Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Home > Ciclos da Medicina > Ciclo Clínico > Resumo de Gripe (Influenza): epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico e
tratamento
Resumo de Gripe (Influenza): epidemiologia, fisiopatologia,
diagnóstico e tratamento
Índice 
1. Epidemiologia da Gripe
2. Fisiopatologia da Influenza
3. Quadro clínico da gripe
4. Diagnóstico da gripe
5. Tratamento da gripe
5.1. Profilaxia:
5.2. Quimioprofilaxia:
5.3. Orientações gerais: 
5.4. Posts relacionados:
5.5. Referências:
A in�uenza, ou gripe, é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. Trata-se de uma
condição com elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar
facilmente em epidemias sazonais, tendo potencial signi�cativo de causar pandemias.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos de in�uenza podem variar de quadros
leves a graves que podem ser fatais. 
Epidemiologia da Gripe
As epidemias de gripe sazonal causam de 3 a 5 milhões de casos graves e de 300.000 a 500.000
mortes por ano no mundo, segundo dados da OMS. Somente os Estados Unidos respondem por
140.000 a 710.000 hospitalizações relacionadas à gripe e 12.000 a 56.000 mortes por ano, com
maior impacto entre os jovens, idosos e pessoas com comorbidades. 
https://sanarmed.com/
https://sanarmed.com/category/ciclos-da-medicina/
https://sanarmed.com/category/ciclos-da-medicina/ciclo-clinico/
https://sanarmed.com/
As epidemias anuais da gripe podem afetar qualquer indivíduo, mas o vírus parece apresentar um
tropismo maior por recém-nascidos e crianças menores de 2 anos, idosos maiores que 60 anos,
portadores de comorbidades crônicas e indivíduos em imunossupressão, grupos que devido à
fragilidade na resposta imune carregam maior risco de evoluir para as formas graves e apresentarem
complicações clínicas.
Além dos efeitos no sistema de saúde, a gripe sazonal apresenta um alto custo para a economia dos
países onde ocorrem as epidemias e surtos, devido ao absentismo no trabalho, quando afeta a
população economicamente ativa e ausência na escola, quando afeta crianças e estudantes.
Fisiopatologia da Influenza
A gripe é uma das infecções respiratórias agudas mais comuns na humanidade e uma das mais
contagiosas por via aérea. É causada por diferentes vírus, dentre eles o A, B, C e D. Habitualmente em
cada ano circula mais de um tipo de in�uenza concomitantemente (exemplo: in�uenza A
(H1N1)pdm09, in�uenza A (H3N2) e in�uenza B). 
Os vírus in�uenza são vírus RNA da família Orthomyxoviridae, envelopados, altamente transmissíveis
e mutáveis. Como dito, existem quatro tipos de vírus da  in�uenza/gripe:
Tipo A: são encontrados em várias espécies de animais, além dos seres humanos, como suínos,
cavalos, mamíferos marinhos e aves. As aves migratórias desempenham importante papel na
disseminação natural da doença entre distintos pontos do globo terrestre. Eles são ainda classi�cados
em subtipos de acordo com as combinações de 2 proteínas diferentes, a Hemaglutinina (HA ou H) e a
Neuraminidase (NA ou N). A função da H é facilitar a entrada do vírus na célula, enquanto da N é
facilitar a sua saída após a replicação viral. Dentre os subtipos de vírus in�uenza A, atualmente os
subtipos A(H1N1)pdm09 e A(H3N2) circulam de maneira sazonal e infectam humanos. Alguns vírus
in�uenza A de origem animal também podem infectar humanos causando doença grave, como os vírus
A(H5N1), A(H7N9), A(H10N8), A(H3N2v), A(H1N2v) e outros. 
Tipo B: infectam exclusivamente os seres humanos. Os vírus circulantes B podem ser divididos em 2
principais grupos (as linhagens), denominados linhagens B/ Yamagata e B/ Victoria. Os vírus da gripe B
não são classi�cados em subtipos. 
Tipo C: infectam humanos e suínos. É detectado com muito menos frequência e geralmente causa
infecções leves, apresentando implicações menos signi�cativas à saúde pública, não estando
relacionado com epidemias. 
Tipo D: foi identi�cado pela primeira vez em 2011, isolado nos Estados Unidos da América (EUA) em
suínos e bovinos e não são conhecidos por infectar e causar a doença em humanos.
LEMBRE-SE: O vírus in�uenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus
in�uenza A responsável pelas grandes pandemias.
De acordo com a virulência dos vírus circulante por ano, o número de hospitalizações e mortes
aumenta substancialmente, não apenas por infecção primária, mas também pelas infecções
secundárias, como as pneumonias adquiridas na comunidade de etiologia bacteriana. O período de
incubação dos vírus in�uenza é geralmente de 2 dias, variando entre um e quatro.
A transmissão ocorre principalmente de pessoa para pessoa, por meio de secreções respiratórias,
isto é, as gotículas produzidas e expelidas através da tosse, espirros ou fala de uma pessoa infectada
para uma pessoa suscetível. A transmissão por aerossol, (partículas muito pequenas que �cam em
suspensão no ar) também pode ocorrer com o vírus in�uenza. 
A transmissão pode ainda ocorrer através do contato direto ou indireto com secreções respiratórias,
ao tocar superfícies contaminadas com o vírus da gripe e, em seguida, tocar os olhos, o nariz ou a
boca. Mostra-se muito elevada em ambiente domiciliar, creches, escolas e em ambientes fechados
ou semifechados, dependendo não apenas da infectividade das formas virais circulantes, mas
também do número e intensidade do contato entre as pessoas.
Quadro clínico da gripe
Os sinais e sintomas da doença são muito variáveis, podendo ocorrer desde a infecção
assintomática, até formas graves. O quadro clínico da In�uenza, em geral, tem início com febre alta
(atentar-se para os extremos de idade, no qual, nem sempre há febre), seguida de mialgia, odinofagia,
cefaleia (frontal ou retro-orbitária), coriza (rinorreia hialina) e tosse. A febre é o sintoma mais
importante e dura em torno de três dias, mas quando ausente não afasta a suspeita. 
Em crianças, pode ocorrer febre mais alta, aumento dos linfonodos cervicais e sintomas
gastrointestinais, como diarreia e vômitos.
Os sintomas respiratórios como a tosse, espirros e outros tornam-se mais evidentes com a
progressão da doença e mantêm-se em geral de três a cinco dias após o desaparecimento da febre.
Alguns casos apresentam complicações graves, como pneumonia, necessitando de internação
hospitalar (evolução ruim que também pode ser desenvolvida na COVID-19, além de outras viroses
respiratórias). 
A pneumonia pode ser primária, resultante do envolvimento pulmonar diretamente pelo vírus
in�uenza e, em geral, é uma evolução grave. Deve-se suspeitar de pneumonia na persistência e piora
dos sintomas, com febre alta, dispneia e progressão para cianose (indicando sinais de insu�ciência
respiratória).
Ela também pode ser secundária, causada por Streptococcus pneumoniae (principal agente),
Staphylococcus aureus (segundo patógeno mais comum) ou Haemophilus in�uenzae. Nesses casos,
há exacerbação da febre e dos sintomas respiratórios após a melhora inicial, com tosse, escarro
purulento e in�ltrado pulmonar na radiogra�a de tórax.
O paciente com gripe, pode apresentar, então:
Síndrome gripal (SG): que se caracteriza pelo aparecimento súbito de febre, cefaleia, dores musculares
(mialgia), tosse, dor de garganta e fadiga.
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG): são os casos mais graves, em que geralmente, existe
di�culdade respiratória e há necessidade de hospitalização do paciente. Nesta situação, é obrigatória a
noti�cação às autoridades de saúde (noti�cação compulsória). 
Os quadros graves ocorrem com maior frequência nos indivíduos que apresentam fatores ou
condições de risco para as complicações da infecção (crianças de 6 meses a menores de 5 anos de
idade, gestantes, idosos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e
outras condições clínicas especiais, como imunossupressão ou transplante de órgão sólido). A
gravidade da doença é maior quando surgem cepas ou variantes pandêmicas, para as quais a
população tem pouca ou nenhuma imunidade.
Diagnóstico da gripe
O diagnóstico da gripe é essencialmente clínico,em geral, os sinais e sintomas descritos pelo
paciente são su�cientes para de�nir o manejo adequado do caso. Em alguns casos, exames
complementares inespecí�cos , como hemograma ou radiogra�a de tórax podem ser necessários
para a avaliação de complicações ou o diagnóstico diferencial das infecções respiratórias. 
A infecção por in�uenza pode ser con�rmada por meio de cultura viral em laboratório, a partir de
amostras de swab de orofaringe, lavado nasal, escarro ou lavado broncoalveolar. Embora seja o
exame padrão-ouro do diagnóstico laboratorial, são necessárias 48 a 72 horas para a visualização do
efeito citopático viral na cultura celular do material colhido. 
Por conta disso, é pouco utilizado na vivência clínica e segundo o Guia de Vigilância Epidemiológica
do Ministério da Saúde, deve ser indicado apenas para pacientes em suspeita de SRAG (com ou sem
fatores de risco para complicações) entre o 3o e o 7o dia de sintomatologia. 
Tratamento da gripe
O uso do antiviral está indicado para todos os casos de SRAG e casos de SG com condições e fatores
de risco para complicações, de acordo com o Ministério da Saúde. Nos casos de pacientes com SG, o
início do tratamento deve ser preferencialmente nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.
Os fatores de risco para o tratamento precoce são: 
Gestantes, independente da idade gestacional (IG);
Puérperas de até duas semanas pós-parto;
Adulto ≥ 60 anos;
Crianças < 5 anos;
População indígena, aldeada ou com difícil acesso ao sistema de saúde;
Indivíduos < 19 anos, em uso prolongado de ácido acetilsalicílico (AAS), pelo risco de síndrome de
Reye;
Comorbidades clínicas (pneumopatia, cardiopatia, neoplasias…);
Imunossupressos.
O tratamento é feito com o antiviral, Fosfato de Oseltamivir 75 mg, VO, de 12 em 12h, por 5 dias,
independente da situação vacinal com benefícios mesmo se iniciado depois de 48 horas de
sintomas. Se impossibilidade de usá-lo, optar pelo Zanamivir 10mg = 2 puffs, via inalatória de 12 em
12h, por 5 dias.
Além disso, o tratamento deve ter foco nos sintomas do paciente e o médico deve ajustar a
prescrição optando por alívio da tosse, da mialgia, da congestão nasal e da febre. A lavagem nasal ou
a nebulização com SF 0,9% também mostram bons resultados.
Profilaxia:
A vacina para o vírus da in�uenza é uma das medidas de prevenção mais importantes para proteger
contra a doença, além de contribuir na redução da circulação viral na população, bem como suas
complicações e óbitos, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco.
Devido às mutações virais, é necessário a vacinação anual contra a gripe. Por isso, todo o ano, o
Ministério da Saúde realiza a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe. Este imunobiológico,
oferecido gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) para populações-chave, protege contra os
três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul.
De acordo com determinação da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicada na Resolução Nº
4.184, de 15 de outubro de 2020 da Anvisa, a vacina in�uenza trivalente que será utilizada na
campanha de 2021, tem a seguinte composição:
A/Victoria/2570/2019 (H1N1) pdm09
A/Hong Kong/2671/2019 (H3N2)
B/Washington/02/2019 (linhagem B/Victoria)
Os grupos prioritários para a vacinação em 2021 são: crianças de 6 meses a menos de 6 anos,
gestantes, puérperas de até 45 dias pós-parto, indígenas, pro�ssionais de saúde, idosos < 60 anos,
professores, indivíduos portadores de doenças crônicas não-transmissíveis, caminhoneiros… Cada
grupo tem seu próprio calendário local de vacinação.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/guia_vig_epi_vol_ll.pdf
https://www.jusbrasil.com.br/diarios/322571604/dou-secao-1-19-10-2020-pg-56?ref=next_button
https://www.jusbrasil.com.br/diarios/322571604/dou-secao-1-19-10-2020-pg-56?ref=next_button
Quimioprofilaxia:
É indicada para um grupo de pacientes assintomáticos que tiveram contato com caso suspeito ou
con�rmado de in�uenza em menos de 48 horas. Este grupo enquadra: pacientes com risco elevado
de complicações e não ser vacinado ou ter se vacinado há menos de 14 dias, crianças menores de 9
anos, pessoas com grave imunossupressão, pro�ssionais de saúde ou residentes de alto risco que
residam em instituições de longa permanência. 
A quimiopro�laxia é feita com Fosfato de oseltamivir 75mg, 01 comprimido, via oral, uma vez ao dia,
por 10 dias.
Orientações gerais: 
Indivíduos que apresentem sintomas de gripe devem evitar sair de casa em período de transmissão
da doença (podendo ser por um período de até 7 dias após o início dos sintomas). É necessário,
orientar o afastamento temporário (trabalho, escola etc.) até 24 horas após cessar a febre ou
sintomas sem a utilização de medicamentos.
O serviço de saúde deve ser procurado imediatamente caso o paciente apresente algum desses
sintomas: 
Dispneia
Cianose
Dor ou pressão abdominal ou no peito, 
Tontura ou vertigem
Vômito persistente ou recusa alimentar importante, 
Crises convulsivas
FONTE: Ministério da Saúde (2019)

Mais conteúdos dessa disciplina