Prévia do material em texto
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO INSTITUTO POLITÉCNICO DE VISEU GGEEOOLLOOGGIIAA DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA (LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL) DDeessccrriiççããoo ee CCllaassssiiffiiccaaççããoo ddee RRoocchhaass SSeeddiimmeennttaarreess Notas de leitura e exercícios de aplicação de apoio às componentes teórico-prática e prática Luís Manuel Fernandes Simões Viseu, 2013 Rochas Sedimentares ESTGV – Geologia de Engenharia, Engenharia Civil 1 MMAARRCCHHAA DDEE AANNÁÁLLIISSEE PPAARRAA OO EESSTTUUDDOO DDEE RROOCCHHAASS SSEEDDIIMMEENNTTAARREESS ANÁLISE GENÉTICA Origem dos sedimentos: Sedimentos de origem detrítica ou terrígena (e.g. argilas, siltes, areias, balastros) Rochas Sedimentares Detríticas ou Terrígenas; Sedimentos de origem química (e.g. iões e moléculas em solução na água) Rochas Sedi- mentares de Origem Química. A) ROCHAS SEDIMENTARE DETRÍTICAS OU TERRÍGENAS (e.g. argilitos, siltitos, arenitos, conglomerados) Textura Clástica Clastos (sedimento detrítico individualizado) Partículas de origem detrítica, que apresentam indícios de terem sofrido transporte (rolamento, estrias de impacto, ...) antes da deposição na bacia sedimentar. Elementos texturais de análise: Fracções clásticas; Cimento Fração Clástica Fração constituída por fragmentos de rochas e minerais (sedimentos detríticos) transportados: Clastos; Matriz. Clastos Fração clástica de maiores dimensões (não necessariamente a mais abundante) Dimensão dos clastos Escala de Wentworth; Matriz Clastos Rochas Sedimentares ESTGV – Geologia de Engenharia, Engenharia Civil 2 Classes granulométricas para os sedimentos detríticos e tipos de rochas sedimentares correspondentes Escala de Wentworth: Φ= - log2 S (S é a dimensão do grão em mm) Rochas Sedimentares ESTGV – Geologia de Engenharia, Engenharia Civil 3 Morfologia dos clastos o Arredondamento o Esfericidade Natureza dos clastos o Rochas; o Minerais Matriz Fracção clástica de menores dimensões Abundância relativa da matriz: o Muito abundante o Medianamente abundante o Pouco abundante Natureza da matriz Cimento Fracção química precipitada nos poros ou vazios existentes entre os compo-nentes das fracções clásticas no decurso da diagénese. Cor do cimento Natureza química do cimento: Ferroginoso Silicioso Carbonatado – Calcite; Dolomite Fracções relativas dos diferentes componentes texturais Calibragem das fracções clásticas (a) (b) Padrões para determinar o grau de arredondamento dos clastos. (a) Alta esfericidade (b) Baixa esfericidade Rochas Sedimentares ESTGV – Geologia de Engenharia, Engenharia Civil 4 Muito bem Bem calibrado Moderadamente Mal calibrado Muito mal calibrado calibrado calibrado Estruturas sedimentares e presença de fósseis Arenito silicioso Conglomerado Rochas Sedimentares ESTGV – Geologia de Engenharia, Engenharia Civil 5 B) ROCHAS SEDIMENTARE DE ORIGEM QUÍMICA (e.g. calcários, margas calcárias, dolomias) Textura Autigénica (cristalina) Quando as partículas resultam da precipitação química direta- mente da solução aquosa para o fundo da bacia de sedimenta- ção. Elementos texturais de análise: Cor Reação ao ácido (HCl) Coesão e grau de cristalinidade Presença de elementos terrígenos contaminantes Classificação da amostra numa das seguintes séries (conjugação dos pólos calcário, dolomia, marga e arenito): Calcário – Calcário margoso – Marga calcária – Marga Calcário – Calcário gresoso – Arenito carbonatado – Arenito Elementos carbonatados: Oólitos; Rochas Sedimentares ESTGV – Geologia de Engenharia, Engenharia Civil 6 Pisólitos; Bioclastos (restos de fosseis) Diagrama de Classificação de Rochas Sedimentares (Diagrama de Vatan) (relação percentual das fracções carbonatos, Areia + Silte, Argilas) Carbonatos Areia + Silte Argila