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ASPECTOS LEGAIS SOBRE PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS E SOLICITAÇÃO DE EXAMES POR ENFERMEIROS NOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE Profª Anne Carolinne Marie Dos Santos Gomes Graduada em Enfermagem - FACENE Mestre em Enfermagem – UFPB Doutoranda em Enfermagem - UFPB Pós-Graduada em Cuidados Paliativos – Faculdade Unimed Tópicos do Módulo de “Aspectos legais sobre prescrição de medicamentos e solicitação de exames por enfermeiros” • PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS POR ENFERMEIROS; • PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS PELO ENFERMEIRO REGULAMENTADA PELA LEI Nº 7.498/1986 E DECRETO Nº 94.406/1987; • PRESCRIÇÃO DE EXAMES POR PROFISSIONAIS ENFERMEIROS – RESOLUÇÃO COFEN 195/1997; • CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM RESOLUÇÃO COFEN 564/2017; • POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA – ASPECTOS LEGAIS E ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ÂMBITO DA PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOS E SOLICITAÇÃO DE EXAMES. PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS POR ENFERMEIROS Profª Anne Carolinne Marie Dos Santos Gomes Graduada em Enfermagem - FACENE Mestre em Enfermagem – UFPB Doutoranda em Enfermagem - UFPB Pós-Graduada em Cuidados Paliativos – Faculdade Unimed O que é prescrição de medicamentos • “Ato de definir o medicamento a ser consumido pelo paciente com respectiva dosagem e duração do tratamento”. • “É um documento legal pelo qual se responsabilizam aqueles que prescrevem, dispensam e administram os medicamentos”. (ANVISA, 2011). • “A prescrição de medicamentos pelo enfermeiro deverá seguir protocolo específico”. • Uso racional de medicamentos: estímulo a adesão ao tratamento. Tipos de prescrição • Baseada em protocolos: quando são preestabelecidas com critérios de início do uso, decurso e conclusão, sendo muito comum em quimioterapia antineoplásica. • Padrão com data de fechamento: quando indica o início e fim do tratamento, sendo amplamente usada para prescrição de antimicrobianos em meio ambulatorial. • ATENÇÃO: ENFERMEIRO NÃO REALIZA TRANSCRIÇÃO DE PRESCRIÇÃO. • CONTEXTO DA CONSULTA DE ENFERMAGEM – MEIO AMBULATORIAL. Boas práticas para a prescrição de medicamentos • Identificação do paciente; • Identificação do prescritor na prescrição; • Identificação da instituição na prescrição; • Identificação da data de prescrição; • Legibilidade – manuscrita, digitada, pré-digitada e eletrônica; • Uso de abreviaturas; • Denominação dos medicamentos: • Nome comercial versus composição química do medicamento; • Nomes semelhantes: • DOPAmina e DOBUtamina; ClorproPAMIDA e ClorproMAZINA. Boas práticas para a prescrição de medicamentos • Expressão de doses • O sistema métrico deverá ser adotado para expressar as doses desejadas; • Eliminar as unidades de medidas não métricas; • Expressão da forma farmacêutica (ampola, frasco, comprimido); • A unidade de medida deve ser claramente indicada – atentar para microgramas, miligrama; • Atentar para doses com números fracionados (2,5 ml...); • Evitar o uso de zero antes de vírgulas (0,5g...) • Registrar com destaque as alergias relatadas; • Outras informações importantes: • Reações do organismo – proteção de órgão alvo; jejum; • Como este deve ser administrado; Boas práticas para a prescrição de medicamentos • Padronização dos medicamentos: • Atentar para a relação dos medicamentos; • Disponibilidade; • Doses • Doses dependentes de peso, superfície corporal e clearance de creatinina: anotar tais informações na prescrição; • Constar a quantidade total de unidades farmacêuticas do medicamento prescrito. • ATENÇÃO: Não utilize expressões vagas • EX.: “Usar como de costume” / “usar como habitual” / “à critério médico” / “se necessário” / “uso contínuo” / “não parar” Enfermagem como profissão essencial para a saúde pública Categoria fundamental na execução das atividades propostas no acompanhamento da saúde da população Realização de atividades assistenciais, educativas, gerenciais e preventivas, enfrentando dificuldades operacionais (abandono e não adesão a tratamentos) Papel do Profissional de Enfermagem Capacidade e habilidade para compreender o ser humano holisticamente, pela integralidade da assistência à saúde Capacidade de acolher e identificar-se com as necessidades da comunidade • Todas as ações de enfermagem devem estar pautadas nos princípios do SUS; promovendo a integralidade da assistência, de forma humanizada. Enfermagem como profissão essencial para a saúde pública (COSTA ET AL, 2015). Finalidade do Sistema Único de Saúde Promoção da Saúde, Vigilância em Saúde; Controle de vetores e educação sanitária; continuidade do cuidado nos níveis primário, ambulatorial especializado e hospitalar. Enfermagem na Saúde Pública Consulta de Enfermagem Atendimento direto à clientela Prescrição de exames laboratoriais e medicamentos padronizados Educação em Saúde Situação da enfermagem no mundo e no continente Americano • 60% da força de trabalho em saúde são compostos de pessoal de enfermagem; • Cerca de 20 milhões de enfermeiros distribuídos no mundo; • ¼ desse contingente está na Região das Américas; • América Latina: 15 enfermeiros para cada 10.000 pessoas; • Quantitativo ideal: 23 profissionais para esse contingente populacional. • Atribuição do enfermeiro frente a condições mais comuns ou necessidades da comunidade; • Há poucos estudos que analisam o componente da prescrição de medicamentos por enfermeiros no contexto da prática avançada; • Dúvidas e controversas sobre as bases éticas, legais e institucionais. Prescrição de medicamentos e a solicitação de exames por enfermeiros Escassez de Profissionais Incompletude de desenvolvimento do cuidado holístico e integral Inibem ou prejudicam o exercício da enfermagem brasileira Prescrição de medicamentos e a solicitação de exames Prescrição de medicamentos e a solicitação de exames por enfermeiros Autonomia e uso dos protocolos assistenciais “eu faço o preventivo de câncer, o exame clínico das mamas e eu me esbarro justamente no momento em que a mulher tem uma candidíase, por exemplo. Como pensar no bem-estar dessa mulher se não tenho respaldo para prescrever um medicamento para esse tipo de problema. A coitada da mulher tem que voltar no outro dia de madrugada, pegar uma ficha pra poder consultar com o médico. [...] Lidar com a mulher, com essa perspectiva holística do cuidado implica em mais autonomia técnica de poder prestar esse cuidado. É preciso alguma coisa que nesse momento faça uma diferença pra essa mulher, precisa ter resolutividade, voltar no outro dia pra consulta médica é muito difícil conseguir”. • “O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e os Conselhos Regionais de Enfermagem (COREN), são órgãos disciplinadores do exercício da profissão de enfermeiros e demais profissões compreendidas nos serviços de enfermagem”. Lei 5.905/1973 “A Enfermagem é uma profissão essencial para a saúde pública brasileira, e para a garantia do direito constitucional da sociedade, não podemos deixar esse direito ser restringido” (COFEN, 2023). • Finalidades das resoluções: • Garantir autonomia profissional e a liderança do enfermeiro; • Assegurar a realização dos procedimentos e novos campos do conhecimento; • Instituir direitos, deveres e obrigações; • Criar parâmetros para uniformização das ações de enfermagem. Lei 5.905/1973 • Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem. Resolução COFEN Nª 358/2009 • Organiza o trabalho profissional quanto ao método, pessoal e instrumentos, tornando possível a operacionalização do processo de Enfermagem. • Competências dos enfermeiros • Atenção à saúde: ações de prevenção de doenças, promoção, proteção e reabilitação da saúde – individual e coletivo; • Tomada de decisões: força de trabalho, medicamentos, equipamentos, procedimentos e práticas; • Comunicação:acessíveis, confidencialidade; • Comunicação verbal e não verbal; habilidades de escrita, leitura; tecnologias. • Liderança: compromisso responsabilidade, empatia, habilidade para tomada de decisões; • Administração e gerenciamento: recursos humanos, materiais, informação; relação de trabalho. • Educação permanente: desenvolvimento e atualização técnico-científica; treinamentos dos demais profissionais. Sistematização da Assistência de Enfermagem Resolução COFEN Nª 358/2009 • Realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem. • Internação hospitalar, instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, fábricas, entre outros. Processo de Enfermagem ONDE PODE SER PRATICADO? Processo de Saúde de Enfermagem Consulta de Enfermagem (serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias). Processo de Enfermagem Etapas do Processo de Enfermagem I - Coleta de Dados Histórico de Enfermagem • Processo deliberado, sistemático e contínuo; • Auxílio de métodos e técnicas variadas; • Informações sobre a pessoa, família ou coletividade humana; • Respostas ao processo saúde e doença. Processo de Enfermagem Etapas do Processo de Enfermagem II – Diagnóstico de Enfermagem • Interpretação e agrupamento dos dados coletados; • Base para a seleção das ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar resultados; • NANDA I e CIPE; • NANDA: problema de enfermagem + fator relacionado + características definidoras. Processo de Enfermagem Etapas do Processo de Enfermagem III – Planejamento de Enfermagem • Resultados que se espera alcançar; • Ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas (NOC) IV – Implementação • Realização das ações ou intervenções determinadas na etapa de Planejamento de Enfermagem (NIC). Processo de Enfermagem Etapas do Processo de Enfermagem V – Avaliação de Enfermagem • Verificação de mudanças nas respostas da pessoa, família ou coletividade humana; • Determinar o alcance dos resultados esperados; • Necessidade de mudanças ou adaptações. REFERÊNCIAS BRASIL. Prescrição de medicamentos. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Disponível em: http://www.toledo.pr.gov.br/intranet/ftn/docs/prescri.pdf COFEN. Resolução COFEN-358/2009. Disponível em: https://www.cofen.gov.br/resoluo-COFEN-3582009/ COREN. Sistematização da assistência de enfermagem: um guia para a prática. Disponível em: https://biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2020/09/sistematizacao- assistencia-enfermagem-guia-pratico.pdf BRASIL. Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html ABEN. Autonomia e uso de protocolos assistenciais, Está aberta a discussão. Jornal da Associação Brasileira de Enfermagem, v. 49, n. ¾, 2007, Disponível em: http://www.abennacional.org.br/download/a49n03-04.pdf BRASIL. Parecer de conselheiro federal N° 180/2018/COFEN. Disponível em: https://www.cofen.gov.br/parecer-de-conselheiros-n-180-2018/ COSTA, A.C.M et al. O Papel do enfermeiro na saúde pública. SANARE, ISSNe:2317-7748, V.14 – Suplemento I – COPISP — 2015. MARCOLINO, A. B. L. et al. Avaliação do acesso as ações de controle da tuberculose no contexto das equipes de saúde da família de Bayeux-PB. Rev Bras Epidemiol, v. 12, n. 2, p.144- 157, 2009. Disponível em: <Http://www.scielo.br/pdf/rbepid/vl2n2/05.pdf >. RODRIGUES, G. O. A expansão do tratamento supervisionado (TS) para o controle da tuberculose na Paraíba (1999/2005). Rev Elet Enf, v. 10, n. 3, p. 632-642, 2008. Disponível em: <http://www.fen.ufg.br/fen_revista/v1O/n3/vl0n3a09.htm>. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Tuberculose na Atenção Primária a Saúde. 2. ed. Brasília, DF: 2011. https://www.cofen.gov.br/parecer-de-conselheira-no-240-2021-cofen/ BRASIL. PARECER Nº 3/2023/COFEN/PROGER/DPAC/SPC PROCESSO Nº 00196.000883/2022-21 http://www.corenpb.gov.br/parecer-no-3-2023-cofen-proger-dpac-spc-processo-no- 00196-000883-2022-21_14118.html http://www.toledo.pr.gov.br/intranet/ftn/docs/prescri.pdf https://www.cofen.gov.br/resoluo-COFEN-3582009/ https://biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2020/09/sistematizacao-assistencia-enfermagem-guia-pratico.pdf https://biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2020/09/sistematizacao-assistencia-enfermagem-guia-pratico.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html http://www.abennacional.org.br/download/a49n03-04.pdf https://www.cofen.gov.br/parecer-de-conselheiros-n-180-2018/ https://www.cofen.gov.br/parecer-de-conselheira-no-240-2021-cofen/ http://www.corenpb.gov.br/parecer-no-3-2023-cofen-proger-dpac-spc-processo-no-00196-000883-2022-21_14118.html http://www.corenpb.gov.br/parecer-no-3-2023-cofen-proger-dpac-spc-processo-no-00196-000883-2022-21_14118.html PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS POR ENFERMEIROS Profª Anne Carolinne Marie Dos Santos Gomes Graduada em Enfermagem - FACENE Mestre em Enfermagem – UFPB Doutoranda em Enfermagem - UFPB Pós-Graduada em Cuidados Paliativos – Faculdade Unimed PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS PELO ENFERMEIRO REGULAMENTADA PELA LEI Nº 7.498/1986 E DECRETO Nº 94.406/1987 Profª Anne Carolinne Marie Dos Santos Gomes Graduada em Enfermagem - FACENE Mestre em Enfermagem – UFPB Doutoranda em Enfermagem - UFPB Pós-Graduada em Cuidados Paliativos – Faculdade Unimed LEI Nº 7.498, DE 25 DE JUNHO DE 1986 • Dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem, e dá outras providências. • Art. 1º É livre o exercício da enfermagem em todo o território nacional, observadas as disposições desta lei. • Art. 2º A enfermagem e suas atividades auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdição na área onde ocorre o exercício. • Art. 3º O planejamento e a programação das instituições e serviços de saúde incluem planejamento e programação de enfermagem. • Art. 4º A programação de enfermagem inclui a prescrição da assistência de enfermagem • […] • Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe: • I - privativamente: • […] • i) consulta de enfermagem; • j) prescrição da assistência de enfermagem. LEI Nº 7.498, DE 25 DE JUNHO DE 1986 • II - como integrante da equipe de saúde: • a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde; • b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde; • c) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde; • e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar e de doenças transmissíveis em geral. LEI Nº 7.498, DE 25 DE JUNHO DE 1986 Medicamentos estabelecidos em programa de saúde pública Protocolos do Ministério da Saúde, Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde Normas promulgadas por gestores de saúde responsáveis pela Atenção Primária Normatiza o trabalho dos profissionais de Enfermagem; Redução de falhas, seja na comunicação ou até mesmo em eventos contrários à assistência garantindo assim a segurança do paciente Diretrizes elaboradas pelo COFEN Decreto Nº 94.406/1987 Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da enfermagem, e dá outras providências. Art. 8º. Ao Enfermeiro incumbe: I - privativamente: e) consulta de enfermagem; f) prescrição da assistência de enfermagem; II - como integrante de equipe de saúde: b) participação na elaboração, execução, avaliação dos planos assistenciais de saúde; c) prescrição de medicamentos previamente estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde; g) participação na prevenção e controle dasdoenças transmissíveis em geral e nos programas de vigilância epidemiológica; i) Participação nos programas e nas atividades de assistência integral à saúde individual e de grupos específicos, particularmente daqueles prioritários e de alto risco. Pareceres que reforçam a Prescrição de Medicamentos por Enfermeiros nos Serviços de Saúde • PARECER Nº 3/2023/COFEN/PROGER/DPAC/SPC PROCESSO Nº 00196.000883/2022- 21 • Parecer de Conselheira Federal n.° 240/2021/COFEN; • Parecer de Relatora n.º 280/2022/COFEN; • Reconhecimento da ANVISA quanto a prescrição de medicamentos por Enfermeiros - Art. 4º da RDC n.° 20/2011; Problemáticas na Prescrição de Medicamentos por Enfermeiro na farmácia Popular. • Legislação, Normativos e Pareceres. • Lei n.º 7.498, de 25 de junho de 1986. • Documento da ICN, Portaria nº 2.436/2017; • Parecer de Conselheiro Federal n.° 180/2018/COFEN; • Parecer de Conselheira Federal n.° 240/2021/COFEN; Documento da International Conuncil Of Nurses (ICN) - 2021 • “ICN Nurse prescribing guidelines for tuberculosis and latent tuberculosis infection” em 2021. • Diretrizes para enfermeiros que desejam prescrever medicamentos para o tratamento da tuberculose (TB) e da ILTB; • Melhorar o acesso aos cuidados de saúde e aumentar a adesão dos pacientes ao tratamento; • É importante que os enfermeiros que irão prescrever medicamentos tenham uma capacitação adequada, incluindo conhecimentos sobre farmacologia, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. Portaria n.º 2.436, de 21 de setembro de 2017 • Prescrição de Exames e Medicamentos pelo Enfermeiro na Atenção Básica • Revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), reconhece o enfermeiro como prescritor, no item 4.2.1, veja: • “4.2.1 – Enfermeiro: • […] • II – Realizar consulta de enfermagem, procedimentos, solicitar exames complementares, prescrever medicações conforme protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão;” PARECER DE CONSELHEIRO FEDERAL N° 180/2018/COFEN • Regulamentações e Normas previstas para o exercício profissional do Enfermeiro e de sua competência - prescrição de medicamentos do esquema padronizado de tratamento da tuberculose sensível e solicitação de exames para diagnóstico da tuberculose na atenção básica. • Ministério da Saúde alega “falta de nitidez nas Portarias das Secretarias de Saúde que permitam a prescrição de medicamento e solicitação de exame diagnóstico de tuberculose pelo enfermeiro”. PARECER DE CONSELHEIRO FEDERAL N° 180/2018/COFEN Competência técnica e legal do enfermeiro • Consulta de enfermagem; • Solicitar exames (BAAR, Raio-x de tórax, cultura, identificação e testes de sensibilidade para BK, prova tuberculínica, aconselhamento pré-teste e pós- teste rápido para diagnóstico de HIV sob autorização); • Prescrever medicações do esquema básico de TB; • Realizar encaminhamentos, agendamentos e eventos que necessitem de sua supervisão ou orientação, observando os limites legais, técnicos e éticos da profissão. Não há impedimento legal do enfermeiro em solicitar exames e prescrever medicações (Manuais, Normas e Diretrizes do Programa de Controle da Tuberculose) Parecer de Conselheira Federal n.° 240/2021/COFEN • Mensagem enviada por uma enfermeira: • “Somos o primeiro Consultório de Enfermagem do Amazonas, fechamos parcerias com clínicas, especialistas médicos e laboratórios. Já funcionamos há um ano, e agora inauguramos uma clínica multiprofissional. Sou especialista em pediatria e gerontologia. Gostaria de ter o parecer deste conselho, quanto a solicitação de exames dos clientes e posteriormente encaminha-los aos médicos, conforme a competência, pois já dei entrada nos POPs e rotinas da minha clínica e consultório de Enfermagem. Como tenho visto jurisprudência em outros estados, venho provocar esse parecer, para que possamos ter mais autonomia e da sociedade. Considerando as Resoluções nº 159/1993; 358/2009 do Conselho Federal de Enfermagem, que normatizam a Sistematização da Assistência de Enfermagem em instituições públicas e privadas, contemplando a Consulta de Enfermagem (entrevista, exame físico e diagnóstico de enfermagem); prescrição de enfermagem (plano de assistência de enfermagem); implementação e evolução da assistência (fl. 22).” • Considerando a resolução no 568/2018, revogada pela resolução Cofen no 606/2019, no seu art. 1 0 , normatiza o funcionamento dos Consultórios e Clínicas de Enfermagem, garantindo, assim, a atuação do enfermeiro. Conforme as seguintes disposições: • Art. 30 Os Enfermeiros, quando da atuação em Consultórios e Clínicas de Enfermagem, poderão realizar as atividades e competências regulamentadas pela Lei no 7.498, de 25 de junho de 1986, pelo Decreto no 94.406, de 08 de junho de 1987, e pelas Resoluções do Conselho Federal de Enfermagem (grifo nosso). Parecer de Conselheira Federal n.° 240/2021/COFEN Parecer de Conselheira Federal n.° 240/2021/COFEN Atribuições do Enfermeiro nos Consultórios e Clínicas • Consulta de enfermagem sistematizada; • Solicitar exames de rotina e complementares; • Prescrever medicamentos estabelecidos em protocolos ministeriais e em rotina aprovada pela instituição de saúde; • Encaminhar a outro profissional quando a necessidade da pessoa cuidada ultrapassar suas competências legais Parecer de Relatora n.º 280/2022/COFEN • Aprova no dia 25/11/2022, parecer reforçando a legalidade do enfermeiro na prescrição de medicamentos e exames laboratoriais e complementares na Atenção Básica, mediante protocolo. • A prescrição de medicamentos e exames laboratoriais são competências asseguradas pela Lei do Exercício Profissional de Enfermagem (Lei 7.498/1986). • Orientações conforme o documento de Diretrizes para Elaboração de Protocolos de Enfermagem na Atenção Primária à Saúde pelos Conselhos Regionais, aprovada em 2018 pelo COFEN. Construção de Protocolos consideram • Normas promulgadas por gestores (federal, estadual e municipal) de saúde responsáveis pelo trabalho na Atenção Primária; • Diretrizes elaboradas pelo COFEN; Prescrição de Medicamentos por Enfermeiros Em questionamento ao Ministério da Saúde, se o enfermeiro poderia continuar a prescrever antibióticos na Atenção primária à Saúde O coordenador do MS respondeu que: no art. 3° da RDC [Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa] consta que as prescrições somente poderão ser dispensadas quando apresentadas de forma legível e sem rasuras, por profissionais devidamente habilitados não limitando, portanto, a prescrição de antimicrobianos ao profissional médico no Programa de Saúde da Família. E enfatizou: a RDC [Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa] não retirou de nenhum profissional habilitado a autoridade para a prescrição de medicamentos antimicrobianos, as exigências contidas na lei no 5991/73. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 20/2011 • “Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas ou em associação”. • A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) reconhece a atribuição do enfermeiro sobre a prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde, conforme a Lei n.º 7.498/86. • CAPÍTULO II DA PRESCRIÇÃO Art. 4º. A prescrição dos medicamentos abrangidos por esta Resolução deverá ser realizada por profissionais legalmente habilitados. • Receituários com pedido de medicamentos que prescreva antimicrobianos por enfermeiros, não pode ter negado a venda ou entrega deste – Conformidade com a Lei n.º 7.498/86, e também referendada na PNAB – Política Nacional de Atenção Básica. Programa Farmácia Popular no Brasil Problemáticasna prescrição de medicamentos por enfermeiros na Farmácia Popular • Cerceamento de direito – Regulamentado pela Lei 7.498/86; • Autonomia do profissional Enfermeiro; • Proibido negar-se a fornecer o medicamento prescrito pelo enfermeiro - vinculado à instituição que contenha programa, protocolos de saúde pública ou rotinas aprovada pela instituição de saúde (Ministério da Saúde, Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde); • Aumento de infecções transmissíveis e agravamento de doenças crônicas; • Comprometimento da rapidez do atendimento – maiores chances de proliferação de infecções transmissíveis e a morbidade e mortalidade por doenças crônicas por falta de acesso à medicação de uso contínuo. • Agravamento do quadro no caso de doenças crônicas; Problemáticas na prescrição de medicamentos por enfermeiros na Farmácia Popular • Cerceamento de direito – Regulamentado pela Lei 7.498/86; • A ação articulada dos profissionais de saúde da atenção básica – garantia da realização de teste e tratamento imediato; • Notificações ao Ministério da Saúde - medidas cabíveis no sentido de garantir a autonomia do enfermeiro no aceite da prescrição de medicamentos nas farmácias assim como no Programa Farmácia Popular do Brasil; • “Aceitação da prescrição de medicamentos em farmácias comerciais e nas do programa farmácia popular - benefícios diretamente a população atendida no Sistema Único de Saúde, assim como garantir sua autonomia profissional prejudicada atualmente por essa recusa. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 20/2011 • CAPÍTULO III DA RECEITA Art. 5º A prescrição de medicamentos antimicrobianos deverá ser realizada em receituário privativo do prescritor ou do estabelecimento de saúde, não havendo, portanto modelo de receita específico. Parágrafo único. A receita deve ser prescrita de forma legível, sem rasuras, em 2 (duas) vias e contendo os seguintes dados obrigatórios: I - identificação do paciente: nome completo, idade e sexo; II - nome do medicamento ou da substância prescrita sob a forma de Denominação Comum Brasileira (DCB), dose ou concentração, forma farmacêutica, posologia e quantidade (em algarismos arábicos); Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 20/2011 • CAPÍTULO III DA RECEITA III - identificação do emitente: nome do profissional com sua inscrição no Conselho Regional ou nome da instituição, endereço completo, telefone, assinatura e marcação gráfica (carimbo); e IV - data da emissão. Art. 6º A receita de antimicrobianos é válida em todo o território nacional, por 10 (dez) dias a contar da data de sua emissão. Art. 8º Em situações de tratamento prolongado, a receita poderá ser utilizada para aquisições posteriores dentro de um período de 90 (noventa) dias a contar da data de sua emissão. COFEN aprova parecer sobre prescrição de medicamentos por enfermeiros - 2023 • Aprovação de parecer que reforça a competência dos enfermeiros para prescrição de medicamentos; • “A prescrição de medicamentos e exames laboratoriais é uma competência assegurada aos enfermeiros. No entanto, a prescrição deve estar em conformidade com os programas de saúde pública e rotinas aprovadas pelas instituições de saúde, como protocolos que seguem as diretrizes estabelecidas pelo COFEN.” COFEN aprova parecer sobre prescrição de medicamentos por enfermeiros - 2023 • Documento do ICN de 2021 - diretrizes para enfermeiros que desejam prescrever medicamentos para o tratamento da tuberculose; • Portaria 2.436/2017 - reconhece o enfermeiro como prescritor na Atenção Básica; • Pareceres elaborados pelo Cofen que reforçam a competência do enfermeiro para a prescrição de medicamentos e solicitação de exames; • Resolução da Diretoria Colegiada 20/2011 da Anvisa - estabelece que a prescrição de medicamentos abrangidos por essa resolução deve ser realizada por profissionais legalmente habilitados, o que inclui os enfermeiros; • Problemas em relação à prescrição de medicamentos por enfermeiros no Programa Farmácia Popular do Brasil (PFPB). PORTARIA Nº 33, DE 23 DE JANEIRO DE 2020 • Iniciativa inédita no país; • Benefícios para a população – atendimento rápido, qualificado e seguro; • Art. 1º normatizar a prescrição de medicamentos e a solicitação de exames, em todos os níveis de assistência, pelo enfermeiro, como profissional integrante da equipe de saúde, conforme protocolos, guias, notas técnicas ou manuais da secretaria de estado de saúde do distrito federal (SES/DF). • Art. 2º [...] • § 1º A prescrição de medicamentos e a solicitação de exames deverá ser realizada obrigatoriamente no contexto da consulta de enfermagem/avaliação de enfermagem. • § 2º a prescrição de medicamentos e a solicitação de exames deverão ser rigorosamente seguidos e não compete ao enfermeiro alterar etapas na conduta terapêutica previstas nos protocolos, guias, notas técnicas ou manuais adotados pela ses/df. PORTARIA Nº 33, DE 23 DE JANEIRO DE 2020 • § 5º Na falta de protocolos vigentes, ainda não elaborados pela área técnica responsável na SES/DF, serão adotados os protocolos do Ministério da Saúde. • § 6º Todos os protocolos, guias e notas técnicas adotados pela Secretaria de Estado da Saúde do DF deverão ser publicizados no sítio eletrônico da SES/DF. • Art. 3º A prescrição de medicamentos e a solicitação de exames, em todos os níveis de assistência, deverão ser realizadas em formulário padronizado da SES/DF, de acordo com sua especificação, identificado com matrícula do prescritor, número da inscrição no Conselho Regional de Enfermagem (COREN-DF), nome completo do profissional e respectiva assinatura. REFERÊNCIAS NASCIMENTO, W. G. et al. Prescrição de medicamentos e exames por enfermeiros: contribuições à prática avançada e transformação do cuidado. Rev. Latino-Am. Enfermagem, v. 26, 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rlae/a/FLqRkdCTcJqBhDZG9dZxb4s/?lang=pt# BRASIL. Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html ABEN. Autonomia e uso de protocolos assistenciais, Está aberta a discussão. Jornal da Associação Brasileira de Enfermagem, v. 49, n. ¾, 2007, Disponível em: http://www.abennacional.org.br/download/a49n03-04.pdf BRASIL. Parecer de conselheiro federal N° 180/2018/COFEN. Disponível em: https://www.cofen.gov.br/parecer-de-conselheiros-n-180-2018/ COSTA, A.C.M et al. O Papel do enfermeiro na saúde pública. SANARE, ISSNe:2317-7748, V.14 – Suplemento I – COPISP — 2015. MARCOLINO, A. B. L. et al. Avaliação do acesso as ações de controle da tuberculose no contexto das equipes de saúde da família de Bayeux-PB. Rev Bras Epidemiol, v. 12, n. 2, p.144- 157, 2009. Disponível em: <Http://www.scielo.br/pdf/rbepid/vl2n2/05.pdf >. RODRIGUES, G. O. A expansão do tratamento supervisionado (TS) para o controle da tuberculose na Paraíba (1999/2005). Rev Elet Enf, v. 10, n. 3, p. 632-642, 2008. Disponível em: <http://www.fen.ufg.br/fen_revista/v1O/n3/vl0n3a09.htm>. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Tuberculose na Atenção Primária a Saúde. 2. ed. Brasília, DF: 2011. https://www.cofen.gov.br/parecer-de-conselheira-no-240-2021-cofen/ BRASIL. PARECER Nº 3/2023/COFEN/PROGER/DPAC/SPC PROCESSO Nº 00196.000883/2022-21 http://www.corenpb.gov.br/parecer-no-3-2023-cofen-proger-dpac-spc-processo-no- 00196-000883-2022-21_14118.html https://www.icn.ch/sites/default/files/inline-files/tb_mdrtb_guideline.pdf COFEN. Cofen aprova parecer sobre prescrição de medicamentos por enfermeiros. 2023. Disponível em: https://www.cofen.gov.br/cofen-aprova-parecer-sobre- prescricao-de-medicamentos-por-enfermeiros/ https://www.scielo.br/j/rlae/a/FLqRkdCTcJqBhDZG9dZxb4s/?lang=pt https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html http://www.abennacional.org.br/download/a49n03-04.pdf https://www.cofen.gov.br/parecer-de-conselheiros-n-180-2018/ https://www.cofen.gov.br/parecer-de-conselheira-no-240-2021-cofen/http://www.corenpb.gov.br/parecer-no-3-2023-cofen-proger-dpac-spc-processo-no-00196-000883-2022-21_14118.html http://www.corenpb.gov.br/parecer-no-3-2023-cofen-proger-dpac-spc-processo-no-00196-000883-2022-21_14118.html https://www.icn.ch/sites/default/files/inline-files/tb_mdrtb_guideline.pdf https://www.cofen.gov.br/cofen-aprova-parecer-sobre-prescricao-de-medicamentos-por-enfermeiros/ https://www.cofen.gov.br/cofen-aprova-parecer-sobre-prescricao-de-medicamentos-por-enfermeiros/ PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS PELO ENFERMEIRO REGULAMENTADA PELA LEI Nº 7.498/1986 E DECRETO Nº 94.406/1987 Profª Anne Carolinne Marie Dos Santos Gomes Graduada em Enfermagem - FACENE Mestre em Enfermagem – UFPB Doutoranda em Enfermagem - UFPB Pós-Graduada em Cuidados Paliativos – Faculdade Unimed PRESCRIÇÃO DE EXAMES POR PROFISSIONAIS ENFERMEIROS – RESOLUÇÃO COFEN 195/1997 Profª Anne Carolinne Marie Dos Santos Gomes Graduada em Enfermagem - FACENE Mestre em Enfermagem – UFPB Doutoranda em Enfermagem - UFPB Pós-Graduada em Cuidados Paliativos – Faculdade Unimed Resolução COFEN N° 195/1997 • Dispõe sobre a solicitação de exames de rotina e complementares por Enfermeiro • Considera a lei º 7.498/1986; • Considera o Decreto nº 94.406/1987 Prescrição de Medicamentos em Programas de Saúde Pública e em rotinas aprovadas pelas instituições de saúde Necessário a solicitação de exames de rotina e complementares Efetiva assistência ao paciente sem riscos para o mesmo Resolução COFEN N° 195/1997 • Dispõe sobre a solicitação de exames de rotina e complementares por Enfermeiro A não solicitação de exames de rotina e complementares quando necessários para a prescrição de medicamentos é agir de forma omissa, negligente e imprudente, colocando em risco seu cliente (paciente) Art. 1º – O Enfermeiro pode solicitar exames de rotina e complementares quando no exercício de suas atividades profissionais. Programas do Ministério da Saúde Resolução COFEN N° 271/2002 • Regulamenta ações do Enfermeiro na consulta, prescrição de medicamentos e requisição de exames • Art. 1º – É ação da Enfermagem, quando praticada pelo Enfermeiro, como integrante da equipe de saúde, a prescrição de medicamentos. • Art. 2º – Os limites legais, para a prática desta ação, são os Programas de Saúde Pública e rotinas que tenham sido aprovadas em Instituições de Saúde, pública ou privada. • Art. 3º – O Enfermeiro, [...] tem autonomia na escolha dos medicamentos e respectiva posologia, respondendo integralmente pelos atos praticados. • Art. 4º – Para assegurar o pleno exercício profissional, garantindo ao cliente/paciente, uma atenção isenta de risco, prudente e segura, na conduta prescricional/terapêutica, o Enfermeiro pode solicitar exames de rotina e complementares, conforme disposto na Resolução COFEN 195/97. Resolução COFEN N° 271/2002 • Regulamenta ações do Enfermeiro na consulta, prescrição de medicamentos e requisição de exames • Art. 5º – O Enfermeiro pode receber o cliente/paciente, nos limites previstos do art. 2º, para efetuar a consulta de Enfermagem, com o objetivo de conhecer/intervir, sobre os problemas/situações de saúde/doença. • Art. 6º Em detrimento desta consulta, o Enfermeiro poderá diagnosticar e solucionar os problemas de saúde detectados, integrando às ações de Enfermagem, às ações multiprofissionais. • Art. 7º – Os currículos dos cursos de graduação de enfermagem devem, além de outros objetivos, preparar o acadêmico para esta realidade, já que é rotina na atualidade, a prática de tais ações, no mercado de trabalho. Decisão judicial suspende Resolução COFEN nº 271/2002 A resolução infringe o art. 5º, inciso XIII, da Constituição Federal Permitir que profissionais sem qualificação técnico-científica exerçam atribuições próprias do exercício da medicina nos programas de saúde pública e nas rotinas de hospitais. Em 2005, liminar que suspende os efeitos dos artigos 4º, 5º e 6º da Resolução COFEN nº 271/2002 Suspende as atribuições dos enfermeiros em: realizar consultas, diagnosticar, solicitar exames de rotina e complementares e prescrever medicamentos de forma autônoma. Decisão judicial suspende Resolução COFEN nº 271/2002 RESOLUÇÃO COFEN-317/2007 • Revoga a Resolução COFEN nº. 271/ 2002, considerando as leis: Lei nº. 7.498/86 Prevê a consulta de enfermagem, e a prescrição da assistência de enfermagem como atos privativos do Enfermeiro; A prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde, como atividade do Enfermeiro na condição de integrante da equipe de saúde. Resolução COFEN nº. 195, de 1997 Dispõe sobre a solicitação de exames de rotina e complementares por Enfermeiros pautados nos programas do Ministério da Saúde. CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 Profª Anne Carolinne Marie Dos Santos Gomes Graduada em Enfermagem - FACENE Mestre em Enfermagem – UFPB Doutoranda em Enfermagem - UFPB Pós-Graduada em Cuidados Paliativos – Faculdade Unimed CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM RESOLUÇÃO COFEN 311/2007 Resolução anterior Atual Resolução RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 O QUE MUDOU ? Aprova o novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Principais mudanças do novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem DOS DIREITOS Art. 2º Exercer atividades em locais de trabalho livre de riscos e danos e violências física e psicológica à saúde do trabalhador, em respeito à dignidade humana e à proteção dos direitos dos profissionais de enfermagem. Art. 3º Apoiar e/ou participar de movimentos de defesa da dignidade profissional, do exercício da cidadania e das reivindicações por melhores condições de assistência, trabalho e remuneração, observados os parâmetros e limites da legislação vigente. Art. 20º Anunciar a prestação de serviços para os quais detenha habilidades e competências técnico-científicas e legais. Art. 21° Negar-se a ser filmado, fotografado e exposto em mídias sociais durante o desempenho de suas atividades profissionais. RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 Principais mudanças do novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem DOS DEVERES Art. 46 – § 1º O profissional de Enfermagem deverá recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e Médica em caso de identificação de erro e/ou ilegibilidade da mesma, devendo esclarecer com o prescritor ou outro profissional, registrando no prontuário. § 2º É vedado ao profissional de Enfermagem o cumprimento de prescrição à distância, exceto em casos de urgência e emergência e regulação, conforme Resolução vigente. RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 Principais mudanças do novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem DOS DEVERES Art. 35 Apor nome completo e/ou nome social, ambos legíveis, número e categoria de inscrição no Conselho Regional de Enfermagem, assinatura ou rubrica nos documentos, quando no exercício profissional. Art. 40 Orientar à pessoa e família sobre preparo, benefícios, riscos e consequências decorrentes de exames e de outros procedimentos, respeitando o direito de recusa da pessoa ou de seu representante legal. Art. 52 Manter sigilo sobre fato de que tenha conhecimento em razão da atividade profissional, exceto nos casos previstos na legislação ou por determinação judicial, ou com o consentimento escrito da pessoa envolvida ou de seu representante ou responsável legal. RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 Principais mudanças do novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem DAS PROIBIÇÕES Art. 92 Delegar atribuições dos(as) profissionais de enfermagem, previstas na legislação, para acompanhantes e/ou responsáveis pelo paciente. Parágrafo único. O dispositivo no caput não se aplica nos casos da atenção domiciliar para o autocuidado apoiado. RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 CAPÍTULOI – DOS DIREITOS Art. 1º Exercer a Enfermagem com liberdade, segurança técnica, científica e ambiental, autonomia, e ser tratado sem discriminação de qualquer natureza, segundo os princípios e pressupostos legais, éticos e dos direitos humanos. Art. 4º Participar da prática multiprofissional, interdisciplinar e transdisciplinar com responsabilidade, autonomia e liberdade, observando os preceitos éticos e legais da profissão. Art. 14 Aplicar o processo de Enfermagem como instrumento metodológico para planejar, implementar, avaliar e documentar o cuidado à pessoa, família e coletividade. O que o código de ética dispõe sobre a prescrição de medicamentos pelos enfermeiros? RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 CAPÍTULO I – DOS DIREITOS Art. 22 Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à coletividade. O que o código de ética dispõe sobre a prescrição de medicamentos pelos enfermeiros? RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 CAPÍTULO II – DOS DEVERES Art. 36 Registrar no prontuário e em outros documentos as informações inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar de forma clara, objetiva, cronológica, legível, completa e sem rasuras. Art. 45 Prestar assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência. Art. 46 Recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e Médica na qual não constem assinatura e número de registro do profissional prescritor, exceto em situação de urgência e emergência. O que o código de ética dispõe sobre a prescrição de medicamentos pelos enfermeiros? RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 CAPÍTULO II – DOS DEVERES § 1º O profissional de Enfermagem deverá recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e Médica em caso de identificação de erro e/ou ilegibilidade da mesma, devendo esclarecer com o prescritor ou outro profissional, registrando no prontuário. § 2º É vedado ao profissional de Enfermagem o cumprimento de prescrição à distância, exceto em casos de urgência e emergência e regulação, conforme Resolução vigente. O que o código de ética dispõe sobre a prescrição de medicamentos pelos enfermeiros? RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 CAPÍTULO II – DOS DEVERES Art. 51 Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais, independentemente de ter sido praticada individual ou em equipe, por imperícia, imprudência ou negligência, desde que tenha participação e/ou conhecimento prévio do fato. Art. 55 Aprimorar os conhecimentos técnico-científicos, ético-políticos, socioeducativos e culturais, em benefício da pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento da profissão. Art. 59 Somente aceitar encargos ou atribuições quando se julgar técnica, científica e legalmente apto para o desempenho seguro para si e para outrem. . O que o código de ética dispõe sobre a prescrição de medicamentos pelos enfermeiros? RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 CAPÍTULO III – DAS PROIBIÇÕES Art. 78 Administrar medicamentos sem conhecer indicação, ação da droga, via de administração e potenciais riscos, respeitados os graus de formação do profissional. Art. 79 Prescrever medicamentos que não estejam estabelecidos em programas de saúde pública e/ou em rotina aprovada em instituição de saúde, exceto em situações de emergência. Art. 80 Executar prescrições e procedimentos de qualquer natureza que comprometam a segurança da pessoa. . O que o código de ética dispõe sobre a prescrição de medicamentos pelos enfermeiros? REFERÊNCIAS • COFEN. RESOLUÇÃO COFEN Nº 564/2017. Disponível em: https://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-5642017/ • COFEN. RESOLUÇÃO COFEN Nº 311/2007 – REVOGADA PELA RESOLUÇÃO COFEN Nº 564/2017. https://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-3112007/ • COFEN. RESOLUÇÃO COFEN-195-1997. Disponível em: https://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-1951997/ • COFEN. RESOLUÇÃO COFEN-317/2007. Disponível em: https://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-3172007/ • CFM. Decisão judicial suspende Resolução COFEN nº 271/2002. Disponível em: https://portal.cfm.org.br/noticias/decisao-judicial-suspende-resolucao-cofen-no-271-2002/ • CFM. DESPACHO – SJ Nº 346/200. Disponível em: https://sistemas.cfm.org.br/normas/arquivos/despachos/BR/2009/346_2009.pdf https://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-5642017/ https://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-3112007/ https://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-1951997/ https://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-3172007/ https://portal.cfm.org.br/noticias/decisao-judicial-suspende-resolucao-cofen-no-271-2002/ https://sistemas.cfm.org.br/normas/arquivos/despachos/BR/2009/346_2009.pdf CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 Profª Anne Carolinne Marie Dos Santos Gomes Graduada em Enfermagem - FACENE Mestre em Enfermagem – UFPB Doutoranda em Enfermagem - UFPB Pós-Graduada em Cuidados Paliativos – Faculdade Unimed POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA – ASPECTOS LEGAIS E ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ÂMBITO DA PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOS E SOLICITAÇÃO DE EXAMES Profª Anne Carolinne Marie Dos Santos Gomes Graduada em Enfermagem - FACENE Mestre em Enfermagem – UFPB Doutoranda em Enfermagem - UFPB Pós-Graduada em Cuidados Paliativos – Faculdade Unimed Atenção Básica à Saúde no Brasil • Crescimento significativo e importante trajetória de ampla expansão e desenvolvimento; • Ações de saúde, individuais e coletivas, visando à promoção, prevenção, proteção da saúde e a prevenção de agravos; • Objetivos: • Desenvolver uma atenção integral; • Impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades. • Trabalho da enfermagem - fundamental para consolidação desta prática; • Exige-se constante qualificação dos profissionais; • Utilização e tecnologias e instrumentos (normas, diretrizes, cadernos de atenção básica); Portaria n.º 2.436, de 21 de setembro de 2017 • A Portaria n.º 2.436, de 21 de setembro de 2017, que aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), reconhece o enfermeiro como prescritor, no item 4.2.1. • Estratégia de Saúde da Família como ação prioritária; • “4.2.1 – Enfermeiro: • I - Realizar atenção à saúde aos indivíduos e famílias vinculadas às equipes e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações entre outras), em todos os ciclos de vida; Portaria n.º 2.436, de 21 de setembro de 2017 • II – Realizar consulta de enfermagem, procedimentos, solicitar exames complementares, prescrever medicações conforme protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão;” • V - Realizar atividades em grupo e encaminhar, quando necessário, usuários a outros serviços, conforme fluxo estabelecido pela rede local. O Enfermeiro como prescritor O Enfermeiro como prescritor na Atenção Básica O Enfermeiro de prática avançada • Na falta de segurança, o enfermeiro tem autonomia para não realizar tal função; • Gestão local de saúde – proporcionar capacitação para seus recursos humanos; • Participação em cursos, treinamentos e pós-graduações; • Conhecimento da Legislação de Enfermagem e dos programas de saúde pública; • O enfermeiro responde integralmente pelos atos praticados - situações de exposição dos clientes a riscos ou danos; • Contribui para acesso universal e cobertura dos serviços de saúde na APS; Prática da Prescrição de Medicamentos Ação integrante da consulta de enfermagem Valorização e autonomia dos profissionais Saúde da População com resolutividade frente aos problemas de saúde pública O Enfermeiro na Atenção Básica à Saúde Transformação do cuidado em saúde e da enfermagemna Atenção Primária à Saúde • Fomenta-se a busca de formalização da prescrição nos serviços locais de saúde por meio da instituição de protocolos locais; • Contrapartida: Prescrições de enfermeiros que substituem os espaços deixados por outros profissionais. Acessibilidade, segurança e foco nos usuários Não traz danos à saúde pública Prestação de serviços imediatos e eficazes Maior acesso aos serviços públicos de saúde P re s c ri ç ã o c o m o f a to r d e : Transformação do cuidado em saúde e da enfermagem na Atenção Primária à Saúde “Prescrição de Contraceptivo de Emergência, pelo enfermeiro baseado no Programa Planejamento Familiar e Programa de Assistência Integral à Saúde do Adolescente devido ao aumento da demanda e déficit de profissional ginecologista na UBS e se tratando de contraceptivo de emergência não há possibilidade de paciente esperar por consulta” Solicitação de parecer ao COREN-SP Transformação do cuidado em saúde e da enfermagem na Atenção Primária à Saúde • Fundamental o trabalho das equipes profissionais, respeitando suas competências técnicas e legais; • Constatado que, no cotidiano dos serviços, a realização dessas atribuições da/o enfermeira/o tem sido fundamental ao desenvolvimento das ações e programas de saúde . Estímulo ao trabalho em equipe e mudança na APS Consolidação da mudança de modelo de atenção básica centrado no trabalho em equipe com respeito às competências profissionais P re s c ri ç ã o c o m o f a to r d e : Transformação do cuidado em saúde e da enfermagem na Atenção Primária à Saúde Racionalização dos gastos com recursos humanos em saúde Alta demanda de atendimentos P re s c ri ç ã o c o m o f a to r d e : Conflitos no trabalho com profissionais que não reconhecem a capacidade técnica e científica da enfermagem Competência técnica conferida pela formação P re s c ri ç ã o c o m o f a to r d e : Competência além de legal, técnica, para realizar a leitura do exame solicitado com eficiência e propriedade Conhecimento de drogas farmacêuticas, posologia, interações, efeitos colaterais e demais informações necessárias Transformação do cuidado em saúde e da enfermagem na Atenção Primária à Saúde Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) Elaboração efetiva da Sistematização da Assistência de Enfermagem e do Processo de Enfermagem (PE) P re s c ri ç ã o c o m o f a to r d e : Capacitação da equipe de enfermagem para o PE PE como ferramenta para operacionalizar os protocolos do Ministério da Saúde Competência técnica e científica para prescrição de medicamentos • Estratégias de Educação Permanente; • Instituição de equipes matriciais de referência para o apoio ao enfermeiro prescritor; • Recursos do Programa Telessaúde; Estudo com enfermeiros da ESF na Paraíba Despreparo para a prescrição de medicamentos Disciplina de farmacologia como subsídio para a prática Sistematização da Assistência de Enfermagem • Qualquer ação de enfermagem deve ser resultante desse processo; • Base para o Processo de Enfermagem; • Protocolos publicados pelo MS não contemplam a SAE para nortear a prática baseada em evidência na Estratégia Saúde da Família; Protocolos que envolvem a Hipertensão Arterial Sistêmica • Dispostos no Caderno de Atenção Básica Nº37 • Grupos de anti-hipertensivos • Diuréticos; • Hiperglicemia; • Diurese aumentada; • Redução do Potássio • Ex.: Hidroclorotiazida. • Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona; • IECA – Captopril – Tosse; • Bloqueadores de Receptores de Angiotensina – Losartana; • Contraindicações: • Gestação Protocolos que envolvem a Hipertensão Arterial Sistêmica • Dispostos no Caderno de Atenção Básica Nº37 • Grupos de anti-hipertensivos • Betabloqueador • Diminuição da frequência cardíaca; • Hiperglicemias; • Pode ser usado de forma associada; • Não recomendado como tratamento de primeira linha; • Bloqueadores dos Canais de Cálcio • Ex.: Anlodipino; • Edema maleolar; • Contraindicações: • Intervalo PR; • PA <110 mmHg; • FC <60 BPM • Doença arterial periférica grave; • Bloqueio Atrioventricular Protocolos que envolvem Diabetes Mellitus • Dispostos no Caderno de Atenção Básica Nº36 • Diabetes Mellitus Tipo I: • Insulina • Ultrarápida, rápida, NPH; • Início e pico de ação • REGULAR - Rápida • Início de ação: 30 a 60 minutos; • Pico: 2 a 3 horas; • Duração: 8 a 10 horas. • NPH - Intermediária • Início de ação: 2 a 4 horas; • Pico: 4 a 10 horas; • Duração: 12 a 18 horas. Protocolos que envolvem Diabetes Mellitus • Dispostos no Caderno de Atenção Básica Nº36 • Diabetes Mellitus Tipo II: • 1ª linha: Biguanidas • Metformina; • Doses baixas – efeitos gastrintestinais; • 2º linha: Sulfonamidas • Glicazida; Glibenclamida • 3ª linha: Insulina • DAPAGLIFOZINA • Maior que 65 anos; • Doenças cardiovasculares; • Inibe a reabsorção renal/retorno da glicose dos túbulos renais para a corrente sanguínea. • Gestantes: • Recomendado insulina para controle. Avaliação das Prescrições Balanço Eficácia Toxicidade Avaliação se mantém, individualizar ou evitar a utilização Fármacos de Alto Risco Psicotrópicos Anticolinérgicos – baixa margem terapêutica Avaliação minuciosa se mantém ou realiza a substituição Medicações sem indicações claras Mudança do estilo de vida Possível redução de dose? Possível retirada? Demais Fármacos Envolvimento do paciente/família Prescrições Medicamentosas • Importa compreender: • Mecanismos de ação; • Fisiopatologia; farmacologia; • Qual grupo que a medicação faz parte; • Efeitos adversos; • Interações medicamentosas • Ex.: Omeprazol diminui a ação da varfarina. Desprescrição • Polifarmácia/Polimedicação • Maior que cinco medicações em uso; • Teste de retirada • Síndrome da Retirada; • Medicações Sistema Nervoso Central • Pesar Risco Benefício; • Efeito Rebote – aumento dos sintomas; • Educação do paciente; • Troca de medicações – categoria segura, redução dos efeitos colaterais; • Processo complexo; • Individualização das metas e de cuidado centrado no paciente; Síndrome da Retirada • Benzodiazepínico • Síndrome da abstinência • Confusão; • Alucinação; • Convulsão; • Levodopa • Síndrome Neuroléptica Maligna • Rigidez Muscular; • Disfunção autonômica; • Diminuição do nível de consciência • Glicocorticoides • Crise Addisoniana • Supressão do eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal (Insuficiência Adrenal Aguda). REFERÊNCIAS • NASCIMENTO, W. G. et al. Prescrição de medicamentos e exames por enfermeiros: contribuições à prática avançada e transformação do cuidado. Rev. Latino-Am. Enfermagem, v. 26, 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rlae/a/FLqRkdCTcJqBhDZG9dZxb4s/?lang=pt# • Oguisso Taka, Freitas Genival Fernandes de. Enfermeiros prescrevendo medicamentos: possibilidades e perspectivas. Rev. bras. enferm. [Internet]. 2007 Apr; 60( 2 ): 141-144. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672007000200003&lng=en. Acesso em: 29/09/2023 • Parecer COREN – BA n⁰ 033/2013. Transcrição de Medicamentos pelo Profissional Enfermeiro na Atenção Básica. Disponível em: http://ba.corens.portalcofen.gov.br/parecer-coren-ba-0332013_8141.html Acesso em: 29/09/2023 • https://aps-repo.bvs.br/aps/quais-medicamentos-podem-ser-prescritos-pelo-enfermeiro-que-atua-na-estrategia-de-saude- da-familia-e-quais-portarias-habilitam-essa-prescricao/ • COFEN. PARECER DE CÂMARA TÉCNICA Nº 002/2018/CTAB/COFEN https://www.cofen.gov.br/parecer-no-002-2018- ctab-cofen/ https://www.scielo.br/j/rlae/a/FLqRkdCTcJqBhDZG9dZxb4s/?lang=pt http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672007000200003&lng=en http://ba.corens.portalcofen.gov.br/parecer-coren-ba-0332013_8141.html https://aps-repo.bvs.br/aps/quais-medicamentos-podem-ser-prescritos-pelo-enfermeiro-que-atua-na-estrategia-de-saude-da-familia-e-quais-portarias-habilitam-essa-prescricao/https://aps-repo.bvs.br/aps/quais-medicamentos-podem-ser-prescritos-pelo-enfermeiro-que-atua-na-estrategia-de-saude-da-familia-e-quais-portarias-habilitam-essa-prescricao/ https://www.cofen.gov.br/parecer-no-002-2018-ctab-cofen/ https://www.cofen.gov.br/parecer-no-002-2018-ctab-cofen/ POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA – ASPECTOS LEGAIS E ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ÂMBITO DA PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOS E SOLICITAÇÃO DE EXAMES Profª Anne Carolinne Marie Dos Santos Gomes Graduada em Enfermagem - FACENE Mestre em Enfermagem – UFPB Doutoranda em Enfermagem - UFPB Pós-Graduada em Cuidados Paliativos – Faculdade Unimed ASPECTOS LEGAIS SOBRE PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS E SOLICITAÇÃO DE EXAMES POR ENFERMEIROS NOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE Profª Anne Carolinne Marie Dos Santos Gomes Graduada em Enfermagem - FACENE Mestre em Enfermagem – UFPB Doutoranda em Enfermagem - UFPB Pós-Graduada em Cuidados Paliativos – Faculdade Unimed Slide 1: ASPECTOS LEGAIS SOBRE PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS E SOLICITAÇÃO DE EXAMES POR ENFERMEIROS NOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE Slide 2: Tópicos do Módulo de “Aspectos legais sobre prescrição de medicamentos e solicitação de exames por enfermeiros” Slide 3: PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS POR ENFERMEIROS Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9: Enfermagem como profissão essencial para a saúde pública Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24: REFERÊNCIAS Slide 25: PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS POR ENFERMEIROS Slide 26: PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS PELO ENFERMEIRO REGULAMENTADA PELA LEI Nº 7.498/1986 E DECRETO Nº 94.406/1987 Slide 27: LEI Nº 7.498, DE 25 DE JUNHO DE 1986 Slide 28: LEI Nº 7.498, DE 25 DE JUNHO DE 1986 Slide 29: LEI Nº 7.498, DE 25 DE JUNHO DE 1986 Slide 30: Decreto Nº 94.406/1987 Slide 31: Pareceres que reforçam a Prescrição de Medicamentos por Enfermeiros nos Serviços de Saúde Slide 32: Documento da International Conuncil Of Nurses (ICN) - 2021 Slide 33: Portaria n.º 2.436, de 21 de setembro de 2017 Slide 34: PARECER DE CONSELHEIRO FEDERAL N° 180/2018/COFEN Slide 35: PARECER DE CONSELHEIRO FEDERAL N° 180/2018/COFEN Slide 36: Parecer de Conselheira Federal n.° 240/2021/COFEN Slide 37 Slide 38 Slide 39: Parecer de Relatora n.º 280/2022/COFEN Slide 40: Prescrição de Medicamentos por Enfermeiros Slide 41: Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 20/2011 Slide 42: Programa Farmácia Popular no Brasil Slide 43: Problemáticas na prescrição de medicamentos por enfermeiros na Farmácia Popular Slide 44: Problemáticas na prescrição de medicamentos por enfermeiros na Farmácia Popular Slide 45: Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 20/2011 Slide 46: Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 20/2011 Slide 47: COFEN aprova parecer sobre prescrição de medicamentos por enfermeiros - 2023 Slide 48: COFEN aprova parecer sobre prescrição de medicamentos por enfermeiros - 2023 Slide 49: PORTARIA Nº 33, DE 23 DE JANEIRO DE 2020 Slide 50: PORTARIA Nº 33, DE 23 DE JANEIRO DE 2020 Slide 51: REFERÊNCIAS Slide 52: PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS PELO ENFERMEIRO REGULAMENTADA PELA LEI Nº 7.498/1986 E DECRETO Nº 94.406/1987 Slide 53: PRESCRIÇÃO DE EXAMES POR PROFISSIONAIS ENFERMEIROS – RESOLUÇÃO COFEN 195/1997 Slide 54: Resolução COFEN N° 195/1997 Slide 55: Resolução COFEN N° 195/1997 Slide 56: Programas do Ministério da Saúde Slide 57: Resolução COFEN N° 271/2002 Slide 58: Resolução COFEN N° 271/2002 Slide 59: Decisão judicial suspende Resolução COFEN nº 271/2002 Slide 60: Decisão judicial suspende Resolução COFEN nº 271/2002 Slide 61: RESOLUÇÃO COFEN-317/2007 Slide 62: CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 Slide 63: CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM Slide 64: Principais mudanças do novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem Slide 65: Principais mudanças do novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem Slide 66: Principais mudanças do novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem Slide 67: Principais mudanças do novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem Slide 68: RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 Slide 69: RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 Slide 70: RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 Slide 71: RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 Slide 72: RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 Slide 73: RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 Slide 74: REFERÊNCIAS Slide 75: CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 Slide 76: POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA – ASPECTOS LEGAIS E ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ÂMBITO DA PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOS E SOLICITAÇÃO DE EXAMES Slide 77: Atenção Básica à Saúde no Brasil Slide 78: Portaria n.º 2.436, de 21 de setembro de 2017 Slide 79: Portaria n.º 2.436, de 21 de setembro de 2017 Slide 80: O Enfermeiro como prescritor Slide 81: O Enfermeiro como prescritor na Atenção Básica Slide 82: O Enfermeiro de prática avançada Slide 83: O Enfermeiro na Atenção Básica à Saúde Slide 84: Transformação do cuidado em saúde e da enfermagem na Atenção Primária à Saúde Slide 85: Transformação do cuidado em saúde e da enfermagem na Atenção Primária à Saúde Slide 86: Transformação do cuidado em saúde e da enfermagem na Atenção Primária à Saúde Slide 87: Transformação do cuidado em saúde e da enfermagem na Atenção Primária à Saúde Slide 88: Transformação do cuidado em saúde e da enfermagem na Atenção Primária à Saúde Slide 89: Competência técnica e científica para prescrição de medicamentos Slide 90: Sistematização da Assistência de Enfermagem Slide 91: Protocolos que envolvem a Hipertensão Arterial Sistêmica Slide 92: Protocolos que envolvem a Hipertensão Arterial Sistêmica Slide 93: Protocolos que envolvem Diabetes Mellitus Slide 94: Protocolos que envolvem Diabetes Mellitus Slide 95: Avaliação das Prescrições Slide 96: Prescrições Medicamentosas Slide 97: Desprescrição Slide 98: Síndrome da Retirada Slide 99: REFERÊNCIAS Slide 100: POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA – ASPECTOS LEGAIS E ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ÂMBITO DA PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOS E SOLICITAÇÃO DE EXAMES Slide 101: ASPECTOS LEGAIS SOBRE PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS E SOLICITAÇÃO DE EXAMES POR ENFERMEIROS NOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE