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Prévia do material em texto

A Deus, que é Luz
e em quem não há trevas algumas.
 
 
Título Jó. Traído por Deus? Entregue ao Diabo?
Autores Tassos Lycurgo, Jai Jind
ISBN 978-85-93184-00-0
Supervisão editorial Tassos Lycurgo
Coordenação editorial Camila Lycurgo
Edição e produção gráfica MC Coelho Produção Editorial
Revisão Nataly Barros
Capa Jai Jind
 
© Copyright: Defesa da Fé Editora
CNPJ 24.690.470/0001-92
1ª edição 2016
Catalogação da Publicação na Fonte
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Sistema de Bibliotecas Biblioteca Central Zila Mamede
Setor de Informação e Referência
Lycurgo, Tassos
Jó. Traído por Deus? Entregue ao Diabo?
/ Tassos Lycurgo, Jai Jind.
Natal, RN: Defesa da Fé Editora, 2016, 64 p.
ISBN 978-85-93184-00-0
1. Cristianismo. 2. Religião. 3. Teologia judaica. 4. Livro de Jó. 5. Filosofia cristã.
I. Jind, Jai. II. Título.
RN/UF/BCZM CDU 27-243.62
Índices para catálogo sistemático:
Igreja : Teologia : Cristianismo 262.001
editora@defesadafe.org
defesadafe.org
mailto:editora@defesadafe.org
http://defesadafe.org
A Deus, que é Luz
e em quem não há treva alguma.
Agradecimento
A Deus, por revelar-se ao mesmo tempo de
forma simples e elaborada, a ponto de ser
compreendido tanto pelas crianças, como
também de não se esgotar diante das
investigações mais sofisticadas dos filósofos.
 
 
Sumário
Introdução
Quem era Jó?
O mundo em que Jó viveu
Deus criou o homem à sua imagem e semelhança
Deus deu o domínio sobre tudo o que Ele criou para o homem
O homem entregou todo o domínio a Satanás
O ponto central
Teria Deus oferecido Jó a Satanás?
Jó realmente creu como deveria?
O medo é o contrário da fé
O medo paralisa e o sacrifício liberta
A dicotomia da fé de Jó
Conclusão
Oração
 
Introdução
E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o
seu filho, lhe dará uma pedra?
E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente?
Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos
vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos
céus, dará bens aos que lhe pedirem?
(Mateus, 7:9-11)
Você conhece alguma pessoa em quem confia? Muitos de nós
confiamos em algumas pessoas e há algo comum em relação a todas
elas: confiamos porque as conhecemos, porque já passamos algum
tempo com elas.
Todos sabemos que não descobrimos se uma pessoa é confiável
antes de passar um bom tempo com ela, sem que tenhamos pelo
menos convivido com ela, não é mesmo?
O que estamos tentando dizer é que para sermos capazes de
verdadeiramente confiar em alguém, antes devemos conhecer essa
pessoa, saber muito sobre ela.
Devemos saber o que ela faz, o que ela diz e, principalmente,
devemos estar certos de que ela não faz nem pretende fazer qualquer
mal para nós, ou seja, de que o que ela faz por nós é bom.
Uma das relações de maior confiança que vemos aqui na Terra é a
do filho pelo pai, principalmente nos primeiros anos de vida. Vamos
pensar um pouco sobre esta relação.
Se você é um bom pai ou se conhece alguma pessoa que considere
ser um bom pai, você sabe do que estou falando. O filho confia
inteiramente no pai, não é verdade? Mas, por que é assim?
Ora, os filhos confiam inteiramente nos pais porque desde cedo
identificam que, neste mundo, eles são a fonte de sua segurança, de
sua provisão, do amor que vivenciam logo nos primeiros anos de
vida.
Vamos supor que você tem um filho. Quando ele está com fome, o
que você faz? Você o alimenta. Quando está doente, o que faz? Cuida
dele. E quando está em perigo? Você o protege. Por favor, seja sincero,
não é exatamente assim que os pais fazem?
Já pensou se fosse diferente disso? E se, em vez de alimentar o
filho que estivesse com fome, o pai deixasse que ele morresse faminto?
E se, quando ele estivesse doente, o pai sentisse prazer em ver o
sofrimento dele? E se o filho estivesse em perigo e o pai o
abandonasse?
Imagine um pai assim, que entrega o filho à morte, ao perigo e ao
sofrimento. Você acha que o filho desse pai chegaria à conclusão de
que o pai dele seria a fonte de segurança, provisão e amor? Claro que
não, concorda?
Vamos supor algo ainda pior. Vamos supor que um pai fosse
amigo do pior bandido da cidade e pedisse ao bandido que fosse à
escola em que o filho estuda para bater nele, torturá-lo e roubar todos
os seus pertences.
Já pensou quando o filho descobrisse que cada vez que o bandido
foi à escola bater nele e assaltá-lo, na verdade, quem estava por trás de
tudo era o seu próprio pai?
Seja sincero: você acha que esse filho ainda confiaria no pai? É
claro que não, certo? Esse filho passaria a entender que o seu pai era,
na realidade, um inimigo. Provavelmente, todos concordarão com
isso.
Se um pai se comportar como um pai mau, logo entendemos que
há um problema, um problema sério num relacionamento que deveria
ser de amor. Agora, gostaríamos de fazer uma pergunta: como você
acha que é o Deus em quem muitos cristãos creem?
Por incrível que pareça, muitos creem em um Deus que não seria
como o pai bom, mas sim como o pai mau, que não apenas aceita, mas
provoca o sofrimento nos filhos. Veja que, embora seja um pouco
chocante ouvir isso, é possível identificar que é assim mesmo quando
vemos que muitos, equivocadamente, criam a sua própria teologia,
com base na interpretação errada do que Jó disse no verso 21 do
Capítulo 1.
E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei
para lá; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito
seja o nome do Senhor.
(Jó, 1:21)
Muitas pessoas, ao passarem por situações de extremo sofrimento,
verdadeiramente creem que deve ser a vontade de Deus e repetem o
mantra de Jó, como se fosse uma interpretação correta do que seria a
vontade de Deus.
Pior do que isso, em razão dessa interpretação equivocada das
Escrituras, muitos cristãos têm sofrido por anos nas mãos de Satanás,
crendo que, na realidade, são testados pelas mãos de Deus.
Não é por acaso que alguns trechos isolados do Livro de Jó, como
a passagem de Jó, 1:21, já citada, e ainda outras, por exemplo, a
história do espinho na carne de Paulo (2 Coríntios, 12:7) e a do cego de
nascença (João, 9) estão, na nossa opinião, entre as passagens mais mal
interpretadas em toda a história da igreja.
Muito pior do que o simples fato de essas passagens serem
interpretadas erroneamente é elas fornecerem combustível para
criações de doutrinas perversas, como a que defende que, às vezes,
Deus quer o sofrimento do ser humano, de que Ele está de acordo com
o tormento de certas pessoas, ou mesmo que é Ele quem, algumas
vezes, coloca doenças em alguns.
Sim, é isso mesmo! Tais doutrinas, tão populares entre alguns
cristãos, chegam realmente a defender que a doença é dada por Deus,
quer seja para testar a sua fé, como teria feito com Jó, ou para os
manter humildes, conforme teria feito com Paulo. Por incrível que
pareça, ainda defendem que isso seria para que a glória, a vontade e o
propósito de Deus fossem alcançados.
Para que possamos nos expressar de forma ainda mais clara,
gostaríamos de pedir a você que pensasse novamente sobre aquele
exemplo da relação do pai com o filho. Você acha que o filho ainda
amaria o pai se descobrisse que era ele quem estava colocando veneno
em sua comida dia após dia com o intuito de provocar uma úlcera ou
um câncer em seu estômago?
Da mesma forma, seria um pai considerado amoroso, caso fosse
descoberto que esse mesmo pai havia contratado um bandido para
bater, torturar e roubar tudo o que o filho tivesse?
É exatamente em razão de a igreja ter ensinado ao mundo que é
dessa forma cruel que Deus escolheu amar seus filhos que o mundo
escolhe rejeitar a Deus. Afinal, como poderíamos querer estar perto de
um Deus que quer o mal dos seus filhos?
Alguns, deliberadamente, dizem – e com razão, diante da forma
como são ensinados – que é melhor passar a eternidade no inferno do
que ao lado de um Deus tão perverso. Pessoas optam por religiões
diversas, enquanto outras adotam a estranha convicção de que
simplesmente deixarão de existir quando morrerem.
Uma coisa é certa e cremos que você já começa a concordar
conosco: a razão de muitos não desejarem se aproximarde Deus nos
dias de hoje não tem nada a ver com o verdadeiro Deus. As pessoas
estão fugindo de uma imagem de Deus que não é a correta e, como
consequência disso, acabam se distanciando do verdadeiro Deus.
A razão, conforme acabamos de dizer, não está no verdadeiro
Deus que a Bíblia apresenta. Não está no Deus de amor que a
interpretação correta do Livro de Jó apresenta.
O Deus verdadeiro não quer nos ver sofrer. O Deus que nos amou
e ama tanto doou a si mesmo para sofrer e morrer na cruz em nosso
lugar, para que pudéssemos ser libertos do poder do pecado e do
poder de Satanás.
É sobre esse Deus de amor, por incrível que isso possa lhe parecer
neste momento, que o Livro de Jó nos fala. É sobre isso que
aprenderemos daqui para a frente.
Seja bem-vindo!
 
Quem era Jó?
Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e
era este homem íntegro, reto e temente a Deus e
desviava-se do mal.
(Jó, 1:1)
Às vezes, as pessoas têm dificuldade em entender que o Livro de
Jó demonstra o infinito amor de Deus pela humanidade. Isso se dá
porque muitos pensam que Deus permitiu, sem justificativa, que Jó
passasse por um grande sofrimento. Ocorre que, conforme veremos,
Deus não quis que isso acontecesse.
Mas você pode estar se perguntando neste momento: se Deus não
quis, por que não impediu que acontecesse? Bem, não só
responderemos a esta questão como também a muitas outras que
aparecem em decorrência do entendimento equivocado daquele texto
maravilhoso, que é o Livro de Jó.
O Livro de Jó, aliás, é tão maravilhoso que não apenas fala do
amor de Deus, como também pode ser considerado o principal livro
da Bíblia no que diz respeito à ciência.
Tanto é assim que, entre inúmeras outras coisas, ele faz referência
aos dinossauros (Jó, 40:15), sem, contudo, mencionar a palavra
“dinossauro”, já que foi inventada apenas em 1842, com a publicação
da descrição científica dos “lagartos terríveis” pelo biólogo e
paleontólogo britânico Richard Owen (1804-1892).
Como o aspecto científico do livro de Jó é assunto para outra
oportunidade, voltemos ao que nos interessa aqui, deixando mais uma
vez claro que o nosso objetivo nesta obra é entender como o livro de Jó
apresenta de forma belíssima o amor de Deus por nós.
Por essa razão, um dos pontos centrais será o de desmitificar a
ideia de que Deus quis ou injustificadamente permitiu que Jó passasse
por um grande sofrimento. Por meio de uma análise mais meticulosa é
possível constatar o quanto essa afirmação não corresponde ao que a
Bíblia afirma.
Antes de começarmos o estudo do livro gostaríamos de lembrar
dois pontos bastante importantes a serem considerados quando
estudamos as Escrituras. O primeiro é que devemos entender
qualquer livro da Bíblia no contexto dos seus demais livros, e o
segundo é que devemos interpretar os livros tendo em mente que
todos eles devem apontar para uma só direção: Jesus Cristo.
Tendo isso em mente, vamos, então, para a leitura da passagem
mais importante do livro de Jó no que diz respeito ao que queremos
apresentar nesta oportunidade que Deus nos deu.
Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó.
Era homem íntegro e reto, que temia a Deus e se
desviava do mal.
Nasceram-lhe sete filhos e três filhas.
Possuía ele sete mil ovelhas, três mil camelos,
quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas,
tendo também muitíssima gente ao seu serviço; de
modo que este homem era o maior de todos os do
Oriente.
Iam seus filhos à casa uns dos outros e faziam
banquetes cada um por sua vez; e mandavam convidar
as suas três irmãs para comerem e beberem com eles.
E sucedia que, tendo decorrido o turno de dias de seus
banquetes, enviava Jó e os santificava; e, levantando-
se de madrugada, oferecia holocaustos segundo o
número de todos eles; pois dizia Jó: Talvez meus filhos
tenham pecado, e blasfemado de Deus no seu coração.
Assim o fazia Jó continuamente.
Ora, chegado o dia em que os filhos de Deus vieram
apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás
entre eles.
O Senhor perguntou a Satanás: Donde vens? E
Satanás respondeu ao Senhor, dizendo: De rodear a
terra, e de passear por ela.
Disse o Senhor a Satanás: Notaste porventura o meu
servo Jó, que ninguém há na terra semelhante a ele,
homem íntegro e reto, que teme a Deus e se desvia do
mal?
Então respondeu Satanás ao Senhor, e disse:
Porventura Jó teme a Deus debalde?
Não o tens protegido de todo lado a ele, a sua casa e a
tudo quanto tem? Tens abençoado a obra de suas
mãos, e os seus bens se multiplicam na terra.
Mas estende agora a tua mão, e toca-lhe em tudo
quanto tem, e ele blasfemará de ti na tua face!
Ao que disse o Senhor a Satanás: Eis que tudo o que
ele tem está no teu poder; somente contra ele não
estendas a tua mão.
(Jó, 1:1-12)
Vamos pensar sobre o que poderíamos concluir de forma imediata
a partir da leitura desses versículos?
Bom, vemos que os dois primeiros versículos nos sugerem, em um
primeiro momento, que Jó era um homem bom e correto, que não
praticava nenhuma iniquidade aos olhos do Senhor.
Além disso, também verificamos que Jó era muito rico. Embora
tanto naquele tempo quanto nos tempos de hoje a riqueza seja, muitas
vezes, capaz de afastar algumas pessoas de Deus (já que muitos
passam a amar o dinheiro), este não era o caso de Jó. Vamos pensar
um pouco mais sobre a riqueza dele.
Também sabemos que, financeiramente falando, os bens que Jó
possuía faziam dele um homem notável. Só para citar um aspecto,
vemos que uma jumenta, naquele tempo, valia muito dinheiro
mesmo. Uma pessoa, como Jó, que tinha quinhentas jumentas, além
de muitos outros animais, seria considerada extremamente rica.
No que se refere à postura de Jó em relação a sua própria família
podemos afirmar que ele era um pai muito amoroso e que cuidava do
bem-estar de cada filho.
Ele se preocupava em interceder junto a Deus, caso algum de seus
filhos caísse em pecado e, por isso, oferecia sacrifícios ao Senhor. Ou
seja, Jó era um pai dedicado.
A riqueza e o cuidado com a família são algumas das
características importantes da personalidade de Jó, que nos permitem
conhecê-lo melhor.
Além disso, vimos até aqui que Jó era uma homem muito rico, mas
principalmente aprendemos que sua riqueza não o afastou do Senhor.
Um ponto também muito importante sobre Jó, a respeito do qual
falaremos mais adiante, é que, segundo o consenso dos historiadores,
ele não viveu em uma época posterior à dos patriarcas. Queremos
dizer, ele viveu ou no período de Abraão, Isaac e Jacó ou antes disso.
Aprendemos algumas informações sobre Jó. Mas para que
possamos entender a sua vida, além de conhecê-lo, temos de saber
como era o mundo espiritual em que ele vivia.
É exatamente por isso que no próximo capítulo abordaremos a
realidade espiritual da época em que Jó viveu, ou seja, entenderemos
o mundo em que Jó estava, do ponto de vista espiritual.
Somente assim poderemos compreender o que se passou com ele e
saber como tudo o que ocorreu foi, na realidade, uma demonstração
de que o Deus único e verdadeiro é um Deus de extremo amor.
 
O mundo em que Jó viveu
No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés,
até sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança
da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que
havia de vir.
(Romanos, 5:14)
Não há como entender o que aconteceu com Jó sem que antes
entendamos qual era o pano de fundo espiritual de sua época. Isso se
aplica a qualquer momento da história, especialmente quando falamos
de um livro da Bíblia, não é mesmo?
Assim, para que possamos verdadeiramente entender o que
podemos chamar de Teologia da época de Jó, vamos começar
considerando três pontos fundamentais, os quais – gostaríamos de
deixar bastante claro – se aplicam, inclusive, à realidade espiritual em
que vivemos nos dias de hoje.
Apenas após o presente capítulo é que veremos como a realidade
espiritual na época de Jó se diferencia da nossa de hoje em dia, isto é,
entenderemos o sentido e a forma como o mundo no qual Jó viveu se
diferencia espiritualmente do mundo em que vivemos hoje. Assim,
vejamosos tópicos a seguir para compreender melhor.
Deus criou o homem à sua imagem e
semelhança
E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de
Deus o criou; homem e mulher os criou.
(Gênesis, 1:27)
O primeiro ponto que veremos é o de que o ser humano foi criado
à imagem e semelhança de Deus. Aliás, quando lemos o versículo do
primeiro capítulo do livro de Gênesis fica evidente o quanto o homem
é dependente de Deus, pois foi criado por Ele. Sendo assim, o homem
jamais poderia existir se o Criador de todas as coisas não permitisse.
Todo ser humano deveria levar consigo para todos os lugares
aonde fosse dois versos específicos da Bíblia. Seria como se
devêssemos levar em nossa carteira dois pedacinhos de papel, tendo
em cada um deles escrito um dos versículos que demonstraremos.
Assim, sempre estaríamos nos lembrando da Palavra de Deus.
Em um dos papéis estaria escrito exatamente a mensagem de
Gênesis 1:27, ou seja, a de termos valor intrínseco, pois fomos criados
à imagem do Deus criador dos Céus e da Terra e de tudo mais o que
existe. Assim, saberíamos que somos valiosos simplesmente pelo que
somos, já que fomos criados não apenas como obra-prima do Criador,
mas também à sua imagem e semelhança.
No outro papel, para que nunca achemos que somos Deus,
deveríamos trazer escrita a mensagem presente em Gênesis, 3:19b:
“[...] és pó e em pó te tornarás”.
Assim, saberíamos não apenas quão importantes somos, pois,
conforme vimos, fomos criados à imagem de Deus, mas também
saberíamos o quanto precisamos de Deus em nossa vida, já que não
somos Deus.
Não são poucas as pessoas que se afastam do propósito para o
qual foram criadas por não se contentarem em terem sido criadas à
imagem de Deus e, assim, querem ser como Ele. Aliás, conforme
lemos lá em Gênesis, 3:5, esta foi a tentação principal de que fez uso a
serpente quando sugeriu a Eva que ela seria como Deus, caso comesse
do fruto, não é mesmo?
Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se
abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o
bem e o mal.
(Gênesis, 3:5)
De toda maneira, gostaríamos de enfatizar, para o nosso
aprendizado aqui, que o ser humano foi criado, originalmente, à
imagem e semelhança de Deus. Este é o primeiro dos três pontos
fundamentais para entendermos adequadamente a realidade
espiritual da época de Jó, o mundo em que ele viveu.
Vamos passar para a análise do segundo ponto, o qual diz respeito
ao fato de que ao ser humano foi dado por Deus o domínio sobre tudo
o que há na Terra. Vejamos.
Deus deu o domínio sobre tudo o que Ele criou
para o homem
Dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos
céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.
(Gênesis, 1:28)
Além de ter criado o homem à sua imagem e semelhança, era
vontade de Deus, desde sempre, que a sua criatura atuasse como uma
espécie de seu mandatário, cuidando de tudo o que Ele criara na
Terra. Vamos deixar bem claro aqui: de tudo o que há na Terra!
Aliás, podemos mesmo considerar, como consequência de termos
sido criados à imagem e semelhança de Deus, a capacidade que nos
foi dada no início, de dominar e reinar sobre toda a criação, pois tais
características primordialmente pertencem a Deus.
É neste sentido que lemos o que Davi escreveu:
[...] que é o homem, para que te lembres dele? e o filho
do homem, para que o visites?
Contudo, pouco abaixo de Deus o fizeste; de glória e
de honra o coroaste.
Deste-lhe domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo
puseste debaixo de seus pés.
(Salmos, 8:4-6)
Estes versos que acabamos de ver reforçam o entendimento sobre
o fato de todas as coisas na Terra terem sido colocadas sob o domínio
do ser humano.
Para entender mais adequadamente o que estamos falando, vamos
imaginar uma situação hipotética em que o dono de uma grande
empresa confiasse ao administrador todo o seu patrimônio.
Neste caso, o dono da grande empresa confiaria todo o patrimônio
da empresa para o administrador, de modo que ele o administrasse e
usufruísse de todos os frutos provenientes da administração.
Foi exatamente o que Deus fez em razão de querer que todos os
frutos extraídos da Terra fossem exclusivamente voltados para o bem-
estar do próprio homem.
Esta mesma ideia é apresentada em outros momentos da Bíblia,
por exemplo, em uma das passagens do livro de Salmos, a qual
transcrevemos a seguir.
Tu o fizeste um pouco menor do que os seres celestiais
e o coroaste de glória e de honra.
Tu o fizeste dominar sobre as obras das tuas mãos; sob
os seus pés tudo puseste.
(Salmos, 8:5-6)
Vimos dois dos três pontos fundamentais para que possamos
entender a realidade espiritual do mundo em que Jó viveu.
O primeiro é o de que o ser humano foi criado à imagem e
semelhança de Deus (Gênesis, 1:27), já o segundo é o de que Deus deu
ao ser humano o domínio sobre tudo o que existe (Gênesis, 1:28).
Mas ainda há um terceiro ponto, o qual diz respeito ao que o ser
humano fez com o domínio dado a ele. Gostaríamos de enfatizar que
esse terceiro ponto é central para o entendimento da realidade
espiritual da época de Jó.
O homem entregou todo o domínio a Satanás
Novamente o transportou o diabo a um monte muito
alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a
glória deles.
E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me
adorares.
Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está
escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele
servirás.
(Mateus, 4:8-10)
Conforme acabamos de dizer, este ponto é extremamente relevante
para entendermos a Teologia da época de Jó. Aqui, começamos a
compreender que o domínio sobre tudo o que existe havia sido dado
ao Diabo pelo homem.
Como foi que isso ocorreu? O homem, a quem Deus tinha dado o
domínio sobre tudo o que existe, no uso do livre arbítrio a ele
conferido por Deus, resolveu passar o domínio ao Diabo.
Você pode estar perguntando a si próprio se foi isso mesmo. Pode
até questionar onde pode ver isso na Bíblia.
Para compreender que o domínio foi dado ao Diabo, vamos
começar por estudar aquela passagem que ficou conhecida como “A
tentação de Jesus”, registrada nos Evangelhos de Mateus (4:1-11),
Marcos (1:12-13) e Lucas (4:1-13). Vejamos o que diz este último:
O diabo o levou a um lugar alto e mostrou-lhe num
relance todos os reinos do mundo.
E lhe disse: Eu lhe darei toda a autoridade sobre eles e
todo o seu esplendor, porque me foram dados e posso
dá-los a quem eu quiser.
(Lucas, 4:5-6)
Conforme se observa na passagem do Evangelho de Lucas, o
Diabo tentava a Jesus, dizendo que poderia entregar a ele o domínio e
a autoridade daqueles reinos se Jesus o adorasse.
A pergunta importante a se fazer agora é a seguinte: por que a
proposta do Diabo a Jesus foi verdadeiramente uma tentação?
A resposta é: porque o Diabo tinha realmente a possibilidade de
oferecer a Jesus aqueles reinos, já que dominava sobre eles. Conforme
o próprio Satanás disse, o domínio havia sido dado a ele.
Em outras palavras, caso o domínio não tivesse sido dado ao
Diabo, as palavras dele não seriam uma tentação, mas sim um blefe.
É dizer, se o Diabo não tivesse realmente o domínio sobre tudo o
que existe, as palavras dele para Jesus não passariam de um discurso
vazio e jamais poderiam ser consideradas como uma tentação para
Jesus.
Da mesma forma, se o Diabo estivesse blefando sobre o seu
domínio sobre o mundo, a Bíblia não teria em tantos momentos se
referido a Satanás como alguém em posição de domínio sobre as
coisas da Terra após a queda do homem.
Caso você ainda não esteja convencido de que o domínio do
mundo foi dado ao Diabo, pedimos o favor de abrir a sua Bíblia e
analisar os versos que citaremos mais adiante.
Nestas passagens que citaremos será possível verificar que a Bíblia
se refere ao Diabo como o rei, o príncipe deste mundo, mostrando,
assim, que a fala de Satanás no deserto a respeito de ter sido dado a
ele todo o domínio encontra respaldo também em outras passagens
bíblicas.
Vejamos as passagens:
Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua
vontade, mas por causa do que a sujeitou,
Na esperança deque também a mesma criatura será
libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da
glória dos filhos de Deus.
(Romanos, 8:20-21)
A qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu;
porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao
Senhor da glória.
(I Coríntios, 2:8)
Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos
dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do
evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de
Deus.
(II Coríntios, 4:4)
Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o
príncipe deste mundo.
(João, 12:31)
Porque o príncipe deste mundo já está julgado.
(João, 16:11)
Realmente, os versos apresentados comprovam o domínio do
Diabo, ou seja, de Satanás, sobre as coisas da Terra após a queda do
homem.
Vemos, assim, que tanto o mundo em que nós vivemos como
aquele no qual Jó viveu é um mundo cujo domínio era e é de Satanás.
No caso do Livro de Jó aprendemos que os efeitos do domínio
dado a Satanás foram tão grandes, tão amplos, que ele teve, inclusive,
acesso aos Céus.
Isso explica a passagem de Jó, 1:6, a qual traz problemas de
entendimento para muitas pessoas, pois algumas não entendem como
Satanás pôde apresentar-se perante Deus.
Realmente, sem compreender o pano de fundo teológico da época
de Jó fica difícil entender passagens como a que veremos a seguir.
E num dia em que os filhos de Deus vieram
apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás
entre eles.
(Jó, 1:6)
Sugerimos, agora, a recordação dos três mais importantes pontos
do assunto sobre o qual estamos tratando. É dizer, vimos, em resumo,
três pontos muito importantes:
i. Deus criou o homem à sua imagem e semelhança;
ii. Deus deu o domínio sobre tudo o que Ele criou ao homem; e
iii. o homem entregou todo o domínio a Satanás.
Vimos também que estes três pontos são a base para o
entendimento da realidade espiritual da época de Jó, assim como da
realidade espiritual do mundo em que ele viveu.
Também dissemos que esses três pontos se aplicam inclusive aos
dias de hoje, embora a realidade espiritual em que vivemos
atualmente seja bem diferente da daquela época.
A razão não é que esses pontos mudaram ou deixaram de existir,
mas que hoje em dia temos algo que Jó não tinha, conforme veremos
nos próximos capítulos.
Também não podemos nos esquecer de que veremos como o
posicionamento de Deus na realidade espiritual da época de Jó é um
posicionamento de um Deus de amor e bondade.
Vamos, portanto, passar para o próximo capítulo.
 
O ponto central
E disse o Senhor a Satanás: Observaste tu a meu servo
Jó?
(Jó, 1:8a)
Agora, chegamos ao ponto culminante do nosso estudo. O que
trataremos aqui nos proporcionará o entendimento mais completo da
realidade espiritual de Jó. Mas antes vejamos os três pontos
mencionados no capítulo anterior:
i. a criação do homem à imagem e semelhança de Deus;
ii. Deus ter dado o domínio sobre tudo ao homem;
iii. o homem ter dado o domínio a Satanás.
Para entender o que vamos dizer neste capítulo é preciso
relembrar alguns dados históricos relevantes sobre o período em que
Jó viveu.
Embora possa haver algum debate sobre quando exatamente o
livro de Jó foi escrito, vemos uma concordância geral entre os
estudiosos em afirmar que Jó viveu antes de Moisés, ou na época dos
patriarcas (Abraão, Isaac e Jacó), ou antes disso.
Este dado histórico é muito importante porque nos faz entender
que Jó viveu antes de a lei ter sido dada por Deus a Moisés.
Mas por que isso é tão importante? Ou seja, do ponto de vista
teológico, o que isso pode nos dizer?
Ora, como Jó viveu antes de Moisés, ele não estava protegido pela
lei mosaica, nem poderia ter tido acesso a ela como instrumento
pedagógico para aprender com ela que deveria exercer a fé no poder
protetivo do sangue.
Não sei se você já pensou sobre isso, mas devemos ter em mente
que o aspecto cerimonial da lei mosaica criou uma antecipação do que
Cristo faria, uma antecipação da necessidade da fé no sacrifício de
sangue. Assim, as pessoas poderiam ser capazes de ter fé no redentor
que viria cerca de quinze séculos depois.
Em resumo, o que estamos dizendo é que a lei de Moisés criou
uma estrutura de sacrifícios que permitiu às pessoas entender
pedagogicamente o poder redentivo do sangue, que se concretizaria
séculos depois, com o sacrifício do cordeiro perfeito e imaculado, a
saber, Jesus Cristo.
A Bíblia enfatiza tanto esse detalhe que, de forma clara, estabelece
que durante a época de Adão até Moisés, ou seja, a época em que Jó
viveu, quem reinou no mundo foi a morte.
Em outras palavras, o que a Bíblia nos diz sobre a realidade
espiritual que tomou lugar no período compreendido desde a queda
de Adão até Moisés, isto é, no mundo em que Jó viveu, na verdade
poderia ser descrita como o reino da morte.
Inclusive, isso é o que nos ensina o Apóstolo Paulo, em sua carta
aos Romanos.
No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés,
até sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança
da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que
havia de vir.
(Romanos, 5:14)
Não sabemos se você prestou atenção nesse detalhe, mas um
ponto muito relevante que a Bíblia nos traz a respeito do fato de a
morte ter reinado desde Adão até Moisés é ela ter reinado até mesmo
sobre aqueles que não tinham pecado algum.
Isso é o que torna o tempo de Jó totalmente diferente daquele
depois da lei mosaica, que funcionou como um escudo contra os
ataques de Satanás, conforme nos ensina o apóstolo Paulo, segundo a
carta aos Gálatas.
Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados
debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia
de manifestar.
(Gálatas, 3:23)
É verdade que, de alguma forma preliminar, o instituto da fé no
sacrifício de sangue já estava estabelecido desde o dia da queda do
homem – conforme demonstraremos com maiores detalhes neste livro
– e com muito mais força desde a aliança de Deus com Abraão,
instrumento utilizado por Deus para, por meio daquele povo, ensinar
ao mundo a saída do Reino da Morte.
A questão é que Jó sequer teve acesso ao conhecimento decorrente
da experiência de ter nascido e crescido como alguém pertencente à
descendência de Abraão.
A probabilidade maior é a de que Jó tenha sido, na realidade, um
gentio.
Podemos até mesmo dizer que há um consenso entre os estudiosos
de que Jó era um gentio, ou seja, não pertencia ao povo de Israel.
Sendo Jó um gentio, vivendo naquela época, o que podemos saber
mais sobre a sua realidade espiritual?
Quando lemos o que Paulo escreveu aos gentios em Efésios, 2:11-
12, se referindo à lei (lemos “alianças da promessa”), vemos que todos
os que eram estranhos à lei, ou seja, os gentios, estavam mesmo sem
esperança no mundo. Era o caso de Jó.
Portanto, lembrai-vos de que vós noutro tempo éreis
gentios na carne, e chamados incircuncisão pelos que
na carne se chamam circuncisão feita pela mão dos
homens;
Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da
comunidade de Israel, e estranhos às alianças da
promessa, não tendo esperança, e sem Deus no
mundo.
(Efésios, 2:11,12)
Então, mais uma vez, vemos que Jó viveu a sua vida sem qualquer
esperança, pois a morte reinava no mundo e Jó não estava coberto por
nenhuma aliança, nem teve como aprender com nenhuma delas.
Só para deixar claro, conforme você já deve ter notado, quando
falamos da morte estamos nos referindo à Satanás.
Muitas vezes, simplesmente tratamos os dois termos como
sinônimos, ora utilizando um, ora outro.
Como antes já vimos que o domínio do mundo havia sido dado a
Satanás, então cremos que foi fácil para você concluir que a morte
sobre a qual falamos aqui significa o Satanás.
Caso você esteja buscando por mais evidências dessa
correspondência, nossa sugestão é a que leia um trecho das escrituras
do apóstolo João, no último dos livros da Bíblia:
E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava
assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno
o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta
parte da terra, com espada, e com fome, e com peste, e
com as feras da terra.
(Apocalipse, 6:8)
A partirde agora, tudo o que foi mencionado até o momento
parece fazer mais sentido! Satanás, a morte, sentado no cavalo
amarelo e seguido pelo inferno, foi aquele que reinou da queda de
Adão até Moisés, inclusive sobre os que não tinham pecado algum.
 
Teria Deus oferecido Jó a Satanás?
Diante de tudo o que aprendemos, o que podemos dizer sobre o
que aconteceu a Jó? Será que Deus o traiu e o entregou à morte, ou
seja, a Satanás?
Note que já temos a compreensão de que o domínio sobre todas as
coisas havia sido dado a Satanás pelo próprio homem. Sendo assim,
Satanás já tinha domínio e legalidade sobre Jó, independentemente da
possibilidade de Jó pecar ou não.
Neste ponto, você pode questionar: “mesmo que fosse a morte que
reinasse sobre todos, por que Deus havia de entregar o indefeso Jó a
Satanás?”.
Trata-se de uma questão muito comum. Isso ocorre porque,
mesmo sabendo da realidade espiritual da época de Jó, há um verso
que traz muitos problemas de entendimento, pois passa a falsa
impressão de que Jó nem havia sido notado por Satanás, tendo sido o
próprio Deus que o haveria oferecido às garras do mal.
E disse o Senhor a Satanás: Observaste tu a meu servo
Jó?
(Jó, 1:8)
Gostaríamos de pedir licença para repetir a pergunta: teria mesmo
Deus oferecido Jó a Satanás? Vejamos.
É importante notar que o questionamento que muitos têm provém
do fato de, ao lermos o livro de Jó, identificarmos que o diálogo entre
Deus e Satanás apresenta logo nas primeiras linhas uma pergunta que
traz muitos problemas quanto ao correto entendimento.
Vamos ver a passagem do livro de Jó à qual nos referimos.
E num dia em que os filhos de Deus vieram
apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás
entre eles.
Então o Senhor disse a Satanás: Donde vens? E
Satanás respondeu ao Senhor, e disse: De rodear a
terra, e passear por ela.
E disse o Senhor a Satanás: Observaste tu a meu servo
Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele,
homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia
do mal.
(Jó, 1:6-8)
A falsa impressão se dá em razão de muitos equivocadamente
entenderem que Satanás não estava sequer pensando em Jó, quando
Deus, ao indagar “Observaste tu o meu servo Jó?” estaria chamando a
atenção de Satanás para Jó.
A correta interpretação desta passagem fica mais fácil em outras
traduções. Traduções mais adequadas trazem o sentido de que Deus
estava perguntando a Satanás se ele já estaria considerando Jó para
lhe fazer algum mal.
Conforme lemos na Bíblia, Deus pergunta a Satanás se ele estaria
querendo fazer mal a Jó em razão de este ter tantas qualidades boas,
de ser um homem de Deus, um homem íntegro.
Assim, uma tradução mais adequada seria: “Tens tido
pensamentos contra o meu servo Jó?”.
Como sugestões de traduções bíblicas que trazem esta passagem
de forma mais adequada, registramos a Tradução Literal Greens da
Bíblia, a Tradução Literal Young’s da Bíblia, assim como a Nova
Tradução Inglesa da Septuaginta, só para citar alguns exemplos.
O importante é que não podemos nos esquecer de que o próprio
Deus considerava Jó um homem íntegro e, desde aquele tempo, até os
dias de hoje, Satanás sempre procura atacar os homens de Deus.
O caso de Jó não era diferente quanto a isso. Também não é
diferente a postura de Deus que podemos ver na citada passagem
bíblica.
Na realidade, Deus, identificando que Satanás estava com
predisposição contra Jó, coloca-se em situação de interferir em favor
de Jó, já que ele estava em perigo.
Em outras palavras, vimos que Satanás já estava com Jó em mente
para lhe fazer mal, tendo sido exatamente por isso que Deus inicou o
diálogo com ele em favor de Jó.
Mas, se é assim, por que, então, Deus não interferiu totalmente?
Por que Deus permitiu que Satanás fizesse tudo o que fez com Jó,
apenas determinando que não tocasse nele? Será que Deus foi
injustamente mal com Jó? Vejamos.
Vamos ler o verso que é responsável pelo incorreto entendimento
de muitos de que Deus teria entregado Jó a Satanás. Falamos do que
está escrito na primeira parte de Jó, 1:12.
E disse o Senhor a Satanás: Eis que tudo quanto ele
tem está na tua mão; somente contra ele não estendas
a tua mão.
(Jó, 1:12a)
Nesta passagem, quando o Senhor disse a Satanás que ele poderia
tocar em todos os bens de Jó, mas que não poderia tocar no próprio Jó,
de forma equivocada muitos entendem que a Bíblia está dizendo que,
mesmo que Deus não tivesse oferecido Jó a Satanás, pouco foi feito
para protegê-lo.
Recapitulando o que já aprendemos até aqui, sabemos que Deus
não estava autorizando Satanás a fazer com que Jó sofresse. Na
realidade, Deus apenas estava descrevendo uma realidade que Jó já
vivia.
Uma realidade, conforme vimos, em que o domínio do mundo
havia sido dado a Satanás.
Gostaríamos de deixar bastante claro este ponto, para que não
reste dúvida alguma. Assim, repetimos que, quando Deus disse a
Satanás, em Jó, 1:12, que tudo o que Jó tinha estava nas mãos de
Satanás, a Bíblia não está descrevendo uma determinação de Deus
para que isso passasse a acontecer.
Na realidade, Deus estava apenas narrando a situação espiritual
de Jó, que era esta mesma: tudo o que ele, ou qualquer outra pessoa
naquela época tinha, pertenciam a Satanás, pois foi a morte que reinou
livremente de Adão até Moisés (Romanos, 5:14), sendo ela uma alusão
a Satanás (Apocalipse, 6:8).
Diante de tal realidade, o que Deus fez em relação ao indefeso Jó
foi limitar a ação de Satanás, quando disse que somente contra a vida
dele é que Satanás não poderia estender a sua mão, conforme
podemos observar em Jó, 1:12.
Ou seja, Deus amava tanto a Jó que identificou a predisposição de
Satanás contra ele (Jó, 1:8) e advertiu a Satanás para que não o tocasse
(Jó, 1:12).
Para tornar as coisas bem mais claras, vamos recapitular aqui o
que aprendemos:
Vimos que a realidade espiritual da época de Jó autorizava a
Satanás fazer o que quisesse com ele.
Apesar de Satanás ter legalidade para fazer o que quisesse com
Jó, Deus identificou essa predisposição e agiu, limitando a ação
de Satanás, ao dizer que a vida de Jó deveria ser poupada.
É curioso as pessoas passarem a entender que Satanás tinha
legalidade para fazer o que quisesse com Jó, e aí elas, às vezes,
perguntam: “Se é assim, por que Satanás não teve legalidade para
também matar Jó?”.
Ou seja, se Satanás, diante da realidade espiritual da época, podia
fazer o que quisesse com Jó, como Deus pôde validamente interferir
naquele processo, limitando a ação de Satanás?
Como Deus pôde interferir a favor de Jó sem que, com isso,
desrespeitasse a realidade espiritual da época de Jó?
Em outras palavras, será que Deus pode interferir na vida dos seus
filhos? A resposta para a época de Jó, assim como para os dias atuais,
é semelhante. Vejamos.
Sim, Deus pode interferir na vida de seus filhos, mesmo que seus
filhos tenham entregado a própria sorte nas mãos de Satanás.
A questão, todavia, dependerá da abertura que os filhos derem
para tal. Essa é uma realidade que ocorreu com Jó e que se aplica,
inclusive, a nós hoje.
Para melhor compreensão, vamos analisar o que o Apóstolo Paulo
escreveu em sua Primeira Carta a Timóteo:
Pois para isto trabalhamos e lutamos, porque temos
posto a nossa esperança no Deus vivo, que é o
Salvador de todos os homens, especialmente dos que
creem.
(I Timóteo, 4:10)
Deus poderia legalmente ter interferido na vida de Jó, dependendo
do quanto Jó houvesse possibilitado a Deus para que agisse.
A moeda, aqui, é a fé, conforme vemos na passagem de 1 Timóteo,
já que o apóstolo Paulo deixou bastante claro, ao dizer “especialmente
para os que creem”, para os que têm fé.
Independentemente da situação em que vivamos e da forma como
aprendamos, se tivermos fé no poder do sangue conseguiremos
manter Satanás afastado de nós. É isso, inclusive, o que nos diz o
apóstolo Lucas, em seu Evangelho.
Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que
Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo;
Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e
tu, quando te converteres, confirma teus irmãos.
(Lucas,22:31,32)
Assim, embora Jó fosse gentio e mesmo que ele tivesse vivido
antes da lei de Moisés, cujo aspecto cerimonial ensinava que as
pessoas deviam liberar a sua fé, ou seja, no poder do sangue, ele ainda
podia ter fé. Mas será que ele teve?
Sabemos que para Jó ter fé não foi simples, de maneira que o
importante é saber o quanto Jó creu e teve fé, mesmo diante das
dificuldades decorrentes de quem ele era e do tempo em que viveu,
para que possamos saber até onde Deus poderia legalmente agir.
Jó realmente creu como deveria?
O primeiro ponto a notar é ser indiscutível o fato de que Jó
oferecia sacrifícios ao Senhor. Aliás, em Jó, 1:5 podemos observar a
comprovação de que Jó oferecia holocaustos a Deus.
Sucedia, pois, que, decorrido o turno de dias de seus
banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava
de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o
número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura
pecaram meus filhos, e amaldiçoaram a Deus no seu
coração. Assim fazia Jó continuamente.
(Jó, 1:5)
Neste ponto, entramos em uma questão bastante importante: se Jó
fazia sacrifícios a Deus, então é claro que ele tinha fé? A resposta é
negativa, pois é preciso analisar o coração dele.
Em outras palavras, a chave para entender esta delicada questão é
não levar em consideração se Jó fazia ofertas ao Senhor, mas sim
considerar o que se passava no coração dele enquanto fazia tais
ofertas.
Mas como saber isso? Ora, pelo que a Bíblia nos diz. De fato, há
outra passagem do livro de Jó que nos dá uma indicação do que
realmente se passava no coração de Jó. Vejamos:
Aquilo que temo me sobrevém; e o que receio me
acontece.
(Jó, 3:25)
O fato é que, apesar de Jó ter se empenhado em preparar os
holocaustos para Deus, ele tinha medo. Mas o que é ter medo? No
caso de Jó, ter medo é simplesmente não crer efetivamente no poder
do sacrifício, que foi substituído pela cruz.
Conforme já falamos, antigamente, pelo fato de Jesus ainda não ter
se entregado como sacrifício perfeito na cruz para salvar a
humanidade, o sacrifício de animais era o que estabelecia a ligação do
homem com Deus.
Hoje, os cristãos precisam acreditar veementemente no sacrifício
da cruz. Da mesma forma, era importante, na época de Jó, que as
pessoas cressem no poder do holocausto e do sacrifício.
Porém, de acordo com o que lemos na passagem de Jó, 3:25, ele
não cria genuinamente. A dúvida escondida no coração de Jó o
entregou a toda sorte de padecimentos físico e material.
O medo é o contrário da fé
Se há algo de ruim que pode nos acontecer é sentir medo, pois o
medo é o contrário da fé.
Jó temia! Mas como ele poderia temer, se já havia feito holocausto
e sacrifício? Crença genuína no poder redentivo do sacrifício e medo
são dois sentimentos inconciliáveis.
Em resumo, mesmo que Jó oferecesse sacrifícios regulares pelos
seus filhos, ele negou a eficácia do sangue em razão da ausência de fé
no poder protetivo deste mesmo sangue.
É a mesma lógica presente até os dias de hoje, de forma belíssima
explicada pelo autor de Hebreus:
Visto, pois que os filhos possuem participação da carne
e do sangue, deste igualmente, ele participou, para
que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder
da morte, a saber, o diabo,
E livrasse todos os que, pelo pavor da morte, estavam
à escravidão por toda a vida.
Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas
tomou a descendência de Abraão.
(Hebreus 2:14-16)
Para que o tema fique mais claro, gostaríamos de falar um pouco
mais sobre a questão do sacrifício, pois foi o ponto principal em que Jó
errou, não crendo verdadeiramente no poder da oblação.
O medo paralisa e o sacrifício liberta
Vejamos como a questão do sacrifício se inicia na Bíblia.
Para isso, vamos lá para a história do primeiro homem: Adão.
Fez o Senhor vestimenta de peles para Adão e sua
mulher e os vestiu.
(Gênesis 3:21)
Deus vestiu os homens com peles de animais. Isso significa que,
pela primeira vez, houve sacrifício a fim de que o homem fosse
protegido.
Em outras palavras, quando Deus fez vestimentas, túnicas, para
Adão e Eva, Ele instituiu o sacrifício de sangue como meio de
expiação do pecado e retardamento do seu julgamento, que é a morte.
Antes de vir à Terra como carpinteiro, Deus passou por aqui como
alfaiate para iniciar o seu plano redentivo no mesmo dia em que o
homem se afastou dele. Deus nunca nos abandona, não é mesmo?
O fato importante é que, para extrair a pele do animal, Deus
precisou matá-lo, afinal o salário do pecado é a morte, conforme lemos
em Romanos, 6:23. E, ao fazê-lo, derramou sangue.
Perceba a semelhança desse tipo de sacrifício com o de Jesus na
cruz. Jesus é chamado Cordeiro de Deus, foi morto, em sacrifício pela
humanidade, e derramou sangue ao ser crucificado.
A dicotomia da fé de Jó
Tomais, pois, sete novilhos e sete carneiros, e ide ao
meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós. O meu
servo Jó orará por vós; porque dele aceitarei
intercessão, para que eu não vos trate segundo a vossa
loucura; porque vós não dissestes de mim o que era
reto, como o meu servo Jó.
(Jó 42:8)
Jó fazia sacrifícios, mas não cria, pois proferia palavras contrárias
ao poder do sangue do sacrifício. Será que muitas pessoas, hoje, não
estão proferindo palavras contrárias à fé que dizem professar?
Sim, isso se aplica aos dias atuais. Afinal, de que adianta o
sacrifício se nós não o vivenciarmos verdadeiramente? De que adianta
dizermos ter fé em Cristo se nossas ações não forem correspondentes?
As nossas ações, neste caso, denunciariam que não temos verdadeira
fé, porque a fé deve gerar uma ação correspondente.
O testemunho de Jó simplesmente destruiu o poder do sangue e
da mesma forma pode acontecer conosco. Afinal, a legalidade de
sacrifícios e de palavras é um tema central da Bíblia, que tem a ver
com alianças.
No amor não há temor, antes o perfeito amor lança
fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o
que teme não é perfeito em amor.
(I João 4:18)
Já aprendemos que o medo é contrário à fé. Em outras palavras,
ainda que Jó oferecesse regularmente sacrifícios em favor de seus
filhos, ele acabou com a eficácia daquele sacrifício ao proferir palavras
de medo.
Também é interessante notar que Jó não está na galeria de heróis
da fé de Hebreus 11.
 
Conclusão
Apesar de Jó ter fracassado na crença do poder do sacrifício, após
passar pelas dificuldades ele creu em algo que era mais importante: a
vinda do Redentor.
Não podemos nos esquecer de que Jó sabia do Redentor, pois ele já
havia sido prometido em Gênesis, 3:15 e, portanto, a sua vinda era
conhecida por todos os homens de Deus, desde Adão.
Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua
descendência e a sua descendência; esta te ferirá a
cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
(Gênesis 3:15)
A salvação daqueles que vieram antes de Cristo se dava pela
crença naquele que viria, como hoje se dá pela crença naquele que já
veio.
Por que me perseguis assim como Deus, e da minha
carne não vos fartais?
Quem me dera agora, que as minhas palavras fossem
escritas! Quem me dera, fossem gravadas num livro!
E que, com pena de ferro, e com chumbo, para sempre
fossem esculpidas na rocha.
Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim
se levantará sobre a terra.
(Jó 19:22-25)
Somente após declarar que seu Redentor estava vivo, e Deus ter
constatado a fé absoluta de Jó ao dizer tais palavras, é que a história
de Jó foi mudada.
A partir do momento em que declarou acreditar e de ter
demonstrado fé em seu Redentor, Jó deu abertura para o milagre
acontecer.
Além disso, Deus também percebeu que, enquanto passava pelo
sofrimento, o entendimento de Jó quanto à fé mudava positivamente,
pois ele orava por outras pessoas, realmente acreditando que suas
orações chegariam a Deus.
Quando passamos a ter esse tipo de conduta, Deus age em nosso
favor, e quando Ele interfere no curso da vida de seus filhos ninguém
mais pode impedir a fluidez dos acontecimentos. Ninguém!
Ore para que as pessoas alcancem o entendimento da mensagem
do livro de Jó, poisseu conteúdo é a expressão máxima do amor de
Deus pela humanidade. Deus se utiliza da legalidade do mundo para
agir fortemente, vigorosamente em nossas vidas, desde que demos
abertura para isso.
Deus está pronto para atuar em nossas vidas e nos restituir tudo o
que perdemos. Ele está pronto para propiciar a salvação, de modo que
possamos vivenciar a alegria ao seu lado na eternidade.
Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e
vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele
treva nenhuma.
(João 1:5)
Basta dizer que queremos. Jesus foi crucificado ao lado de dois
ladrões. Um deles declarou que queria ser salvo e, o outro, não. A
crença e a declaração determinaram a salvação daquele ladrão, porque
mais tarde ele foi para a glória com Jesus Cristo.
Portanto, acredite que Deus é bom, e jamais duvide disso. O livro
de Jó nos ensina, na realidade, que Deus nunca abandonou Jó e que
agiu para que ele não fosse entregue à morte. Deus pode fazer o
mesmo conosco. Basta que queiramos.
 
Oração
Poderoso Deus,
Estou aqui, em sua presença, para agradecer a oportunidade de entender a
sua Palavra. Por mais que as passagens bíblicas sejam difíceis de
compreender, ainda assim, acredito em sua bondade.
Perdoe-me se, alguma vez, levado pelo medo, duvidei de seu poder. A
partir de hoje, quero ter a fé mais pura e profunda. Quero aproximar-me do
Senhor, a cada dia, vivendo pela fé.
Em nome de Jesus, amém!
 
Conheça o Faith.College
Quem somos
O Faith.College é o órgão responsável pela área da Educação do MDFé – Ministério
Internacional Defesa da Fé.
Visão
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Planejar e executar a política de ensino do Ministério Internacional Defesa da Fé, por meio do
oferecimento de cursos nas modalidades presencial e online nas mais diversas áreas do
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históricas, científicas, filosóficas e espirituais para se seguir Jesus Cristo.
Valores
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priorização da família.
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Cremos no único e verdadeiro Deus, manifestado no Pai, no Filho e no Espírito Santo;
Cremos na Bíblia como Palavra infalível de Deus;
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Cremos na ressurreição de Jesus como fundamento histórico de nossa fé em Cristo;
Cremos no crescimento pessoal em Deus como fundamento espiritual de nossa Fé;
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Cremos nas conquistas para todos os cristãos obtidas pelo sacrifício de Jesus na cruz;
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Conheça outras obras da Defesa da Fé Editora
Cristianismo Simples: Conhecimento para a Vida de uma Nova Criatura
Tassos Lycurgo & Camila Lycurgo
A obra traz reflexões sobre a vida cotidiana, sempre com base na Palavra de Deus.
As questões contemporâneas da vida cristã que são no livro abordadas se dividem em três
partes: “Crescimento em Deus”, “Deus e a mulher” e “Deus e a família”.
As respostas são escritas de modo que todos possam aplicar o conhecimento da Bíblia às
diversas situações de seu dia a dia.
Entre as várias questões abordadas de forma objetiva pelos autores, podemos
destacar as seguintes:
Um irmão pecou contra mim na igreja. Como resolver? Posso entrar na Justiça?
Como ter paz em meio à tempestade?
Um cristão pode namorar uma pessoa que não é cristã ou se casar com ela? E se já
forem casados, o que fazer?
Esposa submissa nos dias de hoje?
O cristão deve deixar seu filho celebrar o Halloween?
O cristão pode se divorciar e, depois, se casar de novo?
Quem comete suicídio vai para o inferno?
Por onde e em que tradução devo começar a ler a Bíblia?
Por que não há perdão para quem peca contra o Espírito Santo?
Um policial, ao matar em serviço, comete pecado?
Você também quer o Estado laico?
Enfim, o livro é um instrumento para que o amor do cristão possa crescer em ciência e em
conhecimento, sendo aplicado na prática na vida cotidiana, para que verdadeiramente
possamos ser capazes de discernir o que provém de Deus, a fim de que sejamos puros,
inculpáveis e sem escândalo algum, até o dia de Cristo. 
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	Introdução
	Quem era Jó?
	O mundo em que Jó viveu
	Deus criou o homem à sua imagem e semelhança
	Deus deu o domínio sobre tudo o que Ele criou para o homem
	O homem entregou todo o domínio a Satanás
	O ponto central
	Teria Deus oferecido Jó a Satanás?
	Jó realmente creu como deveria?
	O medo é o contrário da fé
	O medo paralisa e o sacrifício liberta
	A dicotomia da fé de Jó
	Conclusão
	Oração

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