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ISBN 978-85-16-11127-4 9 7 8 8 5 1 6 1 1 1 2 7 4 ARTE Ensino Fundamental Anos Iniciais Componente curricular: Arte 2o ano Novo Pitanguá C o m p o ne nt e cu rr ic ul ar : A rt e A R T E 2 o an o Organizadora: Editora Moderna Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna. Editor responsável: André Camargo Lopes g19_2pma_capa_prof.indd 1 12/23/17 4:52 PM 1a edição São Paulo, 2017 MANUAL DO PROFESSOR Organizadora: Editora Moderna Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna. Editor responsável: André Camargo Lopes Licenciado em Educação Artística pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Mestre em História Social pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Doutor em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP-SP). Professor da rede pública de ensino básico. Ensino Fundamental • Anos Iniciais 2o ano ARTE Componente curricular: Arte 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_001a012.indd 1 23/12/17 17:32 1 3 5 7 9 10 8 6 4 2 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados EDITORA MODERNA LTDA. Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904 Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510 Fax (0_ _11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2017 Impresso no Brasil Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Novo Pitanguá : arte : manual do professor / organizadora Editora Moderna ; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna ; editor responsável André Camargo Lopes. -- 1. ed. -- São Paulo : Moderna, 2017. Obra em 5 v. do 1o ao 5o ano. Componente curricular: Arte. 1. Arte (Ensino fundamental) I. Lopes, André Camargo. 17-11217 CDD-372.5 Índices para catálogo sistemático: 1. Arte : Ensino fundamental 372.5 Produção editorial: Scriba Soluções Editoriais Gerência editorial: Milena Clementin Silva Edição: Anne Isabelle Vituri Berbert Assistência editorial: Kaio Fukahori, Luis Rogério Marques de Andrade Gerência de produção: Camila Rumiko Minaki Projeto gráfico: Marcela Pialarissi, Camila Carmona Capa: Marcela Pialarissi Ilustração: Adilson Farias Gerência de arte: André Leandro Silva Edição de arte: Ana Elisa Carneiro, Camila Carmona, Rogério Casagrande, Ingridhi Borges Editoração eletrônica: Luiz Roberto Lúcio Correa Coordenação de revisão: Ana Lúcia Carvalho e Pereira Preparação de texto: Gislaine Maria da Silva Revisão: Fernanda Rizzo Sanchez, Laís Canonico Metz Coordenação de pesquisa iconográfica: Alaíde Stein Pesquisa iconográfica: Tulio Sanches Esteves Pinto Tratamento de imagens: José Vitor E. Costa Pré-impressão: Alexandre Petreca, Denise Feitoza Maciel, Everton L. de Oliveira, Marcio H. Kamoto, Vitória Sousa Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro Impressão e acabamento: Elaboração dos originais: André Camargo Lopes Licenciado em Educação Artística pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Mestre em História Social pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Doutor em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP-SP). Professor da rede pública de ensino básico. Thaís Nascimento Pettinari Licenciada em Educação Artística pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Ministrante de Oficinas de Artes na rede pública de ensino básico. Guiomar Gomes Pimentel dos Santos Pestana Licenciada em Pedagogia pela Universidade Luterana do Brasil. Professora da rede pública de ensino básico. Anne Isabelle Vituri Berbert Licenciada em História pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Editora. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_001a012.indd 2 23/12/17 17:32 O conhecimento de Arte é essencial para a formação de cidadãos com uma postura participativa na sociedade, capazes de interagir de forma crítica e consciente. Diante disso, elaboramos esta coleção procurando confeccionar um material de apoio que fornece aos professores e aos alunos uma abordagem abrangente e integrada dos conteúdos, na qual os alunos são agentes participativos do processo de aprendizagem. Durante o desenvolvimento dos conteúdos, procurou-se estabelecer relações entre os assuntos e as situações cotidianas dos alunos, respeitando os conhecimentos trazidos por eles, a partir de suas vivências. Com isso, os assuntos são desenvolvidos de maneira que o aluno seja agente na construção de seu conhecimento e estabeleça relações entre esses conhecimentos e seu papel na sociedade. Diante dessas perspectivas do ensino de Arte, o professor deixa de ser apenas um transmissor de informações e assume um papel ativo, orientando os alunos na construção de seus conhecimentos. Apoiados nessas ideias e com o objetivo de auxiliar os professores em seu trabalho em sala de aula, propomos este manual do professor. Nele, encontram-se pressupostos teóricos, comentários, sugestões e atividades complementares que visam auxiliar o desenvolvimento dos conteúdos e atividades propostas em cada volume desta coleção. APRESENTAÇÃO 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_001a012.indd 3 23/12/17 17:32 SUMÁRIO Conhecendo a coleção ............... V Estrutura da coleção ........................................................ V Estrutura do livro do aluno ............................................. V Estrutura do manual do professor ..............VIII A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ........ X A estrutura da BNCC ..........................................................X Competências da BNCC ...................................................... XI Competências gerais .............................................................XII Competências específicas de área ........................................................................................................XIII Competências específicas de Linguagens ................................................................................XIII Competências específicas dos componentes curriculares .........................XIV Os objetos de conhecimento e as habilidades da BNCC ............................................................ XV Tipos de atividades que favorecem o trabalho com as competências da BNCC ............................... XV O trabalho com os Temas contemporâneos ............................................................XVII Relações entre as disciplinas ......................... XVIII A prática docente ................... XIX Procedimentos de pesquisa .........................XX Definição do tema .....................................................................XX Objetivo da pesquisa............................................................XX Cronograma ...................................................................................... XXI Coleta de informações ................................................... XXI Análise das informações ............................................. XXI Produção ...............................................................................................XXI Divulgação ........................................................................................XXII Espaços não formais de aprendizagem ...........................................................XXII Procedimentos para visitas a espaços não formais de aprendizagem ................................................................XXIII A tecnologia como ferramenta pedagógica ............................................................................. XXIII Competência leitora .......................................... XXIV Avaliação ................................XXVI Três etapas avaliativas ................................. XXVI Avaliação inicial ou diagnóstica ................XXVI Avaliação formativa .....................................................XXVI Avaliação somatória ....................................................XXVIFichas de avaliação e autoavaliação.......................................................... XXVII O ensino de Arte ............... XXVIII Fundamentos teórico-metodológicos ...........................XXVIII A Arte no Ensino Fundamental................... XXIX A diversidade cultural na divisão da obra e a compreensão das linguagens ..................XXXI O professor mediador ............................................ XXXII As linguagens artísticas no Ensino Fundamental nos anos iniciais ...............XXXVI Linguagem visual ........................XXXVII Linguagem audiovisual ...............XXXVIII Linguagem musical...................... XXXIX Linguagem de dança ..........................XL Linguagem teatral ..............................XL Avaliação em arte .............................XLI O portfólio na construção de histórico de aprendizagem ........................................................................... XLIII Distribuição dos conteúdos de Arte .....................................XLIV Bibliografia ............................XLVII 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_001a012.indd 4 23/12/17 17:32 8 OLÁ, ARTE! CRIANÇAS FAZENDO DESENHOS. PODEMOS NOS EXPRESSAR ARTISTICAMENTE DE DIVERSAS MANEIRAS. COMO VOCÊ SE EXPRESSA? 1. O QUE ESSAS CRIANÇAS ESTÃO FAZENDO? 2. QUAIS MATERIAIS ELAS ESTÃO UTILIZANDO? 3. VOCÊ JÁ PARTICIPOU DE UMA ATIVIDADE ARTÍSTICA AO AR LIVRE? CONTE PARA OS COLEGAS. CONECTANDO IDEIAS B R A U N S /I S T O C K P H O T O / G E T T Y IM A G E S g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 8 22/12/17 11:25 9 g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 9 22/12/17 11:25 A MÍMICA NO CINEMA 28 COMO SURGIU A MÍMICA A MÍMICA É UMA ARTE BASTANTE ANTIGA. ELA SE TORNOU MAIS POPULAR HÁ CERCA DE 500 ANOS, QUANDO OS ARTISTAS VIAJAVAM POR VÁRIOS LUGARES FAZENDO SUAS APRESENTAÇÕES. COMO EM CADA LUGAR AS PESSOAS FALAVAM UMA LÍNGUA DIFERENTE, OS ARTISTAS DESENVOLVERAM UMA TÉCNICA PARA SEREM COMPREENDIDOS. ASSIM, COMEÇARAM A USAR OS GESTOS PARA QUE TODOS ENTENDESSEM AS HISTÓRIAS ENCENADAS. A PINTURA ABAIXO RETRATA UMA DESSAS APRESENTAÇÕES. CHARLIE CHAPLIN EM CENA DO FILME EM BUSCA DO OURO, 1925. TUMBA DO MESTRE ANDRÉ, CENA DE COMMEDIA DELL’ARTE, DE CLAUDE GILLOT. ÓLEO SOBRE TELA, 100 CM ≥ 139 CM. SÉCULO 18. MUSEU DO LOUVRE, PARIS, FRANÇA. COM O SURGIMENTO DO CINEMA, O ATOR E DIRETOR INGLÊS CHARLIE CHAPLIN (1889-1977) TORNOU MUNDIALMENTE POPULAR A ENCENAÇÃO MÍMICA EM SEUS FILMES, POR MEIO DO CINEMA MUDO. U N IT E D A R T IS T S /A LB U M /L A T IN S TO C K D E A G O S T IN I P IC T U R E L IB R A R Y /G . D A G LI O R T I/ B R ID G E M A N /E A S Y P IX - M U S E U D O L O U V R E , P A R IS , F R A N Ç A g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 28 22/12/17 11:26 V Páginas de abertura As duas páginas espelhadas de abertura apresentam uma imagem, um pequeno texto e questões no boxe Conectando ideias, que abrem espaço para que se inicie a abordagem dos conteúdos da unidade. As questões têm como objetivo levar o aluno a refletir sobre a situação apresentada na imagem, explorar seus conhecimentos prévios acerca dos conteúdos e aproximar o assunto da realidade da criança. Conhecendo a coleção Esta coleção destina-se a alunos e professores dos anos iniciais do Ensino Funda- mental. Ela é formada por um conjunto de cinco volumes (1o ao 5o ano), sendo cada um deles subdividido em seis unidades temáticas. As unidades são formadas por duas páginas de abertura, nas quais uma imagem e algumas questões têm o objetivo de levar os alunos a realizarem reflexões iniciais sobre o tema abordado. As páginas de conteúdos, as seções especiais e as atividades apresentam imagens, tabelas, qua- dros e outros tipos de recursos que favorecem a compreensão dos assuntos estuda- dos e instigam o desenvolvimento de um olhar crítico para os temas. Estrutura da coleção Estrutura do livro do aluno Conteúdo Os conteúdos serão iniciados preferencialmente por situações contextualizadas. Ao longo desses conteúdos, são propostas questões a fim de tornar a aula dinâmica e estimular a participação dos alunos. Serão apresentadas atividades que gradativamente exploram e aprofundam os conteúdos abordados no tópico, além de buscar conexões com outros conteúdos e disciplinas, lançando mão de situações contextualizadas e recursos editoriais diversificados. De acordo com a BNCC, a habilidade que envolve letras maiúsculas e minúsculas é trabalhada com os alunos de maneira mais aprofundada no 2o ano. Assim, esta coleção foi estruturada de modo a acompanhar essa transição nas formas de escrita e de leitura dos alunos. Boxe complementar Apresenta informações complementares e curiosidades a respeito dos assuntos tratados no conteúdo, despertando o interesse do aluno e contribuindo para a contextualização dos conteúdos. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_001a012.indd 5 7/6/18 12:48 PM Atividades Após os conteúdos “teóricos”, é apresentada uma seção na qual são propostas atividades que exploram e aprofundam esses conteúdos, buscando conexões com outras disciplinas, sempre que possível. As atividades são apresentadas em níveis gradativos, do mais básico ao mais complexo, e são exploradas situações contextualizadas e recursos editoriais. COMANDO 1 COMANDO 2 COMANDO 3 COMANDO 5 COMANDO 4 20 COM QUATRO PALMAS: TODOS DÃO GARGALHADAS. COM TRÊS PALMAS: TODOS FAZEM UMA CARETA. 1. VAMOS BRINCAR DE TEATRO GESTUAL. NESSA BRINCADEIRA, VOCÊ NÃO PODE USAR A FALA, APENAS GESTOS E PALMAS. A CADA COMANDO, A TURMA DEVE FAZER UMA AÇÃO. COM UMA PALMA: TODOS CAMINHAM PELA SALA. COM CINCO PALMAS: TODOS FAZEM UMA RODA. ATIVIDADES D C B A E COM DUAS PALMAS: TODOS SE SENTAM. IL U S T R A Ç Õ E S : R A ÍS S A B U LH Õ E S g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 20 22/12/17 11:25 CONHECENDO O ARTISTA 72 Histórias musicadas2 Lourenço da Fonseca Barbosa, conhecido como Capiba (1904-1997), foi um importante compositor de frevos do século 20. Ele iniciou a carreira de músico trabalhando como pianista de cinema, período em que criou suas primeiras composições. Em 1934, venceu um concurso de música carnavalesca, com o frevo-canção É de amargar. Compôs dezenas de frevos, além de várias canções, que fizeram grande sucesso no rádio. Capa do disco Carnaval de Capiba, Vol. 3: Frevo, Alegria da Gente, lançado em 1974. Muitas vezes, uma música pode contar uma história. Esse é o caso de diversas canções populares que animam os folguedos. Elas também podem direcionar os movimentos da coreografia e narrar as ações representadas pelos personagens. Um exemplo desse tipo de música é o frevo Madeira que cupim não rói, composto por Capiba, em 1963. Esse frevo foi feito como forma de protesto contra o resultado do concurso de blocos do ano anterior no Recife. R E P R O D U Ç Ã O IZ A A C B R IT O g19_2pma_lt_u5_p066a079.indd 72 22/12/17 11:30 ESPAÇOS DA ARTE 77 A rua é um espaço público onde as pessoas circulam para realizar suas atividades do dia a dia, como trabalhar e estudar. Em algumas ocasiões, ela é o lugar onde são realizadas passeatas, comícios e outras manifestações políticas. Mas a rua é também um espaço de convivência e de diversão para as pessoas. É nela que as principais festas populares ocorrem. Observe as imagens. Desfile do bloco O Galo da Madrugada, no Carnaval do Recife, Pernambuco, 2010. Apresentação do grupo Leão da Mata Norte, em Nazaré da Mata, Pernambuco, 2014. LE O C A LD A S /P U LS A R IM A G E N S M A R C O A N TÔ N IO S Á /P U LS A R IM A G E N S g19_2pma_lt_u5_p066a079.indd 77 22/12/17 11:30 VI Espaços da arte Essa seção tem como objetivo apresentar lugares nos quais as artes podem estar ou pelos quais podem passar, contextualizados com os temas das unidades. Cidadão do mundo Essa seção explora os temas contemporâneos com base em situações do cotidiano. Nela,são propostas questões que exploram a problemática levantada, estimulando reflexões em relação ao assunto. No decorrer dos volumes da coleção são trabalhados os 14 temas contemporâneos elencados na BNCC: preservação do meio ambiente; educação para o consumo; educação financeira e fiscal; trabalho; ciência e tecnologia; direitos da criança e do adolescente; direitos humanos; diversidade cultural; educação para o trânsito; sexualidade; saúde; educação alimentar e nutricional; processo de envelhecimento e valorização do idoso; e vida familiar e social. O nome do tema contemporâneo abordado é destacado nos comentários do manual do professor. Conhecendo o artista São apresentadas informações sobre a vida e a obra de artistas e grupos citados durante o conteúdo, com o objetivo de contextualizar suas produções. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_001a012.indd 6 7/6/18 12:48 PM O que você estudou sobre... Essa seção tem como objetivo o fechamento da unidade, uma oportunidade para o aluno realizar uma autoavaliação de sua aprendizagem e retomar os conhecimentos aprendidos. Nela, são apresentados tópicos com os principais conceitos trabalhados. Para isso, nesse manual são propostas dinâmicas para o trabalho com essa seção, de modo que o professor avalie a aprendizagem dos alunos, além de estimulá-los a construir colaborativamente uma síntese dela. Resposta oral: indica que a atividade ou o item da atividade deve ser respondido oralmente. Pesquisa: indica que a atividade envolverá pesquisa. Tecnologia: indica que a realização da atividade envolve o uso de algum recurso tecnológico digital, como o computador, o celular ou outras ferramentas. Ideias para compartilhar: indica uma oportunidade para os alunos compartilharem uma ideia ou experiência a respeito de determinado assunto. Um espaço para que o aluno expresse soluções para problemas individuais ou coletivos, propiciando a socialização de hipóteses, conhecimentos, habilidades e vivências. Atitude legal: indica um breve momento de reflexão a respeito de atitudes que envolvem valores ou competências socioemocionais relacionados ao assunto tratado. Em grupo: indica que a atividade deverá ser realizada em duplas ou grupos. Para saber mais Apresenta sugestões de livros, filmes e sites que podem ser explorados pelos alunos. Cada sugestão é acompanhada por sua sinopse. Bibliografia Apresenta ao final de cada volume as principais obras utilizadas para consulta e como referência na produção das unidades do livro do aluno. FESTANÇA 7474 Frevo O frevo é uma expressão artística do Carnaval pernambucano, uma mistura de música e dança que surgiu no fim do século 19. Sua origem musical está diretamente relacionada ao repertório das bandas militares pernambucanas da época. O frevo deriva da combinação de vários ritmos, como o maxixe, o tango brasileiro, a quadrilha, o galope, o dobrado e a polca-marcha. Nos anos de 1930, o ritmo se popularizou pelas gravações em disco e pelos programas de rádio. Dançar frevo tornou-se, assim, uma brincadeira popular, praticada coletivamente. Passistas de frevo no Carnaval do Recife, Pernambuco, 2004. repertório: nesse caso, conjunto de músicas g19_2pma_lt_u5_p066a079.indd 74 22/12/17 11:30 PARA SABER MAIS 21 •MATISSE: O REI DAS CORES, DE LAURENCE ANHOLT. LOG ON, 2008. CONHEÇA MAIS SOBRE A VIDA DO ARTISTA FRANCÊS HENRI MATISSE, QUE USAVA MUITAS CORES E FORMAS EM SUAS OBRAS. SUA HISTÓRIA É CONTADA POR MONIQUE, QUE CUIDOU DE MATISSE E INSPIROU ALGUMAS DE SUAS OBRAS. •O MUNDO DA MÚSICA VOL. 2, DE NEREIDE SCHILARO SANTA ROSA. CALLIS, 2013. SAIBA MAIS SOBRE O SOM E A MÚSICA, A HISTÓRIA DOS INSTRUMENTOS MUSICAIS E SUAS FAMÍLIAS. ALÉM DISSO, VOCÊ PODE EXPERIMENTAR DIVERSAS BRINCADEIRAS MUSICAIS. •ERA UMA VEZ UM TEATRO, DE GRAÇA ABREU E LIA ZATZ. BIRUTA, 2013. UM SAPATEIRO RESOLVEU BRINCAR DE TEATRO USANDO SEUS SAPATOS E SUAS FERRAMENTAS. A BRINCADEIRA DEU TÃO CERTO QUE NASCEU O TEATRO CAMALEÃO, A ATRAÇÃO DA CIDADE. • ARTES VISUAIS E OS MATERIAIS USADOS EM SUA CRIAÇÃO? • SOM E ALGUMAS DE SUAS PROPRIEDADES? • DANÇA E MOVIMENTOS DO CORPO? • TEATRO? O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... R E P R O D U Ç Ã O R E P R O D U Ç Ã O CAM ILA CARM ONA R E P R O D U Ç Ã O g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 21 22/12/17 11:25 Festança São apresentadas algumas festas populares brasileiras, propondo atividades e reflexões que integram os eixos da disciplina (Artes Visuais, Teatro, Dança e Música). VII Ícones No decorrer das unidades, diversos ícones auxiliam a organização e a condução do trabalho. Veja o significado de cada um deles. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_001a012.indd 7 7/6/18 12:48 PM 8 Nesta unidade, os alunos vão co- nhecer e experimentar diferentes procedimentos de criação da arte, explorando e analisando técnicas tradicionais e contemporâneas das artes visuais, percebendo e inte- ragindo com os sons de diferentes paisagens sonoras, apreciando e vi- venciando diversos estilos de dança e possibilidades da criação teatral. Objetivos • Apreciar e reconhecer procedi- mentos artísticos das artes visu- ais, em seus diversos gêneros, explorando-os em trabalhos pes- soais e coletivos. • Reconhecer os sons presentes no cotidiano, diferenciá-los e classificá-los, aumentando a per- cepção auditiva das proprieda- des da linguagem musical. • Conhecer o conceito de paisa- gem sonora por meio do estudo das características dos sons, com base no ambiente da escola e ao redor dela. • Conhecer e experimentar dife- rentes formas de manifestação de dança, percebendo-as como sistema de movimentos estrutu- rados e como manifestações que expressam as características de um povo e sua cultura, e elaborar movimentos com base nos códi- gos da dança, a fim de compreen- der o que é coreografia. • Conhecer e apreciar diferentes tipos de manifestações teatrais, percebendo e analisando com base nos principais elementos do teatro, explorando-os por meio de jogos e improvisações. Destaques da BNCC • Ao apreciar imagens e associá-las a procedimentos, técnicas e materiais das artes visuais tradicionais e contem- porâneas, conhecendo e explorando elementos constitutivos próprios des- ta linguagem, trabalham-se as compe- tências EF15AR01 e EF15AR02. • Experimentando as diferentes pos- sibilidades de criar em artes visuais e dialogando sobre produções pró- prias e coletivas, contemplam-se as habilidades EF15AR04, EF15AR05 e EF15AR06. • EF15AR01: Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâne- as, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. • EF15AR02: Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, for- ma, cor, espaço, movimento etc.). • EF15AR04: Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não convencionais. • EF15AR05: Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborati- vo, explorando diferentes espaços da escola e da comunidade. • EF15AR06: Dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. 8 OLÁ, ARTE! CRIANÇAS FAZENDO DESENHOS. PODEMOS NOS EXPRESSAR ARTISTICAMENTE DE DIVERSAS MANEIRAS. COMO VOCÊ SE EXPRESSA? 1. O QUE ESSAS CRIANÇAS ESTÃO FAZENDO? 2. QUAIS MATERIAIS ELAS ESTÃO UTILIZANDO? 3. VOCÊ JÁ PARTICIPOU DE UMA ATIVIDADE ARTÍSTICA AO AR LIVRE? CONTE PARA OS COLEGAS. CONECTANDO IDEIAS B R A U N S /I S T O C K P H O T O / G E T T Y IM A G E S g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 8 22/12/17 11:25 9 g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 9 22/12/17 11:25 g19_mdn_mp_2pma_u1_p008a021.indd 8 12/23/17 2:30 PM 9 Conectando ideias • Estimule os alunos a comentarem sobre os modos como se expres- sam.Para isso, ajude-os a refletir sobre o que é expressão, dando- -lhes exemplos como a fala e os ges- tos, buscando vinculá-los às possi- bilidades de expressão artística. 1. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respondam que as crianças estão desenhando. Encoraje-os a tecer mais comen- tários sobre o que observam, questionando-os sobre o que elas estão desenhando: As crian- ças estão desenhando sobre o mesmo tema? Em relação aos traços, os desenhos são iguais? 2. Resposta pessoal. Caneta hi- drocor ou lápis colorido e papel. Questione-os se eles sabem que outros materiais podem ser utilizados para fazer desenhos. 3. Resposta pessoal. Estimule os alunos a comentarem sobre al- gumas experiências que já vi- venciaram, incentivando-os a falar, por exemplo, onde e como foi, se lembram de quando ocor- reu e se gostaram da atividade. • O desenho é um dos gêneros artísticos e, como tal, possui especificidades na sua forma de comuni- car. Um arquiteto e um retratista, por exemplo, vão utilizar os instrumentos e as linhas de maneiras diferenciadas para criar novos significados sobre os suportes escolhidos. • Se possível, promova uma vivência do desenho com os alunos. Para isso, separe previamente diferentes suportes (sulfite, cartolina, EVA, lixas) e instrumentos (lápis de diferentes graduações, canetas, canetas hidrocor, giz de cera, giz de lousa, entre outros) e leve os alunos para desenhar fora da sala de aula. Peça a eles que desenhem o que observarem, aquilo que lhes chamar a atenção, colocando o papel sobre o chão, uma mesa ou uma parede, para experimentarem as diversas possibilidades expressivas do desenho. 8 OLÁ, ARTE! CRIANÇAS FAZENDO DESENHOS. PODEMOS NOS EXPRESSAR ARTISTICAMENTE DE DIVERSAS MANEIRAS. COMO VOCÊ SE EXPRESSA? 1. O QUE ESSAS CRIANÇAS ESTÃO FAZENDO? 2. QUAIS MATERIAIS ELAS ESTÃO UTILIZANDO? 3. VOCÊ JÁ PARTICIPOU DE UMA ATIVIDADE ARTÍSTICA AO AR LIVRE? CONTE PARA OS COLEGAS. CONECTANDO IDEIAS B R A U N S /I S T O C K P H O T O / G E T T Y IM A G E S g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 8 22/12/17 11:25 9 g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 9 22/12/17 11:25 g19_mdn_mp_2pma_u1_p008a021.indd 9 12/23/17 2:30 PM VIII Resposta da seção Conectando ideias Respostas das perguntas propostas na seção. Estrutura do manual do professor O manual do professor impresso é organizado em duas partes. A primeira delas é composta pelos pressupostos teóricos e metodológicos que fundamentam a coleção, pela descrição e pelas orientações acerca das seções e da estrutura de conteúdos, bem como suas relações com a BNCC, pelos quadros de distribuição dos conteúdos de Arte, pelas sugestões de livros, sites e artigos e pela bibliografia do manual. A segunda parte é composta pelas orientações ao professor página a página. Para isso, o manual traz a reprodução de cada página do livro do aluno em tamanho redu- zido. Nelas, além do texto do livro do aluno na íntegra, estão as respostas de quase todas as atividades. As respostas que não estão nessas páginas, assim como os de- mais comentários e sugestões ao professor, estão nas laterais e nos rodapés. Além dos volumes impressos, é disponibilizado um material digital que oferece sub- sídios ao professor para o trabalho em sala de aula. Esse material possui sequências didáticas, avaliações, projetos integradores e planos de desenvolvimento compostos por sugestões para a organização de conteúdos, práticas pedagógicas e atividades recorrentes na sala de aula, entre outras sugestões. Conheça a seguir as características das orientações página a página do manual impresso. No início de cada unidade são apresentados os principais conceitos e conteúdos que serão trabalhados. A primeira vez que uma competência ou habilidade da BNCC é citada na unidade, seu texto é apresentado na íntegra. As informações complementares para o trabalho com as atividades, teorias ou seções, assim como sugestões de condução e curiosidades, são organizadas e apresentadas em tópicos por toda a unidade. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_001a012.indd 8 23/12/17 17:32 10 Objetivos • Conhecer o conceito de Artes Vi- suais, identificando, apreciando e experimentando os distintos mo- dos de expressões tradicionais e contemporâneas. • Perceber que as diversas lingua- gens da arte podem se articular, transformando-se em imagens, como partituras, fotografias, pin- turas e esculturas. • Explorar os elementos constituti- vos das artes visuais, entre eles o bidimensional e o tridimensional, sabendo diferenciá-los. Destaques da BNCC • Pela leitura das imagens propostas, os alunos têm acesso às diversas manifestações artísticas e culturais e aos diferentes modos de criação em artes visuais, tanto as tradicio- nais, quanto as contemporâneas, experimentando diferentes formas de expressão artística com o uso de materiais diversos, contemplando assim as habilidades EF15AR13 e EF15AR14 e a Competência geral 3. • Ao ler as imagens, mostre que, para se expressar por meio da arte visual, podem ser adotados diferentes mate- riais e procedimentos, cada um com técnicas e conhecimentos próprios. • EF15AR13: Identificar e apreciar diversas formas e gêneros de expressão musical, tanto tradi- cionais quanto contemporâneos, reconhecendo e analisando os usos e as funções da música em diversos contextos de circulação, em especial, aqueles da vida cotidiana. • EF15AR14: Perceber e explorar os elementos constitutivos e as propriedades sonoras da mú- sica (altura, intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de jogos, brincadeiras, canções e práticas diversas de composição/criação, execução e apreciação musical. • Competência geral 3: Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diver- sas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. Respostas 1. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respondam que são artistas criando obras de arte. Nas imagens, o artista brasileiro J. Borges está en- talhando madeira, o artista francês Henri Matisse e a artista mexicana Frida Khalo estão pintando, e a artista francesa Camille Claudel está criando uma escultura. 2. Incentive os alunos a observarem as imagens e comentarem sobre mate- riais que já conhecem e já utilizaram. Acrescente que J. Borges está usan- do uma lâmina para fazer a gravura na madeira, Henri Matisse está pintando com um pincel longo sobre painéis de madeira, Frida Kahlo está fazendo uma pintura com pincel sobre tela, e Camille Claudel está usando as mãos e uma espátula para modelar argila. 10 ARTE COM IMAGENS1 OBSERVE ESTAS QUATRO IMAGENS. 1. EM QUE TIPO DE OBRA CADA UM DESSES ARTISTAS ESTÁ TRABALHANDO? 2. QUE MATERIAIS CADA UM DELES ESTÁ UTILIZANDO? FRIDA KHALO TRABALHANDO, 1931. J. BORGES TRABALHANDO, 2012. CAMILLE CLAUDEL TRABALHANDO, 1887. HENRI MATISSE TRABALHANDO, 1950. Respostas nas orientações para o professor. B E T T M A N N /G E T T Y IM A G E S M A R C O A N TÔ N IO S Á /P U LS A R IM A G E N S P A U L FE A R N /A L A M Y /F O TO A R E N A D M IT R I K E S S E L /T H E L IF E P IC T U R E C O LL E C T IO N /G E T T Y IM A G E S g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 10 22/12/17 11:25 11 Materiais da arte visual AS ARTES VISUAIS TÊM DIVERSAS FORMAS DE EXPRESSÃO. AS OBRAS DE ARTES VISUAIS PODEM SER CRIADAS UTILIZANDO-SE VÁRIOS MATERIAIS E INSTRUMENTOS, COMO TINTA, LÁPIS, PAPEL, MADEIRA, ARGILA, PROGRAMAS DE COMPUTADOR, CÂMERAS FOTOGRÁFICAS E ATÉ MESMO MATERIAIS RECICLÁVEIS. PARA ESSA INTERVENÇÃO, QUE JÁ FOI MONTADA EM MAIS DE DEZ PAÍSES, A ARTISTA BRASILEIRA NÉLE AZEVEDO CRIOU DIVERSAS ESCULTURAS. 1. DE QUE MATERIAL AS ESCULTURAS ACIMA SÃO FEITAS? O QUE ELAS RETRATAM? 2. O QUE VOCÊ ACHA QUE ACONTECEU COM A OBRA, QUE FICOU AO AR LIVRE, SOB O SOL? MONUMENTO MÍNIMO, INTERVENÇÃO DE NÉLE AZEVEDO,NA CIDADE DE SÃO PAULO, 2005. As esculturas são feitas de gelo e representam figuras humanas sentadas. Resposta pessoal. Leve os alunos a refletir sobre os efeitos do calor sobre as esculturas de gelo e o caráter temporário da intervenção. A N TÔ N IO G A U D É R IO /F O LH A P R E S S – © D E A Z E V E D O , N E LE /A U T V IS , B R A S IL , 2 01 7 g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 11 22/12/17 11:25 g19_mdn_mp_2pma_u1_p008a021.indd 10 12/23/17 2:30 PM IX Destaques da BNCC No decorrer das unidades são destacadas e comentadas algumas relações entre o que está sendo abordado no livro do aluno e o que é proposto na BNCC. Saberes integrados São apresentadas relações do conteúdo abordado com outras disciplinas e áreas do conhecimento, assim como sugestões de trabalho com esses conteúdos. Objetivo do tema No início de cada tema são apresentados seus objetivos. Acompanhando a aprendizagem Ideias para compartilhar O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... Respostas Atitude legal Mais atividades Sugere estratégias para que o professor realize a avaliação da aprendizagem dos alunos em momentos oportunos. No decorrer das unidades, sempre que oportuno, são apresentadas citações que enriquecem e fundamentam o trabalho com o conteúdo proposto. Além das atividades presentes no livro do aluno, novas propostas são feitas nessa seção. Para a realização de algumas dessas atividades, é necessário que sejam organizados alguns materiais com antecedência. Orientações e sugestões para o trabalho com o boxe Atitude legal. Orientações e sugestões para o trabalho com o boxe Ideias para compartilhar. Respostas das atividades e questões que não estão nas páginas reduzidas do livro do aluno. Apresenta sugestões de condução para a seção, levando em consideração as peculiaridades de cada conteúdo. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_001a012.indd 9 7/6/18 12:49 PM X A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) Desde as publicações da atual Constituição brasileira (1988) e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996), tem sido recorrente no Brasil a ideia de se estabelecer um documento normativo como referencial curricular para orientar os processos de ensi- no e aprendizagem no país e delimitar as aprendizagens consideradas essenciais da Educação Básica. Nesse sentido, nas últimas décadas, algumas publicações e legislações contribuí- ram para consolidar no país uma proposta de educação que valorizasse a formação cidadã. Sendo assim, foram de extrema importância as publicações das Leis no 10.639 (2003) e no 11.645 (2008), que complementaram a Lei de Diretrizes e Bases da Educa- ção, tornando obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e dos povos in- dígenas. Essas iniciativas fazem parte do processo de luta e mobilização por uma educação voltada para combater o racismo e valorizar a diversidade cultural. [...] A escola tem papel preponderante para eliminação das discriminações e para emancipação dos grupos discriminados, ao proporcionar acesso aos conhe- cimentos científicos, a registros culturais diferenciados, à conquista de racionali- dade que rege as relações sociais e raciais, a conhecimentos avançados, indispensáveis para consolidação e concerto das nações como espaços democrá- ticos e igualitários. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: MEC, 2004. p. 15. Disponível em: <http://www. acaoeducativa.org.br/fdh/wp-content/uploads/2012/10/DCN-s-Educacao-das-Relacoes-Etnico-Raciais.pdf>. Acesso em: 17 nov. 2017. Outro marco foi a publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educa- ção Básica (2013), destacando a relevância de temas como Educação do Campo, Educação Especial, Educação Escolar Indígena, Educação Escolar Quilombola, Rela- ções Étnico-Raciais, Educação em Direitos Humanos e Educação Ambiental. Nesse contexto, em 2017, após o diálogo entre especialistas, professores e a socie- dade em geral, foi enviada ao Conselho Nacional de Educação (CNE) a terceira versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Esse documento tem o objetivo de defi- nir “o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alu- nos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica” (BRASIL, 2017). Como proposta fundamental, a BNCC destaca que a prioridade da Educação Bási- ca é a “formação humana integral e para a construção de uma sociedade justa, demo- crática e inclusiva” (BRASIL, 2017). A estrutura da BNCC A BNCC está estruturada em dez Competências gerais. Com base nelas, para o Ensino Fundamental, cada área do conhecimento apresenta Competências específi- cas de área. Esses elementos são articulados de modo a se constituírem em unidades temáti- cas, objetos de conhecimento e habilidades. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_001a012.indd 10 23/12/17 17:32 XI Competências da BNCC Os debates em torno de currículos referenciados no desenvolvimento de competên- cias têm sido recorrentes nos últimos anos no Brasil. De modo geral, uma aprendiza- gem voltada à formação de competências tem como objetivo a construção de relações cognitivas para que o aluno possa mobilizá-las e refletir acerca da realidade, levantar hipóteses e solucionar problemas do seu dia a dia. [...] Competência é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos (saberes, capacidades, informações, etc.) para solucionar com pertinência e eficá- cia uma série de situações. Três exemplos: • Saber orientar-se em uma cidade desconhecida mobiliza as capacidades de ler um mapa, localizar-se, pedir informações ou conselhos; e os seguintes sa- beres: ter noção de escala, elementos da topografia ou referências geográficas. • Saber curar uma criança doente mobiliza as capacidades de observar sinais fisiológicos, medir a temperatura, administrar um medicamento; e os se- guintes saberes: identificar patologias e sintomas, primeiros socorros, tera- pias, os riscos, os remédios, os serviços médicos e farmacêuticos. • Saber votar de acordo com seus interesses mobiliza as capacidades de saber se informar, preencher a cédula; e os seguintes saberes: instituições políti- cas, processo de eleição, candidatos, partidos, programas políticos, políticas democráticas, etc. [...] GENTILE, Paola; BENCINI, Roberta. Construindo competências: entrevista com Philippe Perrenoud, Universidade de Genebra. Revista Nova Escola, set. 2000, p. 19-31. Disponível em: <https://www.unige.ch/fapse/SSE/teachers/ perrenoud/php_main/php_2000/2000_31.html>. Acesso em: 15 nov. 2017. Com o desenvolvimento de competências, os alunos são instigados a formar um repertório cognitivo que possibilita a eles atuar de forma autônoma, responsável e justa. Os conhecimentos escolares passam a ser mobilizados em prol da resolução de conflitos e de problemas. De acordo com a BNCC, as competências auxiliam os alunos na tomada de deci- sões pertinentes ao longo de sua vida, auxiliando-os em situações e experiências vi- vidas diariamente. Segundo a LDB (Artigos 32 e 35), na educação formal, os resultados das aprendizagens precisam se expressar e se apresentar como sendo a possibilida- de de utilizar o conhecimento em situações que requerem aplicá-lo para tomar decisões pertinentes. A esse conhecimento mobilizado, operado e aplicado em si- tuação se dá o nome de competência. [...] No âmbito da BNCC, a noção de competência é utilizada no sentido da mobili- zação e aplicação dos conhecimentos escolares, entendidos de forma ampla (con- ceitos, procedimentos, valores e atitudes). Assim, ser competente significa ser capaz de, ao se defrontar com um problema, ativar e utilizar o conhecimento construído. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017, p. 15-16. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>.Acesso em: 17 nov. 2017. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_001a012.indd 11 7/6/18 12:49 PM XII Competências gerais A BNCC reconhece como princípio fundamental a formação integral dos estudan- tes. O documento propõe o desenvolvimento global dos alunos, aliando perspectivas cognitivas e afetivas, além da formação de cidadãos plenos, com pensamento autôno- mo e preocupados com os desafios contemporâneos. Assim, adotando como base as discussões éticas apresentadas nas Diretrizes Cur- riculares Nacionais Gerais da Educação Básica, o documento apresenta dez Compe- tências gerais que se articulam ao longo de todos os componentes curriculares. Competências gerais da BNCC 1 Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social e cultural para entender e explicar a realidade (fatos, informações, fenômenos e processos linguísticos, culturais, sociais, econômicos, científicos, tecnológicos e naturais), colaborando para a construção de uma sociedade solidária. 6 Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao seu projeto de vida pessoal, profissional e social, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 2 Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e inventar soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 7 Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 3 Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 8 Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas e com a pressão do grupo. 4 Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou verbo-visual (como Libras), corporal, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e digital para expressar- -se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 9 Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de origem, etnia, gênero, idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outra natureza, reconhecendo-se como parte de uma coletividade com a qual deve se comprometer. 5 Utilizar tecnologias digitais de comunicação e informação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas do cotidiano (incluindo as escolares) ao se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas. 10 Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões, com base nos conhecimentos construídos na escola, segundo princípios éticos democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017, p. 18-19. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 17 nov. 2017. Esta coleção visa o desenvolvimento dessas competências por meio do trabalho com o texto-base e do desenvolvimento das seções especiais e das atividades. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_001a012.indd 12 7/6/18 12:49 PM XIII Competências específicas de área Segundo a BNCC, as Competências gerais podem ser abordadas de forma variada de acordo com cada área de conhecimento. Assim, o documento apresenta também, de maneira mais específica, as competências referentes a cada uma dessas áreas. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017, p. 62. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017. Área do conhecimento Componentes curriculares Linguagens • Língua Portuguesa • Arte • Educação Física • Língua Inglesa Matemática • Matemática Ciências da Natureza • Ciências Ciências Humanas • Geografia • História 1 Compreender as linguagens como construção humana, histórica e social e o seu caráter constitutivo de organização e significação da realidade. 5 Reconhecer as linguagens como parte do patrimônio cultural material e imaterial de uma determinada coletividade e da humanidade. 2 Reconhecer as linguagens como fonte de legitimação de acordos e condutas sociais e sua representação simbólica como forma de expressão dos sentidos, das emoções e das experiências do ser humano na vida social. 6 Respeitar e preservar as diferentes linguagens, utilizadas por diversos grupos sociais, em suas esferas de socialização. 3 Desenvolver visão crítica das linguagens, tendo por base o estudo da natureza, gênese e função delas para operar com a pluralidade das formas de expressão. 7 Usufruir do patrimônio linguístico, artístico e de práticas corporais nacionais e internacionais, com suas diferentes visões de mundo, pelo acesso ao acervo e possibilidades de construção de categorias de diferenciação, apreciação e criação. 4 Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas, prevendo a coerência de sua posição e a dos outros, para partilhar interesses e divulgar ideias com objetividade e fluência diante de outras ideias. 8 Interagir pelas linguagens, em situações subjetivas e objetivas, inclusive aquelas que exigem graus de distanciamento e reflexão sobre os contextos e estatutos de interlocutores, como as próprias do mundo do trabalho, colocando-se como protagonista no processo de produção/compreensão, para compartilhar os valores fundamentais de interesse social e os direitos e deveres dos cidadãos, com respeito ao bem comum e à ordem democrática. Competências específicas de Linguagens A área de conhecimento Linguagens, na BNCC, é composta pelos seguintes com- ponentes curriculares: Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e, no Ensino Funda- mental – Anos Finais, Língua Inglesa. Apresenta como objetivo principal desenvolver nos alunos as capacidades relativas à expansão das práticas de linguagens e suas possibilidades, com vistas à ampliação de capacidades expressivas, à compreensão de como se estruturam as manifestações artísticas, corporais e linguísticas e ao reco- nhecimento de que as práticas de linguagem são produtos culturais que organizam e estruturam as relações humanas. Observe a seguir. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_013a016.indd 13 7/6/18 12:50 PM XIV BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017, p. 156. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017. Competências específicas dos componentes curriculares Algumas áreas do conhecimento apresentam mais de um componente curricular, como as áreas das Linguagens e das Ciências Humanas. Sendo assim, a BNCC esta- belece também as Competências específicas a serem atingidas pelos alunos. Competências específicas de Arte 1 Explorar, conhecer,fruir e analisar criticamente práticas e produções artísticas e culturais do seu entorno social e de diversas sociedades, em distintos tempos e contextos, para reconhecer e dialogar com as diversidades. 2 Compreender as relações entre as linguagens da Arte e suas práticas integradas, inclusive aquelas possibilitadas pelo uso das novas tecnologias de informação e comunicação, pelo cinema e pelo audiovisual, nas condições particulares de produção, na prática de cada linguagem e nas suas articulações. 3 Pesquisar e conhecer distintas matrizes estéticas e culturais – especialmente aquelas manifestas na arte e na cultura brasileiras –, sua tradição e manifestações contemporâneas, reelaborando-as nas criações em Arte. 4 Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação, ressignificando espaços da escola e de fora dela no âmbito da Arte. 5 Mobilizar recursos tecnológicos como formas de registro, pesquisa e criação artística. 6 Estabelecer relações entre arte, mídia, mercado e consumo, compreendendo, de forma crítica e problematizadora, modos de produção e de circulação da arte na sociedade. 7 Problematizar questões políticas, sociais, econômicas, científicas, tecnológicas e culturais, por meio de exercícios, produções, intervenções e apresentações artísticas. 8 Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e o trabalho coletivo e colaborativo nas artes. 9 Analisar e valorizar o patrimônio artístico nacional e internacional, material e imaterial, com suas histórias e diferentes visões de mundo. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_013a016.indd 14 7/6/18 12:50 PM XV Ativação de conhecimento prévio São atividades constituídas principalmente de questionamentos, em sua maioria, orais. Elas resgatam e exploram os conhecimentos prévios dos alunos, estimulando sua parti- cipação e despertando seu interesse pelos assuntos que estão sendo estudados. Principais habilidades desenvolvidas: recordar, refletir, reconhecer, relatar, respeitar opiniões divergentes e valorizar o conhecimento do outro. Atividade em grupo Esse tipo de atividade pode ser escrita e/ou oral, contemplando elementos gráficos, e pode ser realizada coletivamente. Com base em orientações, os alunos devem cola- borar entre si, buscando informações. Principais habilidades desenvolvidas: pesquisa, análise, interpretação, associação, comparação e trabalho em equipe. Debate Atividade que visa à discussão de diferentes pontos de vista, com base em conheci- mentos e opiniões pessoais. Necessita da mobilização de argumentos e desenvolve a oralidade, levando o aluno a expressar suas ideias. Além disso, motiva o respeito a opiniões diferentes. Principais habilidades desenvolvidas: oralidade, argumentação e respeito a opiniões distintas. Tipos de atividades que favorecem o trabalho com as competências da BNCC Os objetos de conhecimento e as habilidades da BNCC Além das competências, a BNCC apresenta os objetos de conhecimento a serem desenvolvidos pelos componentes curriculares. Os objetos de conhecimento são for- mados pelo conjunto de conteúdos, conceitos e processos que envolvem a aprendi- zagem dos alunos. Esses elementos estão ligados também às habilidades. [...] Para garantir o desenvolvimento das competências específicas, cada compo- nente curricular apresenta um conjunto de habilidades. Essas habilidades estão relacionadas a diferentes objetos de conhecimento — aqui entendidos como con- teúdos, conceitos e processos —, que, por sua vez, são organizados em unidades temáticas. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017, p. 26. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017. As habilidades representam um guia importante, sendo possível aproveitá-las para verificar os processos de aprendizagem dos alunos. Esta coleção contempla em diver- sos momentos o trabalho com as habilidades da BNCC. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_013a016.indd 15 7/6/18 12:50 PM XVI Atividade prática Atividade que visa à utilização de diferentes procedimentos relacionados ao saber científico. Pode ser experimental, envolvendo procedimentos científicos, ou pode ser de construção, quando diferentes materiais são utilizados na elaboração de objetos distintos e outros produtos, como cartazes e panfletos. Principais habilidades desenvolvidas: manipulação de materiais, análise, associação, comparação e expressão de opiniões. Observação Esse tipo de atividade pode estar presente em atividades práticas ou teóricas e envol- ve o olhar atento do aluno sobre uma imagem e/ou situação, antecedendo a análise e auxiliando na comparação de resultados. Principais habilidades desenvolvidas: utilização de conhecimentos prévios e observação. Pesquisa Sob orientação adequada, esse tipo de atividade exige que os alunos mobilizem seus conhecimentos prévios para obter novas informações em diferentes fontes. Necessita de leituras, cujas informações devem ser selecionadas e registradas. Também possi- bilita a troca de ideias entre os alunos. Principais habilidades desenvolvidas: leitura, escrita, interpretação, seleção, síntese e registro. Realidade próxima Atividades que envolvem a exploração e a contextualização da realidade próxima le- vam o aluno a buscar respostas e soluções em sua vivência e nos seus conhecimentos prévios. Principais habilidades desenvolvidas: reconhecimento, exemplificação e expressão de opinião. Desenho Esse tipo de atividade permite o registro de conhecimentos prévios e permite que o aluno expresse suas ideias sobre os conteúdos abordados. Trata-se de uma estratégia útil, sobretudo nos anos iniciais, durante o processo de letramento e alfabetização. Principais habilidades desenvolvidas: representação, colorização, análise e expressão de ideias. Entrevista Atividade que pode auxiliar na ampliação do conhecimento, buscando respostas fora do ambiente da sala de aula. Visa à elaboração de questionamentos pertinentes rela- cionados aos conteúdos estudados. Permite a integração com a comunidade e o de- senvolvimento da oralidade. O registro da atividade pode ser escrito ou gravado e posteriormente transcrito. Principais habilidades desenvolvidas: oralidade, análise, expressão de ideias e respei- to a opiniões. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_013a016.indd 16 23/12/17 17:33 XVII O trabalho com os Temas contemporâneos A BNCC recomenda que todas as disciplinas escolares trabalhem conteúdos rela- cionados aos Temas contemporâneos. Esses temas estão ligados aos desafios do mundo atual, entre eles a preservação do meio ambiente e a educação em direitos humanos. Os temas contemporâneos têm o amparo da legislação brasileira. A seguir, é possí- vel observar quais são os temas contemporâneos sugeridos pela BNCC e quais leis eles representam. Esta coleção privilegia o trabalho com os temas contemporâneos de diferentes ma- neiras. Eles podem aparecer ao longo do desenvolvimento dos conteúdos, nas seções especiais e nas atividades. Por se tratarem de temas globais que podem ser aborda- dos em âmbito local, é interessante que o trabalho com esses temas aconteça de maneira contextualizada às diferentes realidades escolares. Direitos das crianças e dos adolescentes Lei no 8.069/1990 Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Educação alimentar e nutricional Lei no 11.947/2009 Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da Educação Básica e dá outras providências. Educação para o trânsito Lei no 9.503/1997 Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Preservação do meio ambiente Lei no 9.795/1999 Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Educação em direitos humanos Lei no 7.037/2009 Aprova o Programa Nacional de Direitos Humanos – PNDH-3 e dá outras providências.Saúde, Sexualidade, Vida familiar e social, Educação para o consumo, Educação financeira e fiscal, Trabalho, Ciência e Tecnologia, Diversidade cultural Resolução no 7/2010 Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso Lei no 10.741/2003 Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. [...] cabe aos sistemas e redes de ensino, assim como às escolas, em suas res- pectivas esferas de autonomia e competência, incorporar aos currículos e às pro- postas pedagógicas a abordagem de temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala local, regional e global, preferencialmente de forma transver- sal e integradora. [...] Na BNCC, essas temáticas são contempladas em habilidades de todos os componentes curriculares, cabendo aos sistemas de ensino e escolas, de acordo com suas possibilidades e especificidades, tratá-las de forma contextualizada. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017, p. 13-14. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_017a027.indd 17 7/6/18 12:51 PM XVIII Relações entre as disciplinas Em consonância com os princípios da BNCC, é importante que as escolas bus- quem contemplar em seus currículos o ensino interdisciplinar. Ele pode acontecer, principalmente, por meio de atividades que promovam o diálogo entre conhecimentos de diferentes áreas, envolvendo os professores, os alunos e também outras pessoas da comunidade escolar e da comunidade local. O objetivo principal dessas atividades deve ser sempre o de proporcionar aos estudantes uma formação cidadã, que favore- ça seu crescimento intelectual, social, físico, moral, ético, simbólico e afetivo. Por isso, é esperado que as escolas adequem as proposições da BNCC à realidade local, buscando, entre outras ações: [...] • contextualizar os conteúdos dos componentes curriculares, identificando estratégias para apresentá-los, representá-los, exemplificá-los, conectá-los e torná-los significativos, com base na realidade do lugar e do tempo nos quais as aprendizagens estão situadas; • decidir sobre formas de organização interdisciplinar dos componentes cur- riculares e fortalecer a competência pedagógica das equipes escolares para adotar estratégias mais dinâmicas, interativas e colaborativas em relação à gestão do ensino e da aprendizagem; • selecionar e aplicar metodologias e estratégias didático-pedagógicas diversi- ficadas, recorrendo a ritmos diferenciados e a conteúdos complementares, se necessário, para trabalhar com as necessidades de diferentes grupos de alu- nos, suas famílias e cultura de origem, suas comunidades, seus grupos de socialização etc.; [...] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017, p. 12. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017. A busca pela aproximação dos conhecimentos escolares com a realidade dos estudantes é uma atribuição da escola, mas também deve ser uma responsabilidade do professor. A análise do contexto sociocultural oferece as chaves para o diagnóstico do nível cultural dos estudantes, do seu nível real de desenvolvimento, assim como das suas expectativas diante da instituição escolar, dos seus preconceitos, etc. Conhecer as respostas a estas interrogações é requisito essencial para que a proposta planejada possa se ligar diretamente a esses meninos e meninas reais, à sua autêntica vida cotidiana. [...] Outro requisito prévio importante é conhecer e localizar os recursos que exis- tem na comunidade, no meio natural e social, que possam sugerir a realização de tarefas concretas, bem como facilitar e enriquecer outras que podem ser de- senvolvidas através da unidade didática. SANTOMÉ, Jurjo Torres. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Trad. Cláudia Shilling. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 225-226. Trabalhar a interdisciplinaridade não é algo tão complicado e algumas dicas podem ajudar a tornar sua prática mais acessível. O texto a seguir apresenta dicas de como trabalhar os conteúdos escolares de maneira interdisciplinar. A realidade é um banco de ideias O caminho mais seguro para fazer a relação entre as disciplinas é se basear 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_017a027.indd 18 7/6/18 12:52 PM XIX em uma situação real. Os transportes ou as condições sanitárias do bairro, por exemplo, são temas que rendem desdobramentos em várias áreas. Isso não signifi- ca carga de trabalho além da prevista no currículo. A abordagem interdisciplinar permite que conteúdos que você daria de forma convencional, seguindo o livro didático, sejam ensinados e aplicados na prática — o que dá sentido ao estudo. Para que a dinâmica dê certo, planejamento e sistematização são fundamentais. [...] Quando as disciplinas são usadas para a compreensão dos detalhes, os alu- nos percebem sua natureza e utilidade. [Atividades que promovam o diálogo entre conhecimentos] também pedem te- mas bem delimitados. Em vez de estudar a poluição, é preferível enfocar o rio que corta o bairro e recebe esgoto. A questão possibilita enfocar aspectos histó- ricos, analisar a água e descobrir a verba municipal destinada ao saneamento. Quantas disciplinas podem ser exploradas? É possível que um caso assim seja trazido pela garotada. Convém não desperdiçar a oportunidade mesmo que você não se sinta à vontade para tratar do assunto. Não precisa se envergonhar por não saber muito sobre o tema. Mostre à classe como é interessante buscar o co- nhecimento. “A formação continuada do professor não se resume a realizar um curso atrás do outro, mas também [a] ler diariamente sobre assuntos gerais” [...]. Dessa maneira, ele aprende a aproveitar motes que surgem em sala e que ten- dem a ser produtivos se abordados de forma ampla. [...] Como ensinar relacionando disciplinas • Parta de um problema de interesse geral e utilize as disciplinas como ferra- mentas para compreender detalhes. • [...] • Inclua no planejamento ideias e sugestões dos alunos. • Se você é especialista, não se intimide por entrar em área alheia. • Pesquise com os estudantes. • Faça um planejamento que leve em consideração quais conceitos podem ser explorados por outras disciplinas. • Levante a discussão nas reuniões pedagógicas e apresente seu planejamento anual para quem quiser fazer parcerias. • Recorra ao coordenador. Ele é peça-chave e percebe possibilidades de trabalho. • Lembre-se de que a interdisciplinaridade não ocorre apenas em grandes projetos. É possível praticá-la entre dois professores ou até mesmo sozinho. CAVALCANTE, Meire. Interdisciplinaridade: um avanço na educação. Revista Nova Escola. n. 174, ago. 2004. p. 52-54. Além de atividades que promovam o diálogo com os conhecimentos de diferentes áreas, o professor deve criar, no dia a dia da sala de aula, momentos de interação entre eles. Ao longo desta coleção, são apresentados vários exemplos de atividades que favorecem o trabalho interdisciplinar. Elas são destacadas na seção Saberes integra- dos, cujas características foram apresentadas na página IX. A prática docente As atuais propostas de ensino sugerem uma metodologia que tenha como objetivo levar o aluno a organizar e a estruturar seu pensamento lógico e a analisar de forma crítica e dinâmica o ambiente que o cerca. Para que essa metodologia seja posta em prática, é necessário redimensionar o papel do professor. É preciso deixar de ser apenas transmissor de conhecimentos e passar a ser mediador da relação entre o aluno e a aprendizagem. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_017a027.indd 19 23/12/17 17:33 XX Como mediador, é preciso promover debates sobre as propostas dos alunos, indi- car os caminhos que podem levar à resolução dos problemas, orientar as reformula-ções das hipóteses e valorizar as soluções mais adequadas. Ser “mediador” não pode ser entendido apenas como sendo um aplicador de pacotes educacionais ou um mero constatador do que o aluno faz ou deixa de fa- zer. Ser mediador deve significar, antes de mais nada, estar entre o conhecimen- to e o aprendiz e estabelecer um canal de comunicação entre esses dois pontos. MASSINI-CAGLIARI, Gladis; CAGLIARI, Luiz Carlos. Diante das letras: a escrita na alfabetização. Campinas: Mercado de Letras, 1999. p. 255. Sendo assim, é papel do professor: • tornar os conceitos e os conteúdos possíveis de serem aprendidos pelos alunos, fornecendo as informações necessárias que eles não têm condições de obter sozinhos; • conduzir e organizar o trabalho em sala de aula, buscando desenvolver a autono- mia dos alunos; • estimular continuamente os alunos, motivando-os a refletir, investigar, levantar questões e trocar ideias com os colegas. É importante conhecer as condições socioculturais, as expectativas e as competên- cias cognitivas dos alunos, pois, dessa maneira, terão condições de selecionar situa- ções-problema relacionadas ao cotidiano deles. É relevante também o trabalho de um mesmo conteúdo em diversos contextos, a fim de incentivar a capacidade de genera- lização nos alunos. Procedimentos de pesquisa As atividades de pesquisa são fundamentais para desenvolver autonomia, capaci- dade de análise e síntese, práticas de leitura, além de estimular o trabalho em grupo e a socialização, entre diversas outras habilidades, dependendo de como a pesquisa é orientada e de qual será o seu produto final. Para que a pesquisa escolar obtenha resultados satisfatórios, existem algumas orientações possíveis de serem transmitidas aos alunos antes de sua realização. Os pontos principais a serem considerados são: a definição do tema, o objetivo da pes- quisa, o cronograma, o produto final e a socialização desse produto. Definição do tema É importante definir claramente o tema da pesquisa, estabelecendo um objeto de estudo que desperte o interesse dos alunos. Objetivo da pesquisa Para definir o objetivo da pesquisa, cria-se uma problemática inicial sobre o tema escolhido. Com os alunos, deve-se formular perguntas norteadoras e estabelecer tó- picos secundários dentro do tema geral. Igualmente importante é definir um produto final: pode ser um seminário, um vídeo, uma publicação coletiva, um texto escrito para ser lido na classe... Seja qual for a escolha, o fundamental é ampliar o público. Por dois motivos: primei- ro, como forma de incentivar a preocupação com os propósitos da pesquisa e a 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_017a027.indd 20 23/12/17 17:33 XXI forma como ela será comunicada. Segundo, para que a pesquisa cumpra verda- deiramente sua função. Se na sociedade a meta de uma investigação é dissemi- nar informações, não faz sentido que na escola ela se transforme em um contato restrito entre aluno e professor. MARTINS, Ana Rita. Busca certeira: como selecionar sites confiáveis. Revista Nova Escola. Disponível em: <https:// novaescola.org.br/conteudo/2563/busca-certeira-como-selecionar-sites-confiaveis>. Acesso em: 23 nov. 2017. Com o objetivo definido, o passo seguinte é escolher quais serão as fontes de pes- quisa. Deve ser explicada aos alunos a importância da seleção de fontes confiáveis, que tenham informações sobre suas origens e os respectivos autores. Além disso, deve ser destacado que a pesquisa pode ser realizada em diversas fontes, como li- vros, jornais, revistas, internet, dicionários, enciclopédias, fotos, documentários, fil- mes, ou até por meio de entrevistas e pesquisas de campo. Cronograma Caso o trabalho seja em grupo, os alunos devem estabelecer quem ficará responsá- vel pela elaboração de cada tópico. Por fim, prazos devem ser definidos para a entrega desse material. Esse prazo pode conter apenas a data final de apresentação do traba- lho ou incluir as datas em que cada um terá de entregar a parte que lhe cabe. Coleta de informações Nessa fase, cada aluno deverá seguir com a pesquisa do tópico que lhe foi proposto na etapa anterior. A pesquisa pode ser realizada em diversas fontes, e os alunos deve- rão selecionar as informações com maior utilidade para a produção final. É trabalho do professor orientá-los a selecionar fontes confiáveis, bem como imagens para ilustrar e enriquecer o trabalho, como fotos, desenhos, mapas, tabelas e gráficos. Nessa etapa, a interação e a troca de experiências entre os alunos são muito importantes, pois des- sa forma é possível verificar se o trabalho deles está sendo produtivo para o restante do grupo. Análise das informações É importante orientar os alunos a analisarem e a interpretarem as informações cole- tadas, verificando se elas realmente estão relacionadas com os conteúdos estudados naquele momento e com as problemáticas propostas no início da pesquisa. Vale ressaltar que coletar dados, imagens e textos não caracteriza de fato uma pes- quisa. É preciso que essas informações sejam interpretadas e selecionadas de manei- ra crítica, tendo em mente sempre o contexto em que serão utilizadas. Nos trabalhos em grupo, é interessante que essa etapa seja realizada em conjunto, a fim de que cada um tome conhecimento sobre as informações coletadas pelos colegas. Produção Essa etapa pode variar de acordo com o produto final da pesquisa. Se for um traba- lho escrito, é nesse momento que deve acontecer a produção escrita e, por fim, a centralização de todos os textos produzidos. Caso a apresentação final seja um semi- nário, nessa etapa também precisam ser planejados e escritos os cartazes ou slides que acompanharão a apresentação. Por outro lado, se a apresentação for uma roda de leitura, nessa etapa é importante o treino dessa leitura. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_017a027.indd 21 23/12/17 17:33 XXII De qualquer maneira, é essencial que os alunos percebam a importância de elabo- rar uma primeira versão, que deverá ser conferida por todos os envolvidos, até mesmo o professor. Após a leitura de todos, o texto final pode ser escrito. Divulgação Com o texto pronto, os cartazes produzidos ou a leitura ensaiada, chegou o mo- mento de divulgar a pesquisa. Cada evento ou formato de trabalho possui caracterís- ticas diferentes e é importante ressaltar isso aos alunos. Uma apresentação oral exige postura, entonação de voz e até o uso de fichas organizadoras para que os alunos não se percam durante a fala. Já em um trabalho escrito, pode ser necessário criar uma capa com o nome de cada participante, o nome da escola e a turma em que estudam. Espaços não formais de aprendizagem A escola e suas dependências constituem um espaço formal de ensino-aprendiza- gem. Mas não é somente no ambiente escolar que a aprendizagem acontece. Os espaços não formais de ensino-aprendizagem têm se destacado por oportunizar a aprendizagem de maneira interativa. Por apresentar diferentes recursos e realizar exposições, esses locais podem contribuir significativamente para a aprendizagem, pois o público participa ativamente desse processo. Entre as vantagens dos espaços não formais de ensino-aprendizagem está a de levar a cultura científica a todos, con- tribuindo para a divulgação científica e o envolvimento da sociedade nos conceitos científicos. Na definição de espaços não formais de educação são sugeridas as categorias Ins- tituições e não Instituições. [...] Na categoria Instituições, podem ser incluídos os espaços que são regula- mentados e que possuem equipe técnica responsável pelas atividades executa- das, sendo o caso dos Museus, Centros de Ciências, Parques Ecológicos, Parques Zoobotânicos, Jardins Botânicos, Planetários, Institutos de Pesquisa, Aquários, Zoológicos, entre outros. Já os ambientes naturais ou urbanos que não dispõem de estruturação institucional, mas onde é possível adotar práticas educativas, en- globam a categoria não Instituições. Nessa categoria podem ser incluídos teatro, parque, casa,rua, praça, terreno, cinema, praia, caverna, rio, lagoa, campo de fu- tebol, entre outros inúmeros espaços. [...] JACOBUCCI, Daniela Franco Carvalho. Contribuições dos espaços não formais de educação para a formação da cultura científica. Revista Em extensão, v. 7, 2008. p. 56-57. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/ revextensao%20/article/viewFile/20390/10860>. Acesso em: 20 nov. 2017. É possível perceber que a aprendizagem pode ocorrer em diferentes espaços e não depende somente de instituições de pesquisa. É fundamental expor os objetivos da realização de visitas a espaços não formais de aprendizagem antecipadamente, orien- tar os alunos durante a visitação e ressaltar a importância de um relatório para regis- trar o que foi observado, juntamente com as impressões dos alunos sobre a visitação e a troca de ideias entre eles, a fim de socializar suas observações e compartilhar suas opiniões. Os espaços não formais de educação são fundamentais na disseminação da cultura humana e da cultura científica, tornando-se instrumentos relevantes na educação e na formação cidadã. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_017a027.indd 22 23/12/17 17:33 XXIII Procedimentos para visitas a espaços não formais de aprendizagem A visita a espaços não formais pode contribuir para a aprendizagem e garantir mo- mentos de interação com o objeto de estudo, experiência enriquecedora para a apren- dizagem. Para que tal experiência seja relevante, é necessária a programação prévia. É essencial agendar a visita antecipadamente, garantir que haja acompanhamento específico, indicar o nome da escola, a série, a faixa etária e a quantidade de alunos que será levada. Além disso, é indispensável providenciar autorizações que devem ser entregues aos pais ou responsáveis e assinadas por eles. Caso seja necessário pagar algum valor para a entrada, deve ser identificado na autorização, bem como o local a ser visitado, o endereço, a data e o horário. É necessário orientar os responsáveis so- bre os possíveis gastos no dia da visita e sobre o meio de transporte utilizado. O transporte deve ser contratado antecipadamente e devem ser verificadas as con- dições de segurança do veículo. O itinerário e os horários previstos devem ser combi- nados com o motorista. Caso a visita seja feita em campo, em locais com solo ou rochas, os alunos devem ser orientados a utilizarem roupas e calçados apropriados, bem como óculos de sol, boné, protetor solar e repelente de insetos. Os alunos devem levar um caderno de campo para fazerem suas anotações e, se possível, aparelhos celulares ou câmeras para registrarem imagens. Se forem conduzir entrevistas, devem preparar as questões previamente e gravar as respostas para anali- sá-las e transcrevê-las posteriormente. Esses registros serão essenciais na avaliação da aprendizagem. A tecnologia como ferramenta pedagógica O uso das novas tecnologias da informação e da comunicação já é uma realidade no cotidiano de crianças e adolescentes. Diante disso, as políticas educacionais e as práticas pedagógicas em nosso país caminham no sentido de incorporar essas tecno- logias ao trabalho escolar. Incluir os recursos tecnológicos nas aulas parece uma tendência inevitável e, ao mesmo tempo, capaz de contribuir para o desenvolvimento de metodologias inovado- ras no processo de ensino-aprendizagem. Porém, cabe salientar que, para que o uso dessas tecnologias como ferramenta de ensino-aprendizagem realmente se justifique e de fato contribua para esse processo, faz-se necessário um planejamento prévio considerando sua relação com o conteúdo, os objetivos pretendidos, a aplicação em sala de aula e a capacitação dos profissionais que delas vão se utilizar. Portanto, deve- -se adotar o seguinte critério: [...] Só vale levar a tecnologia para a classe se ela estiver a serviço dos conteú- dos. Isso exclui, por exemplo, as apresentações em Power Point que apenas tor- nam as aulas mais divertidas (ou não!), os jogos de computador que só entretêm as crianças ou aqueles vídeos que simplesmente cobrem buracos de um planeja- mento malfeito. “Do ponto de vista do aprendizado, essas ferramentas devem co- laborar para trabalhar conteúdos que muitas vezes nem poderiam ser ensinados sem elas”, afirma Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de Nova Escola. [...] POLATO, Amanda. Tecnologia + conteúdos = oportunidades. Revista Nova Escola. São Paulo: Fundação Victor Civita, ano 24, n. 223, jun. 2009. p. 51. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_017a027.indd 23 23/12/17 17:33 XXIV Com a presença cada vez maior de computadores nas escolas, bem como de alu- nos que dispõem de aparelhos celulares, a internet passou a ser cada vez mais utiliza- da na realização de pesquisas e também como recurso didático. Por meio dela, professores e alunos têm acesso a um universo de informações as quais podem, se bem exploradas, ser muito úteis e enriquecer o processo de ensino-aprendizagem. [...] Não há dúvida de que novas tecnologias de comunicação e informação trouxe- ram mudanças consideráveis e positivas para a educação. Vídeos, programas educativos na televisão e no computador, sites educacionais, softwares diferen- ciados transformam a realidade da aula tradicional, dinamizam o espaço de ensi- no-aprendizagem, onde, anteriormente, predominavam a lousa, o giz, o livro e a voz do professor. Para que as TICs [Tecnologias de Informação e Comunicação] possam trazer alterações no processo educativo, no entanto, elas precisam ser compreendidas e incorporadas pedagogicamente. Isso significa que é preciso respeitar as especificidades do ensino e da própria tecnologia para poder garan- tir que seu uso, realmente, faça diferença. [...] KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: O novo ritmo da informação. São Paulo: Papirus, 2007. p. 46. É necessário, no entanto, tomar certos cuidados para fazer uma boa utilização des- se recurso, garantindo que os alunos possam usufruir plenamente dos benefícios desse instrumento e evitando que se desviem dos objetivos pretendidos. A seguir, são apresentadas algumas sugestões e orientações para incluir essa ferramenta na prática pedagógica. • Preparação: mantenha-se informado, converse com os colegas e os gestores que já tiveram experiências no uso da tecnologia. [...] • Planejamento: estabeleça quais os conteúdos a serem trabalhados e só de- pois avalie quais recursos tecnológicos podem colaborar com o aprendizado deles. A tecnologia deve servir ao ensino e não o contrário. [...] • Tempo: calcule o tempo necessário para executar, acompanhar e avaliar as atividades que você irá realizar. [...] • Teste: antes de utilizar um equipamento ou um programa, teste-o o máximo que puder. [...] • Limites: as regras de convivência são importantes em qualquer aula e tam- bém devem ser feitas para as que utilizam as TIC. Combine com os alunos quais programas e equipamentos podem ser usados. [...] • Avaliação: os prazos foram cumpridos? Os objetivos foram alcançados? A tecnologia colaborou para a evolução do aprendizado da turma? [...] COMO o professor pode usar a internet a seu favor. Nova Escola, São Paulo: Fundação Victor Civita, edição especial n. 42, jul. 2012. p. 32-33. Competência leitora Cada vez mais sou tomado pela certeza de que ser leitor faz a diferença, [de] que ser leitor é a possibilidade de construção de um ser humano melhor, mais crítico, mais sensível; alguém capaz de se colocar no lugar do outro; alguém mais imaginativo e sonhador; alguém um pouco mais liberto dos tantos preconceitos que a sociedade vai impondo-nos a cada dia, a cada situação enfrentada. Ser lei- tor, acredito, qualifica a vida de qualquer pessoa. [...] RITER, Caio. A formação do leitor literário em casa e na escola. São Paulo: Biruta, 2009. p. 35. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_017a027.indd 24 23/12/17 17:33 XXV Atualmente, a rapidez com que se tem acesso à informação faz com que o contato com a leitura em contextos reais de informação seja cada vezmais fragmentado. Des- se modo, é importante que a escola possibilite ao aluno desenvolver estratégias de leitura que o auxiliem a compreender e explorar mensagens, verbais ou não verbais, em diversos níveis de cognição. Promover atividades em que os alunos tenham que perguntar, prever, recapi- tular para os colegas, opinar, resumir, comparar suas opiniões com relação ao que leram, tudo isso fomenta uma leitura inteligente e crítica, na qual o leitor vê a si mesmo como protagonista do processo de construção de significados. Estas atividades podem ser propostas desde o início da escolaridade, a partir da leitura realizada pelo professor e da ajuda que proporciona. SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Trad. Cláudia Schilling. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 173. Vale ressaltar que a interpretação de um texto acontece de forma progressiva, con- siderando não apenas a mensagem que o autor pretendia transmitir, mas também os objetivos do leitor ao ler esse texto, assim como seus conhecimentos prévios e o pro- cesso de leitura em si. Nesse sentido, é importante a criação de estratégias de leitura, que permitirão ao aluno: • Extrair o significado do texto, de maneira global, ou dos diferentes itens in- cluídos nele. • Saber reconduzir sua leitura, avançando ou retrocedendo no texto, para se adequar ao ritmo e às capacidades necessárias para ler de forma correta. • Conectar novos conceitos com os conceitos prévios que lhe permitirão incor- porá-los a seu conhecimento. SERRA, Joan; OLLER, Carles. Estratégias de leitura e compreensão de texto no ensino fundamental e médio. In: TEBEROSKY, Ana et al. Compreensão da leitura: a língua como procedimento. Trad. Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2003. p. 36-37. Por fim, se o objetivo principal é formar leitores autônomos a partir da leitura de tex- tos e imagens apresentadas a esses alunos, é preciso favorecer esse processo, tendo o cuidado de: • escolher temas relevantes e interessantes à sua faixa etária; • selecionar textos verbais com vocabulário e extensão adequados; • preocupar-se com a gradação da leitura e a complexidade dos textos; • garantir que sejam propostas leituras de imagens e de gêneros multimodais, aten- tando-se para a diversidade de gêneros textuais, de modo que não sejam estuda- dos sempre os mesmos; • apresentar ao aluno o objetivo das leituras, a fim de que ele perceba que em al- guns momentos lemos para estudar e buscar informações e, em outros, a leitura é realizada por diversão, por exemplo; • orientar como a leitura deverá ser realizada: silenciosamente, guiada, em grupo, etc. Ao longo desta coleção, a competência leitora é estimulada por meio da utilização de recursos textuais e imagéticos diversificados. Para favorecer a análise desses re- cursos, são propostas questões de interpretação no livro do aluno, além de sugestões de questões de análise nas orientações ao professor. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_017a027.indd 25 23/12/17 17:33 XXVI Avaliação A avaliação deve ser compreendida como um meio de orientação do processo de ensino-aprendizagem. Isso porque é uma das principais formas pela qual se pode reconhecer a validade do método didático-pedagógico adotado pelo professor. Além disso, é possível acompanhar o processo de aprendizagem do aluno, procurando identificar seus avanços e suas dificuldades. Para que o processo de ensino-aprendizagem seja bem-sucedido, é necessária uma avaliação contínua e diversificada. Para tanto, devem ser levados em considera- ção os conhecimentos prévios dos alunos para que se possa traçar objetivos em rela- ção aos conteúdos. A avaliação pode ser realizada individualmente ou em grupo, por meio das expres- sões oral, textual e pictórica e da realização de diferentes atividades, como entrevistas e análises de imagens, permitindo a percepção das diferentes habilidades e do desen- volvimento dos alunos. A ação avaliativa pode ser realizada de diferentes maneiras e em momentos distin- tos no decorrer do estudo dos conteúdos, como apresentado a seguir. Três etapas avaliativas Avaliação inicial ou diagnóstica Tem como objetivo perceber o conhecimento prévio dos alunos, identificando inte- resses, atitudes, comportamentos, etc. Essa avaliação deve ser procedida no início de um novo conteúdo para que possa haver melhor integração entre os objetivos e os conhecimentos que os alunos já possuem. Nesse sentido, a coleção apresenta situa- ções que propiciam conhecer a realidade do aluno, como a sua convivência social, as relações familiares, etc. Avaliação formativa Essa etapa avaliativa consiste na orientação e na formação do conhecimento por meio da retomada dos conteúdos abordados e da percepção dos professores e dos alunos sobre os progressos e as dificuldades no desenvolvimento do ensino. Esse processo requer uma avaliação pontual, ou seja, o acompanhamento constante das atividades realizadas pelo aluno. Assim, análises de pesquisas, entrevistas, trabalhos em grupos e discussões em sala de aula devem ser armazenados e utilizados para, além de acompanhar a aprendizagem dos alunos, avaliar os próprios métodos de ensino. Avaliação somatória Essa avaliação tem como prioridade realizar uma síntese dos conteúdos trabalha- dos. Assim, deve-se valorizar trabalhos que permitam avaliar a capacidade de organi- zação e de construção do conhecimento do aluno. Esse método permite um diagnóstico do aprendizado em um período mais longo, como o final de uma temática, determi- nando sua relação de domínio com os objetivos propostos. Atividades como produção e análise de textos, a emissão de opinião e as variadas formas de registro do que foi estudado são maneiras de verificar o que foi apreendido e como se deu a formação do conhecimento nos alunos. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_017a027.indd 26 23/12/17 17:33 XXVII Fichas de avaliação e autoavaliação Para facilitar o trabalho, é possível fazer uso de fichas para avaliar o desempenho da turma. A seguir, apresentamos um exemplo de ficha de avaliação. Nome: Sim Às vezes Não Participa de debates e discussões em sala de aula? Realiza as tarefas propostas? Demonstra interesse pela disciplina? Tem bom relacionamento com os colegas de sala? Expressa suas opiniões por meio de trabalhos orais ou escritos? Consegue organizar o aprendizado? É organizado com o material didático? Tem facilidade para compreender os textos? Respeita outras opiniões sem ser passivo? O processo de avaliação do ensino-aprendizagem é uma responsabilidade do pro- fessor, porém os alunos também devem participar desse processo para que identifi- quem seus avanços e seus limites, colaborando assim para que o professor tenha condições de avaliar sua metodologia de ensino. Uma das sugestões para esse pro- cesso é o uso de fichas de autoavaliação, por meio das quais os alunos são estimula- dos a refletir sobre o seu desenvolvimento em sala de aula e sobre seu processo de aprendizagem. A seguir, apresentamos um modelo de ficha de autoavaliação. Nome: Sim Às vezes Não Compreendo os assuntos abordados pelo professor? Faço os exercícios em sala e as tarefas da casa? Falo com o professor sobre minhas dúvidas? Expresso minha opinião durante os trabalhos em sala de aula? Participo das atividades em grupo? Mantenho um bom relacionamento com meus colegas de sala? Organizo meu material escolar? 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_017a027.indd 27 23/12/17 17:33 XXVIII O ensino de Arte Fundamentos teórico-metodológicos Esta obra tem como objetivo oferecer um apoio pedagógico a professores que atu- am no ensino de Arte em seus anos iniciais. Os cinco volumes que compõem a cole- ção estabelecem uma articulação constante entre suas linguagens — Artes visuais, Música, Teatro e Dança. Essa concepção tem como referencial a própria natureza das produções artísticas, visto que suas experiências são constituídas por ações que se materializam em elementos verbais e não verbais, voltados a experiências sensíveisque envolvem expressões corporais, visuais, plásticas e sonoras, em vivências expe- rienciais e subjetivas. A arte é um elemento presente no cotidiano. Esse é o elemento contextual do qual partimos para a elaboração das unidades que compõem os volumes desta obra. Se a arte está imersa no cotidiano das crianças, é necessário trazê-la para o ambiente es- colar como um dispositivo de aprendizagem por meio de experiências estéticas que viabilizem aos alunos novas descobertas. Nessa abordagem, optamos por partir da arte contemporânea em seus múltiplos segmentos. Sua natureza interdisciplinar permite um diálogo entre uma grande diver- sidade de elementos temáticos, estilísticos e estéticos. Sendo assim, esta obra se propõe a inserir no debate do ensino de Arte os temas contemporâneos que com- põem o cotidiano social e cultural da criança, não se furtando ao debate e, ao mesmo tempo, centrada em problematizações pertinentes ao nível de maturidade do público para o qual o material se dirige. Nesse sentido, a arte contemporânea permite um trânsito pelos caminhos da diver- sidade regional, étnica e estilística. A diversidade, abordada na obra em sua amplitude estético-cultural, desdobra-se em reflexões sobre o ser humano e sua necessidade de criar, assim como sobre as práticas culturais que dialogam com outras experiências da vida cotidiana que não seja a puramente estética. Esse eixo se desenvolve gradu- almente ao longo dos volumes, apresentando-se em um processo construtivo no qual a criança será inserida nos diversos universos estéticos que compõem o campo da Arte, com base em diálogos e experiências concretas, nos quais seu universo cultural impulsionará as reflexões presentes no material. Em sua composição estrutural, a obra não se atém a uma perspectiva cronológica. Entretanto, mantém-se em constante diálogo com a perspectiva histórica que se cons- titui nos movimentos artísticos ao longo dos séculos. Ao optar pela diversidade como componente transversal na abordagem dos conteú- dos, problematizamos outros temas agregados ao conceito norteador, tais como: identidade, espaço e lugar. Estes elementos conceituais são temas recorrentes na arte contemporânea. Por exemplo, a identidade é abordada através da consciência corpo- ral, da ancestralidade, da memória, da consciência sonora e da afetividade. Logo, nos preocupamos em conduzir o aluno a esses temas por meio de elementos artísticos contextualizadores e vivenciais, privilegiando o diálogo com o concreto. O elemento vivencial é um eixo importante para a compreensão e o bom aproveita- mento do material didático desenvolvido. Estruturalmente, as unidades dos volumes apresentam problematizações em três níveis de questionamentos: • o contato com o tema proposto; 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_028a043.indd 28 23/12/17 17:33 XXIX • o conhecimento prévio que o aluno traz para esse contato; • o relacionamento desse tema com elementos de sua realidade próxima. Essas aproximações entre conteúdo e vivências prévias estimulam a aprendizagem como algo significativo. Ao elaborar o material didático, preocupamo-nos com a rela- ção que o aluno estabelecerá com o conteúdo proposto e como ele aprenderá de forma significativa. Para isso, desenvolvemos atividades que sejam desafios cogniti- vos, divididas em etapas que se desdobram por todos os volumes, oportunizando aos alunos que coloquem em prática seus conhecimentos prévios e interajam constante- mente com os demais colegas, em uma perspectiva de ação coletiva e colaborativa constante. Disponibilizamos imagens, textos, letras de música e sugestões de onde encontrar materiais para o aprofundamento dos conteúdos desenvolvidos. A proposição da obra é que o aluno vivencie experiências do pensar, interpretar, formular hipóteses e desen- volver discursos nas linguagens variadas, possibilitando que esses contatos entre conteúdo e experiências concretas viabilizem o amadurecimento da reflexão crítica diante da realidade. Ao professor, a obra se estende como um painel de possibilidades de mediação pedagógica no ensino de Arte e aprofundamento de estudos sobre arte, diversidade e cultura, capacitando-o para atuar como um mediador nesse diálogo entre o aluno e a arte, problematizando os debates, orientando as atividades e relacionando a sua ba- gagem cultural aos temas, enriquecendo as trocas de saberes propostas como expe- riências de ensino. A Arte no Ensino Fundamental Enquanto componente curricular da Base Nacional Curricular Comum (BNCC), a Arte corresponde a um campo do saber em contato com os elementos que compõem o patrimônio histórico e cultural da humanidade. No Ensino Fundamental, o componente curricular está centrado na integração de suas linguagens: as Artes Visuais, a Dança, a Música e o Teatro (o que veremos de forma detalhada mais à frente). Estas linguagens são produtoras de saberes referentes aos fenômenos artísticos e envolvem as práticas de criar, ler, produzir, construir, exte- riorizar e refletir. Outro aspecto relevante presente na identidade do componente cur- ricular está diretamente relacionado ao desenvolvimento da sensibilidade, da intuição, do pensamento crítico e das subjetividades como formas de expressão no processo de aprendizagem em Arte. Nessa perspectiva, a BNCC propõe que a abordagem dessas linguagens articule as seis dimensões do conhecimento necessárias para a vivência integral em Arte. Essas dimensões de saber estão integradas de forma indissociável e simultânea e caracteri- zam a identidade da experiência artística, perpassando os conhecimentos das Artes Visuais, da Dança, da Música e do Teatro e as aprendizagens dos alunos em cada contexto social e cultural. Especificamente, essas dimensões não correspondem a eixos temáticos ou catego- rias de ensino, mas são características que revelam as especificidades da aprendiza- gem em Arte na escola. Entre essas dimensões não há hierarquia, tampouco uma ordem para se trabalhar com cada uma no campo pedagógico. As dimensões são: 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_028a043.indd 29 23/12/17 17:33 XXX Criação: refere-se ao fazer artístico, quando os sujeitos criam, produzem e constroem. Trata-se de uma atitude intencional e investigativa que confere mate- rialidade estética a sentimentos, ideias, desejos e representações em processos, acontecimentos e produções artísticas individuais ou coletivas. Essa dimensão trata do apreender o que está em jogo durante o fazer artístico, processo perme- ado por tomadas de decisão, entraves, desafios, conflitos, negociações e inquietações. Crítica: refere-se às impressões que impulsionam os sujeitos em direção a no- vas compreensões do espaço em que vivem, com base no estabelecimento de re- lações, por meio do estudo e da pesquisa, entre as diversas experiências e manifestações artísticas e culturais vividas e conhecidas. Essa dimensão articula ação e pensamento propositivos, envolvendo aspectos estéticos, políticos, histó- ricos, filosóficos, sociais, econômicos e culturais. Estesia: refere-se à experiência sensível dos sujeitos em relação ao espaço, ao tempo, ao som, à ação, às imagens, ao próprio corpo e aos diferentes materiais. Essa dimensão articula a sensibilidade e a percepção, tomadas como forma de conhecer a si mesmo, o outro e o mundo. Nela, o corpo em sua totalidade (emo- ção, percepção, intuição, sensibilidade e intelecto) é o protagonista da experiência. Expressão: refere-se às possibilidades de exteriorizar e manifestar as criações subjetivas por meio de procedimentos artísticos, tanto em âmbito individual quanto coletivo. Essa dimensão emerge da experiência artística com os elemen- tos constitutivos de cada linguagem, dos seus vocabulários específicos e das suas materialidades. Fruição: refere-se ao deleite, ao prazer, ao estranhamento e à abertura para se sensibilizar durante a participação em práticas artísticas e culturais. Essa di- mensão implica disponibilidade dos sujeitos para a relação continuadacom pro- duções artísticas e culturais oriundas das mais diversas épocas, lugares e grupos sociais. Reflexão: refere-se ao processo de construir argumentos e ponderações sobre as fruições, as experiências e os processos criativos, artísticos e culturais. É a ati- tude de perceber, analisar e interpretar as manifestações artísticas e culturais, seja como criador, seja como leitor. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017. p. 152-153. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br>. Acesso em: 10 nov. 2017. Como componente curricular, a Arte é uma abertura para a interação do aluno com o mundo e toda a complexidade que o envolve. Ela favorece, em todos os níveis de aprendizagem da Educação Básica, o diálogo e o respeito às diferenças, afirmando suas qualidades intercultural, pluriétnica e plurilíngue, perspectivas importantes para a formação cidadã. A grande riqueza da Arte, o que a torna um elemento essencial na formação educacional básica, é sua capacidade de propiciar a troca entre culturas distintas favorecendo nesse processo o reconhecimento das semelhanças e diferen- ças entre elas. Isso faz com que o pensamento sobre as manifestações artísticas transcenda os espaços legitimadores das instituições culturais. A aprendizagem de Arte volta-se, nesse sentido, à experiência e à vivência artística como prática social, colocando o aluno como protagonista no processo de aprendizagem. De acordo com a BNCC, no componente curricular de Arte, o que se espera do alu- no durante a sua vida escolar no Ensino Fundamental é que ele expanda o seu 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_028a043.indd 30 23/12/17 17:33 XXXI repertório cultural e artístico, assim como amplie sua autonomia nas práticas artísti- cas, por meio de vivências que estimulem sua reflexão imaginativa e crítica sobre os conteúdos artísticos e seus elementos constitutivos e também sobre as experiências de pesquisa, invenção e criação. O Ensino Fundamental em seus anos iniciais corresponde a uma transição de orien- tação curricular da Educação Infantil, em que as interações de aprendizagem e desen- volvimento seguem a orientação dos jogos e das brincadeiras para uma orientação curricular organizada por áreas de conhecimento e componentes curriculares. Cabe ressaltar os compromissos centrais de desenvolvimento das competências relaciona- das à alfabetização e ao letramento, especificamente nos dois primeiros anos do En- sino Fundamental, o qual viabiliza a leitura com base na criação e na produção nas mais diversas linguagens artísticas, contribuindo assim para o desenvolvimento das habilidades relacionadas tanto à linguagem verbal quanto às linguagens não verbais. Em consonância com os documentos orientadores da Educação Básica, propomos nesta obra o ensino de Arte baseado em experiências investigativas e lúdicas, inserin- do gradualmente nos volumes problematizações que acompanhem o estágio de ama- durecimento do aluno ao longo de sua vida escolar, mas sem perder esse contato importante com a infância e a necessidade do jogo e do fazer como aspectos centrais na aprendizagem e no desenvolvimento. Visando a um público de alunos com idades entre seis e onze anos, distribuídos pelas mais diversas regiões do país, refletindo, além do multiculturalismo brasileiro, as nossas diversidades regionais, econômicas e sociais, organizamos uma obra em que o eixo pedagógico está centrado nas especificidades do desenvolvimento das crian- ças. Logo, propomos o estudo das obras de artistas contemporâneos que consigam estabelecer um diálogo com o universo infantil, valorizando aspectos essenciais desta fase, como a experimentação, a imaginação, a ludicidade e a interação. Dessa maneira, os volumes que compõem a obra apresentam em seus corpos as quatro linguagens da Arte voltadas às experiências e vivências artísticas que dialogam com os interesses das crianças e se situam nas culturas infantis. Os conteúdos são problematizados por atividades de soluções coletivas, que estimulam vivências na produção e fruição do objeto de conhecimento, promovendo a integração entre sujeito e conteúdo. A diversidade cultural na divisão da obra e a compreensão das linguagens O encaminhamento temático da obra vem ao encontro das perspectivas demo- cráticas de acesso à Educação Básica. Visto que esse acesso trouxe para as salas de aulas de todo o país um público heterogêneo que reflete os aspectos multicul- turais da formação brasileira, trabalhamos em uma perspectiva de desconstruir preconceitos desde a apresentação das diversas matrizes culturais que compõem a identidade cultural e artística brasileira, propondo a formação de cidadãos críti- cos, capazes de compreenderem a diversidade cultural de forma respeitosa. Essa proposta está de acordo com as leis no 10.639/2003 e no 11.645/2008, que tornam obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena nos estabele- cimentos de Ensino Fundamental e Médio, públicos e privados. No cumprimento dessas leis, a obra se propõe a abordar a diversidade cultural e artística, promo- vendo o respeito à diversidade e o reconhecimento da sociedade brasileira como pluricultural e pluriétnica. Esta compreensão a respeito da diversidade, nesta obra, 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_028a043.indd 31 23/12/17 17:33 XXXII tem na própria criança o seu projeto de reconhecimento e valorização desse uni- verso pluriétnico e pluricultural que compõe a formação social brasileira. Logo, atentamo-nos para o seguinte aspecto presente nas Diretrizes Nacionais Curricu- lares da Educação Básica: Respeitadas as marcas singulares antropoculturais que as crianças de diferen- tes contextos adquirem, os objetivos da formação básica, definidos para a Edu- cação Infantil, prolongam-se durante os anos iniciais do Ensino Fundamental, de tal modo que os aspectos físico, afetivo, psicológico, intelectual e social sejam priorizados na sua formação, complementando a ação da família e da comunida- de e, ao mesmo tempo, ampliando e intensificando, gradativamente, o processo educativo com qualidade social, mediante: I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II – foco central na alfabetização, ao longo dos três primeiros anos, conforme estabelece o Parecer CNE/CEB no 4/2008, de 20 de fevereiro de 2008, da lavra do conselheiro Murílio de Avellar Hingel, que apresenta orientação sobre os três anos iniciais do Ensino Fundamental de nove anos; III – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da eco- nomia, da tecnologia, das artes e da cultura dos direitos humanos e dos valores em que se fundamenta a sociedade; IV – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; V – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade huma- na e de respeito recíproco em que se assenta a vida social. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Conselho Nacional da Educação. Câmara Nacional de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. p. 38. Desta forma, entende-se que o ensino de Arte contextualizado na Educação Básica tem como principal objetivo estimular a consciência cultural do indivíduo, com base no reconhecimento de sua própria cultura, localizando-se como um ser produtor do meio, capaz de criar e transformar, bem como estimulá-lo a refletir sobre esses traços cultu- rais herdados e, gradativamente, ampliar o seu repertório cultural. Pensado desta forma, o ensino de Arte torna-se um forte mecanismo de reflexão e reorganização da própria realidade de ensino no ambienteescolar, sendo um espaço de diálogo de diferentes culturas, um campo por excelência da intercultura. O professor mediador O conhecimento produzido no componente curricular de Arte é originário de um processo de produção e reflexão estética sobre o mundo no qual estamos inseridos, o que implica em um envolvimento cognitivo da ação perceptível e sensível entre o indivíduo e as formas resultantes desse contato em suas diversas imagens. A produ- ção dessas imagens, principalmente as que reflitam algum tipo de relação estética com o mundo, revela a necessidade de construção e vivências de referenciais imagé- ticos no processo de formação educacional desse senso estético. Esta processualidade construtiva é necessária à medida que o próprio princípio do ensino de Arte na escola volta-se para a natureza cognitiva do olhar, ouvir e sentir. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_028a043.indd 32 23/12/17 17:33 XXXIII Ver significa essencialmente conhecer, perceber pela visão, alcançar com a vista os seres, as coisas e as formas do mundo ao redor. A visualização ocorre em dois níveis principais. Um deles se refere ao ser que está vendo, com suas vi- vências, suas experiências. O outro é o que a ambiência lhe proporciona. Mas ver não é só isso. Ver é também um exercício de construção perceptiva onde os ele- mentos selecionados e o percurso visual podem ser educados. [...] Observar é olhar, pesquisar, detalhar, estar atento de diferentes maneiras as particularidade visuais, relacionando-as entre si. FERRAZ, Maria Heloisa C. de T.; FUSARI, Maria F. de Rezende. Arte na Educação Escolar. São Paulo: Cortez, 2001. p. 78. Contribuem para o desenvolvimento do perceptivo as atividades de leitura visual e sonora, além de história da Arte, que, somadas à constante produção dos alunos, possibilitam que eles exercitem e analisem esses diversos modos perceptivos de cria- ção no próprio processo de aprendizagem, ampliando as potencialidades de vivências estéticas no cotidiano escolar e social. Quanto ao professor, é indispensável que neste processo ele compreenda as subje- tividades que constituem a aprendizagem e, consequentemente, estabeleça relações entre os diversos estímulos perceptivos presentes no cotidiano. Desse modo, ele pode ser um mediador na orientação do sentido estético resultante do contato entre o aluno e a experiência vivenciada com a obra de arte. Neste processo, o professor encontra-se entre duas etapas complementares no ensino e na aprendizagem. Ele é um problematizador, logo um elemento ativo na cons- trução do conhecimento gerado pelo contato entre o aluno e o universo artístico e cultural que o envolve. Torna-se, assim, responsável pelos debates que antecedem o contato e o debate reflexivo, princípio necessário para a ação criadora sobre a experiência. Em Paulo Freire encontramos referenciais teóricos para esse papel me- diador do professor. [...] Saber ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, a suas inibições; um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da ta- refa que tenho — a de ensinar e não de transferir conhecimento. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e terra, 1996. p. 47. Nesta perspectiva, temos o professor no papel de mediador entre o aluno e o mun- do (um organizador, estimulador, questionador e aglutinador), conduzindo-o por meio de seu desenvolvimento cognitivo. Visto assim, em Educação, a Arte é um componente curricular que responde muito bem a essa expectativa de aprendizagem, sendo por excelência um filtro de experiências entre o indivíduo e o mundo. A arte, como uma linguagem aguçadora de sentidos, transmite significados que não podem ser transmitidos por nenhum outro tipo de linguagem como a discursiva e a científica. O descompromisso da arte com a rigidez dos julgamen- tos que se limitam a decidir o que é certo e o que é errado estimula o comporta- mento exploratório, válvula propulsora do desejo de aprendizagem. Por meio da arte é possível desenvolver a percepção e a imaginação para apreender a realida- de do meio ambiente, desenvolver a capacidade crítica, permitindo analisar a 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_028a043.indd 33 23/12/17 17:33 XXXIV realidade percebida e desenvolver a criatividade de maneira a mudar a realidade que foi analisada. BARBOSA, Ana Mae. Arte na Educação: interterritorialidade refazendo interdisciplinaridade. Revista design, arte e tecnologia. São Paulo: Rosari, Universidade Anhembi Morumbi, PUC-Rio, Unesp-Bauru, 2008. p. 21. Logo, fazemo-nos valer nesta obra de alguns autores que darão sustentação para essa compreensão mediadora entre o ensino de Arte e a sua aprendizagem, numa perspectiva formadora que conduzirá o aluno a uma autonomia crítica e expressiva. Em consonância com as ideias de Paulo Freire, Ana Mae Barbosa, em sua Pro- posta Triangular, sugere a vivência como forma de ensino e aprendizagem de Arte. Para isso, baseia sua teoria em três pilares: ler a obra de arte, contextualizar e produzir, dentro de processos interligados que não seguem necessariamente uma ordem preestabelecida. O fazer exige contextualização, a qual é a conscientização do que foi feito, assim como qualquer leitura como processo de significação exige a contextualização para ultrapassar a mera apreensão do objeto. Quando falo de contextualização não me refiro à mania vulgar de falar da vida do artista. Essa interessa apenas quando interfere na obra. BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte: anos 1980 e novos tempos. 8. ed. São Paulo: Perspectiva, 2010. p. 33. Ainda sobre a Proposta Triangular, Ana Mae Barbosa afirma que o conhecimento da Arte se dá ao lado da prática com o conhecimento das linguagens artísticas. Sendo assim, salienta a importância da interpretação no exercício de aprendizagem, enfati- zando o contato com a obra e as possibilidades de explorá-la. Trata-se de uma abor- dagem metodológica em aprendizagem centrada nos mecanismos de apreciação e criação, e não apenas no produtor. A História da Arte ganha, neste processo, o caráter de contexto, dentro de novos contextos na decodificação da obra e de seus sentidos. Apesar de a Proposta Triangular ter em sua origem a base centrada nas Artes Visu- ais, o que justifica os termos voltados à visualidade presentes nas definições da auto- ra, ela pode ser aplicada especialmente no ensino e na aprendizagem de todas as demais linguagens artísticas por considerar a leitura não somente a capacidade de decodificação de uma língua escrita, mas também um conceito que envolve a percep- ção e a interpretação de todo o tipo de estímulo alcançado pelos sentidos. Logo, a leitura em obra de arte é um questionamento aberto, repleto de descobertas que esti- mulam a capacidade crítica do aluno. A educação cultural que se pretende com a Proposta Triangular é uma educa- ção crítica do conhecimento construído pelo próprio aluno, com a mediação do professor, acerca do mundo visual e não uma “educação bancária”. BARBOSA, Ana Mae. Tópicos Utópicos. Belo Horizonte: C/ Arte, 2007. p. 40. Esta percepção educativa presente em Ana Mae Barbosa encontra nas Artes Cêni- cas um equivalente voltado para a vivência e a descoberta como forma de aprender nos trabalhos de Viola Spolin, Augusto Boal e Isabel A. Marques. Viola Spolin enfatiza que o professor, ao pensar o ensino do Teatro, deve voltar- -se para a condução dos jogos teatrais. Sua proposta traz para o cenário educa- cional questões relacionadas à expressividade e propõe práticas constantes de 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_028a043.indd 34 23/12/17 17:33 XXXV avaliação em grupo. O jogo teatral no ambiente escolar tem uma função integrado- ra, que estimula a criatividade, a comunicação e a visão crítica sobre temas e as- pectos da vida cotidiana, pois tem como base o aprendizado pela experiênciacriativa. Ou seja, o aluno tem que se colocar na situação-problema para que, intui- tiva ou espontaneamente, encontre soluções, consequentemente vivenciando e aprendendo os conceitos. Experienciar é envolver-se no ambiente, envolver-se total e organicamente com ele. Isso significa envolvimento em todos os níveis: intelectual, físico e intui- tivo. Dos três, o intuitivo, que é o mais vital para a aprendizagem, é negligencia- do. A intuição é sempre tida como uma dotação ou uma força mística possuída somente pelos privilegiados. [...] quando a resposta a uma experiência se realiza no nível do intuitivo, quando a pessoa trabalha além do plano intelectual constri- to, ela está realmente aberta a aprender. [...] A espontaneidade cria uma explosão que por um momento nos liberta dos quadros de referências estáticos da memória sufocada por velhos fatos de infor- mações, de teorias não digeridas e técnicas que são na verdade descobertas de outros. A espontaneidade é um momento de liberdade pessoal quando estamos frente a frente com a realidade e a vemos, a exploramos e agimos em conformi- dade com ela. SPOLIN, Viola. Jogos teatrais na sala de aula. Ed. Perspectiva. São Paulo, 1998. p. 3-4. Procuramos, nesse quadro teórico-metodológico, contemplar autores que dialo- guem entre si, seja pela abordagem da obra em si, seja pela experiência gerada pelo contato desta com o universo educacional. Augusto Boal complementa a pro- posição de Spolin ao identificar o jogo teatral como espaço de discussão e cons- trução de pensamento. Para o autor, a prática do teatro é integrada à vida, adquirindo função social e mobilizadora. A essa leitura em que a arte se integra à vida, Isabel A. Marques propõe que, no ensino da Dança, deve-se desenvolver as práticas com base na experimentação e improvisação corporal. Nesse processo, o professor deve levar em consideração o repertório de movimentos que o aluno traz. Visto desta forma, a consciência e a expressão corporal são experenciadas tanto no Teatro quanto na Dança. A ação do aluno como protagonista no processo de aprendizagem é tratada assim dentro de uma práxis. Nesse período do aprendizado, o desenvolvimento do aluno está marcado por interesses próprios que são diretamente relacionados a seus aspec- tos físicos, emocionais, sociais e cognitivos. Por estarem em constante processo de interação, as características de desenvolvimento desses alunos estão relacionadas com suas vivências culturais e sociais, gerando uma diversidade de perspectivas possíveis. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, a criança desenvolve a capacidade de representação, indispensável para a aprendizagem da leitura, dos conceitos matemáticos básicos e para a compreensão da realidade que a cerca, conheci- mentos que se postulam para esse período da escolarização. O desenvolvimento da linguagem permite a ela reconstruir pela memória as suas ações e descrevê -las, bem como planejá-las, habilidades também necessárias às aprendizagens 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_028a043.indd 35 23/12/17 17:33 XXXVI previstas para esse estágio. A aquisição da leitura e da escrita na escola, forte- mente relacionada aos usos sociais da escrita nos ambientes familiares de onde veem as crianças, pode demandar tempos e esforços diferenciados entre os alu- nos da mesma faixa etária. A criança nessa fase tem maior interação nos espaços públicos, entre os quais se destaca a escola. Esse é, pois, um período em que se deve intensificar a aprendizagem das normas da conduta social, com ênfase no desenvolvimento de habilidades que facilitem os processos de ensino e de aprendizagem. Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Subsídios para Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica: Diretrizes Curriculares Nacionais Específicas para o Ensino Fundamental / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 2009. p. 54-55. É importante destacar que os autores aqui citados, ao compreenderem o aluno como sujeito histórico, centralizam o processo de ensino e aprendizagem no desen- volvimento humano, em vivências que viabilizem o seu amadurecimento estético e crítico. Neste caso, as propostas do ensino de Música dos autores Murray Schafer e Marisa Fonterrada trazem para universo educacional um debate sobre a criação signi- ficativa. Para Murray Schafer, no processo de ensino e aprendizagem em Arte é fun- damental entender o universo sonoro no qual o aluno está inserido, gerando vivências sonoras. O objetivo é uma escuta mais apurada, não só das paisagens sonoras, mas dos elementos intrínsecos a cada música (notas, instrumentos musicais, etc.), em qualquer espaço e com qualquer gênero sonoro. Sendo assim, o fazer artístico reflete a visão de mundo de sua época, e a música do século XX deslocou sua atenção para a valorização da experiência no indivíduo e não na manutenção das tradições. Fonterrada afirma que as criações, intervenções e arranjos musicais complementam a construção da consciência sonora e o desenvolvimento de uma linguagem sonoro- musical própria, pois levam em consideração o universo do aluno, relacionado não só com o espaço escolar, mas também com seu meio e sua comunidade. Nesta perspectiva, propomos ao professor atentar-se aos níveis de desenvolvimen- to nos quais se encontram os alunos, procurando estabelecer um diálogo mais produ- tivo entre a obra e a prática didática para a qual se destina, lembrando sempre que esse processo se dará de forma heterogênea. As linguagens artísticas no Ensino Fundamental nos anos iniciais O componente curricular de Arte, como vimos, é composto de quatro linguagens: Artes Visuais, Dança, Música e Teatro. Cada qual tem suas próprias especificidades. Entretanto, ao discutir a Arte na Educação, devemos nos atentar para o fato de que as vivências e as experiências dos sujeitos não ocorrem isoladamente. Nesta perspecti- va, o componente curricular de Arte e seu ensino ocorrem por meio do constante diá- logo entre suas linguagens. Outro aspecto importante é a reflexão acerca das formas estéticas híbridas: as artes circenses, o cinema e a performance. Assim, em uma obra que estabeleça conexões entre esses quatro campos de lin- guagem, propomos a articulação entre as manifestações culturais de tempos e espa- ços diversos, incluindo o contexto artístico e cultural do aluno, assim como as produções artísticas que lhe são contemporâneas. Desse modo, acreditamos estar viabilizando a ele a construção de um conhecimento histórico, social e político do 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_028a043.indd 36 23/12/17 17:33 XXXVII fenômeno artístico, além da estrutura de suas linguagens, imergindo-o nos costumes e nos valores culturais que as constituem. Linguagem visual É impossível discutir o ensino das linguagens visuais sem levar em consideração os aspectos de uma cultura da visualidade gerada pelo impacto das tecnologias e dos veículos de comunicação no cotidiano de crianças, jovens e adultos neste início do século XXI. Logo, somam-se à pintura, ao desenho, à gravura, à escultura e às demais Artes Visuais a propaganda, o videoclipe, o encarte de revista, entre outros recursos decorrentes do meio comunicacional midiático. Diante de tal quadro, diversos educa- dores defendem uma abordagem para o ensino de Arte centrado na Cultura Visual. Segundo Fernando Hernández, em sua obra Cultura visual, mudança educativa e proje- to de trabalho, Cultura Visual consiste no estudo da diversidade de imagens, processos de visualização e de modelos de visualidade presentes na vida contemporânea. Seus estu- dos enfatizam os modos de ver e a experiência visual como elementos essenciais para compreender o ser humano contemporâneo, suas práticas e a construção de suas signi- ficações. Assim, uma proposta educacional que pretende ser integradora deve propor o estudo da visualidade gerada pelo fenômeno cultural da globalização, tendo como objeto a cultura resultante desses contatos midiáticos. Logo, podemos afirmar que aCultura Vi- sual é uma produção social e o olhar uma construção cultural. Neste sentido, a experiência visual não se realiza de modo isolado, e a representação gerada é parte de um conjunto de práticas e discursos que envolvem outros sentidos da percepção. De forma geral, essa vertente de estudos propõe eliminar as diferenças conceituais entre arte e cultura em Educação, valorizando o repertório do aluno com base no en- tendimento dos aspectos visuais como elemento cultural. Nesta perspectiva, esta obra prioriza o trabalho com a Arte contemporânea, em todos os seus desdobramentos, assim como as linguagens híbridas e sua diversidade. Outro aspecto relevante no ensino das linguagens visuais está nas atividades que estimulam o aluno a desenvolver a sua dimensão sensível com base no fazer artístico. Assim, em todos os volumes desta coleção encontram-se atividades de criação plás- tica. Estas atividades estimulam os alunos a expressarem suas experiências e seu conhecimento prévio e a explorarem o seu repertório cultural. Compete ao professor, nesta relação de aprendizagem, conduzir o olhar de seus alunos e ressaltar os aspectos formais das obras, como linhas, cores, formas, volu- mes, proporções, movimentos e outros elementos próprios da composição visual, as- sim como elementos referentes aos conteúdos (conceituais, factuais e procedimentais) relevantes para a sua aprendizagem. Quanto ao desenvolvimento do aluno e à sua relação com a construção dos códigos visuais, desenhar e escrever correspondem a formas de construção de relação dentro do grupo do qual faz parte. Através desses movimentos gráficos, o aluno materializa seu universo tanto objetivo quanto subjetivo. Por meio do desenho, a criança constrói o seu universo interno, desempenha personagens e inventa regras, mantendo uma relação de propriedade com os seus desenhos. Segundo Edith Derdyk: [...] seus rabiscos provêm de uma intensa atividade do imaginário. O corpo in- teiro está presente na ação, concentrado na pontinha do lápis. Esta funciona como ponte de comunicação entre o corpo e o papel. [...] DERDYK, Edith. Formas de pensar o desenho: desenvolvimento do grafismo infantil. São Paulo, Scipione, 1989. p. 63. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_028a043.indd 37 23/12/17 17:33 XXXVIII Vista assim, a linguagem visual cumpre o papel de estimular na criança suas carac- terísticas próprias, revelando sua subjetividade e relação com o mundo, isso dentro de sua respectiva faixa etária e de sua vivência como construtor e criador. A linguagem visual, assim como as demais linguagens artísticas exploradas no ensino de Arte, deve explorar no aluno esse potencial de se reinventar e de reinventar o mundo, pois a criança [...] reconstrói suas hipóteses e desenvolve a sua capacidade intelectiva e proje- tiva, principalmente quando existem possibilidades e condições físicas, emocio- nais e intelectuais para elaborar estas “teorias” sob forma de atividades expressivas. DERDYK, Edith. Formas de pensar o desenho: desenvolvimento do grafismo infantil. São Paulo, Scipione, 1989. p. 54. Linguagem audiovisual O ético e o estético caminham juntos com o desenvolvimento educacional. Lidar com as novas tecnologias de comunicação e, consequentemente, com as linguagens decorrentes destas é educar a criança para um mundo de relações no qual ela já está inserida, é trabalhar com referenciais estéticos presentes em seu contexto. Diariamen- te essas crianças são expostas a ícones consumistas, algumas já têm seus próprios aparelhos celulares e fazem uso destes seja para jogos, seja para filmar e fotografar cenas do cotidiano. Logo, vivemos um momento cultural em que as tecnologias de comunicação interferem diretamente em nossas relações com o mundo. Mudamos nossa maneira de nos relacionar com o tempo, o espaço e a imagem, seja ela sonora ou visual. É comum, nos dias de hoje, jovens e crianças afirmarem que assistem às músicas, e não apenas as escutam, pois são formados em uma cultura musical com videoclipes. Nessas novas relações entre as pessoas e as tecnologias de comunica- ção, a cultura midiática deve ter o seu espaço de problematização nas aulas de Arte. A cultura midiática é responsável pela formação de diversos referenciais estéticos, pois gera novas visualidades. No ensino de Arte, visualidade é mais do que um ele- mento da visão, é um aspecto cultural: é um ordenador de relações ético-estéticas do meio social, é o modo pelo qual os indivíduos em seus grupos sociais criam seus mo- dos de descrever e representar o mundo visualmente. Entretanto, há uma distância muito grande entre as experiências visuais geradas pela cultura contemporânea e a habilidade que temos para analisá-las. É nesta lacuna que se encontra o papel do en- sino em Arte. Desde cedo, o uso propositivo dos meios audiovisuais em sala de aula pode fazer com que os estudantes ampliem suas habilidades ao serem instigados a refletirem e a produzirem sobre esses meios. Sabe-se que esses estudantes, mesmo as crianças para as quais direcionamos esta obra, são telespectadores e “navegadores” da inter- net. Por meio dessas experiências, eles aprendem elementos de culturas diferentes, absorvem modos de falar e agir e desenvolvem seus próprios núcleos de informação e saberes. Nesta perspectiva, compete ao professor realizar a condução dessas expe- riências de forma produtiva e significativa. Assim como todas as outras formas de expressão, o trabalho com Arte Visual na escola apresenta três eixos de desenvolvimento: apreciação, produção e desenvolvimento. A apreciação está diretamente relacionada à leitura crítica mediada pelo professor. A produção corresponde à participação e produção de elementos audiovisuais. Já a 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_028a043.indd 38 23/12/17 17:33 XXXIX divulgação dos trabalhos implica uma ação democratizadora deste saber, gerando vivências produtivas em plataformas visuais. Linguagem musical O ensino formal da linguagem musical foi introduzido ainda no período de coloniza- ção, pelos jesuítas, no século XVI. Evidentemente essa proposta de ensino estava to- mada por fins de aculturamento dos povos indígenas. Fazia parte de um projeto de catequização e persuasão, dentro de um projeto “civilizador” de perspectiva eurocên- trica e cristã. Efetivamente, a primeira instituição de ensino de Música no Brasil desvinculada da Igreja Católica foi o Imperial Conservatório de Música, fundado em 1841, no Rio de Janeiro. Somente em 1854 o ensino de Música foi oficialmente incorporado às escolas públicas brasileiras. Outros dois pontos importantes sobre o processo de implementação do ensino de Música na escola está vinculado à implantação do canto orfeônico desenvolvido pelo compositor Heitor Villa-Lobos, na década de 1930, como proposta oficial de educação musical escolar. O outro ponto se refere ao movimento da Escola Nova, ocorrido nas décadas seguintes, no qual havia a proposta de valorização dos aspectos da lingua- gem musical, como a experimentação e a composição. Entretanto, entre as diversas perspectivas teóricas e políticas que perpassam a sua efetivação no ambiente escolar, o ensino de Música se dá com a instituição da disci- plina de Educação Artística pela Lei de Diretrizes e Bases de 1971. A Música, porém, ficou às margens da disciplina, cuja ênfase central recaía sobre as Artes Visuais. O ensino da linguagem musical entrou em uma nova etapa na década de 1980, com as pesquisas na área de ensino de Música, mais especificamente com as pesquisas do canadense R. Murray Schafer, cuja proposta voltava-se para a qualificação da es- cuta e a criação musical. O autor classificou essa linha de ensino como o “ouvido pensante”. Ou seja, o aluno é colocado em uma situação de escuta atenta e sensível, transcendendo os aspectos referentes a apenas ouvir. Isso lhe possibilita uma amplia- ção perceptiva e reflexiva sobre o mundo à sua volta e sobre a produção musical. Assim, esta obra propõe-se a estimular a audiçãoatenta da obra musical, sua con- textualização e as performances de criações musicais. Essa proposta de ensino pre- sente na obra exige contextos educacionais para o aluno sentir, questionar e criar, além de ser necessário debater a diversidade musical no ambiente de sala de aula. Assim, a mediação do professor pode e deve diversificar, estimular e ampliar a escuta musical. As atividades musicais que propomos estimulam a aprendizagem por meio do jogo, tendo o lúdico como referência, de modo que os alunos realizem experimentações com o corpo, com a voz e com os materiais sonoros diversos — inclusive instrumentos musicais fabricados pelos próprios alunos, visto que esta obra tem como um de seus objetivos a descoberta e a exploração da materialidade como vivência. A escuta sono- ra e musical coloca o aluno em um processo de identificação e vivência da sonoridade que compõe o seu cotidiano. Quanto à performance, envolve a prática de criação e ação sobre a sonoridade, a musicalidade e seus elementos, favorecendo o desenvol- vimento da consciência de si no processo de criação. Desse modo, buscamos aproximar a arte musical da vida do aluno, apresentando-a como uma forma de expressão acessível a todos. Sendo assim, partimos da 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_028a043.indd 39 23/12/17 17:33 XL contextualização voltada para a diversidade, seja ela regional, étnica ou global, pois cada grupo social tem uma forma própria de produzir e fruir música. Logo, enfatizamos transversalmente temas presentes na sonoridade de nossa identidade musical. Assim, o aluno terá abordado, em todos os volumes da coleção, elementos da música indíge- na, seja no aspecto material, sonoro ou estético, assim como a forte influência da musicalidade afro-brasileira e seus personagens em nosso cotidiano. Entendemos as- sim que, ao estimular o estudo da história do gênero musical e de suas personagens, contribuímos para a construção de uma contextualização mais completa. Linguagem da dança A criança que ingressa no Ensino Fundamental em seus anos iniciais é um ser ativo e traz consigo a necessidade de se movimentar, de se comunicar. Essa necessidade deve ser contemplada dentro do processo de ensino por meio do lúdico. Nesta pers- pectiva, a dança como manifestação cultural engloba elementos de expressão e co- municação que contribuem para o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças nesta faixa etária, possibilitando o desenvolvimento de sua identidade e autonomia. Neste sentido, o ensino da Dança na Educação Básica se constitui como uma pro- posta voltada ao desenvolvimento do pensamento e do sentimento atribuídos à rela- ção estética com a corporeidade. Logo, esta se dá por articulação de processos cognitivos e de experiências sensíveis implicadas no movimento da dança. O elemento central da dança é o movimento corporal, por isso, consequentemente, o trabalho pedagógico baseia-se em atividades de experimentação do movimento, de improvisação, em composições coreográficas e processos de criação (trabalho artís- tico). Entretanto, tais experiências devem ser significativas para o aluno. Como prática de ensino, propõe-se que o professor perceba que o universo da Dan- ça deve ser uma forma de vivência contemplada no ambiente escolar, respeitando a faixa etária do aluno. Logo, seu ensino se dá pela compreensão da dança como ex- pressão e deve possibilitar ao aluno perceber o movimento corporal em seus aspectos sociais, culturais e históricos. Linguagem teatral Assim como a linguagem da dança, a linguagem teatral estabelece na Educação Básica uma experiência artística multissensorial, pautada no contato e na troca de experiências. Nas vivências teatrais, a descoberta do corpo é ponto central da ação, pois ele corresponde ao suporte de criação ficcional de tempos, espaços e sujeitos. Essas ações se desdobram em interações verbais, não verbais e físicas. Especifica- mente, os processos de criação teatral se desenvolvem em situações de criação cole- tiva e colaborativa, por meio de jogos, improvisações, atuações e encenações, caracterizados pela interação entre atuantes e espectadores. Desta forma, abordamos nesta obra o ensino do Teatro na perspectiva dos jogos teatrais propostos por Viola Spolin, a qual aponta a linguagem e seu ensino como um campo dotado de capacidade de desenvolver no aluno elementos como a improvisa- ção, a oralidade, a expressão corporal, a impostação da voz, o vocabulário, bem como as habilidades para artes plásticas (pintura corporal, confecção de figurino, montagem de cenário). Nesses jogos teatrais, a interação se dá pela participação ativa; o grupo de su- jeitos que jogam pode ser dividido em equipes que se alteram nas funções de atuante e de público. Ou seja, propõe-se que todos sejam absorvidos pela prática, 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_028a043.indd 40 23/12/17 17:33 XLI promovendo trocas estéticas dentro do grupo. Neste sentido, o teatro ensinado como jogo de interação viabiliza no grupo o desenvolvimento cultural e o cresci- mento pessoal de seus participantes. Assim, eles podem construir narrativas, sem nenhuma preocupação com resultados estéticos cênicos preconcebidos ou artis- ticamente ensaiados. Avaliação em Arte De acordo com a proposta didática utilizada nesta obra, a avaliação é um recurso importante no acompanhamento da aprendizagem do aluno, assim como uma ferra- menta significativa no acompanhamento das estratégias de ensino. Assim, os instru- mentos de avaliação devem ser utilizados ao longo de todo o processo de aprendizagem, possibilitando ao professor compreender as estratégias de aprendizagem dos alunos. Logo, a proposta didática de avaliação adotada assume-se como processual (forma- tiva, cumulativa e participativa) e diagnóstica. A avaliação formativa, que ocorre durante todo o processo educacional, busca diagnosticar as potencialidades do aluno e detectar problemas de aprendizagem e de ensino. A intervenção imediata no sentido de sanar dificuldades que alguns estudantes evidenciem é uma garantia para o seu progresso nos estudos. Quanto mais se atrasa essa intervenção, mais complexo se torna o problema de aprendi- zagem e, consequentemente, mais difícil se torna saná-lo. A avaliação contínua pode assumir várias formas, tais como a observação e o registro das atividades dos alunos, sobretudo nos anos iniciais do Ensino Fundamental, trabalhos indi- viduais, organizados ou não em portfólios, trabalhos coletivos, exercícios em classe e provas, dentre outros. Essa avaliação constitui um instrumento indis- pensável do professor na busca do sucesso escolar de seus alunos e pode indicar, ainda, a necessidade de atendimento complementar para enfrentar dificuldades específicas, a ser oferecido no mesmo período de aula ou no contraturno. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Conselho Nacional da Educação. Câmara Nacional de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. p. 123. A avaliação processual corresponde a um desdobramento da concepção da própria sequência didática, logo deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, bem como a autoavaliação dos alunos. O princípio gerador da avaliação volta-se, assim, para o desenvolvimento formativo e cultural do aluno e deve levar em consideração a sua capacidade individual, sua participação e seu desempenho. Neste princípio avaliativo, professor e aluno são agentes construtores do processo de ensino e aprendizagem, em seus mais diversos aspectos. Ao mediar o aprendizado dos conceitos desenvolvidos, dos fatos aprendidos e os procedimentos artísticos tra- balhados, o professor tem melhores condições de compreender as transformações perceptivas que o aprendizado pode gerar no comportamento e nas atitudes dos alunos. Especificamente com os alunosdo Ensino Fundamental em seus anos iniciais, mui- tos estão tendo o primeiro contato com atividades de criação. Esse período que envol- ve a apresentação dos conceitos, contextos e problemas específicos da Arte comporta momentos avaliativos que não estão descolados do tempo e do espaço de aula, gera- dos pelas propostas de atividades. São nesses momentos que o professor consegue verificar se os alunos, individualmente ou coletivamente, desenvolveram suas respec- tivas construções de conhecimento em Arte (seja por meio da compreensão dos 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_028a043.indd 41 23/12/17 17:33 XLII termos técnicos ou das diversas linguagens, as quais são expostas nas sequências didáticas). A avalição constante tem efeito diagnóstico para o próprio trabalho em Arte durante o ano letivo, pois o professor constrói dentro desse processo as bases para refletir sobre as experiências vividas pelos alunos ao longo de todo o trabalho. Sobre como e quando avaliar, deve-se atentar que os momentos avaliativos ao longo de todo o pro- cesso podem ser distintos e, em cada um deles, pode-se elaborar instrumentos diver- sos para fornecer dados que respondam a algumas questões importantes referentes à aprendizagem dos alunos. Logo, a função diagnóstica da avaliação a coloca como referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos. Nesta obra, procuramos sempre valorizar o capital cultural que os alunos apresen- tam, suas vivências anteriores e sua vida escolar. Neste sentido, ao pensar na avalia- ção como ferramenta que possibilita compreender o aluno dentro do processo de ensino e aprendizagem, ressaltamos a importância da avaliação diagnóstica como levantamento do conhecimento e da vivência que os alunos têm referentes às mais diversas formas artísticas e suas respectivas habilidades, como tocar um instrumento musical, dançar, desenhar ou representar. Esse diagnóstico, revelador do perfil dos alunos que compõem a sala, é a base para planejar futuras aulas e facilitará o diálogo estabelecido com esta coleção, pois, ainda que os conteúdos a serem trabalhados estejam predefinidos, a forma e a profundidade de sua abordagem dependem do co- nhecimento que os alunos trazem consigo, ainda mais nesta fase em que muitas crian- ças sequer tiveram contato com alguma instituição educacional antes do acesso ao Ensino Fundamental. Por isso, essas vivências adquirem profunda relevância no pró- prio encaminhamento das sequências didáticas sugeridas na obra. Essa dimensão da avaliação proposta está relacionada ao que Vygotsky classifica como zona de desenvolvimento proximal, na qual aborda a questão da apropriação do conhecimento. Vygotsky argumenta que a distância entre o nível de desenvolvimento real, determinado pela capacidade de resolver um problema sem ajuda, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado pela resolução de um problema sob a orien- tação de um adulto ou em colaboração com outro colega, é denominada zona de de- senvolvimento proximal. Portanto, ao propormos uma obra que atenda às exigências da BNCC, na qual o aluno efetivamente se veja como elemento fundamental no processo de aprendiza- gem, orientamos que o professor, ao mapear essas habilidades, crie ações e situa- ções que o aluno consiga socializar entre os colegas e o conhecimento que traz consigo. De fato, a avaliação em Arte propõe parâmetros para o redimensionamento das prá- ticas pedagógicas, pois o professor participa do processo e compartilha a produção do aluno. Visto assim, pode-se apontar que a avaliação voltada para o processo de aprendizagem, tendo como principal parâmetro o desenvolvimento do aluno, conse- gue sair do lugar comum, dos gostos pessoais, de modo a se desvincular de uma prática pedagógica pragmatista, caracterizada pela produção de resultados ou pela valorização somente da espontaneidade. Essa perspectiva se sustenta no fato de que, ao voltar-se para o conhecimento gerado pelo conjunto de vivências no componente curricular de Arte, os critérios avaliativos se consolidam dentro das próprias propos- tas, transcendendo os limites do gosto e das afinidades pessoais, direcionando de maneira sistematizada o trabalho pedagógico. Assim, a avaliação em Arte proposta 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_028a043.indd 42 23/12/17 17:33 XLIII nesta coleção busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o alu- no. Em sua característica processual, foge dos parâmetros comparativos entre os alunos, pois está diretamente relacionada aos diversos processos que se consoli- dam com as propostas de atividades. Propõe-se, além disso, a discutir as dificulda- des e os progressos de cada um baseando-se em sua própria produção, levando em conta as subjetividades e os níveis de compreensão de cada aluno no processo de sistematização dos conhecimentos para a compreensão mais efetiva das realidades tratadas em Arte. O que ressaltamos nesta obra é que o professor deve variar constantemente os ins- trumentos avaliativos, sempre respeitando o estágio de desenvolvimento no qual o aluno se encontra. Para isso, sugerimos como elementos que possam somar ao mé- todo de avaliação em Arte a observação e o registro do processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do conhecimento pelos alunos, atentando-se, ao avaliar, como eles solucionam os problemas apresentados e como eles se relacionam com os colegas nas discussões em grupo. Neste mesmo percurso, o aluno é inserido como sujeito deste processo de aprendi- zagem, o que torna relevante seus registros e produções. Ao registrar e socializar os trabalhos feitos em sala, o aluno tem a oportunidade de apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos colegas. O portfólio na construção de histórico de aprendizagem A principal característica do portfólio é a sua capacidade de organizar em seu corpo todo o histórico de trabalhos do aluno. Nele, pode-se ver as etapas do processo, os níveis de compreensão e o amadurecimento dos temas. Nesta perspectiva, o portfólio é um instrumento que serve tanto para a avaliação quanto para a autoavaliação do aluno. Sobre sua organização, devemos nos atentar para o fato de que o público que tra- balhará com esse material tem entre seis e onze anos de idade, de maneira que o professor deva organizar pastas ou caixas para guardar a produção dos alunos, como: fotografias, pinturas, desenhos, colagens, filmagens, DVDs. As produções devem ser guardadas em ordem cronológica a fim de visualizar seu desenvolvimento. Sobre o que deve ou não ser guardado no portfólio, isso estará a critério do profes- sor, para que fique organizado de acordo com aquilo que ele julgar mais significativo em relação aos objetivos estabelecidos, aos propósitos para as atividades e à relevân- cia que cada atividade teve para o grupo. Pesa sobre a organização do portfólio a compreensão avaliativa. Para isso, aponta- mos que a criação em Arte envolve um processo de escolhas materiais, de interpreta- ções e apropriações, assim como de ressignificação. Neste sentido, ao avaliar uma obra criada por um aluno, o professor deve atentar-se para os aspectos objetivos que envolvem o trabalho de criação, como a relação com o tema, o apuro técnico, a esco- lha correta da linguagem utilizada, a intenção diante do resultado. Do mesmo modo, é necessário atentar-se aos aspectos subjetivos, como o empenho de cada aluno, a participação, a responsabilidade, a relação com o tema. Diante da faixa etária dos alunos, os aspectos subjetivos são prioritários, visto que as crianças, nesta fase de escolarização, encontram-se em processo de amadurecimento de alguns aspectos de suas compreensões referentes aos elementos da linguagem. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_028a043.indd 43 23/12/17 17:33 XLIV UNIDADE 1 OLÁ, ARTE! Objetos de conhecimento Habilidades Conteúdos Competências • Artes Visuais: Matrizes estéticas e culturais • Artes Visuais: Materialidades • Música: Elementos dalinguagem • Música: Materialidades • Música: Notação e registro musical • Dança: Contextos e práticas • Dança: Elementos da linguagem • Dança: Processos de criação • Teatro: Contextos e práticas • Teatro: Elementos da linguagem • Teatro: Processos de criação • EF15AR03 • EF15AR04 • EF15AR14 • EF15AR15 • EF15AR16 • EF15AR08 • EF15AR10 • EF15AR11 • EF15AR18 • EF15AR19 • EF15AR20 • EF15AR21 • A diversidade de linguagens nas artes visuais • Monotipia — pintura • Maquete — escultura • Propriedades do som — intensidade, timbre, altura e duração • Percepção e exploração sonora • Registro musical não convencional • Noção de estilo e coreografia • Formas de orientação espacial e ritmos • Expressão corporal e improvisação • Diferentes manifestações teatrais • O teatro no cotidiano • Expressão corporal • Imaginação e representação • Competências gerais: 1, 3, 4 Distribuição dos conteúdos de Arte Esta coleção foi estruturada levando em consideração as propostas da Base Nacio- nal Comum Curricular (BNCC) e tomando como princípio a importância da formação cidadã e integral dos estudantes. Os seus conteúdos são desenvolvidos em uma progressão gradual de complexidade, levando em conta o nível cognitivo dos alunos, e apresentando sempre novos conheci- mentos com base em conhecimentos já apreendidos pelos alunos. Desse modo, os objetos de conhecimento, as competências e as habilidades da BNCC são trabalhados com base na articulação entre os conhecimentos anteriores e posteriores, a qual é facilitada pelo professor mediador. A progressão das aprendizagens não está proposta de forma linear, rígida ou cumulativa com relação a cada linguagem ou objeto de conhecimento, mas pro- põe um movimento no qual cada nova experiência se relaciona com as anteriores e as posteriores na aprendizagem de Arte. Considerando esses pressupostos, e em articulação com as competências ge- rais da BNCC e as competências específicas da área de Linguagens, o compo- nente curricular de Arte deve garantir aos alunos o desenvolvimento de algumas competências específicas. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, 2017, p. 155. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017. Os quadros a seguir apresentam uma visão geral sobre como as habilidades, com- petências e temas contemporâneos foram desenvolvidos nos diferentes objetos de conhecimentos. 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_044a048.indd 44 7/6/18 12:53 PM XLV UNIDADE 3 SONORIZANDO COM O CORPO Objetos de conhecimento Habilidades Conteúdos Competências • Música: Materialidades • Música: Contextos e práticas • Música: Processos de criação • Teatro: Processos de criação • Teatro: Elementos da linguagem • Artes Visuais: Contextos e práticas • Artes Visuais: Processos de criação • EF15AR01 • EF15AR06 • EF15AR13 • EF15AR15 • EF15AR17 • EF15AR19 • Percussão corporal • Apreciação musical • Brincadeiras percussivas • Timbre • Entonação de voz • Apreciação musical • Experimentação de fontes sonoras • Sonorização de história • Improvisação • Exploração dos gestos • Competências gerais: 4, 9 UNIDADE 2 COMO PODEMOS CRIAR? Objetos de conhecimento Habilidades Conteúdos Competências • Artes Visuais: Contextos e práticas • Artes Visuais: Materialidades • Artes Visuais: Processo de criação • Dança: Contextos e práticas • Dança: Elementos da linguagem • Dança: Processos de criação • Artes integradas: Processos de criação • Música: Elementos da linguagem • Música: Materialidades • Música: Notação e registro musical • Música: Processos de criação • EF15AR01 • EF15AR04 • EF15AR05 • EF15AR06 • EF15AR08 • EF15AR09 • EF15AR10 • EF15AR11 • EF15AR14 • EF15AR15 • EF15AR16 • EF15AR17 • EF15AR23 • Diferentes materiais para criação de imagens • Colagem • Sentidos plurais na produção artística • Mímica • Improvisação • Apreciação • Consciência corporal • Orientação espacial e ritmo do movimento • Produção artística • Percepção das propriedades sonoras • Experimentação e exploração de fontes sonoras • Registro musical não convencional • Improvisação e produção sonora • Competências gerais: 3, 7 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_044a048.indd 45 23/12/17 17:33 XLVI UNIDADE 5 EITA, POVO FESTEIRO! Objetos de conhecimento Habilidades Conteúdos Competências • Artes Visuais: Elementos da linguagem • Artes Visuais: Matrizes estéticas e culturais • Artes Visuais: Processos de criação • Artes integradas: Patrimônio cultural • Música: Contextos e práticas • Música: Processos de criação • Teatro: Contextos e práticas • Dança: Elementos da linguagem • Dança: Contextos e práticas • EF15AR02 • EF15AR03 • EF15AR05 • EF15AR08 • EF15AR09 • EF15AR10 • EF15AR13 • EF15AR17 • EF15AR18 • EF15AR25 • Elementos das artes visuais nas manifestações artísticas populares • Influências artísticas nas manifestações populares • Patrimônio cultural da humanidade • Apreciação musical de manifestações populares • Apreciação cênica de manifestações populares • Consciência corporal • Consciência espacial e rítmica • Improvisação • Elementos da linguagem na produção artística • Produção artística • Apreciação coreográfica • Coreografia • Tradição familiar na arte popular • Patrimônio material e imaterial UNIDADE 4 ARTE E FOLCLORE BRASILEIRO Objetos de conhecimento Habilidades Conteúdos Competências • Teatro: Processos de criação • Artes Visuais: Elementos da linguagem • Artes Visuais: Contextos e práticas • Artes Visuais: Materialidades • Artes Visuais: Matrizes estéticas e culturais • Artes Visuais: Processos de criação • Artes integradas: Matrizes estéticas e culturais • Artes integradas: Patrimônio cultural • EF15AR01 • EF15AR02 • EF15AR03 • EF15AR04 • EF15AR05 • EF15AR06 • EF15AR20 • EF15AR21 • EF15AR24 • EF15AR25 • Contação de histórias • Valorização do Patrimônio cultural • Brincadeiras folclóricas • Produção artística • Experimentação de brinquedos e brincadeiras • Elementos da visualidade • Improvisação teatral • Encenação a partir de uma história • Arte indígena • Competência específica de Arte 3 1_g19_mdn_mp_parte_geral_2pma_044a048.indd 46 23/12/17 17:33 XLVII UNIDADE 6 TEXTURAS E CORES NAS ARTES VISUAIS Objetos de conhecimento Habilidades Conteúdos Competências • Artes Visuais: Elementos da linguagem • Artes Visuais: Materialidades • Artes Visuais: Processos de criação • EF15AR02 • EF15AR04 • EF15AR05 • Exploração de texturas • Impressão de texturas — frottage • Produção em diversos espaços • Cores • Produção artística Bibliografia ANDRÉ, Marli (Org.). 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Todos os direitos reservados EDITORA MODERNA LTDA. Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904 Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510 Fax (0_ _11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2017 Impresso no Brasil Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Novo Pitanguá : arte / organizadora Editora Moderna ; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna ; editor responsável André Camargo Lopes. -- 1. ed. -- São Paulo : Moderna, 2017. Obra em 5 v. para alunos do 1 ao 5o ano. Componente curricular: Arte. 1. Arte (Ensino fundamental) I. Lopes, André Camargo. 17-11216 CDD-372.5 Índices para catálogo sistemático: 1. Arte : Ensino fundamental 372.5 Elaboração dos originais: André Camargo Lopes Licenciado em Educação Artística pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Mestre em História Social pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Doutor em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP-SP). Professor da rede pública de ensino básico. Thaís Nascimento Pettinari Licenciada em Educação Artística pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Ministrante de Oficinas de Artes na rede pública de ensino básico. Guiomar Gomes Pimentel dos Santos Pestana Licenciada em Pedagogia pela Universidade Luterana do Brasil. Professora da rede pública de ensino básico. Anne Isabelle Vituri Berbert Licenciada em História pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Editora. Produção editorial: Scriba Soluções Editoriais Gerência editorial: Milena Clementin Silva Edição: Anne Isabelle Vituri Berbert Assistência editorial: Kaio Fukahori, Luis Rogério Marques de Andrade Gerência de produção: Camila Rumiko Minaki Projeto gráfico: Marcela Pialarissi, Camila Carmona Capa: Marcela Pialarissi Ilustração: Adilson Farias Gerência de arte: André Leandro Silva Edição de arte: Ana Elisa Carneiro, Camila Carmona, Rogério Casagrande, Ingridhi Borges Editoração eletrônica: Luiz Roberto Lúcio Correa Coordenação de revisão: Ana Lúcia Carvalho e Pereira Preparação de texto: Gislaine Maria da Silva Revisão: Fernanda Rizzo Sanchez, Laís Canonico Metz Coordenação de pesquisa iconográfica: Alaíde Stein Pesquisa iconográfica: Tulio Sanches Esteves Pinto Tratamento de imagens: José Vitor E. Costa Pré-impressão: Alexandre Petreca, Denise Feitoza Maciel, Everton L. de Oliveira, Marcio H. Kamoto, Vitória Sousa Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro Impressão e acabamento: g19_2pma_lt_p002.indd 2 22/12/17 16:38 O QUE VOCÊ PODE FAZER PARA MELHORAR O MUNDO EM QUE VIVE? PLANTAR UMA ÁRVORE, NÃO DESPERDIÇAR ÁGUA, CUIDAR BEM DOS LUGARES PÚBLICOS E RESPEITAR OPINIÕES DIFERENTES DA SUA SÃO APENAS ALGUMAS DAS AÇÕES QUE TODOS PODEMOS PRATICAR NO DIA A DIA. AO ESTUDAR ARTE, VOCÊ CONHECERÁ AS MAIS DIVERSAS MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS E CULTURAIS, DESENVOLVERÁ SEU SENSO ESTÉTICO E PODERÁ EXPRESSAR MELHOR SUAS IDEIAS E SEUS SENTIMENTOS. ESTE LIVRO AJUDARÁ VOCÊ A COMPREENDER A IMPORTÂNCIA DA CIDADANIA PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE JUSTA, DEMOCRÁTICA E INCLUSIVA. VOCÊ, CIDADÃO DO MUNDO! g19_2pma_lt_p003.indd 3 22/12/17 11:24 g19_mdn_mp_2pma_u1_p001a007.indd 2 12/23/17 3:49 PM 1 3 5 7 9 10 8 6 4 2 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados EDITORA MODERNA LTDA. Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904 Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510 Fax (0_ _11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2017 Impresso no Brasil Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Novo Pitanguá : arte / organizadora Editora Moderna ; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna ; editor responsável André Camargo Lopes. -- 1. ed. -- São Paulo : Moderna, 2017. Obra em 5 v. para alunos do 1 ao 5o ano. Componente curricular: Arte. 1. Arte (Ensino fundamental) I. Lopes, André Camargo. 17-11216 CDD-372.5 Índices para catálogo sistemático: 1. Arte : Ensino fundamental 372.5 Elaboração dos originais: André Camargo Lopes Licenciado em EducaçãoArtística pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Mestre em História Social pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Doutor em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP-SP). Professor da rede pública de ensino básico. Thaís Nascimento Pettinari Licenciada em Educação Artística pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Ministrante de Oficinas de Artes na rede pública de ensino básico. Guiomar Gomes Pimentel dos Santos Pestana Licenciada em Pedagogia pela Universidade Luterana do Brasil. Professora da rede pública de ensino básico. Anne Isabelle Vituri Berbert Licenciada em História pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Editora. Produção editorial: Scriba Soluções Editoriais Gerência editorial: Milena Clementin Silva Edição: Anne Isabelle Vituri Berbert Assistência editorial: Kaio Fukahori, Luis Rogério Marques de Andrade Gerência de produção: Camila Rumiko Minaki Projeto gráfico: Marcela Pialarissi, Camila Carmona Capa: Marcela Pialarissi Ilustração: Adilson Farias Gerência de arte: André Leandro Silva Edição de arte: Ana Elisa Carneiro, Camila Carmona, Rogério Casagrande, Ingridhi Borges Editoração eletrônica: Luiz Roberto Lúcio Correa Coordenação de revisão: Ana Lúcia Carvalho e Pereira Preparação de texto: Gislaine Maria da Silva Revisão: Fernanda Rizzo Sanchez, Laís Canonico Metz Coordenação de pesquisa iconográfica: Alaíde Stein Pesquisa iconográfica: Tulio Sanches Esteves Pinto Tratamento de imagens: José Vitor E. Costa Pré-impressão: Alexandre Petreca, Denise Feitoza Maciel, Everton L. de Oliveira, Marcio H. Kamoto, Vitória Sousa Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro Impressão e acabamento: g19_2pma_lt_p002.indd 2 22/12/17 16:38 O QUE VOCÊ PODE FAZER PARA MELHORAR O MUNDO EM QUE VIVE? PLANTAR UMA ÁRVORE, NÃO DESPERDIÇAR ÁGUA, CUIDAR BEM DOS LUGARES PÚBLICOS E RESPEITAR OPINIÕES DIFERENTES DA SUA SÃO APENAS ALGUMAS DAS AÇÕES QUE TODOS PODEMOS PRATICAR NO DIA A DIA. AO ESTUDAR ARTE, VOCÊ CONHECERÁ AS MAIS DIVERSAS MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS E CULTURAIS, DESENVOLVERÁ SEU SENSO ESTÉTICO E PODERÁ EXPRESSAR MELHOR SUAS IDEIAS E SEUS SENTIMENTOS. ESTE LIVRO AJUDARÁ VOCÊ A COMPREENDER A IMPORTÂNCIA DA CIDADANIA PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE JUSTA, DEMOCRÁTICA E INCLUSIVA. VOCÊ, CIDADÃO DO MUNDO! g19_2pma_lt_p003.indd 3 22/12/17 11:24 g19_mdn_mp_2pma_u1_p001a007.indd 3 12/23/17 3:49 PM 4 4 SUMÁRIO OLÁ, ARTE ....................................8 1 ARTE COM IMAGENS ..................................................................... 10 ATIVIDADES..............................................................12 2 VAMOS OUVIR ..................................................14 PROPRIEDADES DO SOM ..........................................................................14 ATIVIDADES..............................................................15 3 DANCE, DANCE, DANCE ................................................................................17 ATIVIDADES..............................................................18 4 VAMOS AO TEATRO............................. 19 ATIVIDADES..............................................................20 O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... ................................. 21 PARA SABER MAIS................................... 21 V D O V IC H E N K O D E N IS / S H U T T E R S TO C K VA L IZ A /S H U T T E R S TO C K D R A G O N IM A G E S / S H U T T E R S TO C K g19_2pma_lt_p004a007_sumario.indd 4 22/12/17 11:25 5 COMO PODEMOS CRIAR ............................................ 22 1 CRIANDO IMAGENS.............................. 24 ATIVIDADES..............................................................26 2 FAZENDO MÍMICA .................................. 27 COMO SURGIU A MÍMICA .....................................................................28 ATIVIDADES............................................................. 30 3 MOVIMENTANDO O CORPO ...................................................................... 31 ATIVIDADES..............................................................32 4 RITMANDO SONS ...................................... 33 ATIVIDADES............................................................. 34 O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... ................................. 35 PARA SABER MAIS................................... 35 SONORIZANDO COM O CORPO ........................ 36 1 PERCUSSÃO CORPORAL .............................................................. 38 ATIVIDADES..............................................................39 2 A VOZ ..................................................................................40 ATIVIDADES..............................................................41 3 SONS COM A BOCA ............................................................................ 42 ATIVIDADES..............................................................43 4 SONS COM AS MÃOS ......................................................................44 ATIVIDADES..............................................................45 CIDADÃO DO MUNDO USANDO AS MÃOS PARA FALAR ................................................. 46 O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... ................................. 47 PARA SABER MAIS................................... 47 U N IT E D A R T IS T S /A LB U M / L A T IN S TO C K g19_2pma_lt_p004a007_sumario.indd 5 22/12/17 11:25 g19_mdn_mp_2pma_u1_p001a007.indd 4 23/12/17 14:24 5 4 SUMÁRIO OLÁ, ARTE ....................................8 1 ARTE COM IMAGENS ..................................................................... 10 ATIVIDADES..............................................................12 2 VAMOS OUVIR ..................................................14 PROPRIEDADES DO SOM ..........................................................................14 ATIVIDADES..............................................................15 3 DANCE, DANCE, DANCE ................................................................................17 ATIVIDADES..............................................................18 4 VAMOS AO TEATRO............................. 19 ATIVIDADES..............................................................20 O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... ................................. 21 PARA SABER MAIS................................... 21 V D O V IC H E N K O D E N IS / S H U T T E R S TO C K VA L IZ A /S H U T T E R S TO C K D R A G O N IM A G E S / S H U T T E R S TO C K g19_2pma_lt_p004a007_sumario.indd 4 22/12/17 11:25 5 COMO PODEMOS CRIAR ............................................ 22 1 CRIANDO IMAGENS.............................. 24 ATIVIDADES..............................................................26 2 FAZENDO MÍMICA .................................. 27 COMO SURGIU A MÍMICA .....................................................................28 ATIVIDADES............................................................. 30 3 MOVIMENTANDO O CORPO ...................................................................... 31 ATIVIDADES..............................................................32 4 RITMANDO SONS ...................................... 33 ATIVIDADES............................................................. 34 O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... ................................. 35 PARA SABER MAIS................................... 35 SONORIZANDO COM O CORPO ........................ 36 1 PERCUSSÃO CORPORAL .............................................................. 38 ATIVIDADES..............................................................39 2 A VOZ ..................................................................................40 ATIVIDADES..............................................................41 3SONS COM A BOCA ............................................................................ 42 ATIVIDADES..............................................................43 4 SONS COM AS MÃOS ......................................................................44 ATIVIDADES..............................................................45 CIDADÃO DO MUNDO USANDO AS MÃOS PARA FALAR ................................................. 46 O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... ................................. 47 PARA SABER MAIS................................... 47 U N IT E D A R T IS T S /A LB U M / L A T IN S TO C K g19_2pma_lt_p004a007_sumario.indd 5 22/12/17 11:25 g19_mdn_mp_2pma_u1_p001a007.indd 5 23/12/17 14:24 6 6 EITA, POVO FESTEIRO! ....66 1 AS BRINCADEIRAS DE DANÇAR ...........................................................68 AS CORES E AS FORMAS QUE COMPÕE AS FESTAS ................70 ATIVIDADES..............................................................71 2 HISTÓRIAS MUSICADAS ............. 72 ATIVIDADES..............................................................73 FESTANÇA - FREVO .................................74 ATIVIDADES..............................................................76 CIDADÃO DO MUNDO A PRESERVAÇÃO DOS FESTEJOS ...........................................78 O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... ................................. 79 PARA SABER MAIS................................... 79 5CULTURA BRASILEIRA .....48 1 FOLCLORE E SEUS PERSONAGENS .............................................. 50 ATIVIDADES............................................................. 54 2 TEM BRINCADEIRAS NO FOLCLORE!................................................ 56 ATIVIDADES..............................................................58 3 BRINQUEDOS QUE O POVO TEM .......................................................60 CIDADÃO DO MUNDO QUEM PODE BRINCAR?.................61 ATIVIDADES..............................................................62 O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... ................................. 65 PARA SABER MAIS................................... 65 B E T T M A N N /G E T T Y IM A G E S g19_2pma_lt_p004a007_sumario.indd 6 22/12/17 11:25 7 BIBLIOGRAFIA ........................ 95 TEXTURAS E CORES NAS ARTES VISUAIS ......................80 1 TEXTURA E SUPERFÍCIE ............. 82 ATIVIDADES............................................................. 84 2 CORES E TINTAS .......................................... 85 AMARELO ................................................................... 86 ATIVIDADES..............................................................87 AZUL .................................................................................... 88 ATIVIDADES............................................................. 89 VERMELHO............................................................... 90 ATIVIDADES..............................................................92 CIDADÃO DO MUNDO ALIMENTOS E CORES....................... 94 O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... ................................. 94 PARA SABER MAIS................................... 94 6 ATIVIDADE QUE ENVOLVERÁ PESQUISA. A ATIVIDADE DEVERÁ SER REALIZADA EM DUPLAS OU GRUPOS. A ATIVIDADE ESTÁ RELACIONADA AO USO DE TECNOLOGIAS, COMO O COMPUTADOR, O CELULAR OU OUTRAS FERRAMENTAS. A ATIVIDADE DEVERÁ SER RESPONDIDA ORALMENTE. ÍCONES DA COLEÇÃO NESTA COLEÇÃO, VOCÊ ENCONTRARÁ ALGUNS ÍCONES. VEJA A SEGUIR O QUE CADA UM DELES SIGNIFICA. N A T T IK A /S H U T T E R S TO C K V L A D IM IR K A R P / S H U T T E R S TO C K C H A R LE S B R U T L A G / S H U T T E R S TO C K g19_2pma_lt_p004a007_sumario.indd 7 22/12/17 11:25 g19_mdn_mp_2pma_u1_p001a007.indd 6 23/12/17 14:24 7 6 EITA, POVO FESTEIRO! ....66 1 AS BRINCADEIRAS DE DANÇAR ...........................................................68 AS CORES E AS FORMAS QUE COMPÕE AS FESTAS ................70 ATIVIDADES..............................................................71 2 HISTÓRIAS MUSICADAS ............. 72 ATIVIDADES..............................................................73 FESTANÇA - FREVO .................................74 ATIVIDADES..............................................................76 CIDADÃO DO MUNDO A PRESERVAÇÃO DOS FESTEJOS ...........................................78 O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... ................................. 79 PARA SABER MAIS................................... 79 5CULTURA BRASILEIRA .....48 1 FOLCLORE E SEUS PERSONAGENS .............................................. 50 ATIVIDADES............................................................. 54 2 TEM BRINCADEIRAS NO FOLCLORE!................................................ 56 ATIVIDADES..............................................................58 3 BRINQUEDOS QUE O POVO TEM .......................................................60 CIDADÃO DO MUNDO QUEM PODE BRINCAR?.................61 ATIVIDADES..............................................................62 O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... ................................. 65 PARA SABER MAIS................................... 65 B E T T M A N N /G E T T Y IM A G E S g19_2pma_lt_p004a007_sumario.indd 6 22/12/17 11:25 7 BIBLIOGRAFIA ........................ 95 TEXTURAS E CORES NAS ARTES VISUAIS ......................80 1 TEXTURA E SUPERFÍCIE ............. 82 ATIVIDADES............................................................. 84 2 CORES E TINTAS .......................................... 85 AMARELO ................................................................... 86 ATIVIDADES..............................................................87 AZUL .................................................................................... 88 ATIVIDADES............................................................. 89 VERMELHO............................................................... 90 ATIVIDADES..............................................................92 CIDADÃO DO MUNDO ALIMENTOS E CORES....................... 94 O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... ................................. 94 PARA SABER MAIS................................... 94 6 ATIVIDADE QUE ENVOLVERÁ PESQUISA. A ATIVIDADE DEVERÁ SER REALIZADA EM DUPLAS OU GRUPOS. A ATIVIDADE ESTÁ RELACIONADA AO USO DE TECNOLOGIAS, COMO O COMPUTADOR, O CELULAR OU OUTRAS FERRAMENTAS. A ATIVIDADE DEVERÁ SER RESPONDIDA ORALMENTE. ÍCONES DA COLEÇÃO NESTA COLEÇÃO, VOCÊ ENCONTRARÁ ALGUNS ÍCONES. VEJA A SEGUIR O QUE CADA UM DELES SIGNIFICA. N A T T IK A /S H U T T E R S TO C K V L A D IM IR K A R P / S H U T T E R S TO C K C H A R LE S B R U T L A G / S H U T T E R S TO C K g19_2pma_lt_p004a007_sumario.indd 7 22/12/17 11:25 g19_mdn_mp_2pma_u1_p001a007.indd 7 23/12/17 14:24 8 Nesta unidade, os alunos vão co- nhecer e experimentar diferentes procedimentos de criação da arte, explorando e analisando técnicas tradicionais e contemporâneas das artes visuais, percebendo e inte- ragindo com os sons de diferentes paisagens sonoras, apreciando e vi- venciando diversos estilos de dança e possibilidades da criação teatral. Objetivos • Apreciar e reconhecer procedi- mentos artísticos das artes visu- ais, em seus diversos gêneros, explorando-os em trabalhos pes- soais e coletivos. • Reconhecer os sons presentes no cotidiano, diferenciá-los e classificá-los, aumentando a per- cepção auditiva das proprieda- des da linguagem musical. • Conhecer o conceito de paisa- gem sonora por meio do estudo das características dos sons, com base no ambiente da escola e ao redor dela. • Conhecer e experimentar dife- rentes formas de manifestação de dança, percebendo-as como sistema de movimentos estrutu- rados e como manifestações que expressam as características de umpovo e sua cultura, e elaborar movimentos com base nos códi- gos da dança, a fim de compreen- der o que é coreografia. • Conhecer e apreciar diferentes tipos de manifestações teatrais, percebendo e analisando com base nos principais elementos do teatro, explorando-os por meio de jogos e improvisações. Destaques da BNCC • Ao apreciar imagens e associá-las a procedimentos, técnicas e materiais das artes visuais tradicionais e contem- porâneas, conhecendo e explorando elementos constitutivos próprios des- ta linguagem, trabalham-se as compe- tências EF15AR01 e EF15AR02. • Experimentando as diferentes pos- sibilidades de criar em artes visuais e dialogando sobre produções pró- prias e coletivas, contemplam-se as habilidades EF15AR04, EF15AR05 e EF15AR06. • EF15AR01: Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâne- as, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. • EF15AR02: Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, for- ma, cor, espaço, movimento etc.). • EF15AR04: Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não convencionais. • EF15AR05: Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborati- vo, explorando diferentes espaços da escola e da comunidade. • EF15AR06: Dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. 8 OLÁ, ARTE! CRIANÇAS FAZENDO DESENHOS. PODEMOS NOS EXPRESSAR ARTISTICAMENTE DE DIVERSAS MANEIRAS. COMO VOCÊ SE EXPRESSA? 1. O QUE ESSAS CRIANÇAS ESTÃO FAZENDO? 2. QUAIS MATERIAIS ELAS ESTÃO UTILIZANDO? 3. VOCÊ JÁ PARTICIPOU DE UMA ATIVIDADE ARTÍSTICA AO AR LIVRE? CONTE PARA OS COLEGAS. CONECTANDO IDEIAS B R A U N S /I S T O C K P H O T O / G E T T Y IM A G E S g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 8 22/12/17 11:25 9 g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 9 22/12/17 11:25 g19_mdn_mp_2pma_u1_p008a021.indd 8 12/23/17 2:30 PM 9 Conectando ideias • Estimule os alunos a comentarem sobre os modos como se expres- sam. Para isso, ajude-os a refletir sobre o que é expressão, dando- -lhes exemplos como a fala e os ges- tos, buscando vinculá-los às possi- bilidades de expressão artística. 1. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respondam que as crianças estão desenhando. Encoraje-os a tecer mais comen- tários sobre o que observam, questionando-os sobre o que elas estão desenhando: As crian- ças estão desenhando sobre o mesmo tema? Em relação aos traços, os desenhos são iguais? 2. Resposta pessoal. Caneta hi- drocor ou lápis colorido e papel. Questione-os se eles sabem que outros materiais podem ser utilizados para fazer desenhos. 3. Resposta pessoal. Estimule os alunos a comentarem sobre al- gumas experiências que já vi- venciaram, incentivando-os a falar, por exemplo, onde e como foi, se lembram de quando ocor- reu e se gostaram da atividade. • O desenho é um dos gêneros artísticos e, como tal, possui especificidades na sua forma de comuni- car. Um arquiteto e um retratista, por exemplo, vão utilizar os instrumentos e as linhas de maneiras diferenciadas para criar novos significados sobre os suportes escolhidos. • Se possível, promova uma vivência do desenho com os alunos. Para isso, separe previamente diferentes suportes (sulfite, cartolina, EVA, lixas) e instrumentos (lápis de diferentes graduações, canetas, canetas hidrocor, giz de cera, giz de lousa, entre outros) e leve os alunos para desenhar fora da sala de aula. Peça a eles que desenhem o que observarem, aquilo que lhes chamar a atenção, colocando o papel sobre o chão, uma mesa ou uma parede, para experimentarem as diversas possibilidades expressivas do desenho. 8 OLÁ, ARTE! CRIANÇAS FAZENDO DESENHOS. PODEMOS NOS EXPRESSAR ARTISTICAMENTE DE DIVERSAS MANEIRAS. COMO VOCÊ SE EXPRESSA? 1. O QUE ESSAS CRIANÇAS ESTÃO FAZENDO? 2. QUAIS MATERIAIS ELAS ESTÃO UTILIZANDO? 3. VOCÊ JÁ PARTICIPOU DE UMA ATIVIDADE ARTÍSTICA AO AR LIVRE? CONTE PARA OS COLEGAS. CONECTANDO IDEIAS B R A U N S /I S T O C K P H O T O / G E T T Y IM A G E S g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 8 22/12/17 11:25 9 g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 9 22/12/17 11:25 g19_mdn_mp_2pma_u1_p008a021.indd 9 12/23/17 2:30 PM 10 Objetivos • Conhecer o conceito de Artes Vi- suais, identificando, apreciando e experimentando os distintos mo- dos de expressões tradicionais e contemporâneas. • Perceber que as diversas lingua- gens da arte podem se articular, transformando-se em imagens, como partituras, fotografias, pin- turas e esculturas. • Explorar os elementos constituti- vos das artes visuais, entre eles o bidimensional e o tridimensional, sabendo diferenciá-los. Destaques da BNCC • Pela leitura das imagens propostas, os alunos têm acesso às diversas manifestações artísticas e culturais e aos diferentes modos de criação em artes visuais, tanto as tradicio- nais, quanto as contemporâneas, experimentando diferentes formas de expressão artística com o uso de materiais diversos, contemplando assim as habilidades EF15AR13 e EF15AR14 e a Competência geral 3. • Ao ler as imagens, mostre que, para se expressar por meio da arte visual, podem ser adotados diferentes mate- riais e procedimentos, cada um com técnicas e conhecimentos próprios. • EF15AR13: Identificar e apreciar diversas formas e gêneros de expressão musical, tanto tradi- cionais quanto contemporâneos, reconhecendo e analisando os usos e as funções da música em diversos contextos de circulação, em especial, aqueles da vida cotidiana. • EF15AR14: Perceber e explorar os elementos constitutivos e as propriedades sonoras da mú- sica (altura, intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de jogos, brincadeiras, canções e práticas diversas de composição/criação, execução e apreciação musical. • Competência geral 3: Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diver- sas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. Respostas 1. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respondam que são artistas criando obras de arte. Nas imagens, o artista brasileiro J. Borges está en- talhando madeira, o artista francês Henri Matisse e a artista mexicana Frida Khalo estão pintando, e a artista francesa Camille Claudel está criando uma escultura. 2. Incentive os alunos a observarem as imagens e comentarem sobre mate- riais que já conhecem e já utilizaram. Acrescente que J. Borges está usan- do uma lâmina para fazer a gravura na madeira, Henri Matisse está pintando com um pincel longo sobre painéis de madeira, Frida Kahlo está fazendo uma pintura com pincel sobre tela, e Camille Claudel está usando as mãos e uma espátula para modelar argila. 10 ARTE COM IMAGENS1 OBSERVE ESTAS QUATRO IMAGENS. 1. EM QUE TIPO DE OBRA CADA UM DESSES ARTISTAS ESTÁ TRABALHANDO? 2. QUE MATERIAIS CADA UM DELES ESTÁ UTILIZANDO? FRIDA KHALO TRABALHANDO, 1931. J. BORGES TRABALHANDO, 2012. CAMILLE CLAUDEL TRABALHANDO, 1887. HENRI MATISSE TRABALHANDO, 1950. Respostas nas orientações para o professor. B E T T M A N N /G E T T Y IM A G E S M A R C O A N TÔ N IO S Á /P U LS A R IM A G E N S P A U L FE A R N /A L A M Y /F O TO A R E N A D M IT R I K E S S E L /T H E L IF E P IC T U R E C O LL E C T IO N /G E T T Y IM A G E S g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 10 22/12/17 11:25 11 Materiais da arte visual AS ARTES VISUAIS TÊM DIVERSAS FORMAS DE EXPRESSÃO. AS OBRAS DE ARTES VISUAIS PODEM SER CRIADAS UTILIZANDO-SE VÁRIOS MATERIAIS E INSTRUMENTOS, COMO TINTA, LÁPIS, PAPEL, MADEIRA, ARGILA, PROGRAMAS DE COMPUTADOR,CÂMERAS FOTOGRÁFICAS E ATÉ MESMO MATERIAIS RECICLÁVEIS. PARA ESSA INTERVENÇÃO, QUE JÁ FOI MONTADA EM MAIS DE DEZ PAÍSES, A ARTISTA BRASILEIRA NÉLE AZEVEDO CRIOU DIVERSAS ESCULTURAS. 1. DE QUE MATERIAL AS ESCULTURAS ACIMA SÃO FEITAS? O QUE ELAS RETRATAM? 2. O QUE VOCÊ ACHA QUE ACONTECEU COM A OBRA, QUE FICOU AO AR LIVRE, SOB O SOL? MONUMENTO MÍNIMO, INTERVENÇÃO DE NÉLE AZEVEDO, NA CIDADE DE SÃO PAULO, 2005. As esculturas são feitas de gelo e representam figuras humanas sentadas. Resposta pessoal. Leve os alunos a refletir sobre os efeitos do calor sobre as esculturas de gelo e o caráter temporário da intervenção. A N TÔ N IO G A U D É R IO /F O LH A P R E S S – © D E A Z E V E D O , N E LE /A U T V IS , B R A S IL , 2 01 7 g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 11 22/12/17 11:25 g19_mdn_mp_2pma_u1_p008a021.indd 10 12/23/17 2:30 PM 11 • José Francisco Borges (1935-), co- nhecido como J. Borges, é um artista e cordelista brasileiro. Patrimônio Vivo de Pernambuco, ele iniciou suas pro- duções de cordel aos 20 anos e apren- deu a ilustrar de forma autodidata. Borges desenhou também para obras de outros autores, gravou matrizes dis- sociadas dos cordéis em tamanhos variados e expôs em países diversos, como Suíça e Estados Unidos. • Para explorar a obra de Néle Azevedo, questione os alunos se sabem o que é monumento. Explique que se trata de obras de arte ou arquitetônicas, geralmente grandiosas, que têm a fi- nalidade de perpetuar a memória de uma pessoa ou de um acontecimento relevante para uma comunidade. Se achar necessário, mostre imagens de alguns monumentos. • Em seguida, peça a eles que comparem essa definição com a obra Monumento mínimo da artista Néle Azevedo. Que semelhanças e diferenças podem ser encontradas em relação à escolha do material, à dimensão e ao tema da obra da artista? Para ajudar os alunos a responderem aos questionamentos e a terem uma visão mais completa da obra em questão, apresente vídeos e fotografias de outros ângulos. • Explique aos alunos que as obras de arte feitas em espaço público têm como objetivo se aproximar do ex- pectador, provocando-o a interrom- per seu cotidiano e estar mais próximo da arte, bem como modificar o espaço e a relação das pessoas com os es- paços da cidade. Esse tipo de obra é conhecido como intervenção urbana. • Outro dado importante em relação à obra Monumento mínimo é a escolha intencional de um material efêmero, sobrevivendo na memória das pes- soas que presenciaram a interven- ção urbana e também por meio do registro em foto e vídeo. A foto apre- sentada é da primeira grande inter- venção com o Monumento mínimo, realizada na Praça da Sé, na cidade de São Paulo, em abril de 2005. Amplie seus conhecimentos • Veja um vídeo sobre J. Borges, seu processo de criação e a relação com o imaginário. Disponível em: <http://curtadoc.tv/curta/artes/j-borges/>. Acesso em: 6 dez. 2017. • Nos links a seguir, você poderá ampliar seus conhecimentos sobre a artista Néle Azevedo e sua obra. .Site oficial da artista. Disponível em: <https://www.neleazevedo.com.br>. Acesso em: 29 nov. 2017. .Exposição Monumento mínimo de Néle Azevedo no Centro Cultural Oswald de Andrade. Dis- ponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=-QEGRorKsIs>. Acesso em: 29 nov. 2017. 10 ARTE COM IMAGENS1 OBSERVE ESTAS QUATRO IMAGENS. 1. EM QUE TIPO DE OBRA CADA UM DESSES ARTISTAS ESTÁ TRABALHANDO? 2. QUE MATERIAIS CADA UM DELES ESTÁ UTILIZANDO? FRIDA KHALO TRABALHANDO, 1931. J. BORGES TRABALHANDO, 2012. CAMILLE CLAUDEL TRABALHANDO, 1887. HENRI MATISSE TRABALHANDO, 1950. Respostas nas orientações para o professor. B E T T M A N N /G E T T Y IM A G E S M A R C O A N TÔ N IO S Á /P U LS A R IM A G E N S P A U L FE A R N /A L A M Y /F O TO A R E N A D M IT R I K E S S E L /T H E L IF E P IC T U R E C O LL E C T IO N /G E T T Y IM A G E S g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 10 22/12/17 11:25 11 Materiais da arte visual AS ARTES VISUAIS TÊM DIVERSAS FORMAS DE EXPRESSÃO. AS OBRAS DE ARTES VISUAIS PODEM SER CRIADAS UTILIZANDO-SE VÁRIOS MATERIAIS E INSTRUMENTOS, COMO TINTA, LÁPIS, PAPEL, MADEIRA, ARGILA, PROGRAMAS DE COMPUTADOR, CÂMERAS FOTOGRÁFICAS E ATÉ MESMO MATERIAIS RECICLÁVEIS. PARA ESSA INTERVENÇÃO, QUE JÁ FOI MONTADA EM MAIS DE DEZ PAÍSES, A ARTISTA BRASILEIRA NÉLE AZEVEDO CRIOU DIVERSAS ESCULTURAS. 1. DE QUE MATERIAL AS ESCULTURAS ACIMA SÃO FEITAS? O QUE ELAS RETRATAM? 2. O QUE VOCÊ ACHA QUE ACONTECEU COM A OBRA, QUE FICOU AO AR LIVRE, SOB O SOL? MONUMENTO MÍNIMO, INTERVENÇÃO DE NÉLE AZEVEDO, NA CIDADE DE SÃO PAULO, 2005. As esculturas são feitas de gelo e representam figuras humanas sentadas. Resposta pessoal. Leve os alunos a refletir sobre os efeitos do calor sobre as esculturas de gelo e o caráter temporário da intervenção. A N TÔ N IO G A U D É R IO /F O LH A P R E S S – © D E A Z E V E D O , N E LE /A U T V IS , B R A S IL , 2 01 7 g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 11 22/12/17 11:25 g19_mdn_mp_2pma_u1_p008a021.indd 11 12/23/17 2:30 PM 12 • Prepare a sala com antecedência para realizar as atividades propostas. Separe os materiais a serem utiliza- dos e, se achar necessário, peça aos alunos que usem uma camiseta mais velha e forrem as mesas com jornal. • Ao iniciar a atividade 1, explique que o termo monotipia refere-se a uma técnica de impressão que resulta em uma única cópia. Peça a eles que pensem com antecedência na figu- ra e nas cores que serão utilizadas e permita que vivenciem a experiência, se possível, mais de uma vez. • Na atividade 2, aproveite a oportu- nidade para introduzir o conceito de tridimensionalidade, dando como exemplos a escultura e a modela- gem. Para realizá-la, oriente os alu- nos a seguirem as etapas abaixo: .separem os materiais necessários; .pintem os rolinhos de papel nas cores disponíveis; .recortem pequenos quadrados em papéis coloridos; .colem os quadrados recortados so- bre o rolinho de papel já pintado. .Ao final, auxilie os alunos na cola- gem dos rolinhos sobre uma base para construir a cidade. Acompanhando a aprendizagem • Com os trabalhos finalizados, promo- va uma exposição a fim de retomar os procedimentos de criação artística que os alunos exercitaram por meio das atividades realizadas. Conver- sem sobre o que foi feito, quais as di- ficuldades e o que entenderam sobre o termo “impressão”. • Durante a exposição, promova um momento para apresentação e co- mentários sobre os resultados que podem ser observados nos traba- lhos de monotipia. Estimule-os a perceber o que acontece com a imagem, se a impressão da imagem foi duplicada de modo fiel ou se sur- giram alguns efeitos imprevisíveis. Questione quais foram esses efeitos e o que eles acharam do exercício. Saberes integrados • Promova uma articulação com a disciplina de Matemática, perguntando se eles sabem o que é simetria. Aborde o conceito com base nos trabalhos realizados pela turma. Para verificar a assi- milação desse conceito pergunte quem consegue dar outros exemplos de simetria. • Este exercício é uma das maneiras de mostrar para os alunos que os conhecimentos aprendidos em uma aula ou disciplina não se encerram nela, eles podem estar interligados. 12 ATIVIDADES 1. VAMOS CRIAR UMA IMAGEM USANDO UMA TÉCNICA CHAMADA MONOTIPIA. PARA ISSO, SIGA AS ORIENTAÇÕES ABAIXO. COMO FAZER •TINTA GUACHE DE VÁRIAS CORES •PAPEL SULFITE •PINCEL MATERIAISMATERIAIS DC BA DOBRE UMA FOLHA DE PAPEL SULFITE AO MEIO E, DEPOIS, DESDOBRE. ESCOLHA ALGUMAS CORES DE TINTA E FAÇA UMA PINTURA EM UMA DAS METADES DA FOLHA. ESPERE ALGUNS SEGUNDOS E ABRA A FOLHA. SUA IMPRESSÃO ESTÁ PRONTA! ANTES DE A TINTA SECAR, DOBRE NOVAMENTE A FOLHA DE PAPEL SULFITE, PRESSIONANDO-A COM CUIDADO. FO TO S : J O S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 12 22/12/1711:25 13 2. VAMOS CONSTRUIR UMA CIDADE COM ROLINHOS COLORIDOS. SIGA AS ORIENTAÇÕES DO PROFESSOR. MATERIAIS •TINTA GUACHE DE VÁRIAS CORES •ROLINHO DE PAPEL HIGIÊNICO, PAPEL-ALUMÍNIO OU PAPEL TOALHA •PINCEL •PAPEL COLORIDO •TESOURA COM PONTAS ARREDONDADAS •COLA BRANCA •PAPELÃO •AGORA, COLE OS ROLINHOS NA BASE DE PAPELÃO E CONSTRUA A CIDADE COMO QUISER. DC BA FO TO S : J O S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 13 22/12/17 11:25 g19_mdn_mp_2pma_u1_p008a021.indd 12 12/23/17 2:30 PM 13 Mais atividades • Proponha outra forma de fazer uma monotipia. Veja o roteiro a seguir. .Separe uma base lisa onde será aplicada a tinta; pode ser uma lâ- mina de vidro, um acrílico ou um suporte plástico que possa rece- ber a tinta. .Selecione as tintas. Essa escolha depende da superfície que recebe- rá a impressão; se for o papel, use tintas próprias, como guache ou acrílica e, se for tecido, use tintas de pintura para tecido. .Oriente os alunos a espalharem a tinta sobre o suporte sem exage- ros, combinando as cores que de- sejar para criar um desenho com o próprio dedo, retirando o excesso de tinta. Na sequência, peça que posicionem o tecido ou o papel sobre o desenho para fazer a im- pressão. Podem ser utilizadas as mãos, um rolinho de espuma ou um pano, pressionando de forma que toda a superfície entre em con- tato com a tinta. Em seguida, o te- cido ou o papel deve ser retirado com cuidado e, desse modo, te- mos a imagem transferida numa única impressão. .Ao final, peça aos alunos que com- parem os procedimentos. O que eles percebem de diferente na ima- gem impressa? • Outra sugestão é realizar uma ativida- de para trabalhar com o espaço tridi- mensional com base na obra Monu- mento mínimo. Comente que o objeto final será exposto na forma de uma intervenção na escola. Para iniciar, trabalhe com o conceito de tridimen- sionalidade, a fim de que eles possam assimilá-lo em vivências do cotidiano. • Em seguida, escolha materiais como argila ou massinha, que possam ser modelados pelos próprios alunos em sala de aula. Com os materiais em mãos, explique o que é modelagem e ajude-os a modelar o material a fim de criar imagens de pessoas sen- tadas, com pernas cruzadas, deita- das ou em outras posições. Ao final, exponha os trabalhos da turma nos bancos ou escadarias da escola. 12 ATIVIDADES 1. VAMOS CRIAR UMA IMAGEM USANDO UMA TÉCNICA CHAMADA MONOTIPIA. PARA ISSO, SIGA AS ORIENTAÇÕES ABAIXO. COMO FAZER •TINTA GUACHE DE VÁRIAS CORES •PAPEL SULFITE •PINCEL MATERIAISMATERIAIS DC BA DOBRE UMA FOLHA DE PAPEL SULFITE AO MEIO E, DEPOIS, DESDOBRE. ESCOLHA ALGUMAS CORES DE TINTA E FAÇA UMA PINTURA EM UMA DAS METADES DA FOLHA. ESPERE ALGUNS SEGUNDOS E ABRA A FOLHA. SUA IMPRESSÃO ESTÁ PRONTA! ANTES DE A TINTA SECAR, DOBRE NOVAMENTE A FOLHA DE PAPEL SULFITE, PRESSIONANDO-A COM CUIDADO. FO TO S : J O S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 12 22/12/17 11:25 13 2. VAMOS CONSTRUIR UMA CIDADE COM ROLINHOS COLORIDOS. SIGA AS ORIENTAÇÕES DO PROFESSOR. MATERIAIS •TINTA GUACHE DE VÁRIAS CORES •ROLINHO DE PAPEL HIGIÊNICO, PAPEL-ALUMÍNIO OU PAPEL TOALHA •PINCEL •PAPEL COLORIDO •TESOURA COM PONTAS ARREDONDADAS •COLA BRANCA •PAPELÃO •AGORA, COLE OS ROLINHOS NA BASE DE PAPELÃO E CONSTRUA A CIDADE COMO QUISER. DC BA FO TO S : J O S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 13 22/12/17 11:25 g19_mdn_mp_2pma_u1_p008a021.indd 13 12/23/17 2:30 PM 14 Objetivos • Reconhecer e distinguir os sons pre- sentes no cotidiano, diferenciando e classificando-os, a fim de aumentar a percepção auditiva e identificar as características do som. • Conhecer o conceito de paisa- gem sonora, relacionando-o às vivências cotidianas. Destaques da BNCC • Ao perceber e explorar os sons e as fontes sonoras do próprio entorno, com base nas propriedades do som, exercitando-as no próprio corpo e em objetos do cotidiano pela intro- dução da representação gráfica do som, trabalham-se as habilidades EF15AR14, descrita anteriormente, EF15AR15 e EF15AR16. • Comente com os alunos que vivemos em um mundo de sons, embora não tenhamos consciência disso duran- te a maior parte do tempo; ouvimos o barulho dos carros, o canto dos pássaros, o latido dos cachorros, os toques de telefones celulares, vozes e músicas – sons prazerosos e sons desagradáveis. Os sons que nos cer- cam são expressões da vida em mo- vimento e indicam paisagens sonoras (soundscape), termo empregado pelo compositor Murray Schaffer para re- ferir-se a sons que fazem parte do am- biente sonoro de determinado lugar. Resposta 1. Resposta pessoal. Ajude os alunos a identificarem os elementos pre- sentes na fotografia e a comenta- rem quais sons eles emitem, se são agradáveis ou não. 2. Resposta pessoal. Incentive os alu- nos a observarem as fotografias e a pensarem a respeito dos sons que poderiam ser ouvidos nesses locais. Que sensações eles teriam ao estar em locais como os demonstrados? 3. Resposta pessoal. Estimule-os a co- mentar sobre os sons que gostam de ouvir, principalmente aqueles que vão além dos estilos musicais e estão ligados ao conceito de paisagem so- nora, por exemplo: o som da chuva ou da água pingando de uma torneira. • EF15AR15: Explorar fontes sonoras diversas, como as existentes no próprio corpo (palmas, voz, percussão corporal), na natureza e em objetos cotidianos, reconhecendo timbres e carac- terísticas de instrumentos musicais variados. • EF15AR16: Explorar diferentes formas de registro musical não convencional (representação gráfica de sons, partituras criativas etc.), bem como procedimentos e técnicas de registro em áudio e audiovisual, e reconhecer a notação musical convencional. 14 VAMOS OUVIR!2 OBSERVE AS IMAGENS ABAIXO. 1. QUAIS SONS VOCÊ IMAGINA QUE PODERÍAMOS OUVIR NO AMBIENTE RETRATADO NA IMAGEM A? 2. E NO AMBIENTE RETRATADO NA IMAGEM B? 3. EM SUA OPINIÃO, QUAIS SONS AGRADÁVEIS PODEM SER OUVIDOS EM CADA AMBIENTE? E OS SONS DESAGRADÁVEIS, QUAIS SÃO? EXPLIQUE. PROPRIEDADES DO SOM A INTENSIDADE, O TIMBRE, A ALTURA E A DURAÇÃO SÃO ALGUMAS DAS PROPRIEDADES DO SOM. VAMOS CONHECER UM POUCO SOBRE CADA UMA DELAS. A INTENSIDADE ESTÁ RELACIONADA À FORÇA DO SOM, OU SEJA, SE O SOM É MAIS FORTE OU MAIS FRACO. O TIMBRE É UMA PROPRIEDADE PARTICULAR DE CADA SOM, QUE O DISTINGUE DOS DEMAIS. A ALTURA ESTÁ RELACIONADA AO FATO DE O SOM SER MAIS “GROSSO” (GRAVE) OU MAIS “FINO” (AGUDO). A DURAÇÃO É A PROPRIEDADE QUE INDICA SE UM SOM É MAIS LONGO OU MAIS CURTO. BA MARGINAL PINHEIROS, NA CIDADE DE SÃO PAULO, 2016. PARQUE TINGUI, EM CURITIBA, PARANÁ, 2015. Respostas nas orientações para o professor. A LF R IB E IR O /S H U T T E R S TO C K D IE G O G R A N D I/ S H U T T E R S TO C K g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 14 22/12/17 11:25 15 ATIVIDADES 1. EXPERIMENTE BATER SUA MÃO SUAVEMENTE SOBRE A MESA. EM SEGUIDA, BATA UM POUCO MAIS FORTE. •VOCÊ PERCEBEU A DIFERENÇA ENTRE OS SONS PRODUZIDOS? COMENTE COM OS COLEGAS. 2. AGORA, VAMOS OUVIR A VOZ DE CADA COLEGA DA TURMA. •AS VOZES SÃO IGUAIS? BA É importante que os alunos percebam que a voz de cada pessoa é diferente. Resposta pessoal. Explique aos alunos que essa diferença nos sons decorre da variação da intensidade da batida com as mãos. IL U S T R A Ç Õ E S : R A ÍS S A B U LH Õ E S g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 15 22/12/17 11:25 g19_mdn_mp_2pma_u1_p008a021.indd 14 12/23/17 2:30 PM 15 • Escolha um aluno e peça a ele que bata as mãos sobre a mesa conforme a orientação da atividade. Pergunte aos alunos o que eles percebem em relação aos sons emitidos. Comple- mente as respostas introduzindo o conceito de intensidade. • Explique que se trata de uma pro- priedade do som e que ele pode ser classificado como forte oufraco. Alguns materiais produzem, natu- ralmente, sons fracos; outros, sons mais fortes. Mas a intensidade de um som pode, quase sempre, variar de acordo com o grau de força do ata- que. A variação da intensidade dos sons é chamada duração. • Apresente alguns dos símbolos usa- dos em partituras para registrar a in- tensidade do som. Se possível, leve uma partitura de Beethoven ou Igor Stravinsky e suas respectivas músi- cas para os alunos se familiarizarem com a notação musical: .pp = pianíssimo: indica volume muito baixo, toque muito suave; .p = piano: indica volume baixo, to- que suave; . f = forte: indica volume alto, toque pesado; . ff = fortíssimo: indica volume muito alto, toque muito pesado. • Leve um rádio para a sala de aula. Reproduza uma música e altere o vo- lume, graduando-o do volume baixo para o alto, a fim de que os alunos percebam a diferença de intensidade. • Na sequência, escolha uma das obras de Beethoven e toque a músi- ca alterando o volume. Pergunte aos alunos: O que vocês perceberam? Foi necessário alterar o volume do aparelho de som para perceber va- riações de intensidade? • A intenção é fazer com que os alunos percebam as diferenças de inten- sidade e como o compositor pode explorá-las. Se quiser enriquecer a atividade, apresente o compositor e toque uma música de Bach e um concerto de Beethoven. Trabalhe com o conceito de dinâmica. Amplie seus conhecimentos • Para se aprofundar no conceito de paisagem sonora, leia o livro a seguir. .SHAFER, Murray. Ouvido pensante. São Paulo: Unesp, 2013. • Conheça uma proposta pedagógica que favorece o desenvolvimento da compreensão musical e também da consciência a respeito de ambientes acústicos. Disponível em: <https://repositorio.unesp.br/handle/11449/142823>. Acesso em: 28 de nov. 2017. 14 VAMOS OUVIR!2 OBSERVE AS IMAGENS ABAIXO. 1. QUAIS SONS VOCÊ IMAGINA QUE PODERÍAMOS OUVIR NO AMBIENTE RETRATADO NA IMAGEM A? 2. E NO AMBIENTE RETRATADO NA IMAGEM B? 3. EM SUA OPINIÃO, QUAIS SONS AGRADÁVEIS PODEM SER OUVIDOS EM CADA AMBIENTE? E OS SONS DESAGRADÁVEIS, QUAIS SÃO? EXPLIQUE. PROPRIEDADES DO SOM A INTENSIDADE, O TIMBRE, A ALTURA E A DURAÇÃO SÃO ALGUMAS DAS PROPRIEDADES DO SOM. VAMOS CONHECER UM POUCO SOBRE CADA UMA DELAS. A INTENSIDADE ESTÁ RELACIONADA À FORÇA DO SOM, OU SEJA, SE O SOM É MAIS FORTE OU MAIS FRACO. O TIMBRE É UMA PROPRIEDADE PARTICULAR DE CADA SOM, QUE O DISTINGUE DOS DEMAIS. A ALTURA ESTÁ RELACIONADA AO FATO DE O SOM SER MAIS “GROSSO” (GRAVE) OU MAIS “FINO” (AGUDO). A DURAÇÃO É A PROPRIEDADE QUE INDICA SE UM SOM É MAIS LONGO OU MAIS CURTO. BA MARGINAL PINHEIROS, NA CIDADE DE SÃO PAULO, 2016. PARQUE TINGUI, EM CURITIBA, PARANÁ, 2015. Respostas nas orientações para o professor. A LF R IB E IR O /S H U T T E R S TO C K D IE G O G R A N D I/ S H U T T E R S TO C K g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 14 22/12/17 11:25 15 ATIVIDADES 1. EXPERIMENTE BATER SUA MÃO SUAVEMENTE SOBRE A MESA. EM SEGUIDA, BATA UM POUCO MAIS FORTE. •VOCÊ PERCEBEU A DIFERENÇA ENTRE OS SONS PRODUZIDOS? COMENTE COM OS COLEGAS. 2. AGORA, VAMOS OUVIR A VOZ DE CADA COLEGA DA TURMA. •AS VOZES SÃO IGUAIS? BA É importante que os alunos percebam que a voz de cada pessoa é diferente. Resposta pessoal. Explique aos alunos que essa diferença nos sons decorre da variação da intensidade da batida com as mãos. IL U S T R A Ç Õ E S : R A ÍS S A B U LH Õ E S g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 15 22/12/17 11:25 g19_mdn_mp_2pma_u1_p008a021.indd 15 12/23/17 2:30 PM 16 • Para esta atividade, organize a turma em grupos. Explique a eles que vão explorar as alturas do som. Para isso, esclareça que altura é a qualidade que nos permite diferenciar os sons agudos dos sons graves. Pergunte se alguém sabe emitir um som grave e um som agudo. Se possível, leve al- guns exemplos que eles possam ou- vir e ajude-os a distinguir sons graves e sons agudos. Outra opção é levar ou pedir que levem recortes de ima- gens que possam representar sons graves e sons agudos. Por exemplo, para sons agudos é possível utilizar imagens de pássaros ou de um apito. Para sons graves, imagens de ônibus em movimento, trovão, rugido de le- ões e assim por diante. Discutam as diferenças entre os sons. O objetivo é que eles consigam chegar aos con- ceitos de grave e agudo. • Em seguida, apresente a cantiga e determine a cada grupo de que modo eles vão explorar a voz para trabalhar as alturas do som. Um grupo cantará de forma natural, sem alterar a voz, outro grupo cantará com a voz aguda e o outro grupo com a voz grave. Estabeleça um tempo de ensaio e depois peça a cada grupo que se apresente. Promova o revezamento entre os grupos para todos terem a oportunidade de trabalhar com a voz de maneiras diferentes. • O intuito desta atividade é apresentar o elemento duração. O tempo poderá ser marcado de diversas formas: cronometrado por um aparelho celular, com o auxílio de um relógio ou por uma contagem coletiva, que é uma maneira de os alunos desenvolverem o raciocínio de sequência nu- mérica e a marcação do tempo sonoro. Comente com a turma que uivar não é o mesmo que gritar. • Elabore junto com os alunos uma forma de marcar o tempo de cada um, até que reste aquele que emitiu o uivo mais longo. Esclareça que esta atividade é uma brincadeira para eles perceberem outra qualidade do som: a duração. Pergunte quem poderia exemplificar outros modos de emitir sons com durações diferentes. 16 3. VOCÊ CONHECE A CANTIGA ABAIXO? VAMOS CANTÁ-LA COM ALTURAS DIFERENTES: COM VOZ “GROSSA” E COM VOZ “FINA”. 4. TODO SOM TEM UM TEMPO DE DURAÇÃO. PARA ENTENDER UM POUCO MAIS SOBRE ISSO, VAMOS BRINCAR DE UIVAR, IMITANDO OS LOBOS. GANHA QUEM CONSEGUIR UIVAR POR MAIS TEMPO. COMO PODE UM PEIXE VIVO VIVER FORA D’ÁGUA FRIA COMO PODE UM PEIXE VIVO VIVER FORA D’ÁGUA FRIA COMO PODEREI VIVER COMO PODEREI VIVER SEM A TUA, SEM A TUA SEM A TUA COMPANHIA SEM A TUA, SEM A TUA SEM A TUA COMPANHIA CANTIGA POPULAR. S O N IA H O R N g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 16 22/12/17 11:25 17 NA DANÇA, HÁ MUITOS ESTILOS E COREOGRAFIAS POSSÍVEIS. VEJA ABAIXO ALGUNS DELES. 1. VOCÊ COSTUMA VER PESSOAS DANÇANDO? ONDE? 2. VOCÊ GOSTA DE DANÇAR? 3. QUE ESTILO DE DANÇA VOCÊ PREFERE? 4. QUAIS PARTES DO CORPO MOVIMENTAMOS AO DANÇAR? DANCE, DANCE, DANCE3 APRESENTAÇÃO DE BALÉ CLÁSSICO EM DNIPRO, UCRÂNIA, 2012. ENCONTRO DE DANÇARINOS LATINOS EM WASHINGTON, ESTADOS UNIDOS, 2016. COMPETIÇÃO DE BREAK DANCING EM JEKABPILS, LETÔNIA, 2012. COREOGRAFIAS: CONJUNTOS DE MOVIMENTOS QUE PODEM SER EXECUTADOS COLETIVAMENTE OU DE MANEIRA INDIVIDUAL Resposta pessoal. Estimule os alunos a compartilharem suas experiências e opiniões. Resposta pessoal. Estimule os alunos a compartilharem suas experiências e opiniões. Resposta pessoal. Estimule os alunos a compartilharem suas experiências e opiniões. Resposta pessoal. Podemos movimentar diversas partes do corpo ao dançar, como os braços, as pernas, a cabeça e o quadril. IG O R B U LG A R IN /S H U T T E R S TO C K N IC O LE S G L A S S /S H U T T E R S TO C K D E 2 M A R C O /S H U T T E R S TO C K g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 17 22/12/17 11:25 g19_mdn_mp_2pma_u1_p008a021.indd 16 12/23/17 2:30 PM 17 Destaques da BNCC • Ao ver e vivenciar danças de diferen- tes estilos e contextos, analisando- -as histórica e criticamente, com base em signos próprios da dança e aplicando-os aos próprios movimen- tos dançados, contemplam-se as habilidades EF15AR08, EF15AR10 e EF15AR11. Mais atividades • Comente com os alunos que a dança é uma linguagem artística que tra- balha com os movimentos do cor- po, pelos quais é possível expressar sentimentos e ideias. Explique que dançar de determinado modo e criar uma coreografia visam expressar sentimentos de uma personagem e os sentimentos de quem dança. • Incentive-os a falar o que pensam a respeito da dança. Perguntese eles acreditam que existe lugar para dançar e o que gostam de dançar. Provoque-os a pensar se na dança mexemos apenas as partes do corpo ou também lidamos com sentimen- tos e emoções. • Em seguida, faça uma seleção de vídeos com diversos estilos de dan- ças de diferentes regiões brasileiras. Oriente-os a assistir observando al- gumas características, por exemplo: Como é a música? Como é a postura dos dançarinos? Os movimentos pa- recem ser difíceis? Que expressões faciais são percebidas? Onde eles estão? Como são suas roupas? Pa- recem estar representando algo? De qual você mais gostou? Já dançou algum desses estilos? • EF15AR08: Experimentar e apreciar formas distintas de manifestações da dança presentes em diferentes contextos, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório corporal. • EF15AR10: Experimentar diferentes formas de orientação no espaço (deslocamentos, planos, direções, caminhos etc.) e ritmos de movimento (lento, moderado e rápido) na construção do movimento dançado. • EF15AR11: Criar e improvisar movimentos dançados de modo individual, coletivo e colabora- tivo, considerando os aspectos estruturais, dinâmicos e expressivos dos elementos constitu- tivos do movimento, com base nos códigos de dança. Objetivos • Conhecer e experimentar diferen- tes estilos de dança. • Perceber a dança como sistema de movimentos estruturados com- postos por traços característicos, como planos gestual, dinâmico, musical, espacial e vestuário. • Compreender o que é coreografia e elaborar movimentos com base nos códigos da dança, a fim de desen- volver o imaginário criativo, o corpo cênico e o movimento estruturado. 16 3. VOCÊ CONHECE A CANTIGA ABAIXO? VAMOS CANTÁ-LA COM ALTURAS DIFERENTES: COM VOZ “GROSSA” E COM VOZ “FINA”. 4. TODO SOM TEM UM TEMPO DE DURAÇÃO. PARA ENTENDER UM POUCO MAIS SOBRE ISSO, VAMOS BRINCAR DE UIVAR, IMITANDO OS LOBOS. GANHA QUEM CONSEGUIR UIVAR POR MAIS TEMPO. COMO PODE UM PEIXE VIVO VIVER FORA D’ÁGUA FRIA COMO PODE UM PEIXE VIVO VIVER FORA D’ÁGUA FRIA COMO PODEREI VIVER COMO PODEREI VIVER SEM A TUA, SEM A TUA SEM A TUA COMPANHIA SEM A TUA, SEM A TUA SEM A TUA COMPANHIA CANTIGA POPULAR. S O N IA H O R N g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 16 22/12/17 11:25 17 NA DANÇA, HÁ MUITOS ESTILOS E COREOGRAFIAS POSSÍVEIS. VEJA ABAIXO ALGUNS DELES. 1. VOCÊ COSTUMA VER PESSOAS DANÇANDO? ONDE? 2. VOCÊ GOSTA DE DANÇAR? 3. QUE ESTILO DE DANÇA VOCÊ PREFERE? 4. QUAIS PARTES DO CORPO MOVIMENTAMOS AO DANÇAR? DANCE, DANCE, DANCE3 APRESENTAÇÃO DE BALÉ CLÁSSICO EM DNIPRO, UCRÂNIA, 2012. ENCONTRO DE DANÇARINOS LATINOS EM WASHINGTON, ESTADOS UNIDOS, 2016. COMPETIÇÃO DE BREAK DANCING EM JEKABPILS, LETÔNIA, 2012. COREOGRAFIAS: CONJUNTOS DE MOVIMENTOS QUE PODEM SER EXECUTADOS COLETIVAMENTE OU DE MANEIRA INDIVIDUAL Resposta pessoal. Estimule os alunos a compartilharem suas experiências e opiniões. Resposta pessoal. Estimule os alunos a compartilharem suas experiências e opiniões. Resposta pessoal. Estimule os alunos a compartilharem suas experiências e opiniões. Resposta pessoal. Podemos movimentar diversas partes do corpo ao dançar, como os braços, as pernas, a cabeça e o quadril. IG O R B U LG A R IN /S H U T T E R S TO C K N IC O LE S G L A S S /S H U T T E R S TO C K D E 2 M A R C O /S H U T T E R S TO C K g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 17 22/12/17 11:25 g19_mdn_mp_2pma_u1_p008a021.indd 17 12/23/17 2:30 PM 18 • Selecione algumas músicas para realizar a atividade. Se achar perti- nente, peça sugestões aos alunos sobre quais músicas eles gostariam de dançar. .Corte e distribua para os alunos fi- tas de papel crepom. Peça-lhes que segurem a fita e a movimentem du- rante a dança conforme o ritmo da música e alguns comandos. a. Explorem todo o espaço com a fita. b. Façam cobrinhas no chão e de- pois vão levantando a fita. c. Façam movimentos circulares criando desenhos com a fita no ar. d. Explorem os níveis alto, médio e baixo. e. Combinem movimentos rápidos e lentos, fortes e fracos, livres e con- trolados. • Na atividade a seguir, o objetivo é levar os alunos a compreenderem melhor o que é uma coreografia e explorarem relações entre o corpo e o espaço, va- riações das qualidades de movimen- to, consciência corporal e ritmo. .Inicialmente, peça que se organi- zem em duplas e inventem alguns movimentos explorando o espaço, os níveis e a qualidade dos movi- mentos. Em seguida, todas as du- plas deverão apresentar os movi- mentos elaborados e, juntos, selecionar alguns desses movimen- tos, organizando-os numa sequên- cia. Peça aos alunos que registrem essa sequência por meio de dese- nhos e símbolos que memorizem. • Para criar uma coreografia, é importante combinar diferentes movimentos, os quais podem ser criados ou ser aqueles que executamos no dia a dia. Além disso, eles podem ser inspirados em temas como objetos, animais e sentimentos. • Para isso, explore o que os alunos sabem sobre o tema escolhido e procure relacioná-lo ao cotidiano deles. Identifique com as crianças as fontes de pesquisa que poderão contribuir para ampliar as referências sobre o tema e faça uma investigação. Durante esse processo, procure desenvolver experiências corporais com base no que aprenderam com a temática. • Por fim, feita a pesquisa musical, peça aos alunos que escolham a que melhor se adaptar aos movi- mentos e à sequência criada, assim como os movimentos e adereços que vão compor a coreografia. 18 1. VOCÊ E SEUS COLEGAS VÃO DANÇAR AO SOM DE ALGUMAS MÚSICAS UTILIZANDO FITAS DE PAPEL CREPOM PARA ACOMPANHAR SEUS MOVIMENTOS. SIGA AS ORIENTAÇÕES DO PROFESSOR E DIVIRTA-SE. 2. VAMOS CRIAR UMA DANÇA. PARA ISSO, FORMEM DUPLAS. •AGORA QUE A DANÇA ESTÁ PRONTA, É SÓ ENSAIAR A COREOGRAFIA E FAZER UMA APRESENTAÇÃO PARA AS OUTRAS TURMAS DA ESCOLA. ATIVIDADES TODOS JUNTOS DEVEM ESCOLHER ALGUNS DOS MOVIMENTOS APRESENTADOS PARA CRIAR UMA DANÇA. ORGANIZEM OS MOVIMENTOS ESCOLHIDOS EM UMA SEQUÊNCIA. CADA DUPLA DEVE CRIAR UM MOVIMENTO QUE POSSA SER USADO EM UMA DANÇA. O PASSO DEVE SER APRESENTADO PARA OS DEMAIS COLEGAS DA TURMA. B A IL U S T R A Ç Õ E S : R A ÍS S A B U LH Õ E S g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 18 22/12/17 11:25 19 APRESENTAÇÃO DO GRUPO TCHECO KARROMATO, EM SANABIS, BAHREIN, 2012. APRESENTAÇÃO DO GRUPO DE TEATRO RUSSO DE DRAMA E COMÉDIA, EM DNIPRO, UCRÂNIA, 2015. APRESENTAÇÃO DO GRUPO BRASILEIRO DAMIÃO E CIA DE TEATRO, EM SÃO LUIZ DO PARAITINGA, SÃO PAULO, 2015. OBSERVE AS IMAGENS. 1. O QUE ESSAS IMAGENS TÊM EM COMUM? 2. O QUE É NECESSÁRIO EM UMA APRESENTAÇÃO DE TEATRO? 3. VOCÊ JÁ ASSISTIU A UMA APRESENTAÇÃO DE TEATRO? COMO FOI? AS APRESENTAÇÕES TEATRAIS PODEM OCORRER EM DIVERSOS LUGARES, COMO UM TEATRO OU UMA PRAÇA. EM CADA UM DESSES LUGARES, EXISTEM ALGUMAS REGRAS QUE DEVEMOS SEGUIR. PARA ASSISTIR A UMA PEÇA EM UM TEATRO, POR EXEMPLO, É IMPORTANTE FICAR EM SILÊNCIO, RESPEITANDO OS ATORES E DEMAIS ESPECTADORES. VAMOS AO TEATRO4 AS REGRAS DE CONVIVÊNCIA SÃO IMPORTANTES PARA QUE AS PESSOAS VIVAM EM HARMONIA. Todas as imagens mostram representações teatrais. Resposta pessoal. Estimule os alunos a compartilharem suas experiências e opiniões. 2. Resposta pessoal. São necessárias as personagens, pessoas para encenar ou manipular os bonecos ou objetos, o público, uma história para contar, entre outros elementos. C E S A R D IN IZ /P U LS A R IM A G E N S IG O R B U LG A R IN /S H U T T E R S TO C K D R A JA Y K U M A R S IN G H /S H U T T E R S TO C K g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 19 22/12/17 11:25 g19_mdn_mp_2pma_u1_p008a021.indd 18 12/23/17 2:30 PM 19 Objetivos • Conhecer e apreciar distintas ma- nifestações teatrais, percebendo e analisando com base nos prin- cipais elementos do teatro. • Experienciar procedimentos cria- tivos do teatro, compreendendo e exercitando as linguagens cênicas. • Apreciaro teatro, a fim de incre- mentar o repertório visual. Destaques da BNCC • Ao observar manifestações teatrais em diferentes contextos, buscando observar e identificar os elementos teatrais, para experimentá-los em trabalhos coletivos, contempla-se a habilidade EF15AR18. • Exercitando a imaginação e o faz de conta para improvisações teatrais e experimentando ser outro ao com- por e encenar acontecimentos cê- nicos, trabalham-se as habilidades EF15AR20, EF15AR21 e a Compe- tência geral 4. • Ao observar as imagens, os alunos podem comentar sobre suas expe- riências acerca dessa linguagem artística. Estimule-os a refletir, ques- tionando qual o conceito de teatro para eles e onde geralmente é apre- sentado. Ajude-os a perceber que o palco, os atores, os figurinos, etc., ele- mentos do teatro organizado tal qual conhecemos hoje, são apenas alguns aspectos do teatro, não os únicos. As manifestações lúdicas, simbólicas e o faz de conta são a base teatral. • EF15AR18: Reconhecer e apreciar formas distintas de manifestações do teatro presentes em diferentes contextos, aprendendo a ver e a ouvir histórias dramatizadas e cultivando a percep- ção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório ficcional. • EF15AR20: Experimentar o trabalho colaborativo, coletivo e autoral em improvisações teatrais e processos narrativos criativos em teatro, explorando desde a teatralidade dos gestos e das ações do cotidiano até elementos de diferentes matrizes estéticas e culturais. • EF15AR21: Exercitar a imitação e o faz de conta, ressignificando objetos e fatos e experimen- tando-se no lugar do outro, ao compor e encenar acontecimentos cênicos, por meio de músi- cas, imagens, textos ou outros pontos de partida, de forma intencional e reflexiva. • Competência geral 4: Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imagina- ção, ressignificando espaços da escola e de fora dela no âmbito da Arte. Atitude legal • O espaço teatral se dá pelas ações desenvolvidas nele, as quais são construídas por aqueles que par- ticipam da encenação. Dessa for- ma, seja no palco, seja na rua, de- vemos estar atentos à encenação e em silêncio, para não descon- centrar os atores. • Ajude-os a perceber que no teatro há uma linguagem visual (cenário, figu- rinos, iluminação, imagens), sonora (ruídos, trilhas sonoras, entonação de voz, músicas), verbal (roteiro, fa- las) e cinestésica (o corpo e seus mo- vimentos no espaço-tempo). 18 1. VOCÊ E SEUS COLEGAS VÃO DANÇAR AO SOM DE ALGUMAS MÚSICAS UTILIZANDO FITAS DE PAPEL CREPOM PARA ACOMPANHAR SEUS MOVIMENTOS. SIGA AS ORIENTAÇÕES DO PROFESSOR E DIVIRTA-SE. 2. VAMOS CRIAR UMA DANÇA. PARA ISSO, FORMEM DUPLAS. •AGORA QUE A DANÇA ESTÁ PRONTA, É SÓ ENSAIAR A COREOGRAFIA E FAZER UMA APRESENTAÇÃO PARA AS OUTRAS TURMAS DA ESCOLA. ATIVIDADES TODOS JUNTOS DEVEM ESCOLHER ALGUNS DOS MOVIMENTOS APRESENTADOS PARA CRIAR UMA DANÇA. ORGANIZEM OS MOVIMENTOS ESCOLHIDOS EM UMA SEQUÊNCIA. CADA DUPLA DEVE CRIAR UM MOVIMENTO QUE POSSA SER USADO EM UMA DANÇA. O PASSO DEVE SER APRESENTADO PARA OS DEMAIS COLEGAS DA TURMA. B A IL U S T R A Ç Õ E S : R A ÍS S A B U LH Õ E S g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 18 22/12/17 11:25 19 APRESENTAÇÃO DO GRUPO TCHECO KARROMATO, EM SANABIS, BAHREIN, 2012. APRESENTAÇÃO DO GRUPO DE TEATRO RUSSO DE DRAMA E COMÉDIA, EM DNIPRO, UCRÂNIA, 2015. APRESENTAÇÃO DO GRUPO BRASILEIRO DAMIÃO E CIA DE TEATRO, EM SÃO LUIZ DO PARAITINGA, SÃO PAULO, 2015. OBSERVE AS IMAGENS. 1. O QUE ESSAS IMAGENS TÊM EM COMUM? 2. O QUE É NECESSÁRIO EM UMA APRESENTAÇÃO DE TEATRO? 3. VOCÊ JÁ ASSISTIU A UMA APRESENTAÇÃO DE TEATRO? COMO FOI? AS APRESENTAÇÕES TEATRAIS PODEM OCORRER EM DIVERSOS LUGARES, COMO UM TEATRO OU UMA PRAÇA. EM CADA UM DESSES LUGARES, EXISTEM ALGUMAS REGRAS QUE DEVEMOS SEGUIR. PARA ASSISTIR A UMA PEÇA EM UM TEATRO, POR EXEMPLO, É IMPORTANTE FICAR EM SILÊNCIO, RESPEITANDO OS ATORES E DEMAIS ESPECTADORES. VAMOS AO TEATRO4 AS REGRAS DE CONVIVÊNCIA SÃO IMPORTANTES PARA QUE AS PESSOAS VIVAM EM HARMONIA. Todas as imagens mostram representações teatrais. Resposta pessoal. Estimule os alunos a compartilharem suas experiências e opiniões. 2. Resposta pessoal. São necessárias as personagens, pessoas para encenar ou manipular os bonecos ou objetos, o público, uma história para contar, entre outros elementos. C E S A R D IN IZ /P U LS A R IM A G E N S IG O R B U LG A R IN /S H U T T E R S TO C K D R A JA Y K U M A R S IN G H /S H U T T E R S TO C K g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 19 22/12/17 11:25 g19_mdn_mp_2pma_u1_p008a021.indd 19 12/23/17 2:30 PM 20 • O objetivo da atividade é fazer os alunos reagirem a estímulos sonoros com gestos e expressões corporais, percebendo também a musicalidade no corpo. Os comandos serão da- dos por meio de palmas. Repita-os e altere conforme achar pertinente, por exemplo: com uma palma, cami- nham pela sala demonstrando sono ou dor; com duas palmas, sentam-se sem se apoiar com as mãos no chão; com três palmas, expressam dor ou raiva; e assim por diante. Amplie seus conhecimentos • O site Teatro na Escola disponibiliza diversas atividades de jogos e improvisações teatrais, além de referências importantes sobre teatro. Disponível em: <http://www.teatronaescola.com>. Acesso em: 30 nov. 2017. • No livro a seguir, você encontrará uma coleção de improvisações para o teatro, com jogos e exercícios de atuação comentados e separados em fichas. .SPOLIN, Viola. Jogos Teatrais: o fichário de Viola Spolin. São Paulo: Perspectiva, 2001. • Informações importantes sobre o teatro são apresentadas por lindas ilustrações que mostram cenários, personagens, objetos e fatos relativos à linguagem artística tema do livro. .COELHO, Raquel. Teatro. São Paulo: Editora Saraiva, 2001. COMANDO 1 COMANDO 2 COMANDO 3 COMANDO 5 COMANDO 4 20 COM QUATRO PALMAS: TODOS DÃO GARGALHADAS. COM TRÊS PALMAS: TODOS FAZEM UMA CARETA. 1. VAMOS BRINCAR DE TEATRO GESTUAL. NESSA BRINCADEIRA, VOCÊ NÃO PODE USAR A FALA, APENAS GESTOS E PALMAS. A CADA COMANDO, A TURMA DEVE FAZER UMA AÇÃO. COM UMA PALMA: TODOS CAMINHAM PELA SALA. COM CINCO PALMAS: TODOS FAZEM UMA RODA. ATIVIDADES D C B A E COM DUAS PALMAS: TODOS SE SENTAM. IL U S T R A Ç Õ E S : R A ÍS S A B U LH Õ E S g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 20 22/12/17 11:25 PARA SABER MAIS 21 •MATISSE: O REI DAS CORES, DE LAURENCE ANHOLT. LOG ON, 2008. CONHEÇA MAIS SOBRE A VIDA DO ARTISTA FRANCÊS HENRI MATISSE, QUE USAVA MUITAS CORES E FORMAS EM SUAS OBRAS. SUA HISTÓRIA É CONTADA POR MONIQUE, QUE CUIDOU DE MATISSE E INSPIROU ALGUMAS DE SUAS OBRAS. •O MUNDO DA MÚSICA VOL. 2, DE NEREIDE SCHILARO SANTA ROSA. CALLIS, 2013. SAIBA MAIS SOBRE O SOM E A MÚSICA, A HISTÓRIA DOS INSTRUMENTOS MUSICAIS E SUAS FAMÍLIAS. ALÉM DISSO, VOCÊ PODE EXPERIMENTAR DIVERSAS BRINCADEIRAS MUSICAIS. •ERA UMA VEZ UM TEATRO, DE GRAÇA ABREU E LIA ZATZ. BIRUTA, 2013. UM SAPATEIRO RESOLVEU BRINCAR DE TEATRO USANDO SEUS SAPATOS E SUAS FERRAMENTAS. A BRINCADEIRA DEU TÃO CERTO QUE NASCEU O TEATRO CAMALEÃO, A ATRAÇÃO DA CIDADE. • ARTES VISUAIS E OS MATERIAIS USADOS EM SUA CRIAÇÃO? • SOM E ALGUMAS DE SUAS PROPRIEDADES? • DANÇA E MOVIMENTOS DO CORPO? • TEATRO? O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... R E P R O D U Ç Ã O R E P R O D U Ç Ã O CAM ILA CARM ONA R E P R O D U Ç Ã O g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 21 22/12/17 11:25 g19_mdn_mp_2pma_u1_p008a021.indd 20 12/23/17 2:30 PM 21 O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... • Para averiguar os conhecimentos apropriados pelos alunos sobre os conteúdos desta unidade, pro- ponha alguns jogos e improvisa- ções teatrais. • Selecione algumas palavras que queira destacar sobre a unida- de em questão e escreva-as no quadro. Em seguida, proponha à turma que invente uma história na qual deverão ser mencionadas, em algum momento, as palavras elencadas. Escolha, então, dois ou mais jogadores para narrara história e, concomitantemente, outros jogadores que deverão agir a fim de transformar a história em uma ação em cena. • Estabeleça previamente alguns critérios para a atividade começar, tais como: os narradores e tam- bém os atores deverão explorar a voz, alterando o timbre para criar sons e vozes diferentes (agudas ou graves, fortes ou fracas, e assim por diante); objetos da sala po- derão ser usados como figurino, acessórios e cenários; os alunos deverão se expressar por meio de gestos, expressando com o corpo o que é contado na história. • Outra opção é organizar a turma em grupos para selecionar ima- gens desta unidade e entregá- -las aos grupos para elaborarem pequenas histórias e encená-las. Determine um tempo para ensaiar, a fim de se prepararem. Amplie seus conhecimentos • Conheça a seguir livros que apresentam as múltiplas linguagens da arte, indicando suas possí- veis abordagens em sala de aula. .FERREIRA, Taís e FALBEMBACH, Maria F. Teatro e Dança nos anos iniciais. Rio Grande do Sul: Editora Mediação, 2012. .CUNHA, Susana Ragel Vireira da (Org.). As artes no universo infantil. Rio Grande do Sul: Edi- tora Mediação, 2017. .FERREIS, Taís. A escola no teatro e o teatro na escola. Rio Grande do Sul: Editora Mediação, 2006. .KEBACH, Patrícia Fernanda Carmen (Org.). Expressão musical na Educação Infantil. Rio Gran- de do Sul: Editora Mediação, 2013. COMANDO 1 COMANDO 2 COMANDO 3 COMANDO 5 COMANDO 4 20 COM QUATRO PALMAS: TODOS DÃO GARGALHADAS. COM TRÊS PALMAS: TODOS FAZEM UMA CARETA. 1. VAMOS BRINCAR DE TEATRO GESTUAL. NESSA BRINCADEIRA, VOCÊ NÃO PODE USAR A FALA, APENAS GESTOS E PALMAS. A CADA COMANDO, A TURMA DEVE FAZER UMA AÇÃO. COM UMA PALMA: TODOS CAMINHAM PELA SALA. COM CINCO PALMAS: TODOS FAZEM UMA RODA. ATIVIDADES D C B A E COM DUAS PALMAS: TODOS SE SENTAM. IL U S T R A Ç Õ E S : R A ÍS S A B U LH Õ E S g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 20 22/12/17 11:25 PARA SABER MAIS 21 •MATISSE: O REI DAS CORES, DE LAURENCE ANHOLT. LOG ON, 2008. CONHEÇA MAIS SOBRE A VIDA DO ARTISTA FRANCÊS HENRI MATISSE, QUE USAVA MUITAS CORES E FORMAS EM SUAS OBRAS. SUA HISTÓRIA É CONTADA POR MONIQUE, QUE CUIDOU DE MATISSE E INSPIROU ALGUMAS DE SUAS OBRAS. •O MUNDO DA MÚSICA VOL. 2, DE NEREIDE SCHILARO SANTA ROSA. CALLIS, 2013. SAIBA MAIS SOBRE O SOM E A MÚSICA, A HISTÓRIA DOS INSTRUMENTOS MUSICAIS E SUAS FAMÍLIAS. ALÉM DISSO, VOCÊ PODE EXPERIMENTAR DIVERSAS BRINCADEIRAS MUSICAIS. •ERA UMA VEZ UM TEATRO, DE GRAÇA ABREU E LIA ZATZ. BIRUTA, 2013. UM SAPATEIRO RESOLVEU BRINCAR DE TEATRO USANDO SEUS SAPATOS E SUAS FERRAMENTAS. A BRINCADEIRA DEU TÃO CERTO QUE NASCEU O TEATRO CAMALEÃO, A ATRAÇÃO DA CIDADE. • ARTES VISUAIS E OS MATERIAIS USADOS EM SUA CRIAÇÃO? • SOM E ALGUMAS DE SUAS PROPRIEDADES? • DANÇA E MOVIMENTOS DO CORPO? • TEATRO? O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... R E P R O D U Ç Ã O R E P R O D U Ç Ã O CAM ILA CARM ONA R E P R O D U Ç Ã O g19_2pma_lt_u1_p008a021.indd 21 22/12/17 11:25 g19_mdn_mp_2pma_u1_p008a021.indd 21 12/23/17 2:30 PM 22 Destaques da BNCC • Conhecer a pluralidade das manifes- tações artísticas e reconhecer seus elementos constitutivos, tendo a possibilidade de criar com base na observação, o que desenvolve as habilidades EF15AR01 e EF15AR02. • Explora-se o Tema contemporâneo Diversidade Cultural e a Competên- cia geral 3, pois as análises visuais e atividades de criação auxiliam no desenvolvimento do senso estético e fortalecem o respeito pela diversida- de cultural em nossa sociedade. • EF15AR01: Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâne- as, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. • EF15AR02: Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, for- ma, cor, espaço, movimento etc.). • Competência geral 3: Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diver- sas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de práticas diversificadas da produção artístico‐cultural. Objetivos • Formular conceitos acerca da arte contemporânea. • Compreender as possibilidades de criar arte com uso de materiais não convencionais. • Explorar diferentes tipos de pro- dução artística, valorizando as- sim a pluralidade da arte. • Conseguir relacionar a arte con- temporânea com a arte clássica e estimular sua percepção visual. • Reconhecer o corpo humano como fonte de expressão cotidia- na e artística. • Desenvolver e produzir diferentes tipos de linguagens artísticas por meio das atividades propostas na unidade. • Entender os benefícios do movi- mento para o corpo humano. • Conhecer e identificar algumas modalidades de dança. • Diferenciar e produzir ritmos com variadas possibilidades. Nesta unidade, vamos explorar as pos- sibilidades expressivas das artes. O fazer se dará por meio dos materiais di- versos das artes visuais, como materiais da natureza, do cotidiano e os tradicio- nais. Desse modo, os alunos explorarão as possibilidades cênicas e corporais, pelos gestos que produzem e os sons que fazem, além de adquirir noções de dança e ritmo. 22 COMO PODEMOS CRIAR? A CRIATIVIDADE É MUITO IMPORTANTE NA ARTE. DE QUE MANEIRA VOCÊ COSTUMA CRIAR? QUE MATERIAIS VOCÊ UTILIZA? 1. DE QUE MATERIAL ESSA ESCULTURA FOI FEITA? 2. DESCREVA ESSA ESCULTURA. 3. VOCÊ JÁ VIU UMA ESCULTURA? ONDE? COMO ELA ERA? CONECTANDO IDEIAS g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 22 22/12/17 11:26 23 ESCULTURA DE HEATHER JANSCH. PROJETO ÉDEN, EM BODELVA, INGLATERRA. FS R 1/ A L A M Y /F O TO A R E N A g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 23 22/12/17 11:26 g19_mdn_mp_2pma_u2_p022a035.indd 22 23/12/17 14:32 23 • A artista britânica Heather Jansch, por meio de suas obras de arte, manifes- ta seu amor pelos animais, especial- mente os cavalos. Embora tenha ini- ciado sua carreira como pintora, foi com a escultura que se realizou. Uti- lizando materiais naturais que o mar trazia à costa, como galhos, raízes e troncos de árvore, a artista começou a montar esses materiais para criar animais em tamanho real. • Um dos aspectos interessantes em relação ao processo de criação dessa artista é usar os materiais coletados sem grandes interferências, ou seja, ela não corta nem modifica sua forma original, apenas os une em uma es- pécie de escultura “quebra-cabeça”. Amplie seus conhecimentos • No site a seguir (em inglês), você pode conhecer mais sobre a artista Heather Jansch e as varia- das obras de arte que ela criou. Disponível em: <http://www.heatherjansch.com/>. Acesso em: 6 dez. 2017. Conectando ideias 1. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respondam que a obra é feita de madeira. Incentive-os a comentar mais sobre o que perce- bem, questionando-os acerca da relação entre tema e material. 2. Resposta pessoal. O objetivo da questão é que o aluno consiga imaginar a fim de reconhecer como se dá a produção de uma obra como a escultura apresen- tada, especialmente por seu ta- manho e materialidade. Ajude-os a descrever os procedimentos apresentando mais informações sobre a obra e a artista. 3. Resposta pessoal. Para forma- lizar e verificar o que os alunos sabem sobre esse tipo de obra, você pode solicitar que façam um desenho que represente uma escultura que eles pró- prios conheçam ou pedir que demostrem essa escultura com expressões faciais e corporais. 22 COMO PODEMOS CRIAR? A CRIATIVIDADE É MUITO IMPORTANTE NA ARTE. DE QUE MANEIRA VOCÊ COSTUMA CRIAR? QUE MATERIAIS VOCÊ UTILIZA? 1. DE QUE MATERIAL ESSA ESCULTURA FOI FEITA? 2. DESCREVA ESSA ESCULTURA. 3. VOCÊ JÁ VIU UMA ESCULTURA? ONDE? COMO ELA ERA? CONECTANDO IDEIAS g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 22 22/12/17 11:26 23 ESCULTURA DE HEATHER JANSCH. PROJETO ÉDEN, EM BODELVA, INGLATERRA. FS R 1/ A L A M Y /F O TO A R E NA g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 23 22/12/17 11:26 g19_mdn_mp_2pma_u2_p022a035.indd 23 23/12/17 14:32 24 Destaques da BNCC • A atividade possibilita ao aluno a ex- perimentação e a criação artística utilizando linguagem diferenciada, de modo individual, e que dialogue com as demais produções. Desse modo, são estimuladas as habilidades EF15AR04, EF15AR05 e EF15AR06. • A produção artística desenvolve a Competência geral 3, descrita an- teriormente, e o Tema contempo- râneo Diversidade Cultural. Além disso, no processo de criação com materiais sustentáveis, o aluno tem contato com o Tema contemporâneo Preservação do Meio Ambiente e a Competência geral 7. • As questões da página possuem res- postas pessoais, mas todas partem da observação. Conduza a atividade de modo coletivo, para que todos os alunos consigam expor suas consi- derações. • EF15AR04: Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não convencionais. • EF15AR05: Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborati- vo, explorando diferentes espaços da escola e da comunidade. • EF15AR06: Dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. • Competência geral 7: Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e pro- movam os direitos humanos e a consciência socioambiental em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. Objetivos • Conhecer as várias linguagens da arte e as possibilidades de criação. • Identificar elementos e recursos expressivos das artes visuais. • Entender a criação artística usan- do materiais não convencionais. • Relacionar diferentes produções e identificar suas técnicas com base na observação. • Produzir arte usando uma técnica diferenciada de composição. • Desenvolver a capacidade de criar imagens. Saberes integrados • Desenvolva uma atividade com a dis- ciplina de Ciências. Pergunte o que os alunos percebem além do homem na imagem. Peça-lhes que citem os vegetais e as flores que conseguem identificar na imagem. 24 CRIANDO IMAGENS1 OBSERVE ESTA IMAGEM. VERTUMNUS, DE GIUSEPPE ARCIMBOLDO. ÓLEO SOBRE PAINEL, 70 CM ≥ 58 CM. 1590-1591. CASTELO SKOKLOSTER, ESTOCOLMO, SUÉCIA. 1. O QUE ESSA OBRA REPRESENTA? 2. EM SUA OPINIÃO, COMO ELA FOI FEITA? CEREJAS, ERVILHAS, FLORES, MAÇÃS... A COMBINAÇÃO DESSES VEGETAIS FORMOU A FIGURA DE UM HOMEM. QUEM PINTOU ESSE QUADRO FOI O ARTISTA ITALIANO GIUSEPPE ARCIMBOLDO (1527-1593). ELE CRIOU DIVERSAS PINTURAS RETRATANDO PERSONAGENS QUE ERAM FORMADAS POR FRUTAS, LEGUMES E TAMBÉM GALHOS SECOS, LIVROS E VÁRIOS OUTROS OBJETOS. AUTORRETRATO, DE ARCIMBOLDO. CANETA E LÁPIS SOBRE PAPEL, 23 CM ≥ 15,7 CM. 1575. GALERIA NACIONAL DE PRAGA, REPÚBLICA TCHECA. 2. Resposta pessoal. Incentive os alunos a expressarem suas opiniões. Verifique se eles cogitam diferentes possibilidades de método de trabalho do artista; ele pode tanto ter montado a figura com os vegetais para depois pintar, quanto pode ter composto a figura a partir de sua própria imaginação. 1. Resposta pessoal. Verifique se os alunos percebem que a obra retrata um homem. C A S T E LO S K O K LO S T E R , E S TO C O LM O , S U É C IA G A LE R IA N A C IO N A L D E P R A G A , R E P Ú B LI C A T C H E C A g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 24 22/12/17 11:26 25 3. O QUE OS ARTISTAS RETRATARAM EM CADA UMA DESSAS OBRAS? 4. QUE SENSAÇÃO CADA UMA DELAS PROVOCOU EM VOCÊ? 5. VOCÊ CONSEGUE IDENTIFICAR OS MATERIAIS QUE OS ARTISTAS UTILIZARAM NESSAS OBRAS? 6. E VOCÊ, QUE MATERIAL UTILIZARIA PARA CRIAR UMA OBRA? MUITOS ARTISTAS BUSCAM NA NATUREZA OS MATERIAIS PARA COMPOR SUAS OBRAS. ESSE É O CASO DE HEATHER JANSCH, APRESENTADA NA ABERTURA DESTA UNIDADE. VEJA OUTRO EXEMPLO, NO TRABALHO DO ARTISTA ANDREW ROGERS. EM SEGUIDA, OBSERVE A OBRA DE VIK MUNIZ, FEITA COM MATERIAIS DO COTIDIANO. MEDUSA MARINARA, DE VIK MUNIZ. TÉCNICA MISTA, 30 CM ≥ 30 CM. 1999. INSTITUTO DE ARTE DE CHICAGO, ESTADOS UNIDOS. BUNJIL, DE ANDREW ROGERS. GEOGLIFO, 100 M DE LARGURA. YOU YANGS, AUSTRÁLIA, 2006. Resposta pessoal. Incentive os alunos a socializarem suas respostas e a justificarem o porquê de suas escolhas. Resposta pessoal. Verifique se os alunos percebem que a obra de Rogers foi feita Resposta pessoal. Estimule os alunos a compartilharem suas opiniões. 3. A obra de Andrew Rogers representa um pássaro, e a de Vik Muniz, a figura mitológica Medusa. com pedras, e Vik Muniz usou macarrão e molho de tomate. B JO R N S V E N S S O N /A L A M Y /G LO W IM A G E S - Y O U Y A N G S , V IC TO R IA , A U S T R A LI A © M U N IZ , V IK /A U T V IS , B R A S IL , 2 01 7 – IN S T IT U TO D E A R T E D E C H IC A G O , E U A g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 25 22/12/17 11:26 g19_mdn_mp_2pma_u2_p022a035.indd 24 23/12/17 14:32 25 • Pergunte o que eles veem. Espera-se que a primeira imagem deve susci- tar resposta imediata, enquanto a da Medusa gere a resposta de que se trata de uma mulher, sem identifica- ção do mito. • Explore as sensações produzidas pelas imagens. Desafie-os a per- ceber a diferença de tamanho entre as obras. Explique que 100 metros equivalem aproximadamente a um- campo de futebol, e 30 centímetros é o tamanho de uma régua. • A resposta à questão 6 é pessoal, mas é possível instigar os alunos quanto à percepção desses mate- riais. Explique sobre as técnicas e pergunte se eles já haviam visto es- sas obras ou alguma parecida. • Para a questão 7, fale com os alunos sobre as possibilidades de procedi- mentos artísticos e as materialida- des. Cite e mostre obras de outros artistas, como alguns nomes da Land Art, as obras de Frans Krajc- berg, o trabalho Natureza Urbana do grupo BijaRi, o Ateliê Mata Adentro de Rodrigo Bueno, entre outros artis- tas que considerar pertinentes. • As obras de arte dos artistas citados têm em comum a preocupação com os danos ambientais, a ecologia e a relação do homem com a natureza. Questione os alunos a respeito do que eles pensam sobre o relaciona- mento do ser humano com o meio ambiente? • Sugira a eles que elaborem um pro- jeto no qual deverá constar, por meio da escrita e das ilustrações, o tipo de obra que fariam (pintura, escultura, intervenção urbana ou instalação), os materiais que seriam utilizados, e o local em que esses trabalhos se- riam expostos. • Auxilie-os na confecção desse pro- jeto, principalmente em relação aos procedimentos artísticos, pois é ne- cessário que conheçam com clareza as características de cada um. • Estimule a reflexão dos alunos acerca do que é criatividade e das diversas possibilidades de criação artística. Mais atividades • Saia com os alunos e observe as árvores e flores na escola. Peça que escolham alguma para fazerem um desenho de observação. • Proponha a coleta de materiais como galhos pequenos, folhas, grama, sementes, etc. • Trabalhe com placa de MDF ou tecido de algodão cru como suporte, tamanho 20 cm x 30 cm. • Peça a eles que organizem os materiais coletados sobre o suporte de modo a representar o de- senho de observação que fizeram. • Quando a composição estiver organizada, cole com cola branca. • Organize uma exposição dos trabalhos. 24 CRIANDO IMAGENS1 OBSERVE ESTA IMAGEM. VERTUMNUS, DE GIUSEPPE ARCIMBOLDO. ÓLEO SOBRE PAINEL, 70 CM ≥ 58 CM. 1590-1591. CASTELO SKOKLOSTER, ESTOCOLMO, SUÉCIA. 1. O QUE ESSA OBRA REPRESENTA? 2. EM SUA OPINIÃO, COMO ELA FOI FEITA? CEREJAS, ERVILHAS, FLORES, MAÇÃS... A COMBINAÇÃO DESSES VEGETAIS FORMOU A FIGURADE UM HOMEM. QUEM PINTOU ESSE QUADRO FOI O ARTISTA ITALIANO GIUSEPPE ARCIMBOLDO (1527-1593). ELE CRIOU DIVERSAS PINTURAS RETRATANDO PERSONAGENS QUE ERAM FORMADAS POR FRUTAS, LEGUMES E TAMBÉM GALHOS SECOS, LIVROS E VÁRIOS OUTROS OBJETOS. AUTORRETRATO, DE ARCIMBOLDO. CANETA E LÁPIS SOBRE PAPEL, 23 CM ≥ 15,7 CM. 1575. GALERIA NACIONAL DE PRAGA, REPÚBLICA TCHECA. 2. Resposta pessoal. Incentive os alunos a expressarem suas opiniões. Verifique se eles cogitam diferentes possibilidades de método de trabalho do artista; ele pode tanto ter montado a figura com os vegetais para depois pintar, quanto pode ter composto a figura a partir de sua própria imaginação. 1. Resposta pessoal. Verifique se os alunos percebem que a obra retrata um homem. C A S T E LO S K O K LO S T E R , E S TO C O LM O , S U É C IA G A LE R IA N A C IO N A L D E P R A G A , R E P Ú B LI C A T C H E C A g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 24 22/12/17 11:26 25 3. O QUE OS ARTISTAS RETRATARAM EM CADA UMA DESSAS OBRAS? 4. QUE SENSAÇÃO CADA UMA DELAS PROVOCOU EM VOCÊ? 5. VOCÊ CONSEGUE IDENTIFICAR OS MATERIAIS QUE OS ARTISTAS UTILIZARAM NESSAS OBRAS? 6. E VOCÊ, QUE MATERIAL UTILIZARIA PARA CRIAR UMA OBRA? MUITOS ARTISTAS BUSCAM NA NATUREZA OS MATERIAIS PARA COMPOR SUAS OBRAS. ESSE É O CASO DE HEATHER JANSCH, APRESENTADA NA ABERTURA DESTA UNIDADE. VEJA OUTRO EXEMPLO, NO TRABALHO DO ARTISTA ANDREW ROGERS. EM SEGUIDA, OBSERVE A OBRA DE VIK MUNIZ, FEITA COM MATERIAIS DO COTIDIANO. MEDUSA MARINARA, DE VIK MUNIZ. TÉCNICA MISTA, 30 CM ≥ 30 CM. 1999. INSTITUTO DE ARTE DE CHICAGO, ESTADOS UNIDOS. BUNJIL, DE ANDREW ROGERS. GEOGLIFO, 100 M DE LARGURA. YOU YANGS, AUSTRÁLIA, 2006. Resposta pessoal. Incentive os alunos a socializarem suas respostas e a justificarem o porquê de suas escolhas. Resposta pessoal. Verifique se os alunos percebem que a obra de Rogers foi feita Resposta pessoal. Estimule os alunos a compartilharem suas opiniões. 3. A obra de Andrew Rogers representa um pássaro, e a de Vik Muniz, a figura mitológica Medusa. com pedras, e Vik Muniz usou macarrão e molho de tomate. B JO R N S V E N S S O N /A L A M Y /G LO W IM A G E S - Y O U Y A N G S , V IC TO R IA , A U S T R A LI A © M U N IZ , V IK /A U T V IS , B R A S IL , 2 01 7 – IN S T IT U TO D E A R T E D E C H IC A G O , E U A g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 25 22/12/17 11:26 g19_mdn_mp_2pma_u2_p022a035.indd 25 23/12/17 14:32 26 Destaques da BNCC • Ao apreciar obras de arte que dia- logam com questões ambientais e executar a atividade proposta, são proporcionadas ao aluno a reflexão e a experimentação com base na cria- ção artística com materiais diversifi- cados e em procedimentos diferen- ciados, pois o objetivo é desenvolver a imaginação, a criação individual e o diálogo, contemplando assim as habilidades EF15AR04, EF15AR05 e EF15AR06, descritas anteriormente, e o Tema contemporâneo Preserva- ção do Meio Ambiente. • A atividade deve ser conduzida re- tomando as imagens da página 24. Saliente que elas representam a ima- gem de um homem composto por vegetais e flores. • Explique que nesta atividade eles terão a possibilidade de criar algo seme- lhante, mas com técnica de colagem. • Disponibilize revistas que conte- nham várias imagens coloridas e oriente-os a recortá-las a fim de criar uma figura humana. Explique-lhes que a proposta é usar tanto partes humanas quanto não humanas para compor a imagem. • Solicite que organizem a composi- ção sobre a folha de papel sulfite an- tes de colarem-na. Isso garante um resultado melhor. • Depois de pronto, organize os alunos em roda, pedindo-lhes que obser- vem os trabalhos para, em seguida, expressarem suas opiniões. Mais atividades • Proponha aos alunos uma atividade de co- leta e exploração das formas de caixas de papelão, com o propósito de despertar a consciência ambiental. • Os alunos devem escolher embalagens de formatos variados, desmontá-las e remon- tá-las pelo lado avesso para perceberem como são feitas e também se desvincula- rem dos rótulos, já que muitos escolhem a caixa por seu conteúdo. Isso também con- tribui para a fixação da tinta, pois o lado ex- terno geralmente é plastificado, o que faz a tinta descascar. • Eles devem construir suas esculturas (figu- rativas ou não) com as caixas escolhidas usando cola branca, fita-crepe ou cola de silicone fria. Podem ser utilizados outros materiais para os detalhes. Para pintar, use tinta PVA. Impermeabilize com verniz ou cola branca, se desejar. • Exponha e finalize conversando sobre a importância do descarte adequado do lixo para não poluir a natureza. 26 ATIVIDADES •REVISTAS •TESOURA COM PONTAS ARREDONDADAS •COLA BRANCA •PAPEL SULFITE MATERIAIS COMO FAZER 1. VOCÊ SABIA QUE É POSSÍVEL CRIAR PERSONAGENS COM COLAGENS DE FIGURAS RECORTADAS DE REVISTAS? VAMOS TENTAR? RECORTE ELEMENTOS DE REVISTAS PARA MONTAR UMA PERSONAGEM. ORGANIZE E COLE AS FIGURAS QUE VOCÊ RECORTOU, FORMANDO UMA PERSONAGEM. B A FO TO S : J O S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 26 22/12/17 11:26 27 FAZENDO MÍMICA2 USAR O CORPO É UMA ÓTIMA MANEIRA DE NOS EXPRESSARMOS. COM O CORPO, EMITIMOS SINAIS QUE SÃO FACILMENTE ENTENDIDOS POR TODOS. OBSERVE AS IMAGENS ABAIXO. CBA 1. O QUE CADA UMA DESSAS PESSOAS ESTÁ FAZENDO? 2. OBSERVE A IMAGEM AO LADO. EM SUA OPINIÃO, O QUE O GESTO DE MARCEL MARCEAU REPRESENTA? APRESENTAÇÃO DE MARCEL MARCEAU, EM PARIS, FRANÇA, 1982. NAS ARTES CÊNICAS, OS MOVIMENTOS CORPORAIS E FACIAIS SÃO UTILIZADOS PELOS ARTISTAS PARA CRIAREM MÍMICA. POR MEIO DA MÍMICA, É POSSÍVEL EXPRESSAR IDEIAS E PENSAMENTOS APENAS FAZENDO SINAIS, SEM USAR A FALA. 1. Na imagem A, a pessoa está cobrindo a boca, indicando que não pode falar. O homem da imagem B está cobrindo a boca enquanto boceja, e a mulher da imagem C está fazendo um gesto que pede silêncio. Resposta pessoal. Estimule os alunos a interpretarem a imagem e compartilharem suas opiniões. W A Y H O M E S T U D IO /S H U T T E R S TO C K FI LE 4 04 /S H U T T E R S TO C K M IC H A E L H E IM /S H U T T E R S TO C K D A N IE L S IM O N /G A M M A -R A P H O /G E T T Y IM A G E S g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 27 22/12/17 11:26 g19_mdn_mp_2pma_u2_p022a035.indd 26 23/12/17 14:32 27 Destaques da BNCC • Conhecer e ser capaz de identificar os diferentes tipos de arte, tradicio- nais e contemporâneos, além de ter a possibilidade de elaborar uma cria- ção livre explorando essas pluralida- des, o que estimula as habilidades EF15AR01 e EF15AR05, descritas anteriormente. • Ao conhecer um novo tipo de mani- festação artística e ter a possibilidade de criar com base nesse conheci- mento, desenvolve-se a habilidade EF15AR23. • O Tema contemporâneo Diversida- de Cultural e a Competência geral 3, descrita anteriormente, são também contemplados, pois a proposta pos- sibilita a fruição das diferenciadas formas de manifestação artística. • Na questão 1, estimule os alunos a explicarem os gestos que observam: O que cada pessoa está fazendo? Eles podem imitar os gestos para auxiliar na interpretação. • Para a questão 2, incentive-os a rela- cionar a imagem de Marcel Marceau com as imagens anteriores: Existe semelhança? Explique que o corpo humano e os gestos cotidianos são formas expressivas de maneira que, mesmo sem emitir palavra alguma, conseguimos nos fazer entendidos por meio de gestos. Explique que existem a linguagem verbal (sons e escrita), a verbo-visual (sons e gestos) e a não verbal (gestos). Mostre como os gestos do dia a dia podem servir como ferramentas expressivas. • EF15AR23: Reconhecer e experimentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas. Mais atividades • Proponha aos alunos uma“Aula Muda”. Explique que por 10 minutos toda a comunicação na sala de aula só pode ser feita por meio de gestos. • Como precisam ser compreendidos apenas com os gestos, oriente-os a refletir sobre seu corpo e sua gestualidade para que o outro o compreenda. • Decorridos os 10 minutos, converse com os alunos acerca da experiência e questione se é mais difícil evitar a fala ou expressar-se por gestos. Objetivos • Aproximar das possibilidades criativas e expressivas gestos do cotidiano. • Conseguir desenvolver sua ex- pressão corporal com a mímica, enfatizando o processo criativo. • Conhecer as possibilidades de expressão através do corpo. • Perceber o corpo humano como suporte para a arte. • Ser capaz de identificar ações cotidianas nos gestos mímicos. • Expressar-se corporalmente com jogos de mímica. 26 ATIVIDADES •REVISTAS •TESOURA COM PONTAS ARREDONDADAS •COLA BRANCA •PAPEL SULFITE MATERIAIS COMO FAZER 1. VOCÊ SABIA QUE É POSSÍVEL CRIAR PERSONAGENS COM COLAGENS DE FIGURAS RECORTADAS DE REVISTAS? VAMOS TENTAR? RECORTE ELEMENTOS DE REVISTAS PARA MONTAR UMA PERSONAGEM. ORGANIZE E COLE AS FIGURAS QUE VOCÊ RECORTOU, FORMANDO UMA PERSONAGEM. B A FO TO S : J O S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 26 22/12/17 11:26 27 FAZENDO MÍMICA2 USAR O CORPO É UMA ÓTIMA MANEIRA DE NOS EXPRESSARMOS. COM O CORPO, EMITIMOS SINAIS QUE SÃO FACILMENTE ENTENDIDOS POR TODOS. OBSERVE AS IMAGENS ABAIXO. CBA 1. O QUE CADA UMA DESSAS PESSOAS ESTÁ FAZENDO? 2. OBSERVE A IMAGEM AO LADO. EM SUA OPINIÃO, O QUE O GESTO DE MARCEL MARCEAU REPRESENTA? APRESENTAÇÃO DE MARCEL MARCEAU, EM PARIS, FRANÇA, 1982. NAS ARTES CÊNICAS, OS MOVIMENTOS CORPORAIS E FACIAIS SÃO UTILIZADOS PELOS ARTISTAS PARA CRIAREM MÍMICA. POR MEIO DA MÍMICA, É POSSÍVEL EXPRESSAR IDEIAS E PENSAMENTOS APENAS FAZENDO SINAIS, SEM USAR A FALA. 1. Na imagem A, a pessoa está cobrindo a boca, indicando que não pode falar. O homem da imagem B está cobrindo a boca enquanto boceja, e a mulher da imagem C está fazendo um gesto que pede silêncio. Resposta pessoal. Estimule os alunos a interpretarem a imagem e compartilharem suas opiniões. W A Y H O M E S T U D IO /S H U T T E R S TO C K FI LE 4 04 /S H U T T E R S TO C K M IC H A E L H E IM /S H U T T E R S TO C K D A N IE L S IM O N /G A M M A -R A P H O /G E T T Y IM A G E S g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 27 22/12/17 11:26 g19_mdn_mp_2pma_u2_p022a035.indd 27 23/12/17 14:32 28 • Explore a imagem com os alunos. Primeiramente, peça que digam tudo o que veem: as pessoas, os objetos, as construções. • Depois, pergunte sobre o cenário; verifique se eles conseguem identi- ficar em que tipo de lugar se passa a cena. • Questione sobre o que eles acham que os quatro homens estão fazen- do. Deixem que formulem suas opi- niões e as exponham. Incentive-os a usar a imaginação para interpretar. • Utilize o texto para explicar sobre o surgimento da mímica e faça-os re- fletir acerca da seguinte pergunta: Se vocês viajassem para um lugar cujo idioma fosse diferente do seu, e ninguém falasse a sua língua, qual seria a maneira mais fácil de se co- municar? • Durante 60 anos, o artista francês Marcel Marceau viajou pelo mundo com suas apresentações de mímica. O artista fasci- nou o mundo com sua arte sem palavras. Durante a Segunda Guerra Mundial, usava sua arte como forma de resistência, utili- zando a expressão artística para fazer de- núncias sociais. • Marcel Marceau se inspirava em Charlie Chaplin. Apresentou-se como seu perso- nagem Bip até o fim da vida, morrendo aos 84 anos como consagrado mestre da pan- tomima (nome dado à arte da mímica). • Charlie Chaplin nasceu em 1889 e tornou- -se o maior expoente mundial da arte da mímica. Sua personagem mais famosa foi Carlitos, de caráter engraçado e que de- nunciava as injustiças sociais. • Foi um representante do cinema mudo e teve seus filmes proibidos na Alemanha nazista, por criticarem o sistema autoritá- rio em vigor durante o período. Faleceu em 1977 como ator e diretor de cinema con- sagrado. A MÍMICA NO CINEMA 28 COMO SURGIU A MÍMICA A MÍMICA É UMA ARTE BASTANTE ANTIGA. ELA SE TORNOU MAIS POPULAR HÁ CERCA DE 500 ANOS, QUANDO OS ARTISTAS VIAJAVAM POR VÁRIOS LUGARES FAZENDO SUAS APRESENTAÇÕES. COMO EM CADA LUGAR AS PESSOAS FALAVAM UMA LÍNGUA DIFERENTE, OS ARTISTAS DESENVOLVERAM UMA TÉCNICA PARA SEREM COMPREENDIDOS. ASSIM, COMEÇARAM A USAR OS GESTOS PARA QUE TODOS ENTENDESSEM AS HISTÓRIAS ENCENADAS. A PINTURA ABAIXO RETRATA UMA DESSAS APRESENTAÇÕES. CHARLIE CHAPLIN EM CENA DO FILME EM BUSCA DO OURO, 1925. TUMBA DO MESTRE ANDRÉ, CENA DE COMMEDIA DELL’ARTE, DE CLAUDE GILLOT. ÓLEO SOBRE TELA, 100 CM ≥ 139 CM. SÉCULO 18. MUSEU DO LOUVRE, PARIS, FRANÇA. COM O SURGIMENTO DO CINEMA, O ATOR E DIRETOR INGLÊS CHARLIE CHAPLIN (1889-1977) TORNOU MUNDIALMENTE POPULAR A ENCENAÇÃO MÍMICA EM SEUS FILMES, POR MEIO DO CINEMA MUDO. U N IT E D A R T IS T S /A LB U M /L A T IN S TO C K D E A G O S T IN I P IC T U R E L IB R A R Y /G . D A G LI O R T I/ B R ID G E M A N /E A S Y P IX - M U S E U D O L O U V R E , P A R IS , F R A N Ç A g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 28 22/12/17 11:26 29 3. EM CADA IMAGEM, O QUE OS ARTISTAS ESTÃO EXPRESSANDO POR MEIO DA MÍMICA? OBSERVE AS IMAGENS ABAIXO. C B A EXPRESSÕES FACIAIS REVELAM EMOÇÕES E SENTIMENTOS. OBSERVE AS EXPRESSÕES FACIAIS DOS COLEGAS PARA CONHECÊ-LOS MELHOR. Resposta pessoal. Na imagem A, a personagem está confusa; na imagem B, a personagem está assustada. Na imagem C, as personagens estão felizes e surpresas. Y U R IY G O LU B / S H U T T E R S TO C K A R T FA M IL Y /S H U T T E R S TO C K L JU P C O S M O K O V S K I/ S H U T T E R S TO C K g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 29 22/12/17 11:26 g19_mdn_mp_2pma_u2_p022a035.indd 28 23/12/17 14:32 29 • Observe com os alunos as imagens A, B e C. Incentive-os a falar o que acham que cada personagem está fazendo. Deixe que todos exponham suas opiniões. • Proponha uma atividade comple- mentar para a questão. Separe os alunos em duplas e solicite a cada uma que crie uma breve cena com os gestos das imagens. • Explique aos alunos que eles podem inserir outras expressões corporais, além das três expressões das ima- gens, que devem obrigatoriamente fazer parte da atividade. • Cada dupla deve apresentar sua cena para que os demais tentem adi- vinhar o que ela representa. • Você também pode prepará-los para a próxima atividade. Escreva diver- sas expressões (surpresa, medo, alegria, dúvida, etc.) em um papel, sorteie um aluno e uma expressão para ser desenvolvida com mímicas. Repita até que todos se expressem. • Leia o texto abaixo sobre a finalidade do jogo teatral escolar. [...] A finalidade do jogo teatral na educação escolar é o crescimento pessoal e o desenvolvi- mento cultural dos jogadores por meio do domínio, da comunicação e do uso interativo da linguagem teatral, numa perspectiva improvisacional ou lúdica. O princípio do jogo teatral é o mesmo da improvisação teatral, ou seja, a comunicação que emerge da espontaneidade das interações entre sujeitos engajados na solução cênica de um problema de atuação. JAPIASSU, Ricardo Ottoni Vaz. Metodologia do Ensino do Teatro. Campinas, SP: Papirus, 2001. p. 26. • Estimule a percepção dos alunos quanto às expressões faciais de seus colegas, retomando que certos movimentos e gestos são relacionados a emoções. Atitude legal A MÍMICA NO CINEMA 28 COMO SURGIU A MÍMICA A MÍMICA É UMA ARTE BASTANTE ANTIGA. ELA SE TORNOU MAIS POPULAR HÁ CERCA DE 500 ANOS, QUANDO OS ARTISTAS VIAJAVAM POR VÁRIOS LUGARES FAZENDO SUAS APRESENTAÇÕES. COMO EM CADA LUGAR AS PESSOAS FALAVAM UMA LÍNGUA DIFERENTE, OS ARTISTAS DESENVOLVERAM UMA TÉCNICA PARA SEREM COMPREENDIDOS.ASSIM, COMEÇARAM A USAR OS GESTOS PARA QUE TODOS ENTENDESSEM AS HISTÓRIAS ENCENADAS. A PINTURA ABAIXO RETRATA UMA DESSAS APRESENTAÇÕES. CHARLIE CHAPLIN EM CENA DO FILME EM BUSCA DO OURO, 1925. TUMBA DO MESTRE ANDRÉ, CENA DE COMMEDIA DELL’ARTE, DE CLAUDE GILLOT. ÓLEO SOBRE TELA, 100 CM ≥ 139 CM. SÉCULO 18. MUSEU DO LOUVRE, PARIS, FRANÇA. COM O SURGIMENTO DO CINEMA, O ATOR E DIRETOR INGLÊS CHARLIE CHAPLIN (1889-1977) TORNOU MUNDIALMENTE POPULAR A ENCENAÇÃO MÍMICA EM SEUS FILMES, POR MEIO DO CINEMA MUDO. U N IT E D A R T IS T S /A LB U M /L A T IN S TO C K D E A G O S T IN I P IC T U R E L IB R A R Y /G . D A G LI O R T I/ B R ID G E M A N /E A S Y P IX - M U S E U D O L O U V R E , P A R IS , F R A N Ç A g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 28 22/12/17 11:26 29 3. EM CADA IMAGEM, O QUE OS ARTISTAS ESTÃO EXPRESSANDO POR MEIO DA MÍMICA? OBSERVE AS IMAGENS ABAIXO. C B A EXPRESSÕES FACIAIS REVELAM EMOÇÕES E SENTIMENTOS. OBSERVE AS EXPRESSÕES FACIAIS DOS COLEGAS PARA CONHECÊ-LOS MELHOR. Resposta pessoal. Na imagem A, a personagem está confusa; na imagem B, a personagem está assustada. Na imagem C, as personagens estão felizes e surpresas. Y U R IY G O LU B / S H U T T E R S TO C K A R T FA M IL Y /S H U T T E R S TO C K L JU P C O S M O K O V S K I/ S H U T T E R S TO C K g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 29 22/12/17 11:26 g19_mdn_mp_2pma_u2_p022a035.indd 29 23/12/17 14:32 30 Destaques da BNCC • A atividade com mímica possibilita o desenvolvimento da percepção corporal e da imaginação, além da criação individual e em grupo, explo- rando a construção do espaço cêni- co em sala de aula, o que estimula as habilidades EF15AR01 e EF15AR05, descritas anteriormente. • A proposta também possibilita a ex- perimentação em uma linguagem ar- tística diferenciada, desenvolvendo a habilidade EF15AR23 e a Competên- cia geral 3, descritas anteriormente, e valorizando o Tema contemporâ- neo Diversidade Cultural. • Para realizar a atividade, atente para a preparação do espaço. Portanto, de- senvolva com os alunos a noção de espaço cênico, explicando que exis- tem a arena (palco no espaço central cujo público senta-se ao redor) e o palco italiano (modelo comum de tea- tro, com o palco em um nível elevado à frente do público, que se acomoda em poltronas enfileiradas). Feito isso, informe que eles vão se organizar como em uma arena. Para isso, solici- te que afastem as carteiras da sala de aula formando um círculo. No centro, oriente-os a marcar o espaço cênico com giz no chão. • Prepare os cartões com antecedên- cia. Para isso, você pode utilizar pe- quenos retângulos de papel colorido com recortes de fotografias, de pro- fissões, animais, esportes, etc. cola- dos em uma de suas faces. • Todos os alunos devem participar da atividade. Divida a turma em grupos de quatro ou cinco alunos. Sorteie um aluno de cada grupo para ser o representante. Ele ficará responsá- vel por sortear o cartão que o grupo deve desenvolver com mímica. • Controle o tempo para a execução e adivinhação, a fim de que todos te- nham as mesmas chances. Todos os alunos do grupo devem executar mímicas, portanto faça um rodízio entre eles. Acompanhando a aprendizagem • Organize os alunos em uma roda de conversa para verificar a aprendizagem até aqui. • Comece perguntando em quais tipos de arte o artista usa as mãos para criar. • Questione se eles se lembram das imagens trabalhadas e qual consideram mais interessante até o momento. Peça que justifiquem a escolha. • Peça que representem com um desenho a imagem de que mais gostaram na unidade. • Sobre mímica, pergunte se eles se recordam de como essa arte surgiu e o que eles acharam das atividades. Deixe que todos exponham suas opiniões. 30 ATIVIDADES 1. A MÍMICA TAMBÉM PODE SER UMA FORMA DE DIVERSÃO. VAMOS REALIZAR UM JOGO DE MÍMICA. •COM A AJUDA DO PROFESSOR, A TURMA VAI FORMAR GRUPOS. ELE IRÁ ENTREGAR A UM REPRESENTANTE DE CADA GRUPO ALGUNS CARTÕES COM IMAGENS. OS DEMAIS PARTICIPANTES DO GRUPO NÃO PODEM VER OS CARTÕES. •UM PARTICIPANTE DE UM GRUPO VAI ATÉ O CENTRO DA SALA, E O SEU REPRESENTANTE LHE MOSTRA UM CARTÃO. ESSE PARTICIPANTE TERÁ QUE FAZER MÍMICA PARA QUE O RESTANTE DO GRUPO TENTE ADIVINHAR O QUE ESTÁ NO CARTÃO. •QUANDO O GRUPO DESCOBRIR A RESPOSTA OU O TEMPO DETERMINADO PELO PROFESSOR ACABAR, SERÁ A VEZ DE OUTRO GRUPO FAZER A REPRESENTAÇÃO. •CADA ACERTO VALERÁ UM PONTO E A CADA RODADA DEVE SER MUDADO O PARTICIPANTE QUE FARÁ A MÍMICA. VENCE O JOGO O GRUPO QUE DESVENDAR A MAIOR QUANTIDADE DE MÍMICAS. R A ÍS S A B U LH Õ E S g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 30 22/12/17 11:26 31 MOVIMENTANDO O CORPO3 COMBINANDO MOVIMENTOS DO CORPO NO ESPAÇO, PODEMOS NOS EXPRESSAR DE MANEIRA CRIATIVA. UM EXEMPLO DISSO É A DANÇA DE RUA. OBSERVE A IMAGEM. 1. O QUE AS PESSOAS NA FOTO ESTÃO FAZENDO? 2. COMO VOCÊ DESCOBRIU A RESPOSTA? 3. VOCÊ JÁ ASSISTIU A UMA APRESENTAÇÃO DE DANÇA DE RUA? CONTE PARA OS SEUS COLEGAS. APRESENTAÇÃO EM LONDRES, INGLATERRA, 2015. As pessoas estão dançando na rua. 2. Resposta pessoal. É possível que eles respondam que perceberam que Resposta pessoal. Estimule os alunos a relatarem suas experiências para os colegas. as pessoas na foto estão dançando pelos movimentos que elas estão fazendo. K E V IN G E O R G E /A L A M Y /F O TO A R E N A g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 31 22/12/17 11:26 g19_mdn_mp_2pma_u2_p022a035.indd 30 23/12/17 14:32 31 Destaques da BNCC • O reconhecimento do corpo como fonte de expressão e suporte para o desenvolvimento de diferentes ma- nifestações artísticas desenvolve as habilidades EF15AR05, descrita an- teriormente, e EF15AR08. • As atividades propostas possibilitam o conhecimento corporal, além das questões de orientação espacial e movimento, estimulando as habilida- des EF15AR09 e EF15AR10. • As propostas práticas também pos- sibilitam a criação artística e a im- provisação, além de fazer a relação entre as linguagens da dança e da pintura, desenvolvendo as habilida- des EF15AR11 e EF15AR23, descrita anteriormente. • O senso estético e corporal da dança desenvolvido pela criação estimula as Competências gerais 3 e 7, des- critas anteriormente. • Por abordar novos e diferentes tipos de manifestações, o Tema contem- porâneo Diversidade Cultural tam- bém é desenvolvido. Amplie seus conhecimentos • SILVA, Ana Cristina Ribeiro e CAR- DOSO, Ricardo. Dança de Rua. Cam- pinas: Átomo, 2011. • Origem do Breaking no Brasil. Dis- ponível em: <https://www.youtube. com/watch?v=dMNn86VHQFs>. Acesso em: 6 dez. 2017. • EF15AR08: Experimentar e apreciar formas distintas de manifestações da dança pre- sentes em diferentes contextos, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório corporal. • EF15AR09: Estabelecer relações entre as partes do corpo e destas com o todo cor- poral na construção do movimento dançado. • EF15AR10: Experimentar diferentes formas de orientação no espaço (deslocamentos, planos, direções, caminhos etc.) e ritmos de movimento (lento, moderado e rápido) na construção do movimento dançado. • EF15AR11: Criar e improvisar movimentos dançados de modo individual, coletivo e co- laborativo, considerando os aspectos estru- turais, dinâmicos e expressivos dos elemen- tos constitutivos do movimento, com base nos códigos de dança. Objetivos • Desenvolver a leitura de imagem com base na observação e na in- terpretação dos elementos. • Ser capaz de desenvolver movi- mentos corporais acompanhan- do ritmos musicais. • Reconhecer o corpo humano na arte e como fonte de expressão cotidiana. • Produzir diferentes tipos de com- posições com variadas lingua- gens artísticas. • Perceber os benefícios do movi- mento para o corpo humano. • Conhecer e identificar algumas modalidades de dança. 30 ATIVIDADES 1. A MÍMICA TAMBÉM PODE SER UMA FORMA DEDIVERSÃO. VAMOS REALIZAR UM JOGO DE MÍMICA. •COM A AJUDA DO PROFESSOR, A TURMA VAI FORMAR GRUPOS. ELE IRÁ ENTREGAR A UM REPRESENTANTE DE CADA GRUPO ALGUNS CARTÕES COM IMAGENS. OS DEMAIS PARTICIPANTES DO GRUPO NÃO PODEM VER OS CARTÕES. •UM PARTICIPANTE DE UM GRUPO VAI ATÉ O CENTRO DA SALA, E O SEU REPRESENTANTE LHE MOSTRA UM CARTÃO. ESSE PARTICIPANTE TERÁ QUE FAZER MÍMICA PARA QUE O RESTANTE DO GRUPO TENTE ADIVINHAR O QUE ESTÁ NO CARTÃO. •QUANDO O GRUPO DESCOBRIR A RESPOSTA OU O TEMPO DETERMINADO PELO PROFESSOR ACABAR, SERÁ A VEZ DE OUTRO GRUPO FAZER A REPRESENTAÇÃO. •CADA ACERTO VALERÁ UM PONTO E A CADA RODADA DEVE SER MUDADO O PARTICIPANTE QUE FARÁ A MÍMICA. VENCE O JOGO O GRUPO QUE DESVENDAR A MAIOR QUANTIDADE DE MÍMICAS. R A ÍS S A B U LH Õ E S g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 30 22/12/17 11:26 31 MOVIMENTANDO O CORPO3 COMBINANDO MOVIMENTOS DO CORPO NO ESPAÇO, PODEMOS NOS EXPRESSAR DE MANEIRA CRIATIVA. UM EXEMPLO DISSO É A DANÇA DE RUA. OBSERVE A IMAGEM. 1. O QUE AS PESSOAS NA FOTO ESTÃO FAZENDO? 2. COMO VOCÊ DESCOBRIU A RESPOSTA? 3. VOCÊ JÁ ASSISTIU A UMA APRESENTAÇÃO DE DANÇA DE RUA? CONTE PARA OS SEUS COLEGAS. APRESENTAÇÃO EM LONDRES, INGLATERRA, 2015. As pessoas estão dançando na rua. 2. Resposta pessoal. É possível que eles respondam que perceberam que Resposta pessoal. Estimule os alunos a relatarem suas experiências para os colegas. as pessoas na foto estão dançando pelos movimentos que elas estão fazendo. K E V IN G E O R G E /A L A M Y /F O TO A R E N A g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 31 22/12/17 11:26 g19_mdn_mp_2pma_u2_p022a035.indd 31 23/12/17 14:32 32 • Peça aos alunos que observem as imagens e proponha questionamen- tos como: Quais movimentos estão representados nas imagens? Quem sabe dizer como é chamado esse tipo de dança? Quais partes do corpo são movimentadas? São movimen- tos executados de forma rápida ou lenta? Que ritmo de música combina com os movimentos registrados? Destaques da BNCC • A atividade possibilita que o alu- no entenda o corpo como suporte para a arte e como um todo capaz de produzir movimentos harmôni- cos, desenvolvendo a habilidade EF15AR09, descrita anteriormente. • Ao treinar, o aluno estabelece rela- ções com o espaço e o próprio cor- po e entende como é possível criar novos movimentos, estimulando as habilidades EF15AR10 e EF15AR11, descritas anteriormente. Mais atividades • A fim de trabalhar elementos de dança do hip hop, a abordagem proporá um diálogo entre a pintura de Keith Haring e o estilo street dance. Keith Haring usa- va as linguagens da pop art e da arte de rua, trabalhando silhuetas com linhas fortes, contínuas e simplifica- das. O resultado das experiências de dança individual ou coletiva deverá culminar em uma pintura a guache ou látex em um suporte de papel Kraft em tamanho natural. • Para desenvolver esta atividade, se- rão necessárias as seguintes etapas. .Selecione vídeos do canal Street Dance no link abaixo e mostre para os alunos. Disponível em: <http://www. youtube.com/user/canalstreetdance/ videos>. Acesso em: 28 nov. 2017. .Aponte os diversos movimentos da dança, trabalhando: rolamento, sal- to, impulso, lateralidade, equilíbrio, apoio. • Monte um jogo com cartões, dese- nhando em cada um deles um dos movimentos da dança de rua. • Após apresentar os cartões, propo- nha exercícios de improvisação indi- vidual e em grupo. • Com as músicas selecionadas, divi- da a turma em grupos. Mais atividades • Proponha aos alunos a produção de um mural temporário com referências nas obras do artista Keith Haring, por exemplo, Sem título (Dança), de 1987. .Peça que façam a lápis, no caderno, um estudo dos movimentos da dança de rua. Cada aluno deve criar ao menos dois modelos. .Deixe que o aluno escolha o que mais lhe agradou para colocar no mural. .Explique que o mural é temporário, feito com giz para quadro. .Escolhidos os desenhos, oriente-os a reproduzi-los em tamanho natural no muro usando giz para lousa. Podem ser usadas cores variadas. .Fotografe para registrar o resultado. 32 1. VAMOS DANÇAR! DESENVOLVA COM OS COLEGAS OS PASSOS DE DANÇA DE RUA APRESENTADOS ABAIXO. DC B A FE ATIVIDADES V D O V IC H E N K O D E N IS /S H U T T E R S TO C K S E R G IY N / S H U T T E R S TO C K A FR IC A S T U D IO /S H U T T E R S TO C K VA L IZ A /S H U T TE R S TO C K D R A G O N IM A G E S /S H U T T E R S TO C K A FR IC A S T U D IO / S H U T T E R S TO C K g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 32 22/12/17 11:26 33 RITMANDO SONS4 OBSERVE AS IMAGENS ABAIXO. 1. O QUE ESSAS IMAGENS TÊM EM COMUM? 2. QUE SOM VOCÊ IMAGINA AO OBSERVAR CADA UMA DESSAS IMAGENS? 3. CITE OUTRAS MANEIRAS DE PRODUZIR SONS. CRIANÇA CANTANDO E BATENDO PALMAS. CRIANÇA TOCANDO TAMBOR. CRIANÇA TOCANDO VIOLINO. CRIANÇA ASSOBIANDO. Resposta pessoal. Incentive os alunos a trocarem ideias e opiniões a respeito do som que pode estar sendo produzido na situação retratada em cada uma das imagens. Em todas as imagens as crianças estão produzindo algum tipo de som. Resposta pessoal. Os alunos poderão citar outros instrumentos musicais, outras partes do corpo, a voz, objetos diversos, entre outros. A G L P H O TO G R A P H Y /S H U T T E R S TO C K M A R IA T E IJ E IR O /O JO IM A G E S /G E T T Y IM A G E S S E N S O R S P O T/ E + /G E T T Y IM A G E S B LE N D IM A G E S /S H U T T E R S TO C K g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 33 22/12/17 11:26 g19_mdn_mp_2pma_u2_p022a035.indd 32 23/12/17 14:32 33 Destaques da BNCC • O estudo proposto leva o aluno a ex- plorar as diferentes possibilidades musicais com instrumentos conven- cionais e usando o próprio corpo como suporte rítmico. Essa explora- ção permite o reconhecimento dos elementos constitutivos da música, além de incentivar a experimentação coletiva e individual na criação de partituras e ritmo próprio, estimulan- do assim as habilidades EF15AR14, EF15AR15 e EF15AR16. • A Competência geral 3, descrita an- teriormente, é também trabalhada, pois o aluno estará em contato com mais uma das diversas formas de manifestação artística, reconhecen- do sua pluralidade. • Ressalte a capacidade expressiva do corpo humano. Solicite aos alunos que prestem atenção aos movimen- tos de cada imagem. • Incentive-os a perceber as seme- lhanças entre as imagens, ou seja, as melodias, os ritmos que todos estão fazendo. • Pergunte se eles conhecem os ins- trumentos apresentados e se conhe- cem o som que cada um emite. • Oriente-os a pensar em outros obje- tos que podem produzir sons, além dos instrumentos musicais. • Pergunte se entre eles alguém toca algum instrumento e se sabem expli- car o que é ritmo. • EF15AR14: Perceber e explorar os elementos constitutivos e as propriedades sonoras da música (altura, intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de jogos, brincadeiras, canções e práticas diversas de composição/ criação, execução e apreciação musical. • EF15AR15: Explorar fontes sonoras diver- sas, como as existentes no próprio corpo (palmas, voz, percussão corporal), na natu- reza e em objetos cotidianos, reconhecendo timbres e características de instrumentos musicais variados. • EF15AR16: Explorar diferentes formas de re- gistro musical não convencional (representa- ção gráfica de sons, partituras criativas etc.), bem como procedimentos e técnicas de re- gistro em áudio e audiovisual, e reconhecer a notação musical convencional. Objetivos • Diferenciar e produzir ritmos com base em variadas possibilidades. • Aproximar-se das possibilidades expressivas e criativas dos sons. • Trabalhar com instrumentos que marcam o ritmo, como chocalhos e tambores. • Apropriar-se desses códigos rít- micos com ênfase no processo criativo. • Desenvolver a leitura de imagens com base na observação dos ele- mentos. 32 1. VAMOSDANÇAR! DESENVOLVA COM OS COLEGAS OS PASSOS DE DANÇA DE RUA APRESENTADOS ABAIXO. DC B A FE ATIVIDADES V D O V IC H E N K O D E N IS /S H U T T E R S TO C K S E R G IY N / S H U T T E R S TO C K A FR IC A S T U D IO /S H U T T E R S TO C K VA L IZ A /S H U T TE R S TO C K D R A G O N IM A G E S /S H U T T E R S TO C K A FR IC A S T U D IO / S H U T T E R S TO C K g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 32 22/12/17 11:26 33 RITMANDO SONS4 OBSERVE AS IMAGENS ABAIXO. 1. O QUE ESSAS IMAGENS TÊM EM COMUM? 2. QUE SOM VOCÊ IMAGINA AO OBSERVAR CADA UMA DESSAS IMAGENS? 3. CITE OUTRAS MANEIRAS DE PRODUZIR SONS. CRIANÇA CANTANDO E BATENDO PALMAS. CRIANÇA TOCANDO TAMBOR. CRIANÇA TOCANDO VIOLINO. CRIANÇA ASSOBIANDO. Resposta pessoal. Incentive os alunos a trocarem ideias e opiniões a respeito do som que pode estar sendo produzido na situação retratada em cada uma das imagens. Em todas as imagens as crianças estão produzindo algum tipo de som. Resposta pessoal. Os alunos poderão citar outros instrumentos musicais, outras partes do corpo, a voz, objetos diversos, entre outros. A G L P H O TO G R A P H Y /S H U T T E R S TO C K M A R IA T E IJ E IR O /O JO IM A G E S /G E T T Y IM A G E S S E N S O R S P O T/ E + /G E T T Y IM A G E S B LE N D IM A G E S /S H U T T E R S TO C K g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 33 22/12/17 11:26 g19_mdn_mp_2pma_u2_p022a035.indd 33 23/12/17 14:32 34 Destaques da BNCC • A atividade da página possibilita a criação espontânea de sons com improvisação e exploração de dife- rentes fontes sonoras corporais, de- senvolvendo a habilidade EF15AR15, descrita anteriormente, contribuindo assim para o entendimento do cor- po como suporte para a produção artística. • Também serão explorados a com- posição e o registro da criação com base nas marcações das partituras corporais, estimulando a habilidade EF15AR16, descrita anteriormente. • Ressalte a questão do corpo como instrumento musical. Explique que podemos criar partituras musicais usando partes do corpo como fonte de sons. • A atividade prioriza pés e mãos, mas explique que é possível extrair sons de diferentes partes do corpo. • Oriente-os a repetir a sequência pronta, observando as repetições de som. • Depois de repetir algumas vezes com os alunos a sequência pronta, de maneira que eles entendam a ques- tão rítmica da atividade, oriente-os a criar individualmente a sua própria partitura, usando as mãos e os pés. • Explique como a partitura pode ser construída de acordo com a intenção de ritmo e intensidade que o aluno pretende dar à composição. A varia- ção entre uma ou duas palmas e uma ou duas batidas dos pés no chão in- fluencia diretamente na sonoridade atingida. Portanto, demonstre que eles possuem liberdade de escolha sobre como conduzir a composição de sonoridade. Mais atividades • Organize os alunos em grupos e solicite a um deles que troque de partitura com o outro. • Peça a cada grupo que ensaie a composição gerada pelas partituras. • Peça que executem a composição. • Sugira que incrementem a composição inserindo outros elementos, como partes do corpo e objetos que possam ser utilizados como instrumentos (bater o lápis na carteira, passar a régua no espiral do caderno como reco-reco, etc.). • Pode-se trabalhar com a turma inteira fazendo na lousa o gráfico para a criação de uma partitura coletiva. M MM M MM M PP P PP P PP 34 1. NAS SEQUÊNCIAS ABAIXO, CADA LETRA REPRESENTA UM SOM PRODUZIDO COM PARTES DO CORPO. OBSERVE E EXECUTE CADA UMA DESSAS SEQUÊNCIAS PRODUZINDO OS SONS INDICADOS. ATIVIDADES •AGORA É A SUA VEZ! CRIE UMA SEQUÊNCIA DE SONS E, DEPOIS DE PRONTA, EXECUTE-A PARA OS COLEGAS. M: MÃO P: PÉ IL U S T R A Ç Õ E S : H E LO ÍS A P IN TA R E LL I g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 34 22/12/17 11:26 35 PARA SABER MAIS •O LIVRO DOS GESTOS E DOS SÍMBOLOS, DE RUTH ROCHA. MELHORAMENTOS, 2014. OS SÍMBOLOS E OS GESTOS SÃO FORMAS DE COMUNICAR IDEIAS E SENTIMENTOS, ASSIM COMO AS CORES TAMBÉM PODEM SER. VOCÊ SABE O QUE ESSES ELEMENTOS SIGNIFICAM? QUAIS SINAIS SÃO UNIVERSAIS? ESSE LIVRO VAI TIRAR TODAS AS SUAS DÚVIDAS. •RITMO É TUDO, DE RICARDO ELIA. SCIPIONE, 2011. ONDE PODEMOS ENCONTRAR OS RITMOS? ESSE LIVRO MOSTRA QUE TUDO TEM UM RITMO. ELE ESTÁ PRESENTE EM NOSSO COTIDIANO, ONDE MENOS ESPERAMOS. O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... • PROCESSOS DE CRIAÇÃO ARTÍSTICA? • CRIAR ARTE USANDO IMAGENS? • MATERIAIS USADOS NA CRIAÇÃO DE OBRAS DE ARTES VISUAIS? • MÍMICA? • MOVIMENTOS DO CORPO E MANIPULAÇÃO DE OBJETOS? • COREOGRAFIA? • CRIAÇÃO DE SONS E RITMOS? CAM ILA CARM ONA R E P R O D U Ç Ã O R E P R O D U Ç Ã O g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 35 22/12/17 11:26 g19_mdn_mp_2pma_u2_p022a035.indd 34 23/12/17 14:32 35 O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... • Siga o roteiro de perguntas da página para ir retomando com os alunos os assuntos trabalhados. • Proponha a realização de um jogo rítmico chamado “Tum Pá”. Mos- tre o vídeo Jogo do Tum Pá, faixa Tampa o Tempo, Tum Pá, dos Bar- batuques. Disponível em: <https:// www.youtube.com/watch?v=C_ pu-jnl4L0>. Acesso em: 25 nov. 2017. Peça que repitam a sequên- cia duas vezes. Depois, sugira que insiram outros elementos rítmicos com outras partes do corpo. • Eles podem inserir mímica e im- provisar sons, como bater na car- teira. • Para finalizar, solicite um desenho representando a brincadeira. Amplie seus conhecimentos • Nos livros a seguir, você poderá aprofundar seus conhecimentos sobre a teoria musical e encon- trar sugestões de atividades e metodologias para o ensino dessa linguagem artística. .BOSCARDI, Maria Teresa Trevisan. Musicalizando crianças: teoria e prática da educação mu- sical. Curitiba: Intersaberes, 2013. .COPLAND. Aaron. Como ouvir e entender a música. São Paulo: É Realizações, 2013. .RODRIGUES, A.; CONDE, C.; NOGUEIRA, M. Sons e Expressões: a música na educação bá- sica. Rio de Janeiro: FAPERJ, 2013. .ZAGONEL, Bernadete. Brincando com a música na sala de aula. São Paulo: Intersaberes, 2014. M MM M MM M PP P PP P PP 34 1. NAS SEQUÊNCIAS ABAIXO, CADA LETRA REPRESENTA UM SOM PRODUZIDO COM PARTES DO CORPO. OBSERVE E EXECUTE CADA UMA DESSAS SEQUÊNCIAS PRODUZINDO OS SONS INDICADOS. ATIVIDADES •AGORA É A SUA VEZ! CRIE UMA SEQUÊNCIA DE SONS E, DEPOIS DE PRONTA, EXECUTE-A PARA OS COLEGAS. M: MÃO P: PÉ IL U S T R A Ç Õ E S : H E LO ÍS A P IN TA R E LL I g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 34 22/12/17 11:26 35 PARA SABER MAIS •O LIVRO DOS GESTOS E DOS SÍMBOLOS, DE RUTH ROCHA. MELHORAMENTOS, 2014. OS SÍMBOLOS E OS GESTOS SÃO FORMAS DE COMUNICAR IDEIAS E SENTIMENTOS, ASSIM COMO AS CORES TAMBÉM PODEM SER. VOCÊ SABE O QUE ESSES ELEMENTOS SIGNIFICAM? QUAIS SINAIS SÃO UNIVERSAIS? ESSE LIVRO VAI TIRAR TODAS AS SUAS DÚVIDAS. •RITMO É TUDO, DE RICARDO ELIA. SCIPIONE, 2011. ONDE PODEMOS ENCONTRAR OS RITMOS? ESSE LIVRO MOSTRA QUE TUDO TEM UM RITMO. ELE ESTÁ PRESENTE EM NOSSO COTIDIANO, ONDE MENOS ESPERAMOS. O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... • PROCESSOS DE CRIAÇÃO ARTÍSTICA? • CRIAR ARTE USANDO IMAGENS? • MATERIAIS USADOS NA CRIAÇÃO DE OBRAS DE ARTES VISUAIS? • MÍMICA? • MOVIMENTOS DO CORPO E MANIPULAÇÃO DE OBJETOS? • COREOGRAFIA? • CRIAÇÃO DE SONS E RITMOS? CAM ILA CARM ONA R E P R O D U Ç Ã O R E P R O D U Ç Ã O g19_2pma_lt_u2_p022a035.indd 35 22/12/17 11:26 g19_mdn_mp_2pma_u2_p022a035.indd 35 23/12/17 14:32 36 Nesta unidade, o corpo é traba- lhado como instrumento expressivo. Assim, seus componentes, como boca, mão e voz, são apresentados como recursos sonoros que possibi- litam a expressão musical. Destaques da BNCC • O aluno reconhecerá o corpo como instrumento sonoro, contemplando assim a habilidade EF15AR15. • Ao reconhecer o corpo como instru- mento e utilizá-lo ao longo das ativi- dadesda unidade, criando ritmos e melodias, será trabalhada a habilida- de EF15AR17. • Ao se promover, de modo lúdico e cooperativo, a percepção corpórea em sua globalidade e ressignificar o espaço em que se insere, trabalha-se a Competência específica de Arte 4. • Como introdução, estimule os alu- nos a perceberem a capacidade de produção sonora do próprio corpo, como o uso das mãos na criação de vários tipos de palmas (com as mãos em concha, com os dedos estica- dos, com as pontas dos dedos), as- sim como sua intensidade, que pode ser mais forte ou mais fraca. Pergun- te quais são as diferenças entre os tipos de sons, quais soam com mais intensidade, entre outros questiona- mentos. Depois, peça para elenca- rem suas descobertas. • EF15AR15: Explorar fontes sonoras diversas, como as existentes no próprio corpo (palmas, voz, percussão corporal), na natureza e em objetos cotidianos, reconhecendo timbres e ca- racterísticas de instrumentos musicais variados. • EF15AR17: Experimentar improvisações, composições e sonorização de histórias, entre ou- tros, utilizando vozes, sons corporais e/ou instrumentos musicais convencionais ou não con- vencionais, de modo individual, coletivo e colaborativo. • Competência específica de Arte 4: Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação, ressignificando espaços da escola e de fora dela no âmbito da Arte. Objetivos • Compreender possibilidades so- noras. • Produzir sons com o corpo. • Realizar leitura de imagens. 36 Sonorizando com o corpo O corpo também pode ser um instrumento musical! De que maneira podemos usar nosso corpo para produzir sons e ritmos? g19_2pma_lt_u3_p036a047.indd 36 22/12/17 11:27 37 Grupo Barbatuques, 2014. 1. Quais sons você imagina que estão sendo produzidos pelo grupo que aparece nessa foto? 2. Você já assistiu a uma apresentação que envolvia percussão corporal? Como foi? 3. Você já produziu ou tentou produzir sons com o próprio corpo? Quais? CONECTANDO IDEIAS S T E L A H A N D A g19_2pma_lt_u3_p036a047.indd 37 22/12/17 11:27 g19_mdn_mp_2pma_u3_p036a047.indd 36 12/23/17 2:26 PM 37 Conectando ideias 1. Resposta pessoal. Incentive os alunos a refletirem e dialogarem sobre os sons que o corpo pode produzir, tendo a imagem de abertura como referência, por exemplo, ao bater as mãos na bochecha e na boca. 2. Resposta pessoal. Motive-os a compartilhar suas experiências. 3. Resposta pessoal. Estimule os alunos a compartilharem suas experiências e a refletirem sobre as possibilidades de som que o próprio corpo pode gerar. • O grupo brasileiro de vocal e percus- são Barbatuques faz música usando sons do corpo. Explorando o espaço cênico e a preparação corporal, seu fundador, Fernando Barba, ressalta a importância da coletividade no tra- balho. É na composição e execução das músicas que se faz importante ouvir o que o outro está tocando para fazer seu próprio som, juntando as- sim as ideias de todos. Algo que, se- gundo Barba, é um “comportamen- to tribal”, no sentido de as pessoas estarem juntas, baterem palmas, cantarem. Percutir com o corpo pro- move o autoconhecimento e a per- cepção das relações entre movimen- tos corporais e sons, melhorando até mesmo a coordenação motora. Amplie seus conhecimentos • O grupo Barbatuques gravou, em 2005, um DVD do show Corpo do som. Você também pode acessar trechos no canal do YouTube do grupo. Disponível em: <https://www. youtube.com/watch?v=9GuvFw9f_ XQ>. Acesso em: 28 nov. 2017. .Fotos oficiais, músicas, agendas de show e mais informações sobre o grupo estão disponíveis em: <http://barbatuques.com.br>. Acesso em: 28 nov. 2017.• Existem outras técnicas de sonorização com o corpo, como o clogging, caracterizado pelos pés batendo no chão, criado pelos operários no Reino Unido durante a Revolução Industrial, e o hambone, criado por africanos escravizados nos Estados Unidos quando foram proibidos de utilizar seus tambores. No hambone, sons são criados com leves tapas no peito, coxas e pernas, combinados com batidas dos pés no chão e palmas. Outros estilos de percussão corporal são o sapateado americano, o gumboot e o stepping. Em alguns casos, os sons do corpo são combi- nados com os sons de outros instrumentos musicais. 36 Sonorizando com o corpo O corpo também pode ser um instrumento musical! De que maneira podemos usar nosso corpo para produzir sons e ritmos? g19_2pma_lt_u3_p036a047.indd 36 22/12/17 11:27 37 Grupo Barbatuques, 2014. 1. Quais sons você imagina que estão sendo produzidos pelo grupo que aparece nessa foto? 2. Você já assistiu a uma apresentação que envolvia percussão corporal? Como foi? 3. Você já produziu ou tentou produzir sons com o próprio corpo? Quais? CONECTANDO IDEIAS S T E L A H A N D A g19_2pma_lt_u3_p036a047.indd 37 22/12/17 11:27 g19_mdn_mp_2pma_u3_p036a047.indd 37 12/23/17 2:26 PM 38 • Comente com os alunos que a brin- cadeira mostrada na fotografia é muito conhecida como “adoleta”. Como toda brincadeira popular, sua prática sofre adaptações conforme a região do país. De forma geral, a or- ganização da brincadeira é parecida: as crianças se organizam em roda, e a primeira fica com a palma da mão para cima pronta para bater na mão de quem está ao lado, seguindo cada sílaba da música. Quanto à sua letra, o início é sempre o mesmo, sofrendo variações no final. Na capital de São Paulo, a música é mais curta: Adoleta Lepeti, peti, colá Puxa o rabo do tatu Quem saiu foi tu Com a letra ‘u’. Cantiga popular. • No interior do estado de São Paulo e em Pernambuco, por exemplo, são adicionados mais versos com pala- vras diferentes. Na última sílaba, quem conseguir bater na mão é o ganhador. Destaques da BNCC • Ao conhecer os conceitos iniciais de percussão corporal e explorar o próprio corpo como potencial so- noro, contempla-se a habilidade EF15AR15, descrita anteriormente. • O aluno entrará em contato com o trabalho do Barbatuques, grupo re- conhecido no gênero da percussão corporal, identificando-o como par- te do contexto musical brasileiro e mundial contemporâneo, trabalhan- do assim a habilidade EF15AR13. • EF15AR13: Identificar e apreciar diversas formas e gêneros de expressão musical, tanto tradi- cionais quanto contemporâneos, reconhecendo e analisando os usos e as funções da música em diversos contextos de circulação, em especial, aqueles da vida cotidiana. Objetivos • Compreender possibilidades so- noras, rítmicas e expressivas da percussão corporal. • Vivenciar brincadeiras de percus- são, explorando as possibilida- des sonoras do próprio corpo. • Estimular a coordenação motora e o desenvolvimento da criatividade e da responsabilidade com a equi- pe em relação às particularidades e personalidade de cada colega. 38 Observe a imagem. 1. O que essas crianças estão fazendo? 2. Você conhece alguma brincadeira parecida com essa? Qual? Bater palmas, assobiar, bater os pés, bater a mão na barriga, estalar a língua são algumas maneiras de produzir sons usando o próprio corpo. Utilizar os sons produzidos com o corpo humano na música é uma técnica conhecida como percussão corporal. Há vários grupos musicais que utilizam esse recurso. Percussão corporal 11 No Brasil, o grupo que iniciou o trabalho com música feita com base nos sons do corpo é o Barbatuques. Criado em 1995, pelo músico e compositor Fernando Barba, esse grupo produz música a partir de efeitos de voz, palmas, estalos, batidas de pés e mãos, entre outros. Crianças brincando com as mãos. CONHECENDO O ARTISTA Resposta pessoal. Estimule os alunos a compartilharem suas experiências. As crianças estão fazendo uma brincadeira cantada com as mãos. M A R IA U S P E N S K A Y A /S H U T T E R S TO C K g19_2pma_lt_u3_p036a047.indd 38 22/12/17 11:27 39 1. Vamos fazer uma brincadeira de percussão corporal chamada Peito, estala, bate. a. Vamos ao primeiro desafio! Siga as ilustrações.b. Preparado para a segunda parte? Atenção! c. Lá vem a terceira fase. d. Acompanhou até aqui? Enfim, o último desafio! e. Que tal trocar o bater no peito por bater na coxa? Você também pode experimentar usar outras partes do corpo. ATIVIDADES IL U S T R A Ç Õ E S : R A ÍS S A B U LH Õ E S g19_2pma_lt_u3_p036a047.indd 39 22/12/17 11:27 g19_mdn_mp_2pma_u3_p036a047.indd 38 12/23/17 2:26 PM 39 Destaques da BNCC • A brincadeira de percussão, exploran- do o exercício rítmico e sonoro, estimu- la a vivência dos conceitos pelos alu- nos, contemplando assim a habilidade EF15AR17, descrita anteriormente. • Os alunos podem realizar esta ativi- dade individualmente ou em duplas, o que promove maior integração e autonomia da turma. • Peça a eles para observarem atenta- mente as ilustrações, cada passo de uma vez. Em seguida, oriente-os da seguinte forma: a. bater uma vez no peito, estalar os dedos e bater palmas; b. bater duas vezes no peito, estalar os dedos uma vez e bater palmas; c. agora, alternar os passos: estalar uma vez os dedos, bater no peito, estalar os dedos novamente e ba- ter palmas; d. bater duas vezes no peito, estalar os dedos e fazer silêncio. • Caso os alunos tenham dificuldade para estalar os dedos, esse movi- mento pode ser substituído por bater na barriga. • Você pode controlar o ritmo dos mo- vimentos, de forma que no início seja mais lento e aos poucos vá ficando mais rápido. Acompanhando a aprendizagem • Observe o desenvolvimento da pro- dução sonora dos alunos, a explora- ção do ritmo, da intensidade, a capa- cidade criativa de cada um. • Você também pode avaliar a participa- ção entre os alunos e sua organização. Mais atividades • Realize um exercício de percussão corporal utilizando como referência as coreografias apresen- tadas no vídeo Roda Africana – DVD As Melhores Brincadeiras da Palavra Cantada, em que se vê, passo a passo, uma dança circular em que o grupo explora a percussão corporal, batendo na coxa, batendo palmas e dançando. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=QjlmRDk9ktI>. Acesso em: 29 nov. 2017. • Para explorar com os alunos um pouco mais os exercícios de percussão corporal, com palmas e estalos dos dedos, mostre a eles o vídeo de uma apresentação do grupo Barbatuques, elaborada para crianças. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ZDQHozHu6i8>. Acesso em: 29 nov. 2017. 38 Observe a imagem. 1. O que essas crianças estão fazendo? 2. Você conhece alguma brincadeira parecida com essa? Qual? Bater palmas, assobiar, bater os pés, bater a mão na barriga, estalar a língua são algumas maneiras de produzir sons usando o próprio corpo. Utilizar os sons produzidos com o corpo humano na música é uma técnica conhecida como percussão corporal. Há vários grupos musicais que utilizam esse recurso. Percussão corporal 11 No Brasil, o grupo que iniciou o trabalho com música feita com base nos sons do corpo é o Barbatuques. Criado em 1995, pelo músico e compositor Fernando Barba, esse grupo produz música a partir de efeitos de voz, palmas, estalos, batidas de pés e mãos, entre outros. Crianças brincando com as mãos. CONHECENDO O ARTISTA Resposta pessoal. Estimule os alunos a compartilharem suas experiências. As crianças estão fazendo uma brincadeira cantada com as mãos. M A R IA U S P E N S K A Y A /S H U T T E R S TO C K g19_2pma_lt_u3_p036a047.indd 38 22/12/17 11:27 39 1. Vamos fazer uma brincadeira de percussão corporal chamada Peito, estala, bate. a. Vamos ao primeiro desafio! Siga as ilustrações. b. Preparado para a segunda parte? Atenção! c. Lá vem a terceira fase. d. Acompanhou até aqui? Enfim, o último desafio! e. Que tal trocar o bater no peito por bater na coxa? Você também pode experimentar usar outras partes do corpo. ATIVIDADES IL U S T R A Ç Õ E S : R A ÍS S A B U LH Õ E S g19_2pma_lt_u3_p036a047.indd 39 22/12/17 11:27 g19_mdn_mp_2pma_u3_p036a047.indd 39 12/23/17 2:26 PM 40 Destaques da BNCC • Ao conceituar e explorar a voz como produtora sonora, distinguindo tam- bém os timbres, trabalha-se a habi- lidade EF15AR15, descrita anterior- mente, e a habilidade EF15AR19. • Ao conhecer o artista Bobby McFer- rin, que explora a voz como meio expressivo, sonoro e rítmico, con- templa-se a habilidade EF15AR13, descrita anteriormente. • Leia o seguinte trecho a respeito da descoberta da voz como ins- trumento pela criança. A voz é o instrumento natural do ser humano. [...] A ação de can- tar faz parte do dia a dia infantil. A descoberta da voz ajuda a criança em seu autoconhecimen- to e a conduz ao encontro de um instrumento que lhe pertence e que pode ser utilizado de maneira expressiva e criadora. LOUREIRO, Maristela; TATIT, Ana. Brincadeiras cantadas de cá e de lá. São Paulo: Melhoramentos, 2013. p.10. • Observe com os alunos as ilustra- ções da página. Mostre que cada balão indica uma ação. Assim, con- trolando as características sonoras da voz, como altura, intensidade e timbre, podemos expressar diversos sentimentos. Comente com os alunos que os diferentes tipos de balão uti- lizados nas histórias em quadrinhos complementam a narrativa, indicando, por exemplo, que a personagem está cantando, sussurrando, pensando, etc. • Comente com eles que a voz, além das expressões cotidianas (grito, sus- surro) e musicais, pode ser utilizada como recurso cênico. A dublagem, por exemplo, é uma técnica vocal que substitui a voz de um personagem de uma obra estrangeira pela voz de um dublador, que interpreta as falas des- se personagem em outra língua. Mais atividades • Você pode apresentar aos alunos algumas músicas do cantor Bobby McFerrin, que, além de explorar a voz, trabalha em conjunto com a percussão corporal. Acesse o videoclipe da música Drive. Depois, discuta com os alunos sobre o que observaram no uso da voz, como foi feita a melodia da música e o uso da percussão corporal. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=ngUmRIY4d2E>. Acesso em: 29 nov. 2017. Objetivos • Identificar a voz como possibilida- de sonora, rítmica e expressiva. • Compreender noções de timbre. • Exercitar a voz como meio expres- sivo, produzindo sons e ritmos. • EF15AR19: Descobrir teatralidades na vida cotidiana, identificando elementos teatrais (varia- das entonações de voz, diferentes fisicalidades, diversidade de personagens e narrativas etc.) 40 Outro som produzido pelo nosso corpo é a voz. Observe as imagens abaixo. 1. O que cada personagem está expressando com sua voz? Se prestar atenção, você vai perceber que as vozes das pessoas não são iguais. Como vimos anteriormente, essa diferença entre as vozes é chamada de timbre. Existem artistas que utilizam a voz para criar diversos efeitos sonoros, como o som de instrumentos musicais. Bobby McFerrin, por exemplo, é um artista conhecido por essa habilidade. 2. Você já tentou imitar a voz de outra pessoa ou produzir diferentes sons utilizando sua voz? A voz2 Bobby McFerrin se apresentando em Brno, República Tcheca, 2011. CBA 2. Resposta pessoal. Incentive os alunos a compartilharem suas experiências. 1. Na imagem A, o homem está gritando, na B as pessoas estão sussurrando e na C a mulher está cantando. IL U S T R A Ç Õ E S : R A ÍS S A B U LH Õ E S H A A K 78 /S H U T T E R S TO C K g19_2pma_lt_u3_p036a047.indd 40 22/12/17 11:27 41 1. Que tal fazer alguns experimentos utilizando a voz? Vai ser divertido! Tim-tim, o lalá Tim-tim, Tim-tim, Tim-tim, o lalá! Quem não gosta dela, De quem gostará? Cantiga popular. 2. Agora, vamos brincar de cantar tampando o nariz. ATIVIDADES Voz Coloque a mão na garganta e fale as vogais em sequência. CRespiração Coloque a mão nas costelas e sinta a sua respiração. BPreparação Fique em pé. Relaxe os ombros. Fique com os pés paralelos. Alinhe a coluna. Deixe os braços soltos ao longo do corpo. A IL U S T R A Ç Õ E S : R A ÍS S AB U LH Õ E S g19_2pma_lt_u3_p036a047.indd 41 22/12/17 11:27 g19_mdn_mp_2pma_u3_p036a047.indd 40 12/23/17 2:26 PM 41 • Nesta atividade de iniciação musical, o aluno se conscientizará da relação entre movimentos corporais e som. Em um espaço amplo e adequado, você pode organizar todos os alu- nos em roda. Sentados, introduza os exercícios de forma relaxada e atenta, pedindo a eles que observem cada parte do corpo a ser trabalhada e a relação com a criação dos sons. Depois, peça que se levantem para seguir as orientações do livro-texto. • Demonstre também que o corpo atua como caixa de ressonância. Ou seja, o som criado pode ser ampli- ficado quando usamos as mãos na boca, por exemplo. Você também pode propor trava-línguas (“O rato roeu a roupa do rei de Roma”, “ Bagre branco, branco bagre”, “Trazei três pratos de trigo para três tigres tristes comerem”, “Fala, arara loura. A ara- ra loura falará”), tampando o ouvido, para sentir a caixa de ressonância e depois dizê-los de forma natural. • Os versos e os sons da atividade 2 podem ser trabalhados expressando sentimentos, como alegria e tristeza, entre outros. Acompanhando a aprendizagem • Peça aos alunos que comentem sobre essa experiência, o que perceberam no corpo ao emitirem e ouvirem os sons, as diferenças entre sons com as diversas palavras pronunciadas. Incentive que compartilhem suas impressões com os colegas. 40 Outro som produzido pelo nosso corpo é a voz. Observe as imagens abaixo. 1. O que cada personagem está expressando com sua voz? Se prestar atenção, você vai perceber que as vozes das pessoas não são iguais. Como vimos anteriormente, essa diferença entre as vozes é chamada de timbre. Existem artistas que utilizam a voz para criar diversos efeitos sonoros, como o som de instrumentos musicais. Bobby McFerrin, por exemplo, é um artista conhecido por essa habilidade. 2. Você já tentou imitar a voz de outra pessoa ou produzir diferentes sons utilizando sua voz? A voz2 Bobby McFerrin se apresentando em Brno, República Tcheca, 2011. CBA 2. Resposta pessoal. Incentive os alunos a compartilharem suas experiências. 1. Na imagem A, o homem está gritando, na B as pessoas estão sussurrando e na C a mulher está cantando. IL U S T R A Ç Õ E S : R A ÍS S A B U LH Õ E S H A A K 78 /S H U T T E R S TO C K g19_2pma_lt_u3_p036a047.indd 40 22/12/17 11:27 41 1. Que tal fazer alguns experimentos utilizando a voz? Vai ser divertido! Tim-tim, o lalá Tim-tim, Tim-tim, Tim-tim, o lalá! Quem não gosta dela, De quem gostará? Cantiga popular. 2. Agora, vamos brincar de cantar tampando o nariz. ATIVIDADES Voz Coloque a mão na garganta e fale as vogais em sequência. CRespiração Coloque a mão nas costelas e sinta a sua respiração. BPreparação Fique em pé. Relaxe os ombros. Fique com os pés paralelos. Alinhe a coluna. Deixe os braços soltos ao longo do corpo. A IL U S T R A Ç Õ E S : R A ÍS S A B U LH Õ E S g19_2pma_lt_u3_p036a047.indd 41 22/12/17 11:27 g19_mdn_mp_2pma_u3_p036a047.indd 41 12/23/17 2:26 PM 42 Destaques da BNCC • Ao apreciar diversas formas e gê- neros de expressão musical e ex- plorar a voz e sonoridades da boca, experimentando-os para elaborar improvisações e sonorização de his- tórias, reconhecendo nos sons cria- dos as propriedades e elementos do som, contemplam-se as habilidades EF15AR13, EF15AR15, EF15AR17 e EF15AR19, descritas anteriormente. • Inicie as atividades propostas nes- te tema pela apresentação do ví- deo Como fazer sons com a boca, do grupo Palavra Cantada. Faça questionamentos acerca do que eles perceberam, o que acharam interessante, o que é a música, etc. Proponha, em seguida, que tentem acompanhar a música, instigando- -os a trabalhar com sons produzidos com a boca. Estimule-os a observar as imagens e a seguir as proposições sugeridas para explorar e inventar di- ferentes sons com a boca. Disponí- vel em: <https://www.youtube.com/ watch?v=Nn9aMGlFqHk>. Acesso em: 2 dez. 2017. Objetivos • Introduzir e explorar as possibili- dades de sonoridades com a boca, incluindo variações com a voz e percussão vocal. Utilizar os recursos corporais sonoros para reproduzir sons exteriores (instru- mentos musicais, sons da nature- za, do mundo, entre outros). 42 Sons com a boca3 Existem diversos sons que podemos produzir com a boca, sem usar a voz. Veja alguns exemplos e tente reproduzi-los. 1. Agora, tente produzir um som com a boca diferente dos que foram apresentados nas imagens. Com a boca semiaberta, bater o dedo indicador na bochecha. Estalar a língua. Colocar o dedo na boca e depois tirá-lo rapidamente, estalando a bochecha. Cerrar os dentes e soltar o ar. FO TO S : J O S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_2pma_lt_u3_p036a047.indd 42 22/12/17 11:27 43 ATIVIDADES 1. Que tal brincar experimentando os sons que podemos produzir com a boca? Vamos lá! Use a criatividade. a. Você e seus colegas vão se sentar no chão formando uma roda. b. Um aluno vai produzir um som com a boca, sem usar a voz, e o restante da turma vai imitá-lo. c. Em seguida, quem está sentado à direita desse aluno faz o mesmo, até que todos tenham participado. 2. Agora, um desafio! Um de vocês produzirá um som com a boca sem que os colegas vejam. O desafio consiste em descobrir o que o colega fez e tentar imitá-lo. 3. Agora, vamos criar uma história e sonorizá-la utilizando apenas sons feitos com a boca, inclusive a voz. Para isso, siga as orientações do professor. R A ÍS S A B U LH Õ E S g19_2pma_lt_u3_p036a047.indd 43 22/12/17 11:27 g19_mdn_mp_2pma_u3_p036a047.indd 42 12/23/17 2:26 PM 43 • Para realizar a atividade 2, você pode pedir que eles se acomodem em pequenos grupos e sigam as ins- truções; depois, todos juntos numa roda repetirão o exercício. • Outra possibilidade, com a turma sentada em roda, é brincar de “pas- sa a bolinha”. Escolha um aluno para iniciar e entregue a ele uma bolinha. Explique que ele deverá jogar a bo- linha para um amigo e com a boca fazer o som da bolinha sendo lança- da, e assim por diante, até que todos tenham participado. • Organize os alunos para a realização da atividade 2. Peça a eles que tentem emitir sons diferenciados e criativos. Para estimulá-los, você pode propor que assistam e cantem a música La la la, do grupo Triii. Peça que cantem também a música sem acompanha- mento e solicite que cada aluno in- sira o som que inventou. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=i0QwhtfcMlw>. Acesso em: 2 dez. 2017. Saberes integrados • A atividade 3 favorece uma articulação com a disciplina de Língua Portuguesa na elaboração das histórias, que podem ser feitas individualmente ou em grupo. • Com as histórias prontas, organize a turma, dê a eles um tempo para ensaiar, momento em que poderão pesquisar e experimentar os mais diversos sons vocais: imitar as vozes de animais, o barulho da água ou do trovão, ruídos de portas se abrindo ou fechando, ronco de motores. Você pode propor que eles explorem também os sons produzidos com o corpo, de acordo com o que foi exercitado nas unidades anteriores. • Esta atividade favorece a integração dos quatro eixos da Arte, ou seja, Teatro, Dança, Artes Visuais e Mú- sica, utilizando a expressão corporal, criando cenários e figurinos, fazendo sonorização e composição. • Finalize a atividade com as apresentações. 42 Sons com a boca3 Existem diversos sons que podemos produzir com a boca, sem usar a voz. Veja alguns exemplos e tente reproduzi-los. 1. Agora, tente produzir um som com a boca diferente dos que foram apresentados nas imagens. Com a boca semiaberta, bater o dedo indicador na bochecha. Estalar a língua. Colocar o dedo na boca e depois tirá-lo rapidamente, estalando a bochecha. Cerrar os dentes e soltar o ar. FO TO S : J O S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_2pma_lt_u3_p036a047.indd42 22/12/17 11:27 43 ATIVIDADES 1. Que tal brincar experimentando os sons que podemos produzir com a boca? Vamos lá! Use a criatividade. a. Você e seus colegas vão se sentar no chão formando uma roda. b. Um aluno vai produzir um som com a boca, sem usar a voz, e o restante da turma vai imitá-lo. c. Em seguida, quem está sentado à direita desse aluno faz o mesmo, até que todos tenham participado. 2. Agora, um desafio! Um de vocês produzirá um som com a boca sem que os colegas vejam. O desafio consiste em descobrir o que o colega fez e tentar imitá-lo. 3. Agora, vamos criar uma história e sonorizá-la utilizando apenas sons feitos com a boca, inclusive a voz. Para isso, siga as orientações do professor. R A ÍS S A B U LH Õ E S g19_2pma_lt_u3_p036a047.indd 43 22/12/17 11:27 g19_mdn_mp_2pma_u3_p036a047.indd 43 12/23/17 2:26 PM 44 Destaques da BNCC • Proporcionar ao aluno a possibilida- de de descoberta de novos ritmos e sonoridades explorando o próprio corpo e dar-lhe a chance de compor suas sequências musicais, tendo como base o corpo. Isso permite a exploração e o desenvolvimento das habilidades EF15AR15 e EF15AR17, descritas anteriormente. • É importante que o aluno interprete a imagem de modo a compreender os sons que estão sendo produzidos. Incentive-os a prestar atenção nas diferenças de cada um desses sons. • Instigue-os a perceber que o som se altera e a refletir sobre o que faz o som ser diferente em cada situação. Oriente-os a perceber como o som é produzido em cada caso. • Incentive-os a experimentar outras posições das mãos para produzir outros sons. Mais atividades • Depois das orientações acerca das descobertas dos sons com as mãos, faça uma atividade de percepção auditiva. • Coloque uma venda nos olhos da criança e execute um som, por exemplo, palma com a mão em concha. Peça que tente descobrir como esse som foi feito e que procure reproduzi-lo. Faça isso com todas as crianças. Outra possibilidade é fazer com a turma toda ao mesmo tempo. • Peça também que tentem identificar se o som é grave (mais grosso) ou agudo (mais fino). Objetivos • Explorar as diferentes possibili- dades sonoras e rítmicas que po- dem ser produzidas com as mãos (palma, estalo, etc.). • Compreender que a mão também pode ser usada na produção de outros sons corporais, como mão na boca, mão batendo em partes do corpo, entre outros. • Fazer a leitura das imagens e re- alizar as ações de acordo com os comandos. • Criar novos efeitos sonoros com base na identificação dos sons produzidos nas imagens. • Entender o corpo como suporte para produções artísticas, no caso ritmos e composição musical. • Produzir movimentos que esti- mulam a coordenação motora, a concentração, o foco e a atenção na percepção e discriminação auditiva de diferenciados timbres. 44 Sons com as mãos4 Vimos que as mãos podem ser utilizadas na percussão corporal. Agora, vamos conhecer diferentes sons que podemos produzir usando apenas as mãos. 1. Reproduza com as mãos os sons indicados acima. 2. Esses sons são todos iguais ou são diferentes? Por que você acha que isso acontece? 3. Faça um som com as mãos diferente dos apresentados acima. Bater palmas com as mãos abertas. Bater as mãos em concha. Estalar os dedos. Bater palmas com os dedos das mãos abertos. Os sons são diferentes. Espera-se que os alunos Resposta pessoal. Incentive os alunos a socializarem suas respostas, mostrando uns aos outros os sons que fizeram com as mãos. percebam que conforme a posição que batem as mãos, eles obtêm um som diferente. FO TO S : J O S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_2pma_lt_u3_p036a047.indd 44 22/12/17 11:27 45 ATIVIDADES 1. Vamos criar uma sequência musical utilizando sons feitos apenas com as mãos? É preciso muita atenção. Um de vocês começa e depois o outro repete e acrescenta mais um som. Vamos treinar com a sequência abaixo. a. Primeiro aluno: c. Terceiro aluno: b. Segundo aluno: •Agora, você e seus colegas vão criar sua própria sequência musical. Fiquem atentos, usem a criatividade e divirtam-se. FO TO S : J O S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_2pma_lt_u3_p036a047.indd 45 22/12/17 11:27 g19_mdn_mp_2pma_u3_p036a047.indd 44 12/23/17 2:26 PM 45 • Para a realização desta atividade, é muito importante que os alunos se mantenham em silêncio, para que possam conseguir reproduzir e inse- rir novos sons na sequência. • Oriente-os a prestar atenção nos sons, mas também na posição das mãos. Sempre que houver erro, reto- me a sequência. • Para a criação da sequência musical, dê a eles diversas possibilidades, in- centivando-os a testar vários efeitos sonoros: um dedo contra um dedo, dois dedos, três dedos, até a mão in- teira. Palma da mão com costas da mão, costas da mão com costas da mão, dedo na palma da mão, entre outras possibilidades. Acompanhando a aprendizagem • Organize a turma de modo que todos pos- sam mostrar as diferentes maneiras que des- cobriram para produzir sons com as mãos. • Questione-os sobre as diferenças entre os sons. Quais soam com mais intensidade? Quais são os sons mais agudos ou mais graves? Amplie seus conhecimentos • Neste vídeo, um coro esloveno cria sons ela- borados com estalos dos dedos. Perpetuum Jazzile – Africa. Disponível em: <https://www. youtube.com/watch?v=yjbpwlqp5Qw>. Acesso em: 2 dez. 2017. Mais atividades • Mostre para os alunos o vídeo Aranha – Jogos de mãos – Brin- cadeira tradicional, uma brinca- deira com palmas, do canal Para- bolé Educação e Cultura. Disponível em:<https://www.youtube.com/ watch?v=nF7E5fKY5RQ>. Acesso em: 1 dez. 2017. • Traga a letra da música impressa ou escreva na lousa para os alunos co- piarem no caderno. Treine a música com eles antes, pois ela tem partes rápidas. • Passe o vídeo inteiro e depois nova- mente, pausando para os alunos irem pegando as variações de movimento. • Quando eles conseguirem compre- ender a sequência, divida a turma em duplas e deixe que a executem. • Incentive-os a variar a sequência, inserindo novos sons e movimentos com as mãos. • Pergunte se eles conhecem mais alguma brincadeira do gênero, por exemplo, adoleta. Encoraje-os a mostrar o que sabem. 44 Sons com as mãos4 Vimos que as mãos podem ser utilizadas na percussão corporal. Agora, vamos conhecer diferentes sons que podemos produzir usando apenas as mãos. 1. Reproduza com as mãos os sons indicados acima. 2. Esses sons são todos iguais ou são diferentes? Por que você acha que isso acontece? 3. Faça um som com as mãos diferente dos apresentados acima. Bater palmas com as mãos abertas. Bater as mãos em concha. Estalar os dedos. Bater palmas com os dedos das mãos abertos. Os sons são diferentes. Espera-se que os alunos Resposta pessoal. Incentive os alunos a socializarem suas respostas, mostrando uns aos outros os sons que fizeram com as mãos. percebam que conforme a posição que batem as mãos, eles obtêm um som diferente. FO TO S : J O S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_2pma_lt_u3_p036a047.indd 44 22/12/17 11:27 45 ATIVIDADES 1. Vamos criar uma sequência musical utilizando sons feitos apenas com as mãos? É preciso muita atenção. Um de vocês começa e depois o outro repete e acrescenta mais um som. Vamos treinar com a sequência abaixo. a. Primeiro aluno: c. Terceiro aluno: b. Segundo aluno: •Agora, você e seus colegas vão criar sua própria sequência musical. Fiquem atentos, usem a criatividade e divirtam-se. FO TO S : J O S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_2pma_lt_u3_p036a047.indd 45 22/12/17 11:27 g19_mdn_mp_2pma_u3_p036a047.indd 45 12/23/17 2:26 PM 46 Destaques da BNCC • Esta seção tem como objetivo traba- lhar o Tema contemporâneo Direitos Humanos e as Competências ge- rais 4 e 9, apresentando a linguagem verbo-visual utilizada por deficientes auditivos, paraincentivar atitude res- peitosa e reflexiva em relação ao co- tidiano e ao universo comunicacional dessas pessoas, além de promover a expressão por meio da linguagem corporal e artística. • São contemplados ainda as habi- lidades EF15AR01, EF15AR06 e EF15AR20, ao apreciar obras de arte e realizar experiências com diferen- tes linguagens e procedimentos ar- tísticos. • Com base no texto, mostre para a turma a língua brasileira de sinais, LIBRAS. Pergunte se já a conheciam. • Dê início à atividade perguntando aos alunos se é possível haver comunica- ção por meio de gestos. Peça para um ou mais alunos demonstrarem alguns dos gestos que utilizam no dia a dia e questione a turma sobre o que significa cada um desses gestos. Outra possibi- lidade é retomar um jogo de mímica na unidade 2, trabalhando essa forma de teatro, a fim de explorar a gestualidade de modo expressivo e lúdico. • Para finalizar, proponha que eles te- nham o momento da aula para se ex- pressarem sem o uso da voz, apenas com gestos e expressões faciais. De- pois, conversem sobre a experiência. • EF15AR01: Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâne- as, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. • EF15AR06: Dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. • EF15AR20: Experimentar o trabalho colaborativo, coletivo e autoral em improvisações teatrais e processos narrativos criativos em teatro, explorando desde a teatralidade dos gestos e das ações do cotidiano até elementos de diferentes matrizes estéticas e culturais. Respostas 1. Resposta pessoal. Motive os alu- nos a falarem de experiências cotidianas. Onde você encontrou ou viu a pessoa? Parece simples se comunicar dessa forma? Você conseguiu entender com facilidade o que estava sendo comunicado? 2. Resposta pessoal. Incentive-os a expressar sua opinião. Apresente os desafios que os deficientes au- ditivos encontram para desempe- nhar atividades cotidianas, como se comunicar com os não surdos, enfrentar preconceitos e dificulda- des para estudar e trabalhar. PARA SABER MAIS 47 O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... • Percussão corporal? •A voz? •Outros sons que podemos produzir com a boca? • Sons que podemos produzir apenas com as mãos? • Língua de sinais? •Soltando o som, de Carolina Michelini. Moderna, 2015. Descubra com Jana e Dudu que o som está presente o tempo todo em nossa vida. Fazendo sons com o próprio corpo, escutando a natureza e brincando com a voz, eles aprendem sobre a história da música e algumas características desse divertido universo. •Daniel no mundo do silêncio, de Walcyr Carrasco. Ática, 2011. Conheça a história de um menino que não podia ouvir, nem falar, mas usava a linguagem de sinais para se comunicar. Quando muda de escola, seus novos colegas não o entendem e fazem brincadeiras com ele. Até que Daniel quase sofre um acidente e, nesse momento, a escola toda precisa mobilizar forças por ele. R E P R O D U Ç Ã O R E P R O D U Ç Ã O CAM ILA CARM ONA g19_2pma_lt_u3_p036a047.indd 47 22/12/17 11:27 g19_mdn_mp_2pma_u3_p036a047.indd 46 12/23/17 2:26 PM 47 Amplie seus conhecimentos • No documentário Quando o silêncio fala, você terá acesso a depoimentos sobre as dificuldades e as conquis- tas de deficientes auditivos. Disponí- vel em: <https://www.youtube.com/ watch?v=PpGQWzk2UEk>. Acesso em: 1 dez. 2017. • Leia a reportagem Falar com as mãos. Nela, são abordados os desa- fios da inclusão dos deficientes audi- tivos e são apresentados relatos de quem já vivenciou essa experiência. Disponível em: <https://novaescola. org.br/conteudo/1611/falar-com-as- maos>. Acesso em: 1 dez. 2017 • No dicionário virtual de LIBRAS, você pode entender um pouco mais sobre o assunto e participar de cur- sos. Disponível em: <http://www. acessobrasil.org.br/libras/>. Acesso em: 1 dez. 2017. O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... • Explore a percussão corporal, com propostas elaboradas pelos alunos durante as atividades des- ta unidade e acrescente outras mais, para que organizem uma breve apresentação, combinando em diferentes ritmos os diferentes sons obtidos com o corpo. • Outra opção é organizar uma apresentação com a música tra- dicional sul-africana Schosholoza. Por meio dela, os alunos podem conhecer mais sobre uma cultura muito rica e dançar emitindo sons com o corpo. .Esta música já foi gravada em di- versas versões. Ouça uma delas, interpretada pelo Coral Stma. Tri- nidad de Valencia. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=cB3G56rVtMM>. Acesso em: 6 dez. 2017. • Competência geral 4: Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou verbo- -visual (como Libras), corporal, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e digital para expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em dife- rentes contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. • Competência geral 9: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a coopera- ção, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e poten- cialidades, sem preconceitos de origem, etnia, gênero, orientação sexual, idade, habilidade/ necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outra natureza, reconhecendo-se como par- te de uma coletividade com a qual deve se comprometer. PARA SABER MAIS 47 O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... • Percussão corporal? •A voz? •Outros sons que podemos produzir com a boca? • Sons que podemos produzir apenas com as mãos? • Língua de sinais? •Soltando o som, de Carolina Michelini. Moderna, 2015. Descubra com Jana e Dudu que o som está presente o tempo todo em nossa vida. Fazendo sons com o próprio corpo, escutando a natureza e brincando com a voz, eles aprendem sobre a história da música e algumas características desse divertido universo. •Daniel no mundo do silêncio, de Walcyr Carrasco. Ática, 2011. Conheça a história de um menino que não podia ouvir, nem falar, mas usava a linguagem de sinais para se comunicar. Quando muda de escola, seus novos colegas não o entendem e fazem brincadeiras com ele. Até que Daniel quase sofre um acidente e, nesse momento, a escola toda precisa mobilizar forças por ele. R E P R O D U Ç Ã O R E P R O D U Ç Ã O CAM ILA CARM ONA g19_2pma_lt_u3_p036a047.indd 47 22/12/17 11:27 g19_mdn_mp_2pma_u3_p036a047.indd 47 12/23/17 2:26 PM 48 Nesta unidade, os alunos irão apren der mais sobre o universo do folclore brasileiro e seus personagens. Com brinquedos e brincadeiras, eles irão conhecer e experimentar diferen tes propostas de criar com base na apreciação de obras de arte, a fim de reconhecer a influência dos povos africanos e indígenas na formação da cultura brasileira. Destaques da BNCC • Exercitando jogos e brincadeiras tra- dicionais, os alunos terão a oportu- nidade de experimentar diferentes modos de produção em arte e pode- rão estabelecer relações entre arte e folclore brasileiro, contemplando as habilidades EF15AR04, EF15AR20 e EF15AR24. • O acesso a distintas obras de arte, brinquedos e brincadeiras com influ- ência das várias matrizes estéticas e culturais vai promover a sensibiliza- ção, a experimentação e a interpre- tação artística, desenvolvendo as habilidades EF15AR01, EF15AR03 e EF15AR25, o Tema contemporâneo Diversidade Cultural e as Compe tências gerais 1 e 3. • EF15AR01: Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, cultivando a percepção, o imagi- nário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. • EF15AR03: Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e culturais das artes vi- suais nas manifestações artísti- cas das culturas locais, regionais e nacionais.Objetivos • Descobrir e conhecer as princi- pais manifestações folclóricas do nosso país, por meio de par- lendas, danças, brinquedos e brincadeiras, reconhecer e expe- rimentar outros modos de brin- car com base em propostas de diferentes épocas e influências culturais. • EF15AR04: Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não convencionais. • EF15AR20: Experimentar o trabalho colaborativo, coletivo e autoral em improvisações teatrais e processos narrativos criativos em teatro, explorando desde a teatralidade dos gestos e das ações do cotidiano até elementos de diferentes matrizes estéticas e culturais. • EF15AR24: Caracterizar e experimentar brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias de diferentes matrizes estéticas e culturais. Patrimônio cultural. Arte e folclore brasileiro 48 Brincando no pátio, de Aracy. Óleo sobre tela, 50 cm ≥ 40 cm. 2010. Coleção particular. g19_2pma_lt_u4_p048a053.indd 48 22/12/17 11:27 49 Os brinquedos e as brincadeiras, as adivinhas e lendas fazem parte do folclore brasileiro. Que outras manifestações folclóricas você conhece? 1. Do que as crianças estão brincando? 2. Você conhece as regras dessas brincadeiras? Quais são? 3. Diga o nome de outras brincadeiras comuns no lugar onde você mora. CONECTANDO IDEIAS A C E R V O D A A R T IS TA – C O LE Ç Ã O P A R T IC U L A R g19_2pma_lt_u4_p048a053.indd 49 22/12/17 11:27 g19_mdn_mp_2pma_u4_p048a065.indd 48 23/12/17 14:30 49 Conectando ideias 1. Resposta esperada: amarelinha, ciranda, balanço, pião, carrinho, bola. É possível que alguns alu- nos não reconheçam as brin- cadeiras representadas; nesse caso, faça uma breve explicação sobre elas. 2. Resposta pessoal. Questione o que os alunos sabem sobre as brincadeiras que reconheceram na obra. Incentive-os a falar so- bre suas experiências. Se possí- vel, peça que mostrem como tal brincadeira é executada. Pergun- te também em que época eles acham que essa pintura foi feita. 3. Registre no quadro cada nova brincadeira comentada. Auxilie- -os a elencar a brincadeira que mais se repete; se elas são brin- cadas dentro ou fora de casa, se utilizam recursos tecnológicos. Pergunte quais brincadeiras eles preferem. • Promova também uma análise dos aspectos visuais da pintura, a esco- lha das cores, o modo como as crian- ças foram pintadas, a existência de planos na composição, entre outros aspectos. • Com base na pintura, promova como atividade a execução e criação das brincadeiras retratadas nela. Por exemplo, a amarelinha é uma brinca- deira com muitas variantes. Será que é possível inventar um novo jeito de jogar? Amplie seus conhecimentos • Mais lendas populares de cada região do país no livro Folclore além da len- da. São Paulo: Ciranda Cultural, 2015. • Coletânea de brincadeiras tradicio- nais. FRIEDMANN, Adriana. A arte de brincar: brincadeiras e jogos tra- dicionais. Petrópolis: Vozes, 2004. • Para informar-se sobre o cotidiano e as brincadeiras dos pequenos indíge- nas. Mirim, disponível em: <https://mirim.org/>. Acesso em: 7 dez. 2017. • Interessantes jogos africanos e afro- -brasileiros. Disponível em: <https:// www.geledes.org.br/apostilas-jogos- e-brincadeiras-africanas-e-afro- brasileiras/>. Acesso em: 7 dez. 2017. • EF15AR25: Conhecer e valorizar o patrimô- nio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo- -se suas matrizes indígenas, africanas e eu- ropeias, de diferentes épocas, favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas. • Competências geral 1: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social e cultural para entender e explicar a realidade (fatos, infor- mações, fenômenos e processos linguísticos, culturais, sociais, econômicos, científicos, tecnológicos e naturais), colaborando para a construção de uma sociedade solidária. • Competências geral 3: Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para parti- cipar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. Arte e folclore brasileiro 48 Brincando no pátio, de Aracy. Óleo sobre tela, 50 cm ≥ 40 cm. 2010. Coleção particular. g19_2pma_lt_u4_p048a053.indd 48 22/12/17 11:27 49 Os brinquedos e as brincadeiras, as adivinhas e lendas fazem parte do folclore brasileiro. Que outras manifestações folclóricas você conhece? 1. Do que as crianças estão brincando? 2. Você conhece as regras dessas brincadeiras? Quais são? 3. Diga o nome de outras brincadeiras comuns no lugar onde você mora. CONECTANDO IDEIAS A C E R V O D A A R T IS TA – C O LE Ç Ã O P A R T IC U L A R g19_2pma_lt_u4_p048a053.indd 49 22/12/17 11:27 g19_mdn_mp_2pma_u4_p048a065.indd 49 23/12/17 14:30 50 Objetivos • Conhecer as principais manifes- tações folclóricas de nosso país, alguns de seus personagens e suas características ao ter conta- to com histórias, músicas, jogos, filmes, entre outros. • Reconhecer a influência das dife- rentes matrizes culturais nas ma- nifestações folclóricas brasileiras. • Sensibilizar-se pela necessidade de respeitar a si mesmo e aos co- legas em relação às crenças, cos- tumes e tradições que orientam nossos pensamentos e atitudes. Destaques da BNCC • Com as brincadeiras de parlendas, jogos de adivinhação e a contação de lendas de personagens do folclo- re brasileiro, os alunos vão apreciar e experimentar formas distintas de arte e compreender o folclore como patrimônio cultural brasileiro, desen- volvendo a habilidade EF15AR21, a EF15AR25, citada anteriormente, e a Competência específica de Arte 3. • Inicie o tema pela leitura do poema disponível em: JOSÉ, Elias. Cantos de encantamento. São Paulo: Editora Formato, 1996. p. 9. • Pergunte se alguém já ouviu comen- tários sobre o personagem citado no poema. • Mencione que o Saci-Pererê é uma das mais populares entidades do fol- clore brasileiro. Solicite, então, que falem sobre o que conhecem acerca do tema folclore. Em seguida, peça para que observem a imagem da pá- gina e incentive-os a falar sobre as personagens que reconhecem e o que sabem sobre eles. • EF15AR21: Exercitar a imitação e o faz de conta, ressignificando objetos e fatos e experimen- tando-se no lugar do outro, ao compor e encenar acontecimentos cênicos, por meio de músi- cas, imagens, textos ou outros pontos de partida, de forma intencional e reflexiva. • Competência específica de arte 3: Pesquisar e conhecer distintas matrizes estéticas e cul- turais – especialmente aquelas manifestas na arte e na cultura brasileiras –, sua tradição e manifestações contemporâneas, reelaborando-as nas criações em Arte. Folclore e seus personagens11 50 Observe a imagem. 1. Você conhece esses personagens? Quais? Os personagens apresentados fazem parte do folclore brasileiro. O folclore é um saber que vem do povo. É um conjunto de costumes, tradições, lendas e manifestações artísticas. Essas tradições geralmente são transmitidas de uma pessoa para outra por meio de histórias contadas oralmente. Devido aos costumes e às tradições dos povos indígenas, dos portugueses, dos africanos e dos imigrantes, o Brasil possui uma tradição folclórica rica e diversificada. Resposta pessoal. Incentive os alunos a compartilharem suas opiniões. g19_2pma_lt_u4_p048a053.indd 50 22/12/17 11:28 51 2. Você conhece histórias sobre algum desses personagens? Conte para os colegas. Resposta pessoal. Incentive os alunos a compartilharem suas opiniões. S O N IA H O R N g19_2pma_lt_u4_p048a053.indd51 22/12/17 11:28 g19_mdn_mp_2pma_u4_p048a065.indd 50 23/12/17 14:30 51 Amplie seus conhecimentos • Nos livros e na animação sugeridos a seguir, você encontrará mais in- formações sobre manifestações da cultura brasileira. .CASCUDO, Luís da Câmara. Lite- ratura oral no Brasil. 2. ed. São Paulo: Global, 2006. .HORTA, Carlos Felipe de Melo Marques; MANZO, Maurizio. O grande livro do folclore. Belo Hori- zonte: Leitura, 2000. .PIMENTEL, Luís. Pau-Brasil: a arte e o engenho do povo. São Paulo: Moderna, 2010. .Animação baseada no mito indígena sobre o surgimento das Cataratas do Iguaçu. A Lenda das Cataratas. Disponível em: <http:// www.spiritanimation.com/pb/ curta-metragem-a-lenda-das- cataratas/>. Acesso em: 4 dez. 2017. • Estimule os alunos a observarem a imagem da página com a representação de alguns persona- gens folclóricos. Ajude-os a elaborar comentários sobre o que observam e o que conhecem do assunto fazendo questionamentos como: Quem são esses personagens? Onde vocês os viram ou ouviram falar sobre eles? Vocês se identificam com um deles? Por quê? Folclore e seus personagens11 50 Observe a imagem. 1. Você conhece esses personagens? Quais? Os personagens apresentados fazem parte do folclore brasileiro. O folclore é um saber que vem do povo. É um conjunto de costumes, tradições, lendas e manifestações artísticas. Essas tradições geralmente são transmitidas de uma pessoa para outra por meio de histórias contadas oralmente. Devido aos costumes e às tradições dos povos indígenas, dos portugueses, dos africanos e dos imigrantes, o Brasil possui uma tradição folclórica rica e diversificada. Resposta pessoal. Incentive os alunos a compartilharem suas opiniões. g19_2pma_lt_u4_p048a053.indd 50 22/12/17 11:28 51 2. Você conhece histórias sobre algum desses personagens? Conte para os colegas. Resposta pessoal. Incentive os alunos a compartilharem suas opiniões. S O N IA H O R N g19_2pma_lt_u4_p048a053.indd 51 22/12/17 11:28 g19_mdn_mp_2pma_u4_p048a065.indd 51 23/12/17 14:30 52 • Apresente histórias e contos folcló- ricos das diferentes regiões brasilei- ras. Escolha aquelas que você con- siderar apropriadas à faixa etária da turma. Seguem algumas sugestões. .Norte: Como nasceu o guaraná, O segredo do Uirapuru, Vitória-régia, Cobra Norato, Curupira, Iara, Boto. .Nordeste: A cidade encantada de Jericoacoara, Carro caído, A morte do Zumbi, As mangas de jasmim de Itamaracá. .Centro-oeste: Chico Rei, A missa dos mortos, Romãozinho, Os tatus brancos. .Sudeste: Saci-Pererê, Mula sem Cabeça, Catira (Cateretê), Cana- -verde, Caxambu, Jongo, Quadri- lha e Fandango. .Sul: Boitatá, Lenda do sapé, Negri- nho do pastoreio, A lenda da gralha azul, Fonte dos Amores, Tiaracajú, Saci-Pererê e Curupira. 52 Vamos conhecer um pouco mais sobre alguns personagens do folclore brasileiro. Diz a lenda que, à noite, ele sai do rio e transforma-se em um belo homem, que vai em busca de uma namorada. Ao amanhecer, ele volta para o rio e se transforma em Boto novamente. O Boto é um animal parecido com um golfinho que vive nas águas dos rios. Esse ser não tem cabeça, solta fogo pelo pescoço e sai galopando pela escuridão. Menino negro, de uma perna só, que usa um calção e um gorro vermelhos. Segundo a lenda, quando uma mulher namora um padre, ela se transforma em uma mula sem cabeça nas madrugadas de sexta-feira. Ele pula pra lá e pra cá e adora pregar peças nas pessoas. Uma de suas travessuras preferidas é esconder objetos. g19_2pma_lt_u4_p048a053.indd 52 22/12/17 11:28 A Iara mora no fundo das águas e, ao entardecer, ela vem para a superfície e atrai os pescadores com seu canto. Hipnotizados, eles se jogam nas águas e se afogam. 53 3. Qual desses personagens você achou mais interessante? Por quê? O Boitatá é uma cobra de fogo muito grande e com olhos brilhantes que parecem faróis. A Iara é uma sereia, com corpo de mulher da cintura para cima e corpo de peixe da cintura para baixo. Como o próprio nome diz, é a mistura de lobo com homem. Diz a lenda que o Boitatá pode se transformar em uma tora em brasa para assustar aqueles que destroem as matas. É um homem que, nas noites de lua cheia, se transforma em lobisomem e ataca qualquer um que cruzar o seu caminho. Resposta pessoal. Incentive os alunos a compartilharem suas opiniões. FA B IO E U G E N IO g19_2pma_lt_u4_p048a053.indd 53 22/12/17 11:28 g19_mdn_mp_2pma_u4_p048a065.indd 52 23/12/17 14:30 53 • Peça aos alunos que observem as imagens e, em seguida, questione- -os sobre as personagens ilustra- das, se são conhecidas por eles, se conhecem histórias das quais fazem parte, se alguém poderia contá-las aos amigos. • Façam a leitura das imagens e tex- tos, incentivando-os a expressar suas opiniões e aproveite para fa- zer um levantamento prévio sobre as histórias e as lendas do folclore brasileiro. Verifique se o significado de folclore ficou claro para a turma. Leia o comentário de Cristina Rolim Wolffenbüttel sobre o tema: Mais atividades • Divida a turma em grupos e solicite uma pes- quisa sobre contos e histórias do folclore das diferentes regiões brasileiras. Em seguida, comente com os alunos que antigamente as pessoas se reuniam para descansar, depois de um dia de trabalho, para contar histórias de as- sombração e de aventuras, além de conversar próximo a fogueiras, velas ou lampiões acesos. Promova um momento semelhante com a tur- ma, uma espécie de café com histórias. • Organize-os em pequenos grupos para que escolham uma das histórias do folclore brasi- leiro pesquisadas. Explique que eles serão os contadores dessas histórias. • No dia marcado, ajeite o espaço e peça para que os alunos se acomodem em um círculo, e comecem a contação de histórias. Podem ser utilizados objetos como personagens ou para sonorização da história. O folclore e a cultura, então, não são feitos de reconstituições idên- ticas dos fatos, dos repertórios, dos hábitos, etc. Ao se falar [...] em tradição, tanto no que diz respeito à cultura quanto ao folclore, deve- -se levar em consideração que não se trata de sobrevivência, mas de uma continuidade sociocultural. [...] É possível que, dentre o manan- cial de conhecimento existente dentro do espaço escolar, o folclo- re surja como um dos aspectos da cultura dos alunos. Ao oportuni- zar a entrada desses saberes cul- turais dos alunos, a escola possibi- lita a análise e a reconstrução dos mesmos, resultando numa apren- dizagem relevante. [...] WOLFFENBÜTTEL, Cristina Rolim. Vivências e concepções de folclore e música folclórica: um survey com os alunos de 9 a 11 anos do ensino fundamental. Porto Alegre, 2004. p. 32, 37-38. Dissertação de Mestrado - Instituto de Artes - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 52 Vamos conhecer um pouco mais sobre alguns personagens do folclore brasileiro. Diz a lenda que, à noite, ele sai do rio e transforma-se em um belo homem, que vai em busca de uma namorada. Ao amanhecer, ele volta para o rio e se transforma em Boto novamente. O Boto é um animal parecido com um golfinho que vive nas águas dos rios. Esse ser não tem cabeça, solta fogo pelo pescoço e sai galopando pela escuridão. Menino negro, de uma perna só, que usa um calção e um gorro vermelhos. Segundo a lenda, quando uma mulher namora um padre, ela se transforma em uma mula sem cabeça nas madrugadas de sexta-feira. Ele pula pra lá e pra cá e adora pregar peças nas pessoas. Uma de suas travessuras preferidas é esconder objetos. g19_2pma_lt_u4_p048a053.indd 52 22/12/17 11:28 A Iara mora no fundo das águas e, ao entardecer, ela vem para a superfície e atrai os pescadores com seu canto. Hipnotizados, eles se jogam nas águas e se afogam. 53 3. Qual desses personagens você achou mais interessante? Por quê? O Boitatá é uma cobra de fogomuito grande e com olhos brilhantes que parecem faróis. A Iara é uma sereia, com corpo de mulher da cintura para cima e corpo de peixe da cintura para baixo. Como o próprio nome diz, é a mistura de lobo com homem. Diz a lenda que o Boitatá pode se transformar em uma tora em brasa para assustar aqueles que destroem as matas. É um homem que, nas noites de lua cheia, se transforma em lobisomem e ataca qualquer um que cruzar o seu caminho. Resposta pessoal. Incentive os alunos a compartilharem suas opiniões. FA B IO E U G E N IO g19_2pma_lt_u4_p048a053.indd 53 22/12/17 11:28 g19_mdn_mp_2pma_u4_p048a065.indd 53 23/12/17 14:30 54 • Leia e comente com os alunos um dos cantos de encantamento de Elias José, incentivando-os a tecer os próprios comentários sobre o poema. Pergunte se algum deles já ouviu falar ou conhece a história do Curupira. Em seguida, solicite que façam os desenhos de como ima- ginam esse personagem do folclore brasileiro. Ao final, peça que apre- sentem seus desenhos e conversem sobre as produções: Ficaram pareci- das? Qual ficou mais diferente? Entre elas, qual é a mais assustadora? E a mais simpática? Estimule-os a criar o hábito de comentar as próprias pro- duções e as dos colegas de turma, sempre de modo respeitoso. Mais atividades • Em um trabalho articulado com a disciplina de Geografia ou Ciências, solicite aos alu- nos que pesquisem fotografias em revistas, jornais, livros de recorte ou em sites ima- gens sobre a situação ecológica do planeta Terra e tragam para sala de aula. Oriente-os a comentar sobre as imagens pesquisadas, o que eles pensam sobre o tema das ima- gens, entre outras propostas. • Em seguida, faça a leitura ou apresente um vídeo sobre a história do Curupira. Pergunte a eles se o personagem se parece com o que imaginavam e desenharam. Por quê? Rela- cione, então, os personagens com os recor- tes que eles trouxeram para a sala de aula. Que relações podem ser estabelecidas? • Finalize solicitando aos alunos que elabo- rem um desenho que demonstre o que o personagem faria diante da forma como te- mos nos relacionado com a natureza. 54 ATIVIDADES 1. Leia um texto da artista Marlene Crespo. •Como você imagina que seja o Curupira? Desenhe-o no espaço a seguir. guariba: denominação comum de alguns macacos [...] Ele é quase anão, mas tem força enorme; cabelos vermelhos, dentes de guariba, pontudos e verdes. O corpo é peludo, e as pontas dos pés, para trás. Assim, engana o rastro. [...] Curupira: o guardião da floresta, de Marlene Crespo. Peirópolis, São Paulo: 2012. p. 22. g19_2pma_lt_u4_p054a060.indd 54 22/12/17 11:29 55 2. A foto abaixo retrata uma performance de Janaina Tschäpe. Uma característica marcante dessa artista alemã é que suas obras são povoadas de seres e personagens que habitam florestas e mares imaginários. Maia 1, de Janaina Tschäpe. Foto, 2004. Coleção particular. a. Observe a imagem acima. Em sua opinião, qual ser foi representado pela artista? Resposta pessoal. Incentive os alunos a compartilharem suas ideias e opiniões. b. Agora é a sua vez! Use a criatividade e retrate personagens do folclore brasileiro. Para isso, você pode utilizar jornais, recortes de papel, bexigas, retalhos de tecidos, embalagens vazias entre outros materiais. A C E R V O D A A R T IS TA – J A N A IN A T S C H A P E S T U D IO , N O VA Y O R K g19_2pma_lt_u4_p054a060.indd 55 22/12/17 11:29 g19_mdn_mp_2pma_u4_p048a065.indd 54 23/12/17 14:30 55 • Incentive os alunos a observarem a imagem e questione se eles acham que se trata de uma obra de arte, sobre os materiais utilizados pela artista, o lugar onde o trabalho é rea- lizado, qual é o tema, como deve ser apresentado para outras pessoas, etc. • Apresente, então, a artista alemã ra- dicada no Brasil Janaina Tschäpe. Comente que ela desenvolve diver- sas linguagens, meios e suportes, como o desenho, o vídeo, passando pela pintura, fotografia e performan- ce. Em suas obras, são criados uni- versos particulares – ambientes em suspensão, idílicos e repletos de fan- tasia. Uma mistura de reinos vegetal, animal e mineral soma-se à natureza humana, criando situações em al- gum lugar entre a fábula e a ficção científica. Segundo a artista: Amplie seus conhecimentos • No livro indicado a seguir, você encontrará textos que auxiliarão na reflexão sobre a po- tência das artes visuais e da arte contemporâ- nea no trabalho com as crianças com base em uma docência investigativa e inventiva. .CUNHA, Susana Rangel Vieira; CARVALHO, Rodrigo Saballa. Arte contemporânea e edu- cação infantil: crianças observando, desco- brindo e criando. Porto Alegre: Mediação, 2017. • Neste livro, você encontrará diversos artistas brasileiros e propostas que podem ajudar a elaborar suas aulas. .DIEGUES, Isabel et al. Arte brasileira para crianças: 100 artistas e atividades para você brincar. Rio de Janeiro: Cobogó, 2016. [...] A fotografia acontece no mo- mento em que estou fazendo a performance no meio do mato. Quando volto para o estúdio com a memória da performance, co- meço logo a editar as fotos. [...]. FERREIRA, Adriana; LONGMAN, Gabriela. Janaina Tschäpe mostra sua diversidade. Folha de S.Paulo, São Paulo, 2 nov. 2006. Caderno Acontece. Disponível em: <https:// www1.folha.uol.com.br/fsp/acontece/ ac0211200602.htm>. Acesso em: 5 dez. 2017. • Para a realização da atividade pro- posta, os alunos podem ser organi- zados individualmente ou em grupo. Ouça o que eles têm para dizer a res- peito e faça as adaptações neces- sárias. Você pode propor que façam um desenho do que pretendem reali- zar, pensando nos materiais que vão precisar para a criação dos persona- gens. Outra possibilidade é construir uma escultura com base. Ao final do processo, façam como a artista, es- colham um local e filmem ou fotogra- fem a performance. 54 ATIVIDADES 1. Leia um texto da artista Marlene Crespo. •Como você imagina que seja o Curupira? Desenhe-o no espaço a seguir. guariba: denominação comum de alguns macacos [...] Ele é quase anão, mas tem força enorme; cabelos vermelhos, dentes de guariba, pontudos e verdes. O corpo é peludo, e as pontas dos pés, para trás. Assim, engana o rastro. [...] Curupira: o guardião da floresta, de Marlene Crespo. Peirópolis, São Paulo: 2012. p. 22. g19_2pma_lt_u4_p054a060.indd 54 22/12/17 11:29 55 2. A foto abaixo retrata uma performance de Janaina Tschäpe. Uma característica marcante dessa artista alemã é que suas obras são povoadas de seres e personagens que habitam florestas e mares imaginários. Maia 1, de Janaina Tschäpe. Foto, 2004. Coleção particular. a. Observe a imagem acima. Em sua opinião, qual ser foi representado pela artista? Resposta pessoal. Incentive os alunos a compartilharem suas ideias e opiniões. b. Agora é a sua vez! Use a criatividade e retrate personagens do folclore brasileiro. Para isso, você pode utilizar jornais, recortes de papel, bexigas, retalhos de tecidos, embalagens vazias entre outros materiais. A C E R V O D A A R T IS TA – J A N A IN A T S C H A P E S T U D IO , N O VA Y O R K g19_2pma_lt_u4_p054a060.indd 55 22/12/17 11:29 g19_mdn_mp_2pma_u4_p048a065.indd 55 23/12/17 14:30 56 Objetivo • Conhecer e exercitar-se com brin- cadeiras folclóricas que passam de geração em geração, por meio da apreciação de imagens de ar- tistas distintos, que registraram brincadeiras como tema das suas produções, mediados por diferen- tes procedimentos artísticos. Destaques da BNCC • Ao realizar a apreciação e análise dos componentes da visualidade de diferentes imagens e obras de arte, explorando a criatividade em cria- ções pictóricas, contemplam-se as habilidades EF15AR01, EF15AR03 (citadas anteriormente) e EF15AR05. • Ao brincar e explorar brincadeiras, como jogos, canções e danças, buscando reconhecer nelasa contri- buição e as influências dos diferen- tes povos que contribuíram para a construção da cultura nacional, tra- balham-se as habilidades EF15AR24 e EF15AR25, mencionadas anterior- mente. • Incentive os alunos a observarem a imagem com atenção, para respon- der aos questionamentos propostos. Faça a mediação para que, nesse momento de contemplação da ima- gem, eles também façam uma análi- se dos elementos da visualidade que se destacam na pintura de Portinari, tais como as cores que predominam, a presença de texturas, entre outros. • Estabeleça relações entre a pintura analisada e as brincadeiras do fol- clore brasileiro. Apresente exemplos para ajudá-los a recordar as brinca- deiras, cantigas de roda, músicas, adivinhas e parlendas que já viven- ciaram em algum momento, ou para que venham a conhecê-las. • EF15AR05: Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborati- vo, explorando diferentes espaços da escola e da comunidade. 56 Tem brincadeiras no folclore!2 Você sabia que muitas brincadeiras que conhecemos já existem há muito tempo? Elas fazem parte do nosso folclore. Alguns artistas retratam essas brincadeiras em suas obras. Esse é o caso do pintor paulista Candido Portinari. Veja o que ele retratou em uma de suas telas. 1. Do que essas crianças estão brincando? 2. Você conhece essa brincadeira? Conte para os colegas. 3. Quais são as suas brincadeiras preferidas? Além das brincadeiras, o folclore brasileiro é rico em cantigas de roda, músicas, adivinhas e parlendas. 4. Quais cantigas e parlendas você conhece? parlendas: versos recitados em brincadeiras infantis. Pintura de Candido Portinari. Óleo sobre madeira, 53,5 cm ≥ 64,5 cm. 1957. Coleção particular. Elas estão brincando de pula carniça. Resposta pessoal. Incentive os alunos a compartilharem suas opiniões e experiências. Resposta pessoal. Estimule os alunos a socializarem suas respostas. Resposta pessoal. Incentive os alunos a cantarem as cantigas e a recitarem as parlendas que conhecem. D IR E IT O D E R E P R O D U Ç Ã O G E N T IL M E N T E C E D ID O P O R J O Ã O C A N D ID O P O R T IN A R I/ P R O JE TO P O R T IN A R I – C O LE Ç Ã O P A R T IC U L A R g19_2pma_lt_u4_p054a060.indd 56 22/12/17 11:29 57 Desde pequeno, Candido Portinari (1903-1962) gostava de desenhar e pintar. Com apenas nove anos, fez seu primeiro trabalho como artista, ajudando um grupo de pintores italianos na decoração de uma igreja. Percebendo seu talento, seus pais o incentivaram a se dedicar à sua formação como artista. Alguns anos depois, ele saiu da pequena cidade onde morava, no interior do estado de São Paulo, para estudar e mais tarde se tornar um grande pintor. As obras de Portinari retratam, principalmente, a história, o povo e a cultura do Brasil, tendo como referência a realidade com a qual ele conviveu na infância. Suas obras podem ser vistas em museus e edifícios no Brasil e em outros países. A casa onde ele morou durante a infância e a juventude tornou-se o Museu Casa de Portinari, onde alguns de seus trabalhos ficam expostos permanentemente. Fachada do Museu Casa de Portinari, em Brodowski, São Paulo, 2015. CONHECENDO O ARTISTA P IE R R E D U A R T E /F O LH A P R E S S g19_2pma_lt_u4_p054a060.indd 57 22/12/17 11:29 g19_mdn_mp_2pma_u4_p048a065.indd 56 23/12/17 14:30 57 • Se possível, leve os alunos ao labora- tório de informática para explorarem o site e conhecerem outras obras do pintor Candido Portinari. Disponível em: <http://www.portinari.org.br>. Acesso em: 5 dez. 2017. • Você pode fazer também uma sele- ção de obras do artista cujos temas sejam brincadeiras e apresentá-la junto a obras de outros artistas que já retrataram brincadeiras infantis, como Milton da Costa, Tarsila do Amaral, Carlos Scliar, Alfredo Volpi, Ricardo Ferrari, Ivan Cruz, entre ou- tros. Promova um momento de ob- servação das imagens para analisar as brincadeiras retratadas e conhe- cer o jeito de pintar de cada artista. Amplie seus conhecimentos • O projeto Coral Curumin oferece ofi- cina de canto coral com repertório constituído de obras musicais brasi- leiras e estrangeiras de vários estilos e épocas. No vídeo, você pode as- sistir a um pot-pourri de canções fol- clóricas infantis brasileiras. Disponí- vel em: <https://www.youtube.com/ watch?v=SxxJYkw26qk>. Acesso em: 5 dez. 2017. • O Instituto Rodrigo Mendes é uma organização com a missão de co- laborar para que toda pessoa com deficiência tenha uma educação de qualidade na escola comum. Dis- ponível em: <https://www.youtube. com/user/InstRodrigoMendes>. Acesso em: 5 dez. 2014 • Outra possibilidade é propor um trabalho articulado com a disciplina de Ciências, para os alunos conhe- cerem melhor as tintas, sua compo- sição e alguns elementos tóxicos. Apresente o projeto em desenvolvi- mento chamado Mancha Orgânica, que produz tintas orgânicas, atóxi- cas e vegetais sempre comprometi- das com a sustentabilidade. Saberes integrados 56 Tem brincadeiras no folclore!2 Você sabia que muitas brincadeiras que conhecemos já existem há muito tempo? Elas fazem parte do nosso folclore. Alguns artistas retratam essas brincadeiras em suas obras. Esse é o caso do pintor paulista Candido Portinari. Veja o que ele retratou em uma de suas telas. 1. Do que essas crianças estão brincando? 2. Você conhece essa brincadeira? Conte para os colegas. 3. Quais são as suas brincadeiras preferidas? Além das brincadeiras, o folclore brasileiro é rico em cantigas de roda, músicas, adivinhas e parlendas. 4. Quais cantigas e parlendas você conhece? parlendas: versos recitados em brincadeiras infantis. Pintura de Candido Portinari. Óleo sobre madeira, 53,5 cm ≥ 64,5 cm. 1957. Coleção particular. Elas estão brincando de pula carniça. Resposta pessoal. Incentive os alunos a compartilharem suas opiniões e experiências. Resposta pessoal. Estimule os alunos a socializarem suas respostas. Resposta pessoal. Incentive os alunos a cantarem as cantigas e a recitarem as parlendas que conhecem. D IR E IT O D E R E P R O D U Ç Ã O G E N T IL M E N T E C E D ID O P O R J O Ã O C A N D ID O P O R T IN A R I/ P R O JE TO P O R T IN A R I – C O LE Ç Ã O P A R T IC U L A R g19_2pma_lt_u4_p054a060.indd 56 22/12/17 11:29 57 Desde pequeno, Candido Portinari (1903-1962) gostava de desenhar e pintar. Com apenas nove anos, fez seu primeiro trabalho como artista, ajudando um grupo de pintores italianos na decoração de uma igreja. Percebendo seu talento, seus pais o incentivaram a se dedicar à sua formação como artista. Alguns anos depois, ele saiu da pequena cidade onde morava, no interior do estado de São Paulo, para estudar e mais tarde se tornar um grande pintor. As obras de Portinari retratam, principalmente, a história, o povo e a cultura do Brasil, tendo como referência a realidade com a qual ele conviveu na infância. Suas obras podem ser vistas em museus e edifícios no Brasil e em outros países. A casa onde ele morou durante a infância e a juventude tornou-se o Museu Casa de Portinari, onde alguns de seus trabalhos ficam expostos permanentemente. Fachada do Museu Casa de Portinari, em Brodowski, São Paulo, 2015. CONHECENDO O ARTISTA P IE R R E D U A R T E /F O LH A P R E S S g19_2pma_lt_u4_p054a060.indd 57 22/12/17 11:29 g19_mdn_mp_2pma_u4_p048a065.indd 57 23/12/17 14:30 58 • Declaração de Renata Meirelles sobre a importância do brincar: [...] Quando a criança brinca ela é verdadeiramente ela. E os benefícios disso se projetam para além da infância. Imagine se nós, adultos, pudéssemos ter contato o tempo todo com as nos- sas verdades e agir dentro delas? Teríamos mais facilidade de vivê-las em nosso trabalho, em nossas relações. Brincar é qualificar a existência humana. Por isso reforço a necessidade do silêncio, dasolidão, na contramão do excesso, para que as crianças possam ter contato com elas mesmas. [...] BASILIO, Ana Luiza. “Ao brincar, as crianças entram em contato consigo mesmas e com o mundo”. Carta Educação, 25 maio 2017. Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br/entrevistas/ao-brincar-as-criancas- entram-em-contato-consigo-mesmas-e-com-o-mundo/>. Acesso: 5 dez. 2017. Mais atividades • Após a vivência das brincadeiras e da análise das imagens, proponha aos alunos que pintem suas brinca- deiras preferidas. Para isso, separe os materiais: .Tinta guache ou acrílica; .Papel de 180g ou 200g; .Pincéis; .Recipientes para a água; .Panos. • Oriente-os a compor uma cena que retrate o espaço, ele e seus amigos brincando. Organize uma exposição e promova um momento para todos comentarem as pinturas e as brinca- deiras, como são realizadas, se elas têm regras, se é preciso algum objeto para praticá-las, etc. 58 ATIVIDADES 1. No espaço abaixo, faça um desenho retratando a sua brincadeira favorita. g19_2pma_lt_u4_p054a060.indd 58 22/12/17 11:29 59 2. A parlenda abaixo foi representada por meio de números e imagens. Observe-a atentamente, e depois, escreva a letra da parlenda representada. Um, dois, feijão com arroz Três, quatro, feijão no prato Cinco, seis, bolo inglês Sete, oito, comer biscoito Nove, dez, comer pastéis. P A U LA K R A N Z g19_2pma_lt_u4_p054a060.indd 59 22/12/17 11:29 g19_mdn_mp_2pma_u4_p048a065.indd 58 23/12/17 14:30 59 • Leia a parlenda proposta e questione se os alunos sabem o que é uma par- lenda e se conhecem outro exemplo do gênero. • Organize com os alunos uma cole- ção de parlendas e, com base em uma das parlendas, proponha um desenho. Leia uma parte da história e sugira que os alunos escrevam ver- sos alternativos que rimem com os versos originais. Em seguida, solicite que elaborem um desenho inspira- do na história e nos versos criados. Como na parlenda desta página “um dois, feijão com arroz...”, para os últi- mos versos, “nove, dez, comer pas- téis”, há mais de uma possibilidade conhecida e já registrada: “nove, dez, as mãos nos pés”; “nove, dez, vá na bica lavar os pés, que eu te dou quinhentos réis”. Poderíamos, sem dificuldade, encontrar ainda outros versos para finalizar esta parlenda, não é mesmo? • Recite também algumas adivinhas e peça para a turma, em vez de respon- der, desenhar as respostas. Corrijam juntos e, em seguida, abra espaço para que os alunos que souberem contem as adivinhas que conhecem. Amplie seus conhecimentos • Essa animação da Turma da Mônica pode ser exibida em sala de aula, a fim de instigar um debate sobre os brinque- dos na atualidade. Brinquedos. Dis- ponível em: <https://www.youtube. com/watch?v=- jJ2WA5OdZA>. Acesso em: 5 dez. 2017. • Território do brincar é um documentá- rio de Renata Meirelles e David Reeks que promove a escuta, o intercâmbio de saberes, de registro e difusão da cultura infantil. No site, você pode co- nhecer mais a respeito do projeto e ver vídeos e brincadeiras das comuni- dades que eles visitaram. Disponível em: <http://territoriodobrincar.com. br>. Acesso em: 5 dez. 2017. 58 ATIVIDADES 1. No espaço abaixo, faça um desenho retratando a sua brincadeira favorita. g19_2pma_lt_u4_p054a060.indd 58 22/12/17 11:29 59 2. A parlenda abaixo foi representada por meio de números e imagens. Observe-a atentamente, e depois, escreva a letra da parlenda representada. Um, dois, feijão com arroz Três, quatro, feijão no prato Cinco, seis, bolo inglês Sete, oito, comer biscoito Nove, dez, comer pastéis. P A U LA K R A N Z g19_2pma_lt_u4_p054a060.indd 59 22/12/17 11:29 g19_mdn_mp_2pma_u4_p048a065.indd 59 23/12/17 14:30 60 Objetivos • Compreender a noção de brincar no imaginário popular dando ên- fase em suas matrizes culturais. • Conhecer e experimentar outros modos de brincar, com base na construção de brinquedos de épocas e costumes diferentes. Destaques da BNCC • A observação e a análise de imagens de diferentes épocas e suportes permitirão que os alunos explorem materiais diversos e elaborem co- mentários sobre a própria produção e a dos colegas, contemplando as habilidades EF15AR01 e EF15AR04 citadas anteriormente, e também as habilidades EF15AR02 e EF15AR06. • Ao realizar atividades explorando a linguagem teatral e seus componen- tes, com temáticas de diferentes ma- trizes estéticas e culturais, são tra- balhadas as habilidades EF15AR20, EF15AR24 e EF15AR25, citadas anteriormente, além da habilidade EF15AR21. • Promova a apreciação das imagens e incentive os alunos a responderem às questões, de forma que elas sejam analisadas observando-se aspectos visuais e históricos. Você pode bus- car outras obras de arte ou imagens de publicidade, antigas e recentes. Como atividade, utilize a obra Go- leiro, de Dim Brinquedim, como referência e peça para as crianças escolherem um dos personagens e modelar em massinha ou em papel machê. Oriente-as a pintar um su- porte com elementos relacionados à lenda desse personagem. Quando o suporte estiver seco, cole o persona- gem modelado. Incentive os alunos a comentarem sobre o trabalho. • EF15AR02: Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, for- ma, cor, espaço, movimento etc.). • EF15AR06: Dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sentidos plurais. • Leia o trecho a seguir sobre a importância do brincar de faz de conta com bonecos: Por meio dos bonecos, por exemplo, as crianças projetam emoções, simulam situações e ensaiam comportamentos próprios e de pessoas do seu convívio. São, portanto, instru- mentos que as ajudam a expressar sentimentos, compreender o cotidiano e, até mesmo, construir a identidade. Como trabalhar com bonecos para uma abordagem pedagógica multicultural e inclusiva. Disponível em: <http://educacaointegral. org.br/metodologias/trabalhar-bonecos-abordagem-pedagogica-multicultural-inclusiva/>. Acesso em: 5 dez. 2017. • Estimule os alunos a compartilha- rem suas experiências, enumeran- do os brinquedos que conhecem, retomando alguns aspectos visuais e brincadeiras relacionadas. Ideias para compartilhar Brincar de boneca 60 Brinquedos que o povo tem 3 Observe estas imagens. 1. O que a artista retratou nessa obra? 2. Que materiais você acha que a artista usou para produzir essa obra? A boneca é um dos brinquedos mais antigos e mais conhecidos entre as crianças de todo o mundo. Existem bonecas de diversos tipos, feitas com diferentes técnicas e materiais. A boneca Abayomi, mostrada na foto ao lado, por exemplo, é feita com retalhos de tecidos. Pintura de Tarsila do Amaral. Óleo sobre tela, 60 cm ≥ 45 cm. 1928. Coleção Sérgio S. Fadel, na cidade do Rio de Janeiro. Você conhece outros brinquedos brasileiros? Quais? Tarsila do Amaral retratou uma boneca. Resposta pessoal. A artista usou tinta sobre tela. R O M U LO F IA LD IN I/ T E M P O C O M S P O TO – C O LE Ç Ã O S E R G IO S . F A D E L , R IO D E J A N E IR O JO S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_2pma_lt_u4_p054a060.indd 60 22/12/17 11:29 1. perguntas - esse box pode mudar tamanho e de lugar dentro do espelho 61 CIDADÃO DO MUNDO Quem pode brincar? A boneca Abayomi, que vimos na página anterior, é feita de retalhos de tecidos, sem costura e apenas com nós. De acordo com a tradição, ela era feita apenas para meninas brincarem. Mas, e hoje em dia, será que essa regra ainda vale? “Boneca é brinquedo de menina. Carrinho é brinquedo de menino.” Talvez você já tenha ouvido alguém dizer algo parecido. Mas isso não é verdade! Não existe brinquedo só para meninas ou só para meninos. Boneca, carrinho, bola, bicicleta... Cada criança pode brincar com o brinquedo que quiser. 1. Você acha que brinquedos de meninos e de meninas devem ser diferentes? Por quê? 2. Você jádeixou de brincar com algum brinquedo por pensar que fosse só para menino ou só para menina? Como você se sentiu? R A ÍS S A B U LH Õ E S g19_2pma_lt_u4_p061a065.indd 61 22/12/17 11:29 g19_mdn_mp_2pma_u4_p048a065.indd 60 23/12/17 14:30 61 • RIBEIRO, Marcos. Menino brinca de bone- ca? São Paulo: Moderna, 1990. • ROCHA. Camilo. Nem de menina, nem de menino, apenas brinquedo. Disponí- vel em: <https://www.nexojornal.com.br/ especial/2016/06/08/Nem-de-menino- nem-de-menina.-Apenas-brinquedos>. Acesso: 6 dez. 2017. • Meu nome é LIV – BRINQUEDOS. Dis- ponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=qVxZe0BRP1Q>. Acesso em: 6 dez. 2017. • CORREIA, João Diogo. Finalmente uma mar- ca decidiu parar de criar brinquedos só para meninas ou só para meninos. Disponível em: <http://www.hypeness.com.br/2014/02/ para-acabar-com-estereotipos-cadeia- de-brinquedos-sueca-cria-catalogos-de- genero-neutro/>. Acesso em: 6 dez. 2017 • BORGES, Felipe. Isso é coisa de menina. E de menino também. Disponível em: <http:// oficinadeimagens.org.br/isso-e-coisa-de- menina-e-de-menino-tambem/>. Acesso em: 6 dez. 2017. Quem pode brincar? • Esta seção tem como objetivo traba- lhar o Tema contemporâneo Sexuali dade ao propor uma reflexão acerca das crianças e suas brincadeiras, do ponto de vista da desconstrução de estereótipos sobre a existência de brinquedos feitos para meninas e para meninos, transformando a sala de aula em um ambiente mais igua- litário, que permita que a criança exercite expressividade e represente o próprio mundo com mais liberdade. 1. Resposta pessoal. Coordene a dis- cussão entre os alunos mediando a diversidade de respostas que pos- sam surgir. Incentive-os a manifes- tar suas opiniões sobre o assunto, de maneira que todos possam fa- zer considerações sobre o tema, auxiliando-os a compreender que a divisão de brincadeiras e brin- quedos por gênero é uma constru- ção social. 2. Resposta pessoal. Estimule os alu- nos a compartilharem suas expe- riências, emoções e sentimentos relacionados ao tema com os de- mais colegas, contribuindo para que percebam que o gesto de escolher brincadeiras variadas não determina sua sexualidade, mas que é possível explorar, aprender e sonhar sem limi- tações através de uma diversidade de brinquedos e brincadeiras. Amplie seus conhecimentos Brincar de boneca 60 Brinquedos que o povo tem 3 Observe estas imagens. 1. O que a artista retratou nessa obra? 2. Que materiais você acha que a artista usou para produzir essa obra? A boneca é um dos brinquedos mais antigos e mais conhecidos entre as crianças de todo o mundo. Existem bonecas de diversos tipos, feitas com diferentes técnicas e materiais. A boneca Abayomi, mostrada na foto ao lado, por exemplo, é feita com retalhos de tecidos. Pintura de Tarsila do Amaral. Óleo sobre tela, 60 cm ≥ 45 cm. 1928. Coleção Sérgio S. Fadel, na cidade do Rio de Janeiro. Você conhece outros brinquedos brasileiros? Quais? Tarsila do Amaral retratou uma boneca. Resposta pessoal. A artista usou tinta sobre tela. R O M U LO F IA LD IN I/ T E M P O C O M S P O TO – C O LE Ç Ã O S E R G IO S . F A D E L , R IO D E J A N E IR O JO S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_2pma_lt_u4_p054a060.indd 60 22/12/17 11:29 1. perguntas - esse box pode mudar tamanho e de lugar dentro do espelho 61 CIDADÃO DO MUNDO Quem pode brincar? A boneca Abayomi, que vimos na página anterior, é feita de retalhos de tecidos, sem costura e apenas com nós. De acordo com a tradição, ela era feita apenas para meninas brincarem. Mas, e hoje em dia, será que essa regra ainda vale? “Boneca é brinquedo de menina. Carrinho é brinquedo de menino.” Talvez você já tenha ouvido alguém dizer algo parecido. Mas isso não é verdade! Não existe brinquedo só para meninas ou só para meninos. Boneca, carrinho, bola, bicicleta... Cada criança pode brincar com o brinquedo que quiser. 1. Você acha que brinquedos de meninos e de meninas devem ser diferentes? Por quê? 2. Você já deixou de brincar com algum brinquedo por pensar que fosse só para menino ou só para menina? Como você se sentiu? R A ÍS S A B U LH Õ E S g19_2pma_lt_u4_p061a065.indd 61 22/12/17 11:29 g19_mdn_mp_2pma_u4_p048a065.indd 61 23/12/17 14:30 62 • Execute a atividade junto com os alunos, etapa por etapa, ajudando aqueles que demonstrarem mais di- ficuldade. Durante a elaboração, vá contando um pouco da história e dos significados atribuídos à confecção da boneca Abayomi. • Comente que a história dessa boneca está relacionada aos navios negreiros, onde eram feitas pelas mães africa- nas, que rasgavam retalhos de suas roupas e com eles criavam as bone- cas que serviam como amuleto de proteção e acalanto para seus filhos. Essas bonecas podiam representar personagens da mitologia Yorubá, tanto orixás como antepassados. • Já o título Abayomi faz referência a um encontro de mulheres negras que, na década de 1980, se uniram para fazer artesanato e confeccionar bonecas que as representassem de alguma forma. Ele significa “encon- tro feliz”, “encontro precioso”, “aque- le que traz felicidade e alegria”. Na técnica não se utiliza cola, costura ou qualquer suporte interno, somente retalhos sobrepostos, tranças e nós para construir a modelagem do cor- po. Em seu rosto, propositalmente, não há demarcação de boca, nariz e olhos, para favorecer o reconhe- cimento da identidade das múltiplas etnias africanas e, assim, estabele- cer comunicação subjetiva. Ensinar o modo de confeccionar a boneca e a sua história promove laços de fra- ternidade e reflexões históricas que fortalecem o substrato identitário dos povos afro-brasileiros. Mais atividades • Com a boneca em mãos, você pode propor uma exposição temática, como, por exemplo, as danças folclóricas brasileiras. Para isso, é necessário que se defina e efetue pesquisas sobre as danças, a fim de observar características que vão ajudar na confecção das bonecas (é dan- çada em grupo, pares ou individualmente, tem trajes típicos, algum local onde são dançadas). • Selecione e separe os materiais necessários. Para não perder as características, as bonecas devem ser confeccionadas seguindo a técnica Abayomi e decoradas com fitas, bordados, restos de bijuteria e miudezas. Finalizada a confecção, é só montar a exposição por temas. ATIVIDADES 62 1. Abayomi é uma boneca de origem africana. No Brasil, ela tornou-se um símbolo da luta dos afro-brasileiros contra o preconceito e a discriminação. Siga as orientações abaixo para fazer essa boneca. DC BA Corte dois retângulos de tecido preto, um com 24 ≥ 12 cm e outro com 24 ≥ 5 cm. Corte também um retângulo de tecido colorido com 14 ≥ 8 cm. Dê um nó no retângulo maior de tecido preto, deixando uma pequena ponta para cima. Dobre a ponta maior ao meio e corte uma parte dela na marca da dobra. Cada parte dessa ponta representará uma perna da boneca. Dê um nó em cada perna. Caso o nó fique no meio da perna, puxe-o até a ponta. MATERIAIS •tecido preto •tecido colorido •tesoura com pontas arredondadas COMO FAZER FO TO S : J O S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_2pma_lt_u4_p061a065.indd 62 22/12/17 11:29 63 H G F E Pegue o retângulo de tecido preto que sobrou e dobre-o ao meio no sentido do comprimento. Coloque a tira que obteve ao dobrar o tecido por trás da boneca e dê um nó logo abaixo da cabeça. Dobre o retângulo de tecido colorido ao meio duas vezes e corte a ponta da dobra. Essa será a roupa da boneca. Vista a roupa na boneca e amarre uma tirinha de tecido na cintura e outra na cabeça. Sua boneca está pronta! Dê um nó na ponta de cada braço. FO TO S : J O S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_2pma_lt_u4_p061a065.indd 63 22/12/17 11:29 g19_mdn_mp_2pma_u4_p048a065.indd 62 23/12/1714:30 63 • Para dar continuidade às propostas da unidade, você pode confeccionar uma boneca Ritxòcò, um dos patri- mônios imateriais brasileiros e sím- bolo da identidade cultural do povo indígena Karajá. • Contextualize a atividade apresen- tando o povo Karajá e seus costu- mes, contribuindo para diminuir os estereótipos que resistem à passa- gem do tempo em relação à popu- lação indígena. Para isso, proponha um trabalho articulado com a disci- plina de História. • Para confeccionar a boneca, apre- sente primeiro imagens e comente suas características, como os gra- fismos que representam as formas humanas, a pintura corporal, os ade- reços e também a fauna regional. Amplie seus conhecimentos • Conheça mais sobre as bonecas Abayomi e o trabalho de artesãs que dão continuidade à técnica. .VIEIRA, Kauê. Bonecas Abayomi: símbolo de resistência, tradição e poder feminino. Disponível em: <http://www.afreaka.com.br/ notas/bonecas-abayomi-simbolo-de- resistencia-tradicao-e-poder-feminino/>. Acesso em: 6 dez. 2017. .Boneca negra Abayomi. Disponível em: <http://www.bonecasabayomi.com.br/>. Acesso em: 6 dez. 2017. .MARTINS, Lena. Vida que voa. Rio de Janei- ro: 2011. • Neste link, você encontrará mais informações sobre as bonecas Karajá. Disponível em: <http:// portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/81>. Acesso em: 7 dez. 2017. [...] Nas aldeias, a boneca é dada às meninas, não somente como brin- quedo, mas também como ferra- menta de educação e de formação da identidade Karajá. Em geral, as meninas ganham um conjunto de bonecas, que as mulheres deno- minam como “família”. Essa famí- lia traz representações das diferen- tes faixas etárias das mulheres da aldeia, identificadas principalmen- te pelos ornamentos que usam. [...] Ritxòkò: a boneca de barro Karajá. Xapuri Socioambiental, 12 abr. 2016. Disponível em: <https://www.xapuri.info/cultura/ritxoko-a- boneca-de-barro-karaja/>. Acesso em: 6 dez. 2017. • Para confeccionar a boneca, prepa- re o espaço e selecione os materiais que serão utilizados. Você pode op- tar por argila, massinha de modelar, biscuit ou papel machê, materiais que permitam a modelagem. Separe também tinta guache e pincéis para a pintura. Oriente os alunos sobre os procedimentos que devem seguir para fazer a modelagem, dependen- do da escolha do material. Ao final, promova um estudo sobre as formas e significados presentes na pintura corporal indígena e pintem as bone- cas modeladas depois de estarem completamente secas. ATIVIDADES 62 1. Abayomi é uma boneca de origem africana. No Brasil, ela tornou-se um símbolo da luta dos afro-brasileiros contra o preconceito e a discriminação. Siga as orientações abaixo para fazer essa boneca. DC BA Corte dois retângulos de tecido preto, um com 24 ≥ 12 cm e outro com 24 ≥ 5 cm. Corte também um retângulo de tecido colorido com 14 ≥ 8 cm. Dê um nó no retângulo maior de tecido preto, deixando uma pequena ponta para cima. Dobre a ponta maior ao meio e corte uma parte dela na marca da dobra. Cada parte dessa ponta representará uma perna da boneca. Dê um nó em cada perna. Caso o nó fique no meio da perna, puxe-o até a ponta. MATERIAIS •tecido preto •tecido colorido •tesoura com pontas arredondadas COMO FAZER FO TO S : J O S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_2pma_lt_u4_p061a065.indd 62 22/12/17 11:29 63 H G F E Pegue o retângulo de tecido preto que sobrou e dobre-o ao meio no sentido do comprimento. Coloque a tira que obteve ao dobrar o tecido por trás da boneca e dê um nó logo abaixo da cabeça. Dobre o retângulo de tecido colorido ao meio duas vezes e corte a ponta da dobra. Essa será a roupa da boneca. Vista a roupa na boneca e amarre uma tirinha de tecido na cintura e outra na cabeça. Sua boneca está pronta! Dê um nó na ponta de cada braço. FO TO S : J O S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_2pma_lt_u4_p061a065.indd 63 22/12/17 11:29 g19_mdn_mp_2pma_u4_p048a065.indd 63 23/12/17 14:30 64 Destaques da BNCC • Ao apreciar a cestaria indígena como um conjunto de objetos de carac- terísticas diversas, determinadas pelos costumes das diferentes so- ciedades indígenas do território bra- sileiro, e buscando conhecer mais sobre a cultura indígena e refletir so- bre a situação dos indígenas que vi- vem nas cidades, contemplam-se as habilidades EF15AR01 e EF15AR25, anteriormente citadas, o Tema con- temporâneo Diversidade Cultural e a Competência específica de Arte 3. • Oriente os alunos a observarem as imagens propostas para responder às questões. Estimule-os a olhar com atenção as diferenças entre os cestos, imaginar prováveis funções ou significados desses objetos para a cultura indígena, e questione-os sobre o objeto como uma forma de manifestação artística. • Após os questionamentos, selecione fotografias ou vídeos que mostrem o vasto acervo de obras indígenas. Peça aos alunos que comentem se percebem semelhanças e diferenças entre as peças mostradas. Será que são objetos com um significado além da sua função utilitária? Acompanhando a aprendizagem • Verifique se os alunos reconhecem a existência de muitas sociedades indígenas no território brasileiro, cada qual com seus costumes, sua língua e seu modo de vida. Confirme se eles con- seguem relacionar as produções indígenas com esses costumes. Ajude-os a perceber que são resultado de uma visão e de um modo de se relacionar com o mundo muito próprios que originam objetos de uso cotidiano, porém simbólicos, carregados de significados e história. Cestaria indígena Vimos, nesta unidade, que os personagens folclóricos e suas lendas, brinquedos e brincadeiras fazem parte da cultura do nosso país. Outros elementos que fazem parte da nossa cultura são as pinturas, as esculturas e os objetos feitos por artesãos. A cestaria indígena é um exemplo de artesanato que mantém viva a tradição e a memória dos povos indígenas. Observe os cestos abaixo. 64 1. Observe os detalhes de cada tipo de cesto. De que material eles são feitos? Quais são as cores e formas criadas no trançado? Cestos dos indígenas Baniwa da região Amazônica, 2015. Cestos feitos pelos indígenas Mehinako, na cidade de São Paulo, 2015. 1. Os cestos são feitos de palha, e seus grafismos apresentam as cores preto, vermelho, rosa, azul, verde, amarelo e laranja. Esses desenhos são formados por linhas e formas geométricas, muitas vezes formando um padrão. R U B E N S C H A V E S /P U LS A R IM A G E N S IS M A R IN G B E R /P U LS A R IM A G E N S g19_2pma_lt_u4_p061a065.indd 64 22/12/17 11:29 PARA SABER MAIS 65 O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... • Personagens folclóricos? • Lendas do folclore brasileiro? • Brincadeiras que fazem parte do nosso folclore? • Brinquedos e sua importância cultural? • Cestaria indígena? CAM ILA CARM ONA •Meu livro de folclore, de Ricardo Azevedo. Ática, 2010. Nesse livro você vai conhecer contos populares e ditados, experimentar adivinhas e trava-línguas, aprender mais sobre os personagens do folclore brasileiro e se aventurar nesse universo mágico e infinito. •O jogo da parlenda, de Heloisa Prieto. Companhia das Letrinhas, 2005. Aprenda versinhos populares tão antigos, que ninguém sabe quem os criou. Nesse divertido livro, você vai encontrar algumas das parlendas mais conhecidas, aprender versos novos e inventar a sua própria parlenda. •Arte indígena, de Hildegard Feist. Moderna, 2010. Conheça diversas manifestações artísticas dos povos indígenas brasileiros, como a arte plumária, a cerâmica e a pintura corporal. R E P R O D U Ç Ã O R E P R O D U Ç Ã O R E P R O D U Ç Ã O g19_2pma_lt_u4_p061a065.indd 65 22/12/17 11:29 g19_mdn_mp_2pma_u4_p048a065.indd 64 23/12/17 14:30 65 Amplie seus conhecimentos • O livro a seguir apresenta uma visão panorâmica sobre a história e a cul- tura dos povos indígenasdo nosso país com base em suas manifesta- ções artísticas. .MARTINS, Alberto; KOK, Glória. Artes indígenas. Companhia das Letras: São Paulo, 2014. • Neste link, você terá acesso a mais informações sobre os objetos de cestaria indígena. Disponível em: <http://www.museudoindio.gov.br/ educativo/pesquisa-escolar/247- cestaria>. Acesso em: 7 dez. 2017 O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... • Provoque os alunos perguntando se eles se lembram quais foram os temas abordados nesta unidade. Verifique se eles se lembram de detalhes dos assuntos estuda- dos, entre eles vários aspectos do folclore brasileiro e seus persona- gens, um “brinquedo” de origem africana e outro de origem indíge- na, além das brincadeiras tradi- cionais que eles conheceram. • Questione-os acerca da impor- tância do folclore brasileiro e como eles entendem a importân- cia dos povos de origem africana e indígena na formação da cultura brasileira. O objetivo é perceber se eles conseguem elaborar co- mentários com base no que foi es- tudado sobre a influência africana e indígena na formação do nosso folclore, como também nas artes e em outros aspectos da nossa cultura. Ao final, solicite que ela- borem um desenho sobre um dos temas discutidos. Amplie seus conhecimentos • Conheça mais sobre os patrimônios culturais brasileiros no site do IPHAN, disponível em: <http:// portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/218>. Acesso em: 7 dez. 2017. • Neste link, a entrevistada Flora Pereira comenta sobre generalizações e estereótipos acerca da África e a falta de empenho das escolas em abordar o tema. .PAIVA, Thais. África sem estereótipos. Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br/ entrevistas/africa-sem-estereotipos/>. Acesso em: 7 dez. 2017. • Neste outro link, você encontrará mais informações sobre os povos indígenas brasileiros. Dispo- nível em: <https://pib.socioambiental.org/pt>. Acesso em: 7 dez. 2017. Cestaria indígena Vimos, nesta unidade, que os personagens folclóricos e suas lendas, brinquedos e brincadeiras fazem parte da cultura do nosso país. Outros elementos que fazem parte da nossa cultura são as pinturas, as esculturas e os objetos feitos por artesãos. A cestaria indígena é um exemplo de artesanato que mantém viva a tradição e a memória dos povos indígenas. Observe os cestos abaixo. 64 1. Observe os detalhes de cada tipo de cesto. De que material eles são feitos? Quais são as cores e formas criadas no trançado? Cestos dos indígenas Baniwa da região Amazônica, 2015. Cestos feitos pelos indígenas Mehinako, na cidade de São Paulo, 2015. 1. Os cestos são feitos de palha, e seus grafismos apresentam as cores preto, vermelho, rosa, azul, verde, amarelo e laranja. Esses desenhos são formados por linhas e formas geométricas, muitas vezes formando um padrão. R U B E N S C H A V E S /P U LS A R IM A G E N S IS M A R IN G B E R /P U LS A R IM A G E N S g19_2pma_lt_u4_p061a065.indd 64 22/12/17 11:29 PARA SABER MAIS 65 O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE... • Personagens folclóricos? • Lendas do folclore brasileiro? • Brincadeiras que fazem parte do nosso folclore? • Brinquedos e sua importância cultural? • Cestaria indígena? CAM ILA CARM ONA •Meu livro de folclore, de Ricardo Azevedo. Ática, 2010. Nesse livro você vai conhecer contos populares e ditados, experimentar adivinhas e trava-línguas, aprender mais sobre os personagens do folclore brasileiro e se aventurar nesse universo mágico e infinito. •O jogo da parlenda, de Heloisa Prieto. Companhia das Letrinhas, 2005. Aprenda versinhos populares tão antigos, que ninguém sabe quem os criou. Nesse divertido livro, você vai encontrar algumas das parlendas mais conhecidas, aprender versos novos e inventar a sua própria parlenda. •Arte indígena, de Hildegard Feist. Moderna, 2010. Conheça diversas manifestações artísticas dos povos indígenas brasileiros, como a arte plumária, a cerâmica e a pintura corporal. R E P R O D U Ç Ã O R E P R O D U Ç Ã O R E P R O D U Ç Ã O g19_2pma_lt_u4_p061a065.indd 65 22/12/17 11:29 g19_mdn_mp_2pma_u4_p048a065.indd 65 23/12/17 14:30 66 Nesta unidade, a diversidade cultu- ral brasileira será apresentada em brincadeiras, festas, danças e fol- guedos, com o objetivo de mostrar ao aluno a importância de preservar as tradições culturais. Dentre as ati- vidades propostas, destacam-se a produção de acessórios, a reflexão sobre os temas tratados e a criação de coreografias. Objetivos • Conhecer e identificar diferentes manifestações culturais brasileiras. • Ampliar o repertório acerca de histórias musicadas e brincadei- ras cantadas e dançadas. • Apropriar-se das características de algumas danças tradicionais. • Produzir e socializar coreografias com o grupo. • Confeccionar adereços relaciona- dos aos elementos constitutivos de algumas manifestações culturais. • Despertar o sentimento de valo- rização da cultura de nosso país. • Superar obstáculos de timidez ao produzir atividades corporais em grupo. • Desenvolver leitura de imagens e compreender seus significados. • Conhecer o cancioneiro popular e suas temáticas. Destaques da BNCC • Compreender a importância das tra- dições, aprendendo a valorizar e res- peitar as diversas influências sobre a cultura do país e entender qual es- paço ocupam, amplia as habilidades EF15AR25 e EF15AR03. • Ao aprender coreografias e músicas relacionadas a essas manifestações culturais, o aluno tem a possibilidade de experimentações e vivências de universos distintos, ampliando assim seu repertório e desenvolvendo as habilidades EF15AR24 e EF15AR08. • EF15AR03: Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais e nacionais. • EF15AR08: Experimentar e apreciar formas distintas de manifestações da dança presentes em diferentes contextos, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório corporal. • EF15AR24: Caracterizar e experimentar brinquedos, brincadeiras, jogos, danças, canções e histórias de diferentes matrizes estéticas e culturais. • EF15AR25: Conhecer e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diver- sas, em especial a brasileira, incluindo-se suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas. 66 Eita, povo festeiro! g19_2pma_lt_u5_p066a079.indd 66 22/12/17 11:29 67 As festas populares acontecem em todas as regiões do país, espalhando cores e ritmos pelas ruas. Qual a festa mais popular na região onde você mora? 1. Qual dança popular é mostrada nesta imagem? 2. Quais danças da cultura popular brasileira você conhece? 3. Quais são as festas que temos em nosso calendário? CONECTANDO IDEIAS Passistas de frevo no Recife, Pernambuco, 2016. LE O C A LD A S /P U LS A R IM A G E N S g19_2pma_lt_u5_p066a079.indd 67 22/12/17 11:29 g19_mdn_mp_2pma_u5_p066a079.indd 66 12/23/17 2:30 PM 67 Conectando ideias 1. A dança popular mostrada nes- ta imagem é o frevo. Há vários elementos na imagem que pos- sibilitam aos alunos chegarem a essa conclusão: os trajes e os gestos dos dançarinos, as som- brinhas coloridas, entre outros. 2. Resposta pessoal. Este ques- tionamento propõe a verificação do conhecimento prévio dos alu- nos sobre o tema. Desse modo, você terá uma melhor noção das vivências e aprendizagens dos alunos no universo da arte. 3. Resposta pessoal. Nesse mo- mento, o questionamento dire- ciona para um conhecimento co- mum, possibilitando respostas das mais variadas. O questiona- mento tende a abrir caminhos de reflexão sobre o contexto social no qual a criança está inserida. Saberes integrados • Proponha aos alunos a construção de um calendário ilustrado conjunto, que pode ser feito em cartolina,para ser fixado na parede da sala de aula. Ao pesquisar as festas tradicionais, os locais onde ocorrem, as datas e a origem de cada uma delas, é possível fazer a articulação com a dis- ciplina de História, desenvolvendo a habilidade EF02HI07. • EF02HI07: Identificar e utilizar diferentes marcadores do tempo presentes na comunidade, como relógio e calendário. 66 Eita, povo festeiro! g19_2pma_lt_u5_p066a079.indd 66 22/12/17 11:29 67 As festas populares acontecem em todas as regiões do país, espalhando cores e ritmos pelas ruas. Qual a festa mais popular na região onde você mora? 1. Qual dança popular é mostrada nesta imagem? 2. Quais danças da cultura popular brasileira você conhece? 3. Quais são as festas que temos em nosso calendário? CONECTANDO IDEIAS Passistas de frevo no Recife, Pernambuco, 2016. LE O C A LD A S /P U LS A R IM A G E N S g19_2pma_lt_u5_p066a079.indd 67 22/12/17 11:29 g19_mdn_mp_2pma_u5_p066a079.indd 67 12/23/17 2:30 PM 68 Objetivos • Identificar nas imagens alguns fes- tejos brasileiros, suas principais características e manifestações. • Identificar os adereços presen- tes em cada manifestação, bem como suas indumentárias. • Entender os diferentes tipos e ori- gens dos folguedos. • Distinguir folguedos e danças po- pulares. • Produzir adereços inspirados nos festejos populares. Destaques da BNCC • Os alunos irão apreciar diferentes manifestações, além de trabalhar elementos do teatro em atividades de encenação, desenvolvendo assim as habilidades EF15AR13 e EF15AR18. • As atividades práticas possibilitam o conhecimento corporal e noções de espaço e deslocamento, desen- volvendo as habilidades EF15AR09 e EF15AR10. • Ao compreender as diversas influ- ências na formação da cultura bra- sileira, desenvolve-se a habilidade EF15AR25, descrita anteriormente. • As respostas para as questões de- vem ser dadas após a leitura das imagens. Oriente-os a observar to- dos os elementos que as compõem: os acessórios, as formas, as cores, as expressões corporais e faciais. • EF15AR09: Estabelecer relações entre as partes do corpo e destas com o todo corporal na construção do movimento dançado. • EF15AR10: Experimentar diferentes formas de orientação no espaço (deslocamentos, planos, direções, caminhos etc.) e ritmos de movimento (lento, moderado e rápido) na construção do movimento dançado. • EF15AR13: Identificar e apreciar diversas formas e gêneros de expressão musical, tanto tradi- cionais quanto contemporâneos, reconhecendo e analisando os usos e as funções da música em diversos contextos de circulação, em especial, aqueles da vida cotidiana. • EF15AR18: Reconhecer e apreciar formas distintas de manifestações do teatro presentes em diferentes contextos, aprendendo a ver e a ouvir histórias dramatizadas e cultivando a percep- ção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório ficcional. Ideias para compartilhar • Incentive os alunos a compartilha- rem suas experiências, enume- rando os festejos de outros países que já viram (por meio de revistas, internet) ou que participaram. • O Maracatu faz parte do folclore per- nambucano. De origem africana, ele tornou-se parte das festividades do dia dos Santos Reis, das festas de Nossa Senhora do Rosário e do Carnaval. • O Tambor de Crioula do Maranhão é uma dança tradicional afro-brasileira, da qual só mulheres participam, e que pode ser realizada em qualquer lugar e em qualquer época do ano. Ela é acompanhada pelo ritmo dos tambo- res e pelo canto dos participantes. 68 As brincadeiras de dançar11 Observe as imagens abaixo. diversidade: variedade, aquilo que é diverso, diferente 1. O que essas imagens têm em comum? 2. Quais sentimentos essas pessoas estão expressando? A principal riqueza da cultura brasileira é a sua diversidade. Essa diversidade se manifesta intensamente nos períodos festivos. Uma variação imensa de gêneros musicais, danças e cores compõem os folguedos e as danças populares brasileiras. Apresentação do Grupo Folclórico Tambor de Crioula de Leonardo em Olímpia, São Paulo, 2007. Apresentação do grupo de Maracatu Rural Estrela Brilhante em Nazaré da Mata, Pernambuco, 2014. A cultura de um povo também é expressa por meio de seus festejos. Você conhece alguma festa típica de outro país? Qual? Verifique se os alunos percebem que todas retratam festas populares brasileiras. 2. Resposta pessoal. Verifique se os alunos percebem que as pessoas estão expressando alegria. M A R C O A N TÔ N IO S Á /P U LS A R IM A G E N S D E LF IM M A R T IN S /P U LS A R IM A G E N S g19_2pma_lt_u5_p066a079.indd 68 22/12/17 11:29 69 representação: nesse caso, encenação, faz de conta Desfile do Afoxé Filhos de Gandhi, na cidade do Rio de Janeiro, 2015. Foliões na Festa de São Benedito em Poconé, Mato Grosso, 2016. Apresentação do Grupo Folclórico Bumba Meu Boi da Liberdade em Olímpia, São Paulo, 2007. Apresentação de Catira na Festa do Divino Espírito Santo em São Luiz do Paraitinga, São Paulo, 2014. Os folguedos podem ser classificados em: •Natalinos; •Carnavalescos; •Festas religiosas. A principal diferença entre os folguedos e as danças populares está na representação. Na dança popular, o indivíduo pula, brinca, canta e gesticula, mas não representa personagem algum. Já no folguedo, ele representa um ou mais personagens da história cantada e encenada. Os folguedos são festividades que se caracterizam por quatro elementos: o tema da festa, a letra das canções, a melodia musical e a coreografia da brincadeira dançante. R O G E R IO R E IS /T Y B A D E LF IM M A R T IN S /P U LS A R IM A G E N S M A R C O A N TÔ N IO S Á /P U LS A R IM A G E N S R U B E N S C H A V E S /P U LS A R IM A G E N S g19_2pma_lt_u5_p066a079.indd 69 22/12/17 11:30 g19_mdn_mp_2pma_u5_p066a079.indd 68 12/23/17 2:30 PM 69 • O Afoxé tem sua origem na Bahia e está ligado às religiões de matriz afri- cana, como o candomblé. Três instru- mentos fazem parte dessa manifesta- ção: o afoxé (ou agbê), os atabaques e o agogô. Suas principais caracte- rísticas são as roupas nas cores dos orixás e as cantigas em língua iorubá. Cada trecho de uma cantiga é canta- do por uma pessoa e depois repetido por todos os participantes. • A Catira é uma dança típica de Goi- ás e do interior de São Paulo e tem influências africana, indígena e eu- ropeia, principalmente espanhola e portuguesa. É uma dança típica do folclore brasileiro, e seu ritmo é mar- cado pelas batidas dos pés e das mãos dos dançadores. Na maioria das vezes, é executada por homens boiadeiros e lavradores, contendo de seis a dez dançadores e uma dupla de violeiros. Apresenta coreografia com poucas variações, possuindo quase todos os movimentos fixos. Essa dança está presente nas festas de São Gonçalo, de São João e de Nossa Senhora da Conceição. • O Bumba Meu Boi é uma festa fol- clórica tradicional do Brasil e tem in- fluências africanas e europeias. Tem o formato de um auto, ou seja, uma encenação com elementos de mú- sica, teatro, dança e circo. Bumba Meu Boi é o nome da festa no Ma- ranhão, mas em cada região onde acontece recebe nomes diferentes. A festa ocorre geralmente nos meses de junho e julho, época das festas juninas, mas a data pode variar de região para região. Os instrumentos de percussão e corda acompanham as músicas que contam a lenda que dá origem à festa numa mistura de ritmos de diferentes estilos do país. Mais atividades • Explique para os alunos a diferença entre os tipos de folguedos e cite os nomes de alguns folguedos pertencentes a cada tipo: .Natalinos: reisado, guerreiro, bumba meu boi, chegança, fandango, marujada, pas- toril, maracatu, taieiras, cavalhada. .Carnavalescos: cambindas, negros da costa, caboclinhos, boi de carnaval, gi- gantões. .Folguedos religiosos: mané do rosário, bandas. • Feito isso, façaum sorteio para que cada aluno fique com um dos folguedos (se forem necessários mais nomes, pesquise e inclua alguns). • Solicite uma pesquisa sobre esses folgue- dos. A pesquisa deve conter as caracte- rísticas principais de cada folguedo, como roupas, personagens, etc.; a data e o lugar onde ocorre, quando teve início. Peça que cada aluno faça um desenho ou pintura em papel sulfite representando o seu folguedo. Depois, exponha todos os desenhos na sala de aula. 68 As brincadeiras de dançar11 Observe as imagens abaixo. diversidade: variedade, aquilo que é diverso, diferente 1. O que essas imagens têm em comum? 2. Quais sentimentos essas pessoas estão expressando? A principal riqueza da cultura brasileira é a sua diversidade. Essa diversidade se manifesta intensamente nos períodos festivos. Uma variação imensa de gêneros musicais, danças e cores compõem os folguedos e as danças populares brasileiras. Apresentação do Grupo Folclórico Tambor de Crioula de Leonardo em Olímpia, São Paulo, 2007. Apresentação do grupo de Maracatu Rural Estrela Brilhante em Nazaré da Mata, Pernambuco, 2014. A cultura de um povo também é expressa por meio de seus festejos. Você conhece alguma festa típica de outro país? Qual? Verifique se os alunos percebem que todas retratam festas populares brasileiras. 2. Resposta pessoal. Verifique se os alunos percebem que as pessoas estão expressando alegria. M A R C O A N TÔ N IO S Á /P U LS A R IM A G E N S D E LF IM M A R T IN S /P U LS A R IM A G E N S g19_2pma_lt_u5_p066a079.indd 68 22/12/17 11:29 69 representação: nesse caso, encenação, faz de conta Desfile do Afoxé Filhos de Gandhi, na cidade do Rio de Janeiro, 2015. Foliões na Festa de São Benedito em Poconé, Mato Grosso, 2016. Apresentação do Grupo Folclórico Bumba Meu Boi da Liberdade em Olímpia, São Paulo, 2007. Apresentação de Catira na Festa do Divino Espírito Santo em São Luiz do Paraitinga, São Paulo, 2014. Os folguedos podem ser classificados em: •Natalinos; •Carnavalescos; •Festas religiosas. A principal diferença entre os folguedos e as danças populares está na representação. Na dança popular, o indivíduo pula, brinca, canta e gesticula, mas não representa personagem algum. Já no folguedo, ele representa um ou mais personagens da história cantada e encenada. Os folguedos são festividades que se caracterizam por quatro elementos: o tema da festa, a letra das canções, a melodia musical e a coreografia da brincadeira dançante. R O G E R IO R E IS /T Y B A D E LF IM M A R T IN S /P U LS A R IM A G E N S M A R C O A N TÔ N IO S Á /P U LS A R IM A G E N S R U B E N S C H A V E S /P U LS A R IM A G E N S g19_2pma_lt_u5_p066a079.indd 69 22/12/17 11:30 g19_mdn_mp_2pma_u5_p066a079.indd 69 12/23/17 2:30 PM 70 • Inicie o assunto da página explican- do que toda manifestação artística possui características visuais que devem ser observadas. Ressalte que as características visuais são de ex- trema importância para a identida- de das festas populares. Oriente os alunos a perceberem, nas imagens apresentadas na unidade, as cores e formas presentes nessas festas. • Instigue-os a notar o que há de di- ferente em cada imagem da página. • Aborde as indumentárias e os ade- reços. Explique que a indumentária se refere às vestimentas de pessoas de uma época, classe social ou pro- fissional, e à pesquisa e produção de vestuário para festas e caracterização cênica. Já o adereço é todo tipo de or- namento usado para complementar a indumentária, os acessórios do traje. • Questione os alunos sobre o que eles estão usando de indumentária e de adereços. • Questione o que é indumentária e o que é adereço em cada imagem da página. Amplie seus conhecimentos • O Boi de Morros tem mais de 40 anos de história e aborda temas atuais em suas apresentações. Na Noite das Indumentárias, são apresentados os figurinos que estão relacionados à temática do ano. Apresentação no Teatro Arthur Azevedo. Disponí- vel em: <https://www.youtube.com/ watch?v=tzxoUyC8Feo>. Acesso em: 4 dez. 2017. • Festa do Divino, Bumba Meu Boi e Tam- bor de Crioula são registradas nesse documentário sobre as festas religio- sas da cultura popular, produzido e veiculado pelo Museu Afro Maranhão. Disponível em: <https://www.youtube. com/watch?v=tcvZVfa6H3w>. Aces- so em: 4 dez. 2017. • Pesquisadores estudam a origem das festas populares e sua impor- tância na preservação de costumes e tradições do povo brasileiro. Dis- ponível em:<https://www.youtube. com/watch?v=LWn2IX4i4dA> Aces- so em: 5 dez. 2017. Mais atividades • Proponha uma atividade de modelagem de bonecos em papel machê. Para a produção da massa caseira, você vai precisar de um liquidificador que contenha água até metade do copo, papel picado (jornal, papel higiênico, caixa de ovos, papel toalha, etc.), coador ou peneira e cola branca. • Bata o papel picado com a água (repita até conseguir o volume necessário de massa). Coe reti- rando o máximo de água. Vá amassando até obter uma massa homogênea. Quando não estiver mais grudando nas mãos, está pronta para ser modelada. • Oriente os alunos a produzirem bonecos inspirados nos bonecos da imagem da página. Depois de secos, deixe que eles pintem e enfeitem os bonecos com tecidos e fitas de cetim. • Observe que, por ser orgânico, esse material pode criar bolor e apresentar cheiro forte caso não seque rápido. Portanto, inicie e finalize a produção no mesmo dia e deixe secar ao sol. 70 As cores e as formas que compõem as festas Apresentação do Grupo Bumba meu Boi Linda Joia, em São Luís, Maranhão, 2015. Decoração de Festa Junina em Caruaru, Pernambuco, 2015. Apresentação do grupo Encanto da Alegria, em Nazaré da Mata, Pernambuco, 2014. Apresentação do grupo Maracatu Coroa de Ouro de Caçapava, na cidade de São Paulo, 2013. São bonecos de cetim e papel machê desfilando pelas ruas das cidades em períodos de celebrações religiosas, como o Natal, e em épocas festivas, como o Carnaval. indumentárias: vestuário, roupas adereços: enfeites, acessórios Nas festas populares destacam-se alguns personagens e suas indumentárias: fantasias enfeitadas com os mais diversos adereços, como chapéus e máscaras. Essas festas tomam conta dos espaços, das ruas e praças e dos pátios das igrejas. Tudo recebe decoração em papel colorido, como as bandeirinhas das Festas de São João. M A R C O A N TÔ N IO S Á /P U LS A R IM A G E N S C E S A R D IN IZ /P U LS A R IM A G E N S O S T IL L /S H U T T E R S TO C K R U B E N S C H A V E S /P U LS A R IM A G E N S g19_2pma_lt_u5_p066a079.indd 70 22/12/17 11:30 ATIVIDADES 71 1. No frevo, a sombrinha é um importante adereço na coreografia. Chegou a hora de termos a nossa. •folhas de sulfite coloridas •folhas de jornal •fita adesiva •tesoura com pontas arredondadas •cola branca MATERIAIS D F C BA E Vire o papel sulfite na horizontal e faça pequenas dobras do mesmo tamanho, para sanfonar o papel. Repita o passo anterior para as outras sulfites. Cole as três folhas dobradas, uma na sequência da outra, para formar um círculo. Dobre o papel inteiro ao meio, colando os lados internos. Deixe um pequeno espaço próximo ao centro sem colar. Faça um rolinho com jornal e depois o enfeite com fita adesiva colorida. Essa será a haste da sua sombrinha. Introduza a haste no espaço que você deixou ao colar as duas partes de uma mesma folha. Dobre a ponta da haste em direção à parte interna da sombrinha, entrando no vão de outra folha. Por fim, prenda a ponta da haste nela mesma, usando fita adesiva. Sua sombrinha está pronta! FO TO S : J O S É V IT O R E LO R Z A /A S C IM A G E N S g19_2pma_lt_u5_p066a079.indd 71 22/12/17 11:30 g19_mdn_mp_2pma_u5_p066a079.indd 70 12/23/17 2:30 PM 71 Destaques da BNCC • A atividade