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DIÁLOGOS NÃO ESCREVA NO LIVRO 1. O conhecimento matemático e as técnicas de engenharia necessários para a construção de edifícios altos são de domínio humano há mui- to tempo, como provam as antigas pirâmides do Egito e de países da América, por exemplo. Essas grandes construções ficaram, até um período bem recente, restritas a alguns pontos da paisagem urbana, em razão da limitação para utilizá-las no cotidiano. O que possibilitou a construção de grandes edifícios para uso residencial e comercial foi a invenção, em 1853, do ele- vador predial de passageiros com sistema de segurança em caso de rompimento de cabo. Hoje são raras as grandes cidades sem altos edifícios, os chamados arranha-céus. A construção das cidades materializa um panorama urbano, uma linha artificialmente desenhada no horizonte vista pelo observador mais distante (skyline, em inglês), como representado no exemplo acima. Como seria a representação de sua cidade? Elabore o panorama urbano dela, utilizando o suporte e a técnica em que tiver mais habilidade ou que queira aprimorar, como desenho em grafite, colagem, software para criação de imagens, transformação de fotografia em desenho, etc. Antes, converse com o professor e os colegas sobre como a produção será divulgada, pois isso interfere na decisão de seu tamanho, técnica e suporte. 2. É possível conciliar liberdade e segurança? Qual desses dois conceitos é mais valorizado pela socie- dade atual? A quais indícios você pode recorrer para sustentar sua hipótese? 3. Leia trecho da entrevista dada pela socióloga holandesa Saskia Sassen (1947-) sobre a formação de favelas e periferias e então faça o que se pede. [...] O crescimento acelerado das favelas e periferias não é acidente. Todo ano, milhões de pe quenos agricultores são expulsos de suas terras, substituídos por uma mina, uma nova expansão urbana, etc. O único lugar aonde podem ir são as favelas das grandes cidades. SASSEN, Saskia. Os invisíveis do sistema [entrevista]. Fronteiras do Pensamento, 14 set. 2017. Disponível em:https://www.fronteiras.com/entrevistas/osinvisiveisdosistema. Acesso em: 14 maio 2020. a) Por que a autora afirma que as favelas não são um acidente? b) Certamente a resolução dos problemas sociais urbanos exige alterações amplas e estruturais que compreendem posicionamentos filosóficos sobre a compreensão de ser humano e de sociedade e pode implicar ou não políticas de geração de emprego, formação escolar, distribuição de renda, acesso a moradia, etc. Mas, enquanto isso tudo não se desenrola, como agir com os milhares de pessoas passando necessidades? Dar esmola ajuda ou atrapalha? E doar comida? Esse é um pro- blema exclusivo do Estado ou de todas as pessoas? E as ONGs, fazem diferença? Como conhecê- -las e participar delas? De que maneira você, jovem, pode contribuir para amenizar esse problema? Pense nessas questões e participe de uma roda de conversa em sala de aula. Registrem uma sínte- se das principais conclusões, ideias e informações que levantarem. c) Que tal partir para a ação e se engajar de alguma forma? Se considerar que é o caso, o que acha que poderia e gostaria de fazer? Veja as respostas das atividades desta seção no Manual do Professor. S to c k L e b /S h u tt e rs to c k 93 V5_CIE_HUM_Claudio_g21Sa_Cap3_084a117.indd 93V5_CIE_HUM_Claudio_g21Sa_Cap3_084a117.indd 93 9/24/20 9:16 AM9/24/20 9:16 AM Mobilidade urbana Uma das grandes queixas dos moradores das grandes cidades é o trânsito carregado. As vias urbanas costumam apresentar índices elevados de tráfego de veículos, aumentando o tempo de deslocamento dos moradores. Além disso, o trân- sito também é responsável por uma significativa parcela de mortes decorrentes de acidentes. No Brasil, as estatísticas apontam a morte de cinco pessoas por hora. Entretanto, a mobilidade urbana é algo muito maior que o uso de veículos automotores, coletivos ou individuais. Trata-se da forma de deslocamento cotidiano de pessoas e bens no espaço urbano, o que inclui veículos não automotores, como bicicletas, e os deslocamentos a pé. As cidades com trânsito intenso, com modos de condução violentos e ausência de vias seguras para ciclistas e pedestres (ciclovias ou ciclofaixas e calçamento adequado para pedestres, iluminadas e rodeadas por uma vida urbana, como estabelecimentos comerciais, por exemplo), tendem a inibir esses tipos de deslocamentos, ativos, por se tornarem perigosos, ainda mais se a realidade social desse espaço for caracterizada por roubos e assaltos. Portanto, aprimorar a mo bilidade urbana envolve melhorar o fluxo de pessoas, o que nem sempre significa aumentar a velocidade de deslocamento, mas sim a segurança das vias, pois as pessoas podem preferir gas- tar mais tempo em um traje- to, percorrendo-o a pé ou de bicicleta, para evitar poluir o ar, economizar dinheiro com passagem ou combustível, desfrutar da paisagem, pra- ticar atividade física, etc. 1. Qual a relação do uso do automóvel com o texto de advertência escrito pelo autor da charge? 2. A qual analogia o chargista recorre para fazer a crítica ao automóvel? Veja respostas e orientações no Manual do Professor. Interpretar Congestionamento na avenida Paulista, São Paulo, SP, em 2018. Na avaliação de mobilidade urbana, as cidades brasileiras apresentam baixos índices de qualidade. Segundo dados do IBGE, 10% da população das regiões metropolitanas gastam mais de uma hora no trajeto casa-trabalho. SINGER, Andy [Advertência]. In: LUDD, Ned. (org.). Apocalipse motorizado: a tirania do automóvel em um planeta poluído. 2. ed. rev. São Paulo: Conrad/Editora do Brasil, 2005. p. 32. NÃO ESCREVA NO LIVRO A lf R ib e ir o /S h u tt e rs to ck A n d re w B . S in g e r/ A c e rv o d o c a rt u n is ta 94 V5_CIE_HUM_Claudio_g21Sa_Cap3_084a117.indd 94V5_CIE_HUM_Claudio_g21Sa_Cap3_084a117.indd 94 9/24/20 9:16 AM9/24/20 9:16 AM