicas e sociais estabelecidas en-
tres as cidades.
Outras perguntas que podem ser aplicadas, depen-
dendo do contexto dos estudantes, são: O que significa 
viver em uma cidade? Como é a vida em uma cidade? 
Quais sentimentos a cidade desperta em você? Quais são 
as visões que você possui sobre a cidade de seu contexto 
espacial? O que é uma cidade? Como, na cidade, as pes-
soas se relacionam com a natureza?
É importante diagnosticar também o que os estudan-
tes sabem sobre as especificidades do processo de urba-
nização nos países pobres e ricos. Discutir o uso da cida-
de por diferentes grupos sociais também é conveniente. 
Peça que citem os principais problemas que observam 
nas cidades relativos à desigualdade social, o que mobili-
za a habilidade EM13CHS301.
Concilie a discussão com a epígrafe. Questione os es-
tudantes sobre o que compreenderam dela e explique os 
termos que porventura desconheçam, como “paradig-
mático”, que se refere à ideia de modelo, “àquilo que é tí-
pico” de algo. Discuta também em que cidade gostariam 
de morar e quais seriam as características de uma cidade 
ideal. O exercício de construir cidades que promovam o 
bem-estar da população e expressem justiça social apri-
mora as habilidades compreendidas na CG1 e na CG10.
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O que é cidade? p. 60
Professor indicado: Geografia ou Sociologia
Para iniciar a discussão proposta nesse capítulo, é im-
portante realizar uma breve reflexão a respeito da com-
plexidade de definir exatamente o que são cidades. Ex-
plique que, na perspectiva geográfica, as cidades podem 
ser definidas como porções do espaço que abrigam cons-
truções humanas resultantes da sobreposição de diferen-
tes processos sociais, políticos, econômicos e culturais ao 
longo do tempo.
No entanto, é importante esclarecer que as cidades 
podem ser analisadas a partir de outras perspectivas. O 
conteúdo menciona, por exemplo, os aspectos quantita-
tivos, isto é, a densidade demográfica pode ajudar a de-
finir se um local é considerado ou não uma cidade.
Os aspectos econômicos, como as atividades estabe-
lecidas no espaço, os tipos de trabalhos e empregos, tam-
bém podem ser elementos centrais nessa compreensão. 
Além disso, a noção de que as cidades são nós de uma 
ampla rede de infraestruturas que ser articulam e forne-
cem dinâmicas específicas ao espaço geográfico é outra 
visão apresentada pelo conteúdo.
Explique que a ideia de discutir diversas perspectivas 
tem o objetivo de mostrar a complexidade do debate, 
revelando que as cidades possuem inúmeras caracterís-
ticas, as quais, eventualmente, podem se sobressair a par-
tir da visão que se oferece para analisar o tema. Essa re-
f lexão inicial permite retomar e consolidar os 
conhecimentos abordados ao longo do Ensino Funda-
mental, em especial nas habilidades trabalhadas no con-
teúdo de Geografia que exploram conceitos como terri-
tório, redes e urbanização.
O texto a seguir apresenta uma definição proposta 
pela arquiteta e urbanista Raquel Rolnik a respeito do que 
é a cidade. Sugere-se a leitura dele a fim de ampliar a com-
preensão sobre o tema e enriquecer as discussões pro-
postas na sala de aula. Caso julgue necessário, forneça o 
texto aos estudantes, incentivando-os a analisar e com-
parar as diferentes fontes e narrativas expostas durante a 
aula para compreender e se posicionar criticamente com 
relação aos processos históricos, geográficos, políticos, 
econômicos e sociais. Esse exercício contribui para a mo-
bilização da habilidade EM13CHS101 da BNCC.
Definindo a cidade 
Quando, ao decidir escrever este livro, me perguntei 
o que é cidade,a primeira imagem que me veio à cabeça 
foi São Paulo, a metrópole que se perde de vista. Pensei na 
intensidade de São Paulo, feita do movimento incessante 
de gente e máquinas, do calor dos encontros, da violência 
dos conflitos. Milhares de habitantes. Milhões. Mas logo 
me ocorreu uma dúvida: não seriam esse ritmo e essa in-
tensa concentração, para mim tão sinônimos de urbano, 
próprios apenas das metrópoles, as cidades que anunciam 
o século XXI?
Pensei então em outras cidades, de outros tempos e lu-
gares – Babilônia, Roma, Jerusalém – cidades amuralhadas, 
de limites precisos, cujas portas permitiam ou bloqueavam 
o contacto com o mundo exterior. Pensei então na ironia 
de Wall Street, a rua do muro que limitava a cidade de No-
va Iorque, no século XVII, transformando-se no centro do 
mercado financeiro internacional, símbolo de um mundo 
onde as cidades não têm fim. No início da história ameri-
cana, quem se dirigia a Nova Iorque deparava-se com seus 
portões. Hoje esta possibilidade não existe mais: não se 
está nunca diante da cidade, mas quase sempre dentro de-
la.
O espaço urbano deixou assim de se restringir a um 
conjunto denso e definido de edificações para significar, de 
maneira mais ampla, a predominância da cidade sobre o 
campo. Periferias, subúrbios, distritos industriais, estradas 
e vias expressas recobrem e absorvem zonas agrícolas mo-
vimento incessante de urbanização. No limite, este movi-
mento tende a devorar todo o espaço, transformando em 
urbana a sociedade como um todo. 
Diante de fenômenos tão diferentes como as antigas ci-
dades muradas e as gigantescas metrópoles contemporâ-
neas, seria possível definir cidade? 
Na busca de algum sinal que pudesse apontar uma ca-
racterística essencial da cidade de qualquer tempo ou lugar, 
a imagem que me veio à cabeça foi a de um imã, um campo 
magnético que reúne e concentra os homens. 
[...]
Isto mesmo, a cidade é antes de mais nada um imã, an-
tes mesmo de se tornar local permanente de trabalho e mo-
radia. Assim foram os primeiros embriões de cidade de que 
temos notícia, os zigurates, templos que apareceram nas 
planícies da Mesopotâmia em torno do terceiro milênio an-
tes da era cristã.
ROLNIK, Raquel. O que Ž Cidade? São Paulo: Brasiliense, 1988. 
Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/ 
pluginfile.php/4405239/mod_resource/
content/1/O%20que%20%C3%A9%20Cidade%20parte%201.pdf. 
Acesso em: 31 ago. 2020.
Em seguida, o conteúdo aborda os critérios de iden-
tificação de uma cidade adotados no Brasil. Nessa discus-
são, é importante que os estudantes possam notar o des-
colamento entre a teoria, representada pela legislação 
brasileira, e a prática, já que o critério desconsidera aspec-
tos estruturais e funcionais das cidades. A generalização 
verificada no Brasil permite, portanto, considerar como 
cidades as grandes metrópoles brasileiras, tais como São 
Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Porto Alegre, mas tam-
bém pequenas aglomerações populacionais, cujas ativi-
dades são notadamente rurais.
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