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Horizontes do Solo 
 
Os horizontes do solo são camadas distintas que se formam durante o processo de 
desenvolvimento do solo, cada uma com características físicas, químicas e biológicas 
específicas. A sequência de horizontes forma o perfil do solo, que é essencial para a 
classificação e o manejo do solo. Compreender esses horizontes é fundamental para a 
edafologia e para práticas agrícolas sustentáveis. 
 
Horizonte O 
O horizonte O é a camada superficial do solo, composta predominantemente por matéria 
orgânica em diferentes estágios de decomposição, como folhas, galhos e resíduos de 
plantas e animais. Este horizonte é vital para a ciclagem de nutrientes e é geralmente 
encontrado em solos de florestas ou áreas com vegetação densa. A matéria orgânica neste 
horizonte contribui significativamente para a fertilidade do solo e a retenção de água, 
além de abrigar uma grande diversidade de microorganismos e pequenos animais que 
desempenham papéis críticos na decomposição e ciclagem de nutrientes. 
 
Horizonte A 
O horizonte A, também conhecido como camada superficial ou horizonte mineral, é onde 
a matéria orgânica se mistura com minerais do solo. Esta camada é geralmente escura 
devido ao alto teor de húmus, resultante da decomposição da matéria orgânica do 
horizonte O. O horizonte A é crucial para o crescimento das plantas, pois contém a maior 
concentração de nutrientes e uma estrutura que favorece a retenção de água e aeração. As 
raízes das plantas são mais densas neste horizonte, e a atividade biológica é intensa. 
 
Horizonte E 
O horizonte E é uma camada de eluviação, onde ocorre a lixiviação ou remoção de 
materiais, como argila, ferro e alumínio, deixando uma concentração maior de partículas 
de quartzo e outros minerais resistentes. Este horizonte é geralmente mais claro do que 
os horizontes acima e abaixo devido à perda de matéria orgânica e minerais coloridos. A 
lixiviação é promovida por processos químicos e físicos, e o horizonte E é comum em 
solos ácidos e bem drenados. 
 
Horizonte B 
O horizonte B, ou horizonte de subsolo, é onde ocorre a iluviação, ou seja, a acumulação 
de materiais lixiviados do horizonte E, como argila, óxidos de ferro e alumínio, e matéria 
orgânica finamente dividida. Este horizonte é geralmente mais denso e menos fértil do 
que o horizonte A, mas é importante para a estrutura do solo e a retenção de água. O 
horizonte B pode variar em cor e composição dependendo dos materiais acumulados e 
dos processos pedogenéticos específicos da região. 
 
Horizonte C 
O horizonte C é composto pelo material de origem do solo, também conhecido como 
rocha alterada ou saprólito. Este horizonte ainda não foi suficientemente alterado pelos 
processos de formação do solo para desenvolver as características dos horizontes 
superiores. O horizonte C pode incluir fragmentos de rocha e minerais que começam a 
sofrer meteorização, preparando-se para se transformar em solo maduro. A composição 
do horizonte C influencia diretamente a formação e as propriedades dos horizontes 
superiores. 
 
Horizonte R 
O horizonte R é a rocha matriz inalterada, também conhecida como rocha parental. Esta 
camada é composta por rochas sólidas que não foram significativamente afetadas pelos 
processos pedogenéticos. A rocha matriz pode ser ígnea, sedimentar ou metamórfica, e 
suas características influenciam o tipo de solo que se desenvolverá acima dela. O 
horizonte R não é considerado solo, mas é crucial para entender a origem e evolução do 
perfil do solo.

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