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139Armazenando energia elŽtrica
Note que o nox do manganês mudou de 17 nos reagentes para 12 nos produtos. Portanto, ele foi reduzido 
(ganhou elétrons), o que evidencia que o KMnO4 se comporta como oxidante nessa reação.
O cloro aparece nos produtos na forma de íons cloreto (CL
2), mas também na forma de gás cloro (CL2). Em 
relação ao CL2, o nox dos átomos em uma substância simples é sempre igual a zero, pois os elétrons da ligação 
estão igualmente compartilhados entre os dois átomos. Portanto, o cloro tem nox 5 0 nessa espécie.
O nox do cloro mudou de –1 nos reagentes para 0 em uma das espécies do produto. Então, ele foi oxidado 
(perdeu elétrons), o que evidencia que o HCL se comporta como redutor nessa reação. Resumindo, temos a 
seguinte equação: 
2 KCL(aq) 1 2 MnCL
2
(aq) 1 8 H
2
O(L) 1 5 CL
2
(g)2 KMnO
4
(aq) 1 16 HCL(aq)
17 12
21 0
Manganês foi
reduzido.
Cloro foi oxidado.
Assim, nessa reação, o KMnO4 é o oxidante e o HCL, o redutor. 
A nomenclatura utilizada pode originar confusão para compreender a diferenciação dos fenômenos, pois é a 
espécie oxidante a que se reduz na reação, enquanto a espécie redutora é a que se oxida. Portanto, na oxidante, o 
valor relativo do número de oxidação diminui – afinal, essa espécie recebe elétrons, reduzindo-se –, ao passo que 
na espécie redutora o valor relativo do número de oxidação aumenta – pois essa espécie doa elétrons e se oxida.
ARTICULAÇÃO DE IDEIAS
1. Na Atividade 1, a vitamina C promoveu uma descoloração da 
solução de iodo (I2). Nesse caso, a vitamina C foi oxidada e o iodo 
foi reduzido. Quando está na forma de I2, o nox do iodo é zero. 
Ao ser reduzido, transformando-se em I2 (iodeto), o nox do iodo 
passa para –1.
 a) Lembrando do que foi estudado no capítulo de ligações 
químicas, que tipo de substância é o I2?
 b) Explique por que o nox do iodo na forma de I2 é zero.
 c) Explique por que o nox do iodo na forma de I2 é –1.
2. Na reação entre I2 e vitamina C, qual é o agente redutor e qual é o 
agente oxidante? Justifique sua resposta.
3. Escreva a equação que representa a transformação do iodo (I2) 
em iodeto (I2) e indique os nox do iodo nas espécies reagente e 
produto.
4. Existe uma substância, o hipoclorito de sódio (NaCLO), que, em 
solução aquosa, é muito utilizada para limpeza em geral, 
clareamento de roupas e como bactericida. Comercialmente, é conhecida como água sanitária. O hipoclorito, 
que em solução aquosa fica sob a forma de CLO2, é um agente oxidante. Quando interage com redutores, 
essa espécie se transforma em cloreto (CL
2) e, em presença de água, o oxigênio se reagrupa como OH2. 
Escreva a equação da transformação do hipoclorito em cloreto e indique o nox das espécies de cloro nos 
produtos e reagentes. O cloro foi oxidado ou reduzido?
5. Considere, agora, o sistema final da reação do iodo com a vitamina C. Suponha que adicionemos, a esse sistema, 
solução de hipoclorito de sódio. Considerando que a reação que ocorre é a combinação desses processos, escreva 
a equação que representa a reação entre o iodeto e o hipoclorito, somando as equações obtidas nos itens 3 e 4. 
Qual é a evidência de que ocorreu essa reação?
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 # Figura 8.9 – Interação da vitamina C 
com a solução de iodo.
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140 Cap’tulo 8
Compreendendo o quadro de potenciais de 
eletrodos-padrão de redução
Será que há uma forma de prever se uma substância se comporta como redutora ou oxidante em relação a 
outra? Na atividade a seguir, vamos introduzir uma importante ferramenta que pode ser usada para fazer esse 
tipo de previsão, pelo menos em relação a muitas das substâncias simples e a muitos dos sais mais comuns: o 
quadro de potenciais de eletrodos-padrão, a 25 °C (quadro 8.1).
Potencial de oxidação E° (V) Reação de eletrodo Potencial de redução E° (V)
13,09 Li1 1 e2 Ó Li –3,045
12,925 K1 1 e2 Ó K –2,925
12,87 Ca21 1 2e2 Ó Ca –2,87
12,714 Na1 1 e2 Ó Na –2,714
12,37 Mg21 1 2e2 Ó Mg –2,37
11,66 AL
31 1 3e2 Ó AL –1,66
10,828 2 H2O 1 2e2 Ó H2 1 2 OH2 –0,828
 10,763 Zn21 1 2e2 Ó Zn –0,763
10,440 Fe21 1 2e2 
Ó Fe –0,440
10,250 Ni21 1 2e2 
Ó Ni –0,250
0,000 2 H1 1 2e2 Ó H2 0,000
–0,337 Cu21 1 2e2 Ó Cu 0,337
–0,536 I2 1 2e2 Ó 2 I2 0,536
–0,799 Ag1 1 e2 Ó Ag 0,799
–1,065 Br2 1 e2 Ó 2 Br2 1,065
–1,229 O2 1 4 H1 1 4e2 Ó 2 H20 1,229
–1,360 CL2 1 2e2 
Ó 2 CL
2 1,360
–2,65 F2 1 2e2 Ó 2 F2 2,65
 # Quadro 8.1 – Potenciais de eletrodos-padrão.
O uso desse quadro permite prever se uma reação é ou não espontânea, o que não significa dizer 
que ela ocorre imediatamente, pois isso depende da velocidade da reação, que pode ser lenta.
Elaborado com base em: GENTILl, V. Corros‹o. Rio de Janeiro: ltC, 1996. p. 345.
UM POUCO DE HISTÓRIAUM POUCO DE HISTÓRIA
Vitamina C
A vitamina C, a mais comum das vitaminas, é a substância quimicamente conhecida como ácido ascórbico, um ácido 
de natureza orgânica. Seu nome vem do termo latino scorbutus, que era utilizado para designar os sintomas decorrentes 
de sua falta no organismo.
Até cerca de duzentos anos atrás, eram comuns viagens marítimas que duravam meses no mar. Exploradores, mari-
nheiros ou outras pessoas nelas envolvidas só comiam alimentos estocados. Não faltavam carboidratos nem proteínas, 
mas muitos sentiam falta de frutas frescas e vegetais que lhes forneceriam vitamina C.
A falta dessa vitamina provocava sangramento nas gengivas, dor nos ossos e, quando se agravava, surgiam micro-he-
morragias debaixo da pele, podendo levar à morte. Conta-se que Vasco da Gama (1469-1524), o navegante português 
que, em 1497, foi o primeiro europeu a contornar o cabo da Boa Esperança (sul da África), perdeu mais da metade de 
seus homens por uma doença que era, muito provavelmente, o escorbuto. Por volta de 1500, contudo, alguns navegan-
tes holandeses e ingleses detectaram o poder de frutas frescas e de suco de limão na prevenção daquele mal em longas 
viagens. Durante muito tempo, o limão foi presença obrigatória na dieta de marinheiros e navegantes.
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