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tanto quanto aquele que proviria da raridade e penúria de ouro e de prata [...] 
teríamos praticado todos os expedientes que se nos tivessem representado e 
estimado úteis para prevenir um tal inconveniente tão temido, seja proibindo 
a entrada das manufaturas estrangeiras, favorecendo a das mercadorias cruas, 
seja desobrigando [...] a saída de nossas faturas. Considerando também que é 
necessário facilitar os gêneros e mercadorias que se vendem neste nosso reino: 
a fim de convidar pela irrisoriedade de seu preço todas as espécies de pessoas a 
virem comprá-las, seja renovando as antigas disposições sobre o fato dos trans-
portes, de ouro e de prata acrescentando-lhes ainda outras mais rigorosas, seja 
proibindo a exposição de todas as moedas estrangeiras, e reduzindo o preço das 
nossas a uma justa proporção [...].
EDITO sobre as moedas, setembro de 1602. ISAMBERT, François-André et al 
 Recueil général des anciennes lois françaises, t. XV, p. 280 e ss. Citado em: DEYON, Pierre. 
O mercantilismo. São Paulo: Editora Perspectiva, 1973. p. 109. (Coleção Khronos).
•	 Identifique no texto as características do mercantilismo mencionadas 
acima.
irrisoriedade: neste 
contexto, qualidade 
do que é pequeno ou 
insignificante demais para 
ser considerado.
Dica
O livro O mercantilis-
mo, de Pierre Deyon, 
além de ser uma exce-
lente introdução ao es-
tudo do mercantilismo 
em suas diferentes fren-
tes, é rico por também 
trazer, ao final, um con-
junto de documentos 
ilustrativos do período 
mercantilista.
DEYON, Pierre. O mer-
cantilismo. 4. ed. São 
Paulo: Perspectiva, 2009. 
(Coleção Khronos).
Capa do livro 
O mercantilismo, de 
Pierre Deyon.
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1. Thomas Hobbes (1588-1679) pode ser enten-
dido como um dos principais teóricos do ab-
solutismo. A imagem ao lado, frontispício da 
primeira edição de seu livro Leviatã, ilustra sim-
bolicamente valores e princípios absolutistas. 
a) Faça uma pesquisa sobre esse frontispício. 
Depois, discuta com os colegas o significado 
das partes que compõem a gravura.
b) Analisando a gravura, responda: como a 
imagem se relaciona com o pensamento 
absolutista?
2. Leia o trecho a seguir.
A doutrina do mercantilismo
Convém, portanto, atribuir ao mercantilis-
mo uma significação teórica e histórica pre-
cisa. É a doutrina e a prática econômicas dos 
Estados nacionais no período que vai do século 
XV ao século XVIII. Procura assegurar um excedente das exportações em bens 
e em serviços sobre as importações, porque este é o único meio para um país 
desprovido de minerais argentífero e aurífero de atrair os metais preciosos, indis-
pensáveis à prosperidade da nação e ao poder do Estado. 
É uma etapa histórica do desenvolvimento das economias 
nacionais, na época do capitalismo comercial.
DEYON, Pierre. O mercantilismo. São Paulo: Perspectiva, 1973. p. 88.
•	 De acordo com o texto, o que é o mercantilismo? Quais são suas principais 
características? Em grupo, discuta com os colegas, depois elaborem uma sín-
tese das ideias por escrito.
Professor, no Manual você encontra 
orientações sobre estas atividades.Explorando
NÃO ESCREVA NO LIVRO
argentífero: que 
contém prata.
Frontispício da primeira edição 
de Leviatã, de Thomas Hobbes. 
Gravura de Abraham Bosse, 1651. 
Coleção particular.
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TEMA 2
 
Absolutismo sob ameaça
A partir de meados do século XVIII, cresceu, na Eu-
ropa, um movimento de críticas ao Estado absolutista 
em todas as suas frentes – política, econômica e social. 
Essas críticas provinham, sobretudo, de um movimento 
filosófico que ficou conhecido como Iluminismo e que 
não só mudaria a história da Filosofia como também 
atingiria diferentes instâncias da vida social da época. 
O Iluminismo não foi o único movimento filosófi-
co e cultural do século XVIII, mas sem dúvida foi o que 
teve maior influência na posteridade. Questões estru-
turais – como os limites da soberania dos monarcas, o 
colonialismo, as práticas mercantilistas e o escravismo 
– ou foram alvos da crítica iluminista ou foram poste-
riormente influenciadas por ela.
Vale lembrar que o Iluminismo do século XVIII não 
se instaurou de uma hora para outra, mas se bene-
ficiou do pensamento do século precedente, sobre-
tudo de autores como Francis Bacon (1561-1626), 
René Descartes (1596-1650), John Locke (1632-1704), 
Spinoza (1632-1677) e Leibniz (1646-1716). Também 
variou bastante nos diferentes países em que se de-
senvolveu e, por vezes, num mesmo país: na França, 
por exemplo, Voltaire (1694-1778) e Jean-Jacques 
Rousseau (1712-1778) eram pensadores rivais. Entre-
tanto, em toda parte, o Iluminismo se orientou pela 
crítica aos costumes, à tradição e à autoridade.
Apesar de ser beneficiário do pensamento que o 
precedeu, isso não impediu que as reflexões dele ori-
ginadas tenham adquirido ou-
tro sentido, abrindo um novo 
horizonte filosófico.
Em contextos diferentes, foi 
a partir da Inglaterra e da França, 
sobretudo, que as ideias ilumi-
nistas se espraiaram por toda a 
Europa. Na França, elas tiveram maior desenvolvimento. 
“Século das Luzes”, “do Esclarecimento”, “da Ilustração” e 
“Iluminismo” foram algumas das designações que bus-
caram dar conta de todas essas mudanças ocorridas no 
pensamento durante o século XVIII. Iluminismo é, con-
tudo, a designação mais prevalente.
O que Ž Iluminismo?
Quando se fala em Iluminismo, o que primeiro 
nos ocorre? Para o filósofo prussiano Immanuel Kant 
(1724-1804):
O Iluminismo é a saída do homem da sua meno-
ridade de que ele próprio é o culpado. A menoridade 
é a incapacidade de se servir do entendimento sem 
a orientação de outrem. Tal menoridade é por culpa 
própria se a sua causa não reside na falta de enten-
dimento, mas na falta de decisão e de coragem em 
se servir de si mesmo sem a orientação de outrem. 
Sapere aude [Ouse saber]! Tem a coragem de te ser-
vires do teu próprio entendimento! Eis a palavra de 
ordem do Iluminismo.
KANT, Immanuel. Resposta à pergunta: que é o Iluminismo? (1784). 
In: KANT, I. A paz perpétua e outros opúsculos. Lisboa: Edições 70, 
1995. p. 9.
Segundo Kant, era cômodo para a maior parte 
das pessoas que outros raciocinassem por elas, daí ser 
mais fácil obedecer do que raciocinar, sendo este o 
motivo pelo qual o poder político, a disciplina militar 
e a autoridade religiosa seriam exercidos.
Os professores de História e de Filoso�a são indicados, 
prioritariamente, para o trabalho deste segmento.
Leitura da tragédia L’Orphelin de la 
Chine [O órfão da China], de Voltaire, 
no salão literário de Madame 
Geoffrin, de Anicet Charles Gabriel 
Lemonnier (1743-1824), c. 1812. 
Óleo sobre tela, 129,5 cm × 196 cm.
 Museu Nacional do Palácio de 
Malmaison, Malmaison, França.
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