Micologia: Ascomycota e Basidiomycota

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Micologia 2023.1
Resumo - Fabíola Máximo (Monitora)
Ascomycota (maior grupo de fungos),
Basidiomycota, e mais recentemente
Entorrhizomycota integram o sub-reino
DIKARYA (di = dois, karya = núcleo). Esse
grupo de fungos é caracterizado por possuir
uma porção do ciclo de vida em que com
núcleo pareado. Entorrhizomycota aparece
sendo um grupo mais basal dentro de
Dikarya.
O nome do filo é derivado das palavras
gregas “askos” (bolsa, garrafa de couro,
saco) e mykes (fungo). Ascomycota é o
maior filo de Fungi caracterizados pela
produção de meiósporos (ascósporos =
esporos de ascomycota) em
meiosporângios em forma de saco
especializados (asco), o qual pode ou não
ser produzido em um ascoma. No grupo
Incluem espécies sapotróficas, patógenas
de plantas, como é o caso das pragas que
assolam a agricultura, e de animais. Também
há patógenos da espécie humana, mas de
modo geral os Ascomycota são também
conhecidos pelo que podem oferecer de
benefícios ao ser humano, é o caso das
trufas, das leveduras e dos produtores de
penicilina. Ascomycota é dividido em três
subfilos monofiléticos, dentro desse filo há
três grandes grupos, os Taphrinomycotina
(leveduras), Saccharomycotina (leveduras)
e Pezizomycotina (filamentosas e
produtoras de ascomas).
Reprodução assexuada
Grupo variado quanto a morfologia,
especialmente a estrutura reprodutiva,,
mas também a vegetativa. 
Podem apresentar tanto a forma
leveduriformes (unicelular), quanto
micelial (multicelulares/ filamentosas).
Incluem a maior parte dos bolores verde
azulados, vermelhos e escuros que
estragam os alimentos. Suas hifas são
septadas e seus septos perfurados por
um poro central, o que permite que o
citoplasma e o núcleo de uma célula
transpassem para a célula adjacente.
Dessa maneira, as células dos
ascomicetos podem ser tanto
uninucleadas como multinucleadas.
Reprodução
 Os ascomicetos apresentam formas de
crescimento unicelulares (leveduras) ou
filamentosas. Na maioria das espécies
deste filo, a reprodução assexuada ocorre
por meio da formação de conídios, que
são habitualmente multinucleados. Os
conídios são formados a partir de células
conidiogênicas, que surgem nos ápices de
hifas modificadas, denominadas
conidióforos (“portadores de conídios”). 
As leveduras se reproduzem
assexuadamente por brotamento ou por
cissiparidade. No brotamento, surgem
protuberâncias no talo da célula-mãe, que
darão origem a novas células. 
3. Ascomycota, Basidiomycota e
fungos liquenizados
FILO ASCOMYCOTA
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 A formação dos ascos ocorre
normalmente dentro de uma estrutura
complexa composta de hifas entrelaçadas
e firmemente compactadas – o ascoma,
que pode ou não estar imerso em uma
estrutura miceliar macroscópica chamada
estroma. A camada de ascos é
denominada himênio, ou camada himenial.
Muitos ascomas são macroscópicos e
podem ser classificados de acordo com
sua morfologia:
•• Cleistotécio – ascoma completamente
fechado;
•• Peritécio – ascoma aberto por um poro
e himênio protegido;
•• Apotécio – ascoma aberto, com himênio
exposto
A reprodução sexuada pode ocorrer no
mesmo micélio que produz conídios
assexuadamente. A formação de
gametângios multinucleados chamados
anterídeos (masculinos) e ascogônios
(femininos) precede a reprodução
sexuada, por contato ou copulação.
Os núcleos masculinos passam para
dentro do ascogônio por uma ramificação
dessa estrutura, denominada tricogine. A
plasmogamia ocorre nesse momento, mas
não a cariogamia. Os núcleos masculinos
se pareiam com os femininos e as hifas
ascógenas começam a crescer para fora
do ascogônio. Com o desenvolvimento
dessas hifas, os pares de núcleos
compatíveis migram para dentro delas e a 
Reprodução sexual
 A reprodução sexuada é muito variável no
grupo, podendo acontecer tanto por
contato ou copulação de gametângios, por
somatogamia e/ou espermatização. A
presença dos ascos, onde acontece a
cariogamia, meiose e maturação interna dos
esporos, delimita de maneira precisa o
grupo. A reprodução sexuada nos
Ascomycota sempre envolve a formação do
asco, dentro do qual, ascósporos haploides
são formados após a meiose. 
A reprodução por cissiparidade é
semelhante à das bactérias. Algumas
leveduras formam esporos como
blastóporos e artrósporos. As células
haplóides das leveduras podem servir
como gametas e de fundirem, originando
um zigoto diplóide, chamado asco, que
produz quatro ascósporos haplóides por
meiose.
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Septação regular, com hifas
funcionalmente cenocíticas, pois
possuem poros e permitem o imediato
intercâmbio entre as células;
 unicelulares (leveduras), ou
filamentosos, ou, ainda, dimórficos
(alternam entre forma leveduriforme e
forma filamentosa (micelial);
As formas filamentosas apresentam
frequentemente anastomoses (fusões
de pontas da hifa com outras por
contato):
Características de Ascomy cotadivisão celular ocorre de tal maneira que as
células resultantes são invariavelmente
dicarióticas (n+n), o que significa que
possuem dois núcleos haploides
compatíveis. Esta fase dicariótica pode ser
formada também a partir da não formação
de gametas ou gametângios, é o caso da
somatogamia e/ou espermatização. Esta
união somática ou de um mitosporo com
uma hifa receptiva, acontecerá entre
haploides compatíveis e o estabelecimento
da fase dicariótica (n + n), como no caso da
reprodução que envolve gametângios,
também resultará na formação de ascos.
Os ascos se formam na ponta das hifas
ascógenas dicarióticas.
Comumente, é a célula apical da hifa
dicariótica que cresce até formar um
gancho ou crozier. Nessa célula recurvada,
os dois núcleos se dividem de tal maneira
que as fibras de seus fusos de divisão ficam
paralelas entre si. Dois dos núcleos filhos
ficam próximos na ponta do gancho, um
dos outros dois núcleos fica perto da ponta
da hifa e o outro fica perto do septo basal
do gancho. Dois septos são então
formados: eles dividem o gancho em três
células, das quais a do meio se transforma
no asco. É nessa célula que a cariogamia
ocorre para formar o núcleo diploide (2n).
Logo após a cariogamia e formação do
zigoto, o asco jovem começa a se alongar.
O núcleo diplóide sofre então meiose,
seguida geralmente por uma divisão
mitótica, originando um asco com oito
núcleos haploides (n), que são envolvidos
por porções do citoplasma para formar e
maturar os ascósporos internamente. 
 No caso de Ascomycotas com hifas
septadas bem desenvolvidas, há presença
de septos simples nas imediações dos
quais são encontradas estruturas
especializadas, denominadas corpos de
Woronin que possuem função de tamponar
os septos, mediante lesões ou falta de
certos nutrientes em trechos da hifa.
Tipos de ascomas
Apotécio: o ascoma é aberto e forrado por
uma camada de ascos e estruturas
associadas, formando o himênio.
Peritécio: Com uma os ascos organizam-se
na base, sendo envolvidos por células
achatadas. Há uma abertura na estrutura,
chamada de poro ou ostíolo.
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Cleistotécio: fecham completamente os
asco, não havendo abertura.
substâncias que possuem efeitos tóxicos
em humanos e animais. Um gênero que
produz micotoxinas é o Aspergillus. Esses
fungos são também chamados de fungos
do pós colheita, pois são responsáveis
pela causa de micotoxinas em grãos
armazenados. Essas toxinas podem ser
produzidas em baixa temperatura e
podem acometer grãos como o milho,
amendoim, arroz, aveia, cevada, ervilha,
milho, feijão, trigo, soja.
Podem ser entomopatógenos (Cordyceps
s.l.) que utilizam um inseto para realizar
parte do seu ciclo de vida. Um exemplo
clássico é o das formigas “zumbis”, que
depois de infectadas pelo fungo
apresentam comportamento totalmente
alterado.
Importância dos Ascomycotas
Alimentação: O filo Ascomycota tem
grande importância para a alimentação
humana. São utilizados na fabricação de
alimentos, como o queijo Roquefort e queijo
Camembert, e também na fabricação de
bebidas como cerveja e vinhos através da
fermentação realizada pelas leveduras.
Leveduras consomemglicose, frutose e
sacarose da uva, liberando etanol, calor e
gás carbônico. Dessa forma, são utilizadas
em sua forma ativa para produção de
bebidas alcoólicas como vinho e cerveja,
além de serem utilizadas também na
fabricação de pães. As leveduras em sua
forma inativa têm sido utilizadas por
pessoas adeptas à culinária vegana. Essa
forma de levedura é utilizada como
complementação nutricional de vitaminas
e minerais. Os fungos do gênero Morchella
são comestíveis.
Micotoxinas: Alguns fungos são
responsáveis pela produção de micotoxinas,