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PDF SINTÉTICO ÉTICA E INTEGRIDADE Ética e Integridade Livro Eletrônico Presidente: Gabriel Granjeiro Vice-Presidente: Rodrigo Calado Diretor Pedagógico: Erico Teixeira Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi Gerência de Produção de Conteúdo: Bárbara Guerra Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente. CÓDIGO: 240311265725 DIOGO SURDI Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Jorge Júnior - 00228541263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 3 de 23gran.com.br PDF SINTÉTICO Ética e Integridade Diogo Surdi SUMÁRIO Apresentação do Professor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 Ética e Integridade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1. Ética e Integridade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1.1. Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1.2. Transparência e Imparcialidade nos Usos da Inteligência Artificial no Âmbito do Serviço Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Questões de Concurso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Gabarito Comentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Jorge Júnior - 00228541263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 4 de 23gran.com.br PDF SINTÉTICO Ética e Integridade Diogo Surdi APRESENTAÇÃO DO PROFESSORAPRESENTAÇÃO DO PROFESSOR Olá! Meu nome é Diogo Surdi, sou formado em Administração Pública e me considero um “concurseiro de carteirinha”. Em 2014, obtive a aprovação para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil. Além disso, obtive a aprovação em diversos outros cargos, dentre os quais destaco: • Analista Judiciário do TRT-SC (3ª colocação); • Analista Tributário da RFB; • Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: − TRT-SC, TRT-RS, TRT-MS, TRE-SC, TRE-RS e MPU. O presente material foi elaborado com muito cuidado e dedicação, tendo por finalidade otimizar e auxiliar no processo de aprovação. Feita esta breve apresentação, vamos aos estudos! Abraços! Diogo Surdi O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Jorge Júnior - 00228541263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 5 de 23gran.com.br PDF SINTÉTICO Ética e Integridade Diogo Surdi ÉTICA E INTEGRIDADEÉTICA E INTEGRIDADE 1 . ÉTICA E INTEGRIDADE1 . ÉTICA E INTEGRIDADE 1 .1 . CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO 1 .1 . CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERALPODER EXECUTIVO FEDERAL 1 .1 .1 . DEFINIÇÕES GERAIS A palavra Ética deriva do grego ethos, que tem o mesmo sentido de “modo de ser, caráter, costume”. A palavra Moral, por sua vez, deriva do latim mos, significando “comportamento”. Podemos conceituar ética como a disciplina filosófica que se ocupa com a reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral. Essa reflexão pode seguir as mais diversas direções, dependendo da concepção de homem que se toma como ponto de partida. Da mesma forma, podemos conceituar moral como o conjunto dos costumes e juízos morais de um indivíduo ou de uma sociedade que possui caráter normativo. Conseguimos perceber, com isso, que a ética é universal, enquanto a moral é cultural. Para não restar dúvidas, vamos sintetizar os dois conceitos: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Jorge Júnior - 00228541263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 6 de 23gran.com.br PDF SINTÉTICO Ética e Integridade Diogo Surdi Além dos conceitos de ética e de moral, devemos conhecer também as definições utilizadas para os valores e as virtudes. Valores Virtudes Podem ser entendidos como os padrões de conduta mantidos por determinado indivíduo, que, para isso, levará em conta a sociedade na qual está inserido. Os valores se diferenciam dos demais conceitos éticos na medida em que estão relacionados com a subjetividade de cada indivíduo. Os valores são intimamente relacionados e influenciados pela cultura de cada pessoa. Estão relacionadas com a capacidade do indivíduo, diante de duas alternativas, optar por aquela que é considerada a mais correta e justa. Logo, a virtude pode ser definida como a propensão que as pessoas possuem para, com base nos valores, tomar decisões que sejam consideradas corretas e honestas. As virtudes podem ser classificadas em intelectuais e morais. As virtudes intelectuais estão relacionadas com o ensino e o aprendizado ao longo do tempo. Logo, uma pessoa que sempre frequentou a escola, de acordo com o autor, tende a tomar decisões que estejam mais de acordo com as virtudes intelectuais do que uma pessoa, por exemplo, analfabeta. As virtudes morais, por sua vez, são adquirida ao longo dos anos com a força do hábito, não dependendo, ao contrário do que ocorre com as virtudes intelectuais, de estudo ou conhecimento prévio. 1 .1 .2 . REGRAS DEONTOLÓGICAS A deontologia pode ser conceituada como a ciência do dever e da obrigação, sendo a parte da filosofia que estuda moral e as diversas consequências da ação humana. Nos termos do Código de Ética, demos uma série de regras deontológicas, a saber: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Jorge Júnior - 00228541263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 7 de 23gran.com.brPDF SINTÉTICO Ética e Integridade Diogo Surdi Regras Deontológicas I – A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos. II – O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas na Constituição Federal. III – A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo. IV – A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade. V – O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio. VI – A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional. VII – Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. VIII – Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação. IX – A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar- lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los. X – Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos. XI – O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública. XII – Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas. XIII – O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Jorge Júnior - 00228541263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 8 de 23gran.com.br PDF SINTÉTICO Ética e Integridade Diogo Surdi 1 .1 .3 . DEVERES E VEDAÇÕES Inicialmente, temos que saber que os deveres e as vedações impostas aos Servidores Públicos Civis do Poder Executivo Federal, por meio do Decreto n. 1.171/1994, não são meros desmembramentos dos deveres impostos a tais servidores na Lei n. 8.112/1990. E isso ocorre pelo fato do decreto criar normas materiais, também conhecidas como normas de conduta, que obrigam os administrados a seguir certos comportamentos no âmbito do serviço público. EXEMPLO Não pode o servidor alegar, por exemplo, que não possui o dever de “tratar com respeito as pessoas idosas” simplesmente porque tal dever não está expressamente previsto no Decreto que rege suas condutas. Nada mais lógico, afinal, seria incabível que todas as condutas e vedações do Servidor estivessem previstas em determinada lei ou decreto. Ao passo que os deveres são condutas positivas (exigidas dos servidores), as vedações são conceituadas como condutas negativas (que não podem ser praticadas pelos agentes públicos). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Jorge Júnior - 00228541263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 9 de 23gran.com.br PDF SINTÉTICO Ética e Integridade Diogo Surdi Deveres São deveres fundamentais do servidor público: a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja titular; b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário; c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum; d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo; e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o público; f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos; g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar- lhes dano moral; h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal; Deveres i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las; j) zelar, no exercício do direitode greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança coletiva; l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema; m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis; n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados à sua organização e distribuição; o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum; p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função; q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções; r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem. s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito; t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos; u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei; v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Jorge Júnior - 00228541263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 10 de 23gran.com.br PDF SINTÉTICO Ética e Integridade Diogo Surdi Vedações É vedado ao servidor público; a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem; b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam; c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração do Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão; d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material; e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister; f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores; g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim; h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências; i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos; j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular; l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público; m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros; n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente; o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana; p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso. 1 .1 .4 . COMISSÕES DE ÉTICA De nada adiantaria tais hipóteses de não houvesse um mecanismo hábil para apurar De nada adiantaria tais hipóteses de não houvesse um mecanismo hábil para apurar se os servidores regidos pelo Código de Ética estão ou não seguindo as regras por ele se os servidores regidos pelo Código de Ética estão ou não seguindo as regras por ele estipuladas, estipuladas, não é mesmo?? Por isso mesmo é que o Decreto n. 1.171/1994 estipula que serão criadas Comissões de Ética, no âmbito da Administração Pública, com a finalidade de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura. Em relação à comissão de ética, as seguintes regras devem ser observadas: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Jorge Júnior - 00228541263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 11 de 23gran.com.br PDF SINTÉTICO Ética e Integridade Diogo Surdi Comissões de Ética Quem deve constituir Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética. Funções A Comissão de Ética é encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura. Além disso, à Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor público. Pena – Aplicável A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura, e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso. Definição de Servidor Público para fins de apuração do comprometimento ético Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado. 1 .2 . TRANSPARÊNCIA E IMPARCIALIDADE NOS USOS DA INTELIGÊNCIA 1 .2 . TRANSPARÊNCIA E IMPARCIALIDADE NOS USOS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO ÂMBITO DO SERVIÇO PÚBLICOARTIFICIAL NO ÂMBITO DO SERVIÇO PÚBLICO Nos dias atuais, é cada vez mais crescente o uso de mecanismos que fazem uso da inteligência artificial. Podemos visualizar isso em nosso dia a dia, seja nas redes sociais (em que os algoritmos nos sugerem conteúdos com base em nossas preferências), seja nas demais atividades do cotidiano. E qual é o papel da inteligência artificial no âmbito dos serviços públicos?E qual é o papel da inteligência artificial no âmbito dos serviços públicos? A função primordial das atividades administrativas é a de garantir o bem estar coletivo. Para isso, uma série de políticas públicas são desenvolvidas e executadas. Logo, é de extrema importância que tais algoritmos sejam dotados de imparcialidade, garantindo assim uma tomada de decisão mais justa e efetiva, sem privilégios. Além disso, o processo que faça usoda inteligência artificial deve assegurar a necessária transparência à coletividade. Dito de outra forma, a população interessada deve saber que as decisões foram tomadas por meio de mecanismos da inteligência artificial, bem como a forma como os algoritmos foram definidos pela autoridade competente. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Jorge Júnior - 00228541263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 12 de 23gran.com.br PDF SINTÉTICO Ética e Integridade Diogo Surdi Imparcialidade Transparência Decisões tomadas com base na inteligência artificial devem ser justas e imparciais, sem privilégios que não os legalmente admitidos. A população interessada deve saber que as decisões foram tomadas por meio de mecanismos da inteligência artificial, bem como a forma como os algoritmos foram definidos pela autoridade competente. A melhor forma de assegurar que a imparcialidade e a transparência sejam observadas é por meio da edição de uma norma que estabeleça os parâmetros que devem ser considerados na utilização de sistemas que façam uso da inteligência artificial. O CNJ editou a Resolução 332/2020, que, ainda que esteja relacionada com as atividades do Poder Judiciário, é bastante didática na finalidade de garantir a ética, a transparência e a governança na produção e no uso de inteligência artificial. De acordo com a mencionada norma A Inteligência Artificial, no âmbito do Poder Judiciário, visa promover o bem-estar dos jurisdicionados e a prestação equitativa da jurisdição, bem como descobrir métodos e práticas que possibilitem a consecução desses objetivos. A resolução em questão estabelece uma série de definições relacionadas com o processo de inteligência artificial. Tais definições são importantes para conhecermos de uma melhor forma o processo de construção de um sistema dotado de inteligência artificial. Algoritmo Sequência finita de instruções executadas por um programa de computador, com o objetivo de processar informações para um fim específico; Modelo de Inteligência Artificial Conjunto de dados e algoritmos computacionais, concebidos a partir de modelos matemáticos, cujo objetivo é oferecer resultados inteligentes, associados ou comparáveis a determinados aspectos do pensamento, do saber ou da atividade humana; Sinapses Solução computacional, mantida pelo Conselho Nacional de Justiça, com o objetivo de armazenar, testar, treinar, distribuir e auditar modelos de Inteligência Artificial; Usuário Pessoa que utiliza o sistema inteligente e que tem direito ao seu controle, conforme sua posição endógena ou exógena ao Poder Judiciário, pode ser um usuário interno ou um usuário externo; Usuário interno Membro, servidor ou colaborador do Poder Judiciário que desenvolva ou utilize o sistema inteligente; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Jorge Júnior - 00228541263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 13 de 23gran.com.br PDF SINTÉTICO Ética e Integridade Diogo Surdi Usuário externo Pessoa que, mesmo sem ser membro, servidor ou colaborador do Poder Judiciário, utiliza ou mantém qualquer espécie de contato com o sistema inteligente, notadamente jurisdicionados, advogados, defensores públicos, procuradores, membros do Ministério Público, peritos, assistentes técnicos, entre outros. Em breve síntese, a Administração Pública cada vez mais está adotando sistemas de inteligência artificial. Tais sistemas são dotados de critérios objetivos. Como forma de evitar discriminações, o modelo de inteligência artificial deve, antes de ser colocado em produção, ser homologado, medida que possibilita a identificação de preconceitos ou generalizações que influenciaram seu desenvolvimento, acarretando tendências discriminatórias no seu funcionamento. Sempre que isso for detectado, o sistema deve ser corrigido ou, quando não for possível a correção, descontinuado. Estando em utilização, deverá ser assegurada à coletividade a transparência, que, por sua vez, será efetivada através das mais diferentes formas. Com estas medidas, procura-se garantir que os sistemas adotados no âmbito do serviço público sejam imparciais e dotados de transparência. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Jorge Júnior - 00228541263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 14 de 23gran.com.br PDF SINTÉTICO Ética e Integridade Diogo Surdi QUESTÕES DE CONCURSOQUESTÕES DE CONCURSO 001. 001. (CESGRANRIO/ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019) J é servidor público federal e busca praticar os seus atos obediente às regras de conduta estabelecidas pelo Decreto n. 1.171/1994. Nos termos do referido Código de Ética Profissional, a moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. Nesse contexto, o que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo será o equilíbrio entre a legalidade na conduta do servidor público e a sua a) finalidade b) ideologia c) capacitação d) articulação e) perspectiva 002. 002. (CESGRANRIO/ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019) K, cidadão no pleno exercício dos seus direitos políticos, requereu a um certo órgão público o reconhecimento de determinado benefício a que, no seu entender, faria jus. Ao procurar informações no órgão competente, recebeu a notícia de que seu requerimento tinha grande probabilidade de ser deferido, embora o agente público que havia fornecido tal informação já tivesse ciência de que houvera o seu indeferimento. Nesse caso, consoante as normas do Decreto n. 1.171/1994, o tal agente público que prestou essa informação a K violou o direito à a) capacidade b) existência c) verdade d) fraternidade e) ambiência 003. 003. (CESGRANRIO/TRPDACGN (ANP)/ANP/QUÍMICA/2016) As regras éticas adotadas no serviço público devem ser aplicadas no âmbito do trabalho e, em determinadas situações, fora dele, tendo em vista a repercussão que alguns atos têm no serviço desempenhado e na boa imagem da Administração Pública. Como exemplo de ato que NÃO deve ser admitido fora de serviço, nos termos do Decreto n. 1171/1994, que estabelece o Código de Ética Profissional do Serviço Público, está a a) atuação descortês b) procrastinação de direitos O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Jorge Júnior - 00228541263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 15 de 23gran.com.br PDF SINTÉTICO Ética e Integridade Diogo Surdi c) embriaguez habitual d) conivência com erro e) ausência de utilização de avanços técnicos 004. 004. (CESGRANRIO/ASS (FINEP)/FINEP/APOIO ADMINISTRATIVO/2014) Que tipo de penalidade uma Comissão de Ética relacionada a um órgão ou entidade pública da esfera federal pode aplicar ao servidor público que eventualmente comete um ato considerado contrário à Ética? a) Censura b) Reclusão c) Multa financeira d) Perda dos direitos políticos e) Perda do vínculo empregatício 005. 005. (CESGRANRIO/ASST (CEFET-RJ)/CEFET-RJ/ALUNOS/2014) Um servidor público que prima pela correção no seu trabalho, sendo disciplinado e atencioso, é convidado a chefiar uma repartição pública composta por numerosos servidores que têm por objetivo principal o atendimento ao público, com o encaminhamento das questões aos órgãos competentes. Uma daspreocupações desse servidor público está relacionada à excessiva quantidade de pessoas que permanece em pé, nas filas que se formam, pela manhã, na porta da repartição onde atua. Procurando resolver tal problema, esse servidor está cumprindo um dos deveres fundamentais inscritos no Código de Ética do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal que consiste em: a) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema. b) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos. c) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações demoradas. d) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal. e) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum. 006. 006. (CESGRANRIO/ADM (CEFET-RJ)/CEFET-RJ/2014) De acordo com as regras deontológicas constantes do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de a) atitude individual sem ressonância coletiva b) desconforto momentâneo para o administrado O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Jorge Júnior - 00228541263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 16 de 23gran.com.br PDF SINTÉTICO Ética e Integridade Diogo Surdi c) desmoralização do serviço público d) reparação justa por parte do cidadão e) desinformação do servidor faltoso O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Jorge Júnior - 00228541263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 17 de 23gran.com.br PDF SINTÉTICO Ética e Integridade Diogo Surdi GABARITOGABARITO 1. a 2. c 3. c 4. a 5. c 6. c O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Jorge Júnior - 00228541263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 18 de 23gran.com.br PDF SINTÉTICO Ética e Integridade Diogo Surdi GABARITO COMENTADOGABARITO COMENTADO 001. 001. (CESGRANRIO/ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019) J é servidor público federal e busca praticar os seus atos obediente às regras de conduta estabelecidas pelo Decreto n. 1.171/1994. Nos termos do referido Código de Ética Profissional, a moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. Nesse contexto, o que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo será o equilíbrio entre a legalidade na conduta do servidor público e a sua a) finalidade b) ideologia c) capacitação d) articulação e) perspectiva Uma das regras deontológicas do Código de Ética é a que estabelece que A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo. Sendo assim, o que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo será o equilíbrio entre a legalidade na conduta do servidor público e a sua finalidade. Letra a. 002. 002. (CESGRANRIO/ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019) K, cidadão no pleno exercício dos seus direitos políticos, requereu a um certo órgão público o reconhecimento de determinado benefício a que, no seu entender, faria jus. Ao procurar informações no órgão competente, recebeu a notícia de que seu requerimento tinha grande probabilidade de ser deferido, embora o agente público que havia fornecido tal informação já tivesse ciência de que houvera o seu indeferimento. Nesse caso, consoante as normas do Decreto n. 1.171/1994, o tal agente público que prestou essa informação a K violou o direito à a) capacidade b) existência c) verdade d) fraternidade O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Jorge Júnior - 00228541263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 19 de 23gran.com.br PDF SINTÉTICO Ética e Integridade Diogo Surdi e) ambiência O inciso VIII estabelece, no âmbito das regras deontológicas, que Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação. Na situação narrada pela questão, é possível observar que K violou o direito à verdade. Letra c. 003. 003. (CESGRANRIO/TRPDACGN (ANP)/ANP/QUÍMICA/2016) As regras éticas adotadas no serviço público devem ser aplicadas no âmbito do trabalho e, em determinadas situações, fora dele, tendo em vista a repercussão que alguns atos têm no serviço desempenhado e na boa imagem da Administração Pública. Como exemplo de ato que NÃO deve ser admitido fora de serviço, nos termos do Decreto n. 1171/1994, que estabelece o Código de Ética Profissional do Serviço Público, está a a) atuação descortês b) procrastinação de direitos c) embriaguez habitual d) conivência com erro e) ausência de utilização de avanços técnicos O Código de Ética determina que é vedado ao servidor, entre outras medidas, apresentar- se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente. Letra c. 004. 004. (CESGRANRIO/ASS (FINEP)/FINEP/APOIO ADMINISTRATIVO/2014) Que tipo de penalidade uma Comissão de Ética relacionada a um órgão ou entidade pública da esfera federal pode aplicar ao servidor público que eventualmente comete um ato considerado contrário à Ética? a) Censura b) Reclusão c) Multa financeira d) Perda dos direitos políticos e) Perda do vínculo empregatício O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Jorge Júnior - 00228541263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 20 de 23gran.com.br PDF SINTÉTICO Ética e Integridade Diogo Surdi Estabelece o inciso XXII que “A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso”. Letra a. 005. 005. (CESGRANRIO/ASST (CEFET-RJ)/CEFET-RJ/ALUNOS/2014) Um servidor público que prima pela correção no seu trabalho, sendo disciplinado e atencioso, é convidado a chefiar uma repartição pública composta por numerosos servidores que têm por objetivo principal o atendimento ao público, com o encaminhamento das questões aos órgãos competentes. Uma das preocupações desse servidor público está relacionada à excessiva quantidade de pessoas que permanece em pé, nas filas que se formam, pela manhã, na porta da repartição onde atua. Procurando resolver tal problema, esseservidor está cumprindo um dos deveres fundamentais inscritos no Código de Ética do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal que consiste em: a) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema. b) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos. c) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações demoradas. d) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal. e) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum. Na situação narrada, o servidor está tentando evitar a excessiva quantidade de pessoas que permanece em pé, nas filas que se formam, pela manhã, na porta da repartição onde atua. Logo, esta ele procurando, prioritariamente, resolver situações procrastinatórias, das quais a fila é um exemplo típico. Neste sentido, o inciso XIV, “b”, determina que XIV – São deveres fundamentais do servidor público: b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas oude O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Jorge Júnior - 00228541263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 21 de 23gran.com.br PDF SINTÉTICO Ética e Integridade Diogo Surdi qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário. Letra c. 006. 006. (CESGRANRIO/ADM (CEFET-RJ)/CEFET-RJ/2014) De acordo com as regras deontológicas constantes do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de a) atitude individual sem ressonância coletiva b) desconforto momentâneo para o administrado c) desmoralização do serviço público d) reparação justa por parte do cidadão e) desinformação do servidor faltoso O Código de Ética estabelece, em seu inciso XII, que “Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas”. Letra c. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Jorge Júnior - 00228541263, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 22 de 23gran.com.br PDF SINTÉTICO Ética e Integridade Diogo Surdi REFERÊNCIASREFERÊNCIAS CARVALHO FILHO, José dos Santos. Processo administrativo federal: comentários à Lei n. 9.784, de 29.1.1999. 5. ed., São Paulo: Atlas, 2013. LOPES, José Reinaldo de Lima. O direito ao reconhecimento de gays e lésbicas. In: RIOS, Roger Raupp; GOLIN, Célio; POCAHY, Fernando (orgs.). A justiça e os direitos de gays e lésbicas: jurisprudência comentada. Nuances: Sulina: Porto Alegre, 2003. p. 13-36. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo brasileiro. São Paulo: Malheiros, 1993. PETERKE, Sven et al. Manual prático de direitos humanos internacionais. 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Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal 1.2. Transparência e Imparcialidade nos Usos da Inteligência Artificial no Âmbito do Serviço Público Questões de Concurso Gabarito Gabarito Comentado Referências