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AFINIDADES E DIVERGÊNCIAS ENTRE CONTRATUALISTAS
Eric Leonam Dos Santos Oliveira - 1240102080
Giulla de Lima Almeida Constantino - 1240100278
João Marcelo Rodrigues Feijão Lavinas - 1240107707
João Victor Almeida de Carvalho Costa - 1230109404
 João Victor Faraco de Carvalho - 1240106811
João Vitor Oazem Aguiar - 1240104110
INTRODUÇÃO
O contrato social é um conceito que envolve a ideia de um acordo entre os membros
de uma sociedade, onde eles concordam em se submeter a um poder político em troca da
manutenção de direitos naturais ou essenciais. Esse acordo pode ser implícito ou explícito e é
visto como uma forma de garantir a ordem social e a proteção dos direitos individuais.
Os teóricos do contrato social, como Hobbes, Locke e Rousseau, exploram o conceito,
cada um com sua perspectiva única sobre como esse contrato é estabelecido e quais são suas
implicações para a sociedade. Essas teorias ajudam a entender como o poder político é
legitimado e como os direitos individuais são protegidos dentro de uma comunidade.
Os teóricos do contrato social, como Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques
Rousseau, desempenham um papel significativo na história da filosofia política, cada um
contribuindo com perspectivas únicas sobre a origem e a função do Estado.
Neste resumo expandido, vamos analisar as semelhanças e diferenças entre esses
pensadores, destacando suas visões distintas sobre o contrato social e o papel do governo na
sociedade. Esses pensadores, moldaram profundamente o pensamento político ocidental com
suas teorias sobre a origem do Estado e o contrato social.
Além disso, a tese contratualista implica que a política se funda sobre uma relação
jurídica. Pois, o contrato, que dá início à associação política, é um ato jurídico
(trata-se de uma figura do direito privado romano) pelo qual as partes contratantes
estabelecem direitos e deveres recíprocos. Para o Contratualismo, a sociedade
política não apenas se funda sobre uma relação jurídica, como se distingue das
outras formas de comunidade precisamente por isso. (Flamarion, MELO Rúrion,
FRATESCH. Manual de filosofia política : para os cursos de teoria do
Estado, ciência política, filosofia e ciências sociais. São Paulo: Saraiva, 2012)
1 AUTORES E SUAS PARTICULARIDADES
Thomas Hobbes, em sua obra "Leviatã", retrata o estado de natureza como um cenário
de conflito generalizado, onde a vida é descrita como solitária, pobre, sórdida, brutal e curta.
Para Hobbes, o contrato social representa um pacto racional visando assegurar a paz e
a segurança, transferindo poder absoluto a um soberano. Sua visão pessimista da natureza
humana e a defesa de um governo forte são pilares fundamentais de sua teoria. Hobbes
argumenta que a natureza humana é caracterizada pela competição e pela busca pelo poder,
resultando em um estado de guerra constante. Ele enfatiza a necessidade do Estado para
manter a ordem e a segurança, defendendo um soberano absoluto como garantia de paz. A
frase de Hobbes, "o homem é o lobo do homem", destaca a importância do governo na
contenção dos instintos violentos dos indivíduos. Essa abordagem contratualista de Hobbes
influenciou significativamente o pensamento político, destacando a importância do poder
centralizado na manutenção da estabilidade social.
John Locke, em sua renomada obra "Segundo Tratado sobre o Governo Civil",
estabelece os direitos naturais do homem, como a vida, a liberdade e a propriedade, como
pilares essenciais da sociedade. Ele argumenta que o governo deve ser legitimado pelo
consentimento dos governados e ter seus poderes estritamente delimitados para assegurar a
proteção dos direitos individuais de cada cidadão. A frase de Locke, "onde não há lei, não há
liberdade", ressalta a importância crucial de um governo justo e equilibrado na preservação da
liberdade e dos direitos fundamentais.
Além disso, Locke defende vigorosamente a propriedade privada e a liberdade
individual como elementos fundamentais do contrato social. Para ele, o governo tem a
responsabilidade de garantir os direitos inalienáveis dos cidadãos, como a vida, a liberdade e a
propriedade, e deve ser limitado, baseado no consentimento dos governados, permitindo até
mesmo a resistência legítima contra qualquer forma de governo opressivo. Sua visão otimista
da natureza humana e a valorização da propriedade privada como um direito fundamental são
traços marcantes de sua teoria, que influenciaram profundamente o pensamento político e
filosófico moderno, moldando conceitos essenciais de democracia e liberdade individual.
Jean-Jacques Rousseau, em sua obra "O Contrato Social", propõe um contrato que visa
preservar a liberdade e a igualdade de todos os cidadãos, por meio da vontade geral, que
representa o interesse comum da sociedade. Ele acreditava que os indivíduos deveriam
renunciar a seus interesses particulares em prol do bem coletivo, defendendo assim a ideia de
um governo baseado no interesse comum.
Rousseau enfatizava a importância da participação política e da liberdade individual
para garantir uma sociedade justa e igualitária. Sua famosa frase "o homem nasce livre, e em
toda parte encontra-se acorrentado" ressalta a ideia de que a liberdade inata do ser humano é
muitas vezes limitada pelas estruturas sociais existentes. Ele via a natureza humana de forma
romântica, acreditando que a sociedade corrompe a bondade original do homem.
Além disso, Rousseau defendia um governo democrático, onde a vontade geral dos
cidadãos deveria ser o princípio orientador das decisões políticas. Sua teoria influenciou
profundamente o pensamento político e social da época, contribuindo para o desenvolvimento
de ideias democráticas e igualitárias que continuam a ser relevantes nos debates
contemporâneos sobre justiça social e governança.
Além de Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau, existem outros
autores contratualistas que contribuíram significativamente para o desenvolvimento da teoria
política. Entre eles, destacam-se pensadores como Hugo Grotius, Samuel Pufendorf, Thomas
Paine e Immanuel Kant, que também abordaram questões relacionadas ao contrato social, à
origem e à legitimidade do Estado, e aos direitos individuais.
2 AFINIDADES
Os contratualistas Hobbes, Locke e Rousseau compartilham a ideia de que o poder
político pode ser legitimado por meio de um contrato social, no qual os indivíduos renunciam
a parte de sua liberdade em troca de segurança e ordem social. Eles concordam que o Estado
surge desse acordo entre os cidadãos, reconhecendo a importância do governo na promoção
do bem comum e na proteção dos direitos individuais. A legitimidade do poder político, para
eles, está no consentimento dos governados, embora com abordagens distintas. Logo, os três
filósofos contratualistas concordam que o poder político deve ser legitimado pelo
consentimento dos governados, refletindo a importância do contrato social na fundamentação
da autoridade política.
3 DIVERGÊNCIAS
Apesar das semelhanças, o pensamento de Hobbes, Locke e Rousseau em relação ao
contrato social apresenta divergências.
Hobbes, em sua visão absolutista, acredita que um Estado forte e centralizado é
necessário para evitar o caos e a guerra constante. Ele defende um soberano com poderes
ilimitados, garantindo a estabilidade social.
Por outro lado, Locke enfatiza a limitação do poder governamental, protegendo os
direitos individuais e promovendo a separação de poderes para evitar abusos. Ele destaca a
importância do consentimento dos governados na legitimação do governo.
E Rousseau introduz o conceito de vontade geral, argumentando que a soberania reside
no povo como um todo, buscando o bem comum. Ele valoriza a participação democrática e a
igualdade social como fundamentais para uma sociedade justa e equitativa.
Essas diferentes abordagens refletem a diversidade de pensamentos sobre a
organização política e o papel do Estado na sociedade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em suma, as obras de Hobbes, Locke e Rousseauoferecem perspectivas
complementares sobre a natureza do Estado e da sociedade, enriquecendo o debate político e
filosófico. Ao considerar as afinidades e divergências entre esses autores contratualistas,
somos levados a refletir sobre as diferentes formas de organização política e governança, bem
como sobre a proteção dos direitos individuais e a participação democrática. A análise
comparativa desses pensadores nos permite ampliar nossa compreensão sobre os desafios e
possibilidades da vida em sociedade, contribuindo para um debate mais abrangente e crítico
sobre o papel do Estado e dos cidadãos na construção de um mundo mais justo e equitativo.
REFERÊNCIAS
LIMONGI, Maria Isabel M. Papaterra. “Os Contratualistas: Hobbes, Locke e Rousseau”. In.
RAMOS Flamarion, MELO Rúrion, FRATESCHI[orgs]. Manual de filosofia política : para os
cursos de teoria do Estado, e ciência política, filosofia e ciências sociais. São Paulo: Saraiva,
2012
MARTELINI, Francisco. “Hobbes, Locke e Rousseau”, Jus Brasil, 2023. Disponível em:
<https://www.jusbrasil.com.br/artigos/hobbes-locke-e-rousseau/1750119313>. Acesso em: 13
de junho de 2024.
RIBEIRO, Josuel. "Os Contratualistas em questão: Hobbes, Locke e Rousseau". In. Prisma
Jurídico, v.16, n.1. São Paulo: Uninove, 2017. p. 3-24
VILAR-LOPES, G.; MAXIMO, L. M. ; SANT'ANA, T. A. R. "O Contratualismo e seu
legado nas teorias de Relações Internacionais um olhar a partir do Brasil". Disponível em:
<https://www.revistas.usp.br/leviathan/article/download/143407/138086>. Acesso em: 13 de
junho de 2024.
https://www.revistas.usp.br/leviathan/article/download/143407/138086

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