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Debater
• Você nem tinha nas-
cido quando o mais 
recente plebiscito foi 
realizado no Brasil. 
Em 1993, os brasilei-
ros foram às urnas 
escolher entre duas 
formas de governo, re-
pública ou monarquia, 
e entre dois sistemas, 
presidencialismo ou 
parlamentarismo. 
Venceram a república 
e o presidencialismo. 
Imagine que você 
tivesse participado 
desse plebiscito. Qual 
teria sido seu voto? 
Pense nisso e deba-
ta seu ponto de vista 
com os colegas.
 Revoltas camponesas na Idade Média
A Europa feudal também viveu um período de intensas revoltas. O século XIV foi mar-
cado por uma crise generalizada no Ocidente europeu. Na economia, o desmatamento, 
o esgotamento do solo e a falta de investimentos em inovações nas técnicas agrícolas 
provocaram uma queda na produtividade. O quadro foi agravado pelas chuvas intensas 
que, entre 1309 e 1323, destruíram plantações em toda a Europa. Com a queda na oferta 
de alimentos, os preços subiram, e a ameaça de fome voltou a rondar o continente.
Em Flandres (norte da Bélgica atual), uma das regiões mais prósperas da Europa, 
cerca de 10% dos habitantes morreram vítimas de inanição em 1316. A situação foi 
agravada quando os senhores feudais, visando manter seus rendimentos, tentaram 
restabelecer antigas obrigações servis. O resultado foi a eclosão, em 1323, de uma revolta 
camponesa que se alastrou pela região e só foi debelada em 1328. 
As jacqueries na França
As mais importantes revoltas camponesas da Idade Média ocorreram na França 
e ficaram conhecidas como jacqueries. O nome deriva de “Jacques”, termo pejorativo 
utilizado pelos nobres para se referir aos camponeses equivalente ao “joão-ninguém”. 
As revoltas tiveram várias motivações. Além da desordem econômica causada pela 
Guerra dos Cem Anos (1337-1453), da escassez de alimentos e dos pesados tributos, 
os franceses ainda enfrentavam a peste negra, uma epidemia que se espalhou pela 
Europa, causando morte e desolação.
Os camponeses tiveram de se armar para enfrentar soldados e mercenários que não 
serviam mais os nobres e agora vagavam pelas estradas saqueando e devastando as aldeias. 
As tensões e os conflitos entre senhores e camponeses se intensificaram, uma vez que, 
mesmo pagando altos impostos, os camponeses não contavam mais com a proteção dos 
senhores para reprimir os saqueadores. As relações servis estavam abaladas, e um processo 
de mudança começava a desestruturar o feudalismo.
A Lei das Doze Tábuas
“Por volta de 450 a.C., os plebeus conseguiram que as leis segundo as quais 
as pessoas seriam julgadas fossem registradas por escrito, numa tentativa de 
evitar injustiças do tempo em que as leis não eram escritas e os cônsules, sempre 
da nobreza de sangue, administravam a justiça como bem entendiam, conforme 
suas conveniências. O conjunto de normas finalmente redigidas foi chamado 
‘A Lei das Doze Tábuas’, que se tornou um dos textos fundamentais do direito 
romano, uma das principais heranças romanas que chegaram até nós. A publi-
cação dessas leis, na forma de tábuas que qualquer um podia consultar, por volta 
de 450 a.C., foi importante, pois o conhecimento das ‘regras do jogo’ da vida 
em sociedade é um instrumento favorável ao homem comum e potencialmente 
limitador da hegemonia e arbítrio dos poderosos.”
 FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002. p. 68.
(BNCC) Competências específicas: 1 e 6
Habilidades: EM13CHS101 EM13CHS103 EM13CHS603Questões
1. Explique, com base no texto do boxe, qual era a importância da Lei das 
Doze Tábuas.
2. Pensando nos dias de hoje, você considera importante que as leis sejam 
escritas? E qual é a importância de conhecê-las? Por quê? Dê exemplos que 
justifiquem sua opinião nas duas respostas.
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As revoltas duraram apenas 14 dias, mas foram extre-
mamente violentas, com a invasão de castelos e terras. Os 
servos rebeldes buscavam antes de tudo comida e bebida 
nas propriedades senhoriais. Também queimavam docu-
mentos relativos a dívidas e contratos que os mantinham 
presos às obrigações feudais com seus senhores. Frequen-
temente, pequenos comerciantes, padres e artesãos das 
vilas e cidades também acompanhavam as rebeliões. 
A revolta teve início em 1358 na aldeia de Saint-Leu-
-Sur-Oise, no norte da França. Os milhares de camponeses 
reuniram as armas que possuíam e a violência se espalhou 
rapidamente por dezenas de aldeias. A princípio, não houve 
intervenção contra os camponeses, e os nobres abandona-
ram suas casas e bens e fugiram para aldeias vizinhas. Em 
meio à luta, surgiu um líder, Guillaume Cale, que tentou 
organizar um conselho e formar batalhões militares. Os 
jacques não lutavam contra o rei, mas contra a nobreza e a 
servidão feudal. O rei Carlos II, surpreendido com a organiza- Combate entre nobres e 
camponeses na cidade de 
Meaux, na França, durante as 
jacqueries, em miniatura do 
manuscrito Crônicas, de Jean 
Froissart, século XIV.
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ção dos camponeses, convidou Cale para negociações. Cale aceitou, acreditando que seria 
tratado com a honra concedida aos inimigos, mas o convite era uma tática para dispersar 
os rebeldes. Para o rei, ele não passava de um camponês. O líder foi preso e executado, e 
cerca de 20 mil camponeses foram massacrados.
A revolta camponesa na Inglaterra
A Inglaterra, pouco mais de vinte anos mais tarde, também foi palco de uma poderosa 
rebelião camponesa. O levante camponês teve início em 1381 na costa leste do reino, 
mas logo se espalhou por várias localidades, em alguns momentos coincidindo com 
revoltas urbanas. O estopim para a revolta foi a criação de um novo imposto por parte 
do rei, com o objetivo principal de financiar as despesas com a Guerra dos Cem Anos. 
Ao tomar conhecimento do decreto real, camponeses realizaram assembleias massivas 
em várias regiões e marcharam até Londres para exigir uma audiência com o rei.
Outra motivação importante para a revolta foi a insatisfação com o congelamento 
dos salários. Na Inglaterra, muitos senhores já tinham substituído as corveias por pa-
gamento em dinheiro. Porém, como a peste negra tinha causado uma grande redução 
demográfica, o governo instituiu uma lei congelando os salários dos camponeses aos 
valores pagos antes de 1348. Os rebeldes também exigiam a liberdade dos camponeses 
que ainda estavam sob a servidão e que as reservas de caça pudessem ser utilizadas 
por todos, não apenas pelos nobres.
Acuada pela rebelião, a primeira reação da Coroa inglesa foi dar sinais de que estava 
disposta a negociar e aceitar as petições dos camponeses, como você pode conferir no 
texto abaixo.
“Richard, pela graça de Deus rei da Inglaterra e da França e senhor da Irlanda, 
envia saudações a todos os seus oficiais de justiça e súditos leais a quem esta carta 
vem. Nós lhes informamos que de nossa graça especial nós alforriamos todos e cada 
um de nossos servos e súditos e outros do condado de Hertford. Nós libertamos 
absolutamente todos eles de toda servidão, e nós os liberamos através desta carta. E 
nós também concedemos perdão aos nossos mesmos servos e súditos por todos os 
crimes, traições, malfeitos e roubos cometidos e perpetrados de qualquer maneira 
por eles ou por qualquer um deles.”
WALSINGHAM, Thomas. The Chronica Maiora of Thomas Walsingham, 1376-1422. 
In: JESUS, Victor Clay Barros de. Campesinato, clero e rebelião: a revolta camponesa 
de 1381. Departamento de História da Universidade Federal de Sergipe. p. 48.
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Porém, quando a contraofensiva real já estava prepa-
rada para debelar o movimento, o rei voltou atrás em sua 
decisão e revogou a liberdadeconcedida aos servos.
“[...] é nosso estrito comando que todo homem livre e 
servo deve, sem qualquer argumento ou resmungar e sem 
fazer qualquer tipo de resistência ou dificuldade, realizar, 
assim como costumavam fazer, os trabalhos e tarefas 
costumeiras de servidão que lhes são devidas para nós ou 
seus outros senhores, como eles estavam acostumados a 
fazê-los antes que os problemas começassem. Também 
damos ordens a essas mesmas pessoas que, durante es-
ses tempos de rebelião, não devem se retirar mais do que 
o normal das tarefas habituais e das tarefas de servidão 
mencionadas acima, nem fazer qualquer desculpa para nós 
ou seus senhores por demorarem a fazê-las. [...]
E que aqueles que têm em sua posse e guardam em 
segurança nossas cartas de manumissão e perdão, devam 
devolvê-las imediatamente e restaurá-las em nossas mãos 
e as de nosso conselho para que sejam canceladas, sob 
a lealdade e fidelidade que nos devem e sob o confisco 
de todas as coisas que podem ser confiscadas por eles 
no futuro. Como testemunho disso, escrevemos estas 
cartas de patente. Assinado por mim, em Chelmsford, no 
segundo dia de julho, no quinto ano do nosso reinado.”
WALSINGHAM, Thomas. The Chronica Maiora of 
Thomas Walsingham, 1376-1422. In: Obra citada, p. 49.
A repressão aos rebeldes foi violenta. Os líderes religio-
sos John Ball e John Wrawe foram decapitados, e as partes 
de seus corpos, expostas em locais públicos. Os líderes 
camponeses tiveram o mesmo destino. Doc. 2
Ricardo II encontra-se com os rebeldes em 14 de junho de 1381, em 
miniatura de uma cópia de 1470 das Crônicas de Jean Froissart.
(BNCC) Competências específicas: 1 e 5
Habilidades: EM13CHS101 EM13CHS501 EM13CHS503
De olho no presente
Libaneses protestam contra cobrança de taxas
“Centenas de milhares de pessoas foram às ruas 
no Líbano neste domingo (20/10/19) para protestar 
contra o governo e a grave crise econômica que 
atinge o país. As manifestações, que acontecem pelo 
quarto dia consecutivo, são as maiores no país nos 
últimos cinco anos.
Os protestos, iniciados na quinta-feira, continua-
ram na capital, Beirute, e em outros pontos do país, 
desde Trípoli e Akkar, no norte, até Tiro e Nabatieh, 
no sul, passando por áreas centrais. Os manifestantes 
agitavam bandeiras libanesas e cantavam: ‘O povo 
quer derrubar o regime’. [...]
Os protestos começaram quinta-feira, após o go-
verno propor novos impostos, como parte de medidas 
de austeridade para enfrentar uma crescente crise 
econômica. ‘As pessoas não aguentam mais’, avisou 
Nader Fares, um manifestante no centro de Beirute, 
acrescentando que está desempregado. ‘Não há boas 
escolas, eletricidade e água’, alertou.
O estopim das manifestações, iniciadas de forma 
espontânea, foi o anúncio de uma taxa para chamadas 
feitas através da internet, como pelo aplicativo de 
mensagens [...], dentro do programa de austeridade. 
A medida, entretanto, foi retirada devido à pressão 
das ruas. Casos de corrupção e de má gestão gover-
namental intensificaram a revolta da população.”
Milhares protestam contra governo no Líbano. 
Deutsche Welle, 20 out. 2019. Disponível em <https://
www.dw.com/pt-br/milhares-protestam-contra-
governo-no-l%C3%ADbano/a-50909375>. 
Acesso em 24 ago. 2020.
Questões
1. Quais foram, segundo o texto, as motivações 
essenciais para a eclosão da revolta no Líbano?
2. Qual foi a causa imediata da revolta?
3. Em que aspectos a revolta no Líbano se aproxima 
das revoltas camponesas na Idade Média?
4. Em que aspectos essas revoltas se diferenciam?
Questão
• Como você avalia a mudança de atitude do rei 
inglês Ricardo II descrita nesses dois relatos?
Registre em seu caderno
(BNCC) Competências específicas: 1, 4 e 5; Habilidades: 
EM13CHS101 EM13CHS402 EM13CHS404 EM13CHS504
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Ricardo_II_de_Inglaterra
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Froissart_de_Lu%C3%ADs_de_Gruuthuse_(BnF_Fr_2643-6)&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%B4nicas_de_Froissart
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Froissart
https://www.dw.com/pt-br/milhares-protestam-contra-governo-no-l%C3%ADbano/a-50909375
https://www.dw.com/pt-br/milhares-protestam-contra-governo-no-l%C3%ADbano/a-50909375
https://www.dw.com/pt-br/milhares-protestam-contra-governo-no-l%C3%ADbano/a-50909375
Doc. 1
A barriga e as outras partes do corpo
Segundo o historiador Tito Lívio, a fábula a seguir teria 
sido contada pelo ex-cônsul Menênio Agripa aos plebeus, 
durante a primeira revolta, para convencê-los a retornar 
à cidade.
“Numa época em que as partes do corpo humano não 
atuavam juntas, como agora, vários membros tinham cada 
um seu próprio afazer, sua própria linguagem. Algumas 
partes ficaram indignadas porque tudo era adquirido para 
a barriga através de seus cuidados, trabalhos e serviços; 
que a barriga, permanecendo tranquila no centro, não 
fazia nada, mas desfrutava os prazeres que lhe eram 
proporcionados. Eles conspiraram, nesse sentido, e as 
mãos não deveriam transmitir a comida à boca, nem 
da boca recebê-la quando apresentada, nem os dentes 
mastigá-la. Enquanto eles queriam, sob a influência 
deste sentido, subjugar a barriga pela fome, os próprios 
membros do corpo foram reduzidos até o último grau 
de emagrecimento. Daí tornou-se evidente que o serviço 
da barriga não era, de modo algum, preguiçoso. Ela não 
se abastecia apenas dos suprimentos que recebia, mas 
enviava para todas as partes do corpo o sangue pelo qual 
vivemos e possuímos vigor, distribuído igualmente pelas 
veias quando aperfeiçoado pela digestão dos alimentos.” 
DAETWYLER, Jhan Lima. A memória do Aventino: a 
integração de cultos estrangeiros e a transformação da 
paisagem religiosa romana no século III a.C. Programa de 
pós-graduação em História da Universidade Federal do 
Estado do Rio de Janeiro. Dissertação de mestrado, 2017. 
Disponível em <http://www.unirio.br/cch/escoladehistoria/
pos-graduacao/ppgh/dissertacao_jhan-1>. 
Acesso em 24 ago. 2020.
Doc. 2
O clero na revolta de 1831
“Ao analisar a composição social de líderes e seus 
seguidores rebeldes, um lugar especial deve ser reservado 
para o clero. Vimos que este grupo social não se apresentou 
muito ativo no fornecimento de líderes para os movimentos 
camponeses do continente, pelo menos anteriormente às 
guerras camponesas alemãs do século XVI.
Na Inglaterra, as coisas eram muito diferentes. Nesse 
país, o baixo clero teve uma participação destacada na 
vanguarda do levante [...], parece que houve quase uns 
vinte clérigos em posições de relevância suficiente na 
revolta dos condados do sudeste para merecer uma 
menção nas crônicas e documentos oficiais. [...]
A participação do clero na revolta é geralmente ex-
plicada como consequência da exploração a que o baixo 
clero estava sujeito, desfrutando ou não de salários.
Aqueles sem salários [...] mal ganhavam a vida com um 
emprego temporário como párocos durante as frequentes 
ausências dos reitores e vigários assalariados, ou como 
capelães presidindo missas de funeral [...]. Os reitores e 
vigários tiveram seus próprios motivos de reclamação, 
entre outros os frequentes impostos que recaíam sobre o 
clero [...], as taxas que tiveram que ser pagas aos oficiais 
diocesanos e, com grande frequência, rendas bem pe-
quenas. A situação dos vigários era especialmente difícil, 
porque, em suas paróquias, os dízimos e outras receitas 
aos quais os reitores normalmente tinham direito eram 
destinadas a encher os cofres dos mosteiros [...]. Apenas 
uma pequena parte permanecia nas mãos do vigário.”
HILTON, Rodney. Siervos liberados: los movimientos 
campesinos medievales y el levantamiento inglés de 1381. 
Madri: Siglo XXI, 1978. p. 274-277. (tradução nossa)
(BNCC) Competênciasespecíficas: 1, 4 e 5 
Habilidades: EM13CHS101 EM13CHS103 EM13CHS104 
EM13CHS401 EM13CHS402 EM13CHS501 EM13CHS503Atividades
Compreender
Doc. 1
1. Quem a barriga representa nessa fábula? E as 
outras partes do corpo?
2. Por que algumas partes do corpo conspiraram 
contra a barriga?
3. O que elas decidiram fazer? O que aconteceu 
depois disso?
4. Qual é a moral da história?
5. Qual é o ponto de vista de quem conta a fábula?
Doc. 2
6. Que diferença o autor destaca entre a atuação do 
clero na revolta camponesa na Inglaterra e nas 
demais revoltas camponesas na Europa?
7. Como ele explica a peculiaridade do clero na 
Inglaterra?
8. O clero inglês era homogêneo? Explique. 
9. Qual setor do clero teria mais motivos para atuar 
na revolta? Por quê?
Retomar
10. Responda às questões-chave do início do capítulo.
• Quais foram as razões em comum entre as re-
voltas dos hilotas, em Esparta, dos plebeus, em 
Roma, e dos camponeses da Europa feudal? Que 
semelhanças e diferenças podemos destacar entre 
essas revoltas e os protestos contemporâneos?
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Laboratório de ciências humanas e sociais aplicadas
http://www.unirio.br/cch/escoladehistoria/pos-graduacao/ppgh/dissertacao_jhan-1
http://www.unirio.br/cch/escoladehistoria/pos-graduacao/ppgh/dissertacao_jhan-1
(BNCC) Competências 
gerais: 1, 2, 4, 7 e 8
Competências específicas: 
1, 4, 5 e 6
Habilidades: 
EM13CHS103 EM13CHS402 
EM13CHS502 EM13CHS604 
EM13CHS605 EM13CHS606 
 Desigualdades sociais
A desigualdade social é um dos maiores problemas do mundo. Mesmo nações ricas 
como os Estados Unidos enfrentam o aprofundamento das desigualdades, cujo reflexo 
pode ser visto no crescimento do número de pessoas desabrigadas mesmo nos centros 
urbanos mais prósperos. Em todo o território estadunidense, a precariedade dos vínculos 
de trabalho, o desemprego, o aumento dos custos com moradia e a gentrificação das 
cidades arrastaram enorme contingente de indivíduos para as ruas. De acordo com o 
último censo realizado em 2019 pelo Departamento Americano de Habitação e Desen-
volvimento Urbano (HUD), os Estados Unidos possuíam mais de 568 mil pessoas sem 
moradia. O problema se repete em outros países como Inglaterra, Canadá e França.
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Morador de rua em Los Angeles, 
nos Estados Unidos, em foto de 
2014. Como forma de denunciar as 
desigualdades existentes em Los 
Angeles, o artista Skid Robot fez 
uma série de intervenções junto 
à população em situação de rua, 
grafitando casas imaginárias nos 
muros da cidade.
No projeto Unequal Scenes, o 
fotógrafo sul-africano Johnny 
Miller se propôs a registrar as 
desigualdades sociais existentes no 
mundo, por meio de imagens feitas 
com drones. Na foto, os terrenos 
amplos com casas espaçosas do 
bairro de Primrose contrastam com 
o amontoado de casas da favela 
de Makause, em Johanesburgo, na 
África do Sul, em 2016.
Gentrificação: processo de transfor-
mação urbana em que a valorização 
imobiliária de uma determinada 
área obriga os grupos sociais mais 
vulneráveis a se deslocarem para 
outra. 
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APÍTULO
Desigualdade, pobreza 
e exclusão social 
Como se estabelecem as desigualdades sociais? Quais são as suas 
consequências? Como se mede a distribuição de riquezas em uma 
sociedade? Quem são os excluídos do mundo contemporâneo? 
Desigualdade, pobreza 
e exclusão social

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