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Unidade 1 Página inicial 
CONCEITOS 
GERAIS DO 
MERCADO 
FINANCEIRO 
Professor (a) : 
Dra. Juliana Franco 
Objetivos de aprendizagem 
• Conhecer a composição do Sistema Financeiro Nacional. 
• Apresentar as instituições que fazem parte do Subsistema de intermediação financeiro. 
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• Entender a regulação do sistema financeiro e sua segmentação. 
Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Constituição do Sistema Financeiro Nacional 
• Subsistema de Intermediação Financeira 
• Instituições financeiras auxiliares e segmentação do mercado financeiro 
Introdução 
Antes de nos aprofundarmos nos aspectos operacionais dos mercados monetários e cambiais, é 
necessário compreender o porquê do surgimento do mercado financeiro. As entidades que fazem parte 
deste sistema, as diferenças entre sistema financeiro e sistema bancário, bem como aspectos sobre como 
os mercados são regulados e segmentados. 
Tudo bem se você não é especialista, mas não pense que você é alheio ao assunto. Afinal, provavelmente 
você é cliente de um banco, com sua conta corrente ou somente uma caderneta de poupança. Já comprou 
dólares para viajar para o exterior ou para importar algum produto que você adquiriu de sites 
internacionais. 
Ou talvez você já seja um investidor mais experiente e já fez algum tipo de investimento mais direcionado, 
como fundos de investimento, Letras de Crédito Imobiliário-LCI ou Crédito de Depósito Bancário – CDB, 
Títulos da Dívida Pública ou aplicou no mercado de ações. 
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Em todos esses casos, você é um ator nesse grande palco que é o mercado financeiro. Este mercado é 
dividido em quatro grandes grupos: o mercado monetário, o mercado de crédito, o mercado cambial e o 
mercado de capitais. Assim como todos estes mercados estão interligados, tudo o que acontece em um 
deles impacta nos demais. Diante disto, devemos entender quais são as instituições que fazem parte de 
cada um destes mercados e os produtos financeiros que são negociados. 
O objetivo do sistema financeiro é fazer com que o grande motor da economia funcione, possibilitando a 
transferência de recursos entre os agentes econômicos superavitários e deficitários, como eu e você. 
E se você precisasse de um dinheirinho extra? Quem te emprestaria? Nessas horas, ter um lugar para 
buscar esse dinheiro emprestado sem ter que ficar se explicando é muito bom. E para investir? Quais 
ativos financeiros são mais rentáveis? Assim, antes de responder estas questões, vamos primeiro 
conhecer os diversos aspectos desse interessantíssimo sistema, o Sistema Financeiro Nacional . 
Boa Leitura! 
Avançar 
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Unidade 1 Página inicial 
CONSTITUIÇÃO DO SISTEMA 
FINANCEIRO NACIONAL 
O surgimento efetivo do mercado financeiro ocorre quando a economia supera o estágio de escambo (ou 
de trocas) e passa a utilizar uma mercadoria única, como intermediária de troca de bens e serviços, com 
aceitação garantida por lei, servindo como unidade padrão de valor denominada moeda, que segundo 
Huberman (2014) se torna preponderante a partir do século XV, com o desenvolvimento de sistemas 
monetários a base de metais preciosos como ouro e prata. 
Assim, com o surgimento da economia monetária, que facilita e agiliza as transações comerciais, não 
demorou muito para que o desenvolvimento da economia dos países e a dinâmica dos mercados gerasse 
um crescimento desigual na renda dos agentes econômicos (famílias, empresas e governo). Esse 
desequilíbrio fez com que surgisse na economia dois tipos de agentes: superavitários (ganham mais do 
que gastam) e deficitários (gastam mais do que ganham). Dentro deste contexto, surge o mercado 
financeiro, o qual o produto negociado é o dinheiro, cuja remuneração é a taxa de juros. 
Segundo Pereira (2013), o sistema financeiro pode ser definido como o conjunto de instrumentos e 
instituições que possibilitam a transferência de recursos entre os agentes econômicos superavitários e 
deficitários. O mercado financeiro, o qual se processam essas transações, permite que um agente 
econômico - um indivíduo ou uma empresa - sem perspectivas de aplicação em algum empreendimento 
próprio, da poupança que é capaz de gerar (denominado agente econômico superavitário), seja colocado 
em contato com outro, cujas perspectivas de investimento superam as respectivas de disponibilidades de 
poupança (denominado agente econômico deficitário). Assim, a principal função do SFN, então, é 
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viabilizar a intermediação entre poupança e investimento, possibilitando ao setor produtivo maior 
eficiência. 
O Sistema Financeiro Nacional pode ser subdividido em entidades que fazem parte dos Sistemas: 
normativas , supervisoras e operacionais (BANCO CENTRAL, 2013): 
Subsistema Normativo 
Constituído por instituições responsáveis pela definição das políticas e diretrizes gerais do sistema 
financeiro, sem função executiva, mas fiscalizadora. Atualmente, no Brasil, funcionam como principais 
entidades normativas o Conselho Monetário Nacional – CMN; Banco Central – BACEN e a Comissão de 
Valores Imobiliários – CMV. Além destes, também fazem parte das instituições normativas a 
Superintendência de Seguros Privados – SUSEP e a Superintendência de Previdência Complementar – 
Previc. 
As Instituições especiais como o Banco do Brasil – BB, Caixa Econômica Federal – CEF e Banco Nacional 
de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES fazem parte do Sistema Operacional de Intermediação 
Financeira. A Figura 1 apresenta o organograma das instituições normativas do Brasil. 
Figura 1 - Divisão Normativa 
Fonte: Mankiw (2006). 
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Conselho Monetário Nacional – CMN 
Preste muita atenção nesse conceito: CMN – É o órgão supremo do Sistema Financeiro Nacional . Sua 
finalidade é fixar diretrizes para as políticas monetária, creditícia e cambial do país. Também é responsável 
por regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras e por 
disciplinar os instrumentos de política monetária e cambial. Não é um órgão executivo. 
Composição do Conselho Monetário Nacional: 
• Ministro da Fazenda (Presidente do Conselho). 
• Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão. 
• Presidente do Banco Central do Brasil. 
Competências: 
• Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e seu processo 
de desenvolvimento. 
• Regular o valor interno da moeda, prevenindo ou corrigindo surtos inflacionários ou deflacionários de 
origem interna ou externa. 
• Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos do país. 
• Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras públicas ou privadas, de forma a garantir 
condições favoráveis ao desenvolvimento equilibrado da economia nacional. 
• Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, de forma a tornar mais 
eficiente o sistema de pagamento e mobilização de recursos. 
• Zelar pela liquidez e pela solvência das instituiçõesfinanceiras. 
• Coordenar as políticas monetárias, creditícia orçamentária, fiscal e da dívida pública interna e externa. 
• Estabelecer as metas de inflação. 
Atribuições específicas: 
• Autorizar as emissões de papel-moeda. 
• Aprovar os orçamentos monetários preparados pelo BC. 
• Fixar diretrizes e normas da política cambial. 
• Disciplinar o crédito em suas modalidades e as formas das operações creditícias. 
• Estabelecer limites para a remuneração das operações e serviços bancários ou financeiros. 
• Determinar as taxas do recolhimento compulsório das instituições financeiras. 
• Regulamentar as operações de redesconto de liquidez. 
• Outorgar ao BC o monopólio de operações de câmbio quando o balanço de pagamento o exigir. 
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• Estabelecer normas a serem seguidas pelo BC nas transações com títulos públicos. 
• Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as instituições financeiras que operam 
no país. 
Banco Central do Brasil – BACEN ou BC 
Também conhecido como BC ou Bacen, o Banco Central é a entidade criada para atuar como órgão 
executivo central do sistema financeiro, funcionando como secretaria executiva do CMN. Cabe ao BACEN 
ou BC, a responsabilidade de cumprir e fazer cumprir as disposições que regulam o funcionamento do 
sistema e as normas expedidas pelo Conselho. 
Competências: 
• Formular e gerir as políticas monetária e cambial, compatíveis com as diretrizes do Governo Federal. 
• Regular e supervisionar o Sistema Financeiro Nacional. 
• Administrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB e o meio circulante. 
Principais atribuições: 
• Emitir papel-moeda e moedas metálicas nas condições e limites autorizados pelo CMN. 
• Executar os serviços do meio circulante. 
• Receber os recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais e os depósitos voluntários das 
instituições financeiras e bancárias que operam no país. 
• Realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras dentro de um enfoque de 
política econômica do Governo, ou como socorro a problemas de liquidez. 
• Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis. 
• Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos públicos 
federais. 
• Emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as condições estabelecidas pelo CMN. 
• Exercer o controle do crédito em todas as suas formas. 
• Exercer a fiscalização das instituições financeiras, punindo-as quando necessário. 
• Autorizar o funcionamento de todas as instituições financeiras, estabelecendo a dinâmica operacional. 
• Estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições financeiras 
privadas. 
• Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais. 
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• Controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantindo o correto funcionamento do mercado cambial, 
operando, inclusive, via ouro, moeda ou operações de crédito no exterior. 
• Determinar, via COPOM, a taxa de juros de referência para as operações de um dia – a taxa SELIC . 
É por meio do Banco Central que o Estado intervém diretamente no Sistema Financeiro 
Nacional controlando a taxa de juros e a oferta de moeda na economia. 
Comissão de Valores Mobiliários – CVM 
Este importante componente do Sistema Financeiro Nacional está muito presente na economia de uma 
forma geral. Principalmente quando você ouve falar sobre o desempenho das Bolsas, no caso do Brasil é a 
CVM a responsável para que tudo funcione de forma confiável para os investidores. A CVM é uma 
autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, criada pela Lei 6385, de 7 de dezembro de 1976 com a 
responsabilidade de disciplinar, fiscalizar e promover a expansão, o desenvolvimento e o funcionamento 
eficiente do mercado de valores mobiliários, sob a orientação do Conselho Monetário Nacional. 
Segundo Bisi e Feijó (2009), a CVM tem como objetivo promover a expansão do mercado de capitais, bem 
como o seu desenvolvimento, por meio da criação de um ambiente favorável para a emissão e a 
negociação de ativos. Só não estão sob a sua regulação os títulos da dívida pública federal, estadual e 
municipal e os títulos cambiais de responsabilidades da instituição financeira. 
De acordo com a legislação, suas principais atribuições são: 
• Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão. 
• Proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e atos ilegais de 
administradores e acionistas controladores de companhias ou de administradores de carteira de valores 
mobiliários. 
• Evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de 
demanda, oferta ou preço de valores mobiliários negociados no mercado. 
• Assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e as companhias que 
os tenham emitido. 
• Assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários. 
• Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários. 
• Promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as 
aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas. 
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Superintendência de Seguros Privados – SUSEP 
Você tem um seguro de vida ou previdência privada? A saúde do seu plano ou da sua apólice deve muito à 
atuação deste importante ator do Sistema Financeiro Nacional. 
A SUSEP é uma autarquia, vinculada ao Ministério da Fazenda, criada pelo DecretoLei 73/66, de 21 de 
novembro de 1966. A Superintendência de Seguros Privados – SUSEP é o órgão responsável pelo 
controle e pela fiscalização do mercado de seguros, previdência aberta e capitalização. 
Suas principais atribuições são: 
• Fiscalizar a constituição, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de Previdência Aberta 
e de Capitalização, na qualidade de executora da política traçada pelo Conselho Nacional de Seguros 
Privados – CNSP. 
• Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua por meio de operações de 
seguros, previdência privada aberta e de capitalização. 
• Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores desses mercados. 
• Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a elas vinculados, com 
vista à maior eficiência do Sistema Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Capitalização. 
• Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua expansão e o funcionamento 
das entidades que neles operam. 
• Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado. 
• Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados em bens 
garantidores de provisões técnicas. 
• Cumprir ou fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este forem 
delegadas. 
• Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP. 
Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC 
Se você for ou pretende ser um funcionário de uma grande empresa, tal como a Petrobrás, Banco do 
Brasil, Caixa Econômica Federal ou empresa de telecomunicações, provavelmente lhe foi ou será 
oferecido um plano de previdência complementar. 
Este plano, diferentemente do que você encontrará à venda numa instituição bancária, na forma de um 
plano de previdência dos tipos PGBL ou VGBL, não é regulamentado nem fiscalizado pela SUSEP por não 
se tratar de uma previdência do tipo aberta, e sim do tipo fechada. As movimentações desses planos de 
previdência fechada, também conhecidos como Fundos de Pensão, sãoadministradas por Entidades 
Fechadas de Previdência Complementar (EFPC). Até recentemente, a fiscalização e regulamentação das 
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EFPC era atribuição da SPC – Secretaria de Previdência Complementar. No entanto, a SPC funcionava de 
maneira precária, com servidores cedidos por outros órgãos de governo, autarquias e empresas estatais. 
Somente 20% de seus servidores eram do quadro da Secretaria, e dentre estes, não havia atuários e 
outros profissionais indispensáveis para atender a um setor com mais de 370 fundos de pensão, que 
administram mais de mil planos de benefícios com reservas superiores a R$ 400 bilhões. 
Com a promulgação da Lei 12.154, de 23 de dezembro de 2009, criou-se a PREVIC – Superintendência 
Nacional de Previdência Complementar, entidade vinculada ao Ministério da Previdência Social, que 
assumiu o papel até então da Secretaria de Previdência Complementar (SPC) na fiscalização e supervisão 
dos fundos de pensão. 
Para realizar esse trabalho, a PREVIC tem autonomia orçamentária, administrativa e financeira. Os 
recursos são provenientes da TAFIC, uma Taxa de Fiscalização paga pelos fundos de pensão, de acordo 
com os recursos de cada plano administrado. 
Com essa autonomia, permite-se à PREVIC exercer sua missão com a necessária segurança econômica, 
financeira e atuarial, conforme determina a lei. Também traz maior segurança e condições de fomento 
para o Sistema. 
Banco do Brasil S.A. – BB 
O Banco do Brasil é uma sociedade de economia mista, com controle acionário da União, cujas funções 
básicas são: agente financeiro do Governo Federal, Banco Comercial e Banco de Investimento e 
Desenvolvimento. 
Principais atribuições: 
• Agente financeiro do Governo Federal: recebe os tributos e as rendas federais, depósitos compulsórios 
e voluntários das instituições financeiras; realiza os pagamentos necessários e constantes do Orçamento 
da União; efetua redesconto bancário; executa a política de preços mínimos agropecuários e a política do 
comércio exterior do Governo, adquirindo ou financiando os bens de exportação; constitui agente 
pagador e recebedor no exterior, entre outras operações. 
• Banco Comercial: mantém contas correntes de Pessoas Físicas e Jurídicas; opera com caderneta de 
poupança; executa operações de descontos; concede créditos de curto prazo, além de outras funções 
típicas de bancos comerciais. 
• Banco de Investimento e Desenvolvimento: opera em modalidades de créditos de médio e longo prazos, 
podendo financiar as atividades rurais, comerciais e industriais e de serviços. Também fomenta a 
economia de diferentes regiões. 
Caixa Econômica Federal – CEF 
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A Caixa Econômica Federal, assim como o Banco do Brasil, também está sob o controle do governo 
federal, mas ao contrário do Banco do Brasil, que é uma sociedade de economia mista, a Caixa Econômica 
Federal é uma empresa pública de propriedade da União e responsável pela operacionalização das 
políticas do Governo Federal para habitação popular e saneamento básico, atuando, também, como banco 
comercial e sociedade de crédito imobiliário, caracterizando-se cada vez mais como o banco de apoio ao 
trabalhador de baixa renda. 
Principais atribuições: 
• Captar recursos em caderneta de poupança, em depósitos judiciais e a prazo, e aplicar em empréstimos 
vinculados, preferencialmente à habitação. 
• Aplicar os recursos obtidos junto ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS – 
preferencialmente nas áreas de saneamento e infraestrutura urbana. 
• Administrar as loterias, fundos e programas, entre os quais podemos destacar o FGTS, o Fundo de 
Compensação de Variações Salariais – FCVS, o Programa de Integração Social – PIS, o Fundo de Apoio ao 
Desenvolvimento Social – FAZ e o Fundo de Desenvolvimento Social – FDS. 
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES 
Esta instituição também é muito comentada nos noticiários econômicos, dada a sua importância para o 
desenvolvimento nacional. Principalmente no momento em que alguns setores da economia precisam de 
uma injeção de capital para poder crescer ou mesmo manter-se, o BNDES mostra-se fundamental. O 
BNDES é a instituição responsável pela política de investimento de longo prazo do Governo Federal, 
considerado a principal instituição financeira de fomento do país. 
Principais atribuições: 
• Impulsionar o desenvolvimento econômico e social do País. 
• Fortalecer o setor empresarial nacional. 
• Atenuar os desequilíbrios regionais, criando novos polos de produção. 
• Promover o desenvolvimento integrado das atividades agrícolas, industriais e de serviços. 
• Promover o crescimento e a diversificação das exportações. 
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SUBSISTEMA DE 
INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 
Este sistema, também chamado de subsistema operativo , é constituído pelos intermediadores financeiros 
que recebem os recursos dos poupadores, repassando-os aos tomadores, e por outras instituições que 
auxiliam o Sistema Financeiro, como as Bolsas de Valores e as bolsas de mercadorias e de futuros. Os 
intermediadores financeiros são constituídos pelas instituições bancárias e não bancárias . 
Segundo Lopes e Rossetti (1998), o Setor Bancário é constituído pelos bancos comerciais, sendo-lhes 
permitido manter depósitos à vista do público (você pode abrir uma conta corrente neste banco, sendo o 
dinheiro na sua conta corrente denominado de depósito à vista) e emprestar uma quantia superior as suas 
reservas monetárias (os bancos podem emprestar parte de suas obrigações, que são os depósitos a vista). 
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O Setor não Bancário é constituído pelas famílias (pessoas como eu e você), as empresas, o Governo, e 
pelas Instituições Financeiras Não Bancárias como BNDES, Bancos de Investimentos, Factoring , Casas de 
Câmbio, Bolsa de Valores, entre outros. Estas instituições se diferenciam das instituições bancárias pelo 
fato de nós não podermos abrir uma conta corrente. Assim, não recebem depósitos à vista, apenas 
transferem dinheiro dos tomadores para os emprestadores. 
Neste subsistema, também podemos alocar os intermediários financeiros que atuam como Agentes 
Especiais em promover políticas de interesse do governo. São eles o Banco do Brasil, a Caixa Econômica 
Federal, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e os Bancos de Desenvolvimento 
Regionais. 
A Figura 2 apresenta um organograma do Sistema Operativo Nacional ou de Intermediação Financeira. 
Figura 2 - Subsistema de Intermediação Financeira 
Fonte: Mankiw (2006). 
No mercado atual, como os bancos múltiplos têm atendido seus clientes com respeito à 
qualidade do atendimento? 
Que canais o cliente tem para resolver seus problemas com essas instituições? 
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As Instituições Financeiras Bancárias 
É constituída pelas agências dos bancos comerciais, bancos múltiplos e Caixas Econômicas. Vamos 
caracterizar cada uma delas: 
Banco Comercial 
Segundo Assaf Neto (2014), os bancos comerciais são instituições cujo controle pode ser público ou 
privado, sendo constituídas sob a forma de sociedades anônimas. Atua na intermediação entre 
depositantes e tomadores de crédito. Para isso, recebe depósitos à vista e efetua empréstimos, de 
características de curto e médio prazos, principalmente para pessoas físicas e para capital de giro das 
empresas. 
Têm como uma das suas principais características a capacidade de criação de moeda escritural ou moeda 
bancária, estabelecida com base nos depósitos à vista do públiconas instituições bancárias, por meio dos 
depósitos em conta corrente. 
De acordo com Pinheiro (2006), suas principais atividades podem ser classificadas como prestação de 
serviços e concessão de empréstimos: 
• Prestação de serviços: contas correntes e depósitos diversos; pagamento de cheques; transferência de 
fundos; ordem de pagamentos; cobranças; custódia e guarda de valores; aluguel de cofres; serviços de 
câmbio. 
• Concessão de empréstimos: desconto de títulos; adiantamento em conta corrente; adiantamentos sob 
garantia de mercadorias; adiantamento sob caução de títulos de compra e venda; crédito mediante 
emissão de títulos; crédito rural; crédito à curto prazo para operações de comércio exterior; crédito 
pessoal. 
Bancos Múltiplos 
Essa forma de apresentação dos Bancos é, sem dúvida, a mais conhecida por você. Afinal, não importa o 
lugar onde você mora, quase certamente existe uma agência bancária estabelecida em sua localidade. 
A criação dos bancos múltiplos é um reflexo da tendência de se formarem conglomerados financeiros com 
o objetivo de promover sinergia em suas operações, permitindo que uma instituição completasse sua 
atividade de intermediação. Um banco múltiplo possui atividades (carteiras) de quatro instituições: banco 
comercial, banco de investimento e desenvolvimento, sociedade de crédito e sociedade de crédito 
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imobiliário, mas basta constituir apena duas destas quatro carteiras que o banco já pode ser considerado 
um banco múltiplo (ASSAF NETO, 2014). 
As formas como os bancos atualmente são constituídas foi implementada por meio de uma série de 
regulamentações. Basicamente, podemos dizer que os bancos múltiplos surgiram mediante a Resolução 
1524/88 de, 21 de setembro de 1988 do Conselho Monetário Nacional e regulamentação pela Circular do 
Banco Central do Brasil n. 1364 a fim de racionalizar a administração das instituições financeiras. Por 
meio dessa regulamentação, as instituições financeiras que atuavam em operações de banco comercial e 
de banco de investimento foram autorizadas a se organizar como bancos múltiplos. 
Como consequência, nos anos seguintes, quase todos os bancos comerciais acabaram por se transformar 
em bancos múltiplos, permanecendo comerciais apenas pequenas instituições de importância regional ou 
ocupantes de pequenos nichos de mercado. 
Na prática, o que ocorria eram instituições operando como bancos comerciais e bancos de investimento 
de um mesmo grupo controlador. Com a alteração, puderam constituir uma única instituição financeira 
com personalidade jurídica própria e, portanto, com um único balanço, único caixa, proporcionando 
significativa redução de custos. 
Em resumo, o banco múltiplo pode operar simultaneamente com carteiras de banco comercial, de 
investimento, de crédito imobiliário, de crédito, financiamento e investimento, de arrendamento 
mercantil (leasing) e de desenvolvimento. Constituise, portanto, em uma só instituição financeira de 
carteiras múltiplas. 
As Instituições Financeiras Não Bancárias 
São consideradas instituições financeiras não bancárias aquelas que não possuem a capacidade de emitir 
moeda escritural, pois o público não pode realizar depósito à vista nestas instituições, ou seja, não podem 
ser um correntista. As principais instituições financeiras não bancárias são: os bancos de investimento, as 
sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades de arrendamento mercantil, as 
cooperativas de crédito e as sociedades de crédito imobiliário. Estas instituições estão apresentadas a 
seguir: 
Banco de Investimento 
O banco de investimento atua no sentido de canalizar recursos de médio e longo prazo para suprimento 
de capital fixo (investimento) e de giro para as empresas. Ao contrário dos bancos comerciais, os bancos 
de investimento não apresentam capacidade de emissão de moeda. 
Seu objetivo maior é municiar de crédito com características de médio e longo prazos, em operações de 
empréstimos e financiamento, a fim de fortalecer o processo de capitalização das empresas, por meio da 
compra de máquinas e equipamentos e da subscrição de debêntures e ações. 
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Atuando dessa forma como agentes de financiamento dessas empresas, realizam operações de maior 
escala, como repasses de recursos oficiais de crédito, repasses de recursos captados no exterior, 
operações de subscrição pública de valores mobiliários (exemplo de valores mobiliários: ações, 
debêntures), lease-back e financiamento de bens de produção a profissionais autônomos (ASSAF NETO, 
2014). 
Além destas operações, os bancos de investimento podem prestar outros serviços como fianças, avais, 
administração de carteiras de títulos e valores mobiliários, custódias etc. 
É bom destacar que um banco de investimento não pode manter contas correntes. A principal forma de 
captação de recursos para estas instituições é pela emissão de Certificados de Depósito Bancário - CDB e 
Recibos de Depósito Bancário - RDB, mediante a captação e repasses de recursos de origem interna ou 
externa ou pela venda de cotas de fundos de investimentos administrados por esses bancos. 
Não é raro atuarem como agentes financeiros do BNDES, captando daí recursos para suas operações. Não 
podem destinar recursos a empreendimentos imobiliários. 
Cooperativas de Crédito 
As cooperativas de crédito são instituições financeiras constituídas sob a forma de sociedade cooperativa, 
tendo por objeto a prestação de serviços financeiros aos associados. É equiparada a uma instituição 
financeira, sendo regulada e autorizada pelo Banco Central (PINHEIRO, 2006). 
Os principais recursos financeiros das cooperativas são captados dos associados por meio dos depósitos à 
vista e a prazo, mas também são provenientes de empréstimos, repasses e refinanciamentos de outras 
instituições. Já a concessão de crédito é realizada sob a forma de empréstimos, descontos de títulos e 
financiamentos (ASSAF NETO, 2014). 
Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento 
Você já comprou no crediário em alguma loja? Se sim, talvez o famoso carnê que você levou para casa não 
pertença à loja que te vendeu os produtos. Muito provavelmente, essa compra foi financiada por uma 
Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento. Essas instituições são também conhecidas como 
financeiras. Têm como função principal o financiamento de bens de consumo duráveis, serviços e crédito 
pessoal, por meio dos conhecidos “crediários” ou CDC – Crédito Direto ao Consumidor. Além desse mais 
conhecido serviço, as financeiras também podem realizar repasses governamentais, financiar 
profissionais liberais autônomos legalmente habilitados e conceder ainda crédito pessoal (ASSAF NETO, 
2014). Não podem manter contas correntes. 
Suas principais formas de captação de recursos são: colocação de Letras de Câmbio – LC (praticamente 
inexistentes atualmente), que são títulos de crédito sacados pelos financiados e aceitos pelas financeiras 
para colocação junto ao público. Ao adquirirem essas LCs, os investidores têm uma dupla garantia: a do 
emissor (ou financiado) e da financeira, que aceitou a letra de câmbio; e os depósitos a prazo fixo sem 
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emissão de certificado, conhecidos como Recibos de Depósitos Bancários – RDB. 
As sociedades financeiras podem ser classificadas como: 
• Independentes, quando atuam sem nenhuma vinculação com outras instituições do mercado financeiro. 
• Ligadas a conglomerados financeiros. 
• Ligadas a grandes estabelecimentos comerciais. 
• Ligadas a grandes grupos industriais, como montadoras de veículos, por exemplo (ASSAF NETO, 2014). 
Sociedades de Arrendamento Mercantil 
Muitasvezes, ao adquirir um bem durável, como um veículo, o vendedor pode oferecer a você uma 
modalidade de aquisição diferente do tradicional financiamento. Esta modalidade é o leasing. 
O leasing também é muito utilizado para empresas que precisam de bens de produção, geralmente de 
valor elevado, e que necessitam adequar o desembolso de caixa à aquisição do bem. 
O que é leasing? 
Leasing é um arrendamento, ou seja, um contrato pelo qual se cede o uso e usufruto de um bem móvel ou 
imóvel por um preço e tempo determinados. 
Os principais tipos de leasing são: 
• Leasing operacional: muito parecido com um aluguel, sendo oferecido geralmente pelas próprias 
empresas fabricantes do bem. 
• Leasing financeiro: realizado por algumas instituições financeiras, como bancos múltiplos e sociedades 
de arrendamento mercantil. A arrendadora adquire o bem selecionado de um fornecedor e então o 
entrega para uso do arrendatário. No final do prazo pactuado, o arrendatário pode exercer seu direito de 
compra do bem mediante o pagamento de um valor residual previamente estabelecido ou, caso não faça 
essa opção, pode devolver o bem à arrendadora. 
• Lease-back: esta operação acontece quando uma empresa, proprietária de um bem, vende este bem à 
arrendadora e, em seguida, aluga o bem imediatamente, sem que o mesmo sequer seja removido 
fisicamente. A empresa passa assim de proprietária para arrendatária do bem. Esta operação é comum 
quando uma empresa precisa de reforço no seu capital de giro. 
Sociedades de Crédito Imobiliário 
São instituições direcionadas ao financiamento de operações imobiliárias, que envolvem a compra e a 
venda de bens imóveis. 
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De acordo com a definição do Banco Central, as sociedades de crédito imobiliário são instituições 
financeiras criadas pela Lei 4.380, de 21 de agosto de 1964, para atuar no financiamento habitacional. A 
captação de recursos dessas sociedades vem principalmente de depósitos de poupança, da emissão de 
letras e cédulas hipotecárias e imobiliárias e, ainda, de depósitos interfinanceiros. Operam, 
principalmente, no financiamento para construção de moradias, abertura de crédito para compra ou 
construção de casa própria, financiamento de capital de giro a empresas incorporadoras, produtoras e 
distribuidoras de material de construção. Obrigatoriamente, as Sociedades de Crédito Imobiliário devem 
ser constituídas sob a forma de sociedade anônima, adotando obrigatoriamente em sua denominação 
social a expressão “Crédito Imobiliário”, conforme determinação da Resolução CMN 2.735, de 2000. 
Bancos de Desenvolvimento 
Segundo Assaf Neto (2014) são instituições públicas de âmbito estadual que objetivam promover o 
desenvolvimento econômico e social da região em que estão instalados, por meio de operações de 
empréstimos, financiamentos, arrendamento mercantil entre outros serviços. 
Para saber mais, acesse o link do site do Banco Central: <www.bacen.gov. br >; Banco do 
Brasil: < www.bb.com.br >; e BM&FBOVESPA: < www.bmfbovespa.com.br >. 
Fonte: a autora. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.bacen.gov.&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEshucohUKifpbGoJTx3_rxbA3b8Q
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.bb.com.br&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHKuQ5cJ7h9zrvSsR_fZBsrPZQT_w
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.bmfbovespa.com.br&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGJvQxTbRJzfcQmobAvVPtNv65D6A
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 
AUXILIARES E SEGMENTAÇÃO 
DO MERCADO FINANCEIRO 
Nesta aula iremos aprender quais são as instituições financeiras denominadas de auxiliares e suas 
funções na dinâmica do sistema financeiro nacional. 
Instituições Financeiras Auxiliares 
São instituições que auxiliam na operacionalização do sistema financeiro nacional, fomentando as 
transações com ativos financeiros. São elas: 
Bolsa de Valores 
As Bolsas de Valores são associações civis, sem fins lucrativos, com patrimônio representado por títulos 
que pertencem às sociedades corretoras membros. É o local onde são negociados os títulos de valores 
mobiliários de pessoas jurídicas do setor público e privado. Tem como principal objetivo proporcionar 
liquidez aos títulos negociados, atuando por meio de pregão contínuos. 
Principais atribuições: 
• Manter local adequado à realização, entre corretores, de transações de compra e venda de títulos e 
valores mobiliários, em mercados livres, organizados e fiscalizados pelos próprios membros participantes 
e pela CVM. 
• Criar e organizar os meios materiais, os recursos técnicos e as dependências administrativas 
necessárias à pronta, segura e eficiente realização e liquidação das operações efetuadas no recinto de 
negociações (pregão). 
• Estabelecer sistema de negociação que propicie e assegure a continuidade das cotações e a plena 
liquidez dos papéis no mercado. 
• Dar ampla e rápida divulgação às operações efetuadas em seu pregão. 
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• Assegurar aos investidores completa garantia de recebimento pelos títulos e valores negociados. 
• Auxiliar a CVM na fiscalização do mercado de capitais. 
Clearing o u Câmara de Compensação 
De fato, para que o mercado funcione de forma ordeira e que transmita confiança aos participantes, é 
preciso que se tenha certeza que os ganhos dos investidores serão recebidos e suas operações de compra 
e venda serão liquidadas nos prazos e condições que foram acordados. As caixas de Liquidação (clearings) 
tem como principal função registrar, liquidar e compensar as várias operações realizadas nas bolsas de 
valores (ASSAF NETO, 2014). 
A clearing é responsável pelo registro de todas as operações realizadas, acompanhamento das posições 
mantidas, compensação financeira dos fluxos e liquidação dos contratos sob sua responsabilidade. 
Sociedade Corretora de Títulos e Valores Mobiliários – CTVM 
As sociedades corretoras são instituições auxiliares do Sistema Financeiro Nacional que operam no 
mercado de capitais com títulos e valores mobiliários, em especial ações. Possuem a exclusividade da 
intermediação financeira nos pregões das bolsas de valores, ou seja, se você quiser comprar ações, 
obrigatoriamente, fara isto por meio de uma corretora. 
Principais atribuições: 
• Operar nos recintos de Bolsas de Valores e de mercadorias. 
• Efetuar lançamento público de ações. 
• Administrar carteiras e custodiar valores mobiliários. 
• Instituir, organizar e administrar fundos de investimento. 
• Operar no mercado aberto. 
• Intermediar operações de câmbio. 
Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários – DTVM 
São instituições auxiliares do Sistema Financeiro Nacional responsáveis pela intermediação das 
operações com títulos, valores mobiliários e commodities . 
Preste atenção nisso: as atividades das DTVM têm uma faixa operacional mais restrita do que as 
corretoras, uma vez que elas não têm acesso às bolsas de valores e mercadorias. Para operar nesse 
mercado, as DTVM utilizam-se das CTVM. 
Principais atribuições: 
• Subscrição isolada ou em consórcio de emissão de títulos e valores mobiliários para revenda. 
• Intermediação da colocação de emissões de capital no mercado. 
• Operações de mercado aberto, desde que satisfaçam as condições exigidas pelo Bacen. 
• Instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento. 
• Exercer funções de agente fiduciário (*). 
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Bancos de Câmbio 
Este tipo de instituição financeira recebe a autorização do Banco Central para realizar operações de 
câmbio e operações de crédito, como financiamento a exportações e importações, adiantamento sobre 
contratos de câmbio entre outras operações (ASSAF NETO,2014). 
Mercado de Câmbio Evolução Recente 
Segundo dados da Federação Brasileira dos Bancos (FEDERAÇÃO BRASILEIRA DOS 
BANCOS, 2015) as Operações de câmbio cresceram de forma expressiva a partir de 
2003, refletindo a expansão do comércio exterior, o crescimento dos investimentos 
diretos e a constituição de reservas cambiais em volume recorde. No Brasil existem 
mais de 180 instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central a operar neste 
mercado e mais de 25 agências de turismo. Verifica-se pela figura a seguir, que este é 
um mercado bastante competitivo e que entre Janeiro a Setembro de 2015, cinco 
bancos concentraram 47% das operações cambiais no Brasil: Santander, Itaú, Citibank, 
HSBC e o Banco do Brasil. 
Fonte: BCB (2015 apud FEBRABAN, 2015). 
Segmentação do Mercado Financeiro 
O mercado financeiro está segmentado em quatro tipos principais de mercado, que se inter-relacionam e 
por isto, determinadas operações podem afetá-los simultaneamente. São eles: o mercado de crédito, o 
mercado de capitais, o mercado monetário e o mercado cambial. 
Não cabe aqui nos aprofundarmos muito em cada um destes mercados, pois sairá do escopo deste livro, 
mas iremos apresentar suas principais características para que você possa entender a dinâmica do 
mercado financeiro com um todo. 
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Mercado de Crédito 
O mercado de crédito é constituído pelos agentes detentores de recursos financeiros (agentes 
superavitários) e pelos agentes captadores de recursos financeiros (agentes deficitários). Segundo Bisi & 
Feijó (2011) é nesse mercado que são efetuados os financiamentos de curto e médio prazo, tanto para 
pessoas físicas (famílias) como para pessoas jurídicas (empresas, instituições). 
Os principais motivos que levam os agentes a necessitar de crédito são: consumo corrente ou de bens 
duráveis (pessoa física); para formação do capital de giro ou de capital fixo (pessoa jurídica). Os principais 
atuantes neste mercado são: bancos comerciais, bancos múltiplos e financeiras. 
Cabe ressaltar que se entende por bancos múltiplos (ex: Banco Bradesco) as instituições financeiras 
privadas ou públicas que realizam dentro do mercado financeiro operações ativas, passivas e acessórias 
das diversas instituições financeiras, podendo operar conjuntamente como: 
• Banco Comercial (Carteira Base); 
• Banco de Investimento (Carteira Base); 
• Banco de desenvolvimento (somente Banco Múltiplo Público Governamental); 
• Crédito Imobiliário (Carteira Acessória); 
• Arrendamento Mercantil (Carteira Acessória); 
• Crédito, Financiamento e Investimento (Carteira Acessória) 
Mercado de Capitais 
O mercado de capitais é composto por instituições ditas não-monetárias, ou seja, que não são capazes de 
multiplicar moeda como as bolsas de valores, sociedades corretoras e outras instituições financeiras 
autorizadas, que juntas formam um sistema de distribuição de valores mobiliários, que tem o propósito de 
proporcionar liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu processo de capitalização. 
No mercado de capitais, os principais títulos negociados são os representativos do capital de empresas 
como as ações , ou de empréstimos tomados, via mercado, por empresas como: as debêntures 
conversíveis em ações, bônus de subscrição e “ commercial papers ”. Estes ativos permitem a circulação de 
capital para custear o desenvolvimento econômico. Além disto, o mercado de capitais abrange, ainda, as 
negociações com direitos e recibos de subscrição de valores mobiliários, certificados de depósitos de 
ações e demais derivativos autorizados à negociação. (BOVESPA, 2008). 
Mercado Monetário 
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O mercado de oferta e demanda por moeda é conhecido como Mercado Monetário. Este mercado visa ao 
controle da liquidez monetária da economia, realizado por meio de uma relação intangível entre 
fornecedores e tomadores de fundos a curto e curtíssimo prazo, ou seja, as instituições financeiras e o 
Tesouro Nacional negociam entre si, o excesso ou a falta de caixa em que incorrem, por meio da utilização 
de títulos públicos. Esta operação é denominada de “Open Marketing”. 
O Banco Central é o Principal agente deste mercado, atuando por meio da Política Monetária por meio da 
venda e compra de títulos públicos aos agentes econômicos (empresas, famílias, bancos), sendo estes 
papéis negociados tendo como referência a taxa de juros SELIC. Desta forma o BC, regula a liquidez do 
mercado e assim a oferta de moeda. 
Mercado Cambial 
O mercado cambial representa a oferta e demanda por divisas (moeda estrangeira) e seu equilíbrio 
determina a taxa de câmbio nominal da economia. Segundo Bisi & Feijó (2011), neste mercado são 
realizadas as operações que envolvem a necessidade de conversão de moedas estrangeiras em moeda 
nacional e vice-versa, sendo operações de curto prazo, realizadas principalmente pelos bancos comerciais 
e corretoras autorizadas, como as casas de câmbio. O intermediário financeiro compra divisas dos 
exportadores (fonte de entrada de moeda estrangeira) e vende para os importadores (fonte de saída de 
moeda estrangeira). 
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ATIVIDADES 
1. O Sistema Financeiro Nacional tem como função viabilizar a intermediação entre poupança e 
investimento, possibilitando ao setor produtivo maior eficiência. Esta constituído por entidades que 
fazem parte dos Sistemas: normativos, supervisores e operacionais. Sobre estes sistemas e as entidades 
que os compõem, leia as afirmativas e assinale a alternativa correta. 
a) O sistema operacional está constituído por instituições responsáveis pela definição das políticas e 
diretrizes gerais do sistema financeiro, com função executiva e fiscalizadora. 
b) As instituições que fazem parte do sistema normativo são: o Conselho monetário nacional, o Banco 
Central e a Comissão de Valores Imobiliários. 
c) O sistema normativo é constituído pelos intermediadores financeiros que recebem os recursos dos 
poupadores, repassando-os aos tomadores como o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bolsa de 
Valores e casa de câmbio. 
d) A Comissão de Valores Imobiliários - CVM é a entidade criada para atuar como órgão executivo central 
do sistema financeiro, sendo a entidade responsável pela emissão der papel-moeda e moedas metálicas 
nas condições e limites autorizados pelo CMN; 
e) Nenhuma das alternativas anteriores. 
2. O Banco do Brasil é uma sociedade de economia mista, pois possui controle acionário da União. Já a 
Caixa Econômica Federal é uma empresa pública de propriedade da União e ambas são responsáveis pela 
operacionalização das políticas do Governo Federal. Sobre as atribuições do Banco do Brasil e da Caixa 
Econômica Federal, leias as afirmativas e assinale a alternativa correta. 
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a) O Banco do Brasil deve aplicar os recursos do FGTS nas áreas de saneamento e infraestrutura urbana. 
b) O Banco do Brasil é a entidade que determina, via COPOM, a taxa de juros de referência para as 
operações de um dia – a taxa SELIC. 
c) Cabe a Caixa Econômica administrar as loterias e os programa de crédito imobiliário para baixa renda 
como Minha Casa Minha Vida. 
d) É a Caixa Econômica que determina a quantidade de moeda em circulação na economia e determina a 
taxa básica de juros - a taxa SELIC.e) Nenhuma das alternativas anteriores. 
3. As corretoras são instituições financeiras, credenciadas pelo Banco Central, que fazem a intermediação 
entre os clientes e bolsa de valores e de mercadorias. Sobre as suas principais atividades no mercado de 
ações assinale a alternativa correta: 
a) As corretoras podem instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimentos. 
b) Possui a função de compensação das Bolsas de Valores atuando como comprador para todo o vendedor 
e como vendedor para todo o comprador, caso o agente queira sair deste mercado. 
c) As corretoras exercem a função de consultor financeiro para investidores, não sendo necessário 
investir em ações por meio das corretoras, apenas se quiser uma consultoria financeira de gestão de 
portfólios. 
d) As corretoras são utilizadas nas negociações no mercado de ações, pois no mercados futuros o agente 
pode negociar diretamente na Bolsa de Mercadorias e Futuros. 
e) Nenhuma das alternativas anteriores. 
4. Quando você for adquirir um bem durável como uma máquina agrícola ou um veículo, o vendedor pode 
oferecer a você um Leasing , sendo este uma modalidade de aquisição diferente do tradicional 
financiamento. Sobre o Leasing , leia as afirmativas e assinale a alternativa correta: 
I. Leasing é um arrendamento, ou seja, um contrato pelo qual se cede o uso e usufruto de um bem móvel ou 
imóvel por um preço e tempo determinados. 
II. No Leasing financeiro a arrendadora adquire o bem selecionado de um fornecedor e então o entrega 
para uso do arrendatário. 
III. Lease-back é parecido com o aluguel de máquinas, sendo muito comum em lojas que arrendam 
máquinas agrícolas. 
IV. Leasing operacional: ocorre quando a empresa, proprietária de um bem, vende este bem à arrendadora 
e, em seguida, aluga o bem imediatamente, sem que o mesmo sequer seja removido fisicamente. 
a) Somente I e II estão corretas. 
b) Somente II e III estão corretas. 
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c) Somente I, II e IV estão corretas. 
d) Somente I, III e IV estão corretas. 
e) Todas as alternativas estão corretas. 
Resolução das atividades 
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Unidade 1 Página inicial 
RESUMO 
Caro(a) aluno(a), vimos que o Sistema Financeiro é o conjunto de instituições que faz a intermediação 
entre os indivíduos que detêm dinheiro sobrando, para aqueles que necessitam de dinheiro. Falando mais 
tecnicamente, agentes superavitários e agentes deficitários. 
Você já parou para pensar no quanto é importante esse sistema para o desenvolvimento do país? 
Em um país existem pessoas que ganham mais do que gastam e, portanto, precisam guardar seu dinheiro 
de maneira segura e rentável, ou seja, tem que haver uma compensação pelo fato de estarmos 
postergando o nosso consumo, visto que, nós guardamos o dinheiro hoje para poder utilizá-lo no futuro. E 
em um país com inflação como o nosso, a ideia é que o poder de compra do dinheiro no presente não se 
perca no futuro. Assim, quando poupamos devemos ganhar uma remuneração que é representada pela 
taxa de juros. As instituições que fazem parte do Sistema Financeiro Nacional lançam ativos financeiros 
que possibilidades de aplicação financeira. 
Por outro lado, para quem é captador de recursos financeiros, qual é a possibilidade mais segura e mais 
barata de conseguir recursos? 
Também vimos nesta unidade que o SFN está dividido em quatro grandes mercados: Mercado Monetário, 
Mercado de Crédito, Mercado Cambial e Mercado de Capitais, cada um proporcionando meios e produtos 
que agilizam as transações financeiras tanto para captadores de recursos quanto para aplicadores. Assim, 
devemos entender a dinâmica deste sistema e as características das instituições que o constitui, antes de 
tomarmos uma decisão de investimento ou de captação de recursos. 
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Unidade 1 Página inicial 
Material Complementar 
Leitura 
Mercado Financeiro 
Autor: Alexandre Assaff Neto 
Editora: Atlas 
Sinopse: este livro oferece uma visão ampla e moderna dos 
mercados financeiros e de capitais, abordando o 
funcionamento de suas instituições e operações financeiras 
e estudando os principais modelos de avaliação dos ativos 
negociados e seus riscos. O autor adora como premissa 
para o moderno estudo dos mercados financeiros um 
modelo de desenvolvimento econômico baseado 
principalmente na participação do setor privado. Procura, 
em essência, esclarecer as seguintes questões: como 
funcionam os mercados financeiros; qual a sua participação 
e importância do desenvolvimento da economia e no 
contexto de seus diversos agentes; como são avaliados os 
instrumentos financeiros negociados no mercado; como 
são tomadas as decisões financeiras e estabelecidas as 
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estratégias de investimentos; como utilizar os mercados 
financeiros e de capitais da gestão de risco. 
Na Web 
Caro(a) aluno(a), separei este vídeo para que você possa 
ampliar um pouco mais seu conhecimento sobre o Sistema 
Financeiro Nacional. Este vídeo apresenta de forma 
simples e didática o que é este sistema, como está 
estruturado e as principais instituições que o constitui. 
Acesse 
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REFERÊNCIAS 
AFONSO, J. R.; KOHLER, M. A.; FREITAS, P. S. Evolução e Determinantes do Spread Bancário no Brasil. 
Texto para Discussão 61 . Centro de estudo da Consultoria do Senado Federal. Brasília, 2009. Disponível 
em: < http://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/162312 >. Acesso em 03 jul. 2017. 
ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro . 12. ed. São Paulo: Atlas, 2014. 
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Pagamentos de Varejo e Canais de Atendimento Dados Estatísticos 
2012 . Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos. Brasília: Deban, 2013. 
BISI, T; FEIJÓ, A. Fundamento do Mercado de Ações . Porto Alegre: Leandro & Stormer, 2009. 
BOVESPA. Bolsa de Valores de São Paulo. Mercado de Capitais . São Paulo: BOVESPA, 2008. 
FEBRABAN. Federação Brasileira dos Bancos. O Mercado de Câmbio Brasileiro: definições, 
funcionamento e evolução recentes. Brasília: FEBRABAN, 2015. 
HUBERMAN, L. História da riqueza do homem . 21. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. 
LOPES, J.; ROSSETTI, J. Economia Monetária . São Paulo: Atlas, 1998. 
MANKIW, N. G. Introdução à Economia: princípios de micro e macroeconomia. 3. ed. Rio de Janeiro: 
Pioneira Thomson, 2006. 
PINHEIRO, J. L. Mercado de Capitais: fundamentos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2006. 
PEREIRA, L. P. G. (Org.) O mercado de valores mobiliários brasileiro: Comissão de Valores Mobiliários 
(CVM). 2. ed. Rio de Janeiro: CVM, 2013. 
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APROFUNDANDO 
O SPREAD BANCÁRIO NO BRASIL 
O spread bancário é a diferença entre a taxa de juros que as instituições financeiras pagam na captação 
do dinheiro e a que cobram dos clientes. Por exemplo, se o custo da captação for 7% ao ano por meio da 
poupança e ele empresta esse dinheiro por 22% ao ano para financiamento imobiliários, a diferença de 
15% é o spread bancário desta operação. 
Segundo Afonso et al. (2009) o Bacen decompõe o spread em cinco componentes: 
Custo administrativo: refere-se aos custos operacionais da indústria bancária - capital físico, trabalho, 
recursos operacionais e depósitos. 
Inadimplência: equivale a 20% das provisões para devedores duvidosos, calculadas de acordo com as 
regras de provisionamento estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Observe-se que esta 
mensuração mede a inadimplência ocorrida. Por outro lado, para os bancos, o que interessa é a 
inadimplência esperada. Dessa forma, em períodos em que se espera um aumento futuro da 
inadimplência, mas ainda não concretizado, os bancos tendem a aumentar o spread. 
Custo do compulsório: compulsório representa o percentual que é recolhido pelo Banco Central a cada 
R$ 1,00 de depósito à vista e a prazo. Quanto maior a taxa de compulsório menos dinheiro o banco terá 
disponível para emprestar assim maior será o seu custo de compulsório. Assim, este representa um custo 
de oportunidade que os bancos incorrem em deixar parte dos depósitos à vista e a prazo depositados no 
Bacen, com rendimento inferior ao que obteriam caso pudessem emprestar os recursos. Quanto maior o 
compulsório, maior deve ser o spread, pois, implicam menor oferta de crédito. 
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Tributos e taxas: incluem tributos indiretos, como IOF, PIS, COFINS e ISS, além do Imposto de Renda e da 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. 
Resíduo: corresponde à diferença entre o spread total e a soma dos quatro componentes anteriores. Pode 
ser utilizado como indicador da margem auferida pelo banco, embora inclua outros fatores, como erros de 
mensuração e, argumenta-se, subsídios cruzados, decorrentes da limitação de juros imposta nos 
empréstimos com recursos direcionados (como crédito rural e repasses do BNDES), que induziriam os 
bancos a recuperar o baixo lucro dessas operações com um lucro maior nas operações em segmentos 
livres. 
A tabela a seguir, apresenta a decomposição do spread entre os cinco componentes. 
Tabela 1 - Decomposição do spread bancário (percentual) 
Fonte: Banco Central (2007 APUD Afonso et al. 2009). 
Assim pela tabela verifica-se que em todos os períodos a inadimplência é o que mais impacta na formação 
do spread bancário, muitas vezes isto faz com que políticas do Banco Central para ampliar o crédito como: 
redução do compulsório, redução da taxa básica de juros entre outros, não conseguem estimular o banco 
a reduzir o spread e oferecer taxas de juros de mercado mais atrativas. 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
REFERÊNCIAS 
AFONSO, J. R.; KOHLER, M. A.; FREITAS, P. S. Evolução e Determinantes do Spread Bancário no Brasil. 
Texto para Discussão 61 . Centro de estudo da Consultoria do Senado Federal. Brasília, 2009. Disponível 
em: < http://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/162312 >. Acesso em: 09 jul. 2017. 
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BANCO CENTRAL DO BRASIL. Pagamentos de Varejo e Canais de Atendimento Dados Estatísticos 
2012 . Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos. Brasília: Deban, 2013. 
Avançar 
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Unidade 1 Página inicial 
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Distância; FRANCO , Juliana. 
Mercado Monetário e de Câmbio. 
Juliana Franco. 
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Unidade 2 Página inicial 
ECONOMIA 
MONETÁRIA 
Professor (a) : 
Dra. Juliana Franco 
Objetivos de aprendizagem 
• Apresentar as funções da moeda e sua importância para a atividade econômica. 
• Conhecer o processo de criação de moeda na economia e seu efeito multiplicador. 
• Conhecer os determinantes da demanda por moeda e sua relação com a taxa de juros. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• As funções da Moeda e a sua Importância 
• Oferta de Moeda 
• Demanda por Moeda 
Introdução 
Hoje no século XXI não conseguimos nem imaginar como era o mundo antes do aparecimento da 
economia monetária. Como as pessoas faziam as trocas de bens e serviços? 
Pois é caro(a) aluno(a), o mundo não era tão fácil até o século XV, quando as primeiras moedas metálicas 
começam a aparecer. Antes as trocas eram realizadas por um mecanismo denominado de escambo, ou 
seja, trocas diretas de mercadorias, mas para que a troca pudesse ser realizada, havia a necessidade de 
ocorrer uma coincidência de desejos entre dois indivíduos, o que dificultava muito as trocas, pois nem 
sempre isto acontecia. 
No entanto, com a evolução do comércio e com o aparecimento das cidades, a sociedade começa a adotar 
a moeda mercadoria, ou seja, uma mercadoria com aceitação por toda a sociedade para servir como 
intermediária de troca. Agora as trocas passam a ser realizadas de forma indireta. Várias mercadorias 
funcionaram como moeda, como o Sal em Roma, daí a denominação da palavra salário, visto que os 
trabalhadores eram remunerados com sal. A evolução deste mecanismo deu origem a moeda metálica de 
ouro e prata, que ganha rapidamente a aceitação do público e passa a ser utilizada em grandeescala nas 
transações comerciais. Quando isto acontece, surge a economia monetária nos países que ainda estavam 
se formando. 
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Diante do exposto, meu objetivo é apresentar a você como que se deu o surgimento da moeda e suas 
transformações ao longo dos séculos até chegar na moeda como a conhecemos nos dias de hoje e como 
isto foi importante para a evolução da sociedade. Além disto, apresentarei a vocês a definição de Oferta 
de Moeda, a sua mensuração e o processo de criação de moeda pelos bancos comerciais. Isto mesmo, os 
bancos comerciais também têm o poder de criar moeda e não apenas o Banco Central. 
Você sabia que o dinheiro se multiplica na economia? Sim, ele se multiplica e vamos aprender como isto 
funciona e o impacto disto na economia como um todo. 
Também estudaremos, quais os fatores que determinam a demanda por moeda por parte do público e das 
empresas, ou seja, o que leva um indivíduo a reter moeda e não deixar o mesmo aplicado em um banco? 
Estas e outras perguntas serão respondidas neste estudo. 
Boa Leitura! 
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Unidade 2 Página inicial 
AS FUNÇÕES DA MOEDA E A 
SUA IMPORTÂNCIA 
A Evolução Histórica da Moeda 
A moeda é um objeto de aceitação geral, garantida por lei, que é utilizado na troca de bens e serviços. No 
entanto, a história da humanidade nos revela que por muitos séculos o homem realizou trocas sem a 
presença da moeda, realizando escambo, ou seja, um indivíduo A troca as mercadorias que produz com 
excedente por outras mercadorias produzidas pelo indivíduo B, as quais também eram produzidas com 
excedente. Assim, o escambo era a troca direta de mercadoria que apresentava várias barreiras a 
evolução das transações comerciais, visto que para que a troca fosse realizada era necessário que 
existisse uma contraparte que tivesse exatamente a necessidade oposta, tinha que haver coincidência de 
desejos, o que nem sempre, caro leitor, acontecia. 
Outra dificuldade era quanto à divisibilidade do produto. Imagine um pecuarista que necessitasse de 
apenas dois quilos de trigo? Por causa destas dificuldades a sociedade começa a buscar outras formas 
para agilizar as trocas e começa a aparecer as Moedas – Mercadorias, ou seja, começa a se utilizar uma 
mercadoria como moeda de troca. Agora as trocas passam a ser indiretas. Veja a figura: 
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Figura 1 - Fluxo de mercadoria 
Fonte: a autora. 
Quando a sociedade passa a definir uma mercadoria que iria servir como intermediária de troca, começa a 
surgir o conceito de moeda. Isto facilitou muito as transações comerciais que eram realizadas nas feiras 
dentro das áreas feudais, propiciando o surgimento das cidades. 
Várias mercadorias foram utilizadas como moeda: o sal, arroz, trigo, peixe, entre outras, dependia da 
região e do momento histórico. Até a palavra salário teve sua origem pela utilização do sal, em Roma, para 
o pagamento de serviços prestados, mas mesmo tendo facilitado as transações comerciais, este tipo de 
moeda continuava a apresentar os problemas de perecibilidade, divisibilidade e estocagem, a evolução da 
moeda - mercadoria para a moeda metálica era uma questão de tempo. 
As primeiras moedas metálicas utilizadas como instrumento monetário eram feitas com metais não 
preciosos como o cobre, o bronze e o ferro, mas como estes metais existiam em abundância, comprometia 
uma das funções básicas da moeda, que é servir como reserva de valor, comprometendo a sua aceitação 
geral pela sociedade (LOPES; ROSETTI, 1998). 
A substituição de metais não nobres pelo ouro e pela prata ocorreu de forma progressiva. Como eles eram 
escassos o seu valor se mantinha relativamente estável ao longo do tempo, favorecendo a sua aceitação 
irrestrita (LOPES; ROSETTI, 1998). 
Assim, a existência de uma economia monetária só aparece de forma definitiva a partir do século XV, com 
a utilização da moeda metálica feita de ouro e prata, utilizada em grande escala como intermediária de 
troca. Até o século XIX, o crescimento da produção destes metais acompanhou a evolução e crescimento 
dos negócios, por meio da descoberta de novas minas nas Américas no século XVI, na Austrália e África do 
Sul no século XIX (LOPES; ROSSETTI, 1998). 
Este tipo de moeda resolve o problema da perecibilidade e da divisibilidade, mas traz outros dois: o custo 
do transporte, decorrente de seu volume, e o risco de assaltos. Este último foi determinante para a 
decisão de se manterem as moedas em casas de custódia, em troca de certificados de depósito, os quais, 
por comodidade e segurança começaram a circular no lugar dos metais monetários. 
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Estes certificados davam a seus titulares o direito de retirar o equivalente de ouro e a prata junto às casas 
de custódia a qualquer momento. Com o aumento da circulação dos certificados de depósito com lastro 
em ouro e prata, estava criada uma nova modalidade de moeda denominada de Moeda-Papel , com 
garantia de plena conversibilidade. 
Com o aumento da utilização deste tipo de moeda pelos agentes, as casas de custódia verificaram que a 
conversão da Moeda-Papel em metais preciosos não era solicitada ao mesmo tempo por todos os seus 
detentores e todos os dias novos depósitos eram realizados. Diante disto, as casas de custódia começaram 
a emitir certificados de depósito sem lastro de conversão, dando origem a Moeda Fiduciária ou Papel – 
Moeda . 
A emissão de certificados sem lastro em metais preciosos permitiu as casas de custódias realizarem 
operações de empréstimos, mediante a cobrança de juros, emissão de títulos e ações. Com a evolução 
destas operações os recibos de custódia passaram a ser fracionariamente conversíveis até chegarem aos 
dias atuais em que a moeda é de emissão privativa do Estado, a qual não há conversibilidade. 
Segundo Lopes & Rossetti (1998) foi a partir da crise de 1929-1933 chamada de Grande Depressão, que 
começou com a quebra da bolsa de valores de Nova York, as moedas nacionais deixara de ter garantias 
com lastro metálico proporcional, prevalecendo as seguintes características dos sistemas monetários: 
• Inexistência de lastro metálico. 
• Inconversibilidade absoluta. 
• Monopólio estatal das emissões. 
A medida que a sociedade evolui, as formas de pagamentos das transações comerciais também de 
modifica e ao lado do papel-moeda de emissão privativa do Estado, desenvolveu-se uma outra 
modalidade de moeda: a moeda bancária , escritural ou invisível . 
São as moedas criadas pelos bancos comerciais por meio das operações de empréstimos, ou seja, 
transferência de recursos dos agentes superavitários para os agentes deficitários. Os bancos perceberam 
que era possível emprestar uma parcela dos depósitos à vista realizados pelo público, pois era improvável 
que todos sacassem seus recursos ao mesmo tempo, passando a manter sob a forma de encaixes apenas 
uma parcela dos depósitos à vista, emprestando os valores restantes. Fazendo isto os bancos criam 
moeda escritural, e o volume de meios de pagamentos se tornam muito superior ao saldo de papel-moeda 
emitido pelo Banco Central. 
É importante destacar que o depósito do público nos bancos comerciais é que é considerado moeda, pois 
é uma promessa de pagar quando lhe for requerido. Já o cheque, por sua vez, é apenas o mecanismo de 
conversão do depósito em moeda manual, ou seja, nada mais é do que uma ordemde transferência de 
fundos, da mesma forma o cartão de crédito. 
CARTÃO DE CRÉDITO E OFERTA DE MOEDA 
A evolução das formas de moeda está vinculada ao objetivo de tornar mais fáceis, as 
transações entre os agentes econômicos e a aspectos relacionados à redução dos 
custos de transação. 
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Hoje a grande maioria das compras são realizadas por Cartões de débito e Cartões de 
crédito. O primeiro permite o acesso ao saldo da sua conta corrente, que faz parte da 
oferta monetária, mas o cartão de crédito permite que você tome dinheiro emprestado 
para realizar compras a prazo, neste sentido não representa oferta de moeda, pois é um 
passivo, ou seja, uma dívida. Seu crédito disponível é a quantidade que você pode tomar 
emprestado. 
Fonte: Kruman e Wells (2007). 
As funções da Moeda e sua Importância 
Com a evolução econômica e social, as transações passaram das trocas diretas (escambo) para as trocas 
indiretas. A mercadoria de aceitação geral pela sociedade para a realização das trocas indiretas é 
denominada de moeda. Seu uso generalizado gerou consenso a respeito das funções que deve exercer. 
Segundo Krugman e Wells (2007) a moeda desempenha três funções principais na economia moderna: 
• Intermediária de trocas. 
• Unidade de conta. 
• Reserva de valor. 
Intermediária de trocas 
É a razão principal de sua existência. Esta função possibilitou a sociedade passar de uma economia de 
escambo para uma economia monetária, visto que não há mais a necessidade de haver coincidência de 
desejos entre as mercadorias para que as trocas aconteçam. Segundo Lopes e Vasconcellos (2000) há 
vários benefícios trazidos por esta função da moeda: permite uma maior especialização e divisão social do 
trabalho, reduz o tempo das transações e fornece à sociedade a liberdade de escolha do que consumir e 
quando consumir. 
A existência de uma economia monetária ao ajudar a sociedade a descobrir quais os bens de que necessita 
e em que quantidade, orienta as firmas a decidir o que produzir. 
Unidade de conta ou medida de valor 
A moeda serve como uma unidade padrão de medida utilizada para comparar o valor de diversos bens e 
serviços que são expressos por meio dos preços. Além disso, é por meio da moeda que podemos somar 
coisas distintas. 
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Reserva de valor 
Quando você recebe moeda por alguma transação que tenha realizado, você não precisa gastar todo o seu 
dinheiro imediatamente. Pode guardá-la para uso posterior. Isto significa que a moeda serve como 
reserva de valor, mas para que esta função seja cumprida é necessário que a moeda tenha o seu valor 
estável, possibilitando que a pessoa que a possui consiga quantificar o seu poder de compra. Neste 
sentido a inflação leva a deterioração do valor da moeda e a perda de sua função como reserva de valor. 
OFERTA DE MOEDA 
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Oferta Monetária 
Para que possamos entender o processo de criação de moeda, definida como Meios de Pagamento, 
devemos conhecer o que estamos considerando como Moeda. 
É importante esclarecer que em um sistema cuja moeda é lastreada por uma determinada mercadoria o 
ouro, por exemplo, a sua circulação depende do estoque de ouro no país. Contudo em um sistema sem 
lastro, o qual temos a moeda fiduciária, o responsável pelo controle de oferta de moeda é o Banco Central, 
sendo este o único órgão emissor da moeda nacional. Assim, devemos entender o que é Oferta de Moeda 
na visão do Banco Central. 
Definimos como Meios de Pagamento o total de haveres monetários possuídos pelo setor não bancário, 
de liquidez imediata. O estoque de Meios de Pagamentos (M) é representado por (LOPES; 
VASCONCELLOS, 2000): 
Sendo, 
M : estoque de meios de pagamento ou oferta de moeda. 
PMPP : papel moeda em poder do público, emitido pelo Banco Central. 
DV : Depósitos a vista nos bancos comerciais. 
O papel moeda em poder do público - PMPP é a moeda manual (moeda metálica + papel-moeda) e o 
depósito à vista - DV é a moeda escritural ou bancária, é o valor que o correntista tem depositado nos 
bancos comerciais. O que dizer das aplicações financeiras (Depósitos a prazo) que rendem juros e 
possuem alta liquidez? 
Segundo definição do Banco Central, as aplicações financeiras são denominadas de quase-moeda , cujo 
surgimento levou a novos conceitos sobre agregados monetários, classificados de acordo com seus graus 
de liquidez como (LOPES; VASCONCELLOS, 2000): 
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O conceito M1 é o que utilizamos para mensurar o total de Oferta de Moeda na economia. Do total de 
moeda criada pela Casa da Moeda parte fica como caixa no Banco Central (reserva) e parte é emitida, 
veja: 
Papel-Moeda em Circulação = Papel-moeda emitido – Caixa do Banco Central 
Do papel-moeda em circulação retiramos o dinheiro que fica da forma de reserva ou caixa nos bancos 
comerciais e chegamos ao conceito de papel-moeda em poder do público: 
Papel-Moeda em Poder do Público = 
Papel moeda em circulação – Caixa nos bancos comerciais. 
O Processo de Criação de Moeda 
O Banco Central possui o monopólio da emissão de moeda na economia, mas os bancos comerciais 
também têm o poder de criar moeda, denominada de moeda escritural. O processo de criação de moeda 
pelos bancos comerciais é resultado dos empréstimos de uma fração do dinheiro que é captado de seus 
correntistas sob a forma de depósitos à vista. Ao fazer isto, o banco abre novos depósitos, criando meios 
de pagamentos adicionais, gerando um efeito Multiplicador da Moeda . 
Como se dá o processo de criação de moeda pelos bancos comerciais? 
Para responder esta pergunta devemos primeiro entender as contas do sistema bancário. O Quadro 1, 
apresenta o Balanço Patrimonial simplificado dos bancos comerciais: 
Quadro 1 - Balanço Patrimonial Simplificado dos Bancos Comerciais 
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Fonte: adaptado de Mishkin (2002). 
Verifica-se pelo Quadro 1 que os bancos possuem em seu passivo os Recursos Próprios na conta 
denominada de Patrimônio Líquido e Recursos de Terceiros representado pelos depósitos à vista 
(dinheiro em conta correte) e a prazo (aplicações financeiras do público em títulos de dívida privada como 
caderneta de poupança, CDB, LCI, LCA etc) captados junto ao público, além de outros capitais de terceiros 
como recursos captados de outros bancos (mercado interbancário), repasses do BNDES, Caixa Econômica 
Federal. Em seu Ativo, os bancos constituem as Reservas Bancárias que são encaixes que o banco utiliza 
para fazer frente as suas obrigações (saques diários, descontos de cheques e duplicatas), imobilizado que 
é necessária às suas atividades operacionais, possui a conta investimento , pois os bancos também 
investem em títulos públicos e privados e concedem empréstimos ao setor privado e público com a 
cobrança de juros (LOPES; VASCONCELLOS, 2000). 
Vamos entender um pouco mais sobre as reservas bancárias . Os bancos formam 3 tipos de reservas 
(MISHKIN, 2002): 
• Caixa dos Bancos Comerciais: consiste na parcela dos depósitos à vista (moeda corrente) que fica 
guardada no banco para compensar o excesso de pagamentos sobre recebimentos em papel-moeda, isto 
é, excesso de saques em relação aos depósitos. 
• Reservas voluntárias no Banco Central: é a parcela dos depósitos a vista que o banco comercial 
transfere ao Banco Central para atende o excesso de pagamentos frente a recebimentos na compensação 
de cheques e duplicatas. 
• Reservas compulsórias no Banco Central: é a parcela dos depósitos a vista que são obrigatoriamente 
recolhidaspelo Banco Central. São utilizadas para dois objetivos principais: controlar a oferta de moeda 
na economia e a garantir a segurança do sistema bancário, quando os bancos precisam recorrer a 
empréstimos no Banco Central. 
Assim, a cada R$ 1,00 de depósito à vista, uma parcela fica na forma de reservas ou encaixe e o restante o 
banco utiliza para realizar empréstimos, criando moeda bancária ou discricionária, uma vez que o repasse 
dos recursos a um terceiro não reduz os meios de pagamento (oferta de moeda) do depositante. Assim, se 
a taxa de reservar bancárias for de 20%, significa que para cada R$ 1,00 de depósito à vista do público, os 
bancos emprestam R$ 0,70 e deixam R$ 0,20 na forma de reserva. Se a taxa de reserva aumentar para 
50%, o montante de recursos disponíveis para empréstimo se reduz, tornando o crédito mais restrito e 
muitas vezes mais caro, pois os bancos podem tentar compensar aumentando a taxa de juros de mercado. 
Exemplo 1 do processo de criação de moeda: 
Para analisamos o processo de criação de moeda pelos bancos comerciais, vamos supor que o público 
deposite todos os seus recursos no sistema bancário na forma de depósitos à vista. Suponhamos que os 
bancos comerciais têm um nível de reservas compulsórias de 50%. Isso significa que metade do dinheiro 
depositado pode ser emprestado, mas que a outra metade deve ser guardada. Suponhamos também que 
você deposite R$ 10.000 no Banco A. Este Banco A terá depósitos de R$ 10.000 e poderá emprestar a 
metade deles, isto é, R$ 5.000. O que acontece agora é que os R$ 5.000 emprestados pelo Banco A serão 
depositados pelo devedor no Banco B, que por sua vez repetirá a história, emprestando R$ 2.500 e 
guardando R$ 2.500. A história se repete ao longo de dez transações, como podemos ver na Tabela 1, na 
qual a coluna de depósitos exibe o total de criação secundária de moeda (saldos em conta-corrente 
sacáveis à vista), que tende a R$ 19.881, isto é, quase o dobro da quantidade de papel-moeda original. 
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Tabela 1: Processo de Criação de Moeda 
Fonte: a autora. 
Este resultado pode ser facilmente encontrado aplicando a fórmula do Multiplicador Bancário. 
Assim ao aplicar a fórmula anterior temos: 
Resposta: O Multiplicador Bancário = 2 significa que a cada R$ 1,00 de reservas mantido por um banco 
serve de base para R$2,00 de depósitos bancários em conta corrente, ou a cada R$1,00 de depósito à 
vista, criou-se R$ 2,00 de moeda bancária, por meio dos empréstimos. 
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Exemplo 2 do processo de criação de moeda: 
Vamos supor agora que o público retenha 10% dos meios de pagamento na forma de papel-moeda e os 
bancos continuem a manter 50% dos depósitos na forma de reserva. Vamos supor uma expansão inicial na 
Base Monetária de R$ 10.000. Qual seria a expansão total dos meios de pagamento? 
Para responder esta questão devemos conhecer a fórmula do Multiplicador Monetário também 
conhecido como Multiplicador da Base Monetária como se segue (LOPES; VASCONCELLOS, 2000): 
Sendo, “d” a parcela dos meios de pagamento que o público mantém como depósito à vista e “r” a relação 
reservas/depósitos a vista dos bancos comerciais. 
No exemplo d = 90% e r = 50%, assim a expansão total dos meios de pagamento para cada R$ 10.000 
injetado na economia seria: 
Resposta: Para cada R$ 1,00 de depósito à vista o banco cria R$1,81, sendo o total da expansão monetária 
pelo aumento de R$ 10.000 na Base Monetária foi de R$ 18.181,00. 
Podemos perceber por meio destes dois exemplos que o valor do multiplicador é tanto maior quanto 
maior for a preferência do público por depósito à vista em relação a retenção de papel-moeda. No 
primeiro exemplo consideramos o depósito de 100% da renda recebida pelo público e o valor do 
multiplicado era de m = 2. No segundo exemplo, consideramos que a população retém 10% da renda 
recebida na forma de papel-moeda e 90% é colocada nos bancos comerciais como depósito à vista e o 
valor do multiplicador se reduz para m = 1,81. Também podemos verificar que o aumento das reservas 
bancárias também reduz o valor do multiplicador. 
Em síntese temos: 
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Na realidade para definirmos o multiplicador da moeda na prática, é importante reconhecer que o Banco 
Central controla as reservas bancárias e a moeda em circulação (PMPP), mas não controla o percentual de 
depósitos a vista nos bancos comerciais, visto que cada cidadão decide o quanto depositar nos bancos. 
Assim é importante entendermos o conceito de Base Monetária (KRUGMAN, WELLS, 2007): 
A Base Monetária representa a quantidade de moeda que pode ser controlada pelo Banco Central. É 
importante frisar que a Base Monetária não é o mesmo que Oferta de Moeda por duas razões: a primeira 
é porque as reservas bancárias não são consideradas parte da oferta de moeda, pois não estão disponíveis 
para gastos e segundo, os depósitos em conta corrente, que fazem parte da oferta de moeda, pois estão 
disponíveis para gastos, não são parte da base monetária. 
A Figura 2 mostra os dois conceitos em um esquema. O círculo a direita representa a oferta de moeda e o 
da esquerda a base monetária. Como se pode observar a moeda em circulação (que está fora dos bancos) 
é parte tanto da base monetária quanto da oferta de moeda. 
Figura 2 - Base Monetária e Oferta de Moeda 
Fonte: a autora. 
Agora podemos definir novamente o multiplicador monetário como sendo a razão entre Oferta de 
Moeda e a Base Monetária (LOPES; VASCONCELLOS, 2000): 
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Assim se a Oferta de Moeda for de R$ 1.000 e a Base Monetária de R$ 400,00, o multiplicador monetário 
será de: 
Instrumentos de Controle Monetário 
O Banco Central atua na economia controlando a Oferta de Moeda e faz isto através de três mecanismos 
principais (MISHKIN, 2002): 
i. Controle das reservas compulsórias. 
ii. Utilização da política de redesconto. 
iii. Operações de Open-Market. 
a) Reservas Compulsórias 
O Banco Central é que determina a taxa de reservas compulsórias que os bancos comerciais devem 
recolher ao Banco Central para cada R$ 1,00 de depósito à vista. Vimos que o aumento do percentual de 
reservas reduz o tamanho do multiplicador bancário e consequentemente o montante de criação de 
moeda pelos bancos. Assim, quando a autoridade monetária quer reduzir a Oferta de Moeda na 
economia, ele pode aumentar à taxa de reservas bancárias, tendo os bancos, menos recursos disponíveis 
para emprestar, consequentemente, a multiplicação da moeda será menor na economia. Já quando o 
Banco Central quer aumentar a Oferta de Moeda, por meio da maior disponibilidade de crédito 
concedidos pelos bancos comerciais, ele reduz a taxa de reservas compulsória e o efeito será um aumento 
no tamanho do multiplicador bancário. 
b)Política de Redesconto 
Quando os bancos comerciais buscam empréstimos junto ao Banco Central, a taxa de juros cobrada 
nestes empréstimos é denominada de taxa de redesconto . Esta taxa é usada pelo Banco Central tanto 
para sinalizar as taxas de juros a serem praticadas pelos bancos comerciais em suas concessões de 
empréstimos como para determinar a disposição dos bancos a buscarem empréstimos junto ao Banco 
Central para financiar parte de suas operações de crédito. 
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Se a taxa de redesconto for muito alta e estiver acima da taxa de mercado (taxa de empréstimo dos 
bancos), os bancos irão ser mais cautelosos na concessão de crédito, para evitar em ter que recorrer a 
empréstimos do Banco Central para cobrir a sua liquidez. Quandoos bancos fazem isto a Oferta de 
Moeda se reduz. 
De outra forma, se a taxa de redesconto estiver abaixo da taxa de juros de mercado, os bancos possuem 
incentivos em expandir as suas operações de crédito tornando-se inclusive ilíquidos, recorrendo a 
empréstimos do Banco Central, obtendo um ganho com a diferença entre a taxa paga pelo empréstimo 
junto ao Banco Central e a taxa de juros ganha com os empréstimos. 
c) Operações de Open-Market 
Este é o principal instrumento de controle monetário adotado no Brasil. O Banco Central opera no 
mercado de Títulos Públicos, ora comprando, ora vendendo. Quando banco tem o objetivo de reduzir a 
Oferta de Moeda na economia, ele atua vendendo parte dos títulos públicos de sua carteira, retirando 
assim, a moeda de circulação. Já quando o banco tem o objetivo de expansão monetária, ele compra 
títulos público que estão em poder do público, ampliando a sua carteira e gerando uma monetização na 
economia, ou seja, aumentando a moeda em circulação. 
É importante destacar que o Tesouro Nacional pode financiar o seu déficit por meio da venda de títulos 
junto ao público e ao Banco Central. Quando o governo vende os títulos ao Banco Central ocorre uma 
expansão monetária, monetizando o déficit público. 
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DEMANDA POR MOEDA 
Teorias da Demanda por Moeda 
Estudamos até agora os fatores que envolvem a oferta de moeda realizada pelo Banco Central e pelos 
bancos comerciais. Devemos agora analisar quais os fatores que determinam a demanda por moeda pelo 
público e pelas empresas, isto é, quais as razões que levam os indivíduos a reter um determinado volume 
de moeda? 
Segundo os economistas clássicos do século XVIII e XIX Adam Smith, David Ricardo, Jonh Stuart Mill, Jean 
Baptiste Say e Frederic Bastiat existem fundamentalmente duas razões principais para os indivíduos 
reterem moeda (LOPES; ROSSETTI, 1998): 
i. Demanda por moeda para transação: os indivíduos necessitam reter moeda para saldar compromissos 
passados e realizar transações correntes. Assim, quanto maior o volume de trocas realizada pelo 
indivíduo maior será a sua necessidade de reter moeda. Ao considerarmos que as trocas dependem da 
renda, podemos concluir que a demanda por moeda está diretamente relacionada ao maior ou menor 
nível de renda. 
ii. Demanda por moeda para precaução: os indivíduos retêm moeda para fazer frente à imprevisibilidade 
de certas despesas, é um reserva de contingência. 
A demanda agregada de moeda para o motivo transação, segundo a versão clássica, pode então ser 
expressa como segue (LOPES; ROSSETTI,1998): 
L = k P. Y 
Sendo, 
L : a demanda agregada de moeda. 
k : proporção de moeda retida pelo público em relação a um dado nível de renda. 
P : Nível geral de Preços. 
Y : nível de renda ou produto. 
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Por esta equação podemos verificar que quanto maior o nível de renda (Y), maior será a demanda por 
moeda. Resta-nos entender quais os fatores que determinam o maior ou menor valor da proporção k. 
Segundo Lopes e Rossetti (1998), estes fatores são: 
• A forma com os agentes econômicos (o público e as empresas) distribuem as suas despesas ao longo do 
tempo. 
• O intervalo entre pagamentos e recebimentos definidos por hábitos e práticas econômicas das 
empresas. Por exemplo, quando vamos ao supermercado, normalmente pagamos a compras à vista, mas a 
energia elétrica que consumimos em nossas residências, pagamos com um prazo de 30 dias. 
• A facilidade de crédito concedidos pelos bancos, reduz a necessidade de retenção de moeda para a 
cobertura de gastos não programáveis, isto é, para o motivo precaução. 
• A existência de substitutos próximos da moeda denominados de quase – moeda (cartão de débito, 
cheques, transferências eletrônicas), por terem uma alta liquidez, reduz a necessidade de manutenção de 
encaixes monetários. 
• O maior ou menor nível da taxa real de juros (taxa nominal de juros descontada a taxa de inflação), 
definida como um custo de oportunidade de retenção da moeda. Assim quanto maior for a taxa real de 
juros, maior será o custo de retenção da moeda e menor será a propensão “k” de reter moeda por parte do 
público e das empresas. 
• Quando maior a inflação na economia (perda do poder de compra do dinheiro) maior será a demanda 
por moeda para transação, visto que precisará de maior volume de moeda para compra o mesmo produto 
ou serviço. 
Segundo os economistas clássicos como a maioria dos fatores que determinam a propensão do indivíduo 
em reter moeda (k) é definida de forma institucional, se uma economia não estiver em um clima 
inflacionário, esta proporção “k” é considerada constante no curto prazo e a demanda por moeda varia 
diretamente com o nível geral de preços. 
Em 1936 foi lançado o livro “a Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda” escrito pelo economista 
John Maynard Keynes . Este livro propôs uma teoria alternativa a teoria clássica sobre a demanda por 
moeda. Segundo a versão Keynesiana a demanda por moeda não é realizada apenas para fins 
transacionais ou para precaução, mas também para atender a oportunidades de especulação. Assim a 
demanda por moeda, na versão Keynesiana passou a ser vista sob a influência de três motivos principais 
(LOPES; ROSSETTI, 1998): 
• Motivo-transação. 
• Motivo-precaução. 
• Motivo-especulação ou portfólio. 
O primeiro e o segundo motivo são semelhantes a versão clássica, mas o motivo especulação é 
especificamente Keynesiano. Considera-se a moeda como um ativo financeiro, sendo uma forma 
alternativa aos títulos e às aplicações financeiras para se guardar a riqueza. A característica da moeda 
como um ativo financeiro é que ela não rende juros, pois possui liquidez imediata, assim os juros 
representam um custo de oportunidade, representando o que o indivíduo irá deixar de ganhar se reter 
moeda ao invés de aplica-la em um título que pague juros. Diante disto, quando maior a taxa de juros, 
maior será o custo de oportunidade e menor será o estimula para reter moeda. 
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Assim a demanda por moeda na versão Keynesiana é representada como segue (LOPES; ROSSETTI, 
1998): 
A Figura 3 a seguir apresenta a Demanda por moeda para transações na versão Keynesiana. Verifica-se 
pelo gráfico (a) que a demanda por moeda varia diretamente com a variação da renda nacional, sendo 
independente da taxa de juros. Pelo gráfico (b) podemos verificar que o montante da demanda por moeda 
para transações se descola à medida que ocorrem deslocamentos no montante da renda nacional. Isto é, 
quando há crescimento da renda na economia a demanda de moeda para o motivo transações também 
aumenta. 
Figura 3 - Demanda agregada de moeda para transação 
Fonte: adaptado de Lopes e Rossetti (1998). 
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A Figura 4 apresenta a demanda por moeda pelo motivo especulação e transação reunidos. O gráfico (a) 
apresenta a demanda por moeda pelo motivo especulação, indicando que a retenção de moeda é uma 
função negativa da taxa de juros. No entanto a taxas de juros muito baixas a retenção de moeda é 
perfeitamente elástica em relação a taxa de juros denominado de armadilha de liquidez. O gráfico (b) 
apresenta a demanda por moeda total e segundo a versão Keynesiana quanto maior a taxa de juros, 
menor a preferência pela liquidez monetária, no entanto há um determinado volume de demanda por 
moeda que permanece inalterado, independente da taxa de juros, que representa a parcela da demanda 
por moeda retida para transações. 
Figura 4 - Demanda Total de Moeda 
Fonte: adaptado de Lopes e Rossetti (1998). 
Assim, a relação entre a taxa dejuros e a quantidade de moeda demandada pelo público é representada 
por uma curva com inclinação para baixo: se a taxa de juros for muito baixa, por exemplo, 2% ao ano, como 
nos EUA, os juros sacrificados por reter moeda são relativamente baixos e maior será a sua retenção para 
o motivo transação. Por outro lado, se a taxa de juros for alta, em torno de 14% ano, como no caso 
brasileiro, o custo de oportunidade para reter moeda é muito alto e as pessoas tenderão a reter menor 
quantidade de moeda. 
Quando você toma uma decisão de investimento em ativos financeiros, você analisa a 
rentabilidade real dos ativos? Considera a inflação e suas análises? 
A Taxa de Juros e a Demanda por Moeda 
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Vimos que a taxa de juros é um importante fator que determina as decisões dos agentes em reter ou não 
moeda. Neste sentido é importante entendermos o conceito da Taxa real de juros . 
A Taxa real de juros é o retorno de uma aplicação financeira, descontado a inflação do período, ou seja, é o 
retorno em termo de podem de compra. Matematicamente representa a diferença entre a taxa nominal 
de juros e a inflação, Veja: 
Então, qual é a taxa de juros que afeta a demanda por moeda? 
Em relação à demanda para especulação, o indivíduo irá determinar como alocar a sua riqueza 
comparando o retorno de diferentes ativos em termos de poder de compra. O retorno real de um título é a 
taxa de juros real , já a moeda não possui retorno nominal e seu retorno será a própria variação do seu 
poder de compra que é medido pela taxa de inflação . Assim, ao decidir entre comprar títulos ou reter 
moeda, o agente compara os dois retornos: taxa real de juros e a taxa de inflação, a diferença entre o 
retorno do título e o da moeda será a própria taxa nominal de juros i . 
Assim podemos concluir que a taxa de juros relevante para determinar a demanda por moeda é a Taxa 
nominal de juros , que Segundo Carvalho et al. (2007) mostra o quanto o indivíduo está perdendo em 
termos reais ao reter moeda em relação a alternativa de investir em títulos. 
No entanto, em uma economia inflacionária, para induzir um determinado indivíduo para adquirir um 
determinado título, a taxa nominal de juros terá que se ajustar a expectativa do indivíduo com relação à 
inflação futura, sendo denominado de Efeito Fisher, veja: 
Assim, a taxa nominal de juros se eleva ou por aumento da taxa real de juros ex ante (aquela que se espera 
receber ao fazer determinada aplicação) ou por aumentos na expectativa de inflação. Assim, a demanda 
por moeda pode ser expressa como uma função da renda, da taxa real de juros ex ante e da expectativa de 
inflação (CARVALHO et al., 2007): 
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O Efeito Fisher traz importantes implicações na determinação da Política Econômica. Ao introduzir a taxa 
nominal de juros como variável explicativa da demanda por moeda e a expectativa de inflação como um 
dos elementos que determinam o tamanho da taxa de juros nominal no momento presente, acabamos por 
criar um vínculo entre comportamento futuro do agregado monetário e a taxa de inflação no momento 
presente, ou seja, se os agentes esperam que o Banco Central aumente a oferta de moeda no futuro, esta 
informação passa a ser incorporada nas expectativas de inflação dos agentes no momento presente ( o 
aumento da oferta de moeda gera inflação) , elevando a taxa de juros nominal. Isto reduz a demanda por 
moeda, gerando um excesso de oferta de moeda, o que levará a um aumento dos preços no presente para 
equilibrar a oferta e demanda por moeda. Neste sentido a inflação pode ocorrer antes mesmo da emissão 
monetária (LOPES; VASCONCELLO, 2000). 
Por outro lado, se houver uma expectativa de que o Banco Central reduzirá a oferta de moeda no futuro, 
as expectativas de inflação serão para baixo e a taxa de juros nominal se reduz no presente, aumentando a 
demanda por moeda para transação e os preços terão que reduzir para equilibrar o mercado monetário. 
Assim, se o governo tiver credibilidade, ele consegue reduzir a inflação no presente, com um simples 
anuncio de que no futuro irá adotar políticas restritivas. 
Outro trabalho importante na definição da demanda por moeda foi o trabalho de James Tobin publicado 
em 1958, em que inclui na função demanda por moeda a rentabilidade dos diversos ativos existentes e o 
estoque de riqueza a ser alocado, veja: 
Segundo este modelo de Tobin, a demanda por moeda varia inversamente com a rentabilidade dos demais 
ativos e com a expectativa de inflação e positivamente com a riqueza (CARVALHO et al., 2007), veja: 
• Se o estoque de riqueza (W) aumentar, aumentará a demanda por todos os ativos, inclusive a moeda. 
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• Se a rentabilidade de qualquer ativo se elevar, aumenta a demanda por este ativo, reduzindo a dos 
demais ativos. 
• Se aumentar a expectativa de inflação, significa uma queda na rentabilidade da moeda (perda do poder 
de compra), reduzindo a demanda por moeda, fazendo com que as pessoas procurem outros ativos. 
Dada uma inflação de 6 % ao ano, o que compensa mais: aplicar o seu dinheiro na 
poupança rendendo 7% ao ano de juros nominal, aplicar em Títulos do Governo com um 
rendimento nominal de 11% ano ou gastar todo o dinheiro comprando bens e serviço? 
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ATIVIDADES 
1. Sobre a evolução histórica da moeda tem-se que a existência de uma economia monetária só aparece 
de forma definitiva a partir do século XV, com a utilização da moeda metálica feita de ouro e prata, 
utilizada em grande escala como intermediária de troca. Sobre este tipo de moeda leia as afirmativas e 
assinale a alternativa correta: 
I. A moeda metálica resolve o problema da perecibilidade e da divisibilidade encontrada em outros tipos 
de moeda mercadoria mas traz outros dois: o custo do transporte, decorrente de seu volume, e o risco de 
assaltos. 
II. Os custos dos transportes da moeda metálica foram determinantes para a decisão de se manterem as 
moedas em casas de custódia. 
III. Quando a moeda metálica era colocada nas casas de custódias era dado em troca certificados de 
depósito, os quais, por comodidade e segurança começaram a circular no lugar dos metais monetários. 
IV. Os certificados de custódia davam a seus titulares o direito de retirar o equivalente de ouro e a prata 
junto às casas de custódia a qualquer momento. 
a) Somente I e II estão corretas. 
b) Somente II e III estão corretas. 
c) Somente I, II e IV estão corretas. 
d) Somente I, III e IV estão corretas. 
e) Todas as alternativas estão corretas. 
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2. Na versão clássica a oferta de moeda é determinada pelo Banco Central, sendo exógena ao sistema, já a 
demanda por moeda é determinada por dois motivos principais, assinale a alternativa que apresente estes 
dois motivos: 
a) Transação e especulação. 
b) Precaução e transação. 
c) Especulação e precaução. 
d) Propensão ao entesouramento e transação. 
e) Especulação e investimento. 
3. Vamos admitir que se ampliem os intervalos entre pagamentos e recebimentos, que se torne mais difícil 
conseguir crédito junto aos bancos e que se verifique uma queda na taxa de juros, qual o impacto disto da 
oferta de moeda? 
a) A oferta de moeda tendea cair. 
b) A oferta de moeda permanece inalterada. 
c) A oferta de moeda tende a aumentar. 
d) A oferta de moeda só aumentará se além dos fatores definidos, existirem substitutos próximos da 
moeda como cartão de débito. 
e) Todas as alternativas estão erradas. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Neste encontro aprendemos como uma economia monetária, com a utilização da moeda como 
intermediário de troca, melhora a vida de todos nós. Com o aparecimento da moeda, as trocas foram 
facilitadas, permitindo que o comércio e a indústria pudessem se desenvolver. Vimos que com o 
aparecimento das moedas metálicas cunhadas em ouro e prata, muitos problemas encontrados nas 
moedas mercadorias como sal, trigo e até mesmo o gado, foram solucionados. 
No entanto, outros problemas apareceram, sendo o principal os assaltos ocorridos durante o transporte 
da moeda para se realizar as trocas. Surge assim o aparecimento das casas de custódia, onde as pessoas 
podiam depositar as suas moedas feitas com metais preciosos em troca do recebimento dos certificados 
de depósito, com garantia de plena conversibilidade, denominada de Moeda-Papel. 
Como a conversão da Moeda-Papel em metais preciosos não era solicitada ao mesmo tempo por todos os 
seus detentores as casas de custódia começaram a emitir certificados de depósito sem lastro de 
conversão, dando origem a Moeda Fiduciária ou Papel – Moeda . 
Hoje a oferta de moeda na economia é definida pela classificação M1 do Banco Central representado pelo 
papel moeda em poder do público (papel-moeda + moeda metálica) mais os depósitos à vista, que é o 
dinheiro que deixamos nos bancos em nossa conta corrente. Aprendemos que os bancos deixam parte 
destes depósitos na forma de reservas e a outra parte ele empresta, criando meios de pagamentos na 
economia, gerando assim um efeito multiplicador da moeda. 
Também aprendemos que existem três motivos para retermos moeda: queremos moeda para pagar 
nossas contas e comprar bens e serviços, queremos moeda para nos prevenir da ocorrência de eventos 
que gerem despesas extras e por último queremos moeda para aplicar em títulos financeiros que rendem 
juros. 
Neste sentido aprendemos que existe uma relação direta entre a renda e a demanda por moeda e uma 
relação inversa entre a demanda por moeda e a taxa de juros, sendo agora este visto como um custo de 
oportunidade. 
Assim, quanto maior a taxa de juros na economia, maior será o custo de oportunidade em reter moeda, e 
os indivíduos tendem a aplicar os seus recursos em títulos financeiros que rende juros. Por outro lado, 
quando maior for a renda nacional de um país, maior será a demanda por moeda para transação. 
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Material Complementar 
Leitura 
Economia Monetária e Financeira 
Autor: CARVALHO, F.J. C.; PIRES, S. F. E.; SICSU, J.; PAULA, 
L. F. R.; STUDART, R. 
Editora: Campus 
Sinopse: a obra foi elaborada com o objetivo central de 
servir as diferentes disciplinas do curso de Economia. 
Nesta terceira edição, pretende-se refletir a percepção 
alterada da dinâmica de mercados monetários, financeiros 
e cambiais resultantes do que foi vivido desde 2007 
(publicação da 2ª edição). A estrutura fundamental da obra 
foi mantida, já que expressa opções teóricas fundamentais 
dos autores a respeito da natureza do tema e das inter- 
relações entre as áreas que o compõem. 
Na Web 
Caro(a) aluno(a), separei este vídeo para que você possa 
ampliar um pouco mais seu conhecimento sobre a evolução 
da moeda. Este vídeo apresenta de forma simples e didática 
como se deu a evolução da moeda na economia brasileira 
até a implantação do Plano Real. Você irá conhecer todos 
os tipos de moeda que tivemos. 
Acesse 
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REFERÊNCIAS 
CARVALHO, F.J. C.; PIRES, S. F. E.; SICSU, J.; PAULA, L..F. R.; STUDART, R. Economia Monetária e 
Financeira . Rio de Janeiro: Campus, 2007. 
KRUMAN, P; WELLS, R. Introdução a Economia . Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 
LOPES, J.; ROSSETTI, J. Economia Monetária . São Paulo: Atlas, 1998. 
LOPES, L. M; VASCONCELLOS, M.A. S. Manual de Macroeconomia . São Paulo: Atlas, 2000. 
MISHKIN, F. The economics of money, banking and financial markets . 6. ed. Toronto: Addison Wesley 
Longman, 2002. 
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APROFUNDANDO 
A TEORIA QUANTITATIVA DA MOEDA 
O economista clássico norte-americano Irving Fisher, ao estudar a demanda por moeda pelo o motivo 
transação, verificou que havia uma relação direta entre o aumento do volume de moeda na economia com 
o aumento do nível geral de preços. De acordo com Lopes e Vasconcellos (2000) para explicar como isto 
acontecia, Irving Fisher elaborou uma equação conhecida como “equação quantitativa da moeda”, que 
fornece uma relação entre a quantidade de moeda em circulação e o valor total das transações realizadas 
e liquidadas em moeda. 
A expressão algébrica é dada por: 
MV = PT 
Onde: 
M : e a quantidade total de moeda. 
V : velocidade de circulação da moeda. 
P : nível geral de preços. 
T : número de transações. 
Desta forma o produto da quantidade de moeda pela sua velocidade de circulação é igual à soma de todos 
os preços multiplicados pelo volume de mercadorias transacionadas. A velocidade de circulação da moeda 
representa o giro de uma unidade monetária em um dado período de tempo, representando quantas 
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vezes esta moeda muda de mãos por causa das trocas. Por exemplo, quando você gasta R$ 10,00 em uma 
padaria para pagar o seu café da manhã, esta mesma nota de R$ 10,00 vai ser utilizada pelo dono da 
padaria para dar troco, a pessoa que pegou o troco pode utilizar esta nota para pagar outros itens, como o 
estacionamento, e assim por diante. 
Para facilitar o entendimento desta teoria, podemos transformar a equação quantitativa da moeda, 
utilizando no lugar do número de transações ( T ) o produto (renda) da economia ( Y ), representada pelo PIB 
nominal. Podemos reescrever a equação quantitativa da moeda da seguinte forma (LOPES; 
VASCONCELLOS, 2000): 
MV = PY 
Onde: 
Y : produto real. 
V : velocidade renda da moeda. 
Esta equação diz que a quantidade de moeda nominal multiplicada pela velocidade da moeda é igual ao 
PIB nominal. 
Podemos reescrever a equaçãoanterior para estabelecer uma relação entre a quantidade de moeda ( M ) e 
o Produto Nominal ( PY ): 
Supondo constante a velocidade de circulação da moeda ( V ), a equação quantitativa fornece uma primeira 
explicação para o surgimento da inflação , visto que toda variação no estoque de moeda deverá gerar uma 
variação proporcional no produto nominal ( PY ). Considerando que no curto prazo o produto seja 
constante, decorrente da demora na resposta da produção, temos que a variação na quantidade de moeda 
(aumenta o consumo) acarretará um aumento proporcional no nível de preços. Assim, o aumento contínuo 
na oferta de moeda leva a um aumento contínuo da inflação. 
O mecanismo de transmissão ocorre da seguinte forma: o aumento da oferta de moeda, leva os 
indivíduos a aumentar a demanda por bens e serviços, como o setor produtivo não reponde tão 
rapidamente ao aumento da demanda, pode ocorrer um excesso de demanda levando a um posterior 
aumento de preços para restaurar o equilíbrio no mercado de bens e serviços. 
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REFERÊNCIAS 
LOPES, L. M.; VASCONCELLOS, M. A. S. Manual de Macroeconomia . São Paulo: Atlas, 2000. 
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EDITORIAL 
DIREÇÃO UNICESUMAR 
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação 
a Distância; FRANCO , Juliana. 
Mercado Monetário e de Câmbio. 
Juliana Franco. 
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Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018. 
36 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Mercado. 2. Monetário. 3. Câmbio. 4. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 330 
CIP - NBR 12899 - AACR/2 
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Retornar 
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Unidade 3 Página inicial 
POLÍTICA 
MONETÁRIA E 
PRODUTOS 
FINANCEIROS 
Professor (a) : 
Dra. Juliana Franco 
Objetivos de aprendizagem 
• Apresentar o conceito de moeda e sua relação com a determinação da taxa de juros. 
• Ensinar como o governo utiliza a Política Monetária para estimular o crescimento econômico e os 
instrumentos que utiliza para alcançar seus objetivos. 
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• Mostrar os principais produtos financeiros que são negociados no mercado monetário. 
Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• A Moeda e a Taxa de Juros 
• Objetivos de Política e a Política Monetária 
• Produtos Financeiros 
Introdução 
Este estudo visa apresentar a você de forma simples e objetiva como a taxa de juros é determinada no 
mercado monetário, e o que acontece na economia quando a taxa está fora da sua condição de equilíbrio. 
Como órgão emissor da moeda, o Banco Central também é a instituição executora da política monetária 
na economia, a qual consiste no uso de mecanismos operacionais que visam controlar a oferta de moeda e 
a taxa básica de juros. 
Mostrarei a vocês que o governo se utiliza de meios para alcançar seus objetivos macroeconômicos que se 
configuram em: prover o crescimento econômico da nação, controle da inflação, redução do desemprego, 
distribuição equitativa da renda e equilíbrio no Balanço de Pagamento. Para alcançar tais objetivos o 
governo se utiliza de várias políticas: política fiscal, política de renda, política cambial e política monetária. 
Neste sentido apresentarei cada uma delas e sua importância, com destaque para a execução da política 
monetária e seus instrumentos de operacionalização. 
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Veremos também que determinados objetivos de política, não conseguem ser alcançados de forma 
conjunta, ou seja, que existe um trade off de política (relação inversa), fazendo com que alguns grupos de 
agentes econômicos fiquem prejudicados enquanto outros grupos são beneficiados. 
Por fim, apresentarei a vocês os produtos financeiros que são negociados no mercado monetário, 
considerados ativos de renda fixa, de baixo risco, alta liquidez e reduzidos prazos de resgate. Veremos que 
estes ativos são importantes na formação das duas principais taxas de juros da econômica: a Taxa Selic e a 
Taxa DI, que são os principais indexadores dos títulos de dívida pública e privada. 
Assim, por meio deste estudo, vocês conhecerão as principais oportunidades de investimentos de baixo 
risco e suas formas de remuneração. Podendo ser a porta de entrada para que você se torne também um 
investidor, que comece a fazer o dinheiro a trabalhar para você ao invés de trabalhar para ele. Boa leitura! 
Avançar 
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Unidade 3 Página inicial 
A MOEDA E A TAXA DE JUROS 
Sabemos que a remuneração da Moeda é dada pela taxa de juros, sendo considerada como um custo de 
oportunidade. Neste sentido devemos entender como as taxas de juros são formadas na economia. Para 
simplificar nosso entendimento, vamos supor que exista apenas uma taxa de juros que é paga sobre os 
ativos financeiros não monetários, tanto no curto como no longo prazo. Utilizaremos esta simplificação 
para entendermos a formação da taxa de juros na formação do equilíbrio no mercado monetário. 
Entendido como as taxas de juros são formadas, apresentarei a vocês quais são as taxas de juros do 
mercado financeiro. 
Taxa de Juros de Equilíbrio 
De acordo com Kruman & Wells (2007), o modelo de determinação da taxa de juros com base na 
preferência do público por liquidez está fundamentado no fato de que a taxa de juros é determinada no 
mercado de oferta e demanda por moeda, através de uma condição de equilíbrio. 
O equilíbrio no mercado monetário ocorre quando a quantidade ofertada (Ms) de moeda é igual à 
quantidade demandada de moeda. A quantidade ofertada é determinada pelo Banco Central e a 
quantidade demanda é determinada pela decisão dos agentes em reter moeda dada pela fórmula: 
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Em que: 
P : nível geral de preço. 
Y : renda ou produto nacional. 
i : taxa de juros nominal. 
Substituindo-se as equações de demanda e oferta nesta condição de equilíbrio, obtém-se a equação da 
Curva LM que representa o Equilíbrio no MercadoMonetário: 
LM : 
Esta expressão de equilíbrio também pode ser expressa em termos da demanda agregada real: 
A Figura 1 mostra o equilíbrio no Mercado Monetário. A Curva de oferta de moeda, M, é vertical porque é 
determinada pelo Banco Central. A curva de demanda por moeda é negativamente inclinada, pois quanto 
maior a taxa de juros maior o custo de oportunidade. Assim, de maneira simples podemos perceber pela 
Figura 1, que a taxa de juros de equilíbrio é aquela que igual à demanda e a oferta de moeda. 
Figura 1 - Equilíbrio no mercado de Moeda 
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Fonte: a autora. 
O que aconteceria se a taxa de juros não fosse a taxa de equilíbrio? 
Vamos supor que a taxa de juros está mais elevada que a taxa de juros de equilíbrio ( i 1 > i0 ) . Quando isto 
acontece a demanda por moeda pela população é menor que a oferta de moeda, pois as pessoas preferem 
ter menos dinheiro líquido em mãos, aplicando o máximo que puderem em ativos que rendem juros 
(depósitos a prazo, renda fixa etc.). O aumento da demanda por estes tipos de ativos também 
denominados de títulos financeiros, provocará uma redução dos juros pagos, pois suas entidades 
emissoras não terão que oferecer altos pagamento de juros para atrair dinheiro e a taxa de juros converge 
para a taxa de juros de equilíbrio. 
Por outro lado se a taxa de juros está mais baixa que a taxa de juros de equilíbrio ( i 1 < i0 ) , a população 
preferirá ter mais dinheiro líquido do que dinheiro aplicado nos ativos financeiros que rendem juros e na 
tentativa de transferir a sua riqueza, acabam por pressionar a taxa de juros para cima em direção a taxa de 
juros de equilíbrio. 
Qual o efeito de um aumento na oferta de moeda sobre a taxa de juros? 
O Banco Central pode adotar uma política monetária expansionista (aumento da oferta de moeda) com o 
objetivo de baixar a taxa de juros. A Figura 2 apresenta o que acontece quando a oferta de moeda 
aumenta: 
Figura 2 - Efeito de um aumento na Oferta de Moeda sobre a Taxa de Juros 
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Fonte: a autora. 
Pela Figura 2, podemos ver como se dá o mecanismo de transmissão da política monetária: um aumento 
da oferta de moeda pelo Banco Central, desloca a curva de oferta de moeda para a direita. Ao mesmo 
nível de taxa de juros ( i 0 ), a demanda por moeda permaneceria a mesma, ocasionando um excesso de 
oferta de moeda. Como consequência a taxa de juros cai até que o mercado alcance um novo equilíbrio. A 
uma taxa de juros mais baixa a preferência do público por reter liquidez aumenta. 
Qual o efeito de uma redução na oferta de moeda sobre a taxa de juros? 
O Banco Central pode adotar uma política monetária contracionista (reduzindo a oferta de moeda) com o 
objetivo de aumentar a taxa de juros. A Figura 3 apresenta o que acontece quando a oferta de moeda se 
reduz: 
Figura 3 - Efeito de uma redução da Oferta de Moeda sobre a Taxa de Juros 
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Fonte: a autora. 
Pela Figura 3, podemos ver que uma redução oferta de moeda pelo Banco Central, desloca a curva de 
oferta de moeda para a esquerda. Ao mesmo nível de taxa de juros ( i 0 ), a demanda por moeda 
permaneceria a mesma, ocasionando um excesso de demanda por moeda. Como consequência a taxa de 
juros sobe até que o mercado alcance um novo equilíbrio. A uma taxa de juros mais alta a preferência do 
público por reter liquidez se reduz, visto que o custo de reter moeda aumenta, e o público aumenta a sua 
demanda por ativos financeiros que rendem juros. 
Qual o efeito de um aumento na renda nacional sobre a taxa de juros? 
Figura 4 - Efeito do aumento da renda sobre a taxa de juros. 
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Fonte: a autora. 
Um aumento da renda da população causa um impacto positivo da demanda por moeda, e, dado que a 
oferta de moeda é determinada pelo Banco Central, este aumento da demanda por moeda, dada a taxa de 
juros, ocasiona um excesso de demanda por liquidez, e a taxa de juros começa a aumentar na economia, 
pois o setor financeiro irá aumentar a remuneração dos títulos para atrair dinheiro. Isto acontece até que 
um novo equilíbrio seja alcançado, agora com uma taxa de juros mais elevada. 
Segundo Blanchard (2001) como o equilíbrio dos mercados financeiros implica em um aumento da renda 
leva a um aumento da taxa de juros, podemos derivar a Curva LM que representa o equilíbrio no Mercado 
monetário, como sendo uma função entre taxa de juros e renda nacional ou produto Nacional. Veja: 
Figura 5 - Derivação da Curva LM 
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Fonte: Blanchar (2001). 
Assim, para dada oferta de moeda, o equilíbrio dos mercados monetários indica que um aumento do nível 
de renda (que aumenta a demanda por moeda) leva a um aumento da taxa de juros. Diante disto, podemos 
constatar que o crescimento econômico, com aumento do emprego e da renda, gera um aumento da 
demanda por moeda para o motive transação e dada a oferta de moeda, a taxa de juros de equilíbrio da 
economia se eleva. 
A determinação da Taxa de Juros em uma Economia com Inflação: Regra de Taylor 
Em uma economia como a brasileira, cuja política monetária é conduzida sob um regime 
de meta de inflação, a taxa de juros básica da economia é determinada segundo a 
proposta de Taylor, que leva em consideração quatro fatores básicos: (a) a inflação; (b) a 
taxa de juros real de equilíbrio; (c) a diferença entre a inflação observada e a meta; e (d) 
o hiato entre o produto efetivo e o potencial. De acordo com a proposta original de 
Taylor, a taxa básica de juros é obtida pela seguinte equação: 
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Segundo Mendonça, Dezordi e Curado (2005), os dois primeiros fatores (inflação e taxa 
de juros real) servem de referência para o caso em que a economia se encontra 
funcionando no nível potencial e revelam a hipótese implícita do uso de uma taxa de 
juros real constante. Os outros dois fatores subsequentes da regra de Taylor 
representam os objetivos da política monetária, sendo que os parâmetros de ajuste se 
referem ao trade-off de curto prazo entre a inflação e o produto. O terceiro fator indica 
quando a inflação está acima da meta a taxa de juros aumenta e quando a inflação está 
abaixo da meta a taxa de juros se reduz. O quarto fator indica que, no caso de uma 
diferença positiva (ou negativa) entre o produto efetivo e o produto potencial 
(capacidade total de produção da economia), deve haver um aumento (ou uma queda) 
na taxa de juros. 
Fonte: Mendonça, Dezordi e Curado (2005). 
Taxa de Juros do Mercado Financeiro 
Agora que já sabemos como as taxas de juros são formadas no Mercado Monetário é importante 
sabermos que existem várias taxas de juros que são tomadas como base ou referência nas transações 
financeiras. Vamos aprender as principais: Taxa DI, Taxa Selic, Taxa Referencial de Juros (TR), Taxa 
Financeira Básica (TBF) e Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). 
A Taxa Selic: 
Primeiramente, vamos conhecer o Selic ou Sistema Especial de Liquidação e Custódia que foi 
desenvolvido pelo Banco Central do Brasil e a Andima (Associação Nacional das Instituições do Mercado 
Aberto) em 1979, voltado a operar com títulos públicos de emissão do Banco Central e do Tesouro 
Nacional. Esse sistema é constituído, na verdade, num grande computador que tem por finalidade 
controlar e liquidar financeiramente as operações de compra e de venda de títulos públicos e manter sua 
custódia física e escritural. 
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Os pagamentos no Selic processam-se por meio de reservas bancárias, e as transferências dos títulos 
entre os investidores somente são autorizadas pelo sistema mediante movimentações nessas reservas 
(ASSAF NETO, 2006). 
A taxa de juros apurada diariamente nas negociações destes títulos é conhecida como TAXA SELIC. Esta 
taxa é fixada pelo Banco Central pelo COPOM (Comitê de Política Monetária) sendo considerada a de 
mais baixo risco. Por isto é utilizada como a taxa de referência para as demais taxas de juros do mercado 
financeiro. 
Segundo o Banco Central a sua formulação básica é dada por (ASSAF NETO, 2006): 
Verifica-se que a Taxa Selic é determinada pela capitalização da taxa média ponderada das operações por 
dia útil, que por resolução do Banco Central, são 252 dias úteis no ano. 
Por meio do Selic, as instituições financeiras podem adquirir e vender títulos todos os dias, criando uma 
taxa diária conhecida como overnight e representativa das operações de um dia útil. 
Como os títulos negociados no Selic são de grande liquidez e teoricamente de risco mínimo (títulos 
públicos), a taxa definida no âmbito desse sistema é aceita como uma taxa livre de risco da economia, 
servindo de importante referencial para a formação dos juros de mercado (taxa básica de juros). 
A Taxa DI 
A Cetip ou Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados passou a funcionar a 
partir de 1986 como um sistema bastante semelhante ao Selic, só que abrigando títulos privados. É uma 
das maiores empresas de liquidação financeira e custódia da América Latina. As atividades da Cetip são 
regulamentadas e fiscalizadas pelo Banco Central. 
A Cetip constitui-se como um mercado de balcão organizado para registro da negociação de títulos e 
valores mobiliários de renda fixa. 
Registra, custodia e liquida também, títulos públicos estaduais e municipais emitidos após 1992, títulos 
esses representativos de dívidas de responsabilidade do Tesouro Nacional, bem como todos os Créditos 
Securitizados da União, da Dívida Agrícola, dos Títulos da Dívida Agrária e dos Certificados Financeiros 
do Tesouro. 
O principal título do sistema Cetip é o Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI), que permite 
transferência de recursos (liquidez) entre as instituições do sistema financeiro. A Cetip opera também 
com outros títulos, como CDB, Debêntures, “ Commercial Papers ” (notas promissórias), Letras Financeiras 
do Tesouro (LFT) etc. (ASSAF NETO, 2006). 
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Como acontecem as operações financeiras na Cetip? 
Essas operações processam-se por transferências bancárias de fundos (cheques ou outra forma 
equivalente), e somente após as respectivas compensações é que o sistema providencia as transferências 
da custódia dos títulos. 
As taxas CDI ou DI, são formadas nas trocas financeiras do mercado interbancário, sendo, como a Selic, 
utilizada como referência no mercado financeiro, e utilizada na formação das demais taxas de juros. Este 
mercado procura manter o equilíbrio do sistema, transferindo recursos de agentes superavitários, para 
aqueles de demanda liquidez. 
Os dois sistemas de liquidação e custódia (Selic e Cetip) têm por objetivo básico promover a boa 
liquidação das operações do mercado monetário, propiciando maior segurança e autenticidade aos 
negócios realizados. Por sua importância no volume de operações no mercado monetário, o Selic e a Cetip 
divulgam periodicamente duas taxas de juros amplamente adotadas pelos agentes econômicos, a taxa 
Selic e a taxa Cetip (ASSAF NETO, 2006). 
Atualmente, com a entrada em funcionamento do Sistema Brasileiro de Pagamentos (SBP), a liquidação 
das operações na Cetip se faz no momento zero, ou seja, no mesmo dia, e não mais no dia seguinte 
mediante a compensação de cheques. Em termos de liquidação financeira das operações, os sistemas Selic 
e Cetip passaram a ter o mesmo procedimento de pagamento (ASSAF NETO, 2006). 
Como já descrito anteriormente, a taxa Selic é a taxa média ponderada e ajustada de 
operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais. O 
COPOM (Comitê de Política Monetária), determina a meta para a taxa Selic, a qual 
serve apenas para balizar as taxas praticadas pelo mercado. Eventualmente, a mesa de 
operações do mercado aberto do Banco Central pode entrar no mercado para ora 
vendendo títulos ora resgatando títulos públicos para garantir que a taxa diária fique 
próximo da meta determinada pelo COPOM. 
Como a taxa Selic influencia as demais taxas de juros, como a do financiamento de 
veículos? 
Segundo os analistas do site “Minhas Economias” as taxas de juros de mercado para os 
financiamentos de longo prazo são definidas levando em consideração as expectativas 
dos agentes financeiros em relação à evolução da taxa Selic por meio do mercado de 
derivativos, principalmente o mercado de DI Futuro da BM&FBovespa. Os relatórios e 
dados divulgados pelo Banco Central, dados econômicos e outras tantas informações 
afetam as taxas de juros a todo instante. Diante disto a definição de uma meta para a 
taxa Selic nas reuniões do COPOM serve, para balizar as expectativas do mercado em 
relação aos próximos passos do Banco Central na condução da política monetária. A 
Figura 6, apresenta o histórico da taxa Selic anual de 2009 a 2017. 
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Figura 6 - Histórico da taxa Selic 
Fonte: adaptado de Banco Central do Brasil ([2018]). 
Taxa Referencial de Juros (TR) 
Segundo Kerr (2011) a Taxa Referencial (TR) foi criada em 1991 com o objetivo de ser uma taxa 
referencial dos juros e promover a substituição da indexação presente na economia que era realizada pela 
ORTN (Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional), Bônus do Tesouro Nacional (BTN) entre outros. A 
TR é obtida pela média ponderada mensal das taxas de remuneração dos títulos de dívida privada: 
Certificados de Depósitos Bancários (CDB) e dos Recibos de Depósitos Bancários (RDB) prefixados das 
trinta maiores instituições financeiras, cujo rendimento médio é atrelado ao CDI. Sobre a média apurada 
das taxas dos CDBs/RDBs é aplicado um redutor que varia mensalmente. 
Esta taxa é apurada e anunciada mensalmente pelo governo, sendo utilizada no cálculo do rendimento de 
vários investimentos, tais como: títulos públicos, caderneta de poupança, FGTS, títulos da dívida agrária e 
outras operações, tais como empréstimos do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), pagamentos a prazo 
e seguros em geral. 
Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) 
A TJLP foi criada para remunerar os contratos de longo prazo. Segundo Assaf Neto (2006), esta taxa veio 
substituir definitivamente a indexação na economia brasileira, tendo um prazo de vigência de três meses. 
Segundo Kerr (2011), são considerados os seguintes fatores no cálculo da TJLP: a meta de inflação 
definida pelo Conselho Monetário Nacional e prêmio de risco, que incorpora uma taxa de juros real 
internacional e um componente de risco Brasil em uma perspectiva de médio e longo prazo. 
A TJLP é aplicada em: 
• Linhas de financiamento do BNDES. 
• Recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). 
• Fundo de Participação PIS-PASEP. 
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• Fundo de Marinha Mercante (FMM). 
A Figura 7 a seguir, apresenta a evolução da TJLP. Verifica-se que quando a inflação está alta, o Banco 
Central aumenta a taxa Selic e a TJLP também se eleva para desaquecer o mercado. 
Figura 7 - Histórico da taxa Selic e TJLP 
Fonte: adaptado de Casa do Contabilista ([2018], on-line)1 . 
Com juros maiores, as pessoas e empresas tendem a consumir menos e, portanto, a atividade econômica 
cede e assim como a inflação. No entanto, a TJLP também éuma taxa de juros básica, pois pauta os 
empréstimos do BNDES e não muda com as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom). Assim, na 
prática há duas taxas básicas de juros: uma taxa de juros baixa para quem tem acesso ao BNDES e outra 
taxa de juros alta que baliza os empréstimos para as demais pessoas e empresas. 
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OBJETIVOS DE POLÍTICA E A 
POLÍTICA MONETÁRIA 
Esta seção se destina ao estudo da política monetária, procurando mostrar os seus objetivos, os 
instrumentos utilizados pelo Banco Central no seu exercício e sua verdadeira eficácia. Inicialmente, 
apresentarei o conceito de Política Monetária e como ela pode ser utilizada para que o governo possa 
alcançar os objetivos da política econômica global . Em seguida, serão analisados os instrumentos 
utilizados pelo Banco Central na condução da política monetária. 
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Objetivos de Política Macroeconômica 
Antes de começarmos nossa análise sobre os objetivos da política monetária, devemos entender que esta 
é utilizada para que o governo alcance objetivos econômicos globais. Quais são estes objetivos? 
Vasconcellos (1994) define estes objetivos como: 
a) Alto nível de emprego. 
b) Estabilidade de preços. 
c) Distribuição de renda socialmente justa. 
d) Crescimento econômico e desenvolvimento econômico. 
Segundo este autor, as questões relativas ao aumento do nível do emprego e ao controle da inflação são 
consideradas como conjunturais, de curto prazo, constituindo-se nas chamadas políticas de estabilização . 
Alguns textos colocam também como meta de curto prazo o equilíbrio no balanço de pagamentos , visto 
que o seu déficit gera redução de divisas (moeda estrangeira) na economia. 
Em relação à distribuição equitativa da renda alguns economistas como Mário Henrique Simonsen 
argumenta que, no processo de crescimento, ocorre desigualdade com mobilidade, ou seja, o indivíduo 
permanece pouco na mesma faixa salarial e tem facilidade de ascensão. Isso seria um fator importante 
para a convivência com a má distribuição de renda (VASCONCELLOS, 1994). 
A quarta meta macroeconômica refere-se ao crescimento econômico , que representa o crescimento da 
renda nacional per capita, isto é, que a produção de bens e serviços supere o crescimento populacional. A 
renda per capita é utilizada como um indicador para medir a melhoria do bem-estar e do padrão de vida da 
população, pois está implícito o aumento do emprego e da renda. No entanto, possui falhas, pois não leva 
em consideração indicadores sociais como: concentração de renda, taxa de analfabetismos, mortalidade 
infantil, entre outros indicadores sociais. 
Assim, podemos dizer que um país está realmente melhorando seu nível de desenvolvimento econômico 
e social se, em conjunto com o aumento da renda per capita, houver melhora dos indicadores sociais 
(pobreza, desemprego, meio ambiente, moradia etc.). 
Vasconcellos (1994) afirma que se existe desemprego e capacidade ociosa da empresa, o produto da 
economia pode ser aumentado por meio de políticas econômicas que estimulem a atividade produtiva, 
mas há um limite à quantidade que se pode produzir com os recursos disponíveis. Assim, se a economia 
alcançar o pleno emprego dos recursos produtivos para aumentar o produto além desse limite exigirá: 
• ou aumento nos recursos disponíveis. 
• ou avanço tecnológico (ou seja, tecnologia mais avançada, novas maneiras de organizar a produção). 
No entanto, os objetivos de política macroeconômica não são independentes uns dos outros, podendo 
inclusive ser conflitantes. Atingir uma meta pode ajudar a alcançar outras ou até mesmo a abandonar. Por 
exemplo , o crescimento econômico pode reduzir o problema da pobreza, quando este gera aumento do 
nível de emprego e renda, mas por outro lado, pode gerar inflação, quando este aumento da renda 
aumenta o consumo das famílias, dada a oferta de bens e serviços na economia. Neste sentido temos um 
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conflito entre as metas de redução de desemprego e a estabilidade de preços. Veja a explicação de 
Vasconcellos (1994, p. 200): 
Se essa redução de desemprego é obtida pelo aumento das compras, isso pode 
aumentar a inflação. O aumento das compras (por exemplo, de automóveis) reduz o 
desemprego, porque pessoas que estão desempregadas serão contratadas para 
trabalhar nas fábricas de automóveis; quando as famílias compram mais casas, os 
operários da construção encontram trabalho com mais facilidade. No entanto, à medida 
que a economia aproxima-se do pleno emprego de recursos, estes passam a escassear, 
provocando um aumento dos custos de produção, e o aumento das compras tende a 
agravar a inflação, porque é muito provável que os produtores repassem o aumento de 
custos de produção para os preços de seus produtos. Isso só não ocorrerá se, ao mesmo 
tempo, estiver ocorrendo um significativo aumento de produtividade que compense a 
elevação dos custos. 
Por outro lado, políticas de estabilização da inflação podem gerar aumento da taxa de desemprego, visto 
que tais políticas reduzem a demanda de bens e serviços, gerando queda da atividade econômica e, 
consequentemente, do emprego e da renda. Podemos definir estas relações inversas entre taxas de 
inflação e taxas de desemprego, como trade off (relação inversa), explicado por uma teoria chamada de 
Curva de Phillip que surgiu na década de 1950. 
Segundo Durnbusch & Ficher (1991) a Curva de Phillips corresponde a uma curva de oferta agregada 
positivamente inclinada que relaciona preços e produto. Assim, aumentos de preços (inflação) estão 
associados a variações positivas da produção agregada e, portanto, do emprego. 
Diante do exposto até aqui, podemos verificar que o administrador público ( policy-maker ) tem que fazer 
uma escolha quanto à ênfase a ser dada a diferentes objetivos, visto que cada combinação afeta 
diferentes grupos na sociedade de formas diferente, e qualquer escolha estará sujeita à objeção política 
pelos representantes dos grupos para os quais a escolha alternativa é pior. 
Quando analisamos os partidos políticos, geralmente conseguimos prever a alternativa de política 
econômica a ser escolhida, a partir do conhecimento prévio das políticas de campanha e assim prever os 
futuros impactos do novo governo na economia. 
Para atingir estes objetivos globais da economia, o governo pode atuar sobre a capacidade produtiva 
(produção agregada) e despesas planejadas (demanda agregada), visando permitir à economia operar a 
pleno emprego dos fatores de produção, com baixas taxas de inflação e distribuição equitativa de renda. 
Os principais instrumentos utilizados pelo governo são: 
• Política fiscal. 
• Política cambial e comercial. 
• Política de rendas (controle de preços e salários). 
• Política monetária. 
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De forma simplificada podemos dizer que a política fiscal se refere à utilização do governo de 
instrumentos que controlem a arrecadação tributária (política tributária) e o controle dos gastos 
governamentais (política de gastos) . Se o objetivo do governo for o crescimento econômico e redução do 
nível de desemprego, o governo pode estimular os gastos do setor privado em consumo de bens e serviços 
e investimento reduzindo a carga tributária. Por outro lado, se o objetivo da política for à redução da 
inflação, as medidas adotadas pelo governo, normalmente, são a redução dos gastos públicos ou aumento 
da carga tributária. Em contrapartida, quando o governo visa melhorar a distribuição de renda, a política 
fiscal deve ser utilizada de forma seletiva, em benefício dos grupos menos favorecidos,por exemplo, a 
implantação na economia brasileira do imposto de renda pelo método progressivo, ou seja, quem ganha 
mais paga mais impostos. Outro exemplo são os gastos do governo em regiões e setores mais atrasados e 
a utilização de subsídios. 
As políticas cambial e comercial estão relacionadas ao setor externo da economia. A primeira refere-se 
ao controle do Governo sobre a taxa de câmbio, ou seja, adoção do regime de câmbio fixo ou flutuante, 
entre outros. E a segunda diz respeito aos instrumentos de incentivo às exportações e controle às 
importações como altas taxas alfandegárias, cotas de importação, isenção de impostos a produtos 
exportados etc. 
A política de renda está relacionada ao controle do governo sobre os preços e salários na economia, 
normalmente relacionados ao objetivo do governo de combate à inflação. São exemplos de política de 
renda, o controle sobre os preços das tarifas de água, energia, preço do petróleo, política de salário 
mínimo, política de preços mínimo da agricultura, entre outros. 
Em relação à política monetária é definida segundo Lopes e Rossetti (1998, p. 253) como “[...] o controle 
da oferta de moeda e das taxas de juros, no sentido de que sejam atingidos os objetivos da política 
econômica global do governo”. Estes objetivos variam de acordo com o estágio e padrão de 
desenvolvimento econômico do país, dos propósitos políticos dos governantes, dos problemas de 
conjuntura de cada período e do conjunto de credos e valores sociais. 
O que aconteceu com a demanda de carros novos e eletrodomésticos da linha branca 
quando o governo reduziu o valor do IPI (imposto sobe o produto comercializado) no 
período de 2008 a 2014? Que tipo de política é esta? 
Instrumentos de Política Monetária 
Como vimos, uma das formas de o governo atingir os objetivos das políticas globais é por meio da 
utilização da política monetária, que consiste no controle do governo sobre a quantidade de moeda, o 
crédito e a taxa de juros, que é realizada pelos seguintes instrumentos de política (CARVALHO et al., 
2007): 
• Emissões de moeda pelo Banco Central. 
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• Reservas compulsórias (percentual sobre os depósitos que os bancos comerciais devem reter junto ao 
Banco Central). 
• Operações de open market (compra e venda de títulos públicos). 
• Política de redescontos (empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais). 
• Regulamentação sobre crédito e taxa de juros. 
Emissão de moeda pelo Banco Central: 
A quantidade de moeda na economia é definida como a somatória da moeda manual (papel-moeda e 
moeda metálica em poder do público) e moeda escritural (depósito à vista do público nos bancos 
comerciais). Esta quantidade de moeda depende das mudanças na Base Monetária , que é constituída pelo 
papel-moeda e moeda metálica em poder do público, papel-moeda e moeda metálica mantida em caixa 
pelos bancos comerciais e pelas reservas voluntárias e compulsória depositadas no Banco Central. 
Além da Base Monetária, a Oferta de Moeda também depende das mudanças do Multiplicador 
Monetário, que representa a criação de moeda pelos bancos comerciais através dos empréstimos. Assim, 
podemos representar a variação da Oferta de Moeda na Economia pela seguinte fórmula (LOPES; 
ROSSETTE, 1998): 
A Base Monetária pode ser alterada pelo Banco Central com as seguintes finalidades (CARVALHO, 2007): 
• Financiar déficits orçamentários do governo. 
• Conceder empréstimos de liquidez aos bancos comerciais. 
• Realizar operações de compra e venda de moeda estrangeira, as quais são necessárias as transações 
econômicas do país com as economias internacionais. 
Quando o Banco Central aumento da moeda em circulação, pelo seu efeito multiplicador, gera um 
aumento da demanda agregada da economia, estimulando a produção e a renda, podendo gerar um 
aumento do nível generalizado de preços, ou seja, inflação. 
Fixação da taxa de reservas compulsórias 
A fixação da taxa de reservas que os bancos comerciais devem recolher sobre os depósitos à vista ao 
Banco Central é um dos instrumentos de política monetária mais utilizados para controle do efeito 
multiplicador da moeda. 
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Quando o Banco Central aumenta a taxa de reservas compulsórias, ele reduz à proporção de depósitos à 
vista que os bancos comerciais podem utilizar na realização de empréstimos (criação de meios de 
pagamento), o que reduz o valor do multiplicador monetário “k” e assim leva a uma contração da Oferta 
de Moeda. 
Por outro lado, quando o Banco Central reduz as taxas de reservas compulsórias, a proporção dos 
depósitos à vista que podem ser direcionados aos empréstimos aumenta, e os bancos comerciais 
concedem mais empréstimos e o valor do multiplicador monetário “k” aumenta, consequentemente 
aumenta a Oferta de Moeda na economia. 
No Brasil as taxas de reservas compulsórias são aplicadas não apenas sobre os 
depósitos à vista, mas também sobre os depósitos a prazo (dinheiro aplica nas 
cadernetas de poupança, CDB etc.). 
Fonte: a autora. 
Operações de Open Marketing 
As operações de Open Marketing consistem na compra e venda de títulos da dívida pública de emissão do 
Banco Central ou do Tesouro Nacional. Por este instrumento o Banco Central consegue influenciar com 
rapidez e flexibilidade a Oferta de Moeda e a taxa de juros de curto prazo (taxa Selic). 
Quando o Banco Central objetiva estimular o crescimento econômico por meio da demanda agregada, ele 
pode expandir a oferta de moeda, realizando operações de resgate dos títulos da dívida pública em poder 
do público bancário e não bancário. Dada a demanda por moeda, o aumento da oferta de moeda causa 
uma redução da taxa de juros básica da economia. 
Por outro lado, quando o Banco Central deseja reduzir a Oferta de Moeda, ele vende ao público e aos 
bancos títulos da dívida pública, retirando moeda da economia na proporção dos títulos adquiridos. A 
retração da Oferta de Moeda, dada a demanda por moeda, causa um aumento da taxa de juros. 
A Figura 8 apresenta de forma resumida as operações de Mercado Aberto e seus efeitos na economia, 
veja: 
Figura 8 - Síntese das Operações de Mercado Aberto 
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Fonte: a autora. 
Segundo Lopes e Rossetti (1998), as operações de Mercado Aberto possibilitam: 
• O controle diário o volume de oferta de moeda. 
• A manipulação das taxas de juros de curto prazo. 
• São uma alternativa de investimento para o público e para as instituições financeiras. 
• A criação de liquidez para os títulos públicos, possibilitando o financiamento dos gastos públicos. 
Diante do que foi apresentado até aqui, temos que se o objetivo de política for o controle da inflação, a 
medida de política monetária seria diminuir o estoque monetário da Economia. E isto poderia ser feito 
pelo aumento da taxa de reserva compulsória, ou pela venda de títulos no Mercado Aberto ( open market ). 
E se a meta for o crescimento econômico, o processo seria o inverso. 
Funcionamento operacional do Mercado Aberto: 
O funcionamento do mercado aberto é relativamente simples. Segundo Assaf Neto (2006), quando o 
Banco Central deseja captar recursos do mercado, ele efetua a venda primária (leilão primário ) de títulos 
públicos de sua propriedade. A colocação destes títulos é realizada por meio do recebimento de propostas 
feitas por instituições financeiras junto aos dealers , os quais são instituições que representam o Banco 
Central nas operações de venda primária . Cabe ao Banco Central aceitar ou não as propostas. A 
instituição financeira que adquire o título no leilão primário pode revender estes títulos no mercado 
secundário , cujo instrumento operacional é o open Market (mercado aberto).Por este mecanismo, a 
instituição financeira vende o título ao público com compromisso de recompra em uma data futura, 
mediante uma remuneração, chamada de operações compromissadas . 
O spread bancário , receita financeira da instituição, é formado no diferencial entre a taxa de juros que é 
ganha na compra do título e a taxa de juros que é paga na sua venda. 
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Quando um banco vende um título público, com compromisso de recompra, se comporta como se 
estivesse tomando empréstimos no mercado para financiar suas operações, entregando os títulos como 
garantia. No entanto, caso o investidor decida permanecer com o título e a instituição se desfazer dele, 
ocorre a operação definitiva , ou seja, a liquidação da transação. Neste contexto é formada a Taxa Selic, 
que representa a taxa média diária das operações compromissadas, conhecidas como overnight (ASSAF 
NETO, 2006). 
Outro aspecto importante, é que o investidor, como eu e você, não é obrigado a manter o título até o seu 
vencimento, podendo revendê-lo antecipadamente. No entanto, neste caso, as negociações ocorrem à 
taxa do dia, podendo ser diferente da taxa contratada, não conseguindo o investidor garantir a taxa 
prometida na compra do título. Além disto, há a incidência do Imposto de Renda sobre a rentabilidade dos 
títulos, que obedecem a seguinte regra: 
Fonte: Tesouro direto ([2018], on-line)2 . 
Como podemos verificar, a maior rentabilidade ocorre quando deixamos o nosso capital aplicado por um 
prazo acima de dois anos. 
O rendimento dos títulos da dívida pública pode ser de dois tipos: prefixados ou pós- 
fixados. A remuneração é atrelada a um indexador como: Taxa Selic, Taxa Referencial – 
TR, índice de inflação como o IPC-A, IGP-M ou variação cambial. Para saber mais sobre 
a Rentabilidade dos títulos públicos, acesse o link disponível em: 
< http://www.tesouro.fazenda.gov.br/ tesouro-direto-precos-e-taxas-dos-titulos >. 
Fonte: adaptado de Tesouro Direto ([2018], on-line)3 . 
Política de Redesconto 
Uma das funções do Banco Central é ser banco dos bancos, o que significa que se os bancos comerciais 
precisarem de liquidez, em última instância o Banco Central deve atuar suprindo os bancos de moeda, por 
meio do desconto de títulos dos bancos comerciais a uma taxa prefixada, chamada de taxa de redesconto. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.tesouro.fazenda.gov.br%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFaVepTd_QdQVHMDmFu2xh0gnJkAw
O controle dos meios de pagamentos por este instrumento de política monetária, resulta das seguintes 
operações (LOPES; ROSSETTI, 1998): 
• Alteração da taxa de redesconto. Quando o Banco Central quer aumentar a liquidez dos bancos ele 
reduz a taxa de redesconto e quando quer evitar que os bancos peguem empréstimos ele aumenta a taxa 
de redesconto, o que aumenta o custo de oportunidade dos empréstimos. 
• Mudança nos prazos concedidos ao banco comerciais para resgate dos títulos redescontados. Quanto 
menor os prazos de resgate, maior será o percentual dos depósitos à vista deixados como reservas de 
caixa nos bancos comerciais e assim menor será a oferta de moeda e vice-versa. 
• Fixação de limites operacionais. Quanto menor os limites operacionais de crédito, menor será o 
montante de empréstimos e assim da Oferta de Moeda e vice-versa. 
• Restrição dos tipos de títulos redescontáveis. Quanto maiores forem as restrições, menores serão as 
possibilidades oferecidas aos bancos para se socorrerem junto ao Banco Central, em caso de dificuldade 
de caixa, assim os bancos acabam por adotar políticas mais conservadoras na concessão de crédito e a 
oferta monetária é restringida. O contrário também é verdadeiro. 
Regulamento sobre o Crédito e a taxa de Juros 
Representam intervenções diretas das autoridades monetárias sobre o controle do volume de crédito e o 
seu preço. Os mecanismos de controle podem ser: controle do volume e da destinação do crédito; 
controle da taxa de juros dos empréstimos; e determinação dos prazos, limites e condições dos 
empréstimos. Quanto mais rígido o controle, menor a oferta de liquidez. 
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PRODUTOS FINANCEIROS 
O mercado monetário encontra-se estruturado com o objetivo de controlar a liquidez monetária da 
economia e determinação das taxas de juros. Os ativos negociados neste mercado têm como 
característica os reduzidos prazos de resgate, alta liquidez e são responsáveis pela formação das taxas de 
juros básicas da econômica: a Taxa Selic e a Taxa DI. 
São negociados no mercado monetário, os papéis emitidos pelo Tesouro Nacional com o objetivo de 
financiar o orçamento da união (Títulos Públicos Federais), os títulos públicos de nível estadual e 
municipal. Também são negociados os títulos representes de dívida privada como: Certificados de 
Depósitos Interfinanceiros (CDI), Certificados de Depósitos Bancários (CDB), Debêntures, commercial 
papers , Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), entre outros. 
Com exceção do CDI, cuja negociação é de exclusividade das instituições financeiras, os outros ativos são 
oportunidades de investimento para nós. Diante disto, vamos conhecer algumas formas de obter renda 
que estão ao alcance de qualquer pessoa, inclusive ao seu alcance. 
Uma característica comum destes ativos é que eles são considerados como Renda Fixa de baixo risco para 
o investidor. A principal característica que define uma renda como fixa, é que a sua rentabilidade é 
previamente definida no momento da aplicação financeira. Os investimentos em renda fixa, ainda podem 
ter a sua remuneração (taxa de juros por exemplo), pré-fixado e pós-fixados. A diferença é que os pré- 
fixados você já sabe exatamente a rentabilidade que irá receber, já o pós-fixado sabe previamente qual 
será a forma de cálculo da sua rentabilidade, mas a mesma pode variar. Mesmo assim, este último é uma 
renda fixa porque o valor inicial do investimento é preservado. 
De acordo com Assaf Neto (2006) as aplicações em rendas fixas podem ser divididas em três grupos de 
emissores: O Governo (emissão de Títulos Públicos), Bancos (DCBs, RDBs, Letras Hipotecárias, Poupança, 
Letras de Câmbio, Previdência Privada) e Empresas (debêntures, commercial papers ). Vamos aprender um 
pouco mais sobre cada um deles: 
Títulos da Dívida Pública 
Muitos investidores acreditam que investir em papéis do governo é a melhor opção quando se trata de 
segurança. Na verdade, eles têm razão. Pense bem: caso o governo “quebre”, imagine como estará o 
restante da economia! 
O governo sabe desse desejo dos investidores em possuir seus papéis e também tem interesse nesses 
investimentos de títulos públicos. De acordo com o portal do Ministério da Fazenda, títulos públicos são 
ativos de renda fixa e possuem a finalidade primordial de captar recursos para o financiamento da dívida 
pública, bem como para financiar atividades do Governo Federal, como educação, saúde e infraestrutura. 
Pois bem, pensando nisso, há algum tempo o governo possibilitou investimentos em seus papéis de forma 
mais simples e acessível a praticamente qualquer investidor. Trata-se de um sistema de investimento 
chamado de TESOURO DIRETO . Por meio desse sistema, o investidor pode, de forma totalmente 
informatizada, comprar os papéis do governo que mais se adaptam ao perfil do investidor. 
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Vamos conhecer alguns desses papéis? O Quadro a seguir apresenta os principais títulos público 
brasileiros negociados pelo Tesouro Direto: 
Quadro 1 - Títulos Públicos Federais do Brasil 
Fonte: Tesouro Direto ([2018], on-line)4 .E se você quiser investir nestes papéis, como poderá fazer isso? 
A quantidade mínima de compra dos títulos públicos é a fração de 0,01 título, ou seja, 1% do valor de 
um título, desde que respeitado o valor mínimo de R$ 30,00. O investidor pode comprar 0,01 título; 
0,02 título; 0,03 título e assim por diante (Tesouro Direto, 2018, on-line) . É possível ao investidor definir 
sua estratégia de investimento, se de curto, médio ou longo prazo. 
Além disso, as taxas cobradas são muito inferiores à maioria de papéis de renda fixa existentes no 
mercado. O investidor pode ainda, caso necessitar, converter os papéis em dinheiro por vender a preços 
de mercado todas as quartas-feiras, dia em que o Tesouro oferece a recompra a preços de mercado. 
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Outro benefício é fiscal, pois diferente dos fundos de investimento que possuem o chamado “come-cotas” 
(que é a cobrança antecipada de parte do Imposto de Renda duas vezes por ano), no caso do Tesouro 
Direto a cobrança do Imposto de Renda sobre os rendimentos só é feita no momento da venda ou do 
vencimento do título. 
Podem investir nestes papéis qualquer pessoa residente no Brasil que possua Cadastro de Pessoa Física - 
CPF e esteja cadastrada em alguma das Instituições Financeiras habilitadas a operar no Tesouro Direto. 
Vale a pena conhecer essa opção de investimento. O Tesouro Nacional disponibiliza um 
portal com informações e regras que o investidor é convidado a acessar. Para saber 
mais, acesso link do portal: < http://www.tesouro. fazenda.gov.br >. 
Fonte: a autora. 
Títulos de Dívida Privada 
Caderneta de Poupança 
A caderneta de Poupança é o tipo de investimento mais tradicional, conservador e popular do Brasil. 
Envolve baixos riscos, e por isto sua remuneração nominal também é baixa, atualmente em torno de 0.5% 
ao mês, aplicada sobre os valores atualizados pela TR (Taxa Referencial), com capitalização mensal, 
creditada na data de aniversário da aplicação (Fortuna, 2008). As principais vantagens das aplicações na 
Poupança são: 
• Liquidez imediata. 
• Investimentos de até R$ 60 mil são garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito. Assim em caso de 
falência do banco este valor fica garantido. 
• Há isenção de incidência do Imposto de Renda para Pessoas Físicas. As Pessoas Jurídicas sofrem 
incidência do IR sobre os rendimentos com as seguintes alíquotas: 
» Aplicações de até 180 dias: 22,5% 
» Aplicações de 181 dias a 360 dias: 20% 
» Aplicações de 362 a 720 dias: 17,5% 
» Aplicações acima de 720 dias: 15% 
CDB- Certificado de Depósito Bancário e RDB- Recibo de Depósitos Bancários: 
Quando se fala de tradição, temos que obrigatoriamente falar de CDB e RDB. Estes papéis são conhecidos 
como depósitos a prazo e são os mais tradicionais títulos de renda fixa emitidos por instituições 
financeiras para captação de recursos. Esses produtos permitem que o banco e o cliente saibam, com 
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antecedência, as condições de remuneração para o prazo e valores negociados. 
O CDB e o RDB são títulos de captação de recursos financeiros, emitido pelos bancos. Quem compra 
estes títulos está emprestando dinheiro aos bancos, recebendo uma remuneração em troca, a taxa de 
juros. 
Que diferença existe entre CDB e RDB? A diferença básica entre os dois títulos é que o CDB pode ser 
transferido por meio de endosso, sendo, portanto, negociado no mercado. Por outro lado, os RDB são 
obrigatoriamente nominativos e intransferíveis, determinando muitas vezes variações nas taxas de juros 
pagas aos aplicadores. 
Vamos entender como funciona a remuneração dos CDB/RDB: 
CDB/RDB prefixado : o investidor recebe, no vencimento, a remuneração negociada, conhecida 
antecipadamente e constante no contrato. Nesta modalidade, não existe exigência legal de prazo mínimo. 
Esta definição fica a cargo de cada instituição financeira. 
CDB/RDB pós-fixado : os índices de remuneração do CDB são obtidos pela variação do indexador 
escolhido na contratação. Existe, atualmente, uma exigência legal quanto ao prazo mínimo de contratação 
de CDB, conforme o indexador utilizado. 
As aplicações em CDB podem ser feitas por qualquer pessoa que seja correntista de um banco e tenha 
dinheiro para investir. O prazo varia de 30 a 180 dias e o valor mínimo depende da modalidade disponível 
no banco. Geralmente, os bancos oferecem taxas maiores de acordo com o valor investido. 
No CDB há incidência do Imposto de Renda , que varia de 15% a 22,5%, de acordo com o tempo investido, 
pago no resgate da aplicação. Não há taxa de administração. Se o valor ficar aplicado por menos de 30 
dias, será cobrado o Imposto sobre Operação Financeira (IOF). 
O risco de aplicação em CDBs é baixo, pois está associado à solidez do banco. O investidor só perde a 
aplicação caso a instituição vá à falência. No entanto, o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) garante o 
valor de até R$ 250 mil por CPF, se a instituição for associada ao Fundo. 
A rentabilidade do CDB é atrelada ao CDI. Assim um CDB pode render: 
• 100% do CDI 
• Mais que 100% do CDI 
• Menos que 100% do CDI 
Exemplo 1 : 
Um CDB que rende 100% do CDI , e este teve uma taxa acumulada de 11,60% nos últimos 12 meses , esse 
CDB teria rendido exatamente 11,60% no mesmo período. 
Exemplo 2: 
Caso seu CDB renda 90% do CDI , e o CDI foi de 11,60% nos últimos 12 meses, a rentabilidade do seu 
investimento, no mesmo período, teria sido 10,44% (11,60 * 0,90). 
Exemplo 3: 
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Se um CDB oferece remuneração, por exemplo, de 90% do CDI ao investidor, e o valor do CDI é de 7% e 
deixar o seu capital investido durante 100 dias, qual será a rentabilidade líquida do investidor: 
90% de 7% = 6.3% 
IR de 22.5 % = 0.225 x 6.3% = 1.42% 
Rentabilidade Líquida = 6.3 % - 1.42% = 4.88% 
Em um momento de juros já baixos, com inflação girando em cerca de 5,5%, o ganho já 
começa a perder da inflação. 
Previdência Complementar Privada 
Talvez, os produtos mais “famosos” na prateleira das rendas sejam os de Previdência Complementar 
Privada. 
Dentre os produtos de Previdência Complementar Privada, estão o PGBL e o VGBL. O que são estes 
produtos e para quem se destinam? 
PGBL: a sigla vem de Plano Gerador de Benefício Livre (veja o P de Plano, é uma boa dica para você não 
confundir com o outro tipo). As regras do PGBL são simples na sua essência: trata-se de um plano que visa 
compor uma reserva matemática para benefício futuro. Muito parecida com o FAPI, não concorda? 
O PGBL é oferecido pela maioria dos grandes bancos e vai outra dica: como se trata de um produto que 
vai vincular você a uma instituição financeira por muitos anos, é preciso saber com quem você vai “casar”, 
não é mesmo? Se a Instituição Financeira entrar em dificuldades, apesar da administração do Plano ser à 
parte da própria Instituição (inclusive tem CNPJ diferente), pode ser que o plano seja “contaminado” pela 
falta de confiança dos investidores. 
No PGBL as contribuições são individuais, ou seja, cada participante tem o seu plano. Pode ocorrer de o 
empregador querer pagar o plano como um benefício ao funcionário (seria ótimo, não é verdade?), mas o 
dinheiro acumulado somente o participante pode ter acesso. 
Para quem se destina o PGBL? 
Aqui vão dicas importantes: 
1. O PGBL é destinado a quem declara IRPF no formulário COMPLETO e que utilizará os pagamentos ao 
plano para abatimento de Imposto de Renda. 
2. Para ter esse benefício, o participante do plano também precisa contribuir para a Previdência Oficial. 
3. Caso o plano seja para um filho menor, o responsável pode abater os valores pagos na suadeclaração. 
Importante: somando-se todas as contribuições para o PGBL (próprio ou para filhos menores) o teto 
máximo de abatimento é de 12% da renda bruta tributável anual. Caso o filho menor tenha mais de 16 
anos de idade, é preciso que este menor também contribua para a Previdência Oficial para poder contar 
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com o benefício do abatimento de IR. Exemplo: imagine alguém que tenha uma renda bruta anual de 
R$200.000,00. Este contribuinte poderá abater então até 12% dessa renda a título de previdência 
privada, ou seja, R$24.000,00 (desde que, é claro, tenha de fato contribuído para isso. É necessária 
comprovação). Ficaria assim: a base de cálculo do IR passaria de R$200.000,00 para R$200.000,00 – 
R$24.000,00 = R$176.000,00. 
4. Em caso de saque antecipado, o valor sacado será tributado (lembre-se que o Leão não é tão manso 
assim!). De acordo com a tabela progressiva do IRPF. Geralmente, os percentuais são elevados, podendo 
chegar a 27,5% do MONTANTE (capital mais juros acumulados). 
5. Em caso de recebimento do valor na forma de renda mensal, o valor recebido entrará como rendimento 
tributável (igualzinho ao FAPI) e deverá ser somado às outras rendas tributáveis para compor a base de 
cálculo do IRPF. 
Portanto, meu caro, pense bem antes de escolher o plano. Isto porque, se você não se enquadrar na regra 
número 1 acima, ou seja, se não declarar no formulário completo (ou declara como ISENTO), ou ainda se já 
atingiu o teto máximo de abatimento de 12% a título de Previdência Complementar, mas deseja contribuir 
além desse teto, o ideal para você é o VGBL. 
VGBL: a sigla vem de vida gerador de benefício livre (preste atenção no V de Vida). Esta forma de 
previdência complementar privada guarda todas as características do PGBL na questão de rendimentos, 
portabilidade, porém, uma diferença importantíssima é o tratamento fiscal: ao contrário do PGBL, no 
VGBL não há benefício fiscal algum. Não se podem abater valores pagos neste plano (que na verdade é 
uma forma de seguro de vida) na declaração de IRPF. 
Entretanto, a vantagem é que, caso você necessite resgatar o valor total ou parcial antes da época 
prevista para recebimento de benefícios, o Imposto de Renda a ser cobrado incidirá somente nos 
rendimentos, como acontece em qualquer outra aplicação financeira. Isso é ótimo, caso a pessoa decida 
investir em outro tipo de ativo financeiro, como um imóvel, por exemplo, durante o período em que está 
acumulando esses valores. O resgate não trará nenhum prejuízo em relação a impostos. 
Essas são apenas algumas características dos planos PGBL e VGBL. Existem outras e eu te recomendo 
entrar nos portais das empresas que oferecem esses produtos e simular alguns planos que estejam dentro 
de seu perfil de renda e interesse. Recomende isso também a quem você assessorar. 
Letras Hipotecárias - LH 
São títulos emitidos por instituições financeiras autorizadas a conceder créditos hipotecários, como as 
sociedades de crédito imobiliário e bancos múltiplos com carteira imobiliária e a Caixa Econômica 
Federal, com lastro em financiamentos habitacionais. 
São emitidas com juros prefixados, flutuantes e pós-fixados em TR, TJLP ou TBF no prazo mínimo de 180 
dias, pois se resgatados antes desse prazo não remuneram o investidor. O prazo máximo é o do 
vencimento dos créditos hipotecários caucionados em garantia. 
Letras de Crédito Imobiliário – LCI 
São títulos de crédito, lastreados por crédito imobiliário garantidos por hipoteca ou por alienação 
fiduciária de imóvel. (BM&FBOVESPA, [2018]): Suas principais características são Títulos de Renda Fixa 
(CAIXA, [2018]): 
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• Emissão exclusiva de instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central, com carteira de crédito 
imobiliário; 
• Emitida sob forma de certificado ou escritural, obrigatoriamente registrada na CETIP; 
• Nominativas, transferíveis e de livre negociação no mercado secundário; 
• O preço unitário de emissão é de R$ 1.000,00 (mil reais); 
• Garantia do emissor e FGC – Fundo Garantidor de Crédito; 
• Lastro de créditos imobiliários (recebível/imóvel), garantidos por primeira hipoteca ou alienação 
fiduciária; 
• A LCI poderá contar com garantia pessoal, tais como aval e fiança, adicional de Instituição Financeira; 
• A LCI não poderá ter prazo de vencimento superior ao prazo de quaisquer dos créditos imobiliários que 
lhe servem de lastro. 
• Pessoa Física é isenta de Imposto de Renda, mas a Pessoa Jurídica a tributação vai em linha com a de 
renda fixa. 
• Prazos de Aplicação: No caso da Caixa Econômica Federal, atualmente a instituição mais ativa em 
crédito imobiliário no Brasil, o prazo mínimo dessa aplicação é de dois meses e o máximo de 24 meses (2 
anos) 
• Aplicação Mínima: de R$ 30 mil, o BB aceita a partir de R$ mil. 
• Remuneração: atrelada ao CDI, normalmente entre 80% e 95% do CDI. 
Exemplo 1: 
Suponha um título de LCI que remunere 90% do CDI (14, 13% ano). Qual o valor da sua rentabilidade 
líquida se você tivesse deixado aplicado no período de 1 ano? 
Solução: 
0,9 x 14,13 = 12,7% ano 
Resposta: a rentabilidade é de 12,7% ao ano, visto que não paga IR. 
Letras de Crédito Agrícola - LCA 
As letras de crédito agrícola, é um tipo de título de dívida privada emitido pelos bancos para captar 
recursos para participantes da cadeia do agronegócio. Ou seja, quando compramos um LCA estamos 
emprestando dinheiro para o banco para o mesmo alocar nosso dinheiro nos financiamentos voltados ao 
crédito rural. 
Segundo informações do site do Banco do Brasil (2018) a emissão da Letra é condicionada à existência e 
disponibilidade no banco de direitos e créditos relacionados com a produção, comercialização, 
beneficiamento ou industrialização de produtos ou insumos agropecuários ou máquinas e implementos 
utilizados na atividade agropecuária. 
No Banco do Brasil a aplicação mínima é de R$ 50.000,00 e o resgate no primeiro dia útil após a carência 
de 90 dias da aplicação. É importante salientar que cada banco tem as suas próprias regras, quando ao 
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limite mínimo de aplicação. 
Estes ativos têm como principais características (BM&FBOVESPA, [2018]): 
• Risco do investimento: muito baixo, pois Possui Cobertura do FGC (até R$ 250 mil por CPF e por 
instituição financeira). 
• Tem como remuneração um percentual do CDI. 
• Rendimentos isentos de Imposto de Renda para pessoa física. 
• Alíquota de IOF reduzida a zero. 
• O LCA é lastreado pelas garantias reais exigidas nos empréstimos agrícolas como soja, café, boi ou outra 
mercadoria para ficarem aptos a conseguirem algum financiamento no banco 
• Resgates antes do vencimento ou antes do prazo de carência não pagam juros. 
• Resgates podem ser feitos a partir de 90 dias (quando indexada ao CDI), a depender do contrato. 
Debêntures 
São títulos de dívida de médio e longo prazos emitidos por sociedades anônimas privadas, que conferem 
ao investidor (debenturista) um direito de crédito contra a mesma, de acordo com as características 
constantes na escritura de emissão. São negociados em Bolsas de Valores e no Mercado de Balcão (ASSAF 
NETO, 2006). 
Normalmente, os recursos captados com o lançamento de debêntures são utilizados para financiamento 
de projetos, reestruturação de passivos ou aumento do capital de giro das empresas. Cada debênture 
emitida representa uma fração do total da dívida contraída pela companhia no ato da emissão e pode ser 
negociada no mercado secundário. 
Apesar de terem características de títulos de renda fixa (ou seja, tem índices de remuneração 
previamente conhecidos, sejam pré ou pós fixados), as debêntures podem ter características de renda 
variável,como prêmios, participação no lucro da empresa ou mesmo conversibilidade em ações da 
companhia emissora. 
Quem adquire uma debênture, passa a ser credor da empresa, recebe juros periódicos pelo “empréstimo” 
e no vencimento, recebe de volta o valor pago pelo título inicialmente. 
As debêntures têm algumas classificações que é importante que você conheça. Essas classificações são 
quanto à posse , à espécie e à garantia (ABRASCA, 2008). 
Quanto à posse, as debêntures podem ser: 
• Nominativas : quando consta o nome do titular nos certificados que são emitidos fisicamente. 
• Escriturais : são emitidas em meio eletrônico, não existindo a emissão física do certificado, embora 
sejam, mesmo assim, nominativas. 
Quanto à espécie, podem ser: 
• Simples , ou seja, não conversíveis, quando conferem ao debenturista um crédito a ser pago com 
correção monetária e juros. 
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• Conversíveis em ações , quando os debenturistas podem receber seu crédito com correção e juros 
(como nas simples) ou podem convertê-las em ações da empresa emissora, passando assim da condição de 
dono de um crédito para dono de uma “fração” da empresa, ou seja, passa a ser um sócio. 
• Permutáveis , que são debêntures que possibilitam ao detentor, dentro de condições prévias definidas 
na escritura de emissão da debênture, a permuta deste papel por ações de outra empresa que não a 
emissora da debênture. 
Quanto à garantia, as debêntures podem ser (ASSAF NETO, 2006): 
• Com garantia real, quando a garantia é oferecida por bens integrantes do ativo da empresa emissora ou 
de terceiros, vinculados por hipoteca ou penhor, por exemplo. 
• Com garantia subordinada, quando os debenturistas passam a ter privilégio sobre os acionistas no ativo 
remanescente em caso de liquidação da empresa. 
• Com garantia flutuante, quando os credores têm preferência geral sobre os ativos da empresa, não 
impedindo, no entanto, a negociação destes bens que compõem o ativo. 
• Com garantia quirografária e sem garantia: neste caso, não há nenhuma garantia ou privilégio sobre o 
ativo da empresa. O debenturista concorre em igualdade de condições com todos os credores 
quirografários em caso de liquidação, sem nenhum tipo de preferência sobre os demais credores. 
Obedecida à legislação, as debêntures podem ser remuneradas das formas a seguir (ABRASCA, 2008): 
• Taxa de juros prefixada. 
• Taxa Referencial (TR), observado o prazo mínimo de quatro meses para o vencimento ou período de 
repactuação. Somente as empresas de leasing podem emitir com este indexador. 
• Taxa de juros flutuantes, observado o prazo mínimo de 120 dias para o vencimento ou período de 
repactuação, admitindo-se que os intervalos de reajuste da taxa utilizada como referencial ocorram em 
prazo não inferior a 30 dias. 
• Taxa de juros fixa e cláusula de atualização com base em índice de preços, atendido o prazo mínimo de 
um ano para vencimento ou período de repactuação. 
Commercial papers 
Os commercial papers são títulos de dívida emitidos por empresas, que podem ou não ser financeiras, 
direcionados ao financiamento das necessidades de capital de giro como compra de estoques, 
pagamentos de fornecedores, entre outros. Possuem um prazo de duração mais curto que o das 
debêntures e por isto são mais indicadas para investidores com interesse em aplicações de curto prazo, 
sendo o prazo mínimo de um mês e no máximo de um ano. 
A rentabilidade destes títulos é pelos juros pagos pelas empresas (emissoras dos títulos) aos investidores, 
podendo ser pré-fixados e pós-fixados. Também há a possibilidade de emissão de commercial papers 
fixados em dólares. A garantia destes títulos está vinculada a saúde financeira da empresa, tendo um risco 
maior para o investidor (ASSAF NETO, 2006). 
Segundo Borges e Lopes (2001), o commercial paper tem como principal função permitir ao setor 
produtivo a captação de recursos no mercado financeiro à curto prazo, a juros mais baixos que os 
bancários, para obtenção de capital de giro, podendo até mesmo vir a financiar projetos de ampliação, 
desenvolvimento de produtos/serviços ou mesmo pagamento de impostos. 
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Unidade 3 Página inicial 
ATIVIDADES 
1. Se você sempre recebe exatamente o que esperava de uma aplicação financeira, estará aplicando em 
uma operação de Renda Fixa. Se você não sabe o quanto irá ganhar no período de aplicação e se o valor 
inicialmente investido (principal) será preservado, então você aplicou em operações de Renda Variável. 
Sobre os tipos de Renda assinale a alternativa correta: 
a) A caderneta de Poupança é o tipo de investimento em renda variável . Envolve baixos riscos, e por isso 
sua remuneração nominal também é baixa, atualmente em torno de 0.5% ao mês, aplicada sobre os 
valores atualizados pela TR (Taxa Referencial), com capitalização mensal, creditada na data de aniversário 
da aplicação. 
b) O CDB e RDB são conhecidos como depósitos a prazo e são os mais tradicionais títulos de renda fixa 
emitidos por instituições financeiras para captação de recursos. Esses produtos permitem que o banco e o 
cliente saibam, com antecedência, as condições de remuneração para o prazo e valores negociados. 
c) Letras de Crédito Imobiliário – LCI são títulos de crédito de renda variável , lastreados por crédito 
imobiliário garantidos por hipoteca ou por alienação fiduciária de imóvel. 
d) Os Títulos Públicos do Governo são ativos de renda variável e possuem a finalidade primordial de 
captar recursos para o financiamento da dívida pública, bem como para financiar atividades do Governo 
Federal, como educação, saúde e infra- estrutura. 
2. As operações com títulos públicos são acertadas diretamente entre os operadores das instituições 
financeiras credenciadas a operar no mercado monetário, que repassam as informações, via terminal, ao 
Selic, para que ocorra a transferência do dinheiro e, a seguir, dos títulos envolvidos nas operações. Sobre 
tipos de títulos públicos e suas características leia as afirmativas e assinale a alternativa correta: 
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I. As Letras Financeiras do Tesouro são papéis com rendimento pós-fixado, assim quando a Taxa Selic varia 
impacta na rentabilidade destes títulos. 
II. As Letras do Tesouro Nacional são papéis com rendimento prefixado e desta forma a variação de seu 
indexador não impacta na rentabilidade prometida pelo título na data da compra do mesmo. 
III. Os investidores que são pessoas físicas são isentos do pagamento de imposto de renda sobre a 
rentabilidade dos títulos públicos em seu poder. 
IV. O investidor em títulos públicos só poder resgatar seus recursos investidos na data de vencimento dos 
títulos, ficando seu capital bloqueado durante este período. 
a) Somente I e II estão corretas. 
b) Somente II e III estão corretas. 
c) Somente I, II e IV estão corretas. 
d) Somente I, III e IV estão corretas. 
e) Todas as alternativas estão corretas. 
3. Vamos supor que o Banco Central do Brasil decida utilizar os instrumentos de economia monetária para 
estimular o crescimento econômico e o nível de emprego e renda. Sobre o uso destes instrumentos para 
alcançar estes objetivos de política econômica leia as afirmativas e assinale a alternativa correta: 
I. O Banco Central pode aumentar a taxa de redesconto para estimularque os bancos concedam crédito, 
aumentando a oferta de moeda na economia, com uma consequente queda na taxa de juros, estimulando 
um aumento do consumo e dos investimentos gerando crescimento econômico. 
II. O Banco Central pode reduzir a taxa de recolhimento compulsório sobre os depósitos à vista para 
estimular o crédito e assim o aumento da oferta de moeda, que como consequência gera aumento do 
produto e da renda. 
III. Uma outra forma de estimular o crescimento econômico é através das operações de mercado aberto, 
quando o Banco Central entra vendendo títulos públicos para retirar moeda da economia. 
IV. Quanto maior os prazos concedidos aos bancos comerciais para resgate dos títulos redescontados, 
menor será o percentual dos depósitos à vista deixados como reservas de caixa nos bancos comerciais e 
assim maior será a oferta de moeda, estimulando a demanda agregada na economia e assim a produção, 
gerando crescimento econômico. 
a) Somente I e II estão corretas. 
b) Somente II e IV estão corretas. 
c) Somente I, II e IV estão corretas. 
d) Somente I, III e IV estão corretas. 
e) Todas as alternativas estão corretas. 
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Resolução das atividades 
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Unidade 3 Página inicial 
RESUMO 
Neste estudo aprendemos que a taxa de juros é determinada no mercado de oferta e demanda por 
moeda, por meio de uma condição de equilíbrio: quando a quantidade ofertada de moeda é igual à 
quantidade demandada de moeda. A demanda por moeda é determinada pela decisão dos agentes em 
reter moeda para transação e especulação (aplicação financeira). Por outro lado, a quantidade ofertada é 
determinada pelo Banco Central. Aprendemos que quando o Banco Central atua estimulando ou 
retraindo a oferta de moeda ele utiliza um mecanismo chamado de política monetária, a qual é 
operacionalizada pelos seguintes instrumentos: política de redesconto, reservas compulsórias, operações 
de open Market (mercado aberto) e regulamentação sobre crédito e taxa de juros. 
Quando o Banco Central quer aumentar a oferta de moeda na economia, com o objetivo de estimular a 
produção, a renda e o emprego, ele adota uma política expansionista, e isto acontece quando ele reduz a 
taxa de redesconto e taxa de reservas compulsória, quando entra comprando títulos da dívida pública 
pertencentes ao público e aos bancos, quando flexibiliza a regulação sobre o crédito e quando aumenta a 
base monetária por meio da emissão de moeda. 
Uma consequência destas medidas é a redução da taxa de juros, que estimula os investimentos, o 
consumo e o aparecimento da inflação. Assim, quando o Banco Central tem como objetivo o combate à 
inflação de demanda, ele atua adotando uma política monetária restritiva, realizando o processo inverso. 
Aprendemos que as duas principais taxas de juros da nossa economia é a taxa de juros Selic, definida no 
mercado de títulos, a partir das operações de mercado aberto, e a taxa DI, formada do mercado de 
empréstimos interbancários. Estas taxas são utilizadas como uma referência, visto que são um custo de 
oportunidade para as instituições financeiras. Isto porque elas devem decidir se aplicam seus recursos 
comprando títulos públicos e CDI ou emprestam obtendo uma taxa de remuneração mais elevada, cuja 
diferença entre é denominado de spread bancário . 
Estas taxas de juros formadas no mercado monetário são base para a formação das demais taxas de juros 
do mercado e são utilizadas como indexador dos mais variados produtos financeiros, como Títulos 
públicos, LCI, LCA, Debêntures, Commercial Papers e CDB. 
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Unidade 3 Página inicial 
Material Complementar 
Leitura 
Macroeconomia 
Autor: Oliver Blanchard 
Editora: Pearson Education 
Sinopse: nessa edição de Macroeconomia o autor Olivier 
Blanchard teve dois objetivos principais: Estreitar o 
contato com os fatos macroeconômicos atuais como a 
introdução de uma nova moeda na Europa Ocidental à 
eliminação dos déficits orçamentários nos Estados Unidos, 
à transformação da Europa Oriental, à crise na Ásia. Esses 
eventos – e muitos mais – estão descritos no livro, em 
boxes pormenorizados, cada um deles mostrando como a 
macroeconomia pode ser aplicada para entender o que 
aconteceu. O segundo objetivo foi oferecer uma visão 
integrada da macroeconomia. Agora o livro se organiza em 
duas partes importantes, um fundamento e um conjunto de 
três extensões principais. O fundamento apresenta uma 
visão integrada do curto prazo, do médio prazo e do longo 
prazo. As três extensões examinam o papel das 
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expectativas, as implicações da abertura, e as patologias, do 
desemprego elevado à hiperinflação. Isto tem duas 
vantagens: permite ao leitor obter rapidamente uma visão 
integrada da macroeconomia e das flutuações de curto 
prazo ao crescimento. 
Na Web 
Caro aluno, separei este vídeo, para que você possa ampliar 
um pouco mais seu conhecimento sobre a os produtos 
financeiros. Este vídeo apresenta as características dos 
principais títulos de renda fixa. 
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REFERÊNCIAS 
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BANCO CENTRAL DO BRAISL. Sistema de Metas para a inflação. Copom. Histórico das taxas de juros . 
Brasília: Deban, [2018]. Disponível em: < http://www.bcb.gov.br/Pec/Copom/Port/taxaSelic.asp >. Acesso 
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BLANCHAR, O. Macroeconomia : teoria e política econômica. Rio de Janeiro: Campus, 2001. 
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BORGES, L.; LOPES, L. Os valores mobiliários e a captação de empréstimos no mercado financeiro 
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CAIXA. Letras de Crédito Imobiliário . Caixa, [2018]. Disponível em: < < http://www.caixa.gov. 
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APROFUNDANDO 
FUNDOS DE INVESTIMENTO EM RENDA FIXA 
Um Fundo de Investimento é uma forma de aplicação financeira formada pela união de vários 
investidores que se juntam para a realização de um investimento financeiro, organizada sob a forma de 
pessoa jurídica, tal qual um condomínio, visando um determinado objetivo ou retorno esperado, dividindo 
as receitas geradas e as despesas necessárias para o empreendimento. 
Com o objetivo de dar maior transparência ao investidor ao comparar fundos em instituições diferentes, 
algumas regras foram estabelecidas com respeito, por exemplo, à nomenclatura do fundo. A denominação 
do fundo deverá conter a expressão “Fundo de Investimento”, com o acréscimo da referência à classe do 
fundo, podendo ter ainda expressões que indiquem o tratamento tributário específico a que estejam 
sujeitos o fundo ou seus cotistas. 
A administração e a gestão do fundo são realizadas por especialistas contratados. Os administradores 
tratam dos aspectos jurídicos e legais do fundo, os gestores da estratégia de montagem da carteira de 
ativos do fundo, visando o maior lucro possível com o menor nível de risco. 
Todo o dinheiro aplicado nos fundos é convertido em cotas, que são distribuídas entre os aplicadores ou 
cotistas, que passam a ser proprietários de partes da carteira, proporcionais ao capital investido. O valor 
da cota é atualizado diariamente e o cálculo do saldo do cotista é feito multiplicando o número de cotas 
adquiridas pelo valor da cota no dia. 
Os principais fundos de renda fixa são: 
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Fundo Referenciado DI: aplicam em títulos pós-fixados como os Títulos da dívida pública referenciados 
pela taxa DI (taxa dos depósitos interbancários). São indicados para cenários de alta de juros. 
Fundos de renda fixa crédito: aplicam parte dos recursos em títulos de dívida privada, com juros mais 
elevados. 
Fundos de renda fixa: aplicam em títulos pós-fixados e pré-fixados de dívida pública. Indicado para 
cenários de queda dos juros. 
Fundos de renda fixa alavancados: aplicam em derivativos para aumentar a rentabilidade de sua carteira. 
São indicados para os investidores que não se importam em correr riscos. 
Fundos de renda fixa multi-índices: aplicam no mercado futuros de índices de inflação ou de juros. 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
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Unidade 3 Página inicial 
EDITORIAL 
DIREÇÃO UNICESUMAR 
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a 
Distância; FRANCO , Juliana. 
Mercado Monetário e de Câmbio. 
Juliana Franco. 
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Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018. 
52 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Mercado. 2. Monetário. 3. Câmbio. 4. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 330 
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Unidade 4 Página inicial 
O MERCADO 
CAMBIAL 
Professor (a) : 
Dra. Juliana Franco 
Objetivos de aprendizagem 
• Apresentar ao aluno as diferentes definições de taxa de câmbio, sua mensuração e importância 
econômica. 
• Discutir sobre os diferentes tipos de regimes cambiais e definição de políticas pelo Banco Central. 
• Conhecer os principais ativos que são negociados no mercado cambial. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Taxa de Câmbio 
• Política Cambial 
• Mercado Cambial 
Introdução 
Quando um cidadão brasileiro compra um computador pessoal da Apple, perfumes da Dior, pneu Michelin 
ou um automóvel Mercedes, está obviamente comprando um produto estrangeiro. Estes são apenas 
alguns exemplos das variedades de produtos disponíveis para o consumidor brasileiro, mas para que estes 
produtos estejam disponíveis para o consumidor brasileiro é necessário importá-los, sendo o pagamento 
realizado na moeda do país de origem das importações e não em nossa moeda nacional (Real). 
Isto também ocorre, quando queremos viajar para o exterior, investir em ativos financeiros de outros 
países, realizar pagamento de empréstimos a bancos internacionais, entre outras transações com o 
exterior. Para que tudo isto seja possível, nós devemos realizar o câmbio (troca) da moeda nacional para a 
moeda estrangeira, mediante uma taxa de conversão, que denominamos de taxa de câmbio. 
Neste estudo irei apresentar a vocês as diferentes definições de taxa de câmbio, sua forma de 
mensuração e seus impactos na vida diária das pessoas. Da mesma forma que existe um mercado de bens 
e serviços, composto por compradores e vendedores, também existe um mercado de câmbio, 
representado pelo conjunto de vendedores e compradores de moeda estrangeira, representado pelas 
famílias, empresas privadas, instituições financeiras e o próprio Banco Central. 
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É neste mercado em que é determinada a taxa de câmbio de equilíbrio. No entanto, esta taxa de câmbio 
não é constante, ao ver os noticiários ou ao entrar no site do Banco Central, veremos que todos os dias há 
uma taxa de câmbio diferente do outro. Isto é decorrente do tipo de regime cambial que é adotado no 
Brasil nos dias de hoje. Vamos assim investigar qual é este regime. 
Sabemos que a nossa moeda ora vale mais em termos da moeda estrangeira, ora vale menos, a isto 
chamamos de valorização e desvalorização. Entender como isto acontece é de extrema importância para a 
tomada de decisão da compra ou venda da moeda estrangeira, mesmo que seja apenas para realizar uma 
viagem. No entanto, também podemos ganhar dinheiro pela compra de ativos precificados em moeda 
estrangeira. Assim, também estudaremos o mercado de ativos cambiais. Um bom estudo para você! 
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Unidade 4 Página inicial 
TAXA DE CÂMBIO 
Para que possamos comparar os preços dos bens e serviços de diferentes países precisamos utilizar um 
mecanismo de conversão entre as diferentes moedas, este mecanismo é denominado de taxa de câmbio . 
Neste sentido a taxa de câmbio representa o preço relativo entre diferentes moedas e também pode ser 
usada como indexador de ativos financeiros a exemplo dos contratos de opções de dólar e títulos públicos. 
Neste caso está intimamente relacionada às expectativas das pessoas sobre o nível futuro dessa taxa. 
No Brasil a taxa de câmbio é expressa como sendo o preço de uma unidade da moeda estrangeira em 
termos de moeda nacional, ou seja, quantos reais valem um dólar. Em outros países, como nos EUA, a taxa 
de câmbio é expressa como sendo o preço de uma unidade da moeda nacional em termos de moeda 
estrangeira. Se adotarmos esta regra para o Brasil seria avaliar quantos dólares valem um real. 
Existem três conceitos importantes sobre a taxa de câmbio: taxa de câmbio nominal, taxa de câmbio real e 
a taxa de câmbio efetiva. Vamos aprender um pouco mais sobre cada um deles. 
Taxa de Câmbio Nominal 
Segundo Vasconcelos e Garcia (2011), a taxa de câmbio nominal é o preço de uma moeda em termos de 
outra. Exemplo: preço do dólar em reais. É expressa pela seguinte fórmula: 
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Assim, quando a moeda nacional fica relativamente mais cara em relação à moeda estrangeira temos uma 
valorização nominal do câmbio , isto é, a moeda nacional passa a valer mais em termos de moeda 
estrangeira. 
Exemplo 1: 
Vamos supor que em janeiro de 2013 a taxa de câmbio nominal do real em relação ao dólar, fosse de E = 
2,40, o que significa que você precisa de R$ 2,40 para comprar US$ 1,00. Se em fevereiro do mesmo ano a 
taxa de câmbio mudasse para E = 2,20, significa que agora você precisa apenas de R$ 2,20 para comprar 
US$ 1,00, ou seja, precisa dispor de menos dinheiro, significando que o nosso dinheiro se valorizou em 
relação à moeda estrangeira. Denominamos isso de Valorização Nominal do Câmbio . 
Quando a moeda nacional fica relativamente mais barata em relação à moeda estrangeira temos uma 
desvalorização nominal do câmbio , isto é, a moeda nacional passa a valer menos em termos de moeda 
estrangeira. Neste caso teríamos que dar mais reais para obter um dólar. 
Exemplo 2: 
Vamos supor que em março de 2013 a taxa de câmbio nominal do real em relação ao dólar, fosse de E = 
2,50, o que significa que você precisa de R$ 2,50 para comprar US$ 1,00. Após três anos, março de 2016, a 
taxa de câmbio passou a ser E = 3,20, significa que agora você precisa de R$ 3,20 para comprar US$ 1,00, 
ou seja, precisa dispor de mais dinheiro, significando que o nosso dinheiro se desvalorizou em relação à 
moeda estrangeira. Denominamos isso de Desvalorização Nominal do Câmbio . 
Como que esta valorização/ desvalorização nominal do câmbio impacta na economia? 
A taxa de câmbio impacta diretamente nas transações internacionais dos agentes econômicos de um país 
(famílias, empresas e o governo) com o resto do mundo. Nós precisamos de moeda estrangeira para poder 
viajar para o exterior, importar bens e serviços, realizar pagamentos de empréstimos, realizar 
investimentos, enviar recursos financeiros para o exterior como transferência de valores a residentes em 
outros países e royalties das empresas multinacionais. 
Como nossa renda é em moeda nacional, significa que para realizar todas estas transações supracitadas, 
devemos primeiro fazer a conversão da nossa moeda em moeda estrangeira, sendo o mecanismo utilizado 
para isto a taxa nominal de câmbio . Assim, quanto mais valorizada for à taxa de câmbio, menos reais 
necessitamos dispor para adquirir um dólar, assim em termos relativos, significa que fica mais barato 
viajar para o exterior, comprar produtos importados etc. 
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Por outro lado, quando a taxa de câmbio está desvalorizada , as transações com o exterior ficam mais 
caras, pois precisamos de mais dinheiro nacional para comprar moeda estrangeira. No entanto, apesar de 
encarecer as importações, as remessas de recursos para o exterior e as viagens internacionais, por 
exemplo, torna asnossas exportações mais competitivas, aumentando a renda do exportador. Vou 
explicar: se nós exportamos soja a US$ 17 a saca de 60 Kg e o câmbio for de E = 2,8, o exportador ganha 
R$ 47,6 por saca, mas se o câmbio se desvalorizar para E = 3,1, o exportador passa a ganhar R$ 52,7, 
aumentando a sua renda. Além disso, se o exportador quiser aumentar a sua competitividade ele tem uma 
margem de negociação, pois mesmo vendendo a soja a US$ 16,00 a saca, por exemplo, ainda assim teria 
uma renda maior, em torno de R$ 49,60. 
A desvalorização cambial além de impactar positivamente nas exportações, acaba por proteger o setor 
produtivo e de serviços nacionais, pois agora os produtos e serviços nacionais se tornam relativamente 
mais baratos em relação aos estrangeiros, aumentando o consumo destes em detrimento do consumo de 
produtos e serviços importados. 
Assim, tanto a valorização como a desvalorização cambial causam impactos positivos e negativos na 
economia nacional, por isto que o Banco Central atua no controle da taxa de câmbio. 
Taxa de Câmbio Real 
Segundo Lopes e Vasconcellos (2000), para que possamos determinar os fluxos comerciais entre os 
países, a taxa de câmbio que é relevante é a Taxa de Câmbio Real . Esta taxa representa a razão entre os 
preços estrangeiros e preços domésticos, medidos na mesma moeda. Ela mede a competitividade de um 
país no comércio internacional. No brasil esta taxa de câmbio é expressa pela seguinte fórmula: 
Exemplo 3: Considere que um automóvel produzido no Brasil custe R$ 20.000,00 e que o mesmo 
automóvel produzido nos EUA custe US$ 8.000,00. Se a taxa de câmbio nominal do Brasil for E = 2,40, 
temos a seguinte taxa de câmbio real: 
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Ou seja, o carro nos EUA é 4% (1- 0,96 = 0,04) mais barato que o carro brasileiro, visto que em reais o 
carro americano custa R$ 19.200,00 e no Brasil custa R$ 20.000,00. 
Exemplo 4: Agora vamos supor que a taxa de câmbio nominal sofra uma desvalorização de 4% passando a 
ser E = 2,5 a taxa de câmbio real passa ser: 
Ou seja, o carro nos EUA passa a ter o mesmo preço que o carro brasileiro, visto que em reais o carro 
americano custa agora R$ 20.000,00 o mesmo preço do carro brasileiro. Como a taxa de câmbio real 
passou de 0,96 para 1,00, dizemos que houve uma Desvalorização Real da Moeda Brasileira , ocasionada 
pela desvalorização nominal do câmbio que passou de E = 2,4 para E = 2,5. 
É importante salientar que a desvalorização real da moeda nacional, pode ocorrer pelos seguintes fatores 
(LOPES; VASCONCELLO, 2000): 
• Se o preço do produto estrangeiro aumentar mantido constante a taxa nominal do câmbio e o preço do 
produto nacional. 
• Se o preço do produto nacional reduzisse, mantido constante a taxa nominal do câmbio e o preço do 
produto nacional. 
• Se a taxa nominal de câmbio se desvalorizar mantido constante a taxa nominal do câmbio e o preço do 
produto nacional. 
Portanto, podemos verificar que uma desvalorização nominal do câmbio não necessariamente acarreta 
uma desvalorização real, pois irá depender do comportamento dos preços do produto nacional e 
estrangeiro. 
Por outro lado, a valorização real da moeda nacional, pode ocorrer pelos seguintes fatores: 
• Se o preço do produto estrangeiro reduzir mantido constante a taxa nominal do câmbio e o preço do 
produto nacional. 
• Se o preço do produto nacional aumentar, mantido constante a taxa nominal do câmbio e o preço do 
produto nacional. 
• Se a taxa nominal de câmbio se valorizar mantido constante a taxa nominal do câmbio e o preço do 
produto nacional. 
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Taxa de câmbio efetiva 
Como vimos, tanto a taxa nominal do câmbio como a taxa real, estabelecem uma relação entre duas 
moedas ou preços relativos de dois países. No entanto, um país não possui apena um único parceiro 
comercial, mas sim vários parceiros comerciais. Neste sentido ao calcular a taxa real de câmbio, 
deveríamos considerar a relação de preços entre todos os parceiros comercias de um país. 
Segundo Carvalho et al. (2007) a taxa efetiva real de câmbio levam em conta o peso relativo de cada 
parceiro no comércio, bem como a respectiva taxa de câmbio, sendo representada pela seguinte fórmula: 
Assim as mudanças na taxa de câmbio efetiva real dependem não apenas do comportamento dos preços 
dos produtos nacionais e estrangeiros e da taxa de câmbio nominal, mas da proporção destas variáveis de 
cada parceiro comercial do Brasil, por exemplo. 
Evolução da Taxa de Câmbio Nominal do Brasil 
O gráfico a seguir apresenta o comportamento da taxa de câmbio R$/US$ comercial 
(valor de venda) média do período de 2002 a 2016. Podemos verificar que em abril de 
2002 a taxa de câmbio era de E = 2,32, alcançando o menor valor em julho de 2008, em 
que a taxa de câmbio se valoriza alcançando um patamar de E = 1,59. 
A partir de 2012 a taxa de câmbio segue uma trajetória ascendente, representando 
uma contínua desvalorização cambial, atingindo o seu valor máximo em janeiro de 
2016, com uma taxa de câmbio de E = 4,05. Em março de 2017 a taxa de câmbio está no 
patamar de E = 3,13 apresentando assim uma valorização em relação à janeiro de 2016 
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de 29,39%. 
Figura 1 - Evolução da Taxa de Câmbio nominal do Brasil 
Fonte: IPEA ([2018], on-line)¹ . 
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POLÍTICA CAMBIAL 
Agora que já sabemos as principais definições sobre as taxas de câmbio, devemos entender como é 
determinado o valor da taxa de câmbio nominal . A taxa de câmbio nominal é determinada pelo Banco 
Central, por meio da operacionalização de política cambial , pela definição do Regime Cambial que deve 
ser seguido pelo país. 
De acordo com Kruman e Wells (2007), o regime cambial é então definido como uma política 
governamental de regras em relação à taxa de câmbio. Os dois principais regimes cambiais são: o regime 
de Câmbio Fixo e o Regime de Câmbio Flutuante, a partir dos quais outros regimes se derivaram, como os 
regimes de flutuação suja e o regime de bandas cambiais que estudaremos mais adiante. Por hora vamos 
concentrar a nossa análise nos dois primeiros regimes. 
Para que você possa entender o mecanismo de atuação do Banco Central, é necessário saber como ocorre 
à valorização e a desvalorização da taxa de câmbio. E neste sentido devemos entender a estrutura do 
balanço de pagamentos . 
Balanço de Pagamentos 
Todo dinheiro estrangeiro ou divisas, que entra e sai do Brasil em um determinado período, é 
contabilizado em uma demonstração financeira nacional chamada de balanço de pagamentos , que 
representa o resumo contábil das transações econômicas de um país com o resto do mundo. 
Este Balanço de Pagamentos é elaborado pelo Banco Central tendo como referência as transações 
realizadas pelos residentes do país, no caso o Brasil, e os residentes de outros países. Toda entrada de 
divisas constitui um crédito e toda a saída de divisas constitui um débito, veja o Quadro 1 a seguir: 
Quadro 1 - Entrada e Saída de Divisas 
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Fonte: adaptado de Lopes e Vasconcellos (2000). 
Assim, todos os dias existem entradas e saídas de moeda estrangeira no Brasil. Quando as operações de 
crédito são superiores as operações de débito, o saldo do balanço de pagamento é superavitário , 
significando que está entrado mais moeda estrangeira do que saindo dólar, por exemplo, e o dólar se 
desvaloriza em relação ao real, ocasionando uma valorização na taxa de câmbio nominal. 
Por outro lado, quando as operações de crédito são menores que as operações dedébito, o saldo do 
balanço de pagamento é deficitário, significando que está saindo mais moeda estrangeira do que entrando 
e o dólar se valoriza em relação ao real, ocasionando uma desvalorização nominal da taxa de câmbio. 
Por isso, que quando vemos no noticiário que a Balança Comercial é deficitária (Exportações menor que 
as Importações), a taxa de câmbio tende a se desvalorizar e vice-versa. 
Regime de Câmbio Fixo 
A questão relevante sobre o regime de câmbio fixo, é entender como o governo consegue fixar a taxa de 
câmbio se a mesma é determinada pelo mercado de oferta e demanda de divisas (moeda estrangeira). 
No regime de câmbio fixo o Banco Central fixa a taxa de câmbio nominal em um determinado patamar e 
atua comprando e vendendo a moeda estrangeira, também, a um preço estipulado previamente (LOPES; 
VASCONCELLOS, 2000). 
Quando entra na economia mais moeda estrangeira do que sai, a taxa de câmbio tende a uma valorização , 
isto acontece porque há uma oferta de divisas maior do que a demanda por divisas. Assim, para manter a 
taxa de câmbio fixa , o Banco Central deve atuar comprando o excesso de divisas (moeda estrangeira) no 
mercado cambial, evitando assim a valorização da moeda nacional em relação à moeda estrangeira. 
A Figura 2, apresenta o impacto no mercado de divisas e na determinação da taxa de câmbio de equilíbrio, 
quando a oferta de divisas é maior que a demanda e a atuação do Banco Central para manter a taxa de 
câmbio fixa: 
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Figura 2 - Aumento na Oferta de Divisas e impacto na Taxa de Câmbio 
Fonte: a autora. 
Analisando a Figura-2, vamos supor que inicialmente o mercado de câmbio (divisas) esteja no equilíbrio e 
a taxa nominal de câmbio seja E*1. O que acontece se o saldo do Balanço de Pagamento for 
superavitário? 
O saldo superavitário do Balanço de Pagamento, significa que está entrando mais moeda estrangeira do 
que saindo, assim a oferta de divisas se desloca para a direita, gerando um excesso de oferta de divisas. 
Quando isto acontece a taxa tende a uma valorização, indicando que o real está mais caro em relação à 
moeda estrangeira ou que precisamos de menos quantidade de moeda nacional para comprar um dólar, 
por exemplo. 
No entanto, em um regime de câmbio fixo, o Banco Central entra comprando o excesso de divisas para 
evitar que a taxa de câmbio se valorize para E*2, e a demanda por divisas se desloca para cima e para a 
direita. O novo equilíbrio ocorre quando D*2 = O*2, a mesma taxa de câmbio E*1. 
A Figura 3, apresenta o impacto no mercado de divisas quando a demanda por divisas é maior que a 
oferta, Veja: 
Figura 3 - Aumento da Demanda de Divisas e impacto na Taxa de Câmbio 
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Fonte: a autora. 
Analisando a Figura 3, supondo uma condição de equilíbrio inicial no mercado de câmbio (divisas) com 
uma taxa nominal de câmbio seja E*1. O que acontece se o saldo do Balanço de Pagamento for 
deficitário? 
O saldo deficitário do Balanço de Pagamento, significa que está saindo mais moeda estrangeira do que 
entrando, assim a demanda de divisas se desloca para a direita, gerando um excesso de demanda. Quando 
isto acontece a taxa tende a uma desvalorização, indicando que o real está mais barato em relação à 
moeda estrangeira ou que precisamos de mais quantidade de moeda nacional para comprar um dólar, por 
exemplo. 
No entanto, em um regime de câmbio fixo, o Banco Central entra vendendo o excesso de divisas para 
evitar que a taxa de câmbio se desvalorize para E*2 , e a oferta de divisas se desloca para a direita. O novo 
equilíbrio ocorre quando D*2 = O*2 , a mesma taxa de câmbio E*1 . 
No entanto, para que este tipo de regime funcione, o Banco Central deve ter primeiramente um estoque 
de divisas suficiente para poder entrar ora comprando ora vendendo moeda estrangeira. 
Apesar disso, a taxa de câmbio que o Banco Central quer manter como fixa, pode não ser a taxa de câmbio 
que equilibra o mercado de divisas, podendo ser mais elevada ou mais baixa. Veja: 
Figura 4 - Intervenção do Banco Central no Mercado de Câmbio 
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Fonte: a autora. 
Em ambos os gráficos (a e b) o país está tentando manter o valor da sua moeda da taxa de câmbio Em. No 
gráfico (a) a meta cambial do governo está acima da taxa de câmbio de equilíbrio, ocasionando um 
excedente de divisas no mercado cambial. Para impedir que a taxa de câmbio se valorize o Banco Central 
tem que entrar comprando divisas em troca da moeda nacional. 
No gráfico (b) a meta cambial do governo está abaixo da taxa de câmbio de equilíbrio, ocasionando uma 
escassez de divisas no mercado cambial e para impedir que a taxa de câmbio se desvalorize o Banco 
Central deve entrar vendendo divisas, suprindo a escassez. Neste sentido a taxa de câmbio é mantida fixa. 
No entanto, é importante observar que quando o Banco Central atua comprando o excedente de divisas, 
ele injeta moeda nacional na economia, aumentando a oferta de moeda e quando o faz a operação inversa 
ele reduz a oferta de moeda. Assim, muitos economistas dizem que em um Regime de Câmbio Fixo o 
controle monetário pelo Banco Central fica prejudicado. 
No regime de câmbio fixo a política monetária é considerada passiva, pois o Banco Central não pode 
tentar, de maneira sistemática, conduzir operações de mercado aberto, para fixar a taxa de juros. Com 
efeito, admita-se, por exemplo, que o Banco Central venda títulos públicos, contraindo a base monetária e 
aumentando a taxa de juros. 
Nestas circunstâncias, o capital externo entraria no país para aproveitar a subida da taxa de juros, e o 
Banco Central seria obrigado a comprar reservas internacionais, para impedir a queda da taxa de câmbio. 
Esta operação de compra de reservas internacionais aumentaria a base monetária e reduziria a taxa de 
juros; o processo de entrada de capital externo deixaria de ocorrer quando a taxa de juros voltasse para o 
seu nível anterior, com a base monetária no seu antigo patamar. 
Segundo Kruman e Wells (2007) quando um regime é de taxa de câmbio fixa, as desvalorizações e 
valorizações servem para duas finalidades: a primeira está relacionada ao fato de que podem ser usadas 
para eliminar escassez ou excesso de moeda estrangeira no mercado de divisas; e a segunda finalidade 
está relacionada ao fato de que a desvalorização ou valorização podem ser utilizados como instrumento 
de política macroeconômica. Por exemplo, uma desvalorização da taxa de câmbio, estimula as 
exportações e reduzem as importações, aumentando a demanda agregada da economia e assim da renda 
e da produção. Neste sentido a desvalorização cambial pode ser utilizada para evitar uma recessão e gerar 
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um crescimento econômico. Por outro lado, a valorização causa um efeito ao contrário, reduzindo a 
demanda agregada, podendo ser utilizada para evitar a inflação. 
Regime de Câmbio Flutuante 
Segundo Vasconcelos e Garcia (2011), no regime de câmbio flutuante, o Banco Central deixa que o 
mercado de câmbio estabeleça o preço da moeda estrangeira, ou seja, a taxa de câmbio se ajusta de modo 
a equilibrar o mercado de divisas. 
A Figura 5, apresenta o impacto do aumento da oferta de divisas no mercado cambial: 
Figura 5: Aumento na Oferta de Divisas e impacto na Taxa de Câmbio 
Fonte: a autora. 
Analisando a Figura 5, vamos supor que inicialmente o mercado de câmbio (divisas) esteja no equilíbrio 
em que a taxa nominal de câmbio seja E*1 . O que acontece se o saldo do Balanço de Pagamento for 
superavitário em regime de câmbio flutuante? 
O saldo superavitário do Balanço de Pagamento, significa que está entrandomais moeda estrangeira do 
que saindo, assim a oferta de divisas se desloca para a direita, gerando um excesso de oferta de divisas. 
Neste caso o Banco Central não intervém no mercado cambial e qualquer desequilíbrio será eliminado 
pelo mecanismo de preço. Assim, o excesso de oferta de divisas faz com que a taxa de câmbio se valoriza, 
indicando que o real está mais caro em relação à moeda estrangeira ou que precisamos de menos 
quantidade de moeda nacional para comprar um dólar, por exemplo. Quando o câmbio se valoriza, 
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aumenta a demanda por divisas, por que agora fica mais barato viajar para o exterior ou comprar e 
produtos importados, isto acontece até que um novo equilíbrio seja atingido em E*2, agora com uma 
quantidade ofertada e demandada de moeda estrangeira maior e uma taxa de câmbio nominal valorizada. 
Vamos analisar agora, o que acontece com a taxa de câmbio quando o saldo do Balanço de Pagamentos é 
deficitário. A Figura 6 apresenta este impacto: 
Figura 6 - Aumento na Demanda de Divisas e impacto na Taxa de Câmbio 
Fonte: a autora. 
Analisando a Figura 6, vamos supor que inicialmente o mercado de câmbio (divisas) esteja no equilíbrio 
em que a taxa nominal de câmbio seja E*1 . O que acontece se o saldo do Balanço de Pagamento for 
deficitário em um regime de câmbio flutuante? 
O saldo deficitário do Balanço de Pagamento, significa que está saindo mais moeda estrangeira do que 
entrando, assim a demanda por divisas se desloca para a direita, gerando um excesso de demanda. Neste 
caso o Banco Central não intervém no mercado cambial e qualquer desequilíbrio será eliminado pelo 
mecanismo de preço. Assim, o excesso de demanda de divisas faz com que a taxa de câmbio se 
desvaloriza, indicando que o real está mais barato em relação à moeda estrangeira ou que precisamos de 
maior quantidade de moeda nacional para comprar um dólar, por exemplo. Quando o câmbio se 
desvaloriza, reduz a demanda por divisas, por que agora fica mais caro viajar para o exterior ou comprar 
produtos importados, isto acontece até que um novo equilíbrio seja atingido em E*2, agora com uma 
quantidade ofertada e demandada de moeda estrangeira maior e uma taxa de câmbio nominal 
desvalorizada. 
Diferentemente do sistema de câmbio fixo, o Banco Central não e obrigado a disponibilizar suas reservas 
cambiais. Vantagem : defesa das reservas cambiais; política monetária direcionada para outros objetivos. 
Desvantagem : volatilidade – mercado financeiro – nacional/ internacional, inclusive especulativas 
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(VASCONCELLOS; GARCIA, 2011). 
No Brasil, desde 1999, a taxa de câmbio é determinada pelo Regime de Câmbio Flutuante administrado. 
Neste regime a formação da taxa de câmbio segue a lei de oferta e procura por divisas, mas o Banco 
Central, sempre que julgar conveniente para os objetivos de política econômica, pode intervir no mercado 
realizando leilões de compra e venda de moedas estrangeiras. Estas intervenções têm por objetivo a 
valorização ou desvalorização da taxa de câmbio, levando-a a um patamar considerado mais adequado 
para o desempenho das variáveis econômicas como: inflação, contas externas e crescimento econômico, 
representado pela variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB) da economia. 
Regimes Cambiais Intermediários 
Os regimes cambiais são divididos em três grupos: câmbio fixo; intermediário; e 
flutuante. A diferença entre os regimes extremos é simples: um apresenta como meta a 
manutenção da taxa de câmbio fixa; o outro a deixa flutuar livremente. A relação entre 
os regimes extremos e os intermediários é mais sutil. Segundo Modenesi (2005) os 
regimes intermediários são: 
• Flutuação suja : neste regime o Banco Central realiza intervenções esporádicas e 
limitadas no mercado cambial, com o objetivo de evitar excesso de variação da taxa de 
câmbio no curto prazo. Neste caso não há a intenção de manter a taxa de câmbio em 
um patamar específico, como na taxa de câmbio fixo. 
• Banda cambial : neste regime o Banco Central define um intervalo de flutuação da 
taxa de câmbio definindo um limite inferior (piso) e um limite superior (teto) para a taxa 
de câmbio. O Banco Central somente intervém no mercado de divisas, atuando como 
vendedor ou comprador, quando a taxa de câmbio ameaça atingir os limites inferior ou 
superior. Assim, quando a taxa de câmbio tende a atingir o limite superior do intervalo 
de flutuação o Banco Central entra vendendo divisas e vice-versa. 
• Minidesvalorização : neste sistema a taxa de câmbio nominal é reajustada 
periodicamente de acordo com algum indicador, como o diferencial de inflação interna 
e externa, com o objetivo de se ter uma taxa real de câmbio fixa, mantendo a 
competitividade externa da produção doméstica. 
• Câmbio fixo Ajustável : neste sistema a taxa de câmbio nominal é mantida fixa, mas 
não indefinidamente, como no regime de câmbio fixo. A taxa de câmbio pode ser 
alterada pelas autoridades monetária. 
Fonte: Mondenesi (2007). 
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MERCADO CAMBIAL 
Introdução ao Mercado Cambial 
O mercado cambial é a área do mercado financeiro, o qual ocorrem as operações de compra e vendas de 
moedas estrangeiras conversíveis, isto é, na qual há a conversão da moeda nacional em estrangeira e vice- 
versa e tem como principal função a transferência de recursos de uma nação para a outra. 
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Este mercado é constituído por todos os agentes econômicos que necessitam realizar operações com o 
resto do mundo como: instituições financeiras, exportadores, importadores, investidores e o próprio 
Banco Central (ASSAF NETO, 2014). 
Nós já aprendemos que o Banco Central atua no mercado cambial com o objetivo de controlar o estoque 
de moeda estrangeira (divisas) e a taxa de câmbio, mas ainda não sabemos como as operações cambiais se 
processam. 
De acordo com Fortuna (2005) as operações de câmbio se realizam por meio dos seguintes agentes: 
• Operadores de Câmbio: são corretores vinculados a uma instituição financeira na função de 
transacionar divisas. 
• Corretoras de Câmbio: são instituições que atuam como intermediários entre os operadores de câmbio 
e os agentes econômicos interessados em comprar e vender moeda. 
• Dealers de Câmbio: são instituições financeiras que atuam no mercado secundário de câmbio, 
representando o Banco Central. Estas instituições têm como principais obrigações: disponibilizar ao 
Banco Central todas as informações sobre o controle do mercado de câmbio; cotar as taxas de câmbio de 
compra e venda sempre que solicitado; participar dos leilões de câmbio promovidos pelo Banco Central e 
prover liquidez ao mercado de câmbio. 
Segundo Salvatore (2000), as operações no mercado de câmbio se processam da seguinte forma: por 
exemplo, uma empresa brasileira que exporta para os EUA receba o seu pagamento em dólares. O 
exportador brasileiro terá que trocar os dólares recebidos pela moeda de seu país (real) em um banco 
comercial. Em posse destes dólares, o banco pode vender a moeda estrangeira para os agentes 
econômicos que necessitem de dólares para realizar operações diversas no exterior como viajar, importar, 
investir etc. 
Dessa forma, os bancos comerciais funcionam como uma câmara de compensação do câmbio estrangeiro 
demandado e ofertado no curso das transações externas realizadas pelos residentes da nação. Os bancos 
comerciais brasileiros que possuem excesso de dólares ou divisas irão vendê-los, por meios das corretoras 
de câmbio, a outros bancos comerciais que possuem escassez de divisas para atender as demandas de 
seus clientes.Neste sentido, Salvatore (2000) identifica quatro níveis de participantes no mercado cambial: 
a) Primeiro nível: na base encontram-se os usuários tradicionais de divisas, como os turistas, os 
importadores, exportadores, investidores etc. Estes são os fornecedores imediatos da moeda estrangeira. 
b) Segundo nível: encontra-se os bancos comerciais, que atuam como câmara de compensação entre 
usuários e recebedores de câmbio. 
c) Terceiro nível: é representado pelos corretores de câmbio, por meio dos quais os bancos comerciais 
nivelam as suas entradas e saídas de câmbio entre si, é o chamado mercado interbancário ou de atacado . 
d) Quarto nível: é representado pelo Banco Central que atua como vendedor ou comprador de última 
instância para equilibrar o câmbio do país. Quando atua vendendo divisas, o Banco Central saca o 
montante necessário de suas reservas cambiais. Por outro lado, quando atua comprando divisas, ele 
aumenta o seu estoque de reservas cambiais. 
Com relação a segmentação do mercado de câmbio, no Brasil ele se apresenta da seguinte forma (ASSAF 
NETO, 2014): 
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a) Mercado de câmbio de taxas livres ou câmbio comercial : são as taxas de câmbio que cobrem as 
operações de importação e exportação, pagamentos internacionais de juros e dividendos, empréstimos 
externos, investimentos de capital etc. 
b) Mercado de câmbio de taxas flutuantes ou câmbio turismo : incluem as negociações de moeda 
estrangeira para operações de turismo e demais despesas relacionadas. 
Taxas de Câmbio à vista e a Termo 
A maioria das operações que envolvem taxa de câmbio possuem liquidação dentro de dois dias úteis após 
a data da realização da transação. Neste período as partes envolvidas nas transações enviam as 
instruções de débito e crédito das contas bancárias nos respectivos países. Este tipo de transação é 
denominado de transação à vista , sendo a taxa de câmbio utilizada para sua realização a taxa de câmbio 
spot . 
No entanto, nem todas as transações são realizadas com pagamento à vista. Existem transações cuja 
entrega e pagamento se realizam em uma data futura, chamadas de transações a termo . Este tipo de 
transação envolve a negociação de um contrato (contrato a termo), em que são estabelecidos uma data 
futura para compra ou venda de uma quantidade específica de moeda estrangeira, a uma taxa de câmbio 
pré-estabelecida. 
De acordo com Assaf Neto (2014), a taxa de câmbio estabelecida neste tipo de contrato é denominada de 
Taxa de câmbio forward ou a termo . Por exemplo, nestes contratos você pode estabelecer um acordo 
para a compra futura de US$ 10.000 dentro de dois meses, a uma taxa de câmbio de E = 2,3. Verifica-se 
que neste caso não há qualquer pagamento na data de assinatura do contrato, além do percentual que é 
paga como margem de garantia (que é uma margem de segurança para realização da operação). 
Segundo Salvatore (2000) os contratos a termos são estabelecidos para um mês, três meses ou seis 
meses, sendo o de três meses os mais comuns. Da mesma forma que no mercado a vista a taxa de câmbio a 
termo de equilíbrio é determinada no mercado de oferta e demanda de câmbio para entrega futura . 
A taxa a termo pode ser igual, superior ou inferior a taxa à vista. O que acontece em cada um destes casos? 
• Se a taxa a termo < taxa à vista – a moeda estrangeira apresenta um desconto a termo ( forward discount- 
FD ) em relação à moeda doméstica. Por exemplo, se a taxa à vista for de R$ 2,00 =$1,00 e a taxa a termo 
de três meses for de R$ 1,98 = $ 1,00, dizemos que o dólar está com um desconto a termo de dois 
centavos em relação ao real. 
• Se a taxa a termo > taxa à vista – a moeda estrangeira apresenta um prêmio a termo ( forward premium- 
FP ) em relação à moeda doméstica. Por exemplo, se a taxa a vista for de R$ 2,00 =$1,00 e a taxa a termo 
de três meses for de R$ 2,20 = $ 1,00, dizemos que o dólar está com um prêmio a termo de vinte centavos 
em relação ao real. 
Os contratos a termos de dólar são especialmente importantes para aqueles agentes econômicos que 
realizam transações em dólar e queiram se planejar para o futuro, fugindo de uma possível desvalorização 
ou valorização da taxa de câmbio, ou seja, ao negociar contratos a termo de dólar, a agente fixa no 
momento presente, a taxa de câmbio futura de sua negociação. Por exemplo, um importador que irá 
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receber a mercadoria daqui a dois meses, para evitar um aumento de custos decorrente de uma possível 
desvalorização do câmbio, pode negociar contratos a termos de câmbio a taxa de câmbio vigente na data 
de assinatura do contrato e fugir do risco de uma possível desvalorização do câmbio. A próxima seção irá 
tratar deste assunto com maior profundidade. 
Mercado de Câmbio Futuro, de Opções e SWAPs 
Cambiais 
Mercado Futuro: 
De acordo com Hull (2006) uma operação no Mercado Futuro compreende a compra ou a venda de 
contratos referentes a um ativo financeiro (dólares, por exemplo) ou ativos reais ( commodities ) listadas em 
Bolsa, a um preço acordado entre as partes, para liquidação (física e/ou financeira) em uma data futura 
específica, previamente autorizada. 
As principais características deste mercado são: 
• Padronização dos Contratos. 
• Elevada liquidez. 
• Risco de crédito baixo. 
• Negociação transparente em bolsa mediante o pregão. 
• Ajustes diários é a equalização de todas as posições no mercado futuro, com a consequente 
movimentação diária de débitos e créditos nas contas dos clientes, de acordo com a variação positiva ou 
negativa no valor das posições por eles detidas. 
• Possibilidade de encerramento da posição com qualquer participante em qualquer momento, graças aos 
ajustes diários do valor dos contratos. 
• Utilização do mecanismo das margens depositadas em garantia para evitar acumulação de perdas 
decorrentes da falta de pagamento de ajustes diários negativos. 
Assim, um contrato futuro de câmbio representa um contrato a termo para quantias padronizadas de 
moeda e datas selecionadas comercializadas em um mercado de organizado, que no caso do Brasil é 
representado pela BM&FBOVESPA. 
Participantes do mercado: 
Após definirmos o que é um contrato futuro de câmbio, passamos para a definição dos agentes 
participantes do mercado futuro, são eles: 
a) Especuladores: 
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Assumem o risco devido à possibilidade de obter retornos, levando em conta sua expectativa quanto aos 
preços futuros. São pessoas físicas ou jurídicas, que estão dispostos a assumir riscos das variações de 
preços motivados pela possibilidade de ganhos financeiros por meio da realização de lucros, aproveitando 
as flutuações de preços no mercado. 
Nos esforços que fazem para conseguir lucros, os especuladores devem prever, com a maior precisão 
possível, as oscilações futuras dos preços e das taxas de juros e de câmbio. Com objetivo de aperfeiçoar 
essas predições, muitos especuladores empregam tempo e recursos consideráveis para conseguir e 
analisar as informações sobre a situação e perspectivas das condições de oferta e procura. São eles que 
fornecem a liquidez no mercado representando 90% das negociações . 
b) Arbitradores: 
Buscam ganhos com a diferença de preços entre mercados distintos. Arbitragem consiste nas operações 
simultâneas no mercado físico e de futuros, de compra no mercado mais barato e venda no mercado mais 
caro. É necessário que a diferença entre o preço à vista, no mercado físico, e o preço futuro no mercado de 
futuros, seja maior que os custos de se realizar tal operação. 
É a existência do processo de arbitragem que assegura a eficiência dos mercados futuros , visto que é o 
que incentiva os especuladores ainvestirem neste mercado . 
c) Hedgers : 
São aqueles que realmente operam neste mercado com interesse no ativo objeto do contrato. Seu único 
objetivo é minimizar o risco de mercado no preço do seu produto, no caso de nosso estudo, da taxa de 
câmbio. No mercado financeiro, o emprego da palavra hedging refere-se a uma modalidade operacional 
que visa proteger uma carteira de títulos ou de commodities contra mudanças adversas de preços ou de 
taxas de juro (HULL, 2006). 
A função do hedger é a de administração do risco. Dessa forma, o hedger , normalmente, assume uma 
posição no mercado de derivativos contrária àquela assumida no mercado à vista. 
Exemplo 1 de Hegde cambial: 
Um investidor está aplicado em um título do governo indexado ao câmbio, como uma NTN-D. Para ele se 
proteger contra uma possível queda futura do dólar, ele fica VENDIDO em dólar futuro, se apropriando de 
renda no caso de queda do valor, compensando a perda no carregamento do título à vista. 
Esta operação de VENDA futura de câmbio serve também para os exportadores fazerem seu hedge , pois, 
assim como os detentores de títulos cambiais, eles também perdem com a queda do dólar. Por outro lado, 
para um investidor ou empresa com dívidas em dólar, ou um importador, o hedge tem de ser feito no outro 
sentido, qual seja, o da compra de contratos futuros de câmbio, pois a alta da moeda americana iria 
impactar, negativamente, o seu balanço. 
Margem de Garantia 
Numa operação de contrato futuro, não se recebe ou paga nenhum valor adiantado , a não ser A 
MARGEM DE GARANTIA , que é uma fração muito pequena do valor total do contrato. É um depósito 
exigido de todos os participantes que detenham posições em aberto. É o valor mínimo para operar . 
As margens podem ser pagas em: dinheiro, títulos públicos e privados e outros ativos aceitos na Bolsa. 
Serão usadas caso os clientes não honrem seu compromisso de depósito de ajuste diário . A bolsa pode 
solicitar o depósito de margem adicional . O Quadro 2 a seguir apresenta o percentual de margem de 
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garantia inicial para vário tipos de contratos futuros, veja: 
Quadro 2 - Contratos Futuros e Margem de Garantia Inicial 
Fonte adaptado de ADVFN ([2018], on-line)2 . 
Assim, verifica-se que os percentuais da margem de garantia inicial são maiores nos contratos financeiros 
do que para os contratos de commodities agrícolas. Isto é explicado pelo fato de os tamanhos dos 
contratos de commodities serem maiores, com maior valor de negociação. 
Ajustes Diários: 
Numa operação de contrato futuro, não se recebe ou paga nenhum valor adiantado, a não ser os Ajustes 
Diários , que são uma fração muito pequena do valor total do contrato. Consiste na diferença que a parte 
vendedora recebe da parte compradora quando o preço de venda cai, ou paga quando preço de venda 
sobe. 
O Hedger pode assumir uma posição comprada ou vendida no mercado futuro, ou seja, pode negociar 
contratos de compra de dólares a uma determinada taxa de câmbio ou negociar contratos de venda de 
dólares. Se estiver em uma posição vendida e a taxa de câmbio se desvalorizar, paga-se ajuste diária, e 
recebe caso contrário. Por outro lado, se estiver em uma posição comprada e a taxa de câmbio se 
desvalorizar, recebe ajuste diário e paga caso contrário. Resumindo temos: 
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Fonte: a autora. 
Assim, todos os dias todas as partes nivelam suas posições, recebendo seus rendimentos ou pagando suas 
obrigações e evita que uma das partes (a que está sendo prejudicada) deixam de cumprir suas obrigações. 
Prosseguindo em nossa análise, para Fortuna (2005), as margens de garantia, que foram criadas para 
aumentar a eficiência do ajuste diário, sendo uma espécie de caução que o investidor tem para que 
depositar para operar no mercado. 
Os ajustes são feitos diariamente por meio da seguinte fórmula (HULL, 2006): 
Posição aberta no mesmo dia: 
Posição aberta no dia seguinte: 
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Assim, tal mecanismo faz com que as posições em aberto sejam liquidadas diariamente confrontando-se o 
preço da operação com o preço de ajuste , o qual é calculado durante a última meia hora ou os quinze 
últimos minutos do pregão (dependendo de cada contrato), pela média ponderada. Com isso, o risco de 
inadimplência é limitado a um dia , sendo coberto pelo depósito de margem que tanto compradores como 
vendedores de contratos futuros devem depositar. 
Contrato Futuro de Dólar 
No Brasil, os contratos futuros são negociados na MM&FBOVESPA, e basicamente, existe dois grandes 
grupos de contratos: Os contratos financeiros e contratos agropecuários. Além disto, dentro destes 
grupos existem outras duas segmentações que são classificadas como contratos padrão, que são 
negociados de maneira tradicional via mesa de operações e minicontratos que tem o tamanho reduzido e 
são de negociação exclusiva via internet pelo Webtrading . 
De acordo com a BM&FBOVESPA (2016) o contrato futuro de dólar possui as seguintes características: 
• Ativo-objeto: a taxa de câmbio de reais por dólar dos Estados Unidos, para entrega pronta, contratada 
em termos da resolução 1690/90, do Conselho Monetário Nacional. 
• Tamanho do contrato: Contrato Padrão US$ 50.000,00 e minicontrato US$ 5.000,00. 
• Lote Padrão: cinco contratos. 
• Cotação: Reais por US$ 1000,00. 
• Vencimentos: todos os meses do ano. 
• Último dia útil de negociação: último dia útil do mês anterior ao vencimento. 
• Data de vencimento do contrato: primeiro dia útil do mês de vencimento. 
• Liquidação: taxa média de venda apurada pelo BACEN, transação PTAX 800, do último dia de 
negociação. 
Exemplo 2 de uma operação de hedge: 
Uma empresa capta, para capital de giro ou investimento, um empréstimo no valor de US$ 100.000,00. Ao 
verificar a cotação do contrato futuro de dólar comercial, toma a decisão de assumir uma posição 
comprada nesse mercado, a fim de se proteger de uma alta nas cotações na moeda estrangeira. Ao fazer 
isso, ganhará com a alta nas cotações da moeda estrangeira. 
O contrato futuro de dólar comercial tem com tamanho US$ 50.000,00. Dessa forma ele deve assumir em 
27/10/2016, uma posição comprada de 2 contratos (US$ 100.000,00), no dia D+0, ao preço de R$ 
2.875,00/US$ 1.000,00, com vencimento em novembro de 2016. 
A seguir, segue a tabela que mostra como evoluiria a operação com determinados preços de ajuste. 
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(*) Fórmula: AD = [(2900 – 2876) x 100.000] / 1000 = R$ 2500.00. 
Fonte: a autora. 
Como a empresa terá que pagar em reais no vencimento, pagará R$ 290.500,00 [100.000 x 2,905 (preço 
de liquidação)]. Entretanto, ela recebeu R$ 3.000,00 em ajustes diários, neste caso o custo da transação 
será: R$ 290.500 – R$3.000 = R$ 287.500, exatamente o que havia planejado fixando o câmbio a 2,875 
(2,875x 100.000 = R$ 287.500). 
Para o especulador, o que acontece se ele estiver em uma posição comprada de 
contrato de câmbio, e a taxa de câmbio se desvalorizar? Terá prejuízo ou lucro? 
a) Mercado de opções: 
O mercado de opções é uma modalidade de mercado a prazo, o qual são negociados direitos de comprar 
ou de vender um determinado ativo, mediante pagamento pelo comprador (titular) ao vendedor 
(lançador) de um valor chamado prêmio, com preço do ativo e prazo de exercício previamente fixados. 
Uma opção confere, ao titular, o direito (e não obrigação) de comprar ou de vender um determinado ativo 
(ação, título ou bem qualquer) por um valor determinado. 
Uma opção pode ser vista como uma apólice de seguro , em particular a opção de venda é análoga a um 
seguro de automóvel, pois permite recuperarum valor predeterminado pelo ativo, mesmo que este tenha 
desvalorizado muito. Por outro lado, a opção de compra é semelhante ao sinal pago na compra de um 
imóvel, pois garante o preço fixo e a preferência na compra. 
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O valor de uma opção e suas características de negociação estão ligadas a um ativo adjacente. Uma opção 
de câmbio é um contrato que concede ao comprador o direito e não a obrigação de comprar (opção de 
compra- call ) ou vender (opção de venda – put ) uma quantidade padronizada de uma determinada moeda 
estrangeria em uma data futura e a um preço estipulado. 
Definições importantes: 
• Opção de Compra ( Call ): direito de comprar o ativo. 
• Opção de Venda ( Put ): direito de vender o ativo a um determinado preço e dentro de um determinado 
período de tempo no futuro. 
• Titular da opção: é o comprador-proprietário da opção e tem um direito, e não uma obrigação. 
• Vendedor da opção: é denominado de o lançador de uma opção, é obrigado a preencher os 
requerimentos da opção se a opção for exercida. 
• Lançador - Aquele que assume a obrigação de vender ou comprar do titular - se opção de venda ou de 
compra, se este exercer, o objeto a que se refere o contrato, ao preço previamente estipulado, a qualquer 
tempo até o vencimento da opção. 
• O Prêmio: é o valor pago pelo titular para ter o direito de vender ou comprar a certo preço no futuro. 
• Preço de Exercício: é o preço pretendido (strike). 
Quanto à forma de encerramento, as Opções podem ser classificadas como: 
• Opções Europeias: o direito pode ser exercido somente na data de vencimento do contrato (data de 
exercício). 
• Opções Americanas: o direito pode ser exercido a qualquer momento até a data de exercício. 
O comprador da opção pode buscar duas posições distintas de proteção: 
• Proteção de QUEDA do preço: opção de venda (PUT) – garante ao titular (comprador) a certeza de um 
preço mínimo de venda para o seu ativo numa data futura. Se o preço cair, o comprador tem a garantia do 
preço de exercício. 
• Proteção de ALTA do preço: opção de compra (CALL) – garante ao titular (comprador) a certeza de um 
PREÇO MÁXIMO de compra para o seu ativo numa data futura. Se o preço subir, o comprador tem a 
garantia do preço de exercício. 
O comprador da opção tem a escolha de adquiri-la ou desistir da compra se ela não se mostrar não 
lucrativa. Por outro lado, o vendedor da opção tem que cumprir o contrato se o comprador exercer o seu 
direito. Para ter este direito, o comprador paga um prêmio ao vendedor da opção que varia entre 1% a 5% 
do valor do contrato. Além disso, a compra de uma opção não requer o recolhimento de margem de 
garantia como no futuro, não existindo o risco de receber uma chamada de margem, nem pagamento de 
ajuste diário. 
b) Mercado de Swaps 
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É o mercado que são trocados índices de rentabilidade por outro com o objetivo de reduzir riscos de 
mercado, casar posições ativas com passivas, equalizar preços e alavancar a exposição ao risco. Por 
exemplo temos as seguintes situações (CVM, 2009): 
• Uma instituição que possua um ativo a taxas pós-fixadas e queira trocá-lo por taxas fixas com outra 
instituição que queira fazer o inverso. 
• Uma instituição que possua o seu passivo atrelado à taxa de CDI e um ativo atrelado a taxa de câmbio e 
queira trocar a rentabilidade do câmbio pela do CDI no mercado de swap, compatibilizando assim, a 
variação de ativo e passivo e retirando este risco de sua estrutura contábil. 
De acordo com Assaf Neto (2014), no Swap cambial, um investidor assume o compromisso de pagar a 
outro o resultado da variação cambial verificada em certo período, recebendo em troca pagamento 
baseado em taxa de juros, como a taxa Selic. Por exemplo: o Banco Central pode entrar no mercado 
oferendo contratos de Swap cambial pelos leilões para conter uma valorização do dólar em relação ao real 
(desvalorização do real). O Banco Central promete pagar ao investidor a variação do câmbio, e recebe em 
troca um rendimento com o pagamento de uma taxa de juros. Por outro lado, quando o Banco Central 
quer evitar uma desvalorização do dólar (valorização do real) ele realiza uma operação denominada de 
Swap reverso , pagando ao investidor uma taxa de juros e recebendo a variação cambial verificada no 
período. 
Nas Swaps cambiais não há a necessidade do manuseio físico das moedas. Ao final do prazo da operação, 
cada investidor contabiliza os seus resultados líquidos e efetua os acertos financeiros. Assim, caso o dólar 
tenha se desvalorizado frente ao real, por exemplo, a parte que apostou na moeda nacional apura um 
ganho, recebendo da outra parte o diferencial de fluxo de caixa, da parte que apostou na valorização do 
dólar. 
No site da BM&FBovespa, na aba “Mercados” selecione a opção “Mercadorias e 
Futuros” . No menu lateral selecione “Derivativos” e depois “contratos” . Nessa seção, 
você encontra a especificação de todos os contratos futuros transacionados na 
BM&FBovespa. 
Para saber mais acesse o link: < www.bmfbovespa.com.br/ >. 
Fonte: a autora. 
Avançar 
UNICESUMAR | UNIVERSO EAD 
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Unidade 4 Página inicial 
ATIVIDADES 
1. Vamos supor que em janeiro de 2015 a taxa de câmbio nominal do real em relação ao dólar, fosse de E = 
3,50, o que significa que você precisa de R$ 3,50 para comprar US$ 1,00. Se em março do mesmo ano a 
taxa de câmbio mudasse para E = 3,20, significa que agora você precisa apenas de R$ 3,20 para comprar 
US$ 1,00. Sobre esta variação da taxa de câmbio leia as afirmativas e assinale a alternativa correta: 
a) A taxa de câmbio ao passar de E = 3,50 para E = 3,20, significa que houve uma valorização real do 
câmbio. 
b) A taxa de câmbio ao passar de E = 3,50 para E = 3,20, significa que houve uma desvalorização nominal 
do câmbio. 
c) A taxa de câmbio ao passar de E = 3,50 para E = 3,20, significa que houve uma valorização nominal do 
câmbio. 
d) A taxa de câmbio ao passar de E = 3,50 para E = 3,20, significa que houve uma desvalorização da taxa 
efetiva de câmbio. 
e) A taxa de câmbio ao passar de E = 3,50 para E = 3,20, significa que houve uma desvalorização real do 
câmbio. 
2. O mercado de opções é uma modalidade de mercado a prazo que são negociados direitos de comprar 
ou de vender um determinado ativo, mediante pagamento pelo comprador (titular) ao vendedor 
(lançador) de um valor chamado prêmio, com preço do ativo e prazo de exercício previamente fixados. 
Sobre o mercado de opções leia as afirmações e assinale a alternativa correta: 
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I. Uma opção confere, ao titular, o direito (e não obrigação) de comprar ou de vender um determinado 
ativo (ação, título ou bem qualquer) por um valor determinado. 
II. Titular da opção: é denominado de lançador de uma opção e é obrigado a preencher os requerimentos 
da opção se a opção for exercida. 
III. Vendedor da opção: é o comprador-proprietário da opção e tem um direito de exercer a opção, e não 
uma obrigação. 
IV. Uma opção pode ser vista como uma apólice de seguro, em particular a opção de venda é análoga a um 
seguro de automóvel, pois permite recuperar um valor predeterminado pelo ativo, mesmo que este tenha 
desvalorizado muito. 
a) Somente I e II estãocorretas. 
b) Somente II e III estão corretas. 
c) Somente I, II e IV estão corretas. 
d) Somente I e IV estão corretas. 
e) Todas as alternativas estão corretas. 
3. Vamos supor que você é um exportador de café interessado em garantir determinado nível de preço em 
dólar para o seu produto. Para isto você negocia uma opção de venda de dólar, cuja taxa desejada é de E= 
3,30. Você só irá exercê-la quando: 
a) a taxa de câmbio no mercado a vista de E = 3,10. 
b) a taxa de câmbio no mercado a vista de E = 3,40. 
c) a taxa de câmbio no mercado a vista de E = 3,00. 
d) a taxa de câmbio no mercado a vista de E = 3,05. 
e) a taxa de câmbio no mercado a vista de E = 3,08. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Neste estudo aprendemos que qualquer que seja as transações com o exterior devemos antes realizar o 
câmbio de nossa moeda nacional com a moeda estrangeira, também definida como divisas. Para isto 
utilizamos um parâmetro de conversão representado pela taxa de câmbio. Aprendemos que existe três 
definições importantes da taxa de câmbio: a taxa de câmbio nominal, a taxa de câmbio real e a taxa de 
câmbio efetiva. A primeira taxa é a mais utilizada como medida de conversão, visto que mede a 
quantidade de moeda nacional necessária para a compra de uma unidade da moeda estrangeria. A 
segunda taxa é utilizada quando queremos medir a competitividade de um país no comércio internacional, 
considerando em sua fórmula os preços estrangeiros e preços domésticos, medidos na mesma moeda. A 
terceira definição de taxa de câmbio considera a relação de preços entre todos os parceiros comercias de 
um país. Lembrando que na segunda e na terceira definição a taxa nominal de câmbio está embutida em 
sua forma de mensuração. 
Em todas estas definições a taxa de câmbio não é constante ao longo do tempo, pois é determinada no 
mercado de oferta e demanda por moeda de divisas e da mesma forma que no mercado de bens e 
serviços, quando há uma demanda maior que a oferta por moeda estrangeira a taxa de câmbio do real em 
relação ao dólar se desvaloriza, indicando que a moeda estrangeira se tornou mais cara. Neste sentido, 
fica mais caro importar, viajar para o exterior e o custo dos empréstimos aumenta. Por outro lado, um 
exportador aumenta a sua renda, pois agora ganha mais moeda nacional para cada unidade de moeda 
estrangeria recebida. E quando a oferta de divisas é maior que a demanda, a taxa de câmbio nominal se 
valoriza e o feito na economia é o inverso. 
A política cambial adotada pelo governo é que define se a taxa de câmbio deve ser mantida fixa, pode 
flutuar, ou se deve ser flutuante, mas administrada pelo Banco Central. Estas formas de política são 
representadas pelos Regimes Cambiais. Quando o regime é de câmbio fixo o Banco Central intervém no 
mercado de câmbio, comprando e vendendo divisas para acabar como excesso de oferta e a escassez de 
demanda, mantendo a taxa de câmbio fixa. Por outro lado, no regime de câmbio flutuante a taxa é 
determinada no mercado de câmbio, sem interferência do Banco Central. Aprendemos que no Brasil o 
Regime de Taxa de Câmbio é flutuante, mas é administrado pelo Banco Central, que intervém comprando 
ou vendendo divisar para evitar grandes flutuações cambiais. 
Também aprendemos que a maioria das operações que envolvem taxa de câmbio possuem liquidação 
dentro de dois dias úteis após a data da realização da transação, denominadas de transações à vista. No 
entanto nem todas as transações são realizadas com pagamento à vista. Existem transações cuja entrega 
e pagamento se realizam em uma data futura, chamadas de transações a termo . Este tipo de transação 
envolve a negociação de um contrato (contrato a termo), em que são estabelecidos uma data futura para 
compra ou venda de uma quantidade específica de moeda estrangeira, a uma taxa de câmbio pré- 
estabelecida. Estes contratos quando padronizados e negociados em Bolsas, no Brasil na 
BM&FBOVESPA, são denominados de: Contratos Futuros de Câmbio, Opções e Swaps cambiais. Estes 
contratos são utilizados como uma forma de investimento pelos especuladores, como uma ferramenta de 
gestão financeira pelas empresas que realizam transações internacionais e querem se proteger da 
volatilidade do câmbio e como um instrumento de política pelo Banco Central. 
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Material Complementar 
Leitura 
Teoria e Prática Cambial: Exportação e Importação 
Autor: Aquiles Vieira 
Editora: Aduaneiras 
Sinopse: atualizada de acordo com o Incoterms 2010 e com 
o Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais 
Internacionais. Aquiles Vieira expõe, nesta obra, com 
objetividade e clareza, os principais aspectos práticos e 
operacionais relacionados ao comércio exterior. Sendo 
assim, representa uma importante fonte de pesquisa para 
estudantes e demais interessados que atuam ou que 
desejam atuar no mercado internacional. Elaborada a partir 
da experiência profissional e de docência do autor, tem 
como objetivo responder a muitas indagações sobre os 
méritos que cercam o comércio internacional, 
principalmente no que diz respeito à sua praticidade e 
aplicabilidade. 
Na Web 
Este vídeo apresenta a estratégia do Banco Central 
brasileiro para amenizar a instabilidade cambial pelas 
operações com Swaps cambiais. 
Acesse 
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REFERÊNCIAS 
ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro . 12. ed. São Paulo: Atlas, 2014. 
BM&FBOVESPA. Contrato Futuro de Dólares . 2016. Disponível em: < http://www.lerosa.com.br/ 
arquivos/futuros/Futuro_Dolar.pdf >. Acesso em: 12 jul. 2018. 
CARVALHO, F. J. C.; PIRES, S. F. E.; SICSU, J.; PAULA, L. F. R.; STUDART, R. Economia Monetária e 
Financeira . Rio de Janeiro: Campus, 2007. 
CVM. Mercado de Derivativos . Comissão de Valores Mobiliários. Rio de Janeiro: Comissão de Valores 
Mobiliários, 2014. (Caderno CVM, 9). Disponível em: 
< http://www.investidor.gov.br/portaldoinvestidor/export/sites/portaldoinvestidor/publicacao/Cadernos/ 
CVM-Caderno-9.pdf >. Acesso em:12 jul. 2018. 
DURNBUSCH, R.; FICHER, S. Macroeconomia . 5. ed. São Paulo: Makron Books, 1991. 
FORTUNA, E. Mercado Financeiro . 16. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005. 
HULL, F. Opções, futuros e outros derivativos . 3. ed. São Paulo: BM& 
KERR, R. B. Mercado Financeiro e de Capitais . São Paulo: Perarson, 2011. 
KRUMAN, P.; WELLS, R. Introdução a Economia . Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 
LOPES, J.; ROSSETTI, J. Economia Monetária . São Paulo: Atlas, 1998. 
LOPES, L. M.; VASCONCELLOS, M. A. S. Manual de Macroeconomia . São Paulo: Atlas, 2000. 
MODENESI, A. M. Regimes Monetários : Teoria e a Experiência do Real. Barueri: Manoli, 2005. 
SALVATORE, D. Economia Internacional . 6 ed. Rio de Janeiro: JC, 2000. 
VASCONCELLOS, M. C. S. Economia : Micro e Macro. 4. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 1994. 
VASCONCELLOS, M. A. S.; GARCIA, M. E. Fundamentos de Economia . São Paulo: Saraiva,2011. 
REFERÊNCIAS ON-LINE 
1 Em: < http://ipeadata.gov.br/ExibeSerie.aspx?serid=38389 >. Acesso em: 11 jul. 2018. 
2 Em: < http://br.advfn.com/investimentos/futuros/margem-de-garantia >. Acesso em: 12 jul. 2018. 
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APROFUNDANDO 
OPERAÇÃO DE HEDGE CAMBIAL 
Uma empresa importadora, necessita de dólares para pagar os lotes de mercadorias que importa dos EUA, 
no valor de US$ 300.000,00. Ao verificar a cotação do contrato futuro de dólar comercial, toma a decisão 
de assumir uma posição comprada nesse mercado, a fim de se proteger de uma alta nas cotações na 
moeda estrangeira. Ao fazer isso, ganhará com a alta nas cotações da moeda estrangeira. 
Ao analisar os contratos futuro de dólar comercial, verificou que cada contrato tem o tamanho US$ 
50.000,00. Dessa forma ele deve assumir em 10/01/2017, uma posição comprada de 6 contratos (US$ 
300.000,00), no dia D+0, ao preço de R$ 3.100,00/ US$ 1.000,00, com vencimento em fevereiro de 2017. 
A seguir, a tabela que mostra como evoluiu a operação com determinados preços de ajuste. 
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(*) Fórmula: AD = [(3150 – 3000) x 300.000] / 1000 = R$ 15.000.00. 
Fonte: a autora. 
Como a empresa terá que pagar em reais no vencimento, pagará R$ 924.000,00 [300.000 x 3,080 (preço 
de liquidação)]. Entretanto, ela pagou R$ 6.000,00 em ajustes diários, neste caso o custo da transação 
será: R$ 924.000,00 + R$6.000 = R$ 930.000, exatamente o que havia planejado fixando o câmbio a 3,10 
(3,10x 300.000 = R$ 930.000). 
Conclusão: Assim no caso do hedge, na operação de contrato futuro de câmbio ele não saiu nem 
ganhando nem perdendo, visto que conseguiu fixar a taxa de câmbio de acordo com o planejado, e o custo 
da mercadoria saiu exatamente o que esperava. 
O que aconteceria se este agente fosse um especulador? 
O especulador que está em uma posição comprada, sairia no prejuízo, pois teria que pagar de ajuste diário 
o equivalente a R$ 6.000, em apenas 4 dias de operação. Por outro lado, o especulador que está em uma 
posição vendida, lucrou R$ 6.000. Por causa disto, é de extrema importância que o investidor saiba 
analisar as tendências de taxa de câmbio, que são determinadas no mercado de oferta de demanda de 
divisas, para poder tomar a decisão correta, de qual posição deve assumir no Mercado Futuros. 
PARABÉNS! 
Você aprofundou ainda mais seus estudos! 
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EDITORIAL 
DIREÇÃO UNICESUMAR 
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Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
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Distância; FRANCO , Juliana. 
Mercado Monetário e de Câmbio. 
Juliana Franco. 
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Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018. 
43 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Mercado. 2. Monetário. 3. Câmbio. 4. EaD. I. Título. 
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